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BOLETIM INFORMATIVO DA AFAGO - ASSOCI- AÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DE GOUVEIA - ANO VIII N° 01- JANEIRO- FEVEREIRO 2015 EDITORIAL Adilson do Nascimento Uma das grandes preocupações da era moderna, deste século XXI ou, pelo menos, uma das exigências, é pelo conhecimento. Não o conhecimento em si, como diz Zé de Flora, o saber, mas a informação. Com a globalização os fatos, ainda que ocorridos do outro lado do mundo, nos chegam em tempo real. – Isso é bom? Todos dirão que sim! Porém, pode ser perverso. Sabe-se, por exemplo, que se a seleção brasileira de futebol esteja jogando na China e você aqui, seja em Gouveia, Belo Horizonte, Brasília, assiste ao jogo no exato momento da sua ocorrência. Santo milagre da tecnologia que nos permite estarmos conectados com o mundo, sem sairmos de nossa casa, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. Em um passado pouco distante o resultado somente seria do nosso conhecimento depois de transcorridos algumas horas ou alguns dias. Isso é bom, muito bom! Porém, uma tragédia como a que ocorreu no último dia 17 de março, quando um avião A320-211 da Companhia Aérea Germanwings, subsidiária da alemã Lufthansa, com capacidade para 180 passageiros, decolou de Barcelona, com destino a Dusseldorf, na Alemanha, para cumprir uma rota que sobrevoaria um braço do Mediterrâneo, passando pelo leste da Itália e da Suíça, atravessando toda a França, levando 144 passageiros, originários de 18 países diferentes, a maioria da Alemanha e Espanha, mais 6 tripulantes, explodiu nos alpes franceses, no sudeste da França, somente seria conhecida aqui, do outro lado do Atlântico, alguns dias passados, quando o impacto da notícia já estaria, de certa forma, diluída pelo tempo. Atualmente, além de se conhecer o fato em si, sabe-se, imediatamente, de detalhes impressionantes como o de que o copiloto mergulhou a aeronave em direção às montanhas, de propósito, talvez para se tornar famoso, uma vez que vinha alardeando que “um dia faria algo que mudaria todo o sistema e que todo mundo conheceria o seu nome”. – Seria ele um psicopata? Seria um suicida em potencial? É possível! Psicopata é um indivíduo portador de uma desordem de personalidade. Suicida é aquele que comete ato intencional de matar a si próprio, tendo como causa um transtorno mental e/ou psicológico que pode incluir depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, alcoolismo e abuso de drogas. Mais de um milhão de pessoas cometem suicídio a cada ano tornando-se esta a décima causa de morte no mundo. Evidentemente que ele – não vou mencionar seu nome, como seria a sua vontade – poderia ter escolhido saltar do avião, em queda livre, sem paraquedas e se perpetuar na história da aviação, mas o suicida – ou seria assassino? –, esquizofrênico, irresponsável, decidiu levar consigo mais 149 pobres inocentes, incluindo 16 estudantes, adolescentes, de 15 e 16 anos, de uma escola alemã e, mais, dois bebês, sendo um de apenas sete meses de idade. Diante do que se sabe até agora, fico imaginando o pavor dos passageiros ao perceberem o comandante tentando retornar à cabine de comando, trancada por dentro e o avião nitidamente apontando para o solo a uma velocidade impressionante, de 700 km por hora, durante cerca de 10 minutos, até explodir naquelas montanhas tão lindas de serem vistas de baixo ou de cima, mas que ficarão, para sempre na memória das pessoas pelo estilhamento do avião e pela dilaceração dos corpos dos 150 passageiros que um alucinado resolveu levar consigo em sua viagem macabra, sem medir as consequências do seu ato. Não tenho medo de avião! E olhe que já fiz algumas centenas de voos e nunca passei perrengues maiores que algumas turbulências. Sempre o considerei um meio de transporte bastante seguro, mas passarei a me preocupar com a saúde mental dos responsáveis por conduzir esses “pássaros de ferro” pelos ares do mundo e aí é possível que ao adentrar as aeronaves e cumprimentar a tripulação postada à porta de cada uma tenha certo receio por não conhecer o histórico da personalidade daqueles profissionais elegantemente trajados e corteses.

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BOLETIM INFORMATIVO DA AFAGO - ASSOCI-AÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DE GOUVEIA -

ANO VIII N° 01- JANEIRO- FEVEREIRO 2015

EDITORIAL

Adilson do Nascimento

Uma das grandes preocupações da era moderna, desteséculo XXI ou, pelo menos, uma das exigências, é peloconhecimento. Não o conhecimento em si, como diz Zé deFlora, o saber, mas a informação. Com a globalização os fatos,ainda que ocorridos do outro lado do mundo, nos chegam emtempo real. – Isso é bom? Todos dirão que sim! Porém, podeser perverso. Sabe-se, por exemplo, que se a seleção brasileirade futebol esteja jogando na China e você aqui, seja emGouveia, Belo Horizonte, Brasília, assiste ao jogo no exatomomento da sua ocorrência. Santo milagre da tecnologia quenos permite estarmos conectados com o mundo, sem sairmosde nossa casa, vinte e quatro horas por dia, sete dias porsemana. Em um passado pouco distante o resultado somenteseria do nosso conhecimento depois de transcorridos algumashoras ou alguns dias. Isso é bom, muito bom! Porém, umatragédia como a que ocorreu no último dia 17 de março, quandoum avião A320-211 da Companhia Aérea Germanwings,subsidiária da alemã Lufthansa, com capacidade para 180passageiros, decolou de Barcelona, com destino a Dusseldorf,na Alemanha, para cumprir uma rota que sobrevoaria um braçodo Mediterrâneo, passando pelo leste da Itália e da Suíça,atravessando toda a França, levando 144 passageiros,originários de 18 países diferentes, a maioria da Alemanha eEspanha, mais 6 tripulantes, explodiu nos alpes franceses, nosudeste da França, somente seria conhecida aqui, do outro ladodo Atlântico, alguns dias passados, quando o impacto da notíciajá estaria, de certa forma, diluída pelo tempo. Atualmente, alémde se conhecer o fato em si, sabe-se, imediatamente, dedetalhes impressionantes como o de que o copiloto mergulhoua aeronave em direção às montanhas, de propósito, talvez parase tornar famoso, uma vez que vinha alardeando que “um diafaria algo que mudaria todo o sistema e que todo mundoconheceria o seu nome”. – Seria ele um psicopata? Seria umsuicida em potencial? É possível! Psicopata é um indivíduoportador de uma desordem de personalidade. Suicida é aqueleque comete ato intencional de matar a si próprio, tendo comocausa um transtorno mental e/ou psicológico que pode incluirdepressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, alcoolismo e abusode drogas. Mais de um milhão de pessoas cometem suicídio acada ano tornando-se esta a décima causa de morte no mundo.Evidentemente que ele – não vou mencionar seu nome, comoseria a sua vontade – poderia ter escolhido saltar do avião, emqueda livre, sem paraquedas e se perpetuar na história daaviação, mas o suicida – ou seria assassino? –, esquizofrênico,

irresponsável, decidiu levar consigo mais 149 pobresinocentes, incluindo 16 estudantes, adolescentes, de 15 e 16anos, de uma escola alemã e, mais, dois bebês, sendo um deapenas sete meses de idade. Diante do que se sabe atéagora, fico imaginando o pavor dos passageiros aoperceberem o comandante tentando retornar à cabine decomando, trancada por dentro e o avião nitidamenteapontando para o solo a uma velocidade impressionante, de700 km por hora, durante cerca de 10 minutos, até explodirnaquelas montanhas tão lindas de serem vistas de baixo oude cima, mas que ficarão, para sempre na memória daspessoas pelo estilhamento do avião e pela dilaceração doscorpos dos 150 passageiros que um alucinado resolveu levarconsigo em sua viagem macabra, sem medir asconsequências do seu ato. Não tenho medo de avião! Eolhe que já fiz algumas centenas de voos e nunca passeiperrengues maiores que algumas turbulências. Sempre oconsiderei um meio de transporte bastante seguro, maspassarei a me preocupar com a saúde mental dosresponsáveis por conduzir esses “pássaros de ferro” pelosares do mundo e aí é possível que ao adentrar as aeronavese cumprimentar a tripulação postada à porta de cada uma

tenha certo receio por não conhecer o histórico da

personalidade daqueles profissionais elegantemente trajados

e corteses.

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Boletim Informativo da AFAGO página 2

www.afagouveia.org.br

Visitem diariamente eregistrem informações.

Este Boletim tem publicado algumas conversasregistradas na página “Mensagens” do sítio

WWW.afagouveia.or.br A partir desta edição,solicitamos ao leitor consultar diretamente o

endereço informado. Pedimos também que quandoquiserem publicar notícias, textos ou mensagensneste boletim, os mesmos sejam encaminhados

para o endereço [email protected] [email protected].

Notícias & comentários

Aconteceu, acontecendovai acontecer...

Existem pessoas que deixam Gouveia parasempre. Nem querem se lembrar mais dela.Mas há pessoas que levam a memória deviver em Gouveia por onde andarem.É para estas pessoas que nosso Doutor Wal-dir sonhou a fundação da AFAGO - Associ-ação dos Filhos e Amigos de Gouveia. Nós,seus seguidores, honramos a mensagem doDoutor Waldir.Vejam nestas páginas a presença deGouveia.

Convocamos também os jovens residentesem Belo Horizonte e adjacências a se asso-ciarem a nós. Todos temos muito a oferecere compartilhar com nossa amizade. Apoioao estudo, ao trabalho e à alegria

Visitem a Exposição de AssisHorta no Palácio das Artes edescubram os operários deGouveia dos anos 40

Semana Literária e V Prê-mio Afago de Literatura

Com empenho da Secretaria Municipal de Educaçãoacontece em Gouveia a IV Semana Literária emGouveia com início no dia 25 e término do dia 29.A Afago agradece o cuidado das famílias, dos alunos,dos professores e dos diretores das escolas que in-centivaram o desenvolvimento da comunicaçao emnossa cidade.Registramos aqui o nome dos diretores das escolasparticipantes do V Prêmio AfagoLúcio Antônio Rodrigues - Escola Municipal Profes-sora Zezé RibasAdriana das Dores Oliveira - Escola Municipal JoãoBaianoEscola Estadual Aurélio Pires - Lourdes Hipólito daSilveira SilvaDouglas Geraldo Costa - Escola Estaual Joviano deAguiarMariléia Fernandes Brandão - Escola Estadual AugustoAires da Mata MachadoEliane Maria Trindade Santos - Escola Estadual CiroRibasNas páginas 14 e 15 se encontram os nomes dos alu-nos concorrentes e dos professores orientadores.

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Boletim Informativo da AFAGO página 3

Notícias & comentários

V Prêmio AFAGO - AnfitriãoA cerimônia de recepção dos participantes do V Prêmio Afago,edição 2015, está a cargo do Centro Municipal de EducaçãoInfantil Recreio – CMEIR.Participam da Comissão de Avaliação, os professores AdéliaAnis Raies de Souza – Diretora da Escola Estadual Aarão Reis,em Belo Horizonte. Audrey Regina de Carvalho Oliveira –Diretora da Magistra da Secretaria de Estado da Educação deMinas Gerais, e Diva Maria de Miranda, professora e ativaparticipante de movimentos de educação no bairro Carlos Pratesem Belo Horizonte. A esta comissão compete selecionar atétrês textos concorrentes para apresentação pública na cerimôniade premiação.A Comissão local de avaliação é composta por MariaAuxiliadora de Paula Ribeiro – Dora de Dona Antônia – escritora

premiada internacionalmente e membro da AcademiaCurvelana de Letras, Nilson Pereira Machado, membroda Academia Setelagoana de Letras e Ivonete de LimaÁvila, escritora e destacada poetisa de Gouveia. A essacomissão compete avaliar a apresentação pública dosselecionados.A soma das avaliações de ambas comissões resultará napremiação da melhor redação juntamente com a melhorapresentação, de um trabalho em cada escola. Caberátambém um prêmio para o texto que, no julgamento deambas comissões, se sobressair sobre os demais.

Coral Crescere – 25 anos como movimentoO Coral Crescere é a reunião de jovens que estudaram nos seminários de Diamantina, Mariana e Caraça. Anualmente, oCoral celebra a alegria nas dependências do mais importante centro de formação da elite mineira, o Colégio do Caraça.Presidido pelo Diretor Social da AFAGO, o educador Geraldo Augusto Silva – Dingo de Vavá de Madalena de Osório eDodô de Augusto de Filomena – o coral celebrou 25 anos de persistência. Como associação voluntária se mostra presentenas principais cidades histórias de Minas. Já esteve em Gouveia na Festa de Santo Antônio, cantou na celebração dos 300anos de fundação do Recolhimento de Macaúbas em Santa Luzia, oportunidade em que a AFAGO também estevepresente, apresenta-se todos os anos na Semana Santa de Sabará. Neste ano de celebração do Jubileu de Prata, o CoralCrescere gravou e lançou um CD com seu principal repertório de música sacra e profana.

Coral Crescere em Gouveia na Festa de Santo Antônio de 2008. Ginásio Dom Serafim

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Boletim Informativo da AFAGO página 4

Um Bispo do Ribeirão da Areia deGouveia celebrará a festa de Santo Antônio de 2015. Dom Adejair – é atualmente Bispo da Diocese deFranca, SP.

Uma Nova Gouveia empreendedora?Nosso companheiro, Gil Martins de Oliveira, apresentoupara a AFAGO a proposta de formação de criação de umarede de empreendedores de energia solar.“Gostaria de propor, como iniciativa da AFAGO, um sistemade aquecedor solar a baixo custo e que propicia 4 a 6 banhosdiários e uma economia de 30 a 40% na conta mensal deenergia. (...) Eu levo um engenheiro da Gerasol, de BH numsábado. Cada participante recebe um certificado e já saiapto para montar seu próprio aquecedor solar e, se quiser,já pode ganhar alguns trocados com essa nova profissão.(...) Em tempo de tanta fala sobre sustentabilidade, aí estáuma boa dica, afinal, o modelo europeu tradicional deaquecedor não cabe nas posses da enorme maioria dapopulação.”É pegar ou largar uma boa ideia. Seria ideal o apoio daprefeitura na acolhida dessa proposta pensando nodesenvolvimento de Gouveia.

Bom Exemplo:Atividades realizadas Em 2014 A Escola Municipal JoãoBaiano – E.M.J.B., sucessora da Escola Rural Mista deCamilinho criada em 06 de dezembro de 1913,completou, então, cem anos de funcionamento seminterrupção.Com a experiência de 100 anos, a dedicação e acompetência de seus professores, a dinâmica da diretoraAdriana, o apoio da administração municipal, a graça e ajuventude de seus estudantes, terminou, com brilhantismo,o primeiro ano do segundo século de sua criação.Neste ano realizaram-se diversas atividades culturais,artísticas, cívicas, esportivas e recreativas, além dasatividades formais nas salas de aulas. Há extenso acervofotográfico documentando tais atividades que organizeiem grupos, para facilitar a apresentação.1. As Turmas2. As Visitas3. Palestras e Seminários4. As Comemoraçoes5. Desfile Garoto e Garota JB6. Teatro e Recreação7. Participação ExternaVejam no sítio da AFAGORaimundo Nonato de Miranda Chaves.

Reunião de CongraçamentoComo se tornou costume a Afago tem convocadoassociados e não associados que tenham algum apreço porse encontrarem para uma ou duas reuniões anuais. A maissolene de todas aconteceu no mês de dezembro de 2006no salão de eventos de nosso companheiro Geraldo FabianoChaves – Bibi de Hermano. Figuras emblemáticas deGouveia compareceram: nosso Cardeal Dom Serafim, asenhora Neida Mascarenhas Franchini, e mais 100 pessoas.Daí para frente, perambulamos por inúmeros locais,restaurantes, sítios, residências e estreitamos nossos vínculose confirmamos nossa amizade. A última delas aconteceu nasdependência do palacete de Geraldo da ConsolaçãoMiranda e Dona Diva Miranda. Ficou a pergunta, os Filhose Amigos de Gouveia desistiram de se encontrar?Vejam as fotos.

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Notícias & comentários

Boletim Informativo da AFAGO página 5

Padre Franciane anima a GouveiaGouveia recebeu um novo pároco em outubro de 2015.É o jovem Franciane Bretas, um menino criado noBairro das Indústrias em Belo Horizonte. Participoude sua ordenação sacerdotal como padrinho nossosempre lembrado Dom Paulo Lopes de Faria. Suaprimeira missa realizada na igreja Nossa Senhora daPiedade no Bairro das Indústrias constituiu-se em umaapoteose. Essa energia sacerdotal alcança agora nossaGouveia.

Ordenação sacerdotal do padre Franciane no dia 6 dedezembro de 2008 na Catedral de Diamantina. Foto JoséMoreira de Souza

Fotos de Rudson Fagundes Oliveira

Gouveia e Datas no Campus da UFMGO mês de maio se iniciou com a já costumeira Feira deArtes no Campus da Cidade Universitária da Pampulha.Gouveia compareceu graças ao heroísmo de dois artesãosda Mandaçaia, mas Datas levou os louros com homenagema um de seus artesãos, Walmir Paulino, como Mestrecelebrado para encanto dos professores e alunos da Escolade Belas Artes.

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Artigos

Boletim Informativo da AFAGO página 6

As Nascentes de água de Camilinho

Raimundo Nonato de Miranda Chaves

Muitas vezes, evito escrever sobre Camilinho, porque dizem:“coruja gavando o toco”. Mas, eu tenho que escrever. Nóstemos, na Afago, o Boletim de Notícias e assumimos ocompromisso de informar nossos leitores. Além disso, eu gostoda tarefa de escrever sobre o Camilinho. Não tenho culpa,alias a culpa é das águas de lá!,

No Camilinho é assim: Chegou, bebeu dois três copos de água,no máximo, e já se transforma em admirador do lugar e doseu povo. Imaginem que eu bebi na caneca e no copo, nabica e na mangueira do jardim, na guampa, na folha de cará ena copa do chapéu; ainda, nadei no Córrego da Raiz e mediverti nas corredeiras e nas cascatas do açude. Portanto,não tenho como fugir. E nem quero. As águas de Camilinhotransmitem saúde, força, determinação e, consequentemente,conduzem ao sucesso. Haja vista alunos da E.M. João Baianopremiados nas três edições do Premio Afago de Literatura.Alunos que já venceram, na primeira fase, olimpíadas dematemática e olimpíadas de língua portuguesa. Agora, sesuperaram e venceram a segunda fase das olimpíadas dematemática (OBMEP) 2014.

Os vencedores, as feras, alunos do 8º. ano fundamental: AlinePereira dos Santos e Marcone Almeida.

As águas de Camilinho são muitas nascentes, fiozinhos deáguas límpidas escorrendo, juntando-se umas com as outrase formando os regatos, que se juntam e formam os córregos,depois, os rios.

Todas nascentes de águasminerais!

Dia destes, usei a expressão: águas minerais. Meu interlocutorme contestou:

- Águas de Camilinho não são minerais! Você está blefando,ele me disse.

- Eu argumentei: Tudo que existe neste mundo de meu Deuspertence a três reinos: Mineral, Vegetal e Animal. Desdecriança li isto em algum livro de ciências. Então, se as águasde Camilinho não são minerais, elas são o que mesmo??

Neste ano de 2015 fez-se “importante descoberta” – povogenial este nosso povo –, descobriram que a quantidade deágua doce, circulando no planeta, é finita. Isto é, quantificável,e se a usarmos de forma indiscriminada a água doce acaba.

Bem! a agua doce não acaba no sentido literal do termo. Aágua se transforma, no sentido físico: evapora, condensa, caina forma de chuva, infiltra na terra forma o lençol freático ealimenta as nascentes, corre pelos rios, ou se mantém noslagos, artificiais ou não. Evapora pura, não importa quantapoluição tenha encontrado no caminho. A dificuldade é que apopulação humana cresce continuamente e aumenta anecessidade de água para consumo humano, para a indústria,para irrigação de lavouras e para movimentar usinashidroelétricas. Além disso, a mesma população interfere noprocesso de transformação da água de tal forma que aquantidade disponível nas torneiras; disponível nosbarramentos, para produção de energia elétrica; disponívelnos pivô, para irrigação de culturas torna-se insuficiente, emquantidade e em qualidade, para atender à demanda dapopulação.

Quando descobriram, povo e governo, que a quantidade deágua é finita; as reservas, nas represas, já estavam,perigosamente, aquém dos limites críticos. Como resultado:povo alarmado, água racionada, autoridades com soluçõespaliativas ou sem soluções viáveis. Falta água nas grandes enas pequenas cidades, falta água para geração de energia epara irrigação.

A mídia comenta, diariamente: a represa tal contém, apenas,tantos por cento de sua capacidade; a outra já está no segundovolume morto; o rio tal está assoreado, matas ciliares foramderrubadas, mortandade de peixes aqui, aguas negras porrevolvimento do fundo do rio acolá, desperdício de agua tratadanos vazamentos da tubulação, racionamento de agua, bônuspela economia, ônus pelo excesso de consumo.

O alerta chegou à zona rural de Gouveia. As escolasmunicipais de Gouveia: “Profa. Zezé Ribas” de Pedro Pereira,“João Baiano” de Camilinho e “Osório Roseno Araújo” doEspinho organizaram um projeto, sob a coordenação daSupervisora Escolar Professora Rejiane Daiany, com o titulo:

PROJETO ÁGUA – O BEM MAIS PRECIOSO

O projeto foi desenvolvido com atores e cronogramasdiferentes em cada uma das escolas. A programação deCamilinho, desenvolvida de 20 de março a 8 de abril, constoude sessão de cinema, palestra sobre água, coral com músicareferente ao tema, concurso de fotografia, teatro – tema:

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Artigos

Boletim Informativo da AFAGO página 7

conversa entre rios – e culminou com limpeza e cerca aoredor de uma nascente, com a presença de toda a escola. Aprogramação envolveu toda a escola: professores e alunos.A nascente visitada, limpa e cercada se localiza na Lapa,cabeceira do córrego de Tãozinho Almeida.

A diretora Adriana, atenta à segurança de seus alunos visitoua nascente, acompanhada da supervisora Rejiane, professorados Anjos, motorista Dedé, estudante morador na localidadee conhecedor da nascente, guia Joaquim Moreira e estearticulista, convidado para fazer a reportagem. A celebração,depois de cercar a nascente, terminou com alegre piquenique.

E as nascentes de águas de Camilinho?

Justamente aí está o interessante da história. As Escolas Ruraisde Gouveia fizeram sua parte, deram sua contribuição. Hámuitas nascentes para serem protegidas, esperamos que

outros sigam o exemplo. Isto é só o começo. As nascentesprotegidas vão formar os regatos, estes, os córregos e depoisos rios. Mas, se a população e a indústria continuar poluindo,desmatando as margens dos rios, desperdiçando a aguatratada, o esforço das nossas escolas será de pouco valor.Contudo, lembrando a lenda do beija-flor, que voando de cápara lá e lançando pingos de água sobre o fogo que consumiaa floresta, foi contestada pelo elefante:- Você não vai conseguir controlar o fogo!- Não, respondeu o beija-flor. Não consigo debelar o fogo,mas estou fazendo minha parte.

O elefante compreendeu e com sua imensa tromba lançavaágua, como uma mangueira de bombeiro, sobre o fogo. Todosos demais elefantes o seguiram e todos os animais depoisdeles. O fogo foi controlado! À noite todos reunidos sobre arelva, apreciaram o luar. Nunca o viram tão belo.

Informática na UFV: o inicio

Raimundo Nonato de Miranda Chaves

Teresa Maria da Cruz, da equipe responsável por organizar acelebração do cinquentenário do CPD1, gentilmente me en-viou algum material de que dispunha para publicar a históriadesta entidade.

Prendeu minha atenção relatório de Marcio Lívio, ex-diretordo CPD, onde ele mostra a situação atual de rede Intranet,com os nós e terminais, e sua conecção com a Internet. Im-pressiona pela quantidade de equipamentos e suasinterconecções, satisfaz o orgulho da UFV – massagem noego é reconfortante –, mas é informação de um ponto noespaço e no tempo. É evidente que a caminhada até atingir ostatus atual foi conseguida à custa de muito esforço e dedi-cação de muitas pessoas da UFV, cada uma delas contribu-indo com seu quinhão. Também é evidente que causas exter-nas à UFV influenciaram nesta caminhada; influenciarampositivamente e influenciaram negativamente, haja vista olongo período que o país atravessou com a economia fecha-

da e sem possibilidade de assimilar as novas tecnologias de-senvolvidas nos centros mais avançados. Influência positivaeu credito, a maior percentagem, ao notável desenvolvimen-to mundial da tecnologia, que cresce de forma acelerada.Esta causa interfere na UFV e interfere, claro, nas institui-ções similares. Daí a questão: Qual a situação da UFV, con-siderando informática, no conjunto das Universidades maisconceituadas do país?

A UFV é uma delas!

Eu estou aposentado, há mais de duas décadas, e não tenhoinformações para comparar diferentes pontos no espaço, nomesmo tempo, isto é, Viçosa e outras Universidades, com Umaiúsculo, no momento atual. No entanto, posso ajudar nacomparação considerando o espaço fixo e variando o tempo,isto é, a Viçosa de hoje e a Viçosa de outrora, repito, conside-rando informática.

Cenário e personalidades de cinquenta anos atrás:

Fábio Ribeiro Gomes, professor de Estatística; eu, de Mate-mática, ano de 1965, meu primeiro ano como docente substi-tuindo o Professor Antônio Gonçalves que aposentara, no anoanterior. Matemática e Estatística eram duas cadeiras do

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Boletim Informativo da AFAGO página 8

Artigosdepartamento de Engenharia Rural sob a chefia do professorAvelino Mantovani Barbosa. Engenharia Rural era um dosdepartamentos da ESA, dirigida pelo professor GeraldoMartins Chaves.

Como representante de cadeira tínhamos assento na EgrégiaCongregação da ESA, colegiado tradicional, conservador, ri-goroso e respeitado. O ensino de matemática se resumia aum ano de cálculo infinitesimal lecionado para estudantes doprimeiro ano da ESA e da ESF. Nas aulas práticas eu ensina-va, também, fundamentos e manejo de Régua de Cálculo.Isto mesmo: régua de cálculo. Instrumento útil para diversasoperações e, inclusive, substituía a tábua de logaritmo; hojepeça de museu, da mesma forma, só para lembrar, que japo-neses usavam o Soroban – ábaco no sistema de base cinco –, japoneses, usando o soroban, competiam e ganhavam decalculadoras de mesa, executando operações de soma.

No CPD, máquinas convencionais: perfuradoras de cartão,modelo IBM 29; classificadora de cartão, modelo IBM 59 ea tabuladora, modelo IBM 407. O cartão tem nada a ver comcartão magnético usado como arquivo removível em PC,notebook e câmera digital. Trata-se de uma peça de papelespecial, padronizado, com 80 colunas e 13 linhas, nas linhasde 0 a 9 a perfuração indica o digito decimal correspondente;nas três linhas restantes, chamadas de zonas A, B e C opadrão: perfuração na zona A e em uma linha de 0 a 9 repre-senta os caracteres do alfabeto: A, B,... J e assim alterando azona obtêm-se todos os caracteres do alfabeto e mais algunscaracteres especiais.

A tabuladora IBM 407 era uma máquina de contabilidadecapaz de ler cartão perfurado, totalizar campos do cartão,fazer decisões simples, imprimir resultados, e ainda perfurarcartões com dados resultantes de processamento, servindode entrada para nova fase do processamento. Para operar a407 utilizava-se um painel de controle removível.

O CPD de então era usado para processamento administra-tivo: folha de pagamento, na época que contracheque eraconhecido como Holerite; registros do patrimônio; estoquede materiais e alguma coisa da diretoria financeira. Na áreaacadêmica, apenas, relação de estudantes nas folhas de cha-mada para cada disciplina.O site eletrônico: http://intermeio.ufms.br/revistas/25/25%20Artigo_04. reproduz artigo de Maria das Graças M.Ribeiro e mostra que Viçosa vivia uma fase de mudanças,dali transcrevo:

1. Inquestionavelmente, uma das fases maisauspiciosas da história da UREMG foi a da ines-timável colaboração da Universidade Purdue,intermediária entre a Agência para o Desenvol-vimento Internacional do Governo Norte-Ameri-cano – USAID, e a Universidade Rural do Esta-do de Minas Gerais – UREMG, que se estendeude 1952 a 1973. Afirmação de Edson Potsch deMagalhães.

2. Do mesmo modo, Guy Capdeville chama atenção parao “surto de desenvolvimento” vivido pela insti-tuição no final da década de 1950, graças aosrecursos advindos não só do estado de MinasGerais, mas também graças ao aporte da PurdueUniversity. Segundo o autor, os recursos propor-cionados pelo envolvimento da instituição com aUSAID garantiram-lhe, posteriormente, um inten-so processo de modernização. Capdeville apon-ta a criação do Instituto de Economia Rural comomarco deste processo, no bojo do qual se esta-beleceram as condições para a criação, em 1961,dos cursos de pós-graduação stricto sensu “nosmoldes do ‘Master of Science’ norte americano”na UREMG.

Agora, minha convivência pessoal:

Iniciei o mestrado em Economia Rural, no ano de 1964, comoestudante da terceira turma. Duas turmas anteriores, res-pectivamente, 1962 e 1963. Encontrei uma Viçosa emefervescência, começaram os cursos de pós-graduação emdiversas áreas. Muita gente voltando à universidade para oscursos recém-criados, muitos americanos nos seus reluzen-tes Impalas – modelo luxuoso da Chevrolet/GM conhecidocomo rabo-de-peixe.

Todas estas transformações eram formas de pressão sobrea necessidade de se criar o sistema de processamento dedados que atendesse às exigências da área acadêmica. Masnaquele ano havia, apenas, no Instituto de Economia Rural,uma sala/laboratório com máquinas, muitas delas, modelosdos fabricantes Facit e Frieden. Máquinas de calcular demesa, eletromecânicas, sem dispositivo para impressão e comcapacidade para as quatro operações. Eram equipamentosnovos, eficientes para executar as tarefas para que foramconstruídos, mas não atendiam às necessidades deprocessamento, conforme exigiam os trabalhos de pesquisa.

Devo me estender um pouco para facilitar o entendimento.O agricultor, principalmente, das regiões mais afastadas doscentros, trabalhavam num ponto de “custo mínimo”, isto é,derrubavam a mata, queimavam, e plantavam durante um oudois anos e, então, passavam à frente e derrubavam a matada gleba vizinha. O que resultasse, mesmo com falta de chu-vas ou com ataque de pragas, era lucro porque os custoseram mínimos. Os americanos, liderados pelo professorEdward Schuch, conceituado economista, com a caracterís-tica praticidade americana, defendiam a ideia de “pesquisapara solução de problemas, pesquisa para solucionar o pro-blema sentido”. Seja trabalhar com dados reais, coletadosnas propriedades e obter resultados que pudessem ter utili-dade para o agricultor. O modelo mais usado era aquele que,representando matematicamente o problema sentido, permi-tia calcular o ponto de “lucro máximo”. Não se tem que pro-duzir o pé-de-alface mais bonito, tem-se que produzir aqueleque lhe proporciona o maior lucro, o maior resultado finan-

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Artigosceiro; lembrava sempre o ilustre professor Schuch. O mode-lo consistia em estimar uma forma algébrica que expressas-se a quantidade do produto como função dos insumos oufatores de produção. Esta função de produção era obtidausando a técnica estatística conhecida como análise de re-gressão. Conhecida a relação: produto vs insumos de produ-ção, construía-se a função de lucro: preço do produto x quan-tidade produzida (variável) menos a soma de preços dosinsumos x quantidades de insumos usados (variáveis).

Ao dispor da função de lucro, a coisa ficava fácil, já se podiaver a luz no final do túnel.

Agora era usar a técnica de calculo diferencial, calcular asderivadas parciais, igualar à zero – ponto máximo relativo dafunção de lucro – e resolver o sistema de equações linearresultante. Surpresa! O que era mais simples – resolver umsistema de equações – tornava-se o mais complicado. Ti-nha-se que calcular a inversa da matriz de coeficientes dosistema de equações. Isto era como estar próximo do caste-lo, ver a princesa à janela e ter que atravessar o canal deproteção, sem usar a ponte levadiça. Para conhecer a difi-culdade de vencer esta travessia, só tentando. A dificuldadepara calcular a inversa da matriz, também. Por isso sugiroque, para relaxar, com lápis e papel para anotar cada opera-ção, com uma máquina de calcular, faça a tentativa. Sugirouma matriz de dez linhas e dez colunas. Recomendo nãousar o método dos determinantes porque vai ser mais cansa-tivo. Para o pessoal do processamento de dados, uma ana-logia: inverter a matriz é tão cansativo quanto o trabalho deconvencer o analista (desenvolvedor) de sistemas a elaborara documentação dele. Tarefa imprescindível para que odesenvolvedor não se torne o dono do sistema.

Detalhei um exemplo para mostrar a necessidade sentida deequipamentos de cálculo mais avançados do que as máqui-nas eletromecânicas. É apenas um exemplo.

Cursos de pós-graduação instalados em outros departamen-tos: Fitotecnia e Zootecnia, com exigência de trabalhos deexperimentação envolvendo analises estatísticas, exigia ope-rações extenuantes de cálculos.

Na Economia, seminários eram organizados e o tema Pro-gramação Linear já era comentado, mas a continuidade deestudos na área ficou prejudicada pela dificuldade de cálculona solução do Simplex. A primeira tese (dissertação) na área,requisito para o mestrado em Economia Rural2, de minhaautoria, só foi defendida em 1969.

A universidade, desde o tempo da antiga ESAV, Escola Su-perior de Agricultura e Veterinária, matinha, como principio,desenvolver Ensino, Pesquisa e Extensão, certamente sebeneficiaria com a modernização do sistema computacional.

O dinamismo da universidade exigia mais das áreas de ma-temática e estatística. O curso de Agronomia sofreu altera-ções com a introdução da Diversificação, isto é, os estudan-tes no último ano do curso adquiriam o direito de frequentar

grupos diversificados de disciplinas, daí surgiu a necessida-de de criar novas disciplinas; Oferecemos, então, para es-tudantes de Engenharia Rural disciplinas de Cálculo Avan-çado e Álgebra Linear.

A pesquisa em Ciências Agrárias, envolvida com desenhosexperimentais, exigia suporte de estatística, principalmente,análise de variância. Com a pós-graduação, principalmen-te, em Economia Rural tornou-se necessário desenvolver,também, análise de regressão. Organizamos e ministramoscursos nesta área.

A necessidade de adequação do processo computacional,seja a substituição de calculadoras eletromecânicas porequipamentos mais avançados, era unanimidade. A univer-sidade, pode-se dizer, estava motivada e receptiva à insta-lação de computador.Agora, era agir. Isto é o que se fez.Professor Fábio, muito bem relacionado com os america-nos da Universidade de Purdue, presentes em Viçosa e,com visão e competência para assumir a liderança doprocesso, viajou aos EE.UU. e ao retornar trouxe um pré-livro, em uso em Purdue para curso de Introdução àCiência de Computação (ICC). Nós, às vezes ele, àsvezes eu, traduzíamos capítulos deste pré-livro, e osreproduzia em mimeografo da Cooperativa Estudantil. Euapresentava e discutia a matéria desta apostila, substituin-do uma aula de cálculo, a cada semana. Despertamos ointeresse de muitos estudantes que passaram a frequentaro CPD. Vale citar Julião Braga, Augusto, Heleno, Moisése alguns outros. Um grupo de professores novos, recém-contratados, interessados e colaborando em cursos dematemática e estatística; Paulo Afonso, Martinho, HercioLadeira, mais os professores de estatística: Laede eCondé. formou comigo e o professor Fábio um grupo deestudos. Tínhamos à nossa disposição o pré-livro, jácitado; tínhamos publicações na forma de instruçãoprogramada editadas e distribuídas pela IBM; tínhamosmanuais de linguagem de computador; alguma orientaçãode técnicos da IBM. Completamos tudo isto com corageme dedicação. Alguns membros do grupo desistiram pelomeio do caminho e foram saltando do barco, à medida quenavegávamos na bruma. O grupo estudava, cada um noseu ritmo e conforme seu interesse, lógica de programa-ção e FORTRAN3. Estávamos nos preparando, masainda não tínhamos o computador. A noiva sempre atrasa-da. Já sabíamos que seria um modelo IBM 1130, conside-rado computador de segunda geração, transistorizado, –de primeira geração eram os computadores de válvula –,com dezesseis K de memória, fornecido pela IBM emregime de arrendamento mercantil, com financiamento doBNDE.

Além da burocracia para o processo de financiamento,burocracia para o processo de importação do equipamen-to dever-se-ia considerar obras civis, para adequação doespaço. Metade do pavimento térreo do prédio da Quími-ca, hoje prédio Fabio Ribeiro Gomes, foi destinada ao

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ArtigosCPD e iniciaram os trabalhos, parecia a preparação de umvestido de noiva. Piso falso, emborrachado, para passagemdo cabeamento; teto rebaixado para passagem dos dutosde ar condicionado; paredes revestidas de lambris, instala-ção de luz branca. Aquilo era um luxo!

Nesta altura da história, professor Fábio acordou com o pro-fessor Harry Farrer, da Escola de Engenharia da UFMG adisponibilização de computador, ali instalado, para uso do nossogrupo de trabalho. O acordo fixava uma hora por semana, àssextas feiras, entre 12 e 13 horas. O grupo encarava a via-gem numa Kombi, às vezes dirigida pelo próprio professor,saindo muito cedo de Viçosa. Asfalto? Depois de Ouro Pre-to. Cada um com seu pacote de cartões perfurados e a espe-rança de ver o programa rodando.

Até que, em um dia como qualquer outro, lá estava professorFábio desembalando os equipamentos. O aviso: apenas fun-cionários da IBM podem abrir! Não foi respeitado. A ansie-dade era muito grande. E nós fomos vendo sair das caixas: aC.P.U. – unidade central de processamento; a leitora/perfu-radora de cartões; a impressora; a unidade leitora/gravadorade fitas magnéticas e um plotter. A CPU fabricada na Holandae a leitora de cartões fabricada na Bolívia4. Logo chegaramos técnicos da IBM e instalaram todo o equipamento, oaterramento, atrás do prédio, com barras de cobre, pela quan-tidade e tamanho, era uma medida do cuidado com a segu-rança. O computador era muito precioso e tratado como tal.

O luxo das instalações e a movimentação de gente provoca-ram um frisson na universidade e as visitas intensificaram. Aparede da sala do computador, a da frente, com a metadeinferior de alvenaria e vidro na superior, permitia a visão seminterferir no processamento. Muitos visitantes se frustravam,afinal via-se algo como quatro ou cinco caixas, cor cinza chum-bo, uma delas com um painel com luzes que piscavam insis-tentemente; a outra parecia trepidar com o processo mecâni-co de ler cartões; uma terceira imóvel, mas às vezes impri-mia, em formulário continuo, com grande velocidade. Lá nofundo à esquerda uma caixa mais alta, parecia uma geladei-ra, mas com a parte superior de vidro transparente, permitiaa visão de dois carreteis interligados com uma fita magnéticaque giravam, um no sentido do relógio, outro no sentido opos-to. Depois se invertia o sentido do movimento. Os carreteispareciam disputando cabo-de-guerra o da direita puxava,depois cedia para o da esquerda. Quando alguém explicavaque o carretel girando para a direita, então o computadorprocurava localizar o inicio de um arquivo; encontrando-o ini-ciava a leitura o sentido de caminhamento da fita magnéticase invertia. Mas, o que é arquivo? Perguntavam novamente.Haja paciência! Para completar o visitante via, também, emcada canto da sala, um desumidificador. O tratamento eravip, temperatura e humidade controladas.

Tudo parecia perfeito.

Como? Parecia?

É verdade, lá no cantinho da sala, sem prestigio, estava umpainel que informava os parâmetros da energia elétrica quechegava à sala. No mostrador do voltímetro, o ponteiro mar-cava 70 volts5 , quando deveria marcar 110 volts. Ninguémquer correr risco de pane no equipamento. Ninguém que cor-rer risco de mau funcionamento de qualquer unidade. Solu-ção: desligar o computador, durante o dia e religar à noitequando outros setores da universidade estão fechados e, porisso, aumenta a disponibilidade de energia no CPD.Fizemos isso! Trabalhávamos durante o dia e durante anoite, também. Nas salas de aulas durante o dia e no CPDà noite.Do ponto de vista do inicio da computação na antigaUREMG, minha contribuição termina aqui. Mas, computa-ção é meio, é instrumento para a universidade atingir seufim último, o ensino. Portanto, me permito alongar, umapágina ou pouco mais, para considerações sobre o ensino.Vencido a inercia, iniciado o movimento, passado o sufocoinicial, computador disponível, tinha-se que formalizar oconhecimento nas áreas de matemática e de informática,novos cursos, novos departamentos deveriam ser criados,afinal universidade está associado à universalidade, aouniversal, ao todo. Não havia professores com pós-gradua-ção nestas áreas, além do professor Fábio Ribeiro Gomes,PhD em Estatística. Era fundamental que se cuidasse,inicialmente, da formação de professores. Esta nova etapainiciou durante as férias de verão de 1970, quando acompa-nhei o professor Fábio em um Seminário na PUC/RJ6,durante uma semana nos foi dada a oportunidade de traçaros rumos para o futuro próximo. Neste mesmo ano, duranteas férias de julho, voltei à PUC/RJ, agora com o professorMansur Nacif e ali permanecemos durante um mês, partici-pando de cursos de extensão. Meu desempenho nestecurso garantiu a aceitação no curso de mestrado eminformática7, que iniciei em fevereiro de 1971.O mestrado na PUC/RJ abrangia duas áreas: PesquisaOperacional (P.O.) e Análise Numérica de um lado, Teoriada Computação e Desenvolvimento de Software do outro.Optei pela primeira linha. Naturalmente que havia discipli-nas em comum que me possibilitariam a continuidade doprocesso de computação em Viçosa e, ao mesmo tempoestaria me preparando para novas áreas: O estudo de P.O,envolvendo Métodos de Otimização e Simulação, abririaum grande leque de novos modelos matemáticos quepoderiam ser de grande utilidade à pesquisa em Viçosa.Análise Numérica é fundamental para métodos interativose estudos de convergência, sem o que não é possível asolução de problemas de modelos não linear.Os cursos de pós-graduação em informática foram instala-dos, no Brasil, antes dos cursos de graduação. Os profes-sores eram brasileiros que frequentaram cursos no exteriore professores visitantes, vindo de centros mais avançados.Os estudantes eram diplomados em matemática, física eengenharia, além de poucos; muito poucos vindos de outrasáreas de estudo como o meu caso, diplomado em agrono-mia. Por isso, ao iniciar o curso de mestrado, me senticomo um “estranho no ninho”, ali reunidos, estavamdiplomados em centros de ensino de ponta. Meus colegas,

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Artigos

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engenheiros, na maioria, alguns, coisa de dois ou trêsbacharéis em matemática, eram proveniente do InstitutoTecnológico de Aeronáutica (ITA), do Instituto Militar deEngenharia (IME), da UFRJ, da UFRMG, da UFRGS e daprópria PUC/RJ. Eu me sentia o “Minerim” vindo de umaescola de agricultura do interior de Minas Gerais. Todavia,antes de completar dois anos, precisamente em novembrode 1972, apresentei minha tese (dissertação), sob a orienta-ção do professor visitante Klaus Galda, de nacionalidadealemã, professor de Teoria de Jogos. Abordei ideia bastan-te avançada, naquela época: um processo adaptativo quelevava o computador a identificar a estratégia de umoponente, numa sequencia de jogos soma zero. No anoseguinte, com incentivo do professor Fábio, já frequentavadisciplinas visando o doutoramento.Este relato é para me vangloriar? Pode ser! Talvez seja!Escrevi no inicio deste relato que uma massagem no ego éestimulante. Mas, serve, também, para demonstrar oexemplo que permitiu a outros seguiram na mesma linha.Mansur, Heleno, Manoel Vieira e Aurélio Raggi, todosagrônomos e pioneiros alcançaram sucesso nos cursos demestrado8, Mansur na PUC/RJ, os demais na UFMG.Também, serve para demonstrar que o agrônomo deViçosa, seja da ESAV, da UREMG ou da UFV, têm sidopreparado para enfrentar problemas não só na área deciências agrarias.O grupo citado, repito, engenheiros agrônomos, acrescidodos professores da Estatística: Laede, Condé e Tiebauth,todos engenheiros agrônomos de Viçosa, que frequentaramcursos de mestrado em Piracicaba, na ESALQ – EscolaSuperior de Agricultura Luiz de Queiroz e. sob a orientaçãodo professor Fábio, também engenheiro agrônomo deViçosa; este grupo criou o Departamento de Matemática.Bacharéis graduados pelo Departamento de Matemática:Leacir, Luizinho, Maria José, Braz, e outros, além deprofessores vindos de outros centros, foram incorporados àequipe da matemática, sangue novo que revigorou a equipee fez crescer o interesse pela computação como tal. Ogrupo de P.O. e o grupo de computação, formamos juntos oDepartamento de Informática. Enquanto os grupos dematemática pura e estatística continuaram com o Departa-mento de Matemática.(Footnotes)1

Observem que estou me referindo ao Centro de Processamentode Dados, masculino, como foi criado para servir às unidadesacadêmicas da Universidade Rural do Estado de Minas Ge-rais, UREMG: Escola Superior de Agricultura, ESA; EscolaSuperior de Ciências Domésticas, ESCD; Escola Superiorde Florestas, ESF e a Escola de Pós-Graduação. Nos anossetenta, com a reestruturação da então Universidade Fede-ral de Viçosa, UFV, mudou-se o sexo da entidade. Centropassou a Central, neste caso Central de Processamento deDados, para diferenciar das novas unidades acadêmicas, agora denominados

Centros de Ciências e não mais Escolas: Centro de CiênciasAgrarias, Centro de Ciências Biológicas, Centro de CiênciasExatas e Centro de Ciências humanas.2 Quase tudo era americano: professores, computadores,métodos, mas o diploma de mestre em latim, homenagemàs origens, Magister Scientiae em Economia Rural.3 Naquela época eram duas as linguagens de programação,conhecidas como linguagens de alto nível: COBOL dirigidapara aplicações comerciais. Em Viçosa foi usada mais tardequando foram contratados analistas e programadores paraatender a área administrativa. FORTRAN de FORmulaTRANslation dirigida para área cientifica. Nosso grupo eraformado por professores e que estavam voltados para as ati-vidades acadêmicas. PL1, linguagem mais poderosa do que o FORTRAN, veiodepois.4

Na América Latina, não raras vezes, o governante desapro-priava unidades fabris. Então, as corporações internacionaisse protegiam produzindo unidades em países diferentes. Foiassim que nossa leitora de cartões veio da Bolívia.5 A energia elétrica usada era produzida na pequena centralhidroelétrica da própria universidade, conhecida como Usinada Casquinha. Esta PCH projetada para a universidade dadécada de 30 não tinha potencia suficiente para a de 60. Aenergia elétrica da cidade, produzida na Usina da Brecha,Rio Piranga, não era suficiente para si e, muito menos, parasocorrer a universidade.6 PUC/RJ, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janei-ro era centro de excelência em informática para a AméricaLatina, na área de software; associada à USP, Universidadede São Paulo, na área de hardware.

7

Ciência da Computação e Informática têm o mesmo signifi-cado. Se o grupo original esteve mais associado a entidadesou professores americanos usam a expressão: Ciência daComputação, tradução de Computer Science. Quando, a in-fluencia foi europeia usam Informática, tradução deInformatique.

8 Interessante observar que Mansur continuou com estudosna linha de Análise Numérica; Heleno, Manoel e Raggi for-maram , com Galdino, e comigo uma forte equipe de P.O.,acredito das mais fortes da universidade brasileira.

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ArtigosEu, também, participei de evento histórico, dia 24 p.p., na Universidade Federal de Viçosa – UFV. Celebrava-se ocinquentenário de criação do Centro de Processamento de Dados – CPD, hoje, Diretoria de Tecnologia da Informação– DTI.Rica exposição de equipamentos de computação antigos e coleção de fotos dos ex-diretores organizadas no hall daBiblioteca Central, onde foi servido, também, o coquetel.A seção solene, com a presença da administração superior da instituição, aconteceu no auditório da Biblioteca Central,quando diversos oradores se expressaram e foram entregues, aos ex-diretores, ”Diploma de Reconhecimento por ServiçosPrestados”.

Mesa que presidiu os trabalho:a partir da esquerda, Michelini,diretora da DTI; Demetrius,vice-reitor; Nilda, reitora;Sebastião, pro-reitor deplanejamento e orçamento;Raimundo Nonato,representante dos ex-diretores.

Raimundo Nonato recebendo o certificado dereconhecimento por serviços prestados.

Vista geral da plateia.

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Artigos

Equipe atual da DTI (115 funcionários, rede que permite quatro mil usuários acessarem simultanea-mente em conexão sem fio e a sete mil computadores se conectarem em rede cabeada.)

Raimundo Nonato com alguns de seus colaboradores (1978/1982)

Esta homenagem ao nosso Doutor Raimundo em Viçosa, na Universi-dade Federal, dá a dimensão da contribuição de Gouveia - Camilinho,

diga-se também - para o desenvolvimento do Brasil.

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Trabalhos do Prêmio Afago

Escola Estadual Aurélio PiresProfessora KÁTIA CRUZHelen Júlia de Oliveira - Turma: 7º ano 02 – A ConfusãoVanessa Aparecida Pereira - Turma: 8º ano 02 – MulherElaine Batista Santos - Turma: 8º ano 01 – ÁguaRomenique Ottone Camelo - Turma: 8º ano 01 – Assalto daGangue do Cabelo VerdeAna Clara Antunes - Turma: 7º ano 02 – Meu encontrocom um gnomoIgor Lima Souza - Turma: 7º ano 02 – Meu encontro comum gnomoHenrique Antônio Duque de Lima - turma: 8º ano 02 – Aimportância da águaHelen Júlia de Oliveira - Turma: 7º ano 02 – O gnomo

Professora Andreia Aparecida de Almeida NascimentoEduarda Tamires de Almeida - turma: 7º ano 01 – O futuroda Humanidade em sua mão

Professora Sumara Kênia Leão de oliveira MarquesLariene Pires de Souza Rocha Santos - turma: 9º ano 01 –Ainda sinto sua faltaLariene Pires de Souza Rocha Santos - turma: 9º ano 01 –Amor: um sentimento avassaladorLariene Pires de Souza Rocha Santos - turma: 9º ano 01 –A grande novidadeKleicy Cristina Joana Ribeiro - turma: 9º ano 01 – AmizadeIgor Alberdan dos Santos Silva - turma: 9º ano 02 – Ondeestás?Caroliny Estela Guedes Cardoso - turma: 9º ano 01 – AmorAngelina Daisy Araujo Rodrigues - turma: 9º ano 01 –Amor?Ana Paula de Oliveira - turma: 9º ano 02 – Amigos dizem“Te amo”Deivison dos Santos - turma: 9º ano 02 – SaudadesUlisses Alves Barbosa - turma: 9º ANO 02 – A meninaimpaciente

Professora Andreia Aparecida de Almeida NascimentoAnne Caroline Pereira - turma: 7 ano 01 - Economizarágua é esbanjar inteligênciaAdriana de Souza Brandão - Turma: 6 ano 01 – Nossa joiarara pedindo socorroTamara Júlia da Silva - Turma: 6 ano 01 – Sem água, semvidaRayane Aparecida Mendes de Almeida - Turma: 6 ano 01– Água: um presente de DeusCarolina Aparecida E. R. - Turma: 7 ano 01 – SonhosAnne Caroline Pereira - Turma: 7 ano 01 – ÁguaMilena Paulino de Melo - Turma: 7 ano 01 – MinhaHeroína é Minha Vida m superCarolina Aparecida Elias Rodrigues - Turma: 7 ano 01 –Minha heroína

Escola Estadual Ciro RibasProfessora Deysiane Maria Assis ZilleAna Paula Batista Pereira - 3º Ano do Ensino Médio –ÁguaAdriele Thais Pereira dos Santos - 2º ano do Ensino Médio– DrogasSara Lívia Coura Silva - 1º ano do Ensino Médio - OEncontro da DespedidaMaria Lauriene de Jesus - 1º ano do Ensino Médio - Umgrande amorJéssica Estéfane de Souza Alves - 2º ano do Ensino Médio– Lembranças Eternas

Professora Mislaia Fernandes da SilvaRafaela Maria Trindade dos Santos - 8º ano do EnsinoFundamental - Uma lição de vidaPriscila dos Santos Pinto - 9º ano do Ensino Fundamental –Cabelos ao vento

Escola Estadual Joviano De Aguiar

Professora Não constaNatália Cristina - Ano/Turma: 3º ano 06 - Redução daMaioridade PenalRayssa Assis - Ano/Turma: 3º ano 06 - Educar paraprevenirLarissa Estefany Vieira dos Santos - ano/turma : 2º Ano 09- Anjos da noiteLarissa Estefany Vieira dos Santos - segundo ano 09 - Oque vem depois do amorLarissa Estefany Vieira dos Santos - segundo ano 09 - Áprocura da felicidadeLarissa Estefany Vieira dos Santos - segundo ano 09 -Perdida na solidão

Professora Desirê Adrienne de OliveiraErick Victor Ribas Paulino (6º ano) - Coisas que deixam agente felizHelen K. R. Paulino (6º ano) - Coisas que me deixam felizAna Laura Monteiro Morais (6º ano) - Coisas que medeixam felizLarissa Fagundes de Oliveira (6º ano) - Coisas que medeixam feliz

Escola Municipal João BaianoProfessora Geralda Eunice Moreira e Rocha Marcone Almeida 8º ano - PreciosidadeDanieli Wanessa Rodrigues 7º ano A Água SemDesperdícioDarlisson Geraldo Mendes 7º ano A ÁguaAline Pereira dos Santos 8º ano – ÁguaAnete Aparecida Sobrinho 8º ANO - A Escassez da ÁguaÉrica Guedes Pereira de Oliveira 9º ano - Bem Precioso

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Na mão de Deus

Helcinária Cristina Santos Almeida 9º ano - Sofrimento deTodosEvelyn Fernanda dos Santos 6º ano - A Beleza da NaturezaGresieli Caroline da Silva Mendes 6º ano - A NaturezaEmiliane Guedes de Oliveira 8º ano - Uma FamíliaDestruída

Escola Estadual Augusto Aires Da MataMachado.

Professora Marcélia Alves RanulfoVictor Maykon Oliveira Silva - turma: 6º ano - A Água

Professor Luciano dos Santos.Ana Laura Miranda. - turma: 9º ano safira. - O FimAna Laura Miranda - turma: 9º ano safira. Pense...Elisabete Santana - turma: 9º ano safira - Namoro naAdolescência

Professora Marcélia Alves RanulfoDaniel Pablo Ávila Neves. - turma: 7º ano âmbar. - Eu NãoSeiCamilly Luiza Carvalho Brandão. - turma: 7º ano âmbar. -O Herói Que Eu Quero Ser...

Escola Municipal Professora Zezé Ribas

Professora Marcileia de Jesus Oliveira Silva

Camila Aparecida Pinto - Serie: 7º ano - A política brasileiraCamila Aparecida Pinto - Serie: 7º ano - ÁguaErica Miliane da Silva - Serie: 8º ano - A escassez da águaErica Miliane da Silva - Serie: 8º ano - Depoimento doCerradoErica Miliane da Silva - Serie: 8º ano - O Planeta PedeSocorroCarlos Henrique Leão - Serie: 7º ano - Volta ao passadoAna Julia da silva - Serie: 8º ano - Devemos fazermudançasCassiana Aparecida Ferreira - Serie: 9º ano - Relato deTristezaEliane Maria da Silva - Serie: 6º ano - O sonho pode serealizar

Trabalhos do Prêmio Afago

25 de março Antônio Augusto Ribas do Pombal –Antônio Augusto tem a marca registrada de toda a família,saber acolher com perfeita gentileza.

25 de março - Sirlei de Elza de Cruzelina – Sirlei eragêmea com Sirlene e neta de Cruzelina Soares e JoséCaetano, residentes na rua Laurindo Ferreira.

10 de abril - faleceu em Gouveia aos 90 anos o Sr MiguelEugênio de Oliveira, conhecido como Sr Miguelzinhodos arreios

Abril - NATALINO DE LIMA, um dos precursoresdas oficinas de automóveis, de Gouveia, quando na cidadehavia pouquíssimos veículos automotores. Natalino tinhapara com os seus clientes uma atenção toda especial.No meu caso, por exemplo, eu - Adilson - lhe entregavao carro, pela manhã, ele retornava comigo até a fábrica eà tarde voltava lá, para me entregar o carro consertado.

1 de maio – faleceu a senhora Maria Geralda dosSantos Felix. Geralda da Vó Raimunda [RaimundaFerreira Mascarenhas, conhecida em Gouveia comoRaimunda de João Mané], residia no bairro Inconfidentesem Contagem e havia completado 80 anos no dia 28 deabril. Vó Raimunda deixou Gouveia no ano de 1944 comfilhos e netos à procura de emprego e perambulou pelascidades em que havia indústrias têxteis, Pirapora, Curveloe, finalmente, Contagem. A história de Sá Raimundadesvenda muitos segredos de Gouveia e explica a razãode muitas famílias somente se lembrarem de nossa terra

com sofrimento e rejeição. Apenas uma curiosidade, RaimundaFerreira Mascarenhas teve ancestrais na família de BernardoFonseca Lobo, o descobridor oficial dos diamantes. Casou-se comJoão Manuel dos Santos que a deixou em busca de trabalho emSão Paulo, sem dar mais notícias. A situação de carência emGouveia era tão grande que de duas filhas a que teve maiorsobrevida foi a senhora Sebastiana dos Santos, falecida aos 28anos de idade. Providencialmente, Sebastiana se casou comRaimundo Moreira de Souza cujo filho caçula se chama JoséMoreira de Souza. Os filhos do sexo masculino, excetuado ocaçula, Antônio, todos faleceram precocemente. Apesar disso,todos os filhos deixaram em Gouveia a marca de serem bonsjogadores de futebol. Efigênio como duplamente goleiro, no gol eno gole. João Pafúncio era admirado como sineiro. Uma semanaapós seu falecimento, no ano de 1955, o sino menor da matriztrincou e precisou ser refundido com o da Igreja do Rosário, jádemolida.

3 de maio - Faleceu no dia 3 de maio último, em Gouveia, onde foisepultado, o senhor Pedro Augusto Sobrinho, mais conhecidocomo Pedro Saraiva.

Pedro Saraiva residente em Camilinho até poucos anos passados,quando transferiu sua residência para a fazenda da Contagem doGalheiro, propriedade de seu filho Cleuber. Homem trabalhador,com idade avançada, continuava na lida da propriedade rural. Paide nove filhos, faleceu com 91 anos de idade.”

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REMETENTEAFAGO - Associação dos Filhose Amigos de GouveiaAvenida Amazonas 115 - sala1709

CEP: 30180 - 000 - BELO HORI-ZONTE - MG

IMPRESSO

Boletim da AFAGOÓrgão Informativo da Associação do Filhos e Amigosde GouveiaAno VIII – N ° 1 - Janeiro- Fevereiro 2015.www.afagouveia.org.br

Diretor Responsável – Adilson do NascimentoEditoração Gráfica: José Moreira de SouzaCrédito das Fotos: Afrânio Gomes, José Moreira deSouza, Raimundo Nonato de Miranda Chaves,Rudson Fagundes Oliveira

Diretoria da AFAGOPresidente de Honra: Waldir de Almeida Ribas inMemoriamPresidente: Adilson NascimentoSecretário: Guido de Oliveira AraújoTesoureiro: Raimundo Nonato de Miranda ChavesPatrocinadores:Diretores da AFAGOComissão EditorialGuido de Oliveira Araújo.José Moreira de SouzaRaimundo Nonato de Miranda Chaves

Novembro Rita Alves Ferreira -Dona Ritinha - 1 CarolinaAlbuquerqueOliveira - 3Irene VieiraPolicarpo - 4Claudinei AlmeidaOliveira – 4 Marcus Vinícius deMiranda - 5

Proezas de Afrânio GomesVale a pena acompanhar o empenho de nosso companheiro Afrânio Gomes em Gouveia. O moço registra e publicanossa pouca atenção para com o meio ambiente, constrói uma bela pousada para visitantes especiais, cuida de registraro desempenho da Câmara Municipal, realiza um belo trabalho jornalístico destacando os empreendedores rurais eainda pensa em criar um museu especial no novo espaço. Tudo isto sem intenção partidária.