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BOLETIM INFORMATIVO DA AFAGO - ASSOCI- AÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DE GOUVEIA - ANO X N° 01- JANEIRO_MARÇO_ 2017 ÚLTIMO EDITORIAL. Adilson do Nascimento É possível? Não! É quase certo? Não! É certo? Sim! É certo que este será o último editorial de minha autoria. Infelizmente! E o porquê disso? São inúmeras as causas e as razões para que isso esteja acontecendo. A AFAGO – Associação dos Filhos e Amigos de Gouveia -, como se sabe, uma entidade dotada de personalidade de direito privado, sem fins lucrativos, teve sua origem oficializada por meio de uma assembleia geral em data de 4 de dezembro de 2006. Portanto, em 4 de dezembro de 2016 completou dez anos de uma existência bastante atribulada, mas que às duras penas, vem contribuindo com os seus objetivos de promover a integração da comunidade gouveana da região metropolitana da Grande Belo Horizonte, fortalecendo os laços de união com Gouveia. Foram várias e inúmeras as vezes que tentamos mostrar à comunidade gouveana, seja por meio do nosso livro de mensagem do site afagouveia.org.br ou pelo facebook ou, até mesmo presencialmente, quando das cerimônias de entregas do Prêmio Afago de Literatura aos alunos do ensino básico (fundamental II e médio) das escolas municipais e estaduais de Gouveia, que as nossas dificuldades em relação aos aspectos financeiros e de recursos humanos estavam se apresentando cada vez mais intransponíveis. Em um trabalho de campo, de grande profundidade, excelentemente coordenado, denominado Origem e Destino, o Professor e Sociólogo José Moreira de Souza, gouveano, ardente de amor pela terra, atualmente nosso diretor de comunicação social, entrevistou 32 mil pessoas em seus domicílios, na Grande BH; 96 mil outras em rodoviárias das cidades em torno de Belo Horizonte e 12 mil pessoas na rodoviária de Belo Horizonte, ou seja, efetuou 140 mil entrevistas técnicas. Desse trabalho exaustivo, mas que lhe dera uma amostragem bastante abrangente e significativa concluiu-se que na Grande BH seríamos 3.240 gouveanos, antes residentes em Gouveia, e que migraram para Betim, Contagem, Vespasiano, Sete Lagoas, Lagoa Santa, Santa Luzia, Ibirité, Sabará, Nova Lima, Confins, Esmeraldas, Mateus Leme, Pedro Leopoldo, Raposos, Ribeirão das Neves etc. Estimava-se que a AFAGO poderia contar com pelo menos 10% desse total como associados. Seriam 324 sócios. Essa era, inclusive, a grande esperança do nosso criador e fundador médico pediatra gouveano Waldir de Almeida Ribas. Pura ilusão! Se já disseram que o gouveano é solidário no câncer isso ficou muito patente. Atualmente a Afago conta com 24 associados, sendo que desses 10 fazem parte da sua diretoria, que além de nada receberem ainda contribuem com o dobro do valor dos demais, e em razão da falta de apoio e colaboração, principalmente da sociedade civil gouveana, complementa os recursos financeiros para suportar as despesas administrativas, ainda que obrigatórias e imprescindíveis da Associação. Em Gouveia a AFAGO não conta com um único sócio sequer. Durante os dez anos de sua existência a AFAGO não angariou um único sócio novo. A sua diretoria atual, com algumas mudanças de posto, é formada pelos mesmos diretores da sua fundação. Diante de tudo isso, e muito outros fatores mais, em reunião de diretoria havida no dia 16 de fevereiro de 2017 comuniquei aos meus demais pares que ao final do meu mandato, que se extinguirá em março de 2017 eu não faria parte da chapa a ser formada para compor a nova diretoria a ser eleita, como sempre, por aclamação. Dessa forma, o próximo boletim será redigido por novo Conselho Editorial, do qual não mais farei parte e, portanto, como citei no início este marca meu último editorial, apesar de saber que sentirei saudade do convívio com os meus colegas e com os artigos, histórias e notícias que aqui são publicados. É o ciclo da vida, como muito bem disse o Professor Raimundo Nonato de Miranda Chaves, nosso atual tesoureiro, que também anunciou, antes de mim, a sua desistência em compor a nova diretoria da associação para o triênio 2017/2019. Desejo sucesso a todos, principalmente aos novos que assumirem posições na nova diretoria e que consigam aquilo que não consegui: expandir o quadro de associados, principalmente com jovens gouveanos que possam, amanhã, gerir os objetivos aos quais a AFAGO se propõe.

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BOLETIM INFORMATIVO DA AFAGO - ASSOCI-AÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DE GOUVEIA -

ANO X N° 01- JANEIRO_MARÇO_ 2017ÚLTIMO EDITORIAL.

Adilson do Nascimento

É possível? Não! É quase certo? Não! Écerto? Sim! É certo que este será o último editorial deminha autoria. Infelizmente! E o porquê disso? Sãoinúmeras as causas e as razões para que isso estejaacontecendo. A AFAGO – Associação dos Filhos eAmigos de Gouveia -, como se sabe, uma entidadedotada de personalidade de direito privado, sem finslucrativos, teve sua origem oficializada por meio deuma assembleia geral em data de 4 de dezembro de2006. Portanto, em 4 de dezembro de 2016 completoudez anos de uma existência bastante atribulada, masque às duras penas, vem contribuindo com os seusobjetivos de promover a integração da comunidadegouveana da região metropolitana da Grande BeloHorizonte, fortalecendo os laços de união com Gouveia.Foram várias e inúmeras as vezes que tentamosmostrar à comunidade gouveana, seja por meio donosso livro de mensagem do site afagouveia.org.brou pelo facebook ou, até mesmo presencialmente,quando das cerimônias de entregas do Prêmio Afagode Literatura aos alunos do ensino básico(fundamental II e médio) das escolas municipais eestaduais de Gouveia, que as nossas dificuldades emrelação aos aspectos financeiros e de recursoshumanos estavam se apresentando cada vez maisintransponíveis. Em um trabalho de campo, de grandeprofundidade, excelentemente coordenado,denominado Origem e Destino, o Professor eSociólogo José Moreira de Souza, gouveano, ardentede amor pela terra, atualmente nosso diretor decomunicação social, entrevistou 32 mil pessoas emseus domicílios, na Grande BH; 96 mil outras emrodoviárias das cidades em torno de Belo Horizonte e12 mil pessoas na rodoviária de Belo Horizonte, ouseja, efetuou 140 mil entrevistas técnicas. Dessetrabalho exaustivo, mas que lhe dera uma amostragembastante abrangente e significativa concluiu-se quena Grande BH seríamos 3.240 gouveanos, antesresidentes em Gouveia, e que migraram para Betim,Contagem, Vespasiano, Sete Lagoas, Lagoa Santa,Santa Luzia, Ibirité, Sabará, Nova Lima, Confins,Esmeraldas, Mateus Leme, Pedro Leopoldo, Raposos,Ribeirão das Neves etc. Estimava-se que a AFAGOpoderia contar com pelo menos 10% desse total comoassociados. Seriam 324 sócios. Essa era, inclusive, a

grande esperança do nosso criador e fundadormédico pediatra gouveano Waldir de Almeida Ribas.Pura ilusão! Se já disseram que o gouveano ésolidário no câncer isso ficou muito patente.Atualmente a Afago conta com 24 associados, sendoque desses 10 fazem parte da sua diretoria, quealém de nada receberem ainda contribuem com odobro do valor dos demais, e em razão da falta deapoio e colaboração, principalmente da sociedadecivil gouveana, complementa os recursosfinanceiros para suportar as despesasadministrativas, ainda que obrigatórias eimprescindíveis da Associação. Em Gouveia a AFAGOnão conta com um único sócio sequer. Durante osdez anos de sua existência a AFAGO não angariouum único sócio novo. A sua diretoria atual, comalgumas mudanças de posto, é formada pelosmesmos diretores da sua fundação. Diante de tudoisso, e muito outros fatores mais, em reunião dediretoria havida no dia 16 de fevereiro de 2017comuniquei aos meus demais pares que ao final domeu mandato, que se extinguirá em março de 2017eu não faria parte da chapa a ser formada paracompor a nova diretoria a ser eleita, como sempre,por aclamação. Dessa forma, o próximo boletimserá redigido por novo Conselho Editorial, do qualnão mais farei parte e, portanto, como citei no inícioeste marca meu último editorial, apesar de saberque sentirei saudade do convívio com os meuscolegas e com os artigos, histórias e notícias queaqui são publicados. É o ciclo da vida, como muitobem disse o Professor Raimundo Nonato deMiranda Chaves, nosso atual tesoureiro, quetambém anunciou, antes de mim, a sua desistênciaem compor a nova diretoria da associação para otriênio 2017/2019. Desejo sucesso a todos,principalmente aos novos que assumirem posiçõesna nova diretoria e que consigam aquilo que nãoconsegui: expandir o quadro de associados,principalmente com jovens gouveanos que possam,amanhã, gerir os objetivos aos quais a AFAGO sepropõe.

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Boletim Informativo da AFAGO página 2

NOTÍCIAS & COMENTÁRIOS

REFLEXÃO SOBRE A TRAJETÓRIA

DA AFAGOJosé Moreira de Souza

1949 – sob liderança do doutor Ragosino funda-seem Belo Horizonte o “Centro Goveano” com o obje-tivo de apoiar a luta pela emancipação do Distrito deGouveia. Frustrado o objetivo, o Centro é desativadoe sua memória se torna inscrita em monumento dapraça Padre José Machado.1978 – A prefeitura municipal de Gouveia, sob lide-rança de Geraldo Bittencourt imagina a fundação deuma associação de Gouveianos ausentes tendo emvista as experiências das Festas Estaduais do Alho,criadas por Gouveia. A iniciativa permanece na ideiae não se consolida.1987 – Dom Serafim Fernandes de Araújo convidaos gouveianos residentes na Região metropolitanade Belo Horizonte para a celebração da “Missa daMinha Cidade”.1995 – Na oportunidade da festa de Santo Antônio,um entusiasta gouveiano residente em Belo Horizon-te – falha-me o nome – prepara uma lista degouveianos residentes em Belo Horizonte e outrascidades e convida-os para um encontro em Gouveiano dia 13 de junho. No sábado, que antecedia à festa,Dona Zezé Ribas sofre trágico acidente na curva da

Água Branca e todos os convidados retornam ime-diatamente para o sepultamento de nossa queridaDona Zezé. Com ela foi sepultada a proposta de fun-dação de uma associação dos gouveianos ausentes.2004 dezembro – Doutor Valdir de Almeida Ribasvisita Gouveia e, na residência de Zaíde de Oliveira eJosé Antônio Gomes Pereira, concebe a ideia de fun-dação de uma sociedade dos filhos e amigos deGouveia.2005 – março. Alberone Oliveira, após tomar possena Prefeitura Municipal de Gouveia, promove encon-tro de gouveianos em Belo Horizonte para apoiariniciativa do Doutor Valdir.2005 – Doutor Valdir inicia reuniões periódicas deconterrâneos de Gouveia em sua residência paraconsolidar a fundação da AFAGO – Associação dosFilhos e Amigos de Gouveia. Essas reuniões prosse-guem ao longo do ano de 2006, até que se decidepela fundação oficial da AFAGO, com estatuto inspi-rado em congênere de Teófilo Otoni – AFATO -.05 de dezembro de 2006 – funda-se solenemente nosalão nobre da residência do doutor Geraldo Fabia-no Chaves – Bibi de Hermano – a AFAGO, com a pre-sença honrada do cardeal Dom Serafim Fernandes,da senhora Neida Mascarenhas, e de 106 amigos,tendo como orador Geraldo Bittencourt.2006 - 2016 – Nesse percurso, a AFAGO torna-seconsciente de que a existência formal implica maisônus do que bônus. Os recursos obtidos para manu-tenção não favorecem a prestação de serviços e es-ses podem ser feitos sem submissão à burocraciade declarar Imposto de Renda – sem renda -, mantercertidões negativas, sem necessidade, comprovarnão ter funcionários remunerados, comprovar en-dereço, pagar IPTU, registrar atas em cartório e de-mais deveres inerentes à manutenção de uma sede.23 de março de 2017: Vejam o Edital de Convocaçãopara a Assembleia Geral da AFAGO. Visualiza-se ofim de uma Associação dos Filhos e Amigos deGouveia. Certamente, apenas 24 de seus atuais mem-bros tomarão conhecimento de que “AFAGO, NÃOHÁ MAIS!”PERGUNTO: ONDE SE ENCONTRAM OS QUASE12.000 GOUVEIANOS RESIDENTES NO MUNICÍPIO?Onde se encontram entocados os mais de 3.000gouveianos da diáspora?VAI COM DEUS, MINHA QUERIDA AFAGO!Quem quiser mandar um artigo de unção dos vivosainda é tempo. No dia 23 de março sairá o últimoBoletim Informativo da AFAGO – Edição 01_2017.

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Boletim Informativo da AFAGO página 3

NOTÍCIAS & COMENTÁRIOSComentários à “Reflexão”

02/03/2017 - Adilson do Nascimento

AFAGO – ASSOCIAÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DEGOUVEIA Avenida Amazonas, 115 – sala 1709 –Centro – Belo Horizonte – MG EDITAL DE CONVO-CAÇÃO O presidente da AFAGO – Associação dosFilhos e Amigos de Gouveia – atendendo ao que dis-põe o artigo 13 do Estatuto convoca a AssembleiaGeral, para em reunião ordinária discutir e votar aseguinte pauta: 1) Apreciação do relatório de ativi-dades do ano de 2016. 2) Prestação das contas rela-tivas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016.3) Eleição e posse dos membros do Conselho deAdministração e Conselho Fiscal para o triênio2017/2019. A Assembleia Geral Ordinária será re-alizada na sala Doutor Waldir de Almeida Ribas, sededa Associação, à Avenida Amazonas, 115 – sala 1709– Centro – Belo Horizonte – MG no dia 23 de marçode 2017, às 19,30 horas em primeira convocação.Atendendo ao que determina o artigo 15, parágra-fo primeiro, a Assembleia Geral será instalada comquórum mínimo, em primeira convocação, de 2/3(dois terços) de associados ou em segunda convo-cação decorridos trinta minutos com a metade maisum dos associados ou em terceira convocação comum mínimo de 10 (dez) associados. Em relação àeleição atendendo ao que dispõe o artigo 25 do Es-tatuto “Serão organizadas chapas completas paratodos os órgãos sociais, com a participação de as-sociados que estejam em dia com as suas obriga-ções estatutárias. As chapas deverão ser dirigidasao presidente com antecedência de 8 (oito) dias dadata do pleito e endereçadas à sede da Associação àAvenida Amazonas, 115 – sala 1709 – Centro –emBelo Horizonte. Na hipótese de que não haja a apre-sentação de candidatos para o cumprimento do item3 (três) deste Edital, o que poderá provo- car adissolução da AFAGO fica, desde já,convocada uma Assembleia Geral Extraordinária,nos termos do artigo 27, trinta minutos após o en-cerramento da Assembleia Ordinária, para delibe-rar sobre o assunto, atendendo ao que determina aLei Federal 9.790 de 23/03/1999 e Lei Estadual14.870/2003. Belo Horizonte, 2 de março de 2017Adilson do Nascimento – Presidente

02/03/2017 - Adilson do NascimentoPrezados Gouveanos, Associados, Dirigentes e Ami-gos Conforme Edital de Convocação aqui abaixodivulgado nesta data faremos realizar em nossa

sede, à Avenida Amazonas, 115 – sala 1709 – Centro,em Belo Horizonte, a Assembleia Geral Ordinária, emcumprimento ao disposto no artigo 13 do nosso Esta-tuto, com a pauta própria ali definida. Solicitamos agentileza da presença dos gouveanos, associados, di-rigentes e amigos, tendo em vista que em razão dasinúmeras dificuldades financeiras e de recursos hu-manos pelas quais a nossa Entidade vem sofrendo nosúltimos tempos estamos em sério risco de que ocorraa sua dissolução. Inclusive, como se vê, naquele mes-mo Edital está prevista uma Assembleia Geral Extra-ordinária, logo após a Ordinária, para analisar e defi-nir os rumos da Associação, na hipótese que possaocorrer o encerramento das suas atividades. Contan-do com o sempre prestimoso apoio de todos os se-nhores, desde já muito lhes agradeço.

05/03/2017 - José Moreira de SouzaPeço a atenção dos leitores ao comentário de LucianoSilva sobre a consulta a esta página: “Por algumas ve-zes visitei o afago e percebi que os comentários alipostados só eram relacionados às pessoas da alta so-ciedade gouveiana as humildes dificilmente eram lem-bradas talvez seja este a falta de interesse dos gouveianaausentes e presentes é só uma opinião sei que tempessoas que não aceitam críticas. quem sabe se fosseaberto a população em geral e não apenas a uma ca-mada . os comentários postados no afago são apenasde uma meia dúzia pessoas está aí a prova da falta deinteresse dos demais gouveiana.” É COISA PARA SERPENSADA COM A MAIOR SERIEDADE.

05/03/2017 - Antônio PereiraDepois de uma longa “estiagem”, embora sempre visi-te este site, resolvi fazer um novo e talvez derradeirocomentário. Primeiro em relação às postagens, inclu-sive do próprio Edital oficial do presidente, alertandopara uma possível dissolução da entidade AFAGO. Éde se lamentar, profundamente, que uma sociedade declasse, com espírito filantrópico, possa se extinguir porfala de apoio e de colaboração, inclusive dos órgãospúblicos. A população de Gouveia talvez não saiba oque poderá deixar de ganhar com a extinção da AFA-GO. Depois, é possível que surjam alguns “curandei-ros” propondo a sua ressuscitação, mas, aí, Ines já serámorta. Outro, em relação à postagem do senhor LucianoSilva (que não conheço), endossada pelo professorJosé Moreira de Souza (que também não conheço, massei da sua capacidade literária). Por algum tempo fuimissivista deste site e, inclusive, cheguei a fazer críti-cas às postagens pouco ortodoxas de alguns articulis-tas e não fui censurado, mesmo não sendo gouveano,

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Boletim Informativo da AFAGO página 4

NOTÍCIAS & COMENTÁRIOSnem participante da AFAGO. Portanto, ao que me pa-rece, não é uma questão de discriminação, muito me-nos de classe social, como quer fazer crer o senhorLuciano Silva e, sim, unicamente, por falta de inte-resse ou, no caso de escrever, por falta de coragem.É o que penso e posso, claro, ser contraditado, masnão farei uso da réplica.

05/03/2017 - Gil Martins de OliveiraMoreira, com relação ao que escreve o Luciano Sil-va, já tive oportunidade de me referir ao assunto emreuniões e, pessoalmente, com você. O sonho do Dr.Valdir, com certeza, era para abranger o povogouveiano, de dentro do município e, sobretudo, daGrande BH. Com o passar do tempo, contudo, fomospercebendo que a AFAGO não conseguiu cativar, mo-tivar o “commune sanctorum”. Faltou a gente sim-ples. Ficou reduzida a uma elite composta por pro-fessores, doutores, poetas e escritores, todas pesso-as simples, sim, mas com um “dialeto” diferenciado.Restaram “mais caciques do que índios”. E, histori-camente falando, as referências a pessoas de nossaterra, quase sempre, se dirigiram, também, às elitespolíticas e empresariais. Como nasci na Rua de Trás,minha “elite” sempre foi outra: Raimundo Bacurau,João Bundinha, Leonor Doida, Aninha Cadu, JoãoCassemiro, Tervina de Zé Mané, Raimundo Lifofo,Mané da Cruz, Remundo Carlota, Zé Estevão, JoãoEstevão, Duca, Aristides; e mais, os companheirosde meninice: Zé de Calu, Tião de Deodato, Zé de Flora,Jayme, Romeu, Dingo de Vavá, Dingo de Aurélio, Manédo Vicente, Pedro de Ataíde, entre outros, foram pes-soas que, de alguma forma deixaram lembrançasboas na história dos meus 14 anos vividos emGouveia. Contudo, tenho certeza de que a AFAGO,ainda que não passando da adolescência, deixará seunome gravado na história da cultura gouveiana, atra-vés do Prêmio Afago de Literatura.

06/03/2017 - Maria Auxiliadora de Paula Ribei-ro-O que dizer ante a dissolução de Afago?-Que ela foio sonho ideado e realizado por Dr. Waldir de AlmeidaRibas? Que só por Afago,voltei à minha terra- natal,após 48 anos ausente? Que carinhosamente tenhotodos os Boletins colecionados? Que como jurada-presidente do Júri do Prêmio Afago de Literatura es-tou arrasadoramente triste? Que o evento, além dejá constar do Calendário Educacional de Gouveia eraestímulo a todos os estudantes? Que a cada edição eforam 6 (seis), observava o crescimento intelectualdos alunos? -Não, nada disso direi, porque a emo-ção sufoca os vocábulos para num monólogo sofri-do permitir que eu apenas balbucie:Lamentável!

06/03/2017 - Luciano Silva – São BernardoQue bom de Gil ter lembrado das pessoas humildes ,acredito que Gouveia seja sempre lembrado na suahistoria pelos silvas , oliveiras Alves Ribas moreirasetc e que o afagouveia que vocês criaram seja maisdemocrático e quando for emitido alguma opiniãoalguns dos assíduos visitantes da página de mensa-gem não fique censurando , talvez se aceitassem ascriticas mais pessoas se interessassem em ter mai-or participação a não ser que só vale a opinião devocês e que qualquer pessoa que forma uma opi-nião que não for de encontro com as sua serão cri-ticados e se for assim seria melhor formar seus gru-pos no facebook que ficaria restrito sómente aosparticipantes do grupo com o poder de bloqueio aosnão desejados.Desculpe a franqueza mas sou bas-tante polemico sou firme nas minhas ideias aceiteou não.Sempre tem uma replica aos que tentampodar a minha fala.

Momento importante: Missa da MinhaCidade.

José Moreira de SouzaEm 5 de fevereiro de 1986, nosso eterno pároco deGouveia, padre, dom, cardeal, Serafim Fernandes deAraújo, tornou-se arcebispo metropolitano de BeloHorizonte.

Uma das primeiras de suas ações foi de reunir mo-radores das principais cidades de Minas Gerais emcelebração da “Missa de sua Cidade”. Isto passou a

compor um ampla agenda na catedral metropolita-na da Boa Viagem.

Dom Serafim estava consciente de que Belo Hori-zonte como metrópole era uma cidade de imigran-tes e estreitar os laços dessa multidão dispersa seriauma obra de caridade. Há que entender caridade nosentido original grego: Amor, alegria do encontro,estreitamento dos laços.

Foi desse modo que, em um dia da semana, osgouveianos residentes na Arquidiocese de Belo Ho-

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Boletim Informativo da AFAGO página 5

NOTÍCIAS & COMENTÁRIOSrizonte foram convocados para celebrarem e vive-rem um momento de amor, de pura caridade.

Gouveia respondeu com fervor. A catedral da BoaViagem se encheu de filhos e amigos de Gouveia.Quinhentas pessoas, oitocentas? Mil? Não há comocalcular. A igreja estava cheia.

Finda a celebração, a multidão gouveiana se aglome-rou do lado esquerdo do templo. Dom Serafim foiabraçado, beijado, saudado. Pais lhe apresentaram osfilhos belorizontinos, contagenses, betinenses, parafixar as raízes gouveianas.

Os gouveianos de Gouveia trouxeram caixas e maiscaixas de cobu como oportunidade de comungarmosa Gouveia. Gouveia do cobu.

Juntamente ao futuro cardeal, doutor Rômulo e donaNeida Mascarenhas abraçavam cada gouveianopara recordar os tempos vividos na fábrica de SãoRoberto.

Bem ao lado, encontrava-se também um gouveianocuja memória se reavivou intensamente. Era o dou-tor Valdir de Almeida Ribas. Muitos pais o saudavamcalorosamente, apresentando-lhe os filhos já cresci-dos e que foram objeto de sua atenção como pedia-tra no Hospital Felício Roxo ou na Clínica InfantilPio XII. Emoções por todo lado.

Lamento que esses instantes de glória e caridade nãotenham sido registrados por máquinas fotográficasnaquela noite de um mês do ano de 1987. A internetainda aguardaria alguns anos, as máquinas digitaisainda não estavam disponíveis no mercado, menosainda os celulares nas versões que trivializam cada

instante como emblema do viver momentos passa-geiros.

Mas, como seria bom que cada um que abraçou cadagouveiano e amigo de Gouveia naquele dia nos trou-xesse a lembrança desse momento!

Alô, Dingo! Alô, Gil! Alô, todos que guardam eterna-mente a memória desses instantes.

Querem saber o que ganhei?

Doutor Valdir pode reconhecer o guapo Dáfnis, meufilho, a quem ele assistiu desde o dia em que nasceuno Hospital Felício Roxo.

Eu adotei a memória do cobu com hóstia para cele-brar a presença gouveiana e o apresentei por duasvezes em sessões solenes da Comissão Mineira deFolclore no Palácio das Artes em Belo Horizonte.Levei a memória do cobu para a cidade de Itabiraonde o cobu é conhecido como cubu e quase esque-cido.

O doutor Rômulo me abriu as portas dos arquivosda Companhia Industrial de Estamparia para poderestudar a indústria têxtil e a formação do Norte Mi-neiro.

Enfim, Gouveia e nosso percurso se tornaram maispresentes em minha vida.

Desses afagos, inseminaram-se os genes de uma as-sociação que nasceria para ser batizada no dia 11de dezembro de 2006 com o nome de AFAGO – Associ-ação dos Filhos e Amigos de Gouveia. Não foi fruto deinseminação artificial.

Ações da AFAGO

26/01/2017 - Adilson do Nascimento

Gostaria de comunicar aos meus colegas dirigentesda AFAGO, ao público, seja afagueano ou gouveanoem geral, que a nossa primeira reunião de trabalhodo ano de 2017 se dará no dia 16 de fevereiro (ter-ceira quinta-feira do mês), em seu local apropriado.Gostaria, ainda, de pedir a colaboração de todosHaroldo Ribas, Guido Araújo, Raimundo Nonato, Ge-raldo Augusto, José Moreira, Manoel Miranda, Mil-ton Miranda, Geraldo Miranda, João Saraiva e GilMartins para que nos prestigiem com suas presen-ças, pois, iremos tratar de assuntos de extrema rele-vância para os destinos da agremiação.

27/01/2017 - Adilson do NascimentoÉ com a mais grata satisfação que comunico o lança-mento do livro do nosso tesoureiro professorRaimundo Nonato de Miranda Chaves - “Camilinho:escola de Vida”. O evento se dará no próximo dia 17de fevereiro e terá lugar na Casa do Jornalista, à Ave-nida Álvares Cabral, 400, em Belo Horizonte.Tenho o prazer de comunicar a todos os nossos as-sociados que será realizada no dia 30 de março aAssembleia Geral Ordinária cujo objetivo será: 1)Apreciação do Relatório e da Prestação de Contasrelativos ao exercício de 2016; 2) Aprovação do Pla-no de Ação para o ano de 2017; 3) Realização deELEIÇÃO e POSSE dos novos membros da DiretoriaAdministrativa e do Conselho Fiscal. Com relação àeleição atendendo ao que determina o artigo 25 doEstatuto “serão organizadas chapas completas paratodos os órgãos sociais com a participação de asso-

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Boletim Informativo da AFAGO página 6

NOTÍCIAS & COMENTÁRIOSciados que estejam em dia com as suas obrigaçõesestatutárias” As chapas deverão ser dirigidas ao pre-sidente com antecedência mínima de oito dias da datado pleito e endereçadas à sede da AFAGO, à AvenidaAmazonas, 115 – sala 1709 – em Belo Horizonte. Porchapa completa se entende o concurso aos cargosde Presidente – Vice-Presidente – Secretário – Te-soureiro – Diretor Jurídico – Diretor Social – Dire-tor de Comunicação – Três membros efetivos parao Conselho Fiscal e três suplentes.

17/02/2017 - Adilson do Nascimento - Presidenteda AFAGOOntem, dia 15, realizamos a nossa primeira reuniãodo ano de 2017. Antes da reunião, propriamente, odiretor de comunicação José Moreira de Souza gra-vou um mini depoimento com cada um dos presen-tes, a respeito do lançamento do livro “Camilinho:uma escola de vida”, de autoria do nosso tesoureiroRaimundo Nonato de Miranda Chaves, dos 69 anosda Comissão Mineira de Folclore e dos 10 anos daAfago. Ao final fez uma pequena entrevista com oautor do livro que fez uma exposição a respeito dasrazões que o levaram a escrevê-lo. Aberta a reuniãofiz um agradecimento a todos reconhecendo a maci-ça presença dos dirigentes. Dos atuais dez diretoresnove se faziam presente. Estávamos eu, Raimundo,Dingo, Zé Moreira, Manoel, Milton, Geraldo, João eGil. A ausência de Guido Araújo se justificava em ra-zão de que ele estava em Sete Lagoas acompanhan-do uma grave doença de seu irmão. Como de costu-me fiz a apresentação do expediente administrativodo período, constante de: 1) correspondênciaendereçada, em 21 de dezembro, à futura secretáriamunicipal de cultura encaminhando-lhe uma propos-ta de atuação da prefeitura para a sua área, incluin-do, ali, uma solicitação de patrocínio para a VII edi-ção do Prêmio Afago de Literatura e sequentes, pe-dindo uma atenção especial, tendo em vista a falta derecursos financeiros da Afago para custeá-lo. O pro-grama já havia sido endereçado, antes da eleição, paraos dois candidatos a prefeito, que a disputariam. 2).Outra correspondência encaminhada à mesma se-cretária expondo as razões de estarmos solicitandoa análise da possibilidade de que a sua secretaria vi-esse a patrocinar o Prêmio Afago de Literatura. In-formei aos meus pares que para nenhuma dessascorrespondências obtive retorno. 3) Correspondên-

cia de 27 de dezembro dirigida à futura secretariamunicipal de educação arguindo se o endereço ele-trônico da secretaria permaneceria o mesmo da an-terior. Fui informado positivamente em 2 de janeiro.4) Correspondência de 2 de janeiro para a já entãosecretária municipal de educação, encaminhando-lhenovas diretrizes a serem observadas para a elabo-ração dos trabalhos literários a concorrerem à VIIedição do Prêmio Afago de Literatura, solicitando agentileza de fazer chegar às mãos das senhoras di-retoras e professoras das Escolas Estaduais AurélioPires, Joviano de Aguiar, Ciro Ribas e Mata Machadoe das municipais Zezé Ribas e João Baiano. Esclareciaos meus colegas que desse expediente não obtiveresposta, embora tenha voltado ao assunto, pelomesmo endereço de e-mail, em 26 de janeiro. 5) Li,troca de mensagens de 27 de janeiro, com o diretorde comunicação da Afago, onde expúnhamos nos-sas preocupações comuns com as dificuldades, doponto de vista financeiro e de material humano, comas quais a Afago vem se defrontando. 6). Comuni-quei o envio de correspondência comum às senho-ras secretárias de educação e de cultura,cientificando-as que somente em 15 de janeiro medeparei, na sede da Afago, com convite para partici-par da posse do novo prefeito, o que já ocorreradesde o dia 1º. 7) À vista de tudo isso e tanto mais,considerando desnecessário tecer comentários arespeito dos meus manifestos entendimentos quan-to às nossas evidentes, indiscutíveis eintransponíveis dificuldades, incluindo aí a falta deapoio e de consideração por parte da sociedade civilgouveana, seja local, seja da Capital e da Grande BH,agravada pela nossa inquestionável carência de re-cursos humanos, o que já nos obrigou ao absurdode instalar duas assembleias gerais ordinárias, umaem 2015, outra em 2016, contando unicamente coma presença dos próprios dirigentes, contrariando aexpectativa do nosso fundador Doutor Waldir deAlmeida Ribas, que imaginava uma Afago com maisde 300 associados, tomei a decisão de não concor-rer ao pleito que elegerá a próxima diretoria, emAssembleia Geral Ordinária já programada para odia 23 de março próximo vindouro. Reafirmei queesta decisão tem caráter irrevogável e irretratável.Agradeci pela honra que me foi concedida por per-

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Boletim Informativo da AFAGO página 7

NOTÍCIAS & COMENTÁRIOStencer ao quadro social da Afago durante os seusdez anos de existência e, ainda, por ser seu dirigen-te, à primeira hora como diretor de expansão e pro-jetos, na sequência como tesoureiro e nos últimostrês anos como presidente. Agradeci ainda pela co-laboração sempre eficiente e prestimosa de todosos diretores e conselheiros para com a AFAGO, emgeral, e para com a minha gestão, em especial e de-clarei franca a palavra. Seguiram-se várias manifes-tações. O conselheiro fiscal Milton Miranda disseentender que seria muito difícil elaborar uma cha-pa para concorrer ao próximo pleito, confirmandoque também ele não pretendia fazer parte dela, noque foi seguido pelo também conselheiro GeraldoMiranda. Considerando que o tesoureiro RaimundoNonato já comunicara seu afastamento, em dataanterior, seriam quatro os desistentes. O diretor ju-rídico Manoel Miranda orientou que ainda que nãohaja uma chapa pronta para concorrer ao pleito, aassembleia geral ordinária teria que ser mantida epresidida pelo atual presidente. Na hipótese de queessa carência (falta de dirigentes) prevaleça teria quehaver, na mesma data e local, desde que previamen-te convocada, uma assembleia geral extraordináriapara avaliar e definir os rumos a serem tomados. Oconselheiro Gil Martins fez várias comparaçõesentre a situação precária da Afago com outras insti-tuições assistenciais das quais participa. Inclusive aONG Palha de Milho, em Mateus Leme. O diretor decomunicação José Moreira de Souza entende e de-fende que a Afago, indiferente de apoio ou não, co-laboração ou não, respeito ou não, da sociedade ci-vil gouveana, tem um compromisso da mais altaexpressividade para com a cidade, terra natal de to-dos nós afagueanos, e principalmente, para com os“meninos” estudantes do ensino básico (fundamen-tal II e médio) das escolas municipais e estaduais edos seus familiares. Afirmou que por sugestão desua esposa Adélia de Souza, na hipótese de que aAfago não sobreviva, ele manterá, em respeito econsideração aos jovens estudantes, o Prêmio Afa-go de Literatura, ainda que com outro nome e comoutras diretrizes. O conselheiro fiscal GeraldoMiranda disse que o auxiliará mantendo a contri-buição trimestral que tanto ele, quanto sua esposaDiva Miranda fazem atualmente. O tesoureiro

Raimundo Nonato disse que na sua opinião o desfe-cho que se vislumbra agora já se fazia por demaisesperado, não constituindo, para ele, qualquer sur-presa. Comparou o declínio da entidade com o cicloda vida. Afinal a Afago foi criada com uma diretoriacomposta por 18 membros e atualmente são apenas10 com definição de 4 desistências. O conselheiro fis-cal João Saraiva apresentou uma correspondênciaassinada pelo senhor Antônio Carlos de Abreu, pro-vedor da Sociedade Mantenedora do Hospital Dr.Aureliano Brandão, de Gouveia, onde faz alguns co-mentários a respeito do reaparelhamento da insti-tuição, apesar das suas carências, e solicita que a Afa-go abrace a sua causa e ajude o hospital a realizaresse sonho. Pedi ao João que informasse ao senhorprovedor da nossa total incapacidade para prestar-lhe qualquer ajuda financeira, no momento. A res-peito da nossa carência humana, que reflete umacarência financeira, faz-se mister esclarecer aqui, oseguinte ponto: atualmente o quadro associativo con-tribuinte da Afago é composto por 24 associados.Desse, 10 fazem parte da sua diretoria, sendo 1 deContagem e 1 de Mateus Leme e os 8 restantes sãode BH. Dos 14 restantes temos a seguinte composi-ção: 2 são de Curvelo, 1 é de Sete Lagoas, 2 são deContagem, 1 é de São Paulo e 8 são de BH. Portanto,não há um associado, sequer, de Gouveia.

24/02/2017 - Otomano MenezesDoutor Nascimento, por razões profissionais nãotenho visitado o site, o que faço agora, aproveitandoo recesso do carnaval e por estar em BH. Li, comprofunda atenção a sua mensagem postada no dia17 e apesar de ficar extremamente triste epreocupado, não posso deixar de dar-lhe razão paraa sua decisão. Na hipótese, como o senhor bem disse,de que a AFAGO venha a se dissolver, não tenhadúvida de que o povo da cidade, que nunca sepreocupou com ela, apesar de sempre se beneficiardela, irá sentir, na pele, a sua falta. Faço votos paraque encontrem um desfecho menos traumático,embora saiba da sua consciência cívica, da suaretidão de propósito e da sua capacidade depersuasão, que não encontraram respaldo para fazê-lo prosseguir com a sua missão de boa vontade, bemcomo a dos seus companheiros dirigentes, todos damais alta competência e expoentes desta Gouveia tãoquerida por todos vocês. Um abraço. Precisamos nosencontrar.

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NOTÍCIAS & COMENTÁRIOS26/02/2017 Gustavo França Campos -UberlândiaSenhores, Não por acaso, nesta data (26.02.2017)encontrei notícias referentes a Gouveia e enquan-to procurava informações a respeito de antigoamigo da minha família: Osvaldo Patricio, ex-propri-etário do único hotel da cidade no início da décadade 70 e que depois transferiu-se para Diamantinaonde foi proprietário do Grande Hotel. Lamentavel-mente tive ali noticia do seu falecimento no ano de2.011. E continuando a leitura de noticias publicadaspela Afago, foi-me prazeroso recordar o tempo queresidi nessa cidade e tão logo o meu pai, FernandoFrança Campos, adquiriu aí uma chácara. Corria oano de 1971 e quando estudei no Grupo Escolar MataMachado e em seguida no G.E. Aurélio Pires onde,com muita alegria, fui aluno da professora Marilia (irmã do sr. Juca de Mário); a diretora era a donaDôca. Meu pai, jornalista, tinha uma grande paixãopor essa cidade e colaborou como pôde para a rea-lização da primeira Festa do Alho. Os prefeitos àépoca (anos 70) foram o sr. Efigênio, depois o dr.Theodulo Prado e logo após o sr. Geraldo Bittencourt.Meus irmãos Humberto e Alexandre (esse, repre-sentante do Funrural em Gouveia) desfrutaram maisdo que eu dessa acolhedora cidade e hoje, muitoinfelizmente, já não estão entre nós. Saudades, sim,dos passeios que aí eu fazia até Cuiabá ( para visi-tar os irmãos Cândido, Renê e Conceição) e SãoRoberto onde cheguei, na minha adolescência, a fre-quentar bailes no clube daquela fábrica. Passadostantos anos (décadas, até), trago também em minhasas imagens do sr. Julio e a da sua esposa Rita (paisde Albani e Alberone), sr.Rosalvo e esposa Lucia(pais de Robson, Ricardo e Rosilene),do antigo ci-nema do sr. Juca de Mário (e que sempre lotavaquando vinha um novo filme desde BH), do sr. Joel(paulista de Campinas, proprietário de um restau-rante em frente à farmácia do sr. Efigênio e quedepois administrou o bar e restaurante do únicoposto de gasolina àquela época. A sua cozinheira,Maria da Luz, era uma das melhores de Gouveia echegou a trabalhar para a nossa família). Boas lem-branças que carrego comigo a mais de 40 anos eas quais faço questão de guardar e repartir comamigos e parentes. Um abraço a todos. GustavoFrança Campos Presidente Cons. Deliberativo Fun-dação Frei Antonino Puglisi Uberlândia-MG

26/02/2017 - Adilson do Nascimento

Gustavo, as suas lembranças de Gouveia não mere-cem reparo. As figuras mencionadas fizeram parteda nossa história. Naqueles tempos eu chefiava o es-critório da fábrica de tecidos, fui vereador e presi-dente da câmara. Moro em Belo Horizonte, desde 1979e atualmente presido a AFAGO – Associação dos Fi-lhos e Amigos de Gouveia. Na política fui amigo doseu pai Fernando. Particularmente do seu irmão Ale-xandre, morto precocemente quando era repórterda Rádio Itatiaia, pouco tempo depois de haver co-berto com brilhantismo o sofrimento e a morte deTancredo Neves. Estive no velório, no Cemitério daColina, em BH, onde vi consternado o jornalistaJanuário Carneiro, dono da Rádio, o que demonstra-va o apreço dele para com o funcionário. RealmenteOsvaldo Patrício faleceu em São Paulo, quando visita-va a sua irmã Vildete. Gostaria de vê-lo mais presenteem nosso site. É muito bom recepcionar aqui osgouveanos ou amigos de Gouveia, principalmenteaqueles que podem contribuir com parte da nossahistória. A Família França Campos é parte da histó-ria de Gouveia. A Festa do Alho, da qual o seu pai foiprecursor, como você talvez saiba, acabou, entre ou-tras razões de ordem técnica, também por falta dematéria prima. Sua professora Marília Gomes Perei-ra faleceu há pouco tempo e teve a grandeza de dei-xar, em testamento, a sua vasta herança para o AsiloSão Vicente de Paulo, de Gouveia. A Chacrinha, ondevocê viveu e que fora de Louro Pereira, atualmente éde Albany, seu amigo de infância. A mãe dele, D. RitinhaAbaeté, com 94 anos está viva e forte, o mesmo acon-tecendo com a D. Doca, com 93 anos. Sinal de que oclima das montanhas gouveanas rejuvenesce e tor-na a vida dos gouveanos longeva.

28/02/2017 - Hermes Nacimento da Silva ###Nova SerranaA poucos dias estava lembrando de quando formei a8ª serie ginasial, e as duas 8ªs series foram agracia-das com a estadia de uma semana em Brasília, peloentão deputado federal Jairo Magalhães. Naquela épo-ca, algumas pessoas que não eram da turma dosformandos, fizeram parte da caravana uma destaspessoas era o Gustavo do Sr França Campos. Comotrabalhei no boteco do sr Aluizio, próximo ao becoque descia para a chácara, convivi mais com o Ale-xandre e o Humberto, pois ficavam mais em Gouveia.Fiquei satisfeito ao ler a mensagem do Gustavo.

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NOTÍCIAS & COMENTÁRIOS11/03/2017 - Raimundo Nonato de MirandaChavesNo dia 10 p.p., passeamos pelas ruas de Gouveia,desde a Prefeitura Municipal até a E.E. Joviano deAguiar. Adélia, José Moreira e eu - Raimundo Nonato- visitamos e fizemos primeiros contatos com a novaadministração do município. Ainda cedinho, coisa de 8:00 horas, fomos recebi-dos pelo prefeito Antônio Vicente (Toninho) e suavice Rosilene (Leninha). Conversa solta, ambienteagradável, compromisso do senhor prefeito deapoio à Afago, demonstração de interesse da Afagopelas coisas de Gouveia, que também são nossas.Acordo para a realização de “Premio Afago” no mêsde outubro. Aplaudimos a beleza e a criatividade do emblema danova administração, aplaudimos a distribuição do“Kit Educação”, composto de mochila, pocket, cader-nos, lápis coloridos, borrachas, etc. etc. e mais vidropara água; nos cadernos, a impressão do novo em-blema e hino de Gouveia na contra capa. Também,falamos sobre o lançamento, em Gouveia, dolivro Camilinho: escola de vida, que deverá aconte-cer no entorno do dia 4 de abril, quando comemo-rar-se-á a reforma da Matriz de Santo Antônio.Em tempo, o pe. Franciane nos disse que conta coma presença e as orações de todos os gouveianos. Sóde arcebispos, contam-se com as presenças de tresdos mais ilustres: Dom João Bosco, Dom Darcy e, osempre presente, Dom Serafim. Antes da reunião com o prefeito, agradável encon-tro com as professoras: Rosilene e Kely, esta ocupaa posição de chefe de gabinete do prefeito. Caminhamos pela av. J.K. até as instalações da secre-taria de educação, ali, fomos recebidos pela senhorasecretária, a professora Dione Malaquias. Seguimosaté o prédio dos correios, onde falamos com a se-cretaria de cultura, professor Suely. Após o almoçono Picolino fomos, sempre os tres: Adélia, Moreirae eu, à E.E.Joviano de Aguiar onde encontramos aprofessora Leila Cunha que, ali, coordena grupo deestudantes da E.M.Zulma Miranda. Em seguida fala-mos com a professora Marise, vice-diretora da Es-cola e diretora em exercício, substituindo o diretorDouglas, em viagem. A conversa, com todas as au-toridades, sempre cordial; quando nós, da Afago,apresentamos os desejos de sucesso; e eles, da ad-ministração, sempre salientando respeito e admira-ção pela Afago, prometeram apoio. Dois pontos fi-caram muito claros:

1. Gouveia está iniciando promissormatriarcado. Hoje, além das representantes dosexo feminino já citadas, temos ainda: a Se-cretária de Saúde e a Secretária de Agricultu-ra. Quando comentei esta observação, minhainterlocutora afirmou, categoricamente, nãohaverá em Gouveia “o próximo prefeito”.Haverá “a próxima prefeita”.

Eu imagino, aguardo, com a ajuda de Santo Antô-nio, que a atuação do elemento feminino con-siga acalmar os ânimos, eliminar aabrasividade da política gouveiana dos últi-mos tempos e colocar todos puxando para omesmo lado.

Esta é a Gouveia que queremos!A administração municipal sob a liderança do pre-feito Toninho não me pareceu querer centralizar asdecisões, há interesse em ouvir a comunidade, sali-ento o trabalho de Suely, na secretaria de cultura,reorganizando os antigos conselhos. Professor JoséMoreira foi convidado a compor o Conselho dePatrimônio.Isto é bom, a participação de todos, mesmo atravésde seus representantes, é muito importante.

13/03/2017 - Gil Martins de OliveiraFalar em encontro presencial não deixa de serredundante, mas em tempos de internet, acabaficando bem. Estou me referindo às recentes reu-niões entre os membros da AFAGO, Raimundo,Moreira e Adélia com as autoridades de Gouveia.Apalavra preparada e o olho no olho, num encontroagendado ou não, têm outro efeito.Argumentar àdistância é diferente, não se sente a reação doouvinte para réplica ou tréplica. De repente, pos-samos ter uma AFAGO diferente ou, como já suge-ri ao Moreira, uma ATOFAGO (Associação de Todosos Filhos e Amigos de Gouveia)

13/03/2017 - Maria Auxiliadora de Paula Ri-beiroAdélia, Dr. Raimundo Nonato e José Moreira, torçopara que esses encontros tragam frutos para anossa associação. Inadmissível é que a deixemosse dissolver. Fiquei bem mais contente, quando li aprevisão do Prêmio de Literatura para outubro.Vamos lutar pela nossa AFAGO!

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Artigos11/01/2017 - Raimundo Nonato de Miranda ChavesPrimeiro de janeiro de 2017, Gouveia comemora 63 anos de sua emancipação política. Neste mesmo diafaz, pela nona vez. a troca de comando da administração do município. Saem o prefeito Fausto (Geraldo deFátima Oliveira) e o vice Alfeu Augusto de Oliveira.

Entram o prefeito Toninho (Antônio Vicente de Souza) e a vice Leninha (Rosilene Souza de Oliveira).

Congratulo-me com os administradores que saem eos cumprimento com aplausos e com os louros pelaadministração bem sucedida. Deposito nos adminis-tradores que entram minha esperança, meu desejo,que façam administração eficaz, trabalhem com trans-parência, com objetividade e com justiça. Na oportunidade de mudança na administração euescrevi:Ao apagar das luzes da administração do prefeitoGeraldo de Fátima, inaugurou-se, em Camilinho, a UBSJoão de Miranda Chaves. Construção de excelentepadrão que o senhor prefeito entregou à comunida-de. A ocasião nos leva a refletir sobre periódicasmudanças na administração municipal e sobre o tra-balho realizado por cada uma delas. Gouveia é município relativamente novo, instalado em01/01/1954, portanto, completando 63 anos de ad-ministração própria. O período de gestão de prefei-to: quatro anos; ao dividir 60 por 4 resulta em 15,indicando que o município poderia ter tido até 15prefeitos durante sua vida de cidade, mas foi admi-

nistrada por apenas 8. Então, os prefeitos, em geral,foram bons administradores porque foramreconduzidos, pela municipalidade, para segundagestão.A elevação do candidato à condição de prefeito é feitapela maioria, não pela totalidade dos munícipes, istoé, sempre há contrários ao candidato; no caso darecondução, há que considerar o trabalho realizadodurante a primeira gestão: manteve-se foco na áreaurbana, esquecendo-se da área rural! Atendeu-sereivindicações das comunidades A e B e não da co-munidade C! Afinal, são administradores e adminis-trar significa: “alocar recursos escassos para finsalternativos”. Se os recursos não são escassos, senão há fins alternativos, então, não tem o que admi-nistrar. Gouveia é cidade reconhecida pela sua cultura, mas,lamentavelmente, não tem cuidado do registro de suahistória. Ao fazer a reflexão sobre o trabalho de oitoprefeitos, pergunta-se: onde encontrar informações?Durante o processo de limpeza-das-gavetas, para

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Artigosentrega das Secretarias Municipais, muita coisa nãofoi para o lixo? Talvez se tenha que confiar na me-mória das pessoas mais idosas de cada comunidade,eu sou uma delas. Mas, neste caso, não se pode exi-gir precisão nem abrangência a todo o município. A UBS João de Miranda Chaves, que agora se inau-gura, está situada na comunidade de Camilinho. Man-tendo o foco nesta comunidade e considerando, parasimplificar, apenas as obras mais relevantes, asobras de maior custo; tem-se que aceitar que fo-ram, todas elas, construídas por apenas dois prefei-tos: Geraldo Manoel Brandão Bitencourt e Geraldode Fátima Oliveira. Geraldo Bitencourt inovou, cuidou de planejamento.Contando com apoio técnico da Emater e da Funda-ção João Pinheiro, Geraldo elaborou o Programa deApoio ao Desenvolvimento da Zona Rural com ob-jetivo de criar postos de trabalho e incrementar arenda do município. Trabalho de folego, com levan-tamento de dados, diagnóstico ou identificação doproblema, construção do modelo e, o mais difícil, arealização do trabalho planejado – ver o documen-to –. Levantamento bem conduzido, modelo convin-cente, documento bem elaborado, foi a porta de en-trada na Secretaria de Estado do Planejamento e, ainclusão de Gouveia na lista de municípios que seri-am beneficiados com verbas do Projeto MG II, fi-nanciado pelo Banco Mundial. Geraldo Bitencourtentão construiu: o prédio da Escola Municipal JoãoBaiano; a ponte de concreto sobre o córrego Se-pultura, na antiga rodovia Curvelo Diamantina; aponte de concreto sobre o córrego Sepultura, nosfundos do mini armazém; construiu, também, o pró-prio mini armazém – galpão equipado com máqui-nas para beneficiamento de grãos –. A respeito do prédio da Escola João Baiano, devoressaltar que ele foi expandido, na administraçãoAlvimar Luiz de Miranda, tornando possível o ofe-recimento de ensino fundamental II. O prefeito Geraldo de Fátima inaugurou, em 29/12/2016, a terceira grande obra na comunidade. Iniciou com a Quadra Poliesportiva que me honraportando o meu nome.

Esta quadra, reivindicação antiga da comunidade,anexa à Escola João Baiano, é fundamental para odesenvolvimento físico e saudável da juventude. É alique são ministradas as aulas de educação física, é alique se pratica esportes, é onde se faz jogos, teatro,danças e outras atividades lúdicas. Geraldo de Fátima construiu a ponte sobre o córregodo Cedro.

Através dela, tornou acessível toda a área sul do mu-nicípio, que era, então isolada pelo mesmo córregodo Cedro ao norte; córrego Sepultura a leste, rioParaúna ao sul e afloramentos rochososintransponíveis a oeste. Dias chuvosos e o sul isola-do, dificultando o transporte escolar, o transporte decarcas e transportes de urgência. A terceira grande obra de Geraldo de Fátima: UnidadeBásica de Saúde João de Miranda Chaves, agora inaugurada e entregue à comunidade. Obraclassificada como excelente pela beleza e solidez,quando analisado o quesito construção; obra apa-rentemente excessiva para a comunidade, com seus300 m2 de área construída. Escrevi, no parágrafoanterior, obra aparentemente excessiva. Importanteque se tenha noção do modelo construído, no muni-cípio, para tratamento de educação e de saúde. A ci-dade, sede do município, está, geograficamente, loca-lizada na zona norte, poucos quilômetros da divisacom Diamantina. As escolas localizadas na sede aten-dem alunos de Cuiabá, Bocaina, Barão de Guaicuí,áreas urbanas e suburbanas; As escolas de Vila Ale-xandre Mascarenhas, localizada na zona oeste domunicípio, atendem alunos de Riacho dos Ventos,Catarina dos Coura, Capivara e mais áreas urbanas esuburbanas; A escola de Pedro Pereira, na zona les-te, atende alunos de Ponte Izabel, os Engenhos da Biliae da Raquel e mais Espinho; A escola João Baiano, nazona centro sul atende alunos desde São Sebastiãodo Tigre, até os Moura, na margem do rio Paraúna;

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Boletim Informativo da AFAGO página 12

Artigosseguindo margem direita do Paraúna, inclui: Cedro,Pacheco, Feijoal, Agua Parada; seguem as comuni-dades de Arrozal, Contagem, Barro Preto, Crioulos ecabeceira do rio Capivara, Raiz, Curva do S e fecha ocírculo no Tigre. O modelo está funcionando satisfa-toriamente quando se trata de Educação. O mesmomodelo, agora, com a inauguração da UBS João deMiranda Chaves está em condições de funcionar tam-bém na área de saúde. Em Camilinho o modelo fun-cionava em condições precárias. O atendimento erarealizado em salas de aulas do prédio da Escola JoãoBaiano. Gaze com cadernos e esparadrapos com lá-pis.

Antes de concluir devo acrescentar que o trabalhode Geraldo Bitencourt, realizado na década de 1980,merece alguns reparos: o mini armazém, construídopara incentivar a produção de grãos, não se susten-tou e hoje se encontra inativo e sucateado. A pontesobre o córrego Sepultura, na antiga estrada de ro-dagem, não resistiu à força das enchentes e foidestruída; em consequência o trecho da estrada en-tre Camilinho e Tigre que, encurtava a distânciaCamilinho Gouveia em cerca de 8 km, tornou-se in-transitável pela falta de uso e de manutenção, pior,hoje, com trânsito impedido por residentes no tre-cho. Os trabalhos de Geraldo de Fátima Oliveira, oFausto e de Geraldo Manoel Brandão Bitencourt,mesmo descontando os reparos, fazem jus ao regis-tro, aos aplausos e aos agradecimentos da comuni-dade. Registro a visão destes dois administradoresque os levaram ao discernimento do que deveria serfeito e registro a disposição com que o fizeram. A história reconhecerá o trabalho dos dois prefei-tos, é o que dizem. Minha opinião é que a históriatraz consolo tardio, serve como registro, mas, namaioria das vezes, não atinge à pessoa interessada.Por isso adianto à história e registro, aqui, meusaplausos aos administradores: Geraldo Bitencourt eGeraldo de Fátima.

Para Honra de nossa GouveiaJosé Moreira de Souza

Não é suficiente olhar para o passado que herdamos deMaria Gouveia que nos trouxe Santo Antônio comopadroeiro, Bernardo Fonseca Lobo, cujas filhas forambatizadas na capela de Santo Antônio da Gouveia e cujosossos foram sepultados com todas as honras de Cavaleiroda Ordem de Cristo na capela de Santo Antônio da Gouveia,nem de ser a terra que acolheu Lourenço Ferreira Gomese sua família como o primeiro proprietário das terras doEspinho e do Espadeiro, menos ainda de nossa Gouveiaguardar a memória da tribo Cobu e da saborosa quitandacobu; muito menos ainda de nossa Gouveia ter sido a matrizdo Queijo do Serro, hoje patrimônio imaterial reconhecidopelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional. Terra degrandes músicos, grandes artistas, grandes empreendedores.Leiam agora com atenção o que afirma um historiadordedicado a compreender a formação urbana do Rio deJaneiro. Leiam mais de uma vez e levem isto para nossasescolas e cuidemos de nos envergonhar todas as vezes queignoramos nosso passado.

“Encontra-se no acervo do Arquivo Nacionaldo Rio de Janeiro o inventário post mortemde Valentim Fonseca e Silva, o conhecidoMestre Valentim. O exame da documentaçãoarrolada no inventário, ao qual foiincorporado seu testamento – rico eminformações complementares -, permite-nostomar contato com dois dados importantes dabiografia desse artista polivalente”.No referido testamento, feito cinco dias antesde falecer, em 24 de fevereiro de 1813, MestreValentim declarou, entre outras coisas quenascera e fora batizado na freguesia deSanto Antônio do Arraial de Gouvêa, limiteda comarca de Serro Frio das Minas Gerais eque era filho natural de Manoel da Fonsecae Silva e de Amatilde da Fonseca, jáfalecidos. Declarou ainda que tivera umafilha natural com Josefa Maria daConceição, moça solteira que “não tinhaimpedimento de casar”. (...)Como Valentim mesmo afirmou em seutestamento que já “havia mais de quarentaanos” que chegara ao Rio de Janeiro,conclui-se que desde 1765 ou 1766 ali vivia,apartado de um outro gênio do barroco no

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ArtigosBrasil, o Aleijadinho, que nessa mesma épocafora contratado para projetar sua marcanteobra, a Igreja de São Francisco de Assis deOuro Preto” (p.310)...Mestre Valentim, como projetista, e o vice-reiLuís de Vasconcelos e Souza, comoidealizador do Passeio Público, mudaramqualitativamente a cidade.”(...) Bastava essa obra para consagrar MestreValentim como o mais importante artista doRio de Janeiro colonial . Muitas outras,porém ele realizou tendo sidominuciosamente já analisadas por vários deseus biógrafos.” (p.314)[Nireu Cavalcanti: Rio de JaneiroSetecentista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,2004]

Chamo atenção para duas coisas. O autor – Nireu Cavalcanti- se deu ao trabalho de sair do Rio de Janeiro para encontrara certidão de batismo desse Valentim. Já imaginou se oslivros de batismo estivessem na Paróquia de Gouveia? Elenão encontraria nada. Felizmente, esses livros estãoguardados na Arquidiocese de Diamantina. Algum de nossosvigários destruiu todos os livros de 1790 até 1865.Por sorteMestre Valentim nasceu no dia 13 de fevereiro de 1744 efoi batizado no dia 8 de março. Vale lembrar que a capelade Santo Antônio da Gouveia já tinha seu capelão comoregistrou o Cônego Raimundo Trindade. Já imaginou seMestre Valentim tivesse construído a Matriz de Gouveia, otamanho do crime que seria sua demolição?Consultem a internet. Vão dizer que nasceu no Serro, vãodizer que estudou em Portugal. Ele bebeu foi muita água emGouveia e desenvolveu seu gênio. Notem que ele é“Fonseca”, portanto da casa de Bernardo Fonseca Lobo.

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Boletim Informativo da AFAGO página 14

ArtigosE agora Toninho?Raimundo Nonato de Miranda Chaves

Ainda estudante, na Universidade de Viçosa, cuidava de“A Tribuna Acadêmica”, tabloide do Diretório Acadêmico,juntamente com meu especial amigo Fidelis Terêncio. Osenhor Parrique, então prefeito municipal, atendendo a meupedido, surpreendeu-me com o artigo intitulado “O Diaboqueira ser Prefeito”. Surpreendeu a mim e a muitos outrosleitores, afinal considerávamos o cargo de prefeito comoalgo importante, respeitável e até charmoso. Não havíamosatinado para as dificuldades inerentes ao cargo: as exigên-cias, a intolerância, a incompreensão e o monte de outras“in”.

Muito tempo depois o poeta maior publicou a conhecidainterrogação:

E Agora José?

É evidente que o nome comum: José, no caso, representa ogênero humano, o Homo sapiens, isto é, qualquer pessoa,qualquer um. Então, José poderia representar o prefeitomunicipal. Por isso eu, simplesmente, mudo o nome e es-crevo:

- E Agora Toninho? O que você vai fazer?

- Pois é!

- Ele exclama e continua

- Há muitos anos, digamos seis ou mais anos, eu me imagi-nei prefeito de Gouveia, eu queria ajudar, queria resolverproblemas da municipalidade, lutei para transforma meusonho em realidade. Lancei a candidatura em 2012 e quaseconsegui. Perdi a eleição por poucos votos. Isto me deuânimo e continuei a luta. Foram quatro anos de trabalho diasim e outro também. Hoje ajudava aquele, amanhã ajudavaoutro. Tornou-se uma espécie de vicio na cidade: “Proble-mas? Fala com Toninho! “. Consegui, em 2016, vitória ex-pressiva sobre o concorrente. Empossado, iniciei os traba-lhos com muito vigor, afinal tenho que mostrar a que vim. Ànoite durmo profundamente até pelo cansaço da dura tare-fa diária a que me submeto, mas acordo de madrugada,apreensivo, estamos no final de janeiro e ainda não se pa-gou o salário de dezembro; A receita, maior parte, é trans-ferência do Estado e da União; O Meireles tem a chave docofre e não dá ponto sem nó, mesmo porque, ao fechar ascontas do governo, constatou-se déficit de quase 155 bi-lhões e a previsão para 2017 é de quase 140 bilhões e,pior, não tem os 40 bilhões de juros e multas emconsequência do retorno do dinheiro que estava em ban-cos no exterior. Pimentel decretou, em 5 de dezembro pas-sado, estado de calamidade financeira.

Como é que vai ser?

Orçamento! Não tem problemas; é o mesmo de 2016corrigido pela taxa de inflação. Mas o financeiro! Sei não!Enquanto prefeito tenho autonomia sobre o IPTU e o ISS,impostos municipais, no entanto o orçamento de 2017 foiaprovado em 2016 e, neste caso, não posso interferir nosvalores já estabelecidos. 2017 vai ser difícil e meus eleito-res, a grande maioria, não tem paciência ou não está aten-ta às dificuldades do país.

- Pois é, Toninho! Eu passei em Gouveia rapidamente, emviagem para Diamantina, não tenho informação oficial, as-sim colocarei minhas dúvidas e minhas impressões, maselas poderão ser corrigidas em face de informações ofici-ais.

- Estamos no final de janeiro e sua equipe ainda não estácompleta. Como é que você recebeu algumas SecretariasMunicipais sem ter o seu Secretário nomeado? Quem re-cebeu pela sua equipe?

Aplaudo sua decisão de iniciar a constituição da equipecom as secretarias fim: Educação e Saúde. O comando daEducação, entregue à dupla: prof.ª Dione e prof.ª Eunicemerece louvor. Não há melhor do que elas. Da profª Dioneeu conheço a família de origem: filha de Vininho, neta deChiquita de Levindo. Chiquita tinha em Antônio FranciscoPinto (Canequinho) o pai adotivo e em Francisco Pinto deMiranda (Chico Pinto) o pai biológico. Chico Pinto eCanequinho eram irmãos, mas havia um terceiro irmão:Manoel Pinto de Miranda (Niquinho). Niquinho gerou umapreciosidade: minha mãe Zenilia. Assim, desde que Zeniliae Chiquita eram primas então, prof.ª Dione e eu temos umtronco em comum, Antônio Francisco Pinto Mundéu, paidos três irmãos citados.

Prof.ª Dione é um ícone da Educação em Gouveia. Nocurrículo dela deve constar, pelo que significa, a EscolaJoviano de Aguiar chorou quando ela saiu da direção.

A prof.ª Geralda Eunice deixa saudades na Escola JoãoBaiano, onde ela lecionou durante anos. Professora com-petente, criativa, amiga de seus alunos. Vale citar sua par-ticipação no projeto Literatura de Cordel, idealizado edesenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura deGouveia, em parceria com a Escola Municipal João Baianode Camilinho e a Escola Municipal Prof.ª Zezé Ribas dePedro Pereira. A participação das escolas envolvendo pro-fessoras de História, de Geografia e de Língua Portuguesae os estudantes do sexto ao nono ano. A professora dehistória desenvolvendo o tema “patrimônio imaterial”; a degeografia, “regionalismo” e a de língua portuguesa, “reda-ção”. Da Escola João Baiano participaram as professoras:Eunice – língua portuguesa; Simone – História e Luciana –Geografia.

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Boletim Informativo da AFAGO página 15

ArtigosConsta no currículo de Eunice a preparação de estudantesque conquistaram o Prêmio Afago de Literatura, diversasvezes, e que venceram Olimpíadas de Língua Portuguesa.Foi também a prof.ª Eunice que liderou a turma concluintedo 9º ano, 2015, a fundar e a publicar o 1º número dojornal “João Baiano Informa”. Meu último encontro com aprof.ª Eunice, no dois de dezembro, ela me pediu: faça, porfavor, uma foto minha com minha amiga Keila. Keila estavaconcluindo o nono ano. Estou registrando para salientar ocarinho da professora com seus alunos. A professora Eunicenão se limitava ao ensino formal, na sala de aulas, ela convi-dava profissionais para conversas com seus alunos; eu mes-mo tive a satisfação de participar, algumas vezes, destasconversas.

Drª Nilmara é titular da Secretaria de Saúde, graduada emodontologia. Ainda, não tive a oportunidade de conhece-la,mas todos os meus interlocutores consideraram boa esco-lha. Fico feliz se podemos contar com profissional compe-tente e dedicada, porque o trabalho é árduo. Eu vejo osistema educacional, em Gouveia, geograficamente distri-buído no entorno de quatro núcleos: Gouveia, no setor nor-te; Pedro Pereira, no setor leste; Vila Alexandre, no setoroeste; Camilinho no setor centro-sul. Este modelo está fun-cionando a contento. Por analogia, o sistema de saúde se-gue a mesma distribuição, faltando implementar a UBS Joãode Miranda Chaves, núcleo de Camilinho. A construção,de excelente padrão, construída pela administração Faustoestá pronta. Faltam moveis, equipamentos, instrumentos,equipe técnica e ambulância. Tenho confiança que tudo istoserá feito. Vi na TV, dia destes, uma escola com o gabinetedentário anexo, onde os alunos, todos eles, eram atendi-dos. Então, dr.ª Nilmara! Vamos chegar lá? Vamos ter equipede médicos e/ou de paramédicos que cuidem da vacina-ção, de conversas com parturientes, de palestras como cui-dar de recém-nascidos, como cuidar de higiene. Nós te-mos que pensar no futuro, sair desta fase de apagar incên-dio, lembrar que o investimento de um real em ações demedicina preventiva resulta em economia no futuro, doen-ças com tratamento muito mais dispendioso serão evitadas.Ainda sobre prevenção, lembro-me que a polícia militarexecutou importante tarefa de conscientização da juventu-de sobre drogas, através de palestras nas escolas. Atitudeda PM, elogiável, que deve ter continuidade, porque a po-pulação estudantil é renovada a cada ano e traficantes sur-gem quando menos se espera. Não sei se foi estabelecidaalguma parceria com a prefeitura municipal, mas convémaveriguar. Também, não tenho noção da gravidade, masgostaria de alertar sobre alcoolismo, principalmente, no meiorural. O álcool, talvez por não ser droga ilícita tem sido vis-to como menos danoso, mas convém estar atento. Entãodr.ª Nilmara fica como sugestão.

Também sei que Agnaldo é o titular da Secretaria de Obrase Eriginaldo da Secretaria de Transporte. Conheço nenhumdos dois, mas tenho fé que farão bom trabalho e congratu-lo-me com eles por assumirem o honroso cargo de Secre-tário Municipal.

Na chefia de gabinete, a prof.ª Kelly Pedrosa, ex-diretorada Escola Municipal João Baiano, gente boa, alegre,dedicada e competente. Certamente será mais uma madri-nha daquela escola, na administração atual do município.

E a Agricultura, Toninho! Como é que vai ser?

Apesar do nome oficial: Secretaria Municipal de Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento, eu considero, no contexto,que esta secretaria é o braço da administração municipal nazona rural. Tradicionalmente, a administração pública nãotem prestigiado a zona rural. Não é particularidade deGouveia, é atitude generalizada que vem desde o tempo doimpério – o homem rural é tratado como cidadão de segun-da classe. Durante 63 anos da emancipação de Gouveia aatenção da administração pública à zona rural quase ficourestrita ao trabalho de:

Geraldo Bitencourt, então prefeito, na década de 1980,elaborou um grande programa de apoio ao desenvolvimen-to da zona rural. Contou com assistência da Emater e daFundação João Pinheiro, procedeu à coleta de dados, odiagnóstico do problema e a construção do modelo. Como projeto elaborado conseguiu financiamento do programaMG II, do governo de Minas. O prefeito Geraldo buscavaemprego e renda na zona rural para compensar a dispensade funcionários na zona urbana, notadamente, da fábricade São Roberto. Geraldo comprovou a diferença gritantenos níveis de alfabetização da zona urbana e da zona rural.Investiu em educação, construiu a sede da Escola Munici-pal João Baiano. Construiu o Mini armazém, na margemesquerda do córrego Sepultura, galpão relativamente am-plo equipado com máquinas para beneficiamento de grãos.Em tendo financiamento, produtores rurais cultivaram arrozirrigado, por inundação, nas várzeas do córrego do Cedro.Trabalho bem feito e muito aplaudido, mas durou poucotempo. Hoje, 30 anos depois, as várzeas tornaram-se pas-tos e o mini armazém está inativo e sucateado.

Onde está o erro?

A vocação da região não é produção de grãos. O solo naSerra do Espinhaço é de baixa fertilidade, topografia é aci-dentada. Não tem como competir com as terras a leste –bioma Mata Atlântica –, nem com as terras a oeste – biomaCerrado –. A lei da Vantagem Comparativa diz para pro-duzir a cultura que proporciona maior rentabilidade. Pro-duzir legumes e trocar por grãos que alcançam maior pro-dutividade no cerrado ou na zona da Mata.

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Artigos

Boletim Informativo da AFAGO página 16

Alberone, liderou a administração municipal no período2005-2008, construiu a Feira do Produtor – galpão combancadas de concreto, na Av. Alexandre Mascarenhas – epromoveu o transporte semanal para produtores rurais eseu produto. Ação importante que estimulou a produçãode hortaliças no município, com benefícios para a zona ru-ral, pela produção e para zona urbana, pelo consumo. Aadministração seguinte, do prefeito Fausto, deu continuida-de ao programa, fornecendo o transporte de produtoresnas regiões de Cuiabá, Pedro Pereira e Camilinho.

Trata-se de programa com aproximadamente 10 anos, por-tanto com volume significativo de informações, sobre seufuncionamento – a pesquisar – que deve ser avaliado e uti-lizado para orientar possíveis acertos. Do ponto de vista da

população consumidora devem ser avaliadas as condiçõesde transporte e de embalagem do produto, tanto o trans-porte realizado pela prefeitura – em caminhão aberto –,quanto o transporte realizado pelo produtor, desde sua hortaaté o ponto de embarque. Neste último caso, são utilizadosos veículos disponíveis, desde carrinho de mão até carro-ças de tração animal com produtos embalados em sacos,em balaio de taquara, em bacias de metal ou em caixas deisopor. Também o consumidor interessa saber a qualidadeda água de irrigação assim como o uso, ou não, depesticidas. O produtor por outro lado deve ser orientadopara planejar sua produção; desenvolver atividades emconjunto como aquisição de insumos, principalmente, se-mentes e adubos; absorver tecnologias: plasticultura,hidroponia, sementes de qualidade e formas de adubação.Estimular os produtores a ousar, formar grupo e investir nofornecimento de hortaliças em outros mercados: Diamantina,Curvelo e mais Inimutaba e Presidente Juscelino são caren-tes de produtos hortícolas.

A ideia de Geraldo Bitencourt, fazer a zona rural gerar em-prego e renda é muito válida, mas a pequena propriedade,a propriedade familiar tem que desenvolver horticultura enão agricultura. O município tem condições para isto, temágua alta, tem famílias numerosas, tem terras agricultáveis.Está faltando liderança e interesse político. Toninho, vocêtem origem na zona rural, escolha o Secretário capaz deelevar a classe dos produtores rurais à posição que Gouveiamerece.

Para manter fresca a memória

EDITORIAL – 2006 dezembroAFAGO: continuidade do Centro Gouveano de Belo

Horizonte

No dia 24 de dezembro de 1949, surgia o primeiro númerodo Jornal O Goveano, órgão oficial do Centro Gouveanode Belo Horizonte. Este periódico brotava da vontade dosgouveianos residentes fora de Gouveia de batalharem pelaemancipação do distrito e vinha em apoio à luta local dosque sonhavam com uma nova cidade.

Coincidentemente, nesse mesmo ano e mês, Gouveiacelebrava com festas a formatura de um novo médico, filhoda cidade sonhada. Seu nome: Waldir de Almeida Ribas.Como nos lembra, dr. Waldir nasceu e viveu na Gouveia ainfância, ausentando-se ainda criança para estudar o ginásioe o colégio em Diamantina, deslocando-se em seguida paraBelo Horizonte, onde cursou medicina. Segundo declara,sua vocação médica foi despertada pelo avô, acompanhando

atentamente o crescimento dois pintinhos, filhinhos queridosda carinhosa galinha. Surgia o médico pediatra.

Foi nessa condição que dr. Waldir se tornou famoso emBelo Horizonte. Após dedicar quase 60 anos à clínicaprivilegiando a atenção aos recém-nascidos e à infância, omédico se volta para seu ninho: a Nossa Gouveia e faz nascera AFAGO – Associação dos Filhos e Amigos da Gouveia.De certo modo essa Associação é filha e continuidade doCentro Gouveano, surgido da imaginação e do desejo dodoutor Ragosino Alves Ribeiro.

A formação do médico e a criação do Centro Gouveanosão dois acontecimentos que merecem nossa reflexão nestapágina de abertura.

Gouveia vem se dedicando à formação de seus filhos, desde,pelo menos o ano de 1791, data em que o padre ManuelRibeiro de Oliveira foi nomeado “mestre de primeiras letras”do Arraial. Este mister ele o exerceu até os últimos anos de

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Para manter fresca a memória

Boletim Informativo da AFAGO página 17

vida, na década de 1830, quando, já octogenário, veio afalecer. Alquebrado e sem forças, até mesmo para celebrara missa, o padre Manuel ainda atendia às crianças paraensinar-lhes as primeiras letras.

A fase moderna da educação em Gouveia, no entanto seinaugura com a chegada daquele que ficou conhecido como“O Mestre”, Antônio Dionísio Gomes Pereira, na segundametade da década de 1850. O Mestre criou uma família deeducadores. Chica e Quinha do Mestre, como eramconhecidas, foram professoras de todas as pessoas quefrequentaram a escola nas duas primeiras décadas do séculoXX, até a criação do Grupo Escolar Aurélio Pires.

A preocupação com a educação básica trouxe comoconsequência o cuidado das famílias de melhor condiçãode encaminhar suas filhas para o estudo em Diamantina.Desse modo, a mulher em Gouveia se constituiu em eliteintelectual. Ao longo de nossa história, até o ano de 1950,pouquíssimos homens foram além do diploma do grupoescolar. Doutor Waldir é uma das mais honrosas exceções.

A exceção se torna mais nítida quando se examinam asdificuldades de criar reservas líquidas no distrito. Financiaro estudo no ginásio ou no colégio não era fácil. Além daótima situação econômica, tornava-se necessário uma boareserva financeira. Era mais fácil para o comerciante do quepara o fazendeiro, dado que o cálculo de liquidez se faziacom maior precisão no comércio. Nosso melhor exemplo édado pelo heroísmo de Hermano Fernandes Chaves queeducou as nove filhas no colégio em Diamantina. Nãobastava, porém, apenas a previsão de liquidez, maisimportante se tornava o ambiente favorável ao investimentoem cultura, elaborado no meio familiar.Quanto à criação do Centro Gouveano, para ser maispreciso, deve-se lembrar que ele já existia antes de 1949.A força adquirida nesse momento, com a criação do jornalé que toma nova feição, fato lembrado por Efigênio e JoséMansos Gomes Pereira: “Assim, dessa forma reativaramo Centro Gouveiano tendo á frente o gouveiano RagozinoAlves que por todos os meios procurava divulgar econseguir adeptos para a difícil causa que era aemancipação da sua terra natal. Assim foi criado eeditado pelo centro “O Gouveano” cujo único objetivoera divulgar por todos os recantos do Estado e do Paísa pretensão de Gouveia que há tantos anos vinha sendopostergada pelos políticos que atuavam nas diferentesfases da criação de municípios”.

O Gouveano é criado em 1949 para apoiar as pretensõesdos gouveianos. Esse é também o objetivo da AFAGO.Reunir os filhos e amigos da Gouveia com o objetivo deapoiar as iniciativas locais e promover seu desenvolvimento.

EDITORIAL 01 2008

Reuniu-se quase uma centena de filhos e amigos da Gouveia,no dia 11 de dezembro de 2006, no amplo salão socialsituado à rua Ceará n° 1267. Agradecimento especial aoDr. Fabiano – Bibi de Hermano Chaves - e sua família.Propósito? Consolidar a Fundação da AFAGO –Associação dos Filhos e Amigos da Gouveia.Cada reunião tem sido a única de uma longa série,confirmando o sonho do nosso Doutor Waldir respondidopor um número cada vez maior de pessoas dispostas a apoiara iniciativa.A AFAGO busca alcançar dois objetivos: o primeiro é dereunir Gouveianos naturais ou adotivos que migraram deGouveia e a têm como nossa terra; o segundo é de promover,apoiar e confirmar o desenvolvimento espiritual, social eeconômico dos moradores de Gouveia.Um objetivo decorre do outro. Da união dos associadosdecorre a divulgação de nossa Gouveia junto à roda deparentes, colegas e amigos residentes na RegiãoMetropolitana de Belo Horizonte. Do interesse pela Gouveiaresulta o favorecimento de seu desenvolvimento espiritual,social e econômico.Nesta edição, o Boletim da AFAGO traz como tema centralesses dois aspectos, mostrando, de um lado, aspectos dasociabilidade dos gouveianos residentes na Grande BeloHorizonte e, de outro, as contribuições que podem seroferecidas aos moradores de Gouveia.Como se pôde refletir na edição anterior, o desenvolvimentode Gouveia não é autossustentável, faltam opções para ajuventude, obrigada a deixar a cidade seja para se qualificarmelhor, seja para prover a própria subsistência.A busca de emprego e também de educação são fatoresdeterminantes da imigração de gouveianos. Nós,companheiros da AFAGO, podemos fazer algo pelodesenvolvimento sustentável de Gouveia. O sucesso denosso trabalho pode ser avaliado quando ficar ou deixarGouveia puder ser uma escolha de nossos conterrâneos.Vale lembrar que essa escolha pode ter a ver com problemasde subsistência – busca de emprego -, mas pode advir deimpossibilidades de uma convivência saudável.O problema da geração de emprego merece nossa maioratenção. Pedimos ao leitor examinar o artigo produzidocom base nas pesquisas desenvolvidas nos meses demaio, junho e julho de 2006 em Gouveia parafundamentar as propostas do Plano Diretor do Município(p.3). A solução parece simples, mas depende de esforço

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Boletim Informativo da AFAGO página 18

Para manter fresca a memóriae compromisso de todos nós.No que diz respeito a umaconvivência saudável, somos convocados e avaliar aforça espiritual que nos une, retirando dela consequênciasaplicáveis a nossas relações com o município em quenascemos ou que adotamos.

“Aurélio Pires”: Nosso presente nopassado.

José Moreira de Souza

Hoje é o dia 22 de fevereiro de 2010. Peço, leitor, quevocê volte a esse mesmo dia no ano de 1940. Você não eranascido: Nasceu em 2002, ou 2003, ou, quem sabe, em2004? É possível que nem seu pai nem sua mãe ainda nãosoubessem que um dia estariam em Gouveia, que seriamnaturais ou adotivos dessa cidade, tudo isso é possível. Nemeu que lhe escrevo havia nascido. É por isso que lhe peçoque imagine estar no ano de 1940, setenta anos atrás.Imagine agora: meninos numa escola novinha em folha.Moderna. Essa escola estava localizada na rua principal deGouveia. Essa rua larga receberia, depois, o nome de Ave-nida Doutor Juscelino Kubitschek de Oliveira e o prédio, onúmero 805. Adiantei muito em sua imaginação. Abra rapi-damente os olhos e torne fechá-los.Imagine uma escola que só tem seis séries ou anos. Primei-ro ano inicial, primeiro ano médio, e primeiro ano adianta-do, segundo, terceiro e quarto ano. Concluído o quarto ano,a criança tem direito ao diploma em solenidade única, coma presença do paraninfo, do inspetor de ensino, da diretorae dos professores.Três primeiros anos? Você perguntará? Isso mesmo, masnada se repete. Pense no seu caso, quando você ingressouna escola. Já sabia ler, escrever, contar? Então você já es-tava iniciado, podia saltar o ano inicial e ir direto para a salado primeiro ano médio, ou adiantado. Vamos ao caso maiscomum, você chegou à escola e ainda não sabia ler, nemescrever, nem contar. Seu lugar era o primeiro ano inicial.Aprendeu tudo? Ótimo, vai ser promovido para o primeiroano adiantado. Ficou com alguma dificuldade? Então irápara o primeiro ano médio. Como vê, ninguém repetia oano. A escola existe para promover, promover sempre.Outra novidade. Os alunos dos anos superiores têm algu-ma coisa que gostariam de exibir? A escola tem um pátioamplo que pode ser teatro no saguão e arena no térreo.Nele encena-se, dança-se, canta, pratica-se ginástica. Logoabaixo, canteiros para o cultivo de flores e hortaliças. Naentrada principal um amplo salão de recepção cujas portaslaterais dão para o gabinete da diretora e da vice-diretora eas salas de biblioteca e museu escolar.Nessa escola, o principal papel das professoras é o de es-tarem atentas para a aprendizagem dos alunos. Elas cuidamde promover essa aprendizagem. Mostram aos alunos o

que sabem e pedem a eles que façam o mesmo. Foi assimque, já no ano de 1935, a escola criou um jornal dos alu-nos, acolheu o plantio do trigo, criou o Clube Agrícola, en-cenou peças de teatro, inaugurou o Clube de Leitura, in-ventou o Pelotão de Saúde. Quem visitasse a escola tinha aimpressão de que era dirigida pelos alunos. Clube Agrícola,Clube de Leitura e Pelotão de Saúde eram organizaçõesdirigidas pelos alunos do último ano. A diretoria era eleitapelos colegas de sala. Presidente, vice-presidente, secretá-rio, tesoureiro, orador, bibliotecário, cargos ocupados porcolegas escolhidos entre colegas. Imagine a função de bi-bliotecário. Seu papel era de estimular os colegas na esco-lha dos livros. Em cada sala havia uma pequena biblioteca.No clube agrícola, as crianças encontravam oportunidadede exercitar pelo trabalho o conhecimento da natureza, daalimentação saudável, da função das plantas na alimenta-ção. Essa escola teve ainda um pequeno zoológico paraestimular os meninos no conhecimento de pequenos ani-mais exóticos.Os alunos eram incentivados à pratica de direção, coman-do e obediência às normas do trabalho, da produção artís-tica e da literatura. Para produzir o jornal, certa turma re-solveu levá-lo a uma gráfica. Ter um jornal impresso. Nãodesprezavam o jornal mural. Afinal, o jornal mural era tam-bém ótima oportunidade para exercício da caligrafia e dodesenho, mas o jornal impresso tinha mais charme. Podiaser lido fora da escola. Que fazer? Os alunos diretores cor-reram atrás de patrocinadores e acreditaram que os leito-res estariam dispostos a pagar cinquenta centavos para cadaexemplar. Saiu o jornal. Nele não consta o nome de ne-nhum professor, nem como responsável, nem comoorientador. Só alunos. Total autogestão.Abra os olhos agora. Você sabe que escola é essa?O “Grupo Escolar Aurélio Pires”, hoje com o nome de “Es-cola Estadual”.Por que retornar ao ano de 1940? Porque, no dia 22 defevereiro, foi inaugurado o novo prédio dessa escola, fatoque trouxe nova animação para toda a Gouveia. Nessemomento Gouveia se percebeu moderna e pronta para ofuturo.Foi uma data tão importante que o padre José Machado –o que dá nome à praça que limita com o prédio da escola –escreveu no Livro de Tombo da paróquia:

No dia 22 de fevereiro de 1940, foi bento o novoPrédio do Grupo Escolar. Em seguida à bênção,foi celebrada Missa Campal na frente do Pré-dio. Comungaram todas as crianças e professo-ras. Ao começar o Santo Sacrifício da Missa, oRevdo. o Senhor Pe Barros explicou qual o fimd’aquela Missa. Depois da Missa, o aluno Walmirde Souza em nome dos alunos e do povo agra-deceu ao Revmo Senhor Pe. Barros pelos rele-

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Boletim Informativo da AFAGO página 19

SAUDADES E ESPERANÇASMaria José de Almeida Ribas( Zezé)

Faleceu em Belo Horizonte, no dia 17 de fevereiro, MariaJosé de Almeida Ribas( Zezé), irmã do nosso eterno, Dr.Waldir de Almeida Ribas. À família enlutada, nossos sentimen-tos.

Conceição Fogueteira nos deixou com um vazio imensono coração. Foi sempre querida por mim e por todos da mi-nha família. Na minha infância e juventude e mesmo agora,tive a dádiva de tê-la em minha vida. Alma pura e terna, que-rida na nossa Gouveia, provida de sentimentos dignos, virtu-osos, sem nenhuma reclamação.Viveu com dignidade e sem lamúrias, apesar das dificuldadesna luta cotidiana.Deus foi sempre seu guia, sua força, sua fé.Manifesto aqui meu sentimento de imensa gratidão pois aescolhi como uma segunda mãe, em razão de seus valores evirtudes que aparecia no seu semblante terno e bondoso. Eua acolhi no meu coração. Agradeço-a por sua adoção, comouma de suas filhas. Obrigado Conceição pois sempre a tereina lembrança.Te amo pela sua dignidade, e com isto a guar-darei comigo.Obrigado, CONCEIÇÃO FOGUETEIRA.

vantes serviços prestados a Gouveia durante aque-les dias.

Inaugurou-se no passado a escola do futuro. É por isso queos diretores da AFAGO – Associação dos Filhos e Amigosde Gouveia – escolheram como lugar apropriado para a ceri-mônia de entrega do primeiro Prêmio AFAGO de Monografiae Literatura, o saguão e o pátio da Escola Estadual “AurélioPires”. Foi a partir desse espaço que todos nós fomos confi-antemente lançados para desvendar novos caminhos.

Quando eu narro esses acontecimentos para especialistas emeducação, o comentário é sempre este: “Você estudou numaescola que é avançada até para os dias atuais”. Eu digo, noAurélio Pires havia até salas de aula. A escola era muito maisampla, ela continha a cidade. Aprendemos que tudo ensina,em tudo se aprende. No dia da criança, aprendemos o senti-do do trabalho. As mesas de doces e guloseimas eram enfei-

tadas pelos lapidários, alfaiates, costureiras, comercian-tes, operários e operárias da fábrica. Uma vez por mêsíamos aos campos em excursão orientada, examinar ocurso das águas, as frutas, as raízes, as árvores frondosas.Visitantes importantes? Eram alunos como Walmir deSouza - Walmir de Mimi -, ou Zuleima Miranda, os se-lecionados para falar em nome de Gouveia. Música? JoséVieira e Irajá Aguiar exibiam em concertos escolares suaaprendizagem no lar. Teatro? Mozart Miranda, Anita deLevindo, André Chaves, Osvaldo Nominato de Ávila,Guido de Paula e muitos outros representavam o Dramade São Tarcísio, o Comilão e a Magricela, o Ajudadorde Morrer e coisas mais.Ah! O canto orfeônico, a parada de Sete de Setembro.Eis o solícito maestro José Maria de Souza ensinando aprática da harmonia e da melodia. Canto do Pajé deHeitor Vila Lobos etc. Geraldo de Adeodato treinandoas crianças a marcharem ao ritmo dos tambores infantis.Danças e bailados; era a vez de nós nos encantarmoscom graciosidade das meninas tão bem ensaiadas pelasprofessoras.Lição final: uma escola do presente deve necessariamen-te rever seu passado, estar atenta para as deficiências eacolher todo o saber que o aluno lhe traz. O “AurélioPires” exerceu seu papel de formar a elite de Gouveiapara além do possível. Foi por isso que o prédio abrigounos primeiros anos o Ginásio Santo Antônio, as exposi-ções das Festas do Alho e se tornou semente do “JovianoAguiar”.

Para manter fresca a memória

Audrey (filha de Dodô de Vavá.)

Ana Maria de Miranda Machado

Na edição 4_2016, foi noticiado o falecimento dasenhora esposa de Roni Machado. Não foi mencionado onome da falecida. Faço-o agora para permanecer naeterna lembraça de nossa Gouveia.A senhora Ana Mariaera catequista e grande apoiadora das ações do marido.

Antônio de Oliveira Araújo

Faleceu no dia 22 de fevereiro, aos 70 anos, Antônio deOliveira Araújo, irmão do Guido.Pessoa alegre e positiva, foi um homem de fácil convi-vência. Quem privou de sua amizade sempre se lembra-rá dele com doce saudade.Pai de um casal de filhos ensinou-nos a ser avós, ao vê-lotratar as netas com doçura e prazer.Antônio se foi para o abraço carinhoso do Pai.Saudades.

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José Carlos Dias Estuda a GouveiaJosé Moreira de Souza

Certamente, muitos operários da Fábrica de SãoRoberto ainda guardam lembranças desse gerenteestudioso que passou por nós. Sempre dedicado aosestudos, José Carlos elaborou uma obra sobre a tra-jetória da Cia Industrial São Joanense, cuja sede selocaliza na cidade de São João Del Rei.Recentemente, José Carlos tem percorrido o acervode jornais publicados em Diamantina e se debruça-do sobre uma questão de alta relevância para a com-preensão da vida política em nossa região.A pergunta é: Como agiam os conservadores e libe-rais em Diamantina e qual a herança que nos deixa-ram para os dias atuais. Título da obra: As ideias po-líticas em Diamantina, século XIX, vistas através de seusjornais.Nesse percurso, José Carlos dedicou um dos capítu-los de sua obra para compreender a ação políticaem Gouveia, de que decorre a rivalidade estabelecidaentre Gouveia e Datas.Sempre atento, o autor revela mais do que isto, comose pode comprovar pela mensagem registrada noportal da Afago.

O Jornal “A Estrela Polar” de 9/06/1946 publi-cou em suas páginas um pouco da história deGouveia. É um belo artigo. Fechou a matériarelacionando os primeiros “Vigários residentes:1 - Patrício; 2 - Camilo Lélis Viana; 3 - Francis-co de Paula Jorge; 4 - Joaquim Cassimiro deFigueiredo; 5 - Francisco de Paula Moreira; 6 -Severiano de Campos Rocha; 7 - Fernando deAssis Figueiredo; 8 - Manoel Maurício Pereira;9 - José Alves Ferreira; 10 - Manoel Alves Perei-ra; 11 - João Alves Colen e 12 - José ClementeMachado. NB: Esta lista foi encontrada na cavi-dade de uma coluna de madeira da igreja, massem os nomes dos números 11 e 12Salvo algum engano, em pesquisas dos nomesdos respectivos vigários, alguns deles eramlotados na paróquia de Curvelo/ Paraúna. Ovigário Patrício Rodrigues Silva morreu em1861 - O Jequitinhonha - set/1861. O seu espó-lio foi aberto em Gouveia.

Aguardemos a publicação que, certamente, se tor-nará referência para estudos futuros dos estudan-tes de História de nossa região.

Imagens da obra sobre a Cia Industrial São Joanenseoferecem paralelos para a obra em elaboração pelonosso presidente, Adilson do Nascimento, sobre aFábrica de São Roberto.A obra de Adilson que vem sendo divulgada nofacebook - página São Roberto for ever –, uma vezpublicada, será enorme contribuição para a compre-ensão da importância da fábrica para a formação deum operariado competente e atencioso ao trabalho.Há que lembrar a obra do professor doutor Domin-gos Giroletti sobre a fábrica do Cedro - Cia Cedro eCachoeira -. O estudo das indústrias têxteis ofere-cem sendas importantíssimas para a compreensãode uma das primeiras frentes de absorção do traba-lho fora do lar e da divisão do trabalho doméstico. Éaté mesmo anterior à consolidação da mulher edu-cadora, professora, ou enfermeira.

Há também uma curiosidade, a mulher no trabalhofabril é maioria, e deve ser solteira. A fábrica doBiribiri, fundada por Dom João Antônio dos Santose sua família é modelo da formação do operariadofeminino. Com efeito, Giroletti intitula sua obra so-bre a fábrica do Cedro de Fábrica, convento, discipli-na. O que significa que a mulher na fábrica deve setornar modelo para as demais, atenta ao trabalho econtrolada nos desejos de reprodução. Ou seja, senão for virgem, pelo menos deve ser celibatária. Nãoexistem estudos sobre a exploração sexual de mu-lheres no ambiente de trabalho, mas o estudo de JoséCarlos sobre a mão de obra da fábrica de São JoãoDel Rei mostra que as mulheres constituem mão deobra dominada. Aos poucos homens cabe a chefia,o comando. Desse modo, o ambiente da fábrica re-produz a divisão sexual do trabalho: ao homemcompete o comando, e às mulheres a obediência emnome da disciplina.

Artigos

Boletim Informativo da AFAGO página 20

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ArtigosMaria Josefina GomesPereira – Celebração da Vida

José Moreira de SouzaDia 24 de março.

É data para a gente ini-ciar o dia com alvoradafestiva. Ouço sinos repi-cando festivos; ouçobandas de música per-correndo as ruas. Ouçoespocar de roqueiras ede fogos do ar.Maria “Zifina” completa100 anos.Mãe de nossos compa-nheiros Celeste, Jair eAfrânio, dona MariaJosefina surge para nós

plena de alegria e energia. É um grande feito, completar oprimeiro centenário e partir para a segunda série.Maria Josefina é filha de Mário Maria Gomes Pereira eDona Conceição Gomes Pereira. É, portanto, neta do mes-tre de Gouveia, Antônio Dionísio Gomes Pereira. AntônioDionísio, como já insisti foi muito mais do que mestre esco-la em Gouveia. Sua chegada em nosso arraial modificouprofundamente os padrões de relações étnicas.No início, sua chegada foi acolhida com desconfiança. Aselites brancas – e somente elas tinham acesso à escola –sentiam-se desprestigiadas ao entregarem os filhos paraserem preparados no domínio de ler, escrever e contar, aum professor “mulato”. Para ser aceito, o sábio mestre seobrigou a mostrar aos brancos não ser um mulato qualquer.Além do domínio da escrita era também exímio músico.Isto, porém, era insuficiente. Gouveia já conhecia e cultiva-va dezenas de músicos, todos eles, mulatos ou pretos e atémesmo, escravos. O mestre teve que mostrar que contavacom pessoas do alto escalão que lhe dedicavam apreço eadmiração. Essa pessoa era Dom João Antônio dos San-tos, o primeiro bispo de Diamantina. O mestre cuidou deter seus primeiros filhos batizados pelo bispo, impondo res-peito de Gouveia à sua pessoa.Na celebração do centenário pleno de dona Maria Josefina,entendo que a herança do mestre é plena de lição para nós.Maria Josefina se casou com Antônio Augusto Gomes[Paulino]. Ora Antônio Augusto descendia de uma famíliailustre de empreendedores, gente que sabe usar a própriaforça de trabalho. Juntamente, com isto, Antônio Augustoera exímio violinista. O último de toda uma geração de umpassado de grandes músicos. Vejo nessa escolha afetivaexatamente a herança da lição deixada pelo mestre para

Gouveia. Trabalho e arte são prendas maiores do que pro-priedade e poder.Há também outras lições que recebemos de dona MariaJosefina. Cem anos é reserva de memória de, pelo menos,outros cem anos. Quero dizer, conversar com Maria Josefinaé ter oportunidade de conhecer nossa Gouveia desde o iní-cio do século XIX. Conhecer também Diamantina e Itabiraà mesma época.Duvidam? Certo dia, cheguei em nossa casa na Rua LaurindoFerreira, nº 472 e disse para minha tias, Flora e Chica. En-contrei no arquivo do Censo Provincial de 1831 o nome deum tal Manoel Moreira de Souza.Recebi imediatamente uma resposta mais carregada de his-tória do que o que continha o registro: - Manoel Moreiraera nosso avô. Papai falava que os Moreira são todos deuma mesma família e que eles vieram de Parauninha. E porai a conversa rendeu.O mesmo aconteceu com minha Madrinha, Consuelo deJesus Falci. Quando mencionei o nome de Pedro Falci apartir dos arquivos de Diamantina, recebi de volta toda umahistória da imigração italiana para o Serro no século XIX.Pedro Falci deixou a Itália com destino ao Brasil em mea-dos do século XIX. Ele e quatro companheiros da famíliaLunardi, Furletti e Luchesi. Aí ouvi coisas do arco da velha.Por exemplo, o encanto desses italianos pelas negrinhassiligristidas. Uma conversa com dona Doca – Maria dasDores Alves – trouxe memórias dos movimentos migratóri-os dos Ribas da cidade de Sorocaba em São Paulo paranossa região.Com essas constatações quero intimar os filhos de DonaMaria Josefina a cumprirem seu dever de ouvir todo o sa-ber da sua venerável mãe para registrar a grandeza de nos-sa Gouveia.Alô, Celeste, cumpra seu dever de casa.Alô, Jair, conte para nós a importância da mensagem desua mãe.Alô, Afrânio, nós precisamos de ouvir você. Você já fazmuito ao recuperar e expor para nós a memória de nossahistória em lindas fotografias, mas isto é pouco. Transmitapara nós o legado de sua mãe.Nossos abraços a dona Maria Josefina se estende tambéma sua irmã, Silvéria, e aos irmãos, José Mário e Geraldo.E, pelo menos em espírito, eu quero abraçar especialmenteminha querida primeira professora Marília Gomes Pereira,símbolo ímpar de generosidade.

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ArtigosMariinha, uma gouveiana

fluminense.

Mariinha, uma gouveianafluminense.Conversar com Mariinha de Jésus de Juca de Celina temsido minha diversão.Em minha última visita a Gouveia, gravei, no dia 10 de março,uma bela conversa.Há uma coisa que me intriga e gostaria que toda nossaGouveia compartilhasse comigo a mesma preocupação.Trata-se da perda de população. Somente para meu leitorter uma pequena ideia do que afirmo. De 1920 até o anode 2010, Gouveia não conseguiu duplicar a população. Istoquer dizer que a maioria das pessoas que nasceram aquibuscaram outro rumo. Para efeito de comparação procureiuma cidade que tinha, no ano de 1970 a mesma populaçãode Gouveia e acompanhei seu crescimento. Escolhi a cidadede Matozinhos, para onde se dirigiu uma das pessoas deminha maior admiração, Geraldo Leocádio – Geraldo Josédo Nascimento - .Pois bem, enquanto Gouveia permaneceu estacionária, apopulação de Matozinhos aumentou três vezes em trintaanos.Este inicio de conversa tem o sentido de aquecer o leitor.Gouveia se torna criatório de trabalhadores especialmenteapós a Abolição da Escravatura e, especialmente, após aProclamação da República.Tenho gravadas algumas conversas sobre esse assunto. Em1986, conversei com minhas tias Chica e Flora e elascontaram que Sebastião Moreira de Souza, pai delas e meuavô paterno, migrara para a “Mata” e residira,posteriormente em Santa Luzia, em General Carneiro eajudara na construção de Belo Horizonte.

Em 1991, por recomendação deJuca de Mário, gravei outraconversa com Sebastião Adoco, oqual, quando criança, foi levado à“Mata do Rio”. Uma peripécia dearrepiar os cabelos, seconsiderarmos que os trabalhadoresde Gouveia eram levados do mesmomodo que antes se conduziam ascaravanas de escravos.A conversa com Mariinha teve comofoco ela ter nascido no estado do

Rio de Janeiro, numa cidade cujo nome é Varre-Sai. SeMariinha não tivesse nascido ali, ninguém imaginaria haverum lugar desses. Pois não é que existe? Quase na divisacom o estado do Espírito Santo.Como se deu essa aventura de uma gouveiana nascer noestado do Rio de Janeiro? Ela narra essa história que mereceum filme de faro-leste. Gostaram da inovação? Minas migroupara leste e não para o oeste. A Mata do Rio tornou-sedestino de levas e mais levas de trabalhadores a partir doano de 1890. As prefeituras – de fato não havia prefeiturasnaquele tempo, mas agentes executivos municipais –quiseram punir severamente os agenciadores de mão deobra para o leste, a Mata do Rio, mas isto não valeu nada.O arraial de Datas foi um dos que mais sofreram com saídade trabalhadores.No caso de Gouveia, João da Cruz foi levado com toda afamília para a Mata. Apenas a menina Floripes Catarina daCruz permaneceu. A senhora mãe de Mariinha seguiu nacaravana do pai. Maria da Cruz era uma mulata puri debeleza inigualável. Casou-se a primeira vez; o marido foiassassinado. Casou-se a segunda, o marido foi assassinado.Casou-se a terceira. Dessa união nasceu a Mariinha, mas omarido da bela Maria da Cruz encontrou o mesmo destino–os sete palmos. Finalmente, ainda no Rio de Janeiro, nafazenda, Maria encontrou uma cara metade que resistiu àsbalas. Chamava-se Campista.Não há mais espaço para continuar a história. Mas Mariinhadeixou o Rio de Janeiro com sua mãe, o padrasto e osfilhos do padrasto no dia 2 de fevereiro do ano de 1939 echegou em Gouveia no dia 24 de fevereiro.“Era quarta feira de cinzas”, ela recorda.

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ArtigosAfrânio Gomes Publicou:AS INFORMAÇÕES ABAIXO FORAM FORNECIDAS PELOPRÓPRIO PREFEITO FAUSTO, CABENDO AO CIDADÃOOPINAR SOBRE A NECESSIDADE OU NÃO DAS OBRASEM QUESTÃO.

1- P.A DR. AGOSTINHO PATRUS UBS CENTRO, SOL E KOBU

2- FARMACIA DE MINAS – Edificação e Equipamentos, RuaConsuelo Falci3- LABORATÓRIO MUNICIPAL – Equipamentos

4- CLÍNICA FISIOTERÁPICA– Equipamentos

5- UBS SÃO LUCAS – Edificação e Equipamentos

6- REFORMA DE UBS – Rua Luiz Ponciano

7- UBS – PEDRO PEREIRA – Construção

8- UBS – ENGENHO DA BILÍA – Construção

9- UBS CAMELINHO – Construção

10- UBS VILA ALEXANDRE MASCARENHAS – Conclusão

11- UBS CUIABÁ – Conclusão

12- RODOVIÁRIA – Construção

13- JARDIM DA PRAÇA, PE. JOSÉ MACHADO - Revitalização

14- JARDIM DA PRAÇA, VILA ALEXANDRE MASCARENHAS– Construção

15- CAPTAÇÃO DE ÁGUA E IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA –Rio Capivara, a 13 km da comunidade.

16-CRECHE PRÓ-INFANCIA – Construção

17- ASFALTAMENTO DE RUAS – Bairro Eldorado e São Lucas

18- GALPÃO DE TRANSPORTE - Construção

19- CRAS/BRINQUEDOTECA – Construção

20– REDE DE ESGOTO, PARCIAL – Construção

21- CASAS POPULARES – construção de 30 unidades, Bair-ro Jardim Vitória II

22- AQUECIMENTO SOLAR – implantação em 80 casas po-pulares

23- PAVIMENTAÇÃO EM PEDRA MINEIRA – Engenho daBilía

24- PAVIMENTAÇÃO EM BLOQUET – Pedro Pereira

25- QUADRA ESPORTIVA – Escola Zezé Ribas

26- TANQUE p/ RESFRIAMENTO DE LEITE – Pedro Perei-ra, instalação

27- TRATORES E EQUIPAMENTOS – Bucaina, Vila Alexan-dre Mascarenhas, Espinho, e Cafundó.

28- TANQUE p/ RESFRIAMENTO DE LEITE – Cafundó, ins-talação

29- QUADRA POLIESPORTIVA- Escola João Baiano, Cons-trução

30- TANQUE p/ RESFRIAMENTO DE LEITE – Camilinho,construção

31- QUADRA ESPORTIVA – Riacho dos Ventos, construção

32- MÓDULOS SANITÁRIOS – Riacho dos Ventos e Capivara,construção

33- CAIXAS D’ÁGUA, 148 UNIDADES, ÁGUA DE CHUVA –diversas comunidades

34- QUADRA POLIESPORTIVA–E.M. ZULMA MIRANDA – emandamento

35- PAVIMENTAÇÃO EM BLOQUETE – Bairro jardim Vitó-ria II

36- LIGAÇÃO DAS RUAS DO BAIRRO SÃO LUCAS E JARDIMDA SERRA(gabriores)

37- PONTE EM CONCRETO NO RIO DO CEDRO – Camilinho

38- PAVIMENTAÇÃO EM BLOQUETE – Cuiabá, entre pontee a comunidade

39- CAPTAÇÃO DE ÁGUA E IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA –COMUNIDADE DE MENDES

40- IMPLATAÇÃO DE PÓÇOS ARTESIANOS – Engenho daBilía e Riacho.

41- FÁBRICA DE FARINHA E RAPADURA – Em construçãona localidade do Espinho.

A essas quarenta e uma ações, do ponto de vista da AFAGOmerece ainda mencionar:

1. A manutenção da Kobufest com inovações a seremavaliadas pelos moradores de Gouveia e seus visi-tantes.

2. A criação da Semana Literária por inspiração e rea-lização da professora Maísa do Nascimento Dória.

3. A acolhida do Prêmio AFAGO de Literatura e apoioda Secretaria Municipal de Educação à continui-dade desse programa.

4. A revisão da Lei de Orgânica do Município de Gouveia– 25 de março de2011 - cuja discussão foi ampla-mente divulgada para que toda população tomas-se conhecimento e participasse da fixação de di-retrizes necessárias à gestão do município.

5. A criação do sítio http://www.gouveia.mg.gov.br/da Prefeitura Municipal de Gouveia o qual deve atenderàs exigências pelo “Portal da Transparência”.

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Boletim da AFAGOÓrgão Informativo da Associação do Filhos e Amigosde GouveiaAno X– 01 - janeiro _ março - 2017.www.afagouveia.org.br

Diretor Responsável – Adilson do NascimentoEditoração Gráfica: José Moreira de SouzaCrédito das Fotos: Adélia Anis Raies de Souza,Afrânio Gomes, Raimundo Nonato de MirandaChaves, José Carlos Dias e arquivo de EfigênioGomes Pereira.

Diretoria da AFAGOPresidente de Honra: Waldir de Almeida Ribas inMemoriamPresidente: Adilson NascimentoSecretário: Guido de Oliveira AraújoTesoureiro: Raimundo Nonato de Miranda ChavesPatrocinadores:Diretores da AFAGOComissão EditorialGuido de Oliveira Araújo.José Moreira de SouzaRaimundo Nonato de Miranda Chaves

IMPRESSOREMETENTEAFAGO - Associação dos Filhos eAmigos de GouveiaAvenida Amazonas 115 - sala 1709

CEP: 30180 - 000 - BELO HORI-ZONTE - MG

Diva Maria e Geraldo da Consolação Miranda,celebram 50 de núpcias sob bênçãos de Frei Chico eFrei Leonardo, membros da Comissão Mineira de

Folclore

Agenda:Celebração da reforma daCelebração da reforma daCelebração da reforma daCelebração da reforma daCelebração da reforma daMatriz de Santo Antônio daMatriz de Santo Antônio daMatriz de Santo Antônio daMatriz de Santo Antônio daMatriz de Santo Antônio daGouveiaGouveiaGouveiaGouveiaGouveiaDia 3 de abril – 19:00 horasDia 3 de abril – 19:00 horasDia 3 de abril – 19:00 horasDia 3 de abril – 19:00 horasDia 3 de abril – 19:00 horas

Lançamento do livro Lançamento do livro Lançamento do livro Lançamento do livro Lançamento do livro CaminhoCaminhoCaminhoCaminhoCaminhoEscola de VidaEscola de VidaEscola de VidaEscola de VidaEscola de VidaDo doutor Raimundo NonatoDo doutor Raimundo NonatoDo doutor Raimundo NonatoDo doutor Raimundo NonatoDo doutor Raimundo Nonatode Miranda Chavesde Miranda Chavesde Miranda Chavesde Miranda Chavesde Miranda ChavesLocal e data a confirmar noLocal e data a confirmar noLocal e data a confirmar noLocal e data a confirmar noLocal e data a confirmar nomês de abrilmês de abrilmês de abrilmês de abrilmês de abril

24 de março: Celebração do Cen-tenário de Dona Maria Josefina

Gomes Pereira

Aplausos para Diva e GeraldoMiranda - de Genilda