boletim de greve nº 29

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29 [email protected] - www.sindprevs-sc.org.br - (48) 3031-1411- (48) 3031-1417 16 de setembro de 2015 Comando pressiona para o governo oficializar proposta até quinta (17) Pelo segundo dia consecutivo, no dia 15, representantes do Comando Nacio- nal de Greve da Fenasps (CNGF) se reuniram com a cúpula do INSS e a Se- cretaria de Relações de Trabalho do Mi- nistério do Planejamento (SRT/MPOG). Essas reuniões são desdobramentos das reuniões de 14 de setembro, e indicaram que haverá uma proposta do governo ainda esta semana. De fato, o CNGF so- licitou que saia um documento da SRT/ MPOG até esta quinta-feira, 17, para que o Comando Nacional possa debater e remetê-lo às assembleias estaduais para deliberação da categoria. Na noite do dia 15/09, as entidades apresentaram proposta ao ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, e considerando a necessidade de resolver questões legais, foi agendada audiência nesta quarta-feira, às 19 horas. Vale res- saltar que a presidência do INSS fará um documento com o posicionamento do instituto sobre a pauta de reivindicações e repassará ao ministro Gabas. Audiência com Sérgio Mendonça Na audiência ocorrida na tarde do dia 15/09, o governo assumiu o compromis- so de rever a questão da insalubridade em seis meses, começando os debates em outubro já que, segundo a SRT/MPOG, há uma série de ministérios envolvidos e não teria como resolvê-la de imediato somente com a ação do MPOG. O CNGF ponderou que é preciso con- siderar a necessidade urgente de resolver os problemas na concessão do adicional. E precisamos preparar os laudos feitos por profissionais da área. Porém, ain- da estão em vigor laudos que permitem conceder insalubridade para os servido- res, infelizmente porque determinação da ON 06 concede apenas para os servi- dores que já recebiam; os que ingressa- ram após a norma não estão recebendo. O governo concordou com a proposta sobre a devolução dos dias parados da greve de 2009. Entretanto, será neces- sário aprovação do Projeto de Decreto Legislativo (PDS) nº 538, de 2012, no Senado (a matéria foi aprovada na Câ- mara em 2012). O CNGF está negocian- do essa questão com o Senado Federal. Alguns senadores consultados pelo CNGF vão analisar o projeto e propor a criação de uma lei, que contemple a anis- tia da greve e devolução dos valores. O comando salientou a importância de es- tar pronto um texto-base já dia 16. Na noite do dia 15, representantes estiveram reunidos com o senador Paulo Rocha para discutir sobre este PDS. O reposicionamento dos servidores em função do interstício ter passado de 12 para 18 meses, será pago a partir de ja- neiro de 2017. O CNGF propôs que o governo busque uma solução para fazê- -lo num único mês, a partir de 2016. Os cálculos serão ainda apresentados. Será discutida ainda entre o MPOG e o INSS a forma de reposição dos dias para- dos na greve e o CNGF cobrou que fique explícito no acordo de greve. Foi falado também sobre as fases do Comitê Gestor: uma com o Seguro So- cial, em curso, e outra com a criação de um comitê para a carreira da PST, agre- gando debates internos, a possibilidade dos servidores do ministério da Previ- dência fazerem opção e outros assuntos. Os pontos colocados na proposta do dia 3 de setembro estão mantidos, embora o CNGF tenha questionado como ficaria a questão da mudança de reajuste de janei- ro para agosto de 2016 e o fim do abono de permanência. O MPOG afirmou que não tem informações suficientes sobre esse assunto. O fim do abono de permanência tem sérias implicações na carreira do Seguro Social, pois 12 mil servidores podem se aposentar até 2017, fazendo o INSS per- der metade dos servidores. As medidas do pacote anunciado pelo governo dia 14, precisam ser aprovadas no Congresso, é preciso que seja reali- zado concurso público para repor esses servidores, caso contrário há risco de fe- char o órgão, considerando que a tercei- rização é uma ameaça grave. O CNGF avalia por fim que a greve já é vitoriosa porque, após mais de 70 dias, elevou o debate sobre a previdência so- cial e a saúde públicas, sobre as condi- ções de trabalho dos servidores, mesmo diante de todos os ataques do governo. Após o governo enviar a proposta do Termo de Compromisso, o CNGF envia- rá aos estados para que seja discutido nas assembleias. Em seguida uma Plenária Nacional definirá os rumos da greve. É importante a greve continuar: nada está definido! Os rumos do movimento dependem dos próximos dias. Vamos manter a categoria em luta! Ne- nhum passo atrás! Fonte: Comando Nacional de Greve da Fenasps

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- Comando pressiona para o governo oficializar proposta até quinta (17) - Saúde: Audiência no Mpog discute carreira

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Page 1: Boletim de Greve nº 29

[email protected] - www.sindprevs-sc.org.br - (48) 3031-1411- (48) 3031-141716 de setembro de 2015

Comando pressiona para o governo ofi cializar proposta até quinta (17)

Pelo segundo dia consecutivo, no dia 15, representantes do Comando Nacio-nal de Greve da Fenasps (CNGF) se reuniram com a cúpula do INSS e a Se-cretaria de Relações de Trabalho do Mi-nistério do Planejamento (SRT/MPOG).

Essas reuniões são desdobramentos das reuniões de 14 de setembro, e indicaram que haverá uma proposta do governo ainda esta semana. De fato, o CNGF so-licitou que saia um documento da SRT/MPOG até esta quinta-feira, 17, para que o Comando Nacional possa debater e remetê-lo às assembleias estaduais para deliberação da categoria.

Na noite do dia 15/09, as entidades apresentaram proposta ao ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, e considerando a necessidade de resolver questões legais, foi agendada audiência nesta quarta-feira, às 19 horas. Vale res-saltar que a presidência do INSS fará um documento com o posicionamento do instituto sobre a pauta de reivindicações e repassará ao ministro Gabas.

Audiência com Sérgio MendonçaNa audiência ocorrida na tarde do dia

15/09, o governo assumiu o compromis-so de rever a questão da insalubridade em seis meses, começando os debates em outubro já que, segundo a SRT/MPOG, há uma série de ministérios envolvidos e não teria como resolvê-la de imediato somente com a ação do MPOG.

O CNGF ponderou que é preciso con-siderar a necessidade urgente de resolver os problemas na concessão do adicional. E precisamos preparar os laudos feitos por profi ssionais da área. Porém, ain-da estão em vigor laudos que permitem conceder insalubridade para os servido-res, infelizmente porque determinação da ON 06 concede apenas para os servi-dores que já recebiam; os que ingressa-

ram após a norma não estão recebendo.O governo concordou com a proposta

sobre a devolução dos dias parados da greve de 2009. Entretanto, será neces-sário aprovação do Projeto de Decreto Legislativo (PDS) nº 538, de 2012, no Senado (a matéria foi aprovada na Câ-mara em 2012). O CNGF está negocian-do essa questão com o Senado Federal.

Alguns senadores consultados pelo

CNGF vão analisar o projeto e propor a criação de uma lei, que contemple a anis-tia da greve e devolução dos valores. O comando salientou a importância de es-tar pronto um texto-base já dia 16. Na noite do dia 15, representantes estiveram reunidos com o senador Paulo Rocha para discutir sobre este PDS.

O reposicionamento dos servidores em função do interstício ter passado de 12 para 18 meses, será pago a partir de ja-neiro de 2017. O CNGF propôs que o governo busque uma solução para fazê--lo num único mês, a partir de 2016. Os cálculos serão ainda apresentados.

Será discutida ainda entre o MPOG e o INSS a forma de reposição dos dias para-dos na greve e o CNGF cobrou que fi que explícito no acordo de greve.

Foi falado também sobre as fases do Comitê Gestor: uma com o Seguro So-cial, em curso, e outra com a criação de um comitê para a carreira da PST, agre-gando debates internos, a possibilidade dos servidores do ministério da Previ-dência fazerem opção e outros assuntos.

Os pontos colocados na proposta do dia 3 de setembro estão mantidos, embora o CNGF tenha questionado como fi caria a questão da mudança de reajuste de janei-ro para agosto de 2016 e o fi m do abono de permanência. O MPOG afi rmou que não tem informações sufi cientes sobre esse assunto.

O fi m do abono de permanência tem sérias implicações na carreira do Seguro Social, pois 12 mil servidores podem se aposentar até 2017, fazendo o INSS per-der metade dos servidores.

As medidas do pacote anunciado pelo governo dia 14, precisam ser aprovadas no Congresso, é preciso que seja reali-zado concurso público para repor esses servidores, caso contrário há risco de fe-char o órgão, considerando que a tercei-rização é uma ameaça grave.

O CNGF avalia por fi m que a greve já é vitoriosa porque, após mais de 70 dias, elevou o debate sobre a previdência so-cial e a saúde públicas, sobre as condi-ções de trabalho dos servidores, mesmo diante de todos os ataques do governo.

Após o governo enviar a proposta do Termo de Compromisso, o CNGF envia-rá aos estados para que seja discutido nas assembleias. Em seguida uma Plenária Nacional defi nirá os rumos da greve.

É importante a greve continuar: nada está defi nido! Os rumos do movimento dependem dos próximos dias.

Vamos manter a categoria em luta! Ne-nhum passo atrás!

Fonte: Comando Nacional de Greve da Fenasps

Page 2: Boletim de Greve nº 29

Saúde: Audiência no Mpog discute carreira Na segunda-feira, 14 de setembro de

2015, na sala de reuniões da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, o Comando Nacional de Greve da Fenasps reuniu-se com Sér-gio Mendonça, Vladimir Nepomuceno, Edina Rocha e José Borges pela SRT/MPOG. A reunião teve início com a explanação do Secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, que foi logo informando sobre a crise financei-ra brasileira e o pacote de medidas lan-çado pelo Ministro da Fazenda e orien-tado pela presidente Dilma, que atingiu diretamente a SRT/MPOG.

Dentre todos os pontos discutidos com as Entidades Nacionais representativas dos servidores da base da Seguridade Social e Trabalho, segundo o Secretá-rio, o que mais estava sofrendo mudan-ças seria o relacionado ao reajuste dos índices de 5,5%, cuja proposta é repac-tuar os prazos, adiando para o mês de agosto de 2016 e não mais em janeiro, como apresentado na proposta anterior.

A FENASPS reafirmou a pauta enca-minhada anteriormente, na qual busca a paridade com incorporação da GDPST; Jornada de trinta horas semanais para todos; cumprimento do Aviso Ministe-rial 097 do Ministério da Saúde, data-do de 11 de março de 2015, e o Aviso Ministerial 152, datado de 20 de agos-to de 2015 do Ministério do Trabalho (MTE), que apre-sentam proposta de reestruturação da carreira da Pre-vidência, Saúde e Trabalho; fim do assédio moral; Mesa Interminis-terial abrangendo todos os envolvido com a carreira do PST, com caráter de Comitê, que terá a responsabi-lidade de discutir e encaminhar as propostas de rees-truturação da car-reira referentes aos

debates já acumulados nos três ministé-rios; Gratificações de qualificação de ti-tulação, GACEN, GECEN e GEASE; os 100 pontos para os trabalhadores do SUS e o plus solicitado.

Foram apresentadas também demandas referentes ao estado do Rio de Janeiro em especial aos Hospitais Federaliza-dos, e sobre a carreira específica para os servidores do Ministério do Trabalho (MTE).

Resposta do Governo:

1. Incorporação da GDPST: reafirmou a impossibilidade, nesse momento, de incorporação e ratificou a incorporação da gratificação aos proventos de aposen-tadoria em três parcelas iguais em 2017 e 2018 (pela média), sendo integraliza-da em 2019 conforme já informado nos ofícios encaminhados anteriormente às entidades sindicais;

A FENASPS apresentou a contrapro-posta de antecipar para janeiro de 2016 a primeira parcela, já que o reajuste de 5,5 % ficaria para agosto;

2. Jornada de Trabalho: o governo disse não ser possível fazer esta discussão no momento, já que todo o serviço público quer a jornada de 30 horas, mas que essa pauta será discutida na reestruturação da carreira;

3. Cumprimento dos Avisos Ministe-

riais: o governo fará contato com os mi-nistérios envolvidos e criará a mesa para discussão desse tema;

4. Gratificação de Titulação e qualifi-cação: serão discutidas na reestruturação da carreira;

5. Gacen, Gecen e Gease: o governo se comprometeu a verificar a situação da incorporação destas gratificações, pois no seu entendimento elas já estavam resolvidas. Cabe lembrar que estas gra-tificações são fixas e não se submetem à avaliação;

6. 100 pontos para os trabalhadores do SUS: essa questão também será discuti-da na reestruturação da carreira;

7. Insalubridade: o governo se com-prometeu a solucionar, no prazo de seis meses, a questão referente à ON 06/2013;

8. Hospitais Federalizados: o governo informou que esta pauta será discutida na reestruturação da carreira;

9. Carreira especifica para MTE: tam-bém será discutida na reestruturação da carreira;

10. Reposição dos dias parados: se-gundo o governo, ao assinar os acordos geral e específico, será discutida a repo-sição do serviço.

O governo se comprometeu a respon-der oficialmente a todos os pontos aci-ma apresentados, mais os referentes aos

avisos ministeriais e os da pauta ge-ral até no máxi-mo sexta-feira dia 18/09. Além de criar Comitê ou GT interminis-terial no MPOG para encaminhar as questões da Carreira.

Retroceder,Jamais!Avançar sem-

pre!

Fonte: Comando Nacional de Greve da Fenasps