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BOLETIM AMBIENTAL LIONS CLUBE DE ILHA SOLTEIRA ILHA SOLTEIRA, SP – DISTRITO LC 8, REGIÃO c, DIVISÃO C 2 EDIÇÃO SEMESTRAL – N o 2 – 2016-2017 LIONS CLUBS INTERNATIONAL 300 W 22 nd STREET OAK BROOK, ILLINOIS 60523-8842 USA PALAVRA DO EDITOR Planeta Sustentável O planeta terra hoje está totalmente desestruturado em termos de sustentabilidade, pois dados divulgados pela ONU (Organização das Nações Unidas) revelam que se todos os habitantes do mundo passassem a consumir exageradamente como os americanos, precisaríamos de mais de 2,5 de um outro planeta que seja como o nosso para a nossa sobrevivência. Sem contar que a situação está cada vez mais critica, que o consumo desnecessário e tamanho que pra uma produção de 1 única calça jeans e preciso de 10.850 litros de água, chega a ser assustador o tanto de água gasto em uma produção inteira de uma calça jeans. São essas e outras situações em que a terra pede socorro! A população anda consumindo muito mais do que a natureza consegue repor. É por isso que todos nós temos que nos conscientizar, em mudar nossos hábitos, e uma ação nobre começa no supermercado: por exemplo, as sacolas retornáveis. Evitar consumir produtos de embalagens de “isopor”, parar de consumir produtos desnecessários, buscar uma melhor alimentação, as cooperativas de produção agrícolas (onde contêm selos de Sustentabilidade), consumir mais alimentos orgânicos. Enfim são mil e uma sugestões que podem ser adotadas no nosso dia-a-dia. É bom se cada um se propuser em ajudar nesta causa, nos ajudaria a transformar o planeta em um planeta ecologicamente correto!. Texto criado por Silva, Aline Alves da / 1º Ano A, uma das participantes do Projeto da Feira de Ciências, "Uma Escola Sustentável". O tema foi livre e escolhido pela autora. www.lionsclubs.org Presidente Internacional CL Robert Ewing Corlew Governador do Distrito LC 8 CL Antonio Geraldo Montanhez Rua Japão, 68 CEP 16880-000 Valparaíso/SP [email protected] Presidente do Lions Clube de Ilha Solteira CaL Sheila Irabi Mahmoud Garcia [email protected] Comissão de Meio Ambiente CCLL Benedito C. de Oliveira; CL Domingos Koshiyama; CL Cláudio Luiz Carvalho; CL José William da Costa; CL Hélio Gerolin; CaL Beti Liege Muniz Gerolin; CL Jean R. D. Marinho EXPEDIENTE DO BOLETIM AMBIENTAL Editor: CL Jean R. D. Marinho Passeio Caconde 304 CEP 15385-000, Ilha Solteira SP e-mail: [email protected] Em 1917 Melvin Jones disse: Ninguém avança na vida se não começar a fazer algo pelo próximo. No limiar desse novo milênio, 100 anos depois, poderíamos ampliar esse pensamento dizendo: Não iremos muito longe se não fizermos algo por nosso ambiente. A terra é insultada e oferece suas flores como resposta. (Rabindranath Tagore)

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BOLETIM AMBIENTAL LIONS CLUBE DE ILHA SOLTEIRA

ILHA SOLTEIRA, SP – DISTRITO LC 8, REGIÃO c, DIVISÃO C 2 EDIÇÃO SEMESTRAL – No 2 – 2016-2017

LIONS CLUBS INTERNATIONAL 300 W 22nd STREET

OAK BROOK, ILLINOIS 60523-8842 – USA

PALAVRA DO EDITOR

Planeta Sustentável O planeta terra hoje está totalmente desestruturado em termos de sustentabilidade, pois dados divulgados pela ONU (Organização das Nações Unidas) revelam que se todos os habitantes do mundo passassem a consumir exageradamente como os americanos, precisaríamos de mais de 2,5 de um outro planeta que seja como o nosso para a nossa sobrevivência. Sem contar que a situação está cada vez mais critica, que o consumo desnecessário e tamanho que pra uma produção de 1 única calça jeans e preciso de 10.850 litros de água, chega a ser assustador o tanto de água gasto em uma produção inteira de uma calça jeans. São essas e outras situações em que a terra pede socorro! A população anda consumindo muito mais do que a natureza consegue repor. É por isso que todos nós temos que nos conscientizar, em mudar nossos hábitos, e uma ação nobre começa no supermercado: por exemplo, as sacolas retornáveis. Evitar consumir produtos de embalagens de “isopor”, parar de consumir produtos desnecessários, buscar uma melhor alimentação, as cooperativas de produção agrícolas (onde contêm selos de Sustentabilidade), consumir mais alimentos orgânicos. Enfim são mil e uma sugestões que podem ser adotadas no nosso dia-a-dia. É bom se cada um se propuser em ajudar nesta causa, nos ajudaria a transformar o planeta em um planeta ecologicamente correto!. Texto criado por Silva, Aline Alves da / 1º Ano A, uma das participantes do Projeto da Feira de Ciências, "Uma Escola Sustentável". O tema foi livre e escolhido pela autora.

www.lionsclubs.org

Presidente Internacional CL Robert Ewing Corlew

Governador do Distrito LC 8 CL Antonio Geraldo Montanhez Rua Japão, 68 – CEP 16880-000

Valparaíso/SP [email protected]

Presidente do Lions Clube de Ilha Solteira CaL Sheila Irabi Mahmoud Garcia

[email protected]

Comissão de Meio Ambiente CCLL Benedito C. de Oliveira; CL Domingos

Koshiyama; CL Cláudio Luiz Carvalho; CL José William da Costa; CL Hélio Gerolin; CaL Beti Liege Muniz Gerolin; CL Jean R. D. Marinho

EXPEDIENTE DO BOLETIM AMBIENTAL Editor: CL Jean R. D. Marinho

Passeio Caconde 304 CEP – 15385-000, Ilha Solteira – SP

e-mail: [email protected]

Em 1917 Melvin Jones disse:

Ninguém avança na vida se não começar a fazer

algo pelo próximo.

No limiar desse novo milênio, 100 anos depois,

poderíamos ampliar esse pensamento dizendo:

Não iremos muito longe se não fizermos algo

por nosso ambiente.

A terra é insultada e oferece suas flores como resposta. (Rabindranath Tagore)

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O SÓDIO

O sódio é um elemento químico metálico cujo símbolo é Na (natrium em latim), é um sólido macio com co- loração prateada usado em sínteses na química orgânica. Não é encontrado livre na natureza pois é muito reativo, em con- tato com água reage violentamente produzindo hidróxido de sódio (soca cáustica).

Sódio metálico

É muito abundante na natureza, porém na forma iônica (Na+), como óxido (Na2O) ou sais, como o sal marinho (cloreto de sódio), no mineral Halita ou sal-gema (também cloreto de sódio) e muitos outros tais como a Alibita, Criolita, Lazurita, Montmorilonita, etc.

Minério de halita

Seus sais são bastante empregados industrial- mente na fabricação de detergentes, salmouras na indús tria alimentícia, em estações de tratamento de água, ilu- minação pública, fabricação de células fotoelétricas, puri- ficação de metais fundidos, indústria da borracha, em “air bags”, indústria farmacêutica e muitas outras.

Minério de lazurita

O potencial elétrico da membrana celular

O sódio é um elemento essencial para os animais e em sua forma iônica (Na+ - íon positivo, também chamado de cátion) é importante para a correta função dos neurônios e de diversas outras células animais. É o principal cátion do fluido extracelular (líquido corporal que está fora das células), onde está numa concentração muito maior do que no comparti- mento intracelular. Essa diferença de concentração se deve principalmente à existência da bomba de sódio e potássio, e são esses dois elementos os maiores responsáveis pelo potencial de ação celular em animais.

A bomba de sódio e potássio

Conhecida também como Na+/K+ ATPase, não é uma bomba, na acepção do termo, mas sim uma proteína trans- membrana, cuja atividade é utilizar energia proveniente da de- gradação do ATP em ADP para transportar íons de potássio e sódio através da membrana celular. Ela tem um papel impor- tante na manutenção do potencial de repouso das células ner- vosas, musculares e cardíacas. Ela permite a troca de cátions Na+, oriundos do meio intracelular, por íons de potássio (K+), oriundos do meio extracelular, numa relação precisa (3 Na+/2 K+). A proteína é responsável pelo restabelecimento do equilíbrio inicial após um potencial de ação. Como a membrana celular é muito menos permeável ao sódio do que ao potássio, desenvolve-se um potencial elé- trico na célula. Para manter esse potencial elétrico, a célula precisa de uma baixa concentração de íons de sódio e de uma elevada concentração de íons potássio no seu interior. Fora das células a situação se inverte, pois, existe difusão desses componentes através de canais existentes na membrana celu- lar. Para manter as concentrações ideais dos dois íons, a proteína transporta sódio para fora de célula e potássio para dentro dela.

Cuidados

Nos humanos, o sódio é essencial na regulação do volume sanguíneo, pressão sanguínea, equilíbrio osmótico e pH. As necessidades mínimas desse mineral são de 500 mg diárias. O Instituto Norte-americano de Medicina estabelece que o limite tolerável é de 2,3 g por dia e estudos indicam que a diminuição diária em 2 g tende a baixar a pressão sanguí-

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nea em 2 a 4 mmHg. O que leva a uma estimativa de um decréscimo entre 9 a 17 % nos casos de hipertensão. A hipertensão causa anualmente a morte prematura de 7,6 milhões de pessoas. Levando-se em consideração que

o sal de cozinha (NaC) possui 39,3% em massa de sódio sendo, o restante, cloro e traços de impurezas, 2,3 g de sódio correspondem a 5,9 g de sal, em torno de meia colher de chá e a Associação Americana de Saúde recomenda não mais do que 1,5 g de sódio por dia. Um estudo feito com vários pacientes mostrou que pessoas com ou sem hipertensão que excretavam menos do que 3 g de sódio por dia na urina possuíam maior risco de morte, acidente vascular cerebral ou ataque cardíaco do que as que excretavam de 4 a 5 g por dia. Níveis de 7 g diários ou mais em pessoas com hipertensão estavam associados a alta mortalidade e eventos cardiovasculares, mas isso não foi ob- servado em pessoas sem hipertensão. A Administração de Ali- mentos e Drogas (FDA) norte-americana estabelece que adul- tos com hipertensão e pré-hipertensão devem reduzir o consumo diário para 1,5 g.

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Sodium

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bomba_s%C3%B3dio-pot%C3%A1ssio

O DEJETO DE ANIMAIS DOMÉSTICOS

O descontrole na disposição dos resíduos tem causado muitos problemas aos municípios brasileiros. A prática do descarte de lixo sem controle nem critério vem acarretando problemas ambientais e de saúde pública, como contaminação do ar, solo, águas superficiais e lençóis freáti- cos, permitindo a proliferação de organismos patogênicos, ve- tores de transmissão de doenças e mesmo elementos e substâncias químicas altamente tóxicos. Nesse sentido, com enfoque nos dejetos de ani- mais, sejam domésticos ou criações comerciais, a Lei Federal no 12305/10, de 02/08/2010 trata da destinação que deve ser dada a esses dejetos para que o desenvolvimento sustentável de municípios seja alcançado e que assegure a melhoria de qualidade de vida, promova boas práticas recomendadas para a saúde pública e proteja o meio ambiente contra as fontes poluidoras. O manejo de animais gera uma grande quantidade de resíduos sólidos que podem contribuir com a poluição atmos- férica pela emissão de amônia, óxido nitroso e metano e para a poluição de águas superficiais e subterrâneas pelo escoa- mento da parte solúvel pelo solo, resultando em um enriqueci- mento de nitrogênio e fósforo, que contribuem para a eutrofi- zação das águas. Em ambiente urbano, as famílias, na maioria das ve- zes, possuem “animais de estimação” e essa situação não é de simples convívio, pois tanto seres humanos quanto animais estão sobre a cadeia epidemiológica. A verticalização das construções possibilitou uma elevada concentração de pes- soas em um espaço relativamente pequeno, acarretando, com isso, o aumento de vários problemas sendo, o principal, o rela- cionado à saúde pública. Animais domésticos frequentam áreas públicas, onde geralmente defecam e um animal para- sitado pode depositar algumas centenas de ovos no ambiente tornando o local contaminado e, portanto, representando risco para os seus usuários.

Fonte: https://amarildocharge.wordpress.com/2013/08/22/lixo-zero-e-

educacao/

Dos vários estudos relacionados a doenças direta ou indiretamente transmitidas por animais, podem ser citados: an cilostomíase, toxoplasmose, toxocaríase, raiva, sarna, bruce- lose, larva migrans, dentre outras. Atualmente, fontes de energia renovável, denomina- das fontes de energia limpa, tem despertado muito interesse. Essa bioenergia, produzida a partir de resíduos sólidos de ori- gem vegetal e animal é uma alternativa para diminuir a capaci- dade poluidora desses resíduos, pois sua decomposição gera um gás que se destina à produção de energia e a porção sólida serve como adubo orgânico. No tratamento dos resíduos animais, as técnicas bio- lógicas são as mais utilizadas, pois, a degradação anaeróbica da matéria orgânica (biomassa), produz uma mistura rica em gás metano (combustível) e dióxido de carbono. A biomassa, nesse sentido, pode provir da decomposição de materiais orgâ nicos tais como: rejeitos animais (fezes, carcaça e vísceras), rejeitos vegetais derivados da atividade agroindustrial (bagaço de cana, manipueira, casca de coco, casca de arroz, etc.) e re jeitos alimentares (cascas de frutas, legumes, restos de comida), entre outros.

Esquema geral de um biodigestor doméstico -

http://www.arbbis.com/biodiversidade/como-fazer-seu-biodigestor-produza-biogas-video-series/

O Balanço Energético Nacional (BEM 2015) demons- trou que o uso de biomassa, em 2013 correspondeu a 6,6 % da matriz energética brasileira. Já em 2014, esse índice pas- sou a 7,4 %, significando que as indústrias estão buscando alternativas para fontes energéticas. A América do Norte e a Europa já possuem projetos gerando biogás para a produção de eletricidade por meio de processos biológicos que, além de destinar corretamente os dejetos animais, geram energia limpa e renovável, contribuem

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para o controle de emissão de gases e ainda têm direito a cré- ditos de carbono. Em Genebra, foi desenvolvido um aparelho portátil que converte dejetos de cães em eletricidade para uso domiciliar, chamado de Poo Poo Power. Fonte: Ferreira, V.A.; Tambougi, E.B.; Fontes de energia renováveis geradas por meio dos dejetos de animais domésticos; Revista Meio Ambiente e Sustentabilidade 10(5), 2016, versão on-line.

Fonte: http://viralatense.blogspot.com.br/2009/11/

FOSSAS SÉPTICAS, UM NOVO CRIADOURO PARA O AEDES

AEGYPTI

O Aedes aegypti é considerado a principal espécie transmissora da dengue e da febre amarela urbana no Brasil, além de estar incriminado na vetorização de várias outras ar- boviroses. Trata-se de um mosquito cosmopolita, com ampla distribuição geográfica, hábito fortemente antropofílico e ativi- dade intimamente relacionada com as ações humanas. As medidas preventivas para o controle desta es- pécie estão principalmente direcionadas ao controle integrado dos criadouros, as quais envolvem ações simples e eficazes, em especial aquelas nas quais a população possa exercer papel fundamental quanto aos cuidados de evitar a prolifera- ção dos vetores. A tecnologia atualmente disponível abrange medidas de controle físico, químico e biológico, sendo os dois primeiros grupos mais intensamente. Segundo alguns autores, esse mosquito vem de- monstrando características de rápida adaptação ecológica a ambientes urbanos cada vez mais complexos, distribuindo-se por todas as áreas urbanas e impondo cada vez mais dificul- dades para o estabelecimento dos programas de controle ba- seados no seu monitoramento. Essas dificuldades têm estimu- lado novos estudos de biologia, comportamento e a relação desta espécie com o espaço urbano. Desta forma, foi estudado o comportamento reprodu- tivo do mosquito em condições adversas para a espécie, verifi cando novas possíveis opções de desovas em criadouros alter nativos tais como as fossas. O estudo foi realizado procedendo-se a coletas em vários tipos de criadouros em bairros da periferia do município de Macapá com alta incidência de fossa sépticas, as quais muitas não atendem as normais recomendadas para a constru ção deste tipo de reservatório. Após tratamento dos dados de coleta, ficou evidenci- ado que o Aedes aegypti encontra-se adaptado a exploração de fossas sépticas como novo nicho ecológico. Este fato pode agravar ainda mais o grande problema de saúde pública, que

é a epidemia de dengue, principalmente na periferia dos gran- des centros urbanos onde o acesso ao tratamento de esgoto ainda não é satisfatório e estes tipos de depósitos não são ro- tineiramente inspecionados e nem tratados. Pode-se dizer que as condições de saneamento bási- co contribuem para que este tipo de depósito seja utilizado como criadouro preferencial para as desovas do Ae. aegypti, uma vez que estas fossas se encontram fora dos padrões técnicos adequados, pois muitas rudimentares e a céu aberto. A pesquisa da relação socioeconômica e os índices de infes- tação por Ae. Aegypti mostram que a presença deste vetor possui relação com os níveis socioeconômicos, mas com pre- ponderância para os aspectos de saneamento básico. Segun- do as pesquisas, áreas mais pobres, mas com boas condições de saneamento básico, podem ter os mesmos níveis de infes- tação das áreas mais ricas. Uma área pobre e sem saneamen to básico adequado terá maiores níveis de infestação e riscos de ocorrência de dengue. No entanto cabe ressaltar que estes mosquitos apresentaram maior densidade populacional neste tipo de ambiente, no período de maior pluviosidade. Fonte: Corrêa, A.P.S.D.; Galardo, A.K.R.; Galardo, C.D.; Espíndola, C.B.; Farias, P.R.S.; Mascarenhas, B.M.; Fossas como uma nova opção de desova de aedes (stegomyia) aegypti Linnaeus; Revista Meio Ambiente e Sustentabilidade 9(4), 2015, versão on-line.

TRAGÉDIA NA FLÓRIDA

Clewiston, Flórida – por meses em 2016, tufos de al- gas tóxicas deixaram as águas esmeralda do sul da Flórida com uma cor de café e sufocou suas entradas com um cober- tor fétido de gosma tipo guacamole verde que matou todos os peixes, sufocou os bancos de ostras e desencadeou um feroz clamor por parte dos residentes litorâneos. Da NBC “Today Show” até o Daily Telegraph de Lon- dres, foram reportados os fechamentos de praias, a declara- ção de estado de emergência e o desesperado esforço da po- pulação usando mangueiras de jardim para salvar peixes-boi presos no lodo e lutando para respirar.

Águas do lago Okeechobee contaminadas com fertilizante deixam as águas do oceano com cor de café, causando uma calamidade

ecológica e econômica no sul da Flórida.

Mas os repórteres não falaram da parte mais trágica da história – que a calamidade é fruto da mão do homem. É o resultado de 135 anos de erros, arrogância e a determinação de tornar o álamo das Everglades em culturas comerciais. Fo- ra a conversa em se gastar 10,5 bilhões de dólares nas pró- ximas duas décadas para resolver-se o problema, uma nuvem de incerteza política não deixa claro quando, como – ou mes- mo se – a proliferação das algas irá parar.

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Degradação ambiental é somente parte do preço que o público paga para que companhias privadas transformam açúcar em dinheiro. Essas zonas húmidas tropicais foram dre- nadas e mantidas por décadas com grande despesa em bene- fício da indústria de cana da Flórida, dominada por duas em- presas politicamente conectadas. Milhares de dólares dos contribuintes foram gastos em um sistema regional de controle de inundações que impede os campos de cana de inundarem durante períodos de fortes chuvas e irrigados durante as secas. Adicionando ao custo público, um programa nacional de açúcar exige que os consumidores americanos paguem du as vezes o preço mundial do açúcar através de uma mistura de cotas de importação, tarifas e garantias de empréstimos. O Congresso manteve o programa especificamente para a indús tria açucareira desde 1934. Os críticos da política de açúcar dos EUA dizem que a mercadoria pode ser importada pela metade do preço e sem danos ambientais aqui. Os defensores afirmam que a América não deve se tornar dependente do açúcar estrangeiro, que é cultivado de forma econômica em todo o Caribe – e para além. Os oponentes de ambos os lados criticam o progra- ma de açúcar com alguns dos epítetos mais severos do léxico político dos Estados Unidos: bem-estar corporativo, capita- lismo de camaradagem, política de barris de porco - os despo- jos de um sistema político fraudado por contribuições de cam- panha e pedaladas de influência. Mas partidários, também, são de ambos os lados do corredor, tão bem oleada é a máqui na política que os influencia.

O cultivo de cana-de-açúcar, concentrado ao sul do lago, consumiu

menos de 10% do fósforo do lago.

Os canaviais assentam-se em 450 mil hectares de zonas húmidas recuperadas logo abaixo do lago Okeechobee, no centro-sul da Flórida. A área abriga cerca de 40 mil pes- soas e uma economia baseada na agricultura. Em contraste, cerca de 6 milhões de pessoas vivem na zona costeira afeta- da pelas algas - uma região alimentada por uma grande diver- sidade de atividades comerciais, especialmente o turismo. A benção econômica da comunidade menor tornou-se a perdi- ção da maior. Nas próximas décadas, o aumento das tempera turas e a mudança de padrões de chuva provavelmente irão piorar a praga das algas tóxicas. Esta batalha é vista por alguns como um teste da integridade do sistema político dos Estados Unidos, de quão livremente as ferramentas de influência política – contri- buições da campanha, tarifas de lobby e as lisonjas e atos de agrado que muitas vezes acompanham eles - podem ser ala- vancadas para colocar o benefício total da generosidade da

natureza em poucas mãos, ao mesmo tempo em que distribui os custos, incluindo poluição e espoliação, em todo o resto da sociedade. Porque apenas uma fração dos campos de cana-de-açúcar está sendo buscada para resolver o problema das algas, alguns veem isso como uma prova de como os interes- ses especiais podem usar essas ferramentas perfeitamente legais da democracia americana moderna para evitar o inte- resse público em geral. No centro da disputa está o Lago Okeechobee - um dos maiores lagos do país, a fonte dos Everglades e o cora- ção de água doce do sul da Flórida. Durante 6 mil anos, o excesso de águas subterrâneas derramou-se sobre a borda sul do lago, alimentando os Everglades antes de drenar para a Baía da Flórida. Para abrir caminho para os campos de cana, os engenheiros levantaram e fortificaram a costa sul do lago, canalizando todo o excesso de águas subterrâneas através de uma série de canais, diques e estações de bombeamento em dois rios que então despejam no mar pelas costas leste e oeste da Flórida. Isso abriu caminho para os campos de cana, mas indisponibilizou a água para o resto dos Everglades. Também infectou os dois rios e as costas do sul da Flórida com algas tóxicas. Ainda mais temível - criou uma bomba de tempo sob a forma de um dique de inflexão que, se uma tempestade muito forte ocorrer, poderia varrer tudo e todos no caminho.

Dique mortal

Em janeiro de 2016, chuvas recordes caíram no cen- tro da Flórida, ameaçando o dique frágil que alinha a margem sul do lago Okeechobee. Se o dique falhasse, então a torrente de água do lago desencadeada poderia ter matado dezenas de milhares de pessoas e lavado uma grande quantidade de terras cultivadas. Em 1928, o dique se rompeu, matando pelo menos 2.500 pessoas - o segundo desastre natural mais mor- tal na história dos EUA. Hoje, por causa da crescente popula- ção da Flórida, o impacto pode ser muito pior. Assim, o Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA, com um olho no crescente risco representado pelo lago, redu- ziu o risco abrindo comportas e enviando bilhões de galões de água do lago, por dia, em cascata a leste e a oeste através da rede de canais e rios para o Oceano Atlântico e Golfo do Mé- xico. O dique foi poupado, assim como os canaviais e pessoas que trabalham e vivem ao seu redor. Mas ao longo da costa atlântica, a água repleta de fer tilizantes do lago gerou tufos gigantes de algas tóxicas, trans- formando o oceano na cor do café e cobrindo a costa com li- mo. A contaminação do oceano foi uma calamidade ecológica e econômica para a Costa do Tesouro do sul da Flórida, acon- tecendo durante o auge da temporada turística de inverno. O dique, construído fragmentadamente ao longo de 135 anos, começando no século 19 com areia, conchas e su- jeira, vaza e tem necessidade constante de inspeção e reparo. Quanto maior o nível do lago, maior o risco de uma falha. Como a agência que gerencia os recursos hídricos da nação vê, o mar é a única válvula de segurança quando o lago fica muito cheio. "Estamos fazendo escolhas entre tentar proteger a integridade do dique - a segurança das pessoas que vivem e trabalham ao redor do lago - ou perturbando o equilíbrio de um delicado sistema ecológico", disse o porta-voz da agência, John Campbell.

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Efeito dominó

A decisão de liberar a água do lago reiniciou uma amarga batalha política e legal que atravessava os residentes costeiros do sul da Flórida, empresas e ambientalistas contra a poderosa indústria açucareira do estado. O guia de pesca costeira Mike Connor disse que seu negócio afundou em 50% este ano devido às algas. Os agri- cultores ao sul do lago Okeechobee fazem um argumento se- melhante. Sua economia seria prejudicada se dezenas de milhares de hectares de terras cultivadas fossem retirados do serviço para restaurar o fluxo natural de água do sul através dos Everglades. "Seria um efeito dominó", disse o produtor de cana-de-açúcar Keith Wedgworth. "Se você perder um dos enge- nhos de açúcar, perde a loja de ferragens, a loja de peças, a loja de madeira, seria um efeito dominó em torno dos Glades". Wedgworth, um fazendeiro de Everglades da quarta geração, cultiva 8 mil hectares de cana-de-açúcar e 1.000 hectares de arroz em terras recuperadas ao sul do dique. "Somos uma pequena população, por isso é fácil nos culpar".

O dinheiro fala

Connor, o guia de pesca, disse que os funcionários públicos em Tallahassee favorecem a comunidade agrícola do interior da Flórida, pouco povoada, à custa da metrópole costeira do sul da Flórida por causa da influência política do setor açucareiro. "A Flórida é a capital de pesca esportiva do mundo ... mas nossos políticos, do governador aos vereado- res, não estão tratando como a capital de pesca esportiva", disse Connor. "Eles estão deixando a água ir para o inferno ...". A indústria do agronegócio, chefiada pelo açúcar, tem muita influência em Tallahassee e em Washington. Eles estão no topo do totem; e nós estamos bem aqui. " Esse ponto foi sublinhado durante um debate presi- dencial do Partido Republicano no início deste ano, quando o senador do Texas, Ted Cruz, desferiu um “golpe” em um de seus rivais, o senador da Flórida, Marco Rubio, um campeão da indústria açucareira, que teria aceito dinheiro deles para a sua campanha. "Os fazendeiros de açúcar cultivam cerca de 0,2 por cento das terras agrícolas dos Estados Unidos e, no entanto, dão 40% do dinheiro de lobby", afirmou Cruz a Rubio, beneficiário da generosidade política da indústria açucareira. Rubio dificilmente é o único político a se beneficiar da generosidade da indústria açucareira. Até o momento, no ciclo de eleições de 2016, as duas maiores empresas de açúcar da Flórida - Florida Crystals e US Sugar - deram aos candidatos federais quase US $ 3 milhões em contribuições de campa- nha, de acordo com o Center for Responsive Politics, que compila dados federais de financiamento de campanhas. Du- rante esse mesmo período de dois anos, as duas empresas pagaram mais de US $ 3,6 milhões aos lobistas federais e a Flórida Sugar Cane League adicionou mais US $ 2 milhões.

Brincando com a Mãe Natureza

As raízes do conflito de algas tóxicas da Flórida resi- dem nas ambições do século XIX para transformar vastos pântanos ao sul do lago Okeechobee, vistos como "pior do que inútil", em terras agrícolas produtivas. Para realizar a faça nha, os colonos de fazenda e os engenheiros se comprome- teram a redirecionar o fluxo natural de um volume quase

inimaginável da água subterrânea da Flórida. Inicialmente, es- ses primeiros colonizadores fortificaram a costa sul do lago com diques de sujeira primitivos que foram facilmente domina- dos pelas tormentas de furacão da Flórida. Isso levou os enge nheiros a cavar canais para levar o excesso de água, quando necessário, aos rios St. Lucie e Caloosahatchee, que correm a leste e a oeste, respectivamente. O St. Lucie drena para o Atlântico e o Caloosahatchee no Golfo. Lá, o excesso de água doce do lago seria apenas uma mera queda no balde pro- verbial de água salgada.

A água morta do lago Okeechobee descarrega no rio St. Lucie.

Diante de consequências adversas de movimentos anteriores, várias gerações de engenheiros conseguiram di- ques maiores e mais largos, mais canais e mesmo reserva- tórios em um esforço vão para desafiar 6.000 anos de ordem natural e manter o lago raso, de 730 quilômetros quadrados, em seu leito durante as chuvas pesadas e os ventos fortes que a Flórida é famosa, do tipo que pode levantar uma onda poderosa, no sul do lago que, se fosse romper o dique, desen- cadeasse a força e a fúria de um grande tsunami subindo por uma bacia de campos e pequenas cidades. A Mãe Natureza deixou saber desde o início que me- xer com ela não seria fácil. Pouco depois que o primeiro canal foi colocado em serviço em 1881, a água liberada do lago inun dou as propriedades ao longo do rio Caloosahatchee, atraindo protestos dos proprietários de terras. Em 1926, um furacão rompeu o dique, matando 300 pessoas. Dois anos depois, outro furacão explodiu o dique, des ta vez matando pelo menos 2.500. Muitos corpos foram tra- gados pelos Everglades para nunca serem encontrados, prova velmente devorados por jacarés ou por abutres - ou talvez tra- balhados por outros catadores e decompositores das clarei- ras. Em qualquer caso, eles foram absorvidos de um jeito ou de outro na sujeira do próprio pântano. Alguns corpos recupe- rados foram enterrados anonimamente em fossas comuns. Em 1947, um incêndio impulsionado pelo furacão en- cabeçou o dique, causando grandes danos à agricultura e per- da generalizada de gado e vida selvagem, mas sem mortes hu manas. O estado atual do esforço para manter a "besta " confi nada a seu leito é um sistema de encanamento espalhado que consiste em 2.100 milhas de canais, 2.000 milhas de diques e 71 estações de bombeamento principais. Operando a um cus- to anual de três quartos de um bilhão de dólares, fornece con- trole de inundações para a região. Também mantém as terras agrícolas recuperadas ao sul do lago devido a inundações du- rante períodos de fortes chuvas e irrigadas durante a seca. Para a indignação de muitos habitantes costeiros, a água repleta de fertilizantes dos campos de cana é bombeada de volta para o lago durante períodos de fortes chuvas para

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evitar que os campos e as cidades inundem. Lá, acrescenta ao risco de uma falha do dique o aumento da quantidade de água cheia de fósforo que deve ser descarregada no mar, on- de alimenta os tufos de algas tóxicas que expulsam peixes, matam os leitos de ostra, colocam em perigo a saúde de crianças e prejudicam a economia local.

Dejeto tóxico

Se o dique Herbert Hoover é o calcanhar de Aquiles estratégico esperando pela ruptura, o fertilizante é a goteira constante de veneno espalhando a morte em todo o ecos- sistema do sul da Flórida. Começa com o escoamento dos subúrbios, campos de golfe e fazendas bem ao norte do lago. Ele drena para o rio Kissimmee. De lá, ele flui para o lago Okeechobee. Durante períodos de fortes chuvas, a água do lago, saturada com fósforo, é descarregada nos rios St. Lucie e Caloosahatchee e, eventualmente, no mar.

A água carregada de fósforo nutre a vida das plantas produzindo

tufos de algas malcheirosas ao longo da costa.

Ao longo da viagem, o fósforo nutre a vida vegetal, causando florestas de algas, o que diminui a quantidade de oxigênio disponível para animais aquáticos. Isso, além do fato de que o excesso de água fresca, que derrama no oceano, reduz a salinidade dos estuários costeiros, está matando leitos de ostra e expulsando peixes. É uma espiral escura e des- cendente.

Uma falta de consenso

Wedgworth, o agricultor que cultiva cana-de-açúcar na terra recuperada ao sul do lago Okeechobee, diz que o verdadeiro culpado da poluição é de 30 anos de desenvol- vimento ao norte do lago, começando na área de Orlando e espalhando ao sul. É o resultado inevitável da proliferação de fossas sépticas, campos de golfe e loteamentos, afirmou. Um relatório do governo estadual de 2011 indicou 29 por cento do fósforo no lago para o escoamento urbano; a agropecuária, em especial as fazendas de gado ao norte do la go, representavam grande parte do resto. O cultivo de cana-de-açúcar, concentrado ao sul do lago, representou menos de 10% do fósforo do lago, de acordo com a atualização de março de 2011 do Plano de Proteção do Lago Okeechobee. No entanto, a criação da Área Agrícola de Everglades, onde a cana de açúcar é cultivada, é a razão pela qual a água foi des- viada do seu curso natural e a principal fonte de oposição para redirecionar seu fluxo hoje.

Um peixe morto é visto flutuando nas horríveis algas malcheirosas no rio St. Lucie. Algas que se pensa serem provenientes do lago

Okeechobee.

Se William Shakespeare tinha razão quando escre- veu em sua obra épica "The Tempest", o que é passado é o prólogo, os líderes políticos da Flórida talvez desejassem pe- sar com cuidado as necessidades de seus cofres de guerra contra o custo em espiral da cana de açúcar para o “Estado Ensolarado”. Um senso de urgência deve ser a ordem. As forças implacáveis da natureza estão em ascensão.

Produzido pelo Weather Channel em http://www.toxiclake.com/

Se você tem metas para um ano, plante arroz. Se tem metas

para 10 anos, plante uma árvore. Se você tem metas para 100

anos, então eduque uma criança, mas, se você tem metas para

1000 anos, então preserve seu ambiente.

Confúcio

O BRASIL PRECISA REPENSAR SUAS RESTRIÇÕES AO

MERCADO DE CARBONO

O acordo feito em Paris e reafirmado pelos países em Marrakesh pode reverter a tendência de alta da temperatura no planeta, mas as metas ainda não são suficien- tes para garantir um nível satisfatório de segurança climática. Durante as falas sobre clima nas Nações Unidas, ouviu-se uma clara mensagem da ciência: o aquecimento glo- bal está aumentando em uma escala alarmante, mais rápido do que o previsto. Os cenários são bastante preocupantes, com o derretimento de calotas polares, maior frequência de super-tempestades e outros eventos climáticos extremos. Eles têm sido responsáveis por grandes ondas migratórias huma- nas para cidades com pouca capacidade de absorvê-las, resul tando em conflitos, guerras civis e até o colapso de socieda- des inteiras como o que temos visto na Síria. Os compromissos feitos pelos países participantes do Acordo de Paris, se totalmente implementados, podem reduzir as tendências atuais pela metade. Entretanto, isso não é sufici ente. Precisamos multiplicar esses compromissos por dois. E isso requer novas abordagens e pensamentos inovadores agora mesmo.

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Liderança do Brasil

O Brasil poderia se posicionar como líder em desen- volvimento de uma economia de baixo carbono. Reduzir o des matamento é a chave para alcançar as enormes reduções em curto prazo que a ciência demanda. Ele pode ser reduzido rápi damente como o caso da Amazônia brasileira bem ilustra. O desmatamento reduziu de 27.000 km² para 6.000 km² no pe- ríodo de 2005 a 2015, resultando na redução de emissão de 5,6 bilhões de toneladas de CO2 – mais do que o alcançado pelo sistema de negociação de emissões da União Europeia (European Trade Scheme). O problema é que reduzir o desmatamento custa di- nheiro – não se trata de simplesmente reforçar a legislação. Mudar de uma era de expansão da agricultura como meio pa- ra o desenvolvimento econômico para uma onde florestas va- lem mais em pé do que cortadas é extremamente caro. Deze- nas de bilhões de dólares são injetados na criação de gado e na agricultura todo ano. Enquanto isso, do lado da floresta, po pulações extremamente pobres precisam melhorar suas condi ções de vida, especialmente em termos de educação e saúde. Precisamos agregar valor aos serviços ambientais oferecidos pelas florestas, como a sua habilidade de capturar e armazenar o carbono que está aquecendo nosso planeta. A Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação, além da conservação da floresta e da valorização dos esto- ques de carbono, é determinada no sistema ONU como REDD+. Os projetos de REDD+ previnem que o desmatamen- to aconteça onde há tendência de limpeza de terras para agricultura. Investir na proteção das florestas tem sido compro- vadamente muito mais vantajoso para o planeta e para as pessoas do que outras abordagens. Os projetos REDD+, por exemplo, ajudam a manter os regimes de chuvas tropicais, conservar a diversidade biológica e gerar oportunidades de renda. REDD+ é, portanto, um condutor de desenvolvimento sustentável em áreas florestais.

Desafio para os indígenas

Trabalhamos com milhares de indígenas cujas vidas têm sido transformadas desde que foram treinados para con- servar a floresta e ganhar dinheiro da agricultura sustentável. Além disso, a redução das emissões pode acontecer de forma muito mais rápida e a custos mais baixos do que qualquer outra alternativa. O desafio é desbloquear o financiamento privado para atividade de REDD+. O maior fundo operacional para REDD+ é o Fundo Amazônia (US$1,8 bilhões), financiado majoritariamente pela Noruega, com suporte adicional da Alemanha e da Petrobras. O Fundo capturou cerca de 6% do total de emissões verificadas pelo Brasil. Mas é improvável que muitas outras “Noruegas” embarquem para preencher a lacuna de financiamento. É por isso que não podemos ignorar o potencial que um regime de comércio de carbono bem ela- borado pode ter para o financiamento desses projetos de con- servação vitais na Amazônia, África Central e Sudeste Asi- ático. Nossos vizinhos com quem dividimos a floresta Amazô- nica reconhecem a importância desse mecanismo de finan- ciamento. O Brasil não atingirá seus compromissos sem ele. E é também por isso que a Fundação Amazonas Sus tentável (FAS), o Estado do Amazonas e a BV Rio lançaram um novo registro online de projetos REDD+ para o Amazonas.

A plataforma também inclui um sistema de negociação para reduções de carbono, que poderia gerar o financiamento que projetos de conservação da floresta precisam tão desesperadamente.

ONU e Brasil

Aproveitamos a oportunidade das falas na ONU para clamar ao governo brasileiro que mude sua posição e permita mecanismos de mercado mais amplos para REDD+. Isso foi feito em uma carta aberta, assinada por diversas organiza- ções como a FAS, o Instituto de Conservação e Desenvolvi- mento Sustentável da Amazônia (IDESAM), Fundação SOS Mata Atlântica e o instituto de pesquisas Imazon. Investir na mitigação de florestas por meio de REDD+ pode servir como principal contribuinte na lacuna entre com- promissos nacionais para redução de emissões e os exigidos pela ciência. REDD+ deve ser visto como uma forma comple- mentar de todos os setores para um avanço em direção a uma descarbonização profunda. Para garantir reduções efetivas, devem ser executados com rigor técnico e cientifico, evitando dupla contagem. Devem ser direcionados a setores especí- ficos como aviação e ter salvaguardas tanto sociais quanto ambientais, para que os grandes benefícios alcancem adequa damente populações indígenas, as guardiãs da floresta. Em contraste com outras opções, a REDD+ também oferece cobenefícios que são muito mais necessários para impulsionar a resiliência ecossistêmica e reduzir as desigual- dades sociais globalmente. Tornar mais “verde” o setor energé tico não será o suficiente e leva tempo demais. Precisamos tomar atitudes corajosas e inovadoras agora enquanto ainda há tempo. E o Brasil deve liderar essa transição para uma economia verde, sendo um dos maiores e mais biodiversos países do mundo. (Fundação Amazonas Sustentável /#Envolverde).

Por Virgílio Viana, da Fundação Amazonas Sustentável

LEI DE LICENCIAMENTO LIVRA BANCOS DE PUNIÇÃO

Projeto ressuscita “fast-track” para obras e ameaça um dos principais instrumentos de combate ao

desmatamento ao revogar lei que prevê corte de crédito a quem operar sem licença.

Um dos principais instrumentos que permitiram ao governo brasileiro reduzir as taxas de desmatamento encontra

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-se sob ameaça. E quem aponta a arma é o próprio governo: um projeto de lei em discussão na Casa Civil revoga a legis- lação que embasou as políticas de corte de crédito para des- matadores, de embargo de propriedades e de corresponsabili- zação dos bancos por danos ambientais, que vêm sendo apli- cadas com sucesso na Amazônia desde 2008. Caso seja aprovado sem modificações, o projeto poderá dificultar ainda mais o controle da devastação, que em 2016 cresceu 29% na região amazônica. O projeto em questão é a Lei Geral do Licenciamento Ambiental, originalmente proposta pelo Ministério do Meio Ambiente para tentar fazer frente à série de iniciativas em curso no Congresso para enfraquecer o licenciamento. Em discussão desde maio, o texto sofreu uma metamorfose após chegar ao Palácio do Planalto e passar pelo crivo de suces- sivos ministérios. Embora mantenha um dos principais pontos da proposta original – a definição da localização do empreendi mento como principal critério de rigor do licenciamento –, a lei tornou-se, em alguns aspectos, semelhante a algumas das propostas que visava suplantar. A versão à qual o Observatório do Clima (OC) teve acesso é datada de 1o de novembro. Distribuída aos conselhei ros do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), ela vem acompanhada de uma crítica do MMA (Ministério do Meio Ambiente) às modificações feitas no projeto, que, segundo a pasta, trazem “insegurança jurídica”, “grave retrocesso” ou podem gerar “questionamento da constitucionalidade”. Entre as mais importantes está a questão do crédito. O novo texto revoga o artigo 12 da Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.938/1981), que determina que órgãos de finan ciamento públicos não podem bancar projetos sem licença ambiental. Esse artigo foi usado pelo MMA em 2007 para embasar o decreto presidencial que criou a figura do embargo de propriedades com desmatamento ilegal. “Isso foi deter- minante para a resolução do Banco Central [de 2008] que aprovou o não acesso ao crédito rural aos proprietários com áreas embargadas”, lembra André Lima, secretário do Meio Ambiente do DF e um dos arquitetos do decreto em 2007. A partir da resolução do BC e da divulgação da lista das fazendas embargadas pelo Ibama, o desmata- mento passou a cair consistentemente até 2012. “Aumen tou a percepção de risco na Amazônia”, diz João Paulo Capobianco, ex-secretário-executivo do MMA. A revogação do artigo 12 é um problema em si, pois dificulta a fiscalização. Hoje, a falta de licença ambiental é a maneira mais simples de embargar uma área – já que o des- matamento ilegal, que também gera embargo, precisa frequen temente de verificação em campo. Mas, sozinha, não bastaria para tornar nula a figura do embargo. No entanto, ela vem acompanhada, no texto da nova lei de licenciamento, de um outro artigo, que retira dos bancos a corresponsabilidade pelos crimes ambientais. Hoje funciona assim: segundo a Lei de Crimes Ambientais, de 1998, se um banco público ou privado empres- ta dinheiro a um desmatador, ele está sujeito às mesmas puni- ções do desmatador. Em outubro de 2016, por exemplo, o Ibama e o Ministério Público Federal de Mato Grosso fizeram uma operação conjunta que terminou com uma multa de R$ 47,5 milhões ao banco Santander por financiar plantio de milho em áreas desmatadas ilegalmente no Estado. Se a mu- dança na Lei Geral do Licenciamento passar, desaparece a restrição e os bancos poderão financiar desmatamento – e

qualquer outra atividade econômica sem licença ambiental – sem temer punição.

Agricultura em área desmatada de cerrado no Piauí, região do

Mapitoba: agronegócio quer operar sem licença. Foto: Panoramio/Creative Commons

Isenções

O novo texto também traz de volta a figura do “fast-track” para licenciamento de obras de interesse do governo. Essa ideia foi proposta num projeto de lei de 2015 pelo senador investigado na Lava Jato Romero Jucá (PMDB-RR). Ele defende que projetos que o chefe do Executivo considere “de interesse nacional” sejam exonerados do rito completo do licenciamento em favor de um rito sumário. Na proposta original do MMA para a Lei Geral do Licenciamento, o prazo da licença prévia para um empreendi- mento era de até 15 meses. Na versão na Casa Civil, esse prazo cai para oito meses, que poderão ser reduzidos a quatro no caso de obras “estratégicas”. “O ‘fast-track’ pretendido gera rá insegurança jurídica, pois a redução pela metade dos pra- zos tornará inviável o cumprimento de fases como a audiên cia pública, o que gerará judicialização”, alerta o ministério. Outro ponto polêmico é o das isenções de licencia- mento. A bancada ruralista e a CNA (Confederação da Agricul tura e Pecuária do Brasil) têm pressionado pela retirada da exigência de licença ambiental das propriedades rurais. A isen ção consta do projeto de lei de licenciamento do deputado Mauro Pereira (PMDB-RS), apoiado pelos ruralistas, que pode ser votado a qualquer momento na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. Segundo Márcio Santilli, cofundador do Instituto So- cioambiental, ganhar a dispensa de licenciamento é o real mo- tivo pelo qual a poderosa Frente Parlamentar da Agropecuária anunciou publicamente, em novembro, que pediria ao presi- dente Michel Temer a cabeça do ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV-MA), e da presidente do Ibama, Suely Araújo. O texto da Casa Civil atende em grande parte às reivindicações do agronegócio: isenta de licença todas as ativi dades agropecuárias em “área rural consolidada”, ou seja, des matada até 2008; e todas as propriedades com extensão de até 15 módulos fiscais (área que pode chegar a 1.500 hecta- res em Mato Grosso). E cria outras nove isenções para ativi- dades econômicas diversas, a pedido de ministérios diversos – de modernização de aeroportos a sistemas de transmissão de energia. O MMA pede muita calma nessa hora. O ministério vinha defendendo a chamada “lista positiva”: o Conama e os conselhos estaduais de Meio Ambiente definiriam quem

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precisa de licenciamento e todas as atividades fora da lista es- tariam automaticamente dispensadas. “Quanto mais se esten- der essa lista [de isenções], maior será a probabilidade de judicialização da futura lei”, avisa. O texto da pasta ambiental lembra, ainda, que três iniciativas estaduais para isentar a agropecuária de licencia- mento, na Bahia, no Mato Grosso, e em Tocantins, foram suspensas pela Justiça. A Casa Civil afirmou que a minuta do projeto é fruto de uma construção coletiva entre 13 ministérios, além de Iba- ma, Iphan, ICMBio e Fundação Palmares, “tendo sido alcan- çados avanços significativos a partir de consensos firmados em grande parte do conteúdo discutido”. A pasta afirma, ain- da, que o texto ainda se encontra em elaboração e, portanto, sujeito a novas evoluções. “O estágio atual do processo é de ampliação das discussões que passam a envolver outros atores relevantes, como o Conama, o Congresso Nacional, entidades associativas dos órgãos ambientais nos estados e nos municípios, da indústria, dos serviços, entre outros. ”

Por Claudio Angelo Observatório do Clima/ #Envolverde) Publicado originalmente no site Observatório do Clima.

Blog do James Pizarro em http://antesqueanaturezamorra.blogspot.com.br/search?updated-min=2016-01-01T00:00:00-08:00&updated-max=2017-01-01T00:00:00-08:00&max-results=50

INFORMAÇÕES ÚTEIS

ÁGUA, NOSSO BEM MAIS PRECIOSO

Em janeiro de 1997, entrou em vigor a Lei nº 9.433/1997, também conhecida como Lei das Águas. O ins- trumento legal instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e criou o Sistema Nacional de Gerencia- mento de Recursos Hídricos (Singreh). Segundo a Lei das Águas, a Política Nacional de Recursos Hídricos tem seis fun- damentos. A água é considerada um bem de domínio público e um recurso natural limitado, dotado de valor econômico. A Lei prevê que a gestão dos recursos hídricos deve proporcionar os usos múltiplos das águas, de forma descen- tralizada e participativa, contando com a participação do Po- der Público, dos usuários e das comunidades. Também deter- mina que, em situações de escassez, o uso prioritário da água é para o consumo humano e para a dessedentação de ani- mais. Outro fundamento é o de que a bacia hidrográfica é a unidade de atuação do Singreh e de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos. O segundo artigo da Lei explicita os objetivos da PNRH: assegurar a disponibilidade de água de qualidade às gerações presentes e futuras, promover uma utilização racio- nal e integrada dos recursos hídricos e a prevenção e defesa contra eventos hidrológicos (secas e enchentes), sejam eles naturais ou decorrentes do mau uso dos recursos naturais. O território brasileiro contém cerca de 12% de toda a água doce do planeta. Ao todo, são 200 mil micro bacias espa lhadas em 12 regiões hidrográficas, como as bacias do São Francisco, do Paraná e a Amazônica (a mais extensa do mun- do e 60% dela localizada no Brasil). É um enorme potencial hídrico, capaz de prover um volume de água por pessoa 19 vezes superior ao mínimo estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) – de 1.700 m³/s por habitante por ano. Apesar da abundância, os recursos hídricos brasilei- ros não são inesgotáveis. O acesso à água não é igual para todos. As características geográficas de cada região e as mu- danças de vazão dos rios, que ocorrem devido às variações climáticas ao longo do ano, afetam a distribuição.

Água doce, um dia pode acabar

O Programa Água Doce (PAD) é uma ação do Gover- no Federal coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil. Visa o estabelecimento de uma política públi- ca permanente de acesso à água de boa qualidade para o consumo humano, promovendo e disciplinando a implantação, a recuperação e a gestão de sistemas de dessalinização ambi

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ental e socialmente sustentáveis para atender, prioritariamen- te, as populações de baixa renda em comunidades difusas do semiárido. Lançado em 2004, o PAD foi concebido e elaborado de forma participativa durante o ano de 2003, unindo a partici- pação social, proteção ambiental, envolvimento institucional e gestão comunitária local. Possui como premissas básicas o compromisso do Governo Federal de garantir à população do semiárido o acesso à água de boa qualidade, além de ser am- parado por documentos importantes como a Declaração do Milênio, a Agenda 21 e deliberações da Conferência Nacional do Meio Ambiente. O PAD está estruturado em seis componentes: gestão, pesquisa, sistemas de dessalinização, sustentabili- dade ambiental, mobilização social e sistemas de produção. O componente da gestão é responsável pela formação de recur- sos humanos, elaboração de diagnósticos técnicos e ambien- tais, manutenção e operacionalização dos sistemas, além de dar o apoio ao gerenciamento e manutenção dos sistemas. A componente pesquisa é direcionada à otimização dos siste- mas de produção com o aprofundamento dos conhecimentos em plantas halófitas, nutrição animal e piscicultura. Com o compromisso de garantir o uso sustentável dos recursos hídricos, promovendo a convivência com o semi- árido a partir da sustentabilidade ambiental e social, o PAD beneficia cerca de 100 mil pessoas em 154 localidades do Nordeste, ampliando suas ações para garantir o acesso à água de qualidade nas comunidades difusas do semiárido.

O Programa Água Doce está no Portal Brasil

Biodiversidade Aquática

Biodiversidade Aquática ... é um termo abrangente que considera tanto o conjunto dos ecossistemas aquáticos continentais, costeiros e marinhos como os seres vivos que vivem ou passam parte de seu ciclo biológico nestes ambien- tes. Parte destes organismos vivos, como peixes, moluscos, crustáceos e algas é considerado como " recurso pesqueiro" uma vez que são alvo da atividade pesqueira. Embora a distribuição geográfica dos ambientes aquá ticos não seja uniforme, eles estão presentes em todos os bio- mas brasileiros. Além disso, são diversos os interesses pelo uso da biodiversidade aquática ou dos recursos hídricos, cuja quantidade e qualidade são fundamentais para a manutenção da dinâmica destes ecossistemas. A água é a base da vida, conferindo um valor intrínse co aos ambientes aquáticos. Assim, as diretrizes, ações e polí ticas devem ser transversais não apenas geograficamente, mas setorialmente. Dentre as ações em execução, destacam-se aquelas de coordenação da implementação da Convenção de Zonas Úmidas de Importância Internacional - Convenção de Ramsar; as de conservação de espécies ameaçadas de extinção, o controle de espécies exóticas e as ações integradas de conservação e uso sustentável dos recursos pesqueiros.

Águas na Cidade

Controle de Inundações

A Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urba- no (SRHU) atua na definição de normas e instrumentos para a

gestão sustentável das águas no meio urbano, com base no conceito de desenvolvimento urbano de baixo impacto. Esse conceito busca a preservação do ciclo hidrológico natural, a partir da redução do escoamento superficial adicional gerado pelas alterações da superfície do solo (decorrentes do desen- volvimento urbano), e da indução à infiltração da água no solo e conservação e reuso da água em edificações urbanas. Des- se modo, privilegiamos o planejamento e formas de uso e ocu- pação que contemplem o controle da erosão, permeabilidade do solo, reserva, infiltração e utilização das águas pluviais nos próprios lotes, com formas de pavimentação permeável. É importante compreender que as enchentes dos rios são fenômenos naturais, que ocorrem com frequência variável e muitas vezes inesperada. Em muitas situações, o leito maior do rio é ocupado (principalmente em locais onde as enchentes demoram a acontecer novamente), fazendo com que a en- chente do rio se transforme em inundação, com perdas huma- nas e patrimoniais. A enchente é um fenômeno natural, ao pas so que a inundação é o resultado da ocupação de áreas que pertencem ao rio e desrespeito aos ciclos naturais dos ambien tes aquáticos, mesmo que a inundação se dê de forma pouco frequente e esporádica. Sem detrimento das ações de resposta, enfatizamos a prevenção de inundações como medida prioritária no trato com as águas urbanas, de maneira a evitar a perda de vidas e patrimônio na ocorrência desses desastres naturais. Assim, é importante aperfeiçoar soluções de projeto para a drenagem urbana, com valorização e fomento a formas inovadoras de estruturas de drenagem, bem como a renaturalização de rios e córregos e a criação de Parques Fluviais para conter a ocupação das Áreas de Preservação Permanente (APP) ripá- rias e várzeas. Desta forma, poderá ser garantido o espaço necessário para a contenção de cheias sem ocasionar graves danos pessoais e materiais, juntamente com a preservação e valorização das características naturais dessas áreas.

Na busca do ordenamento da ocupação e usos das áreas ribeirinhas, a SRHU atua também na gestão integrada da orla marítima, estuarina e fluvial em áreas urbanas, partici- pando do Projeto Orla (marítima e fluvial), além de induzir e assessorar a elaboração de normas, nas três esferas de gover no, visando à proteção e fiscalização de corpos hídricos urba- nos e mananciais utilizados no abastecimento público.

Mananciais

Manancial de abastecimento público é a fonte de água doce superficial ou subterrânea utilizada para consumo humano ou desenvolvimento de atividades econômicas. As áreas contendo os mananciais devem ser alvo de atenção específica, contemplando aspectos legais e gerenciais.

O aumento da demanda por água é consequência direta do crescimento populacional e da ampliação dos níveis de consumo per capita, e tais fatores aumentam a pressão so- bre os mananciais de abastecimento. Entre as situações que causam degradação das áreas de mananciais, podem ser des tacadas: ocupação desordenada do solo, em especial áreas vulneráveis como as APP; práticas inadequadas de uso do so- lo e da água; falta de infraestrutura de saneamento (precarie- dade nos sistemas de esgotamento sanitário, manejo de á- guas pluviais e resíduos sólidos); superexploração dos recur- sos hídricos; remoção da cobertura vegetal; erosão e assorea-

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mento de rios e córregos; e atividades industriais que se de- senvolvem descumprindo a legislação ambiental.

A manutenção desse quadro resulta na baixa qualida- de da água distribuída, expondo uma parcela significativa da população a doenças. Atualmente, esses problemas são ame- nizados pela aplicação de recursos de tratamento da água, ou investimentos em sistemas cada vez mais complexos de adução, em busca de novos mananciais.

A disponibilidade de água, tanto em quantidade como em qualidade, é um dos principais fatores limitantes ao desen- volvimento das cidades. Para a manutenção sustentável do recurso água, é necessário o desenvolvimento de instrumen- tos gerenciais de proteção, planejamento e utilização, ade- quando o planejamento urbano à vocação natural do sistema hídrico. As bacias que contêm mananciais de abastecimento devem receber tratamento especial e diferenciado, pois a qua- lidade da água bruta depende da forma pela qual os demais trechos da bacia são manejados.

É nesse contexto que a SRHU, dentro das suas com- petências institucionais, vem trabalhando na formulação de ações que visem a minimização de impactos sobre os manan- ciais de abastecimento com foco nas áreas densamente urba- nizadas; promovam a articulação institucional e legal entre União, estados e municípios na gestão das águas; e aprimo- rem a gestão ambiental urbana, contemplando especialmente a capacitação de gestores públicos nessa temática.

Orla marítima

O Projeto Orla Marítima, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente em conjunto com a Secretaria de Patrimô- nio da União (SPU), foi criado em 2001 e busca construir uma gestão integrada, democrática e responsável da Zona Costei- ra, Patrimônio Nacional. A gestão compartilhada entre os três entes federados e a sociedade articula ações de proteção ao meio ambiente, adequação do ordenamento da ocupação urbana e o incentivo ao turismo, por meio da construção de um pacto entre os atores envolvidos em cada localidade.

No decorrer do Projeto Orla Marítima, o Ministério do Meio Ambiente e a Secretaria do Patrimônio da União amplia- ram o escopo do projeto, avançando também para as orlas fluvio-estuarinas. Para tanto, a SPU contratou a Universidade Federal do Pará com o objetivo de viabilizar a implementação do Projeto de Gestão Integrada da Orla Fluvial e Estuarina na Bacia Amazônica.

A adequação metodológica do Projeto de Gestão Inte grada da Orla Fluvial e Estuarina da Bacia Amazônica se de- senvolveu durante o ano de 2010 e está sendo finalizada en- tre a SPU e a UFPA. Uma publicação dará subsídios para a aplicação de diretrizes gerais de uso e ocupação destes ter- ritórios das orlas da Bacia Amazônica. Essa metodologia foi aplicada na Bacia do Rio Paraguai, nos municípios de Corum- bá e Ladário no Mato Grosso do Sul, e será estendida a outras bacias federais.

Parques fluviais

O mote de Parque Fluvial difundiu-se inicialmente no Rio de Janeiro a fim de coibir a degradação das margens dos rios fluminenses, causada principalmente pelas ocupações ao longo dos rios. A ideia de Parque Fluvial deve estar sempre re lacionada a uma estratégia para uso e proteção das margens de um rio.

Os Parques Fluviais serão instrumento de conserva- ção e preservação de bacias hidrográficas situadas, principal- mente, em áreas urbanas, visando contribuir de forma perma- nente para aperfeiçoar a articulação com os diversos atores sociais presentes nas bacias hidrográficas.

Esses parques serão projetados para prevenir a ocu- pação desordenada das margens dos rios; recuperar a vegeta ção; e preservar os recursos naturais de uma região, favore- cendo o desenvolvimento de diversas atividades culturais, la- zer, esporte e turismo. Trata-se de um projeto simples, exequí vel e democrático.

Recursos hídricos

Para facilitar o estudo das águas subterrâneas o Bra- sil foi dividido em regiões homogêneas, formando 10 provín- cias hidrogeológicas. Os limites dessas províncias não coinci- dem necessariamente com os das bacias hidrográficas, estas províncias são regiões onde os sistemas aquíferos apresen- tam condições semelhantes de armazenamento, circulação e qualidade de água.

Outorga federal

A outorga de direito de uso de recursos hídricos é um dos seis instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídri- cos, estabelecidos no inciso III, do art. 5º da Lei Federal nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997. Esse instrumento tem como objetivo assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso aos recursos hídricos.

De acordo com o inciso IV, do art. 4º da Lei Federal nº 9.984, de 17 de junho de 2000, compete à Agência Nacio- nal de Águas (ANA) outorgar, por intermédio de autorização, o direito de uso de recursos hídricos em corpos de água de do- mínio da União, bem como emitir outorga preventiva. Também

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Representação esquemática das províncias hidrogeológicas do

Brasil x bacias hidrográficas

é competência da ANA a emissão da reserva de disponibi- lidade hídrica para fins de aproveitamentos hidrelétricos e sua conseqüente conversão em outorga de direito de uso de recursos hídricos.

Plano nacional de recursos hídricos

São Jorge - Alto Paraíso de Goiás - GO - Foto: David Rocha

O Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), estabelecido pela Lei nº 9.433/97, é um dos instrumentos que orienta a gestão das águas no Brasil. O conjunto de dire- trizes, metas e programas que constituem o PNRH foi constru- ído em amplo processo de mobilização e participação social. O documento final foi aprovado pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) em 30 de janeiro de 2006.

O objetivo geral do Plano é "estabelecer um pacto nacional para a definição de diretrizes e políticas públicas voltadas para a melhoria da oferta de água, em quantidade e qualidade, gerenciando as demandas e considerando ser a água um elemento estruturante para a implementação das políticas setoriais, sob a ótica do desenvolvimento sustentável e da inclusão social". Os objetivos específicos são assegurar: “1) a melhoria das disponibilidades hídricas, superficiais e subterrâneas, em qualidade e quantidade; 2) a redução dos conflitos reais e potenciais de uso da água, bem como dos eventos hidrológicos críticos e 3) a percepção da conservação da água como valor socioambiental relevante”.

O Ministério do Meio Ambiente é responsável pela coordenação do PNRH, sob acompanhamento da Câmara Técnica do Plano Nacional de Recursos Hídricos (CTPNRH /CNRH). Contudo, para que o instrumento seja implementado, deve antes ser pactuado entre o Poder Público, o setor usuá- rio* e a sociedade civil.

Devido a seu caráter nacional, o PNRH é adequado periodicamente às realidades das Regiões Hidrográficas, por revisões que aperfeiçoam e aprofundam temas a partir de aná lises técnicas e de consultas públicas. Assim, a elaboração do Plano configura um processo de estudo, diálogo e pactuação contínuos, o que resulta em “retratos” da situação dos recur- sos hídricos em diferentes momentos históricos.

*setor usuário é o termo utilizado para os que se utilizam da água para fins econômicos (atividades da indústria, de irrigação, do setor de abastecimento de água, de geração de energia, etc.).

Bacias Hidrográficas

O Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas tem por objetivo recuperar, conservar e preservar as bacias hidrográficas em situação de vulnerabilidade ambiental, por meio de ações permanentes e integradas que promovam o uso sustentável dos recursos naturais, a melhoria das condi- ções socioambientais e a melhoria da disponibilidade de água em quantidade e qualidade para os diversos usos.

As ações para a revitalização estão inseridas no Pro- grama de Conservação e Gestão de Recursos Hídricos (PPA 2012/2015) e será complementado por outras ações previstas em vários programas federais do PPA. Atualmente, o Progra- ma atua nas bacias hidrográficas dos rios São Francisco, To- cantins-Araguaia, Paraíba do Sul e Alto Paraguai (Pantanal).

Diretamente relacionadas com a implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos especialmente com o seu Programa VI: Programa de Usos Múltiplos e Gestão Inte- grada de Recursos Hídricos, o processo de revitalização apre- senta dimensões relacionadas à gestão ambiental da bacia, voltadas ao seu desenvolvimento sustentável, buscando esta- belecer a vinculação tanto com as diretrizes gerais da Política Nacional de Recursos Hídricos – PNRH, expressas na Lei nº 9.433/97, como com as diretrizes da Política Nacional de Meio Ambiente – PNMA, Lei nº 6.938/1981 e da Política Nacional de Mudança do Clima – PNMC, Lei nº 12.187/2009, além de buscar resguardar coerência com outras Políticas Nacionais.

Este Programa representa um esforço comum de arti- culação e integração a ser implementado entre os vários ór- gãos de governos em todas as esferas, onde se coloca o co- nhecimento da realidade e a participação dos múltiplos seg- mentos governamentais e da sociedade como instrumentos para a promoção da revitalização e do desenvolvimento sus- tentável na Bacia.

Gerenciamento Costeiro no Brasil

As zonas costeiras representam um dos maiores de- safios para a gestão ambiental do País, especialmente quan- do abordadas em conjunto e na perspectiva da escala da Uni- ão. Além da grande extensão do litoral e das formações físico-bióticas extremamente diversificadas, convergem também pa- ra esse espaço os principais vetores de pressão e fluxos de to da ordem, compondo um amplo e complexo mosaico de tipo- logias e padrões de ocupação humana, de uso do solo e dos recursos naturais e de exploração econômica.

A Constituição Federal de 1988, no § 4º do seu artigo 225, define a Zona Costeira como “patrimônio nacional”, desta cando-a como uma porção de território brasileiro que deve merecer uma atenção especial do poder público quanto à sua ocupação e ao uso de seus recursos naturais, assegurando-se a preservação do meio ambiente.

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Dois Irmãos e Baia dos Porcos em Fernando de Noronha

Este compromisso é expresso na Lei No 7.661, de 16 de maio de 1988, que instituiu o Plano Nacional de Gerencia- mento Costeiro (PNGC) como parte integrante da Política Na- cional do Meio Ambiente (PNMA) e da Política Nacional para os Recursos do Mar (PNRM). A lei definiu ainda que o detalha mento deste Plano fosse estabelecido em documento especí- fico, no âmbito da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), visando orientar a utilização racional dos recur sos na zona costeira. A primeira versão do PNGC foi apresen- tada em novembro de 1990, este marco legal original teve a sua segunda edição aprovada em 1997 (PNGC II), na forma de Resolução 005 da CIRM, de 03/12/97, após aprovação na 48ª Reunião Ordinária do CONAMA. Posteriormente a aprova- ção do PNGC II, cuja versão ainda está em vigor, foi publicado o Decreto no 5.300/2004, que regulamentou a Lei do Gerencia mento Costeiro e definiu critérios para gestão da orla marí- tima.

Fonte: http://www.mma.gov.br/agua/recursos-hidricos

EVENTOS PARA O SEGUNDO SEMESTRE DE 2017

VI Conferência internacional de pesquisa sobre economia social e solidária – CIRIEC 2017

29 de Novembro 2017 – Manaus – AM

Economia Social e Solidária, Sustentabilidade e Inova ção: enfrentando os velhos e os novos problemas sociais.

Este evento é uma iniciativa do Centro de Investi- gação e Pesquisa em Economia Pública e Social (CIRIEC Brasil), do Centro de Ciências do Ambiente (CCA) da Univer- sidade Federal do Amazonas, por meio do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCASA) e instituições parceiras e apoiadores.

A sexta edição deste evento será composta por mesas temáticas, grupos de trabalho, palestras, e apresenta- ção de trabalhos. Dessa forma, evento irá congregar docentes e discentes de programas de pós-graduação, pesquisadores, membros do CIRIEC nacional e internacional, técnicos de or- ganizações governamentais e não governamentais, líderes e empreendedores sociais de comunidades locais e também do- cente e discentes da graduação permitindo o intercâmbio e o surgimento e fortalecimento de redes de cooperação, assim como irá ampliar a divulgação de conhecimentos gerados em todo o mundo sobre a temática. http://ciriec-brasil.org.br/2017/02/16/vi-conferencia-internacional-de-pesquisa-sobre-economia-social-e-solidaria/

COLACMAR 2017 – XVII Congresso Latino-americano de Ciências do Mar

22 – 26 de Outubro – Camboriú – SC São inúmeros os temas abordados nas edições do

COLACMAR, como: os aspectos da biologia e dos ecossis- temas costeiros; a contaminação ambiental; o ensino das Ciên cias do Mar e da Oceanografia; as políticas de cooperação re- gional; a educação ambiental; a tecnologia de alimentos; a pesca e a maricultura; os processos costeiros e oceânicos; as mudanças climáticas globais; as políticas públicas de conser- vação da biodiversidade; as operações sísmicas; e a explora- ção do petróleo e do gás natural; entre tantos outros.

O Congresso Latino-Americano de Ciências do Mar – COLACMAR é o mais importante evento técnico-científico de Ciências do Mar da América Latina. Sua programação conta com a apresentação das mais recentes iniciativas voltadas à pesquisa e à inovação tecnológica. http://www.colacmar2017.com/

XIII Congresso de Ecologia

8 – 12 de Outubro – Viçosa – MG

Esse próximo CEB tem como tema “Múltiplas ecologias: evolução e diversidade” e será reformulado em relação as versões anteriores. Uma novidade é que o mesmo será realizado em conjunto com o III International Sym- posium of Ecology and Evolution (III EcoEvol) sendo que a interface entre Ecologia e Evolução terá ênfase no evento. http://www.ecologia2017.com.br/

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Congresso da Associação de Engenharia Ambiental e Sanitária – FENASAN 2017

2 a 6 de Outubro – São Paulo – SP

Neste ano, o tema central apresentado é “Sanea- mento Ambiental: Desenvolvimento e Qualidade de Vida na Retomada do Crescimento”.

Em uma edição única e exclusiva, em São Paulo – SP, serão reunidos os três eventos mais tradicionais do setor: o 29º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambien- tal, da ABES, o 28º Encontro Técnico AESabesp e a 28ª Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente – FENASAN. Jun tos, constituirão a maior realização de cunho técnico e merca- dológico, em saneamento ambiental e meio ambiente, já reali- zado no continente americano. https://www.abesfenasan2017.com.br/

EPERSOL 2017 – VI Encontro Pernambucano e IV Congresso Brasileiro de Resíduos Sólidos

20 de Setembro – Pernambuco – RE

Promovido pela Universidade Federal Rural de Per- nabuco, o Epersol será realizado durante os dias 20 a 22 de setembro de 2017. O evento acontecerá nas dependências da Universidade Federal Rural de Pernambuco, no campus Dois Irmãos, em Recife – PE. As atividades do EPERSOL incluirão palestras, minicursos, mesas redondas, mesas institucionais, visitas técnicas, lançamento de livros e artigos científicos que serão apresentados oralmente e em painéis. O Epersol 2017 reunirá mais de 300 profissionais da área de resíduos sólidos, onde empresários, pesquisadores e estudiosos podem dialo- gar no sentido de avançar nos conhecimentos e buscar solu- ções para a gestão e o gerenciamento dos resíduos sólidos.

Objetivo: Promover espaços de socialização e de de bate do conhecimento produzido acerca da gestão de resídu- os sólidos, com a participação de diferentes segmentos soci- ais e institucionais, desde a comunidade científica, a gestão pública, a iniciativa privada, as organizações não-governamen tais, dentre outros, vindos de todas as regiões do país. http://agroevento.com/agenda/epersol-2017/

VEGFEST Brasil

30 de agosto a 3 de setembro – Campos do Jordão – SP

Evento em Campos de Jordão abre inscrições para submissão de trabalhos científicos que poderão moldar a mesa e os hábitos alimentares do consumidor futuro.

Seguindo a tendência mundial no avanço do setor de produção e consumo de proteínas vegetais, a Sociedade Ve- getariana Brasileira (SVB) abre espaço no próximo VegFest para a apresentação de trabalhos científicos com o potencial de contribuir para a mudança necessária nos paradigmas de produção e consumo de alimentos.

Serão aceitos trabalhos nas áreas de Desenvolvi- mento de Alimentos e Produtos (ex. inovações no desenvolvi- mento de alimentos e produtos vegetais, novas tecnologias, agricultura celular), meio ambiente (ex. impactos ambientais da pecuária, segurança alimentar), saúde e nutrição (efeitos da alimentação vegetariana sobre a saúde, caracterização nutricional de dietas, impactos da produção de animais sobre a saúde pública), dentre outras. http://vegfest.com.br/

VIII ENCOPEMAQ – Encontro Nacional sobre Conservação e Pesquisa de Mamíferos Aquáticos

22 – 25 de Agosto – Natal – RN

O VIII ENCOPEMAQ será organizado pelo Projeto Ce táceos da Costa Branca-Universidade do Estado do Rio Gran- de do Norte (PCCB-UERN), em parceria com o Laboratório de Morfofisiologia de Vertebrados - UFRN e Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental (CEMAM).

O ENCOPEMAQ foi criado em 1994 e tem como obje tivo promover a ampliação e intercâmbio do conhecimento científico e tecnológico sobre a conservação e pesquisa dos mamíferos aquáticos no Brasil.

O público alvo do ENCOPEMAQ é formado por pes- quisadores, professores, profissionais e estudantes de gradua ção e pós-graduação das áreas de Ciências Biológicas, Biolo gia Marinha, Oceanografia, Medicina Veterinária e áreas afins.

O VIII ENCOPEMAQ oferecerá minicursos, simpó- sios, oficinas, palestras e mesas redondas abordando temas de relevante interesse da área. https://www.facebook.com/8encopemaq/ ____________________________________________________________________

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INFORMAÇÕES ÚTEIS

A pior guerra é a guerra contínua contra a natureza,

que é silenciosa, que destrói ao longo do tempo.

Fernando Henrique Cardoso

EVENTOS OCORRIDOS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2017

CIBIO 2017 – Congresso Internacional de Biomassa

20 a 22 de Junho – Curitiba – PR

O Congresso teve papel fundamental nesta nova fase da Matriz Energética Brasileira, onde a busca por tecnologias limpas para geração de energia, se faz urgente para garantir o futuro e o crescimento do país.

No meio desta busca por novas alternativas para ge- rar energia, temos acordos e compromissos firmados pelo Bra sil com outros países, com o objetivo de diminuir as emis- sões de gases do efeito estufa na atmosfera. Este cenário aumentou a necessidade da busca por novas e eficazes Tec- nologias para a geração de energia limpa, que pudessem aten der à crescente demanda de consumo.

Objetivo: Discutir o atual cenário da Matriz Energé- tica Nacional e temas ligados a geração de energia a partir da biomassa no Brasil e no mundo. Apresentar soluções, tecno- logias e informações que impulsionassem o crescimento da Biomassa na Matriz Energética Brasileira. Também é objetivo firmar-se como um dos mais importantes Congressos Interna- cionais com foco em Biomassa para geração de energia. http://www.congressobiomassa.com/

II BECINT Symposium – Congresso de ecologia comportamental e interações

15 – 18 de Junho – Uberlândia – MG https://www.becint.org/

VI SIMBIOMA – Congresso sobre biodiversidade da Mata Atlântica

8 – 10 de Junho – Santa Teresa – ES

O Simpósio sobre Biodiversidade da Mata Atlântica – SIMBIOMA é um evento científico realizado pela Associação de Amigos do Museu de Biologia Mello Leitão – SAMBIO e o Instituto Nacional da Mata Atlântica – INMA em parceria com diversas instituições públicas e privadas, como instrumento para divulgação das pesquisas relacionadas ao Bioma Mata Atlântica, propiciando momentos de incentivo a pesquisa, difu- são e discussão de trabalhos científicos, relatos de experiên- cia, além de avaliar o impacto atual das pesquisas realizadas.

O evento a cada ano atrai inúmeros participantes ad- vindos de diversas instituições do estado e de estados vizi- nhos. Para 2017, o evento está na sua 6ª edição e terá como tema “Lacunas de conhecimento em um bioma megadiverso e ameaçado” e será realizado entre os dias 08 e 10 de junho de 2017, promovendo debates pertinentes sobre os desafios à conservação da Mata Atlântica em áreas deficientes em estudos no Brasil. http://www.boletimmbml.net/simbioma/

5o Simpósio Internacional de Microbacias Hidrográficas

6 – 9 de Junho – Botucatu – SP

Objetivos: Reunir pesquisadores com experiências nacionais e internacionais da Espanha, Canadá, Equador, México e Brasil,

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versando sobre as formas adequadas de produção, gestão e sustentabilidade da água nas microbacias hidrográficas. Pro- porcionar aos estudantes e profissionais da área um intercâm- bio técnico-científico com abrangência nacional e internacional com uma visão de biodiversidade dos mosaicos continentais, água e desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas e recursos hídricos, governança de água, pagamento por servi- ços ambientais entre outros temas relacionados ao manejo de microbacias.

Organização - Instituições Parceiras: Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA - Unesp);

Instituto Florestal de São Paulo (IF); Coordenadoria de Assis- tência Técnica Integral (CATI). http://iflorestal.sp.gov.br/5o-simposio-internacional-de-microbacias-hidrograficas/

Congresso IDPC – 22o Congresso Brasileiro de Direito Ambiental

3 – 6 de Junho – São Paulo – SP

O 22º Congresso Brasileiro de Direito Ambiental, pro- movido pelo Instituto O Direito por Um Planeta Verde abordou o tema “Direito e Sustentabilidade na Era do Antropoceno: Retrocesso Ambiental, Balanço e Perspectivas”. http://congresso.planetaverde.org/congresso/

IV Simpósio de Pesquisa em Mata Atlântica

20 de Maio – Engenheiro Paulo de Frontin – RJ

Objetivos: Discutir e promover temas relacionados ao bioma Mata Atlântica e Ecossistemas associados. Reunir os trabalhos de pesquisa desenvolvidos no bioma Mata Atlân- tica e Ecossistemas associados. Abrir espaço para a apresen-

tação de estudos e trabalhos realizados por jovens pesquisa- dores. Promover interações entre os pesquisadores, professo- res, alunos e a comunidade em geral, visando despertar o inte resse sobre o assunto em todos os segmentos da sociedade. Aumentar a conscientização da importância do bioma Mata Atlântica por meio de ações promocionais em níveis local e nacional. http://www.izma.org.br/newsite/index.php?option=com_content&view=article&id=90&Itemid=97

AGROBRASILIA 2017 – Feira Internacional dos Cerrados

16 – 20 de Maio – Brasília – DF

Sobre o evento: Entre os dias 16 a 20 de maio de 2017 acontecu a AgroBrasília – Feira Internacional de tecno- logias e negócios agropecuários dos Cerrados. Neste ano, o tema central apresentado foi “O Mundo do Agronegócio no Co ração do Brasil”. A feira é voltada aos empreendedores rurais de diversos portes que apresenta inovações tecnológicas para os diferentes segmentos do agronegócio brasileiro.

A AGROBRASÍLIA é hoje a feira que mais cresce no

Brasil e também o maior evento de tecnologia rural e negócios do Planalto Central. A entrada na feira é franca. A AgroBrasília é uma feira promissora, que atrai visitantes internacionais e diferencia-se das demais pelo processo inovador de gestão e inclusão global de tecnologias do agronegócio. O evento oportuniza conhecer, in loco, as mais variadas tecnologias de produção e as vantagens ambientais. http://www.agrobrasilia.com.br/imprensa/jornal-agrobrasilia/1030-edicoes-de-2017.html

IV Fórum Brasil de Áreas Degradadas

10 – 11 de Maio – Viçosa – MG

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Objetivos: Promover conhecimentos e experiência desenvolvidos na recuperação e degradação ambiental nos di- versos biomas brasileiros, o evento pretende contribuir com a difícil tarefa de restauração desses biomas. Buscar soluções práticas e casos de sucesso na restauração de áreas degrada das, bem como promover discussões que permitam avançar no desenvolvimento de modelos úteis para as atividades im- pactantes de mineração, urbanização, construção de estra- das e barragens. http://www.cbcn.org.br/forum/2017/trabalhos.htm

Treinamento sobre licenciamento ambiental unificado no estado de São Paulo

6 – 27 de Maio – Piracicaba – SP

Objetivo: Transmitir conhecimentos práticos sobre li- cenciamento ambiental e outorga em recursos hídricos no Es- tado de São Paulo; Fornecer uma visão geral sobre legislação ambiental e competências das instituições envolvidas no pro- cesso de Licenciamento (CETESB). Como fazer o pedido de licenciamento. http://agroevento.com/agenda/treinamento-licenciamento-ambiental-unificado-estado-de-sao-paulo/

XXIV Semana da Biologia – UNESP/Bauru

24 de Abril – Bauru – SP

Sobre o evento: A XXIV Semana da Biologia – UNESP Bauru é um evento de caráter científico e sem fins lucrativos, que ocorreu no campus da Unesp Bauru no pe- ríodo de 24 a 28 de abril de 2017. Esse evento é organizado pelos alunos do Curso de Ciências Biológicas, com apoio do Departamento e do Conselho de Curso da FC/UNESP Bauru.

Público-alvo: Pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação envolvidos com o estudo da biologia; público com interesse no assunto; profissionais de outras áreas com interesse na biologia. http://agroevento.com/agenda/xxiv-semana-da-biologia-unesp-bauru/ _____________________________________________________________

Só a obedecendo se domina a natureza.

Francis Bacon

Todos querem o perfume das flores, mas

poucos sujam suas mãos para cultivá-las.

Augusto Cury

A sabedoria da natureza é tal que não produz

nada de supérfluo ou inútil.

Nicolau Copérnico

Curso prático de agroflorestas – Vivências de agricultura sintrópica

7 – 9 de Abril – Santana do Paraíso – MG

Conteúdo do Curso: Dinâmica dos ecossistemas natu rais; Princípios da agricultura agroflorestal; Planejamento e de senho de agroflorestas; Implantação de módulo agroflorestal para produção de hortaliças e frutas; Manejo e podas de siste- mas agroflorestais. http://agroevento.com/agenda/curso-pratico-de-agrofloresta/

Curso Mar, Manguezal e Estuário: Ecologia e Fauna

10 – 12 de Fevereiro – Aracajú – SE

Sobre o curso: O Curso Mar, Manguezal e Estuário: Ecologia e Fauna, promovido pela Naturaulas Cursos Ambien- tais, foi realizado nos dias 10, 11 e 12 de fevereiro de 2017. As aulas aconteceram em Aracaju – SE.

Público-alvo: Estudantes de biologia, ecologia, ges- tão ambiental, veterinária, engenharia de pesca, engenharia florestal/ambiental, educação ambiental, geografia, turismo, oceanografia e áreas afins; mergulhadores; ambientalistas; interessados em aprender sobre o tema.

Conteúdo Programático: Introdução à biologia marinha e à oceanografia; Caracterização dos ambientes de mar, manguezal e estuário; Aspectos gerais da fauna dos manguezais; Biodiversidade marinha ex situ; Introdução à biologia e à conservação de tartarugas-marinhas e cavalos-marinhos; Impactos antrópicos x manguezais e outros ambientes costeiro-marinhos; Observações de ecologia da paisagem. http://agroevento.com/agenda/curso-mar-manguezal-estuario/

VI Curso de Verão em Bioprospecção

16 – 27 de Janeiro – Dourados – MS

Objetivos: Promover o intercâmbio entre alunos e professores da UFGD com os de outras instituições do país.

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Promover o amadurecimento e a responsabilidade no plane- jamento e na organização de eventos de cunho científico aos alunos de pós-graduação; Contribuir para a formação básica em bioprospecção aos participantes e apresentar as linhas de pesquisas oferecidas no programa de pós-graduação em Bio- prospecção da FCBA/UFGD aos alunos de graduação de dife- rentes áreas; Estimular a discussão, a troca de experiências, ideias e conhecimentos entre graduandos provenientes de dife rentes instituições e regiões do país; Propiciar um contato ma- ior entre alunos que estejam concluindo a graduação com os de pós-graduação, para que os primeiros tenham uma ideia melhor do que representa, nas áreas em questão, o PPG_Bioprospec. http://agroevento.com/agenda/vi-curso-de-verao-em-bioprospeccao/ ____________________________________________________________________

INFORMAÇÕES ÚTEIS

NOVOS DESTINOS PARA PNEUS USADOS

Um cemitério de pneus

Desde o surgimento dos primeiros povos, a atividade humana gera resíduos das mais variadas naturezas. A constante evolução tecnológica aliada a novas formas de produção aumentaram os problemas gerados ao meio ambi- ente pela atividade humana. Segundo alguns autores, a socie- dade passou a utilizar mais recursos minerais e naturais para

produzir serviços e bens de consumo, os quais geram vários resíduos, que prejudicam o meio ambiente.

Assim, um dos desafios da sociedade é produzir bens e serviços com o menor impacto ambiental possível, reapro- veitando ao máximo seus resíduos, gerando emprego e renda. Essa atitude gerou um novo conceito, denominado de desen- volvimento sustentável, que pode ser abordado sob o enfoque social, ambiental ou econômico. Um dos problemas enfrentados dentro da temática ambiental é a utilização (ou reutilização) de bens e produtos derivados do petróleo dentre os quais se destaca a utilização de pneus. Atualmente a maioria de pneus não tem um destino final após sua vida útil, fazendo com que toneladas de pneus sejam levadas até aterros sanitários e posteriormente enterra- das devido ao seu não aproveitamento. Estimativas afirmam que, no primeiro semestre de 2013, aproximadamente 460 mil toneladas de pneus foram descartadas como lixo. De outra parte, no Brasil são notórias as dificuldades dos centros urbanos em prover saneamento básico em níveis adequados. Segundo o atlas de 2008 do IBGE (2010), aproxi- madamente 45% dos municípios brasileiros não possuem rede de esgoto. Diversas são as causas para esse fato, entre essas se destacam os custos com os insumos. Uma das for- mas de reduzir esses custos seria a utilização de produtos des cartados (no caso pneus) para a produção de ecodutos, que é uma estrutura de tubos formada por pneus radiais prensados em um equipamento hidráulico de grande resistência, apresen tando grande durabilidade. Assim, tentou-se verificar a viabilidade econômica e técnica da instalação de ecodutos na cidade de Bagé (locali- zada na região da Campanha do Estado do Rio Grande do Sul), visando melhorar a qualidade de vida dos moradores que não possuem um sistema de saneamento básico. O trabalho está relacionado ao empreendedorismo ambiental. Foi realiza- do o mapeamento da cadeia do setor, identificando onde se- rão obtidos os insumos para fabricação do produto, realizando estimativas dos respectivos custos e receitas inerentes a todo o processo. Comparado às tubulações atuais em concreto, as tu- bulações feitas com pneus reciclados podem durar até 500 anos e o seu custo de fabricação é significativamente menor se comparado aos valores dos tubos de concreto. Uma de su- as desvantagens está na limitação do diâmetro a ser confec- cionado, tendo suas variações de acordo com as caracterís- ticas dos pneus existentes no mercado e descartados, além de necessitar que o processo produtivo tenha uma etapa inici- al de separação dos tamanhos de pneus coletados, gerando um aumento no tempo de produção. Contudo, esta primeira etapa, não afeta de forma preponderante o tempo de fabrica- ção do ecoduto, pois o processo de fabricação após a sepa- ração da matéria prima e antes de sua instalação, dura pou- cos minutos para ser concluído, enquanto que a tubulação de concreto necessita de vários dias para a sua completa finali- zação. O primeiro protótipo deste novo produto foi desenvol- vido no município de Pelotas/RS, através de uma prensa hi-dráulica adaptada para o tamanho dos pneus utilizados. Após um tempo estimado em 10 minutos, uma tubulação de aproxi- madamente 1 metro de comprimento era confeccionada, sen- do resistente à pressão da água, suportando cargas de cami- nhão, carros e, ao mesmo tempo impermeável devido ao seu estreitamento.

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O ecoduto é um sistema de saneamento que retira o pneu radial da natureza, resolvendo o passivo ambiental gera- do por esse resíduo. Com uma tecnologia de tensionamento, produz dutos, biodigestores, filtros anaeróbicos e coletores de água. Ecodutos confeccionados com pneus de carga têm diâ- metro interno de 60 cm e comprimento de 1,40 m, utilizando seis pneus radiais por tubo. Já os confeccionados com pneus de passeio têm diâmetro interno de 33 cm e comprimento de 1 m usando 8 pneus.

O sistema tem alcance social positivo, pois trabalha com cooperativas de catadores e fomenta a criação de frentes de trabalho na execução do saneamento, além de eliminar fo- cos e vetores, melhorando as condições de saúde e habitabili- dade das periferias da maioria das cidades brasileiras. O custo energético de reciclar um pneu radial separando o aço da borracha é muito elevado e envolve o uso de combustíveis no processo, o que aumenta a produção de CO2. O Ecoduto é uma solução que usa tecnologia limpa e amplia as possibilidades de renda ao dar ao resíduo um valor comercial que estimula a coleta e seu beneficiamento. Essa nova tecnologia tem elevado alcance ecológico-social, multiplicação rápida e está formando uma rede de sane amento ambiental necessária a maioria das cidades que so- frem com a deposição de pneus inservíveis no meio ambiente, à medida em que aumenta a frota de veículos e a geração des se descarte, gerando forte passivo ambiental. Outra aplicação para os pneus usados é na confec- ção de telhas para construção civil. Utilizando pneus descar- tados de automóveis de pequeno porte como matéria-prima para a construção de telhados em instalações rurais, substitui-se telhas de carâmica, metal, fibrocimento, dentre outras de custo mais elevado. Cada pneu é transformado em 3 telhas com aproximadamente 53 cm cada. Aproveita-se a banda de rodagem com as laterais, excluindo-se as virolas. A ferramen- ta utilizada para o corte é o arco-de-serra. O emadeiramento do telhado é feito de maneira semelhante ao utilizado para as telhas cerâmicas, entretanto, as telhas de pneu são fixadas com pregos.

Telhado confeccionado com pneus velhos

A utilização de pneus para a confecção de telhas per- mite que se construa embaixo de árvores frutíferas, por exem- plo. As telhas de pneus absorvem o impacto da queda do fruto e não quebram. A durabilidade dessas telhas é muito grande, podendo ser facilmente transportadas, facilitado a construção e manutenção do telhado. A fixação por pregos traz uma vantagem a esse pro- duto, pois evita o deslocamento das telhas, prevenindo o surgi mento de goteiras. Além de todas essas vantagens há uma es pecial: o preço unitário dessas telhas é, na maioria das vezes, nulo, salvo quando se paga pelo transporte delas. Ao se com- parar o custo das telhas e do emadeiramento por metro qua- drado das coberturas de cerâmica, fibrocimento e metálica, temos os seguintes valores respectivamente: R$ 44,24; R$ 28,00 e R$ 39,50. As telhas de pneu possuem apenas o custo do emadeiramento e da fixação, que é de aproximadamente R$ 20,00. A reutilização de pneus como cobertura para constru- ções rurais é uma alternativa econômica, social e ambiental- mente viável para a população do campo, em especial para agricultores familiares. O baixo custo das telhas de pneu é, sem dúvida, o fator preponderante para a consolidação dessa nova técnica como uma opção de cobertura de boa qualidade. Quando se amplia o olhar e foca-se no benefício de todos os seres humanos, a grande vantagem passa a ser a retirada de um resíduo que se torna cada dia mais abundante no planeta. Dar um novo uso para esse material é, portanto, uma solução para uma necessidade do produtor rural, bem co mo uma oportunidade para a redução de um problema ambi- ental gerado pelo descarte inadequado desse tipo de resíduo.

Fontes: Albano, C..S.; Tavares, R.B.; Paes, R.L.; A viabilidade técnica e eco nômica da utilização de pneus em ecodutos; Revista Meio Ambiente e Sustentabilidade 10(5), 2016, versão on-line. http://eco-poa.blogspot.com.br/2010/05/ecoduto.html http://www.oarquivo.com.br/variedades/qualidade-de-vida/4005-utiliza%C3%A7%C3%A3o-de-pneus-com-telhas.html

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INFORMAÇÕES ÚTEIS

PLANEJAMENTO URBANO, ÁREAS VERDES E QUALIDADE

DE VIDA

A característica transformadora do ambiente urbano está atrelada a antropização, que modifica o meio ambiente natural em áreas pavimentadas, impermeabilizadas e edifica- das. Foi apontado que lentamente e influenciado pela ordem capitalista o homem ergueu as cidades sobre as vegetações e rios que antes existiam.

As transformações urbanísticas no cenário brasileiro vêm acontecendo, principalmente, desde a década de 1970, fruto do crescimento econômico e populacional. Diversos auto res consideraram que o crescimento acentuado da população demanda maiores espaços nas cidades, ou seja, de infraes- trutura para a reprodução social e do capital no tecido urbano, comprometendo, dessa forma, a quantidade e a qualidade dos espaços livres e de áreas verdes urbanas.

A supressão do ambiente natural pelo artificial potencializa os problemas relacionados às questões socioe- conômicas, e ocasiona desequilíbrios ambientais, diminuição da biodiversidade, alterações das condições climáticas, des- conforto térmico, enchentes, poluição (ar, água, solo, sonoro e visual), congestionamentos, risco de acidentes naturais ou provocados pelo homem, etc., em escalas que vão do local ao regional. Como já foi observado, a rápida urbanização dete- riora os componentes do ambiente natural.

Vários autores citam que as adversidades das ci- dades potencializam-se pela falta de planejamento urbano, muitas vezes com arquitetura inadequada e desrespeitosa com a natureza. Os órgãos públicos, geralmente não realizam adequadamente o planejamento ambiental para promover o equilíbrio entre o adensamento urbano e os elementos na- turais. A destruição do verde existente, degrada a qualidade ambiental, a qualidade de vida e resulta em condições de saúde humana críticas.

Afirma-se que, indiferente do tipo de crescimento da cidade, horizontal ou vertical, ele provoca alterações nas condições ambientais naturais, além de prejudicar a qualidade

de vida. Nesse sentido, argumenta-se que “passamos de um urbanismo ‘suportável e problemático’ para um urbanismo ‘caótico, segregador e explosivo’ com produtos e serviços de alta entropia”. Nos espaços urbanizados as áreas verdes influen- ciam na qualidade de vida ao suscitar benefícios que muitas vezes são derivados essencialmente por sua existência, propi- ciando sombra, conforto térmico, redução da poluição e de ruí- dos, ameniza o estresse, melhora a estética da cidade, entre outros. A qualidade de vida está relacionada ao desenvol- vimento equilibrado e sustentável do ambiente, da conser- vação do potencial produtivo dos ecossistemas, da sustenta- bilidade ecológica do habitat e da valorização e preservação dos recursos naturais, fatores associados ao grau de contenta mento na vida familiar, amorosa, social e ambiental.

Floresta de Tijuca, uma das maiores florestas urbanas do mundo,

situada na cidade do Rio de Janeiro (http://crisweck.blogspot.com.br/2013/03/florestas.html)

As áreas verdes e a qualidade de vida

A definição de áreas verdes não é única e con- sensual. Argumenta-se que as áreas verdes são ambientes com foco na preservação ambiental, dotadas de vegetação e orientada ao lazer público, propiciando qualidade de vida aos habitantes. Outros autores entendem as áreas verdes como locais ao ar livre na cidade, públicos ou não, com presença de vegetação (arbórea ou arbustiva) e com o solo não impermea- bilizado, isto é, no mínimo 70% do solo livre de construções/ /edificações/impermeabilizações. Discorre-se que esses ambi- entes devem estar disponíveis à toda população e que aten- dam às necessidades e anseios de lazer, recreação e inter-relação do meio ambiente natural ao meio ambiente humano. No artigo 8º, § 1º, da resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 369, conceituou-se áreas verdes como o "espaço de domínio público que desempenhe função ecológica, paisagística e recreativa, propiciando a me- lhoria da qualidade estética, funcional e ambiental da cidade, sendo dotado de vegetação e espaços livres de imper- meabilização". Destacam-se três princípios que as áreas verdes de- sempenham de maneira interligada: ecológico-ambiental, bioló gico (estético, visual e saúde física) e psicológico (lazer, recre- ação, social e saúde mental). Sustenta-se a premência de áreas verdes na estrutura urbana pois está diretamente ligada à melhoria da qualidade ambiental e da qualidade de vida dos moradores. - fatores ecológicos: sombra, purificação do ar, bacteriana e de outros microrganismos, controle da poluição do ar e acús-

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tica, equilíbrio do índice de umidade no ar, fixação de poeira e materiais residuais, reciclagem de gases pela fotossíntese e produção de oxigênio, modificação da velocidade e direção dos ventos, estabilização do solo pela fixação das raízes, inter ceptação de gotas de chuva pela folhagem, as áreas verdes minimizam os efeitos da impermeabilização do solo, proteção das nascentes e dos mananciais, fornecimento de abrigo e alimento à fauna; - fatores biológicos: estabilidade microclimática, atenuação da temperatura dos centros urbanos e consequentemente o consumo de energia, amenização da radiação solar, estabi- lidade na umidade relativa do ar, atuação como barreira acús- tica, melhoria da qualidade do ar, composição de espaços pa- ra o desenvolvimento de atividades humanas, qualidade ambi- ental e de vida; - fatores psicológicos: bem-estar psicológico (salubridade mental), aumento do conforto ambiental (sombra, ar, ruídos), valorização de áreas para convívio social, visual e ornamental do ambiente, conforto para o lazer, diversão e recreação, dimi- nuição do desconforto térmico, diversificação da paisagem construída, valorização econômica das propriedades para a formação de uma memória e do patrimônio cultural, minimi- zação dos impactos decorrentes da expansão populacional.

O Central Park em Nova Iorque

(http://www.fodors.com/world/north-america/usa/new-york/new-york-city/things-to-do/sights/reviews/central-park-477744)

Vários autores associam a qualidade ambiental como um fator chave para a promoção da qualidade de vida. Alguns dizem que a “arborização está diretamente relacionada com a qualidade de vida, o aumento da biodiversidade, a preserva- ção das espécies nativas e o bem estar físico e psíquico do ser humano”, enquanto outros arrolam qualidade de vida co- mo um híbrido biológico e social em que as condições men- tais, ambientais e culturais atuam diretamente no indivíduo, ou seja, mecanismos de recuperação física (acesso a atividades corporais, cuidados médicos, repouso, etc.) e de recuperação intrapsíquica (silêncio, recolhimento e refúgio), proporcionan- do felicidade e bem estar à população. Há quem discorra a respeito da qualidade de vida a partir da concepção da Orga- nização Mundial da Saúde que em 1948 definiu “saúde como não apenas a ausência de doenças ou enfermidades, mas também a presença de bem-estar físico, mental e social” con- quistado pela forma e a capacidade do indivíduo em compre- ender e usar-se dos equipamentos urbanos disponíveis, a citar as áreas verdes. Pesquisas indicam que a vegetação urbana é conside rada como prioridade na melhoria da qualidade ambiental e nas condições de vida da população, identificando fatores pri- mordiais para a promoção da qualidade de vida como: - criação de praças com arborização, bancos e manutenção;

- parques, lazer e descanso; - áreas de lazer acessíveis a todos os moradores (idosos, jovens e adultos); - áreas de encontros e caminhadas arborizadas; - a verticalização do bairro aumenta a necessidade de espa- ços livres e áreas verdes; - espaços com atividades esportivas, quadras e campos de futebol. Nesta perspectiva, observa-se que a qualidade de vida está atrelada aos espaços livres com áreas verdes que atuam na promoção da saúde, no equilíbrio psicológico, no bem-estar, na socialização, no lazer e nos serviços básicos dispostos no ambiente urbano, todavia para alcançar a qualidade de vida e os equipamentos urbanos (áreas verdes) se requer o planejamento urbano.

Planejamento urbano

Nos levantamentos realizados pela Convenção da Diversidade Biológica/Organização das Nações Unidas, cons- tatou-se que a população urbana mundial deve passar de pou- co mais de 3,5 bilhões para 4,9 bilhões de pessoas em 2030 e que as urbes irão crescer 150% especialmente nas cidades pequenas e médias. Aliado a esse dado, atualmente 84% da população brasileira vive em áreas urbanizadas, remetendo, à ambas as informações, a indispensabilidade de planejamento urbano, em especial às áreas verdes, para comportar o aden- samento populacional. A urbanização, é a relação entre a sociedade e o es- paço vinculados/interligados um ao outro. Mediante a um avan ço no estágio de desenvolvimento da sociedade (constante au mento populacional) este incidirá sobre outro estágio de desen volvimento do ambiente urbano. O planejamento urbano adequado, no tocante as áreas verdes, está calcado em observar o crescimento popu- lacional, a quantificação, a distribuição e a dimensão espacial dos espaços verdes, a conectividade, as condições ambien- tais, a disponibilidade, o uso pela população, etc. Ou seja, organizar, criar, avaliar e manter os ambientes agradáveis e estéticos entre o homem e o meio ambiente e, ultrapassar o status de marketing ambiental/preservacionista para uma con dição que inspire a qualidade ambiental e de vida.

O Bois de Boulogne em Paris

(https://www.parisianist.com/en/attractions/parks-and-gardens/bois-de-boulogne)

O planejamento das áreas verdes na zona urbana objetiva atender as necessidades e expectativas da população por espaços abertos/livres que permeiam atividades de recre-

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ação, lazer e conservação da natureza às diferentes faixas etárias e situados próximas as suas residências. A carência e/ou ausência das áreas verdes decor- rente do (não) planejamento urbano induz ao sedentarismo dos habitantes e a má saúde, fato corroborado pela defici- ência de infraestrutura básica, déficit habitacional, dificuldades de locomoção, entre outros quadros de degeneração socioam- biental que afetam a qualidade de vida. Nesse sentido, consi- dera-se que cada cidade possui características próprias, tanto em clima quanto a solo, que devem ser observadas. Assim, fatores como localização, classificação, raio de influência, ações de manutenção, controle, etc., são termos imprescin- díveis à idealização da arborização e das áreas verdes. Para o planejamento urbano a gestão municipal ne- cessita estabelecer diretrizes por meio do Plano Diretor e con- tar com informações e técnicos especializados que ressalvem as características peculiares do local permeando, assim, o de senvolvimento da infraestrutura urbana com o meio ambiente. Na Lei Federal no 10.257, de 10 de julho de 2001, também conhecida como Estatuto da Cidade, trata alguns que sitos de suma importância para o planejamento urbano, tais como: - Art. 1º: estabelece diretrizes para o uso da propriedade urba- na, visando o bem coletivo, segurança, bem-estar dos habitan tes e o equilíbrio ambiental; - Art. 2º: diretrizes que compõe o desenvolvimento das fun- ções sociais da cidade e da propriedade urbana em que visam a promoção de cidades sustentáveis. Discorre, ainda, sobre o planejamento das urbes (ordenamento e controle do uso do so lo), de forma a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente, bem como a proteção, preservação e recuperação do meio ambi- ente natural e construído; - Art. 37: execução de política urbana que deverá contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou ativi- dade quanto à qualidade de vida da população. O planejamento urbano referido pela lei visa contem- plar a harmonia entre o meio ambiente e a vida humana or- ganizada nas cidades. Gerir os recursos naturais minimizam futuros problemas ambientais e de saúde decorrentes do cres- cimento desordenado. Nesses casos, atitudes preditivas são mais eficientes que ações corretivas. A existência de vegetação em áreas urbanas, é carac terizada pela capacidade de promover a qualidade ambiental aos habitantes, atenuando as sensações desconfortáveis da rápida e (não) planejada urbanização. Assim, o desenvolvi- mento das cidades e sua manutenção requer contemplar a adoção de áreas verdes para que hajam ambientes saudáveis e que permeiam a integração do homem à natureza. Para compensar os danos da urbanização ao ambi- ente podem-se adotar medidas simples de planejamento, a ci- tar a abertura de mais parques e praças, o plantio de árvores adequadas ao ambiente, arborização de acompanhamento viá rio e calçadas (permeáveis), hortos florestais, a construção de jardins públicos, etc. Essas atitudes, artificiais, possibilitam re- cuperar e preservar a fauna e a flora, tornando a vida urbana menos danosa. Ao analisar a qualidade ambiental das áreas verdes na promoção de qualidade de vida pode-se realizar uma ana- logia com o desenvolvimento sustentável (econômico, social e ambiental). Na perspectiva econômica, a partir da qualidade ambiental proporcionada pelas áreas verdes, a absorção de ru

ídos, redução da poluição, amenização do estresse, conforto térmico, etc., podem atenuar as internações hospitalares e gastos financeiros relativos à saúde, por exemplo. Na visão so cial, as áreas verdes constituem-se em espaços de encon- tros pessoais, familiares, recreação, entretenimento, sombra, etc., diminuindo o sentimento de opressão/angústia em rela- ção às construções. Ambientalmente, os espaços vegetados contribuem na retenção da umidade do solo e do ar, abrigo a fauna, reciclagem de gases tóxicos, melhorias nas condições microclimáticas, entre outros.

Parque Kolomenskoye em Moscow

(http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1201583)

Cidades com ambiente doente acarretam pessoas doentes, ou seja, investimentos públicos são necessários co- mo uma atitude corretiva aos problemas de saúde. Para evitar a situação, convêm que as cidades trabalhem com o planeja- mento urbano organizando políticas de gestão ambiental condi zentes e eficazes que contemplem as áreas verdes e, conse- quentemente, a qualidade de vida, tornando a cidade menos cinza e artificial e, mais verde e natural. Fonte: Scheuer, J.M.; Neves, S.M.A.S.; Planejamento urbano, áreas verdes e qualidade de vida; Revista Meio Ambiente e Sustentabilidade 11(5), 2016, versão on-line. ______________________________________________________________

“Primeiro foi necessário civilizar o homem em relação ao próprio

homem. Agora é necessário civilizar o homem em relação a

natureza e aos animais.”

Victor Hugo

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5 de Junho

Dia Mundial do Meio Ambiente

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituído em 1972 pela Organização das Nações Unidas (ONU), durante a Conferência das Nações Unidas sobre o

Meio Ambiente Humano, em Estocolmo. Em celebração a esse dia, no Brasil foi criado o

Decreto no 86.028, de 27 de Maio de 1981, instituindo em todo o território nacional a Semana

do Meio Ambiente.

Nessa semana, que começa no dia 1 de junho e vai até o dia 5 do mesmo mês, várias entidades, organizações não governamentais e empresas preocupadas com o aspecto ambiental do planeta promoveram palestras em escolas, “workshops” abertos ao público sobre reciclagem doméstica, promoveram também a coleta de lixo nas praias e parques, conscientização da população para o consumo sustentável, foram apresentados projetos de ecossustentabilidade e foram plantadas mudas de árvores em campos e parques públicos, entre outras atividades. Para o segundo semestre, devem ser lembradas as datas: - Setembro – 16 – Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio. - Setembro – 22 – Dia Mundial Sem Carro.

7 de Junho

Fundação do Lions Clube Internacional

Nesse dia o Lions Clube Internacional comemorou seus cem anos de existência prestando serviços aos necessitados em todo o planeta. Atualmente com mais de 1.400.000 associados em 46.000

clubes atuando em 210 países.

Como uma das maiores organizações não governa- mentais de prestação de serviços do mundo, o Lions Interna- cional possui cadeira cativa na ONU e seu fundador com alguns presidentes internacionais auxiliaram na elaboração da Carta da ONU, assinada em 26 de Junho de 1945 por representantes de 50 países.

Orgulhe-se de ser Leão