bioetica dilema aula 3

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  • 7/22/2019 Bioetica Dilema Aula 3

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    Prof.: Ricardo VERAS

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    Segundo o Dicionrio Aurlio, um dilemaocorre quando se utiliza um argumento quecoloca o adversrio entre duas proposies

    opostas. Pode ser, igualmente, uma situaoembaraosa com duas sadas difceis oupenosas.

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    Tom Beauchamp e JamesChildress

    The Principles of biomedicalethics. 4ed. New York: Oxford, 1994.

    primeira edio em 1978.

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    Proposta bsica deste modelo se baseia nacaracterizao de quatro princpiosfundamentais que servem de base para o agir

    humano: Beneficncia;No Maleficncia; Justia e; Autonomia.

    Todos esses quatro princpios so

    considerados como sendo deveresprima

    facie.

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    Na edio de 1994, Beauchamp e Childressalteraram a denominao de seu modelo deprincipialismo para moralidade comum

    (common morality).

    Princpios

    Casos

    uma proposta individualista e dedutiva.

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    Os princpios encontram, na sua aplicao,diversas barreiras scio-culturais.

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    A utilizao de princpios como formaDe reflexo uma abordagem clssica e

    extremamente utilizada naBiotica.

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    O princpio da Beneficnciaestabelece que devemos fazer o

    bem aos outros,independentemente de desej-lo ouno.

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    O princpio da No-Maleficncia

    prope a obrigao de noinflingir dano intecional. Esteprincpio deriva da mxima da

    tica mdica:

    Primum nom nocere

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    O princpio da No-Maleficncia o mais

    controverso de todos. Muitos autores oincluem no Princpio da Beneficncia.

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    Hipcrates, ao redor do ano 430 aC,props aos mdicos, no pargrafo 12

    do primeiro livro da sua obra Epidemia:

    Pratique duas coisas ao lidar com as doenas;auxilie ou no prejudique o paciente

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    O juramento Hipocrtico insere obrigaesda No-Maleficncia e Beneficncia:

    Usarei meu poder para ajudar os doentes como melhor de minha habilidade e julgamento;abster-me-ei de causar danos ou de enganar

    a qualquer homem com ele.

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    Sir Davis Ross, que estabeleceu o conceito dedever prima facie, propunha que quandohouver conflito entre a beneficncia e a No-

    Maleficncia deve prevalecer a No-Maleficncia.

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    Segundo Frankena (1963), o Princpio daBeneficncia no nos diz como distribuir obem e o mal. S nos manda promover o

    primeiro e evitar o segundo. Quando semanifestam exigncias conflitantes, o maisque ele pode fazer aconselhar-nos aconseguir a maior poro possvel de bem emrelao ao mal...

    Frankena WK. tica. Rio de Janeiro: Zahar,1981:61,73.

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    O princpio do respeito pessoa central nabiotica. Tem algumas caractersticas que ocompe, tais como a privacidade, averacidade e a autonomia. Este princpiorecebeu diferentes denominaes, tais comoprincpio do respeito s pessoas, princpio doconsentimento ou Princpio da autonomia, deacordo com diferentes autores em diferentespocas.

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    Uma das bases tericas utilizadas para oprincpio da Autonomia o pensamento deJohn Stuart Mill (1806-1883). Este autorprops que:

    Sobre si mesmo, sobre seu corpo e suamente, o indivduo soberano.

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    Incorpora, pelo menos, duas convicesticas: a primeira que os indivduos devemser tratados como agentes autnomos, e asegunda, que as pessoas com autonomiadiminuda devem ser protegidas. Destaforma, divide-se em duas exigncias moraisseparadas: a exigncia do reconhecimento daautonomia e a exigncia de proteger aquelescom autonomia reduzida.

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    Uma pessoa autnoma um indivduocapaz de deliberar sobre seus objetivos

    pessoais e de agir na direo desta

    deliberao.

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    O conceito de autonomia adquireespecificidade no contexto de cada teoria.Virtualmente, todas as teorias concordamque duas condies so essenciais autonomia:

    Liberdade (independncia do controle de

    influncias) e Ao (capacidade de ao intencional)

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    Ningum est capacitado para desenvolver aliberdade pessoal e sentir-se autnomo seest angustiado pela pobreza, privado deeducao bsica ou se vive desprovido daordem pblica. Da mesma forma, aassistncia sade bsica uma condiopara o exerccio da autonomia.

    Charleswhorth

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    A Justia um princpio moral enquanto queo Direito o realiza no convvio social.

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    Quaisso os critrios ou princpios da justia?Estamos falando de justia distributiva,justia na distribuio do bem e do mal. (...)A justia distributiva uma questo de

    tratamento comparativo de indivduos.Teramos o padro de injustia, se ele existe,num caso em que havendo dois indivduossemelhantes, em condies semelhantes, o

    tratamento dado a um fosse pior ou melhordo que o dado ao outro. (...) O problema porsolucionar saber quais as regras dedistribuio ou de tratamento comparativo

    em que devemos apoiar nosso agir.

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    A justia considera, nas pessoas, as virtudesou mritos;

    A justia trata os seres humanos como iguais,

    no sentido de distribuir igualmente entreeles, o bem e o mal, exceto, talvez, noscasos de punio;

    Trata as pessoas de acordo com suas

    necessidades, suas capacidades ou tomandoem considerao tanto umas quanto outras.

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    Quem deve receber os benefcios da pesquisae o riscos que ela acarreta?

    Quem igual e quem no igual?Quais consideraes justificam afastar-se da

    distribuio igual?

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    Princpio da Justia A cada pessoa uma parte igual; A cada pessoa de acordo com sua

    necessidade; A cada pessoa de acordo com seu esforo

    individual; A cada pessoa de acordo com sua

    contribuio com a sociedade; A cada pessoa de acordo com seu mrito.

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    Proposta Bsica

    Princpios

    Casos

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    O principal elemento deste modelo oestabelecimento de casos paradigmticos apartir do quais so feitas analogias ecomparaes como novos casos em que seapresentam.

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    A grande contribuio deste modelo foi a depermitir exemplificar com casos reaissituaes anteriormente propostas apenas deforma terica. A casustica tambm trouxe discusso a importncia da analogia e ojulgamento prtico.

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    A maior crtica a este modelo tem sido adificuldade de adequar os casos tidos comoparadigmticos s diferentes culturas e/ouperodos histricos. A prpria seleo decasos paradigmticos poderia ter um fortecomponente ideolgico (hegemnico).

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  • 7/22/2019 Bioetica Dilema Aula 3

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    OBRIGADO!!!