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Direito à Informação Prof.ª : Ms. Luiza Colmán

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Page 1: Bioetica   direito a informação

Direito à Informação

Prof.ª : Ms. Luiza Colmán

Page 2: Bioetica   direito a informação

Introdução Informação:

Base da fundamentação das decisões autônomas dos pacientes;

Necessária para que se possa consentir ou recusar-se a medidas ou procedimentos de saúde propostos.

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Características éticas da informação

Simples

Leais

Inteligíveis

Aproximativas

Respeitosas

Fornecidas dentro de padrões acessíveis à compreensão intelectual e cultural do

paciente.

Quando indevidas e mal organizadas, resultam em

baixo potencial informativo: desinformação.

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Características éticas da informação

Paciente: Direito moral a ser esclarecido sobre:▪ Os objetivos e natureza dos procedimentos;▪ Prováveis desconfortos e possíveis riscos

físicos, psíquicos, econômicos e sociais.

Deve ser esclarecido de TUDO aquilo que vá fundamentar suas decisões.

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Características éticas da informação

Padronizar informações, sem a preocupação com as circunstâncias particulares de cada caso e paciente, não condiz com o respeito ao direito à informação.

Atenção

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Padrões de Informação Três tipos:

“Padrão da prática profissional”; “Pessoa razoável”; “Orientado ao paciente”/“Padrão subjetivo”

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Padrões de Informação “Padrão da prática profissional”:

A revelação das informações é determinada pelas regras habituais e práticas tradicionais de cada profissional;

Profissional que estabelece o balaço entre: As vantagens e os inconvenientes da informação; Tópicos a serem discutidos; Magnitude de informação a ser revelada em cada

tópico.Negligencia o

princípio ético da autonomia do paciente

Atenção

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Padrões de Informação “Pessoa razoável”

Fundamenta nas informações que uma hipotética pessoa razoável, mediana, necessitaria saber sobre determinadas condições de saúde e propostas terapêuticas ou preventivas a lhe serem apresentadas.O profissional decidi o que será revelado

ou não. Negligencia o princípio ético da

autonomia do paciente.

Atenção

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Padrões de Informação “Orientado ao paciente” ou “Padrão

subjetivo” O profissional não se contenta com a informação

dirigida para uma hipotética pessoa que seja considerada como fazendo parte do padrão mediano da população.

Procura uma abordagem informativa apropriada a cada pessoa, passando as informações a contemplarem a individualidade de cada ser.Eficiente:

conhecimento + prática + visão de

singularidade

Atenção

Page 10: Bioetica   direito a informação

A verdade deve ser informada ao paciente?

Caso Clínico: “Ao ser diagnosticado a presença de tumor maligno

em uma senhora de 55 anos, química, o médico informa primeiramente a família da paciente alegando que a informação poderia causar danos a sua cliente.”Correntes éticas Utilitaristas

Todas as pessoas têm direito à informação.

Em certas situações, a informação pode ser sonegada ao paciente ou mesmo que a ele seja ocultada a verdade, pois esta conduta trará mais consequências positivas .

Falar a verdade é sempre uma obrigação ética do profissional de saúde, independente das consequências da informação revelada.

Mentir será eticamente reprovável em algumas situações e defensável em outras, dependo dos resultados que a mentira/verdade possam acarretar.

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A verdade deve ser informada ao paciente?

A ação paternalista ainda que possa ter sua validade ética, deve ser relativizada. Não pode ser utilizada como regra, como padrão de comportamento, mas deve ser encarada como exceção, condicionada a circunstância de tempo e local.

A pessoa autônoma também tem o direito de “não ser informada”. Ser informada é um DIREITO e não uma obrigação para o

paciente. Ele tem o DIREITO de recusar ser informado. Nestes casos, questionar: quem informar!?

Page 12: Bioetica   direito a informação

Prontuário médico

Prontuário: Resolução CFM 1.331/89:▪ Conjunto de documentos padronizados e ordenados,

proveniente de várias fontes destinadas ao registro dos cuidados profissionais prestados ao paciente;

▪ Possui propósito pessoal e interpessoal;▪ Serve para o paciente, instituição, profissionaisde saúde e para a sociedade como um todo (pesquisas científicas);

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Prontuário médico

Prontuário:

Utilizado para planejamento, análise e avaliação dos cuidados do paciente e como meio de comunicação entre profissionais de saúde que assistem o paciente.

A importância da guarda e manutenção é evidenciada quando da falta de informações, que pode resultar em danos para o paciente durante o acompanhamento no serviço ou mesmo anteriormente.

Page 14: Bioetica   direito a informação

Prontuário Médico Caso Clínico:

“Um antigo cliente do hospital demanda à direção deste que lhe seja entregue relatório de suas fichas médicas, com informações sobre o acompanhamento clínico de sua moléstia, no ambulatório do estabelecimento, pois desejava se tratar com médico de seu convênio. A chefia da Unidade nega o pedido sob a alegação de que há 1 ano o paciente havia abandonado o tratamento, e por isso os dados desmandados não poderiam ser fornecidos.”Conduta eticamente

não justificada!

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Informação e normas deontológicas

O Código de Ética Médica considera como infração ética: Art.59: “Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os

riscos e objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta ao mesmo possa provocar-lhe dano, devendo, nesse caso, a comunicação ser feita ao responsável legal.

Art.60: Deixar de elaborar prontuário médico para cada paciente. Art.70: Negar ao paciente acesso a seu prontuário médico, ficha de clínica

ou similar, bem como deixar de dar explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando ocasionar riscos para o paciente ou para terceiros.”

O código de Ética dos Profissionais de Enfermagem trata do tema: Art.26: “Prestar adequadas informações ao cliente e família a respeito da

Assistência de Enfermagem, possíveis benefícios, riscos e consequências que possam ocorrer.”

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Dúvida!?

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Direito à Informação

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