biodiversidade e aspectos biológicos
TRANSCRIPT
• Desde os primórdios do homem, a diversidade biológica sempre ocupou a mente humana.
• Os primeiros registros desta preocupação foram feitos em épocas remotas.
• Livro do Gênesis
• Aristóteles e o nascimento da biologia.(384 a.C. a 322 a.C.)
• Grandes navegações. (séc. XV)
Criou o termo “diversidade biológica”.
(1980)
Thomas Loveloy
Incorporação do termo “Biodiversidade”
Livro de Wilson & Peter (1988)
Rio-92
Fonte: Zoological Record online, levantamento próprio.
Estudos Crescentes
BIODIVERSIDADE
Contexto social
Contexto político
Contexto econômico
Contexto biológico
Diversidade genética
Diversidade de organismos
Diversidade de ecossistemas
Três categorias principais:
“a variabilidade entre organismos vivos de qualquer origem incluindo, entre outros,
ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos, e os complexos ecológicos de que
fazem parte; isto inclui diversidade dentro de espécies,
entre espécies e de ecossistemas.”
(Brasil, 1992. CDB Artigo 2)
Diversidade dentro de espécies
“Abrange toda a variação entre indivíduos de uma população, bem como entre populações espacialmente distintas da mesma espécie. Na prática, essa diversidade tem sido tratada como equivalente à diversidade genética.”
(Lewinsohn & Prado 2006)
Diversidade entre espécies
“Corresponde ao que se chama de diversidade de espécies: a variedade de espécies existentes em algum tipo de ambiente ou em uma região definida, de tamanho maior ou menor.”
(Lewinsohn & Prado 2006)
Diversidade de ecossistemas
“Para os ecólogos, a biodiversidade é também a diversidade de interações duradouras entre espécies. Também tem sido tratada como correlacionada com a diversidade de fisionomias de vegetação, de paisagens ou de biomas.” (Lewinsohn & Prado 2006)
“O conceito de biodiversidade parece ser um grande carrinho de supermercado, onde diferentes itens podem ser colocados. Para alguns, o termo biodiversidade é um cesto vazio, onde cada um coloca o que quer. Para outros, é um conceito tão global que se refere aos numerosos aspectos da diversidade da vida, compreendidos os usos que são feitos pelas sociedades humanas.”
(Lévêque 1999 apud Oliveira 2005)
Como é feito?
Taxonomia
“Toda população é variável e, por isto, descartou-se a noção de uma norma para a espécie.”
(Lewinsohn & Prado 2006)
Conceito de espécieHolótipo
Coleções Biológicas Responsáveis pela guarda dos espécimes que
documentam a biodiversidade
São registros da variação morfológica e genética passada e recente, da distribuição geográfica, bem como de outras informações
Passaram a representar importantes bancos genéticos
Marinoni & Peixoto 2010
Apesar de as coleções biológicas serem de extrema importância e responsabilidade, elas não substituem o ecossistema original
Porém as coleções biológicas são um patrimônio único e de extrema importância para o estudo e conhecimento da biodiversidade
≠
Contribuições da ciência Planejamento nas áreas de reserva; Coleções biológicas; Bancos genéticos; Inclusão de espécies sob risco de extinção nas listas oficiais,
produzir e disponibilizar informações científicas, determinar o risco de extinção, estabelecer prioridades de ação e monitorar o estado de conservação da biodiversidade (Moraes 2010);
A contribuição da ciência é a base para a elaboração de políticas públicas ligadas a conservação de espécies ameaçadas de extinção, não apenas gerando informações que orientam decisões governamentais, como também mobilizando a sociedade e difundindo o respeito à natureza (Moraes 2010).
O Brasil integra o seleto grupo dos
17 países megadiversos,
que concentram 70% das espécies
do planeta.
O Brasil é responsável por cerca de 20-22% da
biodiversidade mundial.
Szpilman 1998
Plantas Mamíferos Pássaros Répteis Anfíbios Totais
Países
Brasil 1º - 56.000 1º -524 (131) 3º - 1.622 (191) 5º - 468 (172) 2º - 517 (294) 3.131 (788)
Colômbia 2º - 51.000 4º - 456 (28) 1º - 1.815 (142) 3º - 520 (97) 1º - 583 (367) 3.374 (634)
Indonésia 3º - 37.000 2º - 515 (201) 5º - 1.531 (397) 4º - 511 (150) 6º - 270 (100) 2.827 (848)
China 4º - 30.000 3º - 499 (77) 8º - 1.244 (99) 7º - 387 (133) 5º - 274 (175) 2.404 (484)
México 5º - 15.600 5º - 450 (140) 10º - 1.050 (125) 2º - 717 (368) 4º - 284 (169) 2.501 (802)
África do Sul 6º 14º - 247 (27) 11º - 774 (7) 9º - 313 (76) 15º - 95 (36) 1.415 (146)
Venezuela 7º 10º - 288 (11) 6º - 1.360 (45) 13º - 293 (57) 9º - 204 (76) 2.145 (189)
Equador 8º 13º - 271 (21) 4º - 1.559 (37) 8º - 374 (114) 3º - 402 (138) 2.606 (310)
Peru 9º 9º - 344 (46) 2º - 1.703 (109) 12º - 298 (98) 7º - 241 (89) 2.586 (342)
Estados Unidos 10º 6º - 428 (101) 12º - 768 (71) 16º - 261 (90) 12º - 194 (126) 1.651 (388)
Papua-Nova Guiné 11º 15º - 242 (57) 13º - 762 (85) 10º - 305 (79) 10º - 200 (134) 1.509 (355)
Índia 12º 8º - 350 (44) 7º - 1.258 (52) 6º - 408 (187) 8º - 206 (110) 2.222 (393)
Austrália 13º 12º - 282 (210) 14º - 751 (355) 1º - 755 (616) 11º - 196 (169) 1.984 (1.350)
Malásia 14º 11º - 286 (27) 15º - 738 (11) 14º - 268 (68) 14º - 158 (57) 1.450 (163)
Madagascar 15º 17º - 105 (77) 17º - 253 (103) 11º - 300 (274) 13º - 178 (176) 836 (630)
Rep. do Congo 16º 7º - 415 (28) 9º - 1.094 (23) 14º - 268 (33) 16º - 80 (53) 1.857 (137)
Filipinas 17º 16º - 201 (116) 16º - 556 (183) 17º - 193 (131) 17º - 63 (44) 1.013 (474)
http://www.institutoaqualung.com.br/info_biodiversidade23.html
A biopirataria é a apropriação, por mais imprópria que seja, de materiais biológicos, genéticos e/ou dos conhecimentos comunitários associados a eles em desacordo com as normas sociais, ambientais e culturais vigentes, e sem o consentimento prévio fundamentado de todas as partes interessadas (Hathaway 2001).
Pela vasta riqueza vegetal e animal, o Brasil é alvo constante de biopirataria
• A biodiversidade e indispensável para os processos de evolução do mundo vivo.
• Devemos trasmitir aos nossos filhos a herança natural que recebemos.
(Lévêque 1999)
Saber qual é e aonde está o nosso acervo biológico é uma estratégia econômica para o país.
O conhecimento científico como base para a formulação de projetos que permitam a aplicação racional e sustentada da biodiversidade.
Markus & Rodrigues 2010
“Para conservar é preciso conhecer.” (Markus & Rodrigues)
No Brasil, a maior parte dos esforços de pesquisa com fim de contribuir para a conservação da biodiversidade, vem sendo direcionada a inclusão de espécies sob risco de extinção nas listas oficiais. (Moraes 2010)
Nature, 444, p. 555, 2006
A maioria das perdas da biodiversidade são causadas pelas realidades econômicas dominantes da atualidade.
A nossa capacidade destrutiva traz uma sensação de falsa superioridade, forçando-nos a julgar e avaliar aquilo que está em nosso poder.
Ehrenfeld 2010
“…se persistirmos nessa cruzada de determinar valor onde o valor deveria ser evidente, nada nos restará quando a poeira finalmente baixar, a nao ser nossa ganância.”
Ehrenfeld 2010
O valor é intrínseco àdiversidadade. O valor simplesmente existe.
Ehrenfeld 2010
BROOK, B.W. & SODHI, N.S. Rarity bites. Nature, 444, p. 555, 2006.
EHRENFELD, D. Por que atribuir um valor à biodiversidade? In: WILSON, E.O. & PETER, F.M. Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
GOVERNO DO RIO GRANDE DO SUL. Sobre biodiversidade. Disponível em: http://www.biodiversidade.rs.gov.br (acesso 15/09/11)
HATHAWAY, D. A biopirataria no Brasil. In: Seria melhor ladrinhar? ISA/UnB, 2001.
LEWINSOHN, T.M. & PRADO, P.I.K.L. Síntese do Conhecimento Atual da Biodiversidade Brasileira. In: LEWINSOHN, T. M. Avaliação do Conhecimento da Biodiversidade Brasileira. Ministério do Meio Ambiente – MMA, Brasília. 2006. Vol. 1. 269p.
MARINONI, L. & PEIXOTO, A.L. As coleções biológicas como fonte dinâmica permanente de conhecimento sobre a biodiversidade. Ciência & Cultura, 62(3). p. 54-57, 2010.
MARKUS, R.P. & RODRIGUES, M.T. Biodiversidade: haverá um mapa para este tesouro? Ciência & Cultura, 55(3). p. 20-21, 2003.
MORAES, M.A. Até que ponto a ciência pode contribuir para a conservação da diversidade biológica? Ciência & Cultura, 62(3), p. 6-7, 2010.
OLIVEIRA, L.B. O perfil conceitual de biodiversidade: do professor-formador ao professor de Biologia em serviço. São Paulo, 2005. Dissertação apresentada à Faculdade de Educação da USP.
REINACH, F. A longa marcha dos grilos canibais: e outras crônicas sobre a vida no planeta Terra. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
RODRIGUES, M.T. Biodiversidade: do planejamento à ação. Ciência e Cultura 55(3), p. 47-48, 2003.
SZPILMAN, M. Biodiversidade: as nações mais ricas em diversidade do planeta, 1998. Disponível em: http://insitutoaqualung.com.br/info_biodiversidade23.html (acesso 19/09/11)