chiroptera de pernambuco: distribuiÇÃo e aspectos biolÓgicos€¦ · eumops auripendulus (schaw,...

105
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA MESTRADO EM BIOLOGIA ANIMAL CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS DEOCLÉCIO DE QUEIROZ GUERRA RECIFE 2007

Upload: others

Post on 22-Jun-2021

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA MESTRADO EM BIOLOGIA ANIMAL

CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS

DEOCLÉCIO DE QUEIROZ GUERRA

RECIFE 2007

Page 2: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

DEOCLÉCIO DE QUEIROZ GUERRA

CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS

Dissertação apresentada ao Curso de

Mestrado em Biologia Animal, do

Departamento de Zoologia do Centro de

Ciências Biológicas da Universidade Federal

de Pernambuco, como requisito parcial à

obtenção do título de Mestre em Ciências

Biológicas na área de Biologia Animal.

ORIENTADOR:

Prof. Dr. Severino Mendes de Azevedo Júnior

RECIFE 2007

Page 3: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, Deoclécio de Queiroz

Chiroptera de Pernambuco: distribuição e aspectos biológicos / Deoclécio de Queiroz Guerra. – Recife: O Autor, 2007. 103 folhas : il., fig., tab.

Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CCB. Biologia Animal, 2007.

Inclui bibliografia e anexo.

1. Chiroptera – Pernambuco. 2. Morcegos. I. Título. 599.4 CDU (2.ed.) UFPE

599.4 CDD (22.ed.) CCB – 2007- 036

Page 4: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942
Page 5: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Dedico esse trabalho ao meu querido filho Daniel e à “princesinha” Sophia, minha amada neta, luzes da minha vida.

Page 6: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

AGRADECIMENTOS

Ao corpo docente do Mestrado em Biologia Animal pelos ensinamentos transmitidos e à

sua Coordenação.

Ao Prof. Dr. Severino Mendes de Azevedo Júnior, meu orientador, pelo incentivo, apoio,

amizade e orientação.

À Profª Drª Maria Eduarda de Larrazabal pelas sugestões para a elaboração do

manuscrito, revisão e pela sua perfeita interação com todos os mestrandos.

Ao Prof. Dr. Diego Astua de Moraes, curador da coleção mastozoológica, pela cessão do

material examinado.

Aos amigos Drs. Ivan Sazima e Wallace Telino Jr. pela cessão de fotos.

Ao Sr. Mário Ferreira da Silva taxidermista e auxiliar de campo do Departamento, que

sempre me acompanhou em todas as viagens com sua inestimável colaboração e

dedicação.

A todos os professores do Departamento de Zoologia da UFPE que carinhosamente me

receberam de volta ao ‘ninho’ antigo, apoiando-me e incentivando-me de várias

maneiras, em especial “a todos”!

Ao amigo Prof. Silvio Bello pela inestimável ajuda na digitação e formatação do texto.

À banca examinadora por ter aceitado revisar e julgar esse trabalho.

A todos os meus amigos que, de alguma forma, me incentivaram a desenvolver essa

pesquisa.

Page 7: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

A presente dissertação está no formato da Revista Brasileira de Zoologia, conforme normas em anexo, enriquecida com figuras e tabelas.

Page 8: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

LISTA DAS ESPÉCIES Família Emballonuridae Gervais, 1855 22 Subfamília Emballonurinae Gervais, 1855 22 Centronycteris maximiliani (J. Fischer, 1829) 22 Diclidurus albus Wied-Neuwied, 1820 23 Peropteryx kappleri Peters, 1867 25 Peropteryx leucoptera Peters, 1867 26 Peropteryx macrotis (Wagner, 1843) 27 Rhynchonycteris naso (Wied-Neuwied, 1820) 28 Saccopteryx bilineata (Temminck, 1838) 29 Saccopteryx leptura (Schreber, 1774) 30 Família Phyllostomidae Gray, 1825. 31 Subfamília Desmodontinae Bonaparte, 1845. 31 Desmodus rotundus (E. Geoffroy, 1810) 31 Diaemus youngi (Jentink, 1893) 32 Diphylla ecaudata Spix, 1823 33 Subfamília Glossophaginae Bonaparte, 1845 34 Tribo Glossophaginae Bonaparte, 1845 34 Anoura geoffroyi Gray, 1838 34 Choeroniscus minor (Peters, 1868) 35 Glossophaga soricina (Pallas, 1766) 35 Tribo Lonchophyllinae Griffiths, 1982 37 Lonchophylla mordax Thomas, 1903 37 Xeronycteris vieirai Gregorin & Ditchfield, 2005 38 Subfamília Phyllostominae Gray, 1825 39 Chrotopterus auritus (Peters, 1856) 39 Lonchorhina aurita Thomes, 1863 40 Lophostoma brasiliense Peters, 1866 41 Lophostoma silvicolum d’Orbigny, 1836 41 Macrophyllum macrophyllum (Schinz, 1821) 42 Micronycteris megalotis (Gray, 1842) 43 Micronycteris minuta (Gervais, 1856) 44 Micronycteris sanborni Simmons, 1996 78 Micronycteris schmidtorum Sanborn, 1935 78 Mimon crenulatum (E. Geoffroyi, 1803) 79 Phylloderma stenops Peters, 1865 45 Phyllostomus discolor Wagner, 1843 45

Page 9: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Phyllostomus elongatus (E. Geoffroy, 1810) 46 Phyllostomus hastatus (Pallas, 1767) 47 Tonatia saurophila Koopman & Williams, 1951 48 Trachops cirrhosus (Spix, 1823) 49 Subfamília Carollinae Miller, 1924 50 Carollia brevicauda (Schinz, 1821) 79 Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) 50 Rhinophylla pumilio Peters, 1865 51 Subfamília Stenodermatinae Gervais, 1856 52

Tribo Sturnirini Miller, 1907 52

Sturnira lilium (E. Geoffroy, 1810) 52 Tribo Stenodermatini Gervais, 1856 53 Artibeus cinereus (Gervais, 1856) 53 Artibeus jamaicensis Leach, 1821 54 Artibeus lituratus (Olfers, 1818) 55 Artibeus obscurus (Schinz, 1821) 56 Chiroderma doriae Thomas, 1891 57 Chiroderma villosum Peters, 1860 58 Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy, 1810) 58 Platyrrhinus recifinus (Thomas, 1901) 59 Família Mormoopidae Saussure, 1860 60 Pteronotus davyi Gray, 1838 60 Pteronotus gymnonotus Natterer, 1843 80 Pteronotus personatus (Wagner, 1843) 80 Família Noctilionidae Gray, 1821 61 Noctilio albiventris Desmarest, 1818 61 Noctilio leporinus (Linnaeus, 1758) 62 Família Furipteridae Gray, 1866 63 Furipterus horrens (F. Cuvier, 1828) 63 Família Natalidae Gray, 1838 81 Natalus stramineus Gray, 1838 81 Família Molossidae, Gervais, 1856 64 Subfamília Molossinae Gervais, 1856 64 Cynomops planirostris (Peters, 1866) 81

Page 10: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942 66 Molossops temminckii (Burmeister, 1854) 82 Molossus molossus (Pallas, 1766) 67 Molossus rufus E. Geoffroy, 1805 68 Nyctinomops laticaudatus (E. Geoffroy, 1805) 69 Promops sp. 82 Família Vespertilionidae Gray, 1821 70 Subfamília Vespertilioninae Gray, 1821 70 Tribo Eptesicini Volleth & Heller, 1994 70 Eptesicus furinalis (d’Orbigny, 1847) 70

Tribo Lasiurini Tate, 1942 71 Lasiurus ega (Gervais, 1856) 71 Lasiurus egregius (Peters, 1870) 72 Tribo Nycticeiini Gervais, 1855 73 Rhogeessa tumida H. Allen, 1866 73 Subfamília Myotinae Tate, 1942 75 Myotis nigricans Schinz, 1821 75 Myotis riparius Handley, 1960 82 Myotis ruber (E.Geoffroy, 1806) 76

Page 11: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa do Estado de Pernambuco (Brasil) com as localidades onde foram realizadas as amostragens.

Figura 2 - Diclidurus albus. Vista dorso-lateral. Foto: D. Guerra.

Figura 3 - Diclidurus albus. Vista dorsal. Foto: D.Guerra.

Figura 4 - Diclidurus albus. Vista ventral. Foto: D.Guerra.

Figura 5 - Peropteryx macrotis. Foto: Telino Jr.

Figura 6 - Saccopteryx leptura. Foto: D. Guerra.

Figura 7 - Desmodus rotundus. Foto: Telino Jr.

Figura 8 - Glossophaga soricina. Foto: Telino Jr.

Figura 9 - Lonchophylla mordax. Foto: Telino Jr.

Figura 10 - Xeronycteris vieirai. Foto: Telino Jr.

Figura 11 - Micronycteris minuta. Foto: Telino Jr.

Figura 12 - Phyllostomus hastatus. Foto: D.Guerra.

Figura 13 - Trachops cirrhosus. Foto: Telino Jr.

Figura 14 - Artibeus jamaicensis. Foto: Telino Jr.

Figura 15 - Chiroderma doriae. Foto: I. Sazima

Figura 16 - Platyrrhinus lineatus. Foto: TelinoJr.

Figura 17 - Furipterus horrens. Foto:Telino Jr.

Figura 18 - Furipterus horrens. Foto:Telino Jr.

Figura 19 - Molossops mattogrossensis. Foto: Telino Jr.

Figura 20 - Molossus molossus. Foto: Telino Jr.

Figura 21 - Lasiurus ega. Foto: Telino Jr.

Figura 22 - Lasiurus ega. Vista ventral. Foto: Telino Jr.

Figura 23 - Rhogeessa tumida. Foto: Telino Jr.

Figura 24 - Rhogeessa tumida. Vista ventral. Foto:Telino Jr.

Figura 25 - Myotis nigricans. Foto: Telino Jr

Page 12: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Figura 26 – Gráfico de ocorrência de morcegos em Pernambuco.

Figura 27 – Gráfico da quiropterofauna por regiões fitogeográficas de Pernambuco.

Page 13: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942
Page 14: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942
Page 15: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

SUMÁRIO AGRADECIMENTOS LISTA DAS ESPÉCIES LISTA DE FIGURAS

RESUMO

ABSTRACT

INTRODUÇÃO.................................................................................................................14

MATERIAL E MÉTODOS..... ........................................................................................18

ÁREA DE ESTUDO..........................................................................................................20

RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................................21

Relação das espécies examinadas....................................................................22

Registros Adicionais Bibliográficos................................................................78

CONCLUSÕES.................................................................................................................84

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................85

ANEXOS...........................................................................................................................92 Normas da Revista Brasileira de Zoologia.....................................................93 Tabela 01.......................................................................................................100 Tabela 02.......................................................................................................102

Page 16: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

14

INTRODUÇÃO

Os morcegos são primáriamente um grupo tropical e situam-se taxonomicamente

na Ordem Chiroptera constituindo-se na segunda maior Ordem, em número de espécies,

da Classe Mammalia. Com uma distribuição quase que universal, a maioria dos morcegos

pertence à Sub-Ordem Microchiroptera. Na Região Neotropical só existem representantes

desta Sub-Ordem equivalendo a 28,8% dos mamíferos existentes no mundo e 27,4% de

todas as espécies de mamíferos encontrados na Região (WILLIG, 1983). Com a descrição de

novas espécies esses dados sofreram algumas alterações como era de se esperar. Em

contraste, representam somente 12% dos mamíferos da Região Neártica. Esta

desigualdade e o alto grau de endemismo na fauna de quirópteros neotropicais pode ser

atribuída, em parte, às condições biogeográficas.

A América do Sul existindo como ‘ilha’ desde o Cretáceo até o fim do Cenozóico,

poderia ter favorecido a radiação adaptativa dos quirópteros (WILLIG, 1983). No Brasil,

segundo dados do workshop sobre a conservação dos morcegos brasileiros realizado no

Espírito Santo em 1995, há registros de 09 famílias 58 gêneros e 138 espécies (AGUIAR &

TADDEI, 1995). PERACCHI et al. (2006) contabilizam165 espécies distribuídas em 09 Famílias

e 64 Gêneros, em todo território brasileiro.

As primeiras informações sobre taxonomia e zoogeografia dos morcegos do

Brasil, no século XX, são encontradas no trabalho de VIEIRA (1942) com diversas citações

de quirópteros ocorrentes em Pernambuco com base em material depositado em Coleções

Científicas, sobretudo a do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, do Museu

Page 17: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

15

Nacional do Rio de Janeiro e também em alguns museus do exterior. Seguem-se os

trabalhos de GUERRA (1980 a, 1980 b) onde novas ocorrências são registradas.

MARES et al. (1981) em seu trabalho sobre a mastofauna da caatinga estudaram a

distribuição e a ecologia de diversos mamíferos entre os anos de 1975 e 1978 nos

municípios de Exu, em Pernambuco e no Crato, Ceará, tendo registrado cinquenta

espécies de quirópteros para a região. WILLIG & MARES (1989) apresentam uma lista

revisada do referido trabalho e reduz para quarenta e seis espécies sendo trinta e duas

citadas para a região da caatinga de Pernambuco.

WILLIG (1985 a) realizou estudos sobre padrões reprodutivos analisando dados anatômicos

macroscópicos em diversos estágios do desenvolvimento sexual dos indivíduos

capturados no nordeste brasileiro.

Aspectos biológicos e ecológicos em populações de uma espécie de morcego hematófago

no Nordeste do Brasil foram estudados por ALENCAR et al. (1994) em 17 abrigos naturais

localizados nos Estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe tendo sido

anilhados 2.901 indivíduos durante o desenvolvimento do trabalho.

MONTEIRO DA CRUZ et al. (2002) apresentam uma relação da mastofauna de Pernambuco

baseada em coleções, capturas avulsas sem registro de depósito, comunicações pessoais,

relatórios e artigos científicos.

A ecologia da polinização e da dispersão de sementes que inclui os quirópteros como

agentes, são aspectos enfocados por MACHADO & LOPES (2003) e GRIZ et al. (2002).

A fauna quiropterológica além de sua grande representatividade neotropical tem

grande importância no equilíbrio ecológico atuando como predadores de insetos,

controlando suas populações, como agente polinizador e dispersor de sementes tendo

notável função na regeneração de áreas degradadas. Por outro lado os morcegos

hematófagos podem trazer grandes prejuízos para a pecuária, por causa de seu papel na

Page 18: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

16

transmissão da raiva dos herbívoros (GREENHALL et al., 1983) e também nos ataques

ocasionais aos seres humanos que podem levar à transmissão da raiva. Na área de saúde

apresentam um especial interesse para o desenvolvimento de diversas linhas de pesquisa

bacteriológicas, viróticas, micóticas e protozoárias por serem susceptíveis a muitas

infecções transmitidas ao homem.

Pernambuco destaca-se pela diversidade de ecossistemas e riqueza de recursos

naturais. Sua configuração geográfica apresentando um eixo maior estendido no sentido

Leste-Oeste, implica numa diversidade de paisagens com predomínio de vegetação típica

do semi-árido que ocupa aproximadamente ⅔ da área do Estado (PERNAMBUCO, SECRETARIA

DE CIÊNCIAS TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE 2002). Fatores como alterações de pluviosidade,

altitude e solo influenciam na variação da vegetação levando ANDRADE-LIMA (1960) a

definir quatro zonas fitogeográficas: litoral, mata, caatinga e savana. O clima varia de

super-úmido a semi-úmido na região litorânea variando para semi-árido em direção ao

interior do Estado. A estação das chuvas, em grande parte do Nordeste, ocorre entre os

meses de janeiro a abril (REIS, 1976). “Em meio à semi-aridez que caracteriza o clima da

caatinga surgem manchas de vegetação do tipo mata serrana” (ANDRADE-LIMA,1964 APUD

REIS, 1976). Nestes brejos de altitude o balanço hídrico é favorecido por maiores

precipitações pluviais o que condiciona o estabelecimento da mata úmida, pluvial ou

pluvionebular (REIS, 1976). Todas essas características vegetacionais orográficas e

climáticas proporcionam ambientes favoráveis para instalação de populaçoes de

quirópteros que ocupam, além dos microhabitats naturais, estruturas construídas pelo

homem nas regiões urbanas e rurais.

Page 19: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

17

Embora o Nordeste brasileiro apresente uma grande variedade de regiões

fitogeográficas tais como Floresta Atlântica, Cerrado, Caatinga, contato Cerrado-

Caatinga, Floresta Úmida e Floresta de Palmeiras (MARES et al., 1981), a região é

grandemente influenciada por atividades humanas como agricultura, pecuária e caça,

alterando consideravelmente o ambiente natural e afetando a fauna existente, o que torna

imperativo o desenvolvimento de estudos biológicos visando um melhor conhecimento

da dinâmica populacional dos mamíferos da região, dos ecossistemas e de suas

interrelações. Não obstante alguns trabalhos já tenham sido desenvolvidos no Estado,

principalmente no que diz respeito à polinização, insetivoria, taxonomia e citogenética,

há muitos pontos ainda incipientes com relação à validade, distribuição e nomenclatura

de determinadas espécies a exemplo daquelas pertencentes aos Gêneros Artibeus,

Tonatia, Rhogeessa, Molossus e Eumops, necessitando pois a atualização dos estudos

sistemáticos.

Dessa forma este trabalho apresenta a listagem comentada das espécies de

quirópteros no Estado de Pernambuco, depositados na Coleção do Departamento de

Zoologia da Universidade Federal de Pernambuco, estudadas sob o ponto de vista da

taxonomia, da distribuição geográfica, da reprodução e dados adicionais bibliográficos

sobre a ocorrência de outras espécies para a região.

Page 20: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

188

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi desenvolvido através da análise do material depositado na Coleção do

Departamento de Zoologia da Universidade de Pernambuco, basicamente regional, que

contém 1270 exemplares de morcegos. Desse total 982 foram capturados em Pernambuco

durante os trabalhos de campo nos municípios representados na figura 1, plotados no

mapa segundo suas coordenadas geográficas (APOLO 11, 2006), relacionadas na tabela 01.

A análise constou de dados registrados, observações e comentários pessoais. A

distribuição geográfica ampla das espécies foi baseada principalmente em SIMMONS (2005)

e a distribuição restrita ao Brasil foi baseada em PERACCHI et al. (2006) e em diversos

trabalhos específicos.A ocorrência no Estado de Pernambuco baseou-se em dados

coletados durante os trabalhos de campo, acrescidos das citações de outros autores

principalmente MARES et al. (1981), MONTEIRO DA CRUZ et al. (2002) e PERACCHI et

al.(2006). A fitofisionomia da região onde os animais foram capturados ou observados

segue a classificação de ANDRADE-LIMA (1961), ou seja, Mata Atlântica, Caatinga, Agreste

e Brejos de Altitude, estando o registro dos animais capturados apresentado na tabela 02.

A determinação de o hábito alimentar baseou-se em bibliografia, face à inexistência de

coleção de conteúdo estomacal para um estudo mais específico. O período de atividade

reprodutiva apresentado fundamentou-se em dados originais e em dados bibliográficos,

especialmente aquelas descritas por WILLIG (1985 a, b) e WILSON (1979). O arranjo

taxonômico segue a classificação apresentada por SIMMONS (2005) baseado nos trabalhos

desenvolvidos principalmente a partir do séc. XXI, a nível molecular, que sugere a não

monofilia de muitos grupos tradicionalmente tidos como monofiléticos. Ressalte-se,

porém, que ainda não existe nenhuma classificação completa no nível de família e táxons

Page 21: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

19

menores baseada em dados moleculares, a despeito do avanço das pesquisas de genes

nucleares e mitocondriais estando alguns táxons ainda em um estágio flutuante (SIMMONS,

2005). Com essas observações, a ordenação taxonômica deste trabalho segue a da autora

acima citada, com os nomes genéricos ordenados alfabeticamente dentro das subfamílias

e/ou famílias e os nomes das espécies dentro dos gêneros.

Page 22: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

20

AREA DE ESTUDO

1 - Água Preta 18 – Moreno 2 - Arcoverde 19 – Olinda 3 - Barra de Guabiraba 20 – Panelas

21 - Paudalho 4 – Belo Jardim 22 - Paulista 5 - Bodocó 23 – Pedra 6 – Brejo da Madre de Deus 24 - Petrolândia 7 - Buique 25 - Recife 8 - Camaragibe 26 – Rio Formoso 9 - Caruaru 27 - Salgueiro 10 – Cabo de Santo Agostinho 28 – São Lourenço da Mata 11 - Escada 29 – Serra Talhada 12 – Exu 30 - Sertânia 13 – Floresta dos Navios 31 - Sirinhaém 14 - Ibimirim 32 -Timbauba 15 – Igarassu 33 - Toritama 16 – Inajá 34 – Vicência 17 – Lagoa dos Gatos 35 - Orocó

Figura 1. Mapa do Estado de Pernambuco (Brasil) com os municípios onde foram realizadas as amostragens.

Page 23: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

21

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Um total de 56 (cinqüenta e seis) espécies de morcegos de Pernambuco constantes na

Coleção de mamíferos do Departamento de Zoologia da Universidade Federal de

Pernambuco foram examinadas, distribuídas em 7 famílias: Emballonuridae 08 spp.

Phyllostomidae 32 spp., Mormoopidae 01 sp., Noctilionidae 02 spp., Furipteridae 01 sp.,

Molossidae 06spp. e Vespertilionidae 06 spp. Neste trabalho registrou-se também 10

novas ocorrências para o Estado de Pernambuco: Diclidurus albus Wied-Neuwied, 1820,

Saccopteryx bilineata (Temminck, 1838), Diaemus youngi (Jentink, 1893), Chrotopterus

auritus (Peters, 1856), Lonchorhina aurita Tomes, 1863, Macrophyllum macrophyllum

(Shinz, 1821), Rhinophylla pumilio Peters, 1865, Eptesicus furinalis ( d´Orbigny, 1847),

Lasiurus egregius (Peters, 1870) e Eumops glaucinus (Wagner, 1843). Dentre as espécies

coletadas algumas foram capturadas apenas em Brejos de Altitude, acima dos 600m,

como: Anoura geoffroyi Gray, 1838 e Myotis ruber (E. Geoffroy, 1806), outras na região

do agreste como: Lonchophylla mordax Thomas, 1903, Lonchorhina aurita e Furipterus

horrens (F.Cuvier,1828 ), e outras capturadas exclusivamente na região da caatinga,

como Nyctinomops laticaudatus E. Geoffroy, 1805, Molossops mattogrosensis

Vieira,1942 e Pteronotus davyi Gray, 1838. As demais foram encontradas na Mata

Atlântica ocorrendo também, em sua maioria, no agreste, não havendo exclusividade ou

preferência de habitat. Além do material examinado da Coleção foram acrescentados

registros bibliográficos do trabalho de WILLIG & MARES (1989), que documentam mais 07

espécies distribuídas em cinco famílias: Phyllostomidae 02, Mormoopidae 02,

Molossidae 02 e Vespertilionidae 01; SIMMONS (1996) e MONTEIRO DA CRUZ et.al. (2002) que

Page 24: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

222

acrescentam 2 espécies da família Phyllostomidae e 01 espécie da família Molossidae,

respectivamente, e o recente trabalho de PERACCHI et al.(2006) com a citação de 01 espécie

da Família Natalidae. Com esses registros, a fauna quiropterológica do Estado de

Pernambuco está representada por 67 espécies: 56 espécies contidas na Coleção e 11

advindas de bibliografia.

RELAÇÃO DAS ESPÉCIES EXAMINADAS

Família Emballonuridae Gervais, 1855

Subfamília Emballonurinae Gervais, 1855

Centronycteris maximiliani (J. Fischer, 1829)

Localidade tipo: Brasil, Espírito Santo, Rio Jucy, Fazenda do Coroaba.

Distribuição geográfica: Suriname, Venezuela, Guiana Francesa, Colômbia, Peru,

Equador, Brasil: Amazonas, Pará, Espírito Santo e Pernambuco (JONES & HOOD, 1993;

SIMMONS, 2005; PERACCHI et al., 2006). Em Pernambuco, foi coletado pelo autor em 1978

na REBIO de Saltinho, Rio Formoso, em ambiente de Mata Atlântica, um só exemplar,

fêmea.

Como todos os componentes da Família é um animal insetívoro e em face de sua

raridade pouco se conhece sobre a sua biologia. Utiliza como abrigos ocos de árvores

(JONES & HOOD, 1993).

O único dado disponível sobre a reprodução da espécie refere-se a uma fêmea

lactante coletada em fevereiro, no Brasil Central (PERACCHI et al, 2006).

Exemplar examinado: DZUFPE nº768.

Page 25: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

23

Diclidurus albus Wied-Neuwied, 1820

Figura 2 - Diclidurus albus. Vista dorso-lateral. Coletado em Recife, agosto / 1971. Foto: D. Guerra.

Figura 3 - Diclidurus albus. Vista dorsal. Coletado em Recife, agosto / 1971. Foto: D. Guerra.

Page 26: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

24

Figura 4 - Diclidurus albus. Vista ventral. Coletado em Recife, agosto / 1971. Foto: D. Guerra.

Localidade tipo: Brasil, Bahia, Rio Pardo, Canavieiras.

Distribuição geográfica: do SO do México ao SE do Brasil e Trinidade (SIMMONS,

2005). No Brasil existem escassos registros nos Estados do Amazonas, Bahia e Espírito

Santo. Em Pernambuco foi testemunhada a presença da espécie, representada por uma

fêmea não gestante coletado pelo autor em 1971 no Campus da Universidade Federal de

Pernambuco, Recife, constituindo-se no primeiro registro para o Estado.

Page 27: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

25

É uma espécie insetívora e utiliza como abrigo espécies de porte alto de palmeiras

tanto em ambientes naturais como em ambientes alterados, localizando-se sob as folhas

(CEBALLOS & MEDELLIN, 1988).

O período reprodutivo aparentemente estende-se de janeiro a junho segundo

CEBALLOS & MEDELLIN (1988), porém não se tem dados adicionais principalmente de

exemplares coletados no Brasil. Segundo os referidos autores, trata-se de uma espécie

solitária durante a maior parte do ano, mas na estação reprodutiva podem ser encontrados

de um a quatro indivíduos normalmente um macho e três fêmeas, em seus locais de

repouso, com um espaçamento individual de 5 a 10 cm.

O exemplar coletado em Pernambuco representa uma fêmea sem caracterização visível de

sua condição reprodutiva.

Exemplar examinado: DZUFPE nº371.

Peropteryx kappleri Peters, 1867

Localidade tipo: Suriname

Distribuição geográfica: México às Guianas, Peru, norte da Bolívia e costa leste

do Brasil (SIMMONS, 2005). PERACCHI et al. (2006) registram para o Brasil sua ocorrência

nos Estados do AL, AM, BA, ES, MA, MG, PA, PE, RJ e SP. Pouco comum em nossa

região. Segundo JONES & HOOD (1993), a espécie prefere as florestas úmidas, porém tolera

habitats mais secos e forrageia sobre clareiras abertas e campos. Nas matas forrageiam no

sub-bosque.

Insetívora, vivem em pequenos grupos de um a seis indivíduos em ocos de

Page 28: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

26

árvores ou em ambientes rochosos ocupando pequenas grutas ou espaços entre rochas.

Além de monogâmico, o macho defende a fêmea contra outros machos (JONES & HOOD,

1993).

Ausência de dados sobre atividade reprodutiva no Brasil.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs 223-1307 e 1373.

Peropteryx leucoptera Peters, 1867

Localidade tipo Suriname

Distribuição geográfica: Peru, Colômbia, norte e leste do Brasil, Venezuela e

Guianas (SIMMONS, 2005). PERACCHI et al. (2006) citam sua ocorrência no AM, PA e PE.

Em Pernambuco GUERRA (1980 b) documentou a primeira ocorrência para o nordeste do

Brasil. A espécie foi registrada na mata de Dois Irmãos, Recife e nos municípios de

Igarassu, São Lourenço da Mata e Rio Formoso.

É uma espécie insetívora, pouco comum no Brasil. Os exemplares examinados

foram coletados dentro de mata em depressões laterais do terreno, abrigados sob raízes

afloradas, em ocos de árvores próximos ao solo e em pleno vôo, utilizando-se redes de

neblina.

Devido à carência de dados sobre seus estágios reprodutivos, pouco se conhece

sobre a biologia reprodutiva, excetuando-se o trabalho de SANBORN (1937) que registra

fêmeas gestantes no Brasil de março a junho.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 410-888-889-1192-1338 e 1339

Page 29: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

27

Peropteryx macrotis (Wagner, 1843)

Figura 5 - Peropteryx macrotis Coletado em Petrolândia, abril / 2006. Foto: Telino Jr.

Localidade tipo: Brasil, Mato Grosso.

Distribuição geográfica: do Sul do México, incluindo a península de Yucatán,

através da América Central até a América do Sul (YEE, 2000). Na América do Sul

distribue-se pela Venezuela, Trinidade e Tobago, Suriname, Guiana Francesa, Peru,

Bolívia, Paraguai e Brasil (JONES & HOOD, 1993; SIMMONS, 2005). No Brasil, JONES & HOOD

(1993) cita os estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Bahia, Rio de Janeiro e São

Paulo.Distribue-se práticamente por todo o território brasileiro (PERACCHI et.al.,2006). Em

Pernambuco ocorre nos municípios de São Lourenço da Mata, Paudalho, e Ponte dos

Carvalhos, integrantes da zona de Mata Atlântica e em Bodocó, Petrolândia e Orocó, na

região da Caatinga.

Utiliza os mais variados abrigos tanto naturais como artificiais. Coabita com outras

espécies como Peropteryx kappleri, Saccopteryx bilineata, Glossophaga soricina e

Carollia perspicillata em formações rochosas formando pequenos grupos de 10 a 30

Page 30: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

28

indivíduos. Pelas observações realizadas no estado de PE deduz-se que se trata de uma

espécie comum na Caatinga, abrigando-se em afloramentos graníticos que são

normalmente utilizadas pelos pequenos mamíferos como refúgio durante a estação seca,

cavernas, habitações humanas em dependências pouco ou nunca usadas ou abandonadas,

e sob bueiros de rodovias, contrapondo-se, de certa maneira, à afirmativa de MARES et al

(1981), que o considera raro na caatinga.

É uma espécie estritamente insetívora

Não foi observado nenhum indício do estágio reprodutivo nos indivíduos

examinados. WILLIG (1985 a) registrou duas fêmeas gestantes em setembro e duas em

Outubro.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs 119-221-222-224-1028-1029-1030-1031-

1032-1170-1171-1172 e 1173.

Rhynchonycteris naso (Wied-Neuwied, 1820)

Localidade tipo: Brasil, Bahia, Rio Mucurí, próximo do Morro da Arara.

Distribuição geográfica: do México ao SE do Brasil, onde foi registrada para os

Estados do AC, AM, PA, PI, AL, BA, GO, MT, MG, ES e RJ (SIMMONS, 2005; PERACCHI et

al., 2006). Em Pernambuco foi registrada sua ocorrência nos municípios de Vicência, São

Lourenço da Mata, Recife, Moreno, Água Preta, Escada, Rio Formoso e Orocó. Ocorre

comumente em áreas de Mata Atlântica, porém foi registrada a sua presença também na

Caatinga.

Espécie monotípica, estritamente insetívora, forrageia sobre rios, riachos, lagos,

reservatórios de água, áreas inundadas e pantanosas. Utiliza como locais de repouso,

Page 31: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

29

próximos a cursos d´água, rochas, troncos, parte inferior de pequenas pontes e também

habitações humanas abandonadas. Formam grupos de 12 a 40 indivíduos,

aproximadamente.

Segundo NOGUEIRA & POL. (1998) os dados registrados na região norte de Minas

Gerais, sugerem um padrão reprodutivo poliestro bimodal. Nos exemplares examinados

não se observou evidências macroscópicas para a definição de um padrão reprodutivo.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 02-45-213-233-292-293-294-970 e 1441.

Saccopteryx bilineata (Temminck, 1838)

Localidade tipo: Suriname.

Distribuição geográfica: México a Bolívia, Guianas, Trinidade, Tobago, regiões

norte, nordeste, centro-oeste e sudeste do Brasil, onde foi assinalada para os Estados do

AC, AM, AP, BA, CE, GO, MA, MG, MT, PA, RJ e RR (JONES & HOOD, 1993; PERACCHI et.

al., 2006). Em PE foi capturado apenas nos municípios de Vicência e Rio Formoso,

regiões situadas em áreas de mata seca e úmida, respectivamente.

É uma espécie insetívora que forrageia através de trilhas nas matas, campos,

margens de rios e florestas. Habitam preferencialmente ocos de árvores ou troncos vivos,

formando grupos de 10 a 40 indivíduos. Possuem um sistema social complexo no qual

um macho defende um território na verticalidade do tronco, em volta do seu “harém”,

constituído de oito fêmeas. A defesa é realizada por vocalizações, combates com asas

dobradas ou mesmo perseguindo os possíveis invasores, afugentando-os.

O parto é restrito ao início da estação chuvosa (BRADBURY, 1977; EMMONS, 1990).

Sem dados reprodutivos para Pernambuco.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 29-58-766-767 e 911

Page 32: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

30

Saccopteryx leptura (Schreber, 1774)

Figura 6 - Saccopteryx leptura. Coletado em Rio Formoso, setembro / 1968. Foto: D. Guerra.

Localidade tipo: Suriname

Distribuição geográfica: México ao Sudeste do Brasil; Trinidade e Tobago, Ilhas

Margarita (Venezuela), Guianas, Bolívia e Peru (SIMMONS, 2005). No Brasil, mais

específicamente, há registros nos Estados do Ceará e Espírito Santo (JONES & HOOD, 1993).

PERACCHI et al. (2006) relatam que a espécie já foi observada nos Estados do AC, AM, AP,

CE, ES, GO, MA, MT, PA, PE, RJ, RO e RR. Em PE constatou-se sua presença nos

municípios de Igarassu, Paulista, Moreno, Rio Formoso e Água Preta, em ambiente de

mata .

Alimentam-se de insetos e abrigam-se em locais mais abertos como tronco de

árvores e depressões laterais do terreno em ambientes de mata úmida. Ao contrário de S.

bilineata, é aparentemente monógamo e não defendem ativamente seu território.

Page 33: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

31

Pouco se conhece sobre sua biologia reprodutiva. As fêmeas podem parir dois

filhotes por ano (JONES & HOOD, 1993).

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 31-32-65-495-496-737-771-772-886-

1322-1407-1442-1453-1454 e 1474.

Família Phyllostomidae Gray, 1825

Subfamília Desmodontinae Bonaparte, 1845

Desmodus rotundus (E. Geoffroy, 1810)

Figura 7 - Desmodus rotundus. Coletado em Orocó, janeiro / 2006. Foto: Telino Jr.

Localidade tipo: Paraguai, Assunção.

Distribuição geográfica: do México à América do Sul, incluindo Trinidade

(SIMMONS, 2005). Ampla distribuição por toda sua área, ocorrendo em todo o território

brasileiro e, em Pernambuco, ocorre em todas as zonas fitogeográficas.

Page 34: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

32

Alimenta-se de sangue de mamíferos terrestres sendo por demais conhecida a sua

biologia devido à sua importância econômica com relação à veterinária, e à saúde

pública.

ALENCAR et al. (1994) encontraram os diferentes estágios fisiológicos relativos a

reprodução durante as 7 etapas de trabalho realizadas num intervalo de 12 meses

consecutivos no Nordeste do Brasil, indicando que a atividade reprodutiva é contínua,

estando em consonância com os resultados encontrados por outros autores no

México,Trinidade e Norte da Argentina e com os nosso dados.

Material examinado dos municípios de Recife, Paulista, Ilha de Itamaracá, Igarassu, São

Lourenço da Mata, Caruaru, Timbauba, Rio Formoso, Inajá, Exu, Sertânia, Orocó,

Panelas, Brejo da Madre de Deus e Sanharó.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs 40-41-60-102-103-104-105-106-107-146-

147-148-149-185-214-340-414-415-416-417-418-419-530-531-548-639-656-657-789-

790-828-982-1086-1268-1448-1463 e 1464.

Diaemus youngi (Jentink, 1893)

Localidade tipo: Guiana Inglesa, Córrego Canje, Rio Berbice.

Distribuição geográfica: México, América Central, ilhas de Margarita e Trinidade,

América do Sul, distribuindo-se pelas Guianas, Bolívia, Paraguai, Argentina e por todo o

Brasil (SIMMONS, 2005). No Brasil há registros para os Estados do AC, AM, AP, DF, MS,

MT, PA, PR e TO (PERACCHI et al., 2006).

Alimenta-se de sangue de aves domésticas, preferencialmente, porém já foram

registrados ataques ocasionais ao gado bovino, caprino e eqüino. É uma espécie pouco

Page 35: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

33

comum no Nordeste brasileiro, tendo sido coletado apenas 03 indivíduos na REBIO de

Saltinho, Rio Formoso, Pernambuco, em 1970, 1971 e1981.

D.youngi é poliestro embora seus hábitos reprodutivos não sejam bem conhecidos.

Um dos indivíduos coletados em nosso Estado foi uma fêmea gestante em dezembro de

1970.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 347-355 e 912.

Diphylla ecaudata Spix, 1823

Localidade tipo: Brasil, Bahia, Rio São Francisco.

Distribuição geográfica: Sul do Texas, México, América Central, América do Sul

e por todo o Brasil, onde há registros nos Estados do AC, AM, BA, DF, ES, MG, PA, PE,

PR, RJ, RO, SC, e SP (SIMMONS, 2005; PERACCHI et. al., 2006). Em Pernambuco ocorre nos

municípios de Rio Formoso, Igarassu, São Lourenço da Mata, Toritama, Brejo da Madre

de Deus, Belo Jardim e Exu. É encontrado quase que exclusivamente em cavernas e

raramente em ôcos de árvores. As observações realizadas constataram aglomerados de

aproximadamente 50 indivíduos.

A espécie tem o mais especializado hábito alimentar entre os 03 morcegos hematófagos.

Alimenta-se exclusivamente de sangue de aves domésticas e a sua mordida é efetuada no

tarso, pés e cloaca (GREENHALL et al., 1984). Como os demais hematófagos é também

poliestro (WILSON, 1979). Em nossas áreas trabalhadas foram registradas fêmeas gestantes

em abril e machos escrotados no mês de novembro.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 101-137-138-139-140-141-142-143-144-

145-262-263-264-265-824-825-830-1002-1012-1013-1014-1015-1084-1265 e 1364.

Page 36: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

34

Subfamília Glossophaginae Bonaparte, 1845

Tribo Glossophagini Bonaparte, 1845

Anoura geoffroyi Gray, 1838

Localidade tipo: Brasil, Rio de Janeiro.

Distribuição geográfica: México, Granada, Trinidade, Equador, Guianas, Bolívia,

Peru, NO da Argentina, SE do Brasil (SIMMONS, 2005). No Brasil há registros para os

Estados do AC, AM, AP, BA, DF, ES, MG, MS, MT, PA, PR, RJ, RS, SC e SP (PERACCHI

et al.,2006). Segundo KOOPMAN (1981) esse Gênero não é muito comum na maior parte da

bacia Amazônica. Não é comum na caatinga onde normalmente é associado com serrotes

e cavernas. Em Pernambuco foi constatada sua presença na Serra dos Cavalos em

Caruaru, na REBIO de Serra Negra em Inajá e em Brejo da Madre de Deus, todos em

ambiente de Mata de altitude, acima dos 600m.

É também polinizador como os demais representantes da subfamília. Alimenta-se

de pólen, néctar e ocasionalmente insetos.

Atividade reprodutiva: machos escrotados em março e novembro. WILLIG (1985 a)

capturou fêmeas gestantes em janeiro e novembro na região da caatinga e nos meses de

setembro, outubro, novembro e dezembro em áreas de cerrado no NE do Brasil.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 580-991-1252-1412 e 1425.

Page 37: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

35

Choeroniscus minor (Peters, 1868)

Localidade tipo: Suriname

Distribuição geográfica: Guianas, Trinidade, Venezuela, Colômbia, Equador,

Bolívia, Peru, Brasil Amazônico (SIMMONS, 2005). Registrado sua ocorrência no Espírito

Santo e nos Estados do AC, AM, BA, MG, MT, PA, PE, RO e RR (PERACCHI &

ALBUQUERQUE, 1993; PERACCHI et al., 2006). Em Pernambuco foi capturada na Serra dos

Cavalos, Caruaru, Brejo da Madre de Deus e Recife. MONTEIRO DA CRUZ et al. (2002) cita

sua ocorrência na Estação Ecológica de Caetés, Paulista.

Alimentação: pólen, néctar e insetos (GARDNER, 1977).

Não se dispõe de dados reprodutivos em Pernambuco. WILSON (1979) registra a

presença de uma fêmea lactante em Dezembro, na Colômbia.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 301-477-994 e 1408.

Glossophaga soricina (Pallas, 1766)

Figura 8 - Glossophaga soricina. Coletado em Orocó, julho / 2006. Foto: Telino Jr.

Page 38: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

36

Localidade tipo: Suriname

Distribuição geográfica: Uma das espécies de Phyllostomidae mais amplamente

distribuída. Ocorre do norte do México, Jamaica, Bahamas, América Central, América do

Sul até Paraguai e norte da Argentina e por todo o Brasil (JONES & CARTER, 1976; PERACCHI

et al., 2006). Em Pernambuco foi encontrado em Recife, São Lourenço da Mata,

Vicência, Timbauba, Ilha de Itamaracá, Igarassu, Paulista, Brejo da Madre de Deus,

REBIO da Serra Negra, Inajá, Paulista, REBIO de Saltinho, Rio Formoso, Exu, Orocó e

Petrolândia. Freqüente tanto em ambiente de mata como de caatinga onde desempenha

importante papel na polinização.

Alimenta-se de néctar e pólen, porém, segundo GARDNER (1977), pode

complementar sua dieta com partes florais e insetos (raramente). Juntamente com duas

outras espécies da subfamília, Lonchophylla mordax Thomas, 1903 e Xeronycteris vieirai

Gregorin & Ditchfield, 2005 é um importante agente polinizador das espécies vegetais da

caatinga.

Fêmeas gestantes em janeiro, fevereiro, setembro e outubro e machos escrotados

em agosto e dezembro, indicando um padrão poliestro bimodal.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs 20-27-28-53-54-55-56-57-59-154-155-

156-157-197-203-204-212-225-342-540-542-550-551-628-635-640-642-644-660-845-

853-871-893-985-1019-1101-1102-1193-1248-1254-1275-1325-1397-1410-1411 e 1449.

Page 39: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

37

Tribo Lonchophyllinae Griffiths, 1982

Lonchophylla mordax Thomas, 1903

Figura 9 - Lonchophylla mordax.

Coletado em Orocó, março / 2006. Foto: Telino Jr.

Localidade tipo: Brasil, Bahia, Lamarão.

Distribuição geográfica: de Costa Rica ao NO da América do Sul e Leste do

Brasil; inclui Equador, Peru, Bolívia, regiões NE a SE do Brasil (SIMMONS, 2005). Em

Pernambuco foi registrado na Serra do Catimbau, Buique, em Caruaru e em Brejo da

Madre de Deus. Trata-se de um importante polinizador de espécies vegetais da caatinga.

Os morcegos nectarívoros e polinívoros atingem um percentual de 13,1% entre os agentes

polinizadores, ao lado dos insetos (69,9%) e dos beija-flores (15%) (MACHADO & LOPES,

2003).

Alimenta-se básicamente de néctar e pólen embora haja registros de insetos e

frutos em seu regime alimentar (GARDNER,1977).

Page 40: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

38

Foi observada uma fêmea lactante em março no município de Caruaru. Fêm

gestant

2.

eronycteris vieirai Gregorin & Ditchfield, 2005.

eas

es em julho, agosto, setembro e novembro e fêmeas lactantes em janeiro,

fevereiro, abril, maio, junho, agosto e setembro foram registradas por WILLIG ( 1985 a ).

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 246-247-248-249-250-251-252-836 e 99

X

Figura 10 - Xeronycteris vieirai. Coletado em Orocó, julho / 2006. Foto: Telino Jr.

Localidade tipo: Brasil, Paraíba, Fazenda Espírito Santo, Soledade

da Paraíba,

rnam

(2005), não restando dúvidas sobre a posição taxonômica dos exemplares coletados. A

Distribuição geográfica: NE do Brasil. Ocorre nos Estados

Pe buco e Bahia, em ambientes de Cerrado e de Caatinga (PERACCHI et al., 2006). Em

Pernambuco foi capturada uma fêmea não gestante em uma área de Caatinga no

município de Orocó, com vegetação de porte médio a baixo utilizando-se rede de neblina

.Foi também coletado um indivíduo macho em outubro de 2006 no município de Canindé

do São Francisco em Sergipe.Embora se assemelhando a Lonchophylla bokermanni, as

caracterísricas externas e de crânio condizem com as descritas por GREGORIN & DITCHFIELD

Page 41: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

39

intensificação de coletas na região será fundamental para o conhecimento da biologia

dessa nova espécie.

xaminados: DZUFPE nºs: 1530 e 1531.

Distribuição geográfica: México às Guianas, Peru, Bolívia, N da Argentina e por

território brasileiro a espécie é conhecida do PA, AM,

ltitude’ e as decíduas de 0 a 2000 m. de altitude. Utilizam praticamente todos os tipos de

Sua morfologia de crânio e dentição sugere uma alimentação estritamente

nectarívora.

Sem dados sobre atividade reprodutiva.

Exemplares e

Subfamília Phyllostominae Gray, 1825.

Chrotopterus auritus ( Peters,1856 )

Localidade tipo: México.

todo o Brasil (SIMMONS, 2005). Em

AC, BA, ES, RJ, MG, SP, DF, MT, PR, SC e RS (PERACCHI et al., 2006). Ocorre em todos

os tipos de floresta tropical úmida incluindo as florestas de altitude ou ‘brejos de

a

abrigos diurnos tais como cavernas, construções abandonadas, ocos de árvores e

termiteiros abandonados (MEDELLIN, 1989). Em Pernambuco têm-se documentado sua

presença na mata de altitude da Serra dos Cavalos em Caruaru e num fragmento de mata

atlântica em Escada, e na REBIO de Saltinho, Rio Formoso, as duas últimas na região sul

do Estado.

Page 42: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

40

Espécie primáriamente carnívora alimenta-se de pequenos vertebrados como

anfíbios, répteis e pequenos mamíferos como marsupiais e roedores. Incluem também

sua die

tade do ano (MEDELLIN, 1989) cujos dados sugerem

um cic

63

Lonchorhina aurita Tomes, 1863

e Tobago, Trinidade.

Distribuição geográfica: Estende-se do México ao SE do Brasil; Bolívia, Peru e

tros nos Estados do PA, PI, DF,

rados,

proximadamente. A espécie formava agrupamentos com centenas de indivíduos. Após a

em

ta insetos. ( MEDELLIN, 1989).

Sem dados reprodutivos para Pernambuco. No Brasil a atividade reprodutiva das

fêmeas foi registrada na segunda me

lo monoestro.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 295-296-297-420-802-831-1117-1118-

1119-1256-1262 e 12

Localidade tipo: Trinidade

Equador; Trinidade (SIMMONS, 2005). No Brasil há regis

GO, MG, ES, RJ e SP (PERACCHI et al., 2006). Em Pernambuco foi localizada apenas no

município de Toritama, em afloramentos rochosos graníticos do tipo lajeiro (MARES et al.,

1981) cujo aglomerado de blocos superpostos formavam diversos abrigos naturais

variando de pequenas locas, a frestas e pequenas cavernas com 100 a 200 m quad

a

coleta e ao serem transportados em sacos de pano para análise no ambiente externo,

muitos se mostraram extremamente ‘estressados’ não resistindo ao processo de

manipulação e morreram em menos de uma hora. Coabitavam com Diphylla ecaudata,

Desmodus rotundus e Carollia perspicillata.

Page 43: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

41

Alimenta-se bàsicamente de insetos.

Não se tem dados sobre a atividade reprodutiva da espécie em Pernambuco. E

março ho escrotado em ambiente de mata úmida.

Distribuição geográfica: A espécie é encontrada do México ao Peru, Bolívia,

rinida no AM, PE, BA, ES, RJ, MG, MT e GO (PERACCHI

al., 2

uos

tantes em agosto, setembro, outubro e dezembro

ILLIG

Lophos

Entre os rios Secure e Isiboro.

m

de 1996, foi registrado apenas um mac

Exemplares examinados: DZUFPE nºs 253-254-255-256-257-258-259-260-261-

890-1003-1004-1005-1006-1007-1008-1009-1010 e 1011.

Lophostoma brasiliense Peters, 1866

Localidade tipo: Brasil, Bahia.

T de e Brasil, onde foi observada

et 006). Habitante de florestas embora não se tenha registros de amostras numerosas

nas coleções científicas. Na região da caatinga ocorre em ambientes mésicos, próximos a

serrotes, como observado por MARES et al. (1981) no município de Exu. Em Pernambuco

foi examinado material de São Lourenço da Mata, Igarassu, Caruaru e Rio Formoso.

Alimentação: frutos e insetos.

Os dados sobre a atividade reprodutiva são bibliográficos, dos indivíd

capturados em Exu, com fêmeas ges

(W , 1985 a).

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 354-1076-1189-1284-1333-1403 e 1416.

toma silvicolum d’Orbigny, 1836

Localidade tipo: Bolívia, Yungas.

Page 44: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

42

Distribuição geográfica: Honduras à Bolívia, Guiana, Paraguai, NE da Argentina

até o Sudeste do Brasil (SIMMONS, 2005). PERACCHI et al. (2006) registram a sua ocorrênci

nambuco, não apresentaram nenhum

indício

acrophyllum macrophyllum (Schin, 1821)

ucuri.

Distribuição geográfica: México, S do Peru, Bolívia, SE do Brasil, Paraguai e NE

os para os Estados do AC, AM, GO,

Alimenta-se de insetos como dípteros e lepidópteros (HARRISON, 1975).

a

nos Estados do AC, AM, MS, PA, PE e RJ. O material examinado da Coleção da UFPE

contém indivíduos dos municípios de Timbauba, Igarassu, São Lourenço da Mata, Recife

e Rio Formoso, na REBIO de Saltinho. A espécie tem uma ampla distribuição geográfica

habitando diversos ambientes naturais desde matas até áreas mais secas como as

caatingas onde é citado por WILLIG & MARES (1989).

Alimenta-se de frutos e insetos ( GARDNER, 1977 ).

Os poucos exemplares examinados de Per

macroscópico de sua atividade reprodutiva.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 428-803-979-1194-1280-1332 e 1335.

M

Localidade tipo: Brasil, Bahia, Rio M

da Argentina (SIMMONS, 2005). No Brasil há registr

BA, MG, ES, RJ e SP (PERACCHI et al., 2006) HARRISON (1975) cita Minas Gerais, rio Mu-

curi, como a localidade típica da espécie, embora SIMMONS (2005), considere o Estado da

Bahia. EmPernambuco ocorre em Moreno e Sirinhaem onde foram coletados em

ambiente de mata e sob bueiro de rodovia, respectivamente, formando ‘colônias’ de

dezenas de indivíduos nesse último local de coleta. MONTEIRO DA CRUZ et al. (2002), cita

sua ocorrência para a Estação Ecológica do Tapacurá, São Lourenço da Mata.

Page 45: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

43

Não se tem dados sobre a atividade reprodutiva da espécie para o Brasil.

Micron

Localidade tipo: Brasil, São Paulo, Perequê.

bia ao Peru, Bolívia e Brasil; Venezuela e

uianas; Trinidade e Tobago; ilha de Margarita, Granada, São Vicente (SIMMONS, 2005).

No Bra F, ES, MA, MG, MT, PA, PE, PR,

RJ, RO

ntes no mês de agosto.

37-81-82-112-118-245-385-478-

829-84

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 228-311-312-313 e 314.

ycteris megalotis (Gray, 1842).

Distribuição geográfica: Colôm

G

sil têm-se registro para o AC, AM, AP, CE, D

, RR, SC e SP (PERACCHI et al., 2006). Comum em ambiente de mata, porém menos

comum em regiões de cerrado e raro na caatinga. Em Pernambuco têm-se registro de sua

ocorrência nos municípios de Paudalho, Moreno, Buique, Brejo da Madre de Deus, Serra

dos Cavalos, Caruaru, REBIO de Saltinho, Rio Formoso, REBIO de Serra Negra, Inajá,

Igarassu e Petrolândia. MONTEIRO DA CRUZ et al. ( 2002 ) cita para Recife, São Lourenço da

Mata, Timbauba, Itapissuma e Ilha de Itamaracá

Alimenta-se de insetos e frutos (GARDNER, 1977).

Não foi constatado nos indivíduos coletados nenhum dado sobre a atividade

reprodutiva. WILLIG (1985 a) cita três fêmeas gesta

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 35-36-

9-1165-1334-1437-1438 e 1478.

Page 46: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

44

icronycteris minuta ( Gervais, 1856 ) M

Figura 11 - Micronycteris minuta. Coletado em Orocó, julho / 2006. Foto: Telino Jr.

Localidade tipo: Bra

Distribuição geográfica: Honduras ao S do Brasil, Bolívia e Peru; Guianas;

rinidade (SIMMONS, 2005). No Brasil ocorre na bacia Amazônica, Minas Gerais e Santa

Catarin 006) citam sua ocorrência para os

Estado

gistra tanto uma fêmea gestante como uma inativa sexualmente

no mês

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 988-1083-1455 e 1456.

sil, Bahia, Capela Nova.

T

a (LÓPEZ-GONZÁLEZ, 1998). PERACCHI et al. (2

s do AC, AM, AP, BA, CE, DF, ES, MG, MS, MT, PA, PE e RJ. Em Pernambuco

registros em São Lourenço da Mata, Exu e Orocó. É primariamente um habitante de

florestas tropicais, embora tenha sido coletado um indivíduo em área de caatinga

arbustiva de médio porte.

Alimentação: insetos e frutos (GARDNER, 1977).

São poucos os dados sobre o período de atividade reprodutiva. Na região da

caatinga WILLIG (1985 b) re

de dezembro.

Page 47: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

45

Phylloderma stenops Peters, 1865.

Distribuição geográfica: S do México ao SE do Brasil, Bolívia e Peru (Simmons,

2005). PERACCHI et al. (2006) citam a sua ocorrência no AM, PA, PI, PE, MG, DF, MS

cia da espécie para o NE do Brasil foi a de GUERRA

980 b). Material analisado dos municípios de Caruaru, Igarassu e Rio Formoso. Espécie

avançado estado de gestação.

,

Ilha Margarita, Venezuela, leste dos Andes ao norte da Argentina, por quase todo o

deste. PERACCHI et al. (2006) referem-se à sua

corrência nos Estados do AC, AM, PA, CE, PE, PI, MT, MS, DF, MG, ES, SP e PR.

Muito bém em ambientes de cerrado e

caating

Localidade tipo: Guiana Francesa, Caiena.

e

SP. A primeira citação da ocorrên

(1

de certa raridade e habitante de matas úmidas.

De hábito alimentar predominantemente frugívoro, há registros de restos bem

mastigados de larvas e pupas de uma espécie de vespa social, porém nenhuma evidência

de insetos adultos em seu conteúdo estomacal (GARDNER, 1977).

Sem dados reprodutivos para Pernambuco .LAVAL (1977) faz referência a uma

fêmea capturada em fevereiro na Costa Rica, em

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 300-322-463-804-884-885-1247 e 1360.

Phyllostomus discolor Wagner, 1843

Localidade tipo: Brasil, Mato Grosso, Cuiabá.

Distribuição geográfica: México estendendo-se para o sul às Guianas, Trinidade

território brasileiro, até a região su

o

freqüente em ambiente de mata, ocorre tam

a. Todos os exemplares examinados foram capturados em áreas de Mata Atlântica

no Estado de Pernambuco, oriundos dos municípios de Recife,nas matas de Dois Irmãos

Page 48: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

46

e do Curado, Paulista, Igarassu, Moreno, Caruaru, na Serra dos Cavalos, REBIO de Serra

Negra, Inajá, REBIO de Saltinho em Rio Formoso. WILLIG & MARES (1989), cita sua

ocorrência em Exu, em área de caatinga.

Alimenta-se de frutos, partes florais, pólen, néctar e preferencialmente insetos (GARDNER,

1977). É comum capturar indivíduos com a cabeça polvilhada de pólen. Dentre as

a atividade contínua durante todo o ano, como

o, março, abril, maio, outubro, novembro e

2-653-663-677-678-685-686-703-704-837-874-875-876-877-878-879-880-

1321-1

Desde o Equador e Guianas até o sul do Peru, Mato

rosso e Leste do Brasil, onde ocorre no AC, AL, AM, AP, MT e PA (SIMMONS, 2005;

espécies do gênero é uma das que oferece menos reação defensiva ao ser manipulada

durante a sua retirada das redes de captura.

Trata-se de uma espécie que apresenta um

se pode deduzir do exame do material coletado em Pernambuco: a) fêmeas gestantes nos

meses de janeiro, março, abril, setembro, outubro, novembro e dezembro. b) fêmeas

lactantes em janeiro, fevereiro, e março. c) fêmeas lactantes e gestantes em janeiro e

março. d) machos escrotados em fevereir

dezembro.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 83-176-177-178-179-180-181-182-183-

184-234-303-324-325-326-454-455-456-457-458-459-460-501-507-508-509-511-512-

513-520-522-523-524-525-527-528-529-533-534-535-536-537-538-559-563-568-581-

582-583-584-585-586-587-588-589-590-591-592-606-607-608-609-625-626-641-643-

650-651-65

362-1394-1458 e 1459.

Phyllostomus elongatus ( É. Geoffroy, 1810).

Localidade tipo: Brasil, Mato Grosso, Rio Branco.

Distribuição geográfica:

G

Page 49: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

47

ERACCHI et al. (2006). Espécie monotípica e endêmica da América do Sul. Vive em

mbien a folha nasal. Ocorrem em

rnam

Sua dieta inclui frutos, partes florais, insetos e pequenos lagartos apanhados n

e reproduz-se durante a metade da estação úmida, na Colombia e no Peru.

59 e 1260.

P

a te de mata caracterizando-se pela sua alongad

Pe buco nos municípios de São Lourenço da Mata, Recife, Moreno, Timbauba e Rio

Formoso.

os

ramos da vegetação (GARDNER, 1977).

Os únicos dados reprodutivos do material estudado indicam apenas duas fêmeas

gestantes no mês de novembro. Os dados apresentados por WILSON (1979) mostram que

essa espéci

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 100-171-201-236-350-423-424-435-602-

731-732-770-910-1249-1257-1258-12

Phyllostomus hastatus ( Pallas, 1767).

Figura 12 - Phyllostomus hastatus. Coletado em Caruaru, setembro / 1990. Foto: D.Guerra

Localidade tipo: Suriname.

Page 50: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

48

Distribuição geográfica: Honduras às Guianas, Trinidade e Tobago, Venezuela,

Bolívia, Peru, Paraguai, Nordeste da Argentina e por todo o Brasil (SIMMONS, 2005). Em

Pernambuco foi registrado pelo autor na ilha de Itamaracá, Camaragibe, Recife, Igarassu,

Rio Formoso e Caruaru. MONTEIRO DA CRUZ et al. (2002) documentam para Paulista, São

Lourenço da Mata, Timbaúba, Itapissuma e Exu.

Seus hábitos alimentares incluem uma variedade de insetos, pequenos

vertebrados, frutos, partes ). Considerado onívoro.

O padrão de atividade reprodutiva varia geograficamente; monoestro na América

entral e Trinidade e poliestro na América do Sul (WILSON, 1979). Foram registradas

meas etembro, durante o levantamento sistemático. WILLIG

(1985 a ) encontrou fêmeas lactantes em janeiro e fevereiro na caatinga. No cerra

meas

aparece em simpatria com Tonatia bidens. WILLIG &

florais, pólen e néctar (GARDNER, 1977

C

fê gestantes em julho e em s

do

fê lactantes em janeiro a abril, de setembro a novembro, e fêmeas gestantes de junho

a agosto e em outubro e novembro.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 30-42-43-75-97-187-192-425-850-1250-

1253-1261 e 1340.

Tonatia saurophila Koopman & Williams, 1951.

Localidade tipo: Jamaica, St. Elizabeth Parish, Balaclava, Wallingford Roadside

Cave.

Distribuição geográfica: Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Guianas, N e NE

do Brasil (WILLIAMS et al., 1995). No nordeste do Brasil os autores citados apresentam um

mapa de distribuição onde a espécie

Page 51: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

49

MARES (1989) revisaram os morcegos por eles estudados no NE do Brasil e comentaram

ue todos os ‘grandes’ Tonatia são na realidade T. silvicola com exceção de 3

citados posteriormente por

ILLIAMS et al. (1995). Em Pernambuco foi examinado material dos municípios de Exu,

imbau

Como os demais representantes do grupo alimentam-se de frutos e insetos

ARDN

-

243-1244 e 1264.

q

espécimens.Tratava-se de indivíduos de T. saurophila

W

T ba, São Lourenço da Mata, Recife e Rio Formoso.

(G ER, 1977).

Sem dados sobre atividade reprodutiva.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 70-195-211-434-798-883-1077-1190

1

Trachops cirrhosus (Spix, 1823).

Figura 13 - Trachops cirrhosus. Coletado em Orocó, janeiro / 2006. Foto: Telino Jr.

Localidade tipo: Brasil, Pará.

Page 52: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

50

Distribuição geográfica: Do México às Guianas, Trinidade, Bolívia, Equador e

Brasil onde apresenta uma ampla distribuição até a região sudeste (SIMMONS, 2005). Em

Pernambuco ocorre em Vicência, Ilha de Itamaracá, Igarassu, Arcoverde, Timbauba, São

Lourenço da Mata, Panelas, Rio Formoso e Exu.

Alimentação: Frutos, insetos, pequenos vertebrados a exemplo de répteis, anfíbios

e ocasionalmente pequenos mamíferos. É considerada uma espécie onívora, oportunista

(PERACCHI et al.,2006). Na periferia de açudes, bebedouros naturais e riachos, p.ex., é

comum coletar T. a e observar vôos

os ao nível do solo em suas atividades de forrageio.

Os exemplares examinados não apresentavam nenhum indício sobre seu período

arço de 1971 foi observado na Serra do Timóteo,

município de Panelas, PE, um agrupamento de seis fêmeas com filhotes e nenhum

acho,

Carolli

cirrhosus nos níveis mais baixos das redes de neblin

próxim

de atividade reprodutiva, porém, em m

m isoladas de outras espécies de quirópteros abrigadas no mesmo ambiente.

Essa agregação é típica de morcegos que formam “colônias maternidade”.

WILLIG ( 1985 a ) coletou fêmeas gestantes em janeiro e fevereiro e lactantes de março a

maio.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 18-23-24-46-94-95-113-114-115-412-

429-430-936-1021-1121 e 1401.

Subfamília Carolliinae Miller, 1924

a perspicillata ( Linnaeus, 1758 )

Localidade tipo: Suriname

Page 53: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

51

Distribuição geográfica: do México ao Peru, Bolívia, Paraguai, Guianas,

Trinidade e Tobago, e Brasil onde apresenta uma ampla distribuição (SIMMONS, 2005;

PERACC

Timbauba, Inajá, Arcoverde, Rio Formoso, Ponte dos

arvalhos, Caruaru, Paulista, Brejo da Madre de Deus e Exu. Espécie encontrada em

Alimenta-se de frutos, insetos e pólen (GARDNER, 1977).

sugere um padrão poliestro bimodal também

eterminado por WILLIG (1985 b) em regiões de caatinga e cerrado no NE do Brasil. Para

neste estudo fêmeas gestantes em janeiro e outubro;

meas lactantes em janeiro e fêmeas com filhote em fevereiro e março.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 04-05-06-11-12-13-14-33-38-39-61-6

sua presença em

HI et al. (2006). Em Pernambuco ocorre em Recife, Ilha de Itamaracá, Igarassu,

São Lourenço da Mata, Moreno,

C

ambientes de mata e na região do semi-árido.

O padrão de atividade reprodutiva

d

esta afirmação foram registradas

2-

63-64-79-80-116-117-175-208-209-210-220-240-241-436-437-446-516-517-518-545-

558-629-647-672-690-702-796-827-847-980-981-987-990-1085-1191-1271-1329-1344-

1391-1017-1020-1027-1461 e 1462.

Rhinophylla pumilio Peters, 1865

Localidade tipo: Brasil, Bahia

Distribuição geográfica: Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Guianas e Leste do

Brasil (SIMMONS, 2005). Há registros no Brasil para os Estados AC, AM, AP, BA, ES, MT,

PA, RO e RR (PERACCHI et al., 2006). Em Pernambuco ocorre nos municípios de Moreno,

Rio Formoso e Água Preta. MONTEIRO DA CRUZ et al. ( 2002 ) cita também

São Lourenço da Mata e Timbauba, para ambiente de mata, porém não capturada com

freqüência.

Page 54: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

52

Alimentação: provavelmente f

rutos (GARDNER, 1977).

Período de atividade reprodutiva: duas fêmeas gestantes capturadas em novembro.

ão da espécie em sua área de distribuição e nulos no

rritório brasileiro.

FPE nºs: 229-439-464-465-466-793-862-908-909-

m (E. Geoffroy, 1810).

2006). Em Pernambuco foram estudados exemplares capturados em

Recife,

atos e Rio Formoso. Ocorre em florestas tropicais secas, florestas

btropicais úmidas litorâneas e de galeria e em áreas cultivadas, próximas a cursos de

nte comum e abundante em todos os países

do Chile (GANNON et al., 1989).

Alimenta-se de uma grande variedade de frutos, sendo um grande agente dispersor

maioria dos representantes da subfamília. Insetos e

ólen também fazem parte de sua dieta alimentar, porém, de importância secundária nos

São raros dados sobre a reproduç

te

Exemplares examinados: DZU

1245-1246 e 1473.

Subfamília Stenodermatinae Gervais, 1856

Tribo Sturnirini Miller, 1907.

Sturnira liliu

Localidade tipo: Paraguai, Assunção.

Distribuição geográfica: Antilhas; Trinidade e Tobago, Granada, México à

Bolívia, Paraguai, Uruguai e Brasil, onde apresenta uma ampla distribuição (SIMMONS,

2005; PERACCHI et al.,

Igarassu, Paulista, Moreno, Timbaúba, Caruaru, Pedra, Inajá, Brejo da Madre de

Deus, Lagoa dos G

su

água. Tem uma ampla distribuição sendo basta

da América do Sul com exceção

de propágulos vegetais, bem como a

p

seus hábitos de forrageio.

Page 55: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

53

Reproduzem-se durante todo o ano apresentando nas regiões estudadas fêmeas

gestantes de janeiro a maio (fases iniciais) e de setembro a dezembro. Os indivíduos

capturados estavam em um avançado estado de gestação. Fêmeas lactantes foram

registradas em outubro, dezembro, janeiro e fevereiro e machos escrotados em novembro

e abril.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 188-189-190-191-196-235-302-318-319-

320-321-329-330-331-332-333-334-352-411-431-432-433-461-476-502-503-506-514-

515-51

S,

l.,

fe,

eno, Timbauba, Caruaru, Barra de

uabiraba, Rio Formoso, Pedra e Água Preta.

Alimenta-se preferencialmente de frutos e ocasionalmente de insetos (GARDNER,

977).

9-521-532-541-544-552-561-564-565-566-567-569-623-624-636-638-645-659-

661-662-664-670-679-680-681-684-687-688-689-691-700-701-800-821-826-857-858-

993-1091-1112-1106-1107-1320-1327-351 e 1405.

Tribo Stenodermatini Gervais, 1856.

Artibeus cinereus ( Gervais, 1856 ).

Localidade tipo: Brasil, Pará, Belém.

Distribuição geográfica: Guianas, Venezuela, Brasil, Peru e Trinidade (SIMMON

2005). Há registros para as regiões Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil (PERACCHI et a

2006). Muito freqüente nas matas de Pernambuco tendo sido coletado em Reci

Paulista, São Lourenço da Mata, Igarassu, Mor

G

1

Page 56: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

54

Fêmeas gestantes em abril, outubro e novembro e machos escrotados em agosto,

xemplares examinados: DZUFPE nºs: 48-49-50-51-92-93-172-198-237-238-308-309-

15-31 738-794-795-805-806-846-848-852-854-

Figura 14 - Artibeus jamaicensis.

Coletado em Orocó, março / 2006. Foto: Telino Jr.

Localidade tipo: Jamaica.

Distribuição

rasil; Trinidade e Tobago; Antilhas e S das Bahamas (SIMMONS, 2005). O mesmo autor

omenta que ainda há dúvidas se A. jamaicensis inclui A. planoristris ou se representa

outubro e novembro.

E

3 6-440-441-442-443-444-445-706-733-

855-863-896-897-907-906-961-971-986-1274-1278-1279-1286-1326-1363-1398-1399-

1413-1417-1444-1476.

Artibeus jamaicensis Leach, 1821.

.

geográfica: México ao Equador, Peru, Bolívia, N da Argentina e

B

c

Page 57: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

55

uma espécie distinta e prefere manter A. planirostris em A. jamaicensis até que estudos

posteriores esclareçam melhor a questão, posição esta aqui adotada. É uma das espécies

mais comuns na América tropical, habitando folhagens das árvores, construções

manas, cavernas e serrotes em ambientes xerofíticos. Abundante em ambientes de

mata, cerrado e caatinga.

Alimenta-se

Registro de fêmeas gestantes em janeiro, fevereiro e novembro, estando o

indivíd avançado estado de gestação. FLEMING et al., (1972)

842-851-856-872-873-968-969-1092-1109-1110-1266-1267-1273-1330-1418-1419-

raguai, Assunção.

N da Argentina;

Trinida

ata, cerrado e pouco

freqüen

m

l)

hu

de frutos, partes florais e insetos ( GARDNER, 1977 ).

uo capturado neste mês em

consideram que a espécie apresenta um ciclo reprodutivo bimodal.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 10-25-26-98-99-186-202-205-206-239-

244-299-327-328-421-504-546-571-604-605-616-619-621-622-637-658-668-797-820-

1467-1468-1469-1470-1471 e 1472.

Artibeus lituratus ( Olfers, 1818 ).

Localidade tipo: Pa

Distribuição geográfica: Do México ao S do Brasil; Bolívia e

de e Tobago; pequenas Antilhas; ilhas de Três Marias (SIMMONS, 2005). Em

Pernambuco, a espécie foi registrada em Recife, Paulista, Igarassu, Timbauba, Caruaru,

Brejo da Madre de Deus e Rio Formoso. Comum nas regiões de m

te na caatinga. Abundante em áreas urbanas.

Utiliza preferencialmente frutos em sua dieta alimentar embora utilize també

insetos e pólen (GARDNER, 1977). Fêmeas gestantes em outubro, dezembro (fase inicia

Page 58: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

56

ntes em novembro, dezembro e março; machos

scrotados em abril, agosto e novembro.

Distribuição geográfica: Colômbia, Venezuela, Guianas, Equador, Peru, Bolívi

ONS, 2005; PERACCHI et al., 2006). É uma espécie

endêm

de

omo os demais representantes do gênero alimentam-se preferencialmente de

utos.

ia reprodutiva na região Nordeste. MARQUES-AGUIAR

984) sugere o padrão poliestro bimodal, tendo encontrado fêmeas grávidas de fevereiro

maio

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 76-78-298-323-422-735-736-1475 e 1480.

janeiro e fevereiro; fêmeas lacta

e

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 08-09-52-170-215-447-448-671-673-

705-739-799-819-841-843-892-895-898-902-1024-1025-1090-1108-1277-1317-1331-

1451-1452-1465 e 1466.

Artibeus obscurus ( Schinz, 1821 ).

Localidade tipo: Brasil, Bahia, Rio Peruípe, Vila Viçosa.

a e

Brasil, onde há registros para os Estados do AC, AM, AP, BA, CE, ES, MG, MS, MT,

PA, PE, PR, RJ, RO, RR, SC e SP (SIMM

ica da América do Sul ocorrendo em ambiente de mata. Não há registros no semi-

árido. Os exemplares examinados foram da região da Mata Atlântica e de Brejo

Altitude.

C

fr

Sem dados sobre sua biolog

(1

a na Venezuela e no Brasil, Pará.

Page 59: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

57

Chiroderma doriae Thomas, 1891.

Figura 15 - Chiroderma doriae. Coletado em Campinas - SP, setembro / 1974. Foto: I. Sazima

Localidade tipo: Brasil, Minas Gerais.

Distribuição geográfica: Brasil: estados de Minas Gerais e São Paulo; Paraguai

(SIMMONS, 2005). PERACCHI et al., (2006) assinalam sua presença nos Estados de MG, MS,

PB, PE, PR, RJ, SC, SE e SP. Em Pernambuco foram capturados indivíduos nos

municípios de Recife, Igarassu, Camaragibe e Paulista.

Trata-se de uma espécie frugívora possuindo hábito alimentar muito especializado

na região sudeste, preferindo espécies do gênero Fícus (ESBÉRARD et al.,1996; PEDRO &

TADDEI,1997).

Coletada uma fême efúgio Ecológico Charles

Darwin em Igarassu, PE.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 345-346-353-1392 e 1447.

a lactante em maio de 1996 no R

Page 60: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

58

Chirod

sil, Bolívia e Peru; Trinidade e

Tobago

o nos municípios de São Lourenço da Mata e Paulista. Trata-se de uma

espécie

gívora (GARDNER, 1977). PERACCHI et al. (2006) enfatizam o uso

de sem

s dados contidos na literatura sobre a atividade reprodutiva no México e na

América Central são insuficientes para se determinar um padrão reprodutivo (WILS

e a biologia reprodutiva da espécie no Brasil.

y,1810 ).

erma villosum Peters, 1860.

Localidade tipo: Brasil: sem dados específicos sobre a localidade e a data da

captura (CARTER & DOLAN, 1978).

Distribuição geográfica: México ao Sul do Bra

(SIMMONS, 2005). Têm registros nos Estados brasileiros para Ac, AM, BA, CE,

DF, ES, GO, MG, MS, MT, PA, PI, PR, RJ, RO, RR e SP (PERACCHI et al., 2006). Ocorre

em Pernambuc

pouco freqüente nas áreas trabalhadas.

Exclusivamente fru

entes como alimento, em C. doriae e C. villosum.

O

ON,

1979). Não se tem informações sobr

Exemplar examinado: DZUFPE nº: 1188.

Platyrrhinus lineatus (E. Geoffro

Figura 16 - Platyrrhinus lineatus. Coletado em Petrolândia, março / 2006. Foto: Telino Jr.

Page 61: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

59

.

Distribuição geográfica: Colômbia ao Peru; Guianas, Bolívia, Uruguai, N da

Argentina e por todo o Brasil (WILLIG & HOLLANDER, 1987). Exemplares examinados de

Recife, São Lourenço da Mata, Ilha de Itamaracá, Igarassu, Paulista, Pedra, Inajá,

Arcoverde (Mimoso), Caruaru, Brejo da Madre de Deus, Água Preta e Exu.

Primordialmente frugívora, porém com registros do uso de pólen, néctar e partes

florais (GARDNER, 1977).

O período de gestação abrange os meses de janeiro (avançado estágio), fevereiro,

outubro ( estágio inicial ), maio e dezembro. Machos escrotados em outubro, novembro e

dezembro; fêmeas lactantes em fevereiro e abril. Os dados sugerem um padrão poliestro

bimodal o que fo e caatinga.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 71-96-165-166-167-168-173-174-31

35-33 557-560-562-610-611-612-634-646-649-

asil, Pernambuco, Recife.

nto

de Zoo

Localidade tipo: Paraguai, Assunção

i constatado por WILLIG (1985 b) em biomas de cerrado e d

7-

3 6-337-338-505-526-543-547-553-554-

654-655-665-666-667-669-674-682-720-721-822-823-844-891-1018-1111-1272-1287-

1328-1393-1396-1406-1415-1424-1445-1450 e 1460.

Platyrrhinus recifinus (Thomas, 1901 ).

Localidade tipo: Br

Distribuição geográfica: Leste e Sudeste do Brasil (SIMMONS, 2005). Registrada

apenas para os Estados da BA, ES, MG, PE, RJ e SP (PERACCHI et al.,2006). Foi

encontrada em Pernambuco somente em ambiente de mata nos municípios de Caruaru,

Timbaúba e Água Preta. Apenas 06 exemplares fazem parte do acervo do Departame

logia da UFPE. Pode ser considerada uma espécie de certa raridade, devido

principalmente à pouca representatividade nas coleções mastozoológicas.

Page 62: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

60

Segundo GARDNER (1977) não se tem registros dos hábitos alimentares dessa

spécie, porém, como as demais do gênero, deve se alimentar de frutos e ocasionalmente

Sem dados sobre o seu padrão reprodutivo.

2-1116-1404-1414 e 1446.

Distribuição geográfica: Nicarágua ao NO de Costa Rica; Colômbia a costa

Venezu

ente cavernícola foi encontrado em Pernambuco no município de Serra

Talhad máximo 1,50 m de altura no “salão”

princip altura,

arcialmente encoberta por vegetação. Essa espécie, exclusivamente insetívora, forma

ocalizada pelo autor uma colônia com milhares

e indivíduos no Estado do Ceará no distrito de Arajara, na Serra do Araripe.

e segundo ADAMS (1989) pode capturar até 25 “moscas das

utas” / minuto.

do Brasil. Segundo WILSON (1973) a espécie

apresenta padrão monoestro estacional.

e

de insetos.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 438-83

Família Mormoopidae Saussure, 1860.

Pteronotus davyi Gray, 1838.

Localidade tipo: Trinidade e Tobago

da

ela e NE do Brasil e N de Mato Grosso (ADAMS, 1989; CABRERA, 1957). PERACCHI et

al. (2006) citam sua ocorrência para os Estados do AM, MT e PA.

Exclusivam

a, em uma caverna comprida e baixa com no

al na “Serra Talhada”. A entrada era baixa, no máximo com 0,50 m de

p

colônias com milhares de indivíduos. Foi l

d

Alimenta-se de insetos

fr

Sem dados reprodutivos no nordeste

Page 63: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

61

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 67-68-122-124-125-126-127-128-129-

130-131-132-133-134-135 e 136.

Família Noctilionidae Gray, 1821.

Noctilio albiventris Desmarest, 1818.

o geográfica: S do México as Guianas, Leste do Brasil, Peru, Bolívia e

N da A

I et. al., 2006). Em PE foi coletado apenas sobre

no Rio Pajeu em Floresta dos Navios.

Apesar de algumas evidências associando-a a hábitos frugívoros e piscívoros

(NOGUE

as e pontes. Tem sido coletada sobre cursos e coleções

e água onde realiza suas atividades de forrageio.

Não foi coletado nenhum indivíduo apresentando características que indicassem

tidos por NOGUEIRA & POL ( 1998 ) em Minas Gerais

geriram um padrão poliestro bimodal com nascimentos ocorrendo no início e final do

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 356-357-358-359-360-361-362-363-479-

Localidade tipo: Brasil, Bahia, Rio São Francisco.

Distribuiçã

rgentina (SIMMONS, 2005). No Brasil há registros no AC, AM, AP, BA, CE, MG,

MS, MT, PA, PI, PR, RR e SP (PERACCH

IRA & POL, 1998 ), é primáriamente e quase que exclusivamente insetívoro.Utiliza

ocos de árvores, habitações human

d

seu estágio reprodutivo. Os dados ob

su

período chuvoso.

480-481-482e 483

Page 64: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

62

Noctilio leporinus ( Linnaeus, 1758 ).

pequenas Antilhas; S das Bahamas

(SIMMO

A, CE, ES, GO, MS, MT, PA, PB, PE, PR, RJ, RR, RS, SC e SP. Em

Pernam

u, Caruaru e Panelas.

Alimenta-se principalmente de pequenos peixes para o que apresenta diversas

daptações morfo-fisiológicas como pés bastante alongados com garras e calcâneo bem

desenvolvido que suporta uma considerável membrana interfemural, forte arcada dentá

a e sua histoquímica (HOOD & JONES, 1984).

Sem dados reprodutivos no material examinado. WILLIG (1985 b) detectou o padrão

e gestação ocorrendo de setembro a janeiro com um

Localidade tipo: Suriname.

Distribuição geográfica: México as Guianas, S do Brasil, N da Argentina,

Paraguai, Bolívia e Peru; Trinidade; grandes e

NS, 2005). Sua distribuição é descontínua nesta vasta área, restrita às regiões baixas

não áridas, regiões litorâneas e às maiores bacias hidrográficas como a do Amazonas e a

do Paraná (HOOD & JONES, 1984). PERACCHI et al. (2006) citam sua ocorrência para os Esta-

dos do AM, AP, B

buco foi encontrada nos municípios de Recife, Moreno, Floresta dos Navios (Rio

Pajeu), Ibimirim, Ex

a

ria

e especializações na morfologia gástric

monoestro sazonal com o período d

pico de nascimentos em janeiro e período de lactação de novembro a abril, coincidindo

estas duas últimas atividades com a estação chuvosa.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 120-230-231-232-271-272-273-372-484-

785-786-787-788-838-1122 e 1123.

Page 65: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

63

Família Furipteridae Gray, 1866.

Furipterus horrens (F. Cuvier, 1828).

Figura 17 - Furipterus horrens. Coletado em Canindé do São Francisco - SE, outubro / 2006. Foto: Telino Jr.

Figura 18 - Furipterus horrens. Coletado em Canindé do São Francisco - SE, outubro / 2006. Foto: Telino Jr.

Page 66: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

64

Localidade tipo: Guiana Francesa, Rio Mana.

Distribuição geográfica: da Costa Rica ao Sul da Bacia Amazônica do Peru e do

Brasil; Trinidade. Distribui-se pelo leste brasileiro até a região sudeste (SIMMONS, 2005).

Coletada em Pernambuco no município de Brejo da Madre de Deus na chamada “furna

do caboclo”. A presença de F.horrens no Brasil foi registrada no Amazonas, Pará, Ceará,

Bahia e Santa Catarina (UIEDA et al., 1980) e no Rio de Janeiro (POL et al.,2003). MARES et

al.(1981) documentaram sua presença em Exu, zona da caatinga de Pernambuco.

Animal difícil de ser capturado, por sua agilidade, desviando-se com rapidez das

redes de neblina armadas no interior da gruta que tinha aproximadamente 15m de altura

no se oram

derrubados usando-se ramos de arbustos golpeando-os durante o vôo, nas partes mais

baixas do abrigo.

É uma espécie insetívora. Não foram obtidos dados sobre sua atividade

reprodutiva.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 266-267-268-269-270-995-996-997-998-

999-1000 e 1001.

Família Molossidae Gervais, 1856.

Subfamília Molossinae Gervais, 1856.

Eumo

Localidade tipo: Guiana Francesa.

Distribuição geográfica: México ao Peru, Bolívia, N da Argentina, Venezuela,

Trinidade, Jamaica, Guianas e costa leste do Brasil (SIMMONS, 2005). Têm-se registro tam-

u salão maior. Formava grupos de 20 a 30 indivíduos. Os exemplares f

ps auripendulus (Schaw, 1800 ).

Page 67: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

65

bém para a costa do Pacífico da Colômbia e do Equador (BEST et al., 2002). PERACCHI et al.

(2006) relatam sua ocorrência para os Estados do AC, AM, BA, CE, ES, MG, MS, PA,

PE, PR, RJ, RO, RS e SP. Presente em Pernambuco no município de Exu, na região da

caatinga. Apenas dois indivíduos, um macho e uma fêmea, constam do acervo da coleção

mastoz

reprodutivos da espécie para o Brasil, que definam um padrão.

Eumop

tipo: Brasil, Mato Grosso Cuiabá.

Distribuição geográfica: Sul da Florida, Cuba, Jamaica e do México ao Peru,

e sudeste do Brasil (BEST et al., 1997). No Brasil há

F, MG, MS, MT, PA, PR, RJ e SP (PERACCHI et

l., 2006). O material examinado foi capturado em Exu, Ilha de Itamaracá, Recife e

io em pelota da coruja Tyto alba na Estação

cológica do Tapacurá, São Lourenço da Mata, em 1978.

oológica da UFPE, capturados em 1966 e doados em 1968. Embora (BEST et al.,

2002) comentem que a espécie ocupa todos os biomas do Brasil, pode ser considerada

pouco freqüente nas diversas zonas fitogeográficas trabalhadas em nosso Estado.

Espécie insetívora como os demais representantes da Família.

Sem dados

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 69 e 226.

s glaucinus (Wagner, 1843).

Localidade

Bolívia, Paraguai, norte da Argentina

registros para os Estados do AM, BA, D

a

Petrolândia. Foi encontrado um crân

E

Espécie insetívora.

Registrada uma fêmea gestante e um macho escrotado no mês de abril. Sem dados

adicionais.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 227-383-384-387-782-881-1177-1178 e

1402.

Page 68: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________ Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

66

Molossops mattogrossensis Veira, 1942.

Figura 19 - Molossops mattogrossensis. Coletado em Orocó, janeiro / 2006. Foto: Telino Jr.

m Irecê, Estado da Bahia.No

Brasil há registros adicionais para os Estados do AC, AM, CE, GO, PA, PB, PE, RJ e RO

(PERACC

indivíduos de Petrolândia e MARES et al. (1981) documentaram sua presença

em Exu. Comum em habitats rochosos, onde costuma se abrigar em fendas nos serrotes e

lajeiros

Alimenta-se exclusivamente de insetos. Os coleópteros constituem-se no item

alimentar predominante na caatinga, embora (WILLIG & JONES, 1985) tenham registra

ymenoptera, Diptera, Orthoptera e Blattodea

como componentes de sua dieta alimentar.

Localidade tipo: Brasil, Mato Grosso, Rio Juruena, São Simão.

Distribuição geográfica: Venezuela, Guiana Inglesa, C e NE do Brasil (SIMMONS,

2005). SAZIMA & TADDEI (1976), registram a segunda ocorrência da espécie para o território

brasileiro, com base em um exemplar jovem coletado e

HI et al., 2006). A espécie ocorre comumente em ambiente de caatinga tendo sido

examinado

do

Hemiptera, Lepidoptera, Homoptera, H

Page 69: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

67

Com relação a sua atividade reprodutiva provavelmente é de padrão monoestro

com o período de nascimentos ocorrendo durante a transição da estação seca à estação

chuvosa na região da caatinga (WILLIG & JONES, 1985 ).

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 1153-1158 e 1159

Molossus molossus ( Pallas, 1766 ).

Figura 20 - Molossus molossus. Coletado em Petrolândia, abril / 2006. Foto: Telino Jr.

Localidade tipo: França, Ilha de M

Brasil e G

artinica.

Distribuição geográfica: México ao Peru, N da Argentina, Paraguai, Uruguai,

uianas; Antilhas; Flórida (USA), Trinidade e Tobago (SIMMONS, 2005).

Amplamente distribuída no Brasil. Ocorre na zona da mata e na caatinga. Abundante em

temperaturas nesse tipo de abrigo. Encontrada também em ocos de árvores, porém menos

comum, e em fissuras de rochas. Coletada em Recife, Olinda, Paulista, Igarassu, Moreno,

Ponte dos Carvalhos, Rio Formoso, Salgueiro, Floresta dos Navios, Bodocó-Orocó.

construções feitas pelo homem onde se aloja entre as telhas e vigas, suportando elevadas

Page 70: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

68

Espécie insetívora, inicia suas atividades de forrageio ao crepúsculo, tanto nas

zonas rurais como em áreas urbanas, onde é facilmente evidenciada em seus vôos rápidos

e ágeis

Registro de fêmeas gestantes em novembro e fevereiro. WILLIG (1985 a) registrou

o, setembro, outubro e novembro. FABIÁN & MARQUES

(1989), caracterizam a espécie como de padrão poliestro, não havendo relação entre os

períodos reprodutivos e as estações do ano em regiões onde a temperatura se mantém

mais ou menos constante e os períodos de chuva e seca são bem definidos.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 01-07-21-22-110-111-162-163-164-218-

242-243-364-867-1033-1034-1276-1366 e 1367.

Molossus rufus E. Geoffroyi, 1805.

Localidade tipo: Guiana Francesa, Caiena

Distribuiç asil e Guianas;

Trinidad o a espécie anterior, abrigar-se em

ter por muitos autores. Para o uso de M. rufus ao invés de M. ater ver SIMMONS

capturando suas presas eficientemente.

fêmeas gestantes nos meses de març

ão geográfica: México ao Peru, N da Argentina, Br

e (SIMMONS, 2005). Prefere também, com

construções humanas, porém não sendo muito comum na caatinga. Foi examinado

material coletado em Ponte dos Carvalhos, Rio Formoso, São Lourenço da Mata e

também de Petrolândia, no semi-árido Pernambucano. Foi indevidamente chamada de

Molossus a

(2005).

É uma espécie insetívora, como todas as demais representantes da Família. Suas

atividades de forrageio, começam no início da noite.

Sem dados reprodutivos do material estudado.

Page 71: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

69

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 15-16-17-19-72-108-109-216-217-219-

868 e 1166.

Nyctinomops laticaudatus (E.Geoffroy, 1805).

Localidade tipo: Paraguai, Assunção.

Distribuição geográfica: México à Venezuela, Guianas, Peru, Bolívia, N da

Argent

ela, Guianas, Brasil, partes orientais do

eru e Bolívia, Paraguai e N da Argentina. À Oeste da cordilheira, distribui-se do

a Colômbia ao Noroeste do Peru (ÁVILA-FLORES et al.,

002). Espécie amplamente distribuída pelas regiões tropicais e subtropicais das

méric , CE, DF, ES, MA, MG, MS, MT, PA,

ouco se sabe sobre sua atividade reprodutiva e não se tem dados representativos

para o

ina, Paraguai e Brasil; Trinidade; Cuba (SIMMONS, 2005). A leste dos Andes, sua

distribuição abrange a Colômbia oriental, Venezu

P

Noroeste NO da Venezuela e Oeste d

2

A as, com registros no Brasil para o AM, BA

PE, PR, RJ, RS, SC, e SP (PERACCHI et al., 2006). Em Pernambuco sua ocorrência é

registrada para Petrolândia e Exu. A espécie distribui-se na América tropical e subtropical

desde o nível do mar até 1700m, porém, normalmente, abaixo dos 500m ocupando

diversos habitats.

Alimenta-se de diversas espécies de insetos. As corujas Tyto alba e Asio stygius

parecem ser seus principais predadores (ÁVILA-FLORES et al,2002).

P

Brasil.

Exemplar examinado: DZUFPE nº: 1145.

Page 72: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

70

Família Vespertilionidae Gray, 1821.

ribo Eptesicini Volleth & Heller, 1994.

eiros registros da espécie para o Estado.

ndivíduos capturados e

analisa

lares examinados: DZUFPE nºs: 344-426-1359 e 1400.

Subfamília Vespertilioninae Gray, 1821.

T

Eptesicus furinalis (d”Orbigny, 1847 ).

Localidade tipo: Argentina, Corrientes.

Distribuição geográfica: México às Guianas, Bolívia, Leste do Peru, Paraguai e N

da Argentina (SIMMONS, 2005). No Brasil ocorrem duas formas ou subespécies; uma

registrada para o rio Solimões, próximo a Manaus, Amazonas, e outra para as regiões sul

e sudeste. Ocorre simpatricamente com E. brasiliensis na maior parte da América do Sul.

As duas formas às vezes são difíceis de separar usando um só caráter morfológico.

PERACCHI et al. (2006) citam sua ocorrência nos Estados do AM, AP, CE, DF, MG, MS,

PA, PR, RJ e RS. Em Pernambuco, a sua ocorrência nos municípios de Recife e Igarassu

constituem os prim

Como todos os representantes da Família são insetívoros.

Não há informações sobre a reprodução da espécie. Os i

dos não apresentavam sinais de atividade reprodutiva.

Exemp

Page 73: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

71

ribo Lasiurini Tate, 1942. T

Lasiurus ega ( Gervais, 1856 ).

Figura 21 - Lasiurus ega. Coletado em Orocó, janeiro / 2006. Foto: Telino Jr.

Figura 22 - Lasiurus ega. Vista ventral. Coletado em Orocó, janeiro / 2006. Foto: Telino Jr.

Page 74: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

72

Localidade tipo: Brasil, Amazonas, Ega.

S do Texas; México, estendendo-se para o sul até a

Bolívia, Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil; Trinidade. No Brasil há registros para o

AC, AM, BA, CE, DF, ES, MG, MS, MT, PA, PB, RJ, RS, SC e SP (PERACCHI et al.,

2006). Ocorre tanto na zona da mata como da caatinga embora não seja muito comum.

Pelo que foi observado, forrageia por sobre cursos d´água. Muito pouco se sabe sobre sua

biologia e, ao que parece, utiliza as folhas das palmeiras altas com abrigo diurno. O

material examinado foi coletado sobre o rio Panelas, em Panelas e às margens da

Barragem de Itaparica em Pernambuco. Ocorre também na Estação Ecológica do

Tapacurá, São Lourenço da Mata e em Exu. (MARES et al., 1981).

Estritamente insetívora. Sem maiores dados.

As informações so região são as de

WILLIG (1985 a) que registrou uma fêmea gestante em novembro na região da caatinga.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs 348-349-373-374-375 e 1186.

Lasiurus egregius (Peters, 1870).

Localidade tipo: Brasil: Santa Catarina.

Distribuição geográfica: Panamá, Guiana Francesa e Brasil, onde há registros para

os Estados do PA, PB, RS e SC (PERACCHI et al., 2006). Capturado em Pernambuco na

Mata de Dois Irmãos, Recife, na Estação Ecológica do Tapacurá em São Lourenço da

Mata e na REBIO de Serra Negra, Inajá, constituem-se as primeiras ocorrências para.

Pernambuco. Na América do Norte espécies do gênero Lasiurus são migratórias, mas,

nos trópicos seu co

É uma espécie insetívora.

Distribuição geográfica:

bre sua atividade reprodutiva documentada para a

mportamento é pobremente conhecido.

Page 75: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

73

Sem dados sobre sua atividade reprodutiva.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 194-1281 e 1433.

Tribo Nycticeiini Gervais, 1855.

Rhogeessa tumida H. Allen, 1866.

Figura 23 - Rhogeessa tumida.

Coletado em Orocó, janeiro / 2006. Foto: Telino Jr.

Page 76: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

74

Figura 24 - Rhogeessa tumida. Vista ventral. Coletado em Orocó, janeiro / 2006. Foto: Telino Jr.

Localidade tipo: México, Vera Cruz, Mirador.

Distribuição geográfica: México ao N da Nicarágua e NW da Costa Rica

(SIMMONS, 2005). A distribuição exata da espécie é pobremente conhecida (VONHOF, 2000).

PERACCHI et al. (2006) citam as espécies Rhogeessa hussoni Genoways & Baker, 1996 e

Rhogeessa io Thom gere uma revisão

do material depositado em coleções brasileiras. Na presente lista registra-se a ocorrência

de R. tumida em Pernambuco nos municípios de Recife, Brejo da Madre de Deus,

Sertânia e na REBIO de Serra Negra, Inajá.

Essas informações talvez se constituam nos primeiros registros sobre a ocorrência da

espécie em Pernambuco, necessitando de ma ores estudos. MARES et al. (1981), coletaram

um exemplar na Bahia, no município de Juazeiro.

as, 1903 para o Brasil, seguindo SIMMONS (2005) e su

i

Page 77: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

75

Espécie insetívora.

Sem dados reprodutivos.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 200-207-386-781 e 1434.

Subfamília Myotinae Tate, 1942.

Myotis nigricans (Schin, 1821).

Coletado em Orocó, julho / 2006. Foto: Telino Jr.

Localidade tipo: Brasil, Espírito Santo, Fazenda do Aga entre os rios Itapemirim e

Iconha.

Figura 25 - Myotis nigricans.

o, praticamente cosmopolita, sendo a

spécie do gênero a mais comum da Região Neotropical. Abundante em áreas

perturbadas, com vegetação secundária, utiliza frequentemente construções humanas c

Distribuição geográfica: do México ao Peru, Bolívia, N da Argentina, Paraguai e

práticamente por todo o Brasil; Trinidade e Tobago; Granada. Pertence ao segundo

gênero de mamíferos mais distribuídos no mund

e

o-

Page 78: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

76

fe, São Lourenço da Mata, Igarassu, Exu, Inajá, Rio

ormo RUZ et al. (2002)

ara os municípios de Paulista, Toritama, Timbauba, Ilha de Itamaracá e Serra Talhada.

ente insetívoro.

Fêmeas gestantes em outubro e fevereiro. WILLIG (1985 a) encontrou fêmeas

il, maio, agosto, setembro, outubro e novembro. Dessa

forma, trata-se de um animal de padrão poliestro reproduzindo-se por todo o ano, sem

piques definidos.

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 66-169-193-199-341-343-539-570-627-

699-776-801-835-864-983-984-1080-1324-1365-1395-1435-1436-1440-1443 e 1479.

Myotis ruber (E.Geoffroy, 1806).

Localidade tipo: Paraguai, Sapucay, Neembucu (Neótipo).

Distribuição geográfic i, NE da Argentina (SIMMONS,

005). No Brasil d ião Sul (CABRERA,

957). PERACCHI et al. (2006) registram sua ocorrência para os Estados de MG, PE, PR,

RJ, RS, SC e SP. Em Pernambuco essa rara espécie foi coletada na Serra dos Cavalos,

Caruaru, na REBIO de Serra Negra, Inajá e no Brejo da Madre de Deus, assim como na

Serra da Pedra Talhada na “Mata do Cafuringa” em Quebrangulo, no Estado de

Alagoas o que amplia a sua distribuição no nordeste do Brasil. Vale salientar que todos os

exemplares foram coletados em matas de altitude, os chamados ‘brejos de altitude’ acima

dos 600m. do nível do mar.

Como todos os representantes da Família é uma espécie insetívora.

Não se tem dados sobre sua atividade reprodutiva.

mo abrigo. Registrada em Reci

F so, Caruaru e Água Preta, além daquelas citadas por MONTEIRO DA C

p

Hábito alimentar exclusivam

gestantes em janeiro, março, abr

a: SE do Brasil, SE do Paragua

2 esde Minas Gerais, espalhando-se por toda a reg

1

Page 79: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

77

Exemplares examinados: DZUFPE nºs: 304-305-306-307-683-833-1022-1023-

1026-1088-1089-1105-1285 e 1361.

3235

86 610

15

Nº E

s

25

202530

P

dae

E

dae

dae

Ve

dae

dae

dae

dae

péci

es

1 10

hyllo

stomi

mballo

nuri

Moloss

i

rpetili

oni

Noctili

oni

Momoo

pi

Furipte

ri

Famílias

Figura 26 – Morcegos ocorrentes em Pernambuco depositados na Coleção

Mastozoológica DZUFPE, distribuídos por famílias.

Page 80: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

78

REGISTROS ADICIONAIS, BIBLIOGRÁFICOS.

amília Phyllostomidae, Gray 1825.

ubfamília Phyllostominae, Gray 1825.

Micronycteris sanborni Simmons, 1996.

Localidade tipo: Brasil: Ceará, Itaitera, Sítio Luanda, 6km S do Crato.

Distribuição geográfica: NE do Brasil, Bolívia (SIMMONS, 2005). PERACCHI et al.

(2006) comentam que apenas três Estados brasileiros têm registros para essa espécie:

Ceará, Minas Gerais e Pernambuco. O holótipo foi descrito com base no estudo de um

exemplar coletado no Município do Crato, Ceará (SIMMONS, 1996). Identificado

anteriormente como Micronycteris schmidtorum, os parátipos incluem um exemplar do

Ceará e quatro de Pernambuco, no município de Exu, localizado próximo a Chapada do

Araripe, Crato, Ceará( SIMMONS, 1996).

mente

insetívoro, poden ais espécies do

Gênero.

Sem dados reprodutivos.

Micronycteris schmidtorum Sanborn, 1935.

Localidade tipo: Guatemala, Izabal, Bobos.

Distribuição geográfica: S do Méxic às Guianas; NE do Peru; Brasil (SIMMONS,

2005). No Brasil é citado para o Pará, Belém e Pernambuco, este último, nos município

F

S

Não se tem referências sobre seu hábito alimentar, sendo provavel

do consumir também pequenos frutos, como as dem

o

s

Page 81: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

79

e São Lourenço da Mata e Exu (SIMMONS, 1996). PERACCHI et al. (2006) registra também

TO.

ente de frutos (GARDNER, 1977).

Sem dados sobre atividade reprodutiva.

tum (E. Geoffroyi, 1803).

Subfamília Carolliinae Miller, 1924.

ucu, Fazenda de Coroaba.

d

para os Estados do AM, BA, CE, MG e

Alimenta-se de insetos e provavelm

Mimon crenula

Localidade tipo: Brasil, Bahia.

Distribuição geográfica: México às Guianas, Leste do Brasil, Bolívia, Equador e

Leste do Peru; Trinidade. No Brasil a espécie foi encontrada no AM, BA, ES, MG, PA,

PE e RJ (PERACCHI et al., 2006). MARES et al. (1981) consideram uma espécie rara na

caatinga encontrada quase que exclusivamente na caatinga alta, tendo coletado

exemplares em Exu, Pernambuco.

Alimenta-se de insetos.

WILLIG (1985 a) registrou duas fêmeas gestantes em agosto, uma inativa sexual em

janeiro e outra em maio.

Carollia brevicauda (Schinz, 1821).

Localidade tipo: Brasil: Espírito Santo, Rio J

Distribuição geográfica: E do Panamá, Colômbia, Venezuela, Guianas, Equador,

Bolívia, Peru, N e Leste do Brasil (SIMMONS, 2005).WILLIG & MARES (1989) revisando o

Page 82: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

80

material coletado no NE do Brasil por MARES et al. (1981), constataram uma única

em Exu, PE.

ção.

agner, 1843).

osso, São Vicente.

Distribuição geográfica: Colômbia, Peru, Brasil, Bolívia, Suriname ao S de

xico; Trinidade (SIMMONS, 2005). Em Pernambuco

itado por WILLIG & MARES (1989) para Exu e por MONTEIRO DA CRUZ et al. (2002) para o

ocorrência de C. brevicauda dentre uma série de C. perspicillata, capturado

Sem dados sobre a alimentação e reprodu

Família Mormoopidae Saussure, 1860.

Pteronotus gymnonotus Natterer, 1843.

Localidade tipo: Brasil: Mato Grosso, Cuiabá.

Distribuição geográfica: México ao Peru, NE e Brasil Central, Bolívia,

Guianas.(SIMMONS, 2005). Citada por WILLIG & MARES (1989) para Exu, Pernambuco.

Espécie insetívora.

Sem dados reprodutivos.

Pteronotus personatus (W

Localidade tipo: Brasil: Mato Gr

Sonora e S de Taumalipas, no Mé

c

município de Toritama.

Espécie insetívora.

Sem dados reprodutivos.

Page 83: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

81

Família Natalidae Gray, 1838.

Natalus stramineus Gray,1838

.

Distribuição geográfica: S da Califórnia ao N da Colômbia, Venezuela, Guianas,

a formando grandes grupos em cavernas e túneis.

setívora. Ocorre segregação de sexo no período de nascimento dos filhotes (PERACCHI et

l., 200

Subfamília Molossinae Gervais, 1856.

ynomops planirostris (Peters, 1866).

Localidade tipo: Guiana Francesa, Caiena.

ferida como Molossops planirostris, SIMMONS (2005) considera

como lido o nome de C. planirostris para a espécie em questão.

ONTEI ta a ocorrência desta espécie para os municípios de São

ourenço da Mata e Camaragibe, em Pernambuco.

Espécie insetívora (EMMONS,1990).

Sem dados sobre a atividade reprodutiva.

Localidade tipo: Antilhas, Antígua

Região Central e L do Brasil. Encontrad

In

a 6).

Família Molossidae Gervais, 1856.

C

Distribuição geográfica: Panamá ao Peru, Bolívia, N da Argentina, Paraguai,

Brasil, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela (SIMMONS, 2005). PERACCHI et al. (2006)

citam sua ocorrência nos Estados do AM, BA, ES, MG, MS, MT, PA, PE, PR e SP.

Embora anteriormente re

taxonômicamente vá

M RO DA CRUZ et al. (2002) ci

L

Page 84: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

82

olossops temminckii (Burmeister, 1854).

s, Lagoa Santa.

gistram quatro indivíduos coletados em Exu, Pernambuco.

omo os demais representantes da Família, alimentam-se de insetos (EMMONS, 1990).

romops sp.

WILLIG & MARES (1989) citam a ocorrência de uma espécie não identificada do

em Exu, PE, e classificam como

uito rara na caatinga. Segundo SIMMONS (2005) o Gênero compreende apenas duas

Myotis

o, Tacarcuna Village.

M

Localidade tipo: Brasil: Minas Gerai

Distribuição geográfica: Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia,

S do Brasil, Paraguai, N da Argentina, Uruguai (SIMMONS, 2005). PERACCHI et al. (2006)

registram sua ocorrência no AM, BA, CE, DF, GO, MS, MT, PE, PR, RS e SP. MARES et

al (1981) re

C

Sem dados sobre reprodução.

P

Gênero representada por três exemplares coletados

m

espécies na Região Neotropical, P. centralis e P. nasutus. Todos os representantes da

Família são exclusivamente insetívoros. Sem maiores dados sobre sua biologia.

Família Vespertilionidae Gray, 1821.

Subfamília Myotinae Tate, 1942.

riparius Handley, 1960.

Localidade tipo: Panamá, Darien, Rio Puer

Page 85: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

83

Distribuição geográfica: Honduras ao S do Uruguai, Leste do Brasil, Argentina,

ARES (1989) comentam que

motiva pesquisas

cita

os Estados do AC, AM, BA, MG, PA, PR, RS, SC e SP.

Paraguai e Bolívia; Trinidade (SIMMONS, 2005).WILLIG & M

espécimens anteriormente considerados como Myotis nigricans no trabalho de MARES

et.al. (1981) são na realidade M. riparius. Sendo o M. nigricans uma espécie muito

comum, ocorrendo em diversas zonas fitogeográficas do nosso Estado, a afirmação dos

autores acima citados se constitui em um dado relevante, o que

ulteriores a nível taxonômico e zoogeográfico na região. PERACHI et al. (2006)

ocorrência de M. riparius para

45

35

22 20

0

50

51015202530354045

Caatinga Brejos de altitude Agreste

Espé

cies

(nº)

da quiropterofauna por regiões fitogeográficas do

Mata atlântica

Figura 27 – DistribuiçãoEstado de Pernambuco.

Page 86: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

84

CONCLUSÕES

• A quiropterofauna de Pernambuco está representada por 67 spp.

• Foram registradas 10 novas ocorrências para o Estado.

• Houve predominância da família Phyllostomidae com 36 espécies registradas.

• Das regiões fitogeográficas, a Mata Atlântca e a Caatinga apresentaram maior

número de espécies com 45 spp. E 36 spp. respectivamente.

Page 87: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

85

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DAMS, J.K. 1989. Pteronotus davyi. Mammalian Species,Washington, 346: 1-5.

GUIAR- L. M. S. & V. A. TADDEI. 1995. Sobre a conservação dos morcegos brasileiros.

Chiroptera Neotropical, Bras

LENCAR. O. A., G. A. P. SILVA, M. M. ARRUDA, A. J. SOARES & D. Q. GUERRA. 1994.

s (Chiroptera) no

io de Janeiro, 14 (4): 95-

AN

In

NDRADE-LIMA, D. 1961. Tipos de Floresta de Pernambuco. Anais da Associação dos

Geógrafos Brasileiros, Recife, 12: 69-85.

APOLO 1. 2006. Apolo 11.com: veja o mundo com outros olhos. São Paulo:[S.n.],

2006. Disponível em:< http://www.apolo11.com/latlon.php.>.Acesso

A

A

ília, 1 (2): 24-29.

A

Aspectos Biológicos e Ecológicos de Desmodus rotundus rotundu

Nordeste do Brasil. Pesquisa Veterinária Brasileira, R

103.

DRADE-LIMA, D. 1960. Estudos fitogeográficos de Pernambuco. Arquivos do

stituto de Pesquisas Agronômicas. Recife, 5: 305-341.

A

1

em: 30 nov.

2006, 09:50:45

VILA-FLORES, R., J.J. FLORES-MARTINEZ & J. ORTEGA. 2002. Nyctinomops laticaudatus

Mammalian Species, Washington, 697: 1-6.

EST, T.L., W.M. KISER & J.C. RAINEY. 1997. Eumops glaucinus. Mammalian Species,

Washington, 551: 1-6.

EST, T.L., J.L.HUNT, L.A. MCWILLIAMS & K.G.SMITH. 2002. Eumops auripendulus.

Mammalian Species, Washington, 708: 1-5.

Á

B

B

Page 88: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

86

RADBURY, J. W. 1977. Social organization and communication, p. 1-72. In: W.A. WIMSATT

o Rivadavia’,Buenos Aires, ser.

CAR

rsity, Lubbock, Texas, nº 15: 1-136.

s Tech University Press, Texas, 23: 1-

EMM

hicago and London, 281 p.

o município do Rio de Janeiro RJ

FABI , R.V. 1989. Contribuição ao conhecimento da biologia

0.

LEMING,T.H.,E.T.HOOPER & D.E.WILSON. 1972. Three Central American bat

communities: structure, reproductive cycles and movement patterns. Ecology,

Washington, 53: 555-569.

B

(Ed.). Biology of Bats, vol. III. Academic Press, New York, 651.

CABRERA, A. 1957. Catalogo de los mamíferos de América del Sur. Revista del Museo

Argentino de Ciências Naturales ‘Bernardin

ciências zoológicas, IV (1): 1-307.

TER, D.C. & P.G. DOLAN. 1978. Catalogue of type specimens of neotropical bats in

selected European museums. Special Publications the Museum Texas Tech

Unive

CEBALLOS, G. & MEDELLIN, R.A. 1988. Diclidurus albus. Mammalian Species, Washington,

316: 1-4.

DOLAN, P.G.1989.Systematics of Middle American mastiff bats of the genus Molossus.

Special Publications, The Museum, Texa

71.

ONS, L. 1990. Neotropical rainforest mammal: a field guide. The University of

Chicago Press, C

ESBÉRARD,C.E.L.,A.S.CHAGAS,M.BAPTISTA,E.M.LUZ& C. S. PEREIRA.1996.Observações

sobre Chiroderma doriae Thomas, 1891 n

(Mammalia: Chiroptera). Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, 56 (4): 651-654.

ÁN, M.E. & MARQUES

reprodutiva de Molossus molossus (Pallas, 1766) (Chiroptera, Molossidae). Revista

Brasileira de Zoologia, Curitiba, 6(4): 603-61

F

Page 89: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

87

ON,M.R., M.R.WILLIG & J.K.JONES, JR. 1989. Sturnira lilium. MamGANN malian Species,

GAR

world family Phyllostomatidae. Part II, Special

GREE

Lonchophyllini (Phyllostomidae: Glossophaginae) from northeastern

GRIZ

ressos e perspectivas. In: TABARELLI- M. & J. S. M. SILVA (Orgs.). Diagnóstico da

ARRISON, D.L. 1975. Macrophyllum macrophyllum. Mammalian Species, Washington,

HOO

s.

Washington, 333: 1-5, 4 figs.

DNER, A. L. 1977. Feeding habits, p.293-350. In: R.J. BAKER; J. K. JONES & D.C. CARTER

(Eds.).Biology of bats of the new

Publications of the Museum, Texas Tech University, Lubbock, Texas, 13, 364p.

NHALL, A. M., U. SCHIMIDT & G. JOERMANN. 1984. Diphylla ecaudata. Mammalian

Species, Washington, 227: 1-3, 4 figs

GREGORIN, R. & A. D. DITCHFIELD.2005.New Genus and Species of nectar-feeding bat in

the tribe

Brazil. Journal of Mammalogy, Lawrence, 86 (2): 403-414.

, L. M., I. C. MACHADO, M. TABARELLI. 2002. Ecologia de dispersão de sementes:

prog

Biodiversidade de Pernambuco, Recife: Secretaria de Ciência, Teconologia e Meio

Ambiente, 1 (37): 597-608.

GUERRA, D.Q.1980 a. Peropterys (Peronymus) leucopterus Peters, 1867, no NE do

Brasil: (Chiroptera, Emballonuridae). Revista Nordestina de Biologia, João Pessoa,

3 (especial):137-139.

GUERRA, D.Q.1980 b. Registro adicional de Phylloderma stenops Peters, 1865

(Chiroptera: Phyllostomidae) para o Brasil. Revista Nordestina de Biologia, João

Pessoa, 3 (especial): 141-143

H

62: 1-3, 4 figs.

DS, C.S. & J. KNOX JONES, JR. 1984. Noctilio leporinus. Mammalian Species,

Washington, 216: 1-7, 6 fig

Page 90: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

88

S, J.K., JR., & D.C.CARTER. 19JONE 76. Annotated checklist with keys to subfamilies and

JONE

LAV José, v.10/11: 77-83.

MAC

-563. In: Leal, Tabarelli & Silva (orgs.). Ecologia e

MAR

preliminary assessment. Annals of Carnegie Museum of

MAR

optera), with some phylogenetic inferences. Boletim

MED . Chrotopterus auritus. Mammalian Species, Washington, 343: 1-

New World family Phyllostomatidae part. I. Special Publications of the Museum,

Texas Tech University, Lubbock, Texas, 40, 218 p.

S, J. K. JR., & C. S. HOOD. 1993. Synopsis of South American bats of the Family

Emballonuridae. Occasional Papers the Museum Texas Tech University,

Lubbock, Texas, 155: 1-32.

KOOPMAN, K. F. 1981. The distributional patterns of New World nectar-feeding bats.

Annals of the Missouri Botanical Garden, Missouri, 68: 352-369.

AL, R.K. 1977. Notes on some Costa Rican bats. Brenesia, San

LOPEZ-GONZÀLEZ, C. 1998. Micronycteris minuta. Mammalian Species, Washington,

583: 1-4, 3 figs.

HADO, I. C. & A. V. LOPES. 2003. Recursos florais e sistemas de polinização e

sexuais em caatinga, p. 515

conservação da caatinga, Recife, Editora UFPE, 804 p.

ES, M.A., M.R. WILLIG, K.E. STREILEN & T.E.LACHER, JR. 1981. The Mammals of

Northeastern Brazil: a

Natural History, Pittsburgh, 50 (4): 81-137.

QUES –AGUIAR. S.A. 1984. A systematic review of the large species of Artibeus

Leach, 1821 (Mammalia:Chir

do Museu Paraense Emilio Goeldi, série zoologia, 10 (1): 1-83.

ELLIN, R.A. 1989

5, 3 figs.

Page 91: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

89

TEIRO DA CRUZ, M. A. O., M. C. C. CABRAL, L. A. M. SILVA & M. L. C. B. CAMPELO.

2002. Diversidade da Mastofauna no Estado de

MON

Pernambuco, p. 557-579. in:

NOGU Observações sobre os hábitos de Rhynchonicteris naso

73-480.

hiroptera). Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão, Espírito

PERA

IMA ( Eds.). Mamíferos do

PERN

ia de Ciência, Tecnologia e Meio

POL,

Janeiro. Revista

REIS a da caatinga. Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio

de Janeiro, 48 (2): 325-335.

ANBORN, C. C. 1937. American bats of the subfamily Emballonurinae. Field Museum of

Natural History, Chicago, zoological series, 20: 321-354.

TABARELLI, M. & SILVA, J. M. C. (ORGS.). Diagnóstico da Biodiversidade de

Pernambuco, vol. 2,Recife, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente.

EIRA, M. R. & A. POL. 1998.

(Wied-Neuwied, 1820) e Noctilio albiventris Desmarest, 1818 (Mammalia,

Chiroptera). Revista Brasileira de Biologia, Rio de Janeiro, 58 (3): 4

PEDRO, W. A. & V. A. TADDEI. 1997. Taxonomic assemblage of bats from Panga

Reserva- southeastern Brazil: abundance patterns and trophic relations in the

Phyllostomidae (C

Santo, n.s., 6:3-21.

CCHI, A. L., I. P. LIMA, N. R. REIS & M. R. NOGUEIRA. 2006. Ordem Chiroptera, pp.

153-230. In: N. R. REIS, A.L. PERACCHI, W. PEDRO & I. P. L

Brasil. Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná.

AMBUCO. 2002. Ações e Áreas Prioritárias para a Conservação da

Biodiversidade em Pernambuco. Secretar

Ambiente, Recife.

A. M. R. NOGUEIRA & A. L. PERACCHI. 2003. Primeiro registro da Família

Furipteridae (Mammalia, Chiroptera) para o Estado do Rio de

Brasileira de Zoologia, Curitiba, 20(3): 561-563.

, A. C. S. 1976. Clim

S

Page 92: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

90

MA, I. & TADDEI, V. A. 1976. A second brazilian record of the South American flat-

headed bat Neoplatymops mattogrossensis. Journal of Mammalogy, Lawrence,

57(4): 757-758.

SAZI

UIED A. STORTI FILHO. 1980. Aspectos da biologia do morcego

VIEIR do Brasil. Arquivos

VON

WILL . WILLIG & F. A. REID. 1995. Review of the Tonatia bidens

WILL microgeographic variation, and

Natural History, v. 23, p. 1-131

ILLIG, M. R. 1985 b. Reproductive patterns of bats from Caatingas and Cerrado biomes

of Northeast Brazil. Journal of Mammalogy, Lawrence, 66: 668-681.

SIMMONS, N. B. 1996. A new species of Micronycteris (Chiroptera: Phyllostomidae) from

northeastern Brazil, with comments on phyllogenetic relationships. American

Museum Novitates, New York, 3158: 1-34, 9 figs, 6 tables.

SIMMONS, N. B. 2005. Order Chiroptera, p. 312-529. In: D. E. WILSON & D. M. REEDER (eds.).

Mammal Species of the world: a taxonomic and geographic reference, vol.1,

Third edition, Johns Hopkins University Press, Baltimore, Maryland, 743 p.

A, W., I. SAZIMA &

Furipterus horrens (Mammalia, Chiroptera, Furipteridae). Revista Brasileira de

Biologia, Rio de Janeiro, 40 (1): 59-66.

A, C. O. DA C. 1942. Ensaio Monográfico sobre os quirópteros

de Zoologia do Estado de São Paulo, São Paulo, vol.III, art.VIII: 219-471.

HOF, M. J. 2000. Rhogeessa túmida. Mammalian Species, Washington, 633: 1-3.

IAMS, S. L., M. R

complex (Mammalia: Chiroptera) with descriptions of two new subspecies. Journal

of Mammalogy, Lawrence, 76 (2): 612-626.

IG, M. R. & M. A. MARES. 1983. Composition,

sexual dimorphism in caatingas and Cerrado bat communities from Northeast Brazil.

Bulletin Carnegie Museum

WILLIG, M. R. 1985 a. Reproductive activity of female bats from Northeast Brazil. Bat

Research News, New York, 26 (2):17-20.

W

Page 93: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

91

IG, M. R. & J. K. JONES, JR. 1985. Neoplatymops mattogrossensis. Mammalian

Species, Washin

WILL

gton, 244: 1-3,3 figs.

WILL ga: an update lis and

WILS World

YEE. mmalian Species, Washington, 643: 1-4,3

WILLIG, M. R. & R. R. HOLLANDER. 1987. Vampyrops lineatus. Mammalian Species,

Washington, 275: 1-4- 4 figs.

IG, M. R. & M.A. MARES. 1989. Mammals from the caatin

summary of recent research. Revista Brasileira de Biologia. Rio de Janeiro, 49

(2): 361-367.

ON, D. E. 1979. Reproductive patterns, p.317-378. In: Biology of the New

Família Phyllostomatidae, part III. Special Publications of the Museum Texas,

Tech University, Lubbock, Texas,16, 441p.

D. A. 2000. Peropteryx macrotis. Ma

figs.

Page 94: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

92

ANEXOS

Page 95: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

93

INFORMAÇÕES GERAIS

A Revista Brasileira de Zoologia, órgão da Sociedade Brasileira de Zoologia (SBZ), destina-se a publicar artigos científicos originais em Zoologia de eus sócios. Todos os autores deverão ser sócios e estarem quites com a

tesouraria, para poder publicar na Revista.

Artigos redigidos em outro idioma que não o português, inglês ou espanhol oderão ser aceitos, a critério da Comissão Editorial.

MANUSCRITOS

s

p

Devem ser acompanhados por carta de concessão de direitos autorais e anuência, modelo disponível no site da SBZ, assinada por todos os autores. Os

rtigos devem ser enviados em três vias impressas e em mídia digital, disquete ou CD, em um único arquivo no formato PDF, incluindo as figuras e tabelas. O

xto deverá ser digitado em espaço duplo, com margens esquerda e direita de 3 cm, alinhado à esquerda e suas páginas devidamente numeradas. A página de

sto deve conter: 1) título do artigo, mencionando o(s) nome(s) da(s) categoria(s) superior(es) à qual o(s) animal(ais) pertence(m); 2) nome(s) do(s) autor(es) com endereço(s) c clusivo para recebimento de correspondências, e com respe os arábicos para remissões; 3) resumo em inglês, incluindo o título do artigo se o mesmo for em outro idioma; 4)

alavras-chave em inglês, no máximo cinco, em ordem alfabética e diferentes daquelas utilizadas no título; 5) resumo e palavras-chave na mesma língua do rtigo, ou em português se o artigo for em inglês, e equivalentes às do resumo

em inglês. O conjunto de informações dos itens 1 a 5 não deve exceder a 3500 aracteres considerando-se espaços.

Os nomes de gênero(s) e espécie(s) são os únicos do texto em itálico. A primeira citação de um taxa no texto, deve vir acompanhada do nome científico or extenso, com autor e data, e família.

Citações bibliográficas devem ser feitas em caixa alta reduzida (VERSALETE) e da seguinte forma: SMITH (1990), SMITH (1990: 128), LENT &

URBERG (1965), GUIMARÃES et al. (1983), artigos de um mesmo autor ou seqüências de citações devem ser arrolados em ordem cronológica.

ILUSTRAÇÕES E TABELAS

a

te

ro

ompleto(s), exctivos algarism

p

a

c

p

J

Fotografias, desenhos, gráficos e mapas serão denominados figuras. esenhos e mapas devem ser feitos a traço de nanquim ou similar. Fotografias

devem ser nítidas e contrastadas e não misturadas com desenhos. A relação de manho da figura, quando necessária, deve ser apresentada em escala vertical

ou horizontal.

As figuras devem estar numeradas com algarismos arábicos, no canto

D

ta

Page 96: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

94

inferior direito e chamadas no texto em ordem crescente, devidamente

tadas logo após à última referência bibliográfica da seção Referências Bibliográficas, sendo para cada conjunto um

Gráficos gerados por programas de computador, devem ser inseridos como figura no final do texto, , ou enviados em arquivo em separado. Na composição dos gráficos usar fonte Arial. Não utilizar caixas de

i

identificadas no verso, obedecendo a proporcionalidade do espelho (17,0 x 21,0 cm) ou da coluna (8,3 x 21,0 cm) com reserva para a legenda.

Legendas de figuras devem ser digi

parágrafo distinto.

após as tabelas

texto.

Figuras em formato digital devem ser enviadas em arquivos separados, no formato TIF com compactação LZW. No momento da digitalização utilizar as seguintes definições mínimas de resolução: 300 ppp para fotos coloridas ou em tons de cinza; 600 ppp para desenhos a traço. Não enviar desenhos e fotos originais quando da submissão do manuscrito, se necessár o, serão solicitados a posteriori.

Tabelas devem ser geradas a partir dos recursos de tabela do editor de texto utilizado, numeradas com algarismos romanos e inseridas após a última legenda de figura. O cabeçalho de cada tabela deve constar junto à respectiva tabela.

Figuras coloridas poderão ser publicadas com a diferença dos encargos custeada pelo(s) autor(es).

AGRADECIMENTOS

Agradecimentos, indicações de financiamento e menções de vínculos institucionais devem ser relacionados antes do item Referências Bibliográficas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

As Referências Bibliográficas, mencionadas no texto, devem ser arroladas no final do trabalho, como nos exemplos abaixo.

Periódicos devem ser citados com o nome completo, por extenso, indicando a cidade onde foi editado.

Não serão aceitas referências de artigos não publicados (ICZN, Art. 9).

Periódicos

NOGUEIRA, M.R.; A.L. PERACCHI & A. POL. 2002. Notes on the lesser white-lined bat, Saccopteryx leptura (Schreber) (Chiroptera, Emballonuridae), from

Page 97: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

95

LENT, H. & J. JURBERG. 1980. Comentários sobre a genitália externa masculina

SMITH, D.R. 1990. A synopsis of the sawflies (Hymenoptera, Symphita) of

southeastern Brazil. Revista Brasileira de Zoologia 19 (4): 1123-1130.

em Triatoma Laporte, 1832 (Hemiptera, Reduviidae). Revista Brasileira de Biologia 40 (3): 611-627.

America South of the United States: Pergidae. Revista Brasileira de Entomologia 34 (1): 7-200.

Livros

HENNIG, W. 1981. Insect phylogeny. Chichester, John Wiley, XX+514p.

Capítulo de livro

HULL, D.L. 1974. Darwinism and historiography, p. 388-402. In: T.F. GLICK (Ed.). The comparative reception of Darwinism. Austin, University of Texas, IV+505p.

Publicações eletrônicas

MARINONI, L. 1997. Sciomyzidae. In: A. SOLIS (Ed.). Las Familias de insectos de Costa Rica. Available in the World Wide Web at: http://www.inbio.ac.cr/papers/insectoscr/Texto630.html [data de acesso].

ENCAMINHAMENTO

Os artigos enviados à RBZ serão protocolados e encaminhados para consultores. As cópias do artigo, com os pareceres emitidos serão devolvidos ao

identificado, deverão retornar à RBZ. Alterações ou acréscimos aos artigos após esta fase poderão ser etronicamente ao autor correspondente.

autor correspondente para considerar as sugestões. Estas cópias juntamente com a versão corrigida do artigo impressa e o respectivo disquete, devidamente

recusados. Provas serão enviadas el

SEPARATAS

Todos os artigos serão reproduzidos em 50 separatas, e enviadas gratuitamente ao autor correspondente. Tiragem maior poderá ser atendida, mediante prévio acerto de custos com o editor.

EXEMPLARES TESTEMUNHA

Quando apropriado, o manuscrito deve mencionar a coleção da instituição onde podem ser encontrados os exemplares que documentam a identificação taxonômica.

Page 98: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

96

RESPONSABILIDADE

O teor gramatical, independente de idioma, e científico dos artigos é de inteira responsabilidade do(s) autor(es).

GENERAL INFORMATION

The Revista Brasileira de Zoologia, the journal of the Sociedade Brade Zoologia (SBZ), is intended to publish original scientific articles on Zoology,

sileira

embers who are current in their annual dues. All authors must

MANUSCRIPTS

authored by SBZ mbe SBZ members.

Manuscripts prepared in a language other than Portuguese, Spanish or English may be accepted with the approval of the Editorial Board.

Three copies of the manuscript along with the illustrations and tablesshould be sent to the Editor in paper and in digital form as a PDF file inthe figures and tables. The manuscript must be typed double-spaced, the right

cluding

and left margins with 3 cm, left-justified on consecutively numbered pages. The front page must include: 1) the title of the article including the name(s) of the

the

he annot exceed 3,500 characters including

the spaces.

he first its

Bibliographical ref all capitals, as follows: SMITH (1990), (SMITH 1 T & JURBERG (1965),

ILLUSTRATIONS AND TABLES

higher taxonomic category(ies) of the animals treated; 2) the name(s) ofauthor(s) with their complete addresses for correspondence only, numbered in Arabic numerals as referenced in the footnote; 3) an abstract in English, including the title of the article if it is in another language; 4) up to five key words in English, in alphabetical order and different of those words used in the title; 5) an abstract and key words in same language of the article, or in Portuguese if the article is in English, and equivalent to those used in the English abstract. Ttotal information on the items 1 to 5 c

Only the names of genera and species should be typed in italics. Tcitation of an animal or plant taxon in the text must be accompanied byauthor’s name in full, the date (of plants, if possible) and the family.

erences should be typed in sm990), SMITH (1990: 128), LEN

GUIMARÃES et al. (1983). Articles by the same author or sequences of citations should be in chronological order.

Photographs, line drawings, graphs and maps should be termed figures. Drawings and maps should be prepared with India ink or similar dense black inPhotos must be clear and have good contrast. Do not combine photos and

k.

Page 99: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

97

e bars.

Each figure must be numbered in Arabic numerals in the lower right corner and labeled on the back with its number, the author’s name, and the title of the article; also indicate which isillustrations, authors shou rnal has a matter size of

Computer-generated graphs should be inserted as separate figures at the end of the text, following the t d in a separate electronic file

drawings in the same figure. The size of an illustration, if necessary, should bindicated using horizontal or vertical scale

the to of the figure. When preparing the ld bear in mind that the jou

p

17.0 by 21.0 cm and a column size of 8,3 by 21,0 cm including space for captions. If possible, original figures should be no larger than legal or A4 paper. Figures must be referred to in numerical sequence in the text; indicate the approximate placement of each figure in the margins of the manuscript.

Captions of the figures should be typewritten right after the References. Use a separate paragraph for the caption of each figure or group of figures.

ables or submitteusing the font Arial. Do not use text boxes in the figure composition.

Illustrations must be saved and sent as separate TIFF files with LZW compression. Required final resolutions is 300 for half-tone or color photos, and 600 dpi for line art. Do not send original drawings or photos when submitting the manuscript.

Tables should be generated by the table function of the word-processing program being used, numbered in Roman numerals and inserted after the list of figures captions.

Color figures can be published if the additional cost is borne by the author.

ACKNOWLEDGEMENTS

Acknowledgements, sources of financial support and mention of institutional affiliations should precede the References.

REFERENCES

The References cited in the text should be listed at the end of the manuscript, according to the examples below.

The title of each periodical must be complete, without abbreviations, and followed by the city of publication.

References to unpublished papers will not be accepted (ICZN, Art. 9).

Periodicals

NOGUEIRA, M.R.; A.L. PERACCHI & A. POL. 2002. Notes on the lesser white

Page 100: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

98

lined bat, Saccopteryx leptura (Schreber) (Chiroptera, Emballonuridae), from

phita) of America South of the United States: Pergidae. Revista Brasileira de

Books

southeastern Brazil. Revista Brasileira de Zoologia 19 (4): 1123-1130.

LENT, H. & J. JURBERG. 1980. Comentários sobre a genitália externa masculina em Triatoma Laporte, 1832 (Hemiptera, Reduviidae). RevistaBrasileira de Biologia 40 (3): 611-627.

SMITH, D.R. 1990. A synopsis of the sawflies (Hymenoptera, Sym

Entomologia 34 (1): 7-200.

HENNIG, W. 1981. Insect phylogeny. Chichester, John Wiley, XX+514p.

Chapter of book

HULL, D.L. 1974. Darwinism and historiography, p. 388-402. In: T.F. GLICK (Ed.). The comparative reception of Darwinism. Austin, University of Texas, IV+505p.

Electronic resources

MARINONI, L. 1997. Sciomyzidae. In: A. SOLIS (Ed.). Las Familias de insectos de Costa Rica. Available in the World Wide Web at: http://www.inbio.ac.cr/papers/insectoscr/Texto630.html [date of access].

PROCEDURES

Manuscripts submitted to the RBZ will be registered and sent to appropriate referees. The copies of the manuscript with the referees’ comments will be returned to the corresponding author for evaluation. These copies, together with the corrected vers pective files, properly identified, must be returned to the Editor. Later changes or additions to the manuscript may

REPRINTS

ion and the res

be rejected. Electronic proofs will be e-mailed to the corresponding author.

For each article, 50 reprints will be sent free of charge to the corresponding author. Additional reprints can be requested by previous

VOUCHER SPECIMENS

agreement with the Editor, who will calculate the charges.

The manuscript should mention the museum or institution where the specimens are deposited, when appropriate, as proof of the validity of the taxonomic identification.

Page 101: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

99

RESPONSIBILITY

The author or authors are fully responsible for the scientific content and grammar of the article, whatever the language in which it is written.

Page 102: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

100

MUNICIPIOS COORDENADAS LOCALIDADE

Tabela 01 - Lista das Localidades de Coleta.

1 - Água Preta (8° 42’ 27” LS, 35° 31’ 50” W) • Fazenda Camarão 2 - Arcoverde (8° 25’ 08” LS, 37° 03’ 14” W) • Estação do Ipa

• Mimoso 3 - Barra de Guabiraba (8° 25’ 12” LS, 35° 39’ 29” W) 4 – Belo Jardim (8° 20’ 08” LS, 36° 25’ 27” W) 5 – Bodocó (7° 46’ 42” LS, 39° 56’ 28” W) • Engenho Caiongo 6 – Brejo da Madre de Deus (8° 08’ 45” LS, 36° 22’ 16” W) • Sitio Bituri

• Pedra do Caboclo, Barra do Farias

7 – Buique (8° 37’ 23” LS, 39° 09’ 21” W) • Furna do Gato, Serra do Catimbau

• Brejo de São José 8 - Camaragibe (8° 01’ 18” LS, 34° 58’ 52” W) • Rio Flamengo

• Granja de são Vicente, Aldeia

9 – Caruaru (8° 17’ 00” LS, 35° 58’ 34” W) • Fazenda Caruaru (= Brejo dos Cavalos, = Serra dos Cavalos, Pq. Mun. Vasc. Sobrinho)

• Sitio Vasco 10 – Cabo de Santo Agostinho

(8° 17’ 12” LS, 35° 02’ 06” W) • Eng. Sto. Estevão, Pte. Dos Carvalhos

• Em. Compota. Pte. Dos Carvalhos

• Eng. Caiongo, Pte dos Carvalhos

11 – Escada (8° 21’ 33” LS, 35° 13’ 25” W) • Eng. Conceição 12 – Exu (7° 30’ 43” LS, 39° 43’ 27” W) • Escola Agrícola de

Exu • Fazenda Mangueira (=

Sitio Mangueiras) • Serrota da Guitadeira

(= Sitio da Gritadeira) 13 – Floresta dos Navios (8° 36’ 04” LS, 38° 34’ 07” W) • Rio Pajeu 14 - Ibimirim (8° 32’ 26” LS, 37° 41’ 25” W) • Fazenda Melancia 15 – Igarassu (7° 50’ 03” LS, 3° 54’ 23” W) • Refugio Ecológico

Charles Darwin • Eng. Monjope • Ilha de Itamaracá • Eng. Amparo, Ilha de

Itamaracá 16 – Inajá (8° 54’ 06” LS, 37° 49’ 26” W) • REBIO da Serra

Negra

Page 103: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

101 abela 01 - Lista das Localidades de Coleta. Continuação

LO

T

MUNICIPIOS COORDENADAS CALIDADE 17 – Lagoa dos Gatos (8° 39’ 30” LS, 35° 54’ 00” W) • Eng. Alecrim 18 – Moreno (8° 07’ 07” LS, 35° 05’ 32” W) Toró

o

22 – Paulista (7° 56’ 27” LS, 34° 52’ 23” W) caliptos

23 – Pedra (8° 29’ 49” LS, 36° 56’ 27” W) • grosa

aparica

25 – Recife

(8° 03’ 14” LS, 34° 52’ 52” W)

• • •

o

26 – Rio Formoso (8° 39’ 49” LS, 35° 09’ 31” W)

28 – São Lourenço da Mata

(8° 00’ 08” LS, 35° 01’ 06” W)

32 -Timbauba (7° 30’ 19” LS, 35° 19’ 06” W)

ços,

a 34 – Vicência (7° 39’ 25” LS, 35° 19’ 36” W) • ndiá

• Eng. Suruagi • Sitio Umbuzinho

35 – Orocó (8° 37’ 12” LS, 39° 36’ 06” W)

• Mata do 19 – Olinda (8° 00’ 32” LS, 34° 51’ 19” W) 20 – Panelas (8° 39’ 49” LS, 36° 00’ 21” W) 21 - Paudalh (7° 53’ 48” LS, 35° 10’ 47” W) • Mata de São João • Mata dos Eu

• Reserva Ecológica de Caetés

• Praia da Enseadinha Fazenda Mila

• Área de Enchimento 24 - Petrolândia (8° 58’ 45” LS, 38° 13’ 10” W) da Barragem It

• Boa Viagem Bongi

• Casa Forte Cid. Universitária Cordeiro Mata do Curado

• Linha do Tir• Madalena

Várzea • • Mata de Dois Irmãos

REBIO (EFLE• X) de Saltinho Eng. Tinoco •

• Serra do Tambor27 - Salgueiro (8° 04’ 27” LS, 39° 07’ 39” W) il • Estação Ecológica do

Tapa

curá • Aldeia • Pau Ferro • Usina Tiuma

29 – Serra Talhada 30 - Sertânia

(7° 59’ 31” LS, 38° 17’ 54” W) (8° 04’ 25” LS, 37° 15’ 52” W)

• Fazenda Cachoeira• Sitio São Paulo • Eng. Bom Jardim

31 - Sirinhaém (8° 35’ 27” LS, 35° 06’ 58” W)

• Usina Cruangi• Eng. Três Po

Usina N. S. Lurdes • Eng. Pindoba, Usina

N. S. Lurdes • Pedra dos Pontais

Eng. Ju33 - Toritam (8° 00’ 24” LS, 36° 03’ 24” W)

Page 104: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

102 2 - Registro de Ocorrência das Espécies nas diversas Regiões

itogeogr = Mat A = Agreste;

ie A C B

Tabela 0F áficas de Pernambuco (M a tlântica; A

C = Caatinga e B = Brejo). Espéc M Família EMBALLONU RIDAE Centronycteris maximil

rus albus eryx kappleri

Peropteryx leucoptera X

teryx macrotis conycteris naso X

yx bilineata

Família PHYLLOSTO IDAE Desmodus rotundus X X XDiaemus youngi X Diphylla ecaudata X X XAnoura geoffroyi X

roniscus minor Glossophaga soricina X X XXeronycteris vieirai X Lanchophylla mordax X X

s auritus Lanchorhina aurita X Lophostoma brasiliense X

oma silvicolum Macrophyllum macrophyllum X Micronycteris magalotis X X X

uta X teris sanborni X

Micronycteris schmiditorum X latum X

derma stenops mus discolor X mus elongatus

omus hastatus Tonatia saurophila X XTrachops cirrhosus X X XCarollia brevicauda X

perspicillata X Xhylla pumilio

Sturnira lilium X X Artibeus cinereus X X

eus jamaicensis X X X Artibeus lituratus X X X Artibeus obscurus X X Chiroderma doriae X Chiroderma villosum X Platyrrhynus lineatus X X X X Platyrrhynus recifinus X X

iani X DicliduPeropt

X X

PeropRhyn

X X

SaccopterSaccopteryx leptura

X X

M X

Choe X X X

Chrotopteru X X

X Lophost X

X

Micronycteris min X Micronyc

Mimon crenu

X Phyllo X PhyllostoPhyllosto

X X

X

Phyllost X X

Carollia X X Rhinop X

X X

Artib X

Page 105: CHIROPTERA DE PERNAMBUCO: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS BIOLÓGICOS€¦ · Eumops auripendulus (Schaw, 1800) 64 Eumops glaucinus (Wagner, 1843) 65 Molossops mattogrossensis Vieira, 1942

Guerra, D.Q. Chiroptera de Pernambuco _________________________________________________________________

10Registro de Ocorrência das Espécies nas diversas Regiões

Fitogeográficas de Pernambuco (M = M

3 Tabela 02 -

ata Atlântica; A = Agreste; C = Caatinga e B = Brejo). Continuação

Espécies M A C BFamília MORMOOPIDAE Pteronotus davyi X

s

IDAE

s AE

s

nsis ii

ONIDAE

Pteronotus gimnonotu Pteronotus personatus X Família NATALIDAE Natalus stramineus X Família NOCTILIONIDAE Noctilio albiventris X Noctilio leporinus X X X Família FURIPTER Furipterus horren X X Família MOLOSSID Cynomops planirostris X X Eumopis auripendulu X Eumops glaucinus X X Molossops matogrosse X Molossops temminck X Molossus molossus X X Molossus rufus X X Nyctinomops laticaudatus X Promops sp. X Família VESPERTILI Eptesicus furinalis X Lasiurus ega X X Lasiurus egregius X XRhogeessa tumida X X X X Myotis nigricans X X X X Myotis riparius X X Myotis ruber X