bibliologia – liÇÃo 1 o significado da bíblia como livro religioso

13

Upload: marden-italiano-correa

Post on 21-Jul-2015

160 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Não encontramos o vocábulo “Bíblia” no texto das Sagradas Escrituras. Esse nome provém do grego, tendo como origem o termo “papiro”. A forma de escrita mais disseminada na Antigüidade era com o uso do papiro. Por sua vez, os gregos chamavam o papiro de biblos, um rolo de papiro era um bíblion e vários destes era uma “bíblia” ou livro. A palavra “bíblia” significa, assim, “livros pequenos” ou “coleção de livros pequenos”. Grande parte dos escritos sagrados nas sinagogas era escrita em papiro (Lc 4.17).

TRANSCRIPT

APRESENTAO DA MATRIABBLIA - O LIVRO No encontramos o vocbulo Bblia no texto das Sagradas Escrituras. Esse nome provm do grego, tendo como origem o termo papiro. A forma de escrita mais disseminada na Antigidade era com o uso do papiro. Por sua vez, os gregos chamavam o papiro de biblos, um rolo de papiro era um bblion e vrios destes era uma bblia ou livro. A palavra bblia significa, assim, livros pequenos ou coleo de livros pequenos. Grande parte dos escritos sagrados nas sinagogas era escrita em papiro (Lc 4.17). O papiro foi um dos principais materiais usados para escrever os manuscritos bblicos. O centro da indstria do papiro era o Egito, onde teve incio a sua utilizao. Antes do surgimento dos equipamentos grficos os livros eram escritos a mo, em forma de rolos, em materiais como o papiro ou pergaminho. O papiro era uma planta que crescia junto aos rios. A entrecasca, depois beneficiada, formava rolos de grande extenso, permitindo a escrita. A Bblia menciona o papiro diversas vezes: Ex 2.3; J 8.11; Is 18.2. Em algumas passagens, a Bblia menciona junco, no lugar do papiro. Na verdade, o papiro era extrado de uma espcie de junco gigante. A palavra papel tambm derivada de papiro. O uso desse material data do ano 3 mil antes de Cristo

BIBLIOLOGIA A disciplina Bibliologia - Estudo sobre a Palavra de Deus, tambm conhecida como Isagoge (termo grego que significa conduzir para dentro), e tem como objetivo introduzir o estudante nos mistrios revelados pelo Senhor Deus atravs das Sagradas Escrituras. Dessa forma, Bibliologia o estudo dos assuntos inerentes Bblia. Essa matria auxilia o estudante a desvendar a Palavra de Deus, a obter compreenso sobre a Bblia e, indispensvel a qualquer rea da Teologia, elucidando inumerveis fatos bblicos. Um dos pontos mais importantes da Bibliologia o estudo do milagre bblico, ou seja, a forma impressionante com que os textos foram escritos, preservados e trazidos at os tempos atuais. Http://pt.wikiversity.org/wiki/Bibliologia_(Evang%C3%A9lica_Pentecostal)

1) A REVELAO 1) A posio agnstica: nega a revelao porque nega a possibilidade do homem conhecer a Deus. Dizem eles: Deus infinito e o homem finito. O finito no pode conhecer o infinito. O agnstico duvida da possibilidade desse conhecimento.

2) A posio desta: que aceita a revelao, mas s a revelao natural. Os destas crem em Deus, mas s atravs da observao da natureza. Eles no aceitam a revelao pessoal que Deus se comunica pessoalmente com os homens. 3) A posio testa: aceita a revelao natural e pessoal. Os testas crem em um Deus pessoal, que se comunica pessoalmente com os homens.

1) A REVELAO A segunda questo: como Deus se revela? H duas maneiras de Deus se d a conhecer aos homens: 1) Atravs da natureza; 2) Atravs de pessoas ou pessoal. Como os testas aceitam as duas formas de revelao, vejamos sua base bblica: 1) Revelao natural - Sl 19.1-6; 2) Revelao pessoal - Dn 2.22; Hb 1.1,2. Pela revelao pessoal Deus se comunica com a mente do homem para transmitir-lhe instrues sobre fatos que esto acontecendo ou que esto por acontecer. A revelao pessoal sempre feita mente do homem, atravs de vises ou de sonhos (Nm 12.6). As vises acontecem quando o profeta est acordado. Ele pode ter um arrebatamento de sentido, um xtase, e as imagens acontecero inconscientemente em sua mente, por uma revelao subjetiva (Gn 15.1-21; Gn 2; Ez 37.1; At 10.10; 2Co 12.2; Ap 1.10) ou pode ter uma viso objetiva consciente (Gn 12.7-17; x 3.1-3; 1Sm 3.1-12). A viso objetiva tem o nome especial de teofania (apario divina). Os sonhos acontecem quando a pessoa est dormindo (Gn 28.10-17; Mt 1.19-24). O sonho era to impressivo que a pessoa ao acordar, tinha plena convico de que Deus havia falado com ela.

2) A ORIGEM Os fatos da revelao e da inspirao so produzidos por Deus. Sempre que afirmamos a origem divina da Bblia, nos defrontamos com duas naturais objees: 1. O papel aceita tudo; 2. A Bblia foi escrita por homens. A primeira objeo primria posto que aceit-la equivaleria a no dar crdito a nenhum documento escrito. Isto um absurdo.

2) A ORIGEM A segunda objeo merece considerao adequada. A Bblia no esconde o fato de que homens tenham participado de sua elaborao. Tanto que em cada livro procura-se identificar o autor, quando isso possvel. Mas h que se distinguir autor material (que escreve), autor intelectual (que mentalmente produz) e autor espiritual (que espiritualmente atua sobre a produo). Jeremias, Paulo e outros no foram autores materiais de suas obras porque valiam-se de amanuenses. E, embora havendo autores intelectuais, existia um autor espiritual que os inspiravam: Deus. Apesar dos autores intelectuais, essas obras no saram de suas cabeas. Foram concebidas, reveladas e inspiradas por Deus. S assim tem explicao a unidade, a preservao e a eficcia e propsitos da Bblia. Vejamos:

2) A ORIGEM 1) Unidade - Escrita por mais de quarenta autores, das mais variadas culturas, posies sociais, situaes geogrficas e contextos histricos, a Bblia apresenta-se como se fosse escrita por uma s pessoa, tal a unidade do contedo de suas pginas. 2) Preservao - Escrita a milhares de anos, combatida, perseguida, proibida e queimada, a Bblia milagrosamente atravessa os tempos e chega at ns. Civilizaes passaram, culturas, monumentos, imprios desapareceram, mas a Bblia a est firme como a rocha, e atual como o sol de cada dia. Ao afirmar que a despeito das adversidades, h algum interessado em seu destino, que a arrebata de todas as provaes. 3) Eficcia de propsitos - O propsito supremo de Deus, revelado na Bblia capacitar o homem para desfrutar da convivncia espiritual eterna com Ele. Esse propsito alcanado na experincia de converso dos homens e nos frutos espirituais de suas vidas em comunho com Deus. Ningum melhor do que o homem convertido para testar da eficcia de propsito da Bblia.

3) A SUFICINCIA A Bblia pelo que contm, absolutamente suficiente em seus aspectos teolgicos. certo que nem tudo foi escrito, muitas revelaes de Deus foram apenas faladas. H vrios profetas mencionados na Bblia que tiveram revelaes, mas que nada sabemos de seus contedos. Eles no as escreveram. Tais escritos no chegaram at ns. Diante desses fatos, como podemos entender que a Bblia suficiente? H dois textos que esclarecem isso: Joo 21.25; Joo 20.30,31. A mesma Bblia que se confessa incompleta, sustenta a sua suficincia. H duas posies extremadas sobre o assunto: 1) A igreja catlica romana, reconhecendo que a Bblia incompleta apela para a tradio, na suposio de que a poderia completar. 2) O Espiritismo, reconhecendo que a Bblia incompleta, apelou para a cincia. Ambas as posies so falsas porque no levam em considerao a auto-suficincia da Bblia.

4) A VERACIDADE A Bblia um livro que inspira absoluta confiana em seu contedo, pois o que nela est escrito a expresso genuna da verdade. A confiabilidade da Bblia no depende da avaliao de uma igreja ou de uma autoridade eclesistica. Esta decorre de seu prprio contedo. A Bblia merece f no s porque suas verdades podem ser comprovadas empiricamente, mas porque ela mesma estabelece os parmetros dessa comprovao, tornando-se autoverificvel. Vale dizer que a Bblia oferece os padres de comprovao das verdades que ela mesma proclama. Nisto est a sua autoridade, a sua verdade. Eis a regra que a Bblia mesma oferece para seu auto-julgamento: 1) A Bblia ensina como identificar um falso profeta. 2) A Bblia foi escrita por profetas. 3) Aplique-se os ensinos sobre os falsos profetas contra os profetas da Bblia.

4) A VERACIDADE A regra lgica. Se a Bblia tem regras para julgar os falsos profetas, por ela podemos julgar os profetas da Bblia. E se eles no se enquadravam como falsos profetas, temos que aceit-los como verdadeiros e suas profecias como dgnas de toda aceitao. A Bblia oferece regras para o julgamento dos falsos profetas em trs reas: proftica, doutrinria e moral. Prova proftica - Dt 18.20-22; Prova doutrinaria - Dt 13.1-4; Prova Moral - Jr 3.16,17 Aplicando a regra anterior a essas provas, veremos que os profetas da Bblia passam admiravelmente por elas. Guardadas as propores de linguagens, a Bblia veraz, no s nas questes teolgicas, mas tambm nas histricas, geogrficas, etnolgicas, astronmicas, etc.

5) A OBJETIVIDADE O objetivo da Bblia espiritual. Ela visa revelar ao homem os meios de alcanar a salvao e a vida eterna. A Bblia um livro essencialmente religioso e sua finalidade espiritual. Embora contenha verdades cientficas, no ela um livro de cincias. E para a sua finalidade, nenhum outro livro a substitui (2Tm 3.14-17; Rm 15.4).

Referencial Terico e Bibliogrfico Bblia Sagrada : Antigo e Novo Testamento So Paulo: Editora Vida, 2005. Almeida Edio Contempornea. Curso Bsico de Teologia: Metodologia de Estudos Bblicos & Bibliologia. Seminrio Teolgico da IDPB Ministrio de Educao Teolgica MET. Http://pt.wikiversity.org/wiki/Bibliologia_(Eva ng%C3%A9lica_Pentecostal)