belo horizonte - lei 7166, de 27/08/96

34
LEI Nº 7.166, DE 27 DE AGOSTO DE 1996 Regulamentada pelo Decreto nº 9.064, de 26/12/1996 Regulamentada pelo Decreto nº 9.065, de 26/12/1996 Estabelece normas e condições para parcelamento, ocupação e uso do solo urbano no município. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - Esta Lei estabelece as normas e as condições para parcelamento, ocupação e uso do solo urbano no Município. Art. 2º - Estão sujeitas às disposições desta Lei: I - a execução de parcelamentos do solo; II - as obras de edificações, no que se refere aos parâmetros urbanísticos relacionados com coeficiente de aproveitamento do solo, quotas de terreno por unidade habitacional, taxa de ocupação, gabarito, taxa de permeabilização, afastamentos, altura na divisa, saliências e área de estacionamento; III - a localização de usos e o funcionamento de atividades. Art. 3º - As definições dos termos técnicos utilizados nesta Lei, ressalvadas as feitas em seu texto, são as constantes do Anexo I. CAPÍTULO II DO ZONEAMENTO Art. 4º - O território do Município é considerado área urbana, dividindo-se em zonas, de acordo com as diretrizes estabelecidas no Plano Diretor. Art. 5º - As zonas, diferenciadas segundo os potenciais de adensamento e as demandas de preservação e proteção ambiental, histórica, cultural, arqueológica ou paisagística, são as seguintes: I - Zona de Preservação Ambiental - ZPAM -; II - Zona de Proteção - ZP -; III - Zona de Adensamento Restrito - ZAR -; IV - Zona de Adensamento Preferencial - ZAP -; V - Zona Central - ZC -; VI - Zona Adensada - ZA -; VII - Zona de Especial Interesse Social - ZEIS -; VIII - Zona de Grandes Equipamentos - ZE. Art. 6º - São ZPAMs as regiões que, por suas características e pela tipicidade da vegetação, destinam-se à preservação e à recuperação de ecossistemas, visando a: I - garantir espaço para a manutenção da diversidade das espécies e propiciar refúgio à fauna; II - proteger as nascentes e as cabeceiras de cursos d'água; III - evitar riscos geológicos. Parágrafo único - É vedada a ocupação do solo nas ZPAMs, exceto por edificações destinadas exclusivamente ao seu serviço de apoio e manutenção. Art. 7º - São ZPs as regiões sujeitas a critérios urbanísticos especiais, que determinam a ocupação com baixa densidade e maior taxa de permeabilização, tendo em vista o interesse público na proteção ambiental e na preservação do patrimônio histórico, cultural, arqueológico ou paisagístico, e que se subdividem nas seguintes categorias: I - ZP-1, regiões, predominantemente desocupadas, de proteção ambiental e preservação do patrimônio histórico, cultural, arqueológico ou paisagístico ou em que haja risco geológico, nas quais a ocupação é permitida mediante condições especiais; II - ZP-2, regiões, predominantemente ocupadas, de proteção ambiental, histórica, cultural, arqueológica ou paisagística ou em que existam condições topográficas ou geológicas desfavoráveis, onde devem ser mantidos baixos índices de densidade demográfica;

Upload: tarcisio-gontijo-cunha

Post on 15-Jun-2015

1.541 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo de Belo Horizonte

TRANSCRIPT

Page 1: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

LEI Nº 7.166, DE 27 DE AGOSTO DE 1996Regulamentada pelo Decreto nº 9.064, de 26/12/1996Regulamentada pelo Decreto nº 9.065, de 26/12/1996

Estabelece normas e condições para parcelamento,ocupação e uso do solo urbano no município.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinteLei:

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Esta Lei estabelece as normas e as condições para parcelamento, ocupação e uso do solourbano no Município.

Art. 2º - Estão sujeitas às disposições desta Lei:I - a execução de parcelamentos do solo;II - as obras de edificações, no que se refere aos parâmetros urbanísticos relacionados comcoeficiente de aproveitamento do solo, quotas de terreno por unidade habitacional, taxa de ocupação,gabarito, taxa de permeabilização, afastamentos, altura na divisa, saliências e área deestacionamento;III - a localização de usos e o funcionamento de atividades.

Art. 3º - As definições dos termos técnicos utilizados nesta Lei, ressalvadas as feitas em seu texto,são as constantes do Anexo I.

CAPÍTULO IIDO ZONEAMENTO

Art. 4º - O território do Município é considerado área urbana, dividindo-se em zonas, de acordo comas diretrizes estabelecidas no Plano Diretor.

Art. 5º - As zonas, diferenciadas segundo os potenciais de adensamento e as demandas depreservação e proteção ambiental, histórica, cultural, arqueológica ou paisagística, são as seguintes:I - Zona de Preservação Ambiental - ZPAM -;II - Zona de Proteção - ZP -;III - Zona de Adensamento Restrito - ZAR -;IV - Zona de Adensamento Preferencial - ZAP -;V - Zona Central - ZC -;VI - Zona Adensada - ZA -;VII - Zona de Especial Interesse Social - ZEIS -;VIII - Zona de Grandes Equipamentos - ZE.

Art. 6º - São ZPAMs as regiões que, por suas características e pela tipicidade da vegetação,destinam-se à preservação e à recuperação de ecossistemas, visando a:I - garantir espaço para a manutenção da diversidade das espécies e propiciar refúgio à fauna;II - proteger as nascentes e as cabeceiras de cursos d'água;III - evitar riscos geológicos.

Parágrafo único - É vedada a ocupação do solo nas ZPAMs, exceto por edificações destinadasexclusivamente ao seu serviço de apoio e manutenção.

Art. 7º - São ZPs as regiões sujeitas a critérios urbanísticos especiais, que determinam a ocupaçãocom baixa densidade e maior taxa de permeabilização, tendo em vista o interesse público naproteção ambiental e na preservação do patrimônio histórico, cultural, arqueológico ou paisagístico, eque se subdividem nas seguintes categorias:I - ZP-1, regiões, predominantemente desocupadas, de proteção ambiental e preservação dopatrimônio histórico, cultural, arqueológico ou paisagístico ou em que haja risco geológico, nas quaisa ocupação é permitida mediante condições especiais;II - ZP-2, regiões, predominantemente ocupadas, de proteção ambiental, histórica, cultural,arqueológica ou paisagística ou em que existam condições topográficas ou geológicas desfavoráveis,onde devem ser mantidos baixos índices de densidade demográfica;

Page 2: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

III - ZP-3, regiões em processo de ocupação, que será controlado visando à proteção ambiental epreservação paisagística.

Parágrafo único - O parcelamento e a ocupação de área situada em ZP-1 estão sujeitos à aprovaçãodo Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMAM.

Art. 8º - São ZARs as regiões em que a ocupação é desestimulada, em razão de ausência oudeficiência de infra-estrutura de abastecimento de água ou de esgotamento sanitário, deprecariedade ou saturação da articulação viária interna ou externa ou de adversidade das condiçõestopográficas, e que se subdividem nas seguintes categorias:I - ZARs-1, regiões com articulação viária precária ou saturada, em que se faz necessário manterbaixa densidade demográfica;II - ZARs-2, regiões em que as condições de infra-estrutura e as topográficas ou de articulação viáriaexigem a restrição da ocupação.

Art. 9º - São ZAs as regiões nas quais o adensamento deve ser contido, por apresentarem altadensidade demográfica e intensa utilização da infra-estrutura urbana, de que resultam, sobretudo,problemas de fluidez do tráfego, principalmente nos corredores viários.

Art. 10 - São ZAPs as regiões passíveis de adensamento, em decorrência de condições favoráveis deinfra-estrutura e de topografia.

Art. 11 - São ZCs as regiões nas quais é permitido maior adensamento demográfico e maiorverticalização das edificações, em razão de infra-estrutura e topografia favoráveis e da configuraçãode centro, e que se subdividem em:I - ZHIP - Zona Hipercentral -;II - ZCBH - Zona Central de Belo Horizonte -;III - ZCBA - Zona Central do Barreiro -;IV - ZCVN - Zona Central de Venda Nova.

Art. 12 - São ZEISs as regiões nas quais há interesse público em ordenar a ocupação, por meio deurbanização e regularização fundiária, ou em implantar ou complementar programas habitacionais deinteresse social, e que se sujeitam a critérios especiais de parcelamento, ocupação e uso do solo,subdividindo-se nas seguintes categorias:I - ZEISs-1, regiões ocupadas desordenadamente por população de baixa renda, nas quais existeinteresse público em promover programas habitacionais de urbanização e regularização fundiária,urbanística e jurídica, visando à promoção da melhoria da qualidade de vida de seus habitantes e asua integração à malha urbana;II - ZEISs-2, regiões não edificadas, subutilizadas ou não utilizadas, nas quais há interesse públicoem promover programas habitacionais de produção de moradias, ou terrenos urbanizados deinteresse social;III - ZEISs-3, regiões edificadas em que o Executivo tenha implantado conjuntos habitacionais deinteresse social.

Art. 13 - São ZEs as regiões ocupadas por grandes equipamentos de interesse municipal ou a elesdestinadas.

§ 1º - A lei que estabelecer novas ZEs deve fixar os parâmetros urbanísticos a que estarão sujeitas.

§ 2º - Passam os terrenos de propriedade pública situados na ZE, quando alienados, a serclassificados sob o zoneamento que, dentre os lindeiros, ocupe maior extensão limítrofe.

Art. 14 - O Anexo II contém os limites das zonas previstas neste Capítulo.

§ 1º - Fica classificada como ZPAM a área - correspondente, em 14 de julho de 1992, ao ParqueMata das Borboletas - constituída pelos lotes nºs 36 a 39, 41, 43, 47 a 51, 53, 55 e 56 do quarteirão150 e 21 a 26 e 28 do quarteirão 151 do Bairro Sion, bem como os trechos de vias e logradourossituados entre eles.

§ 2º - Ficam classificadas como ZP-1 as áreas classificadas como ZPAMs que sejam de propriedadeparticular.

§ 3º - As áreas classificadas como ZE no Anexo II são destinadas, prioritariamente, a:

Page 3: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

I - pólo industrial, a do Serra Verde, localizada em Venda Nova e identificada às folhas 4 e 5;II - cemitério, a localizada entre a Via Norte e a Rua José da Costa Viana, na Região Norte,identificada à folha 9;III - aterro sanitário, a do Capitão Eduardo, localizada na Região Nordeste e identificada às folhas11 e 17;IV - aeroporto, a localizada na Região da Pampulha e identificada às folhas 14, 15, 21 e 22;V - terminal de carga, a localizada às margens da BR-262, próximo ao limite com o Município deSabará, na Região Nordeste, identificada à folha 17;VI - a localizada na Região da Pampulha e identificada às folhas 21 e 28:a) complexo esportivo, a das quadras 6948, 10005 e 3864;b) campus universitário, a das demais quadras;VII - terminal de passageiros, a localizada entre a BR-262 e o ribeirão do Onça, na área conhecidacomo São Gabriel, na Região Nordeste, identificada às folhas 22 e 23;VIII - pólo industrial, a localizada na área conhecida como Gorduras, na Região Nordeste, identificadaà folha 24;IX - aterro sanitário, a localizada à margem da BR-040, na Região Noroeste, identificada comoquadra 3326 às folhas 32, 33, 38 e 39;X - cemitério, a localizada na Região Noroeste e identificada como quadra 3905 à folha 34;XI - cemitério, a localizada na Região Noroeste e identificada como quadra 430 às folhas 34 e 35;XII - área de apoio ao sistema metro-ferroviário de transporte, a localizada na área conhecida comoHorto, na Região Leste, identificada à folha 36;XIII - pólo industrial, a localizada entre a BR-040 e a Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, naRegião Noroeste, identificada à folha 38;XIV - campus universitário, a localizada na Região Noroeste e identificada como quadra 4845 àfolha 39;XV - a localizada às margens da Avenida Amazonas, na Região Oeste, e identificada à folha 39:a) parque de exposição e centro de convenções, a da quadra 683;b) equipamentos institucionais diversos, a das demais quadras;XVI - terminal de passageiros, a localizada entre a linha do metrô e a Avenida Presidente JuscelinoKubitschek na Região Oeste, identificada à folha 40;XVII - quartel, a localizada na Região Oeste, identificada como quadra 1761 à folha 40;XVIII - cemitério, a localizada na Região Leste e identificada como quadra 4238 às folhas 42 e 43;XIX - cemitério, a localizada na Região Oeste e identificada como quadra 2237 à folha 45;XX - indústrias de grande porte, a localizada na Região do Barreiro e identificada às folhas 44, 45,51 e 52;XXI - terminal de carga, a localizada junto ao ramal ferroviário Ibirité - Águas Claras, na Região doBarreiro e identificada às folhas 58 e 59;XXII - quartel, a localizada na Região Centro-Sul, entre as ruas Juiz de Fora, Gonçalves Dias,Uberaba e Timbiras, identificada como quadra 1728 à folha 40;XXIII - estação de tratamento de esgotos, a localizada na margem direita do ribeirão do Onça, naRegião Nordeste, em área constante à folha 11;XXIV - parque e equipamentos de lazer, as localizadas entre as margens dos cursos d'água, aAvenida Presidente Juscelino Kubitschek e a BR-040, na quadra 397 da folha 38, quadrículas516/575, 516/576, 516/577, 517/575, 517/576, 517/577, 517/578, 518/575, 518/576, 518/577 e518/578.

§ 4º - Ficam classificadas como ZPAM as ilhas da Lagoa da Pampulha que resultarem do processode desassoreamento da Lagoa.

§ 4º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 45)

CAPÍTULO IIIDO PARCELAMENTO DO SOLO

Seção IDisposições Preliminares

Art. 15 - O parcelamento do solo urbano pode ser feito por meio de loteamento ou desmembramento.

§ 1º - Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação que implique aabertura, o prolongamento, a modificação ou a ampliação de vias de circulação ou de logradourospúblicos.

Page 4: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

§ 2º - Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, comaproveitamento do sistema viário existente, que não implique a abertura de novas vias e logradourospúblicos, nem o prolongamento, a modificação ou a ampliação dos existentes.

§ 3º - Para efeito da caracterização da modalidade de parcelamento do solo urbano, sãoconsideradas vias públicas aquelas oficializadas ou pavimentadas pelo Poder Público.

§ 3º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 47)

Art. 16 - Não é permitido o parcelamento do solo em terrenos:I - alagadiços ou sujeitos a inundações, antes de serem tomadas providências que assegurem oescoamento das águas;I - sujeitos a inundações enquanto não forem tomadas providências que assegurem o escoamentodas águas;

Inciso I com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/ 12/2000 (Art. 48)II - que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem prévio saneamento;II - que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública;

Inciso II com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21 /12/2000 (Art. 48)III - naturais com declividade superior a 47% (quarenta e sete por cento);IV - em que seja tecnicamente comprovado que as condições geológicas não aconselham aedificação;

IV - nas áreas degradadas ou naquelas em que seja tecnicamente comprovado que as condiçõesgeológicas não aconselham a edificação;

Inciso IV com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/ 12/2000 (Art. 48)V - contíguos a mananciais, cursos d'água, represas e demais recursos hídricos, sem a préviamanifestação dos órgãos competentes;VI - situados em ZPAM;

Inciso VI revogado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 48)VII - em que a poluição impeça a existência de condições sanitárias suportáveis, até a correção doproblema.VII - em que a poluição impeça a existência de condições sanitárias suportáveis;

Inciso VII com redação dada pela Lei nº 8.137, de 2 1/12/2000 (Art. 48)VIII - terrenos alagadiços;

Inciso VIII acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/1 2/2000 (Art. 49)

§ 1º - No caso de parcelamento de glebas com declividade de 30% (trinta por cento) a 47% (quarentae sete por cento), o projeto respectivo deve ser acompanhado de declaração do responsável técnicode que é viável edificar-se no local.

§ 2º - A declaração a que se refere o parágrafo anterior deve estar acompanhada da anotação deresponsabilidade técnica do laudo geotécnico respectivo, feita no CREA/MG.

§ 3º - O parcelamento de glebas em que haja áreas de risco geológico está sujeito a elaboração delaudo geotécnico acompanhado da anotação de responsabilidade técnica feita no CREA/MG.

§ 4º - Nos casos de parcelamento de glebas com declividade de 30% (trinta por cento) a 47%(quarenta e sete por cento), exceto quando situadas na ZP1, os lotes devem ter área mínimacorrespondente a 4 (quatro) vezes a área mínima permitida.

§ 4º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 49)

§ 5º - As áreas não passíveis de parcelamento devem ser claramente identificadas no projeto e terdestinação adequada, a ser definida pelo Executivo, de modo a se evitar que sejam invadidas ou setornem áreas de risco efetivo.

§ 5º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 49)

Art. 17 - Os parcelamentos devem atender às seguintes condições:I - os lados dos quarteirões não podem ter extensão superior a 200m (duzentos metros);I - a extensão máxima da somatória das testadas de lotes ou terrenos contíguos compreendidos entreduas vias transversais não pode ser superior a 200m (duzentos metros);

Inciso I com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/ 12/2000 (Art. 50)II - os lotes devem ter área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e máxima de5.000m² (cinco mil metros quadrados) com, no mínimo, 5,00m (cinco metros) de frente e relação entreprofundidade e testada não superior a 5 (cinco);

Page 5: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

III - nos parcelamentos realizados ao longo de águas correntes ou dormentes, é obrigatória a reserva,em cada lado, a partir da margem, de faixa non aedificandae, com largura mínima de 15,00m (quinzemetros) e máxima de 30,00m (trinta metros), estabelecida com fundamento em parecer técnico;III - é obrigatória a reserva de faixas non aedificandae estabelecidas com fundamento em parecertécnico:a) ao longo de águas correntes ou dormentes, com largura mínima de 30,00m (trinta metros) em cadalado, a partir da margem;b) num raio mínimo de 50m (cinqüenta metros) ao redor de nascentes ou olhos d'água, ainda queintermitentes;

Inciso III com redação dada pela Lei nº 8.137, de 2 1/12/2000 (Art. 50)IV - o plano de arruamento deve ser elaborado considerando as condições topográficas locais eobservando as diretrizes do sistema viário e a condição mais favorável à insolação dos lotes;V - as vias previstas no plano de arruamento do loteamento devem ser articuladas com as viasadjacentes oficiais, existentes ou projetadas, e harmonizadas com a topografia local.

§ 1º - Os lotes a serem aprovados em ZP-1 devem ter área mínima de 10.000m² (dez mil metrosquadrados).

§ 2º - Os lotes a serem aprovados em ZP-2 devem ter área mínima de 1.000m² (mil metrosquadrados).

§ 3º - Os lotes lindeiros às vias arteriais e de ligação regional devem ter área mínima de 2.000m²(dois mil metros quadrados).

§ 4º - São admitidos lotes com área superior a 5.000m² (cinco mil metros quadrados), observados oscritérios estabelecidos para o parcelamento vinculado.

§ 5º - São admitidos lados de quarteirões com extensão superior à prevista no inciso I, nos casos emque a natureza do empreendimento demande grandes áreas contínuas e desde que suas viascircundantes se articulem com as adjacentes, observados os critérios estabelecidos para oparcelamento vinculado.

§ 6º - Além das previstas no caput, devem ser respeitadas as seguintes condições:I - os lotes devem confrontar-se com via pública, vedada a frente exclusiva para vias de pedestres,exceto nos casos de loteamentos ocorridos em ZEISs;II - nos parcelamentos realizados ao longo das faixas de domínio público de rodovias, ferrovias edutos, deve-se observar a reserva de faixa non aedificandae de 15,00m (quinze metros) de largura decada lado das faixas de domínio;III - nos projetos de parcelamento realizados ao longo de águas canalizadas, é obrigatória a reserva,em cada lado, a partir de sua margem, de faixa de segurança non aedificandae, cujas dimensõesserão estabelecidas pelo Executivo, até o máximo de 15,00m (quinze metros) de largura.

§ 7º - As áreas non aedificandae devem ser identificadas na planta de aprovação do parcelamento.

§ 8º - Não são admitidos lotes:I - com frente para vias com classificação viária distinta;II - pertencentes a zoneamentos distintos;III - incluídos em Áreas de Diretrizes Especiais distintas.

§ 8º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 50)

§ 9º - Não se aplica o disposto no parágrafo anterior nos seguintes casos:I - lotes localizados em esquinas;II - parcelamentos para condomínios;III - parcelamentos vinculados;IV - em atendimento ao § 3º deste artigo.

§ 9º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 50)

§ 10 - No caso de parcelamento de terreno situado na ZPAM, descontadas as áreas a seremtransferidas ao Município, a área remanescente constituirá um único lote.

§ 10 acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 50)

Page 6: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

Art. 18 - Estão sujeitos a laudo de liberação para parcelamento expedido pela Secretaria Municipal deMeio Ambiente os parcelamentos em áreas iguais ou superiores a 10.000m² (dez mil metrosquadrados) ou que apresentem presença de cursos d'água, nascentes ou vegetação arbórea.

Art. 18 - Estão sujeitos a laudo de liberação para parcelamento expedido pelo órgão municipalresponsável pelo meio ambiente os parcelamentos:I - em áreas iguais ou superiores a 2.500m² (dois mil e quinhentos metros quadrados);II - que acusem presença de cursos d'água, nascentes, vegetação arbórea ou sítios arqueológicos;III - que se enquadrem no art. 16 desta Lei.

Caput com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/ 2000 (Art. 51)

Parágrafo único - Excluem-se da exigência prevista no caput os parcelamentos sujeitos alicenciamento ambiental pelo COMAM.

Art. 19 - Não é permitida a aprovação de lotes isolados, a não ser que situados em quarteirõesdelimitados, por, pelo menos, 3 (três) vias públicas aprovadas ou pavimentadas.

Parágrafo único - Não se aplica o disposto no caput aos terrenos lindeiros às rodovias federais, àsestaduais e à Avenida Presidente Juscelino Kubitschek.

§ 1º - Não se aplica o disposto no caput aos terrenos lindeiros às rodovias federais, às estaduais e àAvenida Presidente Juscelino Kubitschek.

§ 1º renumerado e com redação dada pela Lei nº 8.13 7, de 21/12/2000 (Art. 52)

§ 2º - Para ser admitida como delimitadora de quarteirão, a via de pedestre deve, obrigatoriamente,promover a ligação entre duas vias de circulação de veículos.

§ 2º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 52)

Art. 20 - No prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da aprovação do projeto deparcelamento, deve o interessado protocolá-lo em cartório de registro de imóveis, sob pena decaducidade.

Seção IIDo Loteamento

Art. 21 - Nos loteamentos, é obrigatória a transferência ao Município de, no mínimo, 35% (trinta ecinco por cento) da gleba, para instalação de equipamentos urbanos e comunitários, sistema decirculação e espaços livres de uso público.

§ 1º - Equipamentos urbanos são os equipamentos públicos destinados a abastecimento de água,serviço de esgotos, energia elétrica, coleta de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado.

§ 2º - Equipamentos comunitários são os equipamentos públicos destinados a educação, saúde,cultura, lazer, segurança e similares.

§ 3º - Sistema de circulação são as vias necessárias ao tráfego de veículos e pedestres.

§ 4º - Espaços livres de uso público são as áreas verdes, as praças e os similares.

§ 5º - O percentual que deve ser destinado a equipamentos urbanos e comunitários e a espaçoslivres de uso público é de, no mínimo, 15% (quinze por cento) da gleba a ser loteada.

§ 5º O percentual destinado a equipamentos urbanos e comunitários e a espaços livres de usopúblico é de, no mínimo, 15% (quinze por cento) da gleba a ser loteada, devendo, nas glebas comárea superior ou igual a 30.000m² (trinta mil metros quadrados), ser destinado a áreas verdes nomínimo 1/3 (um terço) deste percentual.

§ 5º com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2 000 (Art. 53)

§ 5º A - Será destinado 1% (um por cento) ou 100m² (cem metros quadrados) da área resultante daaplicação do percentual previsto no parágrafo previsto no parágrafo anterior para praça ou áreaverde, prevalecendo o maior valor numérico.

§ 5º A acrescentado pela Lei nº 7.886, de 24/12/199 9 (Art. 1º)

Page 7: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

§ 5º B - Apenas mediante parecer técnico fundamentado pelo Executivo poderá ser dispensada aexigência prevista no parágrafo anterior.

§ 5º B acrescentado pela Lei nº 7.886, de 24/12/199 9 (Art. 1º)

§ 6º - Deve ser determinada pelo Executivo, com fundamento em parecer técnico, a localização dasvias principais, das áreas destinadas a equipamentos urbanos e comunitários e dos espaços livres deuso público.

§ 7º - Não são aceitas no cálculo do percentual de terrenos a serem transferidos as áreas:I - não parceláveis e non aedificandae previstas nos arts. 16 e 17;II - relativas às faixas de servidão ao longo das linhas de transmissão de energia elétrica.II - relativas às faixas de servidão ao longo das linhas de transmissão de energia elétrica, a não seraqueles trechos nos quais se implantam vias passíveis de serem transferidas ao patrimônio públicomunicipal, nos quais prevalecerá a função da via.

Inciso II com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21 /12/2000 (Art. 53)

§ 8º - As áreas previstas no inciso I do parágrafo anterior podem ser transferidas, caso haja justificadointeresse público de ordem ambiental, sendo computada, para efeito do cálculo do percentual,apenas metade de sua área.

§ 8º - As áreas previstas no inciso I do parágrafo anterior podem ser transferidas ao Município, casohaja justificado interesse público de ordem ambiental comprovado no laudo a que se refere o art. 18desta Lei, sendo computada, para efeito do cálculo do percentual, apenas metade de sua área, até omáximo de 5% (cinco por cento) da gleba parcelada.

§ 8º com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2 000 (Art. 53)

§ 9º - Não são computados como áreas verdes os canteiros centrais ao longo das vias.

§ 10 - As áreas transferidas ao Município devem ter, no mínimo, 10,00m (dez metros) de frente paralogradouro público e acesso direto ao sistema viário.

§ 11 - As áreas destinadas a equipamentos urbanos e comunitários, a sistema de circulação e aespaços livres de uso público devem constar no projeto de loteamento e no memorial descritivo.

§ 12 - No ato do registro do loteamento, passam a integrar o domínio do Município as áreas a que serefere o parágrafo anterior.

§ 13 - Excetuam-se do disposto no caput os loteamentos que se enquadrem no art. 4º, § 1º, da Lei nº6.766, de 19 de dezembro de 1979.

§ 14 - (VETADO)§ 14 acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 54)

§ 15 - As áreas verdes devem ser implantadas pelo empreendedor, conforme for estabelecido pelasdiretrizes fornecidas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente, e ser mantidas e conservadas peloempreendedor até o recebimento, pelo Município, das obras do loteamento.

§ 15 acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 54)

§ 16 - As áreas destinadas a equipamentos urbanos e comunitários devem estar desocupadasquando da expedição do Termo de Recebimento de Obras de Urbanização.

§ 16 acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 54)

Art. 22 - Nenhum quarteirão pode pertencer a mais de um loteamento.

Art. 23 - A elaboração do projeto de loteamento deve ser precedida da fixação de diretrizes peloMunicípio, em atendimento a requerimento do interessado, acompanhado, no mínimo, dos seguintesdocumentos e informações:I - informação básica para parcelamento, fornecida pelo Executivo;II - laudo previsto no art. 18, quando for o caso;III - planta da gleba que se pretende lotear, contendo:a) suas divisas geometricamente definidas de acordo com as normas técnicas oficiais vigentes;b) localização dos cursos d'água;

Page 8: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

c) localização de rodovias, ferrovias, linhas de transmissão de energia elétrica, redes de telefonia,dutos e demais instalações e suas respectivas faixas de domínio ou servidão;d) localização das áreas arborizadas e das construções existentes;e) altimetria da gleba, com delimitação das áreas com declividade entre 30% (trinta por cento) e 47%(quarenta e sete por cento) e superior a esta última;f) arruamentos contíguos a todo o perímetro com os elementos necessários à integração doloteamento com as áreas circunvizinhas;g) localização das áreas de risco geológico previstas na informação básica;IV - tipo de uso predominante a que o loteamento se destina.

Parágrafo único - As diretrizes referidas no caput devem compreender, pelo menos:I - o traçado e a classificação das principais vias de circulação e sua articulação com a rede viária doMunicípio e da Região Metropolitana;II - a indicação das áreas:a) de preservação permanente;b) destinadas a espaços livres de uso público e a equipamentos urbanos e comunitários.

Art. 24 - Aprovado o loteamento ou a sua modificação, deve ser expedido Alvará de Urbanização,com prazo de validade - que respeitará o máximo previsto na Lei nº 6.766/79 - a ser fixado levando-seem conta a extensão do cronograma das obras de urbanização.

Art. 24 - Aprovado o loteamento ou a sua modificação, deve ser expedido Alvará de Urbanização,com prazo de validade que respeitará o máximo previsto na legislação federal, a ser fixado levando-se em conta a extensão do cronograma das obras de urbanização.

Caput com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/ 2000 (Art. 55)

Parágrafo único - O prazo previsto no caput inicia-se na data do registro do projeto de parcelamentono cartório de registro de imóveis.

Art. 25 - O Executivo deve estabelecer padrões de urbanização diferenciados para cada finalidade deloteamento.

Art. 25 - O Executivo pode estabelecer padrões de urbanização diferenciados para cada finalidade deloteamento.

Art. 25 com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/1 2/2000 (Art. 56)

Art. 26 - A execução das obras constantes do projeto de loteamento deve ser garantida pelo depósito,confiado ao Município, do valor a elas correspondente, da seguinte forma:I - em dinheiro;II - em títulos da dívida pública;III - por fiança bancária;IV - por vinculação a imóvel, no local ou fora, feita mediante instrumento público.

§ 1º - Cumprido o cronograma de obras, o depósito poderá ser restituído, até o máximo de 70%(setenta por cento), no momento da liberação do loteamento, depois de feita vistoria pelasconcessionárias de água, esgoto e energia elétrica.

§ 2º - A critério do Executivo, o depósito previsto no caput pode ser liberado parcialmente à medidaem que as obras de urbanização forem executadas e recebidas pelas concessionárias de água,esgoto e energia, respeitado o limite previsto no parágrafo anterior.

§ 3º - O restante do depósito deve ser restituído 1 (um) ano após a liberação do loteamento, conformedisposto no § 1º.

Seção IIIDo Sistema Viário dos Loteamentos

Art. 27 - As vias públicas dos loteamentos - constantes do Anexo IV - são classificadas como:I - de ligação regional;II - arterial;III - coletora;IV - local;V - mista;

Page 9: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

VI - de pedestres;VII - ciclovia.

§ 1º - Entende-se por:I - de ligação regional a via - ou trecho - com função de fazer a ligação com municípios vizinhos, comcesso às vias lindeiras devidamente sinalizado;II - arterial a via - ou trecho - com significativo volume de tráfego, utilizada nos deslocamentosurbanos de maior distância, com acesso às vias lindeiras devidamente sinalizado;III - coletora a via - ou trecho - com função de permitir a circulação de veículos entre as vias arteriaisou de ligação regional e as vias locais;IV - local a via - ou trecho - de baixo volume de tráfego, com função de possibilitar o acesso direto àsedificações;V - mista a via - ou trecho - destinada à circulação de pedestres e ao lazer, de baixo volume decirculação de veículos, na qual a entrada de veículos de carga aconteça apenas eventualmente;VI - de pedestres, a via destinada à circulação de pedestres e, eventualmente, de bicicletas;VII - ciclovia a via ou pista lateral fisicamente separada de outras vias, destinada exclusivamente aotrânsito de bicicletas.

§ 2º - Compõem as vias públicas os espaços destinados a circulação de pedestres e de veículos.

§ 3º - O disposto neste artigo não se aplica à classificação das vias da ZCBH e da ZHIP, a ser feitapor decreto - levando em consideração suas características específicas e sua localizaçãoestratégica -, respeitado o previsto no art. 67, § 2º.

§ 3º regulamentado pelo Decreto nº 9.089, de 29/01/ 1997

§ 4º - Dentre as obras do loteamento, será executada a afixação de placas indicativas dadenominação oficial de logradouros em suportes padronizados.

§ 4º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 57)

Art. 28 - O sistema viário dos loteamentos deve obedecer, quanto à geometria das vias, àscaracterísticas definidas no Anexo III.

§ 1º - O ato de aprovação do projeto de loteamento deve estabelecer a classificação das vias.

§ 2º - O proprietário de gleba cujo acesso ao sistema viário somente possa ser feito através deterreno de propriedade pública pode parcelá-la, correndo por sua conta os ônus da construção doreferido acesso, cabendo ao Executivo a definição da localização e da geometria e a classificação davia de acesso, com anuência prévia:I - do COMAM, tratando-se de áreas classificadas como ZPAMs ou ZPs;II - do Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR -, nos demais casos.

§ 3º - Quando as condições de topografia e acessibilidade não propiciarem a continuidade einterligação dos logradouros, as vias coletoras secundárias e locais devem ser finalizadas com praçasde retorno.

§ 3º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 58)

Seção IVDo Desmembramento

Art. 29 - Os desmembramentos estão sujeitos à transferência ao Município de, no mínimo, 15%(quinze por cento) da gleba.

Parágrafo único - A transferência prevista no caput não se aplica às glebas com área inferior a 800m²(oitocentos metros quadrados).

Art. 30 - Deve ser apresentada planta da gleba a ser desmembrada, contendo suas divisasgeometricamente definidas conforme as normas técnicas oficiais vigentes.

§ 1º - No caso de glebas com até 3.000m² (três mil metros quadrados), é facultado converter atransferência prevista no artigo anterior em pagamento em espécie.

§ 2º - Nos casos em que, dos 15% (quinze por cento), resulte área inferior à mínima prevista noart. 17, II, o procedimento previsto no parágrafo anterior é obrigatório.

Page 10: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

§ 3º - O valor da conversão prevista nos parágrafos anteriores é calculado de acordo com a Planta deValores Imobiliários utilizada para cálculo do Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis- ITBI.

§ 4º - Aplicam-se à transferência prevista no caput as disposições do art. 21, §§ 7º, 8º e 10.

Art. 31 - É permitida a aprovação de lotes com áreas inferiores a 2.000m² (dois mil metros quadrados)situados em vias arteriais e de ligação regional, em caso de impossibilidade física resultante deaprovação anterior dos lotes que circundam o terreno a ser desmembrado.

Seção VDo Parcelamento para Condomínios

Art. 32 - Parcelamento para condomínios é o destinado a abrigar conjunto de edificações assentadasem um ou mais lotes, dispondo de espaços de uso comum, caracterizados como bens emcondomínio, cujo terreno não pode:I - ter área superior a 100.000m² (cem mil metros quadrados);II - obstaculizar a continuidade do sistema viário público existente ou projetado.

§ 1º - Áreas superiores a 100.000m² (cem mil metros quadrados) que apresentarem características deconfinamento por obstáculos físicos podem ser objeto do parcelamento previsto no caput, desde quehaja parecer prévio e favorável do COMPUR.

§ 2º - No parcelamento para condomínios, pode ser concentrado em parte do terreno todo o seupotencial construtivo.

Art. 33 - As áreas transferidas ao Município resultantes do processo de aprovação do parcelamentodevem localizar-se fora dos limites da área condominial.

Art. 34 - Compete exclusivamente aos condomínios, com relação as suas áreas internas:I - coleta de lixo;II - manutenção da infra-estrutura;II - execução e manutenção da infra-estrutura;

Inciso II com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21 /12/2000 (Art. 59)III - instalação de equipamentos de prevenção e combate a incêndios, conforme projeto previamenteaprovado pelo Corpo de Bombeiros.III - instalação de equipamentos de prevenção e combate a incêndios, conforme projeto elaborado porprofissional legalmente habilitado e com anotação de responsabilidade técnica.

Inciso III com redação dada pela Lei nº 9.064, de 1 7/01/2005 (Art. 5º)

Seção VIDo Parcelamento Vinculado

Art. 35 - Parcelamento vinculado é aquele em que ocorre aprovação simultânea do parcelamento eda edificação em função da necessidade de análise e de estudos detalhados da repercussão doempreendimento sobre o meio urbano.

§ 1º - O uso da edificação deve ser explicitado no projeto e somente pode ser alterado mediantelicença prévia condicionada a comprovação da compatibilidade do parcelamento com o novo usopretendido.

§ 2º - Em parcelamentos vinculados referentes a condomínios ou distritos industriais, somenteprecisam ser aprovados juntamente com o projeto de parcelamento os projetos das partes comuns eos parâmetros construtivos das edificações.

Art. 36 - É obrigatório o parcelamento vinculado:I - em empreendimentos que originem lotes com dimensões superiores às previstas no art. 17;II – em empreendimentos que originem quarteirões com dimensões superiores às previstasno art. 17, I;III - em loteamentos destinados à instalação de indústrias;IV - em ZP-1;

Page 11: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

V - em glebas em que pelo menos 1/4 (um quarto) da área tenha declividade de 30% (trinta porcento) a 47% (quarenta e sete por cento).VI - em ZPAM.

Inciso VI acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/ 2000 (Art. 60)

Seção VIIDa Modificação de Parcelamento

Art. 37 - Modificação de parcelamento é a alteração das dimensões de lotes pertencentes aparcelamento aprovado que implique a redivisão de parte ou de todo o parcelamento, sem alteraçãodo sistema viário, dos espaços livres de uso público ou das áreas destinadas a equipamentosurbanos e comunitários.

Parágrafo único - Pode a modificação de parcelamento objetivar a implantação de condomínio emparcelamento aprovado.

§ 1º - Pode a modificação de parcelamento objetivar a implantação de condomínio em parcelamentoaprovado.

§ 1º renumerado e com redação dada pela Lei nº 8.13 7, de 21/12/2000 (Art. 61)

§ 2º - No caso de modificação de parcelamento, é permitida a regularização de parte de lote sem aparticipação no processo dos proprietários das demais partes, desde que a forma, as dimensões e alocalização da parte em questão estejam clara e corretamente caracterizadas no respectivo registro.

§ 2º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 61)

Art. 38 - Não é permitida a modificação de parcelamento:I - que resulte em lote em desconformidade com o disposto no art. 17;I - que resulte em desconformidade com o disposto no art. 17 desta Lei, a não ser nos seguintescasos, conforme dispuser o regulamento:a) regularização de situação existente de fato e de direito comprovada por documentação anterior áaprovação desta Lei;b) regularização de parte de lote;c) redução de desconformidade em caso de modificação de parcelamento;d) desapropriações;e) impossibilidade física ou geomorfológica;

Inciso I com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/ 12/2000 (Art. 62)II - em parcelamentos vinculados, salvo no caso de nova análise da vinculação;III - que resultar em desconformidade com parâmetro urbanístico definido nesta Lei.

Parágrafo único - Em caso de modificação de parcelamento de lotes lindeiros unicamente a viaslocais, não se aplica a relação entre testada e profundidade prevista no inciso II, do art. 17 desta Lei.

Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 8.137, de 2 1/12/2000 (Art. 62)

Art. 39 - A parte remanescente da desapropriação parcial de lote pertencente a parcelamentoaprovado, deve respeitar o previsto no art. 17.

§ 1º - Pode o proprietário fazer requerimento visando a regularizar a parte remanescente resultantede desapropriação.

§ 2º - Os ônus da instrução do requerimento previsto no parágrafo anterior são de exclusivaresponsabilidade do Executivo.

§ 3º - O Executivo tem o prazo de 60 (sessenta) dias, a contar do protocolo do requerimento, paraprovidenciar a regularização requerida, sem ônus para o requerente.

§ 4º - O procedimento de regularização referido no § 1º configura modificação de parcelamento.

Seção VIIIDo Reparcelamento

Art. 40 - Reparcelamento é a redivisão de parte ou de todo o parcelamento que implique alteração dosistema viário, dos espaços livres de uso público ou das áreas destinadas à instalação deequipamentos urbanos e comunitários.

Page 12: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

§ 1º - A desafetação do domínio público relativa ao reparcelamento depende de prévia avaliação e deautorização legislativa.

§ 2º - No reparcelamento, é obrigatória a manutenção do percentual de área transferido ao Municípiono parcelamento original, a não ser que inferior ao mínimo exigido nesta Lei, que deve ser respeitado.

§ 3º - Pode o reparcelamento objetivar a implantação de condomínio em parcelamento aprovado.

§ 4º - Aplicam-se ao reparcelamento, no que couber, as regras do art. 38 e as previstas paraloteamento.

Art. 41 - O Executivo somente pode deferir requerimento de reparcelamento em que haja previsão deurbanização compatível com o novo parcelamento proposto.

CAPÍTULO IVDA OCUPAÇÃO DO SOLO

Seção IDisposições Preliminares

Art. 42 - Podem ser construídas edificações em lote ou conjuntos de lotes que atendam uma dasseguintes condições:I - fazer parte de parcelamento aprovado;II - ter existência anterior a 19 de dezembro de 1979 comprovada por meio de documentos, comoregistro em cartório, escritura ou contrato de compra e venda.

Parágrafo único - Para que neles seja admitida a edificação, os lotes previstos no inciso II devem terfrente mínima de 5,00m (cinco metros), voltada para logradouro público aprovado.

Art. 43 - Os parâmetros urbanísticos previstos no art. 2º, II, são os definidos neste Capítulo e nosanexos VI a IX, exceto os aplicáveis à ZEIS e à ZE, que devem ser definidos em lei específica.

Art. 44 - Pode o Executivo exigir que os proprietários de terrenos lindeiros às vias constantes doAnexo V respeitem recuo de alinhamento de 10,00m (dez metros), mediante a concessão de reduçãodas alíquotas dos tributos devidos, prevista em lei específica, conforme art. 46, III, "b", do PlanoDiretor.

Parágrafo único - De acordo com o traçado básico do alargamento das vias, pode o Executivopermitir recuos de alinhamento inferiores ao estabelecido no caput.

Art. 44-A - É facultado aos proprietários de terrenos situados em áreas de projetos prioritáriosindicados no Anexo II do Plano Diretor do Município de Belo Horizonte construir edificações, desdeque observadas as seguintes exigências:I - o terreno faça parte de loteamento regularmente aprovado pela Prefeitura;II - o terreno não tenha sido declarado de utilidade publica para fins de desapropriação;III - a edificação tenha caráter provisório ou temporário, eIV - o proprietário assine termo isentando o Poder Público de qualquer indenização pela benfeitoria.

Art. 44-A acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/ 2000 (Art. 63)

Seção IIDos Parâmetros Urbanísticos

Subseção IDo Coeficiente de Aproveitamento

Art. 45 - O potencial construtivo é calculado mediante a multiplicação da área total do terreno peloCoeficiente de Aproveitamento - CA - da zona em que se situa.

§ 1º - Os valores dos CAs são os previstos no Anexo VI.

Page 13: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

§ 2º - Na ZHIP, no caso de edificações de uso exclusivamente residencial ou de uso misto em que aparte não residencial não ultrapasse 2 (duas) vezes a área líquida do pavimento-tipo, o CA será de3,5 (três e meio).

§ 3º - O CA somente pode ser superado mediante a utilização da transferência do direito de construir.

§ 4º - Nas ZAs, o CA é de 1,0 (um) nas edificações de uso não residencial e na parte não residencialdas de uso misto.

§ 5º - No caso de edificações de uso residencial situadas em terrenos nas ZAs que tenham testadaigual ou superior a 20,00m (vinte metros) e área maior que ou igual a 800m² (oitocentos metrosquadrados), são de:I - 2,0 (dois) o coeficiente de aproveitamento;II - 70m² (setenta metros quadrados) a quota de terreno por unidade habitacional;III - 4 (quatro) a variável "b" a ser considerada para efeito de aplicação do Anexo VII.

§ 6º - Quando exigido recuo de alinhamento, o potencial construtivo é calculado utilizando a área totaldo terreno, inclusive a área do recuo de alinhamento.

§ 6º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 64)

Art. 46 - Não são computadas, para efeito de cálculo do CA:I - a área destinada a estacionamento de veículos, exceto se situada em edifícios-garagem, quandonão é computada até:a) o triplo da área do terreno situado na ZCBH ou ZHIP ou em lotes lindeiros a vias arteriais ou deligação regional;b) o dobro da área do terreno situado nas demais zonas;II - os pilotis destinados a estacionamento de veículos ou a lazer e recreação de uso comum, nasedificações residenciais multifamiliares ou de uso misto cujo pavimento-tipo tenha uso exclusivamenteresidencial;II - as áreas destinadas a estacionamento de veículos ou a lazer e recreação de uso comum, nasedificações residenciais multifamiliares ou de uso misto cujo pavimento tipo tenha uso exclusivamenteresidencial;

Inciso II com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21 /12/2000 (Art. 65)III - os pilotis destinados a serviços de uso comum do condomínio nas edificações não residenciais;III - um único pavimento de pilotis destinado a serviços de uso comum do condomínio nas edificaçõesnão residenciais;

Inciso III com redação dada pela Lei nº 8.137, de 2 1/12/2000 (Art. 65)IV - a área situada ao nível do subsolo, destinada a lazer e recreação de uso comum em edificaçõesresidenciais multifamiliares;V - a área de circulação vertical coletiva;VI - a área de circulação horizontal coletiva até o limite correspondente à 2 (duas) vezes a área dacaixa dos elevadores;VII - as varandas abertas - situadas em unidades residenciais - que tenham área total equivalente aaté 10% (dez por cento) da área do pavimento onde se localizam;VIII - a caixa-d'água, a casa de máquinas e a subestação;IX - os compartimentos destinados a depósito de lixo, nas dimensões mínimas estabelecidas emlegislação específica;X - a guarita de até 6m² (seis metros quadrados);XI - a zeladoria de até 15m² (quinze metros quadrados), desde que dotada de instalação sanitária;XII - os compartimentos destinados a depósitos em edificações residenciais e situados nos pilotis ouna garagem;XIII - a antecâmara, se exigida em projeto de prevenção e combate a incêndios previamenteaprovado;XIV - a área equivalente a até 20% (vinte por cento) da do pavimento imediatamente abaixo, emedificações na cobertura, integrante de unidade residencial, desde que a área total edificada nacobertura não ultrapasse 50% (cinqüenta por cento) da do pavimento imediatamente inferior;XIV - a área da cobertura equivalente a 20% (vinte por cento) da área do último pavimento tipo, desdeque a área total edificada da cobertura não ultrapasse 50% (cinqüenta por cento) da área do últimopavimento tipo;

Inciso XIV com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21 /12/2000 (Art. 65)XV - a área das jardineiras, contada da fachada da edificação até 60cm (sessenta centímetros) deprojeção;

Page 14: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

XVI - a área equivalente a 120% (cento e vinte por cento) da parte da instalação sanitária de usocomum que possua condições adequadas de acessibilidade e utilização por portadores dedeficiência, nos termos das normas técnicas oficiais vigentes;XVII - a área equivalente a 120% (cento e vinte por cento) das rampas que sejam adequadas aosportadores de deficiência, nos termos das normas técnicas oficiais vigentes, desde que:a) façam parte de edificação em que não seja obrigatória a instalação de elevadores;b) estejam situados em edificações de uso não residencial ou na parte não residencial das de usomisto.

§ 1º - O compartimento de edificação destinada a uso não residencial cujo pé-direito exceda 4,50m(quatro metros e cinqüenta centímetros) deve ter sua área considerada, para efeito de cálculo do CA,da seguinte forma:I - se igual ou inferior a 5,80m (cinco metros e oitenta centímetros), a área do compartimento émultiplicada por 1,5 (um e meio);II - se superior a 5,80m (cinco metros e oitenta centímetros), a área do compartimento é multiplicadapor 2 (dois).

§ 2º - É admitido pé-direito superior a 4,50m (quatro metros e cinqüenta centímetros), sem acréscimode área a ser computada, por razões técnicas relativas a:I - acústica ou visibilidade em auditórios, salas de espetáculos ou templos religiosos;II - necessidade de aproveitamento do espaço aéreo;III - logradouro em declive em que o pé-direito mínimo do primeiro pavimento seja de 4,00m (quatrometros) e o máximo não exceda 6,50m (seis metros e cinqüenta centímetros).III - logradouro em declive em que o pé direito mínimo do primeiro pavimento seja de 3,50m (trêsmetros e cinqüenta centímetros) e o máximo não exceda 6,50m (seis metros e cinqüentacentímetros).

Inciso III com redação dada pela Lei nº 8.137, de 2 1/12/2000 (Art. 66)

§ 3º - Não pode ser aproveitado para piso adicional o espaço decorrente da exceção prevista noparágrafo anterior.

§ 4º - O somatório das áreas referidas nos incisos IV a XVII do caput não pode exceder 30% (trintapor cento) da área total edificada.

§ 4º revogado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art . 96)

Subseção IIDa Quota de Terreno por Unidade Habitacional

Art. 47 - Quota de terreno por unidade habitacional é o instrumento que controla o nível deadensamento nas edificações destinadas ao uso residencial ou na parte residencial das de uso misto.

§ 1º - As quotas de terreno por unidade habitacional são as previstas no Anexo VI e seu cálculosomente é feito depois de deduzida da área do terreno o percentual transferido ao Município noregistro do parcelamento.

§ 2º - Os lotes situados em ZP-2 que tenham área inferior a 1.000m² (mil metros quadrados) epertençam a loteamentos aprovados até a data da publicação desta Lei têm quotas mínimas deterreno por unidade habitacional iguais à área do lote.

Subseção IIIDa Taxa de Ocupação

Art. 48 - Taxa de Ocupação - TO - é a relação entre a área de projeção horizontal da edificação e aárea do terreno.

§ 1º - As TOs máximas são as definidas no Anexo VI.

§ 2º - Não é computada no cálculo da taxa de ocupação prevista no Anexo VI a área citada noart. 46, XV.

Page 15: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

Subseção IVDo Gabarito

Art. 49 - Não podem as edificações ter mais de 15 (quinze) pavimentos acima da cota altimétricamédia do respectivo alinhamento.

§ 1º - Para os fins deste artigo, não são considerados pavimentos as coberturas, os pilotis, as caixasd'água e as casas de máquina dos elevadores.

§ 2º - Não estão sujeitos à limitação imposta no caput os terrenos situados:I - na ZHIP;II - na ZCBH, com área de 1.200m² (mil e duzentos metros quadrados) ou mais;III - nas demais zonas, com área de 5.000m² (cinco mil metros quadrados) ou mais.

Art. 49 revogado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 ( Art. 96)

Subseção VDa Taxa de Permeabilização

Art. 50 - Considera-se taxa de permeabilização a área descoberta e permeável do terreno, emrelação a sua área total, dotada de vegetação que contribua para o equilíbrio climático e propiciealívio para o sistema público de drenagem urbana.

§ 1º - A taxa de permeabilização mínima é a definida no Anexo VI.

§ 2º - As edificações, exceto as localizadas nas ZPs, podem impermeabilizar até 100% (cem porcento) da área do terreno, desde que:I - nelas haja área descoberta - equivalente à da taxa de permeabilização mínima - dotada devegetação que contribua para o equilíbrio climático;II - seja construída caixa de captação e drenagem que retarde o lançamento das águas pluviaisprovenientes da área referida no inciso anterior.

§ 2º - As edificações, exceto as localizadas na ZPAM e nas ZP's, podem impermeabilizar até 100%(cem por cento) da área do terreno, desde que:I - nelas haja área descoberta - equivalente à área de permeabilização mínima - dotada de vegetaçãoque contribua para o equilíbrio climático;II - seja construída caixa de captação e drenagem que retarde o lançamento das águas pluviaisprovenientes da área referida no inciso anterior.

§ 2º com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2 000 (Art. 68)

§ 3º - A caixa referida no inciso II do parágrafo anterior deve possibilitar a retenção de até 30l (trintalitros) de água pluvial por metro quadrado de terreno impermeabilizado que exceda o limite previstono caput.

§ 4º - Podem ser utilizados simultaneamente as áreas permeáveis de terreno e os mecanismosdo § 2º para atingir a taxa de permeabilização.

§ 5º - Pode ser dispensada a taxa prevista neste artigo nos casos em que comprovadamente, pormeio de parecer técnico, seja desaconselhável a permeabilização do terreno.

§ 6º - Quando exigido o recuo de alinhamento, não será considerada, para aplicação da taxa depermeabilização, a área do terreno resultante do referido recuo.

§ 6º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 68)

Subseção VIDo Afastamento Frontal

Art. 51 - O afastamento frontal mínimo das edificações é equivalente a uma distância fixa definida emfunção da classificação viária da via lindeira à testada do terreno, da seguinte forma:I - vias de ligação regional e arteriais, 4,00m (quatro metros);II - demais vias, 3,00m (três metros).

§ 1º - O afastamento frontal mínimo das edificações na ZHIP ou lindeiras a vias arteriais e de ligaçãoregional não pode ser utilizado como área de estacionamento ou guarda de veículos nem para a

Page 16: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

instalação de elementos construtivos, exceto - desde que continue possível o livre trânsito no local -pilares de sustentação, respeitado o previsto no art. 46, III, "a", do Plano Diretor.

§ 1º - O afastamento frontal mínimo das edificações na ZHIP não pode ser utilizado como área deestacionamento ou guarda de veículos nem para a instalação de elementos construtivos, exceto -desde que continue possível o livre trânsito no local - pilares de sustentação, respeitado o previsto noart. 46, III, "a", do Plano Diretor.

§ 1º com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2 000 (Art. 69)

§ 2º - Em razão do reduzido fluxo de pedestres nas vias, da topografia acidentada ou por estar aedificação situada na ADE Residencial Central, pode a exigência do parágrafo anterior ser substituídapela de ajardinamento, permitida, neste caso, a construção de guarita.

§ 3º - (VETADO)§ 3º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 70)

§ 4º - Em edificações situadas em terrenos lindeiros a vias arteriais e de ligação regional, osafastamentos frontais deverão ser tratados de modo a que se obtenha concordância dos greides dosafastamentos frontais de edificações contíguas.

§ 4º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 70)

§ 5º - A utilização do afastamento frontal para estacionamento de veículos na ZHIP, em postos degasolina ou em terrenos lindeiros a vias arteriais ou de ligação regional poderá ser permitida, desdeque cumpridas as seguintes exigências:I - anuência prévia do órgão de trânsito de jurisdição sobre a via, que levará em conta o fluxo depedestres, existente e potencial, e a intensidade do tráfego no sistema viário adjacente;II - afastamento frontal de no mínimo 5,90m (cinco metros e noventa centímetros);III - existência de passeio com, no mínimo, 2,40m (dois metros e quarenta centímetros), admitindo-se,no caso de ter o passeio dimensão inferior, o estacionamento no afastamento frontal, desde que asoma da largura desse afastamento e a do passeio existente seja de, no mínimo, 8,30m (oito metrose trinta centímetros);IV - seja destinada à circulação de pedestres, no afastamento frontal, a faixa mínima de 0,90m(noventa centímetros) em frente à edificação e nas divisas laterais, ou junto ao acesso à garagem,quando este estiver junto às divisas laterais;V - as áreas de circulação de pedestres e de estacionamento estejam demarcadas;VI - os acessos obedeçam às regulamentações existentes; eVII - autorização de caráter provisório, condicionada à manutenção das condições de trânsito.

§ 5º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 70)

Art. 52 - É dispensado o afastamento frontal mínimo:I - em áreas destinadas a estacionamento de veículos ou de uso comum - exceto nas situadas naZHIP, na ZCBH ou nas lindeiras a vias de ligação regional ou arteriais - cuja laje de cobertura se situeem nível inferior à maior cota altimétrica do passeio lindeiro ao alinhamento do lote;I - em áreas destinadas a estacionamento de veículos ou de uso comum, cuja laje de cobertura sesitue em nível inferior à maior cota altimétrica do passeio lindeiro ao alinhamento do lote, devendo sergarantida, na área delimitada por este afastamento, a continuidade do passeio nos terrenos situadosna ZHIP, na ZCBH e nos lindeiros a vias de ligação regional ou arteriais;

Inciso I com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/ 12/2000 (Art. 71)II - em edificação localizada na ZHIP, nos pavimentos situados em nível superior a 3,5m (três metrose meio) em relação à cota altimétrica do passeio lindeiro ao alinhamento, em qualquer ponto;III - em pavimentos de edificações localizadas na ZCBH, ou lindeiras a vias de ligação regional ouarteriais que estejam situados entre 3,5m (três metros e cinqüenta centímetros) e 9,00m (novemetros) acima da cota altimétrica do passeio lindeiro ao alinhamento, em qualquer ponto.IV - em edificações vizinhas a bens tombados, por indicação do Conselho Deliberativo do PatrimônioCultural do Município de Belo Horizonte, ouvido o órgão responsável pelo trânsito.

Inciso IV acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2 000 (Art. 71)

Parágrafo único - Na área de afastamento frontal mínimo situada abaixo da altura mínima referida nosincisos II e III, os únicos elementos construtivos permitidos são os pilares de sustentação com seçãomáxima de 60dm² (sessenta decímetros quadrados).

Page 17: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

Art. 53 - Em terrenos lindeiros a vias coletoras e locais, podem ser construídas, na área delimitadapelo afastamento mínimo frontal, guaritas que tenham, no máximo, 10% (dez por cento) da área doafastamento frontal.

Parágrafo único - É permitida a construção de guaritas com área de até 6,00m² (seis metrosquadrados), mesmo se superado o percentual fixado no caput.

Subseção VIIDos Afastamentos Laterais e de Fundo

Art. 54 - Os afastamentos mínimos laterais e de fundo dos pavimentos são os seguintes:I - 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) para os pavimentos com H menor que 6,00m (seismetros);II - 2,30m (dois metros e trinta centímetros) para os pavimentos com H maior que ou igual a 6,00m(seis metros) e menor que ou igual a 12,00m (doze metros);III - os previstos na tabela do Anexo VII para os pavimentos com H maior que 12,00m (doze metros).

§ 1º - Entende-se por H a distância vertical, em metros, entre a laje de cobertura de cada pavimento ea laje de piso do primeiro pavimento acima da cota altimétrica média do passeio lindeiro aoalinhamento do lote.

§ 2º - Para valores de H superiores ao limite máximo do Anexo VII, adota-se a fórmula nele previstapara cálculo dos afastamentos mínimos.

§ 3º - Para valores fracionários de H, adota-se a seguinte regra:I - os valores, em metros, entre 0,01 (um centésimo) e 0,50 (cinqüenta centésimos), exclusive, sãoarredondados para o número inteiro imediatamente anterior;II - os valores, em metros, entre 0,50 (cinqüenta centésimos) e 1,00 (cem centésimos), exclusive, sãoarredondados para o número inteiro imediatamente superior.

§ 4º - Havendo níveis de subsolo, o H deve ser definido em relação ao piso deste, exceto nos casosde utilização para estacionamento, guarda de veículos ou área de lazer aberta.

§ 5º - No caso de lotes com menos de 12,00m (doze metros) de frente, é admitida como afastamentolateral mínimo para pavimentos com H inferior a 12,00m (doze metros) a distância de 1,50m (ummetro e cinqüenta centímetros), desde que:I - os lotes estejam regularmente aprovados na data de publicação desta Lei;II - a edificação respeite a taxa de ocupação máxima de 50 % (cinqüenta por cento) da área doterreno.II - a edificação respeite a taxa de ocupação máxima de 50% (cinqüenta por cento) da área doterreno, sendo facultada taxa de ocupação superior para níveis de garagem no subsolo;

Inciso II com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21 /12/2000 (Art. 72)III - o ponto de referência para definição do H seja o ponto médio do passeio.

Inciso III acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12 /2000 (Art. 72)

§ 6º - Nas edificações situadas na ZA, na ZCBH ou que sejam lindeiras a vias arteriais ou de ligaçãoregional, o H deve ser contado a partir da laje de cobertura do último pavimento integralmente situadoabaixo da altura máxima permitida na divisa ou, havendo pavimentos com aberturas laterais ou defundo em altura inferior, a partir do piso do mais baixo destes.

§ 7º - Para efeito de definição do H, a casa de máquinas não é considerada como pavimento.§ 7º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 73)

§ 8° - Para terrenos em aclive, o H poderá ser cons iderado pelo ponto médio do plano paralelo aoperfil do terreno ou pelo plano paralelo ao perfil do terreno em todos os seus pontos.

§ 8º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 73)

Art. 55 - No caso de terrenos localizados fora da ZHIP, aplicam-se para o cálculo dos afastamentosmínimos laterais e de fundo dos pavimentos recuados as regras previstas no artigo anterior ou asseguintes, prevalecendo as de que resultar maior valor numérico:I - na ZCBH, excetuada a ADE Residencial Central:a) 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) para as edificações em terrenos com menos de 14,00m(quatorze metros) de testada;

Page 18: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

b) 3,00m (três metros) para as edificações em terrenos com testada maior que ou igual a 14,00m(quatorze metros) e menor que 20,00m (vinte metros);c) 5,00m (cinco metros) para as edificações em terrenos com testada maior que ou igual a 20,00m(vinte metros).II - nas demais situações:a) 2,30m (dois metros e trinta centímetros) para as edificações em terrenos com testada maior que ouigual a 12,00m (doze metros) e menor que 15,00 (quinze metros);b) 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros) para as edificações em terrenos com testada maiorque ou igual a 15,00m (quinze metros) e menor que 20,00m (vinte metros);c) 5,00m (cinco metros) para as edificações em terrenos com testada maior que ou igual a 20,00m(vinte metros).

Parágrafo único - Os afastamentos referidos no caput são de 2,30m (dois metros e trinta centímetros)para as edificações com até 12,00m (doze metros) de altura em relação à cota altimétrica média dopasseio lindeiro ao alinhamento do terreno, excetuado o previsto no inciso I, "a".

Art. 55 revogado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 ( Art. 96)

Art. 56 - Os afastamentos laterais mínimos das edificações situadas na ZHIP são facultativos, desdeque não existam aberturas na fachada respectiva.

Parágrafo único - Na ZHIP, os afastamentos de fundo e os laterais são calculados em relação àdivisa, de acordo com o diâmetro de iluminação e ventilação previsto no Decreto-Lei nº 84, de 21 dedezembro de 1940, adotando-se como afastamentos mínimos 1,50m (um metro e cinqüentacentímetros) para divisa lateral e 5,00m (cinco metros) para divisa de fundo.

Art. 57 - No caso de edificação constituída de vários blocos, independentes ou interligados por pisoscomuns, a distância entre eles deve obedecer ao dobro dos afastamentos mínimos laterais e defundo previstos nesta Lei.

Art. 58 - Caso existam aberturas ou varandas voltadas para áreas de iluminação e ventilaçãofechadas, deve ser observado para elas o diâmetro mínimo estabelecido no Decreto-Lei nº 84/40.

Subseção VIIIDa Altura na Divisa

Art. 59 - As edificações poderão ser construídas sem afastamentos laterais e de fundo até as alturasmáximas na divisa previstas no Anexo VI.

§ 1º - A altura máxima permitida nas divisas laterais e de fundo é calculada em relação aos seguintesníveis de referência:I - a cota do passeio no ponto de encontro da divisa lateral com o alinhamento, no caso de divisalateral com terreno natural plano ou em declive em relação àquela cota;II - a média aritmética dos níveis do terreno natural correspondentes aos pontos limítrofes da parte daedificação construída em cada divisa lateral, no caso de terreno em aclive em relação à cota previstano inciso anterior;III - o terreno natural em seus respectivos pontos, no caso de divisa de fundos.

§ 2º - Nenhum elemento construtivo da edificação pode ultrapassar os limites de altura máxima nadivisa estabelecidos neste artigo.

§ 3º - É proibida a construção sem afastamentos laterais e de fundo nas partes das edificações nasquais haja aberturas voltadas para as divisas laterais ou as de fundo.

§ 4º - No caso de terreno em declive nos termos deste artigo, elementos construtivos situados acimado nível da altura máxima permitida na divisa de fundo devem ter afastamento mínimo de 1,50m (ummetro e cinqüenta centímetros) em relação à divisa de fundo.

§ 5º - O afastamento previsto no parágrafo anterior deve ser aplicado à parte da edificação situadaabaixo da cota altimétrica média do passeio lindeiro ao alinhamento do lote.

§ 5° - O afastamento previsto no parágrafo anterior deve ser aplicado à parte da edificação situadaabaixo da cota altimétrica definida pela altura máxima nas divisas laterais permitidas.

§ 5º com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2 000 (Art. 74)

Page 19: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

§ 6º - No caso de edificações lindeiras a vias arteriais e de ligação regional, adota-se como alturamáxima na divisa 10,80m (dez metros e oitenta centímetros), independentemente do valor previsto noAnexo VI.

§ 7° - A altura máxima nas divisas laterais e de fu ndos poderá ser acrescida até a altura máxima dasdivisas das edificações vizinhas, desde que estas estejam legalmente construídas,independentemente do valor previsto no Anexo VI.

§ 7º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 74)

Subseção IXDas Saliências

Art. 60 - Consideram-se saliências os brises, as jardineiras, os elementos decorativos e os estruturais.

Parágrafo único - As saliências podem avançar sobre as áreas delimitadas pelos afastamentosmínimos em até 25cm (vinte e cinco centímetros).

Subseção XDas Áreas de Estacionamento

Art. 61 - O número mínimo de vagas destinadas a estacionamento de veículos é calculado segundo odisposto no Anexo VIII.

Parágrafo único - Ficam excluídas da exigência contida neste artigo:I - as habitações unifamiliares;II - a unidade não residencial com área de até 60m² (sessenta metros quadrados), situada em terrenoonde exista, além dela, somente uma edificação de uso residencial;III - os templos e os locais de culto.

§ 1º - Ficam excluídas da exigência contida neste artigo:I - as habitações unifamiliares;II - a unidade não-residencial com área de até 60m² (sessenta metros quadrados), situada em terrenoonde exista, além dela, somente uma edificação de uso residencial.III - os templos e os locais de culto.

§ 1º renumerado e com redação dada pela Lei nº 8.13 7, de 21/12/2000 (Art. 75)

§ 2º - Para os serviços de uso coletivo de iniciativa do Poder Público e pertencentes ao Grupo I,poderá ser reduzida a exigência de área para estacionamento de veículos, desde que haja parecerfavorável do COMPUR.

§ 2º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 75)

§ 3º - Até que seja regulamentada a ZEIS-2, os conjuntos residenciais multifamiliares de interessesocial de iniciativa do Poder Público ou construídos em ZEIS-2 devem dispor de área paraestacionamento de veículos na proporção de 1 (uma) vaga por 3 (três) unidades residenciais."

§ 3º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 75)

Art. 61 - O número mínimo de vagas destinadas a estacionamento de veículo é calculado conforme odisposto no Anexo VIII.

§ 1º - Ficam excluídas da exigência contida neste artigo:I - as habitações unifamiliares;II - a unidade não residencial com área de até 60m² (sessenta metros quadrados), situada em terrenoonde exista, além dela, somente uma edificação de uso residencial;III - os templos e os locais de culto;IV - as edificações de uso residencial adaptadas ao uso não residencial, desde que comprovada aimpossibilidade técnica de ampliação do número de vagas destinadas a estacionamento.

§ 2º - No caso previsto no inciso IV do § 1º deste artigo, serão mantidas, no mínimo, as vagasdestinadas a estacionamento previstas no projeto residencial original.

Page 20: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

§ 3º - Para enquadrar-se ao que dispõe o inciso IV do § 1º deste artigo, a edificação não poderásofrer acréscimo de área construída.

§ 4º - Para os serviços de uso coletivo de iniciativa do Poder Público e pertencentes ao Grupo I,poderá ser reduzida a exigência de área para estacionamento de veículos, desde que haja parecerfavorável do COMPUR.

§ 5º - Até que seja regulamentada a ZEIS-2, os conjuntos residenciais multifamiliares de interessesocial de iniciativa do Poder Público ou construídos em ZEIS-2 devem dispor de área paraestacionamento de veículos na proporção de 1 (uma) vaga por 3 (três) unidades residenciais.

Art. 61 com redação dada pela Lei nº 8.939, de 03/0 8/2004 (Art. 1º)

Art. 62 - Devem dispor de pista de acumulação interna, junto à entrada e ao nível do logradouro, deacordo com o Anexo IX, os acessos a:I - edificações de uso não residencial com mais de 60 (sessenta) vagas de estacionamento;II - edificações de uso misto com mais de 60 (sessenta) vagas de estacionamento, excluídas asrelativas à parte residencial;III - estacionamentos de veículos abertos ao público;IV - edifícios-garagem.

Parágrafo único - O cálculo do número de vagas previsto nos incisos I e II é feito de acordo com oprevisto no artigo anterior.

Seção IIIDos Projetos Geotécnicos

Art. 63 - Deve ser anexada ao projeto arquitetônico de edificação a ser aprovado pelo Executivo aanotação de responsabilidade técnica de projeto geotécnico junto ao CREA/MG, no caso de terrenosque, em função dos serviços de terraplenagem, tenham taludes de corte, de aterro ou mistos comaltura superior a 4,00m (quatro metros).

Art. 63 - Deve ser anexada ao projeto arquitetônico de edificação aprovado pelo Executivo aAnotação de Responsabilidade Técnica de projeto geotécnico junto ao CREA/MG, no caso deterrenos que, em função dos serviços de terraplenagem, tenham taludes de corte, de aterro ou mistoscom altura superior a 4,00m (quatro metros).

Caput com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/ 2000 (Art. 76)

Parágrafo único - O procedimento referido no caput também é obrigatório quando constar dainformação básica uma das seguintes situações:I - ocorrência de várzeas ou de solo sujeito a recalque;II - ocupação de áreas junto a córregos que possam ser inundadas;III - ocorrência de condições que aconselhem restrições à ocupação, definidas na carta geotécnica doMunicípio.

§ 1º - O procedimento referido no caput também é obrigatório quando constar da informação básicauma das seguintes situações:I - ocorrência de várzeas ou de solo sujeito a recalque;II - ocupação de áreas junto a córregos que possam ser inundadas;III - ocorrência de condições que aconselhem restrições à ocupação, definidas na carta geotécnica doMunicípio.

§ 1º renumerado e com redação dada pela Lei nº 8.13 7, de 21/12/2000 (Art. 76)

§ 2º - É de responsabilidade do construtor o término das obras que visam solucionar as condições derisco antes do início da construção predial.

§ 2º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 76)

Page 21: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

CAPÍTULO VDOS USOS

Seção IDa Classificação dos Usos

Art. 64 - Ficam estabelecidas as seguintes categorias de uso:I - residencial;II - não residencial;III - misto.

Art. 65 - Os usos referidos nos incisos II e III do artigo anterior, conforme a repercussão produzidapela atividade no ambiente urbano, classificam-se em:I - Grupo I;II - Grupo II;III - Grupo III.

Seção IIDos Tipos de Repercussão

Art. 66 - São os seguintes os tipos de repercussão:I - atração de alto número de veículos leves;II - atração de alto número de veículos pesados;III - atração de alto número de pessoas;IV - geração de risco de segurança;V - geração de efluentes poluidores, odores, gases ou radiações ionizantes;VI - geração de ruídos e vibrações.

Seção IIIDa Localização dos Usos e do Funcionamento das Atividades

Art. 67 - A localização de usos não residenciais é disciplinada pela conjugação, definida no Anexo XI,da classificação de cada atividade, prevista no Anexo X, com a natureza da via pública, prevista noAnexo IV e a largura da via, obtida na planta cadastral.

Caput regulamentado pelo Decreto nº 13.124, de 28/0 4/2008§ 1º - Nas ZPs, não é admitida a localização de usos dos grupos II e III, exceto na ZP-1, mediantelicenciamento ambiental pelo COMAM.

§ 1º - É admitida, mediante licenciamento ambiental pelo COMAM, a localização de usos dos gruposII e III na ZP1 e em terrenos lindeiros a vias arteriais ou de ligação regional situados na ZP2 e naZP3.

§ 1º com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2 000 (Art. 77)

§ 2º - Para efeito de localização de usos, consideram-se arteriais as vias da ZCBH e da ZHIP.

§ 3º - Para efeitos de localização, as atividades não listadas no Anexo X devem ser classificadas peloCOMPUR, com fundamento em parecer técnico que avalie as repercussões no meio urbano.

§ 4º - A classificação referida no parágrafo anterior pode ser alterada por lei, respeitado o direito depermanência dos usos regularmente instalados.

§ 5º - As pré-escolas, os estabelecimentos de ensino de 1º e 2º grau, os pré-vestibulares e asunidades isoladas de escolas de ensino superior somente podem ser localizados em terrenoslindeiros a vias locais e coletoras secundárias.

§ 5º - As pré-escolas e os estabelecimentos de ensino de 1º e 2º graus somente podem serlocalizados em terrenos lindeiros a vias locais e coletoras secundárias, exceto na ZHIP e na ZCBH,nas quais é permitido que essas atividades se localizem em terrenos lindeiros a vias arteriais.

§ 5º com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/2 000 (Art. 77)

§ 6º - Na ZHIP, somente são admitidos edifícios-garagem em terrenos lindeiros às avenidas dosAndradas, Olegário Maciel, Santos Dumont, Oiapoque e do Contorno.

§ 6º revogado pela Lei nº 9.326, de 24/01/2007 (Art . 25)

Page 22: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

§ 7º - Nas ADEs Residencial Central, do Estoril, do Mangabeiras, do Belvedere, do São Bento, daCidade Jardim e da Pampulha, são permitidos os usos não residenciais que atendam o disposto naLei nº 6.831, de 18 de janeiro de 1995.

§ 8º - Os motéis e os drive-in somente podem ser localizados em terrenos lindeiros a vias de ligaçãoregional.

§ 8º acrescentado pela Lei nº 7.936, de 12/01/2000 (Art. 1º)

§ 9º - (VETADO)§ 8º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 78)

§ 8º renumerado como § 9º conforme retificação em 0 7/06/2006

§ 10 - Nas ZE's são admitidas atividades dos grupos I, II e III, independentemente da classificaçãoviária, nos casos em que o estudo específico para regulamentação de cada área não contra-indicartais atividades.

§ 9º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 78)§ 9º renumerado como § 10 conforme retificação em 0 7/06/2006

§ 11 - Na ZE são admitidas atividades dos grupos II e III em terrenos lindeiros a vias com menos de10m (dez metros) de largura, mediante parecer favorável do órgão responsável pelo trânsito.

§ 10 acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 78)§ 10 renumerado como § 11 conforme retificação em 0 7/06/2006

§ 12 - É permitido ao profissional autônomo exercer na sua residência as atividades inerentes à suaprofissão, desde que obedecida a legislação ambiental e sanitária.

§ 11 acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 78)§ 11 renumerado como § 12 conforme retificação em 0 7/06/2006

Art. 68 - Nas edificações de uso misto com mais de três pavimentos, os usos residencial e nãoresidencial devem estar separados por pilotis, acima dos quais somente poderá haver pavimentodestinado ao uso residencial.

Art. 69 - O funcionamento de atividades é regulado pela legislação pertinente, estando sujeito, nocaso das relativas aos usos dos grupos II e III, ao atendimento de medidas, a serem definidas em lei,que possibilitem amenizar as repercussões negativas provocadas, de acordo, dentre outros, com osseguintes critérios urbanísticos:

Art. 69 - O funcionamento das atividades é regulado pelas legislações de posturas, sanitárias e outraspertinentes, estando ainda sujeito ao atendimento de medidas definidas em lei, que possibilitemamenizar as repercussões negativas provocadas, de acordo, entre outros, com os seguintes critériosurbanísticos:

Caput com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/12/ 2000 (Art. 79)I - para as atividades atratoras de veículos leves:a) reserva de área para embarque e desembarque;b) previsão de número adicional de vagas de estacionamento;c) relocação e recuo do acesso de veículos à edificação;d) implantação de sinalização e equipamentos de controle de tráfego;e) alteração da geometria das vias;II - para as atividades atratoras de veículos pesados:a) reserva de área para carga e descarga;b) previsão de área adicional para estacionamento;c) atendimento do previsto nas alíneas "c" e "d" do inciso anterior;III - para as atividades atratoras de pessoas, reserva de área interna para filas;IV - para as atividades que geram risco de segurança:a) aprovação de projeto específico de prevenção e combate a incêndios;b) implantação de sistema de alarme e segurança;V - para as atividades geradoras de efluentes poluidores, odores, gases ou radiações ionizantes:a) tratamento da fonte poluidora por meio de equipamentos e materiais;b) implantação de programa de monitoramento;VI - para as atividades geradoras de ruídos e vibrações, implantação de sistema de isolamentoacústico ou de vibrações;

Page 23: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

Parágrafo único - A lei de que trata o caput deve definir as repercussões de cada atividade, de acordocom o art. 66, bem como os padrões de emissão de poluentes e as medidas amenizadoras dasrepercussões negativas, considerando seu porte e suas características.

Art. 70 - São considerados usos do grupo III, além dos listados no Anexo X:I - empreendimentos não residenciais com mais de 60 (sessenta) vagas de estacionamento;I - empreendimentos não residenciais com mais de 120 (cento e vinte) vagas de estacionamento;

Inciso I com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/ 12/2000 (Art. 80)II - empreendimentos mistos com mais de 60 (sessenta) vagas de estacionamento, excetuadas ascorrespondentes à parte residencial, calculadas de acordo com o art. 61.II - empreendimentos mistos com mais de 120 (cento e vinte) vagas de estacionamento, excetuadasas correspondentes à parte residencial, calculadas de acordo com o art. 61 desta Lei.

Inciso II com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21 /12/2000 (Art. 80)

Art. 71 - Está sujeito às disposições desta Seção o funcionamento de atividades em edificações emque seja exercida, ainda que por autônomo, atividade classificada como uso do grupo II ou III.

Art. 71-A - São admitidos no Grupo I os serviços de uso coletivo de iniciativa pública com áreasuperior à estipulada no Anexo X, desde que haja anuência prévia do COMPUR.

Art. 71-A acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/ 2000 (Art. 81)

Art. 71-B - No caso de aprovação de projeto em lote ou conjunto de lotes com frente para logradourosde classificação viária diferente, poderá ser admitido para todo o terreno o uso permitido nos lotescom frente para a via de maior hierarquia, desde que:I - a área dos lotes com frente para as vias em que o uso pretendido é permitido represente, pelomenos, 50% (cinqüenta por cento) da área total do terreno;II - sejam respeitados os parâmetros urbanísticos relativos a cada lote;III - o acesso se faça pelas vias em que o uso é permitido.

Parágrafo único - A exigência contida no inciso III poderá ser dispensada mediante licenciamentoambiental.

Art. 71-B acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/ 2000 (Art. 81)

Seção IVDo Direito de Permanência dos Usos

Art. 72 - Podem permanecer, nos termos deste artigo, os usos regularmente instalados em dataanterior a entrada em vigência desta Lei.

§ 1º - No caso de uso não residencial regularmente instalado em edificações aprovadas e a eledestinadas e que, em face das disposições estabelecidas nesta Lei, não se enquadre em seusparâmetros, pode ele permanecer no local ou ser substituído por qualquer outro admitido pelalegislação anterior.

§ 2º - No caso de uso não residencial regularmente localizado em edificações não aprovadas e que,em face das disposições estabelecidas nesta Lei, não se enquadre em seus parâmetros, pode elepermanecer no local ou ser substituído por outro previsto no Anexo X, que seja similar, do mesmogrupo ou de grupo inferior, sem que seja obrigado a cumprir as novas disposições relativas ao seufuncionamento que impliquem a execução de obras.

§ 3º - Podem continuar a ser exploradas as atividades agropecuárias comprovadamente existentes,desenvolvidas em áreas classificadas como zonas rurais até a data da publicação desta Lei, vedadaa expansão da área ocupada.

§ 4º - Para efeito de localização, podem também permanecer as atividades industriais, comerciais ede serviços desenvolvidas em áreas classificadas como zonas rurais até a data de publicação destaLei.

§ 5º - As atividades referidas no parágrafo anterior estão sujeitas, para efeito de funcionamento, aoscritérios desta Lei.

§ 6º - A permanência das atividades permitida neste artigo fica sujeita ao respeito às normasambientais, de posturas, sanitárias e similares.

Page 24: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

§ 7º - O terreno cujo uso tenha sido vinculado quando da aprovação do parcelamento e tenha ficadodesconforme com as disposições desta Lei poderá, mediante parecer favorável do COMPUR, serutilizado conforme previsto no parcelamento aprovado.

§ 7º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 82)

§ 8º - Para fins de aplicação do disposto no § 2º deste artigo, entende-se como regularmentelocalizado o uso não residencial estabelecido e legalmente constituído em data anterior à vigênciadesta Lei e em locais permitidos pela legislação anterior.

§ 8º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 82)

Seção VDos Empreendimentos de Impacto

Art. 73 - Empreendimentos de impacto são aqueles, públicos ou privados, que venham asobrecarregar a infra-estrutura urbana ou a ter repercussão ambiental significativa.

Art. 74 - A instalação, a construção, a ampliação ou o funcionamento dos empreendimentos deimpacto ficam sujeitos ao licenciamento ambiental pelo COMAM, sem prejuízo de outras licençaslegalmente exigíveis.

§ 1º - Os órgãos da administração municipal somente aprovarão projeto de implantação ou ampliaçãodos empreendimentos de impacto após o licenciamento a que se refere o caput, sob pena deresponsabilização administrativa e nulidade dos seus atos.

§ 2º - O licenciamento a que se refere o caput depende de prévia elaboração de Estudo de ImpactoAmbiental - EIA - e respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA -, contendo a análise doimpacto do empreendimento na vizinhança e as medidas destinadas a minimizar as conseqüênciasindesejáveis e a potencializar os efeitos positivos.

§ 3º - Lei específica disporá sobre a regulamentação do licenciamento de que trata este artigo.

CAPÍTULO VIDAS ÁREAS DE DIRETRIZES ESPECIAIS

Art. 75 - As áreas de diretrizes especiais - ADEs - são as que, por suas características, exigem aimplementação de políticas específicas, permanentes ou não, podendo demandar parâmetrosurbanísticos, fiscais e de funcionamento de atividades diferenciados, que se sobrepõem aos dozoneamento e sobre eles preponderam.

§ 1º - As ADEs são instituídas por lei específica, da qual, além da delimitação, devem constar osinstrumentos, as intervenções, os parâmetros urbanísticos e fiscais, os usos a serem admitidos e oscritérios para o funcionamento de atividades, as normas complementares necessárias e, se for ocaso, o tempo de duração.

§ 2º - Os parâmetros urbanísticos relativos a coeficiente de aproveitamento do solo, quotas de terrenopor unidade habitacional e taxa de permeabilização das ADEs que vierem a ser instituídas por leiespecífica devem ser iguais ou mais restritivos que os da zona em que se localizem.

§ 3º - A lei a que se refere o § 1º, no caso das ADEs instituídas por esta Lei, deve dispor sobre o quenesta não esteja referido.

§ 4º - O Anexo XII contém a delimitação das ADEs referidas neste Capítulo.ADE Cidade Jardim regulamentada pela Lei nº 9.563, d e 30/05/2008

Art. 76 - A ADE da Serra destina-se à limitação, em 15,00m (quinze metros), do gabarito dasedificações do Bairro Serra.

Art. 77 - A ADE da Bacia da Pampulha compreende a área da bacia hidrográfica da lagoa daPampulha situada no Município, estando sujeita, em função da preservação ambiental da lagoa, adiretrizes especiais de parcelamento, ocupação e uso, de movimentação de terra e de recuperaçãode áreas erodidas, degradadas ou desprovidas de cobertura vegetal.

Page 25: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

Parágrafo único - A taxa de permeabilização mínima da ADE da Bacia da Pampulha é de 30% (trintapor cento).

Art. 78 - A ADE Residencial Central é destinada ao controle especial de uso, garantida, em parte daZCBH, a predominância do uso residencial e a preservação das edificações.

§ 1º - Na ADE Residencial Central, será de 5,00m (cinco metros) a altura máxima na divisa.

§ 2º - Na ADE Residencial Central não se aplica o disposto no art. 52, III.

§ 3º - Na ADE Residencial Central, somente é permitido o uso não residencial em edificaçõeshorizontais e nas destinadas a hotéis ou a apart-hotéis.

Art. 79 - A ADE do Vale do Arrudas, em função de sua localização estratégica e de suas condiçõesde degradação ou subutilização, demanda projetos de reurbanização.

Art. 80 - A ADE do Estoril é destinada ao uso residencial unifamiliar, permitido o funcionamento deatividades relativas aos usos do Grupo I definidos no Anexo X em edificações horizontais.

Art. 81 - As ADEs do Mangabeiras, do Belvedere e do São Bento são destinadas exclusivamente aouso residencial unifamiliar.

§ 1º - São admitidas atividades do Grupo II em edificações horizontais:I - na ADE do Mangabeiras, nos terrenos lindeiros à Av. dos Bandeirantes entre a Praça da Bandeirae Rua Professor Mello Cançado;II - na ADE do São Bento, nos terrenos lindeiros à Av. Michel Jeha.

§ 1º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 83)

§ 2º - Em edificações existentes, as atividades a que se refere o parágrafo anterior ficam isentas daexigência de limite de área.

§ 2º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 83)

Art. 81 - As ADEs do Mangabeiras, do Belvedere, do São Bento e de Santa Lúcia são destinadasexclusivamente ao uso residencial unifamiliar.

§ 1º - São admitidas atividades do Grupo II em edificações horizontais:I - na ADE do Mangabeiras, nos terrenos lindeiros à Av. dos Bandeirantes entre a Praça da Bandeirae a Rua Professor Mello Cançado;II - na ADE do São Bento, nos terrenos lindeiros à Av. Michel Jeha.

§ 2º - Em edificações existentes, as atividades a que se refere o parágrafo anterior ficam isentas daexigência de limite de área.

§ 3º - O perímetro da ADE de Santa Lúcia inicia-se na Rua Agena, por esta até a Rua Nazareth, poresta até a Rua Acarahy, seguindo por esta e cruzando a quadra 2590 até a Avenida Raja Gabaglia,por esta até a confluência com a Rua Agena, no ponto inicial.

§ 4º - Incluem-se na ADE de Santa Lúcia os lotes situados nos dois lados das ruas Agena, Nazareth eAcarahy.

Art. 81 com redação dada pela Lei nº 8.407, de 30/0 7/2002 (Art. 1º)

Art. 82 - A ADE da Cidade Jardim é área em que deverão ser adotadas políticas especificas visandoà preservação paisagística, cultural e histórica.

§ 1º - A lei específica que dispuser sobre a ADE da Cidade Jardim deve, além do previsto no art.75, § 1º, conter:I - os afastamentos e o gabarito das edificações;II - as intervenções físicas necessárias a sua preservação;III - os mecanismos de participação comunitária em sua gestão.

§ 2º - Até que seja promulgada a lei que dispuser sobre a ADE da Cidade Jardim, nela somente épermitido o uso residencial unifamiliar, respeitados os seguintes parâmetros urbanísticos:I - afastamento frontal mínimo de 5,00m (cinco metros);

Page 26: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

II - afastamentos laterais e de fundo mínimos de 3,00m (três metros).

§ 3º - As edificações existentes na data de publicação desta Lei e situadas em terrenos lindeiros àsavenidas do Contorno e Raja Gabaglia podem ser destinadas ao uso não residencial, respeitado oprevisto no parágrafo anterior.

Art. 82 regulamentado pela Lei nº 9.563, de 30/05/2 008

Art. 83 - A ADE de Santa Tereza, em função das características da ocupação histórico-cultural,demanda a adoção de medidas temporárias para proteger e manter o uso predominantementeresidencial.

§ 1º - No prazo de 12 (doze) meses após a vigência desta Lei, o Executivo deve encaminhar projetode lei relativo à ADE de Santa Tereza, contendo, além do previsto no art. 75, § 1º, os mecanismos departicipação da comunidade na gestão da região.

§ 2º - Até que seja aprovada a lei a que se refere o parágrafo anterior, além do uso residencial,somente é permitido na ADE de Santa Tereza o funcionamento de atividades relativas aos usos doGrupo I, respeitados os seguintes parâmetros urbanísticos:I - coeficiente de aproveitamento de 1,20 (um inteiro e vinte centésimos) para edificações residenciaise de 1,0 (um) para as destinadas aos usos não-residencial ou misto;II - afastamento frontal mínimo de 3,00m (três metros);III - gabarito das edificações de 15,00m (quinze metros).

Art. 84 - A ADE da Savassi é a que, em função de suas características, demanda a adoção deincentivos e normas especiais visando a sua revitalização.

Parágrafo único - À ADE da Savassi, aplicam-se as disposições da Lei nº 5.872, de 14 de março de1991.

Art. 85 - A ADE Hospitalar é a área que, devido à alta concentração de atividades da área de saúde ehospitalares de caráter geral, demanda a adoção de medidas visando a inibir a crescenteespecialização dos usos e a adequá-la aos já existentes.

§ 1º - O funcionamento e a ampliação das atividades hospitalares, comerciais e de prestação deserviços relacionadas à saúde e classificadas no Anexo X como dos grupos II e III ficamcondicionados a parecer favorável do COMPUR.

§ 2º - O trânsito de veículos na ADE Hospitalar deve ser reestruturado de forma a limitar o tráfego depassagem e diminuir os índices de poluição sonora e atmosférica.

§ 3º - Os espaços e os equipamentos públicos da ADE Hospitalar devem ser adaptados àscaracterísticas de seus usuários, em especial os portadores de deficiência.

§ 4º - Para a ADE Hospitalar devem ser estabelecidas normas complementares de controleambiental.

Art. 86 - A ADE de Interesse Ambiental é constituída por áreas nas quais existe interesse público napreservação ambiental, a ser incentivada pela aplicação de mecanismos compensatórios.

§ 1º - Na ADE de Interesse Ambiental, aplica-se o disposto no art. 61, I, do Plano Diretor.

§ 2º - Na ADE de Interesse Ambiental, havendo parecer favorável do COMAM, pode ser concentradoem parte do terreno todo o seu potencial construtivo.

Art. 87 - A ADE de Venda Nova é destinada ao desenvolvimento das atividades econômicas ligadasao setor têxtil e dele complementares, mediante a adoção de políticas que contemplem:I - a melhoria da acessibilidade a ela, por meio, dentre outros, de intervenções no sistema viário,implantação de terminal de transporte coletivo e de áreas de estacionamento;II - a implantação de incubadoras de empresas e de equipamentos indutores similares, visando amodernizar os processos produtivos e a otimizar a distribuição de produtos finais;III - a regularização urbanística e fundiária dos terrenos.

Page 27: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

§ 1º - A implantação das atividades econômicas referidas no caput pode ser estimulada por incentivosfiscais.

Art. 88 - A ADE da Lagoinha, em função de sua localização estratégica e da importância cultural eeconômica da região, é destinada:I - à proteção do patrimônio cultural e da paisagem urbana;II - à revitalização de áreas degradadas ou estagnadas;III - ao incremento ao desenvolvimento econômico.

§ 1º - No que se refere ao incremento das atividades econômicas na ADE da Lagoinha, devem seradotadas políticas que contemplem:I - a permanência das atividades econômicas tradicionais existentes na área;II - o estímulo à implantação de novas atividades compatíveis com as lá existentes;III - a implantação de incubadoras de empresas e de equipamentos indutores similares, visando amodernizar os processos produtivos.

§ 2º - A permanência e a implantação das atividades econômicas referidas no parágrafo anteriorpodem ser estimuladas por incentivos fiscais.

§ 3º - Os projetos de reurbanização necessários para as áreas degradadas ou subutilizadas podemser feitos por meio de operações urbanas.

Art. 89 - A ADE do Belvedere III é a área em que, em função da proximidade dos bairros Belvedere Ie II, somente é permitido o uso residencial.

Art. 90 - A ADE da Pampulha é a área em que, até que entre em vigor o plano previsto nos arts. 44 e45 do Plano Diretor, devem ser aplicados os seguintes parâmetros urbanísticos especiais:I - afastamento frontal mínimo de 5,00m (cinco metros);II - afastamentos laterais e de fundo mínimos de 3,00m (três metros);III - uso exclusivamente residencial, permitidos condomínios horizontais em conjunto de lotes, desdeque as unidades sejam isoladas e respeitem os parâmetros urbanísticos do zoneamento existente.

Parágrafo único - O trânsito na Avenida Otacílio Negrão de Lima deve ser reestruturado de forma alimitar o tráfego de veículos pesados.

Art. 91 - A ADE Trevo é destinada a estabelecer condições especiais de ocupação e uso, de forma agarantir e a preservar a paisagem das proximidades da lagoa da Pampulha, criando alternativa deocupação e mantendo a predominância do uso residencial da região até que seja aprovado o planoglobal previsto no Plano Diretor.

§ 1º - As edificações da ADE Trevo devem obedecer aos seguintes parâmetros:I - taxa de ocupação máxima de 50% (cinqüenta por cento);II - afastamento frontal mínimo de 5,00m (cinco metros);III - afastamentos laterais e de fundo mínimos de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros);IV - taxa de permeabilização mínima de 30% (trinta por cento);V - quota de terreno por unidade habitacional de 120m² (cento e vinte metros quadrados);VI - altura máxima na divisa de 9,00m (nove metros), contados a partir do nível médio doalinhamento.

§ 2º - Podem ser instalados condomínios residenciais na ADE Trevo, desde que cada unidaderespeite os parâmetros definidos no parágrafo anterior.

Art. 91-A - A ADE do Primeiro de Maio tem o objetivo de preservar as características tradicionais deuso e ocupação do bairro.

Parágrafo único - A altura das edificações não poderá ultrapassar dois pavimentos, prevalecendo asdemais disposições contidas nesta Lei.

Art. 91-A acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/ 2000 (Art. 84)

Art. 91-B - A ADE do Buritis é a área que, devido à precariedade de articulação viária da região com orestante da cidade, demanda a adoção de medidas visando inibir o crescente adensamento, cujoprocesso deve ser objeto de constante monitorização por parte do Executivo.

Page 28: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

§ 1º - As edificações na ADE do Buritis deverão respeitar os seguintes parâmetros:I - Quota de Terreno por Unidade Habitacional = 60m² (sessenta metros quadrados);II - Coeficiente de Aproveitamento para usos não residenciais = 1,0 (um);III - Nas quadras a montante do Parque Aggeo Pio Sobrinho, identificadas no Anexo I desta lei, àsfolhas 53 e 59 pelos números 11223, 11340, 11353, 11366, 11379, 11381, 11394, 11400, 11439,11441, 11454, 11495, 11501, 11514, 11527, 11530 e 9973, é admitido exclusivamente o usoresidencial unifamiliar e com os parâmetros do zoneamento existente.

§ 2º - Os empreendimentos de impacto que vierem instalar-se na ADE do Buritis devem adotarmedidas no sentido de mitigar os respectivos impactos nos acessos principais da área da ADE.

Art. 91-B acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/ 2000 (Art. 84)

CAPÍTULO VIIDAS PENALIDADES

Seção IDisposições Gerais

Art. 92 - O processo administrativo relativo a infração pelo descumprimento do disposto nesta Leideve ser feito, no que não contrarie o nela previsto, com os mesmos prazos e a forma aplicáveis pelodescumprimento do Decreto-Lei nº 84/40.

§ 1º - A infração ao disposto nesta Lei implica a aplicação de penalidades ao agente que lhe dercausa, nos termos deste Capítulo.

§ 2º - O infrator de qualquer preceito desta Lei deve ser previamente notificado, pessoalmente oumediante via postal com aviso de recebimento, para regularizar a situação, no prazo máximo de 30(trinta) dias, salvo nos casos de prazo menor fixados neste Capítulo.

Art. 93 - Em caso de reincidência, o valor da multa previsto nas seções seguintes seráprogressivamente aumentado, acrescentando-se ao último valor aplicado o valor básico respectivo.

§ 1º - Para os fins desta Lei, considera-se reincidência:I - o cometimento, pela mesma pessoa física ou jurídica, de nova infração da mesma natureza, emrelação ao mesmo estabelecimento ou atividade;II - a persistência no descumprimento da Lei, apesar de já punido pela mesma infração.

§ 2º - O pagamento da multa não implica regularização da situação nem obsta nova notificação em 30(trinta) dias, caso permaneça a irregularidade.

§ 3º - A multa será automaticamente lançada a cada 30 (trinta) dias, até que o interessado solicitevistoria para comprovar a regularização da situação.

§ 3º revogado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art . 96)

Art. 94 - A aplicação das penalidades previstas neste Capítulo não obsta a iniciativa do Executivo empromover a ação judicial necessária para a demolição da obra irregular, nos termos dos arts. 934, III,e 936, I, do Código de Processo Civil.

Seção IIDas Penalidades por Infrações a Normas de Parcelamento

Art. 95 - A realização de parcelamento sem aprovação do Executivo enseja a notificação do seuproprietário ou de qualquer de seus responsáveis para paralisar imediatamente as obras, ficandoainda obrigado a entrar com o processo de regularização do empreendimento nos 5 (cinco) dias úteisseguintes.

§ 1º - Em caso de descumprimento de qualquer das obrigações previstas no caput, o notificado ficasujeito, sucessivamente, a:I - pagamento de multa, no valor equivalente a 250 (duzentas e cinqüenta) UFIRs - Unidades Fiscaisde Referência - por metro quadrado do parcelamento irregular;I - pagamento de multa, no valor correspondente a 250 UFIR (duzentos e cinqüenta Unidades Fiscaisde Referência) por metro quadrado da gleba objeto do parcelamento irregular, considerando-se para

Page 29: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

esta finalidade a área cadastrada para efeitos de lançamento do Imposto Territorial do terreno emquestão;

Inciso I com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/ 12/2000 (Art. 85)II - embargo da obra, caso a mesma continue após a aplicação da multa, com apreensão dasmáquinas, equipamentos e veículos em uso no local das obras;III - multa diária no valor equivalente a 300 (trezentas) UFIRs, em caso de descumprimento doembargo.

§ 2º - Caso o parcelamento esteja concluído e não seja cumprida a obrigação prevista no caput, onotificado fica sujeito, sucessivamente, a:I - pagamento de multa no valor equivalente a 250 (duzentas e cinqüenta) UFIRs por metro quadradodo parcelamento irregular;II - interdição do local;III - multa diária no valor equivalente a 300 (trezentas) UFIRs, em caso de descumprimento dainterdição.

§ 3º - Caso as obras de implantação do parcelamento estejam sendo executadas sem que tenha sidoexpedido o Alvará de Urbanização ou em desacordo com os projetos aprovados, o notificado ficasujeito a:I - pagamento de multa, no valor equivalente a 150 UFIR (cento e cinqüenta Unidades Fiscais deReferência) por metro quadrado de área aprovada no projeto de parcelamento correspondente;II - embargo da obra, caso a mesma continue após a aplicação da multa, com apreensão dasmáquinas, equipamentos e veículos em uso no local das obras;III - multa diária no valor de 200 UFIRs (duzentas Unidades Fiscais de Referência) em caso dedescumprimento do embargo.

§ 3º acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 (Art. 85)

Art. 96 - A falta de registro do parcelamento do solo enseja a notificação do proprietário para que dêentrada no processo junto ao cartório competente nos 5 (cinco) dias úteis seguintes.

Parágrafo único - Em caso de descumprimento da obrigação prevista no caput, o notificado ficasujeito, sucessivamente, a:I - pagamento de multa, no valor equivalente a 150 (cento e cinqüenta) UFIRs por metro quadrado doparcelamento irregular;II - embargo da obra ou interdição do local, conforme o caso, e aplicação simultânea de multa diáriaequivalente a 200 (duzentas) UFIRs.

Art. 97 - A não conclusão da urbanização no prazo de validade fixado para o Alvará de Urbanizaçãosujeita o proprietário do parcelamento ao pagamento de multa no valor equivalente a 5.000 (cinco mil)UFIRs por mês, ou fração, de atraso.

Seção IIIDas Penalidades por Infrações a Normas de Edificação

Art. 98 - O acréscimo irregular de área em relação ao coeficiente de aproveitamento sujeita oproprietário do imóvel ao pagamento de multa, calculada multiplicando-se o valor do metro quadradodo terreno pelo número de metros quadrados acrescido e dividindo-se o produto por dez vezes oíndice do respectivo CA.

§ 1º - Se a área irregularmente acrescida se situar em cobertura, será o valor da multa aumentado em50% (cinqüenta por cento).

§ 2º - O valor do metro quadrado do terreno deve ser definido conforme a Planta de ValoresImobiliários utilizada para o cálculo do ITBI.

Art. 99 - A construção de mais unidades que o permitido sujeita o proprietário da edificação a multacorrespondente a 40% (quarenta por cento) do valor de cada unidade acrescida, apurado conformeos critérios utilizados para cálculo do ITBI.

Art. 100 - A desobediência aos parâmetros mínimos referentes às taxas de ocupação e depermeabilização sujeita o proprietário do imóvel ao pagamento de multa no valor equivalente a 1.000(mil) UFIRs por metro quadrado, ou fração, de área irregular.

Page 30: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

Art. 101 - A desobediência às limitações de gabarito sujeita o proprietário ao pagamento de multa novalor equivalente a 500 (quinhentas) UFIRs por metro cúbico, ou fração, do volume superior aopermitido, calculado a partir da limitação imposta.

Art. 102 - O desrespeito às medidas correspondentes à altura máxima na divisa sujeita o proprietáriodo imóvel ao pagamento de multa no valor equivalente a 500 (quinhentas) UFIRs por metro cúbico,ou fração, do volume superior ao permitido, calculado a partir da limitação imposta.

Parágrafo único - Referindo-se a irregularidade citada no caput apenas ao muro divisório, a multaserá equivalente a 500 (quinhentas) UFIRs por metro quadrado, ou fração, de área superior àpermitida, calculada a partir da limitação imposta.

Art. 103 - A invasão dos afastamentos mínimos estabelecidos nesta Lei ou o descumprimento dodisposto nos arts. 57 e 58 sujeitam o proprietário do imóvel ao pagamento de multa no valorequivalente a 250 (duzentas e cinqüenta) UFIRs por metro cúbico, ou fração, de volume invadido,calculado a partir da limitação imposta.

Art. 104 - A construção de edificação sem a aprovação do projeto arquitetônico sujeita o proprietário,cumulativamente, a:I - multa no valor equivalente a 1 (uma) UFIR por metro quadrado, ou fração, de área edificada;II - embargo da obra ou interdição da edificação, até que seja regularizada.

Parágrafo único - A aplicação das penalidades previstas no caput não elide a aplicação daspenalidades por desrespeito aos parâmetros urbanísticos previstos nesta Lei.

Art. 105 - A execução de área de estacionamento em desconformidade com o disposto nesta Leiimplica o pagamento de multa no valor equivalente a 1.000 (mil) UFIRs por vaga a menos, no caso denúmero de vagas inferior ao exigido por esta Lei.

Seção IVDas Penalidades por Infrações a Normas de Localização de Usos e de Funcionamento de Atividades

Art. 106 - O funcionamento de estabelecimento em desconformidade com os preceitos desta Leienseja a notificação para o encerramento das atividades irregulares em 10 (dez) dias.

§ 1º - O descumprimento da obrigação referida no caput implica:I - pagamento de multa diária no valor equivalente a:a) 250 (duzentas e cinqüenta) UFIRs, no caso de uso do Grupo I;b) 500 (quinhentas) UFIRs, no caso de uso do Grupo II;c) 1.000 (mil) UFIRs, no caso de uso do Grupo III;d) 3.000 (três mil) UFIRs, no caso de empreendimento de impacto;II - interdição do estabelecimento ou da atividade, após 5 (cinco) dias de incidência da multa.

§ 2º - O valor da multa diária referida no parágrafo anterior é acrescido do valor básico:I - a cada 30 (trinta) dias de incidência daquela, caso não tenha havido interdição;II - a cada 5 (cinco) dias, por descumprimento da interdição.

§ 3º - No caso de atividade poluente, assim considerada pela lei ambiental, é cumulativa com aaplicação da primeira multa a apreensão ou a interdição da fonte poluidora.

§ 4º - Para as atividades em que haja perigo iminente, enquanto este persistir, o valor da multa diáriaé equivalente a 3000 (três mil) UFIRs, podendo a interdição se dar de imediato, cumulativamente coma multa.

§ 5º - Para os fins deste artigo, entende-se por perigo iminente a ocorrência de situações em que secoloque em risco a vida ou a segurança de pessoas, demonstrada no auto de infração respectivo.

Seção VDa Penalidade Aplicável às Demais Infrações

Art. 107 - Pelo descumprimento de outros preceitos desta Lei não especificados nas seçõesanteriores, o infrator deve ser punido com multa no valor equivalente a 500 (quinhentas) UFIRs.

Page 31: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

CAPÍTULO VIIIDISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 108 - São parte integrante desta Lei:I - Anexo I - Glossário -;II - Anexo II - Mapa de Zoneamento -;III - Anexo III - Tabela de Características Geométricas das Vias -;IV - Anexo IV - Mapa de Hierarquização do Sistema Viário -;V - Anexo V - Tabela das Vias com Previsão de Recuo de Alinhamento -;VI - Anexo VI - Tabela de Parâmetros Urbanísticos -;VII - Anexo VII - Tabela de Afastamentos Mínimos Laterais e de Fundo -;VIII - Anexo VIII - Tabela de Número Mínimo de Vagas de Estacionamento -;IX - Anexo IX - Tabela de Faixa de Acumulação de Veículos -;X - Anexo X - Tabela de Classificação dos Usos -;XI - Anexo XI - Tabela de Localização dos Usos -;XII - Anexo XII - Mapa das Áreas de Diretrizes Especiais.

Art. 109 - São considerados lotes aprovados as partes de lotes que possam ser inequivocamenteidentificadas na planta cadastral de Belo Horizonte de 1942, elaborada na administração JuscelinoKubitschek de Oliveira.

§ 1º - Para que se constituam em planta de parcelamento do solo aprovada, devem os lotes receberidentificação que os correlacione com a planta cadastral.

§ 2º - O proprietário do lote citado no caput deve regularizar sua situação junto ao cartório de registrode imóveis, por meio de certidão de origem fornecida pelo Executivo.

§ 3º - Os loteamentos correspondentes a vilas e bairros que tenham sua existência anterior a 1979comprovada por meio de registro em cartório, escrituras, contrato de compra e venda, levantamentoaerofotogramétrico ou documento similar podem ser regularizados, desde que atendam à legislaçãoem vigor na época de sua instalação.

Art. 110 - Incorporado ao Regulamento do Decreto-Lei nº 84, de 21/12/1940 (Art. 90) Art. 110 com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/ 12/2000 (Art. 86)

Art. 111 - O zoneamento somente será revisto, mediante lei específica:I - em sua área de influência, sempre que aberta nova via regional ou arterial;II - em qualquer parte do Município, de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos, a partir da primeira revisão, queserá feita em 1998.II - em qualquer parte do Município, de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos, a partir de 1999, quandoocorrerá a primeira revisão.

Inciso II com redação dada pela Lei nº 7.795, de 10 /09/1999 (Art. 1º)

Art. 112 - Os acréscimos ao Anexo IV somente podem ser feitos da seguinte forma, respectivamente:I - por decreto, quando se tratar de aprovação de parcelamento;II - por lei, de 6 (seis) em 6 (seis) meses, com parecer prévio favorável do COMPUR, contados dadata de vigência desta Lei;III - por lei, quando objeto de operação urbana.

Parágrafo único - O decreto referido no inciso I não pode ser alterado por outro.

Art. 113 - O Executivo, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados da publicação desta Lei, deveprovidenciar a edição gráfica nas escalas 1:10.000 e 1:25.000, do mapa do Anexo II, bem como alistagem das vias com suas respectivas larguras.

Art. 114 - Os proprietários de lotes regularmente aprovados em ZPAM ou ZP-1 com área inferior a10.000m² (dez mil metros quadrados) ou em ZEIS podem utilizar os parâmetros construtivos dozoneamento que, dentre os lindeiros, ocupe maior extensão limítrofe à respectiva ZPAM, ZP-1 ouZEIS.

Page 32: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

Art. 114 - Os lotes regularmente aprovados em ZPAM ou ZP-1 com área de até 500m² (quinhentosmetros quadrados) poderão utilizar os parâmetros urbanísticos da ZP2.

Art. 114 com redação dada pela Lei nº 8.137, de 21/ 12/2000 (Art. 87)

Art. 115 – Incorporado ao Regulamento do Decreto-Lei nº 84, de 21/12/1940 (Ar t. 224, parágrafo único eart. 225)

Art. 116 – Incorporado à Lei nº 6.831, de 17/01/1995 (Art. 5º, § 2º)

Art. 116-A - Para valores numéricos fracionários resultantes da aplicação da Quota de Terreno porUnidade Habitacional, adota-se a seguinte regra:I - Os valores entre 0,01 (um centésimo) e 0,50 (cinqüenta centésimos), inclusive, são arredondadospara o número inteiro imediatamente inferior..II - Os valores entre 0,50 (cinqüenta centésimos) e 1,00 (um inteiro), exclusive, são arredondadospara o número inteiro imediatamente superior.

Art. 116-A acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12 /2000 (Art. 88)

Art. 117 - Esta Lei entra em vigor 120 (cento e vinte) dias após a sua publicação, revogando asdisposições em contrário, especialmente:I - os arts. 41 a 45, 47 e 48 e 264 a 268 do Decreto-Lei nº 84/40;II - a Lei nº 2.662, de 29 de novembro de 1976;

Inciso II retificado em 21/06/2006III - a Lei nº 4.034, de 25 de março de 1985;IV - a Lei nº 4.129, de 18 de junho de 1985;V - a Lei nº 4.704, de 8 de maio de 1987;VI - a Lei nº 4.850, de 19 de outubro de 1987;VII - a Lei nº 5.010, de 22 de fevereiro de 1988;VIII - a Lei nº 5.021, de 23 de março de 1988;IX - a Lei nº 5.106, de 17 de maio de 1988;X - a Lei nº 5.125, de 25 de maio de 1988;XI - a Lei nº 5.161, de 7 de julho de 1988;XII - a Lei nº 5.384, de 14 de novembro de 1988;XIII - a Lei nº 5.485, de 27 de dezembro de 1988;XIV - a Lei nº 5.489, de 28 de dezembro de 1988;XV - a Lei nº 5.550, de 17 de janeiro de 1989;XVI - a Lei nº 5.663, de 2 de fevereiro de 1990;XVII - a Lei nº 5.831, de 4 de dezembro de 1990;XVIII - a Lei nº 5.835, de 21 de dezembro de 1990;XIX - a Lei nº 5.982, de 18 de outubro de 1991;XX - a Lei nº 6.262, de 20 de novembro de 1992;XXI - a Lei nº 6.515, de 26 de janeiro de 1994;XXII - a Lei nº 6.521, de 26 de janeiro de 1994.

Parágrafo único - Ficam revogadas as leis que alteraram o zoneamento previsto na Lei nº 4.034/85,especialmente a nº 6.773, de 6 de dezembro de 1994.

CAPÍTULO IXDISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 1º - Além da restrição prevista no Anexo XI, até que seja promulgada a lei de que trata o art. 69,fica vedada:I - nas vias locais, a localização dos usos do Grupo II;II - nas vias coletoras com menos de 15,00m (quinze metros) de largura, a localização dos usos doGrupo III.

Parágrafo único - Até a promulgação da lei referida no caput, fica o funcionamento das demaisatividades admitidas sob condições no Anexo XI sujeito apenas às limitações de localização neleprevistas, respeitada a legislação de posturas, ambiental e sanitária pertinente.

Art. 1º revogado pela Lei nº 8.137, de 21/12/2000 ( Art. 97, § 6º)

Art. 2º - Até que seja promulgada a lei de que trata o art. 74, são considerados de impacto osseguintes empreendimentos:

Page 33: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

I - os destinados a uso não residencial nos quais a área líquida da edificação seja superior a 6.000m²(seis mil metros quadrados);II - os destinados a uso residencial que tenham mais de 150 (cento e cinqüenta) unidades;III - os destinados a uso misto em que o somatório da razão entre o número de unidades residenciaise 150 (cento e cinqüenta) e da razão entre a área líquida da parte da edificação destinada ao uso nãoresidencial e 6.000m² (seis mil metros quadrados) seja igual ou superior a 1 (um);IV - os parcelamentos de solo vinculados, exceto os propostos para terrenos situados na ZEIS comárea total parcelada inferior a 10.000m² (dez mil metros quadrados);V - os seguintes equipamentos urbanos e similares:a) aterros sanitários e usinas de reciclagem de resíduos sólidos;b) autódromos, hipódromos e estádios esportivos;c) cemitérios e necrotérios;d) matadouros e abatedouros;e) presídios;f) quartéis;g) terminais rodoviários, ferroviários e aeroviários;h) corpo de bombeiros;i) terminais de carga;j) jardim zoológico;l) jardim botânico.

Parágrafo único - A instalação, a construção, a ampliação ou o funcionamento dos empreendimentosreferidos neste artigo estão sujeitos à elaboração do EIA, do RIMA e à aprovação prévia do COMAM,dispensadas as demais exigências do art. 74.

Art. 3º - O exame, as correções e a aprovação dos projetos técnicos, urbanísticos e arquitetônicos, deconstrução, edificação e parcelamento do solo para fins urbanos protocolizados até a data devigência desta Lei devem ser feitos de acordo com o disposto no Decreto-Lei nº 84/40 e na Lei nº4.034/85.

§ 1º - É obrigatória a aprovação dos projetos referidos no caput a menos que, convocado oresponsável por escrito, não efetue as correções no prazo de 30 (trinta) dias, contado do recebimentoda convocação.

§ 2º - Sob pena de caducidade do Alvará de Construção, devem as obras relativas aos projetosaprovados conforme a Lei nº 4.034/85 ser iniciadas no maior dentre os seguintes prazos:I - 1 (um) ano, contado da vigência desta Lei;II - 6 (seis) meses, contados da aprovação do projeto.

Art. 4º - Os projetos aprovados anteriormente a vigência desta Lei podem ser enquadrados aos usosnela previstos, permitidas modificações internas.

Parágrafo único - No caso de ser a área anteriormente aprovada superior à permitida por esta Lei,não podem as modificações previstas no parágrafo anterior implicar aumento de área líquidaedificada.

Art. 5º - Os proprietários de parcelamentos cujo processo esteja em tramitação na data de publicaçãodesta Lei têm o prazo de 120 (cento e vinte) dias, contado da aprovação do processo, paraprotocolizarem, nos termos da Lei nº 4.034/85, os respectivos projetos arquitetônicos.

Art. 6º - No prazo de 12 (doze) meses, contados da data da vigência desta Lei, o Executivo deveencaminhar à Câmara Municipal projeto de lei contendo o código de obras, observadas as diretrizesdo Plano Diretor e desta Lei.

Art. 7º - No prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados da data da publicação desta Lei, deve serestabelecidos em decreto:I - as normas complementares para os procedimentos gerais e de rotinas e especificações técnicaspara apresentação de projetos de parcelamento e edificação;II - os critérios para numeração de lotes;III - os critérios para garantias da execução de projetos de parcelamento e da sua fiscalização;IV - as normas de regularização de partes de lote com escritura anterior ao ano de 1940;V - padrões de urbanização para parcelamentos, diferenciados de acordo com a finalidade doloteamento.

Page 34: Belo Horizonte - Lei 7166, de 27/08/96

Art. 8º - Às edificações cujo Alvará de Construção tenha sido obtido na vigência da Lei nº 4.034/85aplicam-se as penalidades nela previstas.

Art. 9º - Serão estabelecidos por decreto os prazos de:I - expedição de diretrizes para o projeto de loteamento;II - exame e aprovação de projeto de loteamento;III - exame e aprovação de projeto de desmembramento;IV - elaboração de laudo de liberação pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente;V - exame e aprovação de projetos de modificação de parcelamento;VI - exame e aprovação de projetos de reparcelamento.

Parágrafo único - O limite máximo a ser estabelecido para os prazos referidos nos incisos é de 90(noventa) dias.

Art. 10 - Enquanto inexistir legislação específica sobre o assunto, nos edifícios públicos devem serreservadas vagas de estacionamento de veículos para uso de deficientes físicos, próximas ao acessoà edificação, com largura mínima de 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros), na seguinteproporção em relação ao número mínimo de vagas exigido:I - até 100 (cem) vagas, 1 (uma) por 25 (vinte e cinco) ou fração;II - de 101 (cento e uma) a 300 (trezentas) vagas, 4 (quatro) pelas 100 (cem) primeiras, acrescidas de1 (uma) para cada 50 (cinqüenta) excedentes;III - acima de 300 (trezentas) vagas, 8 (oito) pelas 300 (trezentas) primeiras, acrescidas de 1 (uma)para cada 100 (cem) excedentes.

Art. 11 - O Executivo, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados da data de publicação desta Lei,deve encaminhar projeto de lei estabelecendo os parâmetros urbanísticos das ZEs constantes doAnexo II.

Parágrafo único - Até que estejam em vigor os parâmetros previstos no parágrafo anterior, devem serutilizados os do zoneamento que, dentre os lindeiros, ocupe maior extensão limítrofe a cada ZE.

Art. 12 - O Executivo deve encaminhar projeto de lei para adaptar a Lei nº 3.995, de 16 de janeiro de1985, e suas alterações, às prescrições desta Lei.

§ 1º - Enquanto não for feita a adaptação referida no caput, as áreas classificadas como ZEISs-1nesta Lei são regidas pela Lei nº 3.995/85, alterando-se o termo Setor Especial 4 - SE-4 - para Zonade Especial Interesse Social 1 - ZEIS-1.

§ 2º - Na parte ocupada desordenadamente da ZEIS-3, aplicam-se os dispositivos da Lei nº 3.995/85.

Art. 13 - As intervenções nas ADE´s de Interesse Ambiental devem ser analisadas pelo órgãoresponsável pelo meio ambiente, até que legislação específica entre em vigor.

Art. 13 acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/20 00 (Art. 89)

Art. 14 - Nos terrenos classificados como ZEIS-2, até que seja aprovada legislação específica, serãoadotados os parâmetros urbanísticos da maior zona limítrofe.

Art. 14 acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/20 00 (Art. 89)

Art. 15 - No prazo de 180 (cento e oitenta) dias contado da promulgação desta Lei, o Executivoenviará à Câmara Municipal projeto de lei estabelecendo novas ZEIS-2.

Art. 15 acrescentado pela Lei nº 8.137, de 21/12/20 00 (Art. 89)

Belo Horizonte, 27 de agosto de 1996

Patrus Ananias de SousaPrefeito de Belo Horizonte

Publicada no DOM de 28/08/1996