b3: petr3 (on) | petr4 (pn) · 2020. 4. 7. · foram postas em marcha iniciativas com foco na...
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B3: PETR3 (ON) | PETR4 (PN)
NYSE: PBR (ON) | PBRA (PN)
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Teleconferência e Webcast de Resultado - 20 de fevereiro de 2020
Português: 10:00 hs no Rio de Janeiro / 8:00 hs em Nova Iorque / 13:00 hs no Reino Unido
Brasil: +55 11 3181-8565 ou +55 11 4210-1803
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Reino Unido: +44 20 3795-9972
Disclaimer Estas apresentações podem conter previsões acerca de eventos futuros. Tais previsões refletem apenas expectativas dos
administradores da Companhia sobre condições futuras da economia, além do setor de atuação, do desempenho e dos resultados
financeiros da Companhia, dentre outros. Os termos “antecipa", "acredita", "espera", "prevê", "pretende", "planeja", "projeta", "objetiva",
"deverá", bem como outros termos similares, visam a identificar tais previsões, as quais, evidentemente, envolvem riscos e incertezas
previstos ou não pela Companhia e, consequentemente, não são garantias de resultados futuros da Companhia. Portanto, os resultados
futuros das operações da Companhia podem diferir das atuais expectativas, e o leitor não deve se basear exclusivamente nas informações
aqui contidas. A Companhia não se obriga a atualizar as apresentações e previsões à luz de novas informações ou de seus
desdobramentos futuros. Os valores informados para 2019 em diante são estimativas ou metas. Adicionalmente, esta apresentação
contém alguns indicadores financeiros que não são reconhecidos pelo BR GAAP ou IFRS. Esses indicadores não possuem significados
padronizados e podem não ser comparáveis a indicadores com descrição similar utilizados por outras companhias. Nós fornecemos estes
indicadores porque os utilizamos como medidas de performance da companhia; eles não devem ser considerados de forma isolada ou
como substituto para outras métricas financeiras que tenham sido divulgadas em acordo com o BR GAAP ou IFRS. Vide definições de
Fluxo de Caixa Livre, EBITDA Ajustado e Endividamento Líquido no Glossário e respectivas reconciliações nas seções de Liquidez e
Recursos de Capital, Reconciliação do EBITDA Ajustado e Endividamento Líquido. Informações contábeis consolidadas auditadas pelos
auditores independentes de acordo com os padrões internacionais de contabilidade (IFRS).
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ÍNDICE
Mensagem do Presidente ............................................................................................................................ 4
Destaques do Resultado .............................................................................................................................. 8
Resultado Consolidado ................................................................................................................................. 10
Receita líquida ................................................................................................................................... 10
Custos dos produtos vendidos .................................................................................................... 11
Despesas operacionais .................................................................................................................. 12
EBITDA ajustado ............................................................................................................................. 14
Resultado financeiro ...................................................................................................................... 16
Lucro líquido ...................................................................................................................................... 17
Itens Especiais .................................................................................................................................. 18
Adoção do IFRS 16 .......................................................................................................................................... 19
Investimentos ................................................................................................................................................. 20
Gestão de Portfólio ........................................................................................................................................ 22
Liquidez e Recursos de Capital ..................................................................................................................... 24
Endividamento ............................................................................................................................................... 26
Resultado por segmento de negócio ....................................................................................................... 27
Exploração e Produção ................................................................................................................... 27
Refino ................................................................................................................................................. 29
Gás e Energia .................................................................................................................................... 30
Reconciliação do EBITDA Ajustado .......................................................................................................... 31
Demonstrações contábeis .......................................................................................................................... 32
Informações contábeis por segmento de negócio ............................................................................... 36
Glossário .......................................................................................................................................................... 47
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MENSAGEM DO PRESIDENTE
O PRIMEIRO ANO DA IMPLEMENTAÇÃO DE UMA NOVA ESTRATÉGIA
É com satisfação que compartilho com todos o resultado de um ano de trabalho intenso caracterizado pela implementação de uma
nova estratégia para a Petrobras, baseada em agenda transformacional sustentada por cinco pilares: maximização do retorno sobre
o capital empregado, redução do custo do capital, busca incessante por custos baixos, meritocracia e respeito às pessoas e ao meio
ambiente e foco na segurança das operações.
A confiança na qualidade da estratégia e em sua implementação eficiente foi amplamente respaldada pelo mercado de capitais. O
valor de mercado da Petrobras cresceu 25%, passando de US$ 80,9 bilhões no final de 2018 para US$101,1 bilhões em dezembro de
2019, com nossas ações tendo a maior alta entre as maiores companhias de petróleo do mundo.
Em menos de doze meses – de abril de 2019 a fevereiro de 2020 – foram realizadas com sucesso duas ofertas públicas secundárias
de distribuição de ações ordinárias da Petrobras de propriedade de bancos públicos, totalizando quase R$30 bilhões.
São merecedores de destaque na última transação, de R$22 bilhões, dois aspectos importantes: (a) condução com sucesso em meio
à fase de alta volatilidade de preços de ações e petróleo provocada pelo choque do coronavírus sobre a economia global; (b)
participação de 55.000 investidores individuais brasileiros na compra das ações, o que é extraordinariamente bom para o
desenvolvimento do mercado de capitais local.
Depois de anos de estagnação nossa produção de petróleo e gás superou a marca de 3 milhões boed. O custo médio de extração na
base caixa atingiu US$ 6,5 por barril no quarto trimestre de 2019, caindo em US$ 3,0 em relação ao início de 2018. As operações no
pré-sal, com custo da ordem de US$ 3 por barril1, deram contribuição relevante para a queda do custo médio total.
Nossas atividades geraram em 2019 lucro líquido contábil de R$ 40 bilhões, o maior da história da Petrobras, mesmo diante da queda
dos preços médios do petróleo de US$ 71 por barril em 2018 para US$ 64. Pagamos aos governos em royalties, impostos e bônus de
assinatura o valor total de R$ 246 bilhões, também recorde histórico, e que consolida a posição da companhia como maior
contribuinte do Brasil.
Para suportar o foco na eficiência e na geração de valor criamos duas novas diretorias; (a) Relações Institucionais, indispensável
numa empresa do porte e com as interações com governos e órgãos públicos como a Petrobras; (b) Transformação Digital e Inovação.
Num mundo que se transforma velozmente, a transformação digital e o emprego da inteligência artificial são cruciais para o futuro
da Petrobras. Estamos modernizando a infraestrutura de tecnologia da informação, com um salto na capacidade da computação de
alta performance (HPC) que em 2019 passou a ser de 3 vezes a de 2018 ( 9 PFLOPS) e no final de 2020 chegará a 10 vezes (30 PFLOPs)2.
O aumento na capacidade de HPC é necessário para viabilizar a aplicação de algoritmos mais sofisticados que nos darão uma
quantidade substancialmente maior de informações na exploração e em reservatórios de petróleo.
A gestão do portfólio implicou em desinvestimentos de ativos em que não somos donos naturais no valor de US$ 16,3 bilhões.
Fomos premiados pelo melhor Cross-Border M&A Deal de 2019 pela revista Latin Finance pela transação de venda da TAG, também
a maior do Brasil no ano passado.
1 Desconsiderando leasing de plataformas
2 1 PFLOPS equivale a capacidade de processamento de um quatrilhão de operações matemáticas por segundo.
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A transação de follow-on da BR Distribuidora foi a primeira privatização de empresa estatal via mercado de capitais na história do
Brasil, realizada de forma transparente e concorrendo para o desenvolvimento do mercado de capitais, extremamente relevante para
o desenvolvimento econômico. Em lugar de empresa com único dono, emerge uma companhia com capital diluído entre milhares de
acionistas, democratizando o capitalismo.
Os desinvestimentos de campos maduros, além dos efeitos positivos para a Petrobras em função da assimetria de percepção de
valor, têm contribuído para a formação de uma nova indústria do petróleo no Brasil composta por pequenos e médios produtores
que investem na recuperação de campos com baixa produtividade e custos elevados de extração, adicionando valor às economias
regionais.
A maximização do retorno sobre capital empregado compreende também a disciplina em sua alocação e o investimento na criação
de condições para o crescimento da produtividade.
Dadas as linhas de crédito para uso imediato contratadas, “revolving credit lines” no total de US$ 9 bilhões, diminuímos a meta de
caixa mínimo para US$ 5,5 bilhões. A retenção de um volume excessivo de caixa atuava como redutor do retorno do capital
empregado.
Foram tornados mais rigorosos os critérios para seleção de projetos, que deverão ser julgados segundo seus próprios méritos na
concorrência pelo capital escasso. A seletividade na alocação do capital foi posta à prova nos 3 leilões realizados pela ANP em
outubro e novembro, com a oferta de 45 blocos. A companhia apresentou propostas para apenas cinco, tendo sido vencedora em
quatro, C-M-477, Búzios, Itapu e Aram.
Conseguimos encurtar o período de ramp-up das plataformas para 9 meses em média e no transporte da P-70 da China para o Rio
de Janeiro utilizamos um navio dry-tow que diminuiu o tempo de viagem de 100 para 45 dias. Com o emprego de inteligência artificial,
estamos desenvolvendo projetos que têm potencial para revolucionar a exploração de petróleo e o desenvolvimento de projetos,
diminuindo substancialmente a probabilidade de furar poços secos e o período entre a descoberta e o primeiro óleo. Tais projetos
influenciarão muito positivamente a taxa de retorno sobre o capital empregado num futuro não muito distante.
A excelência da Petrobras em inovação foi reconhecida pela premiação na Offshore Technology Conference (OTC) Brasil 2019,
Distinguished Achievement Award pelo teste de longa duração do projeto de Libra. Pela quarta vez desde 1991 nossa competência
foi novamente reconhecida, por meio do prêmio Distinguished Achievement Award for Companies, o principal da indústria global de
petróleo e gás, na OTC 2020 Houston pelo conjunto de inovações desenvolvidas para viabilizar a produção do campo de Búzios.
Os desinvestimentos foram fundamentais para ajudar a viabilizar o foco nos ativos em que somos o dono natural, permitindo
investimento total de US$ 27,4 bilhões, sendo US$ 16,7 bilhões na aquisição de direitos de exploração e produção de petróleo nos
blocos já mencionados. Búzios é muito especial por ser o maior campo offshore descoberto no mundo, um verdadeiro ativo de classe
mundial com enormes reservas, baixo risco para a Petrobras e custo de extração abaixo de US$ 4 por barril.
Não se trata de discutir se a Petrobras será maior ou menor no futuro. Nossa meta é que no futuro seja muito melhor, a melhor em
geração de valor no mundo. Não há downsizing, buscamos o smartsizing.
Simultaneamente à viabilização do financiamento de investimentos com elevado retorno esperado, os desinvestimentos e a forte
geração de caixa operacional – no valor recorde de R$101,7 bilhões - permitiram a diminuição da dívida em US$ 24,5 bilhões. Somada
a isso a gestão eficiente de passivos trocou dívida curta e de custo elevado por dívida longa e de custo mais baixo.
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A combinação de redução da dívida com a administração de passivos permitiu economia de US$1,2 bilhão no pagamento de juros,
com redução do custo médio do endividamento para 5,9% ao ano e ampliação de seu prazo médio para 10,8 anos.
Recebemos com grande felicidade a premiação da Latin Finance pelo melhor Corporate Liability Management Program de 2019.
Obtivemos melhoria no stand alone credit rating pelas três principais agências de risco de crédito, o que nos estimula a prosseguir
na luta pela reconquista do investment-grade rating.
Outro foco de nossos esforços tem sido na eliminação de contingências e passivos off-balance. Conseguimos reduzir o contencioso
em R$ 35,5 bilhões, mesmo após os efeitos da atualização monetária.
Como resultado de má gestão durante vários anos, o fundo de pensão de nossos empregados, Petros, sofreu pesados prejuízos,
colocando em risco o pagamento de aposentadorias de milhares de pessoas. A operação Greenfield investiga a prática de atos ilícitos
em diversos fundos de pensão, incluindo a Petros.
Estamos trabalhando incansavelmente para solucionar os desafios da Petros. O plano de pensão dos empregados que ingressaram
na Petrobras antes de 2002 apresenta déficits crescentes e as tentativas de solução deste problema foram ineficazes no passado.
Estamos aprovando um plano de equacionamento muito mais eficaz que reduzirá o impacto sobre os empregados e propondo um
novo plano de contribuição definida com forma de solução a longo prazo.
Foram postas em marcha iniciativas com foco na meritocracia, compreendendo incentivos alinhados com os interesses dos acionistas
e ajudando a formar uma cultura de valor na companhia.
Nosso Conselho de Administração aprovou um plano efetivo de remuneração variável com metas baseadas em geração de valor. Os
bônus referentes a 2019 serão distribuídos após a Assembleia Geral de Acionistas. Ao mesmo tempo, foi implantado um programa
de EVA (economic value added) que começará a ser aplicado em 2020.
Além de métrica para a remuneração variável, o EVA permite a identificação de ineficiências e sobretudo empodera nossos
colaboradores levando-os a assumir o papel de empreendedores responsáveis por seus próprios negócios.
Entre os diversos esforços para a redução de custos lançamos uma família de programas incentivados de demissão voluntária, com
a adesão até o final de 2019 de 3.294 empregados, dos quais 995 já deixaram a Petrobras.
A lentidão dos processos se constitui em importante fonte de custos elevados e baixa produtividade. Estamos enfrentando essa
questão com a delegação de poderes para gerentes, respeitados é claro altos padrões de governança corporativa e compliance.
Simultaneamente, o emprego da transformação digital começa a gerar efeitos positivos em áreas corporativas, como no
departamento jurídico onde conseguimos eliminar numa primeira onda a emissão de 20.000 documentos por ano, o que poupa
expressivo número de homens hora de trabalho e causa ganhos de eficiência.
Estamos preparando o futuro da Petrobras, que depende das pessoas e da qualidade de seu estoque de capital humano. Uma de
nossas tarefas mais relevantes é a identificação de jovens talentos, promovendo-os a cargos gerenciais e os preparando para serem
os futuros líderes da companhia.
O programa de treinamento para os empregados foi reformulado para atender às demandas derivadas da estratégia de longo prazo
e com seleção mais criteriosa dos empregados a serem treinados. Simultaneamente, eliminamos desperdícios, procurando fazer
muito mais com menos. Além das disciplinas obrigatórias, exigidas pela regulação, estamos dando ênfase por exemplo em liderança,
finanças, geociências, inteligência artificial e métodos matemáticos.
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Da mesma forma as atividades de pesquisa e desenvolvimento do CENPES, anteriormente muito voltadas para o atendimento da
exigência de investimento mínimo obrigatório em P&D, foram reorientadas para o alinhamento com a estratégia da companhia.
Na área social nossos programas estão priorizando o investimento em capital humano na primeira infância para crianças de 0 a 6
anos, onde a taxa de retorno social é elevada, na medida em que cria poderoso canal de mobilidade econômica e social para os
nascidos em famílias pobres. Além disso, são prioridades o meio ambiente, a ciência e o esporte para a infância e juventude.
Nossos esforços têm sido reconhecidos e, em 2019, atingimos a pontuação de 46,6% no Corporate Human Rights Benchmark,
resultado superior ao obtido em 2018 de 17,6% e também à média de 29% para empresas do setor de mineração e petróleo.
A Petrobras está fortemente comprometida com a sustentabilidade. Estamos associados a Oil and Gas Climate Initiative (OGCI) e
priorizando a descarbonização de nossas operações, com metas e ações para redução das emissões de CO2 e metano e aumento da
captura de carbono. O crescimento do reuso de água se constitui também em preocupação importante, na medida em que ainda é
baixo nosso percentual.
Nossas operações em E&P emitem 17,3 kg de carbono equivalente por barril de petróleo, o que nos coloca em segundo lugar entre
as grandes empresas de petróleo no mundo, emitindo mais somente do que a Equinor.
Continuamos a investir em pesquisa no desenvolvimento de combustíveis mais amigáveis ao meio ambiente e na aquisição de
competências para que no futuro possamos ingressar no negócio de renováveis em condições de vencer.
Graças à qualidade de nosso petróleo a Petrobras está produzindo e comercializando combustível marítimo (bunker oil) com teor de
enxofre de 0,5% requerido pelas normas da International Maritime Organization, IMO 2020. Esse novo produto concorreu para elevar
o fator de utilização de nossas refinarias para percentual superior a 80% em janeiro de 2020.
A segurança é nossa prioridade máxima, e em 2019, atingimos o menor nível histórico da taxa de acidentados registráveis (TAR).
Foram 0,76 acidentes/milhão de homens-hora, um decréscimo de 24,7% em relação a 2018, estabelecendo um novo marco para a
indústria global do petróleo.
Apesar da conquista, não vamos parar por aqui. Continuamos a perseguir a meta de zero fatalidades, e é com profundo pesar que
registramos duas fatalidades em 2019.
Estamos num negócio com horizonte de longo prazo, em que temos os desafios de mitigar os efeitos negativos dos muitos erros
cometidos no passado, cuidar do curto prazo e nos prepararmos para as próximas décadas.
Avanços foram realizados, mas estamos ainda muito aquém do desejado. A Petrobras continua a ser uma das companhias de petróleo
mais endividadas do mundo, com dívida bruta de US$ 87,1 bilhões, alavancagem acima do recomendável para uma empresa de
petróleo e custos elevados. O retorno sobre o capital empregado ainda se mantém em patamar inferior ao custo do capital.
Desse modo, apesar das iniciativas estratégicas em curso, dos recordes de produção e dos números contábeis bastante favoráveis
que hoje estão sendo divulgados, não podemos relaxar. Existem muitos desafios à nossa frente e para os superar necessitamos da
continuidade dos esforços e da aplicação dos talentos de nossos profissionais, a verdadeira joia da coroa da Petrobras.
Finalmente, gostaria de reconhecer e agradecer o importante papel desempenhado por nosso Conselho de Administração que nos
concede firme apoio nesta caminhada.
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Destaques do resultado de 2019:
Lucro líquido e o EBITDA ajustado recordes de R$ 40,1 bilhões e R$ 129,2 bilhões, respectivamente.
O EBITDA ajustado teve um crescimento de 12,5% em relação a 2018, devido aos menores custos de produção e
menores contingências. O Lucro líquido teve um crescimento de 55,7% influenciado pelos ganhos de capitais com a
venda de ativos.
Em 2019, o índice dívida líquida/LTM EBITDA ajustado subiu para 2,46x versus 2,34x em 2018, devido aos efeitos do
IFRS 16 em 2019. Uma vez expurgados tais efeitos, o índice teria sido 1,99x em 2019.
A remuneração aos acionistas sob a forma de dividendos e JCP foi no valor de R$ 10,6 bilhões, equivalente a R$ 0,73
por ação ordinária e R$ 0,92 por ação preferencial em circulação.
Destaques do resultado do 4T19:
O lucro líquido e o EBITDA ajustado da Companhia foram de R$ 8,2 bilhões e R$ 36,5 bilhões, respectivamente.
O EBITDA ajustado teve um crescimento de 12% em relação ao 3T19, devido aos menores custos de produção,
valorização das correntes de óleo e recuperação do Brent.
No 4T19, o índice dívida líquida/LTM EBITDA ajustado caiu para 2,46x versus 2,58x no 3T19, aplicando os efeitos do
IFRS 16. Uma vez expurgados tais efeitos, o índice teria sido 1,99x no 4T19.
O Conselho de Administração aprovou a a distribuição de remuneração aos acionistas sob a forma de dividendos no
valor de R$ 1,7 bilhão para as ações ordinárias e R$ 2,5 milhões para as ações preferenciais em circulação.
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Principais indicadores*
Tabela 1 - Principais indicadores Variação (%)
R$ milhões 4T19 3T19 4T18 2019 2018 4T19 /
3T19
4T19 /
4T18
2019 /
2018
Receita de vendas 81.771 77.051 82.781 302.245 310.255 6,13 (1,22) (2,58)
Lucro bruto 37.056 30.006 29.999 122.105 118.687 23,50 23,52 2,88
Despesas operacionais (22.057) (16.149) (18.932) (40.951) (58.142) (36,58) (16,51) 29,57
Lucro líquido - Acionistas Petrobras 8.153 9.087 2.102 40.137 25.779 (10,28) 287,87 55,70
Lucro líquido recorrente - Acionistas
Petrobras* 12.926 9.973 7.419 36.954 36.767 29,61 74,23 0,51
Fluxo de caixa operacional 30.693 32.824 26.108 101.766 95.846 (6,49) 17,56 6,18
Fluxo de caixa livre 23.243 25.718 16.241 73.232 55.450 (9,62) 43,11 32,07
EBITDA ajustado 36.529 32.582 29.161 129.249 114.852 12,11 25,27 12,54
EBITDA ajustado recorrente* 37.242 35.132 30.809 134.696 123.150 6,01 20,88 9,38
Dívida bruta (US$ milhões) 87.121 89.901 84.360 87.121 84.360 (3,09) 3,27 3,27
Dívida bruta excluindo IFRS 16 (US$ milhões) 63.260 66.070 84.175 63.260 84.175 (4,25) (24,85) (24,85)
Dívida líquida (US$ milhões) 78.861 75.419 69.378 78.861 69.378 4,56 13,67 13,67
Dívida líquida excluindo IFRS 16*
(US$ milhões) 55.000 51.588 69.193 55.000 69.193 6,61 (20,51) (20,51)
Dívida líquida/LTM EBITDA Ajustado (x) ** 2,46 2,58 2,34 2,46 2,34 (4,65) 5,13 5,13
Dívida líquida/LTM EBITDA Ajustado
excluindo IFRS 16(x)* ** 1,99 1,96 2,34 1,99 2,34 1,53 (14,96) (14,96)
Dólar médio de venda 4,12 3,97 3,81 3,95 3,65 3,78 8,14 8,22
Brent (US$/bbl) 63,25 61,94 67,76 64,30 71,04 2,11 (6,66) (9,49)
Preço de venda petróleo (US$/bbl) 63,00 58,10 66,71 61,25 66,66 8,43 (5,56) (8,12)
Preço derivados básicos - Mercado interno
(R$/bbl) 308,56 289,78 312,35 296,01 299,70 6,48 (1,21) (1,23)
TAR (Taxa de acidentes registrados por
milhão de homens-hora) 0,76 0,75 1,01 0,76 1,01 1,33 (24,75) (24,75)
ROCE Ajustado excluindo IFRS 16 - % 8,22 7,42 8,54 8,22 8,54 10,78 (3,75) (3,75)
* Vide reconciliação do Lucro líquido e EBITDA Ajustado excluindo itens especiais e os efeitos do IFRS 16 na seção de Itens especiais. Vide os efeitos do IFRS na seção
Impactos do IFRS 16.
** índice calculado utilizando o endividamento em reais.
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Resultado Consolidado
Receita líquida
Tabela 2 - Receita líquida por produtos Variação (%)
R$ milhões 4T19 3T19 4T18 2019 2018 4T19 /
3T19
4T19 /
4T18
2019 /
2018
Diesel 23.086 23.930 23.769 90.770 86.401 (3,5) (2,9) 5,1
Subvenção de Diesel − − 2.002 − 5.461 - (100,0) -
Gasolina 10.367 9.308 10.491 38.710 42.706 11,4 (1,2) (9,4)
Gás liquefeito de petróleo (GLP) 4.051 4.267 4.241 16.400 16.380 (5,1) (4,5) 0,1
Querosene de aviação (QAV) 4.033 3.684 4.506 15.113 15.430 9,5 (10,5) (2,1)
Nafta 1.738 1.395 2.480 6.579 9.017 24,6 (29,9) (27,0)
Óleo combustível (incluindo bunker) 1.047 900 1.138 4.038 4.541 16,3 (8,0) (11,1)
Outros derivados de petróleo 3.406 3.634 3.662 13.453 13.809 (6,3) (7,0) (2,6)
Subtotal de derivados 47.728 47.118 52.289 185.063 193.745 1,3 (8,7) (4,5)
Gás Natural 6.152 5.956 5.590 23.379 19.904 3,3 10,1 17,5
Renováveis e nitrogenados 177 241 375 960 1.343 (26,6) (52,8) (28,5)
Receitas de direitos não exercidos* 564 691 1.033 2.539 2.470 (18,4) (45,4) 2,8
Energia elétrica 1.597 1.090 760 5.196 7.549 46,5 110,1 (31,2)
Serviços, agenciamento e outros 962 791 1.259 3.692 4.916 21,6 (23,6) (24,9)
Total mercado interno 57.180 55.887 61.306 220.829 229.927 2,3 (6,7) (4,0)
Exportação de petróleo, derivados e outros 22.368 19.271 15.598 71.612 56.111 16,1 43,4 27,6
Vendas das unidades internacionais 2.223 1.893 5.877 9.804 24.217 17,4 (62,2) (59,5)
Total mercado externo 24.591 21.164 21.475 81.416 80.328 16,2 14,5 1,4
Total 81.771 77.051 82.781 302.245 310.255 6,1 (1,2) (2,6)
As receitas líquidas caíram 2,6% em 2019, apesar do aumento expressivo das exportações de óleo e derivados e do aumento de receita
de gás natural, devido à redução de 2% do Brent em reais, o menor volume de derivados vendidos a preços menores, com destaque
para gasolina e nafta. Também contribuíram para a queda nas receitas a redução da receita das unidades no exterior, refletindo a
venda dos ativos de E&P na Petrobras America, distribuidora no Paraguai e refinaria de Pasadena.
O 4T19 evidenciou um forte aumento das receitas com exportações de óleo e óleo combustível com baixo teor de enxofre devido a
valorização das cotações do Brent, aliado à valorização das nossas correntes de óleo devido ao IMO 2020. Além disso, houve maiores
preços médios dos derivados, com destaque para gasolina e diesel, que foram compensados com menores vendas no mercado
interno, basicamente diesel, devido ao aumento da concorrência no 4T19 e a sazonalidade do consumo. Adicionalmente houve, uma
maior receita com nafta devido a maiores volumes e maiores preços e com energia elétrica em razão de maior PLD.
A produção recorde de 3,025 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed) no 4T19 não foi totalmente traduzida em receita,
pois 7,5 milhões de barris do óleo permaneceram como estoque e estão classificados como exportação em andamento.
Em termos da composição da receita de vendas, o diesel continua sendo o produto mais relevante, representando 48% das receitas
com vendas de derivados no mercado interno, seguido da gasolina, com 22% das vendas.
11
Com relação as vendas ao mercado externo, temos a seguinte distribuição dos destinos das exportações:
Tabela 3 – Exportação de petróleo Tabela 4 – Exportação de derivados
País 4T19 3T19 2019
China 68% 64% 71% Estados Unidos 8% 13% 10%
Chile 4% 6% 5%
Índia 3% 4% 4%
Outros 16% 15% 10%
País 4T19 3T19 2019
Singapura 54% 31% 39% Estados Unidos 20% 50% 38% Holanda 0% 4% 3%
China 0% 1% 1%
Outros 26% 14% 18%
A China segue sendo o principal destino das nossas exportações de petróleo, seguida dos EUA e Chile. Já na exportação de derivados
houve um forte crescimento para Singapura em detrimento dos Estados Unidos no 4T19.
Custo dos produtos vendidos
Tabela 5 - Custo dos produtos
vendidos
Variação (%)
R$ milhões 4T19 3T19 4T18 2019 2018 4T19 /
3T19
4T19 /
4T18
2019 /
2018
Operações no Brasil (43.405) (45.611) (47.661) (172.237
)
(171.136
)
(4,8) (8,9) 0,6
Compras e importações (13.739) (13.591) (15.083) (51.403) (45.202) 1,1 (8,9) 13,7
Petróleo (5.085) (5.735) (6.455) (21.188) (17.165) (11,3) (21,2) 23,4
Derivados (4.707) (4.540) (7.225) (17.010) (17.388) 3,7 (34,9) (2,2)
Gás natural (3.947) (3.316) (1.403) (13.205) (10.649) 19,0 181,3 24,0
Produção (27.898) (30.011) (26.995) (114.021
)
(114.621
)
(7,0) 3,3 (0,5)
Petróleo (21.207) (23.557) (20.139) (88.131) (86.422) (10,0) 5,3 2,0
Participações governamentais (7.985) (8.421) (10.288) (33.692) (35.148) (5,2) (22,4) (4,1)
Demais custos (13.222) (15.136) (9.851) (54.440) (51.274) (12,6) 34,2 6,2
Derivados (3.690) (3.833) (3.214) (14.789) (15.114) (3,7) 14,8 (2,1)
Gás natural (3.001) (2.622) (3.642) (11.100) (13.085) 14,5 (17,6) (15,2)
Participações governamentais (665) (613) (956) (2.754) (3.275) 8,6 (30,4) (15,9)
Demais custos (2.336) (2.009) (2.687) (8.346) (9.810) 16,3 (13,0) (14,9)
Serviços prestados, energia elétrica,
renováveis, nitrogenados e outros (1.768) (2.009) (5.583) (6.813) (11.313) (12,0) (68,3) (39,8)
Operações no Exterior (1.310) (1.434) (5.121) (7.903) (20.432) (8,6) (74,4) (61,3)
Total (44.715) (47.045) (52.782) (180.140
)
(191.568
)
(5,0) (15,3) (6,0)
12
Em 2019, apesar da ligeira queda do Brent em Reais, conseguimos reduzir nossos custos dos produtos vendidos em 6% quando
comparado com 2018, devido a: (a) menores custos com a produção de gás natural e derivados, (b) menores gastos com energia
elétrica em função da menor geração e menores preços e (c) redução dos gastos com operações no exterior, refletindo os
desinvestimentos realizados, que mais que compensaram o aumento de gastos com importação de óleo e gás natural, devido ao
maior volume.
O custo dos produtos vendidos (CPV) totalizou R$ 44,7 bilhões no 4T19, uma redução de 5% em relação ao 3T19, mesmo com a subida
do Brent. Essa queda é evidenciada pelo menor custo de extração de petróleo no trimestre, quando houve redução de 15%,
alcançando US$ 8,2/boe, devido ao aumento do pré-sal no mix. Além disso, houve menor participação do petróleo importado na carga
processada, associado ao giro do estoque no Refino, com realização de menores custos no 4T19, formados a preços inferiores no
trimestre anterior, estimado em R$ 2,2 bilhões. Por outro lado, houve aumento nas participações governamentais, como resultado
do aumento da produção de óleo e gás.
Despesas operacionais
Tabela 6 - Despesas operacionais Variação (%)
R$ milhões 4T19 3T19 4T18 2019 2018 4T19 /
3T19
4T19 /
4T18
2019 /
2018
Despesas com vendas e gerais e
administrativas (7.744) (6.980) (3.571) (26.114) (22.084) 10,9 116,9 18,2
Vendas (5.709) (4.968) (1.404) (17.746) (13.938) 14,9 306,6 27,3
Materiais, serviços, aluguéis e outros (4.901) (4.160) (4.259) (14.549) (12.608) 17,8 15,1 15,4
Depreciação, depleção e amortização (550) (542) (111) (2.160) (518) 1,5 395,5 317,0
Perdas de créditos esperadas (55) (34) 3.165 (192) (63) 61,8 (101,7) 204,8
Gastos com pessoal (203) (232) (199) (845) (749) (12,5) 2,0 12,8
Gerais e administrativas (2.035) (2.012) (2.167) (8.368) (8.146) 1,1 (6,1) 2,7
Gastos com pessoal (1.432) (1.393) (1.605) (5.621) (5.473) 2,8 (10,8) 2,7
Materiais, serviços, aluguéis e outros (464) (480) (471) (2.119) (2.267) (3,3) (1,5) (6,5)
Depreciação, depleção e amortização (139) (139) (91) (628) (406) − 52,7 54,7
Despesas exploratórias para extração de
óleo gás (1.873) (276) (466) (3.197) (1.904) 578,6 301,9 67,9
Despesa com pesquisa e desenvolvimento
tecnológico (599) (578) (633) (2.268) (2.345) 3,6 (5,4) (3,3)
Tributárias (1.312) (560) (1.102) (2.484) (2.475) 134,3 19,1 0,4
Reversão/Perda no valor de recuperação de
ativos - Impairment (9.139) (2.410) (6.307) (11.630) (7.689) 279,2 44,9 51,3
Outras (despesas) receitas (1.390) (5.345) (6.853) 4.742 (21.645) (74,0) (79,7) (121,9)
Total (22.057) (16.149) (18.932) (40.951) (58.142) 36,6 16,5 (29,6)
Em 2019 houve uma grande redução das despesas operacionais devido ao ganho com alienação de ativos, de R$ 25,7 bilhões,
principalmente pela TAG e ativos de E&P, compensadas por um maior impairment, principalmente no 4T19 e aumento de despesas
com vendas devido ao pagamento de tarifas para o uso do gasoduto da TAG (R$ 3 bilhões), maiores gastos logísticos com
exportações, aumento dos custos de frete e desvalorização do real frente ao dólar. O aumento na linha de despesas gerais e
administrativas se deveu a reclassificações internas de gastos. Excluindo esse efeito, tais despesas teriam caído cerca de R$ 100
milhões.
13
No 4T19, as despesas com vendas e gerais e administrativas foram de R$ 7,7 bilhões, um aumento de 10,9% em relação ao 3T19,
principalmente devido a maiores gastos logísticos causado pelo maior volume de exportações e aumento dos custos de frete e
desvalorização média do real frente ao dólar.
As despesas exploratórias para extração de óleo e gás no 4T19 foram de R$ 1,9 bilhão, devido a maiores gastos com poços
subcomerciais, gastos com geologia/geofísica, com destaque para aquisição de dados sísmicos regionais que subsidiam avaliação de
novas áreas. Adicionalmente houve aumento das despesas tributárias devido à adesão aos programas de anistias estaduais.
As despesas relativas a impairment, usualmente concentradas no quarto trimestre, aumentaram 279% devido principalmente à
revisão das premissas do novo plano estratégico bem como o adiamento do investimento no 2º trem da RNEST e cancelamento da
Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN III). No dia 10 de fevereiro de 2020 anunciamos a abertura do processo de venda da
UFN III.
Por outro lado, outras despesas diminuíram devido a ganhos de venda de ativos e menores contingências..
A seguir, apresentamos o detalhamento dos impairments reconhecidos no 4T19:
Tabela 7 - Impairments
Consolidado - R$ milhões
Ativos por natureza Impairment Detalhamento
Campos de produção (6.590) A revisão de expectativa de curva de Brent
2º Trem - RNEST (2.199) Postergação da previsão de entrada em operação
UFN III (824) Provisão de impairment de 100%
PO&G (366) Conclusão da venda com ajuste de preços
Navio Sonda (Vitória 10.000) (194) Conclusão da venda em janeiro 2020
UTE Termocamaçari (101) Hibernação da UTE
Navios Transpetro 425 Melhora no mercado atual de fretes
Campos de E&P – mantido
para venda 365 Signing da venda dos campos de Frade e Polo Lagoa Parda
Comperj 206 Utilidades construídas no Comperj passarão a ser um prestador de serviço para a UPGN
Termobahia 157
Outros (4)
Total (9.139)
14
No 4T19, os ativos vinculados ao segmento de E&P apresentaram perdas em decorrência da redução significativa dos preços de
petróleo e gás natural projetados para o horizonte 2020-2024 e consequente incremento da provisão para desmantelamento de
áreas. As perdas estão vinculadas em grande parte ao campo de Papa-Terra, ao Polo Uruguá (campos de Uruguá e Tambaú) e ao Polo
CVIT (campos de Golfinho e Canapú).
Em relação à RNEST, houve uma postergação da previsão de entrada de produção do trem 2 em mais de 3 anos, afetando o valor
presente do ativo.
A UFN III teve 100% de impairment dada a ausência de intenção da companhia em completar a obra e ausência de ofertas firmes para
compra do ativo. Em fevereiro iniciamos um novo processo de venda da UFN III.
Entretanto, houve diversas reversões de impairment, em que são destacados os navios da Transpetro pois houve uma melhora no
mercado de fretes afetando as projeções futuras, os campos de E&P mantidos para venda (Frade e Polo Lagoa Parda), para os quais
o valor a ser recebido supera o valor contábil e com a obra em andamento da UPGN no Comperj que utilizará utilidades construídas
e passará a ser um prestador de serviço, assim tendo fluxos de entrada de caixa.
EBITDA ajustado
Em 2019 atingimos o EBITDA ajustado de R$ 129,2 bilhões, um aumento de 12% em relação a 2018, devido a redução dos custos de
produção (R$ 11,4 bilhões), menores contingências (R$ 2,5 bilhões) e adoção do IFRS16 (R$ 17,2 bilhões). Esse resultado positivo foi
parcialmente compensado pelo aumento das despesas de abandono (R$ 3 bilhões), aumento das despesas de vendas (R$ 3,8 bilhões)
e pela redução das margens dos derivados.
No 4T19, o EBITDA ajustado consolidado atingiu R$ 36,5 bilhões, aumento de 12% em relação ao 3T19, devido a menores custos de
produção, valorização das correntes e recuperação do preço do Brent. Por outro lado, houve aumento de gastos exploratórios,
menores margens de diesel, GLP e gasolina e adesão aos programas de anistias estaduais.3
*Indicador calculado com a produção comercial de 2,39Mmboed, que representa 86% da produção total de óleo e gás (Brasil e exterior)
15
O aumento do EBITDA ajustado/boe do 4T19, em relação ao 3T19, reflete a boa performance da produção, com o aumento do pré-
sal, que possui custo de extração menor no mix de produção devido ao ramp-up de novos sistemas nos campos de Lula e Búzios.
Ao analisarmos o indicador ao longo dos anos, verificamos um incremento significativo, reflexo, principalmente, da boa performance
e da maior eficiência em custos do pré-sal, que passou a representar 59% de produção de óleo no Brasil em 2019.
O aumento do índice EBITDA ajustado do Refino em US$/bbl no 4T19 reflete a elevação da margem de refino em função da IMO 2020.
Além disso, houve efeito positivo do estoque, devido à valorização do petróleo, na comparação trimestral.
16
Resultado financeiro*
Tabela 8 - Resultado Financeiro Variação (%)
R$ milhões 4T19 3T19 4T18 2019 2018 4T19 /
3T19
4T19 /
4T18
2019 /
2018
Receitas Financeiras 1.655 1.344 1.795 5.271 8.713 23,1 (7,8) (39,5)
Receita com aplicações financeiras e títulos
públicos 655 636 538 2.212 2.051 3,0 21,7 7,8
Deságio na recompra de títulos de dívida − 7 82 19 1.190 (100,0) (100,0) (98,4)
Ganhos com acordos assinados (setor
elétrico) − (4) 572 310 2.640 (100,0) - (88,3)
Outros 1.000 705 603 2.730 2.832 41,8 65,8 (3,6)
Despesas Financeiras (5.320) (9.623) (4.844) (27.878) (20.479) 44,7 (9,8) (36,1)
Despesas com financiamentos (4.180) (5.094) (5.182) (19.060) (21.528) 17,9 19,3 11,5
Despesas com arrendamentos * (1.483) (1.464) (8) (5.973) (36) (1,3) (18437,5
)
(16491,7
) Ágio na recompra de títulos de dívida (45) (2.641) (172) (3.380) (2.205) 98,3 73,8 (53,3)
Encargos financeiros capitalizados 1.338 1.248 1.638 5.250 6.584 7,2 (18,3) (20,3)
Atualização financeira da provisão de
desmantelamento (781) (770) (579) (3.128) (2.366) (1,4) (34,9) (32,2)
Outros (169) (902) (541) (1.587) (928) 81,3 68,8 (71,0)
Variações monetárias e cambiais, líquidas (2.925) (2.595) (4.108) (11.852) (11.732) (12,7) 28,8 (1,0)
Variações cambiais 587 23 (822) (253) (307) 2452,2 171,4 17,6
Reclassificação do hedge accounting (3.688) (2.962) (3.448) (12.397) (12.121) (24,5) (7,0) (2,3)
Outros 176 344 162 798 696 (48,8) 8,6 14,7
Total (6.590) (10.874) (7.157) (34.459) (23.498) 39,4 7,9 (46,6)
Em 2019, fomos muito ativos na gestão de dívidas, com forte acesso ao mercado internacional de capitais, com a recompra de R$
39,1 bilhões em títulos de dívida. Esse movimento, essencial para a redução contínua da dívida, resultou em despesa com ágio de R$
3.378 milhões. As despesas de arrendamento também aumentaram substancialmente devido à introdução do IFRS16 em 2019. O
grande esforço para reduzir a dívida resultou em uma diminuição de 11,5% nos juros sobre dívida financeira, passando de R$ 20,6
bilhões em 2018 para R$ 17,6 bilhões em 2019.
No 4T19, houve uma melhora de 39% no resultado financeiro, devido à redução na atividade de recompra de bonds no período. As
despesas financeiras continuaram diminuindo, como resultado da redução contínua da dívida.
* A partir de 2019, a companhia adotou o IFRS 16 prospectivamente e trouxe impactos nas despesas com juros depreciação. Para informações adicionais, vide o capítulo
Impactos do IFRS 16.
17
Lucro líquido atribuível aos acionistas Petrobras
O lucro líquido em 2019 atingiu R$ 40,1 bilhões, um aumento de 56% em relação a 2018, principalmente como resultado do ganho de
capital sobre desinvestimentos (principalmente TAG, BR Distribuidora e ativos de E&P), parcialmente compensado por maiores
despesas financeiras com gerenciamento da dívida no mercado de capitais, maior impairment e menores preços do Brent.
No 4T19, o lucro líquido diminuiu 10% para R$ 8,2 bilhões, principalmente devido ao ganho de capital de R$ 13,9 bilhões com a venda
da BR Distribuidora registrado no 3T19 e maior impairment. Por outro lado, houve melhora nas margens de petróleo, menores
despesas financeiras e ganhos de capital com a venda de ativos de E&P.
Lucro líquido recorrente atribuível aos acionistas Petrobras e EBITDA ajustado recorrente
Em 2019 o lucro líquido e o EBITDA ajustado excluindo o impacto dos itens não recorrentes foram de R$ 37,0 bilhões e R$ 134,7
bilhões, respectivamente.
No 4T19 o lucro líquido e o EBITDA ajustado excluindo o impacto dos itens não recorrentes foram de R$ 12,9 bilhões e R$ 37,2 bilhões,
respectivamente. No lucro líquido, os itens não recorrentes totalizaram R$ 7,6 bilhões antes dos impostos, com destaque para
impairment (R$ 9,1 bilhões) e no EBITDA ajustado os itens não recorrentes somaram R$ 713 milhões .
18
Itens especiais* Tabela 9 - Itens especiais Variação (%)
R$ milhões 4T19 3T19 4T18 2019 2018 4T19 /
3T19
4T19 /
4T18
2019 /
2018
Lucro líquido 8.538 8.840 2.978 40.970 26.698 (3,4) 186,7 53,5
Itens não recorrentes (7.585) 1.500 (8.056) 9.328 (14.827
)
(605,7) 5,8 162,9
Itens não recorrentes que não afetam o EBITDA
Ajustado (6.872) 4.050 (6.407) 14.775 (6.529) (269,7) (7,3) 326,3
Impairment de ativos e de investimentos (9.148) (2.403) (6.432) (11.646
)
(7.582) (280,7) (42,2) (53,6)
Realização de ajustes acumulados de conversão -
CTA − − − (127) − - - -
Resultado com alienação e baixa de ativos 2.554 (645) (774) 23.798 1.073 496,0 430,0 2.117,9
Ganho com o follow on da BR Distribuidora − 13.948 − 13.948 − - - -
Efeito de variação cambial sobre contingências
relevantes em moeda estrangeira − (561) 317 (476) (1.646) (100,0) (100,0) 71,1
Acordos assinados referente ao setor elétrico * − (4) 572 310 2.640 (100,0) (100,0) (88,3)
Deságio referente à antecipação de recebíveis do
setor elétrico¹ − (509) − (509) − - - -
Baixa de ativos fiscais diferidos (235) (3.142) − (7.164) − 92,5 − −
Ágio/deságio na recompra de títulos de dívidas (43) (2.634) (90) (3.359) (1.014) 98,4 52,2 (231,3)
Outros itens não recorrentes (713) (2.550) (1.649) (5.447) (8.298) 72,0 56,8 34,4
PDV (187) (269) 1 (791) 8 30,5 (18.800,0) (9.987,5)
Plano de carreiras e remuneração (1) (1) (16) (7) (1.156) − 93,8 99,4
Ressarcimento de valores - Operação Lava Jato 119 446 65 874 1.801 (73,3) 83,1 (51,5)
Resultado relacionado a desmantelamento de
áreas (633) (4) 2.366 (637) 2.365 (15.725,0) (126,8) (126,9)
Programas de anistias estaduais (909) − (417) (909) (888) − (118,0) (2,4)
Perdas de crédito esperadas referentes ao setor
elétrico − 3 2.406 (62) (863) (100,0) (100,0) 92,8
(Perdas)/Ganhos com contingências judiciais 990 (2.854) (4.990) (3.918) (8.787) 134,7 119,8 55,4
Equalização de gastos - AIP (92) 129 (1.064) 3 (1.064) (171,3) 91,4 100,3
Receita com multa contratual pela não
concretização da venda da Liquigás − − − − 286 - - (100,0)
Efeito líquido dos itens não recorrentes no IR/CSLL 2.812 (2.386) 2.739 (6.145) 3.839 217,9 2,7 (260,1)
Lucro líquido recorrente 13.311 9.726 8.295 37.787 37.686 36,9 60,5 0,3
Acionistas Petrobras 12.926 9.973 7.419 36.954 36.767 29,6 74,2 0,5
Acionistas não controladores 385 (247) 876 833 919 255,9 (56,1) (9,4)
Efeito do IFRS 16 no lucro líquido (523) (920) − (2.842) − 43,2 - -
EBITDA ajustado 36.529 32.582 29.160 129.249 114.852 12,1 25,3 12,5
Itens não recorrentes (713) (2.550) (1.649) (5.447) (8.298) 72,0 56,8 34,4
EBITDA ajustado recorrente 37.242 35.132 30.809 134.696 123.150 6,0 20,9 9,4
Efeitos do IFRS 16 5.240 3.769 − 17.211 − 39,0 − −
No julgamento da Administração, os itens especiais apresentados acima, embora relacionados aos negócios da companhia, foram
destacados como informação complementar para um melhor entendimento e avaliação do resultado. Tais itens não ocorrem
necessariamente em todos os períodos, sendo divulgados quando relevantes. No 4T19 a baixa de ativos fiscais diferidos e o ágio/
deságio na recompra de títulos de dívidas foram classificados como itens não recorrentes, acarretando em reclassificações nos
resultados dos períodos comparativos.
* Registrado no resultado financeiro.
19
Adoção do IFRS 16
Estão demonstrados na tabela abaixo os impactos nas principais linhas do Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado e do
Fluxo de Caixa.
Tabela 10 – Efeitos da adoção do IFRS16
R$ milhões Divulgado em
31.12.2019
Efeitos da adoção
do IFRS 16
Saldo sem os efeitos do
IFRS 16 em 31.12.2019
Balanço Patrimonial
Ativo 926.011 90.658 835.353
Passivo 926.011 90.658 835.353
Demonstração do Resultado
Lucro bruto 122.105 892 121.213
Despesas operacionais (40.951) 774 (41.725)
Lucro (prejuízo) operacional 81.154 1.666 79.488
Resultado financeiro líquido (34.459) (5.973) (28.486)
Participação em investimentos 547 − 547
Lucro (prejuízo) antes dos impostos 47.242 (4.307) 51.549
Imposto de renda e contribuição social (16.400) 1.464 (17.864)
Lucro líquido (prejuízo) das operações continuadas 30.842 (2.843) 33.685
Lucro líquido (prejuízo) das operações descontinuadas 10.128 − 10.128
Lucro líquido (prejuízo) 40.970 (2.843) 43.813
Demonstração do Fluxo de Caixa
Atividade operacional 101.766 15.691 86.075
Atividades de investimentos (7.952) 4.970 (12.922)
Atividades de financiamentos (126.336) (20.661) (105.675)
Caixa e equivalentes de caixa no fim do período 29.729 − 29.729
Dívida líquida 317.867 95.464 222.403
EBITDA ajustado 129.249 17.211 112.038
Dívida líquida/ LTM EBITDA ajustado 2,46 0,47 1,99
A adoção do IFRS 16 não altera a estratégia de desalavancangem da Petrobras, mantendo a meta de reduzir o índice dívida líquida/
EBITDA ajustado para 1,5x em 2020.
20
Investimentos
Os valores de investimentos (Capex) consideram aquisição de ativos imobilizados, incluindo gastos com arrendamentos, intangíveis,
investimentos em controladas e coligadas, despesas com geologia e geofísica, despesas com pesquisa e desenvolvimento e gastos
pré-operacionais. Ao Capex apresentado nesta sessão do relatório não é aplicável a norma contábil internacional IFRS16 –
Arrendamento.
Tabela 11 - Investimentos por segmento Variação (%)
US$ milhões 4T19 3T19 4T18 2019 2018 4T19 /
3T19
4T19 /
4T18
2019 /
2018
Exploração & Produção 2.394 1.924 2.682 8.410 10.760 24,4 (10,7) (21,8)
Refino 444 464 375 1.463 1.107 (4,3) 18,3 32,1
Gás e Energia 217 169 152 543 433 28,6 43,0 25,3
Outros 113 75 99 328 307 50,6 13,7 6,8
Total - sem Bônus de Aquisição 3.168 2.632 3.308 10.743 12.607 20,3 (4,2) (14,8)
Bonus de Aquisição 16.671 18 16.671 832
Total - com Bônus de Aquisição 19.838 2.632 3.326 27.413 13.439 653,7 496,5 104,0
Em 2019, os investimentos totalizaram US$ 27,4 bilhões sendo US$ 10,7 bilhões sem bônus exploratórios, em linha com a meta de
US$ 10 a 11 bilhões, divulgada no 2T19.
Os investimentos no 4T19 totalizaram US$ 3,2 bilhões sendo aproximadamente 70% correspondentes a investimentos de capital. O
incremento no 4T19 de aproximadamente 24% em comparação ao 3T19 no segmento de E&P, deve-se principalmente por maiores
gastos na construção de poços exploratórios. Já no segmento G&E, o incremento de investimentos do 3T19 para o 4T19 deve-se a
execução de paradas programadas, que haviam sido postergadas, em UTEs e UTGs.
Os investimentos de capital são aqueles investimentos com o objetivo principal de aumentar a capacidade de ativos existentes,
implantar novos ativos de produção, escoamento e armazenagem, aumentar eficiência ou rentabilidade do ativo e implantar
infraestrutura essencial para viabilizar outros projetos de investimento de capital. Inclui aquisições de ativos/empresas e
investimentos em atividades exploratórias.
Já os investimentos correntes são aqueles gastos classificados como investimentos com o objetivo principal de manutenção da
operação dos ativos já existentes (ou seja, não objetivam o aumento da capacidade das instalações), reposição de capacidade, além
de investimentos em infraestrutura cuja implantação não seja essencial para viabilizar outro projeto de investimento de capital.
No 4T19, os investimentos no segmento de Exploração e Produção totalizaram US$ 2,4 bilhões sendo aproximadamente 80% em
investimentos de capital. Os investimentos concentraram-se principalmente: (i) no desenvolvimento da produção do pólo pré-sal da
Bacia de Santos (US$ 1,2 bilhão); (ii) novos projetos em campos maduros (US$ 0,2 bilhão); e (iii) investimentos exploratórios no pós e
pré-sal (US$ 0,2 bilhão).
No 4T19 foram investidos US$ 16,7 bilhões referentes aos bônus de aquisição dos campos de Búzios e Itapu (rodada de licitações do
Excedente da Cessão Onerosa), e do bloco C-M-477 (16ª rodada de licitações no Regime de Concessão), e Aram (6ª rodada de
licitações no Regime de Partilha). O pagamento do bônus foi feito na mesma data em que ingressou no caixa da Petrobras US$ 9
bilhões de ressarcimento da revisão do contrato da Cessão Onerosa.
21
No segmento de Refino os investimentos totalizaram US$ 0,4 bilhão no 4T19, sendo aproximadamente 20% investimentos de capital.
Já no segmento Gás e Energia os investimentos totalizaram US$ 0,2 bilhão no 4T19, sendo aproximadamente 60% investimentos de
capital.
A tabela a seguir apresenta as principais informações dos novos sistemas de produção de óleo e gás, já contratados.
Tabela 12 – Principais projetos
projeto
Início de
Operação
Projetado
Capacidade
da Plataforma
(barris de
óleo/dia)
CAPEX
Petrobras
Realizado
US$ bilhões
CAPEX
Total PNG
20-24
US$ bilhões
Parcela da
Petrobras Status
Atapu 1
P-70
(Unidade
Própria)
2020 150.000 1,7 3,9 89,3%
Projeto em fase de execução com
UEP com mais de 98% de avanço
físico.10 poços perfurados e 3
completados
Sépia 1
FPSO Carioca
(Unidade
Afretada)
2021 180.000 0,3 3,1 97,6%
Projeto em fase de execução com
UEP com 80% de avanço físico.
5 poços perfurados e 3 completados
Mero 1
FPSO
Guanabara
(Unidade
Afretada)
2021 180.000 0,1 1,1 40,0%
Projeto em fase de execução com
UEP com mais de 80% de avanço
físico. 5 poços perfurados e 1
completado
Búzios 5
FPSO Alm.
Barroso
(Unidade
Afretada)
2022 150.000 0,1 3,0 100%
Projeto em fase de execução com
UEP com mais de 10% de avanço
físico. 1 poço perfurado.
Marlim 1
FPSO Anita
Garibaldi
(Unidade
Afretada)
2022 80.000 0,04 2,3 100%
Projeto em fase de execução,
assinada carta de intenção de
afretamento da plataforma em
outubro de 2019
Marlim 2
FPSO Ana Néri
(Unidade
Afretada)
2023 70.000 0,01 1,8 100%
Projeto em fase de execução,
assinada carta de intenção de
afretamento da plataforma em
outubro de 2019
Mero 2
FPSO Sepetiba
(Unidade
Afretada)
2023 180.000 0,01 1,1 40%
Projeto em fase de execução com
UEP com mais de 10% de avanço
físico. 4 poços perfurados e 2
completados.
22
Gestão de portfólio
A melhoria da alocação de capital está sendo implementada através da gestão de portfólio, com o desinvestimento de ativos de baixo
retorno do capital empregado. No ano de 2019 conseguimos realizar desinvestimentos expressivos, com transações assinadas e
concluídas contribuindo para um total de US$ 16,3 bilhões em 2019, incluindo transações assinadas em 2018 e concluídas em 2019
(com entrada de caixa de US$ 14,7 bilhões como detalhado abaixo). Os principais ativos alienados durante o ano foram os gasodutos
TAG, a BR Distribuidora e o campo Tartaruga Verde.
No 4T19, concluímos a venda dos campos Tartaruga Verde, do polo Pargo, dos campos terrestres no Rio Grande do Norte e em janeiro
de 2020 a PO&G BV, que, juntamente com o adiantamento recebido pela assinatura do campo de Frade, resultaram em uma entrada
de caixa de US$ 1,75 bilhão no período. Também assinamos a venda da Liquigás, no valor de US$ 879 milhões.
Tabela 13 – Transações assinadas
Ativo Valor da Transação (US$
milhões) Valor recebido (US$ milhões)
Campo de Maromba 90 20
Refinaria de Pasadena 562 467
TAG 8.722 8.722
Campo de Tartaruga Verde 1.294 950
Campos Terrestres - RN 384 295
BR Distribuidora 2.553 2.553
Polo Pampo e Enchova 851 53
Campo de Baúna 665 50
Polo Macau 191 48
Belém Bioenergia Brasil 6 0
Ponta do Mel e Redonda 7 0
Polo Lagoa Parda 9 1
Campo de Frade 100 7,5
Liquigás 879 0
Polo Pargo Assinado em 2018 324
Distribuição no Paraguai Assinado em 2018 381
PO&G BV Assinado em 2018 806
Valor total 16.313 14.678
Além disso, temos os seguintes ativos sendo desinvestidos em nosso portfólio, além de vários outros projetos, aprovados no novo
Plano Estratégico 2020-2024, em fase de estruturação, cujos teasers serão lançados em breve. Destacam-se a venda de ativos de
transporte e distribuição de gás, os gasodutos offshore e as usinas termelétricas.
23
Tabela 14 – Ativos em processo de desinvestimento
Teaser / Fase não vinculante Fase Vinculante
TAG (10%) Mega
Mangue Seco 1 e 2 Ativos de Refino
(RNEST, RLAM, REPAR, REFAP, REGAP, REMAN, LUBNOR e SIX)
Polos Golfinho e Camarupim (ES) Ativos no Uruguai
(PUDSA)
Campo Papa-Terra (RJ) Campos de Águas profundas
(Bacia SE-AL)
Concessões Exploratórias (PA-MA, RS) Campos Terrestres
(AM, CE, SE, BA e ES)
Campos de Águas Rasas
(ES e RJ)
Concessões Exploratórias (ES)
A Petrobras reforça a importância da gestão de portfólio com foco nos ativos em que ela é a dona natural, para a melhoria de sua
alocação de capital, viabilização da redução do endividamento e do custo de capital, e o consequente aumento da geração de valor
para seus acionistas.
24
Liquidez e Recursos de Capital
Tabela 15 – Liquidez e recursos de capital
R$ milhões 4T19 3T19 4T18 2019 2018
Disponibilidades ajustadas no início do período 60.309 68.393 60.967 58.052 80.731
Títulos públicos federais e time deposits acima de 3 meses no
início do período
-5.427 -2.456 -4.164 -4.198 -6.237
Caixa e equivalentes de caixa no início do período 54.882 65.937 56.803 53.854 74.494
Recursos gerados pelas atividades operacionais 30.693 32.824 26.108 101.766 95.846
Atividades operacionais das operações continuadas 30.693 32.558 24.005 100.542 92.518
Atividades operacionais das operações descontinuadas 0 266 2.103 1.224 3.328
Recursos utilizados em atividades de investimento -31.937 -2.551 -5.557 -7.952 -17.788
Atividades de investimento das operações continuadas -31.937 -9.945 -5.377 -15.148 -17.592
Investimentos em áreas de negócios -7.450 -7.106 -9.867 -28.534 -40.396
Bônus de assinatura -5.478 0 -70 -5.505 -3.322
Excedente de Cessão Onerosa -63.141 0 0 -63.141 0
Recebimentos Pela Venda De Ativos (Desinvestimentos) 5.364 -3 3.335 41.049 20.216
Revisão Cessão Onerosa 34.414 0 0 34.414 0
Dividendos recebidos 2.470 79 1.092 5.732 3.634
Investimentos em títulos e valores mobiliários 1.884 -2.915 133 837 2.276
Atividades de investimento das operações descontinuadas 0 7.394 -180 7.196 -196
(=) Fluxo de Caixa das atividades operacionais e de
investimento
-1.244 30.273 20.551 93.814 78.058
Recursos líquidos utilizados pelas atividades de
financiamentos das atividades continuadas
-26.255 -48.330 -21.294 -124.354 -106.482
Financiamentos líquidos -17.224 -41.844 -20.420 -95.557 -103.935
Captações 11.257 17 7.611 29.156 37.057
Amortizações -28.481 -41.861 -28.031 -124.713 -140.992
Amortizações de Arrendamentos -6.523 -5.494 0 -20.660 0
Dividendos pagos a acionistas Petrobras -2.360 -1.184 -1.178 -7.488 -2.368
Dividendos pagos a acionistas não controladores -201 -12 -42 -550 -376
Participação de acionistas não controladores 53 204 346 -99 197
Atividades de financiamento das operações descontinuadas 0 -50 -366 -1.982 -558
Recursos líquidos gerados (utilizados) pelas atividades de
financiamentos
-26.255 -48.380 -21.660 -126.336 -107.040
Efeito de variação cambial sobre caixa e equivalentes de caixa 2.346 7.052 -1.840 8.397 8.342
Caixa e equivalentes de caixa no fim do período 29.729 54.882 53.854 29.729 53.854
Títulos públicos federais e time deposits acima de 3 meses no
fim do período
3.580 5.427 4.198 3.580 4.198
Disponibilidades ajustadas no fim do período 33.309 60.309 58.052 33.309 58.052
Reconciliação do Fluxo de caixa livre Recursos gerados pelas atividades operacionais 30.693 32.824 26.108 101.766 95.846
Investimentos em área de negócios -7.450 -7.106 -9.867 -28.534 -40.396
Fluxo de caixa livre 23.243 25.718 16.241 73.232 55.450
Em 31 de dezembro de 2019, o caixa e equivalentes de caixa totalizavam R$ 29,7 bilhões e o caixa e equivalentes ajustados
totalizavam R$ 33,3 bilhões. A nossa meta é atingir o caixa mínimo de US$ 5,5 bilhões.
No 4T19, a entrada de recursos da geração operacional de caixa totalizou R$ 30,7 bilhões que, juntamente com os recursos de
desinvestimentos, de R$ 5,4 bilhões, e caixa e equivalentes, foram utilizados: (a) para pagamento do bônus do Excedente de Cessão
Onerosa, no valor líquido de R$ 28,7 bilhões, (b) para pagar antecipadamente dívidas e amortizar principal e juros no valor de R$ 28,5
e (c) como capex nas áreas de negócios de R$ 7,5 bilhões.
25
A geração operacional caiu 8% no trimestre, principalmente devido ao aumento de estoques e contas a receber no valor de R$ 3,8
bilhões.
Em 2019, a Companhia liquidou diversos empréstimos e financiamentos, no valor de R$ 124,7 bilhões, com os seguintes destaques:
(i) a recompra e/ou resgate de R$ 39,0 bilhões (US$ 9,9 bilhões) de títulos no mercado de capitais internacional, com o pagamento de
prêmio líquido aos detentores dos títulos que entregaram seus papéis na operação no valor de R$ 3,4 bilhões; (ii) o pré-pagamento
de R$ 53,3 bilhões (US$ 13,5 bilhões) de empréstimos no mercado bancário nacional e internacional; e (iii) pré-pagamento de R$ 2,2
bilhões de financiamentos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -BNDES.
No 4T19, pagamos R$ 28,5 bilhões em empréstimos e financiamentos, sendo o principal o pré-pagamento de R$ 20,6 bilhões de um
empréstimo com o Banco de Desenvolvimento da China e fizemos R$ 11,2 bilhões em novos financiamentos, com destaque para as
debêntures no valor de R$ 3 bilhões.
Conciliação EBITDA x FCO x FCFE
No 4T19 o EBITDA ajustado atingiu R$ 36,5 bilhões, aumento de 12% em relação ao trimestre anterior. A geração operacional mais
os desinvestimentos no ano possibilitaram a aquisição de blocos nos leilões e pré-pagamento da dívida. No caso do saldo de bônus
de assinatura inclui o pagamento de R$ 63,1 bilhões da Cessão Onerosa compensados pelo recebimento de R$ 34,4 bilhões relativos
à revisão do contrato original, além das participações em outros leilões.
26
Indicadores de Endividamento
Nosso compromisso com a desalavancagem teve resultados significativos em 2019. A entrada de recursos de desinvestimento levou
a uma queda de 25% na dívida bruta em 31 de dezembro de 2019, atingindo US$ 63 bilhões sem os efeitos do IFRS16. Incluindo o
IFRS16, que adicionou US$ 23,9 bilhões à nossa dívida, conseguimos nos manter em um patamar de dívida bruta de US$ 87 bilhões,
praticamente em linha com o valor em 31 de dezembro de 2018, que não considerava os arrendamentos.
No 4T19, mesmo com a significativa saída de caixa oriunda do pagamento de bônus do leilão do excedente da cessão onerosa,
conseguimos reduzir nossa dívida bruta em 4%.
Além disso, a gestão da dívida possibilitou o aumento do prazo médio de 9,14 anos em dezembro de 2018 para 10,42 anos em 30 de
setembro de 2019 e para 10,80 anos em 31 de dezembro de 2019, enquanto que no mesmo período alavancagem reduziu de 46% e
45% para 44%. A taxa média reduziu de 6,1% em dezembro de 2018 para em 5,9% em setembro de 2019 e se manteve no mesmo
patamar em dezembro de 2019.
A dívida líquida aumentou 4,6% devido ao uso de recursos para pagamento de bônus referente ao leilão do excedente da cessão
onerosa no mês de dezembro de 2019.
A desalavancagem é uma prioridade para a Petrobras, cujo objetivo é reduzir a relação dívida líquida / LTM EBITDA ajustado para 1,5x
em 2020, considerando os efeitos do IFRS 16. Em 31 de dezembro de 2019, a relação dívida líquida / LTM EBITDA ajustado era de
2,41x considerando os efeitos do IFRS 16, um aumento em relação ao índice de 2,40x em 30 de setembro de 2019. Excluindo os efeitos
do IFRS16, a relação dívida líquida / LTM EBITDA ajustado reduziria de 1,96x para 1,95x.
Tabela 16 – Indicadores de endividamento
US$ milhões 31.12.2019 30.09.2019 Δ % 31.12.2018
Dívida Bruta (sem IFRS16) 63.260 66.070 (4,3) 84.175
Mercado de capitais 35.944 34.815 3,2 42.947
Mercado bancário 21.877 25.249 (13,4) 33.700
Bancos de fomento 1.967 1.950 0,9 3.387
Agências de créditos à exportação 3.233 3.812 (15,2) 3.881
Partes relacionadas − − −
Outros 239 244 (2,0) 260
Arrendamentos (IFRS 16) 23.861 23.831 0,1 185
Dívida bruta (com IFRS 16) 87.121 89.901 (3,1) 84.360
Disponibilidades ajustadas 8.260 14.482 (43,0) 14.982
Dívida líquida 78.861 75.419 4,6 69.378
Dívida líquida excluindo IFRS 55.000 51.588 6,6 69.193
Dívida líquida/(Dívida líquida+market cap) - Alavancagem 44% 45% (1,0) 46%
Taxa média dos financiamentos (% a.a.) 5,9 5,9 − 6,1
Prazo médio da dívida (anos) 10,80 10,42 3,6 9,14
Índice de Dívida Líquida/LTM EBITDA ajustado 2,41 2,40 0,4 2,20
Índice de Dívida Bruta/LTM EBITDA ajustado 2,66 2,86 (6,7) 2,68
R$ milhões
Dívida Bruta (sem IFRS16) 255.697 275.857 -7,3 326.876
Arrendamentos (IFRS 16) 95.464 98.524 -3,1 -
Disponibilidades ajustadas 33.294 60.309 -44,8 58.052
Dívida Líquida 317.867 314.072 1,2 268.824
Dívida Líquida (sem IFRS16) 222.403 215.548 3,2 268.824
Índice de Dívida Líquida/LTM EBITDA ajustado 2,46 2,58 -4,7 2,34
27
RESULTADO POR SEGMENTO DE NEGÓCIO
EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO * **
Tabela 17 - Resultado da Exploração e Produção Variação (%)
R$ milhões 4T19 3T19 4T18 2019 2018 4T19 /
3T19
4T19 /
4T18
2019 /
2018
Receita de vendas 57.076 49.806 50.775 199.429 191.546 14,6 12,4 4,1
Lucro bruto 28.771 22.828 24.838 91.735 85.947 26,0 15,8 6,7
Despesas operacionais (7.329) (5.050) (11.659) (16.700) (19.463) (45,1) 37,1 14,2
Lucro (Prejuízo) operacional 21.442 17.778 13.179 75.035 66.484 20,6 62,7 12,9
Lucro (Prejuízo) - Acionistas Petrobras 14.158 11.820 8.734 49.905 44.196 19,8 62,1 12,9
EBITDA ajustado do segmento 36.310 32.142 25.754 125.450 103.206 13,0 41,0 21,6
Margem do EBITDA do segmento (%) 64 65 51 63 54 (1,4) 25,4 16,7
Brent médio (US$/bbl) 63,25 61,94 67,76 64,30 71,04 2,1 (6,7) (9,5)
Preço de venda - Brasil
Petróleo (US$/bbl) 63,00 58,10 66,71 61,25 66,66 8,4 (5,6) (8,1)
Lifting cost - Brasil (US$/boe) *
sem participação governamental 8,22 9,67 10,24 9,62 10,90 (15,0) (19,8) (11,7)
Terra 17,50 18,19 19,79 18,89 20,02 (3,8) (11,5) (5,7)
sem afretamento 17,50 18,19 19,79 18,89 20,02 (3,8) (11,5) (5,7)
Águas Rasas 27,94 30,56 26,20 30,27 25,69 (8,6) 6,6 17,8
sem afretamento 25,65 28,58 24,61 28,22 24,07 (10,2) 4,2 17,2
Pós-sal profundo e ultra profundo 11,18 14,21 11,61 12,53 12,59 (21,3) (3,7) (0,5)
sem afretamento 9,59 12,48 10,25 10,77 11,20 (23,2) (6,4) (3,8)
Pré-sal 5,02 5,03 6,29 5,61 6,53 (0,3) (20,2) (14,0)
sem afretamento 3,20 3,07 3,57 3,52 3,66 4,4 (10,4) (3,9)
com participação governamental 18,94 19,50 23,77 20,95 24,39 (2,9) (20,3) (14,1)
Participações Governamentais - Brasil 10.071 9.120 9.970 41.949 39.794 10,4 1,0 5,4
Royalties 4.980 4.661 4.658 18.458 17.923 6,8 6,9 3,0
Participação Especial 5.044 4.410 5.264 23.299 21.685 14,4 (4,2) 7,4
Retenção de área 47 49 48 192 186 (4,1) (2,1) 3,2
O aumento do lucro bruto no ano decorre de maior produção, desvalorização do Real e menor lifting cost, parcialmente compensado
pela menor cotação do Brent. O lucro operacional segue o aumento do lucro bruto adicionado à menor despesa com contingências
judiciais e maior resultado com alienações, atenuado por maiores perdas por impairment e gastos exploratórios.
O lifting cost no ano de 2019, sem participação governamental, foi de US$ 9,62/boe o que representa uma redução de 12% em
comparação com o ano anterior (US$10,90/boe). A queda é explicada majoritariamente pelo aumento da produção, com a entrada e
ramp-up de plataformas no pré-sal, principalmente no campo de Búzios e Lula.
O aumento dos gastos com participações governamentais de 2019 em relação a 2018 se deve ao pagamento referente à unificação
do Parque das Baleias, parcialmente atenuado pela queda da cotação do Brent entre os períodos. Em termos unitários, a relação foi
atenuada pelo aumento da produção nos campos sob regime de cessão onerosa, que não estão sujeitos à alíquota de participação
especial.
* Afretamento se refere ao aluguel das plataformas.
28
Conforme divulgado no Plano Estratégico 2020-2024, a Petrobras passará a segregar o custo com afretamento de plataformas com
terceiros (leasing cost) do lifting cost sem participação governamental. Esta parcela representou, em 2019, US$1,8/boe e US$ 2,0/boe
no ano de 2018 do total de US$ 9,6/boe em 2019 e US$ 10,9/boe em 2018.
No 4T19, o aumento do lucro bruto decorre principalmente da maior produção e alta das cotações do brent, apreciação das nossas
correntes devido ao IMO2020 e câmbio. O maior lucro operacional reflete o aumento do lucro bruto adicionado ao ganho com
alienações, em especial do Polo Pargo, parcialmente atenuado por perdas com impairment e gastos exploratórios.
O lifting cost do pré-sal, sem participação governamental, no trimestre foi de US$ 5,02/boe, em linha com o valor apresentado no
3T19. Os bons resultados capturados nas plataformas do pré-sal explicam a manutenção do indicador.
No pós-sal, apuramos queda de 21% no lifting cost sem participação governamental, no 4T19. Observamos redução nos custos das
plataformas que interromperam a produção, sem previsão de retorno (P-33 e P-37), além da redução dos gastos com intervenção
entre trimestres.
Em águas rasas, houve redução de 9% no indicador de lifting cost no 4T19 em relação ao trimestre anterior, principalmente devido
ao desinvestimento dos campos de Pargo e Vermelho, que apresentavam custos unitários mais elevados.
Nos campos de terra, o lifting cost, sem participação governamental, apresentou uma redução de 4% em dólar no 4T19 devido ao
impacto da desvalorização de 3,6% do real frente ao dólar no período.
Os ativos terrestres e de águas rasas não são ativos core da Companhia e as transações recentes evidenciam que existe um grande
interesse de empresas capazes de agregar mais valor que a Petrobras. Simultaneamente, a venda desses ativos tem impactado
positivamente a atividade econômica, uma vez que os novos donos têm aumentado significativamente os investimentos nesses
ativos, o que cria empregos e fomenta a indústria de serviços de óleo e gás. Em 2019, registramos R$ 4,1 bilhões de ganho com
alienação destes ativos e R$ 2,6 bilhões com reversão de perda
Observou-se incremento no pagamento de participações governamentais no 4T19 em relação ao trimestre anterior, fruto do
aumento do volume produzido.
29
REFINO
Tabela 18 - Resultados do Refino Variação (%)
R$ milhões 4T19 3T19 4T18 2019 2018 4T19 /
3T19
4T19 /
4T18
2019 /
2018
Receita de vendas 72.464 67.947 72.089 266.613 269.138 6,6 0,5 (0,9)
Lucro bruto 8.010 4.899 157 23.623 23.202 63,5 5001,9 1,8
Despesas operacionais (6.431) (3.854) (5.257) (17.258) (12.677) (66,9) (22,3) 36,1
Lucro (Prejuízo) operacional 1.579 1.045 (5.100) 6.365 10.525 51,1 131,0 (39,5)
Lucro (Prejuízo) - Acionistas Petrobras 439 479 (3.320) 3.945 8.405 (8,4) 113,2 (53,1)
EBITDA ajustado do segmento 6.472 3.725 (1.062) 19.709 20.331 73,7 709,4 (3,1)
Margem do EBITDA do segmento (%) 9% 5% (1)% 7% 8% 62,9 706,3 (2,1)
Custo do refino (US$/barril) - Brasil 2,29 2,40 2,49 2,46 2,51 (4,6) (8,0) (2,0)
Custo do refino (R$/barril) - Brasil 9,70 9,53 9,44 9,77 9,12 1,8 2,8 7,1
Preço derivados básicos - no Brasil (R$/bbl) 308,56 289,78 312,35 296,01 299,70 6,5 (1,2) (1,2)
No ano, o lucro bruto foi superior devido aos maiores volumes e margens na exportação de óleo combustível e petróleo, que
compensaram o menor volume de vendas no mercado interno e a redução do efeito positivo do giro do estoque entre os anos no
valor de R$ 2,1 bilhões. O efeito estoque em 2019 foi de R$ 4,2 bilhões.
O menor lucro operacional anual decorreu de maiores despesas com vendas, maiores despesas com impairment (RNEST, Comperj e
Pasadena) e maiores despesas com processos judiciais relacionados a tributos e contingências ambientais relativas ao duto OSPAR.
No 4T19, a melhora do lucro bruto do segmento de refino ocorreu, principalmente, devido ao efeito de giro do estoque de
aproximadamente R$ 2,2 bilhões, devido à realização de estoques a preços superiores aos custos de aquisição dos insumos, em
função da elevação do preço do brent entre os trimestres.
No 4T19 houve menor volume de venda de diesel no mercado interno devido à sazonalidade deste derivado, menor margem e volume
de GLP no mercado interno compensados parcialmente pelo maior volume exportado e crack spread (US$5,1/bbl) do óleo
combustível. Menores custos com gás natural, em função da redução do seu custo unitário, também favoreceram o resultado.
O custo unitário do refino apresentou aumento em reais em função da redução da carga processada. Apesar da maior demanda por
óleo combustível de baixo teor de enxofre, o fator de utilização (FUT) das refinarias se reduziu para 76% no 4T19, contra 80% no 3T19,
devido à queda na demanda do mercado interno.
O lucro operacional foi superior no trimestre, refletindo o aumento do lucro bruto, porém parcialmente compensado por maiores
despesas com impairment do 2º Trem da RNEST, além de maiores despesas com vendas, devido ao aumento dos custos com
transporte marítimo, e tributárias, devido à adesão aos programas de anistias estaduais.
30
GÁS e ENERGIA
Tabela 19 - Resultados do Gás e Energia Variação (%)
R$ milhões 4T19 3T19 4T18 2019 2018 4T19 /
3T19
4T19 /
4T18
2019 /
2018
Receita de vendas 11.314 11.750 11.889 45.252 44.926 (3,7) (4,8) 0,7
Lucro bruto 4.007 3.673 3.338 14.914 11.602 9,1 20,0 28,5
Despesas operacionais (4.933) (2.510) (669) 9.926 (8.933) (97,0) (637,0) 211,0
Lucro (Prejuízo) operacional (926) 1.163 2.669 24.840 2.669 (179,6) (134,7) -
Lucro (Prejuízo) - Acionistas Petrobras (642) 783 1.765 16.331 1.709 (182,0) (136,4) 855,6
EBITDA ajustado do segmento 767 1.974 3.891 7.253 5.830 (61,1) (80,3) 24,4
Margem do EBITDA do segmento (%) 7% 17% 33% 16% 13% (10,0) (25,9) 3,1
Preço de venda gás natural - Brasil(US$/bbl) 42,70 45,57 49,45 46,29 42,87 (6,0) (14,0) 8,0
O lucro bruto no ano de 2019 foi superior em função de melhores margens na comercialização de gás natural no setor não
termelétrico e de energia no Ambiente de Contratação Livre (ACL) decorrente da redução do PLD, reduzindo os custos de liquidação
dos contratos de venda na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
O lucro operacional acumulado apresentou aumento em função da alienação de 90% de participação na TAG, em junho/19, apesar de
maiores despesas de vendas com pagamento de tarifa da TAG.
No 4T19, o lucro bruto foi superior em função de melhores margens na comercialização de gás natural nos setores termelétrico e não
termelétrico.
O menor lucro operacional reflete o aumento das despesas operacionais em função da hibernação da ANSA e impairment da UFN-III,
além da adesão aos programas de anistias estaduais.
31
Reconciliação do EBITDA Ajustado
O EBITDA é um indicador calculado como sendo o lucro líquido do período acrescido dos tributos sobre o lucro, resultado financeiro
líquido, depreciação e amortização. A Petrobras divulga o EBITDA, conforme faculta a Instrução CVM n° 527 de outubro de 2012.
Visando refletir a visão dos Administradores quanto à formação do resultado das atividades correntes da companhia, o EBITDA
também é apresentado ajustado (EBITDA Ajustado) por: resultado da participação em investimentos, impairment, resultados com
desinvestimentos e baixa de ativos, e efeitos cambiais acumulados de conversão (CTA) reclassificados para resultado.
No cálculo do EBITDA Ajustado a Companhia acrescentou, para os períodos de 2018, os ganhos e perdas cambiais resultantes das
provisões para processos judiciais em moedas estrangeiras. As provisões dos processos judiciais em moedas estrangeiras consistem,
principalmente, na parte da Petrobras do acordo da Class Action, finalizado em dezembro de 2017. Os ganhos ou perdas cambiais
sobre as provisões dos processos judiciais são apresentados em Outras Receitas e Despesas para fins contábeis, mas a Administração
não os considera como parte das atividades correntes da Companhia, assim como são similares aos efeitos cambiais apresentados
no Resultado Financeiro líquido. Não foram feitos ajustes nos períodos comparativos apresentados, pois os valores não foram
significativos.
O EBITDA Ajustado, quando refletindo o somatório dos últimos 12 meses, também representa uma alternativa da geração
operacional de caixa da companhia. Esta medida é utilizada para cálculo da métrica Dívida Líquida sobre EBITDA ajustado,
estabelecida no Plano Estratégico 2020-2024, auxiliando avaliação da alavancagem e liquidez da companhia.
O EBITDA e EBITDA Ajustado não estão previstos nas normas internacionais de contabilidade – IFRS, e não devem servir como base
de comparação com os divulgados por outras empresas, assim como não devem ser considerados como substitutos a qualquer outra
medida calculada de acordo com o IFRS. Estas medidas devem ser consideradas em conjunto com outras medidas e indicadores para
um melhor entendimento sobre o desempenho e condições financeiras da companhia.
Tabela 20 - Reconciliação do EBITDA
Ajustado Variação (%)
R$ milhões 4T19 3T19 4T18 2019 2018 4T19 /
3T19
4T19 /
4T18
2019 /
2018
Lucro líquido (prejuízo) das operações
continuadas 8.538 (509) 1.374 30.842 23.505 1.777,4 521,4 31,2
Resultado Financeiro Líquido 6.590 10.874 7.157 34.459 23.498 (39,4) (7,9) 46,6
Imposto de renda e contribuição social (993) 3.938 2.659 16.400 15.462 (125,2) (137,3) 6,1
Depreciação, depleção e amortização 14.945 14.985 10.824 58.502 43.229 (0,3) 38,1 35,3
EBITDA 29.080 29.288 22.014 140.203 105.694 (0,7) 32,1 32,6
Resultado de participações em
investimentos 864 (446) (123) (547) (1.920) 293,7 802,4 71,5
Reversão/Perda no Impairment 9.139 2.410 6.307 11.630 7.689 279,2 44,9 51,3
Realização de ajustes acumulados de
conversão - CTA − − − 127 − - - -
Resultado com Alienações e Baixas de Ativos (2.554) 645 774 (23.798) (1.073) (496,0) (430,0) (2.117,9)
Efeito de variação cambial sobre
contingências relevantes − 561 (316) 476 1.646 (100,0) (100,0) (71,1)
EBITDA ajustado das operações
continuadas 36.529 32.458 28.656 128.091 112.036 12,5 27,5 14,3
EBITDA Ajustado das operações
descontinuadas − 124 505 1.158 2.816 (100,0) (100,0) (58,9)
EBITDA Ajustado total 36.529 32.582 29.161 129.249 114.852 12,1 25,3 12,5
Margem do EBITDA ajustado (%) 45 42 35 42 36 7,1 30,0 16,7
32
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Tabela 22 - Demonstração do Resultado – Consolidado R$ milhões 4T19 3T19 4T18 2019 2018
Receita de vendas 81.771 77.051 82.781 302.245 310.255
Custo dos produtos e serviços vendidos (44.715) (47.045) (52.782) (180.140) (191.568)
Lucro bruto 37.056 30.006 29.999 122.105 118.687
Vendas (5.709) (4.968) (1.404) (17.746) (13.938)
Gerais e administrativas (2.035) (2.012) (2.167) (8.368) (8.146)
Custos exploratórios para extração de petróleo e gás (1.873) (276) (466) (3.197) (1.904)
Custos com pesquisa e desenvolvimento tecnológico (599) (578) (633) (2.268) (2.345)
Tributárias (1.312) (560) (1.102) (2.484) (2.475)
Reversão/Perda no valor de recuperação de ativos - Impairment (9.139) (2.410) (6.307) (11.630) (7.689)
Outras receitas (despesas), líquidas (1.390) (5.345) (6.853) 4.742 (21.645)
(22.057) (16.149) (18.932) (40.951) (58.142)
Lucro antes do resultado financeiro, participações e impostos 14.999 13.857 11.067 81.154 60.545
Receitas financeiras 1.655 1.344 1.795 5.271 8.713
Despesas financeiras (5.320) (9.623) (4.844) (27.878) (20.479)
Var. monetárias e cambiais, líquidas (2.925) (2.595) (4.108) (11.852) (11.732)
Resultado financeiro líquido (6.590) (10.874) (7.157) (34.459) (23.498)
Resultado de participações em investimentos (864) 446 123 547 1.920
Lucro (Prejuízo) antes dos impostos 7.545 3.429 4.033 47.242 38.967
Imposto de renda e contribuição social 993 (3.938) (2.659) (16.400) (15.462)
Lucro líquido (prejuízo) das operações continuadas 8.538 (509) 1.374 30.842 23.505
Lucro líquido (prejuízo) das operações descontinuadas − 9.349 1.604 10.128 3.193
Lucro líquido (Prejuízo) 8.538 8.840 2.978 40.970 26.698
Atribuível aos:
Acionistas Petrobras 8.153 9.087 2.102 40.137 25.779
Resultado proveniente de operaçãoes continuadas 8.153 (223) 959 30.272 23.504
Resultado proveniente de operaçãoes descontinuadas − 9.310 1.143 9.865 2.275
Acionistas não controladores 385 (247) 876 833 919
Resultado proveniente de operaçãoes continuadas 385 (286) 414 570 1
Resultado proveniente de operaçãoes descontinuadas − 39 462 263 918
8.538 8.840 2.978 40.970 26.698
33
Tabela 23 - Balanço Patrimonial – Consolidado ATIVO - R$ milhões 31.12.2019 31.12.2018
Circulante 112.101 143.606
Caixa e equivalentes de caixa 29.714 53.854
Títulos e valores mobiliários 3.580 4.198
Contas a receber, líquidas 15.164 22.264
Estoques 33.009 34.822
Impostos e contribuições 14.287 7.883
Ativos classificados como mantidos para venda 10.333 7.540
Depósitos vinculados a class action − 7.287
Outros ativos circulantes 6.014 5.758
Não Circulante 813.910 716.867
Realizável a L. Prazo 71.306 85.478
Contas a receber, líquidas 10.345 21.281
Títulos e valores mobiliários 232 205
Depósitos judiciais 33.198 26.003
Imposto de renda e contribuição social diferidos 5.593 10.384
Impostos e contribuições 15.877 16.959
Adiantamento a fornecedores 1.313 2.575
Outros ativos realizáveis a longo prazo 4.748 8.071
Investimentos 22.166 10.690
Imobilizado 641.949 609.829
Intangível 78.489 10.870
Total do Ativo 926.011 860.473
PASSIVO - R$ milhões 31.12.2019 31.12.2018
Circulante 116.147 97.068
Fornecedores 22.576 24.516
Financiamentos 18.013 14.207
Arrendamentos 23.126 89
Impostos e contribuições 14.914 14.595
Dividendos propostos 6.278 4.296
Salários, férias, encargos e participações 6.632 6.426
Planos de pensão e saúde 3.577 3.137
Provisão para processos judiciais e administrativos − 13.493
Passivos associados a ativos mantidos para venda 13.084 3.808
Acordo com autoridades norte-americanas − 3.034
Outras contas e despesas a pagar 7.947 9.467
Não Circulante 510.727 479.862
Financiamentos 236.969 311.954
Arrendamentos 73.053 626
Imposto de renda e contribuição social 2.031 2.139
Imposto de renda e contribuição social diferidos 7.095 2.536
Planos de pensão e saúde 103.213 85.012
Provisão para processos judiciais e administrativos 12.546 15.202
Provisão para desmantelamento de áreas 70.377 58.637
Outras contas e despesas a pagar 5.443 3.756
Patrimônio Líquido 299.137 283.543
Capital Social realizado 205.432 205.432
Reservas de lucros e outras 90.109 71.793
Participação dos acionistas não controladores 3.596 6.318
Total do passivo 926.011 860.473
34
Tabela 24 - Demonstração dos Fluxos de Caixa – Consolidado R$ milhões 4T19 3T19 4T18 2019 2018
Lucro líquido (prejuízo) do exercício 8.538 8.840 2.978 40.970 26.698
Ajustes para:
Resultado das operações descontinuadas − (9.349) (1.604) (10.128) (3.193)
Despesa atuarial de planos de pensão e saúde 2.052 2.053 1.833 8.219 7.331
Resultado de participações em investidas 864 (446) (122) (547) (1.920)
Depreciação, depleção e amortização 14.945 14.985 10.824 58.502 43.229
Perda no valor de recuperação de ativos - Impairment 9.139 2.410 6.307 11.630 7.689
Ajuste a valor de mercado dos estoques 36 64 1.463 68 1.595
Perdas de crédito esperadas 75 122 (3.069) 343 282
Baixa de poços secos 1.002 5 58 1.250 317
Resultado com alienações, baixas de ativos e resultado na
remensuração de participações societárias (2.552) 644 776 (23.670) (1.072)
Variações cambiais, monetárias e encargos financeiros não
realizados e outras 6.568 10.334 6.295 33.259 28.647
Imposto de renda e contribuição social diferidos, líquidos (285) 4.696 774 11.036 1.297
Revisão e atualização financeira de desmantelamento de áreas 1.390 798 (1.787) 3.765 1
Redução (aumento) de ativos
Contas a receber (2.229) 6.825 3.935 8.578 (5.983)
Estoques (1.709) 2.979 2.054 (1.208) (7.599)
Depósitos Judiciais (2.007) (2.265) (1.823) (8.427) (7.405)
Depósitos vinculados a Class Action − 11.117 196 7.424 (7.238)
Outros ativos 2.682 186 (1.074) (655) 1.633
Aumento (redução) de passivos
Fornecedores (839) 229 (2.608) (3.821) 3.557
Impostos, taxas e contribuições (104) (3.051) (1.639) 870 8.147
Imposto de renda e contribuição social pagos (230) (6.608) (2.595) (9.198) (9.505)
Planos de pensão e de saúde (1.965) (3.613) (1.154) (7.489) (3.666)
Provisão para processos judiciais (369) (9.868) 4.531 (14.922) 6.221
Salários, férias, encargos e participações (680) 886 (392) 681 1.890
Provisão para desmantelamento de áreas (746) (297) (2.357) (2.028) (1.929)
Acordo com autoridades norte americanas − − (337) (2.892) (337)
Outros passivos (2.883) 882 2.542 (1.068) 3.831
Recursos líquidos gerados pelas atividades operacionais das
atividades continuadas 30.693 32.558 24.005 100.542 92.518
Atividades de operações descontinuadas − 266 2.103 1.224 3.328
Recursos líquidos gerados pelas atividades operacionais 30.693 32.824 26.108 101.766 95.846
Fluxo de caixa das atividades de investimentos
Aquisições de ativos imobilizados e intangíveis (exceto pelo
Excedente de Cessão Onerosa) (12.989) (7.057) (9.884) (34.010) (43.561)
Excedente de Cessão Onerosa (63.141) − − (63.141) −
Adições em investimentos 61 (49) (53) (29) (157)
Recebimentos pela venda de ativos (Desinvestimentos) 5.364 (3) 3.335 41.049 20.216
Revisão Cessão Onerosa 34.414 − − 34.414 −
Resgate (investimentos) em títulos e valores mobiliários 1.884 (2.915) 133 837 2.276
Dividendos recebidos 2.470 79 1.092 5.732 3.634
Recursos líquidos gerados (utilizados) pelas atividades de
investimentos das atividades continuadas (31.937) (9.945) (5.377) (15.148) (17.592)
Atividades de investimento de operações descontinuadas − 7.394 (180) 7.196 (196)
Recursos líquidos gerados (utilizados) pelas atividades de
investimentos (31.937) (2.551) (5.557) (7.952) (17.788)
Fluxo de caixa das atividades de financiamentos
Participação de acionistas não controladores 53 204 346 (99) 197
Financiamentos e operações de mútuo, líquidos:
Captações 11.257 17 7.611 29.156 37.057
Amortizações de principal - financiamentos (25.465) (36.228) (23.390) (107.090) (120.353)
Amortizações de juros - financiamentos (3.016) (5.633) (4.641) (17.623) (20.639)
35
Amortizações de arrendamentos (6.523) (5.494) − (20.660) −
Dividendos pagos a acionistas Petrobras (2.360) (1.184) (1.178) (7.488) (2.368)
Dividendos pagos a acionistas não controladores (201) (12) (42) (550) (376)
Recursos líquidos gerados (utilizados) pelas atividades de
financiamentos das atividades continuadas (26.255) (48.330) (21.294) (124.354) (106.482)
Atividades de financiamento de operações descontinuadas − (50) (366) (1.982) (558)
Recursos líquidos gerados (utilizados) pelas atividades de
financiamentos (26.255) (48.380) (21.660) (126.336) (107.040)
Efeito de variação cambial sobre caixa e equivalentes de caixa 2.346 7.052 (1.840) 8.397 8.342
Aumento (redução) de caixa e equivalentes de caixa no período (25.153) (11.055) (2.949) (24.125) (20.640)
Caixa e equivalentes de caixa no início do período 54.882 65.937 56.803 53.854 74.494
Caixa e equivalentes de caixa no fim do período 29.729 54.882 53.854 29.729 53.854
36
INFORMAÇÕES CONTÁBEIS POR SEGMENTO DE NEGÓCIO
Tabela 25 - Demonstração Consolidada do Resultado por Segmento de Negócio – 2019
R$ milhões E&P REFINO GÁS &
ENERGIA CORP. ELIMIN.
CONSOLI-
DADO
Receita de vendas 199.429 266.613 45.252 4.802 (213.851) 302.245
Intersegmentos 195.245 36.561 13.002 895 (213.851) 31.852
Terceiros 4.184 230.052 32.250 3.907 − 270.393
Custo dos produtos e serviços vendidos (107.694) (242.990) (30.338) (4.588) 205.470 (180.140)
Lucro bruto 91.735 23.623 14.914 214 (8.381) 122.105
Despesas (16.700) (17.258) 9.926 (16.806) (113) (40.951)
Vendas (4) (8.568) (8.971) (121) (82) (17.746)
Gerais e administrativas (990) (1.329) (530) (5.519) − (8.368)
Custos exploratórios p/ extração de petróleo e gás (3.197) − − − − (3.197)
Custos com pesquisa e desenvolvimento tecnológico (1.549) (43) (58) (618) − (2.268)
Tributárias (507) (606) (617) (754) − (2.484)
Reversão/Perda no valor de recuperação de ativos -
Impairment (8.027) (2.802) (801) − − (11.630)
Outras receitas (despesas), líquidas (2.426) (3.910) 20.903 (9.794) (31) 4.742
Lucro (prejuízo) antes do resultado financeiro, das
participações e impostos 75.035 6.365 24.840 (16.592) (8.494) 81.154
Resultado financeiro líquido − − − (34.459) − (34.459)
Resultado de participações em investimentos 330 (653) 407 463 − 547
Lucro (prejuízo) antes dos impostos 75.365 5.712 25.247 (50.588) (8.494) 47.242
Imposto de renda e contribuição social (25.511) (2.164) (8.446) 16.833 2.888 (16.400)
Lucro líquido (prejuízo) das operações continuadas 49.854 3.548 16.801 (33.755) (5.606) 30.842
Resultado com operações descontinuadas − − 12 10.116 − 10.128
Lucro líquido (prejuízo) das operações descontinuadas − − 12 10.116 − 10.128
Lucro líquido (prejuízo) 49.854 3.548 16.813 (23.639) (5.606) 40.970
Atribuível aos:
Acionistas da Petrobras 49.905 3.945 16.331 (24.438) (5.606) 40.137
Resultado proveniente de operações continuadas 49.905 3.945 16.331 (34.303) (5.606) 30.272
Resultado proveniente de operações descontinuadas − − − 9.865 − 9.865
Acionistas não controladores (51) (397) 482 799 − 833
Resultado proveniente de operações continuadas (51) (397) 470 548 − 570
Resultado proveniente de operações descontinuadas − − 12 251 − 263
49.854 3.548 16.813 (23.639) (5.606) 40.970
37
Tabela 26 - Demonstração Consolidada do Resultado por Segmento de Negócio – 2018
R$ milhões E&P REFINO GÁS &
ENERGIA CORP. ELIMIN.
CONSOLI-
DADO Receita de vendas 191.546 269.138 44.926 6.331 (201.686) 310.255
Intersegmentos 182.983 61.145 13.518 757 (201.686) 56.717 Terceiros 8.563 207.993 31.408 5.574 − 253.538 Custo dos produtos e serviços vendidos (105.599) (245.936) (33.324) (5.889) 199.180 (191.568)
Lucro bruto 85.947 23.202 11.602 442 (2.506) 118.687
Despesas (19.463) (12.677) (8.933) (16.932) (137) (58.142) Vendas (291) (6.496) (6.807) (245) (99) (13.938) Gerais e administrativas (934) (1.365) (551) (5.294) (2) (8.146)
Custos exploratórios p/ extração de petróleo e gás (1.904) − − − − (1.904)
Custos com pesquisa e desenvolvimento tecnológico (1.622) (42) (75) (606) − (2.345)
Tributárias (411) (768) (244) (1.052) − (2.475) Reversão/Perda no valor de recuperação de ativos -
Impairment (5.348) (1.687) (723) 69 − (7.689)
Outras receitas (despesas), líquidas (8.953) (2.319) (533) (9.804) (36) (21.645)
Lucro (prejuízo) antes do resultado financeiro, das
participações e impostos 66.484 10.525 2.669 (16.490) (2.643) 60.545
Resultado financeiro líquido − − − (23.498) − (23.498) Resultado de participações em investimentos 297 1.299 355 (31) − 1.920
Lucro (prejuízo) antes dos impostos 66.781 11.824 3.024 (40.019) (2.643) 38.967
Imposto de renda e contribuição social (22.604) (3.578) (907) 10.729 898 (15.462) Lucro líquido (prejuízo) das operações continuadas 44.177 8.246 2.117 (29.290) (1.745) 23.505
Resultado com operações descontinuadas − − 54 3.139 − 3.193
Lucro líquido (prejuízo) das operações
descontinuadas
− − 54 3.139 − 3.193 Lucro líquido (prejuízo) 44.177 8.246 2.171 (26.151) (1.745) 26.698
Atribuível aos: Acionistas da Petrobras 44.196 8.405 1.709 (26.786) (1.745) 25.779
Resultado proveniente de operações continuadas 44.196 8.405 1.670 (29.022) (1.745) 23.504 Resultado proveniente de operações descontinuadas − − 39 2.236 − 2.275
Acionistas não controladores (19) (159) 462 635 − 919
Resultado proveniente de operações continuadas (19) (159) 446 (267) − 1 Resultado proveniente de operações descontinuadas − − 16 902 − 918
44.177 8.246 2.171 (26.151) (1.745) 26.698
38
Tabela 27 - Demonstração Consolidada do Resultado por Segmento de Negócio – 4T19
R$ milhões E&P REFINO GÁS &
ENERGIA CORP. ELIMIN.
CONSOLI-
DADO
Receita de vendas 57.076 72.464 11.314 1.225 (60.308) 81.771
Intersegmentos 55.756 1.518 2.754 280 (60.308) −
Terceiros 1.320 70.946 8.560 945 − 81.771
Custo dos produtos e serviços vendidos (28.305) (64.454) (7.307) (1.157) 56.508 (44.715)
Lucro bruto 28.771 8.010 4.007 68 (3.800) 37.056
Despesas (7.329) (6.431) (4.933) (3.341) (23) (22.057)
Vendas (2) (2.792) (2.870) (30) (15) (5.709)
Gerais e administrativas (67) (305) (116) (1.547) − (2.035)
Custos exploratórios p/ extração de petróleo e gás (1.873) − − − − (1.873)
Custos com pesquisa e desenvolvimento tecnológico (397) (7) (19) (176) − (599)
Tributárias (322) (331) (489) (170) − (1.312)
Reversão/Perda no valor de recuperação de ativos -
Impairment (6.785) (1.568) (786) − − (9.139)
Outras receitas (despesas), líquidas 2.117 (1.428) (653) (1.418) (8) (1.390)
Lucro (prejuízo) antes do resultado financeiro, das
participações e impostos 21.442 1.579 (926) (3.273) (3.823) 14.999
Resultado financeiro líquido − − − (6.590) − (6.590)
Resultado de participações em investimentos (32) (919) 70 17 − (864)
Lucro (prejuízo) antes dos impostos 21.410 660 (856) (9.846) (3.823) 7.545
Imposto de renda e contribuição social (7.289) (537) 314 7.205 1.300 993
Lucro líquido (prejuízo) das operações continuadas 14.121 123 (542) (2.641) (2.523) 8.538
Resultado com operações descontinuadas − − − − − −
Lucro líquido (prejuízo) das operações
descontinuadas − − − − − −
Lucro líquido (prejuízo) 14.121 123 (542) (2.641) (2.523) 8.538
Atribuível aos: −
Acionistas da Petrobras 14.158 439 (642) (3.279) (2.523) 8.153
Resultado proveniente de operações continuadas 14.158 439 (642) (3.279) (2.523) 8.153
Resultado proveniente de operações descontinuadas − − − − − −
Acionistas não controladores (37) (316) 100 638 − 385
Resultado proveniente de operações continuadas (37) (316) 100 638 − 385
Resultado proveniente de operações descontinuadas − − − − − −
14.121 123 (542) (2.641) (2.523) 8.538
39
Tabela 28 - Demonstração Consolidada do Resultado por Segmento de Negócio – 3T19
R$ milhões E&P REFINO GÁS &
ENERGIA CORP. ELIMIN.
CONSOLI-
DADO
Receita de vendas 49.806 67.947 11.750 1.124 (53.576) 77.051
Intersegmentos 48.724 5.709 3.512 191 (53.576) 4.560
Terceiros 1.082 62.238 8.238 933 − 72.491
Custo dos produtos e serviços vendidos (26.978) (63.048) (8.077) (1.070) 52.128 (47.045)
Lucro bruto 22.828 4.899 3.673 54 (1.448) 30.006
Despesas (5.050) (3.854) (2.510) (4.723) (12) (16.149)
Vendas 2 (2.108) (2.850) (11) (1) (4.968)
Gerais e administrativas (332) (335) (126) (1.219) − (2.012)
Custos exploratórios p/ extração de petróleo e gás (276) − − − − (276)
Custos com pesquisa e desenvolvimento tecnológico (393) (9) (12) (164) − (578)
Tributárias (76) (138) (35) (311) − (560)
Reversão/Perda no valor de recuperação de ativos -
Impairment (2.343) (53) (14) − − (2.410)
Outras receitas (despesas), líquidas (1.632) (1.211) 527 (3.018) (11) (5.345)
Lucro (prejuízo) antes do resultado financeiro, das
participações e impostos 17.778 1.045 1.163 (4.669) (1.460) 13.857
Resultado financeiro líquido − − − (10.874) − (10.874)
Resultado de participações em investimentos 82 (269) 168 465 − 446
Lucro (prejuízo) antes dos impostos 17.860 776 1.331 (15.078) (1.460) 3.429
Imposto de renda e contribuição social (6.045) (355) (395) 2.360 497 (3.938)
Lucro líquido (prejuízo) das operações continuadas 11.815 421 936 (12.718) (963) (509)
Resultado com operações descontinuadas − − (18) 9.367 − 9.349
Lucro líquido (prejuízo) das operações
descontinuadas − − (18) 9.367 − 9.349
Lucro líquido (prejuízo) 11.815 421 918 (3.351) (963) 8.840
Atribuível aos: −
Acionistas da Petrobras 11.820 479 783 (3.032) (963) 9.087
Resultado proveniente de operações continuadas 11.820 479 804 (12.363) (963) (223)
Resultado proveniente de operações descontinuadas − − (21) 9.331 − 9.310
Acionistas não controladores (5) (58) 135 (319) − (247)
Resultado proveniente de operações continuadas (5) (58) 132 (355) − (286)
Resultado proveniente de operações descontinuadas − − 3 36 − 39
11.815 421 918 (3.351) (963) 8.840
40
Tabela 29 - Demonstração do grupo de Outras Receitas (Despesas) – 2019
R$ milhões E&P REFINO GÁS &
ENERGIA CORP. ELIMIN.
CONSOLI-
DADO
(Perdas)/Ganhos c/Processos Judiciais,
Administrativos e Arbitrais (480) (2.039) 318 (3.752) − (5.953)
Plano de Pensão e Saúde (Inativos) − − − (5.391) − (5.391)
Paradas não Programadas e Gastos Pré-
Operacionais (4.685) (53) (454) (16) − (5.208)
Provisão para Programa de Remuneração Variável (1.044) (508) (123) (875) − (2.550)
Resultado com Derivativos Commodities − − − (1.427) − (1.427)
Gastos (Reversões) com PIDV (282) (267) (13) (229) − (791)
Relações Institucionais e Projetos Culturais (1) (13) − (702) − (716)
Resultado Relacionado a Desmantelamento de Áreas (637) − − − − (637)
Despesas Operacionais c/Termelétricas − − (500) − − (500)
Participação nos Lucros ou Resultados (4) (137) (3) (28) − (172)
Plano de carreiras e remuneração (3) (1) − (3) − (7)
Acordo com Autoridades Americanas − − − − − −
Equalização de Gastos - AIP 17 − − (14) − 3
Ressarcimento de Gastos Referentes à Operação
Lava Jato 65 − − 809 − 874
Subvenções e Assistências Governamentais 20 15 127 766 − 928
Gastos/Ressarcimentos com Operações em Parcerias
de E&P 1.530 − − − − 1.530
Resultado com alienações, baixa de ativos e
resultado na remensuração de participações
societárias
2.911 (851) 21.017 721 − 23.798
Outras 167 (56) 534 849 (31) 961
(2.426) (3.910) 20.903 (9.794) (31) 4.742
41
Tabela 30 - Demonstração do grupo de Outras Receitas (Despesas) – 2018
R$ milhões E&P REFINO GÁS &
ENERGIA CORP. ELIMIN.
CONSOLI-
DADO
(Perdas)/Ganhos c/Processos Judiciais,
Administrativos e Arbitrais (6.230) (343) (484) (1.373) − (8.430)
Plano de Pensão e Saúde (Inativos) − − − (5.089) − (5.089)
Paradas não Programadas e Gastos Pré-
Operacionais (4.179) (100) (458) (9) − (4.746)
Provisão para Programa de Remuneração Variável (538) (241) − (230) − (1.009)
Resultado com Derivativos Commodities − − − (1.396) − (1.396)
Gastos (Reversões) com PIDV 2 4 1 1 − 8
Relações Institucionais e Projetos Culturais (3) (8) − (645) − (656)
Resultado Relacionado a Desmantelamento de Áreas 2.365 − − − − 2.365
Despesas Operacionais c/Termelétricas − − (392) − − (392)
Participação nos Lucros ou Resultados (611) (398) (76) (497) − (1.582)
Plano de Carreiras e Remuneração (523) (179) (42) (412) − (1.156)
Acordo com Autoridades Americanas − − − (3.536) − (3.536)
Equalização de Gastos - AIP (1.064) − − − − (1.064)
Ressarcimento de Gastos Referentes à Operação
Lava Jato 38 − − 1.763 − 1.801
Subvenções e Assistências Governamentais 15 18 269 628 − 930
Gastos/Ressarcimentos com Operações em Parcerias
de E&P 1.227 − − − − 1.227
Resultado com alienações, baixa de ativos e
resultado na remensuração de participações
societárias
1.271 (345) (80) 227 − 1.073
Outras (723) (727) 729 764 (36) 7
(8.953) (2.319) (533) (9.804) (36) (21.645)
42
Tabela 31 - Demonstração do grupo de Outras Receitas (Despesas) – 4T19
R$ milhões E&P REFINO GÁS &
ENERGIA CORP. ELIMIN.
CONSOLI-
DADO
(Perdas)/Ganhos c/Processos Judiciais,
Administrativos e Arbitrais (262) (330) (23) 486 − (129)
Plano de Pensão e Saúde (Inativos) − − − (1.348) − (1.348)
Paradas não Programadas e Gastos Pré-
Operacionais (1.230) (5) (86) (6) − (1.327)
Provisão para programa de remuneração variável (236) (115) (49) (218) − (618)
Resultado com Derivativos Commodities − − − (230) − (230)
Gastos (Reversões) com PIDV (49) (47) (2) (89) − (187)
Relações Institucionais e Projetos Culturais − (4) − (310) − (314)
Resultado Relacionado a Desmantelamento de Áreas (633) − − − − (633)
Despesas Operacionais c/Termelétricas − − (126) − − (126)
Participação nos Lucros ou Resultados − (15) (2) (11) − (28)
Plano de carreiras e remuneração − − − (1) − (1)
Acordo com Autoridades Americanas − − − − − −
Equalização de Gastos - AIP (79) − − (13) − (92)
Ressarcimento de Gastos Referentes à Operação
Lava Jato 37 − − 82 − 119
Subvenções e Assistências Governamentais 4 9 1 (301) − (287)
Gastos/Ressarcimentos com Operações em Parcerias
de E&P 628 − − − − 628
Resultado com alienações, baixa de ativos e
resultado na remensuração de participações
societárias
3.561 (893) (283) 169 − 2.554
Outras 376 (28) (83) 372 (8) 629
2.117 (1.428) (653) (1.418) (8) (1.390)
43
Tabela 32 - Demonstração do grupo de Outras Receitas (Despesas) – 3T19
R$ milhões E&P REFINO GÁS &
ENERGIA CORP. ELIMIN.
CONSOLI-
DADO
(Perdas)/Ganhos c/Processos Judiciais,
Administrativos e Arbitrais (364) (806) 286 (2.774) − (3.658)
Plano de Pensão e Saúde (Inativos) − − − (1.348) − (1.348)
Paradas não Programadas e Gastos Pré-
Operacionais (1.051) (4) (89) (7) − (1.151)
Provisão para programa de remuneração variável (485) (223) (45) (388) − (1.141)
Resultado com Derivativos Commodities − − − 252 − 252
Gastos (Reversões) com PIDV (100) (96) (5) (68) − (269)
Relações Institucionais e Projetos Culturais − (4) − (120) − (124)
Resultado Relacionado a Desmantelamento de Áreas (4) − − − − (4)
Despesas Operacionais c/Termelétricas − − (95) − − (95)
Participação nos Lucros ou Resultados − (43) 5 (7) − (45)
Plano de carreiras e remuneração (1) − − − − (1)
Acordo com Autoridades Americanas − − − − − −
Equalização de Gastos - AIP 130 − − − − 130
Ressarcimento de Gastos Referentes à Operação
Lava Jato (1) − − 447 − 446
Subvenções e Assistências Governamentais 4 2 2 986 − 994
Gastos/Ressarcimentos com Operações em Parcerias
de E&P 532 − − − − 532
Resultado com alienações, baixa de ativos e
resultado na remensuração de participações
societárias
(463) (71) (135) 24 − (645)
Outras 171 34 603 (15) (11) 782
(1.632) (1.211) 527 (3.018) (11) (5.345)
44
Tabela 33 - Ativo Consolidado por Segmento de Negócio – 31.12.2019
R$ milhões E&P REFINO GÁS &
ENERGIA CORP. ELIMIN.
CONSOLI-
DADO
Ativo 621.860 175.418 51.240 97.097 (19.604) 926.011
Circulante 23.114 49.467 7.789 51.186 (19.455) 112.101
Não circulante 598.746 125.951 43.451 45.911 (149) 813.910
Realizável a longo prazo 26.022 13.296 5.517 26.471 − 71.306
Investimentos 2.387 4.472 4.299 11.008 − 22.166
Imobilizado 493.746 107.659 32.975 7.718 (149) 641.949
Em operação 428.589 95.245 22.593 7.191 (149) 553.469
Em construção 65.157 12.414 10.382 527 − 88.480
Intangível 76.591 524 660 714 − 78.489
Tabela 34 - Ativo Consolidado por Segmento de Negócio – 31.12.2018
R$ milhões E&P REFINO GÁS &
ENERGIA CORP. ELIMIN.
CONSOLI-
DADO
Ativo 512.689 170.810 60.479 129.914 (13.419) 860.473
Circulante 20.630 46.360 7.853 82.939 (14.176) 143.606
Não circulante 492.059 124.450 52.626 46.975 757 716.867
Realizável a longo prazo 31.443 12.731 5.908 34.486 910 85.478
Investimentos 2.520 5.046 2.932 192 − 10.690
Imobilizado 450.073 105.998 42.845 11.066 (153) 609.829
Em operação 361.027 94.337 33.003 9.530 (153) 497.744
Em construção 89.046 11.661 9.842 1.536 − 112.085
Intangível 8.023 675 941 1.231 − 10.870
45
Tabela 35 - Reconciliação do EBITDA Ajustado por Segmento de Negócio – 2019
R$ milhões E&P REFINO GÁS &
ENERGIA CORP. ELIMIN.
CONSOLIDA
DO
Lucro líquido (prejuízo) das operações
continuadas 49.854 3.548 16.801 (33.755) (5.606) 30.842
Resultado financeiro líquido − − − 34.459 − 34.459
Imposto de renda/Contribuição social 25.511 2.164 8.446 (16.833) (2.888) 16.400
Depreciação, depleção e amortização 45.299 9.691 2.573 939 − 58.502
EBITDA 120.664 15.403 27.820 (15.190) (8.494) 140.203
Resultado de participações em
investimentos (330) 653 (407) (463) − (547)
Reversão/Perda no valor de recuperação de
ativos - Impairment 8.027 2.802 801 − − 11.630
Realização de ajustes acumulados de
conversão - CTA − − − 127 − 127
Efeito de variação cambial sobre
contingências relevantes em moeda
estrangeira
− − − 476 − 476
Resultado com alienações, baixa de ativos e
resultado na remensuração de participações
societárias
(2.911) 851 (21.017) (721) − (23.798)
EBITDA ajustado das Operações
Continuadas 125.450 19.709 7.197 (15.771) (8.494) 128.091
EBITDA ajustado das Operações
Descontinuadas − − 56 1.102 − 1.158
EBITDA ajustado* 125.450 19.709 7.253 (14.669) (8.494) 129.249
Tabela 36 - Reconciliação do EBITDA Ajustado por Segmento de Negócio – 2018
R$ milhões E&P REFINO GÁS &
ENERGIA CORP. ELIMIN.
CONSOLIDA
DO
Lucro líquido (prejuízo) das operações
continuadas 44.177 8.246 2.117 (29.290) (1.745) 23.505
Resultado financeiro líquido − − − 23.498 − 23.498
Imposto de renda/Contribuição social 22.604 3.578 907 (10.729) (898) 15.462
Depreciação, depleção e amortização 32.645 7.774 2.276 534 − 43.229
EBITDA 99.426 19.598 5.300 (15.987) (2.643) 105.694
Resultado de participações em
investimentos (297) (1.299) (355) 31 − (1.920)
Reversão/Perda no valor de recuperação de
ativos - Impairment 5.348 1.687 723 (69) − 7.689
Realização de ajustes acumulados de
conversão - CTA − − − − − −
Efeito de variação cambial sobre
contingências relevantes em moeda
estrangeira
− − − 1.646 − 1.646
Resultado com alienações, baixa de ativos e
resultado na remensuração de participações
societárias
(1.271) 345 80 (227) − (1.073)
EBITDA ajustado das Operações
Continuadas 103.206 20.331 5.748 (14.606) (2.643) 112.036
EBITDA ajustado das Operações
Descontinuadas − − 82 2.734 − 2.816
EBITDA ajustado 103.206 20.331 5.830 (11.872) (2.643) 114.852
46
Tabela 37 - Reconciliação do EBITDA Ajustado por Segmento de Negócio – 4T19
R$ milhões E&P REFINO GÁS &
ENERGIA CORP. ELIMIN.
CONSOLI-
DADO
Lucro líquido (prejuízo) das operações
continuadas 14.121 123 (542) (2.641) (2.523) 8.538
Resultado financeiro líquido − − − 6.590 − 6.590
Imposto de renda/Contribuição social 7.289 537 (314) (7.205) (1.300) (993)
Depreciação, depleção e amortização 11.644 2.432 624 245 − 14.945
EBITDA 33.054 3.092 (232) (3.011) (3.823) 29.080
Resultado de participações em
investimentos 32 919 (70) (17) − 864
Reversão/Perdas no valor de recuperação de
ativos - Impairment 6.785 1.568 786 − − 9.139
Realização de ajustes acumulados de
conversão - CTA − − − − − −
Efeito de variação cambial sobre
contingências relevantes em moeda
estrangeira
− − − − − −
Resultado com alienações, baixa de ativos e
resultado na remensuração de participações
societárias
(3.561) 893 283 (169) − (2.554)
EBITDA ajustado das Operações
Continuadas 36.310 6.472 767 (3.197) (3.823) 36.529
EBITDA ajustado das Operações
Descontinuadas − − − − − −
EBITDA ajustado 36.310 6.472 767 (3.197) (3.823) 36.529
Tabela 38 - Reconciliação do EBITDA Ajustado por Segmento de Negócio – 3T19
R$ milhões E&P REFINO GÁS &
ENERGIA CORP. ELIMIN.
CONSOLI-
DADO
Lucro líquido (prejuízo) das operações
continuadas 11.815 421 936 (12.718) (963) (509)
Resultado financeiro líquido − − − 10.874 − 10.874
Imposto de renda/Contribuição social 6.045 355 395 (2.360) (497) 3.938
Depreciação, depleção e amortização 11.558 2.556 636 235 − 14.985
EBITDA 29.418 3.332 1.967 (3.969) (1.460) 29.288
Resultado de participações em
investimentos (82) 269 (168) (465) − (446)
Reversão/Perdas no valor de recuperação de
ativos - Impairment 2.343 53 14 − − 2.410
Realização de ajustes acumulados de
conversão - CTA − − − − − −
Efeito de variação cambial sobre
contingências relevantes em moeda
estrangeira
− − − 561 − 561
Resultado com alienações, baixa de ativos e
resultado na remensuração de participações
societárias
463 71 135 (24) − 645
EBITDA ajustado das Operações
Continuadas 32.142 3.725 1.948 (3.897) (1.460) 32.458
EBITDA ajustado das Operações
Descontinuadas − − 26 98 − 124
EBITDA ajustado 32.142 3.725 1.974 (3.799) (1.460) 32.582
47
Glossário
ACL – Ambiente de Contratação Livre no sistema elétrico.
ACR - Ambiente de Contratação Regulada no sistema elétrico.
Alavancagem – Índice que mede a relação entre o Endividamento Líquido e a soma
do Endividamento Líquido e do Patrimônio Líquido. Esta métrica não está prevista
nas normas internacionais de contabilidade – IFRS e é possível que não seja
comparável com índices similares reportados por outras companhias.
CTA – Cumulative translation adjustment. O montante acumulado de variações
cambiais reconhecido no patrimônio líquido deve ser transferido para
demonstração do resultado no momento da alienação do investimento.
Disponibilidades ajustadas - Somatório de disponibilidades e investimentos em
títulos governamentais e aplicações financeiras no exterior em time deposits de
instituições financeiras de primeira linha com vencimentos superiores a 3 meses a
partir da data de aplicação, considerando a expectativa de realização desses
investimentos no curto prazo. A medida disponibilidades ajustadas não está
prevista nas normas internacionais de contabilidade, não devendo ser considerada
isoladamente ou em substituição ao caixa e equivalentes de caixa apurados em
IFRS. Além disso, não deve ser base de comparação com a de outras empresas,
contudo a Administração acredita que é uma informação suplementar para avaliar
a liquidez e auxilia a gestão da alavancagem.
EBITDA Ajustado - Somatório do EBITDA, participações em investimentos,
impairment, ajustes acumulados de conversão – CTA, o resultado com alienação e
baixa de ativos e remensuração nas participações societárias. Esta métrica não está
prevista nas normas internacionais de contabilidade – IFRS e é possível que não
seja comparável com índices similares reportados por outras companhias, contudo
a Administração acredita que é uma informação suplementar para avaliar a
rentabilidade. O EBITDA Ajustado deve ser considerado em conjunto com outras
métricas para um melhor entendimento da performance da Companhia.
Efeito do custo médio no custo dos produtos vendidos - Em função do período de
permanência dos produtos nos estoques, de 60 dias em média, o comportamento
das cotações internacionais do petróleo e derivados, bem como do câmbio sobre as
importações e as participações governamentais e outros efeitos na formação do
custo, não influenciam integralmente o custo das vendas do período, vindo a
ocorrer por completo apenas no período subsequente.
Endividamento líquido – Endividamento bruto subtraído das disponibilidades
ajustadas. Esta métrica não está prevista nas normas internacionais de
contabilidade – IFRS e não deve ser considerada isoladamente ou em substituição
ao endividamento total de longo prazo, calculado de acordo com IFRS. O cálculo do
endividamento líquido não deve ser base de comparação com o de outras
empresas, contudo a Administração acredita que é uma informação suplementar
que ajuda os investidores a avaliar a liquidez e auxilia a gestão da alavancagem.
Entidades Estruturadas Consolidadas - Entidades que foram designadas de modo
que direitos de voto ou similares não sejam o fator determinante para a decisão de
quem controla a entidade. A Petrobras não tem participação acionária em certas
entidades estruturadas que são consolidadas nas demonstrações contábeis da
Companhia, porém o controle é determinado pelo poder que tem sobre suas
atividades operacionais relevantes. Como não há participação acionária, o
resultado oriundo de certas entidades estruturadas consolidadas é atribuível aos
acionistas não controladores na demonstração de resultado, sendo
desconsiderado do resultado atribuível aos acionistas da Petrobras.
Fluxo de caixa livre – Recursos gerados pelas atividades operacionais subtraídos
dos investimentos em áreas de negócio. A medida fluxo de caixa livre não está
prevista nas normas internacionais de contabilidade, não devendo ser considerada
isoladamente ou em substituição ao caixa e equivalentes de caixa apurados em
IFRS. Além disso, não deve ser base de comparação com o de outras empresas,
contudo a Administração acredita que é uma informação suplementar para avaliar
a liquidez e auxilia a gestão da alavancagem.
FCO - recursos gerados pelas atividades operacionais (Fluxo de caixa operacional)
Investimentos total – Investimentos baseados nas premissas de custo e
metodologia financeira adotada no Plano de Negócios e Gestão, que incluem a
aquisição de ativos imobilizados e intangíveis, investimentos societários e outros
itens que não necessariamente se qualificam como fluxo de caixa usado em
atividades de investimento, principalmente despesas com geologia e geofísica,
pesquisa e desenvolvimento, gastos pré-operacionais, aquisição de imobilizado a
prazo e custos de empréstimos diretamente atribuíveis a obras em andamento.
JCP – Juros sobre Capital Próprio.
Lifting Cost - Indicador de custo de extração de petróleo e gás natural, que
considera os gastos realizados no período.
LTM EBITDA Ajustado - Somatório dos últimos 12 meses (Last Twelve Months) do
EBITDA Ajustado. Esta métrica não está prevista nas normas internacionais de
contabilidade – IFRS e é possível que não seja comparável com índices similares
reportados por outras companhias, contudo a Administração acredita que é uma
informação suplementar para avaliar a liquidez e auxilia a gestão da alavancagem.
O EBITDA Ajustado deve ser considerado em conjunto com outras métricas para
um melhor entendimento da liquidez da Companhia.
Lucro Líquido(Prejuízo) por Ação - Lucro líquido por ação calculado com base na
média ponderada da quantidade de ações.
Margem do EBITDA Ajustado - EBITDA Ajustado dividido pela receita de vendas.
Passivo total líquido – Passivo total subtraído das disponibilidades ajustadas.
PCE – Perdas de créditos esperadas.
PLD (Preços de liquidação das diferenças) - Preços de energia elétrica no mercado
spot calculados semanalmente e ponderados por patamar de carga livre (leve,
médio e pesado), número de horas e capacidade do mercado em questão.
Preço de Venda do Petróleo no Brasil - Média dos preços internos de transferência
do segmento de E&P para o segmento de Refino.
Refino - contempla as atividades de refino, logística, transporte, aquisição e
exportação de petróleo bruto, assim como a compra e venda de produtos derivados
do petróleo e etanol, no Brasil e no exterior. Adicionalmente, este segmento inclui
a área de petroquímica, que compreende investimentos em sociedades do setor
petroquímico, a exploração e processamento de xisto.
Resultado por Segmentos de Negócio – As informações por segmento de negócio
da companhia são elaboradas com base em informações financeiras disponíveis e
que são atribuíveis diretamente ao segmento ou que podem ser alocadas em bases
razoáveis, sendo apresentadas por atividades de negócio utilizadas pela Diretoria
Executiva para tomada de decisões de alocação de recursos e avaliação de
desempenho. Na apuração dos resultados segmentados são consideradas as
transações realizadas com terceiros, incluindo empreendimentos controlados em
conjunto e coligadas, e as transferências entre os segmentos de negócio. As
transações entre segmentos de negócio são valoradas por preços internos de
transferência apurados com base em metodologias que levam em consideração
parâmetros de mercado, sendo essas transações eliminadas, fora dos segmentos
de negócios, para fins de conciliação das informações segmentadas com as
demonstrações financeiras consolidadas da companhia. Em decorrência dos
desinvestimentos ocorridos em 2019, da estratégia de reposicionamento do seu
portfólio previsto no Plano Estratégico 2020-2024, aprovado em 27 de novembro
de 2019, bem como a materialidade dos negócios remanescentes, a companhia
reavaliou a apresentação dos negócios de Distribuição e de Biocombustíveis, que
passaram a ser incluídos no Corporativo e outros negócios.