azibo rural abr 12

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 EDITORIAL Nº 19 - Mensa l - 1 1 de Ab ril de 20 12 - D irect or: Helder F er nan des www.abmc.pt Distribuíção gratuíta Associação de Benefciários de Macedo de Cavaleiros  Abreu Lima pág. 4 e 5 “O que nós precisamos é organização. Porque não há país nenhum no mundo que seja rico se não for organizado.”  A Direcção da ABMC foi à Assembleia da Repú- blica, Transmitir à Comissão de Agricultura e Mar as suas preocupações em relação ao Regadio de Ma- cedo e à Agricultura local, bem como apresentar pro- postas que pensamos úteis para o futuro do Regadio e da necessária transformação da Agricultura Local, apresentamos ainda um caso de sucesso de um produtor e das suas preocupações enquanto agente económico, e as potencialidades locais que pode- riam criar emprego e mais-valias na Região. A Di- recção agradece o interesse demonstrado pela Sra. Dra. Deputada Maria José Moreno, pelo Regadio e pela Agricultura local, bem como pelo acolhimento e acompanhamento em Lisboa. No link em baixo está o áudio da nossa apresentação na Comissão, bem como a documentação apresentada aos Grupos Parlamentares. http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/ Paginas/DetalheAudiencia.aspx?BID=92487  Apr ov eit ando a via ge m a Li sb oa a Dir ecç ão da Ass o- ciação, visitou o Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da beira, onde reuniu com o Presidente da Associação, e com o técnico executivo, onde camos inteirados da realidade do Regadio, das suas características, dos seus problemas, e das preocupações para o futuro, vi- sitamos ainda parte do Aproveitamento. Embora existin- do algumas semelhanças com o Regadio de Macedo, as diferenças são muito maiores, logo pela dimensão, 9.000 ha beneciados, dos 14.400 previstos, onde es - tão a ser regados 3.000 ha, (30% da área), 9.700 agri- cultores, Produção de Energia eléctrica, investimentos avultados nos últimos anos o que vai permitir aumento Governo aprova criação de bolsa de terras para ns agrí- colas, orestais e silvo pastoris Pág. 3 Pág. 2 alterar Órgãos Sociais da ABMC reconduzidos na Assemble ia Geral de 24 de Março Associação de Beneficiários de Macedo de Cavaleiros reuniu em Assembleia e decidiu reconduzir a anterior direcção, presidida por Hélder Fernandes e a que também pertencem Carlos Trovisco e Armando Mendes. Época de rega  já começou As necessidades impostas por um ano invulgarmente seco ob rigaram a que a ABMC desse uma resposta para as necessidades dos regantes do Regadio do Azibo, abrindo a época de rega no mês de Março. Situ- ação que pode ser interrompida caso se verifique que a precipitação é suficiente para as necessidades de rega.

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Associação de Beneficiários de Macedo de CavaleirosAZIBO RURALNº 19 - Mensal - 1 de Abril de 2012 - Director: Helder Fernandes 1www.abmc.ptDistribuíção gratuíta“O que nós precisamos é organização. Porque não há país nenhum no mundo que seja rico se não for organizado.”Abreu Lima pág. 4 e 5 EditorialGoverno aprova criação de bolsa de terras para fins agrícolas, florestais e silvo pastorisPág. 3A Direcção da ABMC foi à Assembleia da República, Transmitir à Comissão de Agricultura e

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5/17/2018 Azibo Rural Abr 12 - slidepdf.com

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Editorial

Nº 19 - Mensal - 11 de Abril de 2012 - Director: Helder Fernandes www.abmc.pt Distribuíção gratuítaAssociação de Benefciários

de Macedo de Cavaleiros

 Abreu Lima pág. 4 e 5

“O que nós precisamos é 

organização. Porque não há país 

nenhum no mundo que seja rico se não for organizado.” 

A Direcção da ABMC foi à Assembleia da Repú-

blica, Transmitir à Comissão de Agricultura e Mar as

suas preocupações em relação ao Regadio de Ma-

cedo e à Agricultura local, bem como apresentar pro-

postas que pensamos úteis para o futuro do Regadio

e da necessária transformação da Agricultura Local,

apresentamos ainda um caso de sucesso de um

produtor e das suas preocupações enquanto agente

económico, e as potencialidades locais que pode-

riam criar emprego e mais-valias na Região. A Di-

recção agradece o interesse demonstrado pela Sra.

Dra. Deputada Maria José Moreno, pelo Regadio e

pela Agricultura local, bem como pelo acolhimento e

acompanhamento em Lisboa. No link em baixo está

o áudio da nossa apresentação na Comissão, bem

como a documentação apresentada aos Grupos

Parlamentares.

http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/ 

Paginas/DetalheAudiencia.aspx?BID=92487

Aproveitando a viagem a Lisboa a Direcção da Asso-

ciação, visitou o Aproveitamento Hidroagrícola da Cova

da beira, onde reuniu com o Presidente da Associação,

e com o técnico executivo, onde camos inteirados da

realidade do Regadio, das suas características, dos

seus problemas, e das preocupações para o futuro, vi-

sitamos ainda parte do Aproveitamento. Embora existin-

do algumas semelhanças com o Regadio de Macedo,

as diferenças são muito maiores, logo pela dimensão,

9.000 ha beneciados, dos 14.400 previstos, onde es-

tão a ser regados 3.000 ha, (30% da área), 9.700 agri-

cultores, Produção de Energia eléctrica, investimentos

avultados nos últimos anos o que vai permitir aumento

Governo aprova criação debolsa de terras

para ns agrí-colas, forestaise silvo pastoris

Pág. 3 

Pág. 2 

alterar

Órgãos Sociais da ABMCreconduzidos na Assembleia

Geral de 24 de MarçoAssociação de Beneficiários de Macedo de Cavaleiros 

reuniu em Assembleia e decidiu reconduzir a anterior 

direcção, presidida por Hélder Fernandes e a que também

pertencem Carlos Trovisco e Armando Mendes.

Época de rega

 já começouAs necessidades impostas por um ano invulgarmente seco obrigaram

a que a ABMC desse uma resposta para as necessidades dos regantes 

do Regadio do Azibo, abrindo a época de rega no mês de Março. Situ- 

ação que pode ser interrompida caso se verifique que a precipitação é 

suficiente para as necessidades de rega.

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02 11 de Abril de 2012 - AZIBO RURAL

Opin ião

Director: Helder Fernandes; Redação: ABMC; Colaboradores: Amândio Salgado Carlo-to, Armando Augusto Mendes, Hélder Fernandes, Horácio Cordeiro, José Carlos TroviscoRocha, Nuno Morais; Victor Santos; Paginação: Edições Imaginarium, Lda.; Propriedadee editor: Associação de Beneciários de Macedo de Cavaleiros; Impressão: Escola Tipo-gráca - Bragança; 1500 exemplares Registado no ICS com o n.º 125 768

Ficha técnica

Sede: Edicio da Zona Agrária; Av Ilha do Sal; Apartado 23; 5340 951 - Macedo Cavaleiros; Telf.: 278 420 024; Fax: 278 420 029; e-mail: [email protected] Hidroagricola de Macedo de Cavaleiros: Telf.: 278 420 020; Fax: 278 420 029; e-mail: [email protected]

 

Editorial (continuação)

da área beneciada, introdução de alta tecnologia na Gestão,automatismo controlados á distância através de bra óptica,Regadio todo informatizado e cadastrado, blocos construídose em construção onde foram realizados processos de em-parcelamento, tudo isto qualica o Regadio da Cova da Beiracomo Grande Regadio.

 A Direcção da Associação foi reconduzida para mais umMandato que se adivinha particularmente difícil dado as pre-ocupações para o futuro, o primeiro mandato cou marca-do por o aumento da visibilidade de uma Associação quasedesconhecida e inoperante, colocá-la ao serviço dos sócios,criação do Jornal Azibo Rural, por um conhecimento do Re-gadio, por uma melhoria do serviço prestado, e sobretudoem 2011 pela decisão da Direcção de assumir a Gestão doAHMC, pensamos que foi ainda mais para primeiro mandatomuito produtivo, traduzido no aumento do nº de sócios de11 para 153, de um aumento do nº de dias de rega, de umaumento muito signicativo dos resultados líquidos positivosda Associação, coroado com o aumento da área regada,470 ha em 2011, 369 ha em 2008, sendo mesmo o melhor resultado desde 1993, 480 ha, esperamos que 2012 seja omelhor ano de sempre.

Os resultados alcançados nestes três anos, foram frutodo empenho, dedicação e realizados por um conjunto depessoas a quem cabe ndo este mandato agradecer, aos

órgãos sociais da Associação, Direcção onde o CarlosTrovisco como Vice-Presidente e o Sr. Armando Mendescomo Tesoureiro têm sido conjuntamente com o Presiden-te dedicados para o engrandecimento da Associação nabusca constante de prestar um melhor serviço aos utiliza-dores do regadio, o que não seria conseguido sem o apoioe dedicação do Eng.º Manuel José Técnico da DGADR aoserviço do AHMC, da Administrativa Ilda Mendes, dos fun-cionários contratados e do Engº Tito Nunes e Engº JoséPassos, da DGADR.

A Direcção reuniu também no dia 9 de Abril, com oDirector Regional de Agricultura, Dr. Manuel Cardoso, apedido deste, onde o informá-mos da situação actual do

regadio, das preocupaçoes para o futuro, das actividadese resultados da nossa gestão, criando aqui também umacolaboração que pretende ajudar a dinamizar a Agricultu-ra local, bem como o Regadio.

 A Direcção

A Associação de Beneci-ários de Macedo de Ca-

valeiros reuniu em Assembleiae decidiu reconduzir a anterior direcção, presidida por HélderFernandes e a que tambémpertencem Carlos Trovisco eArmando Mendes. O presi-dente explicou que «faz todo osentido continuar um trabalho

que tinha sido iniciado e quenão está concluído. Nesta fasetemos melhor conhecimento esentimos que a Associação pre-cisa de continuar com dinâmica

dados os desaos do futuro.»A direcção tem como Ob-

 jectivo promover a obtenção debons resultados da Associaçãoao nal do ano e, para isso, al-guns dos objectivos determina-dos são: melhorar as condiçõespara que se registem mais só-cios; promover o aumento daárea regada; controlar custos

para que se possam realizar in-vestimentos de modernizaçãode equipamento; e eventual-mente promover a diminuiçãodo preço da água.

Órgãos Sociais da ABMC

reconduzidos na AssembleiaGeral de 24 de Março

Sr. Agricultor se t iver interesse em produzir ce- 

reais (trigo, aveia, centeio, milho) em produção 

biológica, com escoamento garantido e preço 

atractivo, solicite informações através do nº 938543476.

Oportunidade de negócio

 A Associação de Beneciários de Macedo está na Internet

www.abmc.pt

Já pode seguir o Azibo Ru-ral na internet, em www.abmc.pt pode encontrar esta e outras

edições do Azibo rural, e aindatoda a informação sobre a As-sociação e a época de rega.

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03AZIBO RURAL - 11 de Abril de 2012

Not íc ias

OConselho de Ministrosaprovou uma proposta

de lei que cria a bolsa nacionalde terras para utilização agrí-cola, orestal ou silvo pastoril,que terão como estímulo posi-tivo a redução do IMI.

A criação de bolsa de terras,vai permitir a utilização dos pré-dios rústicos com aptidão agrí-cola, orestal ou silvo pastorilpertencentes ao Estado ou àsautarquias locais, e ainda dosbaldios, vai potenciar as condi-ções para o início de actividadede novos agricultores, nomea-damente dos mais jovens, pro-movendo o rejuvenescimentodo tecido produtivo.

«O grande objectivo é au-mentar a nossa produção querna área agrícola, que na áreaorestal e também de atrair mais gente para a agricultura,

nomeadamente jovens» ar -mou a Ministra da Agricultura,do Mar, do Ambiente e do Orde-namento do Território, Assun-ção Cristas. A bolsa de terrasé gerida a nível nacional pelaAdministração e a nível localpor entidades idóneas, comoassociações de agricultores,municípios ou freguesias.

O Governo aprovou umaproposta de lei que atribui be-nefícios scais à utilização dasterras agrícolas, orestais e

silvo pastoris e à sua disponi-bilização em bolsa de terras.Aprovou também que a taxa do

Imposto Municipal sobre Imó-veis, na parte rústica, seja obri-

gatoriamente reduzida entre50% e 75%, mediante delibera-ção da respectiva autarquia.

Assunção Cristas anunciouque «muito brevemente, mesmoantes da bolsa de terras estarem funcionamento, o ministérioda Agricultura irá disponibilizar as suas terras e será dada prio-ridade máxima no acesso aos

 jovens agricultores».

Resultado insignifcante

CAP diz que “Banco de Ter -ras” é uma ideia interessantecom resultado insignicante

O secretário-geral da Con-federação dos Agricultores de

Portugal (CAP), Luís Mira, con-siderou “insignicante” o resul-tado da criação de uma bolsade terras, para ns agrícolas,orestais e silvo pastoris. «Éuma ideia interessante, mas oresultado dela é insignicante»,armou o dirigente agrícola, emdeclarações à Agência Lusa.

«A proposta fala de uma áreatotal de três mil hectares. Eu re-lembro que a superfície agrícolaem Portugal é superior a quatromilhões de hectares, portanto

esta questão não é relevantepara o problema da agriculturaportuguesa», considerou.

O secretário-geral da CAP re-agia à decisão tomada pelo Go-

verno de criação de um banco deterras para ns agrícolas, ores-tais e silvo pastoris, a serem dis-ponibilizadas de forma voluntáriapelos privados, que terão como“estímulo positivo” a redução doimposto municipal sobre imóveis(IMI). Escusando-se a fazer mui-tos comentários sobre o modeloaprovado pelo Governo, por des-conhecer o seu conteúdo, LuísMira adiantou apenas que a cria-ção de uma bolsa de terras fá-lorecordar a criação das hortas

urbanas; «É um assunto interes-sante, mas o impacto que tem éreduzido», sublinhou.

Odespacho n.º 9/G/2012que estabelece, até

31 de dezembro de 2012, aderrogação de disposições ali-mentares relativas aos animais,

“desde que seja salvaguardadauma dieta adequada ao estadosiológico dos mesmos e quepelo menos 10% da alimenta-ção inclua alimentos brosos”.

Assim, os produtores dei-xam de estar obrigados a teremde usar no mínimo 50% de ali-mentos (em matéria seca) pro-veniente da própria unidade deprodução; percentagem mínima

de alimentos em Produção Inte-grada, estabelecida em 55% noprimeiro ano, 65% no segundoe 75% no terceiro e seguintes.No caso dos ruminantes, foi

determinada uma alimentaçãoassente essencialmente nopastoreio direto, complemen-tado com forragens da própriaunidade de produção.

Os produtores interessadospodem, mediante a apresen-tação de um requerimento nosServiços Veterinários Regionais,beneciar destas medidas relati-vas à alimentação dos animais.

Para ns agrícolas, orestais e silvo pastoris e benefícios scais

Governo aprova bolsa de terras

Derrogação temporária de Regras para AlimentaçãoAnimal em Produção Integrada (PRODI)

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04 11 de Abril de 2012 - AZIBO RURAL

Ent rev i s ta

A ACRIGA é uma Associação 

de Agricultores e Criado- res de Gado que abrange 

os concelhos, de Macedo 

de Cavaleiros, Mirandela e 

Alfândega da Fé e tem actu- 

ação em algumas freguesias 

de Bragança e Mogadouro.

O actual presidente é Abreu 

Lima.

Azibo Rural: Em termoseconómicos, na região abran-gida pela ACRIGA, é impor-tante a criação de gado e aagricultura?

Abreu Lima: Sim, Trás-os-Montes é uma região iminen-temente agrícola. Alguns dosseus rendimentos vêm da agri-cultura e vêm também de ou-tras áreas, mas que estão emregressão, como o funcionalis-mo público que está a diminuire também das reformas. A nível

da actividade económica temosque somar à agricultura a agro-indústria e também o turismoque na nossa região é muitobaseado na agricultura.

Fala-se nalguns meiosque há um voltar à terra, issonota-se na nossa região?

Sim, sim e vai-se notar cadavez mais. A agricultura funcio-na sempre como uma bolsa desegurança. Quando há algumacrise económica, normalmente

a agricultura é aquela que faz aabsorção de pessoas que camsem emprego ou sem trabalho.O problema é que os saláriossubiram, as explorações agrí-colas tiveram que se adaptare ao haver esta mecanizaçãohouve menor dependência dotrabalho humano e isto, queé bom numa determinada cir-cunstância, não é tão bom em

situações de crise; porque ossalários ainda são demasiada-

mente altos para serem pagosem produções agrícolas queestão com alguma diculdadeeconómica para se rentabilizar.Então o que é que a agricultu-ra pode oferecer? A agriculturatem áreas que são mais de sub-sistência, que empresarialmen-te não são rentáveis para seremtrabalhadas, porque se foremcontratar pessoas não dão ren-dimento para quem as tem. Noentanto são áreas que podemser aproveitadas por pessoas

que vêm para a região por umaquestão de sobrevivência.

Então a agricultura nãotem futuro como opção estra-tégica de investimento?

É evidente que tem. Na mi-nha perspectiva, a agriculturapode ter desenvolvimento nasagro-indústrias e na transforma-ção dos produtos agrícolas. Amaior parte das nossas produ-ções agrícolas são exportadaspara fora da região, sem sertransformadas. Com honrosasexcepções, do vinho que é qua-se todo transformado e emba-lado na região, algum azeite, etemos a castanha que tem algu-mas unidades como a Sortegel.

Então faz falta o Cachão?O Cachão como ideia?

O Cachão na altura nasceucomo uma unidade numa re-gião que não tinha vias de co-municação, era uma realidade

completamente distinta e naaltura penso que fazia todo osentido ser uma unidade numdeterminado local geográco.Penso que o que faz sempresentido e é preciso neste mo-mento são unidades próximasda produção agrícola, para quenão haja transporte da matéria-prima a não ser que ela já este- ja transformada porque há per-

da de qualidade. Deveria haverum planeamento e o Ministério

da Agricultura conjuntamentecom as associações de agricul-tores deveria denir os locaisonde seria mais adequada acolocação dessas unidades detransformação.

Agora na área do turismo, te-mos produções agrícolas de altaqualidade mas que são muitoheterogéneas. A nossa mais va-lia está na grande qualidade dosprodutos e não no baixo preço.

Portanto a solução, é atingir umnicho de mercado, aqueles que

podem pagar mais alto o preçodos produtos e/ou fazer a impor -tação dos consumidores. Pare-ce-me que a única solução paraa nossa região será apostar emalojamento, porque senão osturistas não cam cá. Isto temque ser algo que tem que serplaneado, concertado por toda acomunidade envolvida.

E é?Não. O problema é dos in-

vestimentos serem feitos de

uma forma não planeada, deuma forma dispersa e depoispõem-se em risco esses pró-prios investimentos. É prefe-rível criar um núcleo de cincoem cinco anos do que arranjarnanciamento para criar vintecasas disseminadas por todoTrás-os-Montes e que depoistem diculdade em ser susten-táveis economicamente.

A nossa agricultura pro-duz produtos de grande qua-lidade e tem pouca dimensão.Na nossa região já há algunsexemplos de produção inten-siva, há por exemplo um casode produção de morangos queagora funciona durante todo oano. A solução não passa porcoisas deste género?

Sim essas soluções sãopossíveis. Um problema é o mi-nifúndio e outra é a pulveriza-ção da terra. O facto de eu ter5 hectares numa parcela só, écompletamente distinto de eu

ter 5 hectares em 10 parcelas.Há aliás uma iniciativa do Mi-nistério da Agricultura que é oBanco de Terras. O agricultorcomo sabe, não tem facilidadeem fazer essas trocas de ter -ras, ou porque lhe faltam meiosnanceiros ou porque “santosda casa não fazem milagres”.Portanto, há necessidade dehaver uma entidade exteriorque apoie esse tipo de movi-

Entrevista com Abreu Lima

“A agricultura pode ter desenvolvi-mento nas agro-indústrias e na trans-ormação dos produtos agrícolas”

 

“O que nós precisamos é

de vender. Produzir para

não vender ou para ven-

der mal não interessa

Quando não há regio-

nalização os interessessão deendidos pelos lob-

 bies e os lobbies estão do

lado de quem tem mais

dinheiro e com certeza

não é Trás-os-Montes.

Da mesma orma que

azemos um projecto de vida, as nossas aldeias

precisam também de ter

uma estratégia. Para isso

é preciso que a aldeia se

 junte, converse, dialogue

e defna o que quer ser.

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05AZIBO RURAL - 11 de Abril de 2012

mentação fundiária.

Mas já no passado se ten-tou fazer emparcelamento, enão houve grandes resulta-dos dessas iniciativas, o queé que falhou?

Esses emparcelamentos quese faziam e para os quais havia

legislação especíca deveriamser dirigidos para terrenos al-tamente produtivos, nomeada-mente zonas que fossem rega-das por barragens. Porque aío valor da terra justicava o in-vestimento do Estado e algumaprojecção a médio e longo pra-zo. Relativamente aos outros,o apoio deve ser feito atravésdo Banco de Terras, que ajudee que promova a troca entre osagricultores. O Estado deveriapermitir a um lho que quer -car como agricultor, pagar aosseus irmãos, facilitando o nan-ciamento, por exemplo subsi-diando os juros. Há formas deo Estado ajudar, de forma maiseciente do que estes projectosde jovem agricultor onde se dádinheiro a fundo perdido masque depois não têm dimensãopara ele ganhar dinheiro parasustentar uma família.

Relativamente ao turismo;além do alojamento é neces-

sário que haja animação e aquié que entra necessariamentealguma organização regional.Por exemplo, a zona que existeagora entre o Romeu e o Aziboé uma zona onde era possívelfazer o aproveitamento fomen-tando a agricultura. Porque secriássemos ali um corredor ondeo turista pudesse fazer o per -curso em BTT ou a cavalo, eraperfeitamente possível incentivaros agricultores a aproveitar o es-paço das estações e apeadeiros

para fazer pontos de venda. Oque nós precisamos é de vender.Produzir para não vender ou paravender mal não interessa. Temosque vender e depois produzir oque está vendido.

Na sua opinião as politicasagricolas são adequadas aosproblemas que a região tem?

Eu sou suspeito nessa ma-téria. Nós estamos num paísque é altamente heterogéneo,a diferença entre o Minho e Alto

Trás-os-Montes e o Algarve e oRibatejo, é enorme e eu sempreachei que era muito difícil legis-lar num país onde as diferençassão tão grandes e quando selegisla para uma região não seestá a legislar para outra. Daía minha opinião de que deveráexistir alguma capacidade decada região adequar a legisla-ção à sua realidade.

E isso pode passar pelaregionalização?

Na minha perspectiva sim. Agora que tipo de regionalização já é outra matéria. Aliás sou con-trário à regionalização da regiãoNorte porque estão a colocar-nos numa região na qual não nos

identicamos da mesma forma.Nada contra o Minho, mas vejomuito mais a realidade da minharegião com a minha agriculturacom eventualmente a Beira Inte-rior e nunca com litoral.

Ainda há bastante a fazer,então, para adequar a políticaà realidade da nossa região?

Pois, porque quando não háregionalização os interessessão defendidos pelos lobbiese os lobbies estão do lado dequem tem mais dinheiro e comcerteza não é Trás-os-Montes.

Foi também presidente daFATA, e na altura entrevista-mo-lo a propósito do projecto“Aldeias de Quarta Geração”.Foi há cerca de dez anos, eparece-me que a ideia das“Aldeias de Quarta Geração”tinha tudo para funcionar masuma década depois nota-seque não funcionou…

Na minha perspectiva háduas fragilidades: uma a nívelnacional e a outra a nível local.A nível nacional falhou porquehá uma linha de orientação naUnião Europeia de recupera-ção da ruralidade com base emcentros organizados em que aslocalidades têm uma interacçãocom os vários sectores da agri-cultura, do turismo de uma for-ma equilibrada. O Estado portu-guês não legislou para nanciar ou para apoiar esse tipo de ini-

ciativas. A segunda questão,que é um problema de nível lo-cal: não há nas nossas localida-des capacidade de pressão oude organização para fomentar oaparecimento destas iniciativasque promovam o desenvolvi-mento. Da mesma forma quefazemos um projecto de vida,as nossas aldeias precisamtambém de ter uma estratégia.Para isso é preciso que a aldeiase junte, converse, dialogue edena o que quer ser.

Mas uma aldeia só conse-gue ter essa capacidade?

O presidente da Câmara terádiculdade em escolher uma emdetrimento das outras, e depoiscorre o risco de ser acusado debeneciar uma. A iniciativa temque partir da freguesia.

No concelho de Macedo o

projecto abrangia a aldeia deLagoa, estavam defnidas al-

gumas acções, concretamen-te o que é que falhou, além dafalta de legislação estatal?

O que na altura foi projec-tado é que havia vários inves-timentos possíveis dentro daaldeia e que havia tambémvárias fontes de nanciamentopossíveis. Mas cada empre-endimento, imagine o turismo,vai buscar nanciamento a de-terminada fonte, o lagar a umaoutra e isto estava feito de umaforma dispersa em que tem que

haver um elemento agregador.O grande problema é que nãopode existir um investimentoduma parte sem o investimentoda outra porque senão não hárentabilização. Há necessidadede haver uma articulação entretodos os investimentos e daí alógica de ser um investimentode uma região, de uma zona in-teira, de uma aldeia inteira. Erabom que da parte do Estado seprivilegiassem estas iniciativas

O que nós precisamos é or-

ganização. Porque não há paísnenhum no mundo que seja ricose não for organizado. Enquan-to não nos organizarmos, nãoteremos um país desenvolvidonem uma região rica. Mais doque dinheiro precisamos que oEstado ajude a organizar, atra-vés de legislação e tentandoconcertar posições.

“ A nossa mais valia está

na grande qualidade dos

produtos e não no baixo

preço

O problema é dos

investimentos serem

eitos de uma orma não

planeada

Há ormas de o Es-

tado ajudar, de orma

mais efciente do que

estes projectos de jovemagricultor onde se dá

dinheiro a undo perdido

mas que depois não têm

dimensão para ele ganhar

dinheiro para sustentar

uma amília.

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06 11 de Abril de 2012 - AZIBO RURAL

 ABMC- Associação de Beneciários Mac. Cav. 278 420 024DGADR-Aproveit Hidroagrícola Mac. Cav. 278 420 020INAG- Instituto da Água 278 426 735

 ACRIGA – Ass Criadores de Gado 278 426 546 AGRIARBOL- Ass. Pr. Agro-Fl Terra Quente 278 421 698 AJAP- Ass. Jovens Agric. Portugal - Mac. Cav. 278 425 756

DRAP-N- Dir. Reg. Agr. P Norte – Mirandela 278 260 900DRAP-N- Delegação do Nordeste Mac. Cav. 278 426 627Cooperativa Agrícola de Mac. Cav. 278 421 145

 ANCORCB- A. N.Cri. Ovinos Churra Badana 278 426 383CAP- Confederação de Agr. Portugal 278 421 337

 ANCOTEQ–Ass. Nac. Cri. Ovinos Churra T. Q. 278 426 357FATA- Fed.Agricultura de Trás-os-Montes 278 426 454Veterinário Municipal 278 421 747Clube de Caça e Pesca de Mac. Cav. 278 425 160

 AFN- Autoridade Florestal Nacional 278 421 448IFADAP- Vila Real 259 340 690

contactos útEis

Nas últimas três sema-nas, os apicultores da

região transmontana têm-sevindo a deparar com o roubosucessivo de colmeias.

São vários os produtoresda terra quente afectados pelocrime e são cerca de 170 col-meias roubadas. Um prejuízoque rondará já os 25.000 eu-

ros. Acresce a este prejuízoum ano seco, que também estáa afectar a produção de mel.Segundo Francisco Rogão daMacmel (empresa ainda nãoafectada directamente pelosroubos); «uma colmeia produznormalmente entre 25 a 30 kgde mel e este ano a média nãochegará aos 10kg. O prejuízode uma colmeia roubada é ir-

recuperável. Um produtor pararepor o efectivo levará pelo me-nos um ano.»

Na opinião de Jorge Macha-do, presidente da Associaçãode Apicultores do Parque Na-tural do Douro Internacional,os enxames e colmeias sãopara vender no mercado negro,tendo em conta o crescente in-

vestimento económico na api-cultura no Nordeste Transmon-tano. A GNR está a investigartambém cerca de 300 casos deroubos que tiveram lugar só noconcelho de Mogadouro.

Suspeita-se que os furtossucedam durante a noite e osapicultores montam vigilância;na tentativa de evitar maioresperdas.

Colmeias roubadas

Esta ajuda destina-se a

compensar os custos adicionaisresultantes de uma situação deescassez de pastagens em vir -tude das condições climatéricasadversas vericadas.

Condições de Elegibilida- de ao Prémio 

Podem beneciar do apoioprevisto os agricultores a títuloindividual ou colectivo que exer-çam uma actividade agrícola.

Os candidatos ao apoioprevisto no presente despacho

devem ser detentores de bovi-nos, ovinos e/ou caprinos devi-damente registados na base dedados SNIRA.

Forma e nível de apoios O apoio assume a forma de

pagamento de uma ajuda for-fetária e é paga relativamenteao:

número de bovinos elegíveisna posse do produtor e inscritoscomo tal no Sistema de Nacio-nal de Informação e Registo

 Animal (SNIRA) à data de 31de dezembro de 2011;

número de ovinos e caprinosconstantes na declaração deexistências de 2011 do produtor comunicada ao Sistema de Na-cional de Informação e Registo

 Animal (SNIRA) até ao nal doperíodo de candidatura.

O nível de apoio previsto é de: 30 euros por fêmea de raças

de espécie bovina, constanteda lista de Raças apresentada

no nal da página , com idadesuperior a 24 meses

22,5 euros por fêmea deoutras raças de espécie bovinacom idade superior a 24 meses

9 euros por fêmea das espé-cies ovina e caprina já paridasou com mais de 6 meses deidade, já cobertas

Limite fnanceiroA subvenção tem um mon-

tante global de 19,4 milhões deeuros.

Apresentação dos pedidos de apoio e pagamento Os pedidos de ajuda e pa-

gamento são apresentados até

20 dias de calendário contadosda entrada em vigor do diplomautilizando o formulário própriodisponível na área reservadado sitio do Instituto de Financia-mento da Agricultura e Pescas,I.P. (IFAP, I.P.).

Raças AlentejanaAlgarviaArouquesaBarrosãBrava

MarinhoaMaronesaMertolengaMinhotaMirandesaCharolesaHerfordLimousineSalersPie RougeFleckviehCruzado de CarnePretaCachena

Ramo GrandeBlonde d’AquitaineBlanc -Blue BelgeCruzado de LimosineCruzado Alentejano(...)

SUBVENÇÃO A FUNDOPERDIDO AOS PRODUTORESPECUÁRIOS DE RUMINANTES

No âmbito das medidas deapoio à Seca 2012, é criadaa linha de crédito de apoioà alimentação animal dirigi-da aos operadores do sectorda pecuária extensiva, queexerçam as atividades dabovinicultura, caprinicultura,ovinicultura, equinicultura,suinicultura e apicultura, como objetivo de disponibilizar meios para financiar com vis-ta a compensar os custos re-lativos à alimentação animal

devido à escassez de pasta-gens e forragens e de algu-mas espécies vegetais.

 As normas técnicas e nan-ceiras encontram-se denidasna Circular IFAP nº 2/2012

Para efeitos de candidatura,os beneciários deverão en-tregar no IFAP, I.P. o seguinte

modelo:Mod. IFAP-0649.01.EL -

Seca 2012 - Apoio para Alimen-tação Animal;

As candidaturas poderãoser remetidas ao IFAP:

Por email para o endereço:[email protected];

Entregues no IFAP, presen-cialmente, na Rua Curado Ri-beiro, nº 4G, 1º piso, Lisboa;

Enviadas por correio, comaviso de receção, para:

IFAP/DAI/UPRF,Rua Castilho, nº 45/51,1269-163 Lisboa.O período de candidaturas

decorre até 30 de abril de 2012.Para mais informações consul-te a página linha de crédito deapoio à alimentação animal emwww.ifap.pt

SECA 2012 - LINHA DECRÉDITO DE APOIO ÀALIMENTAÇÃO ANIMAL

5/17/2018 Azibo Rural Abr 12 - slidepdf.com

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07 AZIBO RURAL - 11 de Abril de 2012

Os incêndios orestaisconsumiram este ano

15.288 hectares de oresta,cinco vezes mais do que nomesmo período de 2011, se-

gundo dados da AutoridadeFlorestal Nacional. O resumoestatístico provisório de dadosde incêndios orestais indicaque entre 01 de Janeiro e 15de Março deste ano arderam15.288 hectares de orestas,dos quais 3.696 dizem respei-to a povoamentos e 11.592 amatos, enquanto em períodoidêntico de 2011 a área ardidasituava se nos 2.887. De acor-do com a AFN, desde 2002que não se registava uma áreaardida tão elevada nos primei-ros meses do ano, sendo queo número mais próximo é o de2005, quando arderam 7.199hectares.

As estatísticas provisórias

adiantam igualmente que entre01 de Janeiro e 15 de Marçovericaram-se 6.252 ocorrên-cias de fogo, (1.677 incêndiosorestais e 4.575 fogachos),

cinco vezes mais do que nomesmo período de 2011, quan-do deagraram 1.229. No en-tanto, às 6.252 ocorrênciaspodem já ser acrescentadosos cerca de 2.200 fogos quedeagraram entre 15 e 28 deMarço e contabilizados pelaAutoridade Nacional de Pro-tecção Civil (ANPC). No resu-mo, a AFN indica também quefoi nos distritos de Vila Real(2.344), Guarda (2.142) e Via-na do Castelo (2.129) que osincêndios consumiram maishectares de orestas.

Já as ocorrências de fogoregistaram-se em maior núme-ro nos distritos do Porto (1.067)e Viseu (890).

Osecretário de Estadodas Florestas e De-

senvolvimento Rural, DanielCampelo, admitiu, no passadodia 30 de Março no Porto, quese o Governo não conseguirconcluir no seu mandato o ca-dastro da propriedade rústicaserá “um falhanço”. À mar -gem da sessão de abertura

das Jornadas Nacionais dasSerrações e Embalagens deMadeira, Campelo frisou que«é fundamental possuir umcadastro da propriedade pú-blica. Um país que não conhe-ce o seu território sente muitomais diculdades em geri-lo eem actuar contra as adversi-dades.

Aministra da Agricultu-ra, Assunção Cristas,

anunciou que foi aprovada umalinha de crédito para apoio àprodução animal, no montante

de 50 milhões de euros parafazer face à situação de secaque assola o país. A gover-nante referiu também que foiaprovado um conjunto de “me-didas urgentes”, no valor globalde 90 milhões de euros, o quedemonstra que para o governo,além da «expressão nanceira,mesmo num quadro de austeri-dade, há sensibilidade para asdiculdades dos agricultores,tendo em consideração a actu-al seca».

Assunção Cristas explicouque, do conjunto das ajudasdirectas aos produtores pecuá-rios consta a linha para o apoioà produção animal, a isençãoda taxa de recursos hídricos,a aceleração do reembolso do

Imposto sobre o Valor Acres-centado (IVA) pelo Estado, aconcentração dos pagamentospor conta relativos a 2012 numúnico pagamento a efectuar em

Dezembro de 2012 e, ainda, aisenção dos pagamentos à Se-gurança Social por parte dosagricultores ou das empresaspúblicas.

A resolução do Conselhode Ministros criou ainda umaComissão de Prevenção, Mo-nitorização e Acompanhamentoda Seca (CPMAS), constituídaa nível político pelos membrosdo governo responsáveis pelasáreas da Agricultura, Mar, Am-biente e Ordenamento do Terri-

tório, envolvendo outros minis-térios. «A nível político e técnicovai prevenir e monitorizar asvárias situações de seca e fun-cionar em colaboração com aparte técnica», salientou.

OEstado português já

pediu a antecipaçãodas ajudas comunitárias eu-ropeias para os agricultores equer reduzir em 20 dias o pa-gamento do IVA pelo Estado.

 Assunção Cristas armava a15 de Março aos deputados,no plenário, que o reembolsodo IVA está actualmente nos50 dias, mas está a ser fei-ta uma “sensibilização” jun-

to dos serviços para reduzir 

esse período para os 30 dias.Na declaração política feitana Assembleia da República,a ministra indicou medidasa nível da União Europeia, anível de exibilização de re-gulamentos relacionados comalimentação biológica e “ante-cipação de ajudas”.É possívelpedir antecipação, e é o queestamos a fazer.

Os agricultores dovale da Vilariça,

no Nordeste Transmon-tano, viram agravado o

problema da seca, nosúltimos dias, pelo furtode torneiras do sistemade regadio, acto que está já a ser investigado pelaGNR. Os prejuízos, ape-nas em material, rondamos oito mil euros, mas, mais gra-ve do que isso, foi a água quese perdeu das reservas e quealagou culturas, como algumasplantações de batata que apo-dreceram com a inundação. O

presidente da Associação deRegantes e Beneciários doVale da Vilariça, Fernando Brásdisse que esses prejuízos aindanão estão contabilizados e des-creveu o que se passou como“actos de grande vandalismo”.

 Associação de Regantes e Beneciários do Vale da Vilariça

Roubo de material de rega

Reembolsos do IVA serãoantecipados em 20 dias

Aprovada linha decrédito de 50 milhõespara combater a seca

Cadastro de propriedade rús-tica deverá estar concluídoaté nal de mandato

Incêndios Florestaisde Inverno

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08 11 de Abril de 2012 - AZIBO RURAL

Associação de Benefciários de Macedo de

Cavaleiros

APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE MACEDO DE CAVALEIROS

Taxas de Exploração e Conservação para 20121 - TAXAS DE EXPLORAÇÂO (com IVA à taxa de 6%)

A) Preço por Hectare

CULTURAS

TIPO DE REGA

AspersãoMicro aspersãoe Gota-a-gota

Alagamento

Horta 13 0 ,0 0 € 17 0 ,0 0 €  

Morangal 17 0 ,0 0 € 22 5 ,0 0 €  

Forragem 20 5 ,0 0 € 27 0 ,0 0 €  

Lameiro 20 5 ,0 0 € 27 0 ,0 0 €  

Milho e Sorgo 12 5 ,0 0 € 16 0 ,0 0 €  

Relvado 24 5 ,0 0 € 29 0 ,0 0 €  

Cerealíferas e Nabal (valor Mensal) 2 0 ,0 0 € 2 5 ,0 0 €  

Olival 5 1 ,0 0 € 4 1 ,0 0 € 6 6 ,0 0 €  

Olival (até 5 anos) 4 1 ,0 0 € 3 0 ,0 0 € 4 5 ,0 0 €  

Pomar 7 5 ,0 0 € 5 3 ,0 0 € 9 0 ,0 0 €  

Pomar (até 4 anos) 4 5 ,0 0 € 3 5 ,0 0 € 5 6 ,0 0 €  

Lameiros, Forragens e Relvados, sofrem agravamento de 5%, se campanha for superior a 120 dias

B) Preço por Metro Cúbico

Uso da água Custo do metro cúbico

Agricultura 0 ,028 €  

Autarquias 0 ,04 €  

Outros fns 0 ,20 €  

C) Taxas de Exploração Mínimas

Taxa de Exploração mínima por tomada de rega utilizada 18 ,00 €  

Taxa de Exploração mínima para quintais 27 ,00 €  

D) Regantes do Canal Condutor GeralRegantes do Canal Condutor Geral Agravamento de 20% da Taxa de Exploração

2 - TAXAS DE CONSERVAÇÃO (com IVA à taxa de 6%)

Taxa de Conservação por Hectare 27 ,00 €  

Taxa de Conservação Mínima 5 ,00 €  

Nota: Desconto de 40% na Taxa de Exploração, 50% para sócios, no montante acima do valorpago em 2011, desde que implique novas áreas regadas. Este desconto, só se aplica a regantescom áreas superiores a 0,50 hectares, com TEC de 2011 paga até 20 de Abril do corrente ano e

que paguem a TEC de 2012 até fnais de Fevereiro de 2013.

 Av. Ilha do Sal, Edifício da Zona Agrária, 5340-951, Apartado 23, Macedo de Cavaleiros

INFORMAÇÃO/AVISO

A Direcção informa que a Tabela de Preços aquiapresentada foi aprovada por unanimidade em As-sembleia geral de 24 de Março, por proposta da Di-recção da Associação.

A Tabela apresentada é com IVA incluído nas Taxade exploração por área e metro cúbico; embora o cus-to das alternativas á bombagem de água tenham subi-do e muito, casos da Electricidade e do Gasóleo, o seuvalor é igual a 2011, no entanto apresenta um aumentode 5% para Lameiros, forragens e relvados se épocade rega ultrapassar 120 dias, sendo uma medida decompensação em relação aqueles regantes que temcontador e pagam sempre a água independentementedos dias de rega da campanha, introduziu-se a cultu-

ra do relvado por este ter características próprias e asculturas cerealíferas e nabal, com valor mensal paraquem quiser regar os cereais nesta altura critica dasculturas, a baixo custo, que de outra forma pagariam aépoca toda e do nabal, neste caso quando a cultura éapenas a única ocupação do solo no Ano, corrigiu-seligeiramente o preço para as Autarquias porque o usoda água não é agrícola, não fazendo sentido ser igual,com os resultados atingidos em 2011 a Direcção criouum incentivo/desconto no preço da Taxa de Explora-ção por área e por metro cúbico de 40% e de 50% paraSócios da Associação no montante pago em relação a2011, desde que implique novas áreas regadas, limita-do a regantes com mais de 0.5ha, que tenham a água

de 2011 paga até 20 de Abril de 2012 e que paguem aágua de 2012 até nais de 2013, sendo também um in-centivo á instalação de rega nomeadamente no olival.

A Direcção pretende incentivar os regantes queregam menos a regar mais de 0.5ha a partir do qualpassam a ter descontos, a aumentar o número desócios, premiando o Associativismo, quem regamais tenha descontos signicativos no custo com aágua nesta época de crise do sector agrícola.

O plano de actividades de 2012 apresenta en-tre outros objectivos a criação de um RegulamentoInterno que scalize as regras do AproveitamentoHidroagrícola de Macedo de Cavaleiros, uma dasmedidas será a penalização a quem habitualmente

paga a água fora de prazo, outro objectivo é quecom o aumento da área regada a Direcção tenhacondições para baixar o custo da água no entanto sóserá possível se todos pagarem a água dentro dosprazos habituais, de salientar que este Ano o prazopara pagamento foi alargado e que o acesso aosdescontos depende dos pagamentos serem efectu-ados dentro dos prazos mencionados.

Em Abril haverá água terças, quartas e quintas-feiras, se tal se justicar os dias poderão ser aumen-tados, a partir de Maio será como habitualmente.

A Direcção

Associação de Benefciáriosde Macedo de Cavaleiros