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C arrazedo de Montenegro, no concelho de Valpaços, é o primeiro lugar na região onde a praga foi descoberta, sendo agora a principal prioridade dos serviços competentes localizar a origem do viveiro que forneceu as plantas infecta- das. A doença é provocada por um insecto que ataca vegetais do género Castanea, induzindo a formação de galhas nos go- mos e folhas, provocando a redução do crescimento dos ra- mos e a frutificação. Feira Nacional da Agricultura de 6 a 14 de junho em Santarém EDITORIAL Nº 35 - Bimestral - Maio de 2015 - Director: Helder Fernandes | www.abmc.pt | facebook.com/abmc.pt | Distribuíção Gratuíta T erminados seis anos á frente da Associação de Beneficiários de Macedo de Cavaleiros, era altura de fazermos um balanço, do trajecto que fizemos. Construímos desde o início uma Direcção co- esa, desenvolvemos um trabalho sério, de transformação da associação, demos visibilidade ao Regadio, com resultados financeiros sempre positivos e temos vindo a preparar a Asso- ciação para o futuro. Na gestão das organizações existem sempre duas formas de actuar, ou se vai gerindo sem grande preocupação e logo se vê, mais fácil, sem confronto muitas vezes, com interesses ins- talados, ou se gere pela via de uma estratégia em benefício da Associação, dos seus Sócios e dos Beneficiários do Regadio, desde o início escolhemos a segunda, bem mais difícil é certo, mas não prestaríamos um bom serviço se assim não fosse. Ao longo destes seis anos, não vacilamos perante interes- ses, tendo períodos bem conturbados por defendermos o inte- resse dos Beneficiários do regadio. As alterações que promovemos, dotaram a Associação de meios físicos e de recursos humanos, bem mais preparados para o futuro. Era altura de pensar em continuar ou dar lugar a outros, que infelizmente não apareceram a votos, redobrando por esta via a necessidade de não deixar a Associação sem órgãos sociais. Sinceramente é bom haver alternativas nas eleições, é um dever dos sócios disponibilizarem-se para servir a Associação e os Beneficiários do Regadio, nesta causa Nobre. Após um período de reflexão, e embora nunca estivésse- mos agarrados a lugares, decidimos avançar para um terceiro mandato, pesando muito o trabalho que se está a desenvolver para modernizar o Regadio, que permitirá garantir um melhor futuro para o Regadio e para a Associação, estamos pois, fo- cados em continuar a melhorar o serviço prestado e o aumen- to da área regada. Perseguindo tais objectivos, tem por essa via o futuro que ser diferente, os desafios são cada vez mais exigentes, tendo que continuar a haver alterações que garantam a continuação da estratégia delineada desde o início. Nesta estratégia que pretende aproveitar a água disponível para o desenvolvimento da Agricultura, logo, do desenvolvi- mento económico do Concelho de Macedo de Cavaleiros, ou- tros intervenientes devem dar o seu contributo, nomeadamen- te o Município, o Associativismo existente e os Agricultores. A Direcção Pág. 2 Pág. 3 Pág. 5 Pág. 5 DRAPN incentiva cultura de espargos em Trás-os-Montes Vespa do Castanheiro já está em Trás-os-Montes Investimento de 27 milhões vai criar redes de rega na baixa de Óbidos A Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) quer incentivar a cultura do espargo em Trás- os-Montes com a garantia de mercado assegurado e de renta- bilidade elevada, revelou o diretor, Manuel Cardoso. O diretor regional indicou ainda que existe financiamento para projetos desta natureza, nomeadamente através do Plano de Desen- volvimento Regional (PDR). E ste ano e o próximo serão «aqueles em que mais re- gadio se instalará em Portugal», referiu a Ministra na apresentação da Rede de Rega das Baixas de Óbidos, pro- jeto orçado em 27 milhões de euros, dos quais 22,2 milhões são comparticipados pelo Programa de Desenvolvimento Re- gional (Proder). Da obra, que deverá estar concluída dentro de três anos, fará ainda parte a rede de drenagem e 50 quiló- metros de rede viária de acesso às explorações. Associação de Beneficiários de Macedo de Cavaleiros

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Associação de Beneficiários de Macedo de CavaleirosAZIBO RURALNº 35 - Bimestral - Maio de 2015 - Director: Hélder Fernandeswww.abmc.pt

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Page 1: Azibo Rural Mai 15

Carrazedo de Montenegro, no concelho de Valpaços, é o primeiro lugar na região onde a praga foi descoberta,

sendo agora a principal prioridade dos serviços competentes localizar a origem do viveiro que forneceu as plantas infecta-das. A doença é provocada por um insecto que ataca vegetais do género Castanea, induzindo a formação de galhas nos go-mos e folhas, provocando a redução do crescimento dos ra-mos e a frutificação.

Feira Nacional da Agricultura de 6 a 14 de junho em Santarém

EDITORIAL

Nº 35 - Bimestral - Maio de 2015 - Director: Helder Fernandes | www.abmc.pt | facebook.com/abmc.pt | Distribuíção Gratuíta

Terminados seis anos á frente da Associação de Beneficiários de Macedo de Cavaleiros, era altura de fazermos um balanço, do trajecto que fizemos.

Construímos desde o início uma Direcção co-esa, desenvolvemos um trabalho sério, de transformação da associação, demos visibilidade ao Regadio, com resultados financeiros sempre positivos e temos vindo a preparar a Asso-ciação para o futuro.

Na gestão das organizações existem sempre duas formas de actuar, ou se vai gerindo sem grande preocupação e logo se vê, mais fácil, sem confronto muitas vezes, com interesses ins-talados, ou se gere pela via de uma estratégia em benefício da Associação, dos seus Sócios e dos Beneficiários do Regadio, desde o início escolhemos a segunda, bem mais difícil é certo, mas não prestaríamos um bom serviço se assim não fosse.

Ao longo destes seis anos, não vacilamos perante interes-ses, tendo períodos bem conturbados por defendermos o inte-resse dos Beneficiários do regadio.

As alterações que promovemos, dotaram a Associação de meios físicos e de recursos humanos, bem mais preparados para o futuro.

Era altura de pensar em continuar ou dar lugar a outros, que infelizmente não apareceram a votos, redobrando por esta via a necessidade de não deixar a Associação sem órgãos sociais.

Sinceramente é bom haver alternativas nas eleições, é um dever dos sócios disponibilizarem-se para servir a Associação e os Beneficiários do Regadio, nesta causa Nobre.

Após um período de reflexão, e embora nunca estivésse-mos agarrados a lugares, decidimos avançar para um terceiro mandato, pesando muito o trabalho que se está a desenvolver para modernizar o Regadio, que permitirá garantir um melhor futuro para o Regadio e para a Associação, estamos pois, fo-cados em continuar a melhorar o serviço prestado e o aumen-to da área regada.

Perseguindo tais objectivos, tem por essa via o futuro que ser diferente, os desafios são cada vez mais exigentes, tendo que continuar a haver alterações que garantam a continuação da estratégia delineada desde o início.

Nesta estratégia que pretende aproveitar a água disponível para o desenvolvimento da Agricultura, logo, do desenvolvi-mento económico do Concelho de Macedo de Cavaleiros, ou-tros intervenientes devem dar o seu contributo, nomeadamen-te o Município, o Associativismo existente e os Agricultores.

A Direcção

AZIBO RURAL

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Pág. 5

DRAPN incentiva cultura de espargos em Trás-os-Montes

Vespa do Castanheiro já está em Trás-os-Montes

Investimento de 27 milhões vai criar redes de rega na baixa de Óbidos

A Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) quer incentivar a cultura do espargo em Trás-

os-Montes com a garantia de mercado assegurado e de renta-bilidade elevada, revelou o diretor, Manuel Cardoso. O diretor regional indicou ainda que existe financiamento para projetos desta natureza, nomeadamente através do Plano de Desen-volvimento Regional (PDR).

Este ano e o próximo serão «aqueles em que mais re-gadio se instalará em Portugal», referiu a Ministra na

apresentação da Rede de Rega das Baixas de Óbidos, pro-jeto orçado em 27 milhões de euros, dos quais 22,2 milhões são comparticipados pelo Programa de Desenvolvimento Re-gional (Proder). Da obra, que deverá estar concluída dentro de três anos, fará ainda parte a rede de drenagem e 50 quiló-metros de rede viária de acesso às explorações.

Associação de Beneficiários de Macedo de Cavaleiros

Page 2: Azibo Rural Mai 15

02 Maio de 2015 - AZIBO RURAL

Director: Helder Fernandes; Redação: ABMC; Colaboradores: Amândio Salgado Carloto, Ar-mando Augusto Mendes, Hélder Fernandes, Horácio Cordeiro, José Carlos Trovisco Rocha, Nuno Morais; Victor Santos; Paginação: Edições Imaginarium, Lda.; Propriedade e editor:

Associação de Beneficiários de Macedo de Cavaleiros; Impressão: Escola Tipográfica - Bragança; 1500 exemplares Registado no ICS com o n.º 125 768

AZIBO RURALfIchA TécnIcA

Sede: Edificio da Zona Agrária; Av Ilha do Sal; Apartado 23; 5340 951 - Macedo Cavaleiros; Telf.: 278 420 024; Fax: 278 420 029; e-mail: [email protected]; facebook.com/abmc.pt; Aproveitamento Hidroagricola de Macedo de Cavaleiros: Telf.: 278 420 020; Fax: 278 420 029; e-mail: [email protected]

Notícias

A 52ª Feira Nacional de Agricultura / 62ª Feira

do Ribatejo realiza-se entre os dias 6 e 14 de junho de 2015, em Santarém, no CNEMA – Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas.

Durante os nove dias do certame, os visitantes vão co-nhecer o setor agrícola portu-guês em todas as suas verten-tes: maquinaria, equipamentos, serviços, factores de produção e produtos agro-alimentares re-sultantes das melhores e mais avançadas técnicas e práticas agrícolas.

Com cerca de 200 mil visi-tantes registados na edição an-terior, incluindo 40 profissionais, a Feira Nacional de Agricultura é a mais importante e represen-tativa montra do melhor que se produz em Portugal.

O evento integra o Salão

Prazer de Provar, que reúne no mesmo espaço os melhores vinhos, azeites, queijos, enchi-dos, méis, compotas, frutas, entre outros, incluindo várias iniciativas especialmente pen-sadas para juntar produtores, consumidores e profissionais. Em simultâneo, decorrerá a Fersant – Feira Empresarial da Região de Santarém, promovi-da pelo Nersant, e a Lusoflora de Verão – Exposição e Venda de Flores e Plantas de Portugal, organizada pela APPFN.

O debate dos principais te-mas da actualidade agrícola faz-se no âmbito do ciclo de conferências “Conversas de Agricultura”, constituindo um pólo de atracção pelo grande número de colóquios e seminá-rios realizados.

feiranacionalagricultura.ptcnema.pt

Feira Nacional de Agricultura 6 a 14 de Junho em Santarém

8 de junhoO Futuro dos Jovens Agricultores8 de junhoCongresso Nacional do Azeite9 de junhoA Contabilidade e a Fiscalidade na Atividade Silvícola

11 de junhoDinâmica da Ocupação Flores-tal do Território11 de junhoEstratégias de Internacionaliza-ção da Fileira Agro-Alimentar

SEMINÁRIOS

A primeira terra do Estado arrendada num concur-

so público, ao abrigo da Bolsa de Terras, foi entregue pela Mi-nistra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, a uma jovem agricultora das Caldas da Rai-nha, destinando-se à produção de pêra rocha. A cerimónia re-alizou-se no Ministério da Agri-cultura e do Mar, em Lisboa.

«O primeiro concurso públi-co com terras detidas e geridas directamente pelo Estado foi lançado em outubro e exigiu uma adaptação das regras para incluir critérios de selecção que ajudem a promover o que o Go-verno julga mais relevante para

o sector», explicou a Ministra.Assunção Cristas acrescen-

tou ainda: «Para permitir, por exemplo, que beneficiássemos jovens agricultores ou proprie-tários de terras confinantes para aumentar as suas explo-rações ou, em caso de empate, que seriam privilegiados modos de produção mais sustentável, através de produção integrada ou biológica».

O arrendamento do terreno vai custar 6500 euros por ano, mas os jovens agricultores só começam a pagar ao fim dos primeiros dois anos.

Ao todo, foram disponibiliza-das 24 terras pertencentes ao

Assunção Cristas entrega primeiro terreno público da Bolsa de Terras

Estado neste primeiro concur-so, num total de 726 hectares.

Desde a Bolsa de Terras foi apresentada, em maio de 2013,

foram alocados a este projeto 354 terrenos, totalizando cerca de 15 mil hectares, dos quais cerca de um quinto já foi cedido.

Page 3: Azibo Rural Mai 15

03AZIBO RURAL - Maio de 2015

A vespa do castanheiro foi detectada pela primeira

vez na área de Trás-os-Mon-tes, no concelho de Valpaços, suspeitando-se que a árvore in-fetada seja proveniente de um viveirista espanhol, disse fonte da direcção regional de agricul-tura, citada pela Agência Lusa.

Carrazedo de Montenegro, no concelho de Valpaços, é o primeiro lugar na região onde a praga foi descoberta, sendo agora a principal prioridade dos serviços competentes localizar a origem do viveiro que forne-ceu as plantas infectadas.

O controlo e a cooperação de todos os produtores de castanha é fundamental no processo de monitorização futura da evolução da doen-ça. Manuel Cardoso, respon-sável pela Direcção Regional de Agricultura e Pescas do

Norte (DRAPN), em decla-rações à Agência Lusa, dis-se que “em Portugal está a ser feito um controlo rigoroso sobre os viveiristas por parte dos serviços oficiais. Cabe depois aos produtores faze-rem a detecção nos respecti-vos soutos”.

«O que nós recomendamos é que o proprietário proceda ao corte das galhas afectadas e as queime no sentido de fazer com que todas as larvas existentes sejam destruídas», referiu o mesmo responsável.

A doença é provocada por um insecto que ataca vegetais do género Castanea, induzin-do a formação de galhas nos gomos e folhas, provocando a redução do crescimento dos ramos e a frutificação, podendo diminuir drasticamente a produ-ção e a qualidade da castanha

e conduzir ao declínio dos cas-tanheiros.

A vespa é originário da Chi-na e nos últimos anos tem co-lonizado todo o planeta, tendo já sido detectada nos Estados Unidos da América e na Eu-ropa. A primeira descoberta do insecto no velho continen-te ocorreu em Itália no ano de2002 e posteriormente em França, Eslovénia, República Checa, Hungria, Croácia , Es-panha, Alemanha e Portugal. Na região transmontana sur-ge agora a primeira menção a árvores infectadas, mas existe ainda a notificação de outro caso não confirmado na zona de Bragança.

«A perigosidade é enorme. Temos um mês para actuar e se fizermos uma acção drástica durante este mês conseguire-mos ainda minimizar o impacto

desta cultura», afirmou à Lusa José Gomes Laranjo, presi-dente da Associação Nacional da Castanha -- RefCast e in-vestigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

«Sempre que numa fre-guesia for detectada a pre-sença da praga, deve ser in-tensificada a prospecção nas freguesias circundantes, até ser alcançada a delimitação global da zona infestada», lê-se no Plano Nacional de Controlo do Insecto , um do-cumento que estabelece as acções para prospecção e controlo da vespa das galhas do castanheiro e que deve ser consultado para o acon-selhamento dos agricultores e possuidores de soutos que se vêem confrontados com esta nova praga.

Vespa do Castanheiro já está em Trás-os-Montes

O presidente da Associa-ção de Desenvolvimen-

to da Rota do Azeite de Trás-os-Montes (ADRATM), Jorge Morais revelou esta quarta-feira, 15 de Abril, em Bragança, durante a conferência “Portugal Global”, organizada pela AI-CEP, que a região vai vender os seus produtos e tentar atrair tu-rismo através da criação de um projecto de cooperação, que a una à rota do vinho do Douro e a Região de Cister.

A ADRATM lançou um pro-jecto de cooperação chamado “Peter”, que agrega produto-res da região e não só. Inclui por exemplo a Poveira e um produtor do bacalhau. E estão agora a avançar para Angola, apesar das dificuldades que os empresários sentiram num pro-jecto anterior, para o Brasil. “O complicado é competir com o mundo. Não somos só nós que

temos identidade, produtos de excelência”, afirmou Jorge Mo-rais (na foto).

Para ajudar o projecto nos PALOP, os produtores promo-veram a vinda para Portugal de estudantes para as áreas da restauração, sendo que Jor-ge Morais diz que o principal problema de trabalhar nestes países é a mão-de-obra quali-ficada.

No Brasil, o responsável admite que não entraram da melhor forma, mas acredita que Angola ser diferente. “Cri-ámos um grupo de investidores para os supermercados Peter naquele país africano”, referiu Jorge Morais.

A associação quer ainda que os produtos de Trás-os-Montes estejam no resto de Portugal, sobretudo em lojas especiali-zadas.

jornaldenegocios.pt/

Rota do Azeite de Trás-os-Montes vende região em Angola

O parque de exposições da Nerba - Associação

Empresarial do Distrito de Bra-gança, acolhe entre 29 e 31 de Maio, a quarta edição da Expo Trás-os-Montes.

«Conquista de novos mer-cados, promover a capacidade inovadora e empreendedora e potencial para apostar na inter-nacionalização dos seus agen-tes económicos» são os objec-tivos da iniciativa que continua a promover fileiras estratégicas como o vinho, azeite, frutos se-cos, raças autóctones, turismo, inovação e tecnologia.

O evento conta com o ha-bitual espaço expositivo, onde desfilam inúmeros projectos que irão destacar o que de melhor se produz em Trás-os-Montes.

Estarão presentes várias empresas, entre elas, unidades de produção, de transformação,

agricultura biológica e maqui-naria, mas também empresas de tecnologia e inovação, insti-tuições de Ensino Superior e in-vestigação ao serviço do setor empresarial.

Haverá igualmente o tradi-cional espaço de tasquinhas e restauração bem como exposi-ção e venda direta de produtos agroalimentares.

Destaque para o seminário “Crescer para expandir” nos mercados de Angola, Brasil e Cabo Verde, que decorre a 29 de maio, a partir das 9h30, no auditório do Nerba.

Em debate estarão temas como os instrumentos de apoio à inovação e internacionaliza-ção das empresas no perío-do 2014-2020, os mercados e oportunidades de negócio e investimento bem como os ins-trumentos de financiamento à exportação e ao investimento.

Expo Trás-os-Montes 2015: a montra empre-sarial da região chega no final de maio

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04 Maio de 2015 - AZIBO RURAL

Seis azeites portugueses fo-ram considerados os me-

lhores do mundo nas categorias “Frutado Maduro” e “Frutado Ver-de Ligeiro”, no âmbito Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra, cujo patrocinador exclusivo é o Grupo Crédito Agrícola.

A Cooperativa de Oliviculto-res de Valpaços conquistou a Medalha de Ouro, considerado pelo júri como o melhor dos me-lhores entre os “Frutados Ma-duros”, seguindo-se a Quinta do Vallado premiada com Prata e a Fio da Beira com Bronze.

Na categoria “Frutado Ver-de Ligeiro”, o pódio foi também totalmente ocupado por azeites portugueses. A Cooperativa de Olivicultores de Valpaços con-quistou aqui mais uma Meda-lha de Ouro, seguindo-se Prata para a Elosua Portugal e Bron-

ze para a Elaia Lagar.Fora do pódio, mas com a

qualidade a ser distinguida pelo júri, receberam ainda menções honrosas a Casa Anadia (cate-goria Frutado Maduro); Sove-na Portugal, Esporão Azeites e Lameira de Cima (Frutado Ver-de Ligeiro); João B.P. Paulo e a Cooperativa de Olivicultores de Valpaços (categoria Frutado Verde Médio); e a Cooperativa de Olivicultores de Valpaços (ca-tegoria Frutado Verde Intenso).

O 5º Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra, orga-nizado pela Associação de Agri-cultores do Sul, em parceria com a Casa do Azeite - Associação do Azeite de Portugal, é a única competição de âmbito internacio-nal realizada no país e que é já considerada um dos mais presti-giados concursos do mundo.

Azeite Português entre os melhores do Mundo

UE: Mortalidade das Colmeias está a DecrescerA Comissão Europeia

acaba de publicar o re-latório final do projeto EPILO-BEE 2012-2014, levado a cabo pelo Laboratório de Referência de sanidade apícola da UE para analisar as perdas de col-meias. Os resultados mostram uma importante descida na taxa de mortalidade entre os in-vernos 2013 e 2014. Ainda que estes resultados são positivos, deverão ser tomados com pre-

caução e será necessária uma maior investigação, aponta o relatório.

No estudo participaram 17 países da UE e observaram-se grandes diferenças entre eles. O clima pode ter sido um fator de influência. No inverno 2012-13, a taxa de mortalidade oscilava entre 3,2% de Estónia até 32% da Bélgica. Na maior parte dos principais países pro-dutores (Portugal, Espanha,

França, Alemanha, Polónia), a mortalidade oscilava entre 10 e 16%.

Um ano depois, no inverno 2013-14, a taxa de mortalidade reduziu-se na maior parte dos países, e o intervalo de ampli-tude entre as taxas máxima e mínima diminuiu, variando en-tre 3,2% na Estónia e 15,4% na Suécia.

Excetuando a França, onde a mortalidade não variou entre

os dois anos e manteve-se em torno dos 14%, no resto dos principais paises produtores, a mortalidade reduziu-se para metade, oscilando entre 4,5% na Polónia e 7% em Portugal.

Espanha registou uma taxa de mortalidade de 5,5%. Em Itália e na Grécia, a mortalidade decresceu ligeiramente,ficando um pouco abaixo dos 5,5% e 6,5% registados no ano ante-rior, respetivamente.

A seca que castiga o es-tado americano da Cali-

fórnia há cerca de quatro anos obrigou o governador Jerry Brown a anunciar uma medida drástica esta semana. Todas as cidades serão obrigadas a di-minuir o consumo de água em 25%. É o primeiroracionamento oficial na história do estado.

A medida deve economizar cerca de 2 milhões de m3 de água nos próximos nove meses. Segundo a Controladoria de Re-cursos Hídricos da Califórnia, as companhias de distribuição de água que não cumprirem as me-tas de racionamento podem pa-gar multas de US$ 10 mil por dia.

Brown tomou a decisão após o estado registrar neste inverno os menores índices deacúmulo de neve dos últimos anos. “Es-

tamos em pé sobre um terreno com grama seca, onde deveria haver pelo menos 50 cm de neve”, afirmou durante visita a um centro de monitoramento de neve em Sierra Nevada, próxi-mo a Lake Tahoe, região fa-mosa pelas estações de esqui. Este ano, muitas destas áreas fecharam por falta de neve.

O degelo da neve representa 60% da água capturada pelos re-servatórios da Califórnia. Durante um ano normal, ele é responsável por fornecer 30% de água para oabastecimento total do estado.

O racionamento de água de-verá afetar milhões de pessoas. Estão localizadas na Califórnia algumas das cidades mais popu-losas dos Estados Unidos. A ini-ciativa do governo estadual só irá poupar agricultores, que já estão

sendo severamente impactados pela estiagem prolongada.

Entre as medidas adotadas para reduzir o uso de água es-tão a substituição de cerca de 4,6 milhões de m2 de grama-dos por uma vegetação mais resistente à seca e a criação de programas que estimulem a população a fazer o mesmo, além de trocar seus sistemas de irrigação por outros mais modernos.

“As pessoas vão ter que se dar conta que esta é uma nova era”, afirmou o governador da Califórnia. “A ideia de que seu jardim será regado todo dia fará parte de algo do passado”.

Confira outras imposições que fazem parte do raciona-mento de água da Califórnia:

- proibição de regar grama-

dos ornamentais em espaços públicos;

- prédios e residências no-vas ficam proibidos de fazer ir-rigação com água potável;

- jardins só podem ser rega-dos depois de 48h de episódios de chuva;

- universidades, campos de golfe e cemitérios devem insta-lar sistemas de redução de uso de água;

- restaurantes só devem servir água para seus clientes caso estes solicitem (nos res-taurantes dos Estados Unidos é comum e gratuita a prática de servir água aos clientes);

- reforço no policiamento e fiscalização sobre desperdício de água ou desvio ilegal do re-curso.

Governo da Califórnia impõe redução de 25% no consumo de água

Pela primeira vez, o Crédito Agrícola foi patrocinador exclu-sivo da iniciativa e pretendeu, deste modo, reforçar o seu posi-cionamento de apoio ao sector agrícola e mais concretamen-te à produção de azeite, uma área com elevado potencial no

contexto da economia nacio-nal. Para além da promoção da imagem desta área o CA revela assim o seu apoio às empresas e produtores para gerar novas oportunidades de negócio e di-namizar as comunidades onde desenvolvem o seu trabalho.

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05AZIBO RURAL - Maio de 2015

A primeira “Aldeia do Futu-ro” nasceu em Baião, no

Porto. É um espaço dedicado a quem pretende empreender no setor da agricultura. O projeto oferece formação aos jovens, apoio na procura ativa de terre-nos e na criação do negócio.

Nasceu no norte do país, em Baião, a primeira “Aldeia do Futuro”. O projeto pretende «valorizar o que Portugal tem de melhor» e impedir a fuga de talentos através da agricultura. Na prática, a ideia está em re-cuperar aldeias nacionais para que sirvam de incubadoras de projetos ligados à terra.

«É dirigido a jovens que

querem abraçar novos desa-fios, um projeto de futuro e com futuro e que não querem ser ‘obrigados’ a deixar o seu país ou a abraçar profissões que não os realizem», explica António de Souza-Cardoso, presidente da AGAVI - Associação para a promoção da gastronomia e vi-nhos, promotora do projeto.

Para consolidar esta «nova vaga de agricultores», o projeto “Aldeia do Futuro” vai disponibili-zar formação aos jovens agricul-tores e oferecer apoio tanto na procura ativa de terrenos como na «criação de negócio, logís-tica, distribuição, embalagem, marketing e comunicação».

A iniciativa arrancou no fi-nal de Abril de 2015 em versão piloto, no município de Baião, no Porto. «Quisemos iniciar na região Norte dado o estí-mulo grande que recebemos da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, da Universidade do Porto e do Instituto Politécnico, para além das grandes asso-ciações empresariais com sede no Norte», afirma António de Souza-Cardoso.

Nesta primeira fase, o proje-to tem 500 mil euros para recu-perar a primeira aldeia que vai albergar novos empreendedo-res, bem como casos de suces-

so que possam «ajudar e inspi-rar os novos agricultores».

Estão ainda a ser prepara-das candidaturas a fundos co-munitários para a criação de um centro de investigação, for-mação e germinação de novos negócios e de um centro de de-sign, valorização e distribuição de produtos.

Entre os parceiros da inicia-tiva estão a Universidade Cató-lica Portuguesa, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Dou-ro, a ANJE, a AEP, a Câmara Municipal de Baião, o Turismo do Porto e Norte, entre outros.

Fonte: Canal Superior

Baião: primeira “aldeia do futuro” procura jovens agricultores

A Direcção Regional de Agricultura e Pescas do

Norte (DRAPN) quer incentivar a cultura do espargo em Trás-os-Montes com a garantia de mercado assegurado e de ren-tabilidade elevada, revelou o diretor, Manuel Cardoso.

A região transmontana já foi produtora de espargo verde há quase 50 anos, no tempo do Complexo Agro-industrial do Cachão, que embalava e ven-dia este produto, como recor-dou o diretor regional.

O que a direção regional pretende agora é, não só re-cuperar essa cultura, mas também «corresponder a uma solicitação do mercado inglês, que garante o escoamento da produção a quem apostar», as-segurou Manuel Cardoso.

Segundo disse, «a Inglater-ra é altamente deficitária em espargos. Importa espargos do Chile, Polónia e de outros países».

Trás-os-Montes, segundo ainda o diretor regional, «tem aqui uma janela de oportuni-dade porque a época em que consegue produzir espargos é uma época em que o merca-do não tem espargos, a não ser desses destinos mais lon-gínquos». «E, por isso, é mui-to importante aproveitarmos. Acho que pode ser uma cultura muito promissora para a nossa região», afirmou.

Em Portugal já se cultivam espargos na zona de Entre o Douro e Minho e do Oeste. Trás-os-Montes pode seguir o mesmo caminho aproveitan-

do os terrenos disponíveis e o regadio instalado em toda a região, segunda ainda aquele responsável.

O diretor regional garantiu que o espargo «é uma cultu-ra que uma vez instalada dura uma década a década e meia e pode assegurar, numa rela-tivamente pequena área, um elevadíssimo rendimento». O rendimento dos espargos, con-cretizou, é na ordem dos 25/30 mil euros por hectare, mais ren-tável do que qualquer outra cul-tura. «Num hectare de espar-gos, podemos pôr o rendimento de uma família, enquanto com um hectare de olival nem nada que se pareça», exemplificou.

Para esclarecer e cativar po-tenciais interessados, a direção regional promove, no dia 11 de

março, na Escola Agrícola de Carvalhais, em Mirandela, no distrito de Bragança, uma ses-são sobre esta cultura com a presença de Jamie Petchell, da Hargreaves Plants, especialista nesta área.

«É uma aposta séria e ainda por cima nós estamos a fazer as coisas com o destino final à vista. Ou seja, a pessoa, quan-do plantar, já pode ter o merca-do assegurado. Basta que faça os contratos com as empresas importadoras, sobretudo para o mercado inglês», reiterou. O diretor regional indicou ainda que existe financiamento para projetos desta natureza, no-meadamente através do Plano de Desenvolvimento Regional (PDR).

Fonte: Lusa

DRAPN incentiva cultura de espargos em Trás-os-Montes

A Ministra da Agricultu-ra e do Mar, Assunção

Cristas, afirmou que o investi-mento de 27 milhões de euros nas redes de rega que vão ser construídas na Baixa de Óbi-dos, juntamente com o que está a ser feito no Alqueva, fará de 2014 e 2015 os anos de maior implantação de regadio.

Este ano e o próximo serão «aqueles em que mais regadio se instalará em Portugal», refe-

riu a Ministra na apresentação da Rede de Rega das Baixas de Óbidos, projeto orçado em 27 milhões de euros, dos quais 22,2 milhões são comparticipa-dos pelo Programa de Desen-volvimento Regional (Proder).

Assunção Cristas afirmou que este projeto é um exemplo para um País que «deve ser conheci-do por ter a joalharia da agricul-tura», sendo Óbidos «a filigrana» das redes de rega. A densidade

da rede de rega de Óbidos será duas vezes e meia superior à do Alqueva, somando 50 quilóme-tros de tubagem com dezenas de tomadas de águas para que os agricultores possam fazer a ligação às suas explorações.

O projeto será desenvolvido em duas fases, na primeira das quais será a construção de uma estação elevatória que filtrará a água para a rega. Na segunda fase serão construídos 50 qui-

lómetros de tubagem por onde passarão 5,5 milhões de metros cúbicos de água, que irrigarão 750 hectares de parcelas agrí-colas do concelho de Óbidos e 450 hectares do concelho do Bombarral, servindo cerca de 1300 agricultores.

Da obra, que deverá estar concluída dentro de três anos, fará ainda parte a rede de dre-nagem e 50 quilómetros de rede viária de acesso às explorações.

Investimento de 27 milhões vai criar redes de rega na baixa de Óbidos

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06 Maio de 2015 - AZIBO RURAL

CONtACtOS útEIS

ABMC Ass. BenefiCiários MAC. CAvAleiros 278 420 024DGADr Aproveit. hiDroAGríColA MAC. CAv. 278 420 020ApA AssoCiAção portuGuesA Do AMBiente 278 426 735ACriGA AssoCiAção CriADores De GADo 278 426 546AGriArBol Ass. pt. AGro-fl. terrA quente 278 421 698AJAp Ass. Jovens AGr. portuGAl MAC. CAv. 278 425 756DrAp-n Dir. reG. AGr. pt. norte MirAnDelA 278 260 900DrAp-n DeleGAção Do norDeste MAC. CAv. 278 426 627CooperAtivA AGríColA De MAC. CAvAleiros 278 421 145AnCorCB Ass. nAC. Cri. ovinos ChurrA BADAnA 278 426 383CAp ConfeDerAção De AGriCulturA portuGAl 278 421 337AnCoteq Ass. nAC. Cri. ovinos ChurrA tq 278 426 357fAtA feD. AGriCulturA De trás-os-Montes 278 426 454veterinário MuniCipAl 278 421 747CluBe De CAçA e pesCA De MACeDo CAvAleiros 278 425 160Afn AutoriDADe florestAl nACionAl 278 421 448ifAp vilA reAl 259 340 690

Calendário Indicativo de pagamentos Associados ao Investimento - 2015

Apoio / Ajuda Semana Prevista

JuNHO 2015

RPU 2ª prestação 30 Jun

PRÉMIO POR VACA EM ALEITAMENTO 2ª prestação 30 Jun

PRÉMIO POR OVELHA E CABRA 1ª prestação 30 Jun

ART.º 68º - TOMATE 2ª prestação 30 Jun

ART.º 68º - MEDIDAS AGRO-AMBIENTAIS 2ª prestação 30 Jun

ART.º 68º - SETOR DO AZEITE 2ª prestação 30 Jun

ART.º 68º - SETOR DAS CULTURAS ARVENSES E ARROZ 2ª prestação 30 Jun

ART.º 68º - SETOR DOS PRODUTOS LÁCTEOS 2ª prestação 30 Jun

ART.º 68º - MANUTENÇÃO DE RAÇAS AUTÓCTONES 2ª prestação 30 Jun

ART.º 68º - COMERCIALIZAÇÃO BOVINOS, OVINOS E CA-PRINOS - 2ª prestação 30 Jun

Candidaturas Periodo

Ação 3.2.1 - Investimento na exploração agrícola 01 Jan a 30 Jun

Ação 3.3.1 - Investimento transformação e comercialização de produtos agrícolas 01 Jan a 30 Jun

Ação 3.3.2 - Pequenos investimentos na transformação e comercialização de produtos agrícolas 23 Abr a 31 Mai

Ação 3.2.2 - Pequenos investimentos nas explorações agríco-las 23 Abr a 31 Mai

Ação AT_PDR - Assistência técnica PDR 04 Mai a 15 Mai

Ação 3.1.1 - Jovens agricultores 01 Mai a 31 Out

Ação 3.2.1 - Investimento na exploração agrícola + Jovens agricultores 01 Mai a 31 Out

(*)Condicionado à existência de disponibilidade orçamental.

O Ministério da Agricul-tura e do Mar (MAM),

através do Instituto de Fi-nanciamento da Agricultura e Pescas, I.P. (IFAP) irá abrir o período de candidaturas ao 1º pilar da nova reforma da Po-lítica Agrícola Comum (PAC), às medidas agroambientais e às medidas de apoio às zonas desfavorecidas do PDR 2020, a partir de hoje. Mesmo tratan-do-se do ano de arranque da nova PAC, Portugal conseguiu ter toda a legislação pronta a tempo, de dar início a esta campanha. Os agricultores podem já, a partir do dia 2 de março e até ao dia 15 de maio de 2015, efetuar as suas can-didaturas às ajudas diretas.

Segundo o Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque: “O dia de hoje marca o início de um ciclo importante de ajudas diretas até 2020. Estamos a fazer todos os esforços para que as candidaturas desta nova PAC corram da melhor forma. Disponibilizamos um formulário de candidatura mais amigável, pensado na ótica do utilizador e que será uma importante ferramenta para o agricultor que se quei-ra candidatar a estas ajudas. Tratando-se de um ano de arranque da nova PAC, tor-na-se muito importante que os agricultores contribuam para o bom funcionamento da campanha apresentando as suas candidaturas mais cedo, evitando atrasos, para que a campanha decorra cada vez melhor”.

O formulário que permite a candidatura às ajudas diretas da PAC chama-se Pedido Úni-co (PU) e abrange o Regime de Pagamento Base, o Regime da Pequena Agricultura, os apoios ligados à produção, bem como determinadas ajudas ao De-senvolvimento Rural, como é o caso das Medidas de Apoio às

Zonas Desfavorecidas (MZD) e as Medidas Agro Ambientais (MAA) onde se incluem, nome-adamente, apoios à agricultura biológica, produção integrada, culturas permanentes e pasto-reio extensivo.

Esta reforma, com as deci-sões nacionais que tomámos, traz ferramentas de apoio ao sector que irão permitir con-seguir cumprir os objetivos de crescimento da balança comercial até 2020, melhorar a concentração de oferta e garantir agricultura em todo o território.

Vamos assistir a um reequi-líbrio dos apoios entre os agri-cultores, mas evitando rupturas através da opção do travão às perdas e da convergência par-cial. Vão entrar mais agricul-tores e será assegurado que todos eles terão uma ativida-de produtiva para receberem os apoios, reforçando assim o conceito de agricultor ativo. É criado um pacote substancial de pagamentos ligados. Final-mente é introduzido um regime da pequena agricultura no qual todos os pequenos agriculto-res que recebiam no passado menos de 500 euros recebem agora 500 euros por explora-ção. Estima-se que cerca de 92 mil agricultores adiram ao regime da pequena agricultu-ra. As ajudas diretas são pagas anualmente e o pacote para 2014-2020 ronda os 4 mil mi-lhões de euros. Em paralelo, as medidas agroambientais do PDR 2020 são reforçadas de 400 milhões de euros para 600 milhões de euros. Note-se que o 2º pilar da PAC, PDR 2020 abriu as primeiras medidas a 15 de novembro de 2014 e foi formalmente aprovado a 12 de dezembro de 2014.

Para mais informações, por favor, aceda ao seguinte link:

http://www.ifap.min-agri-cultura.pt/portal/page/portal/

ifap_publico

Está aberto o período de candidaturas às ajudas diretas da Política Agrícola Comum

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07AZIBO RURAL - Maio de 2015

Um Seguro

DinâmicoAjustando-se permanentemente às necessidades do agricultor através da criação de novos ris-cos e novos produtos adaptados às culturas e às regiões.AbrangenteInclui todas as culturas e regiões.SimplesCom procedimentos de contrata-ção/candidatura automáticos.tendencialmente Mais BaratoAtravés da criação de medidas que visam a universalidade.

Vantagens em ter seguro

- Possibilidade de estabilizar o seu rendimento em caso de prejuízo;- Condição exclusiva de acesso a apoios públicos quando criados para mitigar prejuízos provocados por riscos não co-bertos pelos seguros agrícolas;- Prioridades e majoração nos apoios às medidas de investi-mento do PDR 2020;

O que é o seguro de Colheitas (SC)?

O SC visa garantir o pagamen-to de uma indeminização face à ocorrência de fenómenos cli-máticos adversos que podem afetar as suas colheitas.Assenta em duas vertentes:Seguro HorizontalTodas as culturas e regiões (A

vinha para vinho está abran-gida num seguro específico - Seguro Vitícola de Colheitas SVC);Seguros EspeciaisDeterminadas atividades e regiões;

Quais os riscos que pode contratar?

Seguro HorizontalGranizo, geada, queda de neve, incêndio, queda de raio, tromba d’agua e tornado; Con-tratados individualmente ou em conjunto;Seguros Especiais(Atualmente em vigor)- Pomóideas Interior Norte – Todos os riscos do seguro hori-zontal + Geada (com Franquia absoluta de 15% ou 25%);- Tomate para Indústria – To-dos os riscos do seguro hori-zontal + Chuvas persistentes (com Franquia relativa de 20% ou Franquia absoluta de 15% ou 25%);- Contratados em conjunto;

Quando Contratar?

Entre 1 de janeiro e 31 de dezembro, de acordo com o período de cobertura de cada cultura (previsto na Apólice Uniforme).

Quem pode beneficiar do apoio?

Agricultores ativos que sejam titulares de exploração agrícola e efetuem o respetivo registo no Sistema de Identificação Parcelar (SIP).

Qual o nível de Apoio do Prémio?

65%:- Contrato coletivo;- Seguro na campanha anterior;- Jovem Agricultor em 1ª Instalação;62%:- Contrato individual sem segu-ro na campanha anterior;

Qual o valor do Prémio que paga à Seguradora?

Paga o prémio líquido do apoio (a seguradora calcula o montante do prémio do seguro devido e o valor do apoio é descontado no momento do pagamento do prémio).

Como efetuar o contrato de Seguro?

- Deverá estar registado no IFAP e ter registo de parcelas: Pode verificar esta situação através de uma consulta prévia disponível na área reservada do Portal do IFAP;- Reúna os elementos base à celebração do contrato: Parce-las, área, produtividade média e produção;- Dirija-se a uma seguradora: Para efetuar o seu contrato de

seguro;- O contrato de seguro pode ser efetuado de forma individu-al ou coletiva: Caso opte por um contrato coletivo, informe-se nas organizações e asso-ciações de produtores, coope-rativas agrícolas, associações de agricultores e sociedades comercias que efetuem a transformação e comercializa-ção da produção segura.

Qual o valor de capital a segurar?

O Capital Seguro será o produto da Produção Segura (Produtividade x Área segura) e Preço Seguro.

Como avaliar se sinistro é indemnizável?

Se o Prejuízo for maior que 30% da Produção Média, então haverá lugar a indemnização.

Como é apurado o Prejuízo/Indemnização?

- Através de peritagem efetuada por perito da seguradora;- Tem por base a produção real, com limite na produção segura;- Seguro Horizontal: equivalente a 80% dos prejuízos realmente sofridos (franquia relativa);- Seguros Especiais: variável (existência de franquias ab-solutas ou relativas, conso-ante o risco).

Seguro de ColheitasFaça o seguro de colheitas, não corra riscos

Último inquérito às explora-ções agrícolas nacionais

feito pelo INE dá conta de um au-mento de 10,2% da área regada pelo Alqueva entre 2009 e 2013. São mais 20 mil hectares.

O valor de produção da ex-ploração por um hectare de su-perfície agrícola utilizada (SAU) em que a área é maioritaria-mente regada é quatro vezes superior à média das restantes explorações em Portugal.

A conclusão é do Instituto Nacional de Estatística (INE), está patente no “Inquérito à Es-trutura das Exploração Agríco-las” publicado esta sexta-feira, 28 de Novembro, tem 2013 como último ano de recolha de dados e o quinquénio de 2008 a 2012 como referencia base.

Escreve o INE no resumo

publicado que “o VPPT [valor de produção padrão total] gera-do por um hectare de superfície agrícola utilizada nas explora-ções predominantemente de re-gadio atinge os cinco mil euros”.

Este valor é “quatro vezes superior à média nacional e sete vezes maior que o das ex-plorações exclusivamente de sequeiro”. Um exemplo da cul-tura de sequeiro, utilizada em áreas menos expostas a pluvio-sidade, são os cereais de Inver-no, como o trigo e a cevada.

Sobre os efeitos da irrigação na agricultura nacional, o INE des-taca anda as consequências da barragem do Alqueva, que o actual Executivo espera ter concluído até ao final do próximo ano. “O desen-volvimento do regadio no Alentejo, promovido pela infra-estrutura do

Alqueva, é comprovado pelo au-mento de cerca de 20 mil hectares da superfície regada” - ou mais 10,2% - desde 2009.

Nos mesmos cinco anos (2009 a 2013), a área regada em Portugal aumentou, no to-tal, 2,3%: metade (50,8%) das explorações nacionais regaram 479,8 mil hectares.

Olival cresce, vinha diminui

As culturas permanentes, que

no final de 2013 representavam 19,5% da superfície agrícola uti-lizada (SAL) existente em Por-tugal (os restantes 49,9% eram pastagens permanentes e 30,2% terras aráveis) também sofreram alterações entre 2009 e 2013.

Naquele período, a sua super-

fície aumentou 2,6%, muito à cus-ta do olival, que aumentou 4,4 mil hectares e passou a representar, em final de 2013, 48% da área de culturas permanentes .

A produção de frutos teve um crescimento significativo en-tre 2009 e 2013, constata ainda o INE. As culturas permanentes de frutos pequenos de baga, leia-se silvestres ou “vermelhos” (como amoras, framboesas, mirtilos, etc), registaram um au-mento de 175,7%; e de frutos de casca rija (nozes, amêndoas, avelãs) progrediram 21,6%.

Pior teve a vinha, diz o INE, cuja superfície decresceu 8,8% entre 2009 e 2013. Foi a “úni-ca excepção” dentro do cresci-mento verificado, em área, nas culturas permanentes naquele período.

Regadio multiplica por quatro valor da produção agrícola

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08 Maio de 2015 - AZIBO RURAL