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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O USO DO BLOG COMO FERRAMENTA COLABORATIVA NA EDUCAÇÃO Elaborado por: Sheila Rodrigues da Silva Orientadora Profª. Mary Sue Pereira Rio de Janeiro 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O USO DO BLOG COMO FERRAMENTA

COLABORATIVA NA EDUCAÇÃO

Elaborado por:

Sheila Rodrigues da Silva

Orientadora

Profª. Mary Sue Pereira

Rio de Janeiro

2013

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O USO DO BLOG COMO FERRAMENTA

COLABORATIVA NA EDUCAÇÃO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção

do grau de especialista em Tecnologia

Educacional.

Por: Sheila Rodrigues da Silva.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus que é autor e

consumador da minha fé.

Agradeço a minha família, em especial

a minha mãe que tem me ajudado e

apoiado em todos os momentos da

minha vida.

Agradeço a meu filho que sempre tem

me fortalecido com suas palavras de

ânimo.

Agradeço aos meus amigos que

sempre oram e torcem por mim.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia a minha mãe que

me deu muito apoio nos momentos mais

difíceis da minha vida, ao meu filho e aos

meus professores.

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RESUMO

Esse trabalho aborda sobre o uso do blog como ferramenta colaborativa

na educação com o objetivo de contribuir na aprendizagem e destacando sua

importância na construção do conhecimento.

O estudo será fundamentado em pesquisas que giram em torno de uma

mesma questão: investigar em que medida o computador tem contribuído para

elevar o nível de ensino e abrir horizontes na sala de aula. Também levanta

uma reflexão sobre a necessidade de se aplicar mais tecnologia na sala de

aula com o uso de ferramentas como o blog e outras da Web 2.0.

Vem também evidenciar o papel do professor na utilização da

tecnologia e como o blog favorece na construção de projetos e divulgação de

trabalhos.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada está fundamentada em pesquisas bibliográficas

em livros, revistas, artigos publicados e endereços eletrônicos na internet.

Através de leituras sucessivas foi permitido adquirir uma idéia concreta

sobre a importância, questionamentos e opiniões sobre o assunto em questão

destacando a colaboração das ferramentas e recursos tecnológicos no

processo ensino/aprendizagem.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Transformações que a Tecnologia

tem gerado no trabalho e na educação. 09

CAPÍTULO II 20

A contribuição da web 2.0 para

construção coletiva do conhecimento.

CAPÍTULO III 32

O Uso do Blog como

recurso didático-pedagógico na Educação.

CONCLUSÃO 40

BIBLIOGRAFIA 43

ÍNDICE 49

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INTRODUÇÃO

O mundo globalizado está impondo mudanças no trabalho e nas

organizações, levando o homem a desenvolver cada vez mais sofisticadas

técnicas de aperfeiçoamento em seu trabalho, estudo e conhecimento, para

que possa suprir suas necessidades ou facilitá-las no meio em que vive.

Vivemos em um mundo tecnológico, onde a Informática é uma das peças

principais e leva-nos a vários processos como a necessidade de sempre inovar

e criar condições mais práticas de trabalho, a compreensão da importância de

cada participante de trabalhar em grupo e da independência que cada um terá

em seu projeto. Hoje a Educação está vivendo em contato direto com as

facilidades e comodidades projetada pela tecnologia inserida nas várias formas

de aprendizagem. A tecnologia é concebida de maneira ampla, com métodos e

técnicas criados para o melhor desenvolvimento do ensino em sala de aula, e

também para que o aluno possa assimilar o conhecimento adquirido com maior

rapidez e eficácia. No atual contexto educacional é urgente a necessidade de o

professor relacionar-se intimamente com a utilização das tecnologias, pois

atualmente, o meio em que vivemos está permeado pelo uso de técnicas e

recursos tecnológicos, fazendo do computador uma ferramenta que vem

auxiliar o processo ensino/aprendizagem nas questões do cotidiano trazidas

até a sala de aula.

Através das características que as tecnologias possuem que possibilitam

interatividade no ensino e aprendizagem a web 2.0 estimula a criatividade e a

autoria com interatividade através da inteligência coletiva. Dentre várias

ferramentas que podemos utilizar na web 2.0 o blog põe à disposição seu

potencial como suporte dinâmico, aberto, pronto a atender as mais diversas

propostas construtoras e compartilhadoras de saberes.

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CAPÍTULO I

TRANSFORMAÇÕES QUE A TECNOLOGIA TEM GERADO NO TRABALHO E NA EDUCAÇÃO

Hoje o mundo tem mostrado uma série de transformações na área

econômica, social, política e cultural. Uma das causas dessas mudanças está

relacionada ao rápido desenvolvimento tecnológico, provocado pela evolução

das áreas da comunicação e da informática, e foi acelerado principalmente,

após a Segunda Guerra Mundial. A tecnologia está presente na maioria dos

lugares públicos (bancos, supermercados, lojas, escritórios, escolas). Almeida

propõe que a população é constantemente beneficiada pela tecnologia, de

modo invisível e sem notabilidade:

A sociedade, de modo geral, esta constantemente se

beneficiando dos progressos da tecnologia sem, muitas

vezes, ter consciência disso. Ler um jornal, uma revista

ou um livro, assistir à programação de televisão; utilizar o

telefone; tomar m refrigerante, pagar uma conta no

banco, fazer compra no supermercado; viajar de ônibus,

trem ou avião são usos da tecnologia que fazem parte do

cotidiano. Ou seja, a sociedade usufrui de tecnologia, na

medida em que a realização dessas atividades pressupõe

a presença de recursos tecnológicos em algum estágio do

processo; na produção do mercado editorial, na produção

da mídia audiovisual, no sistema de telecomunicações,

nas transações comerciais ou na produção de produtos

de consumo (ALMEIDA, 1988, p.89)

Nesse pensamento, nota-se que a tecnologia é uma ferramenta que

proporciona ao homem muitas melhorias no seu cotidiano, visto que ela é uma

extensão do homem. A invenção e o crescente avanço tecnológico estão

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modificando a compreensão do mundo, causando dessa forma uma

necessidade significativa de uma readaptação no trabalho e no modo de vida

do homem.

Os recursos que a tecnologia tem proporcionado estão inseridos nesse

contexto de mudanças de paradigmas. A educação tem considerado sua

existência e sua utilização como algo bastante necessário, pois tem colaborado

para que aconteçam grandes transformações, mudanças de hábitos, valores,

costumes e visão de mundo presentes na sociedade.

1.1 - O impacto das tecnologias na evolução da humanidade

Desde o começo da humanidade o homem procura facilitar sua vida. E tal

processo é chamado de tecnologia, isto é, a busca de melhoria que o homem

produz e reproduz para sua sobrevivência. O desenvolvimento tecnológico vem

crescendo aceleradamente desde a Segunda Guerra Mundial, onde os

objetivos eram expandir a tecnologia na tentativa de aumentar e diversificar a

produção de armas e caminhar em busca de informações, a partir daí, a

tecnologia começou a servir de interesses políticos e econômicos, refletindo

grandes transformações na sociedade.

Dentro do paradigma marxista, as tecnologias seriam as principais causas

do desemprego – o desemprego tecnológico. Mas a história mostrou o

contrário. Ao longo do tempo, as inovações tecnológicas aumentaram a

produtividade, os lucros cresceram, os recursos foram investidos em setores

produtivos e as oportunidades de emprego se multiplicaram não só no setor

industrial onde as tecnologias entraram com intensidade, mas, sobretudo, nos

demais setores da economia.

À medida que o homem cria e constrói seu trabalho, ele modifica o mundo

ao seu redor. Segundo Sampaio e Leite podemos comparar aquilo que era

ideal com o que hoje é real:

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O desenvolvimento tecnológico acarretou inúmeras

transformações na sociedade contemporânea,

principalmente nas duas ultimas décadas. Hoje são

possíveis realizações que, há pouco mais de 40 anos,

faziam parte apenas do mundo da ficção – viagens

espaciais, discagens telefônicas entre continentes,

retiradas de dinheiro fora do horário bancário,

pagamentos eletrônicos, sofisticados exames clínicos,

robôs que constroem outras máquinas etc. (SAMPAIO;

LEITE, 2006, p. 35).

As novas tecnologias permitiram criar uma imensidão de novos produtos e

processos que, quando absorvidos pelos consumidores, geraram uma grande

quantidade de postos de trabalho. Observem a quantidade de empregos que

surgiu em torno do telefone celular, do automóvel, da televisão, do

videocassete, do CD player, do DVD, do tênis, da calça jeans, etc. Trata-se de

inovações que foram bem recebidas pelos consumidores e que geraram

muitos postos de trabalho - diretos e indiretos.

Além de criar novos produtos, as novas tecnologias permitem elevar

substancialmente a produtividade dos processos o que, novamente, gera mais

lucros, mais investimentos e mais empregos. Se o emprego está difícil com

ganhos de produtividade derivados das tecnologias, o quadro seria catastrófico

sem elas.

As tecnologias mudam os contextos produtivos, transformam os

mercados de bens e serviços e provocam mudanças sociais e institucionais de

profundidade. Ou seja, nos dias de hoje, a história corre depressa por força de

mudanças tecnológicas que revolucionam os processos produtivos e provocam

mudanças sociais.

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1.2 - A evolução da tecnologia na Educação

As evoluções ocorrem de forma rápida, decorrente da razão das

inovações tecnológicas incorporadas na vida humana; principalmente nos

meios de educação por ser o elemento fundamental de conhecimentos e

informações do homem perante a sociedade.

Na educação, a história da tecnologia se desenvolveu nos Estados

Unidos a partir da década de 1940. A tecnologia foi utilizada visando formar

especialistas militares durante a Segunda Guerra Mundial e, para alcançar tal

objetivo, foram desenvolvidos cursos com o auxílio de ferramentas

audiovisuais. Como matéria no currículo escolar, a tecnologia educacional

surgiu nos estudos de educação Audiovisual da Universidade de Indiana, em

1946. O uso dos meios audiovisuais com um intuito formativo constituiu o

primeiro campo especifico da tecnologia educativa e desde então têm sido

uma área permanente de investigações.

No decorrer da década de 1950, a psicologia da aprendizagem tornou-se

campo de estudo curricular da tecnologia educacional. Nessa época, as

transformações causadas por esses estudos foram imprescindíveis, sobretudo

como novos paradigmas de aprendizagem que muito influenciaram o

desenvolvimento da tecnologia educacional como disciplina dos currículos

pedagógicos.

Na década de 1960, houve grande avanço no desenvolvimento dos meios

de comunicação de massa no âmbito social. A "revolução eletrônica",

sustentada em um primeiro momento pelo rádio e pela televisão, foi

fundamental para que houvesse uma revisão de inigualável importância aos

padrões de comunicação empregados até então. Esse desenvolvimento

influenciou a vida cotidiana de milhões de pessoas, tanto "nos costumes

sociais, na maneira de fazer política, na economia, no marketing, na

informação jornalística como também na educação" (DE PABLOS, 1998, p.

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52). Os Estados Unidos e o Canadá formaram o grupo de países considerados

como o cerne original desses acontecimentos revolucionários na área da

comunicação.

A década de 1970 foi o marco inicial do desenvolvimento da informática,

com o emprego de computadores utilizados para fins educativos. Assim, foram

enfatizadas, principalmente, as aplicações com o ensino assistido por

computador (EAC), e nos Estados Unidos se realizaram experiências com o

objetivo demonstrar como a utilização dos computadores no ensino poderia ser

eficaz e mais econômica, visto que os próprios professores desenhavam os

programas a partir da linguagem de autor, Pilot (apud DE PABLOS, 1998;

GROS, 2000; HARASIM etal., 2000).

No Brasil, o uso das tecnologias na educação esteve primeiramente

voltado para o ensino a distância. O Instituto Rádio-Monitor, em 1939, e o

Instituto Universal Brasileiro, em 1941, realizaram as primeiras experiências

educativas com o rádio. Entre essas experiências destaca-se a criação do

Movimento de Educação de Base (MEB), que visava alfabetizar e apoiar a

educação de jovens e adultos por meio das "escolas radiofônicas",

principalmente na região norte e nordeste do Brasil. Outro projeto importante

transmitido pelo rádio MEC foi o projeto Minerva. De 1967 a 1974 foi

desenvolvido, em caráter experimental, o Sistema Avançado de Comunicações

Interdisciplinares (Projeto Saci) com a finalidade de usar o satélite doméstico,

utilizando o rádio e a televisão como meios de transmissões com fins

educacionais. Essas atividades eram subdivididas em dois projetos: um era

direcionado para as três primeiras séries do ensino fundamental e outro para o

treinamento de professores. Vale destacar, contudo, que o projeto foi

encerrado em 1976.

Os serviços da Internet, no Brasil, estão disponíveis desde o inicio dos

anos 1980. O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por meio do Conselho

de Desenvolvimento Nacional e Tecnológico (CNPq), criou a Rede Nacional de

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Pesquisa (RNP). No entanto, nessa época as universidades públicas

brasileiras já estavam conectadas à Rede Bitnet graças a Universidade Federal

do Rio de Janeiro (UFRJ), que sustentava um canal direto com os Estados

Unidos subsidiado pela própria UFRJ, disponibilizado para todas as

universidades públicas do Brasil. Com isso, a RNP iniciou a instalação das

"chamadas autoestradas" da informação brasileira, criando os Pontos-de-

Presença (POPs) nos estados, conectando dezenas de milhares de

computadores, principalmente nos centros de pesquisas e instituições de

ensino superior (PRETTO, 2001 b).

A ampliação dos sistemas de telecomunicações permitirá que um número

cada vez maior de pessoas poderá se conectar para comunicar-se entre si. Em

termos educacionais, particularmente nesta sociedade pós-industrial na qual a

informação é figura central, o resultado é a re-construção de conhecimentos.

Por conseguinte, a capacidade das redes de telecomunicações para

possibilitar às pessoas, empresas e instituições de manterem-se informadas

constitui-se no principal diferencial desta sociedade da informação.

No Brasil, especificamente no meio educacional, ainda estamos nos

acostumando a pensar na palavra de ordem que impera no mercado de

trabalho: adquirir conhecimento e informação. Porém não basta somente

adquiri-los, é necessário que sejamos capazes de construí-los de modo que

nos ajudem a crescer profissional e pessoalmente.

Como podemos constatar, neste milênio tecnológico, a informação é a

palavra-chave e tem sido utilizada por diversos autores nos ambientes virtuais

como também em muitas instituições públicas ou privadas, de ensino

convencional ou a distância, que oferecem ’conhecimento e formação

atualizada’ a quem queira, sincrônica ou assincrônica, estando no lugar que

queira, sempre que possa conectar-se à rede das redes. Por meio das

tecnologias, sobretudo as relacionadas à educação a distância, o acesso ao

conhecimento, a formação pessoal e profissional se torna potencialmente

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melhor a partir da redução da distância geográfica, possibilitando

hipoteticamente que o conhecimento chegue a ’todos’ e, portanto, espera-se,

diminua as desigualdades sociais.

Entretanto, precisamos estar sempre conscientes das questões que

envolvem a aprendizagem, com o uso ou sem o uso das tecnologias. Pretto

(2001a, p. 39) enfatiza ser imprescindível preocuparmo-nos com as políticas

públicas de inclusão das camadas desfavorecidas ao mundo tecnológico.

Também nos alerta que preparar o trabalhador para o uso dos computadores e

a rede é necessário, mas não o suficiente. Para o autor, o fundamental é

entender que a preparação para esse mundo tecnológico não pode estar

desarticulada da formação básica, pois não podemos falar em alfabetização

digital se não falarmos, simultaneamente, em alfabetização das letras, dos

números, da consciência corporal, da cultura, da ciência.

De que nos servem todas essas descobertas tecnológicas em beneficio da

educação? De um modo geral, da parte da sociedade e dos órgãos

governamentais existem sérias preocupações quanto à educação das pessoas.

Dentre essas preocupações, três são fundamentais: "o acesso, a qualidade e o

custo".

O que as tecnologias têm a ver com isso? Acesso, qualidade e custo?

Podemos associar pessoas e tecnologias na forma de aprendizado que

mistura dois tipos de atividades. Existem as atividades que o aluno consegue

realizar sozinho, como, por exemplo, ler um livro, ver um programa de

televisão, ouvir uma palestra ou assistir a um vídeo. São atividades que podem

ser desenvolvidas de forma independente e, além disso, constituem a maioria

do aprendizado do aluno, pelo menos na educação superior, pois são

atividades que permitem o uso de tecnologia para aumentar o acesso,

melhorar a qualidade e cortar os custos.

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Buscando soluções conjuntas de políticas públicas, encontraremos

soluções para superar as dificuldades. Como salienta Pretto (2001a), é

necessária uma articulação do que se denominou "alfabetização tecnológica

ou digital" acompanhada por uma discussão concomitante sobre a

alfabetização das letras, dos números, da consciência corporal, das próprias

condições que provocam a exclusão educacional e que podem ser superadas

ou minimizadas por meio das tecnologias disponíveis em cada região.

A escola agora está inserida numa sociedade global da informação com

uma presença crescente e constante de diversas tecnologias próprias para a

informação na vida diária dos indivíduos, continua ainda como forma de

repassar informações, e ainda lhe acrescentaram a responsabilidade de ser

um serviço social integrado à sociedade carente de diversas necessidades.

As condições, tanto geográficas quanto as sociais, econômicas e culturais

presentes no sistema de educação no Brasil, nos permitem concordar com o

pesquisador Daniel (2001) quando destaca como principais, no uso da

tecnologia na educação, as necessidades do aluno e não as necessidades do

professor. Sendo assim, a melhor maneira de atingir o aluno é usar a

tecnologia que ele já possui. Além disso, a tecnologia deve ser aquela que se

aplica às tarefas práticas de conhecimentos científicos e de outros tipos de

conhecimentos organizados pelas pessoas e pelas máquinas.

As TICs chegaram como novo determinante, uma nova oportunidade para

repensar e melhorar a educação.

1.3 - O papel do professor diante das tecnologias

Acontecimentos do mundo atual afetam a escola de forma a forçar as

mudanças das suas práticas devido aos avanços tecnológicos e dos meios de

comunicação dando a introdução da informática na educação um ar de

modernidade, de desenvolvimento e de escola arrojada e contemporânea.

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No momento em que não se valoriza a criatividade e a iniciativa da vida

profissional na sociedade, na escola se fomenta a homogeneidade de idéias e

atitudes formatando cada vez mais alunos como produtos e consumidores em

potencial. Torna-se evidente que a revolução tecnológica está favorecendo o

surgimento de uma nova sociedade marcada pela informação e pelo

conhecimento. A formação tecnológica do professor é um dos fatores que mais

relevam no processo de desenvolvimento tecnológico social, a partir dessa

concepção, o professor terá que atuar numa ação reflexiva sobre sua prática

pedagógica e assim construir novos paradigmas.

Ao analisar na atualidade e na experiência o trabalho do professor é

possível perceber que há uma grande mitificação da tecnologia como a

solução dos problemas de metodologia e motivação. O autor Naisbitt (1999)

faz uma crítica importante a tais promessas e à busca de um significado, o

qual ele chama de "um vazio".

Persiste um grande choque e resistência em relação às tecnologias, que

perturbam a zona de conforto, o estabelecido, a garantia adquirida pelas

verdades do saber ou do poder do professor, as tecnologias chegam para dar

ênfase à aprendizagem.

Neste novo ciberespaço que está sendo vivenciado, há um livre

intercâmbio de informações, e é necessário que aprendam a transformá-las em

conhecimentos. Podem ser encontrados excelentes programas educativos,

informativos e culturais nas rádios, na televisão, nas teleconferências, e

principalmente na Internet. No entanto, na educação de modo geral, e na

formação de professores em especial, teoricamente os discursos sobre a

construção desses conhecimentos são maravilhosos, mas quando são

transportados para a prática não sabem como trabalhar com eles. Assim, ao

mesmo tempo em que os professores dispõem de excelentes materiais que

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são transportáveis pela Web, ainda precisam aprender a transformá-los em

conhecimentos.

De acordo com Moran (2003) é preciso não confundir informação e

conhecimento. Na informação, os dados estão organizados dentro de uma

lógica, de um código, de uma estrutura determinada. "Conhecer é integrar a

informação no nosso referencial, no nosso paradigma, apropriando-a,

tornando-a significativa para nós. O conhecimento não se passa, o

conhecimento cria-se, constrói-se." (MORAN, 2003, p.54)

Espera-se que o professor coloque sua prática social de ensinar onde

deve lançar mão das artes, ciências, filosofia, pedagogia e ciências da

educação para a proposição do que é real e atual.

O professor está diante do desafio que consiste em conhecer e adotar a

modalidade de comunicação interativa e, ao mesmo tempo, não invalidar o

paradigma clássico que predomina a escola. Nessa maneira de pensar a

escola poderá contar com professores capacitados para dar suporte aos

desafios que as próprias tecnologias provocam buscando competência para

aprender, refletir e interiorizar e, oferecer-lhes a oportunidade de aprender com

prazer e êxito. Paulo Freire (1978) em seu livro a Pedagogia do Oprimido

reforça esta idéia ao afirmar que o cumprimento da tarefa do professor implica

o desenvolvimento do mundo opressor através dos ensinos dos conteúdos,

implica ainda, de um lado, a luta incansável pela escola pública, de outro, o

esforço para ocupar o seu espaço no sentido de fazê-la melhor.

Este melhor está fundamentado na qualidade da aprendizagem crítica,

emancipadora e capaz de autocriar os indivíduos. Como Demo (2009) diz o

importante é aprender sempre em contexto colaborativo para que ocorra a

aprendizagem efetivamente e manter-se aprendendo não se importando

exatamente com as teorias da aprendizagem. Esta capacidade as tecnologias

tem para oferecer um contexto colaborativo, livre, emancipador e formador de

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cidadãos conscientes de suas possibilidades enfrentando-as e transpondo

impossibilidades.

A mudança de postura já estava prevista na visão de sujeito frente à

aprendizagem, na visão de interação com o conhecimento, pois o ensinar não

se resume mais no simples ler e escrever e sim numa interação onde existe a

relação de interdependência entre o sujeito e o objeto do conhecimento

promovendo uma transformação. Essa visão perpassa principalmente através

da mudança de como se ensina, se aprende se avalia se compartilha e como

se constrói a aprendizagem onde todos são agentes do ensino e da

aprendizagem.

O professor deve ser humanista e tecnológico e que possam fazer a

aglutinação dessas duas características. Moran (2007) acredita que as tais

tecnologias facilitam a motivação dos alunos não apenas por ser uma

novidade, mas especialmente pelas possibilidades que cria em termos de

pesquisa, ponto x da aprendizagem.

O desafio aqui apontado aos professores é o de dar conta do estilo de

conhecimento engendrado a novas tecnologias, de modo a fazê-lo

redimensionar a sala de aula dotada de novas tecnologias ou não.

As mudanças na educação dependem também de administradores que

por sua vez compreendam o processo pedagógico e principalmente que

apóiem o trabalho do professor inovador. "Uma boa escola começa com um

bom gestor". (Moran, 2007p.25).

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CAPÍTULO II

A CONTRIBUIÇÃO DA WEB 2.0 PARA CONSTRUÇÃO

COLETIVA DO CONHECIMENTO

A Web 2.0 é a segunda geração de serviços online e se define por

potencializar as formas de publicação, compartilhamento e organização de

informações, além de ampliar os espaços para a interação entre os

participantes do processo. Transformar, mudar, evoluir. Esse é o caminho de

toda sociedade. Com o avanço dessas transformações de serviços da internet

a que se chama de Web 2.0, termos como blog, podcast, Hi5, são apenas

alguns exemplos de ferramentas que fazem parte da variedade de sistemas

disponíveis na rede global (Richardson, 2006). E com o advento da internet

essas transformações foram cobradas, desejadas, executadas.

São os novos rumos da cibercultura em tempos de velocidade,

instantaneidade, atemporalidade. É a Web 2.0 modificando as maneiras de

navegar no mundo virtual; antes estática, agora dinâmica. O termo Web 2.0, da

autoria de Tim O’Reilly (2005), surgiu numa sessão de brainstorming no

MediaLive International em Outubro de 2004 que sobre ele tecia as seguintes

considerações:

A Web 2.0 é a mudança para uma internet como

plataforma, e um entendimento das regras para obter

sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra

mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem

os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto

mais são usados pelas pessoas, aproveitando a

inteligência coletiva (O’REILLY, 2005).

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Em tempos de cooperação, as produções são colaborativas e as

construções dos saberes ocorrem de forma coletiva. “É uma inteligência

distribuída por toda a parte, incessantemente valorizada, coordenada em

tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências”. (Lévy,

1998, p.28). Dessa maneira, quanto mais pessoas estiverem conectadas,

interagindo e participando, mais produções serão criadas e mais saberes

construídos, valorizando assim as práticas colaborativas e as autorias. Os

sujeitos são produtores e consumidores de conteúdos. Os conteúdos são

interativos e interligados, convidando os sujeitos para uma exploração mais

complexa e completa na sua navegação.

2.1 - O potencial educativo da internet

A Internet é a nova tecnologia que tem se mostrado eficiente na

transmissão de informações e na comunicação, importantíssima na construção

do conhecimento. Através dela é possível fazer os mais diversos tipos de

pesquisas, ter acesso a conteúdos completos de livros, revistas, bem como

comunicar-se com o mundo adquirindo informações em tempo real bem

próximo à comunicação face a face. Mediada através do computador uma

potente ferramenta que nos proporciona inúmeras formas de uso na educação,

mesmo sem o uso da rede mundial de computadores, a internet, nos propicia o

rompimento da barreira do tempo e do espaço nos mais variados seguimentos.

Mas é essa potente máquina composta por componentes simples interligados,

o computador, que nos permite o acesso a esse grande potencial na mediação

de informações permitindo a interação global através dos mais variados meios

agrupando, assim, todas as tecnologias de comunicação já inventadas pelo

homem transformando-se no aliado perfeito na busca do conhecimento.

A tecnologia da informática evoluiu rapidamente e o

computador e seus periféricos, além do correio e do

telégrafo, passaram a integrar todas as tecnologias da

escrita, de áudio e vídeo já inseridas na sociedade:

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máquina de escrever, imprensa, gravador de áudio e

vídeo, projetor de slides, projetor de vídeo, radio,

televisão, telefone, e fax. (PAIVA, 2008. p.9).

Com a evolução tecnológica, a comunicação através da Internet, surge

como a forma mais viável de suprir essa necessidade, do homem moderno, de

comunicar-se rapidamente sem a necessidade de estarem no mesmo local ou

até no mesmo momento.

O homem por ser altamente comunicativo utiliza-se de vários meios para

manter sua comunicação: imagens, símbolos, sinais, gravuras, sons e muitos

outros, além da escrita e da fala. Com a evolução da linguagem percebemos

que os signos lingüísticos vêm sofrendo modificações na comunicação oral e

consequentemente na escrita perdendo elementos da sua composição. Com o

avanço da comunicação através das mensagens instantâneas isso tem

acontecido constantemente porque o homem moderno, na sociedade

capitalista, necessita das informações no menor tempo possível. Os signos

lingüísticos são reduzidos objetivando a diminuição do tempo de transmissão

de mensagens e aceleração na comunicação. As ferramentas tecnológicas,

hoje, são instrumentos eletrônicos indispensáveis no processo de evolução

prática da comunicação. Com essa nova forma de comunicação, o homem

passa a obter uma enorme quantidade de informações em curto espaço de

tempo não sendo possível seu armazenamento, pois, nosso cérebro não

funciona com tamanha rapidez.

Com o domínio da informática, o homem passou a

dominar inúmeras novas tecnologias, sem desprezar as já

existentes, reportando-nos, por exemplo, a tecnologia

educacional, denominadas por Zanela de TIC.

“Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), é o

conjunto de tecnologias microeletrônicas, informáticas e

de telecomunicações, que produzem, processam,

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armazenam e transmitem dados em forma de imagens,

vídeos textos ou áudios.” (ZANELA, 2007. p.25).

Neto (2006), sintetiza os aspectos mais relevantes da utilização da

internet na facilitação das aprendizagens:

Flexibilidade de tempo – O utilizador não está sujeito aos horários rígidos,

escolhendo o horário mais conveniente para realizar os seus trabalhos e

efetuar as suas pesquisas, sem estar sujeito aos horários da biblioteca escolar

e à disponibilidade de computadores. Esta característica pressupõe que o

aluno possua um computador em casa ligado à rede, o que nem sempre

acontece o que pode gerar desigualdades no acesso à informação

promovendo a infoexclusão.

Independência geográfica – Um computador ligado à rede permite quebrar

o isolamento de certas escolas, que dificilmente teriam acesso a

acontecimentos distantes no espaço. Além disso, alunos e professores podem

estabelecer contactos com colegas que partilhem as suas preocupações e se

interessem pelos mesmos temas.

Baixos custos – Dispondo de um computador e de uma linha telefônica,

qualquer utilizador pode facilmente aceder à rede. É evidente que esta questão

é relativa. Apesar dos baixos custos da internet perante as possibilidades que

oferece, os encargos desta natureza podem representar um peso

demasiadamente elevado no orçamento de algumas famílias, o que pode

agravar as desigualdades no acesso à informação potenciando a info-

exclusão.

Acesso a fontes de informação – Facilita o acesso a fontes de informação

variadas e atualizadas, relativas aos conteúdos disciplinares. A possibilidade

de renovar e atualizar os conteúdos presentes na rede faz dela uma

enciclopédia eternamente inacabada.

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Perenidade da informação – Os documentos ficam disponíveis para que

outros utilizadores mais tarde os possam consultar.

Aprendizagem ativa – A realização de trabalhos partindo dos conteúdos

presentes na web favorece a valorização da ação do aluno, a aprendizagem

numa perspectiva construtivista. Possibilita o levantamento de problemas, ao

facilitar o confronto cognitivo e o surgimento de dúvidas.

Espírito crítico – Contribui para o desenvolvimento do espírito crítico, pela

necessidade de seleção da informação, com vista à resolução de problemas.

Partilha do saber – A internet permite que o trabalho desenvolvido pelos

alunos salte o muro da escola, contribuindo para o desenvolvimento de futuros

trabalhos de alunos de outras escolas. A quantidade e diversidade de saberes,

opiniões e diferentes perspectivas de encarar um problema enriquecem o

processo de aprendizagem e estimulam o espírito crítico. A existência de

fóruns Revista de Formación e Innovación Educativa Universitaria. Vol. 3, Nº 4,

206-225 (2010) 210 permite um número de participantes muito superior àquele

que se pode ter quando o trabalho está confinado à escola. O feedback

(positivo ou negativo) gerado pela exposição dos trabalhos é um elemento

importante para a autoregulação da atividade do sujeito. O espírito de grupo, a

cooperação, a autonomia e a tolerância ficam a ganhar.

Existência de público – Ao verem que os seus trabalhos serão apreciados

por outros, os alunos são estimulados a produzi-los com rigor, não para

alcançarem uma boa classificação, mas por uma questão de realização

pessoal e social.

Educação global – O uso da internet facilita uma visão do mundo como uma

realidade interdependente, permitindo a partilha de problemas e procura de

soluções.

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Abertura ao mundo – Numa sociedade cada vez mais global, a internet

possibilita o conhecimento e compreensão de outras culturas. Este diálogo

intercultural é importante na construção de uma sociedade tolerante,

respeitadora das diferenças.

Motivação – Apesar de acusada de estimular o isolamento, inibindo o convívio

com os colegas, a internet apresenta-se como um recurso para aumentar a

comunicação com os outros, o que é uma atividade divertida e motivadora.

Pode também fomentar a curiosidade, elemento desencadeador da

aprendizagem.

A resistência à aquisição de novos conhecimentos é um fator negativo no

processo de formação cultural intelectual do individuo na relação ensino-

aprendizagem. Assim, como enfrentar os novos desafios? Como mostrar para

seus alunos os caminhos da inclusão e participação social?

Ensinar com a Internet será uma revolução, se mudarmos

simultaneamente os paradigmas do ensino. Caso

contrário servirá somente como um verniz, um paliativo ou

uma jogada de marketing para dizer que o nosso ensino é

moderno e cobrar preços mais caros nas já salgadas

mensalidade. (MORAN, 2008. p.8).

Seu uso constante sem planejamento orientado vem tornado-se um

grande problema. Fortalece argumentos por parte de alguns profissionais da

educação como suporte ideário de resistência no processo de adesão das

novas tecnologias como ferramenta pedagógica essencial no processo de

ensino-aprendizagem. Este processo é apresentado, por Paiva, numa

classificação em estágios: rejeição, adesão e normalização.

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Quando surge uma nova tecnologia, a primeira atitude é

de desconfiança e de rejeição. Aos poucos, a tecnologia

começa a fazer parte das atividades sociais da linguagem

e a escola acaba por incorporá-la em suas práticas

pedagógicas. Após a inserção, vem o estágio da

normalização, definido por Chambers e Bax (2006, p.465)

como um estado em que a tecnologia se integra de tal

forma ás práticas pedagógicas que deixa de ser vista

como cura milagrosa ou como algo a ser temido. (PAIVA,

2008. p.1).

De acordo com o educador, neste panorama de efetiva transformação, o

uso da Internet não representa grande desafio para que os professores

aprendam a sua utilização, porque suas funções mais sofisticadas são

acionadas até mesmo por intuição. Isso por causa da expressão “interface

amigável”, que viabiliza o manuseio rápido e fácil.

“A Internet é muito mais que um mero instrumento. Além

de um dispositivo, ela representa um modo diferente de efetivar a comunicação

e o processamento social da informação”. Esta observação é feita por Arnaud

Soares Júnior, professor do mestrado em educação e tecnologia da

Universidade Estadual da Bahia e autor do livro “Tecnologias Inteligentes e

Educação: currículo hipertextual”.

“Para acessar a Internet não se requer nenhum grau mais elevado de

operação mental. Mas, discriminar suas características tecnológicas, sua lógica

de funcionamento, e sua natureza comunicativa e informacional, de modo

crítico, criativo e politicamente engajado, requer um processo de formação

mais abrangente e consequente. Tal não poderá ser feito, por exemplo, pelos

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cursos relâmpagos de informática, nem pelos treinamentos em informática

básica”, analisa o professor.

Já no que diz respeito a utilizar a internet como meio para atrair a atenção

dos estudantes, Arnaud salienta que não basta prender a atenção dos

estudantes com a tecnologia, porque isto já acontece naturalmente, em virtude

das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) exercerem fascínio nas

novas gerações.

“A questão mais importante é como garantir uma educação de qualidade

com a utilização das TICs e como definir sua utilização mais pertinente em

cada contexto de formação. Para tanto devem ser consideradas as condições

e as necessidades inerentes a cada contexto, além das novas tensões sociais

que aí se refletem em função do crescente processo de globalização”, explica

Arnaud Soares.

Para finalizar, o pedagogo menciona que diferente do que muitas pessoas

acreditam, a Internet não é só uma rede meramente técnica e digital. “A

Internet dever vista pelos educadores como uma rede de comunicação, de

cultura, de socialização e sociabilidade. Ela está relacionada aos interesses

políticos e mercadológicos, além de sua dinâmica estar submetida aos efeitos

dos desejos e de representações sociais”, conclui Arnaud.

2.2 - A web 2.0 como ferramenta colaborativa na aprendizagem

No princípio da utilização da web, os objetivos comuns dos sites

presentes na internet eram com a publicação dos conteúdos, normalmente

elaborada por pessoas especialistas, e disponibilidades de dados, tornando

essas páginas estáticas, sem interatividade e com conteúdos isolados. As

relações nessa geração eram individuais e a interação era relacionada com

processos de ação e reação, comuns, por exemplo, nos contatos através de

email, onde um sujeito escreve e outro responde.

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Com os avanços tecnológicos, a evolução na comunicação e para atender

as necessidades da sociedade contemporânea, surge a Web 2.0 como uma

velocidade dos nativos digitais em interagir nesses ambientes que fazem parte

do seu cotidiano. É o desejo de sair da inércia para criar, editar, participar,

enfim, ser ativo no ciberespaço. Segundo Primo:

“A Web 2.0 é a segunda geração de serviços online e

caracteriza-se por potencializar as formas de publicação,

compartilhamento e organização de informações, além de

ampliar os espaços para a interação entre os

participantes do processo.” (Primo, 2007, p.1)

O acesso a web era bastante difícil para os seus utilizadores: a grande

maioria dos serviços eram pagos e controlados através de licenças, os

sistemas eram restritos a quem detinha poder de compra para custear as

transações online e adquirir o software para criação e manutenção de sites.

Com o passar do tempo aconteceram enormes avanços no que diz respeito ao

acesso à informação e ao conhecimento, porém a filosofia que estava por

detrás do conceito da rede global foi sempre a de um espaço aberto a todos,

ou seja, sem um “dono” ou indivíduo que controlasse o acesso ou o conteúdo

publicado. Houve sempre uma preocupação por tornar este meio cada vez

mais democrático, e a evolução tecnológica permitiu o aumento do acesso de

utilizadores possível pelo aumento da largura de banda das conexões, pela

possibilidade de se publicarem informações na web, de forma fácil, rápida e

independente de software específico, linguagem de programação ou custos

adicionais.

A Web 2.0 é um convite à interação. Seu foco é na interação e

participação dos sujeitos no ciberespaço. Os ambientes virtuais são mais

propícios a criação e manutenção das redes sociais. As comunidades virtuais

fazem parte do cotidiano dos sujeitos com interesses em comum. Os

conteúdos são produzidos coletivamente. Os arquivos são socializados,

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podendo ser baixados ou postados. Tudo isso num movimento constante,

fluido e dinâmico.

Muito dos avanços da Web 2.0 se deu por conta da convergência das

tecnologias, dos espaços, das pessoas, das linguagens. Nessa geração, todos

estão conectados e essa conexão acontece em rede. A convergência das

mídias também acontece nas diversas funções que os dispositivos móveis de

comunicação possuem.

“Quando unimos em um mesmo aparelho as funções de

escrita; tocar, executar e gravar áudio e vídeo e ao

mesmo tempo estar conectado na Internet sem fios temos

unidades móveis capazes de suportar a convergência de

mídias” (Pellanda, 2003, p.8).

A mobilidade representa mais uma evolução da Web 2.0. Com os

dispositivos móveis e com a interligação de diversas redes de comunicação, a

acessibilidade ao ciberespaço passa a ser constante e instantânea. Nessa

perspectiva, segundo Pellanda (2003), a comunicação passa a ser ubíqua, ou

seja, acontece em qualquer lugar e em qualquer horário. Como conseqüência

dessa mobilidade e para atender os sujeitos que interagem através dos seus

portáteis, diversos sites e serviços da web ganharam versão compatível com

esses atuais dispositivos de comunicação. Dessa forma, as informações não

se limitam às palmas das mãos e como autores e colaboradores, as

informações são potencialmente difundidas, justamente pela facilidade de

registrar e publicar os acontecimentos sociais.

É o poder da comunicação na Web 2.0. É a necessidade de estar em

comunidade interagindo. São as linguagens liquidas produzindo informações

em todos os momentos e em todos os lugares. São as mudanças comuns à

vida em sociedade.

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Para Alexander (2006, p.33) a web social (devido à sua preocupação com

a participação dos utilizadores), “emerge como um dos componentes mais

relevantes da Web 2.0”, ou seja, é uma forma de fazer com que a utilização da

rede global ocorra de forma colaborativa e o conhecimento seja compartilhado

de forma coletiva, descentralizada de autoridade e com liberdade para utilizar e

reeditar, conceito que em língua inglesa é conhecido por colaborative working.

Para Alexander (2006), as principais características da Web 2.0 são:

i) Interfaces ricas e fáceis de usar;

ii) O sucesso da ferramenta depende do número de utilizadores, pois deles

depende a melhoria do sistema;

iii) Gratuidade na maioria dos sistemas disponibilizados;

iv) Maior facilidade de armazenamento de dados e criação de páginas

online;

v) Vários utilizadores podem aceder a mesma página e editar as

informações;

vi) As informações mudam quase que instantaneamente;

vii) Os sites/softwares estão associados a outros aplicativos tornando-os

mais ricos e produtivos quando os mesmos estão trabalhando na forma de

plataforma (união de vários aplicativos);

viii) Os softwares funcionam basicamente online ou podem utilizar sistemas

offline com opção para exportar informações de forma rápida e fácil para a

web;

ix) Os sistemas param de ter versões e passam a ser atualizados e

corrigidos a todo instante, trazendo grandes benefícios para os utilizadores;

x) A atualização da informação é feita colaborativamente e torna-se mais

viável com o aumento do número de pessoas que acede e atualiza.

O número de ferramentas disponíveis na web que usam o paradigma da

Web 2.0 conta já com uma infinidade de exemplos, dos quais destacamos os

seguintes:

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− Softwares que permitem a criação de uma rede social (social networking)

como por exemplo os blogs, o Hi5, o Orkut, o Ning;

− Ferramentas de escrita colaborativa: blogs, wikis, podcast, Google Docs e

Spreadsheets;

− Ferramentas de comunicação online como o SKYPE, messenger, Voip,

Google Talk;

− Ferramentas de acesso a vídeos como o YouTube, GoogleVideos,

YahooVideos;

− Ferramentas de social bookmarking como o Del.icio.us.

Os blogs, os wikis e ainda os podcasts são as ferramentas da Web 2.0

mais difundidas e utilizadas em contextos educativos. De fato, a utilização

educativa destas ferramentas tem vindo a ganhar o interesse crescente de

investigadores nacionais e internacionais que sobre o assunto tem

desenvolvido e publicado os resultados da investigação já realizada deixando

antever um futuro muito promissor (Martindale e Wiley, 2005; Du e Wagner,

2005; Brescia e Miller, 2006; Coutinho, 2006, 2007a, 2007b; Coutinho e

Bottentuit Junior, 2007b).

O blog é a ferramenta da Web 2.0 mais conhecida e utilizada em contexto

educativo no nosso país (Coutinho, 2008). Veremos no próximo capítulo como

o uso do blog tem colaborado no processo de ensino aprendizagem.

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CAPÍTULO III

O USO DO BLOG COMO RECURSO DIDÁTICO-

PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO

Os recursos tecnológicos complementam as ações que realizamos na

escola. O reconhecimento de uma sociedade cada vez mais tecnológica deve

ser acompanhado da conscientização da necessidade de incluir as habilidades

e competências para lidar com as novas tecnologias. O professor que planejar

suas aulas utilizando novas técnicas estará experimentando novas propostas

pedagógicas e qualificando o processo de ensino-aprendizagem.

Para Moran (1995), "(...) as tecnologias estão provocando

profundas mudanças em todas as dimensões da nossa

vida. Elas vêm colaborando, sem dúvida, para modificar o

mundo". É possível criar usos diferenciados para as

tecnologias. Nisso está o seu encantamento, o seu poder

de sedução, e o seu diferencial em sala de aula, uma vez

que muitos alunos já têm contato com computadores e

com a Internet fora da escola.

Mudança é a palavra-chave para quem quer, realmente, educar. O

professor precisa se atualizar e começar a mostrar sua capacidade de interagir

tecnologicamente com seus alunos. Um dos recursos inovadores a ser usado

por educadores e estudantes é o blog. É fácil de usar e exige pouco

conhecimento de informática. Fotos, assuntos das aulas, sugestões,

questionamentos, novidades, escritos dos educadores e de seus alunos

podem ser incluídos no blog e assim serem acessados pelos membros da

comunidade escolar ou demais pessoas que desejam repassar e receber

informações.

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Para Barbosa e Serrano (2005)

"O desafio para a educação da nova era é desenvolver

novos contextos de interação que denotem a utilização,

sobretudo, de alternativas criativas e estimulantes ao

aprendizado. As ferramentas disponíveis hoje na Internet,

desde que com as devidas adaptações e com seu uso

resultando de uma estratégia de aplicação, oferecem um

universo de possibilidades a ser explorado pelo educador

que se propuser a sobrepor a fronteira da tecnologia para

descobrir meios para o enriquecimento de sua atuação".

A inovação é uma mudança deliberada e conscientemente assumida e

não uma simples renovação. Senge (1996) chama atenção para uma atitude

fundamental em qualquer inovação: abertura para aprender, para alterar

conceitos e idéias, para assumir novos comportamentos e atitudes, para

repensar a cultura pessoal e organizacional, para mudar crenças, adquirir

novos conhecimentos e aderir a novas formas de pensar e agir.

Atitude essa, que muitas vezes não está presente na formação do

professor. Os educadores mais jovens costumam ter mais facilidade em lidar

com as tecnologias, pois desde cedo estão ambientados com elas e

conseguem adaptá-las às práticas educativas. Por outro lado, muitos

professores têm dificuldades para lidar com as tecnologias. É preciso preparar

estes para que vençam seus próprios medos e utilizem as ferramentas que

estão à sua disposição. A escola tem o desafio de superar o analfabetismo

tecnológico de seus professores. Tempo é questão premente na educação.

Inclusão digital-tecnológica devem ser as palavras de ordens.

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A Internet tem revolucionado o mundo dos computadores e das

comunicações como nenhuma invenção foi capaz de fazer antes. Atualmente,

a rede mundial congrega 1,5 bilhões de computadores de todos os tipos e

tamanhos.

A reportagem de abertura da revista VEJA (Edição especial – Tecnologia,

setembro, 2008) registra um recorde: a cada três segundos, um novo

computador é vendido no Brasil. Enquanto o número de máquinas aumenta,

difunde-se o uso da banda larga, que cresceu 50% somente em um ano no

Brasil. Mais de 10 milhões de brasileiros estão ligados à Internet por meio de

conexões rápidas.

Segundo a revista ÉPOCA (agosto, 2006), o número de blogs em todos

os idiomas é hoje 60 vezes maior do que era há três anos e já ultrapassou a

marca de 40 milhões de páginas. De acordo com o site Technorati, que

cataloga e faz buscas em blogs no mundo inteiro, são criados 75 mil blogs por

dia. Isso dá uma média de um novo blog por segundo. Há um blog para cada

25 pessoas on-line. Segundo o Pew Internet & American Life Project,

instituição americana que estuda o impacto da internet, 57 milhões de

internautas dos Estados Unidos lêem blogs diariamente. Eles são abastecidos

por cerca de 1,2 milhão de novos conteúdos por dia, ou uma média de 50 mil

por hora. No Brasil, dos quase 20 milhões de internautas, estima-se que algo

como 25% vasculhem blogs todo dia, em busca de informação ou

entretenimento.

Mas, o que é um blog? A definição clássica afirma que é um diário

mantido por qualquer um na internet. A palavra parece ter surgido pela primeira

vez em 1997, quando o internauta John Barger chamou seu diário pessoal na

rede de "weblog", algo como "registro na web". Em 1999, outro navegante

resolveu fazer uma brincadeira. Quebrou o termo em dois, para gerar o

trocadilho "we blog", ou "nós 'blogamos'". Aí a palavra "blog" pegou. Segundo

os colunistas da revista EPOCA (Agosto, 2006), blog é sinônimo de qualquer

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diário ou registro mantido na internet. Você vai lá, escreve um texto, publica

uma foto, um filme, põe links para o que mais julgar interessante na rede e

pronto. Tradicionalmente, os diários eram escritos em pequenos cadernos por

quem queria manter as coisas em segredo. Pois na internet eles se

transformaram em manifestações públicas e coletivas. Um faz referência ao

outro. Um comenta o outro. Um se inspira no outro. E essa multidão de blogs

que se entrecruzam e se relacionam ficou conhecida como "blogosfera".

Para iniciar é necessário escolher um site que ofereça o serviço de

publicação na web. A maioria dos serviços é gratuita e oferece recursos para

escrever como se estivesse usando um editor de textos. Ao cadastrar-se em

um desses serviços, cria-se um endereço para o blog e para o layout. Os

próprios serviços oferecem alguns modelos (templates) pré-configurados que

podem ser alterados posteriormente.

Através do serviço gratuito Blogger, criado em 1999, é possível criar blogs

facilmente em diversos idiomas. Em 2002, o Blogger foi vendido para a

Google, desta forma, é necessário ter uma conta no Google para criar um blog

nesse serviço.

Por meio de pesquisas no Google e outros sites de busca, é possível

encontrar uma quantidade considerável de blogs mantidos por professores,

cada qual com suas particularidades, mas com o conteúdo voltado para a

educação. São dicas de atividades, planos de aula, materiais didáticos, links

educacionais e sugestões de sites interessantes para professores que buscam

na Internet novas formas de ensinar.

3.1 - O uso do blog como ferramenta de ensino

O Blog educacional é uma inovação e um desafio para o professor, que

necessitará estar preparado para compreendê-lo e utilizá-lo em todas as suas

possibilidades.

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Assim, somando a capacitação dos professores com as possibilidades

oferecidas pelos blogs, poderemos desbravar novas trilhas e formular

propostas de construção de ambientes mais abertos de dinâmicos. Propostas

que abrem espaço para a construção do conhecimento tanto de alunos como

de professores.

No que diz respeito à educação, segundo Almeida (2005)

"a análise sobre o papel das novas tecnologias no

processo de ensino aprendizagem é de extremo interesse

para discutir os rumos que a educação vai tomar com a

inserção das mesmas". As tecnologias educacionais

precisam ser desbravadas pelos professores para que,

dotados de conhecimentos, atitudes e posturas possam

assegurar a efetiva utilização destas em suas aulas.

Para Dimenstein (2004), "tanto nos países pobres quanto nos ricos, há o

consenso de que o principal obstáculo não é o acesso as máquinas, mas a

formação do professor, capaz de transformar a rede em material pedagógico".

O autor utiliza o termo "inconformáticos" para denominar aqueles que buscam

transpor os obstáculos da exclusão digital.

"Os blogs são o primeiro passo para que todas as pessoas alfabetizadas

tenham sua plataforma no mundo" disse em entrevista a ÉPOCA (Agosto,

2006), o jornalista e blogueiro americano John Batelle. Produção de textos,

narrativas, poemas, análise de obras literárias, opinião sobre atualidades,

relatórios de visitas e excursões de estudo, publicação de fotos, desenhos e

vídeos produzidos pelos professores ou alunos – tudo é possível por meio do

blog.

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Cresce a cada dia a utilização dos blogs nas mais diversas áreas, inclusive

na educação. Ele pode ser utilizado como um recurso em todas as áreas do

conhecimento e permite a interdisciplinaridade, uma vez que ao adicionar um

link abrem-se caminhos que levam a outras páginas e outros conhecimentos.

Segundo Soares e Almeida (2005):

Um ambiente de aprendizagem pode ser concebido de

forma a romper com as práticas usuais e tradicionais de

ensino-aprendizagem como transmissão e passividade do

aluno e possibilitar a construção de uma cultura

informatizada e um saber cooperativo, onde a interação e

a comunicação são fontes da construção da

aprendizagem.

Mas para que o professor possa romper com suas práticas tradicionais ele

tem o desafio de não apenas incorporar essas tecnologias, mas também

investir na criação de competências, e isto requer um olhar mais abrangente,

buscando novas formas de ensinar e de aprender condizentes com a nova

sociedade do conhecimento, elaborando, desenvolvendo e avaliando práticas

pedagógicas que promovam o desenvolvimento de uma análise reflexiva sobre

os conhecimentos e usos tecnológicos.

Diferentes pesquisadores têm se preocupado em analisar e descrever as

possibilidades de uso dos blogs na educação. A coordenadora de pesquisa em

tecnologia educacional e articulista da divisão de portais da Positivo

Informática, Betina von Staa, em seu artigo "Sete motivos para um professor

criar um blog", destaca que com este recurso, o educador tem um enorme

espaço para explorar uma nova maneira de se comunicar com seus alunos e

também conectar-se ao mundo em que vive. É uma forma do professor ampliar

sua aula, trocar experiências com colegas e tornar seu trabalho visível. A

utilização do blog oferece espaços de diálogo onde os professores são

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escritores, leitores, pensadores, construtores de novas redes sociais e de

saberes, permitindo a expressão e a discussão entre os sujeitos.

Quando o professor cria um blog, abre espaço para recriar, reinventar e

criar novas idéias baseadas no que é tratado em sala de aula. A facilidade na

incorporação de vídeos, músicas, slides ao blog, incentiva a criatividade e

possibilita que o professor possa desenvolver uma aula rica em conteúdo,

interessante e que transcenda o ambiente maçante que por vezes se torna

uma sala de aula.

Uma vez que os blogs apresentam uma grande flexibilidade de utilização,

podendo ser utilizados como uma simples publicação de material até sua

utilização para promover e mediar discussões, temos uma ferramenta

extremamente interessante para utilização em contexto educacional. Sua

principal característica está voltada para a publicação de informação na

internet, que faz com que a ferramenta possa ser utilizada para a construção

de espaços de expressão pessoal.

Assim, os blogs são uma maneira fácil de publicar materiais na Web, que

possuem uma natureza aberta e inclusiva, uma ferramenta excelente para

promover comunidades de aprendizes - as comunidades que incluem não

somente estudantes e professores de uma classe, mas também profissionais,

pais, e membros de comunidades locais. Nas palavras de Eric Davis, executivo

do Google: "A instrução não é limitada a tempo e espaço às atividades que

ocorrem por três horas uma semana dentro da sala de aula. O Weblog tornou

mais fácil para que a instrução ocorra em todos os momentos, enquanto

mantém o contato pessoal (mediado pela tecnologia) entre os estudantes e o

professor e entre os próprios estudantes." Sampaio e Leite (2003) argumentam

sobre a importância da apropriação das tecnologias pela escola, afirmando

que:

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"Cercados que estamos pelas tecnologias e pelas mudan-

ças que elas acarretam no mundo, precisamos pensar em

uma escola que forme cidadãos capazes de lidar com o

avanço tecnológico, participando dele e de suas

conseqüências. Esta capacidade se forja não só através

do conhecimento das tecnologias existentes, mas

também, e talvez principalmente, através do contato com

elas e da análise crítica de sua utilização e de suas

linguagens."

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CONCLUSÃO

A entrada de novas tecnologias em todos ambientes provoca mudanças

na composição da mão-de-obra, eleva a necessidade por maior qualificação,

eleva a produtividade das empresas e dos trabalhadores e, em contrapartida,

exige um maior empenho e comprometimento das pessoas para com as

empresas o que, por sua vez, demanda a introdução de novos métodos de

incentivo. A capacidade de criação do homem leva o mundo a passar por

mudanças constantemente. Para nos integrarmos nessa atual realidade é

necessário inserirmos nas transformações ocorridas na sociedade a que

pertencemos. Dessa forma, seremos construtores e não telespectadores. As

novas tecnologias que presenciamos é uma seqüência de criações que o

homem vem desenvolvendo no decorrer da criação.

Um dos assuntos mais preocupantes se refere aos profissionais da

educação, que como transformadores e estimuladores da aprendizagem,

precisam estar inseridos no mundo globalizado. Com isso, surge a

necessidade de formar professores capazes de atuarem neste contexto

informatizado que o mundo exige. Assim, a perspectiva é levar o professor a

compreender as novas tecnologias como ferramenta que auxilia no processo

de ensino-aprendizagem. Ao dominar a tecnologia o professor transforma e

inova seus conhecimentos.

Na medida que o professor faz uso da tecnologia inicia-se um processo

crescente à criação das novas gerações que dão continuidade ao processo de

desenvolvimento existentes na humanidade. Mas não como objeto histórico de

alienação, e sim como sujeito ativo da sua própria história.

É preciso estimular a pesquisa e colocar-se a caminho com o aluno e estar

aberto à riqueza da exploração, da descoberta de que o professor, também

pode aprender com o aluno.

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Para que se possa viver essa realidade é preciso um constante

aperfeiçoamento. A Escola precisa modernizar-se. Os países emergentes

vivem um processo de adequação a realidade econômica mundial. As

tecnologias tornaram-se ferramentas indispensáveis para quem faz uso do

conhecimento. A escola, seus educadores e seus alunos jamais poderão

deixar de se adaptarem as novas tecnologias.

A internet apresenta-se como uma ferramenta capaz de transformar as

sociedades em uma única aldeia globalizada, reduzindo distâncias e

possibilitando a comunicação e a interação de indivíduos de diferentes

culturas, realidades e experiências. Dessa maneira, a significativa contribuição

da web para a aproximação dos indivíduos e a construção de seus

conhecimentos é enfatizada de forma positiva no que tange a sua proposta de

interagir a população, construindo novas formas de pensamentos que são

responsáveis pelas transformações da sociedade.

Após a reflexão sobre o uso do blog como ferramenta educacional de

comunicação e interação, percebeu-se que, através da evolução da sociedade

e das tecnologias essenciais para a sua formação, vivencia-se a inclusão de

novas formas de desenvolver os conhecimentos, utilizando o computador e

suas tecnologias, possibilitando o acesso ao conhecimento de todo e qualquer

indivíduo.

Os blogs apresentam-se como ferramentas da web capaz de promover o

diálogo virtual entre usuários, os quais possuem autonomia de liberdade de

pensamento, de concordância, de opiniões que em debate, constituem os

alicerces para a compreensão e fundamentação dos pensamentos variados

que são essenciais para a construção da aprendizagem.

Os blogs educacionais favorecem o desenvolvimento das ações propostas

por educadores e alunos, o que vale ressaltar a importância da educação à

distância, como instrumento de autonomia ao aluno para buscar através de

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sua habilidade, fontes de conhecimentos através da interação e comunicação

realizada nos blogs educacionais, que constituem em uma ferramenta singular

para a absorção da compreensão de que a educação não se faz apenas

dentro das instituições educacionais, mas através de diferentes instrumentos

que podem ser utilizados como fonte de pesquisa, debate e comunicação

frente a diferentes realidades existentes.

Concluiu-se, portanto, que o uso dos blogs educacionais trata-se de uma

importante ferramenta de desenvolvimento da educação, das novas

aprendizagens, que oportunizam aos usuários condições de ampliarem os

seus conhecimentos mediante e diferentes formas de pensamentos, os quais

são orientados por educadores que, já se interagem com a nova visão

educacional, que busca através das novas tecnologias inserir os alunos no

mundo digital, transformando-os em internautas que navegam em busca de

novos saberes, que podem contribuir para o aprimoramento e enriquecimento

de sua bagagem cultural, intelectual, social, política e econômica,

transformando-os em agentes ativos na transformação social.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I 9

Transformações que a Tecnologia

tem gerado no trabalho e na educação.

1.1 - O impacto das tecnologias na evolução 10

da humanidade.

1.2 - A tecnologia na Educação. 12

1.3 - O papel do professor diante das tecnologias. 16

CAPÍTULO II 20

A contribuição da web 2.0 para

construção coletiva do conhecimento.

2.1 - O potencial educativo da internet . 21

2.2 - A web 2.0 como ferramenta colaborativa 27

na aprendizagem.

CAPÍTULO III 32

O Uso do Blog como

recurso didático-pedagógico na Educação.

3.1 - O uso do blog como ferramenta de ensino. 35

CONCLUSÃO 40

BIBLIOGRAFIA 43

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ÍNDICE 49