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A QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA NO CONTEXTO DA QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - INDÚSTRIA 4.0 Ellen Carmelita Capelo Silva (UPE) [email protected] Washington Andrade da Cunha Coutinho Filho (UPE) [email protected] Francisco Jose Costa Araujo (UPE) [email protected] A Quarta Revolução Industrial, conhecida também por Indústria 4.0, caracterizou-se pela tendência de automatização das fábricas, fundamentada na concepção de sistemas a partir de uma rede de máquinas, propriedades e sistemas de informações em toda a cadeia de valor e por todo o ciclo de vida do produto. Porém, devido ao uso de unidades eletrônicas de potência e/ou controles microprocessados, os equipamentos e máquinas atuais estão mais vulneráveis às variações da qualidade da energia em relação aos utilizados antes da quarta revolução industrial. Sendo assim, o estudo tem como objetivo compreender os principais aspectos da qualidade da energia elétrica, no que diz respeito ao produto e serviço e analisar seus impactos no conceito da Quarta Revolução Industrial. Vislumbrou-se, a partir dos estudos analisados, que a evolução tecnológica e industrial advinda da Quarta Revolução Industrial, implicou na dependência e sensibilidade energética das máquinas inteligentes criadas para amparar as XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção”

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A QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA

NO CONTEXTO DA QUARTA

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL -

INDÚSTRIA 4.0

Ellen Carmelita Capelo Silva (UPE)

[email protected]

Washington Andrade da Cunha Coutinho Filho (UPE)

[email protected]

Francisco Jose Costa Araujo (UPE)

[email protected]

A Quarta Revolução Industrial, conhecida também por Indústria 4.0,

caracterizou-se pela tendência de automatização das fábricas,

fundamentada na concepção de sistemas a partir de uma rede de

máquinas, propriedades e sistemas de informações em toda a cadeia de

valor e por todo o ciclo de vida do produto. Porém, devido ao uso de

unidades eletrônicas de potência e/ou controles microprocessados, os

equipamentos e máquinas atuais estão mais vulneráveis às variações

da qualidade da energia em relação aos utilizados antes da quarta

revolução industrial. Sendo assim, o estudo tem como objetivo

compreender os principais aspectos da qualidade da energia elétrica,

no que diz respeito ao produto e serviço e analisar seus impactos no

conceito da Quarta Revolução Industrial. Vislumbrou-se, a partir dos

estudos analisados, que a evolução tecnológica e industrial advinda da

Quarta Revolução Industrial, implicou na dependência e sensibilidade

energética das máquinas inteligentes criadas para amparar as

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necessidades evolutivas da empresa e em consequência, compreende-se

que a qualidade de energia, no que tange ao produto ou serviço, é de

fundamental importância para as indústrias da atualidade, já que os

desvios do conceito ideal do produto “energia elétrica” ou do serviço

de fornecimento podem acarretar diversos prejuízos aos consumidores,

principalmente os industriais. Nessa perspectiva, a adesão às atuais

maquinarias evidencia a necessidade de propagação e reconhecimento

da energia elétrica, considerando que quaisquer falhas na produção,

transmissão ou distribuição do produto ideal acarreta diversas perdas

econômicas para indústrias brasileiras.

Palavras-chave: Qualidade de energia elétrica, impactos da qualidade

de energia, indústria 4.0, Quarta Revolução Industrial

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1. Introdução

Caracterizado pelo período de transição ou de acumulação primitiva de capital, o período de

formação do modo de produção capitalista se estabelece como um processo de expropriação

dos produtores de seus respectivos meios de produção. Devido o declínio do modelo feudal de

produção e, consequentemente, o crescimento populacional na zona urbana, permearam

necessidades de novas formas de trabalho com o desenvolvimento de novas técnicas, uso de

inovações instrumentais para a produção e domínio de tecnologias, assim, evoluindo a

mudança do meio pelo homem (MONERAT, 2013).

Compreendida pelas significativas mudanças econômicas e sociais, aumento da quantidade de

fábricas e oferta de trabalho, bem como especialidades profissionais, a Primeira Revolução

Industrial foi um marco na relação homem-natureza, cujo início se deu na Inglaterra, a partir

de meados do século XVIII, com a invenção da máquina a vapor e sua aplicabilidade na

indústria têxtil (BRESSER-FERREIRA; NASSIF; FEIJÓ, 2016).

Ainda segundo, Bresser-Ferreira, Nassif e Feijó (2016), entre meados do século XIX e XX,

surge a Segunda Revolução Industrial, impulsionada pela eletricidade e avanços tecnológicos

nos meios de comunicações, como, por exemplo, a invenção do telégrafo. A partir desse

acontecimento, a eletricidade passou a ser um marco nos sistemas de iluminação dos amplos

centros urbanos e industriais da época, através da possibilidade de ser transmitida em longas

distâncias e com custo bem inferior quando comparada ao vapor. Consecutivamente, a

Terceira Revolução Industrial, na segunda metade do século XX, trouxe grandes evoluções no

campo tecnológico, desencadeadas, principalmente, pela interação entre conhecimento

científico e produção industrial, também conhecida como Revolução Tecnocientífica. Após

essa era, a constante evolução do setor industrial, tornou possível a introdução da Quarta

Revolução Industrial.

A Quarta Revolução Industrial, também conhecida como Indústria 4.0, traz a tendência à total

automatização das fábricas e tem a capacidade de elevar os níveis globais de rendimento e

qualidade (SCHWAB, 2016).

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De acordo com Kagernann et al. (2013), a quarta revolução está fundamentada na concepção

de Sistemas cyber-físicos, um sistema que não interliga apenas às máquinas, mas sim, cria um

network de máquinas, propriedades e sistemas de informações em toda a cadeia de valor e por

todo o ciclo de vida do produto. Sistemas de controle e sensores possibilitam que as máquinas

se mantenham interligadas às diversas plantas, redes, transportadores e seres humanos. Isso

significa que o maquinário não irá apenas processar os produtos, mas comunicar-se com os

mesmos e fazer exatamente o que ordenam.

Schwab (2016) destaca as tecnologias que surgiram recentemente e que apresentam

perspectiva de uma evolução significativa para os próximos anos, focando nas tecnologias

mais próximas da área de operações, são elas: impressão 3D e 4D; veículos autônomos;

nanomateriais e robôs.

Nessa perspectiva, apreende-se que os equipamentos e máquinas atuais estão mais vulneráveis

às variações da qualidade da energia em relação aos utilizados no passado. Muitos dos

equipamentos modernos possuem unidades eletrônicas de potência e/ou controles

microprocessados, tornando-os muito sensíveis a alguns tipos de perturbações, que por

décadas podem ter ocorrido sem causar efeitos prejudiciais e, atualmente, resultam em má

operação e, sobretudo, redução da vida útil (PAULILO, 2013).

A qualidade no serviço do fornecimento de energia elétrica também ocupa um papel

importante no que diz respeito, principalmente, ao setor industrial. Uma interrupção no

fornecimento de energia elétrica pode causar diversos prejuízos e problemas aos

consumidores, como a perda de negócios, produção, sistemas de informações, entre outros

(MELO; CAVALCANTI, 2003).

A definição dos indicadores que determinam se o sistema elétrico está operando dentro do que

é avaliado como satisfatório, a respeito da qualidade da energia elétrica, é de responsabilidade

das agências reguladoras de energia elétrica. A preocupação dos órgãos reguladores é com a

qualidade do produto, ou seja, a forma, a amplitude ou a distorção de onda e, também, com a

qualidade do serviço, ou seja, o número de interrupções de energia, sua duração e frequência

(ROCHA, 2016).

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Desse modo, o presente estudo objetiva compreender os principais aspectos da qualidade da

energia elétrica, no que diz respeito ao produto e serviço; e analisar seus impactos no conceito

da Quarta Revolução Industrial – Indústria 4.0.

2. Metodologia

Trata-se de uma metodologia bibliográfica integrativa, baseada em seis etapas diferentes e

interdependentes para sua construção: (1) a primeira etapa referiu-se a identificação do tema e

seleção da hipótese ou questão de pesquisa; (2) logo após, foi estabelecido critérios para

inclusão e exclusão de estudos/amostragem ou busca na literatura; (3) seguido da definição

das informações a serem extraídas dos estudos selecionados/ categorização dos estudos com o

objetivo de (4) avaliar tais estudos e (5) interpretar os resultados obtidos; para assim, (6)

realizar a apresentação da revisão/síntese do conhecimento (MENDES; SILVEIRA;

GALVÃO, 2008).

Desta forma, para nortear a realização do presente estudo, formulou-se a seguinte questão:

Quais os impactos da qualidade de energia elétrica, no âmbito do produto ou serviço, na

quarta revolução industrial no Brasil?

Para o levantamento bibliográfico deste estudo, fez-se uma busca online nas bases de dados

SciELO (Scientific Eletronic Library Online) e Google Acadêmico. No levantamento dos

artigos, foram utilizados os seguintes descritores contextualizados ao tema em estudo:

“Indústria 4.0”, “Quarta Revolução Industrial”, “Qualidade de Energia”, “Impactos da

Qualidade de Energia” e “Interrupção do Fornecimento de Energia Elétrica no Setor

Industrial”.

3. Referencial Teórico

A expressão “Indústria 4.0” surgiu na Alemanha e rapidamente se difundiu pela Europa,

podendo ser considerada a partir de outras nomenclaturas: “A Internet das coisas industrial”;

“fábricas inteligentes”; “indústria inteligente”; ou “produção avançada”. Trata-se de uma

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evolução nos conceitos fabris que ajudam a alcançar a melhoria contínua de processos tão

desejada hoje em dia (FREITAS; FRAGA; SOUZA, 2016).

Tal expressão é identificada pela crescente digitalização e interconexão de produtos, modelos

de negócios e de cadeias de valor, focando na produção inteligente de produtos, processos e

métodos (Smart Production). Um importante componente da Indústria 4.0 é a fábrica

inteligente (Smart Factory). Na fábrica inteligente comunicar-se com as pessoas, máquinas e

recursos serão tão naturais como em um contexto de rede social. A Fábrica Inteligente domina

a complexidade, é menos suscetível a perturbações e eleva a eficiência da produção (FIGURA

1). A mudança de paradigma necessária para a indústria 4.0 é um projeto de longo prazo e

está somente em um processo gradativo. O recebimento de ações de valor dos sistemas de

produção já instalados tem um papel central (KAGERNANN; et al, 2013).

Figura 1- o Ambiente da Indústria 4.0

Fonte: Delloite A.G. (2014)

Delloite AG (2014) destaca que a principal importância para a Indústria 4.0 consiste na sua

interação com diversas infraestruturas inteligentes, tais como a mobilidade inteligente, casas e

edifícios inteligentes, logística inteligente, redes inteligentes, entre outras.

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Figura 2- Tecnologias Exponenciais

Fonte: Delloite AG (2014)

A impressão 3D, as tecnologias de sensores, a inteligência artificial, a robótica, os drones e a

nanotecnologia são apenas alguns exemplos de tecnologias em crescimento exponencial que

estão promovendo mudanças radicais no processo industrial, acelerando-o e tornando-o mais

flexível (FIGURA 2). Mesmo muitas dessas tecnologias já existindo há cerca de 20 a 30 anos,

só agora, com o crescimento massivo dos poderes dos hardwares, e a redução de seus custos,

essas tecnologias se tornaram viáveis ao mundo industrial (DELLOITE AG, 2014).

3.1 A qualidade da energia elétrica

A expressão “qualidade da energia” inclui um conjunto de fenômenos, abrangendo esferas de

interesse de sistemas da energia elétrica até impasses relacionados com a comunicação em

redes de transmissão de dados. Dessa forma, devem ser divulgados e reconhecidos por todos

os setores envolvidos com o consumo, transmissão e geração de energia elétrica (PAULILO,

2013).

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O interesse na qualidade de energia nos últimos anos tem crescido devido à expansão da

utilização de equipamentos eletrônicos que são sensíveis aos distúrbios elétricos e o aumento

do uso de cargas perturbadoras da qualidade de energia, a exemplo dos aparelhos

eletroeletrônicos, computadores, micro-ondas, controladores de intensidade luminosa,

inversores de frequência, dentre outras (MALTA, 2011).

Paulilo (2013) refere ainda que os principais distúrbios associados à qualidade da energia são:

a) Transitórios: fenômenos eletromagnéticos oriundos de alterações súbitas nas condições

operacionais de um sistema de energia elétrica. Sujeitam os equipamentos a grandes

solicitações de tensão e/ou corrente; b) Variações de tensão de curta duração: alterações

instantâneas, momentâneas ou temporárias. A consequência pode ser um afundamento

momentâneo de tensão (“sag”), uma elevação momentânea de tensão (“swell”), ou mesmo até

mesmo uma interrupção completa do sistema elétrico; c) Variações de tensão de longa

duração: fenômenos similares aos fenômenos de curta duração, porém, com a característica de

se manterem no sistema elétrico por tempos maiores que três minutos; d) Desequilíbrios:

desvio máximo da média das correntes ou tensões trifásicas, divididos pela média das

correntes ou tensões trifásicas, expressados em percentual. Esses desequilíbrios são oriundos

geralmente dos sistemas de distribuição, que possuem cargas distribuídas inadequadamente,

estabelecendo correntes desequilibradas no sistema; e) Distorções da forma de onda:

harmônicos, cortes de tensão, ruídos, entre outros: desvio, em regime permanente, da forma

de onda puramente senoidal, na frequência fundamental e é reconhecida principalmente pelo

seu conteúdo espectral; f) Flutuações de tensão: variações sistemáticas dos valores eficazes da

tensão de suprimento dentro da faixa compreendida entre 0,95 pu e 1,05 pu; e g) Variações de

frequência – desvios no valor da frequência fundamental do sistema (50 Hz ou 60 Hz). As

principais causas das variações de frequência que ultrapassam os limites para operação

normal em regime permanente (60Hz ± 0,5Hz) são: faltas em sistemas de transmissão; saída

de um grande bloco de carga e saída de operação de uma grande fonte de geração.

O Quadro 1 apresenta um resumo das categorias e causas mais comuns dos distúrbios na

energia elétrica.

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Quadro 1- Categorias de classificação dos distúrbios associados à qualidade da energia

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Quadro 1- Categorias de classificação dos distúrbios associados à qualidade da energia (continuação)

Fonte: Adaptado de Paulilo (2013)

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No âmbito de distribuição de energia elétrica, a qualidade da energia elétrica é denominada

qualidade do produto. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANNEL (2016), a

qualidade do produto relaciona-se com a conformidade de tensão em regime permanente e

com as perturbações na forma de onda de tensão.

Os indicadores de tensão em regime permanente são coletados trimestralmente, através de

medições amostrais executadas pelas distribuidoras de energia elétrica

em unidades consumidoras sorteadas dentro de sua área de concessão ou permissão. A

ANEEL estabelece limites para os indicadores de tensão em regime permanente: 3% para o

DRP (duração relativa da transgressão de tensão precária) e 0,5% para o DRC (duração

relativa da transgressão de tensão crítica), que representam o percentual de tempo em que a

unidade consumidora permaneceu com tensão precária e com tensão crítica (ANNEL, 2016).

A regularização do fornecimento e a compensação financeira devem ser realizadas quando a

distribuidora ultrapassa esses limites. A compensação é automática, e deve ser paga até que a

distribuidora regularize a tensão fornecida ao consumidor (ANNEL, 2016).

3.2 A qualidade do fornecimento de energia elétrica

A prestação do serviço de fornecimento de energia é um dos serviços mais desafiadores da

sociedade contemporânea. Para que no momento em que acione um interruptor ou conecte um

equipamento elétrico na tomada, o consumidor possua energia elétrica, é necessário que um

amplo aparato, composto por várias centrais geradoras, subestações, linhas de transmissão,

linhas e transformadores de distribuição estejam aptos a operarem de forma coordenada

(INSTITUTO ACENDE BRASIL, 2014).

A energia elétrica está presente em nossa rotina diária, sendo utilizada para as mais diversas

finalidades: conservação de alimentos (refrigeração), climatização, iluminação,

telecomunicações (televisão, telefonia, internet), produção de trabalho mecânico

(eletrodomésticos, bombeamento de água, elevadores, transporte público), computação, entre

muitos outros fins. É difícil imaginar como seria a vida moderna com a ausência de energia

elétrica (INSTITUTO ACENDE BRASIL, 2014).

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De acordo com o Instituto Acende Brasil (2014), as falhas que podem ocasionar interrupções

no fornecimento de energia são: na rede de distribuição da concessionária de energia; ou em

alguma instalação da rede de transmissão que transporta a energia até a distribuidora; ou em

alguma central geradora que fornece energia para a rede de transmissão.

O Quadro 2 mostra as principais causas associadas às falhas no fornecimento de energia

elétrica, que podem ser de origem interna ou externa.

Quadro 2 - Causas Internas e Externas da Interrupção do Fornecimento de Energia Elétrica

Fonte: Adaptado de Instituto Acende Brasil (2014)

A ANEEL, almejando manter a qualidade da prestação do serviço de distribuição de energia

elétrica, determina que as distribuidoras mantenham um padrão de continuidade e, com esta

finalidade, estabelece limites para os indicadores coletivos de continuidade DEC (Duração

Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente de

Interrupção por Unidade Consumidora) (ANNEL, 2016).

As condições físicas dos ativos da distribuidora: a configuração da rede, o grau de

redundância e a condição dos equipamentos (qualidade de sua manutenção e idade dos

equipamentos), estão associados principalmente à frequência de interrupções, sendo assim,

essa mais associada aos gastos de capital (capex), isto é, aos investimentos realizados pela

distribuidora ao longo dos anos. Já a duração das interrupções está associada principalmente

aos recursos humanos e materiais disponibilizados para executar reparos visando à

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recomposição e ao reparo da rede, ou seja, está mais associada aos custos operacionais (opex)

incorridos pela distribuidora (INSTITUTO ACENDE BRASIL, 2014).

A compensação financeira aos consumidores deve ser realizada quando a distribuidora

ultrapassa os limites dos indicadores de continuidade, sendo automática, e devendo ser paga

em até dois meses após o mês de apuração do indicador (mês em que houve a interrupção)

(ANNEL, 2016).

4. Resultados e discussões

Como exposto anteriormente, são vários os distúrbios associados à qualidade de energia. Os

desvios do conceito ideal do produto “energia elétrica” podem ser extremamente prejudiciais

aos consumidores, principalmente os industriais, visto que os equipamentos atuais estão muito

mais sensíveis às variações de qualidade de energia e é crescente o emprego de linhas de

comunicações de dados, tornando-se indispensáveis as operações ininterruptas das transações

comerciais e dos processos de controle industriais (PAULILO, 2013).

Transitórios impulsivos, que são causados por descargas atmosféricas, promovem a elevação

do potencial da terra local, em relação a outras terras, em milhares de Volts, podendo

ocasionar a falha de equipamentos eletrônicos sensíveis que são conectados entre duas

referências de terra, quando submetidos a altos níveis de tensão (CORRÊA, 2007). Quando

ocorre um transitório oscilatório, os danos ocasionados pelas oscilações podem dar-se

imediatamente, como a falha de um equipamento ou a corrupção de dados em um sistema

digital. Também, os danos aos equipamentos podem ser progressivos, com cada evento

ocasionando um pouco mais de dano aos materiais de isolação até que a falha aconteça

(ROCHA, 2016).

Um Afundamento Momentâneo de Tensão - AMT, associado às variações de tensão de curta

duração, atinge, de forma prejudicial, principalmente as indústrias. Um AMT pode induzir um

equipamento ao funcionamento inadequado de modo que a produção perca a validade por

defeitos surgidos nos produtos, ou em algumas partes do processo (MAIA, 2011).

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Existem duas possibilidades de ocorrências de prejuízos para uma indústria. Uma delas ocorre

quando o equipamento avaliado durante o AMT não chega a interromper o funcionamento,

mas apenas modifica seu funcionamento (perda de sincronismo, entupimento, perda de

torque, mudança de posição de eletroválvulas). A segunda possibilidade acontece quando o

equipamento atingido interrompe processos de produção. Os efeitos danosos dos AMT estão

associados ao desempenho de equipamentos, que levam a perda da programação de

microprocessadores em Controlador Lógico Programável - CLP, originando interrupção de

parte ou todo o processo industrial (MAIA, 2011).

A preocupação com danos causados pela elevação ou afundamento de tensão recai,

principalmente, sobre os equipamentos eletrônicos, que podem sofrer sérios danos de

operação, ou até mesmo sua inutilização total (CORRÊA, 2007).

Os efeitos de harmônicas nos equipamentos elétricos estão associados à sensibilidade de

alguns equipamentos às distorções na forma de onda de tensão. Por exemplo, se um

equipamento eletrônico utiliza o cruzamento com o zero (ou outros aspectos da onda de

tensão) para executar alguma ação, distorções na forma de onda podem modificar, ou até

mesmo inviabilizar seu funcionamento. Caso as harmônicas adentrem na alimentação do

equipamento através de acoplamentos indutivos e capacitivos (que se tornam mais eficientes

com a elevação da frequência), elas podem também alterar o bom funcionamento do aparelho

(CORRÊA, 2007).

Os ruídos, sinal elétrico indesejado que não pode ser classificado como distorção harmônica

ou transitório, podem ocasionar distúrbios em equipamentos eletrônicos como

microcomputadores e CLP. Já as flutuações de tensão, além de ocasionar distúrbios na

operação de equipamentos e, consequentemente, a queda de rendimento desses equipamentos,

originam o fenômeno conhecido como flicker, ou cintilação luminosa, ocasionando

desconforto visual (CORRÊA, 2007).

No que tange às interrupções, que são associadas à qualidade do serviço de fornecimento de

energia elétrica, os dados são alarmantes. De acordo com a Confederação Nacional da

Indústria – CNI (2016), quase 80% das indústrias utilizam a energia elétrica como fonte

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principal de energia. Assim, energia elétrica de qualidade é primordial para a competitividade

da indústria brasileira. Entretanto, falhas de fornecimento são frequentes e quase 70% das

empresas têm prejuízos com essas falhas.

Figura 3: Percentual de respostas sobre total de empresas para as quais a energia elétrica é a principal fonte de

energia (%)

Fonte: CNI (2016)

De acordo com a Figura 3, analisando o total de empresas consultadas que utilizam

principalmente energia elétrica em seu processo produtivo, as falhas no serviço de

fornecimento de energia elétrica, como interrupções ou oscilações de tensão, ocorrem

frequentemente para 16%, são eventuais para 34% e acontecem raramente para 44%. Outros

4% afirmam que nunca ocorrem falhas e 2% não responderam. As falhas são mais frequentes

na Região Norte. Nessa Região, eleva-se para 31% o percentual de empresas que afirmaram

que as falhas no fornecimento de energia são frequentes. Na Região Centro-Oeste, o

percentual de empresas para as quais as falhas são frequentes é 20%. Entretanto, o percentual

que afirma que nunca ocorreram falhas no serviço alcança 10% (CNI, 2016).

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Figura 4: Percentual de respostas sobre total de empresas para as quais a energia elétrica é principal fonte de

energia do processo produtivo (%)

Fonte: CNI (2016)

A Figura 4 indica que, no que diz respeito aos prejuízos causados pelas falhas do

fornecimento de energia elétrica, para 67% das empresas entrevistadas que utilizam

principalmente energia elétrica em seu processo produtivo, as falhas acarretam prejuízos

significativos. Trinta e dois por cento (32%) das empresas afirmaram que seus prejuízos são

altos, outros 35% apontam baixos prejuízos. Para 24% das empresas consultadas, as falhas no

fornecimento de energia não ocasionam prejuízos significativos, 5% não se pronunciaram e

outros 5% afirmaram que nunca acontecem falhas no fornecimento (CNI, 2016).

5. Considerações finais

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Com a evolução tecnológica dos meios fabris, a qualidade energética vem sendo cada vez

mais importante, visto que, os maquinários recentes dependem cada dia mais dela. Na

indústria 4.0, as máquinas inteligentes são um precursor e estas são bastante sensíveis aos

distúrbios energéticos.

Quando falasse em qualidade da energia é incluída uma gama de fatores, tais como, as esferas

de interesse de sistemas da energia elétrica até impasses relacionados com a comunicação em

redes de transmissão de dados. Sendo assim, todos os setores envolvidos com o consumo,

distribuição, transmissão e geração de energia elétrica devem ser propagados e reconhecidos.

Entretanto a manutenção dessa qualidade não é tão simples, uma vez que diversos distúrbios

podem interferir no produto ideal. Outro desafio refere-se ao fornecimento de energia elétrica

de forma eficaz, visto que, as causas de interrupção do serviço podem advir de fatores

externos ou internos.

Neste contexto, foi avaliado como os problemas de qualidade do produto ou serviço da

energia elétrica podem interferir economicamente e no desempenho dos maquinários nas

indústrias atuais. Com a pesquisa foi possível observar que grande parte das empresas

nacionais utilizam a energia elétrica como fonte principal de energia, assim sendo, quaisquer

falhas na produção, transmissão ou distribuição do produto ideal acarreta diversas perdas

econômicas para tais empresas. Observou-se também, que a região brasileira mais afetada é a

Região Norte, onde o processo de transmissão e geração de energia parece ser mais

dificultado, tanto por fatores externos quanto internos.

A pesquisa proporcionou uma visão de como a qualidade de energia é de fundamental

importância para as indústrias da atualidade, as ditas Indústrias 4.0, e que os setores de

geração, transmissão e distribuição de energia ainda tem que melhorar seus processos, tanto

no meio produtivo quanto no de manutenção do serviço.

Desta forma, a presente produção científica, apresenta, através de revisão bibliográfica, as

definições de Indústria 4.0, qualidade de energia e o que pode acarretar se há falha no

processo para as referidas organizações. Como o tema é bastante atual, outros obstáculos,

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desafios e aprendizados vão se desenvolver com o passar dos anos, cabendo assim a melhor

exploração futura do tema.

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