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ANÁLISE QUANTITATIVA PARA AUMENTO DA CONFIABILIDADE E DISPONIBILIDADE DE UMA MANDRILHADORA CNC DE UMA EMPRESA METALÚRGICA Luis Guilherme Ramos Oliveira (EEL-USP) [email protected] Messias Borges Silva (EEL-USP) [email protected] DANIEL DE MOURA PEREIRA (EEL-USP) [email protected] Este trabalho apresenta a aplicação de conceitos da Engenharia de Confiabilidade, para a criação de um modelo orientado e adaptado para a redução e prevenção de falhas a partir dos dados coletados de uma Mandrilhadora CNC. O método de pesquisa utilizado foi a modelagem quantitativa, aplicada a uma planta industrial metalúrgica. O estudo contribuiu para o aprimoramento do modelo estratégico de gestão de manutenção da empresa. Foram coletados registros dos tempos entre falhas e dos tempos para reparo do equipamento no ERP e a partir dos resultados obtidos, pode-se calcular a função Confiabilidade R(t). Com os valores de MTBF e MTTR, foi determinada a disponibilidade e a taxa de falhas, o que possibilitou a identificação da fase de vida do equipamento pela análise do fator de forma da distribuição de Weibull e pela curva da banheira. Foi feita XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção”

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ANÁLISE QUANTITATIVA PARA

AUMENTO DA CONFIABILIDADE E

DISPONIBILIDADE DE UMA

MANDRILHADORA CNC DE UMA

EMPRESA METALÚRGICA

Luis Guilherme Ramos Oliveira (EEL-USP)

[email protected]

Messias Borges Silva (EEL-USP)

[email protected]

DANIEL DE MOURA PEREIRA (EEL-USP)

[email protected]

Este trabalho apresenta a aplicação de conceitos da Engenharia de

Confiabilidade, para a criação de um modelo orientado e adaptado

para a redução e prevenção de falhas a partir dos dados coletados de

uma Mandrilhadora CNC. O método de pesquisa utilizado foi a

modelagem quantitativa, aplicada a uma planta industrial metalúrgica.

O estudo contribuiu para o aprimoramento do modelo estratégico de

gestão de manutenção da empresa. Foram coletados registros dos

tempos entre falhas e dos tempos para reparo do equipamento no ERP

e a partir dos resultados obtidos, pode-se calcular a função

Confiabilidade R(t). Com os valores de MTBF e MTTR, foi

determinada a disponibilidade e a taxa de falhas, o que possibilitou a

identificação da fase de vida do equipamento pela análise do fator de

forma da distribuição de Weibull e pela curva da banheira. Foi feita

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uma identificação das principais ocorrências de falhas por meio do

Diagrama de Pareto, de maneira a priorizar os problemas detectados.

Em seguida pode-se fazer o apontamento das possíveis causas que

fizeram com que as falhas viessem a ocorrer com o uso das

ferramentas da qualidade brainstorming e diagrama de Ishikawa.

Finalmente, com a utilização da ferramenta 5W2H pode-se desenvolver

um plano de ação para as falhas que apresentaram um maior grau de

risco e diante disso apresentar oportunidades de melhoria ao modelo

de gestão atual.

Palavras-chave: Manutenção, Confiabilidade, Disponibilidade,

Distribuição de Weibull, Diagrama de Pareto, Brainstorming,

Diagrama de Ishikawa, 5W2H

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1 Introdução

Diversas empresas hoje em dia tem procurado investir em máquinas e em processos cada vez

mais velozes e potentes a fim de garantir uma produção com qualidade, de forma constante e

sem afetar a segurança e o meio ambiente. A acelerada mudança no ambiente industrial tem

provocado uma busca incessante por maiores níveis de produtividade, o que representa hoje o

grande desafio das indústrias: produzir com qualidade, baixo custo e rapidez. Jackson et. al.

(2016) defendem que as empresas devem sempre apoiar a inovação em seus produtos e

processos, salientando assim a importância de programas de qualidade em todo o ciclo

produtivo.

Peres e Lima (2008) destacam que o setor de manutenção deve se integrar de modo efetivo ao

processo fabril, uma vez que os seus custos transformaram a atividade em um segmento

estratégico para o sucesso das empresas. Diante deste contexto surgiu a necessidade da

implantação de metodologias mais eficientes a fim de se melhorar os resultados dos processos

de manutenção. Os conceitos de Manutenção Centrada em Confiabilidade (MCC) passaram

então a ser adotados por indústrias dos mais variados setores, e hoje destaca-se como uma

ferramenta fundamental em um processo de gestão da manutenção.

Para Braile e Andrade (2013) é através do conhecimento das vulnerabilidades e problemas

dos produtos durante sua etapa de vida útil que se obtém informações de falhas, permitindo à

engenharia da confiabilidade estimar o tempo de funcionamento de um produto de forma

continua e sem falhas. Existem inúmeras ferramentas que auxiliam na análise dos tipos de

falhas e a melhoria do desempenho do processo produtivo. Para este trabalho, optou-se pela

aplicação da análise quantitativa de confiabilidade e utilizou-se das ferramentas da qualidade

para a análise dos modos falhas.

Deste modo, considerando o fato de que a atividade de manutenção representa um fator

importante para o aumento da competitividade de um sistema produtivo e partindo do

princípio de que tanto a literatura como a prática industrial concentram-se em abordagens

qualitativas, o presente trabalho visa fornecer o suporte quantitativo necessário para a

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implantação de um modelo orientado para a redução e prevenção de falhas em um sistema de

uma indústria real, por meio da aplicação dos conceitos da engenharia de confiabilidade e da

metodologia MCC combinados a utilização de ferramentas da qualidade.

2 Referencial teórico

2.1 Manutenção centrada em confiabilidade

Atualmente o conceito de manutenção tem sido redefinido, através de uma abordagem que

visa a redução das falhas, com foco na confiabilidade. Fogliatto e Ribeiro (2009) afirmam que

o objetivo principal da manutenção é manter e melhorar a confiabilidade e a regularidade de

operação do sistema produtivo.

Bin (2005) define a MCC como um método que utiliza as técnicas de manutenção preventiva

e preditiva de maneira otimizada, com o objetivo de melhorar a eficiência de equipamentos e

minimizar os custos apresentando resultados de longo prazo.

Para Siqueira (2009) a MCC incorpora novas técnicas de manutenção e monitoramento além

de absorver métodos modernos de otimização estatística desenvolvidos pela engenharia de

produção, sendo uma de suas vantagens o estabelecimento uma forma estruturada para

selecionar as atividades de manutenção para qualquer processo produtivo. O quadro 1

apresenta um comparativo do que se espera da MCC quando comparada com a manutenção

em seu modelo tradicional:

Quadro 1 – Comparação da Manutenção Tradicional com a MCC

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Fonte: Adaptado de Siqueira (2009)

2.2 Confiabilidade, mantenabilidade e disponibilidade em manutenção

A norma NBR 5462 (1994) cita confiabilidade como a probabilidade de um sistema exercer

sem falhas a função para a qual foi projetado, por um determinado período de tempo e sob um

conjunto de condições pré-estabelecidas. Para Scapin (2013), confiabilidade é definida como

sendo a probabilidade de um sistema ou de um produto executar sua função de maneira

satisfatória, dentro de um intervalo de tempo e operando conforme certas condições.

Pode-se especificar uma confiabilidade como o número médio de falhas em um dado tempo

(taxa de falha), ou como o tempo médio entre falhas (MTBF) para itens que são reparados e

retornados para uso. A manutenção corretiva pode ser quantificada como o tempo médio de

reparo (MTTR). (O’CONNOR e KLEYNER, 2012).

Segundo Fogliatto e Ribeiro (2009), os principais modelos utilizados para descrever funções

de confiabilidade são as distribuições de probabilidade exponencial, Weibull, gamma,

lognormal e normal. Para estudos de confiabilidade, se faz necessário determinar qual

distribuição de probabilidade que melhor se ajusta aos dados de tempo de vida do sistema. A

variável ajustada deverá representar o tempo até a falha do equipamento.

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Simonetti et. al. (2010) afirmam que a distribuição de Weibull é a mais utilizada em estudos

de confiabilidade, análise de sobrevivência e em outras áreas, dada a sua versatilidade quando

comparada com as demais funções de densidade de probabilidade existentes. Além disso, é

muito utilizada também para descrever o tempo de falha para produtos industrializados devido

a sua grande variabilidade de formas. Existem outras formas de parametrizar a distribuição de

Weibull, porém a mais utilizada é a distribuição de três parâmetros, apresentada na equação

(1).

(1)

Onde:

β = parâmetro de forma: indica a forma da curva e a característica das falhas.

γ = parâmetro de escala: tempo ou número de ciclos de operação a partir do qual o

equipamento passa a apresentar falhas.

η = parâmetro de posição: refere-se ao intervalo de tempo entre "γ" e "t" que corresponderá

sempre em 63,2% das falhas, restando, portanto, 36,8% de itens sem falhar.

Sellitto (2005) sugere uma estratégia de manutenção para cada fase de vida de um

equipamento. A primeira fase é a da mortalidade infantil, onde ocorrem falhas prematuras

como erros de instalação, fabricação ou uso inadequado de materiais. Nessa fase, a estratégia

de manutenção mais indicada é a corretiva. A segunda fase representa a maturidade, quando o

equipamento apresenta taxa constante de falhas causadas por eventos casuais ou aleatórios,

que podem ser um erro humano, erros de operação ou fator de segurança insuficiente. Para

esta fase, a estratégia de manutenção indicada é a preditiva e a gestão de boas práticas de

manutenção. A terceira fase representa a mortalidade senil, onde as taxa de falhas aumentam

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devido a degradação, o envelhecimento, ou fim da vida de projeto. A estratégia mais indicada

é a manutenção preventiva. A figura 1, mostra na curva da banheira a representação das fases

da vida características de um sistema: mortalidade infantil, maturidade e mortalidade senil. As

fases desta curva podem ser associadas ao parâmetro β, ao considerar a adequação da

distribuição de Weibull.

Figura 1 – Curva da banheira e ciclo de vida de equipamentos

Fonte: Sellitto (2005)

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) mantenabilidade refere-se a

capacidade de um item ser mantido ou recolocado em condições de executar suas funções

requeridas, sob condições de uso especificadas, quando a manutenção é executada sob

condições determinadas e mediante procedimentos e meios prescritos (NBR 5462, 1994).

Além disso, a mantenabilidade pode ser determinada em função do tempo necessário para que

a manutenção seja executada, ou seja, espera-se que o tempo utilizado seja menor ou igual ao

que foi estimado em projeto.

Disponibilidade é explicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) como a

capacidade de um item estar em condições de executar determinada função em um dado

instante, levando em consideração os aspectos combinados de sua confiabilidade,

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mantenabilidade e suporte de manutenção, considerando que os recursos externos requeridos

estejam assegurados (NBR 5462, 1994).

Em síntese, disponibilidade pode ser representada pelo percentual de tempo em que o sistema

encontra-se operante, de forma que a partir dos valores do MTBF e MTTR, pode-se calcular a

disponibilidade de um equipamento conforme a equação (2):

(2)

A disponibilidade A expressa a probabilidade que um dado equipamento esteja disponível

para operação quando o mesmo for requisitado. Uma boa gestão envolve tanto o aumento do

MTBF como a redução do MTTR.

2.3 Ferramentas da Qualidade

Carpinetti (2012) defende que a gestão da qualidade visa a padronização de processos, por

meio de planejamento, controle e aprimoramento, e a garantia da qualidade de produtos e

serviços. Para Pinto (2004), um processo de análise estruturada de falhas pode ser realizado

para aumentar a confiabilidade de sistemas, a partir do uso de ferramentas de gestão da

qualidade na determinação de risco e causas fundamentais de modos de falha. Diante disso,

pode-se detalhar falhas predominantes, sua frequência de ocorrência, seus impactos e níveis

de criticidade, a fim de associá-las a suas causas fundamentais, para finalmente detalhar um

plano de ação.

O gráfico de Pareto, segundo Slack et. al. (2009), trata-se de uma técnica capaz de classificar

as informações quanto aos tipos de problemas ou suas causas por ordem de importância de

maneira a priorizar áreas em que as investigações poderão ser mais úteis. Dessa forma, pode-

se dizer que o gráfico de Pareto faz a divisão dos problemas em dois grupos de causas que

podem ser de inúmeras origens, porém determinados problemas representam mais impacto e

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podem geram prejuízos maiores, enquanto outros são menos vitais e não possuem prioridade

de tratamento.

Minicucci, (2001) descreve o brainstorming como uma técnica de geração de ideias. Na

língua inglesa, o termo brain significa cérebro e storming significa tempestade. A versão na

língua portuguesa seria uma “explosão de ideias”. Sua técnica é muito utilizada para

promover a interação de um pequeno grupo de trabalho, onde o ponto chave está no incentivo

à participação de todos em divulgar as ideias que vão surgindo, de maneira a estimular o

pensamento criativo.

O diagrama de Ishikawa, conhecido também como espinha de peixe, recebe esse nome devido

ao seu criador, e segundo Roth (2011), é uma forma gráfica usada como metodologia para a

análise e representação dos fatores de influência (causas) sobre um determinado problema

(efeito). Com a sua utilização é possível determinar as causas dos problemas para atacá-los da

melhor forma possível.

Para que haja um planejamento das ações necessárias para atingir um resultado, traça-se um

plano de ação. Para este estudo será utilizado o 5W2H, explicado por Marshall Jr et. al.

(2010) como uma ferramenta capaz de fazer o mapeamento e a padronização de processos,

para a elaboração de planos de ação e para o estabelecimento de procedimentos associados a

indicadores. É uma ferramenta de uso gerencial que busca o fácil entendimento através da

atribuição de responsabilidades, métodos, prazos, objetivos e recursos associados.

3 Procedimentos metodológicos

O método de pesquisa utilizado foi a modelagem quantitativa. Nakano (2010) reconhece a

modelagem como um método válido em Engenharia de Produção, e explica que os modelos

quantitativos compreendem o uso de técnicas matemáticas para descrever o comportamento

de um objeto de estudo. A pesquisa limitou-se à análise quantitativa por modelagem de duas

variáveis aleatórias: tempo entre falhas e tempo até o reparo. Adicionalmente utilizou-se as

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ferramentas da qualidade para a implementação de ações de melhoria nas causas raízes dos

problemas que foram identificados.

A pesquisa foi conduzida em uma indústria nacional de médio porte que possui gestão

familiar. Composta por três plantas produtivas nacionais, uma planta produtiva internacional e

um escritório, a empresa produz peças refrigeradas em cobre de alta condutividade e outros

componentes de alto conteúdo tecnológico destinados à indústria siderúrgica e a vários

segmentos da indústria de base através dos processos de fundição, caldeiraria, soldagem e

usinagem. A planta estudada localiza-se numa cidade de porte médio do estado de São Paulo,

onde fica a sede da empresa. O setor analisado foi o de Manutenção, com foco das atividades

executadas em máquinas do setor de usinagem.

O estudo foi realizado com base no histórico de dados coletados em uma das máquinas que

operam na empresa, referente às manutenções preventivas e corretivas, gerados a partir do

momento em que um chamado de manutenção é aberto no ERP. Dessa forma, foram

coletados os registros dos tempos entre falhas e dos tempos para reparo dos equipamentos

para que assim fosse calculada a função Confiabilidade R(t) e determinada a disponibilidade

do sistema.

Após a coleta das informações, pode-se fazer uma análise de todo o conteúdo obtido, de modo

a revisar, examinar, categorizar e organizar os dados para uma melhor visualização e

entendimento. Por fim, os dados obtidos puderam ser comparados com a literatura,

possibilitando uma análise crítica sobre a atual gestão de manutenção da empresa,

identificando assim possíveis oportunidades de mudança e melhorias que poderão ser

implementadas.

A estruturação do método de trabalho foi feita conforme o fluxograma da figura 2.

Figura 2 – Fluxograma do método de trabalho

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Fonte: Autor

4 Resultados e discussões

4.1 Equipamento de estudo

A máquina em estudo foi uma Mandrilhadora CNC da marca ROMI, modelo HBM 130T, que

começou a operar em 27 de maio de 2014. A HBM 130T é uma máquina de alta flexibilidade

e produtividade para aplicações diversas, com capacidade para usinar peças de até 12

toneladas.

Optou-se pela HBM 130T devido ao alto investimento feito pela empresa com a sua

aquisição, cuja manutenção pode representar um elevado custo quando feita de forma

corretiva. Além disso, o prazo de entrega para alguns itens de reposição pode ser longo por se

tratar de uma máquina importada, uma vez que peças similares nem sempre são encontradas

no mercado nacional.

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Por se tratar de uma máquina relativamente nova, uma análise detalhada dos principais modos

de falha será de grande importância para a sua vida útil, e poderá servir de modelo para a

aplicação em outras máquinas e equipamentos da empresa.

4.2 Determinação da disponibilidade

Inicialmente foram selecionadas todas as manutenções corretivas, que são aquelas que

ocasionaram paradas na máquina desde o seu início de operação até dezembro de 2016.

Após a classificação dos modos de falhas em grupos e o levantamento dos respectivos tempos

entre falhas e tempos de reparo, foi possível calcular o tempo médio de reparo (MTTR), o

tempo médio entre falhas (MTBF). Para este trabalho, foi considerado que após a ocorrência

de uma falha será realizado um reparo imediatamente, e que o reparo seja capaz de levar o

componente ou sistema falho novamente a sua condição original.

Foram encontrados os valores de 540,28 horas para o MTBF e 14,88 horas para o MTTR.

Determinado esses valores, foi possível calcular a disponibilidade conforme apresentado na

equação (3).

= (3)

Percebe-se que o valor encontra-se muito próximo de um benchmark de 100%, porém,

considerando que a máquina em estudo é utilizada para a fabricação de peças de grande porte

e de elevado custo, é muito importante que sejam aplicadas melhorias constantes no processo,

uma vez que uma parada inesperada representaria grandes perdas para a empresa, pois não

existe atualmente uma alternativa que substitua a HBM 130T em caso de falhas. Diante disso,

o objetivo do trabalho é elevar a confiabilidade da máquina a fim de se evitar prejuízos em

momentos de grande demanda de produção.

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4.3 Análise de confiabilidade

Com o auxílio do software Minitab (versão 17.1.0), testou-se o ajuste pela distribuição de

Weibull, e pode-se comprovar que os dados se ajustam adequadamente ao sistema. A função

probabilidade cumulativa (CDF) para o modelo Weibull é apresentado na Figura 3.

Figura 3 – Função de probabilidade Weibull para tempo entre falhas

Fonte: Minitab

Dessa forma pode-se obter os parâmetros da distribuição de probabilidade, conforme

demonstrado na tabela 1.

Tabela 1 – Parâmetro da distribuição de probabilidade Weibull

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Fonte: Autor

Na figura 4 é apresentada a curva R(t) que representa a função confiabilidade, evidenciando

que o sistema encontra-se na fase de mortalidade infantil da curva da banheira.

Figura 4 – Função R(t) confiabilidade

2000150010005000

0,006

0,005

0,004

0,003

0,002

0,001

0,000

t - horas

R(t

)

Fonte: Autor

Considerando o MTBF de 540,28 horas e parâmetro de forma β igual a 0,795254, percebe-se

a presença de uma taxa de falhas decrescente e que os defeitos, de um modo geral, são

provenientes de erros de projeto, falhas operacionais, defeitos congênitos e ajustes mal

executados. Dessa forma o tipo de manutenção indicada é a corretiva, o que condiz com a

realidade do equipamento em estudo.

Dessa forma, traçou-se uma estratégia que fosse capaz de reduzir o tempo de reparo das falhas

quando necessário a execução de uma manutenção corretiva na máquina.

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4.4 Análise dos modos de falha

Para elaboração de uma estratégia de manutenção é importante que a partir dos dados obtidos

seja feita a priorização dos problemas que apresentaram maior incidência e maior tempo para

reparo e, a partir desta análise, serão escolhidos aqueles que representam maior impacto no

sistema em estudo. O gráfico da figura 5 mostra a incidência de falhas separadas por grupos,

representada através de um Diagrama da Pareto.

Figura 5 – Ocorrências de falhas por modo de falhas

Fonte: Autor

Pode-se notar no período analisado, que três modos de falhas representam quase 70% das

ocorrências: quebra de peças, falha elétrica e aquecimento no resfriador hidráulico. Porém,

não só o número de ocorrências de falhas merece uma análise profunda. Deve-se considerar

também que uma falha pode gerar um longo tempo de reparo ou então pode ser rapidamente

solucionada. Algumas variáveis chegam a acarretar o comprometimento da produção pois os

modos de falha que apresentam elevada severidade e que proporcionam altos tempos de

reparo são cruciais no que se refere perda de produtividade. Portanto, a fim de diminuir

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perdas, é fundamental que tempo de reparo também seja levado em consideração. Diante

disso, identificou-se os modos de falha que representam um maior tempo de parada, conforme

apresentado no gráfico da figura 6.

Figura 6 – Somatório do tempo de parada

Fonte: Autor

Observa-se que o somatório do tempo de parada por quebra de peça possui alto grau de

severidade para o sistema, seguido por problema no magazine e pelo aquecimento no

resfriador hidráulico. Porém, apesar de representar um elevado tempo de reparo, percebe-se

que a falha por problema no magazine, de um modo geral, não possui grande

representatividade comparada aos demais eventos de paradas para manutenção. O alto número

de somatória de tempo de parada para este modo de falha ocorre devido a uma única

ocorrência, quando a máquina precisou aguardar a visita de uma assistência técnica. Esse fato

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ocorreu pois as características de funcionamento da máquina ainda não eram totalmente

conhecidas pela equipe de manutenção interna da empresa no momento em que esta falha

veio a acontecer. Dessa forma, como a máquina havia sido colocada em operação

recentemente, foi necessário o auxílio de uma assistência especializada. Para as demais

ocorrências neste mesmo modo de falha em outros períodos, percebeu-se que o tempo de

reparo não ultrapassou um dia de trabalho.

Portanto, com o número de ocorrências e o tempo de reparo de cada modo de falha, em horas,

é proposta a análise das falhas com o percentual mais acumulado observado nos gráficos das

figuras 5 e 6, ou seja, as falhas que ocorrem por quebra de peças, por aquecimento no

resfriador hidráulico e por falha elétrica.

4.5 Identificação das causas

Após a identificação e seleção da área crítica para o estudo, o próximo passo foi a realização

do brainstorming que apresentou as possíveis causas que fizeram com que as falhas viessem a

ocorrer, conforme segue no quadro 2.

Quadro 2 – Brainstorming das possíveis causas dos modos de falha

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Fonte: Autor

Identificadas as principais causas, pode-se construir um Diagrama Ishikawa, de maneira a

relacionar as causas com os efeitos e identificar as possíveis soluções deste problema. O

diagrama pode ser visto na figura 7.

Figura 7 – Diagrama de Ishikawa

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Fonte: Autor

Utilizando os resultados do brainstorming e do Diagrama Ishikawa, identificaram-se as

causas mais prováveis para que ocorram os modos de falha apontados como mais críticos no

sistema. Dessa forma, para a falha elétrica, seria a queima de componentes; para o

aquecimento no resfriador hidráulico, o elevado teor de impurezas dos filtros; e para a quebra

de peça, a montagem inadequada.

Identificadas as causas raízes dos modos de falha, deve-se tomar ações corretivas imediatas

com prioridade para esses problemas, de maneira a minimizá-los e aumentar a confiabilidade

do sistema. Dessa forma, foi construído um plano de ação para correção e prevenção dos

modos de falha, utilizando uma variação da ferramenta 5W2H conforme apresentado no

quadro 3.

Através do plano de ação, o planejamento e a execução das etapas no prazo determinado

deverão ser acompanhados pelos profissionais responsáveis pelas atividades.

Quadro 3 – Plano de Ação (5W2H)

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Fonte: Autor

5 Conclusões

O crescente nível de exigência do mercado traz consigo a necessidade de se produzir com

qualidade, flexibilidade e confiabilidade, o que tem influenciado cada vez mais o

aprimoramento da política de manutenção de diversas indústrias. Dessa forma, a Engenharia

de Confiabilidade tem sido altamente empregada para o desenvolvimento do plano de

manutenção de equipamentos ou sistemas, pois além de utilizar técnicas eficientes, possui

grande influência na estratégia de crescimento e desenvolvimento empresarial.

No caso particular da empresa estudada, o objetivo principal deste trabalho foi o

desenvolvimento de um modelo de análises quantitativas que pudesse orientar na elaboração

de um plano de manutenção, através de uma aplicação piloto, visando futuras aplicações e

melhorias em outros equipamentos ou sistemas.

Os resultados obtidos pelos cálculos de disponibilidade e confiabilidade, sustentados pela

coleta dos dados históricos, puderam indicar que o equipamento apresenta uma taxa de falhas

decrescente, ou seja, pela análise da distribuição de Weibull verificou-se que o sistema

manifesta-se na fase de mortalidade infantil da curva da banheira. Dessa forma, foi feita a

priorização dos problemas que apresentaram maior incidência e maior tempo para reparo, e

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diante das conclusões obtidas pode-se definir uma estratégia de manutenção para cada modo

de falha.

Por fim, pode-se concluir que apesar da empresa estudada apresentar hoje um modelo

organizado e eficaz, a implantação de políticas e estratégias de manutenção propostas neste

trabalho poderão agregar valor à metodologia já utilizada. Diante disso, para trabalhos

futuros, recomenda-se uma avaliação dos ganhos obtidos com a implementação do modelo

apresentado, de maneira a monitorar os resultados a partir de sua aplicação, visando possíveis

reduções de custos associadas à gestão da manutenção.

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