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Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes enfatizando dificuldades e insucessos- Controle de 1 ano Clinical evaluation of implant-supported prostheses emphasizing difficulties and complications - One-year study Autores: Gustavo MENDONÇA* Universidade Federal de Uberlândia - Faculdade de Odontologia Área de Oclusão, Prótese Fixa e Materiais Odontológicos Av. Pará, 1720 - Bloco 2B - Sala 2B01 Campus Umuarama CEP 38401-156 Uberlândia/MG - BRASIL Tele-fax: (0 XX 34)3218-2222 - e-mail: [email protected] Prof. Dr. Flávio Domingues das NEVES** Universidade Federal de Uberlândia - Faculdade de Odontologia Área de Oclusão, Prótese Fixa e Materiais Odontológicos Av. Pará, 1720 - Bloco 2B - Sala 2B01 Campus Umuarama CEP 38401-156 Uberlândia/MG - BRASIL Tele-fax: (0 XX 34)3218-2222 - e-mail: [email protected] Prof. Dr. Alfredo Júlio FERNANDES NETO***

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Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes enfatizando

dificuldades e insucessos- Controle de 1 ano

Clinical evaluation of implant-supported prostheses emphasizing

difficulties and complications - One-year study

Autores:

Gustavo MENDONÇA*

Universidade Federal de Uberlândia - Faculdade de Odontologia

Área de Oclusão, Prótese Fixa e Materiais Odontológicos

Av. Pará, 1720 - Bloco 2B - Sala 2B01

Campus Umuarama

CEP 38401-156 – Uberlândia/MG - BRASIL

Tele-fax: (0 XX 34)3218-2222 - e-mail: [email protected]

Prof. Dr. Flávio Domingues das NEVES**

Universidade Federal de Uberlândia - Faculdade de Odontologia

Área de Oclusão, Prótese Fixa e Materiais Odontológicos

Av. Pará, 1720 - Bloco 2B - Sala 2B01

Campus Umuarama

CEP 38401-156 – Uberlândia/MG - BRASIL

Tele-fax: (0 XX 34)3218-2222 - e-mail: [email protected]

Prof. Dr. Alfredo Júlio FERNANDES NETO***

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

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Universidade Federal de Uberlândia - Faculdade de Odontologia

Área de Oclusão, Prótese Fixa e Materiais Odontológicos

Av. Pará, 1720 - Bloco 2B - Sala 2B01

Campus Umuarama

CEP 38401-156 – Uberlândia/MG - BRASIL

Tele-fax: (0 XX 34)3218-2222 - e-mail: [email protected]

Tommaso de LIRA****

Universidade Federal de Uberlândia - Faculdade de Odontologia

Área de Oclusão, Prótese Fixa e Materiais Odontológicos

Av. Pará, 1720 - Bloco 2B - Sala 2B01

Campus Umuarama

CEP 38401-156 – Uberlândia/MG - BRASIL

Tele-fax: (0 XX 34)3218-2222 - e-mail: [email protected]

* Mestrando em Reabilitação Oral da Faculdade de Odontologia da

Universidade Federal de Uberlândia.

** Professor Adjunto da Área de Oclusão, Prótese Fixa e Materiais

Odontológicos da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de

Uberlândia.

*** Professor Titular Doutor da Área de Oclusão, Prótese Fixa e Materiais

Odontológicos da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de

Uberlândia.

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

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**** Cirurgião Dentista, Mestrando em Ciência dos Materiais da Universidade

Federal de Pernambuco.

Endereço para correspondência:

Gustavo Mendonça

Universidade Federal de Uberlândia

Faculdade de Odontologia - Área de Oclusão, Prótese Fixa e Materiais

Odontológicos

Av. Pará, 1720 - Bloco 2B - Sala 2B01

Campus Umuarama

CEP 38400-902 – Uberlândia/MG - BRASIL

Tele-fax: (0 XX 34)3218-2222 - e-mail: [email protected]

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

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Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes enfatizando

dificuldades e insucessos- Controle de 1 ano

Unitermos: 1) Implante dentário osseointegrado 2) Prótese Dentária

suportada por implantes 3) Falha de restauração dentária

Key-Words: 1) Osseointegrated implant 2) Implant-supported dental

prosthesis 3) Dental restoration failure

Sinopse

O objetivo deste trabalho foi relatar os problemas que ocorreram com

pacientes que receberam próteses sobre implantes, buscando determinar as

causas e a prevalência destas falhas e insucessos, bem como as melhores

formas de tratamento e soluções para estes problemas, realizando um

acompanhamento dos pacientes que receberam implantes nos cursos de

Aperfeiçoamento em Implantes Odontológicos do Departamento de

Reabilitação Oral da Universidade Federal de Uberlândia. Foram

acompanhados 86 pacientes que receberam 209 implantes para tratamento de

casos totais, parciais e individuais entre os anos de 1996 e 1997. As

dificuldades encontradas foram: desaperto e fratura do parafuso de ouro,

desaperto do parafuso do intermediário, fratura da porcelana, prótese mal

adaptada, adaptação não-passiva, peri-implantite e insatisfação do paciente.

Estes problemas foram de pequena incidência, muitos ocorrendo em um

mesmo paciente. Quanto para os insucessos, atingiram para os implantes o

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

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índice de 3,8% e para as próteses o de 5,2%. Uma análise destes problemas

permitiram concluir que um adequado domínio da técnica, bem como uma

avaliação dos procedimentos realizados reduziriam ainda mais estas

complicações, melhorando os resultados obtidos. Podendo comprovar assim a

efetividade e previsibilidade dos implantes osseointegrados.

Abstract:

The aim of this study was to relate the problems that happened with

patients that received implant-supported dental prostheses, looking for to

determine the causes and the prevalence of these failures, as well as the best

treatment forms and solutions for these problems, allied to a follow-up of the

patients in the Department of Oral Rehabilitation of the Federal University of

Uberlândia. 86 patients were accompanied which had received 209 implant for

treatment of totally, partially and single-tooth loss cases during the years of

1996 and 1997. The success rate for the implants was 96,2% and 94,8% for the

prostheses. From eight implants, six where lost due to non-osseointegration,

and two where lost due to loss of the osseointegration. The difficulties found

were: loosening or fracture of the gold screw, loosening of the abutment screw,

fracture of the porcelain, problems with fit of the prosthesis, non-passive fit and

peri-implantitis. These problems were of small incidence, many happening in

the same patient. An analysis of these problems allows to conclude that an

appropriate control of the technique, as well as an evaluation of the procedures

would still reduce even more the occurrence of these complications, improving

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

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the obtained results. Achieving the effectiveness and previsibility of the

osseointegrated implants.

INTRODUÇÃO

Desde que se iniciaram os trabalhos em busca de materiais que

pudessem ser utilizados para substituição de dentes perdidos, muitas formas

de tratamentos protéticos foram desenvolvidas. No último século, a odontologia

passou por grandes mudanças, tendo sido demonstradas novas maneiras de

restabelecer o equilíbrio do Sistema Estomatognático, devolvendo-lhe as

funções perdidas, preservando as estruturas remanescentes e com adequada

longevidade.

Os implantes osseointegrados desenvolvidos pelo Prof. P. I. Branemark

(BRANEMARK, et al. 1985), e usados em humanos a partir da década de 60

para a reabilitação de pacientes desdentados totais inferiores, foram

posteriormente usados para pacientes desdentados parciais e, mais

recentemente, no início dos anos 90 para casos individuais, tendo como grande

vantagem a preservação dos dentes vizinhos e a facilidade de higienização.

Estes implantes tiveram sua longevidade e efetividade comprovada por muitos

trabalhos em todo o mundo (ADELL, et al., 1990; ADELL, et al., 1981;

ALBREKTSSON, et al. 1988; GOODACRE, et al., 1999; JEMT, 1991; JEMT, et

al., 1991; JEMT, 1992; JEMT & LEKHOLM, 1993; JEMT, & PETTERSON,

1993; LEKHOLM, 1994; NAERT, 1992; PAREIN, 1997; RODRIGUES, 1997;

SCHELLER, 1998; Van STEENBERGHE, 1989; ZARB & SCHIMITT, 1990a;

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

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ZARB & SCHIMITT, 1990b; ZARB & SCHIMITT, 1990c; ZARB & SCHIMITT,

1993).

As complicações com os implantes osseointegrados podem ocorrer em

situações específicas, bem como com as próteses convencionais, que estão

sujeitas ao fracasso se não forem observados os passos corretos quando de

sua indicação, planejamento e confecção. O Cirurgião-Dentista deve estar

ciente das limitações do tratamento e buscar evitar as situações de risco, que

podem levar ao fracasso. É necessário que seja feito um planejamento prévio,

e que haja uma inter-relação entre cirurgião e protesista. Ainda assim o

paciente deve estar ciente de todas as etapas do tratamento, do tempo

necessário e também dos possíveis problemas que podem ocorrer.

Problemas como: desaperto do parafuso de ouro ou do intermediário,

fratura do parafuso de ouro ou do intermediário, fratura da prótese, peri-

implantites, perda da osseointegração e fratura de implante tem sido relatados

por vários autores (ADELL, et al., 1990; ADELL, et al., 1981; ALBREKTSSON,

et al. 1988; GOODACRE, et al., 1999; JEMT, 1991; JEMT, et al., 1991; JEMT,

1992; JEMT & LEKHOLM, 1993; JEMT, & PETTERSON, 1993; LEKHOLM,

1994; NAERT, 1992; PAREIN, 1997; RODRIGUES, 1997; SCHELLER, 1998;

Van STEENBERGHE, 1989; ZARB & SCHIMITT, 1990a; ZARB & SCHIMITT,

1990b; ZARB & SCHIMITT, 1990c; ZARB & SCHIMITT, 1993). Sabe-se ainda,

que o sistema utilizado, a boa seleção do paciente e a equipe participante são

fundamentais para a previsibilidade e longevidade destes tratamentos, sendo

considerado o triângulo do sucesso para os implantes odontológicos (NAERT,

et al. 1998), influenciando assim no resultado final.

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

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Este trabalho teve como objetivo acompanhar os primeiros 86 pacientes

que receberam 209 implantes na Universidade Federal de Uberlândia:

relatando quais os problemas mais comuns apresentados por pacientes

portadores de próteses sobre implantes; quais as causas e a frequência destas

falhas e insucessos; e, buscar soluções para estes problemas, otimizando o

restabelecimento das funções do Sistema Estomatognático.

MATERIAIS E MÉTODO

Foi feito um levantamento nos prontuários dos pacientes que receberam

implantes osseointegrados durante os anos de 1995, 1996 e 1997 nos Cursos

de Aperfeiçoamento em Implantes da Universidade Federal de Uberlândia.

Para os pacientes atendidos preencheu-se uma ficha de anamnese buscando

relatos de problemas que tivessem ocorrido durante o tratamento, foi feito

também para todos os pacientes um exame clínico e radiográfico considerando

os critérios citados por ALBREKTSSON et al., 1986, e SMITH & ZARB, 1989,

para avaliar se um implante teve sucesso ou não.

Os pacientes para acompanhamento foram chamados segundo uma

escala a partir da data que completasse um ano desde a instalação da prótese

definitiva.

Considerou-se assim, insucesso dos implantes quando não havia a

osseointegração (ou sua perda), ou caso houvesse a fratura do implante que

impedisse o seu re-aproveitamento, os insucessos em próteses foram

observados quando havia a necessidade de confecção de uma nova prótese.

As complicações encontradas foram: desaperto ou fratura do parafuso de ouro,

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

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desaperto ou fratura do parafuso do intermediário, fratura da prótese,

desadaptação da prótese, peri-implantite e respostas adversas por parte do

paciente.

RESULTADOS

Foram atendidos 86 pacientes, sendo 63 mulheres com idade média de

38,5 anos (20-69 anos) e 23 homens com idade média de 38,9 anos (19-66

anos) com próteses instaladas até junho de 1998. Estes pacientes receberam

209 implantes (Gráficos 1-6), dos quais oito não osseointegraram (Tabela I).

Tendo sido realizadas 109 próteses (Tabela II), das quais seis precisaram ser

refeitas.

Por se tratarem de pacientes com vários tipos de ausências dentárias

(total, parcial ou individual) os motivos para as indicações do tratamento eram

variados: falta de estabilidade dos aparelhos protéticos removíveis, mastigação

e estética. Das 109 próteses, dezessete eram totais, 36 eram parciais e 62

unitárias. O material restaurador utilizado para todas as próteses foi

metalocerâmica, exceto para as overdentures (dez próteses) e protocolos (três

próteses) que foram confeccionadas em resina (Tabela II). Foram repetidas

quatro coroas unitárias, uma overdenture inferior e uma prótese fixa que foi

unida ao dente natural da paciente (após a perda de um implante).

Dos oito implantes que não obtiveram osseointegração (Tabela I e III):

seis implantes, em três pacientes não osseointegraram durante os primeiros

seis meses, sendo removidos. Em dois destes pacientes (3 implantes), um

novo implante foi colocado após a reparação óssea (de 6 a 9 meses). No outro

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

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paciente, que recebera seis implantes na região superior, dos quais três não-

osseointegraram, o planejamento foi mudado confeccionando-se uma

overdenture ao invés de uma prótese fixa. Dois pacientes perderam dois

implantes osseointegrados após a instalação da prótese definitiva, durante o

primeiro ano de função, estes implantes foram removidos e para um destes

pacientes a prótese foi refeita unida ao dente vizinho através de um encaixe

semi-rígido, e no outro caso foi instalado um novo implante, para a confecção

de uma nova prótese.

Os 48 problemas relatados ocorreram em apenas 29 pacientes, havendo

vários problemas em um mesmo paciente, e as vezes derivados de uma

mesma causa, impedindo uma estatística analítica. Os gráficos 7, 8 e 9

mostram a distribuição dos problemas em relação aos tipos de próteses.

DISCUSSÃO

A literatura sobre acompanhamentos longitudinais de implantes

osseointegrados, nos permite conhecer as complicações mais frequentes em

próteses sobre implantes. Apesar destes problemas, o índice de sucesso para

o tratamento com implantes osseointegrados é bastante elevado. Estes

trabalhos vêm comprovar a efetividade do tratamento com próteses implanto-

suportadas, dando ênfase aos altos índices de sucesso, principalmente da

prótese, após o implante estar osseointegrado.

Baseado nos gráficos 7, 8 e 9 é possível observar que nas próteses

unitárias os maiores problemas foram com relação ao desaperto do parafuso,

tanto o parafuso de ouro como o do intermediário, as próteses unitárias

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

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cimentadas por sua vez tiveram poucos problemas. Nas próteses fixas o

desaperto do parafuso também foi o maior problema, principalmente quando

esta era suportada por apenas dois implantes, isto porque o alinhamento

favorece as forças fora do longo eixo do dente (PAREIN, et al., 1997;

RANGERT, et al., 1989; TAYLOR, 1998). Os casos de desdentados totais

tiveram poucos problemas, sendo o principal a perda de implantes, que nestes

casos ocorreram todos antes da confecção da prótese.

Os Gráficos 1 a 6 mostram a distribuição dos implantes em relação a

posição do dente no arco e o tipo de prótese utilizada (unitário, parcial ou total).

Na maxila os implantes para os casos unitários foram tão frequentes quanto

para casos parciais, sendo os unitários mais utilizados na região anterior. Na

mandíbula houve um maior número de implantes instalados para casos parciais

na região posterior.

Não Osseointegração do Implante ou Perda Tardia da

Osseointegração

Neste trabalho dos 209 implantes colocados oito tiveram insucessos.

Seis foram removidos antes da instalação da prótese (não osseointegração), e

dois após a conclusão da prótese definitiva durante o primeiro ano de função

(perda tardia da osseointegração); Tendo assim um índice de sucesso para os

implantes de 96,8%. Dos seis implantes que não osseointegraram três foram

substituídos mantendo o planejamento anterior; em uma paciente porém, que

perdeu três do seis implantes colocados na maxila o planejamento foi mudado

e confeccionada uma overdenture sobre os implantes remanescentes. Deve-se

ressaltar que isto ocorreu devido a situação de risco do caso, com pouca altura

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

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óssea, onde foram colocados implantes curtos, osso de qualidade tipo 4, e

dentição natural inferior anterior, sobrecarregando a região onde haviam sido

colocados os implantes.

Mesmo após obtida a osseointegração, uma sobrecarga mecânica pode

vir a comprometer o tratamento levando a perda da situação de

osseointegração (BRANEMARK, et al., 1985). Duas pacientes que receberam

dois implantes cada na região posterior da mandíbula apresentaram perda de

um destes implantes, nos dois casos foi o mais mesial que falhou. No primeiro

o implante foi removido e confeccionada uma prótese unida ao dente natural da

paciente através de um encaixe semi-rígido, apesar das controvérsias na

literatura o planejamento foi executado e o caso acompanhado sem apresentar

perda óssea ao redor do dente ou do implante, nem intrusão do dente. No

segundo caso foi colocado um novo implante na região e após sua

osseointegração a prótese foi então confeccionada novamente.

A perda da osseointegração após a confecção da prótese compromete

todo o trabalho protético podendo ser necessário que se faça uma mudança no

planejamento ou no desenho da prótese (RODRIGUES, et al., 1997). Neste

trabalho apesar de todos os pacientes tratados terem recebido próteses foram

considerados insucessos os casos em que a prótese precisou ser

confeccionada novamente, inclusive com a mudança no planejamento de dois

casos (união de dente ao implante, e mudança de prótese fixa para

overdenture), tendo por isso um índice de insucesso de 5,2%. Para TAYLOR,

1998, as causas de perda tardia do implante são na maioria das vezes

desconhecidas, mas podem ser favorecidas por peri-implantite induzida por

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

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acúmulo de placa, suporte ósseo de má qualidade, desadaptação da prótese,

oclusão inadequada, cargas não-axiais, sobrecarga devido a presença de

cantilever e outras. Para RANGERT et al., 1989, a distribuição dos implantes

no arco é de fundamental importância para o sucesso do tratamento, pois

permite a melhor distribuição das forças para o tecido ósseo no longo eixo do

implante.

Desaperto ou Fratura do Parafuso de Ouro

O desaperto do parafuso de ouro ocorreu com maior frequência na

mandíbula (11/13), principalmente na região posterior (10/13) em casos

unitários (4/13). Alguns autores relatam casos de fratura e desaperto deste

parafuso como sendo um único problema, enquanto outros não o consideram

como problema (TAYLOR, 1998). JEMT et al., 1992, relatam que o desaperto

do parafuso de ouro foi a causa mais comum de mobilidade de próteses na

maxila (13,6%). A causa de desaperto ou fratura de componentes é claramente

multifatorial, mas deve ser entendido que a desadaptação da prótese tem um

importante papel na fratura do parafuso de ouro ou do intermediário (ZARB &

SCHMITT, 1990). E em pacientes com hábitos parafuncionais o ajuste da

oclusão deve ser checado com mais frequência, sendo também indicado a

confecção de placas noturnas e uso de implantes de diâmetros maiores

(RANGERT, 1995).

Cinco dos 13 desapertos ocorreram em próteses fixas sobre dois

implantes. Os outros casos ocorreram em uma paciente que recebeu um

incisivo central superior, e que apresentava bruxismo (o parafuso de ouro

desapertou 2 vezes), em uma paciente que recebeu uma prótese fixa total

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

14

inferior; e, também em um paciente que recebeu uma prótese fixa sobre três

implantes na mandíbula posterior, que após a fratura do parafuso de ouro no

implante da região do dente 34 houve o desaperto do parafuso de ouro mais

distal (dente 36).

Desaperto ou Fratura do Parafuso do intermediário

Neste trabalho não foi observada nenhuma fratura do parafuso do

intermediário, mas o seu desaperto. Este desaperto pode levar a uma

complicação mais séria como uma peri-implantite ou uma reabsorção óssea na

região da plataforma do implante dada a mobilidade da prótese. De igual

maneira ao item anterior a maior incidência de desaperto do parafuso do

intermediário ocorreu em casos unitários (4/10) e de próteses fixas sobre 2

implantes (5/10), porém todos os casos unitários ocorreram na região anterior

da maxila, sendo atribuída provavelmente à guia de desoclusão incorreta. Nas

próteses fixas sobre 2 implantes o desaperto ocorreu na região posterior de

mandíbula, sendo que uma paciente teve o mesmo problema por quatro vezes.

Creditou-se o fato ao planejamento do caso e a confecção de uma prótese

sobre 2 implantes com um cantilever para anterior, gerando uma sobrecarga

aos implantes, o parafuso foi reapertado e na quarta vez trocado por um

parafuso de chave quadrada (tipo parafuso de CeraOne).

Em uma prótese unitária cimentada, confeccionada sobre um pilar

CeraOne na maxila (1º pré-molar) o parafuso do intermediário desapertou,

tendo sido necessário cortar a coroa, o intermediário danificado foi trocado por

um novo e uma nova prótese confeccionada. Este novo intermediário recebeu

o torque de 32 Ncm, que não havia sido dado anteriormente.

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

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Peri-implantite

A inflamação dos tecidos peri-implantares é decorrente de fatores que

propiciam ou facilitam a criação de nichos bacterianos dentro do sulco gengival

e sobre os componentes protéticos da restauração. SILVA & CARVALHO,

1995, relatam como fatores a dificuldade de higienização; má adaptação das

conexões protéticas; polimento do pescoço do implante; e presença de mucosa

alveolar. A desadaptação entre coroa e intermediário e entre intermediário e

implante propicia o acúmulo de placa nessas regiões, não significando,

necessariamente, que isto evolua para uma peri-implantite, mas a não remoção

dos excessos do material de cimentação provavelmente irá causar inflamação.

Da mesma forma, o desaperto de parafuso de ouro ou do parafuso do

intermediário e a conseqüente desconexão parcial (desadaptação) entre as

partes dos componentes da prótese propicia a formação de um nicho, mas

como no caso das próteses cimentadas, a presença da desadaptação,

necessariamente, não leva a instalação da peri-implantite.

Quando se fala da desadaptação entre coroa, intermediário e implante é

importante saber sobre a influência destes componentes na colonização

bacteriana (NEVES, 2000). A interface entre os componentes protéticos

quando pré-fabricados é melhor adaptada que os fundíveis (BYRNE, 1998;

SILVEIRA Jr, et al., 2000). Os intermediários pré-fabricados que apresentam

uma cinta metálica têm uma lisura de superfície maior e sua adaptação a

cabeça do implante é melhor dificultando a aderência bacteriana.

Os casos de peri-implantites apresentados neste trabalho provavelmente

foram decorrentes de alguns dos fatores acima citados: em um paciente a

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

16

presença de um sulco gengival profundo e a utilização de um pilar tipo UCLA

dificultava bastante a higienização, tendo sido feito primeiro uma diminuição do

sulco gengival através de cirurgia, posteriormente a prótese foi removida e a

região limpa com antibiótico (Rifocina®) regredindo então, o quadro

inflamatório. Uma vez que o antibiótico usado tinha ação em cocos gram "+", o

seu uso eliminados tais bactérias, inibiu o meio propício para o

desenvolvimento dos cocos gram "-", que estão presentes na doença

periodontal e peri-implantar. O excesso de cimento também levou ao

aparecimento de peri-implantite, sendo removido pela sondagem. A realização

de cirurgia para reposicionamento apical da margem gengival diminuindo o

sulco, pode facilitar a higienização, melhorando a condição de saúde gengival

em condições de sulco gengival profundo e pilares fundidos.

Desadaptação da Prótese

A desadaptação da prótese foi causada por falhas durante o ato de

moldagem em casos unitários ou por falha na moldagem do rebordo, quando

da confecção de uma overdenture inferior sendo confeccionada uma prótese

que não adaptou sobre o rebordo da paciente levando a movimentos de

báscula no sentido ântero-posterior. Estes problemas forçaram a confecção de

novas próteses, aumentando também o número de próteses que precisaram

ser repetidas. Estes problemas não trouxeram maiores complicações, uma vez

que detectada a necessidade de confeccionar uma nova prótese, tão logo ela

fosse refeita o problema estava resolvido.

Insatisfação do Paciente

A seleção do paciente que receberá implantes deve ser feita observando

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

17

também as expectativas do paciente tanto em relação a função quanto a

estética, muitas vezes o paciente espera que a prótese venha restabelecer

aquela situação anterior na qual havia dentes, gengiva e principalmente a

papila interdental. A perda do dente natural leva a uma reabsorção do tecido

ósseo e com isso o volume gengival também regride e muitas vezes não é

possível restabelecer com perfeição a situação inicial. Tudo isto deve ficar bem

claro durante a primeira consulta. Nos casos de edentulismo total superior

deve-se verificar o suporte labial antes de optar por uma prótese fixa ou

overdenture; somente se houver suporte adequado para o lábio pode-se usar a

primeira opção. Nos casos inferiores deve-se pesar a opinião do paciente

quanto a utilização de uma prótese tipo protocolo ou overdenture. Um paciente

não se adaptou a uma prótese fixa inferior (protocolo), sua principal queixa era

a dificuldade de higienização entre gengiva e prótese, a região foi aliviada, mas

o paciente continuou insatisfeito, a prótese foi então substituída por uma

overdenture, novamente o paciente se sentiu desconfortável ao utilizá-la,

preferindo retornar ao tratamento com a prótese tipo protocolo.

Fratura da resina que cobre o parafuso de fixação

A utilização de próteses cimentadas ao invés de parafusadas é sugerida

por HEBEL & GAJJAR, 1997, que mostram as vantagens da cimentação. Os

casos unitários, principalmente os anteriores, são preferencialmente

cimentados (Tabela II), sendo dado o torque de 32 Ncm, já que o dente está

mais sujeito a forças laterais e muitas vezes a emergência do parafuso é por

vestibular ou incisal da coroa. Os casos parciais e totais são parafusados pois

permitem que em casos de desaperto do parafuso do intermediário a prótese

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

18

seja removida, e facilita a manutenção do tratamento durante as visitas de

acompanhamento. Os orifícios de acesso ao parafuso geralmente estão

localizados por palatino ou lingual nos anteriores e na oclusal dos dentes

posteriores sendo cobertos por resina composta não tendo com isso nenhum

prejuízo estético. Em três pacientes entretanto, a resina que cobria a entrada

dos parafusos de fixação da coroa se soltou, e por motivos estéticos e

funcionais, foi novamente vedado. A ausência de vedação pode trazer

transtornos oclusais, estéticos e também na higienização, sendo influenciado

pela profundidade da abertura. Esta resina se soltou devido a pouca retenção

dada pela altura da coroa, sendo removida durante a mastigação normal.

Nestes casos justifica a confecção de retenções mecânicas adicionais para

manter a resina em posição.

Fraturas do Material da Prótese

Mesmo com uma perfeita adaptação e oclusão equilibrada pode ocorrer

fratura da infra-estrutura da prótese devido a espessura inadequada do metal ou

falha na solda. A fratura da infra-estrutura pode levar a pequena mobilidade da

prótese, causando cargas laterais excessivas que podem vir a fraturar o

parafuso do intermediário (SONES, 1989).

Houve a fratura da porcelana em uma paciente, ocorrendo duas vezes

em áreas diferentes da região anterior e sendo estas reparadas com resina

fotopolimerizável. Em seguida a oclusão da paciente foi ajustada, eliminando

possíveis contatos prematuros e interferências. A fratura de uma overdenture

inferior ocorreu devido a queda durante a higienização, sendo esta reparada

com resina acrílica, mantendo a estabilidade oclusal. A fratura da overdenture

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

19

pode ocorrer com maior frequência na região onde fica alojado o clipe

principalmente no arco inferior pela necessidade de um alívio na referida área

(GOODACRE, et al. 1999; JEMT, 1991). A espessura insuficiente do metal

também pode levar a fraturas da prótese. No trabalho de JEMT, 1991, 14% das

próteses na maxila tiveram fratura da resina acrílica e 3 infra-estruturas

metálicas (0,8%) fabricadas em ouro fraturaram como resultado da pouca

espessura do material. A fratura da resina também foi a complicação mais

frequente citada por LEKHOLM et al., 1994, ocorrendo em 22 pacientes,

seguida do desaperto de parafusos (sete casos).

CONCLUSÃO

Baseado na literatura e com o que pôde-se observar durante este

estudo foi concluído que:

1. A prótese implantada é viável, porém, assim como os outros tratamentos

protético-reabilitadores devem respeitar a biologia e a fisiologia do Sistema

Estomatognático, principalmente nos aspectos biomecânicos;

2. Os problemas encontrados foram: não osseointegração do implante, perda

tardia da osseointegração, desaperto do parafuso de ouro, fratura do

parafuso de ouro, desaperto do parafuso do intermediário, desaperto do

parafuso do CeraOne, remoção da resina que veda o acesso ao parafuso

de fixação, fratura da porcelana, fratura da prótese, desadaptação da

prótese, peri-implantite, insatisfação do paciente;

3. Embora de simples resolução as falhas em prótese implantada geram perda

de função, levando a um comprometimento progressivo dos componentes

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

20

biológicos e/ou mecânicos do sistema biomecânico;

4. Pôde-se observar que as complicações em prótese sobre implantes podem

levar a procedimentos invasivos, complexos e algumas vezes de

previsibilidade duvidosa;

5. Alguns dos procedimentos realizados devem ser acompanhados por um

maior período, de maneira a certificar a eficiência da técnica para resolução

do problema;

6. A taxa de sucesso para os implantes foi de 96,2% e de 94,8% para as

próteses confeccionadas.

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Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

24

TABELAS E GRÁFICOS

Tabela I - Implantes perdidos

7 mm 8,5 mm 10 mm 18 mm Total

Implantes perdidos

Maxila 2 1 3

Mandíbula 1 1 1 2 5

Total 1 3 2 2 8

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

25

Tabela II - Tipos de Próteses confeccionadas

Maxila Mandíbula Total

Tipos de Restaurações

Próteses Unitárias (Parafusadas) 20 15 35

Próteses Unitárias (Cimentadas) 27 27

Próteses Parciais Fixas (2 implantes) 7 15 22

Próteses Parciais Fixas (3 ou mais imp.) 9 4 13

Próteses Totais Fixas 3 4 7

Overdenture 3 7 10

União dente/implante 1 1

Total 69 46 115

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

26

Tabela III - Problemas encontrados

Problemas encontrados Maxila Mandibula Total

Não osseointegração do implante 3 3 6

Perda tardia da Osseointegração 0 2 2

Desaperto do parafuso de ouro 2 11 13

Fratura do Parafuso de ouro 0 1 1

Desaperto do parafuso do intermediário (abutment) 4 6 10

Desaperto do Parafuso do CeraOne 1 0 1

Remoção da resina que oclui o parafuso 0 3 3

Fratura da Porcelana 2 0 2

Fratura da Prótese (Overdenture) 0 1 1

Desadaptação da Prótese 2 2 4

Peri-implantite 1 3 4

Insatisfação do Paciente 0 1 1

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

27

Gráfico 1 - Implantes colocados na maxila em casos unitários.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Incisivo

central

Incisivo

lateral

Caninos 1º Pré-

molar

2º Pré-

molar

1º Molar

CASOS UNITÁRIOS - MAXILA

7mm 8,5mm 10mm 11,5mm

13mm 15mm 18mm 5x6mm

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

28

Gráfico 2 - Implantes colocados na maxila em casos parciais

0

1

2

3

4

5

6

Incisivo

central

Incisivo

lateral

Caninos 1º Pré-

molar

2º Pré-

molar

1º Molar

CASOS PARCIAIS - MAXILA

7mm 8,5mm 10mm 11,5mm 13mm

15mm 18mm 5x6mm 5x8mm

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

29

Gráfico 3 - Implantes colocados na maxila em casos totais

0

1

2

3

4

Incisivo

central

Incisivo

lateral

Caninos 1º Pré-

molar

2º Pré-

molar

1º Molar

CASOS TOTAIS - MAXILA

7mm 8,5mm 10mm 11,5mm 13mm 15mm

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

30

Gráfico 4 - Implantes colocados na mandíbula em casos unitários

0

1

2

3

4

5

Incisivo

central

Incisivo

lateral

Caninos 1º Pré-

molar

2º Pré-

molar

1º Molar

CASOS UNITÁRIOS - MANDÍBULA

7mm 8,5mm 10mm 11,5mm13mm 15mm 18mm

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

31

Gráfico 5 - Implantes colocados na mandíbula em casos parciais

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Incisivo

central

Incisivo

lateral

Caninos 1º Pré-

molar

2º Pré-

molar

1º Molar 2º Molar

CASOS PARCIAIS - MANDÍBULA

7mm 8,5mm 10mm 11,5mm

13mm 15mm 18mm 2,9x13mm

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

32

Gráfico 6 - Implantes colocados na mandíbula em casos totais

0

1

2

3

4

Incisivo

central

Incisivo

lateral

Caninos 1º Pré-molar 2º Pré-molar

CASOS TOTAIS - MANDÍBULA

7mm 8,5mm 10mm 11,5mm

13mm 15mm 18mm

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

33

Gráfico 7 - Problemas encontrados em casos unitários: parafusados X

cimentados

0

1

2

3

4

Parafusados Cimentados

CASOS UNITÁRIOS

Desaperto do parafuso de ouroRemoção da resina que oclui o parafusoDesaperto do parafuso do intermediário (abutment)Desadaptação da PróteseMucositeDesaperto do Parafuso do CeraOne

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

34

Gráfico 8 - Problemas encontrados em casos parciais: sobre dois

implantes e sobre três ou mais implantes

0

1

2

3

4

5

2 Implantes 3 ou mais

Implantes

CASOS PARCIAIS

Desaperto do parafuso de ouroRemoção da resina que oclui o parafusoDesaperto do parafuso do intermediário (abutment)Perda tardia da OsseointegraçãoFratura do Parafuso de ouroMucositeNão osseointegração do implante

Avaliação longitudinal de Próteses sobre implantes - Controle de 1 ano

35

Gráfico 9 - Problemas encontrados em casos totais: próteses fixas X

overdentures

0

1

2

3

Próteses

Fixas Totais

Overdentures

CASOS TOTAIS - PROBLEMAS

ENCONTRADOS

Desaperto do parafuso de ouro

Desaperto do parafuso do intermediário (abutment)

Fratura da Prótese (Overdenture)

Desadaptação da Prótese

Insatisfação do Paciente

Não osseointegração do implante

Fratura da Porcelana