oclusão em odontologia

36
Oclusão P1 Juliana Borges Müller Sistema Estomatognático André Porporatti Sistemas e órgãos e tecidos interdependentes e anteriormente conhecido como sistema mastigatório. Oclusão é a disciplina que estuda o relacionamento dos dentes superiores com os dentes inferiores mediante o fechamento e os demais movimentos mandibulares. Os princípios oclusais e funcionais que regem as reabilitações dentárias devem ser amplamente explorados para que se possa promover qualidade e longevidade ao tratamento. O conhecimento, o respeito e a aplicação do princípios de oclusão, faz com que seja estabelecido uma harmonia entre a estética, fonética e os requisitos mastigatórios. Oclusão É a relação estática e dinâmica entre superfícies oclusais dos dentes, que devem estar em harmonia com as demais estruturas do sistema estomatognático. Sistema Estomatognático: Sistema de orgãos e tecidos interdependentes, anteriormente conhecido por sistema mastigatório. Funções: 1. Mastigação 2. Deglutição 3. Fonação 4. Respiração 5. Postura Componentes Componentes esqueléticos (ossos) Dentes e estruturas de suporte Articulações (ATM e articulação dento alveolar)

Upload: juliana-borges

Post on 13-Apr-2016

16 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Princípios de oclusão dentária

TRANSCRIPT

Page 1: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

Sistema Estomatognático André Porporatti

Sistemas e órgãos e tecidos interdependentes e anteriormente conhecido como sistema mastigatório.

Oclusão é a disciplina que estuda o relacionamento dos dentes superiores com os dentes inferiores mediante o fechamento e os demais movimentos mandibulares.

Os princípios oclusais e funcionais que regem as reabilitações dentárias devem ser amplamente explorados para que se possa promover qualidade e longevidade ao tratamento.

O conhecimento, o respeito e a aplicação do princípios de oclusão, faz com que seja estabelecido uma harmonia entre a estética, fonética e os requisitos mastigatórios.

Oclusão

É a relação estática e dinâmica entre superfícies oclusais dos dentes, que devem estar em harmonia com as demais estruturas do sistema estomatognático.

Sistema Estomatognático: Sistema de orgãos e tecidos interdependentes, anteriormente conhecido por sistema mastigatório.

Funções:1. Mastigação2. Deglutição3. Fonação4. Respiração5. Postura

Componentes

Componentes esqueléticos (ossos) Dentes e estruturas de suporte Articulações (ATM e articulação dento alveolar) Ligamentos Músculos Oclusão

Page 2: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

OSSOS

1. MAXILAForma a maior parte do esqueleto facial superiorForma o assoalho da cavidade nasal e da órbita, o palato e os rebordos alveolares.Osso mais poroso que a mandíbula (principalmente osso esponjoso)Bloqueio infiltrativo local

2. MANDÍBULANão tem inserção óssea com o crânioÉ sustentada abaixo da maxila por músculos, ligamentos e outros tecidos moles.Antes da erupção do 1º molar permanente a mandíbula é porosaBloqueio do tronco ou mentoniana

Page 3: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

4. OSSO TEMPORAL

É bilateral engloba a parte da cavidade/fossa glenóide, eminência articular e a fissura escamo timpânica.

É o osso número 7

DENTES E ESTRUTURAS DE SUPORTE

- Coroa- Raiz- Ligamento periodontal- Tecido mole

Dentes Dentina, Esmalte, Polpa, Cemento Incisivos e caninos cortam e rasgam alimentos. Pré-molares e molares trituram os alimentos O canino deve ser o único a tocar no movimento de lateralidade

OSSO ALVEOLAR:Em volta de cada denteSofre reabsorção quando não é usadoReabsorve quando recebe uma carga maior do que pode suportarÉ difícil recuperar ossoCuidado: ortodontia, implante, perda do Periodonto

Page 4: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

LIGAMENTO PERIODONTAL: Permite o dente uma leve movimentação Vascularizado e inervado Responsável pela propriocepção do dente

MOVIMENTO DE LATERALIDADE O canino deve ser o único dente a se tocar no movimento de lateralidade ou um grupo

de dentes. Características da guia canina

o Canino tem maior comprimento radicular (coroa/raiz)o Área radicular favorávelo Envolvido por osso compacto e densoo Posicionamento estratégico (longe do fulcro mandibular)o Menor atividade muscular quando comparada com a função em grupo

Vantagens: Região estratégica que faz com que a força não seja tão forte

como nos molares e pré-molares e não tão tão leve como nos incisivos.

ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

É a articulação da mandíbula com o crânio É formada pelo côndilo, fossa mandibular e pelo disco articular.

CARACTERÍSTICAS

ATM NORMAL o Articulação Sinovial Bilateralo Interdependente, movimenta os dois ladoso Recobrimento das estruturas articulares (fibrocartilagem)o Articulação Ginglimo-artroidal (Faz rotação e translação)o Nutrição e inervaçãoo Articulação Composta: côndilo, osso temporal, disco articular, ligamentos e

musculatura.o Disco articular (bicôncavo, tecido fibroso sem inervação)o Disco fica em uma posição mais anterior, superior e medial

Rotação Dentes anteriores separados de 20 a 25mm Translação Côndilo Translada para baixo (Abertura média 40mm)

Page 5: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

Page 6: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

LIGAMENTOS

Têm papel importante na proteção das estruturasTecido conjuntivo colagenosoAgem como agentes limitadores ou de restrição de movimentos.

1. COLATERAIS (ou discais)Ligamentos retrodiscais:

Prendem as bordas medianas e laterais do disco ao côndilo Restringem o movimento do disco para fora do côndilo Participam do movimento de abertura.

Page 7: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

2. CAPSULAREnvolve e circunda toda a ATM, retendo o fluído sinovialAge para resistir a qualquer força medial, lateral ou inferior que tende a separar oudeslocar as superfícies articulares.

3. TEMPOROMANDIBULAR PROVA!!! Porção horizontal (interna): protege os tecidos retrodiscais do traumatismoprovocado por um deslocamento posterior do côndiloPorção oblíqua (externa): impede a queda excessiva do côndilo (limita sua abertura)

4. ESTILOMANDIBULARLiga o processo estiloide ao ângulo da mandíbulaLimita os movimentos protrusivos.

5. ESFENOMANDIBULARLiga a espinha do esfenoide à língula da mandíbulaLimita a protrusão e lateralidade

MÚSCULOS

Page 8: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

1. MASSETER• Elevador da mandíbula (fechamento e protrusão)• Músculo mais forte nessa função, não tem alta especificidade• Origem: margem inferior do osso zigomático (parte superficial) e margem inferior doarco zigomático (parte profunda)• Inserção: nos dois terços inferiores da face lateral do ramo da mandíbula

2. TEMPORAL• Elevador da mandíbula (fechamento)• Músculo mais fino• Controla o movimento• Origem: assoalho da fossa temporal e superfície medial da fáscia do temporal• Inserção: bordas e face medial do processo coronóide (crista temporal) e bordaanterior do ramo da mandíbulaDividido em anterior, médio e posterior

3. PTERIGOIDEO MEDIAL (interno)• Elevador da mandíbula (sustentação, fechamento e protrusão)• Localizado no lado de dentro do Masseter• Origem: fossa pterigóidea• Inserção: fossa medial da região do ângulo da mandíbula

4. PTERIGOIDEO LATERAL (externo)a) Feixe Superior:

FechamentoOrigem: asa maior do esfenóideInserção: cápsula, disco e colo do côndilo

b) Feixe Inferior:Protrusão, lateralidadeOrigem: superfície externa da placa lateral pterigoideaInserção: colo do côndilo

5. DIGÁSTRICOSRetrai (junto com os pterigóideos laterais abaixa) a mandíbula (abertura e deglutição)a) Porção Posterior: da depressão da mastóide ao osso hióideb) Porção Anterior: da superfície lingual da mandíbula ao osso hióide

6. SUPRA-HIOÍDEOAbaixador de mandíbulaMúsculos mais finos

Page 9: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

Page 10: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

FUNCIONAMENTO DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO

SISTEMA NEUROMUSCULAR1) Músculos2) Estruturas neurológicas

MÚSCULOSComponente básico do Sistema neuromuscularUnidade motoraFibras musculares inervadas por um neurônio motor (através da placa motora)

Fisiologia MuscularUnidade Motora- A unidade básica de um músculo é a fibra muscular- A unidade básica do mecanismo neuromuscular é a unidade motora, que é formadopor uma ou mais fibras de um neurônio motor- O número de fibras musculares por unidade motora determina a força do músculo(mais fibras, mais força)

- O número de unidades motoras determina a especificidade do músculo

1. MASSETER• Elevador da mandíbula (fechamento e protrusão)• Músculo mais forte nessa função, não tem alta especificidade• Origem: margem inferior do osso zigomático (parte superficial) e margem inferior doarco zigomático (parte profunda)• Inserção: nos dois terços inferiores da face lateral do ramo da mandíbula

2. TEMPORAL• Elevador da mandíbula (fechamento)• Músculo mais fino• Controla o movimento• Origem: assoalho da fossa temporal e superfície medial da fáscia do temporal• Inserção: bordas e face medial do processo coronóide (crista temporal) e bordaanterior do ramo da mandíbulaDividido em anterior, médio e posterior

3. PTERIGOIDEO MEDIAL (interno)

Page 11: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

• Elevador da mandíbula (sustentação, fechamento e protrusão)• Localizado no lado de dentro do Masseter• Origem: fossa pterigóidea• Inserção: fossa medial da região do ângulo da mandíbula

4. PTERIGOIDEO LATERAL (externo)a) Feixe Superior:

FechamentoOrigem: asa maior do esfenóideInserção: cápsula, disco e colo do côndilo

b) Feixe Inferior:Protrusão, lateralidadeOrigem: superfície externa da placa lateral pterigoideaInserção: colo do côndilo

5. DIGÁSTRICOSRetrai (junto com os pterigóideos laterais abaixa) a mandíbula (abertura e deglutição) Porção Posterior: da depressão da mastóide ao osso hióide

b) Porção Anterior: da superfície lingual da mandíbula ao osso hióide

6. SUPRA-HIOÍDEOAbaixador de mandíbulaMúsculos mais finos

FUNCIONAMENTO DO SISTEMA NEUROMUSCULAR

O sistema nervoso é o centro de controle de todo corpoo SNC: encéfalo e medula espinhalo SNP: Fibras nervosas.

SISTEMA NEUROMUSCULAR1) Estruturas neurológicas2) Músculos

1. ESTRUTURAS NEUROLÓGICAS

Page 12: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

Neurônios, receptores sensoriais, tronco encefálico e cérebro

Fisiologia Nervosa: Impulso parte da periferia e chega ao córtex cerebral através do impulsos nervoso e sinapses. O sistema trigeminal vai direto para o tálamo e após para o cérebro (não vai para espinhal vertebral)

1) NeurôniosÉ a unidade básica do sistema nervoso.São capazes de transferir impulsos ELÉTRICOS e QUÍMICOS com informações paradentro e para fora do SNC

- Neurônios Aferentes: Conduzem o impulso nervoso dos tecidos para dentro do cérebro- Neurônios Eferentes: Conduzem o impulso nervoso do SNC para os tecidos

A) Tipos de Neurônios:o Sensoriais: Sensação, captam a temperatura e transfere o estímulo para o

SNC.o Motores: Vem a mensagem do SNC para contração do músculo, px.

2) Fibras Nervosas:a) A.Alfa: Ligeiras, possui bainha de mielina. Levam mensagem para: Músculos

esqueléticosb) A.Beta: São os mecanorreceptores da pele. c) A.Delta: Dor e temperatura.d) C: Devagar, amielinizada. Dor, temperatura e coceira.

Page 13: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

Receptores sensoriaisSão estruturas neurológicas ou orgãos localizados por todos os tecidos do corpoque transmitem informações ao SNC, através das fibras nervosas AFERENTES.Nociceptores: para dorProprioceptores: noção do corpo

3) Tronco Encefálico e Cérebro:Uma vez que os impulsos tenham sido transmitidos para os neurônios dentro doSNC, estes os transmitem para os CENTROS SUPERIORES, para interpretação e avaliação da informação recebida.

Arco reflexo:Resposta resultante de um estímulo que passa como um impulso no neurônioAFERENTE e vai até a núcleo mesenfálico do trigêmio, onde é transmitido a umneurônio EFERENTE que o leva de volta ao músculo esquelético. NÃO PASSA PELOSCENTROS SUPERIORES!Arco reflexo adquirido: já aconteceu antes a mesma situação, passando pelocérebro

Arco reflexo congênito: nunca ocorreu antes, nunca passou pelo cérebro antes

Page 14: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

2. MÚSCULOSComponente básico do Sistema neuromuscularUnidade motoraFibras musculares inervadas por um neurônio motor (através da placa motora)Músculo esquelético/Estriado está firmemente aderido ao osso, e está envolvido com os movimentos voluntários do corpo.Na região orofacial o músculo esquelético chama-se músculos branquiais pois ele contrai em sinergia e não somente ele.

TRANSMISSÃO MOTORA:

FISIOLOGIA MUSCULAREstímulo> Neurônio aferente> Medula> Córtex cerebral> mensagem é interpretada, temperatura e dor é mediada pela fibra A.Delta e A.C. > Neurônio eferente > medula > Musculatura

Unidade Motora- Um neurônio motor e todas fibras musculares por ele inervada/placa motora- A unidade básica de um músculo é a fibra muscular- A unidade básica do mecanismo neuromuscular é a unidade motora, que é formado por uma ou mais fibras de um neurônio motor- O número de fibras musculares por unidade motora determina a força do músculo(mais fibras, mais força)- O número de unidades motoras determina a especificidade do músculo

Junção neuromuscular: Neurônio motor (neurônio eferente) que se junta a fibra muscular/placa motora

- Ocorre sinapse química pela liberação de Ach - Botox impede a captação da Ach pelo músculo e faz com que o músculo não

contraiaPlaca Motora: Membrana que fica na fibra muscular que irá se conectar/receber ao neurônio aferente.

FUNÇÕES MUSCULARES:Contração isométricaContração isotônica os três devem estar em equilíbrioRelaxamento controlado

Page 15: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

a) Contração IsotônicaDINAMICA: Força é maior que a resistênciaNo momento da contração um extremo da fibra está fixo e o outro móvelEstímulo de grande número de unidades motorasMesmo tônusComprimento alteradoEx: ciclo da mastigaçãoPS: Não é possível mudar o tônus e o comprimento simultaneamente!Ranger os dentes: músculos em contração isotônica e músculos em contraçãoIsométricaTIPOS:

Concêntrica: Pra dentro - contração, força na musculatura.Excêntrica: Pra fora - força maior no peso.

b) Contração IsométricaESTÁTICA: Força = resistênciaNo momento da contração os dois extremos da fibra estão fixosContração de um número apropriado de unidades motoras em oposição a umaforçaMesmo comprimentoTônus diferente: contração leve de um número de fibras pra manter o músculo em repousoEx: masseter – Segurando um lápis entre os dentes – aumenta tônus com igualComprimento

c) Relaxamento controladoEstímulo descontínuo da unidade motoraFibras relaxam e voltam ao comprimento original

TÔNUS MUSCULAR É o estado de resistência passiva ao estiramento das fibras como consequência de um

fluxo contínuo de estímulos que chegam às unidades motoras em forma de alterada, de maneira a evitar a fadiga de um determinado grupo de fibras

Requer contração de um número mínimo de fibras musculares e as fibras estão sendo constantemente revezadas.

É o estado parcial de contração de um músculo em repouso, que é causado pela estimulação nervosa, e é um processo inconsciente que mantém os músculos preparados para entrar em ação.

Page 16: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

AMPLITUDE MUSCULAR Os músculos têm uma determinada amplitude fisiológica de repouso estabelecida pelo

estado de tônus mínimo. Os músculos se alongam na dinâmica da função, porém devem voltar a sua particular amplitude de repouso

Quando surge algum obstáculo, como o contato prematuro, prótese e restaurações altas, os músculos alteram a sua amplitude e repouso, e não alcançando esta posição de descanso biológico reparador entram em estado de hipertonicidade, que é lesivo às estruturas do sistema estomatognático.

ATROFIA MUSCULAR Redução do volume das fibras musculares

HIPERTROFIA MUSCULAR Aumento do volume das fibras musculares

TRAUMA OCLUSAL: Arco reflexo: Não dá tempo do sinal ir da medula e o cérebro, a mensagem vai direto pra medula e já vai para o músculo em questões de segundos.

Page 17: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

Posição e movimentos Mandibulares. Prof. Beatriz

“Oclusão é a relação ESTÁTICA (abrir e fechar) e DINÂMICA (movimentos de lateralidade e protrusivos) entre as superfícies oclusais dos dentes, que devem estar em harmonia com as demais estruturas do sistema estomatognático.”O canino deve ser o dente que recebe o impacto quando ocorrem movimentos delateralidade. Nenhum outro dente deve receber este impacto

POSIÇÕES MANDIBULARES:- RC (Relação cêntrica)- MIH (Máxima intercuspidação)- ROC (relação de oclusão cêntrica)- DVR (dimensão vertical de repouso)- DVO (dimensão vertical de oclusão)- EFL (espaço funcional livre)

MOVIMENTOS MANDIBULARES- Lateralidade- Protrusão (mandíbula para frente)A maioria das pessoas não tem a RC igual à MIH, mesmo que isso seja o ideal.

POSIÇÕES

1. RELAÇÃO CÊNTRICA (RC)É a posição crânio-mandibular (cavidade glenóide x côndilo mandibular)É a posição do côndilo na cavidade glenóideRelação funcional ideal entre várias estruturas anatômicas da ATMÉ fisiológicaImutávelIndepende do contato dentalÉ reproduzívelÉ uma posição de diagnósticoNa maioria das vezes, a RC é diferente da MIH. Se coloca o paciente em RC e deixa, elevolta para MIH porque tem contato prematuro, fica desconfortável MÉTODOS PARA OBTER RC

- Deglutição- Posicionar a ponta da língua no palato- Desprogramadores oclusais:

Rolete de algodão, f Fitas hart long, Sistema rocca, Placas oclusais lisas e Jig

E deixar entre os dentes por um tempo (5 A 15min) para o paciente “esquecer” da sua oclusão e relaxar

- Manipulação: Frontal ou Bilateral. Sempre se manipula duas ou mais vezes com o propósito de verificar se o contato

Page 18: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

prematuro está sempre ocorrendo no mesmo local para se ter certeza que a manipulação em RC está correta.

RC – MIH = CONTATO PREMATURO

CONTATO PREMATUROContato que desvia a mandíbula de RC para MIHContato prematuro que não promove desvio (dói, porque fica batendo)Contato prematuro em lateralidadeContato prematuro em protrusão

a) Fisiológicob) Patológico

Pode causar:DTMBruxismoFraturasReabsorção radicularNecrose pulparMordida cruzadaMigração dos dentesPulpiteDiastema em região anterior

2. MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO HABITUAL (MIH)Posição intermaxilar onde ocorre o maior número de contatos dentários com os côndilos fora da posição de RC.Posição de acomodamento mandibular, independentemente da posição dos côndilosPosição variável que pode ser modificada por meio de uma restauração, de uma reabilitação total, tratamento ortodôntico, extrusão dental desgaste dentário.É na posição de MIH que começa e termina o mecanismo de mastigação e é a posição que os dentes permanecem por maior tempo em contato durante a deglutição.Os dentes posteriores devem suportar a oclusãoDepende do contato dental

- quando tem uma restauração alta, a mandíbula muda sua posição para se adaptar

3. RELAÇÃO DE OCLUSÃO CÊNTRICA (ROC)RC = MIHMaior número de dentes em contato, com os côndilos em RCNão existe contato prematuro

4. DIMENSÃO VERTICALDistância entre dois pontos localizados na face: um na maxila e um na mandíbulaA odontologia classifica como sendo a DV de repouso de oclusão.

DVR: Dimensão Vertical de Repouso- Equilíbrio dos tecidos faciais e temporomandibulares

Page 19: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

- Músculo relaxado, pode ser conceituado como altura facial, com a posição normal da mandíbula em relação ao crânio- É imutável- Não depende dos dentes

DVO: Dimensão Vertical de Oclusão- Altura facial mantida pelos dentes, em especial, pelos posteriores quando estão ocluídos.- É mutável, pode ser modificada pela confecção de prótese e placas, pela extrusão dos dentes posteriores DVR – DVO = ELF (espaço livre para funcional)

O ELF é de 2 a 4mm e é muito importante na fala

Para verificar a invasão da EFL, o clínico pode fazer testes fonéticos com sons simbilantes (Emitir palavras com a letra ‘s’) Se o paciente acusar contato dentário fica evidente a invasão do ELF pois esse contato não deve ocorrer durante a fonação.

ALTERAÇÕES NA DVA) DV aumentada

Mordida aberta anteriorConfecção de próteses e placasPor extrusão dos dentes posteriores- nesses 3 casos, o paciente toca os dentes posteriores ao falar sons com S porque tem seu ELF invadido

B) DV diminuídaAusência de dentes posterioresAtrição severaAumento do espaço funcional livre

- a língua ocupa espaços que não são dela- dor

Características:- sorriso invertido

TÉCNICAS PARA AVALIAR DVOA) Estética e proporção facial

Do canto do olho ao canto do lábio = de baixo do nariz ao queixoB) Testes fonéticos

Utiliza-se JIG fonéticoColoca o jig no paciente e manda ele falar palavras com S. Vai desgastando o JIG até não tocar mais nos dentes de baixo

MOVIMENTOS

1. LATERALIDADELado de trabalho: lado para o qual a mandíbula vai. Os caninos deste lado devem se

Page 20: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

Tocar. É o lado pelo qual a mandíbula se movimenta, onde as cúspides com o mesmo nome se relacionam.

GUIAS DE DESOCLUSÃO:

Desoclusão pelo canino: Onde durante o movimento de lateralidade o canino inferior desliza na concavidade palatina do canino superior, desocluindo os demais dentes, tanto do lado de trabalho quanto de balanceio.

Desoclusão em grupo ou função em grupo: Em que um grupo de dentes de segundo molar até o canino tocam-se, simultaneamente, desde o início do movimento, desocluindo os dentes do lado de balanceio. A medida que a mandíbula se movimenta, vai ocorrendo desoclusão progressiva dos dentes posteriores do lado de trabalho. OBS: Em um mesmo paciente pode haver um lado de desoclusão pelo canino e outro lado desoclusão em grupo ou outros dentes fazendo a guia de desoclusão.

Lado de Balanceio: Lado oposto ao de trabalho. Nenhum dente deve se tocar deste lado, onde as cúspides com nomes diferentes adotam uma relação de alinhamento.PS: pode ocorrer desoclusão em grupo: toca de canino a molar!! É normal

PROBLEMASGuia de desoclusão INCISIVAContato no lado de balanceio

CONTATO NO LADO DE BALANCEIOÉ recomendado seu desgaste quando:

Dente com lesão apical recidivanteDente com mobilidade aumentadaDente com faceta de desgaste atípicaDente com restauração ampla, sem proteção de cúspidePaciente está sendo submetido a tratamento de ajuste oclusal

2. PROTRUSÃOÉ o movimento que a mandíbula faz no sentido posteroanterior.

GUIA ANTERIOR OU INCISIVA: Quando os dentes anteriores inferiores deslizam pela

concavidade dos dentes anteriores superiores desocluindo os dentes posteriores.

INTERFERÊNCIA OCLUSAL

São contatos oclusais que produzem desvio da mandíbula durante o fechamento para a posição de MIH ou que impedem o suave deslize mandibular nos movimentos laterais e protrusivos.

Sinônimo: Contato prematuro e prematuridade oclusal

Page 21: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

Podem ocorrer quatro situações:i. Contato prematuro que desvia a mandíbula da posição de RC para a de

MIHii. Contato prematuro que não promove desvio

iii. Contato prematuro em lateralidadeiv. Contato prematuro em protrusão

ATM

Estruturas passivas Estruturas AtivasMandíbula; • Tendões;• Hióide; • Ligamentos;

• Coluna Vertebral Cervical; • Aponeuroses;• ATM; • Músculos.

• Dentes;• Mucosa Oral.

É a articulação encontrada entre a cabeça da mandíbula e eminência articular do osso temporal

Bilateral Sinovial

ATM: Articulação temporomandibular: Nome dado a estrutura anatômica, é a articulação localizada entre a mandíbula e o crânio PORTANTO todas pessoas tem ATM e nem todas tem DTM.

DTM: Disfunção temporomandibular: Nome dado ao conjunto de distúrbios relacionados as ATMs e/ou estruturas associadas.

Tem forma ativa em:- Abertura- Protrusão- Fechamento- Lateralidade- Lateroprotrusão

Page 22: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

Tem parte em:- mastigação- deglutição- fala

Constituintes:1. Cabeça da mandíbula

Disco articular2. Fossa mandibular3. Eminência articular do temporal4. Cartilagem articular5. Compartimento supradiscal (translação)6. Compartimento infradiscal (rotação)7. Membrana sinovial8. Cápsula articular9. Músculo pterigoideo lateral (se insere em anterior do disco)10. Tendão do músculo temporal11. Ligamentos

DISCO ARTICULAR

Lâmina fina, ovalada, forma de gravata de borboleta Divide a articulação em parte superior e inferior,

Page 23: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

cada qual guarnecida com uma membrana sinovial.Sua face superior é côncavo-convexa para se ajustartanto á tuberosidade quanto á fossa da mandíbulae sua face inferior é côncava para se ajustar aocôndilo da mandíbula. Face superior: côncavo-convexaFace inferior: côncavaPossui três regiões chamadas de bandas: anterior, central, e posterior, com aproximadamente 2mm, 1mm e 3mm de espessura.É AVASCULAR, a não ser na zona bilaminar (região

posterior do disco) Por ser a região bilaminar muitovascularizada e inervada, o paciente podeapresentar sensação dolorosa quando, na existência de alguma alteração patológica da articulação.CÁPSULA

É um fino envoltório frouxo que está inserido anteriormente na tuberosidade da mandíbula, posteriormente na fissura petrotimpânica, acima na fossa mandibular e abaixo no colo da mandíbula

LIGAMENTOSColateral medial: conecta a face medial do disco ao Polo medial da cabeça da mandíbula.Colateral: conecta a face lateral do disco articular aoPólo lateral da cabeça da mandíbula.

Ligamentos colaterais limitam os movimentos de late-ralidade da mandíbulaLateral:

- PARTE OBLÍQUA EXTERNA: Está inserida na tú-berosidade da mandíbula, e em uma região imediatamente inferior a cabeça da mandíbulae isso limita sua abertura.- PARTE HORIZONTAL INTERNA: Está inserida natuberosidade da mandíbula e na porção lateralda cabeça da mandíbula e disco articular e istolimita o movimento posterior do disco artibularda cabeça da mandíbula

Acessórios:- esfenomandibular: Está inserida na espinha do esfenoide e abaixo da língula do forame mandibular (limita protrusão e lateralidade) - estilomandibular: Se insere no processo estiloide e na margem posterior do ângulo da mandíbula (limita protrusão)

Page 24: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

MEMBRANA E LÍQUIDO SINOVIALViscosidadeNutriçãoO líquido sinovial diminui quando há carga

ATM: FISIOLOGIA NORMAL

Fases da abertura1. Boca fechada2. Rotação do côndilo3. Translação4. Boca fechada

DTMLonga duração: bruxismoCurta duração: trauma

PALPAÇÃO ATMCom o indicadorPara ver inflamaçãoEm pacientes com DTM, a palpação é muito dolorida

MÚSCULOSMasseter

Superior Médio inferior

Temporal Anterior Médio Posterior

Pterigoideo medial (interno)Pterigoideo lateral (externo)DigástricoTrapézio (costas)Esternocleidomastoídeo

Direito Esquerto

Região occiptal Direito Esquerdo

RELAÇÃO CÔNDILO-DISCO IDEALAnterior-superior

RELAÇÃO CÊNTRICA: Relação funcional ideal entre várias estruturas anatômicas da ATM. (Côndilo-disco-cápsula-ligamentos-músculos)

OCLUSÃO APLICADA À PRÓTESE DENTÁRIA

A prótese não pode interferir na oclusão do paciente- Molares devem receber o maior impacto mastigatório

Page 25: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

- Os contatos devem ser bilaterais e simultâneos- As guias de lateralidade e protrusão devem permanecer os mesmos

Hoje em dia, fragmentos de cerâmica são utilizados para devolver a dimensão de dentes desgastados.Não adianta devolver as dimensões e não tratar as causas! Tem que emplacar o paciente para não desgastar a restauração ou a próteseTem que ver se o paciente tem perda de dimensão vertical ou não com o JIG, mas não pode fazer a prótese ainda. É colocada uma placa provisórias que devolve a dimensão pra ver se o paciente vai se adaptar

BRUXISMO E EROSÃO

BRUXISMO

Processo de perda progressiva de substância dentária não cariogênicoContato estático e dinâmico da oclusão dos dentes em momentos que não são aqueles durante as funções normais da mastigação e/ou deglutiçãoÉ comumTodas as faixas etáriasSem preferência por sexoDivergência nas pesquisas, pois algumas pessoas não sabem que têm bruxismo

CLASSIFICAÇÃO

1. Apertamento/cêntrico: contração muscular isométricaExtremamente deletérioMais deletério para o osso, causando reabsorçãoDurante o dia e a noiteÉ o pior entre todos os tipos de bruxismo

2. Rangimento/excêntrico: contração muscular isométrica e isotônica

Movimento lateralPrejudica a ATM e mais desgaste nos dentes

3. BatimentoMenos comumÉ o menos prejudicial entre os tipos de bruxismo

ETIOLOGIAFatores emocionaisFatores locaisFatores sistêmicosFatores ocupacionaisFatores genéticos

1. Fatores emocionais- Aumento da pressão arterial- Problemas gástricos

Page 26: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

- Insônia- Aliviar as frustrações- Tensões emocionais = hábitos nervosos

2. Fatores locais- Interferências oclusais (MIH). É coadjuvante e há controvérsias- Erupção dental permanente e decídua

3. Fatores sistêmicos- Rinite alérgica (pressão da cavidade timpânica)- Problemas gastrointestinais- Medicamentos e drogas psicotrópicas- Álcool (S.N. alterado)

4. Fatores ocupacionais- Profissionais com muito estresse

5. Fatores genéticos- Há controvérsias

FISIOLOGIAGeralmente durante o sonoSono REM: sonho ativo 5-30 minutos5 episódios de bruxismo por noiteForça 6x maior que a força máxima de mordidaImpossível reproduzir quando consciente

SINAIS1. Facetas de desgaste

- são coincidentes- se vê pelo movimento de protrusão- pode ocorrer até em próteses

2. Fraturas de dentes, raízes e restaurações3. DTM4. Perda da dimensão vertical5. Hipertrofia muscular6. Tendência de morder bochecha e língua7. Injúrias ao periodonyo8. Aumento do tônus muscular

NA RADIOGRAFIA9. Reabsorção da crista óssea10. Calcificação pulpar11. Reabsorção radicular12. Necrose pulpar13. Aumento do espaço do ligamento periodontal14. Exostose alveolar15. Hipercementose

SINTOMASA) Neuromusculares

1. Dor de cabeça2. Cansaço e dor muscular3. Espasmo4. Desconforto5. Travamento mandibular6. Dor à palpação7. Dor na cervical/pescoço

B) Articulares

Page 27: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

1. Dor na ATM2. Dor no ouvido, vertigem, surdez3. Tamponamento do ouvido4. Dor à palpação auricular

C) Dentários1. Ruídos audíveis2. Sensação de prurido3. Desejo de apertar os dentes

D) SensibilidadeE) Dor periodontal

OBJETIVOS DO TRATAMENTORedução da tensão físicaTratamento dos sinais e sintomasMinimizar irritações oclusaisRomper o padrão neuromuscular habitual

TRATAMENTOS ALTERNATIVOSLocal: reabilitar o paciente

- placa, ortodontiaSistêmico: medicamentos, floraisPsicológico: psiquiatra, psicólogoSuplementar: fisioterapia, fono, ultrassom, botóx

PLACA A VÁCUO RÍGIDA DE 1mmPacientes sem sintomatologia dolorosaÉ barata

PLACA DE MICHIGANPacientes com dorÉ lisa

PLACA TOTAL FLEXÍVELPara crianças e prótese total

BRUXISMO EM CRIANÇASÉ importante determinar a etiologia

CAUSAS:Rinite

Page 28: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

Distúrbios gastrointestinaisConsumo de alimentos alergênicosPersonalidade da criançaEmocional

TRATAMENTOAconselhamento sobre higiene e sonoTT local: uso de placas à vácuo flexíveis de 2mmControle periódicoAcompanhamento psicológicoOrtodontia

EROSÃOExtrínseca: clareamento, alimentos ácidos, cocaínaIntrínseca: refluxo, distúrbios alimentaresPotencializadores: lesões combinadas, língua tocando

Ocorre mais na face palatal

CARACTERÍSTICAS CLÍNICASPerda do contorno do denteIlhas de amálgamaPerda do brilhoExposição da dentina

CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICASDentina reacionalNecrose

TRATAMENTO: Controle dos agente etiológicos

EROSÃO BRUXISMOPalatal superior Incisal

Químico FísicoAmálgama forma ilhas Amálgama é desgastada

Desgastes não se encaixam Desgastes se encaixam

ARTICULADORESOBJETIVO: auxiliar nas fases laboratoriais do trabalho protético, substituindo partesanatômicas por mecânicas equivalentes

TIPOS:Não ajustávelTotalmente ajustávelsemi ajustável

ARTICULADOR NÃO AJUSTÁVEL charneira Reproduz apenas MIH Não reproduz movimentos excêntricos

Page 29: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

Seu uso é responsável pelas próteses com grandes interferências oclusais

ARTICULADOR TOTALMENTE AJUSTÁVEL Sua maior vantagem é a reprodução precisa dos movimentos excêntricos da

mandíbula, e individualização de várias medidas anatômicas Permite confecção de próteses que se relacionam perfeitamente com o S.E.

ARTICULADOR SEMI AJUSTÁVEL Ajuste da distância intercondilar Ajuste da inclinação condilar Ajuste do ângulo de Bennett Reproduz alguns movimentos mandibulares Registra as relações intermaxilares em 3 dimensões Reproduz os movimentos mandibulares de interesse protético Torna mais rápido e mais fácil a confecção da prótese e exige menos habilidade

do profissional

CLASSIFICAÇÃO1. ARCON: possui cavidade articular ligada ao ramo superior do articulador2. NÃO ARCON: possui cavidade articular ligada ao ramo inferior do articulador

VANTAGENS Facilita o diagnóstico Auxilia no planejamento Melhora a visualização das relações estáticas e dinâmicas do paciente Permite um exame lingual da oclusão do paciente Possibilidade de se executarem os movimentos Excelente instrumento de aprendizagem Pacientes com contatos prematuros diagnosticados com mais eficiência pelo

ASA Melhora a comunicação com o paciente, permitindo apresentar e justificar as

opções terapêuticas consideradas Diminuição dos ajustes feitos pelo dentista na fase clínica

DESVANTAGENS Tempo extenso de montagem Não é possível realizar o movimento mandibular de retrusão No ASA, os deslocamentos condilares seguem uma trajetória retilínea

1. RAMO SUPERIORo Possui duas cápsulas posicionadas bilateralmente representando as cavidadeso glenóides, onde ajustamos Ângulo de Bennett e Ângulo da inclinação condilaro Ajustamos a distância intercondilaro Na parte anterior possui um orifício para o posicionamento do pino guia

2. RAMO INFERIOR

Page 30: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

o A distância média entre os dois ramos é de 10 a 11cm e em sua ponta encontramos as esferas condilares

o Na parte anterior tem uma abertura para posicionar a mesa incisivao Ajustamos a distância intercondilar e o posicionamento da mesa incisiva

3. GUIA DE INCLINAÇÃO CONDILARo Existem duas guias condilares, representando as ATMs. Nelas podemos ajustar

a guia condilar nos valores 0 a 60 graus, onde cada intervalo corresponde a 5 graus

4. GUIA DO ÂNGULO DE BENNETTo Existem duas guias condilares, representando as ATMs. Nelas podemos ajustar

a guia horizontal onde controlamos o deslocamento do côndilo de balanceio no movimento de lateralidade e protrusão, essa guia pode ser ajustada entre 0 e 30 graus, onde cada intervalo corresponde a 5 graus

5. CAVIDADE GLENÓIDE

6. ARCO FACIALo Possui olivas que se adaptam no ouvido do pacienteo Determina a distância entre os côndiloso Determina a distância entre as articulações nos dentes superioreso Registra a relação do plano horizontal de Frankfurt e o plano oclusal da arcada

superioro Relaciona a maxila com o resto do crânio (dá a localização tridimensional da

maxila)

7. PINO INCISALo Confeccionado em metal e com formato cilíndricoo Posicionado na parte anterior do ASA, ele é preso em um orifício no ramo

superior e a outra extremidade toca na mesa incisivao Nele temos algumas marcações que nos auxiliam no registro da DVOo Ele guia na execução dos movimentos de protrusão, lateralidade, abertura e

fechamento

8. INDICADOR NASALo Adaptado no násio do paciente

9. GARFOo É colocado na boca do paciente com 3 pontos de godiva plastificadao Não deve haver contato do metal do garfo com a ponta de cúspide para não

perdermos a estabilidadeo Adaptado no arco facial

10. MESA INCISALo Com ela conseguimos travar a MIH do paciente

Page 31: Oclusão em Odontologia

Oclusão P1Juliana Borges Müller

o Nos auxilia na execução dos movimentos de protrusão e lateralidadeo Em conjunto com o pino guia incisal registra a DVOo Com a mesa de metal conseguimos individualizar os ângulos de Bennett e da

inclinação condilar

11. JUNTA UNIVERSALo Encaixa no cabo do garfoo Sempre deve ficar o mais próximo possível da boca do paciente

12. PLACAS DE MONTAGEMo Com retenções mecânicas para aderência do gessoo Função de serem base para montagem dos modelos superior e inferior no ASAo São destacáveis do articulador