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Seleção de Intermediários para implantes Branemark-compatíveis
Parte I: Casos de Implantes Múltiplos
Abutments Selection for Branemark-compatible Implants
Part I: Cases of Multiple Implants
Autores: NEVES, Flávio Domingues**; FERNANDES NETO, Alfredo
Júlio*; OLIVEIRA, Marlete Ribeiro da Silva** LIMA, João Henrique
Ferreira e***.
* Professor titular do Departamento de Reabilitação Oral da UFU
** Professores assistentes do Departamento de Reabilitação Oral da UFU
*** Cirurgião-Dentista - Mestrando em Reabilitação Oral pela Faculdade de Odontologia
de Ribeirão Preto - USP
ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA:
Prof. Flávio Domingues das Neves
Universidade Federal de Uberlândia – Curso de Odontologia
Setor de Prótese Fixa e Oclusão
Av. Pará, 1720 Bloco 2B Sala 2B01
Campus Umuarama
CEP 38400-902 – Uberlândia/MG
Tele-Fax: (034)218-2222
E-mail: [email protected]
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RESUMO
No decorrer dos últimos anos, a implantodontia se firmou como uma realidade
graças à longevidade dos tratamentos e aos resultados funcionais obtidos. Entretanto,
determinadas situações clínicas dificultavam sua aplicação, devido às limitações de
certos componentes, às vezes estéticas, às vezes mecânicas. Foram sendo desenvolvidos
novos componentes de acordo com necessidades práticas, ora visando uma melhor
estética, ora visando uma maior resistência, surgindo assim uma gama de pilares trans-
epiteliais com o objetivo de facilitar a resolução de problemas clínicos, mas que acabou
por criar um mito de insegurança e preocupação aos odontólogos que trabalham na área
de prótese. Assim sendo, este artigo tem como principal finalidade facilitar a escolha e
conexão dos diversos intermediários que podem ser utilizados sobre implantes
osseointegrados “Branemark-compatíveis” de plataforma regular, procurando avaliar
suas indicações, contra-indicações, vantagens, desvantagens, técnica de instalação,
torque e moldagem. Neste artigo, serão analisados os casos múltiplos; num segundo, os
individuais.
UNITERMOS
Pilar-implante, Intermediário, Abutment, Implantes osseointegrados.
INTRODUÇÃO
Quando do desenvolvimento dos implantes osseointegrados, foram idealizadas
próteses com três partes distintas(1): primeiramente tínhamos o implante ou fixação,
posicionado dentro do osso por meio de procedimento cirúrgico apropriado; parafusado
a este, tínhamos o pilar trans-epitelial: porção conectada ao implante que possibilitava a
conexão da terceira que era o dente propriamente dito, através de união parafusada.
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Quanto à segunda parte, também pode ser chamada de pilar, “abutment”, “munhão”,
transmucoso, ou simplesmente intermediário. Este conjunto mecânico pode ser
visualizado na Fig.1. No decorrer dos últimos anos, a implantodontia se firmou como
uma realidade graças à longevidade dos tratamentos e aos resultados funcionais obtidos;
entretanto, determinadas situações clínicas dificultavam sua aplicação, devido às
limitações de certos componentes, às vezes estéticas, às vezes mecânicas. Como a
maioria das limitações eram decorrentes da forma ou aplicação dos intermediários,
foram sendo desenvolvidos novos intermediários de acordo com necessidades práticas,
ora visando uma melhor estética, ora uma maior resistência, de modo que para
DARIO(4) em algumas situações a escolha do intermediário pode ser uma preferência
pessoal. Surgiu, assim, uma gama de pilares com o objetivo de otimizar a resolução de
problemas clínicos, incrementando o conteúdo a ser dominado, gerando insegurança e
preocupação aos odontólogos que trabalham na área da prótese, principalmente os
iniciantes(11).
Infelizmente, muitas vezes o cirurgião não consegue a posição final ideal para o
implante, dificultando a reabilitação e exigindo mais de si próprio durante a seleção do
intermediário, passo importante para obtenção de estética, higiene e função(3). Assim,
angulação dos implantes, qualidade e quantidade de tecido mole, estética, necessidade
de dispositivo anti-rotacional e reversibilidade para manutenção são os critérios
sugeridos por McGLUMPHY et al, 1992(21) para análise e seleção de pilares. Neste
artigo, são dadas as principais características, indicações, contra-indicações, vantagens,
desvantagens, técnica de instalação, torque e moldagem dos principais intermediários
Branemark-compatíveis existentes no mercado. Obviamente alguns sistemas ainda virão
a apresentar intermediários aqui não listados, não sendo objetivo limitar a escolha aos
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aqui citados e sim fornecer subsídios teóricos, para que, a partir destas informações, os
cirurgiões dentistas possam selecionar o melhor intermediário para cada caso, mesmo
que este ainda venha a ser desenvolvido e seja diferente dos aqui listados. Serão
enfocados os implantes Branemark-compatíveis de plataforma regular – 4,1 mm de
diâmetro – por serem estes os de maior uso nacional e internacional. Implantes de
plataformas mais estreitas ou mais largas que esta podem ser encontrados em diversos
sistemas, entretanto pequenas variações dimensionais dificultariam uma relação de
compatibilidade. Assim, sabendo-se que os intermediários destes sistemas quase sempre
derivaram dos da plataforma regular – 4,1 mm – os intermediários para implantes de
plataforma diferente desta não serão abordados.
INTERMEDIÁRIOS UTILIZADOS PARA CASOS MÚLTIPLOS:
PILAR STANDARD OU CONVENCIONAL - CARACTERÍSTICAS
MORFOLÓGICAS
Fabricado em titânio(1,2,8), este intermediário é composto de duas partes
distintas: o intermediário propriamente dito e o parafuso de intermediário. A primeira é
um cilindro cujas extremidades se conectam, uma ao implante e outra ao dente. Através
de um hexágono interno, a porção voltada para o implante se adapta ao hexágono
externo do mesmo, enquanto a voltada para o dente é lisa. Nela será conectado um anel
(de ouro ou plástico), utilizado para confecção do dente(2). Quanto ao parafuso de pilar,
este permite que o intermediário propriamente dito possa ser parafusado contra o
implante e possui uma rosca interna, possibilitando que o dente, confeccionado a partir
de um anel de ouro ou plástico, seja parafusado contra o intermediário. Sua cabeça
possui hexágono onde é encaixada a chave do parafuso de pilar, possibilitando seu
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aperto. Também pode ser visto, abaixo da cabeça do parafuso, um anel de silicone que
tem por objetivo atuar como selante, evitando que microorganismos infiltrem para o
interior do implante(8). Este intermediário pode ser visto juntamente com dispositivos
próprios na Fig. 2.
Quanto às dimensões, este intermediário possui diâmetro de 4,5 mm e
comprimento variável conforme o sistema utilizado, variando de 3 mm a 10 mm, sendo
que para cada cilindro existe um parafuso de comprimento correspondente(8).
INDICAÇÕES
Por ser um intermediário normalmente utilizado em situações supra-gengivais,
está indicado para:
a) Casos múltiplos em regiões onde a estética não é fundamental.
b) Locais que requerem facilidade para higienização, em casos de arcos tipo classe I e
II de Kennedy, já que a união intermediário-dente estará localizada em área supra-
gengival (Figs. 3a e 3b).
c) Casos de overdentures ( tipo barra / clips).
d) Caso Protocolo, onde se utiliza de cinco a seis implantes anteriores, para fixar
através de parafusos uma prótese fixa( Fig.4).
CONTRA-INDICAÇÕES
a) Quando utilizados para dentes individuais, devido à ausência de dispositivos anti-
rotacionais, tais intermediários apresentam freqüentemente problemas de desaperto
do parafuso de fixação, devendo ser evitado para este fima.
b) Existindo uma gama de pilares desenvolvidos para obtenção de estética, estes
intermediários não devem ser utilizados quando existe risco de comprometimento
estético, principalmente nos superiores.
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c) Em casos de comprovado risco para a fonética, eles devem ser evitados(8,23).
VANTAGENS
a) Além da facilidade de higienização e saúde gengival proporcionados por este
intermediário supra-gengival, deve ser ressaltada a facilidade na verificação da
adaptação entre os componentes e ainda a possibilidade de conexão do intermediário
durante a segunda cirurgia, dispensando a utilização de intermediários de
cicatrização.
b) A reversibilidade do processo. Sendo parafusadas, estas próteses podem ser
removidas e reposicionadas sempre que necessário para avaliação e manutenção(26).
Além disso, o parafuso de ouro funciona como uma trava de segurança, sendo a
peça a mais frágil do sistema biomecânico(29).
DESVANTAGENS
a) Por ser metálico e supra-gengival, tem como principal desvantagem ser anti-estético.
Entretanto, deve ser também considerado o fato de que com um intermediário de no
mínimo 3,00 mm mais um cilindro de ouro de aproximadamente 3,00 mm,
necessita-se de pelo menos 7,00 mm a 8,00 mm de espaço protético para que seja
possível a confecção da prótese(13).
b) Uma outra desvantagem é que a prótese fixa confeccionada sobre este intermediário
pode não restaurar o espaço entre a prótese e os tecidos residuais, o fluxo de ar
produzido durante a fala fica desimpedido, apresentando problema fonético(8,23).
TÉCNICA DE INSTALAÇÃO E TORQUE
Inicialmente deve-se selecionar o comprimento correto do intermediário. Para
isto, a distância da base do implante à margem gengival deve ser analisada, podendo
a Embora exista anel com dispositivo anti-rotacional.
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exigir diferentes comprimentos de intermediários, baseando-se no fato de que o bordo
superior do pilar deverá estar 2,00 mm além do limite gengival na mandíbula e 1,00 mm
na maxila(1,8). O pilar propriamente dito, após ser tirado de sua embalagem estéril, pode
ser levado ao implante de três maneiras distintas. A mais simples consiste na utilização
de um dispositivo plástico montado industrialmenteb, já transportando pilar e parafuso
de pilar em posição ideal para instalação. Pode ainda ser utilizado um transportador de
pilar plástico ou uma pinça porta pilar.
O intermediário propriamente dito deve ser levado em posição contra o implante
e girado levemente, até que o operador perceba que houve o encaixe das superfícies
hexagonais de implante (externa) e intermediário (interna). Em seguida, deve-se apertar
firmemente o parafuso do intermediário com a chave manual, realizando um raio X que
constate a adaptação e finalizar o aperto com 20 Ncm de torque mecânico, podendo ser
feito com torquímetro manual ou mecânico, neste momento, para HOBO(8); o
intermediário deverá estar preso com a pinça para evitar transmissão direta de torque ao
implante(12). A chave utilizada possui hexágono interno compatível com o hexágono
externo da cabeça do parafuso de pilar. Na Fig. 5, podem ser vistos chave e dispositivo
transportador de pilar. O aperto deste parafuso deve ser verificado a cada consulta
anterior à instalação da prótese, evitando futuras desadaptações(8).
TÉCNICA DE MOLDAGEM
Este intermediário pode ser moldado usando-se moldeira aberta (individual) ou
moldeira fechada (de estoque), através de dispositivos de moldagens ou transferentes,
quadrados ou cônicos respectivamente.
Na moldagem com componentes quadrados, os mesmos devem ser posicionados
sobre os intermediários e parafusados com parafusos de trabalho que acompanham estes
b Implant Innovations Inc.
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componentes. Em seguida, devem ser amarrados com fio dental, que posteriormente
será recoberto com resina auto-polimerizável. A moldeira aberta (cuja perfuração
correspondente à área dos implantes deve ser protegida com cera rosa 7) é preenchida
com material de moldagem elastomérico, cujo adesivo correspondente foi previamente
usado e levada em posição na boca. Os parafusos de trabalho dos componentes
quadrados irão perfurar a cera da moldeira e após a polimerização do material de
moldagem deverão ser desapertados. O desaperto total é percebido com um “pulo” do
parafuso para fora da rosca, quando às vezes ouve-se um “clique”(8), possibilitando a
remoção da moldeira e dos componentes quadrados, agora dentro do molde. Uma
réplica ou análogo do intermediário é parafusado contra o componente quadrado no
interior do molde que, em seguida, é vazado com gesso pedra tipo IV. Os passos da
técnica podem ser vistos da Fig. 6a a Fig. 6e.
Já a moldagem com o componente cônico é feita parafusando o mesmo ao pilar
Standard e moldando-o com moldeira de estoque e material elastomérico que, após
polimerizado, possibilita a remoção da moldeira. Em seguida, o componente cônico é
desapertado do intermediário e parafusado a uma réplica ou análogo de intermediário
Standard. O conjunto (transferente-análogo) é posicionado no interior do molde que é
então vazado com gesso pedra tipo IV.
PILAR ESTHETICONE ou CÔNICO - CARACTERÍSTICAS
MORFOLÓGICAS
Este intermediário foi desenvolvido inicialmente com a finalidade de prover
estética para casos parciais e totais(24), ou seja, casos múltiplos, uma vez que o pilar
Standard não satisfazia às exigências estéticas de várias situações clínicas. Para isto fez-
se uma alteração de relativa simplicidade e bastante efeito estético no desenho do pilar
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Standard. Confeccionado em titânio e também composto de duas partes distintas - o
intermediário propriamente dito e o parafuso de intermediário - tem como principal
característica morfológica o fato de que as duas partes, quando apertadas contra o
implante, formam o desenho de um cone. Daí o nome original de “EsthetiCone” e, mais
recentemente por algumas empresas, de pilar cônico. Este intermediário pode ser visto
na Fig. 7, podendo ser observada a sua forma cônica, com conicidade de 30o devido à
inclinação de 15o de suas paredes (Fig. 8), sendo que sua base termina em um ombro –
cinta cervical, sub-gengival(19).
O intermediário propriamente dito que forma a primeira parte do “cone” possui
duas extremidades: a mais larga se conecta ao hexágono externo do implante através de
um hexágono interno de maneira idêntica ao do pilar “standard”, enquanto que a
extremidade menos larga será conectada ao parafuso do intermediário, formando o
cone. A cabeça do parafuso possui hexágono onde é encaixada a chave do parafuso de
pilar - mesma chave utilizada para o Standard. Assim como no Standard, o parafuso
de intermediário possui rosca interna que possibilita parafusar uma coroa feita sobre um
anel de ouro ou plástico, através de um parafuso de fixação. Aqui, pode-se observar a
grande diferença dos dois intermediários apresentados até agora; enquanto no primeiro
o anel de ouro era posicionado sobre o intermediário numa junção de topo, neste
segundo o anel de ouro envolve todo o intermediário como se fosse uma coroa
revestindo um preparo dentário. Com este artifício, tornou-se possível a confecção de
próteses com emergência estética sub-gengival com relativa facilidade.
Na analogia feita com os preparos em dentes naturais ou núcleos e suas
respectivas coroas, deve ficar claro uma diferença básica: enquanto nestes a retenção é
dada através de retenção friccional, naqueles, pilar-anel de ouro, a retenção se dá pelo
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aperto do parafuso de ouro. Por isso, para compensar possíveis falhas na inclinação dos
implantes o anel de plástico ou de ouro só toca na base do mesmo, não contactando as
paredes laterais do intermediário. Este artifício permite um erro de até 30° na inclinação
de implantes múltiplos sem comprometimento da direção de inserção da prótese, nem
tampouco de sua retenção. Também não se pode ignorar o fato da primeira parte -
intermediário propriamente dito - possuir um hexágono formado por suas paredes
laterais. Assim, recentemente foi desenvolvido por alguns sistemas um anel de ouro ou
plástico que tem em sua parte interna o hexágono correspondente ao hexágono daquele
pilar, possibilitando assim a confecção de próteses individuais parafusadas sobre pilares
cônicos, como será visto na Parte II em que trataremos apenas dos casos individuais.
Este pilar possui diâmetro de 4,8 mm na parte que contacta o anel de ouro e
comprimento variável da cinta cervical de 1,0, 2,0 e 3,0 mm de altura, destinada à
região sub-gengival (Fig. 9). Uma característica interessante deste pilar quando se
analisa suas dimensões é o fato de que para se posicionar o anel e parafuso de ouro
sobre o pilar, mantendo as características de estética e sem causar interferências
oclusais, necessita-se de no mínimo 6,7 mm de distância da base do implante ao dente
antagonista (Fig. 10).
INDICAÇÕES
Considerando a parte inicial, descrita sobre o desenvolvimento do pilar
EsthetiCone pode-se concluir, como indicações para estes pilares:
a) Casos parciais ou totais cuja estética seja fundamental e que não exista contra-
indicações para seu uso (Figs. 11a a 11e).
b) Casos individuais parafusados (utilizando-se cilindro de ouro ou plástico com
hexágono interno).
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CONTRA-INDICAÇÕES
a) Casos múltiplos cujo paralelismo entre os implantes apresentem erro de mais de 30°.
b) Quando o(s) implante(s) apresenta inclinação para vestibular. Para uma prótese ser
parafusada o orifício de acesso para o parafuso de fixação não deve estar em área
estética(5).
c) Em situações clínicas onde o espaço protético é menor que 6,7 mm.
d) Situações clínicas de grande envolvimento estético e cuja cinta cervical metálica de
1,00 mm ainda ficaria aparente.
VANTAGENS
a) Obtenção de estética através de um perfil de emergência sub-gengival do dente
artificial, tanto em casos múltiplos como em individuais.
b) Correção de falhas no paralelismo entre implantes, desde que o erro não ultrapasse
30°.
c) Reversibilidade do processo. Sendo parafusadas, estas próteses podem ser
removidas e reposicionadas sempre que necessário, para avaliação e manutenção(26).
d) Assim como no pilar Standard, a última peça parafusada é o dente retido por um
parafuso de ouro que passa a ser a zona frágil do sistema biomecânico; caso haja
uma falha, ele sofrerá fratura ou se desapertará, impedindo que outras partes do
sistema sofram danos maiores e de difícil reparo(27,29).
DESVANTAGENS
Além das limitações de uso aqui mostradas nas indicações e contra-indicações,
deve ser considerado o fato de que quando da utilização destes pilares em dentes
posteriores, ocorre o risco de comprometimento do relacionamento oclusal, já que 1/3
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da área da superfície oclusal correspondente à perfuração do parafuso de ouro será
preenchida com resina fotopolimerizável(7), embora este risco seja controverso.
TÉCNICA DE INSTALAÇÃO E TORQUE
Inicialmente deve-se remover o pilar de cicatrização ou “healing abutment”
do(s) implante(s) e medir com um calibrador qual a distância da plataforma do implante
à margem gengival. Nos casos anteriores, subtrair de 2,0 ou 3,0 mm e o resultado será a
altura da cinta cervical do EsthetiCone 1,0, 2,0 ou 3,0 mm. Nos posteriores, subtrair de
1,0 ou 2,0 mm, deixando um sulco gengival menor(24). Na ausência de um calibrador,
alguns componentes para moldar implantes são calibrados e podem ser posicionados no
implante com esta finalidade, fornecendo ainda uma melhor visão da inclinação do
implante. Alguns kitsc para seleção de pilares também possuem calibrador.
O intermediário propriamente dito, após ser tirado de sua embalagem estéril
pode ser levado ao implante de duas maneiras distintas, utilizando-se um dispositivo
plástico específico semelhante ao utilizado para o intermediário Standard – Assyst, ou
ainda utilizado-se um transportador de pilar confeccionado em metal (Fig. 12). Para
apertar o parafuso de intermediário, prendendo o intermediário propriamente dito contra
o implante, utiliza-se uma chave manual com hexágono interno compatível com o
hexágono externo da cabeça do parafuso e posteriormente uma chave mecânica, para
um torque mecânico de 20 Ncm. O intermediário propriamente dito deve ser levado em
posição contra o implante e girado levemente até que o operador perceba que houve o
encaixe das superfícies hexagonais do implante (externa) e do intermediário (interna) e,
em seguida, o parafuso do intermediário é apertado manualmente. Uma radiografia deve
ser feita para certificar-se da adaptação(8) e só então é dado o torque mecânico.
c Conexão Sistemas de Próteses Ltda.
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A chave é a mesma utilizada para o pilar Standard. O torque mecânico não deve
ser dado sem um dispositivo anti-rotacional, o qual impede a passagem de carga ao
implante durante esta manobra(2,12,24).
TÉCNICA DE MOLDAGEM
Este intermediário, assim como seu precursor pilar “standard”, pode ser moldado
usando-se moldeira aberta (individual) ou moldeira fechada (de estoque), através de
dispositivos de moldagens ou transferentes, quadrados ou cônicos respectivamente(2,24).
Na moldagem com componentes quadrados, os mesmos devem ser posicionados
sobre os intermediários e parafusados com parafusos de trabalho que os acompanham.
Para tanto, o profissional deve selecionar o componente quadrado, já que este se
apresenta sob duas formas: com sextavado interno, para casos individuais e com
superfície interna lisa, para casos múltiplos. Nestes últimos, eles devem ser amarrados
com fio dental que é recoberto com resina autopolimerizável. Em seguida, a moldeira
aberta (cuja perfuração correspondente à área dos implantes estará protegida com cera
rosa 7) é preenchida com material de moldagem elastomérico e levada em posição na
boca. Os parafusos de trabalho dos componentes de moldagem irão perfurar a cera da
moldeira e após a polimerização do material deverão ser desapertados, possibilitando a
remoção da moldeira com os componentes quadrados, agora dentro do molde, à
semelhança do pilar Standard. As réplicas - ou análogos - dos intermediários são
parafusadas contra os componentes quadrados no interior do molde que, em seguida, é
vazado com resina resiliente e gesso pedra tipo IV. Nos casos individuais, obviamente
torna-se imprescindível a utilização de réplicas com paredes axiais sextavadas, de
maneira a reproduzir o posicionamento do intermediário na boca.
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Já a moldagem com o componente cônico é feita parafusando-o ao intermediário
e moldando-o com moldeira de estoque e material elastomérico. Após a polimerização
do material, a moldeira é removida. Em seguida, o componente cônico é desapertado do
intermediário e parafusado a uma réplica ou análogo de intermediário cônico. O
conjunto (transferente-análogo) é posicionado no interior do molde que é então vazado
com resina resiliente e gesso pedra tipo IV. É importante ressaltar que em casos
múltiplos o anel de ouro só toca no intermediário em sua base. Por isso, ao adquirir
réplicas ou análogos de intermediário cônico, deve-se preferir somente as sextavadas,
pois elas servirão tanto para os casos múltiplos, anéis de ouro lisos, como para os casos
individuais, cujos anéis de ouro possuem sextavados que tocam na superfície axial da
réplica, assim como do pilar, agindo como um dispositivo anti-rotacional .
PILAR MIRUSCONEd ou MICROSCONEe - CARACTERÍSTICAS
MORFOLÓGICAS
O intermediário “MirusCone” apresentado em 1995 pela Nobelbiocare, tem
grande similaridade com o EsthetiCone. Daí sua abordagem antes de outros pilares
desenvolvidos há mais tempo, como o angulado e o UCLA. Seu desenvolvimento
aconteceu graças a uma considerável desvantagem ou limitação dos pilares EsthetiCone
que, como já foi visto, não podem ser usados quando o espaço protético é menor que 6,7
mm, sendo possível a utilização do MirusCone em espaços protéticos de até 4,5 mm(18)
(Fig. 13).
À semelhança dos intermediários vistos até o momento, este também possui o
intermediário propriamente dito e o parafuso de intermediário. O primeiro tem forma de
um pequeno cone, cuja base se adapta ao hexágono externo do implante devido a um
d NobelBiocare e Conexão Sistemas de Próteses Ltda
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hexágono interno idêntico ao encontrado nas bases do Standard e do cônico
(EsthetiCone). A outra extremidade se ajusta ao parafuso de intermediário definindo a
forma cônica da mesma maneira que no EsthetiCone, porém com proporções menores
(Fig. 14). Este componente possui uma cinta cervical a exemplo do EsthetiCone, com
altura de 1,0, 2,0 ou 3,0 mm que deverá situar-se sub-gengivalmente. O cone formado
acima da cinta cervical tem paredes com inclinação de 20°, permitindo uma falha no
posicionamento do implante de até 40° sem prejuízos para a construção protética (Fig.
15).
Dois aspectos devem ser considerados durante o estudo deste intermediário
relativamente novo: como sua altura é pequena, um anel de ouro com hexágono teria
pouca efetividade como dispositivo anti-rotacional, impedindo sua utilização para casos
individuais; devido ao seu menor comprimento, todos os componentes protéticos
utilizados para confecção de provisório, moldagem, protetor gengival, réplicas,
parafuso e anel de ouro são exclusivos deste intermediário.
INDICAÇÕES
a) Casos múltiplos em que a estética é relevante e o espaço protético entre a base do
implante e o antagonista é menor que 6,7 mm e maior ou igual que 4,5 mm. Na Fig.
16 é mostrada uma situação clínica com seis implantes, em que os quatro distais
receberam EsthetiCone e os dois anteriores MirusCone com o objetivo de diminuir o
volume da superfície palatina dos dentes.
b) Casos múltiplos em que ocorreu erro de paralelismo durante o posicionamento dos
implantes, causando uma conicidade entre os mesmos de até 40°, obviamente em
espaços protéticos de pelo menos 4,5 mm.
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CONTRA-INDICAÇÕES
a) Casos individuais, uma vez que não existe anel de ouro com dispositivo anti-
rotacional. Se vier a ser desenvolvido, sua efetividade deverá ser testada devido à
sua pequena altura.
b) Implantes vestibularizados cujo orifício de acesso ao parafuso de ouro apareça na
incisal ou vestibular do dente – problemas estéticos.
c) Embora nenhum trabalho mostre com certeza, deve-se evitar sua utilização em casos
com espaços protéticos maiores que 8 mm em que aparentemente o EsthetiCone é
mais favorável biomecanicamente.
d) Situações clínicas de grande envolvimento estético cuja cinta cervical de 1,00 mm
ainda ficaria aparente.
e) Espaço protético menor que 4,5 mm.
f) Para implantes cujo erro de paralelismo seja maior que 40o.
VANTAGENS
Sem sombra de dúvida, este intermediário possibilita a realização de casos antes
difíceis de se resolver devido à altura do EsthetiCone, sendo esta sua maior vantagem.
Porém, a possibilidade de correção de erro de paralelismo de até 40° também é de
grande importância.
DESVANTAGENS
a) Não pode ser utilizado em casos individuais.
b) O parafuso de ouro é menor e sua resistência deve ser comprovada clinicamente.
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TÉCNICA DE COLOCAÇÃO, TORQUE E MOLDAGEM
Idêntica ao mostrado para o pilar “EsthetiCone”, inclusive com as mesmas
chaves e dispositivos para colocação. Obviamente os dispositivos para moldagem e suas
réplicas são específicas para este intermediário.
PILAR UCLA - CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS
Desenvolvido na Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA). Este
intermediário apresenta significativa diferença com os mostrados até aqui, embora
também seja apresentado em duas partes: intermediário e parafuso de intermediário
(Fig.17). O intermediário confeccionado em ouro ou em plástico fundível(8) permite a
aplicação de porcelana e faz com que pilar e coroa clínica sejam a mesma peça, não
definindo o conjunto implante-pilar-dente ou prótese segmentada(17) como mostrado até
agora, mas implante-dente ou prótese não segmentada(17) (Fig. 18).Tem um colar
cervical de pequena extensão, permitindo a aplicação de porcelana desde a base do
implante(8). Para alguns autores, este pilar viola um princípio básico de desenho dos
implantes Branemark, ou seja, na zona frágil do sistema o parafuso deveria ser ouro e
não de titânio(27). Consiste de um tubo em ouro ou plástico fundível (os outros
intermediários são confeccionados em titânio) cuja base mais larga se adapta através de
hexágono interno à plataforma do implante em seu hexágono externo – atualmente pode
ser encontrado sem hexágono, estando estes indicados para os casos múltiplos(16,25).
Podendo ser utilizado de três maneiras distintas. Quanto ao parafuso de pilar, pode ser
fixado com chave de fenda; pode ser sextavado interno, quadrangular interno ou
estrelado interno, dependendo da empresa.
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A “Nobelbiocare” desenvolveu nos últimos anos o "AurAdapt", que é
uma espécie de “UCLA”, que têm dispositivo anti-rotacional próprio, semelhante ao to
TiAdapt, que será visto.
INDICAÇÕES
a) Para confecção de próteses sobre implantes posicionados muito superficialmente em
relação ao tecido gengival sem comprometimento estético.
b) Para confecção de próteses para implante múltiplos e individuais, conforme será
visto na parte II.
c) Casos de overdenture, para os quais a instalação do pilar convencional mais
volumoso levaria ao enfraquecimento da prótese total devido a uma grande abertura
em seu interior (Figs. 19a a 19c).
d) Para confecção de próteses onde o espaço protético é pequeno, podendo ser usado
em espaços protéticos contra-indicados para o MirusCone (Figs. 20a a 20c).
e) Para confecção de próteses em implantes inclinados, mesmo que vestibularmente,
confeccionando-se um pilar angulado, encerado a partir do ‘‘UCLA’’ e sobre o qual
o dente será cimentado ou parafusado com o sistema tubo-parafuso(28).
f) Em casos de re-aproveitamento de implante fraturado (8).
CONTRA-INDICAÇÃO
a) Este pilar, importante em determinadas situações clínicas, deve ser evitado em
regiões em que próteses segmentadas convencionais com parafuso de ouro possam
ser colocadas, uma vez que nestes casos o parafuso de ouro, mais macio, funciona
como uma trava de segurança.
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VANTAGENS
a) A porcelana emerge da borda do intermediário na junção com o implante
possibilitando obter estética em casos desfavoráveis, quando o implante está
localizado muito superficialmente.
b) Resolução de casos difíceis com os pilares cônicos e Standard devido ao volume
destes.
c) Possibilita corrigir erros de posicionamento (com a construção de próteses
cimentadas ou parafusadas tubo/parafuso).
d) Custo menor, uma vez que diminui o número de componentes protéticos.
DESVANTAGENS
a) Risco de fratura do parafuso de pilar dentro do implante, sendo de titânio pode levar
ao comprometimento do próprio implante. ( O AurAdapt já possui parafuso de ouro
e possibilidade de torque, além disto alguns sistemas, como a 3i e a conexão,
oferecem parafuso de ouro para o UCLA, que podem receber torque de 32 Ncm).
b) Nos casos cimentados, risco de ocorrer desaperto do parafuso de pilar (o que não
ocorre quando da utilização de parafuso de ouro com torque de 32 Ncm).
c) Como não é confeccionado em Titânio, pode aparecer galvanismo entre o titânio e a
liga utilizada na confecção do dente; além disso, a interface entre os componentes
protéticos, quando pré-fabricados, é melhor adaptada que os fundíveis, como no
caso do UCLA, favorecendo o aparecimento de peri-implantite(16) ou problemas
mecânicos, como desapertos e/ou fraturas
d) Uma outra colocação importante é que quando utilizado como dente (porcelana
aplicada no próprio pilar), ele será parafusado e o orifício de acesso ao parafuso,
quando voltado para incisal ou vestibular, comprometerá a estética.
20
e) Caso nas regiões posteriores o orifício de acesso ao parafuso, esteja localizado na
oclusal, não se pode esquecer que sua abertura é bem maior que aquela do parafuso
de ouro, podendo comprometer a estabilidade oclusal(7).
TÉCNICA DE COLOCAÇÃO E TORQUE
A instalação destes intermediários é extremamente simples, até porque, baseado
em suas indicações, quase sempre o implante estará próximo da margem gengival. O
pilar é posicionado, radiografado e apertado com um torque de 20 Ncm, principalmente
quando utilizado como núcleo em trabalhos cimentados, devido à perda da
reversibilidade.
TÉCNICA DE MOLDAGEM
A técnica que será apresentada também é usada para moldagem de implantes,
quando da seleção de intermediários. Sobre o implante, é posicionado o dispositivo de
moldagem ou transferente quadrado em duas partes (componente de moldagem
propriamente dito e parafuso de trabalho). Assim que o operador certificar-se de que o
componente de moldagem se adaptou perfeitamente sobre a plataforma do implante, o
parafuso de trabalho é apertado fortemente. Isto ocorre devido a um hexágono interno
na base do componente de moldagem que se encaixa sobre o hexágono externo do
implante. Em seguida, moldam-se os implantes, usando moldeira individual aberta com
a abertura (janela) recoberta por cera rosa 7 no local em que estarão presentes os
implantes. Estes, dependendo da inclinação, poderão ou não ser unidos com fio dental e
resina. A moldeira é preenchida com material elastomérico e levada em posição quando,
então, o parafuso de trabalho perfura a cera. Assim que o material de moldagem
polimerizar, o parafuso é desapertado e o molde removido; no seu interior estará
presente o componente de moldagem contra o qual deverá ser posicionada uma réplica
21
ou análogo do implante que é apertado através do parafuso de trabalho. Então, é vertido
material resinoso macio, simulando a gengiva e vazado o gesso pedra tipo IV.
PILARES ANGULADOS - CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS
No início do desenvolvimento das próteses implantadas, não demorou muito
para se perceber que a localização, qualidade e contorno ósseo aceitável às vezes ditam
o posicionamento do implante com pronunciada angulação(20). Assim, eventualmente o
implante é colocado em área cuja emergência ou longo eixo não é compatível com o
posicionamento do dente no arco(6). O uso de pilares angulados a partir do UCLA pode
ser uma alternativa(28), porém causando dificuldades na confecção da prótese, com
problemas estéticos, dificuldade de higienização(22) e má distribuição das cargas
oclusais(29). Por isso, foram desenvolvidos intermediários com angulações que
pudessem corrigir o erro de inclinação do implante, devolvendo a emergência correta ao
dente (Fig. 21). A bem da verdade, a correção tem caráter estético e de facilidade de
confecção; continuam os problemas com a higiene e a má distribuição das cargas
oclusais.
Os intermediários angulados são compostos de duas partes: o intermediário
propriamente dito e o parafuso de intermediário. Quanto ao primeiro, este possui uma
base que se adapta ao hexágono externo do implante, permitindo um posicionamento
sobre o hexágono do implante em 12 posições diferentes(10). Da base emerge um cone
angulado em relação ao implante, esta angulação pode variar de 15° a 35°, com duas ou
três alturas sub-gengivais, dependendo do sistema.
22
INDICAÇÕES
Para casos múltiplos, em que um ou mais implantes apresentam-se inclinados ou
no sentido M-D ou no V-L, com o objetivo de devolver a emergência correta do dente,
facilitando a confecção da prótese e a obtenção de estética (Figs. 22a e 22b).
CONTRA-INDICAÇÕES
a) Necessariamente não se pode colocar como contra-indicação absoluta, porém
situações clínicas em que o implante está vestibularizado e posicionado
superficialmente, a curvatura ou angulação - “joelho” - metálica ficará exposta por
vestibular, comprometendo a estética.
b) Quando o espaço protético é menor que 7,4 mm.
c) Se usado o da NobelBiocare ou compatível, contra-indicado para casos
individuais(2).
VANTAGEM
a) Regularização de emergência, devolvendo estética e facilitando a confecção de
próteses implantadas em situações cujo erro de inclinação do(s) implante(s)
impossibilitaria a confecção da prótese com os intermediários Standard, EsthetiCone
ou MirusCone que emergem da mesma inclinação do implante.
DESVANTAGENS
a) Embora se consiga um bom perfil emergente, o direcionamento da carga oclusal,
devido à angulação, gera um desequilíbrio biomecânico muito grande(29). Sendo
assim, o uso do pilar angulado, embora seja indiscutível quando do mal
posicionamento do implante, leva a uma situação de prognóstico ruim.
b) Ocorre também que restaurações com perfil de emergência impróprio comprometem
o acesso a uma perfeita escovação(22).
23
TÉCNICA DE INSTALAÇÃO E TORQUE
O posicionamento do intermediário propriamente dito sobre o implante é feito
conforme a necessidade clínica de angulação. Após o posicionamento, ele é apertado
contra o implante com um parafuso de intermediário específico e com torque de 20 Ncm
após confirmar a sua adaptação com radiografia.
TÉCNICA DE MOLDAGEM
Para este pilar, existem duas possibilidades. Alguns sistemas como a
NobelBiocare são moldados usando-se os mesmos componentes do pilar cônico,
inclusive com o mesmo componente de moldagem e mesma réplica para casos
múltiplos. Em outros casos, como na 3i, molda-se o implante, sendo a prótese
confeccionada sobre um pilar angulado que foi posicionado sobre a réplica do implante
moldado.
PILARES PREPARÁVEIS - CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS
Os pilares tipo “post”, sempre estiveram presentes nos catálogos de diversos
sistemas de implantes, principalmente daqueles que visavam diminuir custos,
apresentados em duas formas uma com hexágono interno, acompanhada de parafuso de
titânio (duas peças) e outra sem hexágono interno (em peça única). Entretanto o
desaperto do parafuso de pilar, quase sempre seguido da perda da prótese, sobre ele
cimentada, juntamente com o sucesso dos outros pilares, levou a um desinteresse, por
parte dos protesistas, em insistir na sua utilização. Nos últimos anos porém, o
desenvolvimento de intermediários preparáveis, ou pilares preparáveis, em liga própria
e com parafusos de ouro que permitem torque mais acentuado, abriu uma nova
perspectiva a respeito desta técnica.
24
Como exemplos pode-se citar entre outros, o Ti-Adapt da Nobelbiocare, o Prep-
tite da 3i, parafusado com o “gold-tite”, o preparável da Conexão, parafusado com o
“screw-tite” e o da Steri-oss, o “torq-tite”, De maneira genérica, pode-se dizer que
constitui-se de um tubo em liga de Titânio e um parafuso de ouro. Quanto a forma do
pilar, emerge do implante, de maneira divergente do oifício de acesso ao parafuso, até
aproximadamente três milímetros, a partir dos quais converge em direção ao mesmo.
Alguns aspectos são inerentes a determinado sistema, assim as recomendações do
fabricante quanto a sua utilização deve ser respeitada. Apenas para ilustrar segue
abaixo, alguns destes aspectos e o sistema que o produz.
Ti-Adapt, da Nobelbiocare, é apresentado em diferentes tamanhos, mas o que
chama mais a atenção é a existência de um “angulado”, utilizado em situações de
inclinação do implante não passível de correção com o simples preparo. Mesmo este
“angulado”, tem hexágono interno. Possui ainda na parte interna do orifício de acesso
ao parafuso, hexágono interno que permite o acoplamento de dispositivo anti-torque
específico, diminuindo a carga passada ao implante no momento do aperto, como no
CeraOne(12) ,o parafuso é de ouro e na cabeça tem o desenho de uma estrela, na qual a
chave específica se encaixa para aperto manual e mecânico de 32 Ncm.
Prep-Tite da 3i(14 e 15), fabricado em liga de Titânio, tem rotação zero, pode ser
encontrado revestido ou não com nitrito de titânio (chamado de “GengiHue post”),
dando-lhe uma tonalidade amarelada, segundo o fabricante, mais estética que o titânio,
para situações de gengiva delgada e também encontrado com angulação de 15o, com
dodecaedro interno, para implantes mal posicionados. Porém a grande diferença é seu
parafuso, chamado de “gold-tite”, é confeccionado em ouro, e revestido com ouro 24
quilates, que se desprende durante seu aperto, promovendo a chamada lubrificação
25
sólida, melhor entendida como um imbricamento mecânico entre o parafuso e a rosca do
implante, pelo desprendimento do ouro, “graxa sólida”. Os parafusos da Conexão e da
Steri-oss, têm os mesmos princípios.
A técnica de uso destes pilares, consiste em prepará-los, de preferência em
modelos e suportes em laboratório, instalá-los e a partir daí utilizar procedimentos de
confecção de próteses fixas convencionais. Assim as próteses são cimentadas, e
obviamente irreversíveis.
INDICAÇÕES
a) Frente a impossibilidade de utilização dos pilares pré-fabricados e não preparáveis, a
reversibilidade do processo é perdida, reversibilidade esta, particularmente desejável
em próteses com múltiplos implantes, arcos completos e “cantilevers” (JOHNSON,
P.F.,1999)(4). As grandes reconstruções em todo o arco, são melhor tratadas com
retenções rosqueáveis, os reparos destas reconstruções são assim mais previsíveis
( SULLIVAN, D.Y.,1999)(4).
b) Casos unitários, nos quais a presença de papilas nas proximais provocaria a
existência de sulco muito profundo nesta região, caso fosse utilizado, pilares com
cintas cervicais pré-fabricadas. A possibilidade de preparo possibilitará a
uniformidade na profundidade do sulco.
CONTRA-INDICAÇÕES
a) Espaço protético limitado, as paredes curtas do preparo podem comprometer
a retenção da prótese ( JOHNSON, P.F., SULLIVAN,D.Y.,1999)(4).
b) Implantes mal posicionados, nos quais a redução das paredes axiais afim de
obter paralelismo, comprometeria a retenção ( SULLIVAN, D.Y.,1999)(4).
26
c) Os argumentos contra a cimentação por medo que os pilares possam
afrouxar, são hoje meramente históricos, um torque adequado, impede o
desaperto ( SULLIVAN, D.Y.,1999)(4). Porém o uso incorreto, sem o devido
torque, pode levar a perda da prótese.
DESVANTAGENS
a) Há uma limitada seleção de pilares e os procedimentos clínicos e
laboratoriais são rotineiros ( JOHNSON, P.F.,1999)(4).
b) Contatos oclusais mais estáveis ( JOHNSON, P.F.,1999)(4), devido a
ausência dos orifícios de acesso, o que torna a prótese mais estética
(CHEE,W., 1999)(4). Embora para SULLIVAN, D.Y.,1999(4), seis orifícios
de acessos vedados com resina, são clinicamente irrelevantes frente ao
argumento de instabilidade oclusal.
c) A uniformidade das espessuras dos materiais restauradores, nas próteses
cimentadas, em função do preparo, elimina as distorções causadas por
grandes discrepâncias em algumas próteses parafusadas sobre pilares pré-
fabricados não preparáveis (CHEE,W., 1999)(4).
d) Possibilidade de durante o preparo cervical, seguir o contorno gengival
(CHEE,W., 1999)(4), mantendo a uniformidade na profundidade do sulco
gengival.
e) Pequenas desadaptações, podem ser compensadas com o cimento,
representando passividade (CHEE,W., 1999)(4).
DESVANTAGENS
a) Dificuldade de reparo da prótese, principalmente em casos de fraturas de
componentes(CHEE,W., 1999, FELDON,D.A.,1999)(4). O que leva
27
CHEE,W.(4), a preferir sempre que a posição do implante permitir, próteses
retidas por rosqueamento.
b) Retenção e estabilidade dependentes do preparo, menos previsível que as
rosqueadas (CHEE,W., 1999)(4) e dependente da habilidade do operador.
c) Requer remoção de cimento sub-gengival ( JOHNSON, P.F.,CHEE,W.,
1999)(4).
d) Uma maior dificuldade em relação aos outros pilares, uma vez que é preciso
desgasta-lo, dando a forma de um dente preparado, apesar de os
procedimentos clínicos serem rotineiros, são mais complexos que os
utilizados nas próteses parafusadas.
TÉCNICA DE PREPARO, INSTALAÇÃO E TORQUE
Quanto a técnica de preparo empregada, é importante obviamente, que após a
conclusão exista espaço para o material restaurador, de maneira a respeitar a rigidez do
material escolhido. O preparo direto na boca, envolve certos riscos, uma falha na
irrigação pode provocar uma transmissão de calor exacerbada para a junção osso-
implante. Assim é mais prudente moldar o implante, e com modelo e suporte para
preparo, demarcar no modelo a região a ser desgastada e no suporte fazer o desgaste, o
pilar deve ser levado à boca para refinamento e verificação da extensão sub-gengival do
preparo. Para instalação a adaptação entre os hexágonos, interno e externo ou seja pilar
e implante, deve ser comprovada com radiografia periapical, antes do torque mecânico
final, de 32 Ncm. É importante notar que o parafuso do “prep-tite”, o “gold-tite”, ou
qualquer outro com revestimento de ouro, só será utilizado no momento de instalação
final, não deve ser utilizado no laboratório.
28
TÉCNICA DE MOLDAGEM
Para trabalhar com o pilar em laboratório, necessita-se da moldagem do
implante, na seqüência o pilar pode ser parafusado ao implante na boca, e apartir daí
tratado como um dente com procedimentos técnicos rotineiros. Ou a prótese pode ser
feita diretamente sobre o pilar, trazendo a vantagem de o selamento periférico da cera,
antes da fundição, poder ser feito diretamente no preparo.
CONCLUSÕES
Diante do exposto, para a correta seleção de intermediários em casos múltiplos,
pode-se concluir que:
1) A distância da base do implante à margem gengival, a inclinação do mesmo e o
espaço protético são aspectos determinantes desta escolha, devendo ser verificadas o
mais rápido possível.
2) A necessidade estética e de higienização deve pesar na escolha.
3) Para implantes sem paralelismo ou cujo parafuso de fixação será acessado por
vestibular, devem ser utilizados intermediários angulados pré-fabricados ou
construídos artesanalmente a partir do UCLA, de preferência com tubo parafuso,
devido a reversibilidade.
4) Para implantes posicionados superficialmente em área de envolvimento estético,
deve ser utilizado o UCLA, evitado em áreas muito sub-gengivais. Nestes casos
preferir os “UCLAs” em ouro e com parafuso de ouro com torque de 32 Ncm.
5) Devido à concorrência, provavelmente vários sistemas produzirão novos
intermediários, devendo os cirurgiões-dentistas estarem atentos às modernizações,
porém munidos de um espírito crítico, visando sempre melhorar a estética e a
função.
29
Observação: Na parte II – individuais, são feitas algumas considerações gerais que
complementam esta leitura.
ABSTRACT
During the last years, implantology firmed itself as a reality thanks to the
longevity of the treatments and to the functional results obtained; however, some
clinical situations, made difficult its application, due to the limitations of certain
components, at times esthetical, at times mechanical. New components were being
developed according to practical necessities, at times aiming better esthetics, at others
seeking more resistance, appearing in this manner a range of abutments with the
objective of facilitating the resolution of clinical problems, yet it ended up creating a
myth of insecurity and preoccupation amongst the dentists who work with prosthesis.
Thus, this article has as its main finality to facilitate the choice and the connection of the
various abutment which can be used upon "Branemark-compatible" osseointegrated
implants of regular diameter, seeking to evaluate its indication, counter-indications,
advantages, disadvantages, installation technique, torque and impression. The partial
and total will be analyzed in this article, in a second article the single ones.
KEY-WORDS
Implant-abutment, abutment, osseointegrated implants.
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33
Legendas das Figuras –Parte I: Casos de Implantes Múltiplos
Figura 1 – Implante intra-ósseo, intermediário “standard” e dente confeccionado sobre
o anel de ouro.
Figura 2 – Conjunto de dispositivos protéticos usados para trabalhar com o pilar
“standard”.
Figura 3a – Pilares “standard” em paciente classe II;
Figura 3b – Prótese confeccionada sobre os pilares. Notar término supra-gengival e
saúde gengival.
Figura 4 – Caso Protocolo concluído.
Figura 5 – Chave e transportador de pilar “standard”. A chave é a mesma utilizada para
“EsthetiCone” e “MirusCone”.
Figura 6a – Passos da moldagem com o componente quadrado: adaptação e aperto dos
componentes;
Figura 6b – Colocação do fio dental;
Figura 6c – Preenchimento com “Duralay”;
Figura 6d – Colocação da moldeira;
Figura 6e – Modelo pronto.
Figura 7 – Conjunto de dispositivos protéticos usados para trabalhar com o pilar
“EsthetiCone”.
Figura 8 – Inclinação das paredes e conicidade do pilar “EsthetiCone”.
Figura 9 – Diferentes alturas da cinta cervical de pilares “EsthetiCone” 1 mm, 2 mm e
3 mm.
Figura 10 – Para confecção de prótese sobre o intermediário “EsthetiCone”, necessita-
se de 6,7 mm para acomodação dos dispositivos protéticos.
Figura 11a– Situações de indicação do pilar “EsthetiCone” – caso parcial após
obtenção do modelo.
Figura 11b- Situações de indicação do pilar “EsthetiCone” – caso parcial após
conclusão em laboratório.
Figura 11c- Situações de indicação do pilar “EsthetiCone” – Vista frontal de caso
parcial concluído.
Figura 11d – Situações de indicação do pilar “EsthetiCone” – Vista oclusal de caso
total após instalação dos pilares.
34
Figura 11e - Situações de indicação do pilar “EsthetiCone” – Vista oclusal de caso total
após conclusão.
Figura 12 – dispositivos transportadores de pilar e chave prontos para posicionar o
“EsthetiCone”.
Figura 13 – Para confecção de prótese sobre o intermediário “MirusCone”, necessita-se
de no mínimo 4,5 mm para acomodar os dispositivos protéticos.
Figura 14 – Notar diferença de altura entre “EsthetiCone” e “MirusCone”.
Figura 15 – Inclinação das paredes e conicidade do pilar “MirusCone”.
Figura 16 – Situação em que foi preferido o “MirusCone”, já que o “EsthetiCone”
aumentaria o volume palatino da prótese.
Figura 17 – Conjunto de dispositivos protéticos utilizados para trabalhar com o pilar
“UCLA”.
Figura 18 – Esquema de prótese não segmentada confeccionada a partir do “UCLA”.
Figura 19a – Overdenture com barra/clip em que o “UCLA” foi utilizado para diminuir
a altura da barra e dar resistência à prótese total. Barra instalada.
Figura 19b– Overdenture com barra/clip em que o “UCLA” foi utilizado para diminuir
a altura da barra e dar resistência à prótese total. Prótese concluída em laboratório.
Figura 19c– Overdenture com barra/clip em que o “UCLA” foi utilizado para diminuir
a altura da barra e dar resistência à prótese total. Prótese instalada na boca.
Figura 20a– Uso do “UCLA” em espaço protético diminuído. Tubos posicionados no
modelo.
Figura 20b– Uso do “UCLA” em espaço protético diminuído. Enceramento concluído.
Figura 20c– Uso do “UCLA” em espaço protético diminuído. Radiografia após
instalação final.
Figura 21 – Esquema de pilar angulado, notar diferentes inserções para o parafuso de
pilar e parafuso do intermediário, em pilar angulado de 17o.
Figuras 22a– Prótese total implanto-suportada cuja possibilidade de ferulização foi
dada com o uso de quatro pilares angulados. Pilares instalados.
Figura 22b– Prótese total implanto-suportada cuja possibilidade de ferulização foi dada
com o uso de quatro pilares angulados. Prótese concluída.