avaliação compreensiva

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O senhor distraído Era uma vez um senhor que era muito distraído. Estava sempre a perder as coisas as luvas, os óculos, o pente, o chapéu-de- chuva (dúzias de chapéus-de-chuva), a carteira, a caneta e, até uma vez, os sapatos. Dessa vez em que chegou a casa descalço, a mulher dele fez um grande escarcéu: - Ó homem, tu andas mesmo de cabeça perdida, uns sapatos novos que custaram um dinheirão! Onde é que os deixaste? O senhor, que tinha olhos azuis, muito claros, por trás de óculos de aros redondos, fitou a mulher e disse: - Não sei! Costumo descalçar os sapatos debaixo da secretária, lá no escritório. Fui à casa de banho sem eles e, quando voltei, os sapatos tinham desaparecido. Alguém os levou por brincadeira. E o senhor ria-se, achando graça à partida que lhe tinham pregado. A mulher é que não se conformava: - Perdes tudo! Qualquer dia até perdes a cabeça. ANTÓNIO TORRADO In Da Rua do Cantador para a Rua do Ouvidor

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O senhor distraído

Era uma vez um senhor que era muito distraído.

Estava sempre a perder as coisas – as luvas, os óculos, o pente, o chapéu-de-

chuva (dúzias de chapéus-de-chuva), a carteira, a caneta e, até uma vez, os

sapatos.

Dessa vez em que chegou a casa descalço, a mulher dele fez um grande

escarcéu:

- Ó homem, tu andas mesmo de cabeça perdida, uns sapatos novos que

custaram um dinheirão! Onde é que os deixaste?

O senhor, que tinha olhos azuis, muito claros, por trás de óculos de aros

redondos, fitou a mulher e disse:

- Não sei! Costumo descalçar os sapatos debaixo da secretária, lá no escritório.

Fui à casa de banho sem eles e, quando voltei, os sapatos tinham desaparecido.

Alguém os levou por brincadeira.

E o senhor ria-se, achando graça à partida que lhe tinham pregado.

A mulher é que não se conformava:

- Perdes tudo! Qualquer dia até perdes a cabeça.

ANTÓNIO

TORRADO

In Da Rua do Cantador para a Rua do Ouvidor

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O que é isto no fundo da chávena?

- Pai, que é isto no fundo da chávena?

- Bebe o leite – disse o pai.

- Mas mexe-se!...

- Lá estás tu a inventar coisas.

- Pai, se não acreditas anda cá ver. Continua a mexer-se e eu não sei o que

é. Tem pernas, braços, asas e…voa!!!

- Se continuas a inventar coisas assim, tenho de te levar ao médico.

- Agora saiu da chávena e anda a voar à volta da minha cabeça.

- Ó filha, já vou ver se estás com febre.

- Ela está encostada ao meu ouvido a dizer que é a fada do leite e que, de

vez em quando, visita as crianças que o bebem às refeições. Queres vê-la, pai?

- Joaninha, o que é que se passa contigo?

- Pai, não saias daí que ela diz que vai ter contigo para te conhecer.

JOSÉ JORGE LETRIA

(Adaptado)

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Eu cá quero ser tudo Quero ser grande em altura

Futebolista e arquitecto Sem ter projecto nenhum

Actor de cinema mudo E quem sabe se hei-de ser

É preciso que dê certo. Piloto de Fórmula 1?

No fundo, o que eu quero No fundo, quando eu for grande

É ser grande e bem depressa sem que isso seja um insulto

Porque isto de crescer O que eu acho que vou ser

Não pode ser só conversa Afinal é mesmo adulto.

JOSÉ JORGE LETRIA

in O QUE EU QUERO SER…

(Adaptado)

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A Beatriz e o plátano

Passou-se numa pequena cidade onde as pessoas se conhecem umas às

outras e tudo o que ali acontece se fica a saber.

Nesta cidade havia uma rua chamada «Rua do Plátano», porque diante dos

edifícios dos Correios se erguia um plátano enorme, de tronco tão grosso que

não chegavam três pessoas para o abraçar.

Como o edifício o edifício dos correios estava bastante decaído e era pequeno

demais para os serviços, as autoridades competentes resolveram demoli-lo. Do

outro lado da rua vivia uma menina – a Beatriz – que gostava muito do plátano.

Certo dia constou que as autoridades tinham resolvido deitar o plátano abaixo.

Achavam eles que o novo edifício dos Correios ficava mais bonito se não

houvesse nada a ensombrá-lo.

Beatriz, quando soube da notícia, ficou alarmada.

Como era possível que alguém se atrevesse a deitar abaixo o plátano, o mais

lindo em toda a cidade e sempre tão apreciado que até servia para dar o nome à

rua onde crescera? E não faria tão boa figura em frente do novo edifício como a

que tinha feito do desaparecido?

Não continuaria também a dar hospedagem aos pássaros e abrigo às pessoas

em dias de chuva ou de muito sol?

Foi em tudo isto que a Beatriz pensou.

ILSE LOSA

in Beatriz e o Plátano

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Livro Lápis Mesa Cadeira Afias Borracha

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b d b p q

d q q d b

m m n u w

n m u n r

p d q b p

q q p g b

e o a e c

i l i j t

h b h l n

l h i l T

u v u y w

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O Ratinho Atrevido

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Certa manhã, muito cedo, estava Mestre Pinheiro ainda no seu segundo sono,

apareceu na clareira um rato muito pequenino, com o pêlo macio cor de chumbo e um

rabo comprido e fino como uma agulha. Às corridinhas, Menino Rato chegou-se ao

velho pinheiro, e sem pedir licença a ninguém, resolveu subir por ele ao cheiro dos

pinhões.

Mestre Pinheiro acordo sobressaltado e com uma forte sacudidela atirou com o rato,

às cambalhotas, sobre a caruma que havia em volta.

Mal se pôs de pé, o ratinho atrevido voltou-se para o pinheiro e guinchou lá para

cima sem respeito nenhum:

- Ouça lá, você não podia estar quieto para me deixar subir?

Mestre Pinheiro, que era um pinheiro manso, respondeu-lhe com calma:

- Vinhas então aos meus pinhões!? E com licença de quem, pode saber-se?

- Licença? – guinchou o rato. – Eu não preciso de licença para apanhar o que

quero. De noite, em vez de dormir como você, entro nas casa das pessoas e roubo o

que me apetece.

- Bonita maneira de ganhar a vida, não haja dúvida!

- Bonita não será, mas é prática. Ora fique quietinho um bocadinho, que eu não

vou daqui sem os meus pinhões! – continuou o rato, muito regateiro.

- Sem os meus pinhões, queres tu dizer! – berrou Mestre Pinheiro, que

começava a perder a paciência.

– Então espera aí que eu já te dou os pinhões! – E soltando uma das suas

pinhas mais pesadas, ainda verdes, deixou-a cair com toda a pontaria na cabeça do

rato malcriado.

- Ai, ai, ai – gemeu o ratinho levando a pata à cabeça. – Viu o que me fez?

- Vi – disse Mestre Pinheiro -, e se não te safas daqui ainda levas com a

segunda dose de pinhoada!

Então o ratinho foi-se embora acorrer, com o rabinho entre as pernas, cheio de

vergonha e com um grande «galo» na cabeça

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A ABELHA E A FORMIGA

A tarde estava húmida e quente. No céu, algumas nuvens formavam figuras

bizarras. Os bancos do jardim estrategicamente colocados sob a copa das árvores,

estavam vazios.

Uma abelha, saltando de flor em flor, executava a sua permanente tarefa da

recolha do pólen. Mas, de repente, ficou muda de espanto: é que encostada ao

tenro caule de uma planta, descansava uma formiga!

- A descansar? – não resistiu a perguntar a abelha que sempre ouvira dizer que,

tal como as abelhas, as formigas passavam todo o tempo a trabalhar.

- Hoje não trabalhamos. É o “Dia Mundial da Formiga”, e a nossa chefe deu-nos

um dia de repouso e de festa.

- Mas que interessante! – continuou a abelha. – Sempre pensei que essas datas

especiais existiam apenas para as pessoas...

- Pois enganas-te! – afirmou a formiga, erguendo uma patita em direcção à

abelha. – Nós as formigas também temos agora um Dia Mundial. E até vamos

convidar vários grupos de cigarras que, logo à noite, irão alegrar o nosso baile.

- Que curioso! – murmurou espantada a abelha. E lá continuou o seu trabalho,

talvez a sonhar que também a sua Rainha decretasse, mais cedo ou mais tarde,

o Dia Mundial da Abelha.

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O Regato

Numa serra vivia um Regato que sonhava conhecer o Mar. Mas não sabia

como fazê-lo. O Mar viveria longe? Moraria perto? Como sabê-lo?

Ora, um dia, o Regato deitou-se à aventura.

Lá foi, assobiando de contente, sobre as pedras e os seixos do caminho. Na

viagem, encontrou um Ribeira de águas cristalinas.

- Onde vais, Regato? – perguntou-lhe ela.

- Vou à procura do Mar! Dizem que é imenso e muito forte. Parece que é o

Presidente do País das Águas...

- E, é! – concordou a Ribeira. E anda sempre acompanhado pelas Ondas,

que são as suas filhas.

- Deve ser lindo, o Mar!... – sonhou um pouco o Regato.

- Deve ser, deve. Mas temos de encontrar primeiro o Rio. Sem o Rio não se

chega ao Mar! – disse a Ribeira.

- Então, anda daí! – propôs o Regato.

E lá foram os dois, muito felizes por se terem encontrado.

Garcia Barreto

Construói frases com as palavras fornecidas:

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a) A Ritinha / caixa / recebeu / chocolate / de / uma / no Natal.

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b) A / da/ Ana / é / mochila / azul.

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c) Podemos / vegetais/ comer / e / legumes / todos / os /dias.

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d) Nós/ na escola/ a / / aprendemos/ ler.

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Escreve uma pequena composição sobre a tua escola.

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escola

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* Observa os seguintes nomes e memoriza-os:

JOÃO PEDRO ANDRÉ RUI JOSÉ

FILIPE MARIA INÊS