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    GALASTRI, N.A. Apostila da Disciplina de Biologia do Curso de Meio Ambiente e Recursos Hdricos daFaculdade de Tecnologia de Jahu. 2015. (Apostila)

    REINO ANIMAL

    Caractersticas:Eucariontes, Hetertrofos, Pluricelulares com tecidos organizados.

    Grupos: Porferos, Cnidrios, Platelmintos, Nematelmintos, Aneldeos, Moluscos, Artrpodes,

    Equinodermos e Cordados.

    PORIFERA(PORFEROS)

    As esponjas pertencem ao filo Porifera(do latim,porus= poro efera= portador de).

    As esponjas correspondem a um dos grupos de organismos multicelulares mais antigos, com

    cerca de 7000 espcies conhecidas, que apresentam diferentes formas e cores.

    Surgiram provavelmente h cerca de 1 bilho de anos e supe-se que tenham se originado deseres unicelulares e hetertrofos que se agruparam em colnias.

    A maioria das espcies vive em ambiente marinho, mas existem algumas espcies de gua

    doce.

    A consistncia das esponjas varia de muito mole e frgil at espcies to rgidas que podem

    ser confundidas com pedras.

    Esses animais no possuem tecidos bem definidos e no apresentam rgos e nem sistemas.

    Os porferos vivem fixos a rochas ou a estruturas submersas, como conchas, onde podem

    formar colnias de colorao variadas. Podem ser encontrados desde as regies mais rasas das

    praias at profundidades de aproximadamente 6 mil metros.

    Alimentam-se de restos orgnicos ou de microorganismos que capturam filtrando a gua que

    penetra em seu corpo. Por sua vez, servem de alimento para algumas espcies de animais, como

    certos moluscos, ourios-do-mar, estrelas-do-mar, peixes e tartarugas.

    O corpo das esponjas est organizado basicamente em trs camadas:

    - Pinacoderme: camada de clulas achatadas (pinaccitos) que reveste o animal.

    - Meso-hilo: ocorre internamente pinacoderme e constitudo por vrios tipos celulares

    imersos em uma matriz de fibrilas colgenas dispersas. Pode tambm apresentar um esqueleto

    orgnico formado por fibras de espongina, um tipo especial de colgeno encontrado apenas nos

    porferos, e um esqueleto inorgnico formado por espculas de calcrio ou slica que apresentam

    diversas formas e tamanhos.

    -Coanoderme: camada de clulas formada pelos coancitos.

    Dentre os vrios tipos celulares presentes no meso-hilo, destacam-se os arquecitos, um

    tipo celular amebcito mvel que atua na digesto, reproduo e regenerao.

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    GALASTRI, N.A. Apostila da Disciplina de Biologia do Curso de Meio Ambiente e Recursos Hdricos daFaculdade de Tecnologia de Jahu. 2015. (Apostila)

    Os arquecitos so clulas totipotentes, ou seja, so capazes de se transformar em outras

    clulas e assumir funes diferentes.

    Assim, todas as clulas podem ser substitudas por clulas novas e o corpo das esponjas

    pode ser reorganizado, de acordo com as necessidades impostas pelo crescimento, competio,

    regenerao ou reproduo.A gua penetra no corpo de uma esponja atravs de poros existentes entre as clulas da

    epiderme. Os numerosos poros que permeiam a parede corporal so orifcios microscpios

    delimitados por clulas tubulares denominadas porcitos.

    A gua ento cai numa cmara interna nica chamada de trio ou espongiocele e sai do

    animal por orifcios maiores chamados de sculo.

    A circulao da gua no interior do corpo do animal promovida por clulas especiais

    chamadas coancitos que constituem a coanoderme que reveste o trio.Os coancitos so clulas tpicas dos porferos que apresentam um colarinho apical de

    microvilosidades retrteis, no centro do qual existe um longo flagelo. O batimento dos flagelos

    dessas clulas gera uma corrente de gua no interior do corpo do animal.

    Como as esponjas so fixas ao substrato, a circulao da gua no interior do corpo

    representa uma soluo adequada para a obteno de alimento, oxigenao das clulas e eliminao

    de excretas e gametas.

    O alimento dos porferos constitudo por organismos unicelulares, bactrias, detritos

    orgnicos e nutrientes dissolvidos na gua.

    O alimento fica aderido entre as microvilosidades do colarinho dos coancitos e vai para o

    interior dos coancitos por fagocitose ou pinocitose, onde parcialmente digerido e repassado a um

    arquecito no meso-hilo para a digesto final.

    No h uma cavidade digestiva, e toda digesto intracelular.

    As esponjas podem filtrar a cada hora um volume de gua correspondente a dez vezes o seu

    prprio tamanho.

    Alm do grande volume de gua filtrado, j foi demonstrado sua capacidade de retirar at

    100% das bactrias presentes na gua inalada, o que representa um possvel papel na manuteno

    da qualidade da gua, especialmente onde as esponjas so muito abundantes.

    A ausncia de rgos nas esponjas compensada pelo contato direto da maioria das clulas

    com o meio lquido, cada clula suprindo suas prprias necessidades de oxignio e eliminao de

    gases e excretas nitrogenados.

    No existem clulas sensoriais, nem clulas nervosas. Porm, recentemente descobriu-se

    transmisso de impulsos eltricos relativamente lentos por clulas especiais, contrteis, os micitos,

    presentes no meso-hilo, formando uma rede que conduz estmulos.

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    GALASTRI, N.A. Apostila da Disciplina de Biologia do Curso de Meio Ambiente e Recursos Hdricos daFaculdade de Tecnologia de Jahu. 2015. (Apostila)

    CNIDARIA(CNIDRIOS)

    A diversidade e a beleza dos ambientes de recifes de corais destacam os antozorios, entreos

    cnidrios mais conhecidos. Entretanto, as guas-vivas com seus corpos gelatinosos e volumosos,despertam mais ateno devido irritao que causam quando seus tentculos tocam a pele das

    pessoas.

    Essa irritao deve-se aos cnidoblastos que descarregam substncias txicas na pele,

    presentes em grande quantidade nos tentculos de todos os cnidrios.

    Desse atributo derivou o nome Cnidaria, da palavra gregaknide, que significa urtiga, que

    arde, queima, irrita.

    A maioria das 11.000 espcies conhecidas de Cnidaria marinha e, as formas coloniais fixasso as mais numerosas.

    A maior diversidade ocorre em guas tropicais rasas, onde se destacam as guas vivas, os

    corais ptreos, os zoantdeos e os octocorais.

    Em guas mais frias, os hidroides e as anmonas-do-mar so os representantes mais

    conspcuos.

    Em gua doce so mais comuns as hidras e alguns hidroides.

    So animais de simetria radial cujo plano corporal apresenta-se em basicamente doispadres: plipos e medusas.

    Os plipos tm corpo colunar ou cilndrico. Na regio aboral, oposta boca, forma-se um

    disco basal adesivo para fixao ao substrato. A boca fica na parte superior rodeada de tentculos.

    As medusas apresentam eixo oral-aboral curto e o corpo alarga-se, tomando a forma de

    sino, pires, campnula ou cubo. Muitas medusas locomovem-se ativamente, com a boca situada no

    centro da face inferior do corpo, tambm rodeada de tentculos urticantes, como nos plipos.

    Tal como ocorre nas esponjas, a parede do corpo dos cnidrios formada por trs camadas:

    -a epiderme externa (revestimento);

    - uma camada mediana de material gelatinoso, a mesoglia, cuja espessura varia de espcie

    para espcie, sendo muito mais espessa nas medusas constituindo a forma do animal;

    -uma camada interna que reveste a cavidade gastrovascular, chamada de gastroderme.

    Na gastroderme, essas clulas acumulam ainda a funo de digesto intracelular.

    A distribuio do alimento, a respirao e a excreo se fazem por difuso, de clula a clula

    e destas para o meio ou vice-versa.

    Uma das estruturas mais caractersticas em todo o grupo dos cnidrios so os nematocistos.

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    GALASTRI, N.A. Apostila da Disciplina de Biologia do Curso de Meio Ambiente e Recursos Hdricos daFaculdade de Tecnologia de Jahu. 2015. (Apostila)

    Os nematocistos so cpsulas minsculas compostas de material semelhante quitina e

    contendo um tubo ou filamento enovelado que uma continuao da extremidade estreitada da

    cpsula. Esta extremidade da cpsula est coberta por uma pequena tampa, o oprculo. O interior do

    filamento no disparado pode apresentar pequenas cerdas ou espinhos.

    Cada nematocisto est incluso em um cnidcito, clula que o produziu. Na maioria doscnidrios, os cnidcitos so equipados com um clio modificado, como um gatilho, o cnidoclio.

    Quando a presa ou o predador encosta no cnidoclio, ocorre o descarregamento do

    nematocisto e, ento, o filamento penetra no corpo da presa ou do predador e injeta a toxina

    produzida pelo nematocisto.

    Os cnidcitos so produzidos em invaginaes de clulas da epiderme externa, em clulas

    da gastroderme, e so especialmente abundantes nos tentculos.

    Quando um nematocisto disparado seu cnidcito absorvido e um novo cnidcito osubstitui.

    Nem todos os nematocistos tm espinhos ou injetam toxinas. Alguns, por exemplo, no

    penetram na presa, mas rapidamente a envolvem como se fossem uma mola, agarrando e segurando

    qualquer parte da presa capturada por essa mola.

    A maioria dos cnidrios carnvora. Capturam as presas com seus tentculos, que se dobram

    e as levam boca. Clulas glandulares da regio oral produzem secrees que auxiliam na ingesto

    da presa.

    Na cavidade gastrovascular ocorre a digesto extracelular, com enzimas secretadas pelas

    clulas glandulares da gastroderme. Pequenas partculas do caldo resultante dessa primeira fase

    da digesto so fagocitados pelas clulas epiteliais da gastroderme que finalizam a digesto de

    forma intracelular, em vacolos digestivos.

    Os restos no digeridos so expelidos atravs da boca.

    Os cnidrios, diferentemente das esponjas, apresentam um sistema nervoso, ainda que

    simples e difuso.

    Os neurnios formam uma rede na base da epiderme, e outra menos desenvolvida ou

    totalmente ausente na base da gastroderme.

    Clulas nervosas concentradas em anis ou gnglios ocorrem nas medusas e em alguns

    plipos.

    Clulas sensoriais epidrmicas e gastrodrmicas tm conexes com clulas nervosas.

    Medusas, alm das clulas sensoriais, tm ocelos fotorreceptores e estatocistos distribudos

    na margem do corpo. Os estatocistos so receptores de gravidade, vibrao e movimento da gua,

    atuando na manuteno do equilbrio.

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    GALASTRI, N.A. Apostila da Disciplina de Biologia do Curso de Meio Ambiente e Recursos Hdricos daFaculdade de Tecnologia de Jahu. 2015. (Apostila)

    PLATYHELMINTHES(PLATELMINTOS)

    O filo Platyhelminthes(do gregoplatys= achatado + helmintos= vermes) constitudo por

    um grupo de animais de corpo achatado dorsoventralmente, alongado e com simetria bilateral.

    Em termos fisiolgicos, so os primeiros animais na escala zoolgica a apresentarem umsistema nervoso provido de gnglios (centros coordenadores com grande concentrao de

    neurnios), uma regio ceflica provida de rgos sensoriais e um sistema excretor com clulas

    especializadas na coleta e remoo de excretas (clulas-flama).

    As clulas-flama so clulas caliciformes com um tufo de flagelos que se estende na face

    interna deste clice.O batimento dos flagelos impulsiona o fluido para os ductos coletores e cria

    uma presso negativa que puxa o fluido atravs das delicadas interdigitaes da rede.A parede do

    duto depois da clula-flama geralmente possui dobras ou microvilosidades que provavelmentefuncionam na reabsoro de certos ons ou molculas.Em razo de no existir um sistema

    circulatrio para transportar gua e outros resduos de todas as partes do corpo, as clulas-flama

    geralmente esto espalhadas por todo o corpo de maneira a estarem dentro da distncia de difuso

    dos tecidos.Os dutos ento se abrem para o exterior do corpo do animal por meio de poros.

    Platyhelminthes carece de sistemas diferenciados para respirao e circulao.

    O sistema digestrio, quando presente, composto por um intestino cego, sem nus, uma

    faringe muscular e uma boca, que pode ou no ser provida de ventosa.O revestimento corporal uma epiderme celular ciliada ou no e, a locomoo das espcies

    ocorre por meio de batimento ciliar ou contrao muscular do corpo.

    As espcies de platelmintos so, na sua maioria, hermafroditas, apresentando cpula

    cruzada.

    H trs classes de platelmintos: Turbellaria, Trematodae Cestoda.

    - Turbellaria:

    So, em sua maioria, livres-natantes que variam desde 5 mm at 50 cm de comprimento.

    Combinam movimentos musculares com ciliares para locomoo. Ex: planrias.

    - Trematoda:

    So na sua totalidade vermes parasitas e, quando adultos, quase todos so endoparasitas de

    vertebrados. Ex: Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose no homem.

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    - Cestoda:

    So na sua totalidade vermes parasitas e, quando adultos, quase todos so endoparasitas de

    vertebrados. Ex: Taenia sp., causador da tenase e da cisticercose no homem.

    NEMATODA(NEMATELMINTOS)

    O filo Nematoda (do grego nematos = fio) abriga os vermes de corpo cilndrico, no

    segmentado.

    considerado, por muitos autores, o grupo mais rico em espcies e mais abundante na face

    da Terra. Estima-se que deva existir mais de um milho de espcies de nematides, das quais

    apenas cerca de 1% esto descritas.O nmero de indivduos igualmente grande. Em uma nica ma em decomposio, por

    exemplo, j foram removidos cerca de 90.000 indivduos.

    Esses vermes so encontrados como parasitas de plantas e animais vertebrados e

    invertebrados, e de vida livre em ambientes de gua doce e marinha e na maioria dos ecossistemas

    terrestres.

    Aparentemente uma das principais caractersticas que permitiu s espcies do grupo

    dispersar e colonizar ambientes to diversos foi a presena de uma cutcula no celular, secretadapela epiderme, tambm conhecida como hipoderme. Essa cutcula apresenta alta resistncia e

    impermeabilidade, representando uma excelente defesa contra a dessecao e as variaes do

    ambiente externo, como o caso do suco gstrico de hospedeiros.

    O trato digestrio dos Nematoda completo, com boca e nus, o que permitiu que o animal

    pudesse ingerir novo alimento mesmo que ainda no tenha eliminado os restos da refeio anterior.

    Mas, o tubo digestrio pode estar atrofiado. A abertura bucal geralmente circular e rodeada por

    lbios e/ou por vrios tipos de estruturas como cerdas e espinhos.

    Um anel de tecido nervoso e gnglios ao redor da faringe do origem a pequenos nervos

    dirigindo-se para a extremidade anterior e a dois cordes nervosos, um dorsal e um ventral.

    Ao redor da cabea e da cauda observam-se papilas sensoriais.

    Dentre as doenas humanas provocadas por vermes Nematoda, destacam-se a ascaridase

    (causada pela infesto deAscaris lumbricoides lonbriga), o amarelo ou ancilostomose (causada

    por Ancylostoma duodenale ou por Necator americanus), a oxiurose (causada por Enterobius

    vermicularis) e a elefantase (causada por Wuchereria bancrofti).

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    GALASTRI, N.A. Apostila da Disciplina de Biologia do Curso de Meio Ambiente e Recursos Hdricos daFaculdade de Tecnologia de Jahu. 2015. (Apostila)

    ANNELIDA(ANELDEOS)

    Os aneldeos (do latim annulus= anel) agrupam os vermes de corpo cilndrico segmentado,

    ou seja, provido de anis.

    So protostmios e apresentam simetria bilateral.Em termos evolutivos, os aneldeos so os primeiros animais a apresentarem um sistema

    circulatrio, o que facilita a distribuio de nutrientes e de gases respiratrios a todas as clulas do

    corpo.

    O filo rene cerca de 11.600 espcies descritas, representadas pelas minhocas, sanguessugas

    e poliquetos.

    So animais que ocorrem nos ambientes bentnicos, dulccolas e terrestres.A grande maioria

    das espcies de vida livre, mas alguns so ectoparasitas hematfagos.A caracterstica mais evidente do grupo a segmentao do corpo ou metameria. De um

    modo geral, cada segmento possui um par de cavidades preenchidas por lquido celomtico e

    delimitadas por uma membrana denominada peritnio.

    O epitlio dos aneldeos coberto por uma cutcula microestriada fina. Abaixo da epiderme

    ocorrem fibras musculares.

    O sangue apresenta hemoglobina dissolvida no plasma. O sistema circulatrio do tipo

    fechado, ou seja, o sangue circula o tempo todo dentro de vasos.As trocas gasosas so efetuadas atravs da superfcie do corpo (respirao cutnea) ou por

    meio de brnquias (nas espcies de ambiente aqutico).

    O tubo digestrio completo e apresenta regies especializadas para efetuar a digesto do

    alimento, como a faringe e a moela.

    O sistema nervoso do tipo ganglionar, e a excreo feita por nefrdios.

    Em linhas gerais, os aneldeos podem ser separados em trs classes (Polychaeta,

    Oligochaetae Hirudinea), que refletem a grosso modo os ambientes que ocupam.

    Os Polychaeta formam a classe com maior nmero de espcies. So predominantemente

    marinhos, com algumas espcies capazes de viver em setores estuarinos de baixa salinidade, sendo

    praticamente inexistentes nos ecossistemas terrestres.

    Os Oligochaeta, representados pelas minhocas, so predominantemente terrestres, mas

    apresentam importantes representantes marinhos e dulccolas.

    Os Hirudinea, conhecidos como sanguessugas, so predadores e ectoparasitas. Vivem,

    predominantemente, em guas doces, mas apresentam representantes terrestres e marinhos.

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    GALASTRI, N.A. Apostila da Disciplina de Biologia do Curso de Meio Ambiente e Recursos Hdricos daFaculdade de Tecnologia de Jahu. 2015. (Apostila)

    Os Polychaeta(do gregopoly= muitas + chaete= cerdas ou setas) formam um importante

    grupo de animais bentnicos muito comuns. So animais que apresentam muitas cerdas localizadas

    em projees laterais carnosas chamadas parapdios. Ao entrarem em contato com o substrato, as

    cerdas fornecem trao para que o animal se locomova.

    Algumas espcies so errantes, isto , locomovem-se livremente sobre o substrato procurade alimento. Outras so fixas e, neste caso, obtm alimento filtrando a gua do mar. E outras

    habitam permanentemente galerias ou tubos construdos com diferentes tipos de materiais em

    fundos arenosos e lodosos.

    Alimentam-se de matria orgnica morta e vegetais, assim como de outros animais e, por

    sua vez, servem de alimento para muitos peixes, constituindo importante elo na cadeia alimentar.

    Alm da funo locomotora, as cerdas tambm podem apresentar funo sensorial. Na

    regio da cabea, os poliquetos apresentam muitos apndices que auxiliam na percepo doambiente, como antenas e palpos.

    Os sexos so separadas e a fecundao externa. O desenvolvimento indireto com uma

    fase larval chamada trocfora.

    Os Oligochaeta apresentam menor variao morfolgica e menor nmero de espcies,

    quando comparados com os poliquetos.

    So saprfitos e detritvoros, mas h algumas espcies predadoras.

    O nome Oligochaeta est relacionado ao fato de possurem poucas cerdas, as quais emergem

    diretamente da parede do corpo, ou seja, no existem parapdios.

    As minhocas so cavadoras do solo e a eficincia para este hbito dado pelo sistema

    esqueltico hidrosttico, baseado na presso do lquido celomtico, com volume constante, contido

    em cada segmento do corpo.

    O esqueleto hidrosttico funciona a partir de contraes alternadas das musculaturas

    longitudinal e circular da parede do corpo, que modificam o comprimento e o dimetro dos

    segmentos.

    As contraes se iniciam na regio anterior e promovem a formao de ondas de

    peristaltismo que, associadas trao das cerdas contra o substrato, fazem com que a minhoca se

    locomova ou mesmo cave galerias no solo.

    O papel ecolgico das minhocas terrestres muito importante, pois auxiliam na aerao e

    drenagem do solo, alm de contriburem para a produo de hmus, que aumenta a fertilidade e

    evita a lixiviao do solo.

    Desta forma, a presena de minhocas indica boa qualidade do solo.

    Os oligoquetas so hermafroditas e realizam fecundao cruzada e interna.

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    No corpo da minhoca pode-se observar, prximo extremidade anterior um anel de cor

    esbranquiada, chamado clitelo. Esta estrutura responsvel pela produo de um casulo que vai

    proteger os ovos postos na terra, at que se desenvolvam os indivduos jovens.

    Os orifcios genitais ficam na regio do clitelo ou prximas a ela.

    Os Hirudinea vivem predominantemente em gua doce. Mas existem espcies marinhas e

    terrestres, estas ltimas ocorrendo principalmente em regies tropicais.

    As sanguessugas so conhecidas devido ao hbito hematfago de muitas espcies.

    Esses animais foram e ainda so muito usados na medicina devido produo de

    substncias anticoagulantes e anestsicas que as auxiliam na obteno do sangue de suas presas.

    Alm das espcies ectoparasitas hematfagas, existem espcies predadoras de pequenos

    invertebrados.Como um grupo, as sanguessugas podem ser consideradas como aneldeos altamente

    especializados.

    Apesar de apresentarem caractersticas comuns com os oligoquetos, apresentam caracteres

    derivados exclusivos como: ventosas anterior e posterior, nmero fixo de segmentos, perda dos

    septos intersegmentares, reduo de volume da cavidade celomtica e ausncia de parapdios e

    cerdas.

    Considerando a fisiologia, as sanguessugas tambm apresentam caracteres exclusivos, como

    glndulas salivares que secretam substncias anticoagulantes.

    As espcies hematfagas apresentam tubo digestivo com muitos cecos gstricos que esto

    relacionados dieta de sangue. Para a digesto do sangue, apresentam simbiose com bactrias que

    secretam enzimas capazes de digerir o sangue.

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    GALASTRI, N.A. Apostila da Disciplina de Biologia do Curso de Meio Ambiente e Recursos Hdricos daFaculdade de Tecnologia de Jahu. 2015. (Apostila)

    ARTHROPODA ARTRPODES

    1. Caractersticas

    Os artrpodes constituem o maior grupo animal, compreendendo cerca de 80% de todas as

    espcies conhecidas.

    Sua enorme diversidade adaptativa permitiu que sobrevivessem em praticamente todos os

    ambientes; so importantes e frequentemente dominantes em habitats marinhos, terrestres, de gua

    doce e areos.

    Os artrpodes so animais protostmios (a boca a primeira abertura corprea a se formar)

    e de simetria bilateral.

    Os artrpodes constituem um dos trs grupos recentes de animais com capacidade de vo

    (aves, morcegos e insetos) e um dos nicos dois txons, artrpodes e vertebrados amniticos

    (rpteis, aves e mamferos), com adaptaes necessrias para a vida em ambientes secos.

    So os animais com o maior sucesso na colonizao de habitats terrestres.

    Os artrpodes compartilham vrias caractersticas importantes, incluindo corpo

    segmentado, exoesqueleto quitinoso e processo de ecdise (muda), apndices segmentares pares e

    articulados e ausncia de clios locomotores.

    O exoesqueleto uma caracterstica que define os artrpodes e sua presena resultou em

    efeitos profundos na anatomia, na fisiologia, na ecologia e no comportamento desses animais.

    composto por quitina e protenas, oferecendo proteo fsica e contra a dessecao.

    O exoesqueleto deve ser substitudo pelo processo de ecdise ou muda para que o animal

    cresa em tamanho ou aumente o nmero de segmentos e apndices. As mudas ocorrem de quatro a

    sete vezes antes do animal se tornar adulto.

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    GALASTRI, N.A. Apostila da DisciFaculdade de Tecnologia de Jahu.

    2. Classificao

    2.1. Chelicerata

    Chelicerata compreend

    Xyphosura (Limulus) e Pycnogo

    Chelicerata o segun

    sinapomorfia, a presena de quel

    a) Aracnida

    Como todos os artrp

    apndices articulados, porm a

    cefalotrax (prossoma) e abdome

    O prossoma formado

    seis pares de apndices. O prime

    reduzido de artculos, com form

    O segundo par de apndices, os

    apndices restantes so as pernas

    A maioria dos quelicerexterna, seguida de ingesto d

    lina de Biologia do Curso de Meio Ambiente015. (Apostila)

    os txons Aracnida (aranhas, escorpie

    ida (aranhas do mar).

    o maior grupo de invertebrados terrestr

    ceras.

    des, os quelicerados apresentam um exo

    presentam caractersticas nicas, como a

    (opistossoma).

    pela unio da cabea com alguns outros se

    iro par de apndices recebe o nome de quel

    de garra e so homlogos s antenas dos in

    pedipalpos, tm origem no terceiro segmen

    locomotoras.

    ados regurgita enzimas digestivas, apresensuco alimentar formado pelo alimento

    2

    e Recursos Hdricos da

    s, opilies e caros),

    s e apresenta, como

    squeleto quitinoso e

    diviso do corpo em

    mentos, apresentando

    ceras, tm um nmero

    setos e dos crustceos.

    to. Os quatro pares de

    tando digesto inicialr-digerido. Tanto as

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    quelceras quanto os pedipalpos esto modificados para captura e, em alguns casos, para dilacerar

    suas presas.

    Os caros formam o grupo que mais sofreu alteraes na estrutura corporal, possibilitando

    novas formas de alimentao. Nesse grupo, o conjunto das quelceras e dos pedipalpos forma um

    cone bucal adaptado para picar e sugar e, assim, esses quelicerados so os nicos que apresentamherbivoria (alimentam-se de sucos vegetais) e hematofagia (ectoparasitas que perfuram tecidos do

    corpo e sugam o sangue do hospedeiro).

    Os demais quelicerados so predadores.

    2.2. Mandibulata

    Os Mandibulata incluem os Crustacea e os Tracheata (Myriapoda e Hexapoda).As sinapomorfias de Mandibulata so o terceiro par de apndices modificados em

    mandbula, importante para triturar o alimento, e a presena de olhos compostos formados.

    Alm disso, os Mandibulata apresentam um ou dois pares de antenas, e ainda, um ou dois

    pares de maxilas.

    a) Crustacea

    Os Crustacea incluem siris, caranguejos, camares, cracas, tatuzinhos de jardim, anfpodes,

    coppodes, cladceros e outros grupos afins.

    Ocupam ambientes marinhos, de gua doce e alguns so terrestres, mas geralmente

    restritos a locais midos.

    A grande maioria das espcies de vida livre, porm ocorrem ainda espcies comensais e

    parasitas.

    Os crustceos tm grande importncia ecolgica, pois muitas espcies so elos de vrias

    cadeias alimentares.

    O exoesqueleto dos crustceos duro, de onde vem o nome Crustacea. Esse exoesqueleto

    algumas vezes torna-se calcificado, devido impregnao com carbonato de clcio.

    Dois pares de antenas distinguem imediatamente os crustceos dos outros artrpodes.

    O corpo dividido pelo menos em cabea e tronco.

    A cabea apresenta um par de olhos compostos laterais e cinco pares de apndices: o

    primeiro par de antenas, o segundo par de antenas, as mandbulas (formada por muitos artculos que

    compem uma superfcie curta e robusta com funo cortante e trituradora) e dois pares de

    apndices com funo na alimentao (as maxilas).

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    O tronco pode estar dividido em trax e abdome, cada um com apndices especializados,

    apesar de na maioria dos txons o abdome ser destitudo de apndices. no trax que, geralmente,

    esto os apndices locomotores, chamados perepodes. Quando o abdome tambm apresenta

    apndices relacionados com a locomoo, so chamados de plepodes.

    As trocas gasosas so feitas atravs da parede do corpo ou por meio de brnquias ligadasaos apndices torcicos.

    O trato digestivo formado por um tubo simples que corre ao longo do corpo, da boca ao

    nus. Alguns organismos mais derivados, como caranguejos e siris, mostram uma maior

    complexidade do aparelho digestivo, que apresenta estomodeo (parte anterior), proventrculo

    (funo de triturar e mastigar) e o estmago pilrico (com a funo de absoro).

    O sistema nervoso formado por um cordo nervoso ventral com um par de gnglios por

    segmento.

    b) Myriapoda

    Os Myriapoda possuem o corpo dividido em dois tagmas, cabea e tronco. Todos os

    segmentos, exceto os dois ltimos, apresentam pares de apndices.

    O nome Myriapoda vem do grego, myriad significa 10 mil e podus significa ps. Esse

    grupo engloba Chilopoda(centopias e lacraias) e Diplopoda(piolhos-de-cobra).

    A maioria de seus representantes necessita de ambientes midos devido ao exoesqueleto

    pouco resistente e da ausncia de um revestimento ceroso.

    - Chilopoda:

    As centopias e lacraias so animais alongados, delgados e achatados dorsiventralmente.

    Vivem em lugares quentes, sob troncos cados, no solo, hmus e embaixo de rochas,

    saindo noite para se alimentar de outros artrpodes, minhocas, caramujos e nemtodos.

    Podem alcanar de 3 a 30 cm de comprimento e alguns apresentam mais de 150 segmentos

    no corpo.

    Possuem um par de pernas modificado em forfcula, onde se abre uma glndula de veneno,

    usada para matar as presas, que podem ser at pequenos vertebrados.

    Cada segmento do corpo possui um par de apndices locomotores.

    - Diplopoda:

    Os piolhos-de-cobra possuem corpo cilndrico com 25 a 100 segmentos.

    Algumas espcies so capazes de enrolar-se firmemente como uma bola quando

    ameaados ou em condies no satisfatrias para sua sobrevivncia, como em poca de seca.

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    Alguns so comensais de ninhos de formigas e outros habitam antigas galerias de outros

    animais, como minhocas.

    noite saem de seus esconderijos para se alimentar. A maioria das espcies herbvora ou

    se alimenta de matria em decomposio.

    O corpo dividido em trs regies: cabea, trax e abdome.O trax curto formado por quatro segmentos, o primeiro pode e os demais com um par

    de pernas. O restante do corpo constitudo por diplossegmentos, cada um com dois pares de

    pernas.

    c) Insecta

    O sucesso evolutivo alcanado pelos insetos foi possvel graas ao revestimento quitinoso

    do corpo, que protege os rgos internos contra danos e perda de umidade, pelas extenses desserevestimento formando as asas e pelo sistema de traquias, eficientes para a captao e oxignio.

    Os insetos apresentam corpo dividido em cabea, trax e abdome.

    A cabea apresenta um par de antenas, um par de olhos compostos e peas bucais para

    mastigar, sugar ou lamber.

    O trax composto por trs segmentos: protrax, mesotrax e metatrax. No protrax

    encontra-se o primeiro par de pernas; no mesotrax observam-se o segundo par de pernas e o

    primeiro par de asas, se o inseto for alado; e no metatrax, o terceiro par de pernas, e o segundo par

    de asas, nos insetos alados.

    O abdome no apresenta apndices.

    O sistema digestivo constitudo por um tubo que se encontra geralmente enrolado e

    estende-se da boca ao nus, diferenciando-se em trs regies: o intestino anterior ou estomodeu, o

    intestino mdio ou mesntero e o intestino posterior ou proctodeu.

    O sistema excretor formado pelos Tbulos de Malpighi, que so invaginaes da parte

    anterior do intestino posterior. Esses tbulos variam de um ou dois at uma centena e suas

    extremidades distais so fechadas. O principal produto de excreo o cido rico.

    As trocas gasosas so feitas atravs de um sistema traqueal formado por tubos, as

    traquias, que se abrem externamente. As traquias se ramificam em traquolas, tubos muito finos

    que penetram nos tecidos.

    Em alguns casos, pores das traquias podem ser achatadas e infladas, formando sacos

    areos (reservatrios de ar).

    O sistema circulatrio nos insetos aberto, e o nico vaso sanguneo um tubo localizado

    dorsalmente. O sangue ou hemolinfa um lquido claro, esverdeado ou amarelado, raramente

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    vermelho, que transporta as substncias obtidas com a digesto, transporta tambm produtos de

    excreo para os rgos excretores e tambm funciona no transporte de hormnios.

    O transporte de oxignio de dixido de carbono no funo bsica do sangue, porm

    pode atuar nos casos de clulas no atingidas por traquolas.

    O sistema nervoso constitudo por um gnglio cerebral. A partir desse gnglio segue umcordo nervoso ventral duplo, com gnglios a cada segmento do corpo ou com a fuso de gnglios

    para cada grupo de segmentos.

    Todos os insetos possuem um par de antenas como apndices ceflicos. So apndices

    sensoriais e, por isso, podem apresentar estruturas modificadas que desempenham as funes de

    olfato, audio, tato e gustao.

    A enorme capacidade de adaptao entre os insetos pode ser compreendida por meio dos

    tipos de aparato bucal, formas de alimentao e tipos de recurso alimentar. As peas do aparelhobucal, em sua maioria so pares e podem ser de vrios tipos: aparelho bucal mastigador, aparelho

    bucal picador-sugador, aparelho bucal sugador, aparelho bucal lambedor-sugador, aparelho bucal

    mastigador-sugador.

    Os insetos possuem, primitivamente, dois pares de asas. Alguns grupos tiveram reduo de

    asas, como no caso dos Diptera, com apenas um par, e outros so totalmente desprovidos de asas,

    caracterstica Pterygota. Em Diptera (moscas e mosquitos), o par de asas posteriores modificou-se

    em balancins, estruturas com funo de equilbrio durante o vo. Nos besouros (Coleoptera), as asas

    anteriores modificaram-se em litros, estruturas endurecidas, perdendo a funo de rgo de vo.

    O mecanismo de crescimento dos insetos envolve mudas peridicas. Durante a fase

    imatura, os insetos passam por diversas mudas com um incremento de tamanho a cada uma delas.

    Cada uma das fases de desenvolvimento chamada de nstar.

    Durante o desenvolvimento ps-embrionrio, a maioria dos insetos muda de forma, ou

    seja, sofre metamorfose. O processo de metamorfose nos insetos pode ser dividido em ametablico,

    hemimetablico e holometablico.

    - Ametablico o desenvolvimento direto nos insetos.

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    - Hemimetablico o desenvolvimento com transformao parcial ou metamorfose

    incompleta.

    - Holometablico o desenvolvimento indireto nos insetos. Cerca de 88% dos insetos tem

    esse tipo de metamorfose.

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    MOLLUSCA

    Entre os moluscos esto includos os animais conhecidos como caramujos, caracis, lesmas,

    mexilhes, ostras, lulas e polvos.

    So cerca de 50.000 espcies viventes, havendo previses da existncia de pelo menos mais

    50.000 a serem descritas.

    o segundo maior grupo de animais, em nmero de espcies, perdendo apenas para o Filo

    Arthropoda.

    O filo apresenta 8 classes: Solenogastes, Caudofoveata, Polyplacophora, Monoplacophora,

    Scaphopoda, Bivalvia (mexilhes, ostras), Gastrpoda (caramujos, caracis e lesmas) e

    Cephalopoda (lulas, polvos, nutilos).

    Os moluscos so invertebrados com grande radiao adaptativa, estando representados nos

    mais variados tipos de ambiente e com hbitos diversos.

    A maioria das espcies marinha, mas tambm existem espcies de gua doce e terrestres.

    H tambm moluscos comensais e endoparasticos, estes muito modificados.

    Os moluscos possuem importncia econmica principalmente no que se refere alimentao

    (ostras, mexilhes, lulas e escargots), ao comrcio de conchas e confeco de jias (prolas e

    madreprolas).

    Tambm apresentam importncia mdica, pois h moluscos gastrpodes hospedeiros

    intermedirios de doenas do homem, principalmente tropicais, como a esquistossomose.

    Este o primeiro filo a apresentar celoma, ou seja, uma cavidade corprea originada a partir

    do terceiro folheto embrionrio, a mesoderme.

    Os caracteres diagnsticos de Mollusca so:

    - celoma reduzido- sistema circulatrio aberto

    - presena de manto com espculas calcrias

    - rdula

    O celoma reduzido pois se restringe s regies do corao, gnadas e rins.

    O manto uma ampla rea epitelial com cutcula engrossada, que produz espculas ou

    conchas calcrias e normalmente se expande em dobras perifricas que protegem as reas laterais

    do corpo.

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    A rdula localiza-se na boca e formada por um cinturo de dentes quitinosos curvos que

    raspam e coletam alimentos. Os bivalves no possuem rdula pois so filtradores.

    Outro caracter a presena de concha, produzida pelo manto que, se completamente

    desenvolvida, recobre a maior parte do corpo do animal, protegendo-o contra predadores.A concha pode ser nica ou com duas valvas, interna ou externa, ou mesmo ausente, como

    no caso dos polvos.

    Outro caracter o p musculoso que, quando completamente desenvolvido se assemelha a

    uma ampla sola rastejadora ventral, recoberto por epitlio ciliado e glndulas mucosas.

    Essas glndulas produzem um muco que lubrifica a superfcie de rastejamento, auxiliando

    no processo de locomoo.

    Os rgos internos dos moluscos esto concentrados em uma massa viceral.

    O tubo digestrio completo e apresenta regies diferenciadas, com glndulas digestivas.

    Algumas espcies so herbvoras, enquanto outras so predadoras e carnvoras.

    Como a maioria dos moluscos aqutica, a principal estrutura para trocas gasosas a

    brnquia.

    As brnquias ocorrem aos pares, sendo o nmero de pares varivel, e se localizam em um

    dobra do manto, onde tambm se localizam as aberturas dos sistemas digestrio, excretor e

    reprodutor.

    Nessas reas ocorre a movimentao de clios das brnquias que promovem a circulao da

    gua, formando uma corrente inalante e outra exalante.

    A corrente inalante traz gua para dentro da cavidade e banha as brnquias que retiram o

    oxignio da gua.

    A corrente exalante leva para o ambiente os produtos provenientes do nus, dos rins e das

    gnadas, alm do gs carbnico produzido.

    Nos moluscos terrestres, ao invs de respirao branquial, observa-se respirao pulmonar

    ou cutnea.

    Com exceo de Cephalopoda, que apresentam sistema circulatrio fechado, o sistema

    circulatrio aberto e, na maioria das vezes, o corao est presente e dividido em cmaras.

    Frequentemente o corao formado por um ventrculo e dois trios. Do ventrculo parem

    uma artria anterior e outra posterior, que distribuem o sangue nos espaos oxigenando os tecidos.

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    O sangue venoso drenado por vrios capilares dirige-se s brnquias, atravs de um vaso, onde

    oxigenado, indo depois para os trios do corao.

    Apresentam sistema excretor formado por metanefrdeos, de aspectotubular, que so

    chamados de rinse variam de um a sete pares, podendo estar ausentes.Os rins tem como funo filtrar o liquido celomtico da cavidade, ocorrendo reabsoro

    seletiva nas paredes do metanefrdio.

    Os moluscos aquticos excretam principalmente amnia, e os terrestres, uria.

    O sistema nervoso composto por um anel nervoso, de onde originam-se dois pares de

    cordes nervosos longitudinais.

    Nas classes mais desenvolvidas, tipicamente ganglionar ocorrendo aos pares. Sobasicamente cinco gnglios: cerebral, pleural, visceral, parietal e pedal.

    O sistema sensorial varia nos diferentes grupos. As estruturas mais comuns so os

    tentculos fotorreceptores, estatocistose osfrdios.

    Osfrdios localizam-se prximo s brnquias atuando como quimiorreceptores, monitorando

    as partculas que penetram na cavidade do manto pela corrente inalante.

    Os bivalves possuem terminaes nervosas capazes de perceber toques e presses. Os

    gastrpodes e cefalpodes tem olhos bem desenvolvidas.

    A viso perfeita das lulas e polvos permitem que sejam predadores muito eficientes.

    A maioria das espcies apresenta sexos separados, mas podem existir hermafroditas, como o

    gastrpode terrestre escargot, onde a fecundao interna.

    Na maioria das espcies aquticas os gametas so eliminados na gua e a fecundao

    externa.

    Nas espcies marinhas o desenvolvimento indireto, com formao uma larva trocfora

    livre-natante. J nos moluscos terrestres e de gua doce, o desenvolvimento direto.

    a) Classe Bivalvia (Bivalves)

    Os bivalves compreendem os mexilhes, ostras, vieiras, berbiges e sururus.

    Apresentam cerca de 20.000 espcies viventes, podendo ocorrer no ambiente marinho ou de

    gua doce, possuindo um tamanho varivel de 2mm a 1m de comprimento.

    Tridacna gigas a maior espcie conhecida, pesando cerca de 1.100Kg.

    So caracterizados pela presena de duas valvas articuladas entre si.

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    O corpo sofreu modificaes importantes sob o ponto de vista adaptativa, como a expanso

    da cavidade do manto, abrigando brnquias amplas, reduo da cabea e a forma mais espatulada

    do p.

    Tambm ocorreu a perda da rdula e a compresso lateral do corpo. Com a ausncia da

    rdula, as brnquias passaram a desempenhar o papel de filtrao da gua e captao de alimento,alm de efetuarem as trocas gasosas.

    So habitantes sedentrios do fundo aqutico, podendo ser da infauna ou da epifauna.

    Os habitantes da infauna so escavadores de fundo mole, vivendo abaixo da superfcie. J os

    habitantes da epifauna so ssseis, presos a substratos como madeira, conchas e rochas.

    Os bivalves so os nicos moluscos que produzem prolas. Quando uma partcula (gro de

    areia ou outra) aloja-se entre o manto e a concha, a camada mais interna da concha comea a

    depositar uma substncia, o ncar, sobre a partcula, resultando na formao da prola.Todos os bivalves so capazes de produzir prolas, mas a maioria delas pequena ou

    irregular, no apresentando valor como jia.

    Os bivalves tambm apresentam espcies de importncia alimentar, como mexilhes, ostras,

    sururus e vieiras.

    O cultivo de mexilhes bastante desenvolvido no sul do Brasil, onde a espcie cultivada

    a Perna perna. Mas no estado de So Paulo desenvolve a ostreicultura com a espcie Ostrea

    arborea.

    b) Classe Gastropoda (Gastrpodes)

    Os gastrpodes apresentam cerca de 30.000 espcies viventes, sendo o maior grupo dentre

    os Mollusca.

    Esta classe compreende as lesmas, os caracis, os caramujos e as lebres-do-mar.

    O sucesso evolutivo do grupo parece estar relacionado sua plasticidade adaptativa,

    evidenciada pelo grande nmero de hbitos, ocupando ambientes marinho, de gua doce e terrestre.

    Essa variao implica em modificaes morfolgicas intensas. As lesmas terrestre, por

    exemplo, apresentam uma concha interna, enquanto os caracis possuem uma concha externa rgida

    enrolada em espiral, que atua como proteo.

    Uma das adaptaes nos gastrpodes terrestres o teto da cavidade do manto, ricamente

    vascularizado, permitindo as trocas gasosa com o ar (respirao pulmonar ou cutnea).

    Os gastrpodes possuem rdula e seus hbitos alimentares so variados, podendo ser

    herbvoros, carnvoros, consumidores de detritos, depsitos ou suspenses e tambm parasitas.

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    As caractersticas marcantes do grupo so a presena de uma concha nica enrolada em

    espiral, p amplo formando uma sola rastejadora e cabea desenvolvida com estruturas sensoriais,

    olhos e tentculos.

    Muitos gastrpodes so utilizados na alimentao humana, como Helix aspersa, conhecida

    como petit gris, e o escargot.Tambm encontram-se espcies que causam srios danos agricultura, espcies vetores de

    parasitas, que necessitam do molusco para completar seu ciclo de vida. No Brasil, h trs espcies

    dulccolas, Biomphalaria glabrata, B. straminea e B. tenagophila, que so hospedeiras

    intermedirias de Schistossoma mansoni, transmissor da esquistossomose, que atinge sistema

    heptico e circulatrio humano.

    c) Classe Cephalopoda (Cefalpodes)Dentre os invertebrados, os cefalpodes so os que atingem o maior tamanho.

    Pertencem a esse grupo lulas, polvos, nutilus e spias.

    Atualmente so conhecidas 650 espcies viventes e todos os representantes so marinhos.

    Todas as espcies desse grupo so carnvoros vorazes e a dieta compe-se principalmente de

    crustceos e peixes.

    As lular aprisionam e levam suas presas em direo boca atravs de seus tentculos e

    braos orais. J os polvos realizam um ferimento na presa com suas mandbulas e inserem uma

    substncia venenosa que a paralisa, para depois ingeri-la.

    Os cefalpodes apresentam os maiores crebros de todos os invertebrados e, por isso, tm

    grande capacidade de aprendizagem e memria.

    A complexidade de comportamentos pode ser verifica do alimento e no modo como se

    comunicam e afugentam seus predadores, existindo cromatforos (clulas que contm melanina

    rodeadas por fibras musculares), bolsa de tinta (que elimina tinta na gua) e bioluminescncia.

    O nico cefalpode vivente com concha externa oNautilus. No restante a concha interna

    ou ausente.

    Assim como os outros moluscos, os cefalpodes tambm so consumidos na alimentao

    humana.

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    EQUINODERMATA

    Os equinodermos so animais bentnicos marinhos, dentre os quais esto estrelas do mar,

    ourios, pepinos do mar e bolachas da praia.

    No Brasil so reconhecidas 329 espcies, enquanto que no mundo existe cerca de 7.000

    espcies viventes conhecidas.

    Equinodemata vem do grego, em que equinos significa espinhos e dermato significa

    pele.

    So animais invertebrados, com simetria pentarradial e apresentam um endoesqueleto

    formado por placas calcrias porosas preenchidas por tecido vivo, formando uma estrutura

    semelhante ao esqueleto dos vertebrados.

    As placas calcrias podem estar fundidas, articuladas ou espalhadas na parede do corpo na

    forma de ossculos microscpicos.

    Os espinhos que recobrem o corpo tambm fazem parte do esqueleto, mas no esto

    presentes em todas as classes.

    O sistema ambulacral dos equinodermos outra caracterstica nica entre os invertebrados.

    formado por um conjunto bem organizado de canais que se projetos externamente para realizar a

    captura de alimento, locomoo, trocas gasosas e eliminao de excreta, alm de outras funes.

    A gua entra pela placa madreprica, vai para o canal circular ou ptreo que distribui a guaatravs dos canais radiais para os ps ambulacrais que ento se mexem promovendo a locomoo

    do animal ou a captura de alimento.

    O sistema nervoso organiza-se como um anel ao redor da boca, de onde se prolongam cinco

    cordes principais e uma rede subepidrmica.

    O sistema sensorial rudimentar. As funes sensoriais esto geralmente associadas aos ps

    do sistema ambulacral e regio bucal que apresentao receptores qumicos e tteis.

    No so capazes de realizar osmorregulao e, por isso, raramente so encontrados emambientes pouco salinos.

    Alguns grupos apresentam uma glndula axial bem desenvolvida associada cavidade

    pericrdica que est relacionada com a eliminao de excretas.

    Apresentam sistema circulatrio conhecido como sistema hemal, mas esse muito pouco

    desenvolvido na maioria dos equinodermos e a circulao interna realizada principalmente pelo

    sistema ambulacral.

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    O sistema respiratrio pode ser reduzido ou ausente. No primeiro caso, a respirao

    branquial. No segundo caso, As trocas gasosas ocorrem por meio de difuso entre o meio externo e

    o sistema ambulacral.

    O sistema circulatrio no apresentam pigmentos para transporte de gases.

    No h sistema excretor, as excrees so lanadas diretamente no sistema hidrovascular.Os equinodermos apresentam sexos separados, mas poucos apresentam dimorfismo sexual.

    Algumas poucas espcies so hermafroditas.

    So existe rgo de cpula, sendo os gametas eliminados na gua onde ocorre a fecundao

    e o desenvolvimento larval.

    Mas, algumas espcies retm gametas femininos que, aps fertilizados so incubados. Essas

    incubao pode ocorrer internamente em cavidades especiais ou no celoma, ou externamente na

    parede do corpo.O sistema digestrio completo, com boca, nus, estmago, glndulas digestivas e intestino.

    No entanto, o estmago encontrado apenas nos equinodermos carnvoros, contendo glndulas que

    produzem substncias digestivas.

    A boca e o nus podem estar voltados para o substrato, ou a boca voltada para o substrato

    (ventral) e o nus na posio contrria (dorsal).

    So animais deuterostmios (o nus se forma antes da boca).

    Se alimentam de algas e pequenos animais.

    As estrelas-do-mar so carnvoras, sendo que estas foram a abertura das conchas das ostras,

    com seus pequenos ps e, em seguida, invertem o seu estmago lanando o suco digestivo no

    interior das conchas, engolindo, aps a digesto do corpo do molusco. uma digesto

    extracorprea.

    Os ourios-do-mar possuem uma estrutura rudimentar na cavidade oral, denominada

    lanterna de Aristteles, que apresenta estruturas similares a dentes que servem para raspar e triturar

    os alimentos, como as algas, que encontram-se aderidos s rochas.

    Equinodermos so divididos e diversas classes, so elas: Crinoidea, Ophiuroidea,

    Asteroidea, Echinoidea e Holothuroidea.

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    CHORDATA(CORDADOS)

    Chordata, com mais de 50.000 espcies distribudas em todos os ambientes da Terra, o

    maior e mais bem-sucedido txon de deuterostmios (o nus se forma primeiro e, a boca, se forma

    secundariamente na extremidade anterior).Os Chordataesto divididos em trs grupos: Cephalochordata (anfioxos), Tunicata (ascdias

    e afins) e Vertebrata(peixes e tetrpodes-anfbios, rpteis, avese mamferos).

    1) Peixes

    Sob o nome genrico de peixes agrupamos duas classes distintas de animais vertebrados: os

    peixes cartilaginosos (Condrictes) e os peixes sseos (Ostectes).

    Os peixes so os primeiros vertebrados a possurem mandbulas mveis, uma colunavertebral formada por vrtebras completas e separadas.

    Todos os peixes respiram por meio de brnquias. Seu corao constitudo basicamente por

    duas cavidades (um trio e um ventrculo).

    No so capazes de regular a temperatura do prprio corpo, por isso so denominados

    pecilotrmicos ou ectotrmicos, e se distribuem conforme a temperatura da gua e a tolerncia que

    cada espcie possui a temperatura.

    - Peixes cartilaginosos: compreendem espcies de tubares e raias. A maioria das espcies

    so predadoras e vivem em ambiente marinho. Apresentam esqueleto cartilaginoso, formado

    principalmente pelo crnio e pela coluna vertebral.

    A pele revestida por numerosas e microscpicas escamas. A boca situa-se em posio

    ventral.Existem cinco pares de brnquias que se comunicam com o meio por meio de cinco pares de

    fendas branquiais.

    Os sexos so separados, a fecundao interna e o desenvolvimento direto.

    A leveza do esqueleto cartilaginoso e o alto teor de leo armazenado no fgado desses

    animais diminuem a densidade do corpo, facilitando a flutuao.

    - Peixes sseos: apresentam endoesqueleto sseo em sua maior parte, com numerosas

    costelas (espinhas). Apresentam pele com muitas glndulas mucosas (que facilitam o deslizamento

    dentro da gua) e escamas. A boca ocorre em posio terminal e em geral com dentes.Possuem

    quatro pares de fendas branquiais, recobertas por um par de oprculos.

    Os sexos so separados. Em geral a fecundao externa e o desenvolvimento pode ser

    direto ou indireto.

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    Os peixes sseos apresentam a capacidade de se manterem em equilbrio hidrosttico, isto ,

    quando no esto nadando, conseguem ficar parados em diferentes nveis de profundidades. Isso

    possvel graas a bexiga natatria (ou vescula gasosa), preenchida com gases, cujo volume pode

    variar de acordo com a necessidade.

    Nos peixes sseos bastante evidente a linha lateral, uma estrutura sensorial disposta ao

    longo de cada lado do corpo. Trata-se de uma fileira de pequenos orifcios sob as escamas.Nesse

    canal existem rgos sensoriais capazes de perceber as mais leves vibraes da gua circundante.

    Embora no seja to facilmente percebida, a linha lateral tambm est presente nos peixes

    cartilaginosos.

    2) AnfbiosOs anfbios so tetrpodes com tegumento permevel, mido e sem escamas.

    O grupo inclui trs linhagens ainda existentes que possuem formas corporais bastante

    diferentes: Anura (sapos, rs e pererecas), Urodela (salamandras) e Gymnophiona (ceclias e

    podes).

    A maioria dos anfbios tem quatro patas bem desenvolvidas, embora algumas salamandras

    e todas as ceclias sejam podes.

    Os anuros no possuem cauda (da o nomeanura

    , que significa sem cauda), enquanto amaioria das salamandras tem longas caudas.

    Os Anuros possuem membros plvicos alongados e corpo curto e inflexvel, que no se

    dobra quando caminham.

    Os Urodela possuem membros peitorais e plvicos de igual tamanho e se movem por

    ondulaes laterais.

    E os Gymnophionaso podes e empregam a locomoo em serpentina.

    Todos os anfbios adultos atuais so carnvoros. Os anfbios comem quase tudo o que so

    capazes de capturar e engolir.

    A maioria das espcies de anfbios pe ovos. Os ovos so depositados na gua ou na terra

    firme, podendo produzir larvas aquticas ou miniaturas dos adultos terrestres.

    Algumas espcies apresentam cuidados parentais.

    Tanto a permeabilidade como a natureza glandular da pele tiveram importncia

    fundamental na ecologia e na evoluo dos anfbios. As glndulas mucosas se distribuem por todo o

    corpo e secretam compostos mucopolissacardicos, cuja funo primria manter o tegumento

    mido e permevel.

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    A pele deve se manter mida para que as trocas gasosas ocorram, alm de ser necessria

    para manter a temperatura corprea dentro de limites tolerveis.

    So animais ectotrmicos (ou pecilotrmicos), ou seja, no regulam a temperatura

    corprea.

    Devido alta permeabilidade corprea, os anfbios so mais abundantes em habitatsmidos, especialmente florestas, mas um nmero surpreendente de espcies vive em regies secas,

    sendo encontrados at em desertos.

    As larvas dos anfbios dependem das brnquias e da pele para a realizao das trocas

    gasosas, enquanto os adultos das espcies que passam por metamorfose completa perdem as

    brnquias e desenvolvem pulmes.

    Porm, existem anfbios, como algumas salamandras, que permanecem com brnquias na

    fase adulta.Embora muitas espcies tenham desenvolvido modos reprodutivos que suprimem um

    estgio larval aqutico, uma histria de vida que inclui um girino apresenta certas vantagens. O

    girino um animal completamente diferente do adulto, tanto morfolgica como ecologicamente, o

    que reduz a competio dentro da espcie.

    3) Rpteis

    Os rpteis apresentam pele impermeabilizada por queratina e lipdios. A pele revestidapor escamas crneas, que so estruturas formadas principalmente de queratina (protena

    extremamente resistente).

    Como a pele muito grossa, cornificada e sem glndulas, no ocorre respirao cutnea,

    somente respirao pulmonar.

    Os pulmes dos rpteis so mais desenvolvidos, e sua expanso ocorre devido a

    movimentos produzidos pelos msculos intercostais. No possuem diafragma.

    Existem rpteis insetvoros, herbvoros e carnvoros.

    O alimento capturado pela boca e pela lngua em alguns animais. A lngua

    extremamente varivel no grupo, sendo pouco mvel nos crocodilos, e longa e bifurcada nas

    serpentes e lagartos. No possuem glndula salivar.

    A lngua bfida das cobras capta odores do ar que so levados para o rgo especializado

    no reconhecimento de odores (o rgo de Jacobson).

    A digesto ocorre apenas no estmago, no h digesto na boca.

    H uma cmara cloacal bem diferenciada, dividida em coprodeum, para as fezes, e

    urodeum, para os produtos renais e genitais. Ambas desembocam numa cmara nica, fechada por

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    um esfncter, o proctodeum. Essa diviso est associada com a necessidade de reteno de gua,

    pois na cmara cloacal ocorre reabsoro de gua das fezes e dos excretas.

    O principal excreta eliminado o cido rico, excreta pouco solvel que necessita de

    pouqussima gua para ser eliminado.

    Uma das novidades evolutivas que aparece com os rpteis, o ovo amnitico.Poucos anfbios dominaram completamente as dificuldades da vida em terra, pois suas

    larvas so normalmente aquticas. A verdadeira chave, para o xito em ambientes terrestres, foi o

    desenvolvimento do ovo amnitico. O aparecimento deste tipo de ovo libertou os tetrpodes da

    necessidade de gua para procriar.

    O ovo dos rpteis, aves e mamferos monotremados parece ilusoriamente simples. No

    entanto, responsvel pelo suprimento alimentar do embrio em desenvolvimento e por sua

    proteo contra danos e dessecao. Ao mesmo tempo possibilita obter oxignio, e desfazer-se dosexcretas. Estas funes so desempenhadas por uma srie de membranas embrionrias e pela casca.

    Nos amniotas o embrio pode permanecer um tempo mais longo dentro do ovo,

    alimentando-se da grande reserva alimentar chamada de vitelo. O vitelo cercado por uma

    membrana, atravessada por abundante rede de vasos sanguneos, que transporta o material alimentar

    ao embrio, na medida em que este o necessite. A rgida casca do ovo fornece a sustentao

    necessria para o embrio em desenvolvimento e massa de vitelo. Poros especiais na casca

    permitem a passagem de oxignio, assimilado e transportado ao embrio, por meio de vasos

    sanguneos de uma membrana, chamada crion, situada logo abaixo da casca. Outra membrana, o

    mnion, encerra o embrio em um saco de lquido, evitando compresso contra a casca ou

    submerso no vitelo.O embrio tambm necessita de gua, fornecida pelo albmen do ovo. Por

    fim, a longa permanncia no interior do ovo significa que o embrio acumular grande quantidade

    de produtos nitrogenados. Se no fossem retirados, intoxicariam o embrio. Estes excretas so

    armazenados em outra membrana, o alantide. O alantide, e os excretas encerrados, so deixados

    para trs, quando o jovem animal sai da casca.

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    A casca e estas finas membranas tornam possvel, para o embrio dos rpteis, aves e

    mamferos monotremados, levar adiante todos os processos essenciais do incio da vida. Ele ento

    capaz de emergir da protetora casca do ovo, em um avanado estgio de desenvolvimento,

    relativamente apto para cuidar de si mesmo.

    So animais ectotrmicos, ou seja, no regulam a temperatura corprea.

    Os rpteis esto divididos em trs grupos: Squamata (serpentes e lagartos), Crocodilia

    (crocodilos e jacars) e Testudines(tartarugas).

    4) Aves

    Calcula-se que existam cerca de 100 milhes de aves no mundo.As aves modernas so fceis de reconhecer. Elas tm penase a maioria pode voar. Uma

    terceira caracterstica das aves menos visvel, mas igualmente importante, elas tm altas taxas

    metablicas e altas temperaturas corpreas, isto , as aves so endotrmicas.

    A essncia da leveza e da fora das aves dada pelo uso de lminas finas e tubos de ossos,

    e pela extenso de sacos areos para o interior desses ltimos, constituindo os ossos pneumticos.

    No h dentes ou mandbulas pesadas e o alimento ingerido rapidamente digerido e de alto valor

    energtico. H pouco acmulo de gordura e o jovem desenvolve-se fora do corpo. Por tais meios asaves conseguem uma densidade relativa muito baixa, o que possibilita o vo.

    A vida no ar tambm demanda uma poderosa propulso e, para isso, so necessrios alta

    temperatura e taxa metablica, rpido batimento cardaco e alta performance respiratria e sistema

    muscular.

    O vo necessita de uma alta relao superfcie-peso, portanto aves no ficam to grandes

    como alguns mamferos.

    Cerca de 8.600 espcies viventes so reconhecidas.

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    A sobrevivncia em vrias condies levou a diferenas no comportamento, na forma do

    corpo e no poder de vo, na forma do bico e hbitos alimentares, e nos detalhes de outras partes,

    como os ps.

    As aves apresentam uma grande variedade de especializaes associadas alimentao apartir de vrias fontes de alimento.

    Associados ao comportamento alimentar esto a forma do bico, a forma do trato digestivo,

    a forma dos apndices locomotores e os rgos dos sentidos.

    Tipos de bico:

    -Aves insetvoras: bicos finos, curtos e pontiagudos.

    -Aves varredores areos: ampla fenda bucal, bico curto e frgil com presena de cerdas.

    - Aves carnvoras e predadoras: bicos robustos e pontiagudos. Gavies e corujas usam asgarras para capturar e matar as presas e o bico para dilacerar.

    - Aves piscvoras:podem apresentar bico com a ponta em forma de gancho afiado, como os

    pelicanos; podem possuir bico em forma de arpo, como o biguatinga; e outras aves piscvoras

    podem ter bico fino, curto e serrilhado.

    - Aves filtradoras: bicos com lamelas crneas com muitos corpsculos sensoriais que

    retiram da gua plncton e micro-crustceos.

    - Avesgranvoras: se alimentam de sementes, para isso apresentam as pontas dos bicos

    cruzados, ou bicos normais que podem quebrar a semente ou no.

    A pele das aves fina, frouxa e seca. No apresenta glndulas, salvo a glndula uropigiana

    localizada na base da cauda, sendo mais desenvolvida nas aves aquticas.A glndula uropigiana

    produz secrees sebceas que impermeabilizam as penas.

    A queratina o principal constituinte das penas, mas nas patas h escamas idnticas s dos

    rpteis. Os bicos e as garras tambm so de natureza crnea.

    As penas constituem uma cobertura cuja funo varia de isolamento trmico e vo, at o

    colorido para proteo e atrao sexual.

    O alimento quando entra na boca manipulado por uma longa e afilada lngua. Ainda na

    boca recebe o tratamento pela saliva que constituda por muco e enzimas.Normalmente o alimento

    engolido inteiro e vai para o esfago, que apresenta uma dilatao que constitui o papo. No papo o

    alimento pode ser armazenado e pode ocorrer macerao do alimento.

    O estmago dividido em duas partes: proventrculo (estmago glandular, onde o alimento

    misturado a enzimas digestivas e cidos) e moela (estmago mecnico, onde o alimento pode ser

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    estocado, onde ocorre a continuao da digesto qumica iniciada no proventrculo e, a principal

    funo, no processamento mecnico do alimento devido s paredes musculares espessas e s

    pequenas pedras existentes em seu interior).

    O intestino relativamente curto, mais longo em aves granvoras.Os ductos biliares e

    pancreticos usualmente se abrem na poro distal do duodeno.H um par de cecos onde o alimentoentra, mas no se sabe ao certo a sua funo, provavelmente esteja relacionado com a absoro de

    gua e digesto microbiana.

    A cloaca apresenta adaptaes para grande reabsoro de gua, como nos rpteis. Ela

    estoca temporariamente os produtos residuais, enquanto a gua reabsorvida.

    Os produtos nitrogenados da excreo so eliminados na forma de cido rico, pois

    necessita de menos gua para sua eliminao.

    A viso e a audio so os principais sentidos das aves, sendo a maioria ativa durante o

    dia.

    As aves apresentam cuidados com a prole, desde antes da postura dos ovos, com a

    construo dos ninhos, at que os filhotes possam voar sozinhos procura de alimento.

    Os ninhos fornecem aos ovos (amniticos como nos rpteis) proteo contra agresses

    fsicas (calor, frio e chuva) e contra predadores.O jovem aquecido, alimentado e ocasionalmente

    dado gua e, em muitas espcies, o ninho mantido limpo por cuidadosa remoo de fezes.O

    cuidado, muitas vezes dado por ambos os pais.

    5) Mamferos

    Os mamferos so considerados os animais terrestres dominantes da era Cenozica, mas a

    diversidade de suas espcies menor que a das aves, rpteis e anfbios.

    Os mamferos incluem os maiores vertebrados viventes, aquticos e terrestres. E talvez, os

    mamferos tenham a maior diversidade morfolgica dentre os vertebrados.

    Todos os mamferos apresentam o corpo mais ou menos recoberto por plose so animais

    homeotrmicos, ou seja, mantm constante a temperatura corprea.

    O termo mamfero se refere presena de glndulas mamrias que fornecem leite aos

    filhotes.

    A pele dos mamferos apresenta um grande nmero de glndulas (sebceas, sudorparas,

    odorferas e mamrias).

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    Os mamferos apresentam lngua usualmente mvel e boca geralmente com dentes,

    localizados em alvolos nas mandbulas e maxilas, e diferenciados em relao aos hbitos

    alimentares.

    Apresentam corao completamente dividido em quatro cmaras (dois trios e dois

    ventrculos). Sangue constitudo por glbulos vermelhos anucleados, geralmente circulares.

    A respirao ocorre apenas por meio de pulmes, que apresentam uma rede extremamente

    ramificada de bronquolos que apresentam alvolos nas suas extremidades. nos alvolos que

    ocorrem as trocas gasosas entre os capilares sanguneos e os pulmes. Ocorre diafragma muscular

    completo separando as cavidades torcica e abdominal.

    Os excretas nitrogenados so eliminados na forma de ureia, que necessita de uma maior

    quantidade de gua, que o cido rico, para ser eliminada.

    Apresentam doze pares de nervos cranianos, encfalo bem desenvolvido, e crebro e

    cerebelo grandes.

    Os machos apresentam rgo copulador (pnis) e testculos comumente num escroto

    externo ao abdome.

    A fecundao interna e geralmente apresentam placenta, na qual ocorrer fixao do

    embrio ao tero para nutrio e respirao at o nascimento.

    Os mamferos atuais esto agrupados em trs grandes grupos: Monotremados, Marsupiais e

    Eutrios (Placentados).

    O grupo dos Monotremados formado pelo ornitorrinco e pelas quidnas. Tanto os

    ornitorrincos quanto as quidnas no possuem dentes quando adultos e possuem um bico de couro.

    O ornitorrinco um animal semi-aqutico que se alimenta de invertebrados aquticos nos

    rios do leste autraliano.

    As quidnas podem ser de nariz curto da Austrlia, as quais se alimentam principalmente

    de formigas e de cupins, ou de focinho longo da Nova Guin, que inclui vermes terrestres em sua

    dieta.

    Os monotremados botam um ou dois ovos. Os ovos no apresentam quantidade de reserva

    alimentar suficiente para sustentar o embrio at a ecloso, ento eles so retidos no tero, no qual

    so alimentados por meio de secrees maternas, aumentando em tamanho, antes da secreo da

    casca.Os filhotes eclodem relativamente rpido (apenas aps 12 dias de incubao no ornitorrinco)

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    em um estgio pouco desenvolvido, quase embrionrio, e a criao pela me continua por mais 16

    semanas.

    O grupo dos Marsupiaisinclui o canguru, o coala e os gambs.O desenvolvimento durante

    a gestao dos marsupiais muito diferente do apresentado pelos monotremado e eutrios.

    Os neonatos marsupiais apresentam membros peitorais bem desenvolvidos, seus pulmesso relativamente grandes ao nascimento e diversos aspectos de seu desenvolvimento craniano so

    acelerados, de forma que ele pode se prender a um mamilo e iniciar a amamentao.

    A maioria dos marsupiais apresenta os mamilos dentro de uma bolsa (marspio) e o

    neonato deve escalar o corpo da me at a bolsa.

    O tempo que os filhotes marsupiais passam em desenvolvimento enquanto presos aos

    mamilos excede amplamente o perodo de gestao. A lactao tambm continua por algum tempo,

    mesmo que o filhote j tenha se desenvolvido o suficiente para se desprender do mamilo da me.

    Os mamferos eutriosincluem os macacos, os felinos, os homens, os ces, as girafas, os

    elefantes, os bovinos, dentre muitos outros.

    Devido a hormnios secretados pela pituitria e/ou pela placenta, o corpo lteo formado

    aps a liberao do(s) vulo(s) mantido por um perodo muito maior que nos marsupiais. Isso

    permite aos eutrios a reteno dos filhotes no tero por um perodo maior.

    A durao da gestao est correlacionada ao tamanho corpreo. Eutrios maiores

    apresentam, geralmente, perodos de gestao mais longos.

    Todos os eutrios, mesmo os neonatos mais desenvolvidos, necessitam de um perodo de

    lactao para a transferncia de anticorpos essenciais da me para o filhote, bem como para

    nutrio.

    Embora todos os mamferos produzam leite, somente os eutrios possuem mamilos, de

    forma que os filhotes podem sugar o leite diretamente da mama, ao invs do tegumento da me.

    Assim como nas aves, observa-se cuidado parental entre os mamferos.