aulão enem 3 anos 2014

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  • AULO ENEM 2014 LITERATURA 2 ANOS PROF. DANILSON SILVA.

  • QUINHENTISMO

    Incio: A Carta de Caminha Contexto histrico: Os portugueses chegam ao Brasil A chegada dos primeiros jesutas ao Brasil

  • Literatura documental, histrica, de carter informativo. A Carta de Caminha o primeiro documento literrio brasileiro. Carta descritiva com esprito ufanista e nativista. Foi parodiada de forma satrica por Oswald de Andrade, poeta modernista.

  • O Quinhentismo serviu de inspirao literria para alguns poetas e escritores do Romantismo e do Modernismo. No Romantismo: Gonalves Dias, Jos de Alencar. No Modernismo: Oswald de Andrade.

  • Pero Vaz de Caminha - a descobertaSeguimos nosso caminho por este mar de longo At a oitava da Pscoa Topamos aves E houvemos vista de terraos selvagensMostraram-lhes uma galinha Quase haviam medo dela E no queriam pr a mo E depois a tomaram como espantadosas meninas da gareEram trs ou quatro moas bem moas e bem gentis Com cabelos mui pretos peles espduas E suas vergonhas to altas e to saradinhas Que de ns as muito bem olharmos No tnhamos nenhuma vergonha

    Oswald de Andrade

  • Veja as principais caractersticas das cartas:

    Esprito de fidelidade e submisso ao rei .Nativismo.Preocupao em catequizao indgena. Ufanismo e preocupao mercantilista .

  • PARDIA

    PARDIAOs modernistas realizam, em todas as artes, uma aproximao crtica das obras do passado. No universo literrio, a releitura de textos famosos das escolas anteriores torna-se uma forma de rejeio ou de admirao. Com frequncia, os modernos terminar por reescrever alguns dos textos consagrados sob uma perspectiva de humor: a pardia.

  • Um dos livros de crtica literria de Mrio de Andrade chama-se A escrava que no Isaura, numa evidente aluso ao romance de Bernardo Guimares. Poucos poetas resistiram chance de parodiar a antolgica Cano do exlio, de Gonalves Dias, conforme podemos verificar num conjunto de excertos, como o de Oswald de Andrade, Canto do regresso ptria:

  • Oswald de Andradepardias modernistasPardia dos Meus Oito Anos - Oswald de AndradeOswald de Andrade retorna da Europa e inicia a divulgao do Futurismo de Marinetti e da tcnica do verso Livre, proposta por Paul Fort. Sua atitude irreverente e demolidora j se manifestara, um ano antes, na fundao com Emlio de Menezes.

  • Nas pginas desse semanrio Ju Banavere, pseudnimo do engenheiro alexandre Marcondes Machado, parodiava no portugus macarrnico dos bairros (talo-paulistanos, os poemas antolgicos do Romantismo e do Parnasianismo, dessacralizando-os com humor e a stira. A veia parodstica estar presente na obra de Oswald de Andrade.Observe a pardias que Oswald fez de Casimiro de Abreu:

  • MEUS OITO ANOSOh que saudades que eu tenho Da aurora de minha vida Das horas De minha infncia Que os anos no trazem mais Naquele quintal de terra! Da rua de Santo Antnio Debaixo da bananeira Sem nenhum laranjais (Oswald de Andrade)

  • Canto de regresso ptria Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui No cantam como os de l Minha terra tem mais rosas E quase que mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra Ouro terra amor e rosas Eu quero tudo de l No permita Deus que eu morra Sem que volte para l No permita Deus que eu morra Sem que volte pra So Paulo Sem que veja a Rua 15 E o progresso de So Paulo.

  • SIMBOLISMO

    Incio: Missal e Broquis, de Cruz e Souza Contexto histrico: Fundao da Academia Brasileira de Letras Entidade privada inaugurada em 20 de julho de 1897 por iniciativa de Machado de Assis, seu primeiro presidente, com o objetivo de preservar a lngua e a literatura nacionais.

  • Origem: a poesia de Baudelaire. Caractersticas: desmistificao da poesia, sinestesia, musicalidade, preferncia pela cor branca, sensualismo, dor e revolta. Destacou-se: Cruz e Souza (poeta representante) - Obra: Missal e Broquis.Charles Pierre Baudelaire (1821-1867), poeta francs precursor do Simbolismo,

  • Cruz e Souza

    Em contraste com a cor negra, est o uso de um vasto vocabulrio relacionado cor branca: neve, espuma, prola, nuvem, brilhante, etc. Isso reflete sua obsesso, tipicamente simbolista, pela impreciso, pelo vago, a pureza e o mistrio. Sua obra ainda vastamente tomada pela sensualidade, pela busca da autoafirmao e pela subjetividade (indicada no uso constante da primeira pessoa), pelo culto noite, pela busca do smbolo e do mistrio da existncia, atravs de uma imagem obscura, sugerida e distorcida.

  • " Formas alvas, brancas. Formas claras De luares, de neves, de neblinas!... Formas vagas, tinidas, cristalinas... Incensos dos turbulos das aras..." (Antfona)

    Ento, Monja branca dos espaos, Parece que abres para mim os braos, Fria, de joelhos, trmula, rezando... (Monja) E ondulam nvoas. cetinosas rendas De virginais, de prnubas alvuras... Vagam aladas e vises e lendas No flrido noivado das Alturas...(Lua)

  • PR-MODERNISMODestacaram-se: - Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo Quaresma (a vida urbana e as transformaes de incio de sculo). - Monteiro Lobato - livro de contos Urups (a misria do caboclo, a decadncia da cultura cafeeira). Obs.: Foi Monteiro Lobato quem criticou a exposio da pintora Anita Malfatti, chamando-a de "Parania ou Mistificao". - Graa Aranha, Cana (imigrao alm do Esprito Santo). Poeta representante: Augusto dos Anjos - Obra: Eu e outras poesias.

  • Incio: Os Sertes, Euclides da Cunha; Cana, Graa Aranha Contexto histrico: Guerra do Contestado A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana A revolta da Vacina

    Convivem juntas duas tendncias: 1. Conservadora: sobrevivncia da mentalidade positivista, agnstica e liberal. Destacou-se: Euclides da Cunha - Obra: Os Sertes (misria e subdesenvolvimento nordestino). 2. Renovadora: incorporao de aspectos da realidade brasileira.

  • Negrinha

    Negrinha era uma pobre rf de sete anos. Preta? No; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruos e olhos assustados.Nascera na senzala, de me escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa no gostava de crianas.mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja banhas no trono (uma cadeira de balano na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigrio, dando audincias, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora esteio da religio e da moral, dizia o reverendo.

  • A excelente dona Incia era mestra na arte de judiar de essa indecncia de negro igual.Os cem melhores contos brasileiros do sculo.A narrativa focaliza um momento histrico-social de contexto, pela falta de aproximao entre a menina e a senhora, preocupada com as amigas. receptividade da senhora para com os padres, mas deselegante para com as beatas. ironia do padre a respeito da senhora, que era perversa com as crianas. resistncia da senhora em aceitar a liberdade dos Negros, evidencia o final do texto.rejeio aos criados por parte da senhora, que preferia trat-los com castigos.

  • Vanguardas Europeias

    Cubismo no Brasil

    Somente aps a Semana de Arte Moderna de 1922 o movimento cubista ganhou terreno no Brasil. Mesmo assim, no encontramos artistas com caractersticas exclusivamente cubistas em nosso pas. Muitos pintores brasileiros foram influenciados pelo movimento e apresentaram caractersticas do cubismo em suas obras. Neste sentido, podemos citar os seguintes artistas: Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Rego Monteiro e Di Cavalcanti.

  • Modernismo

    Anita Malfatti

    Foi ela (Anita), foram os seus quadros que nos deram uma primeira conscincia de revolta e de coletividade em luta pela modernizao das artes brasileiras. Mario de Andrade

  • Abaporu

  • MODERNISMO - PRIMEIRA FASE

    Incio: Semana de Arte Moderna Contexto histrico: Fundao do Partido Comunista Brasileiro A Revoluo de 1930

  • Poesia nacionalista. Esprito irreverente, polmico e destruidor, movimento contra. Anarquismo, luta contra o tradicionalismo; pardia, humor. Liberdade de esttica. Verso livre sem uso da mtrica. Linguagem coloquial. Destacaram-se: - Mrio de Andrade - Obra: Pauliceia desvairada (Prefcio Interessantssimo) - Oswald de Andrade - Obra: Manifesto antropofgico / Pau-Brasil - Manuel Bandeira - Obra: Libertinagem

  • Poesia nacionalista. Esprito irreverente, polmico e destruidor, movimento contra. Anarquismo, luta contra o tradicionalismo; pardia, humor. Liberdade de esttica. Verso livre sem uso da mtrica. Linguagem coloquial. Destacaram-se: - Mrio de Andrade - Obra: Pauliceia desvairada (Prefcio Interessantssimo) - Oswald de Andrade - Obra: Manifesto antropofgico / Pau-Brasil - Manuel Bandeira - Obra: Libertinagem

  • Verde-Amarelo e o Grupo da Anta

    O Movimento Verde-Amarelo e o Grupo da Anta foram movimentos culturais decorrentes da Semana de 1922.DescrioNa literatura tem por caracterstica textos patriticos, ufanistas e a idealizao do pas.Caractersticas formais, versos livres, sem rima, sem mtrica, em estrofao e discurso no linear.Linguagem coloquial, subverso s regras gramaticais e textos mais analgicos que lgicos

  • MODERNISMO - SEGUNDA FASEContexto histrico: A Era Vargas Lampio e o cangao no sertoDestaca-se a prosa regionalista nordestina (prosa neorealista e neonaturalista).

  • Representantes: - Graciliano Ramos - representante maior, criador do romance psicolgico nordestino - Obras: Vidas Secas; So Bernardo. - Jorge Amado - Obras: Mar Morto; Capites da Areia. - Jos Lins do Rego - Obras: Menino de Engenho; Fogo Morto. - Rachel de Queiroz - Obra: O Quinze.

  • MODERNISMO - SEGUNDA FASEPoesia 30/45 - ruma para o universal. Carlos Drummond de Andrade faz poesia de tenso ideolgica. Fase de Drummond: - Eu maior que o mundo - poema, humor, piada. - Eu menor que o mundo - poesia de ao. - Eu igual ao mundo - poesia metafsica. Poetas espiritualistas: - Ceclia Meireles - herdeira do Simbolismo. - Jorge de Lima - Inveno de Orpheu. - Vincius de Moraes - Soneto da Fidelidade.

  • Vincius de Moraes Soneto da Fidelidade: De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero viv-lo em cada vo momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angustia de quem vive Quem sabe a solido, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que no seja imortal, posto que e chama Mas que seja infinito enquanto dure.

  • MODERNISMO -TERCEIRA FASE

    Contexto histrico: A Redemocratizao do Brasil

    A ditadura militar no Brasil

  • Continua predominando a prosa. Representantes: - Guimares Rosa - Neologismo - Obra: Primeiras Estrias. - Clarice Lispector - Introspectiva - Obra: Laos de Famlia, onde a autora procura retratar o cotidiano montono e sufocante da famlia burguesa brasileira. Obs.: Os escritores acima procuram universalizar o romance nacional. So considerados pela crtica literria, escritores instrumentalistas.

  • Poesia concreta: - Joo Cabral de Melo Neto - poeta de poucas palavras. Obra de maior relevncia literria: Morte e Vida Severina. Tem intertextualidade com o teatro Vicentino.

  • ENCONTRA DOIS HOMENS CARREGANDO UM DEFUNTO NUMA REDE, AOS GRITOS DE " IRMOS DAS ALMAS! IRMOS DAS ALMAS! NO FUI EU QUE MATEI NO!" A quem estais carregando, irmos das almas, embrulhado nessa rede? dizei que eu saiba. A um defunto de nada, irmo das almas, que h muitas horas viaja sua morada. Severino Lavrador, irmo das almas, Severino Lavrador, mas j no lavra. E foi morrida essa morte, irmos das almas, essa foi morte morrida ou foi matada?

  • Tropicalismo

    Origem do tropicalismoO tropicalismo foi um movimento musical, que tambm atingiu outras esferas culturais (artes plsticas cinema, poesia), surgido no Brasil no final da dcada de 1960. O marco inicial foi o Festival de Msica Popular realizado em 1967 pela TV Record.

  • Influncias e inovaesO tropicalismo teve uma grande influncia da cultura pop brasileira e internacional e de correntes de vanguarda como, por exemplo,o concretismo. O tropicalismo, tambm conhecido como Tropiclia, foi inovador ao mesclar aspectos tradicionais da cultura nacional com inovaes estticas como, por exemplo, a pop art.O tropicalismo inovou tambm em possibilitar um sincretismo entre vrios estilos musicais como, por exemplo,rock, bossa nova,baio,samba, bolero, entre outros. As letras das msicas possuam um tom potico, elaborando crticas sociais e abordando temas do cotidiano de uma forma inovadora e criativa.

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