aula resposta inflamatoria

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 07/06/2014 1 INFLAMAÇÃO DISCIPLINA: CIENCIAS MORFOFUNCIONAIS IV PROFESSORA: ANALIZIA PENA INFLAMAÇÃO: CONCEITO  A inflamaçã o é uma resposta de proteção do organismo contra uma agressão, cujo objetivo é livrar o organismo do agente agressor e das conseqüências desta agressão; a inflamação é uma reação dos vaso s sangüíneos, que conduz a um acúmulo de líquido e leuc óc it os no te cido ex tr avas cu lar.

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RESPOSTA INFLAMATÓRIA

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  • 07/06/2014

    1

    INFLAMAO

    DISCIPLINA: CIENCIAS MORFOFUNCIONAIS IV

    PROFESSORA: ANALIZIA PENA

    INFLAMAO: CONCEITO

    A inflamao uma resposta de proteo do organismo contra

    uma agresso, cujo objetivo livrar o organismo do agente

    agressor e das conseqncias desta agresso; a inflamao

    uma reao dos vasos sangneos, que conduz a um acmulo de

    lquido e leuccitos no tecido extravascular.

  • 07/06/2014

    2

    INFLAMAO

    Durante a reparao o tecido lesado substitudo por:

    regenerao de clulas

    parenquimatosas.

    e/ou por preenchimento

    do defeito com tecido

    fibroso (cicatrizao).

  • 07/06/2014

    3

    INFLAMAO: CAUSAS

    AGENTES BIOLGICOS

    bactrias, fungos, protozorios, vrus, etc.

    AGENTES QUMICOS

    drogas (aspirina).

    INFLAMAO: CAUSAS

    REAES IMUNOLGICAS

    Hepatite auto-imune

    Lupus eritematoso

    AGENTES FSICOS

    queimadura solar

    traumatismos/ fraturas

    clculos

  • 07/06/2014

    4

    INFLAMAO: CAUSAS

    NECROSES

    infarto do miocrdio

    necroses em geral de etiologias variadas:

    hepatites virais, etc

    Necrose: infarto do miocrdio

    calor tumor dor Perda

    de

    funo

    rubor

    INFLAMAO

  • 07/06/2014

    5

    Vasodilatao e do fluxo sangneo

    calor e rubor

    Permeabilidade vascular

    edema ou tumor

    Edema pressiona terminaes nervosas

    dor

    INFLAMAO

    CLULAS ENVOLVIDAS NA

    RESPOSTA INFLAMATRIA

    RESPOSTA VASCULAR : CLULAS INTRAVASCULARES

    RESPOSTA CELULAR: MATRIZ DO TECIDO CONJUNTIVO

  • 07/06/2014

    6

    INFLAMAO: DIVISO

    AGUDA

    CRNICA

    SUB/AGUDA - SUB/CRNICA

  • 07/06/2014

    7

    INFLAMAO AGUDA

    uma resposta inicial e imediata a um agente

    agressor.

    Tem durao curta: minutos, horas ou alguns

    dias.

    Caracterstica: exsudao de lquidos e

    protenas plasmticas e emigrao de

    leuccitos (neutrfilos).

    INFLAMAO AGUDA

    A inflamao aguda compreende trs componentes

    principais:

    alteraes no calibre vascular, que conduzem

    a um aumento do fluxo sangneo.

    aumento da permeabilidade vascular; que

    permite que as protenas plasmticas e os

    leuccitos deixem a circulao.

    emigrao dos leuccitos e seu acmulo nos

    focos de agresso.

  • 07/06/2014

    8

    INFLAMAO CRNICA

    Inflamao de durao prolongada

    (semanas ou meses).

    Normalmente se segue uma inflamao

    aguda mas pode iniciar de modo insidioso

    e assintomtico.

    Caracterstica: presena de linfcitos,

    macrfagos e proliferao celular.

    AS FASES DA

    INFLAMAO AGUDA

  • 07/06/2014

    9

    ALTERAES VASCULARES

    VASOCONSTRIO ARTERIOLAR dura

    alguns segundos e seguida da

    VASODILATAO: origina a abertura de novos

    leitos capilares na rea inflamada levando a um

    aumento do fluxo sangneo. A vasodilatao

    (hiperemia ativa) responsvel pelo rubor e

    calor do foco inflamatrio.

  • 07/06/2014

    10

    ALTERAES

    DA PERMEABILIDADE

    A vasodilatao leva a uma maior lentido

    da corrente circulatria originando um

    aumento da permeabilidade da

    microcirculao permitindo a sada de

    gua, eletrlitos, protenas de baixo e alto

    peso molecular, fibrina e fibrinognio para

    o interstcio formando o exsudato.

  • 07/06/2014

    11

    EXSUDATOS

    O aumento da permeabilidade vascular

    forma o exsudato, resultando, em

    conseqncia numa maior concentrao

    de hemcias dentro dos vasos levando a

    um aumento da viscosidade sangnea

    (Hiperemia passiva).

    ALTERAES

    DA PERMEABILIDADE

  • 07/06/2014

    12

    MECANISMOS PROPOSTOS DE

    AUMENTO DA

    PERMEABILIDADE

    MECANISMOS PROPOSTOS DE

    AUMENTO DA PERMEABILIDADE

    1. Formao de lacunas endoteliais nas vnulas

    2. Reorganizao do citoesqueleto

    3. Transcitose aumentada

    4. Leso endotelial direta

    5. Extravasamento prolongado tardio

    6. Leso endotelial mediada por leuccitos

    7. Extravasamento de novos vasos

  • 07/06/2014

    13

    FORMAO DE LACUNAS

    ENDOTELIAIS NAS VNULAS

    o mecanismo mais comum.

    Por ao de mediadores qumicos (histamina,

    bradicinina, leucotrienos).

    Ocorre rapidamente e reversvel (< 30 min).

    Resposta Transitria Imediata.

    REORGANIZAO DO

    CITOESQUELETO

    (RETRAO ENDOTELIAL)

    Por ao de mediadores qumicos as clulas endoteliais se retraem uma das outras

    (mecanismo ainda discutvel).

  • 07/06/2014

    14

    TRANSCITOSE AUMENTADA

    Atravs do citoplasma endotelial por canais

    formados por vesculas e vacolos

    interconectados, muitos localizados junto s

    junes intercelulares.

    Por ao de mediadores qumicos.

    LESO ENDOTELIAL DIRETA

    Resulta em necrose e desprendimento das

    clulas endoteliais.

    Leso direta do endotlio pelo agente nocivo

    (Ex: queimaduras ou infeces bacterianas

    lticas).

  • 07/06/2014

    15

    LESO ENDOTELIAL

    MEDIADA POR LEUCCITOS

    Os leuccitos aderem ao endotlio

    liberando espcies txicas de oxignio e

    enzimas proteolticas que causam leso e

    desprendimento endotelial, resultando

    aumento da permeabilidade.

    EXTRAVASAMENTO DE NOVOS

    VASOS SANGNEOS

    Durante a reparao, as clulas

    endoteliais proliferam e formam novos

    vasos sangneos (angiognese).

    Os brotos vasculares permanecem

    permeveis at que as clulas endoteliais

    se diferenciem e formem junes

    intercelulares.

  • 07/06/2014

    16

    EMIGRAO DE LEUCCITOS

    Consiste na emigrao dos leuccitos da

    microcirculao e seu acmulo no foco

    de leso.

    FUNES DOS LEUCCITOS

    Ingerir agentes ofensivos.

    Destruio de bactrias.

    Degradao do tecido necrtico.

    Degradao de corpos estranhos.

    Podem prolongar a inflamao.

    Podem induzir leso tecidual por liberao de

    enzimas, mediadores qumicos e radicais

    txicos de oxignio.

  • 07/06/2014

    17

    Fluxo sangneo

    ETAPAS DA EMIGRAO DE

    LEUCCITOS

    Na luz do vaso: marginao, rolagem e

    aderncia.

    Transmigrao atravs do endotlio

    (tambm chamada de diapedese).

    Migrao nos tecidos intersticiais em

    direo a um estmulo quimiottico.

  • 07/06/2014

    18

    Neutrfilo proviente

    da medula ssea

    vermelha entra no

    sangue

    1

    2

    3

    4

    Marginao

    Diapedese

    Quimiotaxia

    Parede do capilarEndotlio

    Lmina basal

    Estmulo

    quimiottico

    ETAPAS DA EMIGRAO

    DE LEUCCITOS

  • 07/06/2014

    19

    EMIGRAO LEUCOCITRIA

    A emigrao consiste no processo atravs doqual os leuccitos escapam dos vasossangneos para tecidos extracelulares,passando entre as junes das clulasendoteliais e membrana basal dos capilares.

    Os leuccitos migram de encontro a um atrativo,ou, mais simplesmente, uma locomooorientada ao longo de um gradiente qumico(QUIMIOTAXIA). Tanto substncias exgenasquanto endgenas podem agir como agentesquimiotticos.

    EMIGRAO LEUCOCITRIA

    No campo inflamatrio os leuccitos neutrfilosiniciam o processo de FAGOCITOSE, auxiliadospelos macrfagos dos tecidos.

    A fagocitose envolve dois estgios diferentes masinter-relacionados. Primeiro, a partcula a seringerida se fixa superfcie do leuccito, umfenmeno que exige uma espcie dereconhecimento pelo leuccito. O segundo passo a ingesto, com subseqente formao de umvacolo fagocitrio. O terceiro a morte oudegranulao do material ingerido.

  • 07/06/2014

    20

    MEDIADORES QUMICOS

    Os processos vasculares, aumento dapermeabilidade, migrao leucocitria,

    quimiotaxia e fagocitose se fazem por

    ao de substncias qumicas produzidas

    pelo organismo localmente ou

    provenientes da circulao chamadas

    MEDIADORES QUMICOS.

    EXSUDATO: CONCEITO

    Exsudato o fluido inflamatrio extravascular com alta concentrao de

    protenas, alm de detritos celulares, com

    densidade acima de 1020.

    Depende de alterao da permeabilidade vascular.

  • 07/06/2014

    21

    EXSUDATO

    TRANSUDATO: CONCEITO

    Transudato o fluido de baixo contedo protico com densidade menor de 1012.

    Resulta de alterao da presso hidrosttica.

    A permeabilidade vascular normal.

  • 07/06/2014

    22

    AS CLULAS DA REAO

    INFLAMATRIA

    Leuccitos polimorfonucleares

    Moncitos

    Linfcitos

    Plasmcitos

    Clulas mesenquimais: fibroblastos, clulas endoteliais, clulas do sistema

    retculo-histiocitrio.

    LEUCCITOS: AGREGAO

    Os leuccitos se acumulam no foco inflamatrio seguindo uma seqncia

    cronolgica caracterstica:

    a) os neutrfilos

    b) os moncitos

    c) os linfcitos e plasmcitos.

  • 07/06/2014

    23

    LEUCCITOS: FUNO

    NEUTRFILOS

    surgem no estado inicial de quase todas as reaes inflamatrias agudas,

    especialmente nas infeces bacterianas

    que produzem ps.

    desaparecem rapidamente.

    fazem a fagocitose.

    LEUCCITOS: FUNO

    MONCITOS

    so mais resistentes e podem sobreviver vrias semanas.

    podem multiplicar-se nos tecidos e transformar-se em macrfagos.

    fazem a fagocitose.

  • 07/06/2014

    24

    LEUCCITOS: FUNO

    LINFCITOS

    surgem tardiamente e podem persistir por meses.

    produzem anticorpos.

    PLASMCITOS

    produzem anticorpos.

    so mais comuns na periferia do foco inflamatrio.

    LEUCCITOS: FUNO

    EOSINFILOS

    mais comuns nas infeces parasitrias e hiperrgicas.

    colaboram na reao antgeno-anticorpo.

    significam o incio da regresso da inflamao.

  • 07/06/2014

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    FASES DA FAGOCITOSE

    Reconhecimento e adeso.

    Ingesto.

    Destruio e/ou degradao.

    FAGOCITOSE

  • 07/06/2014

    26

    FAGOCITOSE:

    Reconhecimento

    Os microrganismos so reconhecidospor:

    a) neutrfilos (micrfagos)

    b) macrfagos (quando so revestidos

    por um fator natural do soro: as opsoninas

    - IgG e C3b)

    FAGOCITOSE: Adeso

    As partculas opsononizadas aderem aos receptores especficos na superfcie de

    micrfagos e macrfagos para IgG e C3b.

  • 07/06/2014

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    FAGOCITOSE: Ingesto

    pseudpodos: pela membrana citoplasmtica da clula.

    a membrana limitante do vacolo fagoctico se fusiona com a membrana

    limitante dos grnulos lisossomais dos

    leuccitos.

    descarga do contedo dos grnulos com sada de enzimas hidrolticas.

    FAGOCITOSE: Destruio

    por mecanismos bactericidas dependentes de oxignio: sistema H2O2

    por mecanismos bactericidas independentes de oxignio: on

    hidrognio; enzima lisozima; protenas

    catinicas ricas em arginina; lactoferrina.

  • 07/06/2014

    28

    MEDIADORES QUMICOS:

    Caractersticas

    (1) Originam-se no plasma e nas clulas.

    (2) Desenvolvem sua atividade biolgica

    atravs da ligao a receptores especficos

    celulares.

    (3) So capazes de estimular a liberao de

    mediadores por parte das prprias clulas-

    alvo.

    MEDIADORES QUMICOS:

    Caractersticas

    (4) atuam sobre um ou alguns tipos de

    clulas-alvo, apresentam alvos variados

    ou podem apresentar efeitos diferentes

    segundo os tipos de clulas e tecidos em

    contato;

    (5) uma vez ativados e liberados a maioria

    dos mediadores tem uma curta durao.

  • 07/06/2014

    29

    MEDIADORES QUMICOS

    CELULARES

    a) Pr-formatados

    Histamina, serotonina,enzimas

    lisossomais.

    b) Recm-formatados:

    Prostaglandinas, leucotrienos, fator

    ativador plaquetrio, citocinas, xido

    ntrico.

    MEDIADORES QUMICOS

    PLASMTICOS

    a) Por ativao do complemento C3a, C5a,

    C5b-9.

    b) Por ativao do fator de Hageman

    Sistema cinina (bradicinina)

    Sistema da coagulao-fibrinlise.

  • 07/06/2014

    30

    TIPOS DE MEDIADORES (1)

    Aminas vasoativas

    Proteases plasmticas

    Metablitos do cido araquidnico

    Fator de ativao plaquetria

    Citocinas

    TIPOS DE MEDIADORES (2)

    xido ntrico

    Componentes lisossmicos dos leuccitos

    Radicais livres derivados do oxignio

    Outros mediadores

  • 07/06/2014

    31

    AMINAS VASOATIVAS

    (1) HISTAMINA

    Origem: mastcitos e basfilos.

    Ativao: agentes fsicos (trauma, frio, calor), reaes imunes, anafilatoxinas,

    protenas liberadoras de histamina

    derivadas dos leuccitos, neuropeptdios,

    citocinas.

    AMINAS VASOATIVAS

    (1) HISTAMINA

    Ao: vasodilatao arteriolar aumento da permeabilidade vascular

    (2) SEROTONINA

    origem: plaquetas

    ativao: contato com colgeno, trombina, ADP e complexos Antgeno/Anticorpo

  • 07/06/2014

    32

    PROTEASES PLASMTICAS

    (1) SISTEMA DO COMPLEMENTO

    sistema de 20 protenas plasmticas que atua na imunidade para a defesa contra

    agentes microbianos e culmina com a lise

    de micrbios. Os componentes do

    complemento presentes no plasma sob a

    forma inativa so numerados de C1 a C9.

    PROTEASES PLASMTICAS

    (1) SISTEMA DO COMPLEMENTO

    Modo de ao: C3a, C5a, C4a: permeabilidade vascular e

    vasodilatao atravs da liberao de

    histamina dos mastcitos.

    C3b: fagocitose.

    C5a: adeso, quimiotaxia para

    neutrfilos,moncitos, eosinfilos.

  • 07/06/2014

    33

    PROTEASES PLASMTICAS

    (2) SISTEMA CININA

    Ativao: fator Hageman.

    Modo de ao: libera bradicinina que aumenta a permeabilidade vascular.

    A bradicinina rapidamente inativada pela quinase, tendo curta durao.

    METABLITOS DO CIDO

    ARAQUIDNICO

    (1) PROSTAGLANDINAS

    Modo de formao: a partir do cido araquidnico pela via da ciclooxigenase.

    (Bloqueio para aspirina).

    Tipos de prostaglandinas formadas: PGE, PGD, PGF,PGLI 2.

    Modo de ao: vasodilatao e potencializa formao do edema.

  • 07/06/2014

    34

    METABLITOS DO CIDO

    ARAQUIDNICO

    (2) LEUCOTRIENOS

    Modo de formao: a partir do cido araquidnico pela via da lipooxigenase

    (enzima presente nos neutrfilos).

    Principal produto: 5-HETE.

    Modo de ao: quimiotaxia.

    FATOR DE ATIVAO

    PLAQUETRIA

    Origem: fosfolipdios da membrana por ativao das fosfolipases.

    Modo de ao: vasoconstrio; aumento da permeabilidade vascular (100 a 10.000

    x mais potente que a histamina); aumento

    da adeso leucocitria ao endotlio;

    quimiotaxia.

  • 07/06/2014

    35

    CITOCINAS

    Tipos: Interleucina 1 (IL 1) e Fator de Necrose Tumoral (TNF).

    Ativao: de macrfagos por ao de produtos bacterianos, complexos imunes,

    toxinas, leses fsicas e outras citocinas.

    CITOCINAS

    Modo de ao:

    Reaes da fase aguda: febre,+ sono, -apetite.

    Efeitos endoteliais: + aderncia leucocitria, + sntese de PGl, atividade

    pr-coagulante.

    Efeitos fibroblsticos: + proliferao e colgeno,+ colagenase e protease.

  • 07/06/2014

    36

    XIDO NTRICO

    Origem: gs solvel de radical livre produzido por clulas endoteliais,

    macrfagos e neurnios centrais

    especficos, sintetizado a partir da L-

    arginina, do oxignio molecular e NADPH.

    Tempo de ao: alguns segundos.

    Ao: citotxico para micrbios.

    RADICAIS LIVRES

    Origem: liberados por leuccitos

    Ativao: agentes quimiotticos,imunocomplexos.

    Modo de ao:

    aumento da permeabilidade vascular

    inativao de antiproteases.

  • 07/06/2014

    37

    PADRES MORFOLGICOS NA

    INFLAMAO AGUDA E CRNICA

    A gravidade da reao, sua causa especfica e o tecido e local em particular afetados introduzem variaes morfolgicas nos padres bsicos da inflamao aguda e crnica.

    Por exemplo, o contedo lquido, protico e celular de um exsudato depende do agente causal especfico, alm da intensidade da agresso.

    Assim, podem ser discernidos aspectos caractersticos da inflamao crnica e da inflamao aguda com base do exsudato e nas variveis morfolgicas apresentadas pela localizao.

    INFLAMAO SEROSA

    O exsudato contm muito mais protena que o lquido comum do edema. Por sua

    composio se equivale ao plasma

    sangneo.

    Exemplos: no tecido conjuntivo (picada de insetos); nas mucosas (coriza nasal); nas

    cavidades corpreas (derrame pleural,

    etc).

  • 07/06/2014

    38

    INFLAMAO FIBRINOSA

    Caracteriza-se pela sada dos vasos de grande quantidade de fibrinognio, o qual

    coagula nos tecidos e forma a fibrina.

    Exemplos: nas mucosas (difteria); no pulmo (pneumonia lobar); nas serosas

    (pleura, pericrdio).

    INFLAMAO FIBRINOSA

  • 07/06/2014

    39

    Inflamao fibrinosa

    pericrdio

    INFLAMAO SUPURATIVA OU

    PURULENTA

    Caracteriza-se pelo exsudato estar constitudo exclusivamente por leuccitos, sendo muito menor a proporo de lquido e muito escassa a fibrina. Deste modo se constitui uma massa celular chamada pus ou exsudato purulento.

    O abscesso um exemplo de inflamao supurativa localizada.

  • 07/06/2014

    40

    INFLAMAO SUPURATIVA OU

    PURULENTA

    INFLAMAO PURULENTA:

    ABSCESSO

    Abscesso o acmulo de pus num espao criado pela destruio de tecidos.

    Os leuccitos polimorfonucleares em vias de destruio liberam enzimas

    proteolticas que digerem o tecido

    lesionado.

  • 07/06/2014

    41

    INFLAMAO PURULENTA:

    FLEGMO

    a extenso da supurao acompanhada de necrose do tecido

    celular resultando uma infiltrao

    progressiva. A inflamao flegmonosa se

    caracteriza porque no se detm em

    nenhuma parte podendo progredir com

    grande rapidez e no encapsulada.

    INFLAMAO PURULENTA:

    EMPIEMA

    Empiema a coleo de pus em cavidades j formadas como a pleura,

    vescula biliar, etc.

    As inflamaes purulentas so produzidas quase que exclusivamente por bactrias,

    especialmente os estafilococos e

    estreptococos (cocos pigenos).

  • 07/06/2014

    42

    Empiema pericrdico

    INFLAMAO HEMORRGICA

    Caracteriza-se pela presena de hemcias nos exsudatos serosos,

    fibrinosos ou purulentos causada por uma

    grave leso vascular.

    Exemplos: bacilo do carbnculo.

  • 07/06/2014

    43

    DESENLACE DA

    INFLAMAO AGUDA

    (1) Resoluo completa.

    (2) Cura por substituio por tecido

    conjuntivo (fibrose).

    (3) Formao de tecido de granulao.

    (4) Progresso para a inflamao crnica.

    INFLAMAO CRNICA

    Inflamao de durao prolongada na qual destruio tecidual e tentativas de

    reparao esto ocorrendo

    simultaneamente.

  • 07/06/2014

    44

    INFLAMAO CRNICA

    A progresso para a inflamao crnica ocorre quando no possvel resolver a

    resposta inflamatria aguda por:

    persistncia do agente agressor,

    interferncia no processo normal de cura.

    INFLAMAO CRNICA

    A inflamao crnica segue-se sempre aps a fase exsudativa (que pode ser

    fugaz e no identificada).

    A inflamao aguda basicamente uma

    reao vascular e a inflamao crnica

    uma reao celular proliferativa.

  • 07/06/2014

    45

    INFLAMAO CRNICA:

    TIPOS

    FIBROSE REPARATIVA (fibroblastos).

    TECIDO DE GRANULAO (clulas vasculares- pericitos).

    GRANULOMAS (macrfagos).

    REPARAO POR FIBROSE

    Ocorre quando h destruio tecidual persistente por leso de clulas

    parenquimatosas e do estroma.

    Ocorre substituio das clulas parenquimatosas no regeneradas

    (tecidos permanentes) por tecido

    conjuntivo que leva a formao de fibrose

    e cicatriz.

  • 07/06/2014

    46

    FIBROSE CICATRICIAL

    Proliferao de fibrcitos.

    Transformao em fibroblastos.

    Produo de colgeno.

    O TECIDO DE GRANULAO

    Logo no incio da inflamao a proliferao de fibroblastos e clulas

    endoteliais vasculares formando

    pequenos vasos sangneos constituem

    o tecido de granulao. Os vasos se

    formam por brotamentos de vasos pr-

    existentes (angiognese).

  • 07/06/2014

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    GRANULOMA PIOGNICO

    GRANULOMAS

    uma forma especial de inflamao crnica na qual predomina a proliferao

    de um tipo especial de macrfago ativado

    com aspecto de clula epitelial modificada

    (epiteliide).

  • 07/06/2014

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    GRANULOMAS

    Granuloma um acmulo microscpico de macrfagos que se transformam em

    clulas semelhantes epiteliais, cercadas

    por um colar de leuccitos

    mononucleares, principalmente linfcitos.

    As clulas epiteliides podem se fundir e

    formar clulas gigantes.

    INFLAMAES

    GRANULOMATOSAS

    BACTERIANAS

    Tuberculose, Lepra, Sfilis

    Doena de arranhadura do gato

    PARASITRIAS

    Esquistossomose

    CORPOS ESTRANHOS

  • 07/06/2014

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    INFLAMAES

    GRANULOMATOSAS

    FNGICA

    Criptococose

    Paracoccidioidomicose

    METAIS E POEIRAS INORGNICAS

    Silicose, berilose

    DESCONHECIDA

    Sarcoidose

    SARCOIDOSE