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http://www.supremaciaconcursos.com.br [email protected] https://www.facebook.com/supremaciaconcursos Discursiva Auditor Fiscal do Trabalho Professor Patrik Loz [email protected] 1 AULA DEMONSTRATIVA DISCURSIVA AUDITOR FISCAL DO TRABALHO TURMA 03 Bem-vindo (a), caríssimo concurseiro (a)! Eu sou o professor Patrik Loz. Será uma satisfação estar com vocês nessa batalha pela aprovação no Concurso de Auditor Fiscal do Trabalho. O Curso de Discursiva para AFT está agora com a sua terceira turma. A aula terá vários temas que não constaram do curso anterior. Isso porque durante o curso passado, elaboramos vários padrões de resposta de provas anteriores ou de temas inéditos. O curso é temático com correção. Isso significa que iremos ensinar como fazer uma discursiva (questões, dissertação, parecer) elaborando modelos de resposta para várias questões discursivas do CESPE e de temas inéditos. Em cada modelo iremos explicar parágrafo a parágrafo como construímos o modelo de resposta. Dessa forma, o aluno aprende e terá várias questões com modelos de resposta. O curso terá a duração de 02 meses e iremos demonstrar a vocês o quanto pode ser fácil produzir uma boa discursiva. Durante o curso haverá a correção de 06 (seis) discursivas de cada aluno (02 questões, 02 questões problema; 01 dissertação e 01 parecer técnico). Nossa correção será aprofundada e não apenas superficial. Digo isso porque faço observações a cada parágrafo que o aluno elaborou. Isso para que no dia da prova haja o mínimo de descontos na nota. Procuramos ensinar ao aluno como tirar nota máxima na discursiva. Logicamente que o aprendizado da macro estrutura para discursivas deve ser acompanhado do estudo do conteúdo constante no edital. RESSALTO QUE NÃO SERÁ UM CURSO GRAMATICAL. Aqui a preocupação é com a estrutura macro da discursiva. Aprender como fazer a discursiva da forma que o examinador pediu e dentro do tempo. Ao saber como e o que fazer no dia da sua prova você não perderá tempo pensando em como iniciar os parágrafos, a forma como deve abordar a questão, se haverá uma introdução ou não, se houver introdução como fazer a introdução, como deixar o texto coerente, claro e coeso etc. Outra característica do nosso curso é que seremos sempre muito objetivos. Não trarei informações desnecessárias tendo em vista que já há muita matéria a ser estudada. Apenas serei, às vezes, um pouco repetitivo em pontos que julgo importante que vocês aprendam. Bom, irei rapidamente me apresentar. Sou Auditor Fiscal do Trabalho aprovado em 19º lugar no último concurso de 2013. Anteriormente trabalhei na Controladoria Geral da União.

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AULA DEMONSTRATIVA

DISCURSIVA AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – TURMA 03

Bem-vindo (a), caríssimo concurseiro (a)! Eu sou o professor Patrik Loz. Será uma satisfação estar com vocês nessa batalha pela aprovação no Concurso de Auditor Fiscal do Trabalho.

O Curso de Discursiva para AFT está agora com a sua terceira turma. A aula terá vários temas que não constaram do curso anterior. Isso porque durante o curso passado, elaboramos vários padrões de resposta de provas anteriores ou de temas inéditos.

O curso é temático com correção. Isso significa que iremos ensinar como fazer uma discursiva (questões, dissertação, parecer) elaborando modelos de resposta para várias questões discursivas do CESPE e de temas inéditos. Em cada modelo iremos explicar parágrafo a parágrafo como construímos o modelo de resposta. Dessa forma, o aluno aprende e terá várias questões com modelos de resposta.

O curso terá a duração de 02 meses e iremos demonstrar a vocês o quanto pode ser fácil produzir uma boa discursiva. Durante o curso haverá a correção de 06 (seis) discursivas de cada aluno (02 questões, 02 questões – problema; 01 dissertação e 01 parecer técnico). Nossa correção será aprofundada e não apenas superficial. Digo isso porque faço observações a cada parágrafo que o aluno elaborou. Isso para que no dia da prova haja o mínimo de descontos na nota. Procuramos ensinar ao aluno como tirar nota máxima na discursiva. Logicamente que o aprendizado da macro estrutura para discursivas deve ser acompanhado do estudo do conteúdo constante no edital.

RESSALTO QUE NÃO SERÁ UM CURSO GRAMATICAL. Aqui a preocupação é com a estrutura macro da discursiva. Aprender como fazer a discursiva da forma que o examinador pediu e dentro do tempo. Ao saber como e o que fazer no dia da sua prova você não perderá tempo pensando em como iniciar os parágrafos, a forma como deve abordar a questão, se haverá uma introdução ou não, se houver introdução como fazer a introdução, como deixar o texto coerente, claro e coeso etc.

Outra característica do nosso curso é que seremos sempre muito objetivos. Não trarei informações desnecessárias tendo em vista que já há muita matéria a ser estudada. Apenas serei, às vezes, um pouco repetitivo em pontos que julgo importante que vocês aprendam.

Bom, irei rapidamente me apresentar. Sou Auditor Fiscal do Trabalho aprovado em 19º lugar no último concurso de 2013. Anteriormente trabalhei na Controladoria Geral da União.

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No último concurso 300 candidatos foram para a segunda fase (discursiva). Desses, após o resultado final, apenas 102 fizeram o mínimo. Isso significa que quase 2/3 ou 66% foram REPROVADOS (198 candidatos). Quem foi para a segunda fase e fez o mínimo foi nomeado. No edital passado, a fase discursiva estava dividida da seguinte forma:

1. Três questões (máximo de 20 linhas cada) e uma dissertação (máximo de 30 linhas);

2. Três questões-problema (máximo de 20 linhas cada) e um parecer técnico (máximo de 60 linhas).

Como podem observar, são 08 discursivas para ser feitas em 08 horas. Isso significa que terá em média uma hora para ler o que a questão está pedindo, fazer o rascunho e transcrever para a folha de resposta. Ocorre que fazer uma discursiva em uma hora é um tempo razoável. Todavia, fazer 08 em 08 horas não é a mesma coisa de fazer uma por hora. O desgaste físico e mental é muito grande, pois não há um minuto de descanso (não fui ao banheiro no dia da prova nem bebi água, nem ninguém que fez a prova na sala comigo). Afirmo a vocês que caso não pratiquem discursivas com antecedência, no dia da prova não conseguirão fazer tudo que é pedido dentro do tempo disponível. No entanto, se você fizer várias discursivas até o dia da sua prova, no momento em que estiver fazendo a sua discursiva, na segunda fase do concurso, portanto, você irá perceber que está fazendo a prova de maneira automática. Ganha muito tempo que se perderia pensando em como iniciar e o que deve ser transcrito para a prova.

Nessa aula demonstrativa irei trazer vários temas dos mais diversos, e a partir da próxima aula irei separar cada tipo de discursiva cobrada pelo CESPE: questão; questão problema; dissertação e parecer. Também a partir da próxima aula iremos aborda mais a forma de correção realizada pelo CESPE.

Antes de expor os modelos de resposta, vamos apresentar um pequeno guia de como fazer uma discursiva. Vocês poderão perceber que de forma geral é muito simples. Por mais complexa que seja a questão, com esses ensinamentos básicos e com o conhecimento do conteúdo você será capaz de responder todas as questões e dentro do tempo. Perceba que o examinador apenas quer que você demonstre conhecimento técnico sobre determinado assunto. Ele não quer que você faça uma discursiva que depois vire um Best-seller, e muito menos o examinador não quer chorar de emoção ao ler a sua discursiva. Esses ensinamentos servem para todo e qualquer tipo de questão discursiva (questões, questões-problemas, dissertações, pareceres técnicos, peças práticas) e com qualquer quantidade de linhas. Nas aulas seguintes apresentaremos as diferenças de cada uma das questões que serão cobradas na prova.

Sem demora, segue o roteiro básico que você deve seguir em todo tipo de discursiva.

LEITURA ATENTA DA QUESTÃO. Esse é o ponto mais importante. A leitura atenta é o que leva você a expor exclusivamente o que o examinador pediu na questão e da forma que ele exigiu que fosse respondida. Atente-se para cada uma das palavras chave contidas e aos verbos. Quantas perguntas há na questão. Com base em que fundamentos a banca está exigindo a resposta (doutrina, legislação, jurisprudência). Se o examinador pedir a resposta com fundamento na jurisprudência e você responder com base na legislação a sua nota será zero, por melhor que seja a sua resposta. Verifique se o texto que o examinador trouxe é apenas motivador ou faz parte da questão.

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Algumas questões trazem textos complexos sem, no entanto, servirem para a resposta da questão. Servem apenas para “preocupar e confundir” o candidato. Caso o texto faça parte da questão, grife, marque cada palavra chave, cada ponto importante e que tenha relação com as perguntas que seguem. EM QUESTÕES-PROBLEMA E NO PARECER, MUITA ATENÇÃO PARA NÃO TIRAR CONCLUSÕES QUE NÃO ESTEJAM EXPLICITAS NA QUESTÃO. ENTÃO SE ATENTE AOS FATOS EXPLICITAMENTE TRAZIDOS.

CERTIFIQUE-SE QUE TUDO FOI RESPONDIDO. A pontuação da discursiva e dividida pela quantidade de tópicos contidos na questão. Sendo assim, havendo uma questão valendo 100 pontos e com 05 tópicos, cada tópico valerá em média 20 pontos. Caso você responda 04 tópicos de forma perfeita com toda doutrina, jurisprudência e legislação sobre o assunto, mas esqueça de responder a um tópico, o examinador irá descontar os 20 pontos correspondentes a esse tópico. Simples assim. Outro fato é que caso um dos tópicos seja para dar exemplos (no plural) e você der apenas um exemplo, você irá perder 10 pontos (porque o tópico pediu exemplos – pelo menos dois – e você trouxe apenas um). Se o examinador pedir que você responda com base na Constituição Federal e você responder com base na lei, por exemplo, você irá zerar a questão. Mesmo a resposta estando certa conforme fundamentos da lei. Mais um fato é que se a questão pedir que você responda com fundamento na legislação e você responder com fundamento na legislação, na doutrina e na jurisprudência, você não ganhará nada a mais por isso. MUITA ATENÇÃO PARA TÓPICOS QUE TRAZEM MAIS DE UMA PERGUNTA.

ORGANIZAÇÃO. Marque no texto, grife, numere tudo o que é importante e que tenha correlação com as perguntas. Isso é mais importante em questões com textos grandes. Faça uma espécie de check list.

SIGA A SEQUÊNCIA DETERMINADA PELO EXAMINADOR NOS TÓPICOS. Quando ele for corrigir tenderá a procurar as respostas na mesma sequência. Isso facilitará a correção, tendo em vista que ele não é um especialista no assunto. Ele corrige tendo em mãos um padrão de resposta. Então ele pontua conforme a sua resposta contenha tudo que consta no modelo de resposta ou não. Estando na mesma sequência e de forma organizada, isso facilita a correção.

SEMPRE USE NAS RESPOSTAS PALAVRAS CHAVE DA PERGUNTA, E SE POSSÍVEL INICIE O PARÁGRAFO COM ELAS. Não se preocupe em como iniciar os parágrafos. Simplesmente inicie usando as próprias palavras chave contidas na pergunta. Perde-se muito tempo tentando imaginar a melhor forma de iniciar as resposta. Não procure palavras sinônimas para não repetir as mesmas constantes na pergunta, use as mesmas palavras. Isso ainda ajuda que você se certifique que tudo foi respondido. Grife as palavras chave contidas nos tópicos e depois veja se constam na sua resposta.

DÊ RESPOSTAS CLARAS, OBJETIVAS, IMEDIATAS, DIRETAS. As bancas têm favorecido ao candidato que vai direto ao que está sendo pedido, ao núcleo da questão. O candidato não deve fazer introduções que abordem a questão de modo superficial e tardar a responder ao núcleo do que está sendo pedido. A resposta deve ser imediata (sem abordagens superficiais). Não faça abordagens históricas, morais, sociais e não dê opinião pessoal. As palavras chave de cada tópico devem ser retomadas na resposta de

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cada um deles. Dê respostas diretas (não deixe a resposta implícita, seja sempre explícito, afirmativo). Já na primeira linha responda a pergunta. Em seguida traga os fundamentos que sustentam a sua afirmação.

Como se observa, não há nada mais simples. Sendo assim, vamos aos modelos de resposta, no quais faremos as observações necessárias para que vocês possam visualizar cada um dos passos acima.

TEMA 01

(2010/Auditor-Fiscaldo Trabalho) O artigo 2.º da Constituição da República Federativa do Brasil assim dispõe: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. A partir do dispositivo constitucional supra, deve o candidato discorrer sobre o tema INDEPENDÊNCIA E HARMONIA ENTRE OS PODERES, abordando obrigatoriamente os seguintes tópicos:

a) harmonia entre os poderes – divisão de funções entre os órgãos de poder –princípio

da indelegabilidade de funções – absoluta ou relativa?

b) independência entre os poderes – absoluta ou relativa?

c) sistema de freios e contrapesos;

d) exceções ao princípio da divisão dos Poderes – Exemplos

Apesar de a questão ser da ESAF, ela está disposta da mesma forma que o CESPE também costuma cobrar.

MODELO DE RESPOSTA

Tópico “a”.

A República Federativa do Brasil é um Estado Democrático de Direito, determinando a Constituição Federal de 1988 (CF/88) que são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Como se depreende, há independência e HARMONIA ENTRE OS PODERES, acarretando uma DIVISÃO DE FUNÇÕES ENTRE OS ÓRGÃOS DE PODER. Dessa forma, de acordo com a melhor doutrina, o Executivo é o responsável pela execução das políticas e programas de governo; o Judiciário em dizer de forma definitiva qual o direito a ser aplicado; e o Legislativo em fiscalizar e criar as leis.

As FUNÇÕES típicas de cada Poder são INDELEGÁVEIS, de acordo com a clássica tripartição de poderes de Montesquieu. Essas funções estatais legislativa, judicial e executiva deveriam ser distribuídas de forma rígida ou absoluta por órgãos distintos e independentes, não podendo um Poder delegar a outro uma competência que lhe é essencial. No entanto, no atual sistema constitucional brasileiro o PRINCÍPIO DA INDELEGABILIDADE de funções não é absoluto, mas relativo, sendo exemplo disso a possibilidade de o Legislativo delegar ao Executivo a responsabilidade de legislar determinadas matérias, conforme prevê a CF/88. Vamos analisar os parágrafos que acabamos de estruturar.

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Vamos analisar os parágrafos que acabamos de estruturar.

Observe que respondemos a questão com fundamento em fontes “oficiais”. Inicio deixando manifesto que a afirmação está contida na Constituição Federal de 88 (CF/88). Logo no parágrafo seguinte ao falar da indelegabilidade de funções cito Montesquieu que foi o grande teórico do assunto tratado na questão. Ainda foi possível encerrar o parágrafo dizendo “conforme prevê a CF/88”. Dessa forma, você demonstra ao examinador que você tem conhecimento sobre o assunto que está escrevendo.

Veja também as palavras em letras maiúsculas. São as palavras chave constantes na questão. Dessa forma fica facilmente perceptível ao examinador a resposta correspondente de cada tópico por ele solicitado. Como o primeiro tópico continha dois assuntos, separamos cada um num parágrafo. Não misture assuntos diferentes num mesmo parágrafo.

Uma dificuldade muito comum quando estamos fazendo uma prova discursiva é como iniciar a questão. E aqui digo que é muito simples. Inicie a questão com as palavras contidas no próprio tema proposto. Você não precisa inventar algo novo. Vá direto ao assunto. Use palavras e expressões já constantes no texto trazido pelo examinador. Note que foi exatamente o que eu fiz no início do primeiro parágrafo. Começo praticamente apenas repetindo o que o examinador trouxe na questão. Alias, assim recomendo que façam. Não inventem. Com isso superamos a fase inicial e podemos prosseguir com mais tranquilidade.

Ainda chamo a atenção de vocês para mais uma coisa. Temos no tópico “a” praticamente 04 temas. A princípio pode parecer (numa leitura mais apressada, principalmente no calor da prova) que você deve falar somente sobre “harmonia entre os poderes” e “princípio da indelegabilidade”. Mas temos que falar ainda sobre a “divisão de funções entre os órgãos de poder” e “se a indelegabilidade de funções é absoluta ou relativa”. É percebível que no primeiro parágrafo começo falando da “harmonia entre os poderes” e termino com a “divisão de funções entre os órgãos de poder”. Já no segundo parágrafo inicio sobre a “indelegabilidade de funções” e fecho com se essa é relativa ou absoluta. Analisando os 02 parágrafos reparem que tudo o que o examinador pediu foi respondido. Com a prática essas análises e a sequência do roteiro que passei ficam automáticas.

No segundo tópico temos:

b) independência entre os poderes – absoluta ou relativa?

MODELO DE RESPOSTA

A independência entre os Poderes não ocorre de forma absoluta, pois o que de fato acontece é uma interdependência e harmonia, como bem determina a CF/88, demonstrando que a independência entre eles é apenas relativa. Um Poder limita o outro na medida em que a própria CF/88 criou mecanismos de controle de um Poder sobre o outro. Todavia, como já decidiu o STF inúmeras vezes, essa independência é relativa apenas nas hipóteses constitucionalmente previstas. Nos casos não previstos na Constituição não pode um Poder interferir no outro.

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Analisemos mais esse parágrafo.

O tópico pergunta objetivamente se a independência entre os poderes é absoluta ou relativa. Sendo assim, respondemos de forma objetiva e direta. Note que já iniciamos respondendo: “A independência entre os Poderes não ocorre de forma absoluta”. Não demore a responder o que o examinador perguntou. Sempre que possível já responda na primeira linha. O restante do parágrafo apenas irá sustentar sua afirmação. Alias você deve AFIRMAR. Não deixe a sua resposta subentendida. Note ainda que todo o parágrafo é alicerçado em fontes “oficiais”. No caso, sustentamos nossa resposta na Constituição e em decisões do STF.

No tópico seguinte temos: c) sistema de freios e contrapesos; MODELO DE RESPOSTA

Esses mecanismos de controle, supracitados, que a doutrina passou a chamar de sistema de freios e contrapesos, são responsáveis em manter o Estado Democrático de Direito. Esse sistema faz com que haja o devido equilíbrio capaz de evitar que um Poder extrapole ao exercer sua função. Como exemplo do sistema de freios e contrapesos temos: o controle de constitucionalidade exercido pelo Judiciário sobre às normas criadas pelo Legislativo; a fiscalização exercida pelo Legislativo, por meio do Tribunal de Contas, sobre os atos do Judiciário e do Executivo; a possibilidade de o Legislativo constituir Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar ações do Executivo ou Judiciário; a sanção exercida pelo Executivo quanto às leis elaboradas pelo Legislativo.

Por último temos: d) exceções ao princípio da divisão dos Poderes – Exemplos

MODELO DE RESPOSTA

No sistema brasileiro há várias exceções ao princípio da divisão dos Poderes. Como exemplo, podemos citar: as medidas provisórias publicadas pelo Poder Executivo; o julgamento do Presidente da República pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade; a iniciativa de lei aos tribunais superiores nos casos previstos na CF/88; o exercício da função executiva pelo Judiciário e Legislativo quando esses organizam seus serviços internos.

Nos dois últimos parágrafos, mais uma vez, é fácil notar que fomos direto às respostas. Constate que já na primeira ou no máximo na segunda linha as palavras chave, núcleo da pergunta do examinador, são repetidas. Não há dificuldade em localizar em que parágrafo ou em que parte do texto está a resposta a cada tópico.

Trazemos agora a resposta completa para melhor observação:

(2010/Auditor-Fiscaldo Trabalho) O artigo 2.º da Constituição da República Federativa do Brasil assim dispõe: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.

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A partir do dispositivo constitucional supra, deve o candidato discorrer sobre otema INDEPENDÊNCIA E HARMONIA ENTRE OS PODERES, abordando obrigatoriamente os seguintes tópicos:

a)harmonia entre os poderes – divisão de funções entre os órgãos de poder –princípio da indelegabilidade de funções – absoluta ou relativa?

b)independência entre os poderes – absoluta ou relativa?

c)sistema de freios e contrapesos;

d)exceções ao princípio da divisão dos Poderes – Exemplos

Padrão de resposta

A República Federativa do Brasil é um Estado Democrático de Direito, determinando a Constituição Federal de 1988 (CF/88) que são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Como se depreende, há independência e HARMONIA ENTRE OS PODERES, acarretando uma DIVISÃO DE FUNÇÕES ENTRE OS ÓRGÃOS DE PODER. Dessa forma, de acordo com a melhor doutrina, o Executivo é o responsável pela execução das políticas e programas de governo; o Judiciário em dizer de forma definitiva qual o direito a ser aplicado; e o Legislativo em fiscalizar e criar as leis.

As FUNÇÕES típicas de cada Poder são INDELEGÁVEIS de acordo com a clássica tripartição de poderes de Montesquiel. Essas funções estatais legislativa, judicial e executiva deveriam ser distribuídas de forma rígida ou absoluta por órgãos distintos e independentes, não podendo um Poder delegar a outro uma competência que lhe é essencial. No entanto, no atual sistema constitucional brasileiro o PRINCÍPIO DA INDELEGABILIDADE de funções não é absoluto, mas relativo, sendo exemplo disso a possibilidade de o Legislativo delegar ao Executivo a responsabilidade de legislar determinadas matérias, conforme prevê a CF/88.

A independência entre os Poderes não ocorre de forma absoluta, pois o que de fato acontece é uma interdependência e harmonia, como bem determina a CF/88, demonstrando que a independência entre eles é apenas relativa. Um Poder limita o outro na medida em que a própria CF/88 criou mecanismos de controle de um Poder sobre o outro. Todavia, como já decidiu o STF inúmeras vezes, essa independência é relativa apenas nas hipóteses constitucionalmente previstas. Nos casos não previstos na Constituição não pode um Poder interferir no outro.

Esses mecanismos de controle, supracitados, que a doutrina passou a chamar de sistema de freios e contrapesos, são responsáveis em manter o Estado Democrático de Direito. Esse sistema faz com que haja o devido equilíbrio capaz de evitar que um Poder extrapole ao exercer sua função. Como exemplo do sistema de freios e contrapesos temos: o controle de

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constitucionalidade exercido pelo Judiciário sobre às normas criadas pelo Legislativo; a fiscalização exercida pelo Legislativo, por meio do Tribunal de Contas, sobre os atos do Judiciário e do Executivo; a possibilidade de o Legislativo constituir Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar ações do Executivo ou Judiciário; a sanção exercida pelo Executivo quanto às leis elaboradas pelo Legislativo.

No sistema brasileiro há várias exceções ao princípio da divisão dos Poderes. Como exemplo, podemos citar: as medidas provisórias publicadas pelo Poder Executivo; o julgamento do Presidente da República pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade; a iniciativa de lei aos tribunais superiores nos casos previstos na CF/88; o exercício da função executiva pelo Judiciário e Legislativo quando esses organizam seus serviços internos.

TEMA 02

(CESPE 2008 – MMA) A Constituição de 1988 consagrou uma série de princípios e estabeleceu um conjunto de regras atinentes à relação entre a administração e os servidores. Um dos aspectos mais relevantes diz respeito à investidura em cargo ou emprego público, seja mediante concurso público, seja para os chamados cargos em comissão.

Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do ingresso no serviço público a partir dos princípios da administração. Em seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:

a) principais princípios da administração pública na Constituição Federal;

b) formas principais de ingresso no serviço público;

c) relações entre formas de ingresso e princípios da administração descritos.

Extensão máxima: 30 linhas.

MODELO DE RESPOSTA

Os principais princípios da administração pública estão previstos no art. 37 da Constituição Federal de 1988 (CF/88). São eles a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. A legalidade determina que a administração deve seguir os ditames constantes na lei; a impessoalidade está relacionada à isonomia, garantindo a todos iguais direitos e oportunidades; a moralidade liga-se à ética, à honestidade e à probidade que deve guiar os atos públicos; a publicidade orienta que os atos da administração devem ser públicos; a eficiência atribui o dever da administração zelar pela melhor aplicação dos recursos disponíveis. Outro princípio de grande relevância previsto na CF/88 é o princípio do concurso público. Esse apenas não será observado nos casos constitucionalmente previstos.

As formas principais de ingresso no serviço público, além do concurso público, são: o exercício de mandato eletivo – legislativo e chefes do executivo; quinto constitucional para ingresso de magistrados nos tribunais; processo seletivo simplificado para os agentes de endemias; serviços público temporário no caso de relevância necessidade; os cargos em comissão.

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As formas de ingresso se relacionam diretamente com os princípios da administração pública descritos. Ao seguir apenas os casos constitucionalmente previstos para ingresso no serviço público o administrador respeita o principio da legalidade. A impessoalidade será atendida, pois os servidores não são escolhidos de maneira livre pelo administrador, ressalvados os casos de livre nomeação e exoneração. Dessa forma, a administração será mais eficiente, tendo em vista que para ingressar no serviço é necessário que haja mérito, e não a simples troca de favores ou indicações políticas.

Todas as formas de ingresso devem seguir formas determinadas de divulgação aos interessados e publicados seus resultados. Sendo assim, temos a moralização da administração pública que passa a seguir a finalidade pública e não aos interesses particulares. De maneira amelhor expressar os princípios da eficiência, moralidade e impessoalidade o Supremo Tribunal Federal publicou súmula vinculante que proíbe o exercício de cargos comissionados a parentes das autoridades nomeantes, inclusive nos casos de nomeações cruzadas.

Vamos analisar o que fizemos.

No primeiro tópico falamos e descrevemos cada um dos principais princípios previstos na Constituição Federal bem como em que artigo se encontra. O fundamento é a própria Constituição. No segundo parágrafo trouxemos as principais formas de ingresso no serviço público. Todos estão previstos na Constituição (fundamento da resposta). No terceiro e quarto parágrafos fizemos a relação entre as formas de ingresso no serviço público com os princípios da administração. E ainda trouxemos súmula do STF sobre o assunto.

Qualquer pessoa mesmo que não conheça o assunto consegue encontrar a resposta a cada pergunta. Tanto pelas palavras chave usadas no início de cada parágrafo quanto por seguir a mesma sequência trazida pelo examinador. Dessa forma, você não terá problemas em estruturar a sua dissertação. Não terá problemas nem dúvidas de como iniciá-la.

TEMA 03

Considerando sinônimos os conceitos de “Administração centralizada” e “Administração direta”, bem como a identidade de significado entre os termos “Administração descentralizada” e “Administração indireta”:

a) descreva 02 (dois) elementos distintivos entre a descentralização e a desconcentração administrativa;

b) discorra sobre a existência de relação hierárquica ou de controle ou tutela entre a Administração central e os respectivos entes administrativos descentralizados, e

c) indique um exemplo de desconcentração administrativa no âmbito da organização da estrutura administrativa federal brasileira.

Extensão máxima: 20 linhas.

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Nessa questão temos que responder 03 tópicos em 20 linhas. O parágrafo em que responde ao tópico que o examinador quer, deve ser simples, objetivo e direto (como já dito).

MODELO DE RESPOSTA

Dois dos principais elementos distintivos entre a descentralização e a desconcentração administrativa são que nessa a distribuição do exercício de funções ocorre dentro do próprio ente ou da mesma pessoa jurídica. Já na descentralização é criada uma nova pessoa jurídica ou transferida a execução do serviço à particular por meio de concessão, permissão ou autorização.

Outro elemento distintivo é que na desconcentração há hierarquia direta entre a pessoa jurídica detentora do serviço e os órgãos desconcentrados, tendo em vista que se trata da mesma pessoa jurídica. No caso da descentralização não ocorre hierarquia entre a Administração central e os respectivos entes descentralizados.

Não há existência de relação hierárquica entre a Administração central e os respectivos entes administrativos descentralizados. Todavia, ocorre controle ou tutela do ente central sobre os entes descentralizados. Isso acontece porque é o ente central o responsável pelos serviços, tendo apenas transferido a execução a terceiros. Ressalte-se, que esse controle ou tutela é realizado nos devidos limites da lei.

Como exemplo de desconcentração administrativa no âmbito da organização da estrutura administrativa federal brasileira tem-se a desconcentração realizada da União para os Ministérios. Esse tipo de desconcentração é denominado por matéria e acontece pelo fato de haver uma grande variedade de serviços a cargo da União.

Nesse modelo seguimos tudo que ensinamos até o momento. Observem cada um dos passos do roteiro que trouxe no início da aula e tudo que falei até agora.

Faço o seguinte destaque: veja que no tópico “b” quando a questão fala “relação hierárquica ou de controle ou tutela”; relação hierárquica pede uma resposta e relação de controle ou tutela solicita outra resposta. Essa atenção especial está no nosso roteiro que deve ser observado.

TEMA 04

Redija um texto dissertativo, acerca do tema seguinte:

AGÊNCIAS REGULADORAS CRIADAS PELA UNIÃO: CARACTERÍSTICAS E FINALIDADES.

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Em sua dissertação, devem ser contemplados, necessariamente, os seguintes aspectos:

a) natureza jurídica;

b) especialização técnica;

c) independência;

d) poder normativo. Extensão máxima: 30 linhas.

MODELO DE RESPOSTA

Com a transferência de serviços públicos do âmbito da União para o particular, houve a necessidade de serem criadas as agências reguladoras com a finalidade de fiscalizar e controlar o setor a que a lei lhe atribuiu. (INTRODUÇÃO)

A natureza jurídica das agências reguladoras é de autarquia sob o regime especial. Esse regime ocorre pelo fato de as agências terem maior autonomia, independência e prerrogativas que as autarquias em geral. (RESPOSTA TÓPICO “A”. INICIANDO COM AS PALAVRAS CHAVE)

As agências reguladoras são dotadas de grande especialização técnica, sendo dotadas de corpo de funcionários com alta capacidade técnica. Isso ocorre porque as agências são responsáveis por regular setores da economia que demanda conhecimentos aprofundados do setor regulado. Dessa forma, seus agentes e seus dirigentes, inclusive, devem possuir grande conhecimento da atividade regulada pela agência. (RESPOSTA TÓPICO “B”. PALAVRAS CHAVE PRESENTE JÁ NA PRIMEIRRA LINHA DO PARÁGRAFO: ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA)

De forma a melhor exercerem suas finalidades as agências desfrutam de grande independência. Isso é notável pelos seguintes fatos: seus dirigentes possuem mandatos fixos só podendo perder o cargo nos casos previstos em lei; seus atos não são passíveis de revisão pelo ente que a criou, ressalvados os casos previstos em lei, não havendo assim, hierarquia entre esse e a agência reguladora; há autonomia administrativa e financeira. (RESPOSTA TÓPICO “C”. PALAVRA CHAVE PRESENTE NA PRIMEIRA FRASE: INDEPENDÊNCIA)

Ainda destaca-se, o poder normativo que possui as agências. Essas podem regular o setor conforme definido em lei principalmente no que diz respeito aos conceitos técnicos. Ressalte-se, que não é permitido às agências inovarem no mundo jurídico. (RESPOSTA TÓPICO “D”. PALAVRA CHAVE PRESENTE NA PRIMEIRA LINHA: PODER NORMATIVO)

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TEMA 05

CESPE – 2007 – PROCURADOR FEDERAL

Redija, DE FORMA FUNDAMENTADA, texto dissertativo acerca da

contratação de empregados pela administração pública direta federal. Em seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:

a) possibilidade jurídica da referida contratação;

b) requisitos constitucionais para a validade da contratação e consequências da não observância desses requisitos;

c) garantias contra a dispensa e existência de estabilidade;

d) competência para apreciar as controvérsias decorrentes desse contrato de trabalho.

Extensão: 40 a 60 linhas.

Para que a administração pública brasileira possa atingir sua finalidade é necessária a contratação de servidores públicos. Essa contratação poderá ser efetuada, por exemplo, por meio de concurso público, contratação temporária de excepcional necessidade pública, contratação de livre nomeação e exoneração. Os regimes jurídicos adotados podem ser de natureza estatutária ou celetista. (INTRODUÇÃO)

Quanto à POSSIBILIDADE JURÍDICA de a administração pública federal contratar empregados, a Constituição Federal de 1988 (CF/88) previu de forma originária que a administração direta adotaria regime jurídico único, sendo no caso o regime estatutário. No entanto, a emenda constitucional 19 de 1998 (EC 19/98) determinou a possibilidade de a administração pública adotar o regime estatutário ou celetista. (RESPOSTA DO TÓPICO “A”. PALAVRA CHAVE NA PRIMEIRA LINHA: POSSIBILIDADE JURÍDICA)

Ressalte-se que a possibilidade de contratar sob o regime celetista apenas pode ocorrer, conforme orientação do Supremo Tribunal Federal (STF), para as atividades não finalísticas do estado. Essa orientação se consolidou em decisão na qual o STF determinou que as agências reguladoras somente podem contratar sob o regime estatutário, por se tratar de atividade finalística do estado. (CONTINUAÇÃO DA RESPOSTA DO TÓPICO “A”. REPAREM QUE A QUESTÃO PEDE DE FORMA FUNDAMENTADA. TROUXE FUNDAMENTOS DA CONSTITUIÇÃO E DO STF. POR FAVOR MUITA ATENÇÃO A ISSO)

OS REQUISITOS CONSTITUCIONAIS PARA A VALIDADE DA CONTRAÇÃO estão definidos na CF/88. Essa determina que a contratação seja realizada por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos. Poderão concorrer os brasileiros e os estrangeiros, esses na forma da lei. A NÃO OBSERVÂNCIA DESSES REQUISITOS ACARRETARÁ COMO CONSEQUÊNCIA a nulidade da contratação com a responsabilização de quem tenha dado causa.

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Conforme jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) a nulidade do contrato por não atendimento do requisito do concurso público acarreta para administração o dever de recolher em nome do empregado o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). (RESPOSTA DO TÓPICO “B”. NOTE QUE SÃO DUAS PERGUNTAS. TRAZEMOS AS PALAVRAS CHAVE DE CADA UMA DELAS EM NEGRITO. AINDA FUNDAMENTAMOS NA CONSTITUIÇÃO E NO TST)

No que diz respeito às GARANTIAS CONTRA A DISPENSA E EXISTÊNCIA DE ESTABILIDADE, o empregado da administração pública direta federal não dispõe de estabilidade na forma que é garantida ao funcionário público estatutário. Isso, no entanto, não significa que o empregado não tenha garantias contra dispensa. O empregado público da administração direta federal só poderá ser dispensado nos casos legalmente previstos, como por exemplo, em caso de cometimento de falta grave. Nesse caso, será garantida o devido processo legal e o contraditório e a ampla defesa. (RESPOSTA DO TÓPICO “C”. PALAVRAS CHAVE NA PRIMEIRA LINHA: GARANTIAS CONTRA A DISPENSA E EXISTÊNCIA DE ESTABILIDADE)

Apesar de todo o exposto até aqui, o Supremo Tribunal Federal, em liminar de ação direta de inconstitucionalidade, declarou a inconstitucionalidade formal da EC 19/98 fazendo retornar a obrigatoriedade do regime jurídico único na administração pública. O STF afirmou ainda que a decisão valeria “ex nunc”, ou seja, os casos consolidados antes da decisão continuariam com eficácia até a decisão de mérito. Dessa forma, enquanto não sobressair decisão definitiva do STF a administração pública direta federal não poderá contratar empregados sob o regime celetista. (AQUI TROUXEMOS UMA IMPORTANTE DECISÃO DO STF SOBRE O ASSUNTO EM ANÁLISE. HAVENDO ESPAÇO ISSO É IMPORTANTE PARA DEMONSTRAR O CONHECIMENTO DO ALUNO QUANTO A JURISPRUDÊNCIA).

A COMPETÊNCIA PARA APRECIAR AS CONTROVÉRSIAS DECORRENTES DOS CONTRATOS DE TRABALHO é da justiça do trabalho, conforme determina o artigo 114 da CF/88. Sendo assim, mesmo nos casos em que uma das partes seja a administração pública direta federal a competência continua sendo da justiça do trabalho. Ressalve – se, que nos casos de regime jurídico estatutário a competência será da justiça comum. (RESPOSTA DO TÓPICO “D”. PALAVRAS CHAVE INICIANDO A RESPOSTA: A COMPETÊNCIA PARA APRECIAR AS CONTROVÉRSIAS DECORRENTES DOS CONTRATOS DE TRABALHO).

Assim como na resposta das outras questões, observem que cumprimos todos os passos do nosso roteiro. Apesar de a resposta ser de no máximo 60 linhas, observem que se tivermos organização e seguirmos os passos corretamente podemos fazer textos de todos os tamanhos com a mesma facilidade. Os ensinamentos servem para um texto de 20 ou de 120 linhas. Isso será importante no parecer que contará com 60 linhas. Alguns ficam preocupados por ser uma quantidade de linhas razoavelmente grande,mas percebam que é tão simples quanto fazer uma questão de 20 linhas. Temos apenas que ter organização e ficarmos muito atentos a todos os detalhes e tudo que está sendo pedido.

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TEMA 06

(2010/Auditor Fiscal do Trabalho) O estudo dos atos administrativos é elemento fundamental a possibilitar a adequada situação dos servidores públicos e da própria Administração. A produção de tais atos demanda uma avaliação de aspectos atinentes à regularidade do ato, bem assim à conveniência e à oportunidade em sua expedição. Nesse contexto, pergunta-se uma vez expedidos, existem atos administrativos que não podem ser revogados?

À luz da DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA PÁTRIAS, justifique sua resposta, indicando:

a) os fundamentos que confirmam a inexistência de atos administrativos irrevogáveis: OU

b) no caso de resposta afirmativa à pergunta, as hipóteses de irrevogabilidade de atos administrativos.

15 a 30 linhas.

Diferentemente das anteriores, ela traz uma pergunta logo no início (e não um texto apenas motivador). Em seguida o examinador diz que temos que responder justificando a resposta e nos indica o que deve ser abordado. Temos necessariamente no nosso texto que trazer o que diz a DOUTRINA E A JURISPRUDÊNCIA.

Importante que observem qual o cerne da questão. Temos a pergunta chave: “uma vez expedidos, existem atos administrativos que não podem ser revogados?” Atenção especial. O tópico “a” deve ser respondido caso a resposta seja negativa: “inexistência de atos administrativos irrevogáveis”. Nesse caso, traremos os fundamentos que confirmam a inexistência de atos administrativos irrevogáveis. Ou no caso de resposta afirmativa à pergunta, as hipóteses de irrevogabilidade de atos administrativos. Se for afirmativa traremos as hipóteses de irrevogabilidade.

Vamos seguir a seguinte estrutura: faremos uma pequena introdução e já respondemos a pergunta de forma direta, sem demora (a resposta a pergunta é afirmativa, o que nos leva ao tópico “b”). Um parágrafo com o principal caso de ato administrativo irrevogável que é o ato administrativo vinculado. Um segundo parágrafo com as hipóteses de irrevogabilidade de atos administrativos conforme a doutrina. E um terceiro parágrafo com as hipóteses de irrevogabilidade de atos administrativos de acordo com a jurisprudência. Um parágrafo com a conclusão.

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MODELO DE RESPOSTA

O ato administrativo é a maneira pela qual a Administração Pública materializada a função administrativa. Depois de expedidos, os atos administrativos podem ser anulados, por serem ilegais, ou revogados, por oportunidade e conveniência da Administração. Entretanto, existem atos administrativos que uma vez expedidos não podem ser revogados. (RESPOSTA A PERGUNTA CENTRAL. EXISTEM ATOS ADMINISTRATIVOS QUE UMA VEZ EXPEDIDOS NÃO PODE SER REVOGADOS? RESPOSTA AFIRMATIVA A PERGUNTA. NOS LEVA AO TÓPICO “B”. HIPÓTESES DE IRREVOGABILIDADE DE ATOS ADMINISTRATIVO).

A principal HIPÓTESE DE ATO ADMINISTRATIVO IRREVOGÁVEL são os atos administrativos vinculados, que é quando a lei determina todos os procedimentos a serem seguidos. Dessa forma, uma vez expedido o ato esse não pode mais ser revogado, pois a revogação envolve oportunidade e conveniência o que não existente nos atos vinculados.

Os doutrinadores, como Di Pietro, nos lista algumas HIPÓTESES DE ATOS ADMINISTRATIVOS IRREVOGÁVEIS: os atos integrantes de um procedimento administrativo, por que a prática do ato sucessivo acarreta a preclusão do ato anterior (p. ex.: a celebração de contrato administrativo impede a revogação do ato de adjudicação); os meros atos administrativos, como são os atestados, os pareceres e as certidões, porque os efeitos são prefixados pelo legislador; os atos complexos, porque tais atos são formados pela conjugação de vontades de órgãos diversos, logo a vontade de um dos órgãos não pode desfazer o ato que a lei impõe a integração de vontades para a formação; e, ainda, a revogação não pode ser promovida quando se exauriu a competência relativamente ao objeto do ato.

A súmula 473 do STF dispõe que a Administração pode anular seus próprios atos quando ilegais, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. Assim, a jurisprudência do STF nos traz pelo menos mais uma HIPÓTESE DE IRREVOGABILIDADE DE ATOS ADMINISTRATIVOS: os que contêm direitos adquiridos.

Por todo o exposto, percebemos que os poderes da Administração Pública em revogar os atos administrativos não são ilimitados. Em várias situações a Administração, tendo em vista o interesse público, pode revogar o ato administrativo por oportunidade e conveniência. Todavia, alguns atos uma vez expedidos não admitem revogação.

TEMA 07

(2009 – CESPE – BACEN – PROCURADOR) A administração pública abriu sindicância a fim de apurar se Henrique, servidor público, teria praticado crime contra a administração. A sindicância, concluída no prazo legal, resultou na instauração de processo disciplinar contra o servidor. Os autos da sindicância integraram o processo disciplinar, como peça informativa da instrução. Durante o processo, foram assegurados o contraditório e a ampla defesa a Henrique. A administração, ao final, com base em prova emprestada, licitamente obtida por meio de interceptação telefônica, e nos depoimentos colhidos durante a instrução do processo disciplinar, considerou que a infração estava capitulada como ilícito penal, encaminhou cópia dos autos ao Ministério Público e aplicou, de forma motivada, pena de demissão ao servidor.

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Considerando a situação hipotética apresentada acima, responda, deforma fundamentada, aos questionamentos a seguir.

– No decorrer da sindicância, era prescindível o exercício do direito de defesa do

servidor?

– De acordo com orientação do Supremo Tribunal Federal, há obstáculo jurídico para a

utilização da citada prova emprestada no processo administrativo disciplinar?

O cuidado que temos que ter nesse tipo de questão é em arrumar o texto de uma forma que o texto hipotético seja vinculado à exposição da teoria. O nosso texto tem que seguir uma lógica e ter coesão e coerência. No entanto, não há maiores diferenciações dos textos que analisamos até o momento.

Na nossa resposta como introdução iremos resumir a situação hipotética sempre buscando as palavras chave, o centro da questão e o que tenha relação com a teoria abordada nos tópicos. Para que não haja erro, siga a mesma sequência do caso hipotético. Não inverta a ordem se não for necessário. O resumo deve seguir a mesma lógica. Repita as palavras chave do caso fictício. Após o resumo que será a introdução da nossa resposta, a continuação respondendo os tópicos segue da mesma forma que estudamos até o momento. Apenas se atentem para os elementos de coesão e coerência. Esse tipo de questão é a base para o estudo do parecer.

Vamos ao modelo de resposta.

A administração pública abriu sindicância a fim de apurar se servidor público teria praticado crime contra a administração. A sindicância resultou na instauração de processo disciplinar. Durante o processo, foram assegurados o contraditório e a ampla defesa. A administração, ao final, com base em prova emprestada, licitamente obtida por meio de interceptação telefônica, considerou que a infração estava capitulada como ilícito penal, e aplicou, de forma motivada, pena de demissão ao servidor. (NA INTRODUÇÃO REPETIMOS A MESMA SEQUÊNCIA DA HISTÓRIA. AS MESMAS PALAVRAS CHAVE. DEIXAMOS O QUE TEM RELAÇÃO COM A TEORIA ABORDADA NOS TÓPICOS – NEGRITO. TÓPICO “A” DIREITO DE DEFESA DO SERVIDOR. TÓPICO “B” PROVA EMPRESTADA)

A Constituição Federal de 1988 (CF/88) garante a todos os acusados, inclusive em processos administrativos, o contraditório e a ampla defesa. Apesar dessa previsão constitucional, a sindicância pode prescindir dessa garantia. Isso ocorre porque a sindicância nem sempre resultará em penalidade ao investigado. A sindicância pode ser apenas investigativa e resultar em arquivamento ou em instauração de processo administrativo disciplinar (PAD). No caso de resultar em PAD, nesse será garantido o contraditório e ampla defesa ao servidor.

De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), não há obstáculo jurídico para a utilização de prova emprestada no processo administrativo disciplinar. Segundo o STF, a prova obtida por meios de interceptação telefônica, conforme o caso citado, desde que obtida licitamente com autorização judicial com finalidade de compor processo penal por crime sujeito a reclusão, poderá ser emprestada a outros processos. (RESPOSTA DIRETA E IMEDIATA DO TÓPICO “B”: DE ACORDO COM O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), NÃO HÁ

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OBSTÁCULO JURÍDICO PARA A UTILIZAÇÃO DE PROVA EMPRESTADA NO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR)

TEMA 08

Questão com correção real feita pelo CESPE. Questão com nota máxima na macro estrutura e conteúdo (houve apenas um desconto por um erro gramatical).

(CESPE 2013 – AUDITOR FISCAL DO TRABALHO) Considere que determinada lei tenha conferido ao trabalhador urbano o direito ao recebimento de seguro contra acidente de trabalho em percentuais maiores que os previstos para os trabalhadores rurais. Em face dessa situação, discorra sobre o tratamento dado pela Constituição Federal de 1988 aos trabalhadores urbanos e rurais [valor: 10,00 pontos], esclarecendo, à luz do entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), se há compatibilidade da referida lei com o texto constitucional [valor: 9,00 pontos].

RESPOSTA DO CANDIDATO.

Lei assegura a trabalhador urbano o direito de seguro contra acidente de trabalho em percentuais maiores que os previstos para os trabalhadores rurais.

A Constituição Federal de 1988 (CF/88) assegurou no seu artigo 7º tratamento igualitário, quanto aos direitos trabalhistas, ao trabalhador urbano e rural. Entre os direitos aplicados de forma isonômica encontra-se o direito de seguro contra acidente de trabalho a cargo do empregador. Acrescente-se que a CF/88 foi a primeira das Constituições brasileiras a prever direitos iguais aos trabalhadores urbanos e rurais.

Quanto ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre lei que confere ao trabalhador urbano o direito ao recebimento de seguro contra acidente de trabalho em percentuais maiores que os previstos para os trabalhadores rurais, o STF diz que essa lei é inconstitucional, por não haver compatibilidade da referida lei com o texto constitucional.

Na decisão o STF acrescenta que os direitos conquistados pelos trabalhadores rurais e constitucionalmente garantidos não podem ser mitigados por legislação infraconstitucional.

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Vejam a correção do CESPE.

ASPECTOS MACROESTRUTURAIS

Quesitos

Avaliados

Faixa de valor Nota

1 Apresentação (legibilidade, respeito às margens e

indicação de parágrafos) e estrutura textual (organização

das ideias em texto estruturado)

0,00 a 1,00

1,00

2 Desenvolvimento do tema

2.1 Tratamento dado pela Constituição Federal de

1988 aos trabalhadores urbanos e rurais (art. 7.º,

XXVIII)

0,00 a 10,00

10,00

2.2 Esclarecimento, à luz do entendimento do STF, quanto à

(in)compatibilidade da referida lei com o texto constitucional

0,00 a 9,00

9,00

RESULTADO

Nota no conteúdo (NC = soma das notas obtidas em cada quesito) 20,00

Número total de linhas efetivamente escritas (TL) 19

Número de erros (NE) 1

NOTA DA PROVA P3 - QUESTÃO 3 19,95

Como podem observar, a questão obteve nota máxima em conteúdo e teve um erro de português.

Vamos as nossas observações quanto a resposta da questão.

Caso hipotético da questão: Considere que determinada lei tenha conferido ao trabalhador urbano o direito ao recebimento de seguro contra acidente de trabalho em percentuais maiores que os previstos para os trabalhadores rurais.

INTRODUÇÃO CRIADA PELO CANDIDATO.

Lei assegura a trabalhador urbano o direito de seguro contra acidente de trabalho em percentuais maiores que os previstos para os trabalhadores rurais.

O CANDIDATO PRATICAMENTE COPIOU O TEXTO DO CASO HIPOTÉTICO. NÃO MUDOU A SEQUÊNCIA. ELE BASICAMENTE MUDOU O VERBO CONFERIR TRAZIDO NO CASO POR ASSEGURAR. MAS CASO ELE TIVESSE MANTIDO O MESMO VERBO,

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REPRODUZINDO EXATAMENTE NA FORMA QUE ESTAVA NO TEXTO NÃO TERIA PROBLEMA. NADA MAIS SIMPLES DO QUE APENAS COPIAR O CASO QUE O PRÓPRIO EXAMINADOR TROUXE. TODAVIA, O TEXTO ERA PEQUENO. MAS NA QUESTÃO ANTERIOR QUE RESPONDEMOS E TINHA UM CASO FICTÍCIO MAIOR, APENAS RESUMIMOS USANDO AS MESMAS PALAVRAS CONTIDAS NO TEXTO DO EXAMINADOR E NESSE CASO, DEVEMOS MOSTRAR NOSSA CAPACIDADE DE SÍNTESE.

PRIMEIRO TÓPICO.

Em face dessa situação, discorra sobre o tratamento dado pela Constituição Federal de 1988 aos trabalhadores urbanos e rurais [valor: 10,00 pontos], RESPOSTA DO CANDIDATO.

A Constituição Federal de 1988 (CF/88) assegurou no seu artigo 7º tratamento igualitário, quanto aos direitos trabalhistas, ao trabalhador urbano e rural. Entre os direitos aplicados de forma isonômica encontra-se o direito de seguro contra acidente de trabalho a cargo do empregador. Acrescente-se que a CF/88 foi a primeira das Constituições brasileiras a prever direitos iguais aos trabalhadores urbanos e rurais.

O CANDIDATO JÁ INICIA FALANDO DA CONSTITUIÇÃO E A PALAVRA CHAVE TRATAMENTO EM SEGUIDA. FICA CLARO AO EXAMINADOR QUE ESSE PARÁGRAFO TRAZ A RESPOSTA DO PRIMEIRO TÓPICO EXIGIDO POR ELE. NA SEQUÊNCIA ELE ABORDA O SEGURO CONTRA ACIDENTE QUE É O TEMA CENTRAL DA QUESTÃO. POR FIM ELE FALA QUE A CF É A PRIMEIRA A IGUALAR OS DIREITOS DOS TRABALHADORES URBANOS E RURAIS. ESSA PARTE FINAL FOI UMA INFORMAÇÃO A MAIS QUE CREIO QUE ELE OBTERIA A MESMA NOTA MESMO SEM ESSE FINAL, TENDO EM VISTA QUE NÃO FOI PERGUNTADO PELO EXAMINADOR. PODEMOS FAZER ISSO, TRAZER UMA INFORMAÇÃO ADCIONAL SOBRE O ASSUNTO PARA PREENCHER A QUANTIDADE DE LINHAS.

SEGUNDO TÓPICO

Esclarecendo, à luz do entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), se há compatibilidade da referida lei com o texto constitucional [valor: 9,00 pontos].

RESPOSTA DO CANDIDATO.

Quanto ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre lei que confere ao trabalhador urbano o direito ao recebimento de seguro contra acidente de trabalho em percentuais maiores que os previstos para os trabalhadores rurais, o STF diz que essa lei é inconstitucional, por não haver compatibilidade da referida lei com o texto constitucional.

A RESPOSTA FOI DIRETA. O CANDIDATO APENAS RETOMOU O CASO E RESPONDEU DE FORMA DIRETA: A LEI É INCONSTITUCIONAL. EM SEGUIDA TROUXE O PORQUE, O FUNDAMENTO: POR NÃO HAVER COMPATIBILIDADE DA REFERIDA LEI COM O TEXTO CONSTITUCIONAL.

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POR FIM O CANDIDATO FEZ MAIS UM PARÁGRAFO A RESPEITO DO ENTENDIMENTO DO STF. FUNDAMENTANDO E COMPLEMENTANDO A RESPOSTA DO TÓPICO ANTERIOR.

Na decisão o STF acrescenta que os direitos conquistados pelos trabalhadores rurais e constitucionalmente garantidos não podem ser mitigados por legislação infraconstitucional.

“Pergunte a si mesmo: o que você vai sacrificar pelo que acredita.”

“Toda fadiga é lucrativa, mas limitar-se apenas a palavras leva apenas à pobreza.”

“Quando penso que já cheguei ao meu limite, descubro que tenho forças para ir além.”

“Construirei o meu império com trabalho, lágrimas, sangue e suor.”

PROF. PATRIK LOZ