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http://www.supremaciaconcursos.com.br [email protected] https://www.facebook.com/supremaciaconcursos Bateria Insana de Questões Projeto Supremacia Legal Professor Thiago Rösler [email protected] 1 Professor Vitor Pinho [email protected] 1 AULA DEMONSTRATIVA Projeto Supremacia Legal Bateria INSANA de Questões (BIQ) Lei Orgânica do Tribunal de Contas de Santa Catarina Bem-vindo (a), caríssimo concurseiro (a)! Se você está acessando este material, significa que assumiu um compromisso de se dedicar arduamente ao concurso do TCE-SC, resolvendo conosco 100 questões e aderindo ao Projeto Supremacia Legal Bateria INSANA de Questões (BIQ). O BIQ trará da legislação específica do seu concurso em forma de questões, de maneira esquematizada, para que você GABARITE a prova, ou minimize ao máximo a perda de pontos na matéria de legislação específica! O que é o Projeto Supremacia Legal - BIQ? O BIQ Bateria Insana de Questões será uma referência no país, tratando das diversas legislações dos Tribunais de Contas, Controladorias, Fiscos, Tribunais de Justiça, entre outros. É um grande desafio que será vencido . Além de ter um curso inteiro voltado para questões, o que otimiza o máximo seu desempenho, será utilizado o recurso do para que os alunos recebam ao menos uma questão por dia até o dia da prova (além de vídeos e mensagens motivacionais e sobre a matéria). Será um grande diferencial resolver mais de 100 ou 200 questões e, ainda, dar aquela espiadinha que ninguém resiste no WhatsApp, lord das redes sociais. É FATO: você terá vantagem competitiva para a prova. O nosso compromisso será o de expor a legislação com linguagem leve, sem muito rodeio e, por vezes, até falada, para facilitar a assimilação do conteúdo. Logicamente as explicações necessárias serão oportunamente fornecidas. As mensagens de questões pelo app serão sempre seguidas de gabarito e explicação fundamentada, além de dicas para otimizar o ganho em cada item.

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Bateria Insana de Questões Projeto Supremacia Legal

Professor Thiago Rösler [email protected] 1 Professor Vitor Pinho [email protected]

1

AULA DEMONSTRATIVA

Projeto Supremacia Legal – Bateria INSANA de Questões (BIQ)

Lei Orgânica do Tribunal de Contas de Santa Catarina

Bem-vindo (a), caríssimo concurseiro (a)!

Se você está acessando este material, significa que assumiu um compromisso de se

dedicar arduamente ao concurso do TCE-SC, resolvendo conosco 100 questões e aderindo ao

Projeto Supremacia Legal – Bateria INSANA de Questões (BIQ).

O BIQ trará da legislação específica do seu concurso em forma de questões, de maneira

esquematizada, para que você GABARITE a prova, ou minimize ao máximo a perda de pontos

na matéria de legislação específica!

O que é o Projeto Supremacia Legal - BIQ?

O BIQ – Bateria Insana de Questões será uma referência no país, tratando das diversas

legislações dos Tribunais de Contas, Controladorias, Fiscos, Tribunais de Justiça, entre outros.

É um grande desafio que será vencido.

Além de ter um curso inteiro voltado para questões, o que otimiza o máximo seu

desempenho, será utilizado o recurso do para que os alunos recebam ao

menos uma questão por dia até o dia da prova (além de vídeos e mensagens motivacionais

e sobre a matéria).

Será um grande diferencial – resolver mais de 100 ou 200 questões e, ainda, dar aquela

espiadinha que ninguém resiste no WhatsApp, lord das redes sociais.

É FATO: você terá vantagem competitiva para a prova.

O nosso compromisso será o de expor a legislação com linguagem leve, sem muito

rodeio e, por vezes, até falada, para facilitar a assimilação do conteúdo. Logicamente as

explicações necessárias serão oportunamente fornecidas. As mensagens de questões pelo

app serão sempre seguidas de gabarito e explicação fundamentada, além de dicas para

otimizar o ganho em cada item.

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Professor Thiago Rösler [email protected] 2 Professor Vitor Pinho [email protected]

2

Note que o nosso curso prezará por um sequenciamento lógico e objetivo, expondo a

legislação por meio de comentários das questões que nós criamos (extraindo-as da legislação

seca, logicamente), o que torna sua leitura extremamente necessária. Não deixe, pois, de ler

TODOS os comentários, mesmo que você tenha acertado as questões.

Atenção: se você quer pular toda a análise do edital e da nossa apresentação (do

curso, da aula e do professor, otimizando sua busca pelos R$ 11.607,42, vá para a primeira

questão da BIQ, na página18 e já tente resolver os exercícios).

Caso a inclusão no grupo de estudos do Whatsapp não ocorra em até 12h da compra,

envie-nos um e-mail!

Feita essa breve introdução, daremos início ao curso, seguindo o seguinte roteiro:

Roteiro

1. O concurso do Tribunal de Contas de Santa Catarina: CESPE ......................................... 3

2. Cargo e Remuneração ........................................................................................................... 4

3. Apresentação dos Professores ............................................................................................ 5

4. Metodologia do curso Supremacia Legal – Bateria Insana de Questões (BIQ) ................ 6

5. Cronograma da Bateria Insana de Questões ....................................................................... 7

6. Aula Demonstrativa ............................................................................................................... 8

6.1 Natureza e competência do TCE-SC (art,1º da LOTCE SC) .......................................... 8

6.2 Lista da Bateria Insana de Questões sem comentários .............................................. 19

6.3 Gabarito ........................................................................................................................... 20

6.4 Enunciados Corretos para Repetição ........................................................................... 20

6.5 Controle de Acertos....................................................................................................... 20

7. Conclusão ............................................................................................................................. 21

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Professor Thiago Rösler [email protected] 3 Professor Vitor Pinho [email protected]

3

1. O concurso do Tribunal de Contas de Santa Catarina: CESPE

Segundo informações contidas no edital do certame, a prova objetiva (não haverá

discursiva) ocorre dia 03/04/2016, na cidade de Florianópolis, Santa Catarina, e será elaborada

pelo Cebraspe (ou Cespe, como era chamado até pouco tempo atrás).

Sendo assim, já sabem né? Um erro tem pontuação negativa! Então, um chute mal dado

(não será nosso caso) anula o efeito de um acerto seu. Prova tática, muito tática...

Logicamente, se deixar a questão em branco, não há acréscimo nem decréscimo na pontuação

total da prova. Portanto, só compensa marcar a questão se houver absoluta certeza!

Serão 120 assertivas para o candidato marcar certo ou errado. As primeiras 50 têm peso

3 (conhecimentos básicos, no qual está inserida nossa matéria); as demais (conhecimentos

específicos) têm peso 5.

E quanto às vagas? Bom, como é comum em concursos para Tribunais de Contas – TCs

(com raras exceções), são poucas as vagas imediatas, sendo válido realçar que neste

concurso, em especial, não será formado cadastro de reserva, nos termos do subitem 4.1 do

edital. Portanto, foco nos estudos!

Segundo o item 4 do edital, a distribuição das vagas imediatas é a seguinte:

Cargo/Área/Especialidade Vagas – Ampla Concorrência Vagas Reservadas – PNE

AFCE – Administração 5 - AFCE – Contabilidade 12 1AFCE

AFCE –Direito 9 1 AFCE – Economia 3 -

AFCE – Engenharia Civil 9 1 AFCE – Informática 9 -

Nosso edital está neste link:

http://www.cespe.unb.br/concursos/tce_sc_15/arquivos/TCE_SC_2015_ED_1___ABERTURA___CONFORME_DI__RIO.PDF.

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Professor Thiago Rösler [email protected] 4 Professor Vitor Pinho [email protected]

4

2. Cargo e Remuneração

Pessoal, essa é a parte motivacional da aula demonstrativa (rsrs)! Vejam o quão

valorizado é o cargo de Auditor Fiscal de Controle Externo do TCE SC, basta observar suas

atribuições:

DESCRIÇÃO SUMÁRIA DAS ATIVIDADES: desempenhar atividades relacionadas ao controle externo da competência do Tribunal de Contas, abrangendo: assessoria e consultoria técnicas relacionadas às competências constitucionais e legais do Tribunal de Contas; planejamento, coordenação e supervisão da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e de gestão; execução da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e de gestão; planejamento, coordenação e supervisão de auditorias e inspeções; realização de inspeções e auditorias; instrução de processos formalizados no âmbito do Tribunal de Contas; elaboração de estudos, pesquisas e pareceres sobre matéria relacionada ao controle externo; elaboração de relatórios, informações e pareceres em processos de auditorias, inspeções e outros relacionados ao controle externo; executar outras atividades correlatas inerentes às atribuições constitucionais e legais e de funcionamento do Tribunal de Contas.

E a remuneração, é condigna com a responsabilidade? Claro que sim! O item 2.2.1 do

edital nos informa um valor total de R$ 11.607,42, no início de carreira.

Apesar de a jornada laboral do edital estar calculada em 40 horas semanais, a regra foi

flexibilizada para seis horas diárias (30 horas semanais), nos termos da Portaria TCE SC N.

TC-149/2011, em seu art. 4º. Nessa mesma Portaria, restou disciplinado banco de horas (trinta

horas positivas ou negativas).

Há ainda outros benefícios, tais como licença-prêmio, auxílio educação, auxílio saúde,

auxílio transporte e adicional de pós-graduação, consoante se observa no Portal da

Transparência do órgão de controle. O valor da diária do AFCE, quando do deslocamento a

serviço dentro do Estado, é de R$ 306,007.

Ufa! Muitos benefícios, não é pessoal? Não percam a oportunidade! As inscrições vão

até 3/2/2016.

Além disso tudo, não custa lembrar, o cenário brasileiro atual é propício para a

valorização dos Tribunais de Contas e, por via consequência, dos profissionais do controle

externo, em que pese tais órgãos possuírem atribuições que lhes permitem mudar ativamente

o estado das coisas no âmbito de seus fiscalizados, isto é, da Administração Pública,

atendendo dessa forma ao interesse da sociedade.

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Professor Thiago Rösler [email protected] 5 Professor Vitor Pinho [email protected]

5

O TCE-MT tem, inclusive, liderado a proposta de uma criação de um Conselho Nacional

dos Tribunais de Contas, nos moldes do CNJ e CNMP.1

3. Apresentação dos Professores

O curso é escrito por nós, Thiago Rösler e Vitor Pinho.

Sou Thiago Rösler, de Porto Alegre-RS, graduado em Ciências Militares pela Academia

Militar das Agulhas Negras em 2007. Fui oficial do Exército Brasileiro por 10 anos, exerci a

função de Analista-Tributário da Receita Federal (ATRF) por 1 ano e, desde 2013, estou no

cargo de Auditor Público Externo do Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso (TCE-MT).

Fui aprovado, ainda, nos concursos do ISS-Porto Alegre (2011), ICMS-PR (2012) e ICMS-RS

(2014).

Já eu me chamo Vitor Pinho. Sou de Fortaleza-CE, graduado em Ciências Contábeis.

Trabalhei como Analista de Controle Externo (ACE) por 4,5 anos no TCE-CE. Após aprovação

e nomeação no concurso do Tribunal de Contas da União, como Auditor do TCU, concurso de

2013, assumi as funções de Auditor do TCE MT, aqui em Cuiabá, em 2014.

Somos, pois, colegas do TCE-MT e foi o contato diário que facilitou bastante a troca de

ideias e a concepção do formato deste curso! A idéia não falar de nós, mas sim da Lei

Orgânica do TCE do estado da ilha da magina, de maneira que você pode acessar nosso

currículo no link do rodapé.2 É um prazer poder contribuir com o processo de sua aprovação!

Feitos os nossos cumprimentos a você, falemos sobre o concurso para provimento do

cargo de Auditor Fiscal de Controle Externo (AFCE) do TCE SC, que nos aguarda!

1http://jurisdicionado.tce.mt.gov.br/conteudo/show/sid/73/cid/39952/t/Conselheiro+Antonio+Joaquim+defende+cria

%E7%E3o+de+CNTC+em+conversa+com+vice-presidente+da+Rep%FAblica

2 www.supremaciaconcursos.com.br/professores/

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6

4. Metodologia do curso Supremacia Legal – Bateria Insana de Questões (BIQ)

O curso será em forma de questões comentadas, principalmente porque o caráter

procedimental dos dispositivos normativos da LOTCE-SC assim o exige. Vamos explicar

melhor.

Como é procedimental, e bem detalhada, esse tipo de informação normalmente não é

retida com facilidade pelo cérebro, o que nos faz apostar, como forma de sedimentá-la em

vossas cabeças, na resolução de uma verdadeira “bateria insana de questões”, por nós

apelidada de “BIQ”, aqui no Supremacia (rsrs).

Então é isso pessoal: sem contar as questões de que trataremos aqui nesta aula

demonstrativa, simularemos e resolveremos aproximadamente 100 questões! Todas

comentadas de forma aprofundada e exemplificada (para facilitar o entendimento). Para tanto,

utilizaremos nosso conhecimento prático sobre o assunto, com o qual lidamos diariamente no

âmbito do TCE MT, onde atualmente militamos. Também ajudará a vislumbrar o que virá em

prova a experiência de concursandos dos professores que lhes falam!!

O nosso intuito é o de que as questões da prova sejam espelho das que veremos aqui

no nosso curso. Podem ter certeza, pois falamos com conhecimento de causa, deste material

sairão as questões de sua prova, no dia 3/4/2016. A abordagem em exercício será exauriente

(e insana, rsrs)!!

Pergunta: é preciso ler a Lei Orgânica seca? Recomendamos. Mas trabalhamos, como

já dissemos, com a hipótese de as questões aqui versadas serem replicadas pelo examinador

na prova. Portanto, não descuidem dos estudos do material que ora apresentamos! Isso é

muito importante para o seu êxito!!

Vejamos agora o cronograma de aulas de nosso curso.

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7

5. Cronograma da Bateria Insana de Questões

Pessoal, a LOTCE SC possui 134 artigos, espalhados em 63 páginas! Viram como faz

diferença focar o estudo mediante resolução de uma bateria insana de questões logicamente

montada?

Link da Lei Orgânica, atualizada:

http://web01.tce.sc.gov.br/files/file/biblioteca/LEI_ORGANICA_CONSOLIDADA_27012016.pdf

Vocês não podem perder tempo! E estamos aqui para isso, para direcionar suas

atenções para o que de fato cairá em prova!

Dito isso e, sem mais delongas, o nosso cronograma de disponibilização das aulas é o

que se apresenta:

Aula Tema Data

0 LOTCE SC – Parte I 02/02/16

1 LOTCE SC – Parte II 09/02/16

2 LOTCE SC – Parte III 16/02/16

3 LOTCE SC – Parte IV 23/02/16

4 LOTCE SC – Parte V 01/03/16

5 LOTCE SC – Parte VI 08/03/16

Assim, vocês terão mais de 20 dias para revisar as questões comentadas, antes da

prova.

Vamos resolver algumas questões, para divertir um pouco? Trataremos hoje da

natureza, competência e jurisdição do glorioso Tribunal de Contas de Santa Catarina, art. 1º,

da LOTCE SC.

Ah, só lembrando: as questões serão em formato de assertivas para as quais vocês

devem marcar “errado” ou “certo”, nos moldes do que a banca do concurso fará (Cespe ou

Cebraspe).

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Após cada assertiva daremos a resposta e a comentaremos. Ao final, traremos a bateria

de questões sem comentários (com o gabarito em seguida), para aqueles que queiram

primeiramente resolvê-la sem ver nossos comentários.

6. Aula Demonstrativa

6.1 Natureza e competência do TCE-SC (art,1º da LOTCE SC)

1. (BIQ TCE-SC/2016) Compete ao Tribunal de Santa Catarina julgar as contas prestadas

anualmente pelo Governador do Estado.

Errada. De acordo com art. 1º, inciso I, da LOTCE SC, a competência do TCE SC é para

apreciar as contas do Governador, não julgá-las. Vejam:

Art. 1º Ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, órgão de controle externo,

compete, nos termos da Constituição do Estado e na forma estabelecida nesta Lei:

I — apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado, nos termos

do art. 47 e seguintes desta Lei;

Antes de mais nada, é preciso distinguir contas de gestão de contas de governo.

As contas de gestão contemplam aspectos administrativos (micro), tais como despesas,

contratos, bens, licitações. É o dia-a-dia da repartição pública. O gestor público atua, nesse

caso, como ordenador de despesas.

Já as contas de governo possuem espectro maior (macro), pois alcançam aspectos

ligados à execução de políticas públicas, a planos e programas de governos e a cumprimento

de metas fiscais. O Chefe do Executivo, nesse caso, impulsiona políticas de governo, não

praticando atos de administração, ok?

Isso posto, convém frisar a diferença existente entre a atuação do TCE SC nas contas

de governo e nas contas de gestão. O TCE SC julga contas de gestão, não contas de governo.

As contas de governo (apresentadas por Governador, Prefeito e Presidente da

República) são apenas “apreciadas” pelo correspondente Tribunal de Contas, que emite

parecer prévio opinativo, o qual servirá de subsídio de natureza técnica a quem

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constitucionalmente cabe julgar contas de governo dos referidos agentes, nos termos do art.

84, inciso XXIV, da CF/88: ao Poder Legislativo (Congresso Nacional).

No caso das contas do Governador, a competência para julgamento das suas contas

(contas de governo) é da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, portanto.

Essa diferenciação quanto a contas de governo e contas de gestão está refletida

inclusive na CF/88, no art. 71, incisos I e II, de observância obrigatória para as demais

Constituições (simetria):

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio

do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante

parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e

valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e

sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que

derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário

público;

Pessoal, o mesmo raciocínio para as contas dos Prefeitos municipais de Santa Catarina

(contas de governo): TCE SC não as julga. Ele as aprecia (emissão de Parecer Prévio

opinativo). Quem julga? Poder Legislativo municipal, ou seja, a Câmara de Vereadores do

respectivo município.

2. (BIQ TCE-SC/2016) O TCE SC é competente para julgar as contas de agentes

particulares que derem causa a irregularidade da qual resulte dano ao erário.

Correta. Não somente agentes públicos podem ter suas contas julgadas pelo Tribunal.

Particulares que venham a ocasionar, de alguma forma, danos aos cofres públicos, terão

contas julgadas pelo TCE SC, conforme dispõe o art. 1º, inciso III, da LOTCE SC:

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Art. 1º Ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, órgão de controle externo,

compete, nos termos da Constituição do Estado e na forma estabelecida nesta Lei:

III — julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e

valores da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades

instituídas e mantidas pelo Poder Público do Estado e do Município, e as contas

daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte

prejuízo ao erário;

Querem um exemplo? Empresa que contrata com o Poder Público e, apesar de receber

valor relativo a vinte furgões, fornece apenas dezoito veículos (superfaturamento).

Esse dano alusivo ao dinheiro público pago em relação a dois furgões não recebidos

pelo órgão/entidade público será objeto de apuração e julgamento pelo TCE SC, hipótese em

que figurará como responsável pelo débito, sem prejuízo do arrolamento de demais agentes

envolvidos, a empresa que entregou veículos em menor quantidade.

A esse respeito, vejam notícia veiculada no site do TCE-SC, relativa a dano por não

prestação de serviços contratados pelo Poder Público. A empresa foi condenada a devolver

quantia milionária!!

O Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) julgou irregular o pagamento

antecipado, sem exigência de garantia, para a contratação da produção geral do show do tenor

italiano Andrea Bocelli, previsto na programação do Natal dos Sonhos de Florianópolis de

2009. Diante disso, determinou, nesta segunda-feira (14/9), a devolução de aproximadamente

R$ 4,2 milhões aos cofres do município, valor decorrente do dano causado ao erário, na época,

de R$ 2,5 milhões, atualizado monetariamente e acrescido de juros legais até o fim de

setembro.

De acordo com a decisão aprovada, foram condenados, solidariamente, o ex-prefeito, o

ex-secretário de Turismo, Cultura e Esportes de Florianópolis, e o seu adjunto, o ex-secretário

de Finanças e Planejamento, e uma empresa de assessoria.

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11

3. (BIQ TCE-SC/2016) Compete ao TCE SC apreciar, para fins de registro, a legalidade de

quaisquer atos de admissão de pessoal na administração pública direta e indireta,

incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público do Estado e dos

Municípios.

Errada. Não são todos os atos de admissão de pessoal sujeitos à ação fiscalizatória do TCE

SC. A competência do TCE SC para apreciar atos de admissão de pessoal não alcança as

nomeações para cargos de provimento em comissão (cargos comissionados).

Vejamos o que diz o art. 1º, IV, da LOTCE SC:

Art. 1º Ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, órgão de controle externo,

compete, nos termos da Constituição do Estado e na forma estabelecida nesta Lei:

IV — apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a

qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e

mantidas pelo Poder Público do Estado e do Município, excetuadas as nomeações para

cargo de provimento em comissão, bem como a legalidade dos atos de concessão de

aposentadorias, reformas, transferências para a reserva e pensões, ressalvadas as

melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório, na forma

prescrita em provimento próprio;

Podemos esquematizar da seguinte forma:

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12

O que viriam a ser essas “melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do

ato concessório”??

Vamos exemplificar: determinado órgão estadual aprova (Detran) novo plano de cargos

e salários para seus servidores ativos, estendendo determinada vantagem para os inativos.

Pergunta: essa melhoria (posterior à aposentadoria) alterou o fundamento do ato de

aposentação do servidor agora inativo? Se não, o TCE SC não reaprecia o ato. Se houve

alteração, o fato atrai a ação fiscalizatória do Tribunal e este reaprecia o ato que promoveu a

bendita melhoria.

Vamos aprofundar mais um pouco?

Nesse tipo de processo (apreciação de atos de pessoal), o TCE SC deve assegurar a

ampla defesa e o contraditório de forma irrestrita?

A resposta é não. Segundo a Súmula Vinculante 3, do Supremo Tribunal Federal (STF),

quando da apreciação da legalidade de concessão de aposentadoria, reforma ou pensão, se

houver decisão do TCE SC no sentido de devolver o processo à origem (órgão ou entidade

concessor da aposentadoria, reforma ou pensão), para saneamento de vícios, referido

decisório do Tribunal pode ocorrer sem abertura de contraditório e ampla defesa ao beneficiário

da aposentadoria, da reforma ou da pensão, aparentemente prejudicado com denegação (pelo

menos provisória) do registro pelo TCE SC.

“Nos processos perante o TCU asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando

da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o

interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de

aposentadoria, reforma e pensão.” (Súmula Vinculante 3)

Vale frisar que, embora a Súmula tenha feito remissão a processos do TCU, a tese nela

trazida vincula todos os órgãos e entidades da Administração Pública, inclusive tribunais

judiciários.

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4.(BIQ TCE-SC/2016) O Poder Judiciário pode solicitar ao TCE SC a realização de

auditorias, não podendo o Tribunal de Contas recusar a solicitação.

Errada. Enquanto órgão que auxilia na atividade de Controle Externo, cujo o titular é o Poder

Legislativo, nos termos do art. 70, caput, da CF/88, o TCE SC não tem a obrigação legal de

acatar solicitações de outros poderes, que não o Legislativo.

Veja-se o que dispõe o art. 1º, inciso V, da LOTCE SC:

Art. 1º Ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, órgão de controle externo,

compete, nos termos da Constituição do Estado e na forma estabelecida nesta Lei:

V — proceder, por iniciativa própria ou por solicitação da Assembléia Legislativa, de

comissões técnicas ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil,

financeira, orçamentária, operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos

Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e nas demais entidades referidas no inciso

III;

Observa-se, pelo dispositivo, que a norma obriga o TCE SC a acatar solicitação somente

do Poder Legislativo para proceder a auditorias e inspeções.

Não sendo o Judiciário detentor do Controle Externo, não poderia ele obrigar o TCE SC

a proceder ações de controle, sob pena de invasão da competência (privativa) do Tribunal de

Contas e do próprio Poder Legislativo, em que pese o equilíbrio entre os Poderes da República

possuir status de princípio fundamental.

5. (BIQ TCE-SC/2016) Nos termos da Lei Orgânica, o TCE SC é competente para proceder

a fiscalizações e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e

patrimonial.

Correta. Questão bem tranquila. Não caiam em assertivas que tragam auditoria de natureza

administrativa, ambiental ou jurídica, ok? Vale aqui o mnemônico “COFOP” (Contábil,

Operacional, Financeira, Orçamentária, Patrimonial).

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14

E onde está isso? LOTCE SC, art. 1º, inciso V.

Art. 1º Ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, órgão de controle externo,

compete, nos termos da Constituição do Estado e na forma estabelecida nesta Lei: V —

proceder, por iniciativa própria ou por solicitação da Assembléia Legislativa, de

comissões técnicas ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil,

financeira, orçamentária, operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos

Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e nas demais entidades referidas no inciso

III;

6. (BIQ TCE-SC/2016) Nos termos da Lei Orgânica, caso verifique ilegalidade durante

fiscalizações empreendidas, cumprirá ao TCE SC anular o ato considerado ilegal.

Errada. Essa é uma pegadinha muito utilizada pelo Cespe, pessoal. Muita atenção!

Os Tribunais de Contas, verificando ilegalidade de ato administrativo, não poderão

anular o ato, pois essa competência cabe somente ao Judiciário ou ao próprio órgão/entidade,

com base no princípio na autotutela administrativa. Lembram da aula de ato vinculado x ato

discricionário em Direito Administrativo? Caso o TCE SC anulasse o ato, restaria desatendido o

teor da Súmula 473 do STF que diz:

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Vejam que, conforme o verbete de Súmula supratranscrito, a anulação de ato não cumpre ao

Tribunal de Contas, mas à própria Administração ou ao Judiciário.

Além disso, o art. 1º, inciso XII, da LOTCE SC nos mostra que caminho o Tribunal deve

adotar, caso verifique ilegalidade de ato no curso de suas ações de controle:

Art. 1º Ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, órgão de controle externo,

compete, nos termos da Constituição do Estado e na forma estabelecida nesta Lei:

XII — assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao

exato cumprimento da Lei, se verificada ilegalidade;

Assinar prazo para que o órgão adote as providências necessárias ao exato

cumprimento da Lei? E o que significa isso?

Na prática significa que o TCE SC, embora não possa anular o ato ilegal, poderá

determinar ao órgão ou entidade que ele mesmo anule tal ato, assinando prazo para que seja

cumprida a determinação. Parece ser a mesma coisa, né? Mas não é, hem pessoal. Cuidado.

Estamos entendidos, então? Tribunal de Contas não anula ato de outrem (fiscalizado);

ele determina que anulem o ato.

7. (BIQ TCE-SC/2016) O TCE SC não poderá sustar contrato considerado como irregular.

Correta. Tal competência (sustação de contratos administrativos) é do titular do Controle

Externo, que é o Poder Legislativo.

Ao contrário, a sustação (não é anulação, hem) de atos pode ser realizada pelo TCE

SC, mediante, por exemplo, expedição de medidas cautelares, as quais estudaremos mais à

frente, na quarta aula.

Mas por que o TCE SC pode sustar ato e não pode sustar contrato? Por que a sustação

de contratos exige atuação do Poder Legislativo? Pessoal, isso é até intuitivo.

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16

Vejamos. Ato administrativo é unilateral e envolve, regra geral, apenas o seu emissor,

que é no mais das vezes um gestor público. Portanto, os efeitos de uma suspensão (sustação)

de ato tem menor alcance, pois incide sobre o agente público emissor do ato suspenso. Ok?

Já o contrato administrativo é instrumento de natureza bilateral (alteridade) e envolve

normalmente particulares em transação com o Poder Público. Por isso o legislador preferiu

chamar à ordem, nesse tipo de procedimento (sustação de contrato), uma instância política,

mais representativa do povo, que é o verdadeiro detentor do Poder. A sustação de um contrato

pode levar empresas à falência, com demissões de pais de família e por aí vai. Por isso, face a

esse caráter mais sensível, os contratos carecem, para sua sustação, da apreciação do Poder

Legislativo.

Tribunal de Contas somente susta ato administrativo.

A tese é endossada pelo STF, senão vejamos:

O TCU, embora não tenha poder para anular ou sustar contratos administrativos, tem

competência, conforme o art. 71, IX, para determinar à autoridade administrativa que

promova a anulação do contrato e, se for o caso, da licitação de que se originou.

Vejamos como isso está retratado na LOTCE SC (art. 1º, inciso XIII):

Art. 1º Ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, órgão de controle externo,

compete, nos termos da Constituição do Estado e na forma estabelecida nesta Lei:

XIII — sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à

Assembléia Legislativa, exceto no caso de contrato, cuja sustação será adotada

diretamente pela própria Assembléia;

8. (BIQ TCE-SC/2016) Milton, Prefeito de Florianópolis, em dúvida sobre se pode ou não

renovar pelo sétimo ano contrato de locação do prédio da Prefeitura com a empresa

“Vem Locar”, formula consulta junto ao TCE SC, expondo esses fatos, visando obter

resposta sobre a legalidade da transação pretendida. Nessa situação, o TCE SC deverá

responder o gestor, pois é papel constitucional do Tribunal orientar seus fiscalizados.

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17

Errada. As consultas formuladas ao Tribunal deverão ser realizadas em tese, sobre

interpretação de de lei. Nada de caso concreto.

No caso em apreço, viu-se que se tratava de locação do prédio da Prefeitura e que iria

se formular pela sétima vez o aditivo contratual. Até o nome da empresa (mais concreto do que

isso, não tem, né...) contratada estava mencionado na consulta formulada junto ao TCE SC.

Portanto, no caso da questão, o Tribunal mão responde à consulta, por ausência de

atendimento do requisito da abstração (situação em tese).

Vejamos o que dispõe o art. 1º, inciso XV, da LOTCE SC:

Art. 1º Ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, órgão de controle externo,

compete, nos termos da Constituição do Estado e na forma estabelecida nesta Lei:

XV — responder consultas de autoridades competentes sobre interpretação de lei ou

questão formulada em tese, relativas à matéria sujeita à sua fiscalização;

9. (BIQ TCE-SC/2016) Partido político é competente para formular denúncia ao TCE SC.

Correta. Cópia do art. 1º, inciso XVI, da LOTCE SC. São igualmente legitimados para entrarem

com denúncia no Tribunal: qualquer cidadão, associação ou sindicato.

Art. 1º Ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, órgão de controle externo,

compete, nos termos da Constituição do Estado e na forma estabelecida nesta Lei:

XVI — decidir sobre denúncia que lhe seja encaminhada por qualquer cidadão, partido

político, associação ou sindicato, e representação, na forma prevista nesta Lei.

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18

10. (BIQ TCE-SC/2016) As decisões do TCE SC tomadas em processo de consulta têm

caráter normativo, caso sejam tomadas pela maioria dos Conselheiros do Tribunal.

Errada. Questão de quórum, pessoal. Fiquem atentos, nos termos da LOTCE SC, § 3º, as

decisões em processos de consultas somente assumem caráter normativo, vinculando os

jurisdicionados do Tribunal como se Lei fosse, se tais decisórios forem tomados por, no

mínimo, 2/3 dos Conselheiros do TCE SC.

§ 3º As decisões do Tribunal de Contas em processo de consulta, tomadas por no

mínimo dois terços dos Conselheiros que o compõem, têm caráter normativo e

constituem prejulgamento da tese.

Vejam só, para uma decisão de tamanha envergadura, uma verdadeira norma legal, não

seria razoável exigir quórum não qualificado, não é mesmo? Nada mais proporcional que exigir

um quórum de 2/3 para conferir à decisão da Corte de Contas status de lei perante os

jurisdicionados do TCE SC.

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19

6.2 Lista da Bateria Insana de Questões sem comentários

1. (BIQ TCE-SC/2016) Compete ao Tribunal de Santa Catarina julgar as contas prestadas

anualmente pelo Governador do Estado.

2. (BIQ TCE-SC/2016) O TCE SC é competente para julgar as contas de agentes particulares

que derem causa a irregularidade da qual resulte dano ao erário.

3.(BIQ TCE-SC/2016) Compete ao TCE SC apreciar, para fins de registro, a legalidade de

quaisquer atos de admissão de pessoal na administração pública direta e indireta, incluídas as

fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público do Estado e dos Municípios.

4.(BIQ TCE-SC/2016) O Poder Judiciário pode solicitar ao TCE SC a realização de auditorias,

não podendo o Tribunal de Contas recusar a solicitação.

5.(BIQ TCE-SC/2016) Nos termos da Lei Orgânica, o TCE SC é competente para proceder a

fiscalizações e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e

patrimonial.

6.(BIQ TCE-SC/2016) Nos termos da Lei Orgânica, caso verifique ilegalidade durante

fiscalizações empreendidas, cumprirá ao TCE SC anular o ato considerado ilegal.

7.(BIQ TCE-SC/2016) O TCE SC não poderá sustar contrato considerado como irregular.

8.(BIQ TCE-SC/2016) Milton, Prefeito de Florianópolis, em dúvida sobre se pode ou não

renovar pelo sétimo ano contrato de locação do prédio da Prefeitura com a empresa “Vem

Locar”, formula consulta junto ao TCE SC, expondo esses fatos, visando obter resposta sobre

a legalidade da transação pretendida. Nessa situação, o TCE SC deverá responder o gestor,

pois é papel constitucional do Tribunal orientar seus fiscalizados.

9.(BIQ TCE-SC/2016) Partido político é competente para formular denúncia ao TCE SC.

10.(BIQ TCE-SC/2016) As decisões do TCE SC tomadas em processo de consulta têm caráter

normativo, caso sejam tomadas pela maioria dos Conselheiros do Tribunal.

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6.3 Gabarito

1 E 5 C 9 C

2 C 6 E 10 E

3 E 7 C

4 E 8 E

6.4 Enunciados Corretos para Repetição

(BIQ TCE-SC/2016) O TCE SC é competente para julgar as contas de agentes particulares que

derem causa a irregularidade da qual resulte dano ao erário.

(BIQ TCE-SC/2016) Nos termos da Lei Orgânica, o TCE SC é competente para proceder a

fiscalizações e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e

patrimonial.

(BIQ TCE-SC/2016) O TCE SC não poderá sustar contrato considerado como irregular.

(BIQ TCE-SC/2016) Partido político é competente para formular denúncia ao TCE SC.

6.5 Controle de Acertos

Tentativa Acertos de Total Porcentagem Questões que errei

1ª de 10

2ª de 10

3ª de 10

Se não houver tempo para refazer todas as questões, refaça somente as erradas.

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7. Conclusão

Bom pessoal, foi um prazer estar com vocês! Aqui encerramos nossa aula

demonstrativa! Que esse nosso encontro seja o primeiro passo para a entrada de vocês como

Auditores Fiscais de Controle Externo do TCE SC!

“Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles.”

(Ruy Barbosa)

Profs. Thiago Rösler e Prof. Vitor Pinho.