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AULA DE REVISÃO DE CONTEÚDO – 8º ano

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Page 1: Aula de revisão de conteúdo – 8º ano

AULA DE REVISÃO DE CONTEÚDO – 8º ano

Page 2: Aula de revisão de conteúdo – 8º ano

Capitalismo e sociedade

Meios de Produção, como máquinas, ferramentas e a própria fábrica: propriedades do patrão.

Como definição, Modo de Produção seria o modo das sociedades produzirem sua existência, sua vida material, ou seja, suas mercadorias ou bens para consumo. Para Karl Marx, todo Modo de Produção apresentaria as seguintes características:

MODO DE PRODUÇÃO

Força de Trabalho, que o trabalhador vende em troca de um salário.

Relações Sociais de Produção, entre aqueles que detém os meios de produção e os que detém a força de trabalho.

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O desenvolvimento do capitalismo

FEUDALISMO CAPITALISMO

Segundo Marx, o surgimento da burguesia (ou dos grupos de comerciantes que viviam nos burgo, a margem dos campos feudais) representou, historicamente, a emergência de um novo modo de pensar. Neste momento, começamos a fazer a transição do modo de produção feudal para o capitalista. Neste contexto os burgueses pretendiam uma nova forma de produzir bens para consumo, em maior escala, visando à obtenção de lucro em suas vendas. Para isso, os burgueses tentaram romper com a lógica de produção feudal, o que representou a Revolução burguesa, criando maquinário, fábricas e indústrias para este novo modo de produção, e apresentando uma nova proposta de força de trabalho: a do trabalhador assalariado.

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As classes sociais no capitalismo

Karl Marx, ao falar sobre a dinâmica social no capitalismo, ressaltará que este momento histórico é composto pelo conflito entre duas classes:

o PROLETARIADO (conjunto de Trabalhadores) e a BURGUESIA (conjunto de “Patrões”).

A PROPRIEDADE PRIVADA, segundo o autor, é a questão central para compreendê-las. Segundo Marx, ela seria o elemento que dividiria a sociedade em dois grandes blocos: aqueles que detém a propriedade privada dos meios de produção (Burguesia) e aqueles que NÃO detém propriedade, mas somente sua força de trabalho para vendê-la em troca de um salário (Proletariado). A relação de dominação da burguesia para com o proletariado se inicia neste momento, bem como o conflito entre eles, sendo esta a função social da propriedade privada no contexto do modo de produção capitalista.

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DIVISÃO DO TRABALHO, ALIENAÇÃO E MAIS-VALIA

A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO e a especialização do trabalhador numa determinada função, fazem com que ele considere que produz somente um “pedaço” da mercadoria, não merecendo ser remunerado pela produção da mercadoria como um todo. A este processo, que decorre da DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO, Karl Marx denominou ALIENAÇÃO DO TRABALHADOR, uma vez que o mesmo não reconhece o fruto do mesmo ou o valor real da sua produção.

Outro mecanismo, descrito por Karl Marx, criado por este sistema econômico para manter a dominação da burguesia, é a MAIS-VALIA, que consiste no LUCRO extraído da EXPLORAÇÃO do trabalhador em sua jornada de trabalho.

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Desigualdade social, capitalismo e ideologia

Ao refletirmos sobre as estratégias de manutenção do sistema capitalista de produção, nos deparamos com um fato essencial à reflexão: a propriedade privada, ao estabelecer uma relação entre aqueles que a detém, e aqueles que são explorados por não detê-la, cria, necessariamente, uma relação de desigualdade em nossa sociedade. Portanto, pelos próprios elementos estruturantes do modo de produção capitalista, as desigualdades sociais não podem ser vista como acidentais, mas enquanto produção do próprio sistema.

A IDEOLOGIA se relaciona com o poder, pois permite que aqueles que dominam possam justificar porque dominam, ocultando as verdadeiras causas de sua dominação. Por isso, dizemos que pode haver vários tipos de ideologia: ideologia racista, que justifica porque os brancos seriam “melhores” que negros; ideologia consumista, que justifica porque ser consumidor é ser “melhor” que os outros; ideologia capitalista, que diz que aqueles que são mais ricos são “melhores” que aqueles que são mais pobres, pois conseguiram subir de vida com seus próprios esforços.

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As diversidades da juventude

A juventude, apesar de ter evidentes conteúdos biológicos, físicos e hormonais, mais do que isso, é cultural e está, portanto, sujeita a uma série de regras e condicionamentos sociais. É por isso que jovens da mesma faixa etária, em diferentes culturas e em diferentes épocas, têm hábitos e atitudes bastantes diversos uns dos outros.

Assim, as diferenças de sexo, de cultura, de região e de classe podem variar de maneira drástica, como por exemplo, os conhecimentos que lhes são permitidos adquirir e as habilidades que desenvolvem no grupo com o qual convivem. Isso sem contar a roupa que usam, maneira como falam e os gestos com os quais se expressam. Desse modo, podemos dizer que não existe a juventude, mas juventudes.

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A INVENÇÃO DA JUVENTUDE

A partir dos anos 1950 muitas transformações ocorreram, abalando a divisão entre adultos e crianças. As descobertas científicas, que permitiram controlar inúmeras doenças, em conjunção com uma melhor alimentação, contribuíram para aumentar a expectativa de vida. Com o aumento do tempo de vida foi possível retardar o ingresso na vida adulta, criando entre ela e a infância uma fase de transição: a adolescência.

Os condicionamentos sociais são fatores que definem diferentes perfis para a juventude, tais como a cultura, a época, a classe social, o gênero e etc.

Os meios de comunicação de massa (por meio da Indústria Cultural) ficaram responsáveis por divulgar as mercadorias produzidas pela indústria, mas também uma nova forma de viver e de ser jovem, como os comportamentos, gostos musicais, artísticos e etc.

No modo de produção capitalista o consumismo acaba sendo incentivado pelos meios de comunicação de massa, que direcionam suas propagandas aos jovens para que os produtos e formas de viver desta juventude sejam almejados e valorizados por toda a sociedade.

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Movimentos sociais e cidadania

Os movimentos sociais procuram colocar em prática ou promover a cidadania, já que muitos dos nossos direitos são garantidos formalmente, mas não saem do papel. (direito formal e direito real). O capitalismo e as desigualdades sociais por ele geradas impediram – e impedem – que certos cidadãos tenham seus direitos respeitados, levando alguns grupos sociais, que se sintam prejudicados ou oprimidos de alguma forma, a se mobilizarem politicamente para reivindicá-los, dando origem aos movimentos sociais.

Os movimentos sociais clássicos são aqueles que envolvem conflitos de base econômica. Normalmente, requerem direitos que não são cumpridos em virtude das desigualdades sociais geradas pelo capitalismo (Ex: MST, MTST, movimento operário).

Os movimentos sociais contemporâneos referem-se às reivindicações coletivas das minorias (Ex: movimento negro, LGBT, ambientalista, feminista, anti-globalização, dentre outros).

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Tipos de direitos conquistados pelos movimentos sociais Direitos Civis – Direito a liberdade religiosa, de pensamento, de ir e

vir, à propriedade, a liberdade de escolher o próprio trabalho, dentre outros.

Direitos Políticos – Envolvem os direitos eleitorais, o direito de participar de associações políticas, como os partidos e sindicatos e o direito de PROTESTAR.

Direitos Sociais – Direito à educação básica, assistência à saúde, programas habitacionais, transporte coletivo, sistema previdenciário, programas de lazer, acesso ao sistema judiciário, etc.

Direitos Humanos – São os direitos e liberdades básicas de todos os seres humanos. Seu conceito também está ligado com a ideia de liberdade de pensamento, de expressão e a igualdade perante a lei.

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BREVE HISTÓRICO DOS DIREITOS HUMANOS

Ao longo da história verificou-se que os direitos não eram sempre respeitados e precisavam ser garantidos. No século XIX, a exploração da mão-de-obra operária foi a base para formação dos grandes centros urbano-industriais da Europa. Nesse contexto, a defesa dos direitos humanos está relacionada às lutas dos trabalhadores que reivindicavam condições mais dignas para exercerem suas funções.

Com o amadurecimento das organizações operárias e de suas lutas, os trabalhadores passaram a se opor a qualquer forma de exploração, buscando uma sociedade verdadeiramente livre e igualitária. Desta maneira, os direitos humanos incorporaram essas reivindicações na luta por justiça social.

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BREVE HISTÓRICO DOS DIREITOS HUMANOS

A ideia moderna de direitos humanos se amplia no século XX, quando é criada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro de 1948, como uma resposta de profundo conteúdo humanista às atrocidades inéditas cometidas durante a 2ª Guerra Mundial (1939/45).

Na essência, representa um hino à vida, à liberdade e aos padrões de justiça consagrados internacionalmente, exatamente os itens que mais foram violados durante a guerra.

A Declaração Universal de 1948 constitui uma das referências internacionais mais importantes para os direitos humanos. Ela reafirma o compromisso político e social entre determinados Estados nacionais de que garantiriam em seus territórios e na relação com os outros Estados, a promoção e a defesa dos direitos humanos como valores fundamentais da democracia.