aula de portugues para concurso

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Profª. Daniela Tatarin www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 91 Profª Daniela Tatarin Língua Portuguesa p/ PRF: Agente Administrativo 2014 Aulas 01 a 12 Língua Portuguesa - PRF: Agente Administrativo - 2014 Professora: Daniela Tatarin Aulas 01 a 12

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    Prof Daniela Tatarin

    Lngua Portuguesa p/ PRF: Agente Administrativo 2014

    Aulas 01 a 12

    Lngua Portuguesa - PRF: Agente Administrativo - 2014

    Professora: Daniela Tatarin

    Aulas 01 a 12

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    Aulas 01 a 12

    LNGUA PORTUGUESA

    Apresentao

    H 12 anos assumi minha paixo pela Lngua Portuguesa. Cursei Letras na Universidade

    Federal do Paran e me especializei em Construo de texto. Passei por diferentes nveis de

    ensino, de fundamental a superior, e h dois anos tenho me dedicado aos concursos. Poder

    passar adiante conhecimentos para que diferentes pessoas entendam a dinmica da lngua e

    resolvam com tranquilidade diferentes provas algo muito especial e, com certeza, fao com

    carinho e dedicao.

    Dinmica do curso

    Neste curso abordaremos todo o ementrio disponibilizado pela banca Fundao

    Professor Carlos Augusto Bittencourt FUNCAB, alm de orientar quanto s melhores estratgias

    de estudo e resoluo de provas.

    Durante as videoaulas, os contedos sero trabalhados de maneira a contemplar o estilo

    de formulao de questes adotado pela FUNCAB, com resoluo de questes anteriormente

    aplicadas.

    O contedo a ser abordado seguir a seguinte ordem:

    1. Compreenso e interpretao de textos.

    2. Tipologia textual.

    3. Ortografia oficial.

    4. Acentuao grfica.

    5. Emprego das classes de palavras.

    6. Emprego do sinal indicativo de crase.

    7. Sintaxe da orao e do perodo.

    8. Pontuao.

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    9. Concordncias nominal e verbal.

    10. Regncias nominal e verbal.

    11. Significao das palavras.

    12. Redao de correspondncias oficiais: Manual de Redao da Presidncia da Repblica.

    Os contedos previstos em edital sero distribudos da seguinte maneira:

    Aula 01 Compreenso e interpretao de textos (1)

    Aula 02 Compreenso e interpretao de textos (2)

    Aula 03 Tipologia textual (1)

    Aula 04 Tipologia textual (2)

    Aula 05 Ortografia oficial

    Aula 06 Acentuao grfica

    Aula 07 Emprego de classes de palavras (1)

    Aula 08 Emprego de classes de palavras (2)

    Aula 09 Sintaxe da orao e do perodo (1)

    Aula 10 Sintaxe da orao e do perodo (2)

    Aula 11 Sintaxe da orao e do perodo (3)

    Aula 12 Sintaxe da orao e do perodo (4)

    Aula 13 Concordncia nominal e verbal (1)

    Aula 14 Concordncia nominal e verbal (2)

    Aula 15 Regncia nominal e verbal (1)

    Aula 16 Regncia nominal e verbal (2)

    Aula 17 Emprego do sinal indicativo de crase

    Aula 18 Pontuao

    Aula 19 Significado das palavras

    Aula 20 Redao oficial

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    Aulas 01 a 12

    1 Encontro

    (aulas 01 a 04 Compreenso e interpretao de textos, tipologia textual)

    Teoria

    Compreenso e interpretao de textos

    bastante comum ouvirmos relatos de pessoas sobre as dificuldades em questes de

    interpretao de textos. Na verdade, qualquer dificuldade com este assunto pode ser facilmente

    resolvida resoluo de exerccios. a prtica a responsvel pela eficincia da leitura, mas no

    podemos comear sem antes observarmos alguns conceitos importantes que envolvem os

    diferentes tipos de textos.

    Um texto se constri de palavras e ideias. a formao do que se entende todo que nos

    d condies de entender a mensagem transmitida.

    Mas, por que os concursos cobram compreenso e interpretao? Existe diferena entre

    estes dois termos? Para responder a esta pergunta, vamos conhecer os conceitos de

    compreender e interpretar:

    Compreender - Conter em si; Abranger; Alcanar com a inteligncia; Perceber; Entender.

    Interpretar - Aclarar, explicar o sentido de.

    Fonte: www.dicionarioinformal.com.br

    Neste sentido, compreenso e interpretao pressupem entendimento. Logo, o que se

    espera do candidato entendimento do que se l. Em um contexto social de analfabetismo

    funcional (cerca de 18% da populao brasileira se encontra nesta condio, segundo o IBGE)

    esperado que a habilidade de leitura seja cobrada em provas.

    Para compreender e interpretar adequadamente um texto, necessrio se mostrar um

    leitor autnomo, ou seja, que tenha a capacidade de ler e produzir inferncias. Entende-se por

    inferncia a capacidade de se deduzir algo a partir do raciocnio.

    Por isso importante neste processo a compreenso dos nveis estruturais da lngua por

    meio da lgica, alm de possuir um vocabulrio bastante amplo.

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    Nos textos, as frases apresentam diferentes significados, de acordo com o contexto em

    que esto inseridas. Por isso de suma importncia apreciar o texto atravs do contexto, de todas

    as partes que o compem. Isso garante que as informaes relevantes sejam apreendidas pelo

    leitor.

    No se esquea de que um texto carrega as marcas de seu autor, afinal, apresenta a viso

    deste em relao temtica escolhida.

    Denotao e Conotao

    As inferncias que produzimos a partir da leitura de um texto so baseadas na

    identificao do sentido atribudo s palavras no texto. So duas as possibilidades de uso da

    linguagem no texto, em relao ao sentido: a denotao e a conotao.

    O sentido denotativo percebido atravs do uso de palavras com valor referencial, ou seja,

    quando tomada no seu sentido usual ou literal, naquele que lhe atribuem os dicionrios; seu

    sentido objetivo, explcito, constante. Ela designa ou denota determinado objeto, referindo-se

    realidade palpvel. Veja um exemplo de sentido denotativo:

    Os papis foram entregues na portaria s 17 horas.

    Papis sentido literal, prprio.

    J o sentido conotativo percebido atravs do uso de palavras com valor figurado,

    remetendo-a a inmeros outros sentidos, virtuais, conotativos, que so apenas sugeridos,

    evocando outras ideias associadas, de ordem abstrata, subjetiva. Veja este exemplo:

    Os papis foram sorteados, para que nenhum ator se sentisse privilegiado.

    Papis sentido figurado (personagens)

    Nos textos literrios, prevalece o uso da linguagem conotativa. Tambm os provrbios ou

    ditos populares so bons exemplos da linguagem de uso conotativo. Veja este outro exemplo:

    "Quem est na chuva para se molhar"

    Analisando este provrbio, chegamos a ideia de que nossas opes abrem espao s

    consequncias, e que devemos aceit-las ou, pelo menos, correr o risco.

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    Em sntese, o sentido denotativo das palavras aquele encontrado nos dicionrios, o

    chamado sentido verdadeiro, real. O sentido conotativo das palavras a atribuio de um sentido

    figurado, fantasioso e que, para sua compreenso, depende do contexto.

    A polissemia

    Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem mltiplos significados. A isso

    chama-se polissemia, que, em geral, definida como a propriedade que uma palavra possui de

    apresentar diferentes sentidos sem que os mesmos sejam opostos ou excludentes.

    Por exemplo, a palavra posio. Trata-se de um caso tpico de polissemia. Observe os

    exemplos:

    Estou cansado de ficar sentado nesta posio.

    Na posio em que estamos ser difcil reverter a opinio do povo.

    Lucas atingiu uma boa posio na empresa.

    Nas trs sentenas, os sentidos da palavra posio so diferentes.

    Como Ler e Entender Bem um Texto

    H passos que podem ser seguidos a fim de garantir uma interpretao de qualidade. O

    primeiro deles ler atentamente ao texto. Do incio ao fim. Esquea aquela histria de ler em

    partes, tentando encontrar a parte que se encaixa com parte do enunciado da questo

    interpretativa. Essa primeira leitura, esse primeiro contato com o texto muito importante. O

    prximo passo refazer a leitura, desta vez tomando nota de passagens relevantes e de

    possveis vocbulos desconhecidos, que possam comprometer a interpretao. Feito isso, pode

    seguir interpretao de fato, momento em que, de posse do entendimento do texto, gabaritam-

    se as questes.

    No se esquea de que embora a interpretao seja subjetiva, h limites os

    estabelecidos pelo texto.

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    A adequada interpretao de um texto depende, antes de qualquer coisa, do leitor. Todo e

    qualquer conhecimento prvio por parte do leitor facilita a compreenso, no esquea!

    Algumas dicas para interpretar adequadamente um texto

    Faa uma primeira leitura, atenta, do incio ao fim do texto, tendo noo de conjunto.

    Faa a segunda leitura, identificando possveis vocbulos desconhecidos.

    Tenha sempre s mos um bom dicionrio.

    Volte ao texto quantas vezes julgar necessrio.

    Prenda-se ao texto o que o autor escreveu e no o que voc pensa acerca do assunto.

    Questes de interpretao envolvem a opo que mais se encaixa no texto.

    Tipologia textual

    1. Narrao

    Modalidade em que se conta um fato, fictcio ou no, que ocorreu num determinado tempo e lugar,

    envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. H uma relao de

    anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante o passado. Estamos cercados de

    narraes desde as que nos contam histrias infantis at s piadas do cotidiano. o tipo

    predominante nos gneros: conto, fbula, crnica, romance, novela, depoimento, piada, relato,

    etc.

    2. Descrio

    Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto.

    A classe de palavras mais utilizada nessa produo o adjetivo, pela sua funo caracterizadora.

    Numa abordagem mais abstrata, pode-se at descrever sensaes ou sentimentos. No h

    relao de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto

    descrito. fazer uma descrio minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se pega.

    um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gneros textuais. Tem

    predominncia em gneros como: cardpio, folheto turstico, anncio classificado, etc.

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    3. Dissertao

    Dissertar o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo

    do objetivo do autor, pode ter carter expositivo ou argumentativo.

    3.1 Dissertao-Exposio

    Apresenta um saber j construdo e legitimado, ou um saber terico. Apresenta informaes sobre

    assuntos, expe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo apenas

    expe ideias sobre um determinado assunto. A inteno informar, esclarecer. Ex: aula, resumo,

    textos cientficos, enciclopdia, textos expositivos de revistas e jornais, etc.

    3.2 Dissertao-Argumentao

    Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto,

    alm de explicar, tambm persuade o interlocutor, objetivando convenc-lo de algo. Caracteriza-

    se pela progresso lgica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. tipo predominante

    em: sermo, ensaio, monografia, dissertao, tese, ensaio, manifesto, crtica, editorial de jornais e

    revistas.

    4. Injuno/Instrucional

    Indica como realizar uma ao. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos so, na sua

    maioria, empregados no modo imperativo, porm nota-se tambm o uso do infinitivo e o uso do

    futuro do presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; splica; desejo; manuais e instrues

    para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos

    de orientao (ex: recomendaes de trnsito); receitas, cartes com votos e desejos (de natal,

    aniversrio, etc.).

    OBS: Os tipos listados acima so um consenso entre os gramticos. Muitos consideram tambm

    que o tipo Predio possui caractersticas suficientes para ser definido como tipo textual, e alguns

    outros possuem o mesmo entendimento para o tipo Dialogal.

    5. Predio

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    Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda est

    por ocorrer. o tipo predominante nos gneros: previses astrolgicas, previses meteorolgicas,

    previses escatolgicas/apocalpticas.

    6. Dialogal / Conversacional

    Caracteriza-se pelo dilogo entre os interlocutores. o tipo predominante nos gneros: entrevista,

    conversa telefnica, chat, etc.

    Gneros textuais

    Os Gneros textuais so as estruturas com que se compem os textos, sejam eles orais

    ou escritos. Essas estruturas so socialmente reconhecidas, pois se mantm sempre muito

    parecidas, com caractersticas comuns, procuram atingir intenes comunicativas semelhantes e

    ocorrem em situaes especficas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem

    que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gnero textual tem seu

    estilo prprio, podendo ento, ser identificado e diferenciado dos demais atravs de suas

    caractersticas. Exemplos:

    Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do

    tipo dissertativo-argumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve

    sociedade ou a leitores. Quando se trata de "carta pessoal", a presena de aspectos

    narrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal mais comum.

    Propaganda: um gnero textual dissertativo-expositivo onde h a o intuito de propagar

    informaes sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na

    maioria das vezes, mensagens que despertam as emoes e a sensibilidade do mesmo.

    Bula de remdio: um gnero textual descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que tem

    por obrigao fornecer as informaes necessrias para o correto uso do medicamento.

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    Receita: um gnero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a frmula

    para preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, alm disso,

    com verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as

    instrues.

    Tutorial: um gnero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao

    leitor, passo a passo e de maneira simplificada, como fazer algo.

    Editorial: um gnero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento

    da empresa sobre determinado assunto, sem a obrigao da presena da objetividade.

    Notcia: podemos perfeitamente identificar caractersticas narrativas, o fato ocorrido que se

    deu em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas

    personagens. Caractersticas do lugar, bem como dos personagens envolvidos so, muitas

    vezes, minuciosamente descritos.

    Reportagem: um gnero textual jornalstico de carter dissertativo-expositivo. A

    reportagem tem, por objetivo, informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com

    linguagem direta.

    Entrevista: um gnero textual fundamentalmente dialogal, representado pela

    conversao de duas ou mais pessoas, o entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter

    informaes sobre ou do entrevistado, ou de algum outro assunto. Geralmente envolve

    tambm aspectos dissertativo-expositivos, especialmente quando se trata de entrevista a

    imprensa ou entrevista jornalstica. Mas pode tambm envolver aspectos narrativos, como

    na entrevista de emprego, ou aspectos descritivos, como na entrevista mdica.

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    Histria em quadrinhos: um gnero narrativo que consiste em enredos contados em

    pequenos quadros atravs de dilogos diretos entre seus personagens, gerando uma

    espcie de conversao.

    Charge: um gnero textual narrativo onde se faz uma espcie de ilustrao cmica,

    atravs de caricaturas, com o objetivo de realizar uma stira, crtica ou comentrio sobre

    algum acontecimento atual, em sua grande maioria.

    Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Alm dos versos, pode ser

    estruturado em estrofes. Rimas e mtrica tambm podem fazer parte de sua

    composio. Pode ou no ser potico. Dependendo de sua estrutura, pode receber

    classificaes especficas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramtico, etc.

    Em geral, a presena de aspectos narrativos e descritivos so mais frequentes neste

    gnero.

    Poesia: o contedo capaz de transmitir emoes por meio de uma linguagem , ou seja,

    tudo o que toca e comove pode ser considerado como potico (at mesmo uma pea ou

    um filme podem ser assim considerados). Um subgnero a prosa potica, marcada pela

    tipologia dialogal.

    Gneros literrios:

    Gnero Narrativo:

    Na Antiguidade Clssica, os padres literrios reconhecidos eram apenas o pico, o lrico e o

    dramtico. Com o passar dos anos, o gnero pico passou a ser considerado apenas uma

    variante do gnero literrio narrativo, devido ao surgimento de concepes de prosa com

    caractersticas diferentes: o romance, a novela, o conto, a crnica, a fbula. Porm, praticamente

    todas as obras narrativas possuem elementos estruturais e estilsticos em comum e devem

    responder a questionamentos, como: quem? o que? quando? onde? por qu? Vejamos a seguir:

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    Aulas 01 a 12

    1) pico (ou Epopeia): os textos picos so geralmente longos e narram histrias de um povo

    ou de uma nao, envolvem aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc.

    Normalmente apresentam um tom de exaltao, isto , de valorizao de seus heris e

    seus feitos. Dois exemplos so Os Lusadas, de Lus de Cames, e Odissia, de Homero.

    2) Romance: um texto completo, com tempo, espao e personagens bem definidos e de

    carter mais verossmil. Tambm conta as faanhas de um heri, mas principalmente

    uma histria de amor vivida por ele e uma mulher, muitas vezes, proibida para ele.

    Apesar dos obstculos que o separam, o casal vive sua paixo proibida, fsica, adltera,

    pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no final. o tipo de narrativa mais comum na

    Idade Mdia. Ex: Tristo e Isolda.

    3) Novela: um texto caracterizado por ser intermedirio entre a longevidade do romance e a

    brevidade do conto. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista,

    de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.

    4) Conto: um texto narrativo breve, e de fico, geralmente em prosa, que conta situaes

    rotineiras, anedotas e at folclores. Inicialmente, fazia parte da literatura oral. Boccacio foi

    o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita com a publicao de Decamero. Diversos tipos

    do gnero textual conto surgiram na tipologia textual narrativa: conto de fadas, que envolve

    personagens do mundo da fantasia; contos de aventura, que envolvem personagens em

    um contexto mais prximo da realidade; contos folclricos (conto popular); contos de terror

    ou assombrao, que se desenrolam em um contexto sombrio e objetivam causar medo no

    expectador; contos de mistrio, que envolvem o suspense e a soluo de um mistrio.

    5) Fbula: um texto de carter fantstico que busca ser inverossmil. As personagens

    principais so no humanos e a finalidade transmitir alguma lio de moral.

    6) Crnica: uma narrativa informal, breve, ligada vida cotidiana, com linguagem coloquial.

    Pode ter um tom humorstico ou um toque de crtica indireta, especialmente, quando

    aparece em seo ou artigo de jornal, revistas e programas da TV.

    7) Crnica narrativo-descritiva: Apresenta alternncia entre os momentos narrativos e

    manifestos descritivos.

    8) Ensaio: um texto literrio breve, situado entre o potico e o didtico, expondo ideias,

    crticas e reflexes morais e filosficas a respeito de certo tema. menos formal e mais

    flexvel que o tratado. Consiste tambm na defesa de um ponto de vista pessoal e

    subjetivo sobre um tema (humanstico, filosfico, poltico, social, cultural, moral,

    comportamental, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas

    empricas ou dedutivas de carter cientfico. Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, de Jos

    Saramago e Ensaio sobre a tolerncia, de John Locke.

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    Aulas 01 a 12

    Gnero Dramtico:

    Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, no h um narrador

    contando a histria. Ela acontece no palco, ou seja, representada por atores, que assumem os

    papis das personagens nas cenas.

    Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se retratam, com forte apelo lingustico e

    cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida por este povo.

    Gnero Lrico:

    certo tipo de texto no qual um eu lrico (a voz que fala no poema e que nem sempre

    corresponde do autor) exprime suas emoes, ideias e impresses em face do mundo exterior.

    Normalmente os pronomes e os verbos esto em 1 pessoa e h o predomnio da funo emotiva

    da linguagem.

    Fonte: http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/tipologia-textual-tipos-generos.html

    Alguns exemplos de textos para interpretao:

    Texto 1

    Da realidade

    Mario Quintana

    O sumo bem s no ideal perdura

    Ah! Quanta vez a vida nos revela

    Que a saudade da amada criatura

    bem melhor do que a presena dela.

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    Texto 2

    H quem pense que somente em ano de eleio que se deve discutir poltica e tudo o

    que mais se associar ao tema. Clssico engano daqueles que se esquecem do dever de todos

    enquanto cidados de fiscalizar as aes e decises que emanam do poder pblico. Isso pelo

    simples fato de sermos ns os responsveis pelas escolhas destes representantes.

    Entende-se por poder pblico o conjunto dos rgos com autoridade para realizar os

    trabalhos do Estado. De maneira mais simplista, o poder pblico o prprio governo, cujas

    atribuies so legitimadas pela soberania popular. Logo, so vrios os motivos que se podem

    listar para exercermos o papel de fiscais do poder pblico a grande circulao de dinheiro e a

    responsabilidade necessria para geri-lo; os constantes casos e denncias de corrupo e as

    necessidades bsicas da populao, ainda no atendidas (sade, educao e segurana). Isso

    sem entrar na questo do dever de colaborar com a consolidao da democracia.

    O cenrio apresentado no muito favorvel a uma posio mais relaxada quanto

    fiscalizao. So casos de corrupo, evaso de divisas, o escndalo do mensalo, ndices

    educacionais vergonhosos, filas interminveis em hospitais pblicos, crimes cada vez mais

    ousados. Poderamos citar muitos outros, expostos diariamente nos jornais. Felizmente, aes

    contrrias a essas prticas comearam a surgir, como, por exemplo, os polticos condenados e

    cumprindo suas penas. Mas somente o comeo.

    preciso que as aes fiscalizadoras continuem, bem como as cobranas. Sade,

    segurana, educao, honestidade. disso que precisamos. Os recentes episdios de

    manifestaes populares, pedindo justia e o fim da corrupo, foram o primeiro passo. Os

    prximos esto por vir.

    Reforar a cidadania a partir de uma postura sria, crtica e politizada algo que se deve

    propagar, aos quatro cantos do pas. No se pode deixar a fogueira esfriar. Cidado consciente

    luta por um futuro mais digno, para todos. J deu uma olhadinha, hoje, no Portal da

    Transparncia?

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    Texto 3

    Questes de concursos sobre compreenso, interpretao e tipologias textuais

    Leia o texto a seguir para responder s questes.

    Conversando com os mortos

    Neste exato instante em que seus olhos passam por estas linhas, est ocorrendo um

    pequeno milagre da tecnologia. No, no estou falando do computador nem da transmisso de

    dados pela internet, mas da boa e velha leitura, inventada pela primeira vez cerca de 5.500 anos

    atrs. Para ns, leitores experimentados, ela parece a coisa mais natural do mundo, mas isso no

    passa de uma iluso. Ler no apenas no natural como ainda envolve cooptar uma complexa

    rede de processos neurolgicos que surgiram para outras finalidades.

    Acho que d at para argumentar que a escrita a mais fundamental criao da

    humanidade. Ela nos permitiu ampliar nossa memria para horizontes antes inimaginveis. No

    fosse por ela, jamais teramos atingido os nveis de acmulo, transmisso e integrao de

    conhecimento que logramos obter. Nosso modo de vida provavelmente no diferiria muito daquele

    experimentado por nossos ancestrais do Neoltico.

    A concluso que, de alguma forma, conseguimos adaptar nosso crebro de primatas

    para lidar com a escrita. Para Stanislas Dehaene (matemtico e neurocientista francs), operou

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    aqui o fenmeno da reciclagem neuronal, pelo qual processos que surgiram para outras funes

    foram recrutados para a leitura. A coisa funcionou to bem que nos tornamos capazes de ler com

    proficincia e rapidez, obtendo a faanha de absorver a linguagem atravs da viso, algo para o

    que nosso corpo e mente no foram desenhados.

    Antes de continuar, preciso qualificar um pouco melhor esse "funcionou to bem". claro

    que funcionou, tanto que me comunico agora com voc, leitor, atravs desse cdigo especial.

    Mas, se voc puxar pela memria, vai se lembrar de que teve de aprender a ler, um processo que,

    na maioria esmagadora dos casos, exigiu instruo formal e vrios anos de treinamento at atingir

    a presente eficincia.

    Enquanto a aquisio da linguagem oral ocorre, esta sim, naturalmente e sem esforo

    (basta jogar uma criana pequena numa comunidade lingustica qualquer que ela "ganha" o

    idioma), a escrita/leitura precisa ser ensinada e praticada.

    As dificuldades no so poucas. Comeam nos olhos (s conseguimos ler o que captado

    pela fvea) e se estendem por todo o tecido neuronal. Um problema particularmente interessante

    o da invarincia. Como o crebro faz para concluir que A, a, a, a, a so a mesma letra, apesar

    dos diferentes desenhos? Pior, mesmo quAnDo fazemos uma sopa de fontes e mIsturAmos TuDo,

    continuamos DECIFRANDO A MENSAGEM com pouca perda de velocidade.

    (Adaptado de SCHWARTSMAN, Hlio. Conversando com os mortos. Folha de S. Paulo. 14 jun.

    2012.)

    01 - A partir da leitura do texto, considere as seguintes afirmativas:

    1. A escrita um recurso tecnolgico, um cdigo, e sua inveno redimensionou o conhecimento

    humano.

    2. Na escrita, observa-se o problema da invarincia quando um mesmo sinal grfico usado para

    representar letras diferentes.

    3. O aprendizado da leitura anlogo ao da oralidade: ambos dependem de instruo formal e

    treinamento.

    4. A escrita no possibilita apenas a ampliao da memria humana, mas tambm a interligao e

    o compartilhamento de informaes.

    Corresponde(m) ao ponto de vista de Schwartsman no texto a(s) afirmativa(s):

    a) 1 apenas.

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    b) 2 apenas.

    c) 2 e 3 apenas.

    d) 1 e 4 apenas.

    e) 1, 3 e 4 apenas.

    02 - Para a adequada interpretao do texto, necessrio identificar a que informaes

    apresentadas previamente correspondem algumas expresses de sentido vago empregadas pelo

    autor. Considere as seguintes correspondncias:

    1. "Isso" (linha 3) refere-se existncia de leitores experientes.

    2. "Aqui" (linha 11) refere-se adaptao do crebro para o uso da escrita.

    3. "A coisa" (linha 12) refere-se ao fenmeno da reciclagem neuronal.

    4. "Algo" (linha 13) refere-se ao deslocamento de processos de sua funo original para

    possibilitar a leitura.

    Assinale a alternativa correta.

    a) Somente a afirmativa 4 verdadeira.

    b) Somente as afirmativas 2 e 3 so verdadeiras.

    c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 so verdadeiras.

    d) Somente as afirmativas 1 e 4 so verdadeiras.

    e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 so verdadeiras.

    03 - Nas linhas 22 a 24, observa-se no texto uma formatao no convencional, usada pelo autor

    com o propsito de estabelecer, entre a forma e o contedo do texto, uma relao de:

    a) descompasso.

    b) alternncia.

    c) ambiguidade.

    d) disjuno.

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    e) equivalncia.

    Leia o texto a seguir para responder s questes seguintes.

    Sobre quem gosta de ler

    Quando voc v algum lendo um livro, presencia uma pessoa s voltas com uma grande

    exigncia. A palavra escrita o pe na parede: pede a ele uma interao e manda s favas a

    passividade. A leitura fricciona a percepo; a frico de duas pedras fiat lux!

    No, quem l no est imvel, puro dinamismo e motor. como uma barriga grvida,

    num aceleradssimo tempo de prenhez.

    A leitura enfia-se no presente, fabrica o que vir. Quem l um da Vinci, diagramando os

    recursos recebidos, aplicando cor. E fazendo.

    A importncia primeira do ato de ler essa negao da passividade, essa incondicional

    exigncia de ao. um ato de otimismo intrnseco.

    (Tom Z (msico). In: Almanaque Brasil. www.almanaquebrasil.com.br/curiosidades-

    literatura/7171. Acesso em 11 jul. 2012.)

    04 - A partir da leitura do texto Sobre quem gosta de ler, identifique as afirmativas a seguir como

    verdadeiras (V) ou falsas (F):

    ( ) Para Tom Z, a leitura um processo dialgico, em que o texto questiona o leitor e solicita dele

    reaes e respostas.

    ( ) Segundo o autor, a leitura um processo em que o leitor interroga o livro em busca de

    respostas a questes formuladas previamente.

    ( ) Tom Z considera a leitura um processo colaborativo, em que o leitor participa da criao do

    universo representado no texto escrito.

    ( ) Segundo Tom Z, a ao e o dinamismo de um leitor podem ser observados a partir de seus

    gestos e movimentos.

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    Assinale a alternativa que apresenta a sequncia correta, de cima para baixo.

    a) V F F V.

    b) F V V F.

    c) V F V F.

    d) F V F V.

    e) V V V V.

    05 - Os textos de Hlio Schwartsman e Tom Z tm um tema em comum: a leitura. Sobre a

    abordagem desse tema pelos dois autores, correto afirmar:

    a) Os aspectos neurofisiolgicos da leitura so abordados em ambos os textos, embora os

    autores adotem pontos de vista diversos.

    b) Os aspectos interativos da leitura so abordados em ambos os textos, sendo sinalizados pelo

    ttulo do texto de Schwartsman e tratados como tema central por Tom Z.

    c) Ambos os autores tm como interlocutores principais as pessoas que no gostam de ler e

    apresentam argumentos para convenc-las da importncia da leitura.

    d) Os dois autores focalizam as dificuldades relacionadas ao processo de aprendizagem da

    leitura, tema que tem a mesma relevncia em ambos os textos.

    e) A contribuio do leitor na construo do sentido do texto um tema recorrente nos dois textos,

    com maior nfase no texto de Schwartsman.

    06 - Compare os seguintes trechos extrados dos textos Conversando com os mortos e Sobre

    quem gosta de ler:

    No, no estou falando do computador nem da transmisso de dados pela internet [...].

    (Schwartsman)

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    No, quem l no est imvel, puro dinamismo e motor. (Tom Z)

    Em ambos os casos, os autores usam reiteradamente a negao para:

    a) questionar possveis inferncias que o leitor possa fazer a partir de afirmaes anteriores.

    b) retificar afirmaes feitas em trechos anteriores dos textos.

    c) dar nfase aos trechos, destacando sua relevncia na exposio do ponto de vista dos autores.

    d) inverter o sentido das frases, j que duas negaes equivalem a uma afirmao.

    e) responder questes formuladas pelos prprios autores ao longo dos textos.

    07 - Leia a tira abaixo.

    (Bill Watterson. Disponvel em http://ficcaoenaoficcao.wordpress.com/2012/03/25. Acesso em 26

    ago.2012.)

    Sobre a argumentao de Calvin, considere as seguintes afirmativas:

    1. Ao se dirigir professora, Calvin faz uma simulao do discurso jurdico, tanto no vocabulrio

    quanto na organizao dos argumentos.

    2. A argumentao de Calvin est fundada na premissa de que a ignorncia uma condio

    necessria para a felicidade.

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    3. Calvin questiona a eficincia da professora quando diz que sua aula uma tentativa deliberada

    de priv-lo da felicidade.

    4. Ao gritar Ditadura! no ltimo quadrinho, Calvin protesta contra o desrespeito Constituio,

    que lhe garante o direito inalienvel felicidade.

    Assinale a alternativa correta.

    a) Somente as afirmativas 1 e 3 so verdadeiras.

    b) Somente as afirmativas 1 e 2 so verdadeiras.

    c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 so verdadeiras.

    d) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 so verdadeiras.

    e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 so verdadeiras.

    Leia o texto a seguir para responder s questes seguintes.

    Dez anos de Flip

    Ao mesmo tempo, poucos eventos culturais despertam reaes to contraditrias quanto a

    Flip (Festa Literria Internacional de Paraty), desde que, h dez anos, ela fez de Paraty uma das

    capitais mundiais da literatura. Recorrendo polarizao proposta por Umberto Eco dcadas

    atrs, h os apocalpticos e os integrados. Para os primeiros, a Flip um show miditico

    patrocinado pelas grandes corporaes da vida editorial, uma prova de como o capitalismo

    compra e corrompe tudo e podemos encontrar sinais de "apocalipse" at no insuspeito escritor

    Jonathan Franzen (capa da Time como "o romancista da Amrica"). Em sua palestra lembrou que,

    ao chegar a Paraty, encontrou placas enormes com propaganda de um carto de crdito e,

    sussurrou, conspirador, "isso j diz muita coisa". Os americanos tambm adoram falar mal do

    dinheiro.

    Franzen um realista de carteirinha. Mas outro grande escritor, este de vocao

    nefelibata, o espanhol Enrique Vila-Matas, denuncia com uma certa volpia a "extino da

    literatura", entregue hoje ao horror das leis do mercado. Bem, no tomemos ao p da letra a

    afirmao, uma licena potica transcendente segundo o clssico gosto ibrico, a realidade

    uma consequncia do desejo, e no o contrrio. A ideia apocalptica pressupe uma utopia

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    potica, mas tambm poltica, redentora e pura, onde a arte, enfim, brilhar como um diamante

    intocado pelo mundo real.

    Enquanto isso no acontece, os integrados leem livros, pedem autgrafos, lotam as tendas

    da Flip, bebem cachaa, passeiam pela cidade histrica, conversam fiado, odeiam alguns autores

    e amam outros; h um clima de devoo e um culto das celebridades que faz parte do pacote (a

    diria num hotel de Paraty durante a Flip uma das mais caras do mundo).

    (Adaptado de TEZZA, Cristovo. Dez anos de Flip. Gazeta do Povo, 30 jul. 2012.)

    08 - Em sua apresentao do ponto de vista apocalptico sobre a literatura, Tezza afirma: A ideia

    apocalptica pressupe uma utopia potica, mas tambm poltica, redentora e pura, onde a arte,

    enfim, brilhar como um diamante intocado pelo mundo real. Segundo o autor, qual a crtica

    Flip feita pelos escritores que assumem a perspectiva apocalptica?

    a) A subordinao da produo literria e de sua divulgao na Flip aos interesses comerciais das

    grandes editoras.

    b) A exposio exagerada dos autores e de suas obras na mdia, o que resulta na banalizao da

    produo literria.

    c) O alto custo do evento para os participantes, dificultando o acesso do pblico realmente

    interessado.

    d) A superficialidade dos leitores, mais interessados em ver e ouvir os escritores do que em ler

    suas obras.

    e) A falta de patrocinadores para o evento, o que colocaria em risco a continuidade da Flip nos

    prximos anos.

    09 - Em que alternativa o texto foi sintetizado adequadamente?

    a) As contradies da Flip so explicitadas por alguns escritores, chamados de apocalpticos, que

    adoram falar mal do dinheiro. Um deles o insuspeito Jonathan Franzen, conhecido como "o

    romancista da Amrica". Mas as dirias de um hotel durante o evento so carssimas.

    b) A Flip desperta reaes contraditrias. Para resolver isso, a organizao deveria ter mais

    cuidado na escolha dos patrocinadores, pois o capitalismo compra e corrompe tudo. Quem aponta

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    isso o espanhol Enrique Vila-Matas, segundo o qual as leis de mercado esto destruindo a

    literatura.

    c) O pblico que frequenta a Flip no est interessado nas polmicas dos escritores convidados

    para o evento, sejam eles apocalpticos ou integrados, segundo a polarizao formulada por

    Umberto Eco. Quer aproveitar a festa: passear, conversar, conseguir autgrafos, tirar o maior

    proveito possvel do alto preo pago pela hospedagem.

    d) Segundo Umberto Eco, h os apocalpticos e os integrados. Na Flip, os dois grupos tm

    reaes contraditrias: os primeiros falam mal do dinheiro, os outros gastam sem reclamar. Mas

    para ambos o evento pode ser definido como um show para a promoo e divulgao

    internacional de autores e obras de interesse das grandes corporaes editoriais.

    e) Desde sua criao, a Flip provoca reaes contraditrias: de um lado h os que consideram o

    evento um espetculo em que predominam os interesses das grandes editoras; de outro os que

    curtem o evento sem maiores questionamentos. A partir da dicotomia proposta por Umberto Eco,

    os primeiros seriam os apocalpticos e os ltimos os integrados.

    GABARITO

    01 02 03 04 05 06 07 08 09

    d b e c b a d a e

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    Aulas 01 a 12

    2 encontro

    (aulas 5 a 8 Ortografia, acentuao e classes de palavras)

    Teoria

    Ortografia e semntica

    Ortografia o nome dado parte da gramtica que trata da escrita correta das palavras.

    Embora a melhor maneira de aprender ortografia seja o exerccio e a leitura constantes, algumas

    regras podem ser teis. O que segue considerado, dentre as muitas, as questes que mais

    trazem dvidas.

    Algumas regras prticas

    Usa-se em palavras derivadas de vocbulos terminados em TO:

    intento = inteno

    canto = cano

    exceto = exceo

    junto = juno

    Usa-se em palavras terminadas em TENO referentes a verbos derivados de TER:

    deter = deteno

    reter = reteno

    conter = conteno

    manter = manuteno

    Usa-se em palavras derivadas de vocbulos terminados em TOR:

    infrator = infrao

    trator = trao

    redator = redao

    setor = seo

    Usa-se em palavras derivadas de vocbulos terminados em TIVO:

    introspectivo = introspeco

    relativo = relao

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    Aulas 01 a 12

    ativo = ao

    intuitivo = intuio

    Usa-se em palavras derivadas de verbos dos quais se retira a desinncia R:

    reeducar = reeducao

    importar = importao

    repartir = repartio

    fundir = fundio

    Usa-se aps ditongo quando houver som de s:

    eleio

    traio

    Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em NDER ou NDIR:

    pretender = pretenso, pretensa, pretensioso

    defender = defesa, defensivo

    compreender = compreenso

    repreender = repreenso

    expandir = expanso

    fundir = fuso

    Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ERTER ou ERTIR:

    inverter = inverso

    converter = converso

    perverter = perverso

    divertir = diverso

    Usa-se s aps ditongo quando houver som de z:

    Creusa

    coisa

    maisena

    Usa-se s em palavras terminadas em ISA, substantivos femininos:

    Lusa

    Helosa

    Poetisa

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    Aulas 01 a 12

    Profetisa

    Obs: Juza escreve-se com z, por ser o feminino de juiz, que tambm se escreve com z.

    Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em CORRER ou PELIR:

    concorrer = concurso

    discorrer = discurso

    expelir = expulso, expulso

    compelir = compulsrio

    Usa-se s na conjugao dos verbos PR, QUERER, USAR:

    ele ps

    ele quis

    ele usou

    Usa-se s em palavras terminadas em ASE, ESE, ISE, OSE:

    frase

    tese

    crise

    osmose

    Excees: deslize e gaze.

    Usa-se s em palavras terminadas em OSO, OSA:

    horrorosa

    gostoso

    Exceo: gozo

    Usa-se o sufixo indicador de diminutivo INHO com s quando esta letra fizer parte do radical da

    palavra de origem; com z quando a palavra de origem no tiver o radical terminado em s:

    Teresa = Teresinha

    Casa = casinha

    Mulher = mulherzinha

    Po = pozinho

    Os verbos terminados em ISAR sero escritos com s quando esta letra fizer parte do radical da

    palavra de origem; os terminados em IZAR sero escritos com z quando a palavra de origem no

    tiver o radical terminado em s:

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    improviso = improvisar

    anlise = analisar

    pesquisa = pesquisar

    terror = aterrorizar

    til = utilizar

    economia = economizar

    As palavras terminadas em S e ESA sero escritas com s quando indicarem nacionalidade,

    ttulos ou nomes prprios; as terminadas em EZ e EZA sero escritas com z quando forem

    substantivos abstratos provindos de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade:

    Campons

    Ingls

    Embriaguez

    Limpeza

    Os verbos terminados em CEDER tero palavras derivadas escritas com CESS:

    exceder = excesso, excessivo

    conceder = concesso

    proceder = processo

    Os verbos terminados em PRIMIR tero palavras derivadas escritas com PRESS:

    imprimir = impresso

    deprimir = depresso

    comprimir = compressa

    Os verbos terminados em GREDIR tero palavras derivadas escritas com GRESS:

    progredir = progresso

    agredir = agressor, agresso, agressivo

    transgredir = transgresso, transgressor

    Os verbos terminados em METER tero palavras derivadas escritas com MISS ou MESS:

    comprometer = compromisso

    prometer = promessa

    intrometer = intromisso

    remeter = remessa

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    Escreve-se com j a conjugao dos verbos terminados em JAR:

    Viajar = espero que eles viajem

    Encorajar = para que eles se encorajem

    Enferrujar = que no se enferrujem as portas

    Escrevem-se com j as palavras derivadas de vocbulos terminados em JA:

    loja = lojista

    canja = canjica

    sarja = sarjeta

    Escrevem com j as palavras de origem tupi-guarani.

    Jil

    Jiboia

    Jirau

    Escrevem-se com g as palavras terminadas em GIO, GIO, GIO, GIO, GIO:

    pedgio

    sacrilgio

    prestgio

    relgio

    refgio

    Escrevem-se com g os substantivos terminados em GEM:

    a viagem

    a coragem

    a ferrugem

    Excees: pajem, lambujem

    Palavras iniciadas por ME sero escritas com x:

    Mexerica

    Mxico

    Mexilho

    Mexer

    Exceo: mecha de cabelos

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    As palavras iniciadas por EN sero escritas com x, a no ser que provenham de vocbulos

    iniciados por ch:

    Enxada

    Enxerto

    Enxurrada

    Encher provm de cheio

    Enchumaar provm de chumao

    Usa-s x aps ditongo:

    ameixa

    caixa

    peixe

    Excees: recauchutar, guache

    Questes de concursos sobre ortografia

    1) Entre as opes abaixo, somente uma completa corretamente as lacunas apresentadas a

    seguir. Assinale-a:

    Na cidade carente, os ..................................... resolveram ..................................... seus direitos,

    fazendo um ........................................... assustador.

    a) mendingos; reivindicar; rebulio

    b) mindigos; reinvidicar, rebulio

    c) mindigos; reivindicar, rebolio

    d) mendigos; reivindicar, rebulio

    e) mendigos; reivindicar, rebolio

    2) Assinale a opo em que todas as palavras se completam adequadamente com a letra

    entre parnteses:

    a) en.....aguar / pi.....e / mi.....to (x)

    b) exce.....o / Su.....a / ma.....arico ()

    c) mon.....e / su.....esto / re.....eitar (g)

    d) bss.....la / eng.....lir / ch.....visco (u)

    e) .....mpecilho / pr.....vilgio / s.....lvcola (i)

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    3) Foram insuficientes as ............................................... apresentadas,

    ................................................ de se esclarecerem os ......................................................

    a) escusas - a fim - mal-entendidos

    b) excusas - afim - mal-entendidos

    c) excusas - a fim - malentendidos

    d) excusas - afim - malentendidos

    e) escusas - afim - mal-entendidos

    4) Este meu amigo ................................................ vai ..............................................-se para ter

    direito ao ttulo de eleitor.

    a) extrangeiro - naturalizar

    b) estrangeiro naturalizar

    c) estrangeiro naturalisar

    d) estranjeiro naturalisar

    e) extranjeiro naturalizar

    5) Assinale a alternativa em que todas as palavras esto corretamente grafadas:

    a) quiseram, essncia, impeclio.

    b) pretencioso, aspectos, sossego.

    c) assessores, exceo, incansvel.

    d) excessivo, expontneo, obseo.

    e) obsecado, reinvidicao, repercusso

    GABARITO

    01 02 03 04 05

    d b a b c

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    Teoria

    Acentuao Grfica

    Em Lngua Portuguesa, todas as palavras possuem uma slaba tnica - a que recebe a

    maior inflexo de voz. Nem todas, porm, so marcadas pelo acento grfico. Para a utilizao de

    acentos grficos existem regras, que sero nomeadas a seguir.

    Uma observao pertinente: embora j de conhecimento da populao, as alteraes

    acerca da lngua, no que diz respeito acentuao grfica, ainda no esto em vigor. Portanto,

    permanecem ainda as regras de acentuao listadas abaixo. E para incio de conversa, alguns

    conceitos bsicos de fonologia.

    As slabas so subdivididas em tnicas, subtnicas e tonas. A slaba tnica a mais forte

    da palavra, e s existe uma slaba tnica em cada palavra.

    Guaran - A slaba tnica a ltima.

    Txi - A slaba tnica a penltima.

    Prpolis - A slaba tnica a antepenltima.

    A slaba tnica sempre se encontra em uma destas trs slabas: ltima, penltima e

    antepenltima. Todas as outras so denominadas tonas. importante frisar que recai acento

    grfico, se for o caso, apenas na slaba tnica. Logo, conclui-se que apenas uma das trs ltimas

    slabas da palavra poder receber acento grfico.

    Quando a palavra possuir uma slaba s, ser denominada monosslaba. Os monosslabos

    podem ser tonos e tnicos. Os tnicos so aqueles que tm fora para serem usados sozinhos

    em uma slaba; os tonos, no. Portanto sero monosslabos tnicos os substantivos, os

    adjetivos, os advrbios, os numerais e os verbos. Quando possurem duas slabas, sero

    disslabas; trs slabas, trisslabas e quatro ou mais slabas polisslaba.

    Regras de Acentuao

    Monosslabos Tnicos: Os monosslabos tnicos sero acentuados, quando terminarem em A, E,

    O, seguidos ou no de s.

    p, ps, m, ms, v, l, j.

    p, ps, ms, rs, Z, n?

    p, ps, d, cs, p!

    Oxtonas: So as que tm a maior inflexo de voz na ltima slaba. So acentuadas, quando

    terminarem em A, E, O, seguidos ou no de s, e em EM, ENS.

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    Corumb, maracujs, man, Maring.

    rap, massap, fil, sap.

    fil, rond, mocot, jil.

    amm, armazm, tambm, Belm.

    parabns, armazns, nenns.

    Paroxtonas: So as que tm a maior inflexo de voz na penltima slaba. So acentuadas,

    quando terminarem em UM, UNS, L, EM, PS, X, EI (s), O (s), U (s), ditongo crescente (s), N,

    O, I (s), R, (s).

    lbum, facttum, mdiuns.

    gil, flexvel, voltil.

    crem, dem, lem, vem.

    frceps, bceps, trceps.

    trax, xrox (tambm pode ser xerox), fnix.

    pnei, vlei, jquei.

    rgo, rfos, sto.

    nus, bnus.

    Mrio, secretria.

    hfen, plen, grmen.

    vo, co, ento.

    txi, jris.

    fmur, mbar, revlver.

    m, rfs.

    H um macete para no se confundir com as terminaes das paroxtonas:

    PSIUS NO RELAXE

    Proparoxtonas: So as que tm a maior inflexo de voz na antepenltima slaba. Todas as

    proparoxtonas so acentuadas, salvo a expresso per capita, por no pertencer Lngua

    Portuguesa.

    sndrome, nterim, lvedo, lmpada, sndalo.

    Os ditongos eu, ei, oi / u, i, i somente recebero acento, quando forem abertos, seguidos ou

    no de s.

    meu, chapu, deus, trofus.

    peixe, anis, rei, ris.

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    doido, estico, foice, destri.

    As letras i e u sero acentuadas, independente da posio na palavra, quando surgirem:

    Formando hiato tnico com a vogal anterior.

    Sem consoante na mesma slaba, exceto o s.

    Sem nasalizao (til, NH e resso nasal).

    sada, atade, mido.

    sairmos, balastre, juiz.

    rainha, ruim, juzes.

    Os grupos que, qui, gue, gui devem ser analisados com muito cuidado, pois podem surgir com

    trema, com acento agudo ou sem sinal grfico algum.

    Quando o u for pronunciado atonamente, ou seja, quando as trs letras participarem da mesma

    slaba, sendo o u pronunciado e fraco, deveremos colocar trema sobre ele.

    se-qn-cia, cin-qen-ta.

    tran-qi-lo, qin-q-nio.

    a-gen-tar, en-x-gem.

    ar-gi-o, lin-gi-a.

    Acentos Diferenciais

    As nicas palavras que recebem acento para serem diferenciadas de outras so as seguintes:

    s = carta de baralho, piloto de avio.

    O s a carta mais valiosa no pquer.

    s = contrao da preposio a com o artigo ou pronome a.

    Obedeo s regras.

    as = artigo, pronome oblquo tono ou pronome demonstrativo.

    As garotas aprovadas so as que esto na sala ao lado. Chame-as.

    pra = verbo parar na terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo.

    Ele no pra de conversar

    Ou na segunda pessoa do singular do Imperativo Afirmativo.

    Pra com isso!

    para = preposio.

    Estude, para seu prprio bem.

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    pla, plas = bola de borracha, jogo da pla; verbo pelar (tirar a pele) na segunda e na terceira

    pessoas do singular do Presente do Indicativo.

    Eu plo, tu plas, ele pla.

    pela, pelas = preposio antiga per mais artigo ou pronome.

    Ele fugiu pela porta da diretoria.

    plo = verbo pelar.

    Eu plo, tu plas, ele pla.

    plo, plos = cabelo, penugem.

    Arrancou-lhe os plos do brao.

    pelo, pelos = preposio per mais artigo ou pronome.

    Ele fugiu pelos fundos.

    pera = preposio antiga (o mesmo que para).

    pra = fruto da pereira.

    Comi uma pra no almoo.

    Observe que pra s tem acento no singular.

    Comi umas peras no almoo.

    pode = terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo do verbo poder.

    Hoje ele pode.

    pde = terceira pessoa do singular do Pretrito Perfeito do Indicativo do verbo poder.

    Ontem ele pde.

    plo, plos = as extremidades de um eixo; espcie de jogo.

    Foi campeo de plo aqutico.

    plo, plos = espcie de ave.

    Matei dois plos ontem.

    por = preposio.

    pr = verbo.

    Menino, v pr uma blusa, antes de sair por a.

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    Aulas 01 a 12

    Questes de concursos sobre acentuao

    01) Assinale a opo cuja palavra no deve ser acentuada:

    a) Todo ensino deveria ser gratuto.

    b) No vs que eu no tenho tempo?

    c) difcil lidar com pessoas sem carter.

    d) Saberias dizer o contedo da carta?

    e) Veranpolis uma cidade que no para de crescer.

    02) Assinale a alternativa que completa as frases:

    I Cada qual faz como melhor lhe .......................................... .

    II O que .................................. estes frascos?

    III Nestes momentos os tericos ......................................... os conceitos.

    IV Eles ................................ a casa do necessrio.

    a) convm, contm, revem, provem

    b) convm, contm, revem, provm

    c) convm, contm, revm, provm

    d) convm, contm, revem, provem

    e) convm, contm, revem, proveem

    03) A frase totalmente correta quanto a grafia e acentuao :

    a) Trabalhadores reinvindicavam al a contratao de mo-de-obra sem grande burocracia.

    b) Nessa conjuntura, difcil explicar porqu a mobilidade da mo-de-obra decresceu.

    c) Assessores especializados procuram pr no papel todas as variveis que envolvem o tema.

    d) Pesquizas realizadas recentemente mostram que o xito do "euro" questionvel.

    e) At em adjacncias de pequenos centros, chega a haver letgio para preenchimento de vagas.

    04) Em todas as alternativas as palavras foram acentuadas corretamente, exceto em:

    a) Eles tm muita coisa a dizer.

    b) Estude os dois primeiros tens do programa.

    c) Afinal, o que contm este embrulho?

    d) Foi agradvel ouvir aquele orador.

    e) Por favor, dem-lhe uma nova chance.

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    GABARITO

    01 02 03 04

    a c c b

    Teoria

    Classes de palavras

    So dez as classes de palavras em Lngua Portuguesa. Seu estudo considerado o

    bsico na aprendizagem do idioma. Estas classes so divididas em dois grupos: as variveis e

    invariveis. As variveis so aquelas que permitem flexo em gnero (masculino e feminino),

    nmero (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo). J as invariveis no permitem

    flexo, sempre se apresentam de uma mesma maneira. Apenas os advrbios podem admitir

    flexo de grau em alguns casos.

    As variveis

    Substantivo

    Substantivo tudo o que nomeia as "coisas" em geral.

    Substantivo tudo o que pode ser visto, pego ou sentido.

    Substantivo tudo o que pode ser precedido de artigo.

    Classificao e Formao

    Substantivo Comum

    Substantivo comum aquele que designa os seres de uma espcie de forma genrica.

    pedra, computador, cachorro, homem, caderno.

    Substantivo Prprio

    Substantivo prprio aquele que designa um ser especfico, determinado, individualizando-o.

    Daniela, Brasil, Paran, Jorge, Juvenal

    O substantivo prprio sempre deve ser escrito com letra maiscula.

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    Substantivo Concreto

    Substantivo concreto aquele que designa seres que existem por si s ou apresentam-se em

    nossa imaginao como se existissem por si.

    ar, som, Deus, computador, pedra.

    Substantivo Abstrato

    Substantivo abstrato aquele que designa prtica de aes verbais, existncia de qualidades ou

    sentimentos humanos.

    amor, saudade, amizade, ternura, rancor.

    Formao dos substantivos

    Os substantivos, quanto sua formao, podem ser:

    Substantivo Primitivo

    primitivo o substantivo que no se origina de outra palavra existente na lngua portuguesa.

    pedra, jornal, gato, homem.

    Substantivo Derivado

    derivado o substantivo que provm de outra palavra da lngua portuguesa.

    pedreiro, jornalista, gatarro, homenzarro.

    Substantivo Simples

    simples o substantivo formado por um nico radical.

    pedra, pedreiro, jornal, jornalista.

    Substantivo Composto

    composto o substantivo formado por dois ou mais radicais.

    vinagre, pedra-sabo, homem-r, passatempo.

    Substantivo Coletivo

    coletivo o substantivo no singular que indica diversos elementos de uma mesma espcie.

    lobos - alcatia, abelha - enxame, aluno classe, arroz batelada.

    Gneros uniforme e biforme

    Os substantivos, quanto ao gnero, so masculinos ou femininos. Quanto s formas, eles podem

    ser:

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    Aulas 01 a 12

    01) Substantivos Biformes: Substantivos biformes so os que apresentam duas formas, uma para

    o masculino, outra para o feminino, com apenas um radical.

    menino - menina.

    traidor - traidora.

    aluno aluna

    02) Substantivos Heternimos: Substantivos heternimos so os que apresentam duas formas,

    uma para o masculino, outra para o feminino, com dois radicais diferentes.

    homem - mulher.

    bode - cabra.

    boi - vaca.

    Substantivos Uniformes

    Substantivos uniformes so os que apresentam apenas uma forma, para ambos os gneros. Os

    substantivos uniformes recebem nomes especiais, que so os seguintes:

    Comum-de-dois gneros

    Os comuns-de-dois so os que tm uma s forma para ambos os gneros, com artigos distintos:

    Eis alguns exemplos:

    o / a estudante

    o / a imigrante

    o / a acrobata

    o / a agente

    o / a intrprete

    Sobrecomum

    Os sobrecomuns so os que tm uma s forma e um s artigo para ambos os gneros: Eis alguns

    exemplos:

    o cnjuge

    a criana

    o carrasco

    o indivduo

    o apstolo

    o monstro

    Epiceno

    Os epicenos so os que tm uma s forma e um s artigo para ambos os gneros de certos

    animais, acrescentando as palavras macho e fmea, para se distinguir o sexo do animal. Eis

    alguns exemplos:

    a girafa macho/ a girafa fmea

    a andorinha macho/ a andorinha fmea

    a guia macho/ a guia fmea

    a barata macho/ a barata fmea

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    Aulas 01 a 12

    a cobra macho/ a cobra fmea o jacar macho/ o jacar fmea

    Importante!

    Mudana de gnero com mudana de significado

    Alguns substantivos, quando mudam de gnero, mudam tambm de significado. Eis alguns deles:

    o caixa = o funcionrio

    a caixa = o objeto

    o capital = dinheiro

    a capital = sede de governo

    o coma = sono mrbido

    a coma = cabeleira, juba

    o grama = medida de massa

    a grama = a relva, o capim

    o guarda = o soldado

    a guarda = vigilncia, corporao

    o guia = aquele que serve de guia, cicerone

    a guia = documento, formulrio; meio-fio

    o moral = estado de esprito

    a moral = tica, concluso

    o banana = o molenga.

    a banana = a fruta

    Numeral

    a palavra que indica a quantidade de elementos ou sua ordem de sucesso.

    Dependendo do que o numeral indica, ele pode ser:

    Cardinal: o numeral que indica a quantidade de seres.

    um, dois, trs, quatorze, trinta e trs

    Ordinal: o numeral que indica a ordem de sucesso, a posio ocupada por um ser numa

    determinada srie.

    primeiro, segundo, terceiro, vigsimo quinto

    Multiplicativo: o numeral que indica a multiplicao de seres.

    dobro, triplo, qudruplo

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    Aulas 01 a 12

    Fracionrio: o numeral que indica diviso, frao.

    meio, tero, quarto, quinto

    Emprego dos Numerais

    01) Na designao de sculos, reis, papas, prncipes, imperadores, captulos, festas, feiras, etc.,

    utilizam-se algarismos romanos. A leitura ser por ordinal at X; a partir da (XI, XII ...), por

    cardinal. Se o numeral preceder o substantivo, sempre ser lido como ordinal.

    XXXVIII Feira Agropecuria. = Trigsima oitava Feira Agropecuria.

    II Bienal Cultural = Segunda Bienal Cultural.

    Papa Joo Paulo II = Papa Joo Paulo segundo.

    Papa Joo XXIII = Papa Joo vinte e trs.

    02) Os numerais ordinais acima de 1.999 tm duas leituras possveis:

    2.000 = O dois milsimo ou O segundo milsimo.

    89.428 = O oitenta e nove milsimo quadringentsimo vigsimo oitavo ou O octogsimo nono

    milsimo quadringentsimo vigsimo oitavo

    03) Zero, ambos e ambas tambm so numerais.

    Adjetivo

    Adjetivo a classe gramatical que modifica um substantivo, atribuindo-lhe qualidade,

    estado ou modo de ser. Um adjetivo normalmente exerce uma dentre trs funes sintticas na

    orao: Aposto explicativo, adjunto adnominal ou predicativo.

    Os adjetivos podem ser:

    Adjetivo explicativo

    o adjetivo que denota qualidade essencial do ser, qualidade inerente, ou seja, qualidade que

    no pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, todo homem mortal, todo fogo quente, todo

    leite branco, ento mortal, quente e branco so adjetivos explicativos, em relao a homem,

    fogo e leite.

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    Adjetivo restritivo

    o adjetivo que denota qualidade adicionada ao ser, ou seja, qualidade que pode ser retirada do

    substantivo. Por exemplo, nem todo homem inteligente, nem todo fogo alto, nem todo leite

    enriquecido, ento inteligente, alto e enriquecido so adjetivos restritivos, em relao a homem,

    fogo e leite.

    Locuo Adjetiva

    Em muitos casos, prefere-se usar, no lugar de um adjetivo, uma expresso formada por

    mais de uma palavra para caracterizar o substantivo. Essa expresso, que tem o mesmo valor e o

    mesmo sentido de um adjetivo, recebe o nome de locuo adjetiva. Observe alguns exemplos:

    de guia = aquilino

    de aluno = discente

    de anjo = angelical

    de ano = anual

    de boi = bovino

    de bronze = brnzeo ou neo

    de cabelo = capilar

    de cavalo = cavalar, eqino, eqdio ou

    hpico

    de chumbo = plmbeo

    de chuva = pluvial

    de diamante = diamantino ou adamantino

    de elefante = elefantino

    de enxofre = sulfrico

    de ferro = frreo

    de fgado = figadal ou heptico

    de fogo = gneo

    de homem = viril ou humano

    de ilha = insular

    de intestino = celaco ou entrico

    de inverno = hibernal ou invernal

    de lago = lacustre

    de macaco = simiesco, smio ou macacal

    de madeira = lgneo

    de marfim = ebrneo ou ebreo

    de mestre = magistral

    de orelha = auricular

    de ouro = ureo

    de ovelha = ovino

    de paixo = passional

    de pncreas = pancretico

    de pato = anserino

    de peixe = psceo ou ictaco

    de pombo = columbino

    de porco = suno ou porcino

    de rio = fluvial

    de serpente = viperino

    de sonho = onrico

    de terra = telrico, terrestre ou terreno

    de trigo = tritcio

    de urso = ursino

    de vaca = vacum

    de velho = senil

    de vento = elico

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    Flexes do Adjetivo

    Gnero e Nmero

    O adjetivo concorda com o substantivo a que se refere em gnero e nmero (masculino e

    feminino; singular e plural). Caso o adjetivo seja representado por um substantivo, ficar

    invarivel, ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um

    substantivo, ela manter sua forma primitiva e passar a ser denominado de substantivo

    adjetivado. Por exemplo, a palavra cinza originalmente um substantivo, porm, se estiver

    qualificando um elemento, funcionar como adjetivo. Ficar, ento, invarivel. Camisas cinza,

    ternos cinza.

    Carros pretos e motos vinho.

    Telhados marrons e paredes musgo.

    Espetculos grandiosos e comcios monstro.

    Adjetivo composto

    Com raras excees, o adjetivo composto tem seus elementos ligados por hfen. Apenas o

    ltimo elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma

    masculina, singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo

    adjetivado, todo o adjetivo composto ficar invarivel. Por exemplo, a palavra rosa originalmente

    um substantivo, porm, se estiver qualificando um elemento, funcionar como adjetivo. Caso se

    ligue a outra palavra por hfen, formar um adjetivo composto; como um substantivo adjetivado,

    o adjetivo composto inteiro ficar invarivel. Camisas rosa-claro. Ternos rosa-claro.

    Olhos verde-claros.

    Calas azul-escuras e camisas verde-mar.

    Telhados marrom-caf e paredes verde-claras.

    Importante:

    Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-...

    so sempre invariveis.

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    Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha tm os dois elementos flexionados.

    Graus do Adjetivo

    A flexo de grau do adjetivo ocorre em duas esferas a comparativa e a superlativa.

    Observe a tabela a seguir.

    DE

    SUPERIORIDADE

    Minha blusa mais bonita que a sua.

    COMPARATIVO DE IGUALDADE Minha blusa to bonita quanto a sua.

    DE INFERIORIDADE Minha blusa menos bonita que a sua.

    ANALTICO Minha blusa muito bonita.

    ABSOLUTO

    SINTTICO Minha blusa bonitssima.

    SUPERLATIVO

    DE SUPERIORIDADE Minha blusa a mais bonita.

    RELATIVO

    DE INFERIORIDADE Minha blusa a menos bonita.

    Superlativos absolutos sintticos eruditos

    Alguns adjetivos no grau superlativo absoluto sinttico apresentam a primitiva forma latina,

    da serem chamados de eruditos. Por exemplo, o adjetivo magro possui dois superlativos

    absolutos sintticos: o normal, magrssimo, e o erudito, macrrimo.

    Eis uma pequena lista de superlativos absolutos sintticos:

    benfico = beneficentssimo

    bom = bonssimo ou timo

    clebre = celebrrimo

    comum = comunssimo

    cruel = crudelssimo

    difcil = dificlimo

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    doce = dulcssimo

    fcil = faclimo

    fiel = fidelssimo

    frgil = fraglimo

    frio = frissimo ou frigidssimo

    humilde = humlimo

    jovem = juvenssimo

    livre = librrimo

    magnfico = magnificentssimo

    magro = macrrimo ou magrssimo

    manso = mansuetssimo

    mau = pssimo

    nobre = nobilssimo

    pequeno = mnimo

    pobre = pauprrimo ou pobrssimo

    preguioso = pigrrimo

    prspero = prosprrimo

    sbio = sapientssimos

    agrado = sacratssimo

    Pronomes

    Pronome a palavra varivel em gnero, nmero e pessoa que substitui ou acompanha o

    nome, indicando-o como pessoa do discurso. Quando o pronome substituir um substantivo, ser

    denominado pronome substantivo; quando acompanhar um substantivo, ser denominado

    pronome adjetivo.

    Aqueles garotos estudam bastante; eles sero aprovados no concurso com louvor.

    Aqueles um pronome adjetivo, pois acompanha o substantivo garotos e eles um

    pronome substantivo, pois substitui o mesmo substantivo.

    Os pronomes se dividem em seis grupos, apresentados a seguir.

    Pronomes Pessoais

    Os pronomes pessoais so aqueles que indicam uma das trs pessoas do discurso: a que

    fala, a com quem se fala e a de quem se fala. Podem ser retos ou oblquos.

    Pronomes pessoais do caso reto so os que desempenham a funo sinttica de sujeito

    da orao. So os pronomes eu, tu, ele, ela, ns, vs eles, elas.

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    Pronomes pessoais do caso oblquo so os que desempenham a funo sinttica de

    complemento verbal (objeto direto ou indireto), complemento nominal, agente da passiva, adjunto

    adverbial, adjunto adnominal ou sujeito acusativo (sujeito de orao reduzida).

    Os pronomes pessoais do caso oblquo se subdividem em dois tipos: os tonos, que no

    so antecedidos por preposio, e os tnicos, precedidos por preposio.

    Pronomes oblquos tonos

    Os pronomes oblquos tonos so os seguintes: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.

    Pronomes oblquos tnicos

    Os pronomes oblquos tnicos so os seguintes: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo,

    ns, conosco, vs, convosco, eles, elas.

    Usos dos Pronomes Pessoais

    Eu, tu / Mim, ti

    Eu e tu exercem a funo sinttica de sujeito. Mim e ti exercem a funo sinttica de

    complemento verbal ou nominal, agente da passiva ou adjunto adverbial e sempre so precedidos

    de preposio.

    Trouxeram aquela encomenda para mim.

    Era para eu conversar com o diretor, mas no houve condies.

    Se, si, consigo

    Se, si, consigo so pronomes reflexivos ou recprocos, portanto s podero ser usados na

    voz reflexiva ou na voz reflexiva recproca.

    Quem no se cuida, acaba ficando doente.

    Quem s pensa em si, acaba ficando sozinho.

    Juvenal trouxe consigo os quatro livros solicitados.

    Com ns, com vs / Conosco, convosco

    Usa-se com ns ou com vs, quando, frente, surgir qualquer palavra que indique quem

    "somos ns" ou quem "sois vs".

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    Aulas 01 a 12

    Ele conversou com ns todos a respeito de seus problemas.

    Ele disse que sairia com ns dois.

    Pronomes Oblquos tonos

    Os pronomes oblquos tonos so me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os as, lhes.

    Quando encontrar seu material, traga-o at mim.

    Respeite-me, garoto.

    Levar-te-ei a Braslia assim que puder.

    Pronomes de Tratamento

    So pronomes empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou respeitosamente.

    Embora o pronome de tratamento se dirija segunda pessoa, toda a concordncia deve ser feita

    com a terceira pessoa. Usa-se Vossa, quando conversamos com a pessoa, e Sua, quando

    falamos da pessoa.

    Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas responsabilidades e no com as de outras

    pessoas.

    Sua Excelncia, o Prefeito, que se encontra ausente.

    Pronomes Relativos

    Os pronomes relativos so utilizados na substituio de substantivos, evitando sua

    repetio. Na montagem do perodo, deve-se coloc-lo imediatamente aps o substantivo

    repetido, que passar a ser chamado de elemento antecedente. So cinco os pronomes relativos

    mais recorrentes, e cada um deles utilizado em uma circunstncia especial.

    QUE QUEM QUAL CUJO - ONDE

    O pronome que o mais comum. Utiliza-se na substituio da maioria dos termos.

    Encontrei o garoto que voc estava procurando.

    Ns assistimos ao filme que vocs perderam.

    O pronome quem utilizado apenas para referir-se pessoa e deve ser antecedido da

    preposio a.

    Conheci a garota a quem voc se referiu ontem.

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    Aulas 01 a 12

    O pronome qual utilizado para retomar coisas, objetos em geral e na eliminao da

    ambiguidade.

    Encontrei o livro o qual voc estava procurando.

    Esta a me do rapaz a qual faz Direito.

    O pronome cujo indica posse (algo de algum). Na montagem do perodo, deve-se coloc-lo entre

    o possuidor e o possudo (algum cujo algo).

    Antipatizei com o rapaz cuja namorada voc conhece.

    A rvore cujos frutos so venenosos foi derrubada.

    Jamais se usa artigo aps o relativo cujo.

    O pronome onde utilizado na indicao de lugar. Onde pressupe em que lugar e aonde

    pressupe a que lugar.

    Onde voc mora? (mora em algum lugar)

    Aonde voc vai? (vai a algum lugar)

    Pronomes Possessivos

    So aqueles que indicam posse, em relao s trs pessoas do discurso. So eles:

    meu(s), minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s).

    Empregos dos pronomes possessivos

    O emprego dos possessivos de terceira pessoa seu, sua, seus, suas pode dar duplo

    sentido frase (ambiguidade). Para evitar isso, coloca-se frente do substantivo dele, dela, deles,

    delas, ou troca-se o possessivo por esses elementos.

    Juvenal contou-me que Mary desaparecera com seus documentos.

    De quem eram os documentos? No h como saber. Ento a frase est ambgua. Para

    tirar a ambiguidade, coloca-se, aps o substantivo, o elemento referente ao dono dos

    documentos:

    Juvenal contou-me que Mary desaparecera com os documentos dela.

    Juvenal contou-me que Mary desaparecera com os documentos dele.

    facultativo o uso de artigo diante dos possessivos.

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    Aulas 01 a 12

    Trate bem seus amigos. ou Trate bem os seus amigos.

    Pronomes Demonstrativos

    Pronomes demonstrativos so aqueles que situam os seres no tempo e no espao, em

    relao s pessoas do discurso. So os seguintes:

    01) Este, esta, isto:

    So usados para o que est prximo da pessoa que fala e para o tempo presente.

    Este chapu que estou usando de couro.

    Este ano est sendo cheio de surpresas.

    02) Esse, essa, isso:

    So usados para o que est prximo da pessoa com quem se fala, para o tempo passado recente

    e para o futuro.

    Esse chapu que voc est usando de couro?

    2008. Esse ano ser envolto em mistrios.

    03) Aquele, aquela, aquilo:

    So usados para o que est distante da pessoa que fala e da pessoa com quem se fala e para o

    tempo passado remoto.

    Aquele chapu que ele est usando de couro?

    Em 1985, eu tinha 15 anos. Naquela poca, no havia adolescentes que desobedeciam tanto aos

    pais.

    MACETE

    ESTE ESSE AQUELE

    aqui a l

    Outros usos dos demonstrativos

    01) Em uma citao oral ou escrita, usa-se este, esta, isto para o que ainda vai ser dito ou escrito,

    e esse, essa, isso para o que j foi dito ou escrito.

    Esta a verdade: existe a violncia, porque a sociedade a permitiu.

    Existe a violncia, porque a sociedade a permitiu. A verdade essa.

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    Aulas 01 a 12

    02) Usa-se este, esta, isto em referncia a um termo imediatamente anterior.

    O fumo prejudicial sade, e esta deve ser preservada.

    Quando interpelei Juvenal, este se assustou inexplicavelmente.

    03) Para estabelecer-se a distino entre dois elementos anteriormente c