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PORTUGUÊS P/ BACEN - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 1 Olá! Meu nome é Décio Terror Filho. Sou professor concursado na área federal e atuo no ensino da Língua Portuguesa para concurso público há doze anos, estudando as principais estratégias de abordagem de prova das diversas bancas. Vamos trabalhar neste módulo todo o conteúdo previsto no edital de 2009 do BACEN, de forma simples e com bastante exercício. Todas as questões serão comentadas. Veja o programa do edital 2009: 1. Compreensão e interpretação de textos. 2. Tipologia textual. 3. Ortografia oficial. 4. Acentuação gráfica. 5. Emprego das classes de palavras. 6. Emprego do sinal indicativo de crase. 7. Sintaxe da oração e do período. 8. Pontuação. 9. Concordância nominal e verbal. 10. Regência nominal e verbal. 11. Significação das palavras. 12. Redação e correspondências oficiais: Manual de Redação da Presidência da República. A distribuição dos assuntos nas aulas foi feita de maneira a abordar mais facilmente o entendimento da matéria e a resolução das questões, por isso não seguiremos fielmente a ordenação programada no edital, mas todo o conteúdo será visto e exercitado. Veja como os assuntos serão abordados: Conteúdo Programático: Aula 01: Sintaxe: frase, oração e período; coordenação e subordinação adverbial. Pontuação. Aula 02: Sintaxe: termos da oração; subordinação substantiva e adjetiva. Pontuação. Aula 03: Concordância nominal e verbal. Aula 04: Regência nominal e verbal. Emprego do sinal indicativo de crase. Aula 05: Significação das palavras. Ortografia oficial. Acentuação gráfica. Aula 06: Emprego das classes de palavras. Aula 07: Compreensão e interpretação de textos. Tipologia textual. Aula 08: Redação e correspondências oficiais: Manual de Redação da Presidência da República. Português para Banco Central (teoria e questões comentadas)

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PORTUGUÊS P/ BACEN - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR

Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 1

Aula 1

Olá!

Meu nome é Décio Terror Filho. Sou professor concursado na área federal e atuo no ensino da Língua Portuguesa para concurso público há doze anos, estudando as principais estratégias de abordagem de prova das diversas bancas.

Vamos trabalhar neste módulo todo o conteúdo previsto no edital de 2009 do BACEN, de forma simples e com bastante exercício. Todas as questões serão comentadas.

Veja o programa do edital 2009:

1. Compreensão e interpretação de textos. 2. Tipologia textual. 3. Ortografia oficial. 4. Acentuação gráfica. 5. Emprego das classes de palavras. 6. Emprego do sinal indicativo de crase. 7. Sintaxe da oração e do período. 8. Pontuação. 9. Concordância nominal e verbal. 10. Regência nominal e verbal. 11. Significação das palavras. 12. Redação e correspondências oficiais: Manual de Redação da Presidência da República.

A distribuição dos assuntos nas aulas foi feita de maneira a abordar mais facilmente o entendimento da matéria e a resolução das questões, por isso não seguiremos fielmente a ordenação programada no edital, mas todo o conteúdo será visto e exercitado. Veja como os assuntos serão abordados:

Conteúdo Programático:

Aula 01: Sintaxe: frase, oração e período; coordenação e subordinação adverbial. Pontuação.

Aula 02: Sintaxe: termos da oração; subordinação substantiva e adjetiva. Pontuação.

Aula 03: Concordância nominal e verbal.

Aula 04: Regência nominal e verbal. Emprego do sinal indicativo de crase.

Aula 05: Significação das palavras. Ortografia oficial. Acentuação gráfica.

Aula 06: Emprego das classes de palavras.

Aula 07: Compreensão e interpretação de textos. Tipologia textual.

Aula 08: Redação e correspondências oficiais: Manual de Redação da Presidência da República.

Português para Banco Central (teoria e questões comentadas)

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Críticas ao material e à abordagem do professor são sempre bem-vindas e não há qualquer melindre em recebê-las, mesmo porque o FOCO é seu aproveitamento e VOCÊ TEM TODO O DIREITO DE SUGERIR, QUESTIONAR, SOLICITAR MAIS EXPLICAÇÕES, MAIS QUESTÕES etc.

Como o concurso do Bacen ainda não tem banca definida e os concursos passados tiveram várias organizadoras, vamos procurar inserir neste curso questões de várias bancas com tipo de cobrança similar aos dos concursos passados, trabalhando o máximo possível de questões para seu treinamento.

Agora chega de papo e vamos ao estudo!!!!!

Nosso primeiro assunto nesta aula é:

Período composto por coordenação

Para entendermos as estruturas coordenadas, temos que saber a diferença entre frase, período e oração.

Todo enunciado que possua sentido completo é chamado de frase. Podemos dizer que o sentido completo ocorrerá explicitamente na linguagem quando houver as seguintes pontuações finais (. ! ? : ...). Com isso, a próxima palavra deverá estar em letra inicial maiúscula.

Não deixe de se manter motivado. Estudo é aplicação.

O ponto final é utilizado para marcar o término de uma declaração. A frase terminada com esta pontuação é chamada de frase declarativa:

As aulas terminaram mais cedo. O ponto de exclamação transmite, de certa forma, uma emoção, um

sentimento. A frase terminada com esta pontuação é chamada de frase exclamativa:

Socorro! Ajude-me!

O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta:

Por que você não veio ontem?

Algumas vezes utilizamos ponto de interrogação para chamar a atenção do leitor:

O rombo da corrupção? O povo paga.

Veja que o autor poderia simplesmente declarar a informação de forma bem objetiva: O povo paga o rombo da corrupção.

Mas ele preferiu usar o recurso da retórica, é a forma de enfatizar aquilo que poderia ser apenas uma declaração, como fizemos no exemplo acima.

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Questão 1: Auditor Fiscal de Tributos – Londrina-PR – 2007 (banca UEL COPS)

Nesse texto, o componente verbal é apresentado dentro dos balões que representam o diálogo travado pelos personagens da história em quadrinhos, sendo constituído de

a) duas sentenças exclamativas e duas interrogativas. b) três sentenças exclamativas e uma negativa. c) três sentenças interrogativas e uma afirmativa. d) duas sentenças exclamativas e duas negativas. e) duas sentenças interrogativas, uma negativa e uma afirmativa. Comentário: Vale perceber que a expressão “componente verbal” faz a diferença entre os quadrinhos que possuem palavras e os que apresentam apenas imagem. Assim, as frases “Vai sair?”, “Quando?” e “Sua maldita curiosidade não tem limite?” são interrogativas diretas. Basta identificar o ponto de interrogação no final de cada frase. A frase “Vou.” é apenas afirmativa, pois termina com ponto final. Assim, a alternativa correta é a (C). Gabarito: C

Os dois-pontos são utilizados em diversas situações e são vastamente cobrados nas provas, mas cabem aqui apenas os dois-pontos finalizando frase. Os outros empregos dessa pontuação serão vistos adiante e em outras aulas. Isso ocorre quando posteriormente a ele se inicia uma citação, a fala de alguém, o recorte de um outro texto. Para isso, deve-se perceber que a citação se iniciará com letra inicial maiúscula. Veja:

O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”

Perceba que a frase realmente foi finalizada pelo sinal de dois-pontos. Isso é ratificado porque a próxima palavra (“Há”) está com letra inicial maiúscula.

Como há esta citação, podemos trabalhar o discurso direto, que transmite exatamente a fala de alguém. O autor do texto (narrador) não utiliza palavras dele mesmo, ele usa as do “personagem”.

Assim, o termo entre aspas ‘Há dois anos os juros estavam mais baixos’seria a voz do personagem; e “O ministro declarou” seria a voz do narrador.

Porém, o autor do texto pode querer relatar com suas palavras o “falar” do personagem. Neste caso, basta que ele insira a conjunção “que” e adapte quando necessário.

Veja:

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Discurso direto:

O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”

Discurso indireto:

O ministro declarou que há dois anos os juros estavam mais baixos.

Questão 2: Auditor Fiscal Tributário – São J.R.Preto – 2008 (banca VUNESP) Fragmento do texto: E talvez esse seja o nó da questão da educação contemporânea que os pais podem desatar ou, ao menos, afrouxar: ao educar os filhos, precisam ter clareza de alguns princípios dos quais não abrem mão e, a partir desse norte, tomar as decisões sem se importar tanto com as decisões dos outros pais. Afinal, já que temos a oportunidade hoje de ter a riqueza da diversidade em educação, há que se aprender a conviver com ela, não?

“O que quero ensinar aos meus filhos, priorizar na educação deles?” Essa é a questão que os pais devem se fazer quando enfrentam situações que demandam decisões. Afinal: de festas, namoros, aprendizados diversos etc. eles terão muitas chances para desfrutar, mas da educação familiar, só enquanto estiverem sob a tutela dos pais. E esse tempo é curto, acreditem. No último parágrafo, as aspas empregadas indicam

(A) a fala hipotética de pais preocupados com a educação de seus filhos. (B) a transcrição de uma frase alheia de um especialista em educação familiar. (C) a divagação do autor, despreocupado com a questão da educação. (D) o realce a uma informação tratada com ironia pelo autor. (E) a citação de um dito popular que comprova o ponto de vista do autor. Comentário: Nesta questão, além de entendermos o valor do sinal de aspas, devemos interpretar o texto. A frase após as aspas as explica. Veja: Essa é a questão que os pais devem se fazer quando enfrentam situações que demandam decisões.

Se esta é a questão que os pais devem se fazer, então a pergunta entre aspas é hipotética! Por isso, a alternativa (A) é a correta.

A alternativa (B) está errada, pois não é simplesmente uma frase alheia de um especialista.

A alternativa (C) está errada, pois nitidamente há preocupação do autor com a educação.

A alternativa (D) está errada, pois não há indícios de ironia por parte do autor.

A alternativa (E) está errada, pois esta frase entre aspas não é um dito popular. Gabarito: A

Agora vamos ao uso das reticências. Elas podem ser usadas em diversas situações, mas cabem aqui apenas em final de frase.

Elas são utilizadas em final de frase normalmente para indicar que a declaração que vinha sendo feita ainda continua. Isso ocorre quando recortamos um trecho de algum texto. Mas muitas vezes o autor usa esta continuidade do pensamento para que o leitor reflita mais sobre o assunto.

Um jovem sem esperança, perturbado, sem sonho, com cinco revólveres e muita munição, entra num colégio em Realengo (RJ) e...

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Neste exemplo, as reticências nos remetem a pensar na catástrofe ocorrida em abril de 2011, em Realengo-RJ. O autor não precisa dizer mais nada, nós já entendemos que ele (o autor) quer nossa atenção ao problema.

Além das reticências, esse sentido de continuidade do enunciado também pode ser expresso por “etc”, uma abreviatura da forma latina “et coetera”, a qual significa “e as demais coisas”, muito usada para que o leitor entenda que a enumeração é longa e os elementos já elencados transmitem a informação necessária para a compreensão do texto. Veja isso na questão seguinte.

Questão 3: IBASCAF – 2011 – Advogado (banca Fund. Dom Cintra) Fragmento do texto: Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não esquecer. O primeiro pré-homem que pensou “preciso me lembrar disto” deve ter olhado em volta procurando alguma coisa que ele ainda não sabia o que era. Era um pedaço de papel e uma Bic. Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc. Mas a angústia primordial foi a de perder o pensamento fugidio ou a cena insólita. Pense em quantas ideias não desapareceram para sempre por falta de algo que as retivesse na memória e no mundo. A história da civilização teria sido outra se, antes de inventar a roda, o homem tivesse inventado o bloco de notas. “Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc.”. O emprego da abreviatura etc no final desse período indica que:

A) o cronista não se lembra de todos os detalhes da evolução da escrita. B) o autor não considera importante citar as outras etapas da evolução da

escrita. C) o texto procura encaminhar o leitor para outros conhecimentos por meio de

alusões. D) a crônica tem finalidade humorística e a abreviatura causa uma quebra de

expectativa que favorece o riso. E) a abreviatura mostra que o texto tem rigor científico, procurando fornecer

todos os detalhes informativos ao leitor. Comentário: Se o autor fosse elencar todas as etapas da evolução da escrita, fatalmente a enumeração seria tão extensa que o texto perderia o foco, o seu motivo. Assim, foi utilizado o recurso da abreviatura “etc”, para mostrar ao leitor que as etapas foram várias, mas não interessava listar todas ao leitor. Dessa forma, a alternativa correta é a (B).

A alternativa (A) está errada, pois já vimos que não houve a intenção de citar todas. Isso não ocorreu por esquecimento.

A alternativa (C) está errada, pois “alusões” é um elemento estilístico em que o autor insere uma expressão ou nome que faz referência (alusão) a um feito, uma virtude, uma moral. Exemplo:

Ela acha que sabe de mais. Não se lembra da lição de Sócrates.

Aqui foi feita alusão à célebre frase de Sócrates “Só sei que nada sei.”, como uma crítica à presunção de inteligência de alguém.

Assim, percebemos que isso nada tem a ver com a abreviatura “etc”

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deste texto. A alternativa (D) está errada, pois a quebra de expectativa é sinalizada,

na linguagem, com a adversidade, oposição, contraste, por meio de conjunções como “mas”, “porém”, “contudo”.

A alternativa (E) está errada, pois, se fosse para fornecer todos os detalhes, a abreviatura “etc” não poderia ter sido usada, pois todos os elementos da enumeração deveriam ter sido elencados. Gabarito: B

Após termos visto a frase, vamos trabalhar o período.

Período é todo enunciado com sentido completo e que possua verbo.

Assim, há uma grande diferença entre frase e período. Apesar de os dois terem sentido completo, a frase pode ou não ter verbo, mas o período obrigatoriamente terá.

Então, todo período é uma frase, mas nem toda frase será um período. Veja:

“Socorro!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo. “Ajude-me!” é frase e também é período, pois possui verbo. “Olá!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo. “Você está bem?” é frase e também é período, pois possui verbo.

Assim, período é o mesmo que frase verbal, pois possui verbo.

Quando não há verbo com enunciado de sentido completo, chamamos de frase nominal.

Como o período deverá ter sentido completo, a pontuação final dele deve

ser a mesma da frase: . ! ? : ... Questão 4: Sec Edu – 2011 – Inspetor (banca CEPERJ) Classifica-se como frase nominal:

A) “E por quê, amorzinho?” B) “– Manhê, eu não quero comer este queijo.” C) “Detesto!” D) “– Não me diga!” E) “Tá todo cheio de buracos!” Comentário: A frase nominal é o enunciado de sentido completo sem verbo. A frase verbal é o enunciado de sentido completo com verbo. Assim, a alternativa (A) é a correta, pois é o único enunciado sem verbo. Gabarito: A

Agora veremos a oração.

A oração deve possuir verbo. Nem sempre terá sentido completo.

Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.

Neste enunciado, veja que há frase, porque tem sentido completo. Há período, porque, além de ter sentido completo, tem verbo. Há orações, porque cada oração terá um verbo diferente.

Assim, vejamos:

1. “Socorro!” (apenas frase)

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2. “Ajude-me!” (frase, período e oração)

3. “Olá!” (apenas frase)

4. “Você está bem?” (frase, período e oração)

5. “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.” (frase, período e orações)

Quando há um período com apenas uma oração, chamamos este enunciado de período simples, como ocorre com os períodos “Ajude-me!”, “Você está bem?”. Dizemos que período simples é também uma oração absoluta.

Quando há período com dois ou mais verbos, temos um período composto, como ocorre com “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.”.

Portanto, vamos observar que uma oração absoluta é o mesmo que período simples e é o mesmo que uma frase, portanto terá a mesma

pontuação final de uma frase: . ! ? : ...

Logicamente, não há apenas a oração absoluta, a diversidade de valores de cada oração dentro de um período composto é o nosso foco nesta aula. Por isso dizemos que, além da pontuação final vista acima, a oração pode ser

sucedida por: , ; ─ e às vezes não receberá nenhuma pontuação.

Cada período terá um valor, o qual será simples, composto por coordenação ou por subordinação. Isso vai depender da oração que nele se inserir. Na sintaxe, toda oração terá um nome conforme sua função. Quando um período é simples, já dissemos que ela será chamada de absoluta.

Mas, quando ela está num período composto, seu nome muda porque sua relação semântica também muda e aí veremos o papel muito importante da conjunção e da pontuação.

Vamos a uma diferença básica entre coordenação e subordinação:

Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar

calmo durante a prova, passará no concurso.

Note que temos apenas uma frase, porque só há um ponto final. Com isso, percebemos que temos também um período. Como há vários verbos, há várias orações em um período composto.

O resultado principal do enunciado é “passará no concurso”. Para que alguém consiga esse resultado, deverá passar por algumas condições: “se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades, ficar calmo durante a prova”. Essas três condições estão paralelas, unidas, por isso as chamamos de estruturas coordenadas. Elas estão justapostas justamente porque todas possuem o mesmo valor: condição.

Podemos chamar esta justaposição (coordenação) de ENUMERAÇÃO.

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Assim, perceba que as orações 1, 2 e 3 estão coordenadas entre si.

Mas perceba também que a junção destas três condições (estruturadas em coordenação) foi necessária para se ter um resultado: “passará no concurso”.

Veja que estas três estruturas sozinhas, sem a última oração, não teriam sentido; por isso, além de estarem coordenadas entre si, elas dependem do resultado, passando a uma relação de subordinação. Elas precisam de outra para ter sentido. Imagine a estrutura acima sem a oração 4, ela teria sentido?

Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar

calmo durante a prova ...passará no concurso do TSE.

Lógico que não, então percebemos que a oração 4 é necessária para que as outras (subordinadas) tenham sentido.

Resumindo, entendemos que as orações 1, 2, 3 estão coordenadas entre si (justapostas, paralelas, enumeradas) e que estas mesmas orações estão subordinadas em relação à oração 4 (principal).

A oração subordinada se refere a uma oração principal, e a oração coordenada se liga a outra também coordenada (ou também chamada de oração inicial).

Questão 5: Correios – 2006 – Contador (banca AOCP) Em “Tudo no mundo é loucura, exceto a alegria.”, é correto dizer que se trata de:

a) Período simples. b) Período composto por coordenação. c) Período composto por subordinação. d) Período composto por coordenação e subordinação. Comentário: Note que há apenas um verbo e o enunciado possui sentido completo. Assim, temos um período simples. Ele também é considerado oração absoluta e frase. Gabarito: A

A enumeração (coordenação) também pode ocorrer com substantivos. Veja:

“Fui ao mercado e comprei os seguintes itens: carnes, frutas e legumes.”

Podemos dizer que esta estrutura possui termos coordenados, pois os substantivos “carnes”, “frutas” e “legumes” estão paralelos entre si. A enumeração de substantivos ocorre em qualquer termo composto da oração (mais de um núcleo).

Então podemos entender que termos paralelos (enumerados, coordenados) podem ser substantivos (quando queremos nominar os seres), adjetivos (quando queremos caracterizá-los) e verbos (quando queremos demonstrar uma sequência de ações).

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Veja:

Enumeração de substantivos: Estudo, trabalho e disciplina acompanham o homem moderno.

Enumeração de adjetivos: Achei a pintura clara, intrigante, linda!

Sequência de ações:

Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e voltou para casa.

Você observou o uso das vírgulas nessas estruturas? Poderíamos retirar a vírgula após os vocábulos “Estudo”, “clara” e “trabalho” (das frases 1, 2 e 3, respectivamente)? Lógico que não. Mas isso não é novidade, não é?

Todos já sabemos que, quando ocorre uma enumeração, naturalmente os termos coordenados ficarão separados por vírgula. É natural, também, que o último dos termos possa ficar separado pela conjunção “e”, para que o leitor faça a entonação final. Mas isso não é obrigatório, desde que haja uma vírgula em seu lugar. Veja que, na enumeração dos adjetivos, o autor preferiu não inserir a conjunção “e”.

Questão 6: TCE-ES – 2004 – Controlador Rec Pub (banca CESPE) Fragmento do texto: Em suma, nossa imagem de nós mesmos, como país, dependeu sempre da forma como vimos a América Latina e nossa relação com nosso continente de origem e de inserção histórica comum.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) As ocorrências da conjunção “e” nas linhas 2 e 3 estabelecem a ligação entre os três complementos de “vimos” (l.2); por isso, a primeira delas admite ser substituída por vírgula sem prejuízo da estruturação sintática do período. Comentário: No trecho “Em suma, nossa imagem de nós mesmos, como país, dependeu sempre da forma como vimos a América Latina e nossa relação com nosso continente de origem e de inserção histórica comum.”, as duas ocorrências da conjunção “e” não estão inseridas numa enumeração de três elementos como complementos do verbo “vimos”.

Note que essas conjunções unem dois termos. A primeira conjunção “e” une os dois complementos do verbo “vimos” (a América Latina e nossa relação); já a segunda conjunção “e” une dois termos característicos do substantivo “continente” (“de origem” e “de inserção histórica comum”).

A retirada da primeira conjunção implicaria prejuízo à estrutura sintática do período, porque confundiria o leitor sobre a ligação desses termos aos seus referentes.

Por isso, a afirmativa está errada. Gabarito: E

Continuaremos a falar da pontuação, agora com foco no valor semântico de cada estrutura coordenada. Para isso, vamos ver que as conjunções COORDENATIVAS podem ter cinco valores semânticos, de acordo com o esquema a seguir:

1

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Esquema do período composto por coordenação

______________________ e ____________________. (aditiva)

______________________, mas _________________. (adversativa)

______________________ ou ___________________. (alternativa)

______________________, portanto ______________. (conclusiva)

______________________, pois _________________. (explicativa)

oração inicial (ou assindética) oração coordenada sindética

Este esquema vai nos guiar sempre que falarmos de orações coordenadas. Os elementos coordenados estão unidos pelas conjunções “e”, “mas”, “ou”, “portanto”, “pois”.

A palavra conjunção tem alguns sinônimos como conectivos e síndetos. Assim, quando uma oração coordenada é iniciada por conjunção, ela é chamada de coordenada sindética e a vírgula vai depender de seu valor semântico, conforme apontado nesse esquema.

Porém, podemos encontrar orações coordenadas sem conjunção, neste caso as chamamos de orações coordenadas assindéticas. É importante reconhecê-las porque a vírgula será obrigatória, independente do sentido. Exemplo:

Mauro saiu e voltou tarde. (oração sindética)

Mauro saiu, voltou tarde. (oração assindética)

Normalmente não é cobrado o nome destas orações, mas a pontuação e a possibilidade de troca de conjunções de mesmo sentido.

Vejamos os principais valores:

1) Aditivas:

______________________ e ____________________. (aditiva)

oração inicial(ou assindética) oração coordenada sindética

As conjunções aditivas servem para somar termos, encadear enumeração dentro de uma lógica. As principais são:

e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também, senão também, tanto...como, tanto...quanto.

Ex.: Ele caminha e corre todos os dias.

Período composto por coordenação

Período composto por coordenação

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Via de regra, não usamos vírgula antes da conjunção “e”. Perceba isso no nosso esquema do período composto por coordenação. Mas, se o “e” for substituído por qualquer outra conjunção aditiva, como mostrada acima, naturalmente poderá receber a vírgula. Perceba isso nos exemplos.

Ele não caminha nem corre. Josefina não trabalha, tampouco estuda. Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha os amigos.

A vírgula antes da conjunção “e” é usada em três situações:

a) quando o sujeito for diferente:

Ana estudou, e Jucélia trabalhou.

Note que o sujeito para cada verbo é diferente, por isso a vírgula é facultativa.

b) quando o sentido for de contraste, oposição:

Estudei muito, e não entendi nada.

Não é normal uma pessoa estudar muito e não entender nada. Neste caso houve uma contradição, um contraste. A conjunção “e”, neste caso, pode ser substituída por “mas”. Esta vírgula é considerada obrigatória, mas podemos observar bons escritores dispensando esta vírgula.

c) quando fizer parte de uma repetição da conjunção. Esta repetição pode ter valor significativo no texto, o qual chamamos de enumeração subjetiva. Veja:

Enumeração subjetiva:

_________, e_________, e_________, e_________, e__________, e _________.

A candidata acordou cedo, e preparou uma refeição leve, e alimentou-se calmamente, e chegou tranquila, e realizou a prova, e saiu confiante.

A repetição da conjunção “e” é empregada como um reforço das ações. Chamamos de subjetiva ou enfática, porque transmite uma carga de emoção para se aumentar a força nos argumentos.

Agora, vejamos a enumeração objetiva:

Enumeração objetiva:

_________ , _________ , _________ , _________ , __________ e _________.

A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou tranquila, realizou a prova e saiu confiante.

Dizemos que esta é uma enumeração objetiva, pois o autor simplesmente se atém a relatar aquilo que realmente ocorreu, sem transparecer envolvimento emocional, como ocorre numa enumeração subjetiva.

Cada oração faz parte de um termo da enumeração, por isso as vírgulas são obrigatórias. Perceba a conjunção “e”, que sinaliza o último termo da enumeração. Ela pode ser retirada, sem prejuízo gramatical. Veja:

_________ , _________ , _________ , _________ , __________ , _________.

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A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou tranquila, realizou a prova, saiu confiante.

A única diferença é na clareza. Com a conjunção, o leitor saberá fazer a entonação final da enumeração, algo que não seria tão claro sem a vírgula. Mas as duas construções estão corretas.

Agora, vamos ver uma construção com a inserção de conjunção ou vírgula dentro dos termos enumerados. Com isso é natural separarmos esses elementos por ponto e vírgula. Veja: Uso do ponto e vírgula:

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________.

Carlos e Júlia acordaram cedo; prepararam o material e uma refeição leve; alimentaram-se bem; chegaram tranquila e calmamente à sala; realizaram a prova; e saíram confiantes.

Veja que os elementos enumerados (1 a 6) agora estão separados por ponto e vírgula, porque há divisões internas nos termos 1, 2 e 4. O uso do ponto e vírgula não é obrigatório, porém transmite maior clareza na enumeração, assim também o ponto e vírgula antes da conjunção “e” que une os elementos 5 e 6. Essa pontuação também não é obrigatória; apenas é utilizada para que o leitor não confunda o último termo enumerado (6) e o penúltimo (5) como apenas um.

Assim, veja os esquemas possíveis na enumeração com divisão interna:

____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________ e _________.

____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________, e _________.

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________ e _________.

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________.

Vale lembrar que o ponto e vírgula também pode ser usado no lugar da vírgula quando há enunciados de grande extensão, mesmo sem divisões internas, como visto anteriormente. Isso torna o texto mais claro ao leitor. Exemplo:

1 2 3 4 5

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

6

1 2 3 4 5

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

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A rotina dos trabalhos das grandes empresas foca a dinâmica do processamento com particularidades ainda não plenamente entendidas por funcionários antigos; essa lógica tem trazido prejuízos àqueles que não se adaptam ao novo.

Questão 7: Banco Central do Brasil 2001 - Analista (banca ESAF) Fragmento do texto: O Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional - Proer está dando lucro para os cofres públicos, não prejuízo, como se ouve apregoar desde que os bancos falidos foram submetidos a essa reestruturação.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Pelo sentido textual, a vírgula entre “públicos” e “não”(ℓ.3) admite a substituição pela conjunção embora. Comentário: Entre as palavras “públicos” e “não”, cabe o valor de adição com a conjunção “e”. Na oração “não prejuízo” subentende-se a locução verbal “está dando”. Veja:

O Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional - Proer está dando lucro para os cofres públicos, e não (está dando) prejuízo, como se ouve apregoar desde que os bancos falidos foram submetidos a essa reestruturação.

A conjunção “embora” tem valor adverbial de concessão, o qual será visto adiante. Por isso, tal conectivo não pode ser inserido neste contexto. Gabarito: E

Questão 8: TCE-AC – 2008 – Analista de Controle Externo (banca CESPE) Fragmento do texto: Em geral, cinco fatores estão atuando, em escala mundial, nessa crise: o aumento da produção subsidiada de biocombustíveis; o incremento dos custos com a alta do petróleo, que chega a US$ 114 o barril, e dos fertilizantes; o aumento do consumo em países como China, Índia e Brasil;a seca e a quebra de safras em vários países; e a crise norte-americana, que levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos de hedge.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Na linha 2, o emprego de ponto e vírgula introduz uma sequência de enunciados. Comentário: Cuidado com a “pegadinha”, pois o sinal de pontuação que introduz uma sequência enumerativa são os dois-pontos. Os pontos e vírgulas aí inseridos servem apenas para separar esses enunciados enumerados. Gabarito: E

Questão 9: Prefeitura CM – 2009 – Bioquímico (banca AOCP) Em “Não apenas de contestação, mas de produção cultural alternativa de qualidade nos anos 60...”, temos, para as conjunções destacadas, o valor semântico de

(A) conclusão. (B) oposição. (C) adição. (D) explicação. (E) adversidade. Comentário: As expressões correlativas “não só...mas também”, “não apenas...mas também”, “não somente...mas também”, “não só...como

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também”, “não apenas...como também”, “não somente...como também” ocorrem nas estruturas oracionais para adicionar termos. Por isso, há adição. Gabarito: C

Questão 10: Prefeitura Catu – 2007 – Assistente Social (banca AOCP) Leia a seguinte sentença: “Não precisaremos voltar ao médico nem fazer exames”. Assinale a alternativa que classifica corretamente as duas orações.

a) Oração coordenada assindética e oração coordenada adversativa. b) Oração principal e oração coordenada sindética aditiva. c) Oração coordenada assindética e oração coordenada aditiva. d) Oração principal e oração subordinada adverbial consecutiva. e) Oração coordenada assindética e oração coordenada adverbial consecutiva. Comentário: O conectivo “nem” é empregado para adicionar uma negação (não fazer exames) a outra dita anteriormente (não precisaremos voltar ao médico). Assim, temos uma oração coordenada sindética (com síndeto, com o conectivo “nem”) aditiva depois de uma oração coordenada assindética (sem síndeto, sem conectivo). Assim, a alternativa (C) é a correta. Gabarito: C

Questão 11: TCE-PE – 2004 – Auditor C Pub (banca CESPE) Fragmento do texto: Identidade nacional, hierarquia social e liderança político-econômica iam sendo reconfiguradas e impostas pelos portugueses-abrasileirados à medida que um projeto de nação, já no terceiro século colonial, começava a iluminar as cabeças mais revolucionárias, convencendo as elites (não tenhamos ilusões) e, indiretamente, a população das cidades de maior projeção econômica a dar o chute inicial no processo de expulsão do colonizador metropolitano, o português, ou qualquer outro povo invasor.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Na linha 4, a substituição da vírgula e da forma verbal de gerúndio “convencendo” pela expressão e a convencer preserva a correção gramatical do período sem exigir outras alterações no texto. Comentário: A questão nos cobrou o entendimento da possibilidade de uma oração coordenada poder ser reduzida de gerúndio. Normalmente, ela é empregada como uma continuação de uma ação anterior. Muitas vezes percebida como conclusiva ou aditiva. Neste contexto, coube o valor aditivo. Compare as duas estruturas:

...à medida que um projeto de nação, já no terceiro século colonial, começava a iluminar as cabeças mais revolucionárias, convencendo as elites (não tenhamos ilusões) e, indiretamente, a população das cidades de maior projeção econômica a dar o chute inicial no processo de expulsão do colonizador metropolitano, o português, ou qualquer outro povo invasor.

...à medida que um projeto de nação, já no terceiro século colonial, começava a iluminar as cabeças mais revolucionárias e a convencer as elites (não tenhamos ilusões) e, indiretamente, a população das cidades de maior projeção econômica a dar o chute inicial no processo de expulsão do colonizador metropolitano, o português, ou qualquer outro povo invasor.

No confronto das duas estruturas, percebemos que não houve prejuízo

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gramatical, nem houve necessidade de mais ajustes na frase. Gabarito: C

2) Adversativas:

______________________ , mas ____________________. (adversativa) oração inicial oração coordenada sindética

As conjunções adversativas exprimem contraste, oposição, ressalva, compensação. As principais são:

mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.

Além delas, há outras palavras que, em determinado contexto, passam a valor adversativo e podem iniciar este tipo de oração, tais como senão, ao passo que, antes (=pelo contrário), já, não obstante, apesar disso, em todo caso. Há uma diversidade de vocábulos que transmitem o valor adversativo; por isso é importante entender a oposição e não apenas memorizar as conjunções.

Ex.: Estudou muito, mas não passou.

Ele teve aumento salarial, porém não quis continuar na empresa.

Estude bastante o conteúdo específico, todavia não se desligue dos conhecimentos básicos.

Não desmatar é importante, no entanto não é a única solução para a sustentabilidade do planeta.

O rico esbanja gastos desnecessários, já o pobre só quer sobreviver.

Diferente da conjunção “mas”, a qual só se pode posicionar no início da oração, as conjunções porém, entretanto, contudo, no entanto, todavia têm a capacidade de mobilidade, podendo se posicionar também no meio ou no final da oração, com vírgula(s) obrigatória(s):

Há muito serviço, porém ninguém trabalhava.

Há muito serviço, ninguém, porém, trabalhava.

Há muito serviço, ninguém trabalhava, porém.

As questões costumam cobrar a substituição de “porém” por “mas”. O posicionamento dessas conjunções é que irá determinar se a troca é possível ou não. A conjunção “porém”, nestes exemplos, pode ser substituída pela conjunção “mas” apenas na primeira frase; já as conjunções entretanto, contudo, no entanto, todavia podem ocupar qualquer uma das três posições vistas acima.

Uso do ponto e vírgula:

Período composto por coordenação

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Com base no que foi visto nas enumerações com vírgulas internas, pode-se substituir a vírgula que separa as orações adversativas por ponto e vírgula, quando há divisão interna. Veja:

Há muito serviço; ninguém, porém, trabalhava.

Há muito serviço; ninguém trabalhava, porém.

Tendo em vista ser largamente usado o ponto e vírgula com conjunções deslocadas (como visto acima); mesmo sem o deslocamento delas na oração, é percebida em bons autores a divisão por ponto e vírgula. Veja:

Há muito serviço; porém ninguém trabalhava.

Somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode posicionar-se após a conjunção: a primeira delas é a adversativa e a segunda será vista adiante.

Há muito serviço; porém, ninguém trabalhava.

Questão 12: Banco Central do Brasil 2002 - Analista (banca ESAF) Fragmento do texto: O Brasil tem o maior e mais complexo sistema financeiro da América Latina, com 208 bancos, que se distribuem por mais de 17 mil agências e aproximadamente 15 mil postos de atendimento adicionais. Contudo, o desenvolvimento desse imenso complexo, nos últimos trinta anos foi profundamente marcado pelo crônico processo inflacionário que predominou, nesse período, na economia brasileira.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A substituição sugerida está de acordo com as idéias do texto acima e não exige outras transformações no texto para assegurar a correção gramatical: “Contudo, o desenvolvimento desse imenso complexo”(ℓ.4) O desenvolvimento de tal sistema, todavia, Comentário: Primeiramente, observe que as expressões “desse imenso complexo” e “de tal sistema” têm o mesmo sentido neste contexto. Além disso, A conjunção “Contudo” tem o mesmo valor coordenativo adversativo de “todavia”. Assim, a substituição está correta. Note que a conjunção “todavia” está deslocada, por esse motivo encontra-se entre vírgulas. Gabarito: C

Questão 13: TCE-SC – 2006 – Auditor-Fiscal (banca FEPESE) Nós nos consideramos importantíssimos, entretanto, é possível que Deus nos veja como uma espécie pretensiosa.

Na frase acima, a conjunção grifada tem o sentido de

(A) oposição. (B) explicação. (C) conclusão. (D) adição. (E) alternância. Comentário: A conjunção “entretanto” é coordenativa adversativa, por isso transmite valor de contraste ou oposição.

Cabe aqui uma observação: você deve ter percebido que a conjunção “entretanto” encontra-se entre vírgulas no início da oração adversativa. Isso seria normal se ela estivesse deslocada dentro da oração. Na posição em que se encontra, o ideal seria o emprego do ponto e vírgula antes e o da vírgula depois desta conjunção.

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Assim, não houve clareza e elegância à linguagem. Por isso, tome cuidado: transmitimos aqui o ideal; mas em alguns textos jornalísticos, crônicas, percebemos um uso informal da linguagem, o que permite certos desvios da norma culta. Por esse motivo, a banca não perguntou sobre o uso da vírgula, mas sobre o valor semântico da conjunção.

Fiz questão de abordar isso, para que você compreenda a necessidade do entendimento da estrutura e não a decoreba; porque algumas vezes o autor de um texto prefere a liberdade de uma linguagem informal à rigidez da norma culta, e por estilo rompe alguns preceitos gramaticais. Entendendo essa dinâmica, naturalmente as questões de concurso não condenam esse uso. Gabarito: A

Questão 14: Auditor Fiscal de Tributos Estadual – Amazonas – 2005 (banca NCE)

Na coluna de um jornalista conhecido de O Globo, de 16 de julho de 2005, saiu publicado o seguinte texto:

“A agência do Unibanco, na esquina de José Linhares com Ataulfo de Paiva, no Leblon, no Rio, reservou um caixa só para os idosos”. Legal.

Pena que fique no segundo andar e a agência não tenha elevador. Os vovôs e vovós – “ai, meu joelho” – já chiaram à beça. Com razão.”

Os dois parágrafos que compõem a notícia se organizam estruturalmente por:

(A) comparação; (B) oposição; (C) causa/efeito; (D) concessão; (E) seqüência cronológica. Comentário: A estrutura “Pena que” transmite uma quebra da expectativa, isto é, um contraste. A notícia inicial de que haveria um caixa reservado só para idosos transmite-nos uma medida satisfatória, porém se inicia o próximo parágrafo com uma crítica de que ele está no segundo andar e que a agência não tinha elevador.

Assim, entre os parágrafos há um contraste, uma oposição, e a alternativa correta é a (B). Gabarito: B

Questão 15: Auditor Fiscal de Tributos – Sorocaba – 2006 (banca VUNESP) Também estamos acostumados a pensar na memória como um arquivo que guarda um número significativo de lembranças, semelhante a um sótão que aloca uma quantidade de objetos de outros momentos da vida, que lá ficam quietos, guardados, disponíveis para o momento no qual precisamos deles e queremos reencontrá-los. No entanto, a forma na qual a psicanálise pensa o tempo e a memória está muito distante desta maneira de concebê-los.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A conjunção No entanto poderia ser substituída por Portanto, sem que houvesse prejuízo ao sentido da oração. Comentário: A conjunção “No entanto” tem valor adversativo, e não pode ser substituída pela conjunção “Portanto” que tem valor conclusivo. Gabarito: E

Questão 16: TCE-SP – 2009 – Agente Fiscalização (banca FCC)

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O emprego das vírgulas assinala a ocorrência de uma ressalva em:

(A) ... onde é vista como a pequena, mas muito respeitada, irmã. (B) ... que a Petrobras já detém, com reconhecido mérito, no restrito clube... (C) ... de que as reservas de gás de Bahia Blanca, ao sul de Buenos Aires, se

estão esgotando. (D) ... abrindo, ao mesmo tempo, novas oportunidades. (E) O gás associado de Tupi, na proporção de 15% das reservas totais, é

úmido e rico em etano... Comentário: A ressalva é expressa por conjunções que transmitam contrastes, oposições, como é o caso da conjunção coordenativa adversativa “mas”. Assim, a alternativa (A) é a correta. Gabarito: A

Questão 17: MPE RJ Superior 2007 (banca NCE) Ainda há uma dificuldade em relacionar os problemas ambientais aos

nossos hábitos de consumo cotidianos. Quando compramos uma roupa, não pensamos nos agrotóxicos usados na plantação de algodão ou no trabalho escravo encontrado nas fazendas.

Entretanto, se queremos justiça social e preservação da natureza, vamos ter de mudar nossos hábitos de consumo. A palavra "entretanto", que inicia um dos parágrafos, foi empregada para introduzir:

(A) a exemplificação de uma idéia a partir de um novo argumento; (B) a contraposição a ser estabelecida entre uma solução e um problema; (C) o reforço de uma opinião polêmica anteriormente defendida; (D) a confirmação de uma idéia sugerida no parágrafo anterior; (E) a negação de uma tese contrária à que está sendo defendida.Comentário: A conjunção “Entretanto” é coordenativa adversativa. Vimos que este tipo de conjunção transmite valor de oposição, contraste ou ressalva. Assim, entendemos que houve uma contraposição entre uma solução (“se queremos justiça social e preservação da natureza, vamos ter de mudar nossos hábitos de consumo”) e um problema (“Quando compramos uma roupa, não pensamos nos agrotóxicos usados na plantação de algodão ou no trabalho escravo encontrado nas fazendas”). Por isso, a alternativa correta é a (B). Gabarito: B

Questão 18: Prefeitura Pinhais-PR – 2008 – Assistente Social (banca AOCP) Observe o seguinte enunciado: “João é rico, mas não paga suas contas”. Sobre ele, assinale a alternativa correta.

a) O sentido da conjunção é de adição. b) O sentido da conjunção é de subtração. c) Se trocarmos a conjunção por “e”, o sentido não se alterará. d) O enunciado possui um erro de ortografia. e) O enunciado possui um erro de concordância. Comentário: A conjunção “mas” é coordenativa adversativa. Assim, eliminamos as alternativas (A) e (B).

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Todas as palavras do período estão corretamente grafadas, por isso não houve problemas de ortografia. Eliminamos a alternativa (D).

Todos os vocábulos estão flexionados de acordo com os seus termos referenciais: “é”, “rico” e “paga” se flexionam no singular, porque “João” é um substantivo no singular. O pronome “suas” está flexionado no plural, porque se refere ao substantivo “contas”.

A alternativa (C) é a correta, pois a conjunção “e” pode ter sentido de oposição. Por isso, pode haver a substituição de “mas” por “e”, sem prejuízo do sentido. Gabarito: C

3) Alternativas:

______________________ ou ____________________. (alternativa) oração inicial oração coordenada sindética

A conjunção alternativa é por excelência “ou”, sozinha ou repetida em cada uma das orações. Com a conjunção “ou” sozinha, as orações alternativas normalmente não são separadas por vírgula, como vimos no esquema acima.

Veja as principais conjunções:

ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.

Ex.: Faça sua parte, ou procure outro trabalho.

A conjunção coordenativa “ou” poucas vezes é cobrada como conectivo de orações, ela normalmente cobra seu valor de inclusão ou exclusão entre substantivos ou adjetivos, e isso será mais explorado na aula de concordância.

Inclusão:

João ou Pedro são bons candidatos. (valor de inclusão)

Há alternativa de inclusão quando se mostra que, independente de qual dos termos, os dois possuem tal característica: Tanto João quanto Pedro possuem as características de bons candidatos.

Exclusão:

João ou Pedro ganhará a presidência do clube. (valor de exclusão)

Um termo exclui o outro automaticamente. Se João ganhar, excluirá Pedro e vice-versa.

Há outros vocábulos de diferentes classes gramaticais que cumprem valor conjuntivo indicando alternância, como ora...ora, já...já, quer...quer, seja...seja, bem...bem. Eles devem ser duplos e iniciar cada uma das orações alternativas. Não é de rigor, mas o uso da vírgula se fortalece por bons autores separando orações cujo conectivo é repetido:

Ora narrava, ora comentava.

Questão 19: MAPA – 2010 – Economista (banca Dom Cintra)

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Fragmento do texto: Todas essas mutações do ambiente empresarial têm contribuído para que o paradigma emergente da sustentabilidade se transforme em tendência dominante. Assim, a maneira como as empresas irão conciliar e gerenciar os objetivos e as questões ambientais, sociais e econômicas é parte fundamental da qualidade gerencial contemporânea, não só para a geração de lucro, mas para o sucesso organizacional. Andrew W. Savitz ressalta que as empresas “precisam inserir as questões sociais em suas estratégias, de modo a refletir sua atual importância para os negócios”. Das modificações feitas abaixo na redação do trecho “não só para a geração de lucro, mas para o sucesso organizacional”, houve alteração de sentido em:

A) tanto para a geração de lucro, quanto para o sucesso organizacional. B) para a geração de lucro, bem como para o sucesso organizacional. C) não só para a geração de lucro, como também para o sucesso

organizacional. D) para a geração de lucro e para o sucesso organizacional. E) ora para a geração de lucro, ora para o sucesso organizacional. Comentário: Veja que as alternativas (A), (B), (C) e (D) trabalham os conectivos de adição “tanto...quanto”, “bem como”, “não só...como também”, “e”, respectivamente.

Os conectivos “ora...ora” são coordenativos alternativos. Portanto, mudaram o sentido. Gabarito: E

Questão 20: Correios – 2006 – Contador (banca AOCP) Destaque a alternativa em que o termo sublinhado é uma conjunção coordenativa:

a) Quando olhaste bem nos olhos meus, e o teu olhar era de adeus... b) Conforme o tempo passa, seu aroma diminui. c) Se o meu time tivesse sido campeão, eu seria mais feliz. d) Carlos era um cético: ora amava Renata, ora amava Camila. Comentário: A conjunção “ora” é coordenativa alternativa, por isso a alternativa (D) é a correta. Veremos adiante que as conjunções “Quando”, “Conforme” e “Se” são subordinadas adverbiais. Gabarito: D

4) Conclusivas:

______________________, portanto ____________________. (conclusiva) oração inicial oração coordenada sindética

A vírgula ocorre neste tipo de oração, apesar de serem encontrados exemplos destas construções sem vírgula. Então não se cobra na prova a obrigatoriedade ou não deste sinal de pontuação. Ele simplesmente pode ocorrer, é o registro mais aceitável.

As conjunções coordenativas conclusivas são muito utilizadas em textos dissertativos, como resultado de um fato originário, fechamento de argumento conclusivo e dedução. As principais são:

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logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do verbo), por isso, então, assim, em vista disso.

Ex.: Ele se manteve organizado, logo teve êxito nas tarefas. O Brasil vem exportando muito, portanto está crescendo economicamente. Joaquim trabalhou duro; terminou, pois, sua casa própria. Realizamos muitos exercícios, por conseguinte a prova foi fácil. Estudou, então passou.

Da mesma forma que o valor adversativo, as conjunções coordenativas conclusivas também têm a capacidade de mobilidade, podendo se posicionar no meio ou no final da oração, com vírgula(s) obrigatória(s):

Há muito serviço, portanto trabalharemos até tarde. Há muito serviço, trabalharemos, portanto, até tarde. Há muito serviço, trabalharemos até tarde, portanto. Há muito serviço; trabalharemos, portanto, até tarde. Há muito serviço; trabalharemos até tarde, portanto. Há muito serviço; portanto trabalharemos até tarde. Há muito serviço; portanto, trabalharemos até tarde.

Como vimos, somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode posicionar-se após a conjunção: a primeira foi a adversativa e a segunda é a conclusiva. Note o último exemplo da sequência anterior.

Outro fato relevante para as provas é notarmos que algumas vezes este tipo de oração encontra-se com verbo no gerúndio e sem conjunção. Chamamos isso de oração reduzida de gerúndio, a qual será mais explorada adiante.

O Brasil exportou mais em 2010, continuando sua trajetória econômica ascensional.

A questões pedem muitas vezes para transformar essa oração reduzida em desenvolvida, com as conjunções conclusivas ou até com a conjunção “e”. Neste caso, essa conjunção, além de ter valor adicional, terá também o de conclusão. Veja:

O Brasil exportou mais em 2010, portanto continua sua trajetória econômica ascensional.

O Brasil exportou mais em 2010; logo, continua sua trajetória econômica ascensional.

O Brasil exportou mais em 2010, e continua sua trajetória econômica ascensional.

Questão 21: Banco Central do Brasil 2002 - Analista (banca ESAF) Fragmento do texto: Segundo dados da ONU, dois terços da população mundial não se sente representada por seus governos e tem uma péssima opinião sobre a honestidade e sentido público dos políticos, muitas vezes sendo o voto uma manifestação “mais contra o que se teme, do que a favor do que se espera”.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

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A conjunção “e”(ℓ.2), além de ter o valor semântico de adicionar uma idéia a outra, tem, no texto, também o valor de introduzir uma conseqüência para a oração anterior. Comentário: Vimos que a conjunção “e” pode transmitir, além do valor aditivo, também o conclusivo; mas, neste contexto, tal conjunção tem valor exclusivamente de adição.

Veja que a estrutura “e tem uma péssima opinião sobre a honestidade e sentido público dos políticos” não é o resultado da informação anterior. O fato de haver essa péssima opinião sobre a honestidade é que leva a população mundial a não se sentir representada por seus governos.

Por isso, essa segunda oração não ocorreu temporalmente depois da anterior e não pode ser entendida como conclusão. Há, na realidade, apenas uma enumeração, adição. Gabarito: E

Questão 22: Banco Central do Brasil 2002 - Analista (banca ESAF) Fragmento do texto: A indústria cultural, além disso, cria a ilusão de que a felicidade não precisa ser adiada para o futuro, por já estar concretizada no presente – basta lembrar o caso da telenovela brasileira. E, finalmente, ela elimina a dimensão crítica ainda presente na cultura burguesa, fazendo as massas que consomem o novo produto da indústria cultural esquecerem sua realidade alienada. Com a dissolução da obra de arte e da cultura no cotidiano, extinguem-se a remessa para o futuro e a promessa de felicidade, inerentes à obra de arte burguesa.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Segundo a argumentação do texto, a forma verbal de gerúndio “fazendo”(ℓ.4) corresponde a e faz e está sendo empregada com o valor de causa. Comentário: A estrutura “fazendo as massas...” é uma oração reduzida e pode ser entendida com valor conclusivo, além de adicional. Por isso, cabe a substituição de “fazendo” por “e faz”, permanecendo a coerência e o sentido do texto. Compare:

E, finalmente, ela elimina a dimensão crítica ainda presente na cultura burguesa, fazendo as massas que consomem o novo produto da indústria cultural esquecerem sua realidade alienada.

E, finalmente, ela elimina a dimensão crítica ainda presente na cultura burguesa e faz as massas que consomem o novo produto da indústria cultural esquecerem sua realidade alienada.

O erro na questão foi afirmar que a referida oração teria o valor de causa. Como visto anteriormente, ela pode ser entendida com valor adicional ou conclusivo. Gabarito: E

Questão 23: Banco Central do Brasil 2001 - Analista (banca ESAF) Fragmento do texto: O Banco Central deixa de ser responsável pela intermediação das ordens de pagamento, transferindo essa atribuição para um

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conjunto de câmaras de compensação e liquidação (clearings), que passam a garantir a finalização destas operações.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A forma verbal “transferindo”(ℓ.2) pode ser substituída, sem prejuízo para a correção do período, por e transfere, eliminando-se a vírgula após “pagamento”(ℓ.2). Comentário: Podemos entender nesse período uma sequência de processos verbais referentes ao Banco Central. Primeiro, ele deixa de ser responsável pela intermediação. Depois, transfere essa atribuição para um conjunto de câmaras de compensação e liquidação (clearings) e estes passam a garantir a finalização destas operações.

Assim, entre a segunda e a primeira oração há, além do valor coordenado aditivo, o conclusivo, pois entendemos que há uma sequência: um procedimento após o outro.

Por esse motivo, pode-se substituir a oração reduzida de gerúndio pela sua forma desenvolvida, com conjunção “e” e verbo conjugado no presente (“transfere”).

Como a conjunção “e” liga duas orações de mesmo sujeito, é natural não haver vírgula. Gabarito: C

Questão 24: Banco Central do Brasil 2002 - Analista (banca ESAF) Fragmento do texto: Segundo dados da ONU, dois terços da população mundial não se sente representada por seus governos e tem uma péssima opinião sobre a honestidade e sentido público dos políticos, muitas vezes sendo o voto uma manifestação “mais contra o que se teme, do que a favor do que se espera”.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A estruturação sintática do período admite que a vírgula após “políticos”(ℓ.3) seja substituída por ponto final sem que isso prejudique a correção gramatical ou a coerência do texto. Comentário: A estrutura “sendo o voto uma manifestação...” tem valor coordenado conclusivo e se encontra reduzida de gerúndio.

Apesar de ser uma oração coordenada, considerada independente, estando reduzida de gerúndio, necessita ligar-se diretamente à sua oração inicial, para transmitir coerência e coesão. Por isso, não pode iniciar novo período.

Mas, se a oração fosse desenvolvida (isto é, com conjunção e o verbo conjugado em modo e tempo verbal), caberia ponto final, desde que houvesse ajuste de letra maiúscula. Compare:

...tem uma péssima opinião sobre a honestidade e sentido público dos políticos, por isso muitas vezes o voto é uma manifestação “mais contra o que se teme, do que a favor do que se espera”.

...tem uma péssima opinião sobre a honestidade e sentido público dos políticos. Por isso muitas vezes o voto é uma manifestação “mais contra o que se teme, do que a favor do que se espera”. Gabarito: E

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Questão 25: MAPA – 2010 – Economista (banca Dom Cintra) Fragmento do texto: Numa sociedade em rápida mutação, onde o sucesso das organizações é em geral medido unicamente através do resultado financeiro, e onde os bens mudam de mãos assim como as ideias, a sustentabilidade surge como princípio fundamental para quem quer fazer negócio num mundo interdependente, sendo o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. Considerando-se a estrutura sintática do período que constitui o parágrafo acima, o desenvolvimento da oração reduzida de gerúndio “sendo o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro”, sem se alterar o sentido do período, pode ser feito com a seguinte redação:

A) e é o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. B) embora seja o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. C) à medida que se torna o alicerce para que as empresas mapeiem seu

roteiro futuro. D) todavia é o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. E) desde que seja o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro

futuro. Comentário: Note que no texto a sustentabilidade está sendo vista como “princípio fundamental...”. Com base nesse princípio fundamental, passa a ser entendida também como “alicerce...”. Assim, dentre as alternativas cabe apenas a conjunção “e”, que pode ser entendida como conjunção aditiva ou conclusiva. Veja:

...sustentabilidade surge como princípio fundamental para quem quer fazer negócio num mundo interdependente, e é o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro...

...sustentabilidade surge como princípio fundamental para quem quer fazer negócio num mundo interdependente, então é o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro...

Resumindo, a oração reduzida de gerúndio “sendo o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro” pode ser desenvolvida para uma oração coordenada sindética aditiva ou conclusiva. Logicamente, isso sempre vai depender do contexto.

Quanto aos demais conectivos, “embora” tem valor adverbial concessivo, “à medida que” tem valor adverbial proporcional, “todavia” tem valor coordenado adversativo e “desde que” tem valor adverbial condicional. Esses valores adverbiais serão vistos ainda nesta aula. Gabarito: A

Questão 26: REFAP / 2007 / Superior (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: Ser aceito é ser percebido antes de ser entendido. É ser acolhido antes de ser querido. É ser recebido antes de ser conhecido. É ser experimentado antes da experiência. É, pois, um estado de compreensão prévia, que abre caminho para uma posterior concordância ou discordância, sem perda do afeto natural por nossa maneira de ser. “É, pois, um estado de compreensão prévia”. Assinale a opção em que o vocábulo destacado tem o mesmo valor semântico que o do destacado na

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passagem acima.

(A) Ele é tão irreverente que chega a ser mal educado. (B) Como disse a verdade, não foi punido. (C) Você foi injusto com seu amigo; deve, portanto, desculpar-se com ele. (D) Não veio à reunião, pois estava acamado. (E) Fiquei atento porque você será chamado a seguir. Comentário: A conjunção “pois”, quando se encontra deslocada, tem valor de conclusão. A conjunção “portanto” é a única com esse valor. Na sequência das alternativas, a conjunção “que” tem valor adverbial de consequência; a conjunção “Como” tem valor de causa; as conjunções “pois” e “porque” transmitem valor adverbial de causa. Gabarito: C

Questão 27: BNDES / 2009 / Superior (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: Para chegar a esta conclusão foram analisados três fatores: as pressões e as demandas no trabalho, o nível de ansiedade (somática, comportamental e cognitiva) e o nível de tensão muscular e a satisfação profissional.

Conclui-se, então, que o gerenciamento do estresse passa pelo desenvolvimento pessoal, além de programas efetivos de qualidade de vida no trabalho. Em “Conclui-se, então, que o gerenciamento do estresse passa pelo desenvolvimento pessoal,”, o conectivo destacado NÃO pode ser substituído, sem alteração de sentido, por:

(A) pois. (B) por conseguinte. (C) assim. (D) entretanto. (E) portanto. Comentário: A conjunção “então” está deslocada; por isso a conjunção “pois” está obrigatoriamente com valor de conclusão. Veja que outras três também possuem este valor: “por conseguinte”, “assim”, “portanto”. Resta a conjunção “entretanto”, que possui valor coordenado adversativo. Gabarito: D

5) Explicativas:

______________________, pois ____________________. (explicativa) oração inicial oração coordenada sindética

As conjunções coordenativas explicativas iniciam termo que esclarece uma declaração anterior ou ameniza uma ordem.

As principais conjunções são:

porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.

As conjunções de causa também podem ter valor de explicação. Assim, é natural a banca pedir para substituir essas conjunções explicativas por “uma vez que”, “já que”, etc. Reconheceremos a seguir as conjunções.

Podem-se dividir as orações coordenadas explicativas em duas:

Período composto por coordenação

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a) Esclarecimento de uma informação anterior:

Ele deve ter chorado muito, porque os olhos estão inchados. Choveu muito, pois o chão está alagado.

Joana está mesmo cansada, porquanto pediu desconto em férias.

A vírgula neste caso é facultativa.

b) Amenização de uma ordem:

Estudem, que o concurso não é fácil. Tranque a porta, pois tem havido muito assalto aqui.

A vírgula neste caso é obrigatória, pois mudamos a entonação em cada oração. A primeira oração expressa uma ordem; a segunda, uma explicação.

Tem sido cobrada nas provas a inserção da conjunção coordenativa explicativa com a retirada de ponto final ou dois-pontos. Mas, para isso, deve-se entender SEMPRE o valor semântico da oração no texto. Veja os exemplos:

Ele não foi à casa dos pais. Sua aparência de esgotamento os preocuparia.

Pode-se substituir o ponto final pela conjunção “pois”, desde que o vocábulo “Sua” mude a inicial maiúscula para minúscula. Veja:

Ele não foi à casa dos pais pois sua aparência de esgotamento os preocuparia.(Note que a vírgula antes da conjunção “pois” é facultativa.)

Esta mesma estrutura poderia ser separada por dois-pontos. Veja:

Ele não foi à casa dos pais: sua aparência de esgotamento os preocuparia.

Finalizando, as orações coordenadas aqui vistas são chamadas de independentes. Isso porque geralmente elas não dependem de outra para fazer sentido.

Por esse motivo, muitas vezes podemos unir períodos simples e um único período composto e vice-versa. A próxima questão aborda muito bem essa possibilidade.

Questão 28: Banco Central do Brasil 2001 - Analista (banca ESAF) Fragmento do texto: Dependendo da situação, a recuperação da estrutura operacional pode levar algumas horas e, no caso do SPB, afetar não só a instituição como eventuais parceiros. É importante o planejamento e a implementação de uma solução de continuidade de negócios.

Os riscos não são desprezíveis. Um estudo feito pela Universidade do Texas com empresas que sofreram uma perda catastrófica de dados concluiu que 43% jamais voltaram a operar, 51% faliram em dois anos e apenas 6% sobreviveram.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) À linha 5, a articulação semântica entre os dois períodos pode ser expressa pela conjunção tanto que. Comentário: Note que, na linha 5, o segundo período é uma explicação do primeiro, por isso podemos subentender uma conjunção explicativa, como “pois”, “porque”, “tanto que” etc.

Note que a questão não pediu para inserir a locução conjuntiva “tanto que”, pois necessitaria de ajustes de letras maiúscula e minúscula. Ela

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simplesmente afirmou que entre esses dois períodos a articulação semântica (isto é, o sentido) pode ser expressa por “tanto que”. Isso está certo. Gabarito: C

Questão 29: TCE-RN – 2009 – Insp C Ext (banca CESPE) Fragmento do texto:

1

5

10

Estamos nos referindo à famosa Carta de Pero Vaz de Caminha dirigida em 1500 a el-rei dom Manuel, anunciando a descoberta de uma nova terra. E se essa carta não tivesse chegado ao seu destino, ao seu destinatário, se ela tivesse se extraviado, com se diz hoje no linguajar dos correios? Em virtude de naufrágio, seria uma hipótese. Por errância sem fim da caravela no caminho de volta à pátria, ou seja, por morte dos estafetas, seria outra hipótese. No entanto, a carta chegou ao seu destino. E, ao chegar às mãos do rei, no momento mesmo em que o rei de Portugal dela toma posse, também toma posse da terra e dos seres humanos por ela descritos pela primeira vez. A carta cria o acontecimento da descoberta do Brasil por um país europeu. Ela sela de vez o devir ocidental e cristão de uma terra e de seus habitantes, o devir de um futuro estado-nação chamado Brasil.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Fazendo os necessários ajustes nas letras iniciais maiúsculas, as relações semânticas entre as orações do texto permitem que o ponto logo após “hipótese” (l. 5) seja substituído pelo sinal de ponto e vírgula e o ponto logo depois de “europeu” (l. 11), pelo sinal de dois-pontos. Comentário: Quanto à primeira parte da afirmativa, a relação entre o período “Em virtude de naufrágio, seria uma hipótese.” e o período “Por errância sem fim da caravela no caminho de volta à pátria, ou seja, por morte dos estafetas, seria outra hipótese.” é de adição. Por serem períodos coordenados entre si, podem se juntar num período composto. Como já há vírgulas internas nessas orações, podemos realizar uma pausa maior entre elas por meio do ponto e vírgula. Confronte as duas formas:

E se essa carta não tivesse chegado ao seu destino, ao seu destinatário, se ela tivesse se extraviado, com se diz hoje no linguajar dos correios? Em virtude de naufrágio, seria uma hipótese. Por errância sem fim da caravela no caminho de volta à pátria, ou seja, por morte dos estafetas, seria outra hipótese.

E se essa carta não tivesse chegado ao seu destino, ao seu destinatário, se ela tivesse se extraviado, com se diz hoje no linguajar dos correios? Em virtude de naufrágio, seria uma hipótese; por errância sem fim da caravela no caminho de volta à pátria, ou seja, por morte dos estafetas, seria outra hipótese.

Na segunda parte da afirmativa, o período “Ela sela de vez o devir ocidental e cristão de uma terra e de seus habitantes, o devir de um futuro estado-nação chamado Brasil.” é empregada textualmente para confirmar a informação veiculada no período anterior: “A carta cria o acontecimento da descoberta do Brasil por um país europeu”. Como entre esses dois períodos há uma relação de explicação, o segundo enunciado pode ser iniciado por dois-pontos, com os ajustes de letra maiúscula e minúscula. Confronte as duas formas:

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A carta cria o acontecimento da descoberta do Brasil por um país europeu. Ela sela de vez o devir ocidental e cristão de uma terra e de seus habitantes, o devir de um futuro estado-nação chamado Brasil.

A carta cria o acontecimento da descoberta do Brasil por um país europeu: ela sela de vez o devir ocidental e cristão de uma terra e de seus habitantes, o devir de um futuro estado-nação chamado Brasil. Gabarito: C

Questão 30: AGU Superior 2006 (banca NCE) Há um caminho simples: proibir. Há o caminho correto: educar. Pois cidadãos responsáveis e consumidores conscientes se forjam com informação. “Pois cidadãos responsáveis e consumidores conscientes se forjam com informação”; este terceiro período do primeiro parágrafo funciona como:

(A) justificativa do primeiro período; (B) explicação do segundo período; (C) causa do segundo período; (D) exemplificação do segundo período; (E) conclusão dos dois períodos anteriores. Comentário: A conjunção “Pois” explica o motivo de se afirmar que o caminho correto é educar: cidadãos responsáveis e consumidores conscientes se forjam com informação.

Poderíamos ter ficado na dúvida se haveria uma causa ou uma explicação. Mas perceba que o segmento iniciado pela conjunção “Pois” não é a origem de um problema, não é uma situação ou ação que ocorreu antes para seja causa de algo que seria o seu efeito. Simplesmente se afirmou algo que necessitou de uma explicação para ampliar o seu entendimento. Gabarito: B

Questão 31: ANAC Superior 2007 (banca NCE) “Houve alguma confusão acerca do que estava errado na prática da “maquiagem”. Uma empresa tem todo direito de diminuir, quando e quanto quiser, o volume contido na embalagem de seus produtos. O que estava errado na prática da “maquiagem”, e que configura um desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor, era que as empresas mudaram os seus produtos sem avisar clara e antecipadamente o consumidor do que estavam fazendo.”

Entre os três períodos desse parágrafo do texto, os conectores adequadamente empregados em lugar dos pontos seriam:

(A) pois – no entanto; (B) já que – embora; (C) visto que – apesar de; (D) porque – pois; (E) então – já que. Comentário: A conjunção “pois” iniciaria o segundo período, denotando uma explicação sobre a confusão acerca do que estava errado na prática da “maquiagem”; o conectivo “no entanto” inicia a oposição sobre as empresas mudarem os seus produtos sem avisar clara e antecipadamente o consumidor.

Por isso, a alternativa correta é a (A).

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Gabarito: A

Estrutura subordinada adverbial

Vimos no início da aula que, se no enunciado há apenas um verbo, naturalmente temos apenas uma oração (oração absoluta = período simples); porém, se houver outro verbo dentro deste enunciado, teremos duas orações (período composto).

Antes de entrarmos no assunto oração subordinada adverbial, devemos entender o que é sintaxe e o que é adjunto adverbial.

A sintaxe trabalha a relação das palavras dentro de uma oração. Nas próximas aulas, falaremos muito sobre ela, mas agora cabe entender basicamente que uma oração deve ter um verbo e este verbo normalmente se flexiona de acordo com o sujeito (de quem se fala) e relaciona-se com o predicado (o que se fala), de acordo com a transitividade.

Veja as frases a seguir para que fique tudo bem claro. Pautemo-nos na estrutura SVO (sujeito→verbo→complemento).

1. O candidato realizou a prova. 2. duvidou do gabarito. 3. enviou recursos à banca examinadora. 4. tem certeza de sua aprovação.

5. viajou.

Toda vez que fazemos uma análise sintática, devemos nos basear no verbo. A partir dele, reconhecemos os outros termos da oração.

Veja os verbos elencados nos exemplos. Todos eles estão no singular. Isso ocorreu porque eles dizem respeito a um termo, que é o sujeito “O candidato”. Se ele está no singular, é natural que o verbo também esteja. Já que o verbo se flexiona de acordo com o sujeito, a gramática dá o nome a isso de “concordância verbal”. Há um capítulo que trata só deste assunto em qualquer gramática por aí.

Veja agora a relação do verbo dentro do predicado. Nas frases de 1 a 4, os verbos “realizou”, “duvidou”, “enviou” e “tem” necessitam dos vocábulos posteriores para terem sentido na oração, por exemplo: realizou o quê?, duvidou de quê?, enviou o quê? a quem?, tem o quê?

Assim, você vai notar que eles dependem dos termos subsequentes para terem sentido. Isso ocorre porque o sentido deve transitar do verbo para o complemento. Por isso falamos que o verbo é transitivo. Sozinho, não consegue transmitir todo o sentido, necessitando de um complemento. Dessa forma, os termos “a prova”, “do gabarito”, “recursos”, “à banca examinadora” e “certeza” completam o sentido destes verbos.

Agora, vamos à oração 5. Note que o verbo “viajou” não exige nenhum complemento verbal. Então não há transitividade. Se quisermos uma estrutura

sujeito predicado

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posterior, naturalmente inseriremos uma ou mais circunstâncias. A essas circunstâncias damos o nome de adjunto adverbial. Poderíamos dizer que o candidato viajou a algum lugar, em determinado momento, o modo como viajou, a causa da viagem. Tudo isso são circunstâncias, as quais possuem o valor de lugar, tempo, modo e causa. Essas são as circunstâncias básicas, mas há mais e veremos isso nas próximas aulas. Então veja como ficaria:

O candidato viajou para São Paulo ontem confortavelmente a trabalho.

O adjunto adverbial não ocorre só com verbo intransitivo, ele pode aparecer junto a qualquer verbo. Por exemplo, nas frases 1 a 3, poderíamos inserir o adjunto adverbial de tempo “ontem”. Na frase 4, poderíamos inserir o adjunto adverbial de causa: “devido a seu estudo”.

Essas 5 frases possuem verbos com transitividade (VTD, VTI, VTDI) e sem transitividade (VI).

Agora não nos cabe aprofundar no estudo do adjunto adverbial. Cabe mesmo é saber a sua pontuação.

O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo. VTI objeto indireto adjunto adverbial de causa

sujeito predicado verbal período simples

A oração acima possui a estrutura básica S V O: “O candidato passou no concurso”. O termo “devido ao seu esforço no estudo” é o adjunto adverbial. Esse termo transmite a causa de o aluno ter passado no concurso. Por isso, podemos inserir a vírgula facultativamente. Esta estrutura não foi obrigatória, ela foi inserida para que houvesse mais clareza e situasse melhor o leitor sobre a circunstância que levou o candidato à aprovação.

Agora, perceba o seguinte: se disséssemos somente “Devido ao seu esforço no estudo”, alguém entenderia o enunciado?

Logicamente, não! Concorda? Por isso, dizemos que esta estrutura é dependente da estrutura S V O,

isto é: subordinada à principal:

O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo.

Quando esse adjunto adverbial recebe um verbo, observamos que passaremos a ter duas orações: a principal e a subordinada adverbial causal.

O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo.

vírgula facultativa

Estrutura básica (principal) Estrutura adverbial (subordinada)

sujeito VI Adj Adv lugar Adj Adv tempo

Adj Adv modo

Adj Adv causa

vírgula facultativa

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sujeito VTI objeto indireto VTI + objeto indireto

predicado verbal predicado verbal oração principal oração subordinada adverbial causal

período composto

Oração principal? Por quê?

Diferentemente das orações coordenadas que são independentes umas das outras e por isso o nome da primeira é oração inicial, a oração principal é a base para que a oração subordinada possa se apoiar nela, para transmitir coerência.

Oração subordinada? Por quê?

A oração subordinada é aquela que depende da principal para ter sentido, assim como aconteceu com o adjunto adverbial, no exemplo acima.

Oração adverbial? Por quê?

Porque foi gerada de um adjunto adverbial. Veja, bastou inserir o verbo “esforçou”, para que houvesse a oração adverbial.

Tanto o adjunto adverbial quanto a oração adverbial podem deslocar-se para o início ou para o meio da estrutura principal. E, com isso, a vírgula será empregada.

Via de regra, a oração subordinada adverbial, quando posposta à oração principal, será iniciada por vírgula facultativamente. Mas, se for antecipada ou intercalada, receberá vírgula ou vírgulas obrigatoriamente.

Antecipando a estrutura adverbial...

Devido ao seu esforço no estudo, o candidato passou no concurso adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto

sujeito predicado verbal período simples

Porque se esforçou no estudo, o candidato passou no concurso VTI + objeto indireto VTI objeto indireto

predicado verbal sujeito predicado verbaloração subordinada adverbial causal oração principal

período composto

Agora, intercalando...

vírgula obrigatória

vírgula obrigatória

vírgulas obrigatórias

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O candidato, devido ao seu esforço no estudo, passou no concurso. adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto

sujeito predicado verbal período simples

O candidato, porque se esforçou no estudo, passou no concurso VTI + objeto indireto VTI objeto indireto

sujeito predicado verbal predicado verbaloração subordinada adverbial causal

oração principal período composto

As orações subordinadas podem ser divididas também em dois tipos: desenvolvidas (aquelas que possuem conjunção e verbos conjugados em modos e tempos verbais);

O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo.

reduzidas (aquelas que perdem a conjunção e por isso os verbos passam a uma das formas nominais: gerúndio, infinitivo e particípio).

O candidato passou no concurso, por se esforçar no estudo.

Por que é chamada de reduzida? Porque, ao perder uma conjunção, reduz-se a quantidade de vocábulos

daquela oração.

Por que tenho que saber as orações reduzidas? Muitas vezes a banca pede para desenvolver a oração reduzida, inserindo

a conjunção adequada à sua circunstância (valor semântico), por isso veremos os valores das orações adverbiais.

Elas basicamente se dividem em 9.

1. Causais: exprimem causa, motivo, razão. Esta oração faz parte da estrutura causa-consequência, em que a origem ocorre temporalmente antes. E a consequência, por ser o resultado, ocorre depois. As principais conjunções causais são: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver antecipada), já que, visto que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida em que, que, etc:

Estudo porque necessito. Como fazia frio, fechou as janelas. Já que estou cansado, vou descansar. Uma vez que estudou muito, foi aprovado.

Observações:

vírgulas obrigatórias

oração principal oração subordinada adverbial causal (reduzida de infinitivo)

oração principal oração subordinada adverbial causal (desenvolvida)

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I - A conjunção se também pode transmitir valor de causa a orações que funcionam como base ou ponto de partida de um raciocínio, em construções como:

Se o estudo é o princípio do concurseiro, é imprescindível a organização de seu material de estudo.

II - Vimos anteriormente que as conjunções porque, porquanto e pois podem ser coordenativas explicativas. Agora, percebemos que elas também podem ser causais. A diferença básica entre elas é que a oração subordinada adverbial causal transmite a origem, a base de um resultado posterior, por isso dizemos que o processo verbal nela veiculado é anterior ao da oração principal. Veja:

O caro parou porque ficou sem combustível. Or principal + oração subordinada adverbial causal (ocorreu antes)

A razão (causa) de o carro ter parado foi a falta de combustível. Note que a conjunção causal “porque” inicia a oração “porque ficou sem combustível”, a qual ocorreu antes de o carro ter parado, por isso é entendida como causa, razão, motivo.

Compare com este período:

Aquele carro deve ter ficado sem combustível, pois está parado na rodovia. oração principal + oração coordenada sindética explicativa

(ocorreu depois)

Veja que, agora, a oração iniciada pela conjunção “pois” (“pois está parado na rodovia”) não ocorreu antes de o combustível supostamente ter acabado. Isso ocorreu depois. Por esse motivo, esta oração iniciada pela conjunção “pois” não é a causa, mas a explicação de alguém ter achado que o combustível acabou.

Questão 32: Banco Central do Brasil 2001 - Analista (banca ESAF) Fragmento do texto: A implementação do Sistema de Pagamentos Brasileiro - SPB altera todo o processo de transferência de recursos através do sistema financeiro. O Banco Central deixa de ser responsável pela intermediação das ordens de pagamento, transferindo essa atribuição para um conjunto de câmaras de compensação e liquidação (clearings), que passam a garantir a finalização destas operações. Algumas destas câmaras já existem há anos e são responsáveis pelas operações de liquidação e custódia de ações, ativos e derivativos. No novo cenário, ganham autonomia patrimonial, seguros e novos métodos de gestão de risco.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A articulação entre os dois primeiros períodos do texto pode ser expressa pela idéia de já que. Comentário: O fato de o Banco Central deixar de ser o responsável pela intermediação das ordens de pagamento e transferir essa atribuição para um conjunto de câmaras de compensação e liquidação (clearings) gera uma consequência, a qual é expressa no primeiro período: a alteração de todo o processo de transferência de recursos através do sistema financeiro.

Assim, confirmamos que o segundo período é a causa do primeiro. Por

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esse motivo, podemos subentender a locução conjuntiva de causa “já que”, entre eles.

Note que a questão não pediu a inserção desta locução conjuntiva, o que seria errado, pois não se falou de ajustes das iniciais maiúscula ou minúscula. Gabarito: C

Questão 33: Banco Central do Brasil 2009 - Analista (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: Acredito na existência de vida em outros planetas. Tenho três adolescentes em casa. Embora seus corpos permaneçam nesta dimensão, suas mentes vagam bem além da ionosfera. As duas orações enunciadas estão ligadas por conectivo adequado ao sentido expresso no texto em:

(A) Acredito na existência de vida em outros planetas, mas tenho três adolescentes em casa.

(B) Acredito na existência de vida em outros planetas, pois tenho três adolescentes em casa.

(C) Acredito na existência de vida em outros planetas, posto que tenho três adolescentes em casa.

(D) Acredito na existência de vida em outros planetas, porém tenho três adolescentes em casa.

(E) Acredito na existência de vida em outros planetas, não obstante ter três adolescentes em casa.

Comentário: Figurativamente, no terceiro período, o texto explica que os corpos dos adolescentes permanecem nesta dimensão (neste planeta), mas suas mentes vagam além da ionosfera.

Assim, fica fácil perceber que o autor acredita na existência de vida em outros planetas, porque (pois) tem três adolescentes em casa.

Dessa forma, a alternativa correta é a (B), pois a conjunção “pois” tem valor adverbial causal.

Você mataria a questão também por exclusão, pois os conectivos “mas”, “posto que”, “porém” e “não obstante” têm valor de oposição, contraste.

Cuidado com a locução conjuntiva “posto que”!!!! Ela não tem valor de causa, você verá adiante que ela possui valor adverbial concessivo (contrastante). Gabarito: B

Questão 34: MPE RJ Superior 2007 (banca NCE) "Nossa sociedade é chamada 'sociedade de consumo' porque consumir se tornou uma atividade cotidiana".

Assinale a opção que NÃO mantém na segunda oração a idéia causal:

(A) ...conquanto consumir se tornou uma atividade cotidiana; (B) ...porquanto consumir se tornou uma atividade cotidiana; (C) ...visto que consumir se tornou uma atividade cotidiana; (D) ...uma vez que consumir se tornou uma atividade cotidiana; (E) ...que consumir se tornou uma atividade cotidiana. Comentário: A conjunção “conquanto” tem valor adverbial de concessão, que será visto adiante. As demais alternativas apresentam conjunções ou locuções

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conjuntivas com valor adverbial de causa. Gabarito: A

Questão 35: MPE RJ Superior 2007 (banca NCE) "Os jovens tiveram acesso ao crédito fácil demais nos últimos dois anos. Ficaram deslumbrados e perderam o controle", diz Antônio Praxedes, vice-presidente da Telecheque. Ao falar sobre o assunto, Praxedes utiliza o conectivo E para ligar os segmentos "ficaram deslumbrados" e "perderam o controle". Há duas relações entre esses dois segmentos: uma de adição, e outra de:

(A) comparação; (B) oposição; (C) proporcionalidade; (D) causalidade; (E) finalidade. Comentário: Note que a relação entre as duas orações é marcada pela adição, por causa da conjunção coordenada aditiva “e”. Porém, percebemos que entre esses dois enunciados há uma sequência temporal, em que primeiro ficaram deslumbrados e por causa disso acabaram por perderem o controle. Assim, a primeira oração também pode ser entendida como uma origem e a segunda oração como o efeito, o resultado. Assim, temos a relação de causalidade (causa e efeito). Gabarito: D

Questão 36: Petrobras / 2010 / Técnico (banca Cesgranrio) Em “E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, pois o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, uma vez que o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.”, o conectivo sublinhado introduz uma oração que, em relação à anterior, configura-se como

(A) condicional. (B) proporcional. (C) consecutiva. (D) causal. (E) concessiva. Comentário: Note que a locução conjuntiva “uma vez que” pode ter dois valores: condicional (veremos esse valor adiante) e causal. Para ser condicional, o verbo deve estar no subjuntivo: Uma vez que ele se esforce, terá bons resultados.

Para ser causal, basta o verbo estar no indicativo, transmitindo o processo verbal como origem de outro. Para facilitar, basta trocar por “Porque”. Veja: Uma vez que ele se esforçou, teve bons resultados. (=porque)

Assim, perceba que, na frase em questão, a locução conjuntiva “uma vez que” transmite valor de causa:

“...o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, uma vez que o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.” (=porque) Gabarito: D

Questão 37: Colégio Pedro II-RJ – 2010 – Médico (banca AOCP) Fragmento do texto: O novo método de diagnóstico pode ser um reforço na luta que muitas cidades brasileiras travam contra a epidemia de dengue. Como o vírus é detectado logo depois de a pessoa ser contaminada, é possível

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começar o tratamento mais cedo.“Como o vírus é detectado logo depois de a pessoa ser contaminada, é possível começar o tratamento mais cedo.”

A relação lógico-semântica apresentada pela conjunção destacada é a de

(A) comparação. (B) conformidade. (C) causa. (D) consecução. (E) proporção. Comentário: A conjunção “como” pode ter valor de causa quando sua oração está antecipada da principal, como ocorreu neste contexto. Veja que podemos substituir a conjunção “Como” por “Já que”, “Porque” etc.

“Já que o vírus é detectado logo depois de a pessoa ser contaminada, é possível começar o tratamento mais cedo.”

Isso confirma seu valor causal. Gabarito: C

Questão 38: Prefeitura Santo Agostinho – 2010 – Contador (banca AOCP) “Mas, segundo ele, quem tem o aparelho mais sofisticado, com o timer, pode programar esse mesmo tempo durante o sono, já que o aparelho desliga sozinho.”

A locução conjuntiva destacada acima pode, na posição em que se encontra, ser substituída por todas as locuções abaixo, EXCETO por

(A) dado que. (B) visto que. (C) como. (D) porquanto. (E) uma vez que. Comentário: A conjunção “como” só pode ter valor causal quando a oração subordinada adverbial causal estiver antecipada da principal. Por isso, a conjunção “como” não pode ser utilizada nesta frase.

Note que os conectivos “dado que”, “visto que”, “porquanto” e “uma vez que” possuem valor causal e podem substituir “já que”. Gabarito: C

2. Consecutivas: Na relação causa-consequência, o processo verbal da consequência ocorre após o da causa, e suas conjunções exprimem um efeito, um resultado e aparecem de duas formas:

I - conjunção que precedida de tal, tão, tanto, tamanho:

Trabalharam tanto que suas mãos ficaram inchadas.

Tal foi o problema na empresa que todos foram demitidos.

Nesta estrutura, os intensificadores tal, tamanho, tão, tanto podem ficar subentendidos.

Bebia que caía pelas ruas. (bebia tanto...)

II – locuções conjuntivas de maneira que, de jeito que, de ordem que, de sorte que, de modo que, etc:

Motivamos a classe empresarial, de sorte que o Brasil aumentou o nível de empregos regulares.

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“As notícias de casa eram boas, de maneira que pude prolongar minha viagem.”

III – locução conjuntiva sem que, e a conjunção que, seguida de negação.

Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine sem que a queira comprar.

Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine, que não a queira comprar.

Perceba que, na primeira estrutura, a preposição sem tem valor de negação; na segunda, sua ausência é substituída pelo advérbio de negação “não”.

Questão 39: Pref Belford Roxo – 2011 – Intérprete de Libras (banca CEPERJ) Entre as orações sublinhadas no trecho “É que eu achava o mundo tão interessante que não suportava ficar deitado, vendo-o passar.” se estabelece relação semântica de:

A) conclusão B) consequência C) tempo D) modo E) causa Comentário: Vimos que a expressão “tão...que” termina com a conjunção “que”, a qual inicia oração subordinada adverbial consecutiva (consequência). Assim, a alternativa (B) é a correta. Gabarito: B

Questão 40: MAPA – 2010 – Economista (banca Dom Cintra) Fragmento do texto: Numa sociedade em rápida mutação, onde o sucesso das organizações é em geral medido unicamente através do resultado financeiro, e onde os bens mudam de mãos assim como as ideias, a sustentabilidade surge como princípio fundamental para quem quer fazer negócio num mundo interdependente, sendo o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. A última oração do período “Andrew W. Savitz ressalta que as Empresas ‘precisam inserir as questões sociais em suas estratégias, de modo a refletir sua atual importância para os negócios’” exprime em relação à anterior o sentido de:

A) consequência; B) causa; C) concessão; D) condição; E) comparação. Comentário: A expressão “de modo a” inicia uma oração subordinada adverbial consecutiva reduzida de infinitivo (“de modo a refletir sua atual importância para os negócios’”). Veja que poderíamos transformá-la numa oração desenvolvida:

...precisam inserir as questões sociais em suas estratégias, de modo que reflitam sua atual importância para os negócios...

Assim, fica mais prático percebermos a locução conjuntiva adverbial consecutiva “de modo que”. Gabarito: A

3. Condicionais: Nesta relação de condição, hipótese, é muito cobrada a correlação de modo e tempo verbal. Veja:

verbo no futuro do subjuntivo verbo no futuro do presente

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do indicativo

Se o candidato estudar bastante, passará no concurso.

condição no futuro resultado provável no futuro oração subordinada adverbial condicional oração principal

verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo verbo no futuro do pretérito

do indicativo

Se o candidato estudasse bastante, passaria no concurso.

condição no passado resultado improvável no futuro oração subordinada adverbial condicional oração principal

verbo no presente do subjuntivo verbo no futuro do presente

do indicativo

Caso o candidato estude bastante, passará no concurso.

condição no presente resultado provável no futuro oração subordinada adverbial condicional oração principal

Se uma condição é expressa no futuro ou presente, há condições de cumpri-la; por isso o resultado expresso na oração principal é provável. Não há certeza de o candidato ser aprovado, mas há grande possibilidade.

Já numa condição expressa no passado, não há condições de cumpri-la; por isso o resultado expresso na oração principal é pouco provável, ou mesmo improvável. A banca normalmente pede para substituir as conjunções ou os verbos.

Algumas vezes, por motivo de ênfase e reforço motivacional, o autor do texto troca o tempo verbal da oração principal de futuro do presente para presente do indicativo e futuro do pretérito para pretérito imperfeito do indicativo. Veja a diferença:

Se o candidato estudar, passa no concurso. Se o candidato estudasse, passava no concurso.

Não há erro nestas substituições, há apenas ênfase.

Além das conjunções condicionais se e caso, há também as locuções conjuntivas contanto que, desde que, salvo se, sem que (=se não), a não ser que, a menos que, dado que.

Caminharei com você desde que não chova. Não terminará a matéria, sem que se dedique muito. Poderão ganhar o campeonato, salvo se acontecer algum imprevisto. “A carinha podia ser de chinesa, fossem os olhos mais enviesados.”

Note a última construção. A conjunção condicional fica subentendida, e com isso é imprescindível entender a correlação verbal para que não haja dúvida neste valor semântico.

As locuções conjuntivas condicionais desde que, dado que, uma vez quepodem ser confundidas com as causais. Para não ficar com dúvida, verifique que os verbos nas orações condicionais ficam no modo subjuntivo, enquanto os das orações causais ficam no modo indicativo. Compare esses exemplos nos respectivos valores adverbiais vistos anteriormente.

É encontrada também a forma reduzida:

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Conhecendo os alunos, o professor não os teria punido. (reduzida de gerúndio)

Questão 41: TCE-AC – 2008 – Analista de Controle Externo (banca CESPE) Fragmento do texto: “Se os países decidem adotar programas de biocombustíveis, quer o façam por segurança energética, quer o façam por outros motivos, precisam olhar com atenção quando temos chamados de emergência”, disse.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) No trecho ‘precisam olhar com atenção quando temos chamados de emergência’, a substituição do termo ‘quando’ por se manteria a correção gramatical e o sentido do texto. Comentário: A conjunção “quando” possui valor temporal e a conjunção “se” possui valor condicional. Assim, essas conjunções não podem ser trocadas, neste contexto. Por isso a afirmativa está errada.

Vale lembrar que, em determinadas situações, a conjunção “quando”, além de transmitir o valor temporal, também pode transmitir o valor condicional, com o verbo estiver no futuro do subjuntivo. Exemplo:

Quando ela estudar mais, terá melhores resultados. Se ela estudar mais, terá melhores resultados.

Notadamente, a conjunção adverbial “Se” enfatiza uma dúvida (se realmente a ação de estudar ocorrerá); já a conjunção “Quando” transmite uma expectativa de ação plenamente possível.

Neste caso, a troca dos termos não implica incorreção gramatical e a preservação do sentido dependerá de uma boa leitura do contexto, da intenção do autor. Gabarito: E

Questão 42: MPE RJ Superior 2007 (banca NCE) Nossa sociedade é chamada de "sociedade de consumo" porque

consumir se tornou uma atividade cotidiana que foi além da idéia inicial de satisfazer necessidades para se tornar até uma doença. Consumimos de forma impulsiva, e "ser alguém" passa a estar associado à posse de determinados produtos ou ao uso de determinados serviços.

O consumismo não existiria sem a publicidade, ferramenta fundamental para influenciar padrões de consumo, formar estilos de vida e, conseqüentemente, criar necessidades que, independentemente de serem físicas e biológicas, podem ser psicossociais. Na expressão "O consumismo não existiria sem a publicidade" (2° parágrafo), o sintagma "sem a publicidade" relaciona-se com o verbo "existir" atribuindo-lhe um argumento:

(A) concessivo; (B) condicional; (C) consecutivo; (D) explicativo; (E) temporal. Comentário: A preposição “sem” é a mesma da locução conjuntiva “sem que”. Como não há verbo nessa expressão, temos apenas um adjunto adverbial de condição. Gabarito: B

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Questão 43: Prefeitura Paranavaí – 2011 – Apoio Edu (banca AOCP) “Caso a instituição consiga melhorar a qualidade do ensino, as vagas podem ser ‘devolvidas’”.

A relação lógico-semântica estabelecida entre as orações do fragmento acima é a de

(A) finalidade. (B) comparação. (C) causa. (D) condição. (E) tempo. Comentário: A conjunção “caso” inicia a oração subordinada adverbial condicional. Por isso, a alternativa (D) é a correta. Gabarito: D

Questão 44: Colégio Pedro II-RJ – 2010 – Médico (banca AOCP) “‘Acreditamos que, em breve, já poderá ser implementado caso o sistema de saúde requeira nossos serviços...”

A oração destacada do fragmento é

(A) subordinada substantiva objetiva direta. (B) coordenada sindética explicativa. (C) subordinada adverbial concessiva. (D) subordinada substantiva subjetiva. (E) subordinada adverbial condicional. Comentário: A conjunção “caso” traduz valor condicional. Assim, inicia uma oração subordinada adverbial condicional. Gabarito: E

4. Concessivas: exprimem um fato que se concede, que se admite, em oposição, contraste, ressalva ao da oração principal. As conjunções são: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que (=embora não).

Gostava de Matemática, embora tivesse dificuldades com cálculos. Por incrível que pareça, eles não conheciam ‘pen-drive’. Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas

afirmações. (Domingos Paschoal Cegalla) Dado que soubesse, não dirigia à noite. Por mais que gritasse, não me ouviram. Nem que a gente quisesse, conseguiria esquecer. (Otto Lara Resende)

Deve-se tomar muito cuidado quando a banca pedir a substituição de conjunção ou locução conjuntiva por preposição ou locução prepositiva. Veja:

Embora chegasse cedo, não conseguiu lugar para sentar-se.

Ao se substituir a conjunção embora pela preposição mesmo, o verbo é obrigado a sair da forma conjugada em modo e tempo verbal para a forma nominal gerúndio. Isso fará com que esta oração seja reduzida de gerúndio:

Mesmo chegando cedo, não conseguiu lugar para sentar-se.

Se fosse substituída pela locução prepositiva “apesar de”, a oração seria reduzida de infinitivo:

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Apesar de chegar cedo, não conseguiu lugar para sentar-se.

Assim, cuidado com as substituições pedidas na prova.

Questão 45: Pref Cantagalo – 2006 – Assistente Social (banca CEPERJ) “Não me atrevo a passar a limpo tal encrenca. Mas o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.” — determina alteração semântica reescrever esses dois períodos do seguinte modo:

A) Ainda que não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.

B) Mesmo que não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.

C) Embora não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.

D) Porque não me atrevo a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.

Comentário: Na estrutura “Não me atrevo a passar a limpo tal encrenca. Mas o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.”, há a conjunção coordenativa adversativa “Mas”, a qual transmite valor de oposição, contraste.

Esse mesmo valor pode ser expresso numa estrutura adverbial concessiva, desde que haja ajustes nas conjunções e nos verbos.

Compare as estruturas:

Não me atrevo a passar a limpo tal encrenca. Mas o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.

Ainda que não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.

Mesmo que não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.

Embora não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.i

Note que a alternativa (D) muda o sentido, pois a conjunção “Porque” traduz valor adverbial causal. Gabarito: D

Questão 46: Prefeitura N S Socorro – 2011 – Contador (banca AOCP) “Embora o plano geral de nossa vida já esteja traçado antes do nascimento, a teoria do carma deixa espaço à liberdade humana...”

A relação lógico-semântica estabelecida entre as orações acima é a de

(A) causa. (B) concessão. (C) conformidade. (D) consecução. (E) finalidade. Comentário: A conjunção “Embora” inicia a oração subordinada adverbial concessiva “Embora o plano geral de nossa vida já esteja traçado antes do nascimento”. Assim, a alternativa correta é a (B). Gabarito: B

Questão 47: TCE-AC – 2008 – Analista de Controle Externo (banca CESPE) Fragmento do texto: Sapucaia era a nossa pátria comum. Embora todos os

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parentes estivessem dispersos, ali nasceu o tronco da família. Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

A conjunção “Embora” pode ser substituída por Porquanto, sem que seja alterado o sentido do texto ou prejudicada a sua correção gramatical. Comentário: A conjunção “Embora” possui valor adverbial concessivo, por isso não pode ser substituída pela conjunção “Porquanto”, sob pena de mudança de sentido e, normalmente, de incoerência gramatical. Gabarito: E

Questão 48: TCE-PB – 2006 – Assistente Jurídico (banca FCC) Os fins dos deputados franceses são justos, mas os meios acabam por criminalizar as palavras e a opinião.

A frase acima conservará o sentido e a correção caso se substitua o segmento sublinhado por

(A) conquanto os meios acabem. (B) desde que os meios acabem. (C) tendo em vista que os meios acabam. (D) contanto que os meios acabem. (E) uma vez que os meios acabam. Comentário: A questão queria que o candidato visualizasse a possibilidade de uma oração coordenada adversativa ser transformada em uma oração subordinada adverbial concessiva, desde que sejam feitas algumas adaptações, como ajustes nos verbos e nas conjunções.

A alternativa (A) é a correta, pois a conjunção “conquanto” é adverbial concessiva e o verbo “acabem” encontra-se no presente do subjuntivo.

As locuções conjuntivas “desde que”, “tendo em vista que” e “uma vez que” são subordinativas adverbiais causais. Já a locução conjuntiva “contanto que” tem valor condicional. Gabarito: A

5. Comparativas: representam o segundo termo de uma comparação e se expressam de três formas, com as conjunções como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, tanto quanto, que nem, feito (=como, do mesmo modo que), o mesmo que (=como):

I – com verbo expresso:

A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.

Como a flor se abre ao sol, assim minha alma se abriu à luz daquele olhar.

A praia é tal qual você descreveu. (tal como)

II – com o predicado ou verbo subentendido:

A luz é mais veloz do que o som. (do que o som é)

O leopardo é tão ágil quanto a onça. (quanto a onça é)

Ele corre feito uma gazela.

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Nas estruturas comparativas de superioridade e inferioridade (com verbos expressos ou não), a palavra “do” é opcional.

Cantava mais do que trabalhava.

Cantava mais que trabalhava.

Os mais magros correm mais do que os mais cheinhos.

Os mais magros correm mais que os mais cheinhos.

III – como comparação hipotética (uso da conjunção se):

O homem parou perplexo, como se esperasse um guia.

Questão 49: Banco Central do Brasil 2002 - Analista (Banca ESAF) Fragmento do texto: Livro tem começo, meio e fim. Como a vida. As grandes narrativas favorecem a nossa visão histórica e criam o caldo de cultura no qual brotam as utopias.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A substituição proposta para o trecho sublinhado prejudica a correção gramatical do texto: Livro tem começo, meio e fim, do mesmo modo que a vida. Comentário: Antes de comentar a questão em si, perceba que a oração “Como a vida” é subordinada adverbial comparativa, pois podemos subentender o verbo “tem” em sua estrutura: “como a vida tem”.

Por ser uma estrutura subordinada, não caberia essa informação ser veiculada em um período simples (“Como a vida”). Esta estrutura depende da oração principal para fazer sentido. Assim, de acordo com a formalidade da língua, deveria haver um período composto. Veja:

Livro tem começo, meio e fim, como a vida. O que a banca fez foi incitar o candidato a perceber essa estrutura e

reorganizá-la em período composto. Assim, a substituição de “como” por “do mesmo modo que” preserva o sentido comparação de igualdade.

A forma original do texto foi um estilo usado pelo autor. Isso é muito encontrado na linguagem jornalística, literária, ou seja, em textos com liberdade de expressão estilística. Por isso, não podemos condenar esse uso.

A banca simplesmente nos chamou a atenção quanto à possibilidade de trazer ao estilo objetivo, formal, como o que você terá de desenvolver nas questões abertas desta prova. Gabarito: E

Questão 50: Prefeitura Camaçari 2010 – Analista (banca AOCP) O título do texto “Burocracia toma mais tempo de diretor do que pedagogia” apresenta uma relação lógico-semântica de

(A) comparação. (B) consecução. (C) concessão. (D) causa. (E) explicação. Comentário: A conjunção “que” antecipada do termo “mais” forma a comparação de superioridade, por isso a alternativa correta é a (A). Gabarito: A

Com verbo expresso.

Verbo subentendido

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Questão 51: Prefeitura Santo Agostinho – 2010 – Contador (banca AOCP) “O uso excessivo de umidificadores de ar pode ser tão prejudicial à saúde quanto o ar seco...”

As expressões destacadas estabelecem, no texto, uma relação lógico-semântica de

(A) conformidade. (B) condição. (C) concessão. (D) causa. (E) comparação. Comentário: A expressão “tão...quanto” possui valor comparativo. Por isso, a alternativa correta é a (E). Gabarito: E

Questão 52: Prefeitura Lagarto – 2011 – Auditor Fiscal (banca AOCP) “Assinada pela presidente Dilma Rousseff e pelos ministros da Justiça e da Educação, a medida vale tanto para condenados em regime fechado ou semiaberto.”

A relação lógico-semântica que se estabelece no fragmento destacado é a de

(A) proporção. (B) alternância. (C) comparação. (D) consecução. (E) conformidade. Comentário: Os conectivos adequados para a frase seriam “tanto...quanto”, “tanto...como”. Veja:

“...a medida vale tanto para condenados em regime fechado quanto para osemiaberto...”

“...a medida vale tanto para condenados em regime fechado como para osemiaberto...”

Isso nos mostra que a conjunção “ou” não possui valor alternativo, apenas ajuda no valor de comparação. Cuidado com as expressões “tanto...quanto”, “tanto...como”. Elas, além de transmitir o valor comparativo, também podem expressar uma adição:

“...a medida vale para condenados em regime fechado e para o semiaberto...”

Veja que as alternativas não inseriram o valor aditivo. Assim, a alternativa correta é a (C). Gabarito: C

6. Conformativas: exprimem acordo ou conformidade de um fato com outro. Suas conjunções são: como, conforme, segundo, consoante. Geralmente é usado para reforçar argumento. A oração principal é a declaração feita pelo autor e a oração subordinada adverbial conformativa é a base de sustentação do argumento, muito marcado por leis, regulamentos, fala de especialistas, etc. Esse valor adverbial é vastamente explorado como argumento de autoridade:

Como disse o prefeito, o IPTU vai subir 5% este ano. “Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi contar.” (Machado de Assis) Conforme prevê o artigo 37 da CF, o serviço público é impessoal. Consoante opinam alguns, a história se repete.

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Questão 53: TCE-TO – 2009 – Nível superior (banca CESPE) Fragmento do texto: Meu pai era um homem bonito com muitas namoradas, jogava tênis, nadava, nunca pegara uma gripe — até ter um derrame cerebral. Vivia envolvido com “sirigaitas”, como minha mãe as chamava, e com fracassos comerciais crônicos.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) No trecho “Vivia envolvido com ‘sirigaitas’, como minha mãe as chamava, e com fracassos comerciais crônicos” (l. 3 e 4), é facultativo o emprego da vírgula antes da conjunção coordenada “e”. Comentário: A vírgula antes da conjunção “e” não tem relação com essa conjunção, mas com a oração subordinada adverbial conformativa “como minha mãe as chamava”. Estando essa oração intercalada, deve ficar separada por dupla vírgula. Por esse motivo, não se pode retirar a vírgula antes da conjunção “e”. Gabarito: E

7. Proporcionais: iniciam ideia de proporção, com as locuções conjuntivas à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais ... tanto mais, quanto mais ... tanto menos, quanto menos ... tanto menos, quanto menos ... tanto mais, quanto mais ... mais, quanto menos ... menos, tanto ... quanto (como).

Os alunos respondiam, à medida que eram chamados. À proporção que subiam a montanha, o ar ia ficando rarefeito. O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai diminuindo. Tanto gostava de um quanto aborrecia o outro.

Não são corretas as locuções à medida em que, na medida que, a medida que, com valor de proporção, cabendo apenas à medida que. Outro detalhe, não há crase em locuções conjuntivas de outro valor, somente há nas proporcionais: “à medida que” e “à proporção que”.

Vimos que a locução conjuntiva “na medida em que” é causal. Ela pode também fazer parte de estrutura oracional adjetiva, a qual será vista na próxima aula.

Compare todos: “À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem.”

oração subordinada adverbial proporcional + oração principal

"O Brasil exportou mais na medida em que a indústria e a pecuária estão fortalecidas." oração principal + oração subordinada adverbial causal

“A expansão da lavoura algodoeira não pôde produzir-se em São Paulo na mesma medida em que se produziu noutras terras.”

oração principal + oração subordinada adjetiva restritiva

Observação: A locução conjuntiva ao passo que deve receber especial atenção, pois pode agregar três valores semânticos distintos. Ela possui valor de tempo concomitante e se estende à proporção (que também possui a concomitância temporal) e à oposição (pois também pode agregar, além do valor de tempo concomitante, o de adversidade): Subordinada adverbial proporcional:

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“Pequenos cogumelos, ao passo que devoram os tecidos dos insetos, semeiam os seus esporos mortais.” (= à proporção que)

Subordinada adverbial temporal: Ela dormia, ao passo que o professor dissertava. (= enquanto)

Coordenativa adversativa: É feia, ao passo que a irmã é bonita. (= mas)

Deve-se entender, antes de tudo, que esta locução conjuntiva transmite tempo concomitante e, dependendo do contexto, transmite os outros dois valores semânticos. Perceba que a proporção se dá com uma ideia de evolução temporal, os processos verbais vão se acumulando, progredindo temporalmente, de forma diferente dos outros valores semânticos.

Questão 54: ALERJ – 2011 – Digitador (banca CEPERJ) No trecho “A escrita cursiva está seguindo o rumo tomado pelos dinossauros, à medida que os teclados de computador e os smartphones são cada vez mais usados pelos jovens.” (Folha de S. Paulo, 27/06/2011) a sintaxe que se estabelece entre as orações pelo conector em destaque tem valor de:

A) causa B) alternância C) tempo D) proporção E) consequência Comentário: A locução conjuntiva “à medida que” inicia a oração subordinada adverbial proporcional. Assim, a alternativa (D) é a correta. Gabarito: D

Questão 55: TCE-PE – 2004 – Auditor C Pub (banca CESPE) Fragmento do texto: Identidade nacional, hierarquia social e liderança político-econômica iam sendo reconfiguradas e impostas pelos portugueses-abrasileirados à medida que um projeto de nação, já no terceiro século colonial, começava a iluminar as cabeças mais revolucionárias, convencendo as elites (não tenhamos ilusões) e, indiretamente, a população das cidades de maior projeção econômica a dar o chute inicial no processo de expulsão do colonizador metropolitano, o português, ou qualquer outro povo invasor.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Mantêm-se a correção gramatical e as informações originais do trecho ao se substituir a expressão “à medida que” (l.3) por à proporção que. Comentário: A locuções conjuntivas “à medida que” e “à proporção que” são adverbiais proporcionais, por isso podem ser trocadas, permanecendo o sentido e a correção gramatical. Gabarito: C

8. Finais: indicam finalidade, objetivo, com as locuções conjuntivas: para que, a fim de que, que (= para que), porque (= para que):

Afastou-se depressa, para que não o víssemos. Viemos aqui a fim de que realizássemos um acordo. “Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis)

“Fez tudo porque eu não obtivesse bons resultados.” Muito utilizada é a forma reduzida de infinitivo:

Suportou todo tipo de humilhação para obter o visto americano.

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Questão 56: TCE-RO – 2007 – Controle Externo (banca CESGRANRIO) Assinale a opção em que o conjunto destacado NÃO atribui ao texto a idéia de FINALIDADE.

(A) Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história, para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente, o enigma brasileiro.

(B) Já independentes, continuamos a ser um animal muito estranho no zoológico das nações: sociedade recente, produto da expansão européia, concebida desde o início para servir ao mercado mundial

(C) Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram, em larga medida, infrutíferas.

(D) Houve muitos esforços meritórios para superar esse impasse. (E) ... tentava compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,

experimentaria o inevitável trânsito para a modernidade urbana e “americana” do século 20.

Comentário: Nas alternativas de (A) a (D), conseguimos substituir a preposição “para” pela locução prepositiva “a fim de”, “com o intuito de”. Veja:Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história, a fim de dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente, o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos a ser um animal muito estranho no zoológico das nações: sociedade recente, produto da expansão européia, concebida desde o início a fim de servir ao mercado mundial Durante muito tempo, as tentativas feitas a fim de compreender esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram, em larga medida, infrutíferas. Houve muitos esforços meritórios a fim de superar esse impasse.

Mas note que, na alternativa (E), a preposição “para” inicia um termo exigido pelo substantivo “trânsito” (trânsito de alguma coisa para outra). Assim, não conseguimos substituir pela locução “a fim de”, por isso não possui o valor de finalidade. Esse termo exigido pelo nome anterior será estudado na próxima aula. Cabe agora só sabermos que não possui valor de finalidade. Gabarito: E

Questão 57: TCE-AC – 2008 – Analista de Controle Externo (banca CESPE) Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

No trecho “Na Tailândia, tropas foram mobilizadas para conter a invasão aos campos de arroz”, o conector “para” estabelece uma relação de consequência entre as ações verbais das orações. Comentário: Note que podemos substituir a preposição “para” por “a fim de”. Assim, essa preposição não transmite valor de consequência, mas de finalidade. Gabarito: E

Questão 58: TCE-TO – 2009 – Nível superior (banca CESPE) Fragmento do texto: Antes tivera uma chapelaria, e as mulheres haviam deixado de usar chapéus. No fim, tinha um pequeno armarinho — sempre tivera lojas que fossem frequentadas principalmente por mulheres — na rua Senhor dos Passos. Minha mãe costumava aparecer na loja, para ver se alguma sirigaita andava por lá.

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Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) No trecho “Minha mãe costumava aparecer na loja, para ver se alguma sirigaita andava por lá” (l. 4 e 5), a oração iniciada pela preposição “para” expressa finalidade. Comentário: A preposição “para” pode ser substituída por “a fim de”. Isso confirma seu valor adverbial de finalidade. Gabarito: C

9. Temporais: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na oração principal, podendo ser um tempo geral, concomitante, antes ou depois de um referente. Suas conjunções: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que.

Não fale enquanto come. Mal você saiu, ela chegou. Só voltou a jogar quando se sentiu bem. Assim que chegou, foi para a cozinha.

A forma reduzida também é muito utilizada:

Terminada a festa, todos foram embora.

Questão 59: Colégio Pedro II-RJ – 2010 – Médico (banca AOCP) “Mas a ação dos anticorpos só vai ocorrer entre o sete e dez dias depois de a pessoa ficar doente.”

A oração destacada é subordinada adverbial

(A) final. (B) conformativa. (C) consecutiva. (D) causal. (E) temporal. Comentário: A oração “depois de a pessoa ficar doente” é iniciada pela preposição temporal “depois”, por isso é denominada oração subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo. Gabarito: E

Questão 60: TCE-SC – 2006 – Auditor-Fiscal C Ext (banca FEPESE) Fragmento do texto: Uma vez estabelecidas as prioridades, mediante autorização legislativa (aprovação da lei orçamentária ou de créditos especiais e complementares), opera-se a despesa (saída de dinheiro) pelas formas estabelecidas em lei e que serão adiante analisadas.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A oração “Uma vez estabelecidas as prioridades” pode ser substituída por “Depois que são estabelecidas as prioridades” sem prejuízo gramatical ou de sentido. Comentário: A estrutura “Uma vez estabelecidas as prioridades” é um adjunto adverbial, o qual transmite que uma ação (estabelecimento de prioridades) ocorreu antes de outra (operar a despesa).

Esse valor temporal é mantido com a inserção do verbo “são” e da locução conjuntiva temporal “Depois que”, passando a ocorrer uma oração subordinada adverbial temporal.

Assim, a afirmativa está correta.

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Gabarito: C

Questão 61: Pref Cantagalo – 2006 – Assistente Social (banca CEPERJ) A vírgula foi empregada para separar termos que possuem a mesma função sintática em:

A) “...para que se evitassem doenças como ataques cardíacos, derrames cerebrais, diabetes, reumatismos...”

B) “Até a segunda metade do século XX, a desnutrição foi nosso principal problema de saúde pública;”

C) “Infelizmente, quando ocorre aumento de peso, os sinais opostos são quase imperceptíveis...”

D) “Portanto, cerca de 50 milhões de pessoas deveriam perder peso para que se evitassem doenças...”

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois a expressão denotativa de exemplificação “como ataques cardíacos, derrames cerebrais, diabetes, reumatismos” possui quatro núcleos, os quais são separados pelas vírgulas. Assim, realmente elas separam termos de mesma função sintática.

Na alternativa (B), a vírgula ocorre porque o adjunto adverbial de tempo “Até a segunda metade do século XX” está antecipado.

Na alternativa (C), a dupla vírgula ocorre porque a oração subordinada adverbial temporal “quando ocorre aumento de peso” está intercalada.

Na alternativa (D), a vírgula ocorre porque se pode inseri-la após a conjunção coordenativa conclusiva (“Portanto”). Gabarito: A

Questão 62: São J.R.Preto - 2008 - Auditor Fiscal Tributário (banca VUNESP) Ao se cozer o leite, elimina-se microorganismos únicos e se perde a especificidade do produto.

Desenvolvendo-se a oração inicial do trecho, a conjunção a ser empregada é

(A) Quando. (B) Embora. (C) Portanto. (D) Ou. (E) Que. Comentário: Note que antes se coze o leite, assim os microorganismos únicossão eliminados e se perde a especificidade do produto.

Dessa forma, fica fácil perceber o valor temporal da oração “Ao se cozer o leite”.

A banca facilitou muito nossa vida, inserindo a conjunção “Embora” (adverbial concessiva), “Portanto” (coordenada conclusiva), “Ou” (coordenada alternativa) e “Que” ( a qual pode ter vários valores semânticos, mas não teria coerência neste contexto). Gabarito: A

Comentário do autor

Além das orações coordenadas, vistas no início da aula, também são estruturas independentes as orações intercaladas. Elas não fazem parte do grupo de orações coordenadas, pois são inserções feitas pelo autor, com desprendimento sintático, por isso podem ser separadas por vírgula, travessão ou parênteses. Essa estrutura é também chamada de expressão parentética ou comentário do autor e transmite certos valores semânticos:

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a) advertência: esclarece um ponto que o falante julga necessário:

Em 1945 – isto aconteceu no dia do meu aniversário – conheci um dos meus melhores amigos.

b) opinião: o falante aproveita a ocasião para opinar:

D. Benta (malvada que era) dizia que a sua doença impedia a brincadeira da garotada. (Machado de Assis)

c) desejo: o falante aproveita a ocasião para exprimir um desejo, bom ou mau:

José – Deus o conserve assim! – conquistou o primeiro lugar da classe.

d) escusa: o falante se desculpa:

“Pouco depois retirou-se: eu fui vê-la descer as escadas, e não sei por que fenômenos de ventriloquismo cerebral (perdoem-me os filósofos essa frase bárbara) murmurei comigo...” (Machado de Assis)

e) permissão: o falante solicita algo:

Meu espírito (permita-me aqui uma comparação de criança), meu espírito era naquela ocasião uma espécie de peteca.” (Machado de Assis)

f) ressalva: o falante faz uma limitação à generalidade de um enunciado:

Ele, que eu saiba, nunca veio aqui. “Cobiça de cátedras e borlas que, diga-se de passagem, Jesus Cristo

repreendeu severamente aos fariseus.” (Camilo Castelo Branco) Os livros, pode-se bem dizer, são o alimento do espírito.

g) esclarecimento, síntese ou conclusão do que foi enunciado:

“– A razão é clara: achava a sua conversação menos insossa que a dos outros homens.” (Machado de Assis)

“Não era desgosto: era cansaço e vergonha” (Cochat Osório) “Eu em sua igreja não mando: só assisto e apoio” (S. de Mello Breyner

Andressen)

Questão 63: TCE-PE – 2004 – Procurador (banca CESPE) Texto: A informação está cada vez mais ao nosso alcance. Mas a sabedoria, que é o tipo mais precioso de conhecimento, essa só pode ser encontrada nos grandes autores da literatura. Esse é o primeiro motivo por que devemos ler. O segundo motivo é que todo bom pensamento, como já diziam os filósofos e os psicólogos, depende da memória. Não é possível pensar sem lembrar — e são os livros que ainda preservam a maior parte da nossa herança cultural. Finalmente, e este motivo está relacionado ao anterior, eu diria que uma democracia depende de pessoas capazes de pensar por si próprias. E ninguém faz isso sem ler.

Harold Bloom. Leio, logo existo. In: Veja, 31/1/2004 (com adaptações).Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

Preservam-se a correção gramatical e a coerência textual ao se substituir o travessão, à linha 5, por vírgula ou por ponto-e-vírgula.

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Comentário: A expressão “e são os livros que ainda preservam a maior parte da nossa herança cultural” é uma inserção do autor, um comentário dele sobre o assunto. Essa expressão é chamada de comentário do autor, expressão intercalada ou expressão parentética.

Esse termo normalmente fica separado por vírgulas, travessões ou parênteses. Havendo vírgula interna neste trecho, pode-se separá-lo por ponto e vírgula do termo anterior. Mas isso também pode ocorrer quando a expressão for longa, como é o caso deste trecho. Veja:

Não é possível pensar sem lembrar — e são os livros que ainda preservam a maior parte da nossa herança cultural.

Não é possível pensar sem lembrar (e são os livros que ainda preservam a maior parte da nossa herança cultural).

Não é possível pensar sem lembrar, e são os livros que ainda preservam a maior parte da nossa herança cultural.

Não é possível pensar sem lembrar; e são os livros que ainda preservam a maior parte da nossa herança cultural.

Assim, a afirmativa está correta. Gabarito: C

Questão 64: TCE-SC – 2006 – Auditor-Fiscal (banca FEPESE) Fragmento do texto: Handelmann notou que para ser admitido como colono do Brasil no século XVI a principal exigência era professar a religião cristã: “somente cristãos” – e em Portugal isso queria dizer Católicos – “podiam adquirir sesmarias”.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A expressão “e em Portugal isso queria dizer Católicos” poderia vir entre parênteses ao invés de travessões, sem prejuízo gramatical ou de sentido. Comentário: A expressão “e em Portugal isso queria dizer Católicos” está entre travessões por ser um comentário do autor, por isso os travessões podem ser substituídos por parênteses ou vírgulas, sem prejuízo gramatical ou de sentido. Assim, a afirmativa está correta. Gabarito: C

Questão 65: Câmara M Petrópolis – 2010 – Contador (banca Dom Cintra) Fragmento do texto: Registrou-se correria de mais de duzentos curiosos que, a essa hora, ocupavam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investiu a multidão. Várias pessoas tropeçaram no corpo de Dario, que foi pisoteado dezessete vezes.

O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde identificá-lo – os bolsos vazios. Restava a aliança de ouro na mão esquerda, que ele próprio, quando vivo, só podia destacar umedecida com sabonete. Ficou decidido que o caso era com o rabecão. Entre as duas partes sublinhadas do período “O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde identificá-lo - os bolsos vazios” há uma relação de sentido que pode ser definida como de:

A) concessão e restrição; B) hipótese e condição;

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C) conclusão e explicação; D) consequência e causa; E) meio e finalidade. Comentário: A expressão “os bolsos vazios” é uma inserção do autor, chamada de comentário ou expressão parentética, intercalada; a qual é inserida para que o autor possa ser mais claro, seja com uma explicação, com uma adição de ideias ou para inserir uma causa, como fez neste contexto.

Note que, num retorno ao texto, poderíamos entender esta frase da seguinte forma:

O guarda aproximou-se do cadáver, mas não pôde identificá-lo, pois estava com os bolsos vazios.

A relação das duas primeiras orações é de oposição (oração inicial + oração coordenada adversativa); mas perceba que a banca grifou a relação apenas das duas orações finais. Dessa forma, a oração “pois estava com os bolsos vazios” é subordinada adverbial causal; já a oração “mas não pôde identificá-lo” é a principal em relação à terceira oração. Por esse motivo, é a consequência; pois sabemos que, sempre que tivermos uma oração subordinada adverbial causal, a oração principal dela será a consequência. Gabarito: D

O que devo tomar nota como mais importante?

• Esquema do período composto por coordenação

______________________ e ____________________. (aditiva)

______________________, mas _________________. (adversativa)

______________________ ou ___________________. (alternativa)

______________________, portanto ______________. (conclusiva)

______________________, pois _________________. (explicativa)

oração inicial oração coordenada sindética

• Principais conjunções e seus valores semânticos (coordenadas)

1) Aditivas: e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também, senão também, tanto...como.

2) Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto. 3) Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer. 4) Conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do

verbo), por isso, então, assim, em vista disso. 5) Explicativas: porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.

• Principais conjunções e seus valores semânticos (subordinadas)

Período composto por coordenação

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1) Causais: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver antecipada), já que, visto que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida em que, que, etc: 2) Consecutivas: I - conjunção que precedida de tal, tão, tanto, tamanho. II – locuções conjuntivas de maneira que, de jeito que, de ordem que, de sorte que, de modo que, etc: 3) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (=se não), a não ser que, a menos que, dado que. 4) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que (=embora não). 5) Comparativas: como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, tanto quanto, que nem, feito (=como, do mesmo modo que), o mesmo que (=como): 6) Conformativas: como, conforme, segundo, consoante. 7) Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais ... tanto mais, quanto mais ... tanto menos, quanto menos ... tanto menos, quanto menos ... tanto mais, quanto mais ... mais, quanto menos ... menos, tanto ... quanto (como). 8) Finais: para que, a fim de que, que (= para que), porque (= para que): 9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que.

• Esquema das possíveis construções da enumeração com divisão interna:

____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________ e _________.

____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________, e _________.

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________ e _________.

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________.

Grande abraço!!! Professor Terror

Lista de questões

1 2 3 4 5

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

6

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Questão 1: Auditor Fiscal de Tributos – Londrina-PR – 2007 (banca UEL COPS)

Nesse texto, o componente verbal é apresentado dentro dos balões que representam o diálogo travado pelos personagens da história em quadrinhos, sendo constituído de

a) duas sentenças exclamativas e duas interrogativas. b) três sentenças exclamativas e uma negativa. c) três sentenças interrogativas e uma afirmativa. d) duas sentenças exclamativas e duas negativas. e) duas sentenças interrogativas, uma negativa e uma afirmativa.

Questão 2: Auditor Fiscal Tributário – São J.R.Preto – 2008 (banca VUNESP) Fragmento do texto: E talvez esse seja o nó da questão da educação contemporânea que os pais podem desatar ou, ao menos, afrouxar: ao educar os filhos, precisam ter clareza de alguns princípios dos quais não abrem mão e, a partir desse norte, tomar as decisões sem se importar tanto com as decisões dos outros pais. Afinal, já que temos a oportunidade hoje de ter a riqueza da diversidade em educação, há que se aprender a conviver com ela, não?

“O que quero ensinar aos meus filhos, priorizar na educação deles?” Essa é a questão que os pais devem se fazer quando enfrentam situações que demandam decisões. Afinal: de festas, namoros, aprendizados diversos etc. eles terão muitas chances para desfrutar, mas da educação familiar, só enquanto estiverem sob a tutela dos pais. E esse tempo é curto, acreditem. No último parágrafo, as aspas empregadas indicam

(A) a fala hipotética de pais preocupados com a educação de seus filhos. (B) a transcrição de uma frase alheia de um especialista em educação familiar. (C) a divagação do autor, despreocupado com a questão da educação. (D) o realce a uma informação tratada com ironia pelo autor. (E) a citação de um dito popular que comprova o ponto de vista do autor.

Questão 3: IBASCAF – 2011 – Advogado (banca Fund. Dom Cintra) Fragmento do texto: Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não esquecer. O primeiro pré-homem que pensou “preciso me lembrar disto” deve ter olhado em volta procurando alguma coisa que ele ainda não sabia o que era. Era um pedaço de papel e uma Bic. Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc. Mas a

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angústia primordial foi a de perder o pensamento fugidio ou a cena insólita. Pense em quantas ideias não desapareceram para sempre por falta de algo que as retivesse na memória e no mundo. A história da civilização teria sido outra se, antes de inventar a roda, o homem tivesse inventado o bloco de notas. “Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc.”. O emprego da abreviatura etc no final desse período indica que:

A) o cronista não se lembra de todos os detalhes da evolução da escrita. B) o autor não considera importante citar as outras etapas da evolução da

escrita. C) o texto procura encaminhar o leitor para outros conhecimentos por meio de

alusões. D) a crônica tem finalidade humorística e a abreviatura causa uma quebra de

expectativa que favorece o riso. E) a abreviatura mostra que o texto tem rigor científico, procurando fornecer

todos os detalhes informativos ao leitor.

Questão 4: Sec Edu – 2011 – Inspetor (banca CEPERJ) Classifica-se como frase nominal:

A) “E por quê, amorzinho?” B) “– Manhê, eu não quero comer este queijo.” C) “Detesto!” D) “– Não me diga!” E) “Tá todo cheio de buracos!”

Questão 5: Correios – 2006 – Contador (banca AOCP) Em “Tudo no mundo é loucura, exceto a alegria.”, é correto dizer que se trata de:

a) Período simples. b) Período composto por coordenação. c) Período composto por subordinação. d) Período composto por coordenação e subordinação.

Questão 6: TCE-ES – 2004 – Controlador Rec Pub (banca CESPE) Fragmento do texto: Em suma, nossa imagem de nós mesmos, como país, dependeu sempre da forma como vimos a América Latina e nossa relação com nosso continente de origem e de inserção histórica comum.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) As ocorrências da conjunção “e” nas linhas 2 e 3 estabelecem a ligação entre os três complementos de “vimos” (l.2); por isso, a primeira delas admite ser substituída por vírgula sem prejuízo da estruturação sintática do período.

Questão 7: Banco Central do Brasil 2001 - Analista (banca ESAF) Fragmento do texto: O Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional - Proer está dando lucro para os cofres públicos, não prejuízo, como se ouve apregoar desde que os bancos falidos foram submetidos a essa reestruturação.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

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Pelo sentido textual, a vírgula entre “públicos” e “não”(ℓ.3) admite a substituição pela conjunção embora.

Questão 8: TCE-AC – 2008 – Analista de Controle Externo (banca CESPE) Fragmento do texto: Em geral, cinco fatores estão atuando, em escala mundial, nessa crise: o aumento da produção subsidiada de biocombustíveis; o incremento dos custos com a alta do petróleo, que chega a US$ 114 o barril, e dos fertilizantes; o aumento do consumo em países como China, Índia e Brasil;a seca e a quebra de safras em vários países; e a crise norte-americana, que levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos de hedge.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Na linha 2, o emprego de ponto e vírgula introduz uma sequência de enunciados.

Questão 9: Prefeitura CM – 2009 – Bioquímico (banca AOCP) Em “Não apenas de contestação, mas de produção cultural alternativa de qualidade nos anos 60...”, temos, para as conjunções destacadas, o valor semântico de

(A) conclusão. (B) oposição. (C) adição. (D) explicação. (E) adversidade.

Questão 10: Prefeitura Catu – 2007 – Assistente Social (banca AOCP) Leia a seguinte sentença: “Não precisaremos voltar ao médico nem fazer exames”. Assinale a alternativa que classifica corretamente as duas orações.

a) Oração coordenada assindética e oração coordenada adversativa. b) Oração principal e oração coordenada sindética aditiva. c) Oração coordenada assindética e oração coordenada aditiva. d) Oração principal e oração subordinada adverbial consecutiva. e) Oração coordenada assindética e oração coordenada adverbial consecutiva.

Questão 11: TCE-PE – 2004 – Auditor C Pub (banca CESPE) Fragmento do texto: Identidade nacional, hierarquia social e liderança político-econômica iam sendo reconfiguradas e impostas pelos portugueses-abrasileirados à medida que um projeto de nação, já no terceiro século colonial, começava a iluminar as cabeças mais revolucionárias, convencendo as elites (não tenhamos ilusões) e, indiretamente, a população das cidades de maior projeção econômica a dar o chute inicial no processo de expulsão do colonizador metropolitano, o português, ou qualquer outro povo invasor.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Na linha 4, a substituição da vírgula e da forma verbal de gerúndio “convencendo” pela expressão e a convencer preserva a correção gramatical do período sem exigir outras alterações no texto.

Questão 12: Banco Central do Brasil 2002 - Analista (banca ESAF) Fragmento do texto: O Brasil tem o maior e mais complexo sistema financeiro da América Latina, com 208 bancos, que se distribuem por mais de 17 mil agências e aproximadamente 15 mil postos de atendimento adicionais. Contudo, o desenvolvimento desse imenso complexo, nos últimos trinta anos

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foi profundamente marcado pelo crônico processo inflacionário que predominou, nesse período, na economia brasileira.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A substituição sugerida está de acordo com as idéias do texto acima e não exige outras transformações no texto para assegurar a correção gramatical: “Contudo, o desenvolvimento desse imenso complexo”(ℓ.4) O desenvolvimento de tal sistema, todavia,

Questão 13: TCE-SC – 2006 – Auditor-Fiscal (banca FEPESE) Nós nos consideramos importantíssimos, entretanto, é possível que Deus nos veja como uma espécie pretensiosa.

Na frase acima, a conjunção grifada tem o sentido de

(A) oposição. (B) explicação. (C) conclusão. (D) adição. (E) alternância.

Questão 14: Auditor Fiscal de Tributos Estadual – Amazonas – 2005 (banca NCE)Na coluna de um jornalista conhecido de O Globo, de 16 de julho de 2005, saiu publicado o seguinte texto:

“A agência do Unibanco, na esquina de José Linhares com Ataulfo de Paiva, no Leblon, no Rio, reservou um caixa só para os idosos”. Legal.

Pena que fique no segundo andar e a agência não tenha elevador. Os vovôs e vovós – “ai, meu joelho” – já chiaram à beça. Com razão.”

Os dois parágrafos que compõem a notícia se organizam estruturalmente por:

(A) comparação; (B) oposição; (C) causa/efeito; (D) concessão; (E) seqüência cronológica.

Questão 15: Auditor Fiscal de Tributos – Sorocaba – 2006 (banca VUNESP) Também estamos acostumados a pensar na memória como um arquivo que guarda um número significativo de lembranças, semelhante a um sótão que aloca uma quantidade de objetos de outros momentos da vida, que lá ficam quietos, guardados, disponíveis para o momento no qual precisamos deles e queremos reencontrá-los. No entanto, a forma na qual a psicanálise pensa o tempo e a memória está muito distante desta maneira de concebê-los.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A conjunção No entanto poderia ser substituída por Portanto, sem que houvesse prejuízo ao sentido da oração.

Questão 16: TCE-SP – 2009 – Agente Fiscalização (banca FCC) O emprego das vírgulas assinala a ocorrência de uma ressalva em:

(A) ... onde é vista como a pequena, mas muito respeitada, irmã. (B) ... que a Petrobras já detém, com reconhecido mérito, no restrito clube... (C) ... de que as reservas de gás de Bahia Blanca, ao sul de Buenos Aires, se

estão esgotando. (D) ... abrindo, ao mesmo tempo, novas oportunidades. (E) O gás associado de Tupi, na proporção de 15% das reservas totais, é

úmido e rico em etano... Questão 17: MPE RJ Superior 2007 (banca NCE)

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Ainda há uma dificuldade em relacionar os problemas ambientais aos nossos hábitos de consumo cotidianos. Quando compramos uma roupa, não pensamos nos agrotóxicos usados na plantação de algodão ou no trabalho escravo encontrado nas fazendas.

Entretanto, se queremos justiça social e preservação da natureza, vamos ter de mudar nossos hábitos de consumo. A palavra "entretanto", que inicia um dos parágrafos, foi empregada para introduzir:

(A) a exemplificação de uma idéia a partir de um novo argumento; (B) a contraposição a ser estabelecida entre uma solução e um problema; (C) o reforço de uma opinião polêmica anteriormente defendida; (D) a confirmação de uma idéia sugerida no parágrafo anterior; (E) a negação de uma tese contrária à que está sendo defendida.

Questão 18: Prefeitura Pinhais-PR – 2008 – Assistente Social (banca AOCP) Observe o seguinte enunciado: “João é rico, mas não paga suas contas”. Sobre ele, assinale a alternativa correta.

a) O sentido da conjunção é de adição. b) O sentido da conjunção é de subtração. c) Se trocarmos a conjunção por “e”, o sentido não se alterará. d) O enunciado possui um erro de ortografia. e) O enunciado possui um erro de concordância.

Questão 19: MAPA – 2010 – Economista (banca Dom Cintra) Fragmento do texto: Todas essas mutações do ambiente empresarial têm contribuído para que o paradigma emergente da sustentabilidade se transforme em tendência dominante. Assim, a maneira como as empresas irão conciliar e gerenciar os objetivos e as questões ambientais, sociais e econômicas é parte fundamental da qualidade gerencial contemporânea, não só para a geração de lucro, mas para o sucesso organizacional. Andrew W. Savitz ressalta que as empresas “precisam inserir as questões sociais em suas estratégias, de modo a refletir sua atual importância para os negócios”. Das modificações feitas abaixo na redação do trecho “não só para a geração de lucro, mas para o sucesso organizacional”, houve alteração de sentido em:

A) tanto para a geração de lucro, quanto para o sucesso organizacional. B) para a geração de lucro, bem como para o sucesso organizacional. C) não só para a geração de lucro, como também para o sucesso

organizacional. D) para a geração de lucro e para o sucesso organizacional. E) ora para a geração de lucro, ora para o sucesso organizacional.

Questão 20: Correios – 2006 – Contador (banca AOCP) Destaque a alternativa em que o termo sublinhado é uma conjunção coordenativa:

a) Quando olhaste bem nos olhos meus, e o teu olhar era de adeus... b) Conforme o tempo passa, seu aroma diminui. c) Se o meu time tivesse sido campeão, eu seria mais feliz.

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d) Carlos era um cético: ora amava Renata, ora amava Camila.

Questão 21: Banco Central do Brasil 2002 - Analista (banca ESAF) Fragmento do texto: Segundo dados da ONU, dois terços da população mundial não se sente representada por seus governos e tem uma péssima opinião sobre a honestidade e sentido público dos políticos, muitas vezes sendo o voto uma manifestação “mais contra o que se teme, do que a favor do que se espera”.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A conjunção “e”(ℓ.2), além de ter o valor semântico de adicionar uma idéia a outra, tem, no texto, também o valor de introduzir uma conseqüência para a oração anterior.

Questão 22: Banco Central do Brasil 2002 - Analista (banca ESAF) Fragmento do texto: A indústria cultural, além disso, cria a ilusão de que a felicidade não precisa ser adiada para o futuro, por já estar concretizada no presente – basta lembrar o caso da telenovela brasileira. E, finalmente, ela elimina a dimensão crítica ainda presente na cultura burguesa, fazendo as massas que consomem o novo produto da indústria cultural esquecerem sua realidade alienada. Com a dissolução da obra de arte e da cultura no cotidiano, extinguem-se a remessa para o futuro e a promessa de felicidade, inerentes à obra de arte burguesa.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Segundo a argumentação do texto, a forma verbal de gerúndio “fazendo”(ℓ.4) corresponde a e faz e está sendo empregada com o valor de causa.

Questão 23: Banco Central do Brasil 2001 - Analista (banca ESAF) Fragmento do texto: O Banco Central deixa de ser responsável pela intermediação das ordens de pagamento, transferindo essa atribuição para um conjunto de câmaras de compensação e liquidação (clearings), que passam a garantir a finalização destas operações.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A forma verbal “transferindo”(ℓ.2) pode ser substituída, sem prejuízo para a correção do período, por e transfere, eliminando-se a vírgula após “pagamento”(ℓ.2).

Questão 24: Banco Central do Brasil 2002 - Analista (banca ESAF) Fragmento do texto: Segundo dados da ONU, dois terços da população mundial não se sente representada por seus governos e tem uma péssima opinião sobre a honestidade e sentido público dos políticos, muitas vezes sendo o voto uma manifestação “mais contra o que se teme, do que a favor do que se espera”.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A estruturação sintática do período admite que a vírgula após “políticos”(ℓ.3) seja substituída por ponto final sem que isso prejudique a correção gramatical ou a coerência do texto.

Questão 25: MAPA – 2010 – Economista (banca Dom Cintra)

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Fragmento do texto: Numa sociedade em rápida mutação, onde o sucesso das organizações é em geral medido unicamente através do resultado financeiro, e onde os bens mudam de mãos assim como as ideias, a sustentabilidade surge como princípio fundamental para quem quer fazer negócio num mundo interdependente, sendo o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. Considerando-se a estrutura sintática do período que constitui o parágrafo acima, o desenvolvimento da oração reduzida de gerúndio “sendo o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro”, sem se alterar o sentido do período, pode ser feito com a seguinte redação:

A) e é o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. B) embora seja o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. C) à medida que se torna o alicerce para que as empresas mapeiem seu

roteiro futuro. D) todavia é o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. E) desde que seja o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro

futuro.

Questão 26: REFAP / 2007 / Superior (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: Ser aceito é ser percebido antes de ser entendido. É ser acolhido antes de ser querido. É ser recebido antes de ser conhecido. É ser experimentado antes da experiência. É, pois, um estado de compreensão prévia, que abre caminho para uma posterior concordância ou discordância, sem perda do afeto natural por nossa maneira de ser. “É, pois, um estado de compreensão prévia”. Assinale a opção em que o vocábulo destacado tem o mesmo valor semântico que o do destacado na passagem acima.

(A) Ele é tão irreverente que chega a ser mal educado. (B) Como disse a verdade, não foi punido. (C) Você foi injusto com seu amigo; deve, portanto, desculpar-se com ele. (D) Não veio à reunião, pois estava acamado. (E) Fiquei atento porque você será chamado a seguir.

Questão 27: BNDES / 2009 / Superior (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: Para chegar a esta conclusão foram analisados três fatores: as pressões e as demandas no trabalho, o nível de ansiedade (somática, comportamental e cognitiva) e o nível de tensão muscular e a satisfação profissional.

Conclui-se, então, que o gerenciamento do estresse passa pelo desenvolvimento pessoal, além de programas efetivos de qualidade de vida no trabalho. Em “Conclui-se, então, que o gerenciamento do estresse passa pelo desenvolvimento pessoal,”, o conectivo destacado NÃO pode ser substituído, sem alteração de sentido, por:

(A) pois. (B) por conseguinte. (C) assim. (D) entretanto. (E) portanto.

Questão 28: Banco Central do Brasil 2001 - Analista (banca ESAF)

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Fragmento do texto: Dependendo da situação, a recuperação da estrutura operacional pode levar algumas horas e, no caso do SPB, afetar não só a instituição como eventuais parceiros. É importante o planejamento e a implementação de uma solução de continuidade de negócios.

Os riscos não são desprezíveis. Um estudo feito pela Universidade do Texas com empresas que sofreram uma perda catastrófica de dados concluiu que 43% jamais voltaram a operar, 51% faliram em dois anos e apenas 6% sobreviveram.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) À linha 5, a articulação semântica entre os dois períodos pode ser expressa pela conjunção tanto que.

Questão 29: TCE-RN – 2009 – Insp C Ext (banca CESPE) Fragmento do texto:

1

5

10

Estamos nos referindo à famosa Carta de Pero Vaz de Caminha dirigida em 1500 a el-rei dom Manuel, anunciando a descoberta de uma nova terra. E se essa carta não tivesse chegado ao seu destino, ao seu destinatário, se ela tivesse se extraviado, com se diz hoje no linguajar dos correios? Em virtude de naufrágio, seria uma hipótese. Por errância sem fim da caravela no caminho de volta à pátria, ou seja, por morte dos estafetas, seria outra hipótese. No entanto, a carta chegou ao seu destino. E, ao chegar às mãos do rei, no momento mesmo em que o rei de Portugal dela toma posse, também toma posse da terra e dos seres humanos por ela descritos pela primeira vez. A carta cria o acontecimento da descoberta do Brasil por um país europeu. Ela sela de vez o devir ocidental e cristão de uma terra e de seus habitantes, o devir de um futuro estado-nação chamado Brasil.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Fazendo os necessários ajustes nas letras iniciais maiúsculas, as relações semânticas entre as orações do texto permitem que o ponto logo após “hipótese” (l. 5) seja substituído pelo sinal de ponto e vírgula e o ponto logo depois de “europeu” (l. 11), pelo sinal de dois-pontos.

Questão 30: AGU Superior 2006 (banca NCE) Há um caminho simples: proibir. Há o caminho correto: educar. Pois cidadãos responsáveis e consumidores conscientes se forjam com informação. “Pois cidadãos responsáveis e consumidores conscientes se forjam com informação”; este terceiro período do primeiro parágrafo funciona como:

(A) justificativa do primeiro período; (B) explicação do segundo período; (C) causa do segundo período; (D) exemplificação do segundo período; (E) conclusão dos dois períodos anteriores.

Questão 31: ANAC Superior 2007 (banca NCE) “Houve alguma confusão acerca do que estava errado na prática da “maquiagem”. Uma empresa tem todo direito de diminuir, quando e quanto quiser, o volume contido na embalagem de seus produtos. O que estava

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errado na prática da “maquiagem”, e que configura um desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor, era que as empresas mudaram os seus produtos sem avisar clara e antecipadamente o consumidor do que estavam fazendo.”

Entre os três períodos desse parágrafo do texto, os conectores adequadamente empregados em lugar dos pontos seriam:

(A) pois – no entanto; (B) já que – embora; (C) visto que – apesar de; (D) porque – pois; (E) então – já que.

Questão 32: Banco Central do Brasil 2001 - Analista (banca ESAF) Fragmento do texto: A implementação do Sistema de Pagamentos Brasileiro - SPB altera todo o processo de transferência de recursos através do sistema financeiro. O Banco Central deixa de ser responsável pela intermediação das ordens de pagamento, transferindo essa atribuição para um conjunto de câmaras de compensação e liquidação (clearings), que passam a garantir a finalização destas operações. Algumas destas câmaras já existem há anos e são responsáveis pelas operações de liquidação e custódia de ações, ativos e derivativos. No novo cenário, ganham autonomia patrimonial, seguros e novos métodos de gestão de risco.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A articulação entre os dois primeiros períodos do texto pode ser expressa pela idéia de já que.

Questão 33: Banco Central do Brasil 2009 - Analista (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: Acredito na existência de vida em outros planetas. Tenho três adolescentes em casa. Embora seus corpos permaneçam nesta dimensão, suas mentes vagam bem além da ionosfera. As duas orações enunciadas estão ligadas por conectivo adequado ao sentido expresso no texto em:

(A) Acredito na existência de vida em outros planetas, mas tenho três adolescentes em casa.

(B) Acredito na existência de vida em outros planetas, pois tenho três adolescentes em casa.

(C) Acredito na existência de vida em outros planetas, posto que tenho três adolescentes em casa.

(D) Acredito na existência de vida em outros planetas, porém tenho três adolescentes em casa.

(E) Acredito na existência de vida em outros planetas, não obstante ter três adolescentes em casa.

Questão 34: MPE RJ Superior 2007 (banca NCE) "Nossa sociedade é chamada 'sociedade de consumo' porque consumir se tornou uma atividade cotidiana".

Assinale a opção que NÃO mantém na segunda oração a idéia causal:

(A) ...conquanto consumir se tornou uma atividade cotidiana;

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(B) ...porquanto consumir se tornou uma atividade cotidiana; (C) ...visto que consumir se tornou uma atividade cotidiana; (D) ...uma vez que consumir se tornou uma atividade cotidiana; (E) ...que consumir se tornou uma atividade cotidiana.

Questão 35: MPE RJ Superior 2007 (banca NCE) "Os jovens tiveram acesso ao crédito fácil demais nos últimos dois anos. Ficaram deslumbrados e perderam o controle", diz Antônio Praxedes, vice-presidente da Telecheque. Ao falar sobre o assunto, Praxedes utiliza o conectivo E para ligar os segmentos "ficaram deslumbrados" e "perderam o controle". Há duas relações entre esses dois segmentos: uma de adição, e outra de:

(A) comparação; (B) oposição; (C) proporcionalidade; (D) causalidade; (E) finalidade.

Questão 36: Petrobras / 2010 / Técnico (banca Cesgranrio) Em “E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, pois o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, uma vez que o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.”, o conectivo sublinhado introduz uma oração que, em relação à anterior, configura-se como

(A) condicional. (B) proporcional. (C) consecutiva. (D) causal. (E) concessiva.

Questão 37: Colégio Pedro II-RJ – 2010 – Médico (banca AOCP) Fragmento do texto: O novo método de diagnóstico pode ser um reforço na luta que muitas cidades brasileiras travam contra a epidemia de dengue. Como o vírus é detectado logo depois de a pessoa ser contaminada, é possível começar o tratamento mais cedo. “Como o vírus é detectado logo depois de a pessoa ser contaminada, é possível começar o tratamento mais cedo.”

A relação lógico-semântica apresentada pela conjunção destacada é a de

(A) comparação. (B) conformidade. (C) causa. (D) consecução. (E) proporção.

Questão 38: Prefeitura Santo Agostinho – 2010 – Contador (banca AOCP) “Mas, segundo ele, quem tem o aparelho mais sofisticado, com o timer, pode programar esse mesmo tempo durante o sono, já que o aparelho desliga sozinho.”

A locução conjuntiva destacada acima pode, na posição em que se encontra, ser substituída por todas as locuções abaixo, EXCETO por

(A) dado que. (B) visto que. (C) como. (D) porquanto. (E) uma vez que.

Questão 39: Pref Belford Roxo – 2011 – Intérprete de Libras (banca CEPERJ) Entre as orações sublinhadas no trecho “É que eu achava o mundo tão interessante que não suportava ficar deitado, vendo-o passar.” se estabelece

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relação semântica de:

A) conclusão B) consequência C) tempo D) modo E) causa

Questão 40: MAPA – 2010 – Economista (banca Dom Cintra) Fragmento do texto: Numa sociedade em rápida mutação, onde o sucesso das organizações é em geral medido unicamente através do resultado financeiro, e onde os bens mudam de mãos assim como as ideias, a sustentabilidade surge como princípio fundamental para quem quer fazer negócio num mundo interdependente, sendo o alicerce para que as empresas mapeiem seu roteiro futuro. A última oração do período “Andrew W. Savitz ressalta que as Empresas ‘precisam inserir as questões sociais em suas estratégias, de modo a refletir sua atual importância para os negócios’” exprime em relação à anterior o sentido de:

A) consequência; B) causa; C) concessão; D) condição; E) comparação.

Questão 41: TCE-AC – 2008 – Analista de Controle Externo (banca CESPE) Fragmento do texto: “Se os países decidem adotar programas de biocombustíveis, quer o façam por segurança energética, quer o façam por outros motivos, precisam olhar com atenção quando temos chamados de emergência”, disse.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) No trecho ‘precisam olhar com atenção quando temos chamados de emergência’, a substituição do termo ‘quando’ por se manteria a correção gramatical e o sentido do texto.

Questão 42: MPE RJ Superior 2007 (banca NCE) Nossa sociedade é chamada de "sociedade de consumo" porque

consumir se tornou uma atividade cotidiana que foi além da idéia inicial de satisfazer necessidades para se tornar até uma doença. Consumimos de forma impulsiva, e "ser alguém" passa a estar associado à posse de determinados produtos ou ao uso de determinados serviços.

O consumismo não existiria sem a publicidade, ferramenta fundamental para influenciar padrões de consumo, formar estilos de vida e, conseqüentemente, criar necessidades que, independentemente de serem físicas e biológicas, podem ser psicossociais. Na expressão "O consumismo não existiria sem a publicidade" (2° parágrafo), o sintagma "sem a publicidade" relaciona-se com o verbo "existir" atribuindo-lhe um argumento:

(A) concessivo; (B) condicional; (C) consecutivo; (D) explicativo; (E) temporal.

Questão 43: Prefeitura Paranavaí – 2011 – Apoio Edu (banca AOCP) “Caso a instituição consiga melhorar a qualidade do ensino, as vagas podem ser ‘devolvidas’”.

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A relação lógico-semântica estabelecida entre as orações do fragmento acima é a de

(A) finalidade. (B) comparação. (C) causa. (D) condição. (E) tempo.

Questão 44: Colégio Pedro II-RJ – 2010 – Médico (banca AOCP) “‘Acreditamos que, em breve, já poderá ser implementado caso o sistema de saúde requeira nossos serviços...”

A oração destacada do fragmento é

(A) subordinada substantiva objetiva direta. (B) coordenada sindética explicativa. (C) subordinada adverbial concessiva. (D) subordinada substantiva subjetiva. (E) subordinada adverbial condicional.

Questão 45: Pref Cantagalo – 2006 – Assistente Social (banca CEPERJ) “Não me atrevo a passar a limpo tal encrenca. Mas o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.” — determina alteração semântica reescrever esses dois períodos do seguinte modo:

A) Ainda que não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.

B) Mesmo que não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.

C) Embora não me atreva a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.

D) Porque não me atrevo a passar a limpo tal encrenca, o homem cordial pode inspirar um passeio pela história.

Questão 46: Prefeitura N S Socorro – 2011 – Contador (banca AOCP) “Embora o plano geral de nossa vida já esteja traçado antes do nascimento, a teoria do carma deixa espaço à liberdade humana...”

A relação lógico-semântica estabelecida entre as orações acima é a de

(A) causa. (B) concessão. (C) conformidade. (D) consecução. (E) finalidade.

Questão 47: TCE-AC – 2008 – Analista de Controle Externo (banca CESPE) Fragmento do texto: Sapucaia era a nossa pátria comum. Embora todos os parentes estivessem dispersos, ali nasceu o tronco da família.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A conjunção “Embora” pode ser substituída por Porquanto, sem que seja alterado o sentido do texto ou prejudicada a sua correção gramatical.

Questão 48: TCE-PB – 2006 – Assistente Jurídico (banca FCC) Os fins dos deputados franceses são justos, mas os meios acabam por criminalizar as palavras e a opinião.

A frase acima conservará o sentido e a correção caso se substitua o segmento

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sublinhado por

(A) conquanto os meios acabem. (B) desde que os meios acabem. (C) tendo em vista que os meios acabam. (D) contanto que os meios acabem. (E) uma vez que os meios acabam.

Questão 49: Banco Central do Brasil 2002 - Analista (Banca ESAF) Fragmento do texto: Livro tem começo, meio e fim. Como a vida. As grandes narrativas favorecem a nossa visão histórica e criam o caldo de cultura no qual brotam as utopias.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A substituição proposta para o trecho sublinhado prejudica a correção gramatical do texto: Livro tem começo, meio e fim, do mesmo modo que a vida.

Questão 50: Prefeitura Camaçari 2010 – Analista (banca AOCP) O título do texto “Burocracia toma mais tempo de diretor do que pedagogia” apresenta uma relação lógico-semântica de

(A) comparação. (B) consecução. (C) concessão. (D) causa. (E) explicação.

Questão 51: Prefeitura Santo Agostinho – 2010 – Contador (banca AOCP) “O uso excessivo de umidificadores de ar pode ser tão prejudicial à saúde quanto o ar seco...”

As expressões destacadas estabelecem, no texto, uma relação lógico-semântica de

(A) conformidade. (B) condição. (C) concessão. (D) causa. (E) comparação.

Questão 52: Prefeitura Lagarto – 2011 – Auditor Fiscal (banca AOCP) “Assinada pela presidente Dilma Rousseff e pelos ministros da Justiça e da Educação, a medida vale tanto para condenados em regime fechado ou semiaberto.”

A relação lógico-semântica que se estabelece no fragmento destacado é a de

(A) proporção. (B) alternância. (C) comparação. (D) consecução. (E) conformidade.

Questão 53: TCE-TO – 2009 – Nível superior (banca CESPE) Fragmento do texto: Meu pai era um homem bonito com muitas namoradas, jogava tênis, nadava, nunca pegara uma gripe — até ter um derrame cerebral. Vivia envolvido com “sirigaitas”, como minha mãe as chamava, e com fracassos comerciais crônicos.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) No trecho “Vivia envolvido com ‘sirigaitas’, como minha mãe as chamava, e com fracassos comerciais crônicos” (l. 3 e 4), é facultativo o emprego da vírgula antes da conjunção coordenada “e”.

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Questão 54: ALERJ – 2011 – Digitador (banca CEPERJ) No trecho “A escrita cursiva está seguindo o rumo tomado pelos dinossauros, à medida que os teclados de computador e os smartphones são cada vez mais usados pelos jovens.” (Folha de S. Paulo, 27/06/2011) a sintaxe que se estabelece entre as orações pelo conector em destaque tem valor de:

A) causa B) alternância C) tempo D) proporção E) consequência

Questão 55: TCE-PE – 2004 – Auditor C Pub (banca CESPE) Fragmento do texto: Identidade nacional, hierarquia social e liderança político-econômica iam sendo reconfiguradas e impostas pelos portugueses-abrasileirados à medida que um projeto de nação, já no terceiro século colonial, começava a iluminar as cabeças mais revolucionárias, convencendo as elites (não tenhamos ilusões) e, indiretamente, a população das cidades de maior projeção econômica a dar o chute inicial no processo de expulsão do colonizador metropolitano, o português, ou qualquer outro povo invasor.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Mantêm-se a correção gramatical e as informações originais do trecho ao se substituir a expressão “à medida que” (l.3) por à proporção que.

Questão 56: TCE-RO – 2007 – Controle Externo (banca CESGRANRIO) Assinale a opção em que o conjunto destacado NÃO atribui ao texto a idéia de FINALIDADE.

(A) Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história, para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente, o enigma brasileiro.

(B) Já independentes, continuamos a ser um animal muito estranho no zoológico das nações: sociedade recente, produto da expansão européia, concebida desde o início para servir ao mercado mundial

(C) Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram, em larga medida, infrutíferas.

(D) Houve muitos esforços meritórios para superar esse impasse. (E) ... tentava compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,

experimentaria o inevitável trânsito para a modernidade urbana e “americana” do século 20.

Questão 57: TCE-AC – 2008 – Analista de Controle Externo (banca CESPE) Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

No trecho “Na Tailândia, tropas foram mobilizadas para conter a invasão aos campos de arroz”, o conector “para” estabelece uma relação de consequência entre as ações verbais das orações.

Questão 58: TCE-TO – 2009 – Nível superior (banca CESPE) Fragmento do texto: Antes tivera uma chapelaria, e as mulheres haviam deixado de usar chapéus. No fim, tinha um pequeno armarinho — sempre tivera lojas que fossem frequentadas principalmente por mulheres — na rua Senhor dos Passos. Minha mãe costumava aparecer na loja, para ver se alguma sirigaita andava por lá.

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Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) No trecho “Minha mãe costumava aparecer na loja, para ver se alguma sirigaita andava por lá” (l. 4 e 5), a oração iniciada pela preposição “para” expressa finalidade.

Questão 59: Colégio Pedro II-RJ – 2010 – Médico (banca AOCP) “Mas a ação dos anticorpos só vai ocorrer entre o sete e dez dias depois de a pessoa ficar doente.”

A oração destacada é subordinada adverbial

(A) final. (B) conformativa. (C) consecutiva. (D) causal. (E) temporal.

Questão 60: TCE-SC – 2006 – Auditor-Fiscal C Ext (banca FEPESE) Fragmento do texto: Uma vez estabelecidas as prioridades, mediante autorização legislativa (aprovação da lei orçamentária ou de créditos especiais e complementares), opera-se a despesa (saída de dinheiro) pelas formas estabelecidas em lei e que serão adiante analisadas.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A oração “Uma vez estabelecidas as prioridades” pode ser substituída por “Depois que são estabelecidas as prioridades” sem prejuízo gramatical ou de sentido.

Questão 61: Pref Cantagalo – 2006 – Assistente Social (banca CEPERJ) A vírgula foi empregada para separar termos que possuem a mesma função sintática em:

A) “...para que se evitassem doenças como ataques cardíacos, derrames cerebrais, diabetes, reumatismos...”

B) “Até a segunda metade do século XX, a desnutrição foi nosso principal problema de saúde pública;”

C) “Infelizmente, quando ocorre aumento de peso, os sinais opostos são quase imperceptíveis...”

D) “Portanto, cerca de 50 milhões de pessoas deveriam perder peso para que se evitassem doenças...”

Questão 62: São J.R.Preto - 2008 - Auditor Fiscal Tributário (banca VUNESP) Ao se cozer o leite, elimina-se microorganismos únicos e se perde a especificidade do produto.

Desenvolvendo-se a oração inicial do trecho, a conjunção a ser empregada é

(A) Quando. (B) Embora. (C) Portanto. (D) Ou. (E) Que.

Questão 63: TCE-PE – 2004 – Procurador (banca CESPE) Texto: A informação está cada vez mais ao nosso alcance. Mas a sabedoria, que é o tipo mais precioso de conhecimento, essa só pode ser encontrada nos grandes autores da literatura. Esse é o primeiro motivo por que devemos ler. O segundo motivo é que todo bom pensamento, como já diziam os filósofos e os psicólogos, depende da memória. Não é possível pensar sem lembrar — e são os livros que ainda preservam a maior parte da nossa herança cultural.

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Finalmente, e este motivo está relacionado ao anterior, eu diria que uma democracia depende de pessoas capazes de pensar por si próprias. E ninguém faz isso sem ler.

Harold Bloom. Leio, logo existo. In: Veja, 31/1/2004 (com adaptações).Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

Preservam-se a correção gramatical e a coerência textual ao se substituir o travessão, à linha 5, por vírgula ou por ponto-e-vírgula.

Questão 64: TCE-SC – 2006 – Auditor-Fiscal (banca FEPESE) Fragmento do texto: Handelmann notou que para ser admitido como colono do Brasil no século XVI a principal exigência era professar a religião cristã: “somente cristãos” – e em Portugal isso queria dizer Católicos – “podiam adquirir sesmarias”.

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A expressão “e em Portugal isso queria dizer Católicos” poderia vir entre parênteses ao invés de travessões, sem prejuízo gramatical ou de sentido.

Questão 65: Câmara M Petrópolis – 2010 – Contador (banca Dom Cintra) Fragmento do texto: Registrou-se correria de mais de duzentos curiosos que, a essa hora, ocupavam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investiu a multidão. Várias pessoas tropeçaram no corpo de Dario, que foi pisoteado dezessete vezes.

O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde identificá-lo – os bolsos vazios. Restava a aliança de ouro na mão esquerda, que ele próprio, quando vivo, só podia destacar umedecida com sabonete. Ficou decidido que o caso era com o rabecão. Entre as duas partes sublinhadas do período “O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde identificá-lo - os bolsos vazios” há uma relação de sentido que pode ser definida como de:

A) concessão e restrição; B) hipótese e condição; C) conclusão e explicação; D) consequência e causa; E) meio e finalidade.

GABARITO

1. C 2. A 3. B 4. A 5. A 6. E 7. E 8. E 9. C 10. C

11. C 12. C 13. A 14. B 15. E 16. A 17. B 18. C 19. E 20. D

21. E 22. E 23. C 24. E 25. A 26. C 27. D 28. C 29. C 30. B

31. A 32. C 33. B 34. A 35. D 36. D 37. C 38. C 39. B 40. A

41. E 42. B 43. D 44. E 45. D 46. B 47. E 48. A 49. E 50. A

51. E 52. C 53. E 54. D 55. C 56. E 57. E 58. C 59. E 60. C

61. A 62. A 63. C 64. C 65. D