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Bacilos gram positivos não-formadores de esporos Profa Eloisa

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Bacilos gram positivos não-formadores de esporos

Profa Eloisa

Introdução

• Bacilos gram positivos aeróbios– Agrupados com base:

• Morfologia celular• Propriedades de coloração• Conteúdo de guanina + citosina (G+C)

• Grupo corineforme– Formado pelo gênero Corynebacterium e outros

gêneros relacionados compostos por:• Bacilos G (+), de forma irregular, não-formadores de

esporos, não-álcool-ácido-resistente, com alta constituição de guanina mais citosina

Corynebacterium spp

• Pequeno bastonete em forma de clava• Coloração de gram revela cadeias curtas –

configurações em V ou Y ou agrupamentos semelhantes a letras chinesas

Corinebactérias• 46 espécies – 30 relacionadas com doença humana• Aeróbias ou anaeróbias facultativas• Imóveis• Catalase positivas• Fermenta carboidratos• Algumas espécies possuem grânulos metacromáticos que são

reservas de fosfatos de elevada energia• Crescem bem em meios comuns de laboratório, algumas necessitam

de suplementação com lipídios (cepas lipofílicas), soro ou sangue• Em meios simples, as colônias se apresentam opacas, brancas ou

cinzas, enquanto que em meios ricos estas se mostram convexas com a superfície semi-opaca

Corinebactérias

• Ubíquas em vegetais e animais• Homem – colonizam a pele, as vias aéreas

superiores, trato gastrointestinal, trato urogenital

Corinebactérias• C. diphtheriae

– Difteria (respiratória, cutânea); faringite e endocardite (cepas não-toxigênicas)

• C. jeikeium– Septicemia, endocardite, infecções de ferimentos, infecções por corpos

estranhos (cateter, desvios, próteses)• C. urealyticum

– Infecções do trato urinário, incluindo pielonefrite e cistite alcalina, septicemia, endocardite, infecções de ferimentos

• C.pseudodiphtheriticum– Infecções do trato respiratório, endocardites

• C. pseudotuberculosis– Linfadenite, linfangite ulcerativa, formação de abscessos

• C. ulcerans– Difteria resiratória

Corynebacterium diphtheriae• Agente etiológico da difteria• Seres humanos: único reservatório conhecido• Bacilo pleomórfico que se cora irregularmente• Presença de grânulos metacromáticos (corados

pelo azul de metileno) ou coloração de Albert-Laybourn* (que caracterizam as bactérias conhecidas como difteróides)– *corpúsculos citoplasmáticos localizados nas

regiões polares (corpúsculos metacromáticos ou corpúsculos de Babes Ernst), que se coram pelo Lugol forte (de cor marrom), se evidenciando, em contraste com o corpo bacilar, que se cora em verde-azulado pela solução de Laybourn.

Corynebacterium diphtheriae• Difteria– Doença transmissível aguda,

toxiinfecciosa, imunoprevenível, causada por bacilo toxigênico, que frequentemente se aloja nas amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, em outras mucosas e na pele. É caracterizada por placas pseudomembranosas típicas.

Corynebacterium diphtheriae

• Dependendo do tamanho e localização da placa pseudomembranosa, pode ocorrer asfixia mecânica aguda no paciente, o que muitas vezes exige imediata traqueostomia para evitar a morte

Corynebacterium diphtheriae

• Virulência– Associada a toxina diftérica (exotoxina)– Gene tox codifica a exotoxina – é introduzido nas

cepas de C. diphtheriae por um bacteriófago lisogênico (fago beta).

C. diphtheriae

Corynebacterium diphtheriae

• Cultura– Isolamento a partir de material de

nasofaringe e garganta– Cultura em meios não-seletivos– Meios especiais: ágar cisteína-

telurito, ágar soro telurito, meio de Löffler

Corynebacterium diphtheriae

• Foram descritas 3 morfologias coloniais para C. diphtheriae em meio ágar cisteína-telurito:– Gravis: grandes e irregulares e cinzentas– Intermedius: pequenas, achatadas e cinzentas– Mitis: pequenas, redondas, convexas e pretas

Difteria

C. Pseudotuberculosis no AS C. diphtheriae em Mueller Telurito

C. diphtheriae em Telurito

Provas de Identificação

Provas de Identificação

Prova de Elek• Teste de Toxicidade– Imunodifusão in vitro

TESTE DE SCHICK

• Testar a imunidade– Determinar a ação de anticorpos

neutralizantes no indivíduo– Injeção intradérmica de toxina

diftérica– Se anticorpos neutralizantes

presentes: não há reação cutânea

– Se ausentes: edema localizado com necrose

Listeria spp

• São bacilos uniformes, não ramificados, apresentando-se só ou em pequenas cadeias.

• A única espécie importante para o homem entre as sete espécies conhecidas é a L. monocytogenes. – Móvel a temperatura ambiente (25 a 28 o C) e imóvel a

37 o C. Encontrada na natureza no solo, em matéria orgânica em decomposição, água, leite e derivados, carne, etc.

– Sendo encontrada como microbiota de diversos mamíferos, aves, peixes, e insetos.

Listeria spp

• Tem importância clínica particularmente para idosos e imunocomprometidos causando meningite, encefalite ou septicemia.

• Na grávida a infecção pode causar amnionite, infecção do feto com aborto, parto prematuro, meningite neonatal e sepse neonatal.

• Pode ocorrer em surtos, em geral relacionados a contaminação de alimentos.

Isolamento e Identificação

• Crescem em ágar sangue, ágar Chocolate, CLED, ágar nutriente, TSA e ágar Mueller Hinton, mas não em Mac Conkey.

• As colônias são pequenas, crescendo melhor entre 30 a 37 o C, e crescem também à temperatura ambiente e a 4 o C em três a quatro dias.

Identificação

• Bacilo Gram positivo anaeróbio facultativo, catalase positiva, oxidase negativa, que produz ácido de glicose.

• Hemólise beta em ágar sangue de carneiro, CAMP positivo, motilidade positiva à temperatura ambiente, hidrólise da esculina positiva e NaCl 6,5% positiva.

• Prova da esculina rapidamente positiva, assim como uréia, gelatina, indol e H 2 S negativas

Identificação bioquímica