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Rickettsiales Rickettsiales Rickettsiales Rickettsiales Rickettsiales Rickettsiales Rickettsiales Rickettsiales

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RickettsialesRickettsialesRickettsialesRickettsialesRickettsialesRickettsialesRickettsialesRickettsiales

FamFamíília das Rickettsiaceaelia das Rickettsiaceae

� 4 géneros:RickettsiaOrentiaCoxiellaEhrlichia

RickettsieaeaeRickettsieaeae

� Pleomórficas, muito pequenas, bacilos ou coco-bacilos

� Não coram bem pelo Gram; Giemsa, Gimenez..

� Parede tipo Gram neg. � Parasitas intracelulares obrigatórios� Só sobrevivem dentro de um hospedeiro� Necessitam do ATP do hospedeiro� São parasitas energéticos- translocadores

ATP/ADP

� Como as podemos fazer crescer e isolar em meios sintéticos, sem ATP????

São impossíveis de cultivar em meios arteficiais; podemos cultivá-las em células vivas

� Serão vírus, já que são tão pequenas e usam o hospedeiro para a sua reprodução???

Embora partilhem algumas características dos vírus: - têm RNA e DNA

- sintetizam as suas próprias proteínas- são sensíveis a antibióticos

RelaRelaçções com as ões com as ChlamydiaChlamydiadão doenças diferentes

- Chlamydia : pessoa a pessoaRickettsia : vector artrópode (excepto febre Q)

- Rickettsia replicam- se livremente no citoplasma Chlamydia em endossomas

- Rickettsia : tropismo para as células endoteliaisChlamydia: tropismo para epitélio escamoso

ClClíínica das Rickettsiosesnica das Rickettsioses

- Maioria das ricketsioses dão doença sistémica com:

rash, febre e cefaleias violentasaumento baço e fígado

- excepto febre Q e ehrlichiose

EpidemiologiaEpidemiologia

� Sobrevivência das Rickettsias na natureza necessita de

Ex: Homem/piolhoRato/pulgaCão/carraça

Excepto febre Q

artrópode

vertebrado

Resistência no ambienteResistência no ambiente

� Maioria sobrevive pouco tempo fora do vector ou do hospedeiro

� Destruídas pelo calor, secagem ou químicos

� R. prowazekii pode sobreviver meses à t. ambiente

� C. burnetti o mais resitente inclusive à pasteurização

PatogeniaPatogenia

� Maioria multiplica-se dentro das células endoteliais dos vasos periféricos-vasculite (excepto C. burnetti )

� Fácil disseminação pela corrente sanguínea� Trombose de pequenos vasos� Exantema� Vasculite muitos orgãos� Disturbios da coagulação

ProfilaxiaProfilaxia

� Luta contra o vector� Protecção do homem� Luta contra os reservatórios

DiagnDiagnóósticostico

� Inoculação em animais/ culturas de células� Reacções serológicas

- R. Weil-Felix- históricapouco sensível e pouco específica

- Imunofluorescência pesquisa de Atc anti-LPS, não específico de espécie; complementado com Western-blot

� PCR- ainda não específico de espécie

ReacReacçção de Weilão de Weil--FelixFelix

� Pesquisa de Atc contra Atg do Proteus

OX2OX19OXK

Falsos positivos: inf Proteus, leptospiroses, Borrelia, gravidez, doenças hepáticas...

Grupos de doenGrupos de doençças por as por Rickettsia Rickettsia e Ehrlichiae Ehrlichia

� Febrs exantemáticas- R. conorii

- R. rickettsii- R. australis- R. sibirica- R. akari

� Tifo- R. prowazekii

- R. typhi- O. tsutsugamushi

Grupos de doenGrupos de doençças por as por Rickettsia Rickettsia e Ehrlichiae Ehrlichia� Febre Q

- Coxiella burnetii

� Ehrlichiae- E. chaffensis- Anaplasma phagocytophilum

Febres exantemFebres exantemááticasticas

� R. conorii� R. rickettsii (febre das Montanhas Rochosas)

� R. siberica� R. australis� R akari (varicela por Rickettsia)

RickettsiaRickettsiaconoriiconorii

� Agente da febre escaronodular (febre da carraça)ou febre botonosa

� Endémica em toda a área Mediterrânica

� Vector: Carraça do cão ou do bosqueMais frequente Abril a Outubro (ciclo de vida do vector); exposição longa- 24 a 48 h, saliva da carra ça

� Weil-Felix positiva Proteus OX2 e OX19/ IF

RickettsiaRickettsiaconoriiconorii

� Clínica: 2 a 14 dias após a mordedura (7 média)

- febre alta, arrepios, cefaleias- conjuntivite- mialgias-rash-exantema com início cotovelos, joelhos, palmas e plantas dos pés e mais tarde tronco (centripta)

Frequentemente resolve-se em 3 semanas

RickettsiaRickettsiaconoriiconorii

� Tratamento: doxiciclina ( Trimetroprim-sulfametoxazol-pode agravar a doença)

� Pode evoluir para a morte, principalmente se há atraso na terapêutica

� Remoção da carraça pode prevenir a infecção (6-10 horas)

RickettsiaRickettsiaakariakari

� Vector: ácaros do rato doméstico

� Weil-Felix negativa

� Doença moderada, auto-limitada, começa por uma pápula no local da mordedura- úlcera- escara

� febre e cefaleias (dias depois), outras vesículas v ão aparecer por todo o corpo (idêntico a varicela)

� Eliminação dos roedores previne a doença

TifoTifo

� 2 espécies de Rickettsia:Rickettsia prowazekii- forma epidémicaRickettsia typhi- forma endémica

� Diferentes reservatórios� Diferentes vectores� Doença semelhante

� Febre fluvial do JapãoO. tsutsugamusi

RickettsiaRickettsiaprowazekiiprowazekii

� Vector: piolho humano � Doença: tifo exantemático clássico , epidémico� Início súbito, altamente contagiosa� Relação com:

pobrezamás condições sanitáriasmeses frios

“Prowazekii is Prowar”

RickettsiaRickettsiaprowazekiiprowazekii

� Clínica:- febre, cefaleias após 2 semanas de incubação

- pequenas máculas rosa, em cerca de 40% dos casos; primeiro no tronco, todo o corpo (poupa palmas e plantas e f ace) - risco de tromboses e gangrena dos pés e das mãos. Resolve-se em 3 semanas; ocasionalmente fatal

� Weil-Felix positiva Proteus OX2 e OX19; IF método de escolha� Tratamento: tetraciclinas e cloranfenicol

melhoria das condições sanitárias

Doença de Brill-Zinsser: aqueles que recuperam da doença podem ficar com a bactéria no estado latente e com surtos da doença

- sintomas moderados (sem rash)- aumento de Ig G específicas- Weil-Felix negativa

RickettsiaRickettsiatyphityphi

� Vector: pulga dos ratos� Doença: tifo murino , endémico� Clínica não é tão severa como tifo epidémico mas

é grave� Weil-Felix positiva Proteus OX2 e OX19� Roedores são os reservatórios primários, sendo

a doença transmitida ao Homem pela pulga do rato (idêntico à peste bubónica)

� Tratamento: tetraciclinas ou cloranfenicol+ control pop. ratos e pulgas

OrientiaOrientia tsutsugamushitsutsugamushi

� Ásia e Pacífico Sul� Vector: larvas de ácaros que vivem no chão, os ácaros vivem

em roedores� Doença: tifo fluvial� Clínica: febre alta, cefaleias e prurido no local d a picada; mais

tarde aparece rash maculopapular no tronco em metade dos casos, desenvolve-se centrifugamente

� Weil-Felix positiva Proteus OXK

OrientiaOrientia

� Sem peptidoglicano e sem LPS� Coram pelo Giemsa � Sem flagelos� Estritamente intracelulares� Multiplicam-se dentro dos fagocitos e são então

libertados para infectar outras células

� Ehrlichia� Anaplasma� Coxiella

� Bactérias pequenas� Não coram pelo gram� Permanecem dentro de vacuolos nas células

fagocíticas� Não possuem LPS ou peptidoglicano

EhrlichioseEhrlichiose

� Cocos gram negativos, parasitas células hematopoiéticas: monócitos, macrófagos e granulócitos

� E. chaffensis infecta monócitos do sangue e fagócitos mononucleares ou granulócitos

� 1 a 3 semanas após mordedura da carraça� Sintomas gripais, febre, cefaleias e

mialgias� 30% dos casos rash tardio

AnaplasmoseAnaplasmose

� A. phagocytophilum infecta células granulociticas

� Após mordedura carraça� Mórula intracelular

CoxiellaCoxiellaburnetiiburnetii

� Morfologicamente semelhante às Rickettsias mas:- resistência ao calor e à secagem- produção formações semelhantes a esporos- existência extracelular- ligeiramente gram positivas- transmissão não necessita de vector; vivem em carraças e gado; esporos nas fezes secas, restos placentários e carcaças - transmissão por inalação ou ingestão leite não pasteurizado

Coxiella burnetiiCoxiella burnetii

�Clínica: Febre Q

- Início súbito, febre, suores, pneumonia moderada idêntica ao Mycoplasma pneumoniae

- hepatite, endocardite, miocardite e meningoencefali te podem ocorrer (formas crónicas)

-Richettsiose sem rash

-Patogenia: reacção Atg/Atc

Diagnóstico

cocobacilo Gram negativo

- ex. cultural- muito perigoso

- shell-vial (fibroblastos pulmonares) + IF- 6 a 14 dias a 37ºC

- PCR

- Pesquisa de Atc- IFI

- Hemoculturas negativas

- Weil-Felix negativo

BartonellaBartonellaquintana (Rochalimaeaquintana (Rochalimaea))

� Bactéria “Rickecttsia-like”� Não é parasita intracelular obrigatória� Vector: piolho humano� Doença: febre das Trincheiras� Clínica: febre, rash, cefaleias, dores severas nas

costas e pernas� Recaídas frequentes – 5 dias mais tarde� Semelhanças com tifo epidémico:

proporções epidémicas durante a guerramás condições sanitárias/ proliferação piolho

BartonellaBartonella henselaehenselae (Rochalimaea(Rochalimaea))

� Doença: doença da arranhadela do gato ou mordedela

� Clínica: tumefação de um gânglio regional, febre e mal estar, 3-10 dias após a lesão

� Habitual resolução sem complicações� Agente provável da angiomatose bacilar

(proliferação de pequenos vasos na pele e orgãos em ind. com AIDS)

� Diagnóstico- possível o exame cultural- hemoculturas lise/centrifugação- incubação 5 semanas