aula-8-cf2500
TRANSCRIPT
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
1/43
Interaes medicamentosas
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
2/43
Programa Conceito de interao medicamentosa.
Classificaes: Por severidade clnica; Por mecanismo.
Mecanismos da interao: Interao farmacutica, interao farmacodinmica,
interao farmacocintica.
Interaes de carter farmacodinmico: Interaes em receptores; interaespor somao ou sinergia funcional.
Interaes de carter farmacocintico: Interaes durante a absoro;interaes durante a distribuio; interaes durante o metabolismo; excreorenal; frmacos implicados mais freqentemente nas interaes.
Interaes entre drogas e alimento.
Deteco e preveno das interaes.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
3/43
O conceito de interao
Uma interao resulta quando os efeitos de umadroga so alterados de alguma forma pela presenade outra droga, por alimento, ou por exposioambiental. (Robertson e Penzak, 2007).
Se denomina interao farmacolgica a ao que umfrmaco exerce sobre outro, de modo que esteexperimente uma mudana quantitativa ou qualitativaem seus efeitos. Em toda interao h, pois, um
frmaco cuja ao modificada e outro ou outros queagem como precipitantes ou desencadeantes dainterao. Em alguns casos, a interao bidirecional (de Cos, 1998).
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
4/43
Descrevendo interaes
Existem vrios critrios para descrever umainterao medicamentosa.
Do ponto de vista clnico, descrevemos umainterao enumerando Os medicamentos ou classes de medicamentos
envolvidos;
O mecanismo pelo qual a interao ocorre; O efeito resultante; A severidade clnica.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
5/43
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
6/43
Severidade clnica
Interao menor: Apresenta conseqncias clnicaslimitadas, e no requer mudanas na terapia. P. ex.,furosemida e hidralazina interagem, sem efeito clinicamenterelevante.
Interao moderada: Requer mudanas na dosagem oumonitoramento de toxicidade. P. e.x, a interao entrerifampicina e isoniazida aumenta o risco de hepatotoxicidade.
Interao severa: Deve ser evitada sempre que possvel,
pois resulta em toxicidade sria. P. ex.: a interao entrecetoconazol e cisaprida leva prolongamento do intervalo Q-T e arritmia ventricular.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
7/43
[email protected]/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
8/43
Interaes farmacuticas
Referem-se s incompatibilidades fsico-qumicas entre duas substncias queimpedem-nos de mistur-las em umamesma soluo.
So de menor relevncia, pois bastaadministrar as drogas em soluesdiferentes.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
9/43
Interaes farmacodinmicas
Em receptores farmacolgicos: Interaes mltiplas,descritas pelo espectro agonista-antagonista.Algumas vezes podem ser exploradas clinicamente (p.ex., antagonismo do flumazenil no receptorbenzodiazepnico).
Somao e potenciao funcionais: Por somao (qdoo efeito de duas drogas administradasconcomitantemente aditivo) ou por sinergismo (o
efeito de duas drogas excede a soma de seus efeitosindividuais). A potenciao requer que as duasdrogas ajam em receptores diferentes ou emsistemas efetores diferentes.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
10/43
Interaes farmacocinticas
Envolvem a maior parte das interaesdescritas atualmente.
Envolvem a alterao das concentraes deuma determinada droga no plasma ou no stiode ao.
Ocorrem quando uma substncia (droga,alimento, substncia natural) altera aabsoro, distribuio metabolismo, oueliminao de outra droga.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
11/43
Frmacos potencialmentedesencadeadores da interao
farmacocintica Frmacos que mostram alta afinidade por protenas
plasmticas e, portanto, podem deslocar com mais facilidadeos outros frmacos de seus stios nessas protenas. P. ex.:AINEs.
Frmacos que alteram o metabolismo de outros frmacos porestimul-lo ou inibi-lo. P. ex.: alguns antiepilpticos,rifampicina (estimulantes do metabolismo); cimetidina,imidazis, alopuriol, fenilbutazona (inibidores dometabolismo).
Frmacos que alteram a funo renal e o clearance de outrosfrmacos. P. ex.: todos os diurticos, os aminoglicosdeos,alguns uricosricos.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
12/43
Frmacos potencialmente objetoda interao
Frmacos com curva dose-efeito com grande inclinao,onde pequenas alteraes na dose produzem grandesalteraes no efeito.
Frmacos que dependem de vias metablicas autoindutveisou facilmente saturveis para sua eliminao.
Frmacos que apresentam ndice teraputico pequeno, eoriginam toxicidade devido interao.
Exemplos: Hipoglicemiantes, anticoagulantes orais,antiepilpticos, antiarrtmicos, glicosdeos cardacos,contraceptivos orais, aminoglicosdeos, antineoplsicos,imunodepressores, frmacos com ao sobre o SNC.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
13/43
Interaes afetando a absoro
Podem resultar de mudanas na taxa de absoro, naextenso da absoro, ou ambas.
Mudanas na taxa de absoro no so clinicamenterelevantes quando a administrao crnica ou sub-crnica.Quando a administrao aguda (p. ex., analgsicos,hipnticos), uma reduo na taxa de absoro pode causarum atraso inaceitvel no incio do efeito farmacolgico.
A extenso pela qual uma droga absorvida por ser afetada
por mudanas no tempo de transporte ou na motilidadegastrointestinal, no pH gastrointestinal, na enzima CYP450intestinal e na atividade das protenas de transporte intestinal,e pela quelao da droga no trato GI.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
14/43
Alteraes na motilidade do trato GI
Medicamentos que alteram a motilidade do trato GI podemmudar a taxa com a qual uma droga transportada nointestino delgado, o principal stio de absoro para a maiorparte das drogas administradas v.o.
O agente pr-cintico metoclopramida, p.ex., aumenta a taxade transporte da droga pelo trato, aumentando a taxa deabsoro de certas drogas e aumentando a extenso daabsoro em alguns casos.
P. ex.: ainda que no sejam observadas mudanas na taxade clearance da ciclosporina, a AUC da curva concentrao-tempo e a concentrao srica mxima (C
max) da ciclosporina
aumentaram em 22% e 46%, respectivamente, quandoadministrada concomitantemente com a metoclopramida.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
15/43
Efeitos sobre a solubilidade
Para algumas drogas, a absoro limitada pela solubilidade deum composto, com a dissoluo sendo altamente dependente dopH gstrico.
O agente antiretroviral didanosina, p. ex., um composto lbil em
pH cido, e foi formulado originalmente como uma preparaotamponada para aumentar sua biodisponibilidade.
Outras drogas, como o itraconazol e o cetoconazol, requerem umambiente cido para serem adequadamente absorvidas. Assim,esses medicamentos devem ser administrados 2 horas antes ou 1
hora depois da administrao de anticidos ou drogas tamponadas.
Inibidores de bombas de prton e antagonistas do receptor H2
diminuem a absoro e concentrao plasmtica dessas drogas.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
16/43
Efeitos quelantes A absoro de certas drogas pode ser alterada pela formao de
complexos insolveis quando essas so expostas a ctions di- e trivalentesno trato GI.
Antibiticos da classe das quinolonas so quelados quando co-administrados com produtos que contenham magnsio, alumnio, clcio ou
ferro, limitando a absoro da quinolona de forma significativa.
A absoro da ciprofloxacina diminui cerca de 50-75% quandoadministradas entre duas horas antes e duas horas depois daadministrao de hidrxido de alumnio ou carbonato de clcio.
Tetraciclinas formam complexos com anticidos e com o ferro no trato GI.
Drogas adsorventes, como o carvo ativado e a colestiramina (agenteredutor de colesterol), ligam-se a diversos medicamentos quando co-administrados.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
17/43
Administrao com alimento
Pode alterar a biodisponibilidade e outrosparmetros farmacocinticos de medicamentos.
Inibidores da protease, p. ex., apresentamabsoro aumentada qdo administradas comalimentos, com um aumento de quase 500% nabiodisponibilidade.
Por outro lado, o inibidor de protease indinavir melhor absorvido com um estmago vazio.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
Droga Alimento Interao adversa
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
18/43
Droga Alimento Interao adversa
Antagonistas do clcio;terfenadina; cafena
Suco de toranja Aumento na biodisponibilidade; inibiodo metabolismo de primeira passagem;aumento na toxicidade
Inibidores da MAO Alimentos contendo tiramina (fgado, peixesdefumados, queijos, banana, abacate, sopas,cerveja, vinhos, iogurte, creme azedo,leveduras, nozes)
Palpitaes, dores de cabea, criseshipertensivas
Digotoxina Licorosos Toxicidade
Griseofulvina Alimentos gordurosos Nveis plasmticos aumentados
Preparaes de liberao lenta lcool Aumento nas taxas de liberao
Ltio Diminuio nas ingestes de sdio Toxicidade do ltio
Quinidina Dietas alcalinas Toxicidade da quinidina
Diurticos tiazdicos Carboidratos Aumento nas taxas de acar nosangue
Tetraciclinas Produtos lcteos; sulfato ferroso Diminuio na absoro
Vitamina B12 Altas doses de vitamina C Precipitao de deficincia de vitaminaB12
Fenfluramina Adio de vitamina C Antagonismo do efeito antiobesidade dafenfluramina
Benzodiazepnicos Cafena Antagonismo funcional da aoansioltica
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
19/43
Alteraes da microflora GI
Alteraes na flora normal do trato GI podem ser mecanismosimportantes na alterao na concentrao de diversas drogas,incluindo a digoxina, contraceptivos orais, e varfarina, quandoessas drogas so co-administradas com antibiticos.
Esse efeito controverso para uma srie de drogas. P. ex., adigoxina interage com macroldeos, um efeito que foi explicado pelaeliminao da Eubacterium lentum. No entanto, a maioria dosantibiticos no parece interagir com a digoxina, ainda queeliminem a E. lentum.
O exemplo mais tpico o da co-administrao de antibiticos econtraceptivos orais, cujo mecanismo parece ser uma diminuiona recirculao enteroheptica do contraceptivo, resultante de umaperda na hidrlise dos conjugados de esterides pela flora do trato.Existem poucas evidncias disso.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
20/43
Interaes que afetam adistribuio
Teoricamente, drogas que apresentam extensa ligao aprotenas plasmticas (> 90%) podem competir por stiosnessas protenas, aumentando a distribuio da droga.
Empiricamente, no entanto, existem poucas interaes clnicas
que podem surgir da alterao na extenso da ligao aprotenas.
Esse efeito importante para drogas metabolizadas de formarestritiva (ER < 0,3).
O aumento transitrio na concentrao plasmtica de droga livrepode ser clinicamente importante para drogas com distribuiolimitada, ndice teraputico estreito, ou com um tempo de meia-vida longo.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
s
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
21/43
[email protected]/12/2009 Interaes medicamentosas
A varfarina uma droga com taxa de extrao ER < 0,3; nesse exemplo, ela
deslocada de seus stios de ligao nas protenas plasmticas. Ainda que as
concentraes iniciais da varfarina aumentem inicialmente como resultado dessa
interao, elas depois retornam para os nveis anteriores. Como resultado, o
aumento no tempo de protrombina transitrio. Como a frao de droga no-ligada
aumentada, a quantidade total de varfarina (ligada + livre) se mantm deprimida,
conforme o tratamento com a droga que induz o deslocamento for continuado.Atkinson,R
eiderberger,Thom
ps
on,
ClinicalPha
rmac
ology
1982Am
erican
CollegeofPh
ysicians
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
22/43
[email protected]/12/2009 Interaes medicamentosas
Droga f u (%)
Cafena 0
lcool 0
Procainamida 10-20
Digoxina 30-40Gentamicina 40-50
Penicilina G 50-60
Teofilina 60
Fenobarbital 70
Carbamazepina 70-80
Quinidina 85
Fenitona 90
Tolbumamida 92-95
Propanolol 92-95
Diazepam 92-95
Digitoxina 97
Varfarina 99,5
Fenilbutazona 99,5
Dicumarol 99,9
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
23/43
Interaes afetando o metabolismo
O metabolismo de uma droga pode serdividido em duas etapas bsicas: fase I(reaes de oxidao, hidrlise ou reduo,mediada por membros da famlia de isozimas
CYP; e fase II (glicurunidao, sulfao,metilao, acetilao, conjugaoglicinrgica).
A modulao do metabolismo mediadopela CYP o mecanismo mais importantede interao medicamentosa.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
24/43
[email protected]/12/2009 Interaes medicamentosas
Isozima Substratos Indutores Inibidores
CYP1A2 Cafena, clozapina, tacrina,teofilina
Omeprazol, rifampicina, tabacoCimetidina, ciprofloxacino,diltiazem, eritromicina,fluvoxamina
CYP2C9 Amitriptilina, imipramina,diclofenaco, ibuprofeno, fenitona,tolbutamida
Rifampicina Amiodarona, cimetidina,cotrimoxazol, fluconazol,metronidazol, fluvastatina,fenilbutazona
CYP2C19 Diazepam, mefenitona,omeprazol
Rifampicina Felbamato, fluoxetina,fluvoxamina, omeprazol
CYP2E1 lcool, paracetamol, isoniazida lcool e isoniazida Disulfiram
CYP2D6 Amitriptilina, clomipramina,codena, haloperidol, paroxetina,risperidona, tioridazina, felcainida,propafenona, propanolol, timolol
Dexametasona, rifampicina Cimetidina, fluoxetina,fluvoxamina, haloperidol,cetoconazol, nasoprazol,paroxetina, quinidina,probenecid, ritonavir, sertralina,terbinafina, ticlopidina
CYP3A4 Alprazolam, diazepam,midazolam, triazolam, astemizol,terfenadina, cisaprida,carbamazepina,corticoesterides, ciclosporina,eritromicina, diltiazem,verapamilo, nifedipino, felodipino,lidocana, quinidina, lovastatina,sinvastatina
Carbamazepina,corticoesterides, fenobarbital,fenitona, rifampicina
Cimetidina, omeprazol,claritromicina, eritromicina,diltiazem, quinidina, fluconazol,itraconazol, cetoconazol,miconazol, fluoxetina, narigenina
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
25/43
Inibio e induo enzimticas
01/12/2009 Interaes medicamentosasRobertson
ePenzak,DrugInter a
ctions,
Principle
so
fClinicalPharmacolo
gy
2007Els
evier.
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
26/43
Inibio enzimtica
A inibio de uma enzima do CYP450diminui a taxa de metabolismo de drogasque so metabolizadas por essa enzima,
aumentando a quantidade de droga noorganismo, levando acumulao etoxicidade potencial.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
27/43
Inibio reversvel A atividade enzimtica recuperada pela eliminao sistmica do inibidor, de forma que o
tempo necessrio para a recuperao da atividade enzimtica dependente da meia-vidado inibidor.
Inibio competitiva: Caracterizada pela competio entre o substrato e o inibidor pelostio ativo da enzima; pode ser vencida aumentando a concentrao de substrato,sustentando a velocidade da reao enzimtica apesar da presena do inibidor.
Inibio no-competitiva 1: no pode ser vencida pelo aumento na concentrao doinibidor, j que esse liga-se a um stio alostrico na enzima.
Inibio no-competitiva 2: ocorre quando o inibidor tem afinidade pelo complexosubstrato-enzima.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
mi
i
KS
KI
K
I
inibio][][
1
][
%
++
=
i
i
K
I
KI
inibio][
1
][
%
+
=
][][
1
][
%
SK
KI
KI
inibiom
i
i
++
=
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
28/43
Inibio irreversvel ou quase-irreversvel
Ocorre quando o composto (ou um intermedirio metablico) se liga poro heme reduzida da P450, inativando-a.
O tempo para a recuperao do metabolismo depende da sntese de umanova enzima, ao invs da dissociao e eliminao do inibidor.
Inibidores potentes das CYPs so normalmente compostos lipoflicos, eincluem um heterociclo contendo um tomo N.
Na inibio irreversvel (suicida), o intermedirio forma uma ligaocovalente com a CYP ou com seu componente heme, causando inativaopermanente. P. ex.: eritromicina inibe irreversivelmente a CYP3A4,
formando um complexo estvel aps sua ativao metablica.
Na inibio quase-reversvel, o intermedirio forma uma ligao forte com aporo heme da enzima que essa ligao se torna praticamenteirreversvel.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
29/43
Induo enzimtica
Definida como o aumento na sntese deisozimas CYP, resultando no aumento daatividade cataltica.
Na maior parte dos casos, envolve umaumento na transcrio gnica atravs daativao de receptores nucleares. Exceo: o etanol estabiliza a enzima aps a
transcrio, sem efeitos sobre a ativaomediada por receptor.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
30/43
Receptores nucleares e induoenzimtica
A famlia de receptores nucleares parahormnios composta de 3 subclasses deprotenas reguladoras da transcrio que so
ativadas por ligantes endgenos e exgenos.
A terceira classe inclui os receptores rfos
PXR (pregnana X) e CAR (receptor daandrostana constitutiva), expressadosextensamente no fgado e intestinos.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
ins
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
31/43
Receptores nucleares e modulaoenzimtica
01/12/2009 Interaes medicamentosas
TaniguchieGuengerich,Me
tabolsim
odos
frmacos,
PrincpiosdeFarmacologia,2edio2008
Lippincott
,WilliamseW
ilk
R
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
32/43
Receptores PXR e CAR
O receptor contm dois domniosde ligao, que so aceptorespara o DNA e para o ligante.
O PXR liga-se, como
heterodmero com o receptorretinide X (RXR), aos elementosde resposta do DNA da regioregulatria dos genes CYP.
O receptor PXR medeia a induoda CYP3A4, CYP2B6, CYP2C9 edo gene MDR1, responsvel pelaexpresso de P-glicoprotenas detransporte.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
RobertsonePenzak, DrugInteractions,
P
rincipleso
fClinicalP
harmacology
2007Elsev
ier.
.
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
33/43
Receptores PXR e CAR
01/12/2009 Interaes medicamentosasRo
bertsonePenzak,
DrugInter a
ctions,
Principle
sofClinicalP
harmacolo
gy
2007Elsevier.
Diferente do PXR, o CARlocaliza-se no citosol, etransloca-se para o ncleoquando ativado.
Uma vez no ncleo, o CARforma um heterodmero oRXR, ligando-se aoselementos de resposta eativando a transcrio dosgenes-alvo.
O CAR um mediador dainduo tipo-pentobarbital doCYP2B6, CYP3A4, CYP2C9 eMDR1.
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
34/43
Interaes envolvendo protenasde transporte
Uma srie de protenas de transporte tem um papelativo na ADME de medicamentos.
As protenas MDR (multidrug resistance), as P-
glicoprotenas, MRPs (multidrug resistance-relatedproteins), polipeptdeos de transporte de nionsorgnicos (OATPs), transportadores de ctionsorgnicos (OCTs) e transportadores de nionsorgnicos (OATs) so todos transportadores que
podem ser alterados por xenobiticos, afetando adisposio de drogas co-administradas que sejamtansportadas por essas protenas.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
35/43
[email protected]/12/2009 Interaes medicamentosas
Protena Substrato Inibidor Indutor
P-glicoprotena Agentes anticncer, ciclosporina,dexametasona, digoxina, eritromicina,estradiol, fentanil, hidrocortisona,indinavir, lidocana, propanolol,
ranitidinam verapamil
Clorpromazina, claritromicina,cortisol, ciclosporina, eritromicina,suco de toranja, progesterona,propanolol, verapamil
Agentes anticncer,ciclosporina, dexametasona,eritromicina, suco de toranja,Erva de So Joo, verapamil
OATP-A Dexametasona, rifampicina, verapamil Suco de toranja, suco de laranja,rifampicina
OATP-B Penicilina G
OATP-C Ciclosporina, rifampicina, glicuronatode 17--estradiol
Ciclosporina, rifampicina
OAT-1 Inibidores da enzima conversora deangiotensina, antibiticos -lactmicos, cefalosporinas, cimetidina,furosemida, AINEs, ranitidina,tetraciclinas, agentes anti-cncer
Betamipron, cefalosporinas,probenecid
OAT-2 Minociclina, probenecid, salicilato,tetraciclina, zidovudina
Probenecid
OAT-3 Inibidores da ACE, antibiticos -lactmicos, cefalosporinas, cimetidina,furosemida, AINEs, probenecid,ranitidina, tetraciclinas, agentes anti-cncer
Cefalosporinas, probenecid,AINEs
OAT-4 Antibiticos -lactmicos,cefalosporinas, furosemida, AINEs,tetraciclinas
Betamipron, cefalosporinas,probenecid
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
36/43
P-glicoprotena
A P-glicoprotena a protena de transporte melhor caracterizada, e foiidentificada em diversos sistemas (superfcie apical dos tbulos renais, clsepiteliais intestinais e placentrias, superfcie canalicular dos hepatcitos,superfcie luminal dos capilares da BHE).
Apresenta ampla especificidade de substrato, transportando uma grande
qtd de substncias endgenas e exgenas quimicamente nicas.
A P-gp limita a exposio do corpo a xenobiticos, excretando droga nabile, lmen intestinal, e tbulos renais.
A P-gp afeta a taxa de absoro de uma droga, ao invs da extenso da
absoro. No entanto, o transporte via P-gp no intestino aumenta aexposio ao metabolismo luminal via CYP3A4 durante a excreo.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
37/43
Modulao da P-glicoprotena
Induo A administrao de um substrato da
P-gp com um indutor desta poderesultar em aumento do contatocom a CYP3A4 intestinal seguida dediminuio na exposio sistmica.
Normalmente, indutores da P-gptambm induzem a CYP3A4.
Quando o influxo passivo de umadroga excede muito a taxa de efluxo
mediado por P-gp, a induo nodiminui a biodisponibilidade dosubstrato.
Inibio O mecanismo de inibio
enzimtica da P-gp bastantecomplexo, envolvendo competiopelo stio de ligao e bloqueio dahidrlise de ATP (necessria para afuno de transporte).
Alguns inibidores da P-gp tambminibem a CYP3A4.
A inibio da P-gp renal pode levar
ao desenvolvimento de toxicidadeinesperada ou aumento da eficciaclnica em seguida ao aumento daexposio droga.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
38/43
Polipeptdeos de transporte denions orgnicos
A famlia OATP expressa em diversos sistemas orgnicos,e seus substratos so uma srie de componentes endgenos(cidos biliares, hormnios da tireide e esteridesconjugados) e xenobiticos (digitoxina, pravastatina,metotrexato, e certos AINEs).
Em contraste com o transporte mediado pela P-gp e MRP,essas protenas normalmente medeiam o influxo de droga,aumentando a absoro intestinal e captao heptica dasdrogas.
Os inibidores das OATPs so normalmente componentesestericamente massivos, incluindo nions, ctions, e algunscomponentes neutros.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
39/43
Transportadores de nionsorgnicos
Tem importante papel na distribuio e eliminao de substnciasendgenos e exgenas nos rins, fgado e crebro.
So inibidos por diversos agentes teraputicos, incluindoantibiticos, diurticos, e certos AINEs.
A concentrao plasmtica baixa da maior parte dos inibidores dosOATs, em relao a seus valores de K
i, sugere que diversos
inibidores identificado in vitro no so capazes de produzirinteraes medicamentosas clinicamente significativas.
Excees importantes: probenecid protege contra anefrotoxicidade causada pelo cidofovir ao limitar o transporte renal;diminui o clearance no CSF do substrato zidovudina, prolongandosua meia-vida no crebro.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
40/43
Interaes que afetam a excreorenal
As propriedades farmacocinticas dasdrogas que so excretadasprimariamente pelo rim podem seralteradas por mudanas nos sistemasde transporte ativo, pH da urina, e fluxo
sangneo renal.
A difuso passiva das molculas paradentro e para fora do lmen tubular
depende da extenso de ionizao;somente a forma no-ionizada capazde difundir-se pela membrana lipdica.
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
41/43
Mudanas no pH da urina mudama taxa de excreo renal
01/12/2009 Interaes medicamentosas
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
42/43
Mudanas no pH da urina mudama taxa de excreo renal
01/12/2009 Interaes medicamentosas
Dado que a maioria das drogas fracamente cidasou fracamente bsicas metabolizada emcompostos inativos antes da excreo renal,mudanas no pH da urina no afetam a
eliminao da maior parte dos frmacos.
Excees importantes so os componentescidos fenobarbital, a aspirina e outros salicilatos,
cujos nveis sricos caem com a co-administraode anticidos ou bicarbonato de sdio.
-
8/8/2019 aula-8-cf2500
43/43
Deteco e preveno deinteraes indesejadas
Dadas as dificuldades no estabelecimento dorisco real de uma dada interao, necessrioidentificar, na medida do possvel, as situaesem que esse risco maior. Para isso, tilseguir as seguintes guias:
a) Conhecer bem as caractersticas dos frmacosque produzem interaes com maiorfreqncia, em especial daqueles frmacos
que voc mais usa.
b) Considerar com bastante ateno as interaesque do origem s situaes mais graves(crises hipertensivas, hipotenso brusca,hemorragias, convulses, arritmias,hipoglicemia).
c) Evitar as associaes de frmacos que so
contra-indicadas.
d) Considerar sempre o status dos rgos cujaenfermidade pode originar mais freqentementeuma interao (insuficincia renal ouinsuficincia heptica).
e) Reduzir sempre ao mnimo o nmero demedicamentos a serem administrados.
f) Considerar a possibilidade de uma interaoquando a resposta do paciente no aesperada (efeito txico ou falta de resposta).
g) Observar cuidadosamente a ao teraputicae txica quando da adio ou supresso defrmacos a um tratamento.
h) Medir os nveis sricos de um frmacoquando se suspeita de uma interao e aconcentrao pode ser determinada.
i) Substituir o frmaco desencadeante de umainterao por outro do mesmo grupo que
apresente potencial interativo menor.
01/12/2009 Interaes medicamentosas