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A transformação político-econômica do capitalismo do final do século XX - meados da década de 1960 → RCT; - crise do modelo do estado do bem-estar social/keinisianismo e do fordismo-taylorismo; - processo de globalização → regime de acumulação flexível; - Taylorismo → aumento da produtividade por intermédio da decomposição do trabalho em etapas, especialização do trabalhador, uso de máquinas e ferramentas especiais, concepção do trabalho em forma hierárquica e disciplinar (gerência, controle e execução); - Fordismo linha de montagem (divisão do trabalho/especialização) + adesão do trabalhador a sociedade de consumo de massa; - Impedimentos a expansão do fordismo antes da 2ª GM: o exército de reserva de mão-de-obra proporcionado pela imigração, a organização de trabalho artesanal (onde o trabalhador conhece todo o processo) e o papel do Estado (a intervenção no modelo de acumulação, baixos salários + longas jornadas); - amadurecimento da 2ª Revolução Industrial + incremento da demanda (reconstrução, interligação pelos transportes e comunicações de regiões-chaves, infra-estrutura urbana, incorporação de determinadas regiões periféricas etc.) - Estado keynisiano → burocracia que regula e regulamenta as relações sociais de produção no Estado: → regulamentação do trabalho e das relações trabalhistas; → regulação do regime de acumulação: da concorrência, das corporações, dos fluxos de capital, da distribuição de renda e dos encargos sociais; → planejamento econômico, política fiscal, monetária, cambial; → infra-estrutura social: formação da mão-de-obra;

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Page 1: Aula 5 - A transformação político-econômica do capitalismo do final do século XX.doc

A transformação político-econômica do capitalismo do final do século XX

- meados da década de 1960 → RCT;

- crise do modelo do estado do bem-estar social/keinisianismo e do fordismo-taylorismo;

- processo de globalização → regime de acumulação flexível;

- Taylorismo → aumento da produtividade por intermédio da decomposição do trabalho em etapas, especialização do trabalhador, uso de máquinas e ferramentas especiais, concepção do trabalho em forma hierárquica e disciplinar (gerência, controle e execução);

- Fordismo → linha de montagem (divisão do trabalho/especialização) + adesão do trabalhador a sociedade de consumo de massa;

- Impedimentos a expansão do fordismo antes da 2ª GM: o exército de reserva de mão-de-obra proporcionado pela imigração, a organização de trabalho artesanal (onde o trabalhador conhece todo o processo) e o papel do Estado (a intervenção no modelo de acumulação, baixos salários + longas jornadas);

- amadurecimento da 2ª Revolução Industrial + incremento da demanda (reconstrução, interligação pelos transportes e comunicações de regiões-chaves, infra-estrutura urbana, incorporação de determinadas regiões periféricas etc.)

- Estado keynisiano → burocracia que regula e regulamenta as relações sociais de produção no Estado:

→ regulamentação do trabalho e das relações trabalhistas;

→ regulação do regime de acumulação: da concorrência, das corporações, dos fluxos de capital, da distribuição de renda e dos encargos sociais;

→ planejamento econômico, política fiscal, monetária, cambial;

→ infra-estrutura social: formação da mão-de-obra;

→ infra-estrutura econômica: transportes, comunicações e energia;

→ Estado do Bem-Estar Social: política redistributiva baseada na apropriação de parte dos ganhos de produtividade das corporações e trabalho social pelo Estado para atenuar as desigualdades, combater o empobrecimento e da exclusão das minorias;

→ domesticação do movimento sindical + derrota dos movimentos radicais dos trabalhadores;

→ sistema de regulação: formas de intervencionismo estatal + distribuição de parte dos excedentes + garantia da acumulação capitalista;

- difusão do modelo pelo 3º Mundo:

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→ reprodução do modelo em escala global, mas repassando seus ganhos de produtividades para o centro do sistema, promovia a destruição do meio ambiente, da cultura local, inserção subordinada e dependente ao SI;

→ acentuação da desigualdade que será ainda mais incrementada com a RCT.

- crescimento dos trustes e corporações que se irradiam a nível global;

- O Estado:

→ assume as funções da infra-estrutura social, urbana e produtiva;

→ redução dos custos de produção + aumento da produtividade no setor corporativo são os fundamentos da acumulação capitalista e do equilíbrio fiscal do Welfare State;

- configuração geopolítica da hegemonia norte-americana → liderança científico-tecnológica + econômico-financeira, alianças militares e instituições internacionais que regulamentam todas as relações humanas dento do SI;

- crise da hegemonia → déficits gêmeos, engessamento da política cambial, dependência energética e desgaste ideológico;

- crise do modelo fordista-keynisiano + do modelo norte-americano levou a:

→ ampla re-estruturação econômica via incremento da RCT;

→ reformas graduais da legislação social, trabalhista e de concorrência;

→ política cambial e monetária;

→ novas formas de gerenciamento da produção (adoção e aperfeiçoamento do toyotismo);

→ desregulação e desregulamentação da economia;

→ renovação do discurso ideológico.

- o desfio do capitalismo de Estado:

→ origem no processo de substituição de importações;

→ alto investimento em infra-estrutura (produção, transportes, comunicações, social e urbana);

→ protecionismo + financiamento estatal + alargamento do mercado interno via incorporação de novos trabalhadores.

→ nichos de produção + internacionalização dos “campeões nacionais “ (baseados nas vantagens competitivas) + formação de redes produtivas regionais;

→ formação de joint-ventures com multinacionais para a produção em escala global;

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→ precarização do trabalho, baixos salários, câmbio depreciado, pirataria, degradação do meio ambiente, uso de materiais proibidos/nocivos a saúde etc.;

- regime de acumulação flexível:

→ flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e dos padrões de consumo;

→ Mercado de Trabalho: trabalhador técnico e altamente especializado/desemprego estrutural provocado pelas transformações tecnológicas, extinção/criação de novas profissões, flexibilidade da jornada de trabalho, das funções, das remunerações, necessidade de constante atualização e treinamento (por conta própria);

→ surgimento de novos setores, produtos e serviços diversos com altas taxas de inovação (tecnológica, comercial e organizacional) e de financiamento da produção, consumo e das dívidas soberanas;

→ o sistema produtivo acompanha o ritmo do mercado financeiro: profunda interação (simbiose) entre o setor produtivo (bens) e o setor financeiro nos diversos níveis (local, regional e global) all the time on plugged;

→ rápida mudança dos padrões (acumulação, consumo, produção etc.);

→ compressão do espaço-tempo;

→ destruição/corrupção/domesticação dos sindicatos e outras organizações dos trabalhadores;

→ a transformação do papel da mulher na produção e no mercado de trabalho;

→ estrutura organizacional e técnica gerencial foram adaptadas ao novo sistema de produção flexível com ênfase na resiliência, adaptabilidade e rapidez em responder as oscilações do mercado, ex. “produção customizada”, gadgets etc.

→ distribuição espacial/geográfica pelo globo dos sistemas produtivos;

→ produção baseada na informação, inovação e em íntima relação com os centros de pesquisa C&T e nas demandas do mercado (produtos e eventos);

→ mudança dos programas de pesquisa científica universitário: produção organizada do conhecimento de caráter comercial, ex. o patrocínio de pesquisas pelas corporações;

→ controle da produção e do fluxo de informações e de artigos culturais;

→ the dark side of capitalism: mercado negro, drogas, pornografia, escravidão, drogas, armas, sonegação etc. sob controle do crime organizado e/ou empresários inescrupulosos;

- retorno das antigas práticas liberais + conservadorismo político-social → fruto dos conflitos sociais advindos do sistema de acumulação flexível que radicalizou o aspecto político;

- aumento da desigualdade, “tribalização da sociedade”;

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- nova crise da hegemonia:

→ déficits gêmeos, crise financeira, perda de dinamismo do sistema produtivo, dependência energética e desgaste ideológico;

→ transição energética, necessidade de reorganizar o sistema de produção/inovação em novas bases a fim de aumentar a produtividade e a migração definitiva para um sistema de produção pós-industrial e de economia sustentável (?);

→ re-estruturação corporativa;

→ ascensão do conservadorismo sócio-político-religioso.

- o sistema de acumulação flexível:

→ é incompatível com o welfare state, mas não com a sociedade do conhecimento e de consumo de massa;

→ crises cíclicas (financeiras, superprodução, dívida etc.);

→ é concentrador de renda/aumento da desigualdade;