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AULA 4 – EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO.

Tema: Escola Burocrática (1940).

Prof. Angelo PeresEra Industrial

ESCOLA BUROCRÁTICA (1909).

MAX WEBER (1864 – 1920).

Trata-se de Teoria que busca a racionalidade e a igualdade no tratamento dos funcionários.

Queria, também, que os ambientes profissionais fossem impessoais.

Ela acreditava que as empresas deveriam racionalizar suas atividades e direcionar as pessoas para o aumento da produtividade.

No limite, Max Weber considerava que toda sociedade (ou empresa)

deveria basear-se em leis.

Estas leis, na opinião do autor, seriam para o seu próprio bem.

Ou seja, a BUROCRACIA deveria ser visualizada como uma manifestação

natural de um processo geral de racionalização das atividades.

Para Max Weber as pessoas, em geral, aceitam com naturalidade que existam pessoas privilegiadas. E que estas pessoas são as representantes

naturais da autoridade proporcionadas pelas leis.

As leis existem para que estas pessoas possam ter a

responsabilidade de fazer com que os demais serem humanos cumpram as

leis.

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Para ele o tipo ideal de burocracia (das empresas) têm 3 características ESPECÍFICAS E COMPLEMENTARES:

FORMALIDADE

IMPESSOALIDADE

PROFISSIONALISMO

FORMALIDADE

A burocracia é algo formal. Baseado em normas e leis, nas quais sustentam as decisões. A

formalidade requer a impessoalidade.

IMPESSOALIDADE

A burocracia é impessoal. Os cargos são mais importantes que

as pessoas. Uma vez (as pessoas) nos cargos estas são

obrigadas a cumprir as leis.

PROFISSIONALISMO

A burocracia é algo com forte abordagem profissional; e que

funciona a partir de leis e do cumprimento das mesmas.

NÍVEIS DE AUTORIDADE DECISÓRIA

EXECUTIVO

BUROCRATA

OPERACIONAL

TOMADA DE DECISÃO

IMPLEMENTAÇÃO DA DECISÃO

TRABALHOS OPERACIONAIS

ATIVIDADES E HIERARQUIA

COMPETÊNCIA E CONHECIMENTO

Atividades são as responsabilidades e a

autoridade dos profissionais que ocupam os cargos nas empresas.

Hierarquia está correlacionada com os

cargos (de acordo com o

poder e a remuneração).

A competência está ligada as exigências do cargo

respeitando as regras que determinam o

desempenho do cargo.

Vs.

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A TEORIA BUROCRÁTICA

coloca em debate alguns aspectos de elevada importância, tais como: formalização dos

procedimentos, descrição dos cargos, políticas, regulamentos, etc.

Ainda, a especialização das atividades (concentração de

especialidades e conhecimentos); a padronização das atividades; a

centralização do poder.

A TEORIA BUROCRÁTICA

É de ordem mecanicista e é considerada ideal para as situações mais estáveis das

empresas.

A BUROCRACIA de Max Weber propôs a ideia do exercício do controle com

base no conhecimento.

Ou seja, ao invés de comandar em virtude do favoritismo pessoal (ou por conexões pessoais), as pessoas em

uma burocracia liderariam em razão da sua autoridade racional/legal; em

outras palavras, pelo seu conhecimento, sua especialização ou

experiência.

A BUROCRACIA consiste em não proteger a autoridade, mas cumprir as metas de uma organização de modo o

mais eficiente possível.

OS SETE ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM AS

BUROCRACIAS.

CONTRATAÇÃO BASEADA NA QUALIFICAÇÃO.

PROMOÇÃO BASEADA NO MÉRITO.

CADEIA DE COMANDO.

DIVISÃO DO TRABALHO.

APLICAÇÃO DE REGRAS E PROCEDIMENTOS.

REGISTRO POR ESCRITO.

OS PROPRIETÁRIOS NÃO DIRIGEM A EMPRESA.

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No limite, a TB quer o tratamento justo no lugar do favoritismo, a

meta de eficiência substituindo a meta de vantagem pessoal; e as

regras e os procedimentos lógicos no lugar das tradições e

(ou) na tomada de decisão arbitrária.

Nas burocracias, supõe-se que os gestores influenciem o

comportamento dos funcionários remunerando ou punindo esses colaboradores

por cumprirem ou não as políticas, normas e os

procedimentos organizacionais.

No limite, a TB quer o tratamento justo no lugar do favoritismo, a

meta de eficiência substituindo a meta de vantagem pessoal; e as

regras e os procedimentos lógicos no lugar das tradições e

(ou) na tomada de decisão arbitrária.

A Teoria proposta do Weber acredita na

existência de um mesmo problema no mundo

corporativo: a informação e a competência.

Ou seja, neste mundo novo na história das

sociedades a informação e a competência são

igualmente importantes e imprescindíveis.

Para este sociólogo alemão, para que haja autoridade, não basta que um chefe

tenha um certo número de sanções à sua disposição; é

preciso sim que este sistema de sanções seja

aceito pelos subordinados.

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AS TRÊS RAZÕES INTERNAS QUE JUSTIFICAM A DOMINAÇÃO...

OU OS FUNDAMENTOS DA LEFITIMIDADE.

AUTORIDADE DO ETERNO ONTEM.

CARISMA PESSOAL.

AUTORIDADE DA LEGALIDADE.

AUTORIDADE DO ETERNO ONTEM.

É A AUTORIDADE VINDA DO PODER TRADICIONAL QUE O PATRIARCA

EXERCIA OUTRORA.

CARISMA PESSOAL.

ESTE É O PODER DO PROFETA, DO CHEFE GUERREIRO, DO GRANDE

DEMAGOGO, E, TAMBÉM, DO CHEFE DE

UM PARTIDO POLÍTICO.

AUTORIDADE DA LEGALIDADE.

É A AUTORIDADE AUFERIDA ATRAVÉS DE UM STATUS LEGAL; OU EM UMA

COMPETÊNCIA FUNDADA SOBRE REGRAS ESTABELECIDAS

RACIONALMENTE.

É O PODER EXERCIDO PELOS

SERVIDORES DO ESTADO, ETC.

Assim, pode-se afirmar que existe dois tipos de

autoridade (de legitimidade).

A legitimidade tradicional e a racional.

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A legitimidade racional repousa sobre regras

fixadas a partir de leis.

Existe, também, a s leis das empresas (leis internas) que são

igualmente de legitimidade.

A legitimidade tradicional repousa na crença imemorial

das tradições. Assim, de certa forma, é sagrada em si

mesma.

A legitimidade do tipo carismático repousa na crença de qualidades excepcionais de

um indivíduo. Seja ele um santo, um profeta, ou um militar que demonstrou

heroísmo e suas capacidades únicas no campo de batalha.

A legitimidade racional não é devida a um indivíduo ou a um

grupo de pessoas. Ela sé devida à lei ou ao regulamento.

Neste ângulo, o funcionário só deve lealdade apenas as

regras e não ao indivíduo.

Ao contrário da legitimidade tradicional... A autoridade é

pessoal. A autoridade é dirigida as pessoas e esta é fundada na

obediência.

Na legitimidade carismática a obediência também é pessoal.

Nos seus dons particulares. Ela repousa a partir de uma

convicção individual.

Este tipo de autoridade é frágil pois não tem fundamento nem nas leis (tipo racional) nem na

tradição (tipo tradicional).

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Na legitimidade tradicional... Mesmos

este sendo um mau chefe este é sustentado pela

tradição.

Assim, segundo Weber, o melhor tipo de

autoridade(legitimidade) na era industrial* é a legitimidade do tipo

racional legal.* Sociedade industrial em vias de

desenvolvimento econômico acelerado.

Para o autor em seu livro Economia e Sociedade, o princípio

da lealdade entre o chefe e seus subordinados, tendo um contexto

de legitimidade tradicional, só levaria a organização a uma

relação onde não haveria importância da competência, bem

como as relações de trabalho seriam personalizadas.

Uma conduta econômica racional é calculada, fria, impessoal.

Por conta disto, o modelo econômico da era industrial (das

sociedades industriais em vias de desenvolvimento) requerem estabilidade nas regras, bem

como sua continuidade.

No modelo racional (de legitimidade) as leis podem até mudar, mas não podem ferir os

procedimentos bem estabelecidos (a legalidade, a estabilidade e a continuidade)

e que respeitem (evitem a qualquer custo) as flutuações

arbitrárias.

Tal modelo (racional) é perfeito para o mundo moderno (da

época) pois reúne a flexibilidade e a continuidade...

Necessárias para dar uma moldura jurídica de legalidade

a atividade econômica que repousa no cálculo do longo

prazo.

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Na democracia, de viés weberiano, traduz-se em uma organização de permanente cooperação entre os

membros de uma empresa, cada um exercendo sua função especializada.

O burocrata exerce um ofício separado da vida familiar. Ou seja, ele exerce seu ofício que não tem

nada a ver com os filhos, férias, etc.

A IMPESSOALIDADE É ESSENCIAL À NATUREZA DA BUROCRACIA.

AS ORDENS SÃO ABSTRATAS DE UMA REGULAMENTAÇÃO

ESTRITA.

A BUROCRACIA GARANTE A TODOS OS TRABALHADORES UMA REMUNERAÇÃO FIXADA

SEGUNDO REGRAS.

A BUROCRACIA É O EMPREGO MAIS TÍPICO DA DOMINAÇÃO

LEGAL.

A Dominação Legal baseia-se nos seguintes princípios...

A Competência é rigorosamente

determinada pelas leis (ou regulamentos).

De sorte que as funções têm que ser claramente definidas e distribuídas.

A proteção (legal) dos funcionários no exercício de

suas funções.

A hierarquia das funções.

O recrutamento é feito por concurso, exames ou diplomas.

O que exige dos funcionários uma formação especializada.

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A remuneração é hierarquizada em função da hierarquia interna da

administração e da importância das responsabilidades.

A autoridade tem o direito de controlar o trabalho dos subordinados.

O critério de promoção dos funcionários é objetivo e transparente.

Há uma separação completa entre a função e o ocupante da vaga.

A BUROCRACIA dos tempos da sociedade industrial

desenvolveu-se com a economia financeira moderna.

Ou seja, os funcionários gozam de garantias estatutárias (do

Estado) e tem uma remuneração fixada e regida por leis e critérios

específicos.

VANTAGENS DO MODELO DE ORGANIZAÇÃO

RACIONAL

A CIÊNCIA SUBSTITUI A INTUIÇÃO E O ARBÍTRIO.

A COMPETÊNCIA NO LUGAR DO CONHECIMENTO MAIS OU MENOS SECRETO DO

MUNDO ARTESANAL.

A FORMULAÇÃO DE REGRAS FORMAIS PARA AS TAREFAS, FUNÇÕES E

RESPONSABILIDADES.

UM MODELO RACIONAL PERMITE QUE ESTE SEJA FACILMENTE IMPLANTADO EM OUTRAS FÁBRICAS. ASSIM, AS COMUNICAÇÕES FICAM

FACILITADAS.

CRÍTICAS AO MODELO DE ORGANIZAÇÃO RACIONAL

A IMPESSOALIDADE ACARRETA O EMPOBRECIMENTO CONSIDERÁVEL DA REALIDADE HUMANA DO

TRABALHO(CONFLITOS, VALORES, INDENTIDADES, ETC.).

A ESPECIALIZAÇÃO COMO CAMISA DE FORÇA. OU SEJA, NUMA ROTINA INTERMINÁVEL E ABOMINÁVEL.

O OPERÁRIO NÃO TEM COMO QUESTIONAR (OPINAR) SOBRE SUAS PRÓPRIAS CONDIÇÕES DE TRABALHO.

A DIVISÃO EXTREMA ENTRE OPERADORES E PLANEJADORES, LEVANDO A IMPORTANTE PORCESSO

DE ALIENAÇÃO E DEGRADAÇÃO DO INDIVÍDUO.

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O MODELO BUROCRATA (MODELO RACIONAL) DE VIÉS UNIFORMIZADO DO TRABALHO, NA VERDADE, NÃO

LEVA EM CONSIDERAÇÃO AS CULTURAR SOCIAIS QUE SÃO IMPLANTADOS.

É UMA MODELO DEMASIADAMENTE FECHADO. OU SEJA, A MICROSOCIEDADE EMPRESA NÃO PODE SER APARTADA DA GRANDE SOCIEDADE NACIONAL ONDE

VIVEM OS HOMENS E AS EMPRESAS.Fonte: http://pt.slideshare.net/andrevatto/teoria-burocrtica-12521161

Fonte: http://pt.slideshare.net/andrevatto/teoria-burocrtica-12521161

Fonte: http://pt.slideshare.net/andrevatto/teoria-burocrtica-12521161

REFERÊNCIAS:CHIAVENATO, I. Introdução ‘a Teoria Geral da Administração. 6a. Ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.