aula 1 2014.1 ucam - rsa - provocação

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28/01/2014 1 Aula 1 – Responsabilidade Socioambiental. Tema: Sustentabilidade ou Uma Nova faceta do capitalismo? Prof. Angelo Peres PROVOCAÇÃO 1. Robert B. Reich Economista, Professor e Autor americano. Serviu aos governos de Gerard Ford, Jimmy Carter e foi secretário de estado de Bill Clinton (1946 - ). “As empresas só existem para dar lucro”. Fonte: IHU On-line, 06/11/2007, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS. Não existe empresa socialmente responsável. As empresas não são pessoas. As empresas não têm uma bússola moral... Elas existem para um único propósito: oferecer boas oportunidades para os consumidores como forma de maximizar o lucro para os acionistas.

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Aula 1 – Responsabilidade Socioambiental.

Tema: Sustentabilidade ou Uma Nova faceta do capitalismo?

Prof. Angelo Peres

PROVOCAÇÃO 1. Robert B. Reich

Economista, Professor e Autor americano. Serviu aos governos de Gerard

Ford, Jimmy Carter e foi secretário de estado de Bill Clinton (1946 - ).

“As empresas só existem para dar lucro”.

Fonte: IHU On-line, 06/11/2007, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.

Não existe empresa socialmente responsável.

As empresas não são pessoas.

As empresas não têm uma bússola moral... Elas existem para um único

propósito: oferecer boas oportunidades para os consumidores como forma de maximizar o lucro para

os acionistas.

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Esperar que as empresas façam qualquer coisa que não seja isso (dar

lucro) é acreditar numa ilusão.

Nós estamos sendo enganados pelas empresas.

Elas gastam milhões em relações públicas (marketing) e passamos a acreditar que elas

têm personalidade, que são boas ou más, que são instituições criadas para atingir fins

públicos.

Elas não são assim.

Na prática, as empresas estão dando passos muito pequenos e não vão sacrificar o retorno aos acionistas em prol de um

bem social.

Os movimentos de RS são uma falácia.

É um movimento que tenta distrair as

pessoas do problema real e mais difícil de tratar... que

é o de limpar e aperfeiçoar a democracia.

Shows de responsabilidade corporativa levam os cidadãos a acreditar que os problemas

sociais estão sendo endereçados (resolvidos)... e

que eles não precisam se preocupar em fazer com que a

democracia funcione e dê respostas para os dilemas.

O supercapitalismo levou-nos ao acirramento da competição; e as empresas perceberam (sentiram) que não podiam se dar ao luxo de sacrificar o lucro em prol de uma

causa social.

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O supercapitalismo (ou o acirramento da competição) faz que empresas como o Wal-Mart, por exemplo, pague salários baixos,

esprema fornecedores e destrua o pequeno varejo.

Esta lógica é a da concorrência global. Ou seja, as empresas estão simplesmente

sendo conduzidas por consumidores — que querem pagar o menor preço possível pelos

produtos — e por investidores — que querem ganhar mais a cada trimestre.

O Wal-Mart segue as regras do jogo.

É um mito perigoso crermos que as empresas vão resolver problemas sociais por conta

própria. A não ser que elas sejam induzidas ou forçadas.

Por que elas fariam isto?

Elas fazem apenas o mínimo para garantir sua reputação.

O Governo, em suma, é que deveria ter habilidade de fazer o que precisa ser feito.

Ele precisa concentrar seus esforços diretamente nisto.

As empresas não vão preencher as lacunas sociais do país.

PROVOCAÇÃO 2. Roberto Monti.

Brasileiro. Autor e Consultor de marketing e qualidade.

O que as pessoas compram?

Fonte: Roberto Monti, 2012, www.acessa.com.br

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As pessoas compram um estado mental.

Elas compram naquilo que acreditam (ou

pensam que acreditam). Elas compram aquilo

que lhe irá trazer algum bem.

Acreditava-se (no passado) que as pessoas compravam

um produto, um serviço... Mas não é isto!

Hoje (contemporaneamente) sabe-se que as pessoas compram uma

experiência... Um sentimento... Um estado mental.

Assim, acredita-se (hoje) que ser socialmente responsável pode ser vantajoso na hora

de fazer negócios.

Acredita-se nisto porque há um bom número de

consumidores que optariam por uma marca associada a

uma boa causa*.

* Evidentemente se o preço e a qualidade forem semelhantes aos da concorrência.

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Dessa forma, cresce o número de empresas que

creem nisto: ser socialmente responsáveis.

Por outro lado, cada vez mais, há um movimento

global que avalia as empresas neste aspecto.

Isto porque, crê-se que a maioria das pessoas

optariam (numa situação ideal) em adquirir produtos

com uma política (da instituição) associada à RS.

Neste ângulo, as empresas estão investindo em:

ecomarketingecomarketing e numa técnica que poderíamos chamar de

reação em cadeiareação em cadeia.

REAÇÃO EM CADEIA são empresas que buscam

fornecedores que tenham a mesma preocupação: a

sustentabilidade.

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Fonte: consultoria ambiental.com.br, visitado em 05.02.2013. Fonte: licenciamentoambiental.eng.br, visitado em 05.02.2013. Triângulo da Sustentabilidade.

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Fonte: engproducaoucg.blogspot.com.brl, visitado em 05.02.2013.. Fonte: portalsaofrancisco.com.brl, visitado em 05.02.2013. (SATTERTHWAITE, 2004).

Desenho esquemático relacionando parâmetros para se alcançar o desenvolvimento sustentável.