aula 25a27 im erros 2014
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Instrumentação para
Medição
Erros e Incertezas
FGA 2014
MIEM – Inst. para Medição FGA 2014 2
Erros
Sempre que se mede ocorre um erro
Devemos, sempre, tentar minimizar o seu valor•
Utilizando instrumentos calibrados•
Calculando a medida através da média de várias medições
O erro não é
anulável•
Temos sempre, pelo menos, a incerteza associada à
resolução do indicador do instrumento
•
Assim, o resultado de uma medição deve sempre indicar a incerteza
que lhe está
associada
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Erros
Erro ou erro de medição (2.16)
Valor medido de uma grandeza menos um valor de referência
•
Quando há
um valor de referência único, o que ocorre se uma calibração é
efectuada por meio de um padrão de medição com incerteza de medição desprezável
•
Neste caso, o erro é
conhecido!
•
Se a mensuranda
é
supostamente representada por um único valor
verdadeiro•
ou um intervalo
de valores verdadeiros de amplitude desprezável
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Erros
O erro pode ser dividido em duas componentes:
Erro sistemático (2.17)•
Componente do erro de medição que em medições repetidas permanece constante ou varia de uma forma previsível
•
O erro sistemático e as suas causas podem ser conhecidos ou desconhecidos
•
Deve aplicar-se uma correcção
para compensar um erro sistemático conhecido
•
Calibração
Erro aleatório (2.19)•
Componente do erro de medição que em medições repetidas varia de forma imprevisível
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Incerteza
Incerteza de medição (2.26)
Parâmetro não-negativo
que caracteriza a dispersão dos valores da grandeza que são atribuídos à
mensuranda
a partir das informações usadas
•
O parâmetro pode ser, por exemplo, um desvio-padrão, denominado incerteza-padrão, ou a metade da largura de um intervalo, para um nível de confiança determinado
•
A medida deve ser entendida como a melhor estimativa
do valor da mensuranda
•
A incerteza compreende em geral muitas componentes que podem ser caracterizadas por desvios-padrão
•
Todas as incertezas, incluindo componentes associadas a correcções e valores atribuídos a padrões, contribuem para a dispersão
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Erros e Incertezas
Tipos de erro e sua consideração no cálculo da medida e respectiva
incertezaErro
Erro aleatórioErro sistemático
Erro sistemático
conhecido
Erro sistemático
desconhecido
Correcção Erro residual
Resultado da medição Incerteza da medição
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Erros e Incertezas
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Erros e Incertezas
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Estimação da Incerteza
Vai ser seguida a bordagem proposta pelo GUM•
GUM: Evaluation of measurement data —
Guide to the expression of uncertainty in measurement
•
O GUM é
o documento base utilizado internacionalmente pelos laboratórios de metrologia para a avaliação da incerteza nas medições
A incerteza será
estimada •
utilizando um modelo matemático da medição•
considerando todas as componentes de incerteza•
combinado e propagando estatisticamente as várias componentes
incerteza-padrão
combinada (2.31)•
aplicando um factor de expansão (2.38) adequado
incerteza expandida (2.35), intervalo com o nível de confiança pretendido
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Função de Medição
Em muitos casos a mensuranda
Y
não é
medida directamente
É
determinada a partir de N
grandezas Xi
através de uma função de medição
•
As grandezas de entrada (2.50) Xi
podem ser mensurandas
que dependem de outras grandezas de entrada...
A estimativa do valor de Y, y, é
obtida de f
usando estimativas dos valores de Xi
, xi
)...,,,( 21 NXXXfY
)...,,,( 21 Nxxxfy
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Função de Medição
A estimativa do valor de Xi
, xi
, é
obtida pela média aritmética de n
observações de Xi
, Xi,k
O desvio padrão de y
incerteza-padrão
combinada (2.31), uc (y)
é
determinado a partir dos desvios padrão de cada estimativa xi
incerteza-padrão
(2.30), u(xi
)
n
kkiii X
nXx
1,
1
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Incerteza-Padrão
Avaliação de Tipo A (2.28)
Usualmente, a melhor estimativa do valor esperado μq
de uma variável aleatória q
é
obtida pela média aritmética de n
observações independentes de q, qk
A melhor estimativa da variância σ
2
de q
é
dada pela variância experimental das observações, s2(qk
)
n
kkq
nq
1
1
2
1
2 )(1
1)( qqn
qsn
jjk
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Incerteza-Padrão
Avaliação de Tipo A (2.28)
A melhor estimativa da variância da média de q,
, é, assim, dada por:
O desvio padrão experimental da média, , quantifica quão bem a média de q
estima o valor esperado de q, μq
•
Assim, para uma grandeza de entrada Xi
, determinada de n
observações Xi,k
, a incerteza padrão u(xi
) é
determinada como
e é
chamada de incerteza padrão do tipo A
nq
22 )(
nqsqs k )()(
22
)(qs
)()( ii Xsxu
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Incerteza-Padrão
Avaliação de Tipo B (2.29)
Neste caso, a incerteza padrão u(xi
)
será
determinada recorrendo a outro tipo de informação:
•
Especificações fornecidas pelos fabricantes dos equipamentos de medição utilizados
•
Informação fornecida em certificados de calibração ou outros
•
Incertezas atribuídas a dados de referência extraídos da literatura
•
...
É
assumida uma função de densidade de probabilidade•
a incerteza padrão u(xi
) é, neste caso, chamada de incerteza padrão do tipo B
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Incerteza-Padrão
Avaliação de Tipo B (2.29)
Funções de densidade de probabilidade mais usadas•
Distribuição normal
)( ixu
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Incerteza-Padrão
Avaliação de Tipo B (2.29)
Funções de densidade de probabilidade mais usadas•
Distribuição uniforme ou rectangular
•
Se (a+
- a-
) = 2a
Xa- a+
a a
a/2 12/)()(
2/)(
aaxu
aax
i
i
3)( axu i
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Incerteza-Padrão Combinada
Como combinar as diferentes incertezas padrão u(xi
)
de modo a obter uc (y)?
Se as observações das diferentes grandezas Xi
forem estatisticamente independentes
Se a função de medição for linearizável
com pequeno erro em torno de Y=f(X1
, X2
, ..., XN
)
•
•
Com as derivadas parciais de f
calculadas em x1
, x2
, ..., xN
•
NN
XXfX
XfX
XfY
...22
11
)()( 2
1
22
i
N
i i
xuxfyu
c(ver o GUM para outros casos)
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Incerteza Expandida de Medição
A incerteza-padrão
combinada, uc (y), deverá
ser multiplicada por um factor de expansão, k, de modo a obter-se a incerteza expandida, U
A medida será
expressa por Y = y ±
U
U
define um intervalo em torno de y
cobrindo uma fracção significativa da distribuição dos valores que podem ser razoavelmente atribuídos à
mensuranda
U
= k
uc (y)•
Geralmente, k
estará
compreendido entre 2 e 3•
Assumindo que a distribuição caracterizada por y e uc (y) é
essencialmente normal
•
k
= 2
intervalo com nível de confiança de ≈95%•
k
= 3
intervalo com nível de confiança de ≈99%
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Incerteza Expandida de Medição
Como estimar k
para um nível de confiança pretendido?
Pelo teorema do Limite Central, sendo uc (y)
obtida por uma combinação linear, a distribuição de Y
será
essencialmente normal
Se a variância experimental das observações, s2(Xi,k
), for obtida com um número razoável de observações (n>10), a incerteza associada ao valor estimado de uc (y)
será
baixa
Nesse caso, será
possível estimar k
= kp
, com kp
deduzido directamente da distribuição normal, sendo p
o nível de confiança•
Up
= kp
uc (y)(ver o anexo G do GUM
para outros casos)
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Incerteza Expandida de Medição
Valores do factor de expansão, kp
, para um nível de confiança p, com uma distribuição normal
p
[%] kp
68,27 1
90 1,645
95 1,960
95,45 2
99 2,576
99,73 3
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Exemplo de Aplicação
Medição da massa volúmica de uma esfera de rolamento
ρ
= M/V [kg/m3]•
M medido directamente com uma balança calibrada no local
•
12 medições efectuadas em g
•
V
calculado a partir da medida do diâmetro da esfera, D•
D nominal de 10 mm•
D medido com um micrómetro digital•
12 medições efectuadas em mm
• 33
3
6234
34 DDRV
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Exemplo de Aplicação
Características da Balança
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Exemplo de Aplicação
Características do Micrómetro
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Exemplo de Aplicação
Resumo das Características
Balança•
Resolução: 0,001 g•
Repetibilidade: 0,001 g•
Desvio padrão das medições
•
Linearidade: ±0,002 g•
Verificada em 3 pontos (início, meio e fim de escala) durante a calibração
•
≈
a exactidão, distribuição normal, com k
= 2
Micrómetro•
Resolução: 0,0001 mm•
Exactidão: ±0,5 µm•
Distribuição uniforme
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Exemplo de Aplicação
Resultado das 12 Medições de Massa [g]
M1 4,189 M7 4,190
M2 4,188 M8 4,189
M3 4,189 M9 4,190
M4 4,190 M10 4,189
M5 4,188 M11 4,189
M6 4,190 M12 4,190
g1075378,0)(g18925,4
3
kMSMm
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Exemplo de Aplicação
Incertezas a considerar na medição da massa
Resolução da balança•
Tipo B com distribuição uniforme
Repetibilidade da balança•
A massa da esfera não varia•
Tipo A com distribuição normal•
σ
fornecido pelo fabricante
g108868,23105,0)( 4
3
Rmu
g108868,212101)()( 4
3
nMmu A
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Exemplo de Aplicação
Incertezas a considerar na medição da massa
Exactidão da balança•
Tipo B com distribuição normal
Incerteza-padrão
combinada
Incerteza expandida, com k
= 2
Medida da massa
g1012002,0)( 3Emu
g100801,1)()()()( 3222 EAR mumumumu C
g0022,0)()( CmukmU
g0022,01893,4 M
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Exemplo de Aplicação
Resultado das 12 Medições de Diâmetro [mm]
D1 10,0003 D7 9,9993
D2 9,9992 D8 10,0009
D3 9,9996 D9 10,0009
D4 10,0001 D10 10,0000
D5 10,0009 D11 10,0006
D6 10,0009 D12 9,9993
mm108402,6)(mm000167,10
4
kDSDd
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Exemplo de Aplicação
Incertezas a considerar na medição do diâmetro
Resolução do micrómetro•
Tipo B com distribuição uniforme
Repetibilidade da medição•
A esfera não é
geometricamente perfeita•
Tipo A com distribuição normal, n=12
mm108868,23105,0)( 5
4
Rdu
mm109746,1)()( 4nDSdu k
A
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Exemplo de Aplicação
Incertezas a considerar na medição do diâmetro
Exactidão do micrómetro•
Tipo B com distribuição uniforme
Incerteza-padrão
combinada
Incerteza expandida, com k
= 2
Medida do diâmetro
mm108868,23
105)( 44
Edu
mm105094,3)()()()( 4222 EAR dudududu C
mm1070,0)()( 3 CdukdU
mm00070,000017,10 D
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Exemplo de Aplicação
Determinação do Volume da esfera
Função de medição, Y=f(X1
)
Incerteza-padrão
combinada
Incerteza expandida, com k
= 2
Medida do volume
322
222
mm0551,0)(2
)()(
CCC dudduDfvu
dD
3mm11,0)()( CvukvU
3mm11,062,523 V
333 mm6249,52366
dvDV
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Exemplo de Aplicação
Determinação da Massa Volúmica da esfera
Função de medição, Y=f(X1
,X2
)
Incerteza-padrão
combinada
Incerteza expandida, com k
= 2:
Medida da massa volúmica:
322
22
2
2
2
2
2
kg/m2281,2)()(1
)()()(
CC
CCC
vuvmmu
v
vuVfmu
Mfu
vVmM
vVmM
3kg/m5,4)( U3kg/m5,45,8000
39
3
kg/m478,80001062,523101893,4
vm
VM