aula 2 - introdução à ar.ppt [modo de compatibilidade] · ou erradicar? o que é risco o risco...
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25/06/2012
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PROTOCOLOS DE ANÁLISE DE RISCO PARA ESPÉCIES EXÓTICAS
Sílvia R. ZillerEng. Florestal, Dr.Diretora ExecutivaLíder I3N Brasil
Oportunidades de controlar espécies invasoras
1. Prevenção à introdução
2. Detecção precoce e resposta i di timediata
3. Erradicação, contenção ou controle
Questões
De quais espécies devemos prevenir a introdução ao país?
Que tipo de espécies devemos Q p pprocurar, e onde?
Quais das espécies exóticas detectadas devemos controlar ou erradicar?
O que é risco
O risco analisado se refere à destruição do fluxo de serviçosambientais prestados pelos ambientes naturais.
E é ie e óti i o fet o Espécies exóticas invasoras afetam o valor de áreas naturais de duasformas:
a) alterando diretamente a capacidade funcional do ambiente;
b) alterando o contexto de paisagem, o que mina as oportunidades de funcionamento do sistema.
O que é análise de risco
Realizar uma análise de risco implica coletar evidência e respaldo científico e aplicar essa informação de forma essa informação de forma padronizada para gerar um resultado coerente.
Sistemas de análise de risco
Os sistemas de análise de risco são compostos por três etapas:
ANÁLISE DE RISCO
GESTÃO DO RISCO
COMUNICAÇÃO DO RISCO
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1. Estocástica: padrões que surgem através de eventos aleatórios – pressão de propágulos
Abordagens
propágulos
2. Extrapolação: base no histórico de outros locais
3. Biológica: características comuns a espécies exóticas invasoras
Principais preditores1. Estabilidade do vigor da população
2. Genomas de pequeno tamanho
3. Sementes de pequeno tamanho (plantas lenhosas em ambientes degradados)
4. Dispersão por vertebrados
Á5. Área original de ocorrência na mesma latitude
6. Reprodução vegetativa
7. Espécies de gêneros não nativos no país
8. Plantas que não dependem de mutualismos específicos
9. Plantas de porte alto invadem ambientes nãodegradados mais facilmente
10. Espécies adaptadas a distúrbios de atividadeshumanas.
SRZ1
SRZ1
ALTAMÉDIA
Uma espécie de alto impacto fácil de controlar recebe o grau de prioridade de manejo mais alto
Estabelecendo prioridades
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BAIXA MÉDIA
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IMPACTO ATUAL
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Populações em invasão
Pínus X
X Mamona
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IMPACTO ATUAL
Eucalyptus X
X Acácia-negra
Tilápia X
BAIXA MÉDIA
Estabelecendo prioridades
NTR
OLE
OU
Ç
ÃO
ALTAMÉDIA
Espécies de alto impacto potencial e de difícil controle recebem prioridade na abordagem preventiva
VIAI
BIL
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E D
E C
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IMPACTO ATUAL
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Populações iniciais
X Mamona
VIAI
BIL
IDAD
E D
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ICA
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IMPACTO POTENCIAL FUTURO
Pínus XEucalyptus X
Acácia-negra X
Tilápia X
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SRZ1 Resultado da estabilidade do vigor individual e do polimorfismo genético da população (Baker, 1974).Silvia Ziller; 07/05/2012
SRZ1 resutlado de seleção para tempo geracional mínimo e, como é associado a sementes de pequeno tamanho, à elevada razão de área foliar e alta taxa de crescimento relativo de mudas de espécies congêneresSílvia R. Ziller; 19/06/2012
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Controle de oportunidade
As espécies recentemente estabelecidas devem ser consideradas para controle, ainda que não tenham conseguido seque não tenham conseguido se dispersar amplamente.
Para isso, é preciso verificar quais espécies têm maior potencial de impacto, ou seja, resultam risco alto nas análises de risco.
Ainda os preditores
Um dos melhores indicadores de capacidade de invasão com base no histórico em outras partes é o comportamento de uma espécie sujeita a inúmeros esforços de sujeita a inúmeros esforços de introdução.
ex. Leucena leucocephala, invasora em praticamente todos os países onde foi introduzida;
ex. Camelia japonica, não invasora e também introduzida em uma infinidade de países.
Capacidade de invasão
As espécies, independente do ambiente, têm características biológicas que facilitam ou dificultam seu estabelecimento, sua dispersão, sua reprodução e, dispersão, sua reprodução e, portanto, a tendência à invasão.
Ainda assim, diversas dessas características aguardam descoberta, apesar das inúmeras pesquisas a respeito.
Capacidade de invasão
As características mais usadas em sistemas de predição são:
• Período juvenil curto
• Reprodução vegetativa
• Sementes pequenas: maior número, fácil dispersão e mais chance de caírem em local adequado
• Baixa exigência para tratamento pré-germinativo
• Simbiose com bactérias (ex. fixação de nitrogênio)
• Alelopatia
Capacidade de invasão
Algumas dessas características podem ser de difícil avaliação.
Para um sistema preditivo, é importante que os critérios sejam:
• simples e relativamente fáceis de determinar;
• claramente mensuráveis;
• em menor número possível, pois um número grande de atributos não corresponde à maior eficácia.
Capacidade de invasão
Características positivas devem ser consideradas à parte da análise de risco de invasão: não se trata de uma soma ou subtração de valores referentes a impactos positivos ou p pnegativos.
Os ambientes onde há efeitos positivos e efeitos negativos são, em geral, distintos.
ex. áreas de produção x invasão de áreas naturais no entorno.
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Capacidade de invasão
Deve-se assumir que uma espécie introduzida a um país ou a um estado vai ser distribuída a todo o território.
M t d i t d ã Mesmo que o ponto de introdução não tenha condições ambientais favoráveis, não há maneira de deter a distribuição após a introdução, o que ocorre amplamente em especial quando há valor econômico agregado ou interesse ornamental.
Protocolos de análise de risco
QUESTIONÁRIOS
Base: AR Austrália e Nova Zelândia
Ajustes: condições climáticas do Brasil e América Latina
Nível de risco: linha de corte
Definição do corte: testes
www.institutohours.org.br
Protocolos de análise de risco
PARA QUE SERVEM
1. Para avaliar o risco de espécies a serem introduzidas – e, portanto, ajudar a encontrar espécies de j pbaixo potencial de impacto
2. Para embasar a definição de prioridades para ações de prevenção, erradicação ou controle
3. Para respaldar a inclusão em listas de espécies exóticas invasoras
Informações sobre análise de risco
Informações sobre análise de risco
Informações sobre análise de risco
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Informações sobre análise de risco
www.weeds.org.auAUSTRÁLIA
Protocolos disponíveis –Instituto Hórus / I3N
Protocolos disponíveis –Instituto Hórus / I3N
1. Peixes
2. Vertebrados terrestres
3. Plantas
4. Análise de vias e vetores de dispersão
Espécies para a prática
Acacia mangium - acácia
Acacia mearnsii – acácia-negra
Camelia japonica - camélia
Grevillea robusta - grevilha
Hovenia dulcis – uva-do-japão
Leucaena leucocephala - leucena
Pinus elliottii - pínus
Tectona grandis - teca
Terminalia catappa - amendoeira
Acacia mangium
Origem:
• Austrália
Uso:
• “recuperação • recuperação de áreas degradadas”
• celulose
• sombra
Dispersão:
• aves
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Acacia mearnsii
Origem:
• Austrália
Uso:
• lenha• lenha
• taninos
• sombra
Dispersão:
• vento
Camelia japonica
Origem:
• Europa
Uso:
• ornamental• ornamental
Dispersão:
• vento
Grevillea robusta
Origem:
• Austrália
Uso:
• quebra vento• quebra-vento
• ornamental
Dispersão:
• vento
Hovenia dulcis
Origem:
• Japão e China
Uso:
• quebra vento• quebra-vento
• ornamental
Dispersão:
• fauna
Leucaena leucocephala
Origem:
• México e América Central
Uso:
• forrageira
• “recuperação”
• ornamental
Dispersão:
• vento
Pinus elliottii
Origem:
• Estados Unidos
Uso:
• celulose• celulose
• papel
• sombra
• “recuperação”
Dispersão:
• vento
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Tectona grandis
Origem:
• Ásia
Uso:
• madeira• madeira
Dispersão:
• vento
Terminalia catappa
Origem:
• Ásia
Uso:
• ornamental• ornamental
• sombra
Dispersão:
• água
• morcegos
MUITO OBRIGADA