aula 17 09-14 - dra. marina vieira

33
Profª. Marina Vieira de Figueiredo São Paulo – 17/09/2014

Upload: fernanda-moreira

Post on 05-Jul-2015

115 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Profª. Marina Vieira de FigueiredoSão Paulo – 17/09/2014

Page 2: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Art. 155,§ 2°, CF/88: O ICMS será não cumulativo,compensando-se o que for devido em cada operaçãorelativa à circulação de mercadorias ou prestação deserviços com o montante cobrado nas anteriores pelomesmo ou outro Estado, ou pelo DF.

Page 3: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Artigo 155, §2º, II – CF/88 - A isenção ou a não incidência, salvo determinação em contrário da legislação:

a) - não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes;

b) - acarretará a anulação do crédito relativo às operações ou prestações anteriores.

Page 4: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Este rol é exaustivo ou exemplificativo? EXAUSTIVO

A legislação pode estabelecer outras restrições?

Importância do tema (FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL DE VALIDADE):

INIDÔNEO

GUERRA FISCAL

Page 5: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Acepções:

Sentido estrito: inexistência de disposição legalautorizando a tributação do fato; os fatos são estranhos àprevisão da RMIT

Sentido amplo: abrange todos os casos em que não seopera a incidência tributária, incluindo as situações emque o evento ocorre, mas não é feita a aplicação do direito

Nem na imunidade nem na isenção há incidência tributária, seja porque não há RMIT (imunidade), seja

porque essa RMIT foi mutilada (isenção).

Marina Vieira de Figueiredo

Page 6: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

A isenção é como norma (em sentido amplo), de estrutura,que mutila parcialmente um dos critérios da RMIT.

Em princípio, qualquer critério pode ser mutilado, mas apenasparcialmente.

Impossibilidade de mutilação de todos os critérios, sob penade revogação da RMIT.

Em relação ao fato isento não há incidência, por não serabrangido pela RMIT mutilada. Não ocorre o nascimento daobrigação tributária.

Essa mutilação se dá no plano S3.

Marina Vieira de Figueiredo

Page 7: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Marina Vieira de Figueiredo

RMIT

Sujeita todas as operações

de circulação de

mercadoria à incidência do

ICMS

Norma isentiva

Isenta do ICMS as

operações de circulação

que envolvam

medicamentos genéricos

RMIT com âmbito de aplicação

mais restrito, pois alcançará

todas as operações de circulação,

salvo aquelas que envolvam

medicamentos genéricos

Page 8: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Não há como identificar a figura da “redução da base decálculo” com a da “isenção”.

Só estaremos diante de isenção quando a base de cálculo forreduzida a “zero”, pois nesse caso tem-se mutilação daRMIT que resulta no não pagamento do tributo.

Quando, porém, a diminuição da base de cálculo nãosignificar sua mutilação (permanecendo o dever de pagar otributo), o fenômeno jurídico será outro, ocorrendo aincidência e fazendo nascer o liame obrigacional tributáriocorrespondente.

Marina Vieira de Figueiredo

Page 9: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DEINSTRUMENTO. ICMS. CESTA BÁSICA. LEI 8.820/89 DO RS.SISTEMA DE BASE DE CÁLCULO REDUZIDA.CONFIGURAÇÃO DE ISENÇÃO FISCAL PARCIAL. 1. O Plenáriodo Supremo Tribunal Federal (RE 174.478/SP, rel. p/ o acórdão o Min.Cezar Peluso, DJ 30.09.2005), ao apreciar questão similar à destesautos, assentou que a redução da base de cálculo do ICMScorresponderia a uma isenção parcial, possibilitando o estornoproporcional do tributo, e que tal compensação não afronta oprincípio da não-cumulatividade. 2. Agravo regimental improvido.(AI 565666 AgR, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma,julgado em 31/08/2010, DJe-179 DIVULG 23-09-2010 PUBLIC 24-09-2010)

Marina Vieira de Figueiredo

Page 10: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Marina Vieira de Figueiredo

Estabelecimento

remetente localizado

no DF

ICMS devido (sem redução): R$ 100,00

ICMS pago (com redução): R$ 80,00

Valor destacado na nota: R$ 100,00

Destinatário localizado em SP

Se apropria de crédito equivalente ao

valor destacado em nota: R$ 100,00

Com amparo na decisão do STF, São

Paulo exige o estorno do valor não pago

por conta da redução de BC (R$ 20,00).

Page 11: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Marina Vieira de Figueiredo

Estabelecimento

localizado no DF

Estabelecimento

localizado em

MG

Operação de

remessa com

destino ao DF

Estabelecimento

localizado em

SP

7%

Operação de

remessa com

destino a SP

12% - 7% = 5%

Crédito: 12%

Page 12: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Marina Vieira de Figueiredo

Estabelecimento

localizado no DF

Estabelecimento

localizado em

MG

Operação de

remessa com

destino ao DF

Estabelecimento

localizado em

SP

7%

Operação de

remessa com

destino a SP

12% - 11% = 1%

Estorno: 7%

Crédito presumido: 11%

Crédito: 12%

Glosa

Page 13: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ICMS. GUERRA FISCAL.

CUMULATIVIDADE. ESTORNO DE CRÉDITOS POR

INICIATIVA UNILATERAL DE ENTE FEDERADO. ESTORNO

BASEADO EM PRETENSA CONCESSÃO DE BENEFÍCIO

FISCAL INVÁLIDO POR OUTRO ENTE FEDERADO. ARTS. 1º,

2º, 3º, 102 e 155, § 2º, I DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ART. 8º DA

LC 24/1975. MANIFESTAÇÃO PELA EXISTÊNCIA DE

REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA. (RE 628075 RG, Relator(a):

Min. JOAQUIM BARBOSA, julgado em 13/10/2011, ACÓRDÃO

ELETRÔNICO DJe-228 DIVULG 30-11-2011 PUBLIC 01-12-2011)

Marina Vieira de Figueiredo

Page 14: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Isenção e não incidência seriam situações exaustivas de obstáculo ao crédito (outras situações de vedação => VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE)

Conceito de COBRADO => Incidente (Linguagem)

COBRADO = PAGO ???

Page 15: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Art. 146 da CF/88 Papéis das normas gerais veiculadas por lei

complementar (visão dicotômica)

Dispor sobre conflitos de competência

Limitar o poder de tributar (respeito à não

cumulatividade)

Limitação às normas gerais:

materialidades tributárias (já

CONCEITUALMENTE previstas na CF/88)

Page 16: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Art. 155, §2º, XII, da CF/88

§ 2.º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá aoseguinte:

XII - cabe à lei complementar:

c) disciplinar o regime de compensação do imposto;

Art. 155, §2º, X, “a”, CF/88 – O ICMS não incidirá sobreoperações que destinem mercadorias para o exterior, nemsobre serviços prestados a destinatários no exterior, asseguradaa manutenção e o aproveitamento do montante do impostocobrado nas operações e prestações anteriores.

Page 17: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Art. 23 LC 87/96 – O direito de crédito para efeito decompensação com débito do imposto, reconhecido aoestabelecimento que tenha recebido as mercadorias oupara o qual tenham sido prestados os serviços, estácondicionado à idoneidade da documentação e, sefor o caso, à escrituração nos prazos e condiçõesestabelecidos na legislação.

Page 18: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Qual a natureza jurídica do crédito?

Moeda escritural (justifica AIIM Saldo Credor)

De valor idêntico ao imposto devido daquele que remete a mercadoria ou presta serviço

Não tem a mesma natureza de montante a ser restituído a título de imposto

É direito subjetivo do contribuinte ou dever do Estado?

Page 19: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Qual o momento de nascimento do crédito? Quem cria a norma?

Momento da escrituração em que o contribuinte se coloca como sujeito ativo em face do Estado que deve reconhecer seu direito àquele montante, cujo destino é a compensação.

Prazo para exercer o direito ao créditoArt. 23, Parágrafo único da LC 87/96 - O direito de utilizar o crédito extingue-se depois de decorridos cinco anos contados da data de emissão do documento.

Page 20: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Correção Monetária

Argumentos do Contribuinte

Violação à não cumulatividade

Violação à isonomia (igualdade)

Argumentos do Fisco

Previsão normativa (valor nominal –valor original)

STF

Page 21: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

1) Saldo Credor (Créditos > Débitos)

transporte para o período seguinte

Pagamento X Recolhimento

2) Crédito Acumulado proveniente de:

Alíquotas diversificadas (Entrada e Saída).

Operação ou prestação efetuada com redução de base de cálculo.

Operação em que há saída para o exterior.

Page 22: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

- Material => Adquirir MERCADORIA (E NÃO BENS) cujo montante deICMS tenha sido cobrado em anterior operação

- Temporal => A partir da aquisição jurídica (física ou simbólica) damercadoria (por um período decadencial de 5 anos a partir da emissão da NF=> parágrafo único, art. 20 da LC 87/96)

- Espacial => No Estado/DF onde localizado o estabelecimento recebedor

- Quantitativo => Montante COBRADO em anterior operação (Valor daoperação X alíquota => imposto devido para o remetente)

- Subjetivo Ativo => CONTRIBUINTE

- Subjetivo Passivo => ESTADO DO ESTABELECIMENTO ADQUIRENTE

Page 23: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Artigo 20 - Para a compensação a que se refere oartigo anterior, é assegurado ao sujeito passivo, odireito de creditar-se do imposto anteriormentecobrado, em operações de que tenha resultado aentrada de mercadoria, real ou simbólica, noestabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ouconsumo ou ao ativo permanente, ou ao recebimentode serviços de transporte interestadual eintermunicipal ou de comunicação.

Page 24: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

§ 5º - Para efeito do disposto no caput deste artigo,relativamente aos créditos decorrentes de entrada demercadorias no estabelecimento destinadas ao ativopermanente, deverá ser observado:

I – a apropriação será feita à razão de um quarenta eoito avos por mês, devendo a primeira fração serapropriada no mês em que ocorrer a entrada noestabelecimento;

Page 25: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

§ 5º - Para efeito do disposto no caput deste artigo,relativamente aos créditos decorrentes de entrada demercadorias no estabelecimento destinadas ao ativopermanente, deverá ser observado:

V – na hipótese de alienação dos bens do ativopermanente, antes de decorrido o prazo de 4 (quatro)anos contado da data de sua aquisição, não seráadmitido, a partir da data da alienação, ocreditamento de que trata este parágrafo em relação àfração que corresponderia ao restante do quadriênio.

Page 26: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Artigo 20 - Para a compensação a que se refere oartigo anterior, é assegurado ao sujeito passivo, odireito de creditar-se do imposto anteriormentecobrado, em operações de que tenha resultado aentrada de mercadoria, real ou simbólica, noestabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ouconsumo ou ao ativo permanente, ou ao recebimentode serviços de transporte interestadual eintermunicipal ou de comunicação.

Page 27: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Art. 33 – Na aplicação do art. 20 observar-se-á oseguinte:

I - somente darão direito de crédito as mercadoriasdestinadas ao uso ou consumo do estabelecimentonele entradas a partir de 1o de janeiro de 2020;

Page 28: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Art. 33 – Na aplicação do art. 20 observar-se-á o seguinte:II – somente dará direito a crédito a entrada de energia elétricano estabelecimento: a) quando for objeto de operação de saída de energia elétrica;

b) quando consumida no processo de industrialização;

c) quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais; e

d) a partir de 1o de janeiro de 2020, nas demais hipóteses;

Page 29: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

IV – somente dará direito a crédito o recebimento de serviços de comunicação utilizados pelo estabelecimento:

a) ao qual tenham sido prestados na execução de serviços da mesma natureza;

b) quando sua utilização resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção desta sobre as saídas ou prestações totais; e

c) a partir de 1o de janeiro de 2020, nas demais hipóteses.

Page 30: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Art. 20, §1º - Não dão direito a crédito as entradas demercadorias ou utilização de serviços resultantes de operaçõesou prestações isentas ou não tributadas, ou que se refiram amercadorias ou serviços alheios à atividade doestabelecimento.

Art. 20, §2º - Salvo prova em contrário, presumem-se alheios àatividade do estabelecimento os veículos de transporte pessoal.

Page 31: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Art. 20, §3º - É vedado o crédito relativo à mercadoria entradano estabelecimento ou a prestação de serviços a ele feita:

I - para integração ou consumo em processo deindustrialização ou produção rural, quando a saída do produtoresultante NÃO FOR TRIBUTADA OU ESTIVER ISENTA DOIMPOSTO , exceto se tratar-se de saída para o exterior;

II - para comercialização ou prestação de serviço, quando asaída ou a prestação subseqüente NÃO FOREM TRIBUTADASOU ESTIVEREM ISENTAS DO IMPOSTO, exceto asdestinadas ao exterior.

Page 32: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Art. 21. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado, sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento:

I - for objeto de saída ou prestação de serviço não-tributada ou isenta, sendo esta circunstância imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da utilização do serviço;

II - for integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a saída do produto resultante for não-tributada ou estiver isenta do imposto;

III - vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento;

IV - vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se.

Page 33: Aula 17 09-14 - dra. marina vieira

Art. 21, § 2° Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior ou de operações com o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos.