aula 13 farm2

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 1 Prof a . Esp. M.sc (and) TAHÍSA FARIA VELLOSO [email protected] http://tahisa.cbov.org Faculdade de Medicina Veterinária FLUIDOTERAPIA E TRANSFUSÃO SANGÜÍNEA FLUIDOTERAPIA FLUIDOTERAPIA E E TRANSFUS TRANSFUS  Ã  Ã O SANG O SANG ÜÍ ÜÍ NEA NEA  1. FL UI DOTERAPI A Crist alóid es e Colóides – Cristalóides: - Sol fisiológica (vômito; cetoacidose diabét ica, crise hipoadrenal aguda, IRA ou C com oligúria ou anúria, DTUIF com obstrução uretral, IHepática aguda ou crônica, neoplasias, lipidose hepáti ca felina, anemia, hipernatremia); - Sol. Glicofisiológic a (insulinoma); - Sol de Ri nger simples (vômi to, IHepática aguda ou crôni ca, neoplasia s, lipidose hepática felina); - Sol RLS (vômito, diarréia, GEH, IRA ou C com poliúria, pancreatite,  piometra, convulsões, ins ulinoma, anemia); - Sol de Glicose a 5% (edema pulmonar, hipernatremia =excesso de sódio); - Sol Hipertônica (choque hem orrágico grave). Acentuação redução da elasticidade da pele, TPC prolongado, ressecamento mucosas, enoftalmia, taquicardia, pulso fraco; hipotermia; hipotensão; decúbito lateral; choque hipovolêmico. 12 a 15 Acentuada redução da elasticidade da pele; TPC prolongado; Ressecamento de mucosas; Enoftalmia; Pode haver achados compatíveis com choque (taquicardia, pulso rápido e fraco, extremidades frias). 10 a 12 Moderada redução da elasticidade; Discreto prolongamento do TPC; ressecamento das mucosas; possível discreta enoftalmia. 6 a 8 Discreta redução da elasticidade da pele. 5 a 6 Referências de perda de líquido pelo proprietário. Exame físico normal. < 5 Avaliação clínica da hidratação Avaliação clínica da hidratação - - Marcondes, 2008. 1. FL UI DOTE RAPI A - Cálculo do volum e e de administraçã o - CÁLCULO DE REPOSIÇÃO CÁLCULO DE REPOSIÇÃO Volume de reposição (L) = peso (kg) x grau de desidratação (decimal) OU Volume de reposição (mL) = peso (kg) x grau de desidratação (%). Para um animal de 15kg desidratado em 6% do peso corpóreo, ter-se-ia: Volume de reposição = 15 x 0,006 = 0,9L OU Volume de reposição = 15 x 6 x 10 = 900 mL :--:--:--:-- :--:--:--:-- :--:--:--:-- :--:--:--:-- :--:--:--:--:--:- - :--:--:--:- - :--:--:-- :- CÁLCULO DE MANUTENÇÃO CÁLCULO DE MANUTENÇÃO Para um animal de 4kg sem perdas: Volume de manutenção sem perdas = 4kg x 60 = 240mL/24h, ou seja, 10mL/h Para um animal de 4kg com perdas (diarréia), por exemplo 50mL: Volume de manutenção ma is perdas = 4kg x 60 x 50 = 290mL/24h, ou seja, 12mL/h 1. FLUI DOTE RA P IA  Cálculo do volume e de administração:  Limite de velocidade para infusão de sol cristalóides no cão é  Limite de velocidade para infusão de sol cristalóides no cão é  de 90mL/kg/h e no gato é de 70mL/kg/h.  de 90mL/kg/h e no gato é de 70mL/kg/h. Exemplo: se a velocidade do volume de de reposição para um gato for de 15mL/h: * Equipo de m acrogotas (cada gota tem 0,05L): 0,25mL/min = 0,25 ÷ 0,05gotas/min = 5 macrogotas/min. *Equipo de microgotas (cada gota tem 0,017mL): 0,25mL/min = 0,25 ÷ 0,017gotas/min 15 microgotas/min. 1. FL UI DOTE RAPI A  Cálculo do volume e de administração: Ex: Cão com 7 kg com GEH e desidratação de 7% * Reposição: Volume de reposição (L) = peso(kg) x desidrat. (decimal) = 7 x 0,07 = 0,49L (490mL) Velocidade de infusão do volume de reposição: como o volume de reposição (490mL) deve ser infundido em 4 a 8h, tomando-se por base 8h: Velocidade = 490mL/8h 61,3mL/h Esse volume pode ser infundido em bomba de infusão ou então: 61,3mL/h = 61,3mL/60min 1mL/min Equipo de macrots (0,05mL/gota): 1mL/’ =1 ÷0,05gotas/’ = 20 macts/’. Equipo de micrgts (0,017mL/gota): 1mL/’ = 1 ÷0,017go tas/ = 59 microgts/’. 1. FLUI DOTE RA P IA

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1

Prof a. Esp. M.sc(and) TAHÍSA FARIA [email protected]

http://tahisa.cbov.org

Faculdade de Medicina Veterinária

FLUIDOTERAPIA 

TRANSFUSÃO SANGÜÍNEA 

FLUIDOTERAPIA FLUIDOTERAPIA 

E E 

TRANSFUS TRANSFUS  Ã  Ã O SANG O SANG ÜÍ ÜÍ NEA NEA 

 

1. FLUIDOTERAPIA– Cristalóides e Colóides –

Cristalóides:

- Sol fisiológica (vômito; cetoacidose diabética, crise hipoadrenal aguda,IRA ou C com oligúria ou anúria, DTUIF com obstrução uretral,IHepática aguda ou crônica, neoplasias, lipidose hepática felina,anemia, hipernatremia);

- Sol. Glicofisiológica (insulinoma);

- Sol de Ringer simples (vômito, IHepática aguda ou crônica, neoplasias,lipidose hepática felina);

- Sol RLS (vômito, diarréia, GEH, IRA ou C com poliúria, pancreatite,piometra, convulsões, insulinoma, anemia);

- Sol de Glicose a 5% (edema pulmonar, hipernatremia=excesso de sódio);

- Sol Hipertônica (choque hemorrágico grave).

Acentuação redução da elasticidade da pele, TPCprolongado, ressecamento mucosas, enoftalmia, taquicardia,pulso fraco; hipotermia; hipotensão; decúbito lateral; choquehipovolêmico.

12 a 15

Acentuada redução da elasticidade da pele; TPCprolongado; Ressecamento de mucosas; Enoftalmia; Podehaver achados compatíveis com choque (taquicardia, pulsorápido e fraco, extremidades frias).

10 a 12

Moderada redução da elasticidade; Discreto prolongamentodo TPC; ressecamento das mucosas; possível discretaenoftalmia.

6 a 8

Discreta redução da elasticidade da pele.5 a 6

Referências de perda de líquido pelo proprietário. Examefísico normal.

< 5

Avaliação clínica da hidrataçãoAvaliação clínica da hidratação -- Marcondes, 2008.

1 . F LUIDOT ERAP IA

- Cálculo do volume e de administração -CÁLCULO DE REPOSIÇÃOCÁLCULO DE REPOSIÇÃOVolume de reposição (L) = peso (kg) x grau de desidratação (decimal) OUVolume de reposição (mL) = peso (kg) x grau de desidratação (%).Para um animal de 15kg desidratado em 6% do peso corpóreo, ter-se-ia:Volume de reposição = 15 x 0,006 = 0,9L OUVolume de reposição = 15 x 6 x 10 = 900 mL

:--:--:--:-- :--:--:--:-- :--:--:--:-- :--:--:--:-- :--:-- :--:--:--:-- :--:--:--:-- :--:-- :--:-

CÁLCULO DE MANUTENÇÃOCÁLCULO DE MANUTENÇÃOPara um animal de 4kg sem perdas:Volume de manutenção sem perdas = 4kg x 60 = 240mL/24h, ou seja,

10mL/hPara um animal de 4kg com perdas (diarréia), por exemplo 50mL:Volume de manutenção mais perdas = 4kg x 60 x 50 = 290mL/24h, ou seja, ≅

12mL/h

1 . F LUIDOT ERAP IA

 

Cálculo do volume e de administração:

 Limite de velocidade para infusão de sol cristalóides no cão é Limite de velocidade para infusão de sol cristalóides no cão é de 90mL/kg/h e no gato é de 70mL/kg/h. de 90mL/kg/h e no gato é de 70mL/kg/h.

Exemplo: se a velocidade do volume de de reposição para umgato for de 15mL/h:

* Equipo de macrogotas (cada gota tem 0,05L):

0,25mL/min = 0,25 ÷ 0,05gotas/min = 5 macrogotas/min.

*Equipo de microgotas (cada gota tem 0,017mL):

0,25mL/min = 0,25 ÷ 0,017gotas/min ≅15 microgotas/min.

1 . F LUIDOT ERAP IA

 

Cálculo do volume e de administração:

Ex: Cão com 7 kg com GEH e desidratação de 7%

* Reposição:

Volume de reposição (L) = peso(kg) x desidrat. (decimal) = 7 x 0,07 = 0,49L (490mL)

Velocidade de infusão do volume de reposição: como o volume de reposição(490mL) deve ser infundido em 4 a 8h, tomando-se por base 8h:

Velocidade = 490mL/8h ≅ 61,3mL/h

Esse volume pode ser infundido em bomba de infusão ou então:

61,3mL/h = 61,3mL/60min ≅ 1mL/min

Equipo de macrots (0,05mL/gota): 1mL/’ =1÷0,05gotas/’ = 20 macts/’.

Equipo de micrgts (0,017mL/gota): 1mL/’ = 1÷0,017gotas/’ = 59microgts/’.

1 . F LUIDOT ERAP IA

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2

Cálculo do volume e de administração:Cont.

* Manutenção:

Volume de manutenção para peq animais = 60mL/kg/24h = 60x7 =

420mL/24hPerdas estimadas: 100ml/24h (entre vômito e diarréia).Volume total de manutenção + perdas = 420 + 100/24h = 520mL/24h

Velocidade de infusão do volume de manutenção = 520mL/24h ≅22mL/h

O volume pode ser infundido em bombas de infusão ou, então:

22mL/h = 22mL/60’ ≅ 0,4mL/’

Macrgts: 0,4mL/’ = 0,4÷ 0,05 gts/’ = 8 macgts/min

Microgts: 0,4mL/min = 0,4 ÷ 0, 017gts/min = 24 microgotas/min.

1 . F LUIDOT ERAP IA

 

Cálculo de reposição de potássio:

Não são todas as enfermidades q podem receber potássio(hipoadrenocorticismo).

Indicadas para anorexia de qualquer causa (ausência de aportegastrintestinal de K), gastrenterites (perdas de potássio emvômito/diarréia e excreção renal) e nefropatias ou doençasacompanhadas de poliúria (excreção de K por aumento dofluxo tubular renal).

1 . F LUIDOT ERAP IA

Cálculo de reposição de potássio:

Nas gastrenterites graves, a ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona contribui para perda de K.

Além da eliminação do do eletrólito em conteúdo gástrico(vômito e, em menor grau, diarréia), a hipovolemiaresultante de perdas acentuadas de líquidos pode serdetectada pelo aparelho justaglomerular renal, que liberarenina em resposta à redução de PA nas arteríolas aferentesrenais.

O resultado da ação da renina é a produção de angiotensina I

a partir do angiotensinogênio plasmático.Em seqüência a angiotensina I é transformada pela enzimaconversora (presente nos pulmões) em angiotensina II, queestimula a síntese corticoadrenal, que absorve sódio eexcreta K.

1 . F LUIDOT ERAP IA

Cálculo de reposição de potássio:

O Cloreto de Potássio a 19,1% contém 2,56mEq de K+ e2,56mEq de Cl- por mililitro de solução.

No RL simples ou com Lactato de sódio contêm 4mEq depotássio por litro de solução, ou seja, 1mEq/250mL.

Velocidade máxima 0,5mEq/kg/h.

Ideal, determinação sérica:

1 . F LUIDOT ERAP IA

620,0< 2,0

815,02,1 a 2,5

1210,02,6 a 3,0

177,53,1 a 3,5

255,03,6 a 5,0

Velocidade máximade infusão

K+ a ser adicionado

(mEq/250L)

Potássio sérico

(mEq/L)

Suplementação de potássio. Fonte Marcondes, 2008.

Cálculo de reposição de potássio:

A suplementação de potássio, quando necessária pode ser feitapor via SC desde que se respeite a [ ] máxima de 30mEq/Lde potássio (ou 7,5mEq/250) na sol infundida.

Isso equivale a adicionar no máximo 2,9mL da sol KCl a 19,1%(que contém 2,56mEq de potássio por mililitro) em 250mLde solução fisiológica, ou

2,5mL de KCl a 19,1% em 250mL de Ringer simples ou

RLS, que já contêm 4mEq/L de potássio (ou 1mEq/250mL) napreparação original.

1 . F LUIDOT ERAP IA

Ex: Gato de 5kg com gastrenterite, desidratação de 6% e potássio séricode 3,4mEq/L

*Reposição:Volume de reposição (L) = peso (kg) x desidratação (decimal) = 5 x 0,06 =

0,3L (300ml)Velocidade de infusão do volume de reposição: como o volume de reposição

é 300mL deve ser infundido em 4 a 8h, tomando-se por base 8h.Velocidade = 300mL/8h = 37,5mL/h

Necessário 7,5mEq de K+ em cada 250ml de fluido. Se for utilizado RLS, que já contém 1mEq de K+ /250ml, teríamos q acrescentar 7,5 – 1 = 6,5mEqde K+ .

Como a sol de KCl a 19,1% contêm 2,56mEq de K+ /mL, seriam necessários6,5÷2,56 = 2,5mL de KCl a 19,1% em 250mL de RLS.

Velocidade de acordo com a tabela é de 17mL/Kg/h ou seja 5kg x 17 =85mL/h.... Macro micro (calcular

1 . F LUIDOT ERAP IA

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- COLÓIDES -Os colóides são soluções que contém água e macromoléculas às

quais as mem capilares são impermeáveis sob condições

normais. Aumenta a Pressão oncótica plasmática (proteínasdo plasma), retendo água nos espaços intracelulares,expandindo-o.

As principais indicações clínicas para o uso de colóides são orestabelecimento da Poncótica e a expansão plasmáticamais rápida e intensa que aquelas obtidas apenas com o usode cristalóides. Mais comum: hipoalbuminemia.

COLÓIDES NATURAIS: plasma fresco ou congelado. Difícilutilizar, o mais rápido seria t ransfusão ou sintéticos.

1 . F LUIDOT ERAP IA

COLÓIDES SINTÉTICOS:

GELATINA: mais utilizada oxipoligelatina.

DEXTRANS: 40 (parece melhor) que o 60. Recomenda-se o usode Sol fisiológica na hidroterapia.

AMIDOS HIDROXIETILADOS: Hetastarch e Pentastarch (nãorecomendado nos EUA). Muito caros.

1 . F LUIDOT ERAP IA

1 . F LUIDOT ERAP IA

(D= Dalton); (mOs/kg)mili osmóis

Cães: 10 aCães: 10 a25mL/kg/dia.25mL/kg/dia.

Gatos: 5 aGatos: 5 a10mL/kg/dia10mL/kg/dia

326326

(Isotônica)(Isotônica)2,5h2,5hNaClNaCl 0,9%0,9%10,010,0280.000280.000PentastarchPentastarch

Cães: 10 aCães: 10 a20L/kg/dia. Podem20L/kg/dia. Podem

ser necessárias dosesser necessárias dosessuperiores de atésuperiores de até

40mL/kg/dia.40mL/kg/dia.Gatos: 5 aGatos: 5 a10mL/kg/dia. Repetir10mL/kg/dia. Repetirdose de 5mL/kg atédose de 5mL/kg até

obter efeito.obter efeito.

310310

(Isotônica)(Isotônica)25h25hNaClNaCl 0,9%0,9%6,06,0450.000450.000 Hetastarch Hetastarch

310310

(Isotônica)(Isotônica)25h25hNaClNaCl 0,9% ou0,9% ou

glicose a 5%glicose a 5%6,06,070.00070.000DextranDextran 7070

Cães: 10 aCães: 10 a20mL/kg/dia;20mL/kg/dia;

Gatos: 5 aGatos: 5 a10mL/kg/dia10mL/kg/dia

311311

(Isotônica)(Isotônica)2,5 h2,5 hNaClNaCl 0,9% ou0,9% ou

glicose a 5%glicose a 5%10,010,040.00040.000DextranDextran 4040

Cães e gatos: 5mL/kgCães e gatos: 5mL/kg200200

(hipotônica)(hipotônica)

2 a 4 h2 a 4 hSol eletrolíticaSol eletrolítica5,65,630.00030.000OxipoligelatinaOxipoligelatina

Dose(uso isolado)

Osmolaridade(mOs/kg)

 ½-vidaplasmática

Solvente[ ](%)

Pesomolecularmédio (D)

Colóide

Comparação entre os principais colóides - Fonte Marcondes, 2008.

2. TRANSFUSÃO SANGÜÍNEA(HEMOTERAPIA)

A transfusão é definida como uma terapia com sanguetotal ou hemocomponentes.

Indica-se para anemia, hemorragias, coagulopatias,pancreatite e hipoproteinemia,...

Hemocomponentes (componentes sangüíneos) são [ ] dehemácias, plasma fresco congelado, plasma congelado,criopreciptado e [ ] de plaquetas.

2. TRANSFUSÃO SANGÜÍNEA (HEMOTERAPIA)

Os derivados sangüíneos são produtosindustrializados a partir do sangue: soluções dealbumina, imunoglobulinas intravenosas e [ ] defatores específicos (fatores de coagulação,antitrombina III).

A transfusão de sangue é considerada a forma maissimples de um transplante. Como toda terapia, osriscos inerentes existem, principalmente qdo ospadrões básicos de controle de qualidade não sãoobedecidos.

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2. TRANSFUSÃO SANGÜÍNEA (HEMOTERAPIA)

2.1 TRANSFUSÃO DE SAGUE EM CANINOS2.1 TRANSFUSÃO DE SAGUE EM CANINOS

CÃES: adultos saudáveis, entre 1 e 8 anos, peso mínimo de 27Kg etemperamento dócil.

Ht% mínimo 40.Freqüência: 1 a cada 21 a 28 dias. (suplementar com Fe)Vermífugos, vacinas em dia. Testados para hemoparasitos.

COLETA: sg total coletado em bolsa de sangue contendo CPDA-1(citrato-fosfato-dextrose-adenina) anticoagulante.

Ideal é coletar toda a bolsa; se não for possível, ajustar a proporção deanticoagulante antes da venopunção (63mL de CPDA-1 para cada450mL de sangue).

Normalmente pela jugular, utilizando método gravitacional, comhomogenização mecânica suave.

2. TRANSFUSÃO SANGÜÍNEA (HEMOTERAPIA)

2. TRANSFUSÃO SANGÜÍNEA (HEMOTERAPIA)

TRANSFUSÃO DE SAGUE DE CANINOS

Grupos sangüíneos: DEA ( dog erythrocyte antigen). Hádescrição de 20 ou mais grupos sangüíneos no cão,sendo q 6 são os mais representativos (DEA 1.1, 1.2, 3,4, 5, e 7). Os que menos apresentam reações deincompatibilidade são os DEA 1.1 e 1.2.

Produtos sangüíneos: após o sangue ser coletado, poderáser utilizado como sangue total fresco, sangue totalestocado ou fracionado em hemocomponentesSangue total fresco e estocado: até 8h sem refrigerá-lo(20 e 24°C). Após este período o sangue total passa a serchamado de estocado, mantido refrigerado (2 a 6°C). Osg total refrigerado perde totas as característicashemostáticas, indicado somente à pacientes com anemiapor hipovolemia.

 

2. TRANSFUSÃO SANGÜÍNEA (HEMOTERAPIA)

TRANSFUSÃO DE SAGUE DE CANINOS

Administração: máximo em até 4h para diminuircontaminação.

Velocidade: 0,25mL/kg primeira hora. Após 10 a 20mL/kgem pacientes normovolêmicos e 2 a 4mL/kg em cãesnefropatas ou cardiopatas.

Equipos com filtro.

 

2. TRANSFUSÃO SANGÜÍNEA (HEMOTERAPIA)

TRANSFUSÃO DE SAGUE DE CANINOS

É contra-indicado adm de sg total fresco em pacientes comtrombocitopenia não-anêmicos. Indica-se [ ] deplaquetas.

É contra-indicado transfusão com RLS, nem glicose. Oideal é Sol Fisiológica 0,9%.

O sg total a ser transfundido pode ser calculado de duasformas. De maneira geral, 20mL/kg de sg total eleva10% do hematócrito. Entretanto, o volume de sg totalrequerido pode ser calculado de modo mais preciso:

doadordoHt

receptorHt-desejadoHtx*(cães)90x(Kg)Peso(mL)idotransfundsgVol =

* 90 = representa o vol sangüíneo médio no cão em mL/kg

2. TRANSFUSÃO SANGÜÍNEA (HEMOTERAPIA)

2.2 TRANSFUSÃO DE SAGUE EM FELINOS2.2 TRANSFUSÃO DE SAGUE EM FELINOS

FELINOS: adultos saudáveis, entre 1 e 6 anos, peso mínimo de 5Kg etemperamento dócil.

Ht% mínimo 35, desejável 40% e pelo menos 11g/dL de hemoglobina.Freqüência: 1 a cada 4 semanas. (suplementar com Fe)Vermífugos, vacinas em dia. Testados para hemoparasitos, FIV, FeLV,

T. gondii e M. haemofelis. Repetidas 2 xs/ano. Antes de coletar fazerhemograma completo com plaquetas.

COLETA: normalmente requer sedação ou anestesia geral [Cetamina(1 a 2mg/kg), diazepam (0,1mg/kg) e atropina (0,01mg/kg)], IV

ou [ Cetamina (2mg/kg) e midazolam (0,1mg/kg)] misturados na mesmaseringa, IV. Adm em bolus de ¼ ou ½ dose podem ser empregadaspara prolongar a anestesia. Ou conforme o vet.

Não existem bolsas para doadores felinos. Seringa de 60mL + 6 a 7mLde CPDA para cada 54mL de sangue.

O volume máximo aceitável por doação é 11 a 13mL/kg.

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2. TRANSFUSÃO SANGÜÍNEA (HEMOTERAPIA)

TRANSFUSÃO DE SAGUE EM FELINOSTRANSFUSÃO DE SAGUE EM FELINOS

Grupos sangüíneos felinos:

A, B e AB

 

0100Pêlo curto oriental

1882Birmanês

2080Himalaia

2080Abissínio

4357Devon Rex

2476Persa

0100Siamês

Grupo B (%)Grupo A (%)Raças

Tipos sangüíneos em felinos – Marcondes, 2008.

2. TRANSFUSÃO SANGÜÍNEA (HEMOTERAPIA)

TRANSFUSÃO DE SAGUE EM FELINOSTRANSFUSÃO DE SAGUE EM FELINOS

Indicações: anemia.

O sg total (pois não há disponibilidade de obtenção dehemocomponentes, assim como os cães).

A transfusão de hemácias é indicadas para valores abaixo de7g/dL de hemoglobina, ou menores que 20% dohematócrito.

O volume a ser adm de sg total ou [ ] de hemácias pode sercalculado com a seguinte fórmula... (Essa fórmula assume70mL/kg como o vol sangüíneo médio de um gato)

 

doadordoHt

receptorHt-desejadoHtx70x(kg)Peso(mL)idotransfundsgVol =

2. TRANSFUSÃO SANGÜÍNEA (HEMOTERAPIA)

TRANSFUSÃO DE SAGUE EM FELINOSTRANSFUSÃO DE SAGUE EM FELINOS

Administração: com filtro. Os equipos ideais são os pediátricoshumanos.

Veia cefálica, jugular ou femoral.

Velocidade (5mL/Kg/h) nos primeiros 5 a 15 min. Na ausênciade reações adversas, pode-se aumentar a velocidade para 10a 22mL/kg/h em pacientes normovolêmicos.

Em pacientes hipovolêmicos sugere-se a velocidade de66mL/kg/h.

Somente com sol. Fisiológica.

2.3 Teste de compatibilidade (Cross Matching)1. Amostra de sg com EDTA e de soro (ou plasma) do receptor e uma amostra de sg com

EDTA do doador ou da bolsa sangüínea.

2. Lavagem das hemácias do receptor e do doador: colocar 0,2mL de sg do doador e doreceptor em tubos em tubos de ensaio diferentes para cada um. Acrescentar 4,8mL de sol.Salina (NaCl 0,9%) em cada tubo. Centrifugar em 3.400rpm/1’. Após a centrifugação,desprezar o sobrenadante. Repetir esse processo 3xs. Após a última lavagem, desprezar osobrenadante e ressuspender as hemácias com 2mL de sol salina.

3. Realizar as seguintes misturas em tubos de ensaio diferentes: a)Tubo 1 e 2: uma gota dosoro do receptor com uma gota do sg do doador ressuspendido; b) Tubos 3 e 4: controle:uma gota de soro do receptor com uma gota do sg do receptor r essuspendido.

4. Centrifugar os tubos 1 e 3 a 3.400rpm 1’. Haverá a formação de um botão de sg. Tentardissolvê-lo com movimentos sutis. Observar a formação ou não de grumos (avaliaçãomacroscópica). Colocar uma gota desta mistura em lâmina e lamínula para avaliaçãomicroscópica.

5. Tubos 2 e 4: incubar em banho-maria a 37°C durante 15’. Repetir o procedimento do item 4após esse período.

6. Interpretação dos resultados: Avaliação macro: grumos; ausência de grumos indica que oteste é compatível (pode transfundir). Avaliação micro: confirma-se um resultado macro épositivo (pois pode haver grumos).

2.4 Tratamento em casos de reações transfusionais

1. Parar a transfusão imediatamente

2. Uso de corticóides

3. Uso de fluidoterapia para manutenção dapressão arterial

4. Uso de diuréticos

5. Tratamento sintomático

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6

SPINOSA et al. Farmacologia aplicada àmedicina veterinária, 2004.

MARCONDES SANTOS, M. Emergência e terapia intensiva veterinária em pequenos

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REFERÊNCIAS