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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 1 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Aula 13 - Poder Judiciário: Olá Pessoal, tudo certo? Como vão os estudos? A aula de hoje é sobre nosso querido “Poder Judiciário”, tema visto como complexo e difícil por muitos, mas veremos agora que não é nenhum bicho de 7 cabeças não... é só ter atenção e treinar bastante nas questões. Vamos lá: Disposições Gerais: Órgãos do Poder Judiciário: O art. 92 da Constituição diz que são órgãos do Poder Judiciário: Supremo Tribunal Federal; Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela EC 45/04) Superior Tribunal de Justiça; Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; Tribunais e Juízes do Trabalho; Tribunais e Juízes Eleitorais; Tribunais e Juízes Militares; Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. Devemos ainda acrescentar as "Juntas Eleitorais", pois embora não estejam no art. 92, estão expressamente elencadas no art. 118, como sendo "ósrgão da Justiça Eleitoral". Parágrafos do art. 92: O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional.

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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ

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Aula 13 - Poder Judiciário:

Olá Pessoal, tudo certo? Como vão os estudos?

A aula de hoje é sobre nosso querido “Poder Judiciário”, tema visto como complexo e difícil por muitos, mas veremos agora que não é nenhum bicho de 7 cabeças não... é só ter atenção e treinar bastante nas questões.

Vamos lá:

Disposições Gerais:

Órgãos do Poder Judiciário:

O art. 92 da Constituição diz que são órgãos do Poder Judiciário:

• Supremo Tribunal Federal;

• Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela EC 45/04)

• Superior Tribunal de Justiça;

• Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

• Tribunais e Juízes do Trabalho;

• Tribunais e Juízes Eleitorais;

• Tribunais e Juízes Militares;

• Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

Devemos ainda acrescentar as "Juntas Eleitorais", pois embora não estejam no art. 92, estão expressamente elencadas no art. 118, como sendo "ósrgão da Justiça Eleitoral".

Parágrafos do art. 92:

• O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal.

• O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional.

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Lembrando também que não há justiça municipal, o Poder Judiciário é federal ou estadual.

STF

Juízes de

direito

dos

Estados e

do DF/TF

STM

Juízes

Federais

Juízes do

Trabalho

Juízes e

Juntas

Eleitorais

Juízes

Militares

CNJ

Supremo

Juízes de

1º grau

Tribunais

Superiores

Tribunais

de 2º grau

Órgãos da

justiça federal

Comum

(art.106)

Órgãos da

justiça do

trabalho

(art.111)

Órgãos da

justiça

eleitoral

(art.118)

Órgãos da

justiça

estadual

(art.125)

Tribunais

Militares

TRE TJ TRF TRT

TSE TST STJ

Justiça Comum

Justiça Especial

Órgãos da

justiça

militar

(art.122)

ENFAM

CJF

ENAMAT

CSJT

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1. (FCC/Técnico - TRE - SE/2007) São órgãos do Poder Judiciário os tribunais e Juízes Militares.

Comentários:

Os órgãos do Poder Juciário estão elencados no art. 92 da Constituição (com exceção das juntas eleitorais, que embora sejam órgãos do Judiciário, só foram elencadas pelo art. 118). Desta forma, por estar no rol do art. 92, está correto o enunciado.

Gabarito: Correto.

2. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O CNJ é órgão integrante do Poder Judiciário.

Comentários:

É um órgão de funções administrativas e correicionais que integra o Poder Judiciário (CF, art. 92).

Gabarito: Correto.

3. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) De acordo com a CF, são órgãos da justiça do trabalho o TST, os TRTs e as juntas de conciliação e julgamento.

Comentários:

Para a questão se tornar correta, deveríamos substituir as juntas de conciliação e julgamento pelos juízes do trabalho.

Gabarito: Errado.

4. (ESAF/AFRFB/2009) São órgãos do Poder Judiciário os Tribunais e Juízes Militares, os Tribunais Arbitrais e o Conselho Nacional de Justiça.

Comentários:

Não pertencem ao judiciário os Tribunais arbitrais. (vide CF, art. 92)

Gabarito: Errado.

Princípios do Estatuto da Magistratura

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CF art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:

Pulo do Gato:

A lei complementar terá o papel de prever vários temas relacionados com estatutos e organizações na Constituição Federal. Perceba:

• Art. 79, parágrafo único. Conferir atribuições ao Vice-Presidente;

• Arts. 93 e 128. Dispor sobre o Estatuto da Magistratura e o Estatuto do Ministério Público (Lei Complementar estadual no caso do MPE);

• Art. 121. Dispor sobre a organização e competência dos tribunais eleitorais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.

• Art. 131. Organização e funcionamento da AGU;

• Art. 134, § 1º Organização da Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios;

• Art. 142, § 1º Normas gerais para organização, preparo e emprego das Forças Armadas;

Assim, é fácil lembrar: se estamos falando de um estatuto, competências, organizações... "provavelmente" precisaremos de uma lei complementar!

5. (FCC/TJAA-TRT 24/2011) No tocante ao Poder Judiciário, o Estatuto da Magistratura é disposto por Lei:

a) ordinária, de iniciativa do Senado Federal.

b) ordinária, de iniciativa da Câmara dos Deputados.

c) complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal.

d) ordinária, de iniciativa do Conselho Nacional de Justiça.

e) complementar, de iniciativa da Câmara dos Deputados.

Comentários:

Se estamos falando de um estatuto, competências, organizações... Lembrem-se da lei complementar. Essa tá no art. 93: Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura (...).

Gabarito: Letra C.

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6. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) As Constituições estaduais podem reduzir o rol das garantias da magistratura estadual previstas na Constituição da República.

Comentários:

A Constituição da República é uma norma nacional, ou seja, é de observância obrigatória a todos os entes da federação. A Constituição Estadual não tem força para reduzir as garantias previstas pela Constituição da República.

Gabarito: Errado.

7. (CESPE/Técnico - MPU/2010) O Supremo Tribunal Federal (STF) cumpre, entre outras, a função de órgão de cúpula do Poder Judiciário, e a ele cabe a iniciativa de, por meio de lei ordinária, dispor sobre o Estatuto da Magistratura.

Comentários:

Segundo o art. 93 da Constituição, isso é papel da lei complementar. É a lei complementar que tem o papel de prever vários temas relacionados com estatutos e organizações na Constituição Federal, como o Estatuto da Magistratura, do Ministério Público, a organização da AGU, DPU e etc.

Gabarito: Errado.

Ingresso na carreira:

I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; (Redação dada pela EC 45/04 que incluiu a necessidade dos 3 anos de prática jurídica)

Organizando os requisitos:

• concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas as fases;

• bacharelado em direito;

• no mínimo, 3 anos de atividade jurídica; e

• obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação.

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8. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) O ingresso na carreira de magistratura se dá mediante concurso público de provas e títulos, divididas em fases, nas quais é obrigatória a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, no mínimo, na primeira fase, podendo aspirar ao cargo os bacharéis em direito com, no mínimo, três anos de atividade jurídica.

Comentários:

A questão trouxe corretamente alguns requisitos para o ingresso na magistratura, porém, errou pelo fato da presença da OAB ser obrigatória em todas as fases (CF, art. 93, I).

Gabarito: Errado.

Promoção:

II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes normas:

a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento;

b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;

c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;

d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;

e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;

III - o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância; (Redação dada pela EC 45/04. Antes havia uma previsão para os tribunais de alçada, que não existem mais)

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IV - previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;

9. (FCC/AJAJ TRT 14ª/2011) No que concerne ao Poder Judiciário, a Constituição Federal estabelece a necessidade de ser observado o princípio da alternância quanto aos critérios de antiguidade e merecimento na promoção de entrância para entrância, atendida, dentre outras, a seguinte norma:

a) Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.

b) A promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quarta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago.

c) Aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência, sendo dispensável aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento.

d) Na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de um terço de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo- se a votação até fixar-se a indicação.

e) É obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento.

Comentários:

Essa questão faz uma revisão de quase tudo que o art. 93, II, da Constituição fala sobre promoção de juízes.

Letra A – Errado. Contraria o art. 92, II, “e” da Constituição, pois o juiz não pode devolver os autos ao cartório sem o devido despacho ou decisão.

Letra B – Errado. Contraria o art. 92, II, “b” da Constituição. O correto seria “primeira quinta parte” e não “quarta parte”.

Letra C – Errado. Contraria o art. 92, II, “c” da Constituição. Não é dispensável aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento.

Letra D – Errado. Contraria o art. 92, II, “d” da Constituição. O voto que rejeita o juiz mais antigo tem que ser dado por “2/3” dos membros.

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Letra E – Correto. É a disposição encontrada na Constituição Federal em seu art. 92, II, “a”.

Gabarito: Letra E.

10. (FCC/Analista - TRT-AL/2008) Na apuração de antigüidade, para promoção, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação.

Comentários:

A questão aborda uma das disposições constitucionais sobre as promoções dos juízes, tais disposições estão no art. 93, II da Constituição, e esta especificamente, na alíena "d".

Gabarito: Correto.

11. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) A promoção dos juízes, que ocorre de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, é obrigatória para juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento, desde que o juiz tenha dois anos de exercício na respectiva entrância e integre a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver, com tais requisitos, quem aceite o lugar vago. Por outro lado, não deve ser promovido o juiz que, mesmo preenchendo tais requisitos, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.

Comentários:

A questão é uma boa revisão, pois traduz com perfeição vários princípios do estatuto da magistratura, no que tange a promoção. Este conteúdo pode ser encontrado na Constituição Federal, em seu art. 93, II.

Gabarito: Correto.

12. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) O magistrado que esteja apto à promoção no cargo, mas retenha, injustificadamente, autos em seu poder além do prazo legal não será promovido.

Comentários:

É importante que se tenha atenção ao termo "injustificadamente". Segundo a Constituição (CF, art. 93, II, e), não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo

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legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.

Gabarito: Correto.

13. (ESAF/CGU/2008) A participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados constitui etapa obrigatória do processo de vitaliciamento do juiz.

Comentários:

É um requisito imposto pela Constituição em seu art. 93, IV.

Gabarito: Correto.

14. (ESAF/CGU/2006) Somente poderá ser promovido por merecimento o juiz que demonstrar dois anos de exercício na respectiva entrância e que integrar a primeira quinta parte da lista de antigüidade para a promoção.

Comentários:

Existe o caso de não haver outro com tais requisitos para aceitar o lugar vago, conforme dispõe a CF em seu art. 93, II, “b”.

Gabarito: Errado.

15. (ESAF/MPU/2004) A promoção de juiz federal para Tribunal Regional Federal far-se-á, alternadamente, por antiguidade e merecimento, exigindo-se do juiz a ser promovido mais de dez anos de efetivo exercício da magistratura federal.

Comentários:

Não existe a necessidade destes 10 anos segundo a Constituição em seu art. 93, III.

Gabarito: Errado.

Subsídio:

V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a

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noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º;

Organizando:

• Tribunal Superior = 95% do STF

• Demais magistrados serão escalonados, sendo que a diferença entre uma e outra não pode ser menor que 5%, nem maior que 10%, ou exceder 95% do subsídio dos membros do Tribunal Superior.

• Lembrando que seguindo os ditames do art. 96, II, b, teremos então a seguinte regra para fixação dos subsídios dos membros do Judiciário:

� STF - toma a iniciativa da lei para fixar os subsídios de seus Ministros;

� Tribunais Superiores - tomam a iniciativa da lei para fixar o subsídio de seus Ministros; dos desembargadores dos respectivos tribunais de segundo grau e dos respectivos juízes vinculados;

� Tribunais de Justiça - tomam a iniciativa perante o Poder Legislativo Estadual para fixar o subsídio de seus membros e juízes vinculados.

Aposentadoria:

VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40; (Regras do RPPS).

Residência e Remoção:

VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal;

VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;

Atenção aos requisitos:

� Precisa de decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ;

� Deve-se assegurar ampla defesa;

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VIII- a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a, b, c e e do inciso II;

16. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Conforme dispõe o texto constitucional, o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do Tribunal.

Comentários:

É o disposto no art. 93, VII.

Gabarito: Correto.

Publicidade dos julgamentos e decisões

IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;

X - as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;

Organizando:

• Todos os julgamentos → Serão públicos, mas a lei pode limitar a presença às partes e a seus advogados, ou somente a estes para preservar a intimidade;

• Todas as decisões → Serão fundamentadas, sob pena de nulidade;

• Se decisão for administrativa:

� será em sessão pública;

� se disciplinar → voto da maioria absoluta;

17. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) As decisões disciplinares dos tribunais serão tomadas pelo voto da maioria simples dos presentes à sessão.

Comentários:

O art. 93, X da Constituição determina que as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública,

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sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros.

Gabarito: Errado.

18. (FCC/Procurador - Recife/2008) O princípio da motivação é tido pela doutrina como princípio que rege a administração pública, ainda que não esteja mencionado no caput do artigo 37 da Constituição Federal. Entretanto, a necessidade de motivação das decisões administrativas está expressamente prevista no texto constitucional no que toca às decisões dos tribunais.

Comentários:

A questão aborda o dispositivo encontrado no art. 93, X da Constituição, o qual impõe que as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros.

Gabarito: Correto.

19. (ESAF/AFC-CGU/2008) A lei pode limitar a presença, em determinados atos dos órgãos do Poder Judiciário, inclusive julgamentos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes.

Comentários:

Segundo o art. 93, IX - Todos os julgamentos dos órgãos do PJ serão públicos, e todas as decisões serão fundamentadas, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.

Gabarito: Correto.

20. (ESAF/AFC-CGU/2008) As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, inclusive as disciplinares, que também devem ser tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros.

Comentários:

É o que está inserido no art. 93, X:

• Todos os julgamentos → Serão públicos, mas a lei pode limitar a presença às partes e a seus advogados, ou somente a estes para preservar a intimidade;

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• Todas as decisões → Serão fundamentadas, sob pena de nulidade;

• Se decisão for administrativa:

o será em sessão pública;

o se disciplinar → voto da maioria absoluta;

Gabarito: Correto.

Formação do órgão especial

XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno;

O órgão especial (OE) é criado devido às dificuldades de se deliberar com o pleno do tribunal quando ele fica com mais de 25 membros julgadores, assim, com a criação do órgão especial, ele absorverá funções básicas que antes pertenciam ao pleno do tribunal. O pleno não deixa de existir, porém ele deixa de exercer as funções primordiais do tribunal, as suas principais atribuições administrativas e jurisdicionas são delegadas para o “OE”.

21. (FCC/Analista - TRT-AL/2008) Nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por merecimento.

Comentários:

Questão muito maliciosa. Ela traz em seu enunciado exatamente o procedimento para a formação do órgão especial, porém, comete um falha: metade das vagas serão providas por antigüidade e a outra metade por eleição do tribunal pleno e não por merecimento (CF, art. 93, XI).

Gabarito: Errado.

22. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Segundo entendimento do STF, a previsão constitucional relativa à criação de órgão especial no âmbito dos tribunais não exclui a competência do

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respectivo plenário, sendo plenamente viável a coexistência dos dois órgãos máximos do Poder Judiciário no mesmo tribunal, ainda que mediante identidade de atribuições administrativas e jurisdicionais.

Comentários:

Ao se criar o órgão especial, este deve absorver as funções que antes eram desempenhadas pelo plenário, não podendo se falar em identidade de atribuições administrativas e jurisdicionais.

Gabarito: Errado.

Atividade jurisdicional

XII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente;

XIII - o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população;

XIV - os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório;

XV - a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.

23. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) O número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e ao respectivo número de eleitores.

Comentários:

Segundo a Constituição em seu art. 93, XIII, o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população e não ao "número de eleitores".

Gabarito: Errado.

24. (CESPE/DPE-ES/2009) A atividade jurisdicional deve ser ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais, devendo ainda haver juízes em plantão permanente nos dias em que não houver expediente forense normal.

Comentários:

A questão generalizou ao dizer o termo "tribunais", pois tal disposição só se aplica aos juízos e tribunais de 2º grau e não quaisquer

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tribunais, não se podendo incluir os tribunais superiores (CF, art. 93, XII).

Gabarito: Errado.

25. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) A prática de atos jurisdicionais de mero expediente é indelegável, a exemplo dos atos decisórios, por serem eles inerentes à atividade judicante.

Comentários:

Segundo a Constituição em seu art. 92, XIV, os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório. Assim, é delegável tal função.

Gabarito: Errado.

26. (ESAF/AFRF/2005) Nos termos da Constituição Federal, os servidores do Poder Judiciário poderão receber delegação para a prática de atos administrativos e atos de mero expediente com caráter decisório, desde que, no último caso, a conduta estabe-lecida no ato já esteja sumulada no Tribunal.

Comentários:

Segundo o art. 93, XIV da CF, os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente desde que sem caráter decisório.

Gabarito: Errado.

Questões gerais:

27. (FCC/AJAA - TRF 1ª/2011) Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados, dentre outros, os seguintes princípios:

a) o ato de remoção do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria simples do respectivo tribunal, assegurada ampla defesa.

b) os servidores do judiciário receberão delegação para a prática de atos da administração e atos de mero expediente sem caráter decisório.

c)ingresso na carreira, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil e do Ministério Público em todas as fases.

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d) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria relativa de seus membros.

e) a promoção, de entrância para entrância, por merecimento, pressupõe um ano de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago.

Comentários:

Letra A – Está errado. Os requisitos para o ato de remoção de magistrado são os seguintes:

� Precisa de decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ;

� Deve-se assegurar ampla defesa;

Letra B – Correto. Literalidade do inciso XIV do art. 93.

Letra C – Errado. Embora seja necessária a participação da OAB em todas as fases, não é necessária a participação do MP. Veja os requisitos:

• concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas as fases;

• bacharelado em direito;

• no mínimo, 3 anos de atividade jurídica; e

• obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação.

Letra D – Errado. Essa questão é muito cobrada em concursos. Trata do inciso X do art. 93. Se juntarmos o inciso X ao IX:

• Todos os julgamentos → Serão públicos, mas a lei pode limitar a presença às partes e a seus advogados, ou somente a estes para preservar a intimidade;

• Todas as decisões → Serão fundamentadas, sob pena de nulidade;

• Se decisão for administrativa:

� será em sessão pública;

� se disciplinar → voto da maioria absoluta;

Letra E – Errado. Segundo o art. 93, II, b: a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago.

Gabarito: Letra B.

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28. (FCC/Analista Enfermagem - TRT 9ª/2010) No que se refere ao Poder Judiciário, é certo que o Estatuto da Magistratura NÃO observará o princípio de que:

a) a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos Juízos e Tribunais de Segundo Grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente.

b) os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório.

c) o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do Tribunal, e a distribuição de processos será imediata em todos os graus de jurisdição.

d) as decisões administrativas dos Tribunais serão motivadas e em sessão secreta, sendo a disciplinar tomada pelo voto da maioria simples de seus membros.

e) o acesso aos Tribunais de Segundo Grau far-se-á por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância.

Comentários:

Essa questão é de um estilo muito presente em concursos: pega o art. 93, que possui diversos princípios (dispostos em incisos) que serão norteadores para o Estatuto da Magistratura.

Letra A - Correto. Literalidade do inciso XII do art. 93.

Letra B - Correto. Literalidade do inciso XIV do art. 93.

Letra C - Correto. Relacionou o inciso VII (o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal) com o inciso XV.

Letra D - Errado. Esquematizando os dispositivos do inciso X ao IX:

• Todos os julgamentos → Serão públicos, mas a lei pode limitar a presença às partes e a seus advogados, ou somente a estes para preservar a intimidade;

• Todas as decisões → Serão fundamentadas, sob pena de nulidade;

• Se decisão for administrativa:

� será em sessão pública;

� se disciplinar → voto da maioria absoluta;

Letra E - Correto. É a literalidade do inciso III.

Gabarito: Letra D.

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Quinto Constitucional

Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.

Observações:

O legislador constituinte aplicou o “quinto constitucional” à formação dos seguintes tribunais: TRF, TJ, TJDFT, TST, TRT.

Atenção ao fato de que o Quinto Constitucional para o TST e TRT é formado por advogados e membros do ministério público "do trabalho".

Lembrando que no caso de TJ, quem nomeará é o Governador, mas no TJDFT será o Presidente, pois a cabe à União manter o Poder Judiciário do DF.

29. (FCC/Analista - TJ-PA/2009) Um quinto dos lugares dos Tribunais dos Estados será composto de membros do Ministério Público, com mais de 10 anos de carreira, e de advogados, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

Comentários:

Trata-se do "quinto constitucional", previsto no art. 94 da Constituição.

Gabarito: Correto.

Lista SÊXTUPLA,

formada pelas representações da classe.

(6)

O tribunal recebe e

forma uma lista

TRÍPLICE.

(3)

O Poder Executivo

recebe a lista e em 20 dias

escolhe 1.

(1)

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30. (CESPE/TRT-17ª/2009) Um quinto dos membros do TST são escolhidos entre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, atendidos os demais requisitos constitucionais.

Comentários:

O enunciado se refere ao "quinto constitucional". Esta disposição pode ser encontrada no art. 111-A, I da Constituição.

Gabarito: Correto.

31. (ESAF/MPU/2004) Para concorrer à vaga de juiz em Tribunal Regional Federal, no quinto constitucional, o membro do Ministério Público deverá ter mais de dez anos de carreira e ser indicado, pelo seu órgão, em lista sêxtupla, a ser encaminhada ao respectivo tribunal.

Comentários:

É o disposto no art. 94 da CF.

Gabarito: Correto.

Garantias e impedimentos

Segundo o art. 95 da Constituição podemos dizer que os juízes tem as seguintes garantias (extensíveis aos membros do MP):

• vitaliciedade;

• inamovibilidade;

• irredutibilidade do subsídio (ressalvadas as hipóteses constitucionais).

OBS1 - A vitaliciedade é adquirida no primeiro grau (juiz que ainda não está em tribunal) e só será adquirida após 2 anos de exercício. Enquanto o Juiz não for vitalício, ele pode perder o cargo caso haja:

• Deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado; ou

• Sentença judicial transitada em julgado.

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Pulo do Gato:

Veja que para adquirir a vitaliciedade o juiz precisa de apenas 2 anos de exercício, diferente da estabilidade dos servidores públicos, que é adquirida após 3 anos. Antes, era tudo 2 anos, mas a EC 19/98 aumentou o prazo para estabilidade e não tocou na vitaliciedade.

Dica: Quando for preciso resolver uma questão que se refira a algum destes prazos: de estabilidade, quarentena, vitaliciedade... lembre-se que a regra é tudo ser 3 anos, só que a vitaliciedade é diferente da estabilidade, aí será fácil lembrar que a vitaliciedade é após apenas 2 anos.

Agora note um fato curioso: vamos relacionar a vitaliciedade com o quinto constitucional.

A Constituição estabelece que: "no primeiro grau" a vitaliciedade só será adquirida após 2 anos de exercício - Ora, o advogado ou membro do MP que entrar pelo quinto constitucional não entrará no primeiro grau, mas direto no segundo grau. Então, o posicionamento doutrinário e jurisprudencial sobre o tema, é que eles adquirem a vitaliciedade automaticamente a partir do momento que tomarem posse.

32. (CESPE/AJAA-STF/2008) Um advogado que, em virtude do quinto constitucional, for nomeado desembargador de um tribunal de justiça estadual adquirirá a vitaliciedade imediatamente, sem a necessidade de aguardar dois anos de exercício.

Comentários:

Esse é o posicionamento doutrinário e jurisprudencial sobre o tema. Lembrando que essa aquisição se dá com a “posse”.

Gabarito: Correto.

33. (CESPE/AJAA-STM/2011) Advogado nomeado desembargador de um tribunal de justiça estadual adquire vitaliciedade imediatamente a partir dessa nomeação.

Comentários:

O erro desta assertiva é a parte que diz “a partir dessa nomeação”. O correto seria a partir da posse.

Gabarito: Errado.

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OBS2 - a inamovibilidade pode ser relativizada por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII, ou seja:

� precisará de decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ;

� deve-se assegurar ampla defesa.

O art. 95 p. único ainda estabelece que aos juízes é vedado:

• exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;

• receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;

• dedicar-se à atividade político-partidária.

• receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;

• exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração (quarentena).

34. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Nos termos da Constituição Federal, aos juízes é permitido dedicar-se à atividade político-partidária. Comentários:

Trata-se de vedação imposta pela Constituição Federal em seu art. 95, parágrafo único, III.

Gabarito: Errado.

35. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Segundo a Constituição, os juízes podem receber, a qualquer título, participação em processo.

Comentários:

Assim como o recebimento de custas, o recebimento de participação em processo constitui vedação imposta pela Constituição Federal em seu art. 95, parágrafo único, II.

Gabarito: Errado.

36. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Nos termos da Constituição, é vedado ao magistrado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do

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qual se afastou, antes de decorridos dois anos do afastamento por exoneração, salvo por motivo de aposentadoria.

Comentários:

A questão cobrou a chamada "quarentena" que se aplica aos Juízes e aos membros do Ministério Público. Porém, tal quarentena é de 3 anos e não 2 anos (CF, art. 95, parágrafo único, V).

Gabarito: Errado.

37. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Aos juízes é permitido, nos termos da Constituição Federal, perceber, em qualquer hipótese, contribuições de pessoas físicas ou entidades públicas.

Comentários:

Está incorreto, pois, em regra, quaisquer auxílios ou contribuições, oriundos de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, não podem ser recebidos pelos juízes por expressa disposição Constitucional (CF, art. 95, parágrafo único,IV). Deve ser observado, porém, que a Constituição faz expressa ressalva às exceções pre-vistas em lei.

Gabarito: Errado.

38. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Aos juízes é permitido, nos termos da Constituição Federal, exercer na ativa ou em disponibilidade uma única função de magistério.

Comentários:

A regra é ser vedado aos juízes exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outro cargo ou função. Porém, a própria Constituição assegura a ressalva para uma (única) função de magistério (CF, art. 95, parágrafo único, I).

Gabarito: Correto.

39. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Suponha que um juiz federal substituto ocupe cargo de professor em uma universidade pública, na qual lecione a disciplina de direito penal, duas vezes por semana, no turno noturno, e que esse mesmo magistrado tenha sido convidado a ministrar aulas em um cursinho preparatório para a magistratura, uma vez por semana, também no turno noturno. Nessa situação hipotética, há violação à CF, visto que, conforme o entendimento do STF, juiz somente pode ocupar um único cargo de professor.

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Comentários:

O que a Constituição veda é a acumulação de cargos "públicos". A possibilidade de um cargo de professor além da magistratura deve ser entendida como "professor de instituição pública". Em se tratando de instituições privadas, não há o que se falar em acumulação indevida de cargos, pois a Constituição não fez qualquer proibição quanto à iniciativa privada.

Gabarito: Errado.

40. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Aos juízes e desembargadores é vedado o exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos quarenta dias do afastamento do cargo, por aposentadoria ou exoneração.

Comentários:

Essa disposição sobre a impossibilidade do exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos certo tempo do afastamento do cargo, por aposentadoria ou exoneração, é a chamada "quarentena" para os juízes (também aplicável aos membros do MP). Porém, esta "quarentena" não é de quarenta dias, e sim de 3 anos (CF, art. 96, parágrafo único, V).

Gabarito: Errado.

41. (CESPE/TRE-MA/2009) Aos juízes é vedado o exercício da advocacia perante qualquer juízo ou tribunal, antes do decurso de três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

Comentários:

A vedação ocorre somente perante ao juízo ou tribunal do qual se afastou, conforme dispõe a Constituição em seu art. 95, Parágrafo único: Aos juízes é vedado: exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos 3 anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

Gabarito: Errado.

42. (ESAF/PGFN/2007) A garantia da inamovibilidade dos Juízes não é absoluta, uma vez que é possível a remoção por interesse público, devendo a decisão ser tomada pelo voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada a ampla defesa.

Comentários:

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É o que dispõe o art. 95, combinado com o art. 93, VIII da Constituição Federal. Assim, a inamovibilidade pode ser relativizada por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII, ou seja:

� precisará de decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ;

� deve-se assegurar ampla defesa.

Gabarito: Correto.

43. (ESAF/MPU/2004) A inamovibilidade, como garantia do juiz, não admite exceções.

Comentários:

É possível a remoção por interesse público, devendo a decisão ser tomada pelo voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada a ampla defesa conforme dispõe o art. 95, combinado com o art. 93, VIII da Constituição Federal.

Gabarito: Errado.

44. (ESAF/MPU/2004) Após a vitaliciedade, o juiz só perderá seu cargo por deliberação administrativa tomada por maioria qualificada do Pleno do Tribunal a que estiver vinculado.

Comentários:

Ocorrerá no caso de sentença judicial transitada em julgado. (CF art. 95, I), e não por “deliberação administrativa”.

Gabarito: Errado.

45. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/2010) Relativamente às vedações e garantias dos juízes, assinale a afirmativa incorreta.

a) Os juízes gozam da garantia da inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma da Constituição.

b) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

c) Aos juízes é vedado exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério.

d) Os juízes gozam da garantia da vitaliciedade. A vitaliciedade no primeiro grau só será adquirida após dois anos de exercício.

e) Aos juízes é vedado dedicar-se à atividade político-partidária.

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Comentários:

Letra A – Correto. É a disposição do art. 95, II da Constituição, lembrando que esse “na forma da Constituição” se refere ao art. 93, VIII, que diz: o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público:

• Precisa de decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça;

• Deve-se assegurar ampla defesa.

Letra B – Errado. Essa disposição, denominada “quarentena”, veda o exercício da advocacia no tribunal que se afastou dentro de 3 anos e não 5 anos (CF, art. 95, parágrafo único, V).

Letra C – Correto. CF, art. 95, parágrafo único, I.

Letra D – Correto. CF, art. 95, I. Atenção ao fato de a vitaliciedade ser alcançada após “2 anos”, diferentemente da estabilidade dos servidores públicos (3 anos).

Letra E – Correto. CF, art. 95, parágrafo único, III.

Gabarito: Letra B.

Competências Privativas

O art. 96 da Constituição relaciona as competências que são privativas dos tribunais em geral (inciso I) e específicas do STF, Tribunais Superiores e TJ (inciso II).

• As competências do inciso I, em regra, são exercidas diretamente, de forma interna, como organizar as secretarias, prover seus cargos e etc., mas existe uma que precisa veicular por lei, que é a criação de várias judiciárias, daí a alínea “d” dizer que compete privativamente aos tribunais “propor a criação de novas varas judiciárias”.

• As competências do inciso II, todas, precisam necessariamente tramitar pelo Legislativo, cabendo a esses órgãos que formam a cúpula da Justiça (STF e Tribunais Superiores - cúpula da Jus-tiça Federal -, e TJ - cúpula da Justiça Estadual), propor ao Legislativo um projeto de lei, para que se realizem cada uma das coisas ali previstas, dentro de sua área de atuação. Caberá, então, a estes órgãos de cúpula, propor dentro da sua área de competência, que o Legislativo delibere sobre:

1. a criação ou extinção dos tribunais inferiores, bem como a alteração do número de membros destes tribunais;

2. a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados,

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bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;

3. a alteração da organização e da divisão judiciárias.

Vamos ver na Constituição, como é isso:

Art. 96. Compete privativamente:

I - aos tribunais:

(Aqui são as competências internas dos tribunais, diretas)

a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;

b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;

c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;

d) propor a criação de novas varas judiciárias;

(ele não cria varas diretamente, mas propõe esta criação).

e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei;

f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;

II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:

(Aqui a Constituição direciona-se aos órgãos de cúpula, aqueles que "mandam" em sua estrutura - STF, Tribunais Superiores e o TJ. Ao falar sobre o art. 169, ela manda observar os limites legais de despesa).

a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;

b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus

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membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;

c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;

d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;

A Alínea "b" fala da remuneração dos membros dos tribunais. Teremos então a seguinte regra para fixação dos subsídios dos membros do Judiciário:

� STF - toma a iniciativa da lei para fixar os subsídios de seus Ministros;

� Tribunais Superiores - tomam a iniciativa da lei para fixar o subsídio de seus Ministros; dos desembargadores dos respectivos tribunais de segundo grau e dos respectivos juízes vinculados;

� Tribunais de Justiça - tomam a iniciativa perante o Poder Legislativo Estadual para fixar o subsídio de seus membros e juízes vinculados.

46. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) É competência do Supremo Tribunal Federal propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de cargos da Secretaria do Tribunal.

Comentários:

De acordo com a Constituição, em seu art. 96, II, b. Competirá ao STF a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares. No caso dos demais órgãos do judiciário federal essa competência caberá ao respectivo tribunal superior. E no caso da justiça estadual competirá ao TJ. Lembrando que nos termos da CF, art. 96, I, competirá privativamente aos tribunais organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva.

Gabarito: Correto.

47. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) Compete privativamente aos tribunais organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva.

Comentários:

Nos termos da Constituição, art. 96, I, competirá privativamente aos tribunais organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos

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juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva. Lembrando que de acordo com a Constituição, em seu art. 96, II, b, competirá ao STF a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares. No caso dos demais órgãos do judiciário federal essa competência caberá ao respectivo tribunal superior. E no caso da justiça estadual competirá ao TJ.

Gabarito: Correto.

48. (CESPE/AJ-Taquigrafia-TJES/2011) Compete privativamente ao governador do estado a iniciativa para propor ao Poder Legislativo estadual a fixação da remuneração dos serviços auxiliares do respectivo tribunal de justiça.

Comentários:

O Poder Judiciário é autônomo, cabe somente a ele (no caso o TJ) propor ao Legislativo a sua estruturação interna e a fixação da sua remuneração (CF, art. 96).

Gabarito: Errado

49. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Em consonância com o entendimento do STF, o Poder Judiciário pode dispor acerca da especialização de varas, desde que não haja impacto orçamentário, por se tratar de matéria inserida no âmbito da organização judiciária dos tribunais.

Comentários:

Segundo o entendimento da Suprema Corte, o Poder Judiciário pode dispor sobre a especialização de varas por se tratar de matéria inserida no âmbito da organização judiciária dos tribunais, porém é necessário que não haja impacto orçamentário.

Gabarito: Correto.

50. (CESPE/TRT-17ª/2009) Compete ao presidente do TRT encaminhar projeto de lei ordinária ao Congresso Nacional cujo objeto seja a instituição de novo plano de cargos e salários dos servidores daquele tribunal.

Comentários:

O TRT deverá enviar expediente ao TST, e este sim é que deverá encaminhar o projeto ao Congresso, já que o encaminhamento deverá ser feito pelo STF ou pelo respectivo tribunal superior de acordo com o art. 99 §2º, I da CF.

Gabarito: Errado.

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51. (CESPE/Analista - TRT 9ª/2007) Compete ao próprio TRT a iniciativa de elaborar projeto de lei que disponha sobre planos de cargos e salários dos seus membros e de seus auxiliares.

Comentários:

As propostas de lei sempre devem ser enviadas ao Congresso pelo tribunal superior, nunca pelos regionais.

Gabarito: Errado.

52. (FEPESE/Analista Jurídico - PGE-SC/2010) Aos Tribunais de Justiça é vedado propor ao Legislativo a alteração de membros dos tribunais inferiores.

Comentários:

Cada tribunal de cúpula é responsável por propor ao Legislativo a alteração de membros de seus tribunais ou dos tribunais de sua área de jurisdição. Como o TJ é o tribunal de cúpula na justiça estadual, ele tem a competência de fazer esta proposta ao legislativo.

Gabarito: Errado.

53. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008) Compete privativamente aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo a alteração da organização e da divisão judiciárias.

Comentários:

É a competência do art. 96, II, d.

Gabarito: Correto.

Julgamento dos membros do MP pelo TJ:

CF, art. 96, III - Compete privativamente aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

Esquematizando:

Cabe ao TJ:

• Julgar nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral:

� os juízes estaduais e do DF/TF; e

� os membros do MP (Estadual).

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• Julgar nos crimes comuns: os Prefeitos (art. 29.X + Súmula STF 702)

É preciso ter atenção que este julgamento pelo TJ (órgão máximo do Judiciário em âmbito estadual) só se faz para os membros do MP Estadual.

No caso dos membros do MP da União, eles são julgados em regra pelo Tribunal Regional Federal. A não ser que sejam membros do MP que exerçam sua profissão oficiando perante os tribunais, quando, neste caso, serão julgados pelo STJ. Assim temos:

Regra:

• Membros do MP Estadual - Julgados pelo TJ

• Membros do MP da União - Julgados pelo TRF

Exceção:

• Se os membros do MP da União oficiarem perante os tribunais serão julgados pelo STJ.

54. (CESPE/AJAJ - STM/2011) Um promotor de justiça estadual que praticar um crime comum será processado e julgado por juiz de direito de uma das varas criminais do estado.

Comentários:

Os membros do Ministério Público Estadual possuem prerrogativa de foro para julgamento perante o Tribunal de Justiça (CF, art. 96, III).

Gabarito: Errado.

55. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Ao TJRJ compete julgar os juízes do respectivo estado, bem como os seus membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, inclusive os crimes eleitorais.

Comentários:

A Constituição estabelece no seu art. 96, III, que compete aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, porém fica ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. A justiça eleitoral é uma justiça especializada que irá sempre atrair para si a competência para julgar crimes cometidos durante eleições.

Gabarito: Errado.

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56. (NCE/Técnico Sup. Administrativo - MPE-RJ/2007) O Promotor de Justiça Criminal da Comarca de Campos requisitou instauração de inquérito policial tendente à apuração de crime de desobediência, em tese praticado por Gilmar, diretor da penitenciária estadual de Campos, em virtude de alegado descumprimento de ordem judicial de interdição da penitenciária sob sua direção. Inconformado, Gilmar impetra habeas corpus objetivando controlar a legalidade da instauração do inquérito. O órgão jurisdicional competente para processamento e julgamento da pretensão de Gilmar é:

a) Superior Tribunal de Justiça;

b) Tribunal Regional Federal;

c) Juízo criminal federal de Campos;

d) Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro;

e) Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

Essa regra tem que ser muito bem fixada:

Regra:

• Membros do MP Estadual - Julgados pelo TJ

• Membros do MP da União - Julgados pelo TRF

Exceção:

• Se os membros do MP da União oficiarem perante os tribunais serão julgados pelo STJ.

Gabarito: Letra D.

Princípio da reserva de plenário

Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

Assim, em princípio, quando um órgão fracionário (turma ou câmara) de um tribunal se deparar com uma controvérsia constitucional, não poderá, em regra, declarar a inconstitucionalidade da lei, mas, deverá remeter a questão ao pleno ou órgão especial (OE), se existir, e este sim é que terá a competência para declarar a inconstitu-cionalidade da lei.

Esta regra, porém, admite exceções, já que, primando-se pela economia processual, dispensa-se este procedimento quando já existir decisão sobre o tema proferida anteriormente pelo OE, pelo pleno ou pelo STF (CPC art. 481 parágrafo único).

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Súmula Vinculante nº 10 → Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.

57. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os Tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

Comentários:

Essa é a chamada "Cláusula da reserva de plenário", está no art. 97 da Constituição, que determina que a declaração da inconstitucionalidade de leis ou atos normativos não podem ser feitas pelo órgão fracionário do tribunal, somente pelo órgão especial ou pleno e com o voto da maioria absoluta de seus membros. Assim, para que um TRIBUNAL (não vale para juízos, apenas para os tribunais) declare uma lei como inconstitucional, ele só poderá fazer isso através de seu pleno, ou então de seu órgão especial. Além disso, depende ainda da maioria absoluta dos votos do referido pleno ou órgão especial (OE).

Gabarito: Correto.

58. (FCC/Procurador - Recife/2008) Compete originariamente ao Plenário ou órgão especial dos Tribunais o julgamento de todos os feitos que importem a declaração de constitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

Comentários:

Declarar a "constitucionalidade" pode ser feito por órgãos fracionários. O que existe reserva de plenário (CF, art. 97) é para a declaração de "inconstitucionalidade".

Gabarito: Errado.

59. (CESPE/PGE-AL/2008) Ainda há muitas discussões nos tribunais pátrios acerca da cláusula constitucional de reserva de plenário. Ainda prevalece o entendimento de que não há violação a essa cláusula quando a decisão de órgão fracionário de tribunal afasta a incidência de lei ou ato normativo do poder público, no todo ou em parte, sem declarar expressamente a sua inconstitucionalidade.

Comentários:

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Isto já está pacífico e sumulado através da súmula vinculante de nº10 que dispõe que a decisão de órgão fracionário de tribunal afasta a incidência de lei ou ato normativo do poder público, no todo ou em parte, ainda que sem declarar expressamente a sua inconstitucionalidade, viola a Constituição.

Gabarito: Errado.

60. (NCE/Advogado-Eletrobrás/2007) A inconstitucionalidade de qualquer ato normativo estatal só pode ser declarada pelo voto da maioria absoluta da totalidade dos membros do tribunal ou, onde houver, dos integrantes do respectivo órgão especial. A situação acima descrita é denominada:

a) do devido processo legal;

b) do devido processo constitucional;

c) do devido processo legislativo;

d) cláusula de controle da constitucionalidade das leis e atos normativos;

e) cláusula da reserva de plenário.

Comentários:

A questão fala da disposição que está no art. 97, veja:

Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

Este dispositivo é conhecido como cláusula da reserva de plenário, pois, somente o pleno ou órgão especial do tribunal (OE), se existir, é que terá a competência para declarar a inconstitucionalidade da lei.

Gabarito: Letra E.

61. (NCE/Auditor-Direito-MT/2004) O art. 97 da Constituição prevê que os Tribunais somente poderão declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo pelo voto da maioria dos seus integrantes ou do respectivo órgão especial. O princípio, adotado no mencionado artigo, é denominado:

a) Reserva de Plenário;

b) Controle Concentrado;

c) Jurisdição Única;

d) Jurisdição Contenciosa;

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e) Contencioso Administrativo.

Comentários:

Novamente.

Gabarito: Letra A.

Juizados Especiais e Justiça de Paz

Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:

I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;

II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.

§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal.

Lei nº 10.259/01, art. 2º → Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 anos, ou multa.

Organizando:

Competência � Causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante procedimento oral e sumaríssimo.

Juizados especiais

Justiça de Paz

Providos por juízes togados, ou togados e leigos

Remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de 4 anos.

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Competência � Celebrar casamentos, verificar o processo de habilitação, e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.

62. (ESAF/ANA/2009) A justiça de paz, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, possui competência privativa para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.

Comentários:

Não se trata de uma competência privativa (CF art. 98, II).

Gabarito: Errado.

Custas e emolumentos

§ 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça. (Incluído pela EC 45/04)

63. (CESPE/AJEP-TJES/2011) Os emolumentos e as custas judiciais são destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da justiça.

Comentários:

Trata-se do teor do art. 98, §2º da Constituição Federal, que foi inserido pela EC 45/04. Este dispositivo determina que as custas e emolumentos sejam destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça.

Gabarito: Correto.

Autonomia Financeira e Orçamentária:

A Constituição de 1988 garantiu ao Poder Judiciário a autonomia administrativa e financeira, cabendo ao próprio Judiciário, através de seus tribunais, elaborar a sua proposta orçamentária. Essas propostas devem, obviamente, estar compatibilizadas como a lei diretrizes orçamentárias (LDO) que é o instrumento que estabelece as metas e prioridades para o orçamento anual.

Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.

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§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

Veja que os limites estabelecidos para as propostas orçamentárias são estipulados conjuntamente com os demais Poderes. Não é o Executivo, nem o Judiciário, nem o Legislativo que impõe os limites, é uma decisão conjunta.

Após elaboradas as propostas, os presidentes do tribunais responsáveis devem encaminhá-las ao Poder Executivo, para que as propostas sejam compiladas e levadas para deliberação no Legislativo. Lembramos nessa oportunidade que o Executivo detém a exclusividade da iniciativa das leis orçamentárias, promovendo no Brasil a existência do chamado "orçamento misto", onde o Executivo compila as propostas e o Legislativo delibera sobre elas.

Falamos que os "presidentes tribunais responsáveis" encaminham a proposta ao Executivo, mas quem são eles? Serão o seguinte:

Na esfera federal:

• O Presidente do STF (em se tratando da proposta do STF);

• Os Presidentes dos Tribunais Superiores (em se tratando das propostas deles próprios e de seus órgãos vinculados - ex. O TST envia ao Executivo a sua proposta, as propostas dos TRT´s).

Na esfera estadual.

• O Presidente do TJ.

OBS- A Constituição estabelece que ao fazer o encaminhamento das propostas, os Presidentes dos "tribunais responsáveis" pelo envio, devem ter a aprovação dos tribunais interessados. Assim, o Presidente do TST, por exemplo, não poderá fazer o envio sem que o próprio TST tenha aprovado a sua proposta, e os TRT`s também tenham aprovado as propostas referente a eles.

Mas e se nesse vai pra lá, vem pra cá, o presidente do tribunal perder o prazo de encaminhamento, o que acontece? Aí a Constituição estabelece que:

CF, art. 99 § 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os

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valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo (limites da LDO).

Essa é uma disposição constitucional que se encontra diversas vezes ao longo de nosso Texto Magno, isso porque os orçamentos são leis importantíssimas, com prazo constitucional de deliberação. A deliberação orçamentária não pode ficar a mercê da inoperância de algum órgão da máquina administrativa. Desta forma, caso algum dos órgãos não envie a sua proposta orçamentária, considera-se como proposta a mesma que foi aprovada anteriormente para aquele órgão, podendo o próprio Executivo promover ajustes para enquadrar a proposta na LDO.

Da mesma forma, se o órgão enviar a proposta no prazo certo, mas a proposta estiver em desacordo com a LDO, o Executivo estará apto a promover os ajustes necessários para enquadrá-la, veja:

CF, art. 99 § 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.

A Constituição ainda estabelece mais um parágrafo para ratificar a importância do respeito aos orçamentos.

CF, art. 99 § 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

O orçamento é uma lei, e como lei deve ser respeitada. Assim, é óbvio que não se pode gastar mais do que foi estabelecido para tal órgão, nem assumir obrigações que extrapolem os limites definidos para tal. A exceção ocorre tão somente se houver abertura de créditos orçamentários adicionais (suplementares ou especiais) para tal. Esses créditos, nada mais são do que um reforço orçamentário, autorizado pelo Legislativo. Serão suplementares quando já existir a dotação e o Legislativo autorizar que ela seja aumentada, ou será especial, caso não exista dotação para aquela despesa e o Legislativo autoriza que se crie um crédito para tal.

64. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-SP/2011) Ao assegurar a autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário, a Constituição da República prevê que

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a) os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados pelo Poder Executivo na lei de diretrizes orçamentárias.

b) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito dos Estados, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.

c) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito da União, ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, ouvidos os outros tribunais interessados.

d) se as propostas orçamentárias do Poder Judiciário forem encaminhadas em desacordo com os limites da lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Legislativo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.

e) durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

Comentários:

Letra A – Errado. Não é o Executivo que estipula os limites. Os limites são estipulados em conjunto com todos os Poderes. Assim versa a CF, no seu art. 96§ 1º: Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

Letra B – Correto. É a seguinte regra para a competência do encaminhamento das propostas orçamentárias dos tribunais:

Na esfera federal:

• O Presidente do STF (em se tratando da proposta do STF);

• Os Presidentes dos Tribunais Superiores (em se tratando das propostas deles próprios e de seus órgãos vinculados - ex. O TST envia ao Executivo a sua proposta, as propostas dos TRT´s).

Na esfera estadual.

• O Presidente do TJ.

Letra C – Errado. O STF só encaminha em se tratando das propostas do próprio STF, no caso dos demais tribunais da esfera federal competirá ao respectivo tribunal superior.

Letra D – Errado. A competência de tais ajustes é do Executivo e não do Legislativo.

Letra E – Errado. Em regra, isso que a assertiva disse até está certo! Porém, a banca deu como errada por haver uma exceção no art. 99 § 5º da Constituição: “exceto se forem previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais”.

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Gabarito: Letra B.

65. (FCC/AJ-Arquivologia TRT 19ª/2011) Conforme prevê a Constituição Federal, no tocante ao Poder Judiciário, durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, EXCETO se

a) previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

b) independentemente de prévia autorização, forem para receber chefe de delegação estrangeira em visita ao Supremo Tribunal Federal.

c) independentemente de prévia autorização, forem para receber o chefe do Poder Executivo em visita ao Supremo Tribunal Federal.

d) independentemente de prévia autorização, forem para homenagear o Presidente do Supremo Tribunal Federal por recebimento de prêmio no exterior.

e) independentemente de prévia autorização, forem para realizar solenidade de despedida do Presidente do Supremo Tribunal Federal em exercício no término do seu mandato no caso de aposentadoria por tempo de serviço.

Comentários:

A letra A é a única que traz o teor correto, pois é a exceção prevista no art. 95 §5º da Constituição.

CF, art. 99 § 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

Gabarito: Letra A.

66. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

Comentários:

Trata-se da literalidade do art. 99 §1º da Constituição, onde percebe-se que embora o Judiciário tenha autonomia para definir seu orçamento, deve respeitar os limites traçados na LDO, lei que serve de base para a elaboração do orçamento anual.

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Gabarito: Correto.

67. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) Ao Poder Judiciário é assegurada parcial autonomia administrativa e financeira, sendo que os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

Comentários:

O erro da questão é falar em "parcial autonomia". O fato da elaboração do orçamento, nos limites da LDO, não se configura restrição da autonomia, mas sim uma exigência constitucional a todos os Poderes Públicos.

Gabarito: Errado.

68. (CESPE/Escrivão - PC-ES/2011) O encaminhamento, ao Poder Legislativo, das propostas orçamentárias do Supremo Tribunal Federal e dos demais tribunais superiores cabe ao presidente desse tribunal, com a aprovação dos respectivos tribunais.

Comentários:

O encaminhamento das propostas do Judiciário não é diretamente ao Legislativo, pois só o Executivo é que pode encaminhar orçamento para o Legislativo. Desta forma, o encaminhamento é feito ao Executivo, para que este compile a proposta e promova os ajustes (se necessário) e depois leve à deliberação legislativa.

Gabarito: Errado.

69. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Compete ao presidente do TRF da 5.ª Região encaminhar ao Congresso Nacional proposta orçamentária do tribunal que preside.

Comentários:

Quem encaminha a proposta orçamentária ao Congresso é sempre o Poder Executivo. A questão então erra 2 vezes: o primeiro erro é que as propostas do Judiciário devem ser encaminhadas ao Executivo, para fins de consolidação, e não ao Congresso. E segundo que, nos termos do art. 99 §2º, I, o encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete no âmbito da União, aos Presidentes do STF e dos Tribunais Superiores.

Gabarito: Errado.

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70. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O TJRJ tem autonomia administrativa e financeira, devendo elaborar a sua própria proposta orçamentária, dentro dos limites estipulados conjuntamente com os outros poderes, na lei de diretrizes orçamentárias, encaminhando-a por meio de seu presidente.

Comentários:

A Constituição estabelece no seu art. 99 que ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira e depois dispõe no § 1º deste mesmo artigo que os tribunais deverão elaborar suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. A última disposição é encontrada no § 2º, II deste artigo que diz que o encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.

Gabarito: Correto.

71. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações por parte do TJRJ que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, mesmo que mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

Comentários:

O erro foi dizer "mesmo que mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais". Pois contraria o disposto no art. 99 §5º que permite a utilização dos créditos suplementares ou especiais.

Gabarito: Errado.

Pagamento de débitos por Precatórios

Precatório é um “documento formal em que se pede algo”. O regime de precatórios é uma forma de a Fazenda Pública pagar as dívidas decorrentes de sentenças judiciais transitadas em julgado.

Todo ano, ao fazer o orçamento (Federal, Estadual, Municipal ou Distrital), caberá ao ente da federação incluir na lei orçamentária os valores destinados ao pagamento dos precatórios judiciais que forem apresentados até o meio do ano anterior ao da vigência de tal orçamento (1º de Julho), devendo tais dotações orçamentárias ficar consignadas diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão do precatório determinar o pagamento até o fim do exercício de tal orçamento, sendo a quantia paga atualizada monetariamente.

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Agora que já vimos uma noção inicial, vamos ver os artigos constitucionais sobre o tema:

Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. (Artigo e seus parágrafos com redação dada pela EC 62/09)

Deste dispositivo, tiramos coisas muito importantes:

1 - É obrigatório que o pagamento das dívidas oriundas de sentenças judiciais seja feito pelo regime de precatório. Não poderá ser feito um “pagamento direto”. Exceção se faz somente aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor (vide §3ª do art. 100 da Constituição). Pelo §4º, essa definição de “pequeno valor”, pode ser fixada por leis próprias de cada ente da federação (até porque pequeno valor para a União é bem diferente de um pequeno valor para um município de 2000 habitantes, certo?). Este “pequeno valor”, em qualquer caso, não poderá ser menor do que o valor do maior benefício previdenciário pago pelo Regime Geral de Previdência. Ou seja, na definição de pequeno valor, o mínimo é o “teto do RGPS”. Vejamos:

§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado.

§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social.

2- Além de ser obrigatório o uso do precatório para os débitos acima do “pequeno valor”. Os pagamentos serão feitas em uma ordem cronológica da apresentação dos precatórios, isso para dotar de impessoalidade o regime. Fica vedada ainda a designação específica de casos ou de pessoas dentro do orçamento. O precatório é por ordem cronológica e pronto! Essa ordem só é excepcionalizada no caso dos débitos que tenham natureza alimentícia, esses são os únicos que podem “furar a fila”. Vejamos o §§1º e 2º:

§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos,

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proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo.

§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo (“pequeno valor”), admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório.

3- Os débitos de natureza alimentícia furam a fila dos precatórios, e dentre esses, ainda furam mais a fila aqueles de natureza alimentícia que tenha como credor pessoas com mais de 60 anos ou portadores de doença grave (definida em lei). Mas observe, isso só ocorre quando o débito desses credores “especiais” (idosos ou portadores de grave doença) for até o triplo daquela quantia definida em lei como “pequeno valor”. Admite-se fracionar a dívida quando ela for maior do este limita (3x o pequeno valor), pagando-se essa quantia inicial “furando a fila” e deixando-se o resto para pagar na ordem da apresentação.

§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.

§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva.

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§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça.

72. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) O Presidente do Tribunal competente, que por ato comissivo ou omissivo, tentar frustrar a liquidação regular de precatório incorrerá em crime de responsabilidade.

Comentários:

A Constituição estabelece em seu art. 100 §7º o Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça.

Gabarito: Correto.

73. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Os débitos de natureza alimentícia, para fins de pagamento por precatório, compreendem os decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações, por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença transitada em julgado.

Comentários:

A Constituição estabelece no seu art. 100 §1º que os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º do mesmo artigo ( débitos de natureza alimentícia que se referem a idosos e portadores de deficiência).

Gabarito: Correto.

74. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Compete à União fixar, por meio de lei ordinária, o valor das obrigações de pequeno valor que a fazenda federal, estadual, distrital ou municipal deva fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado, independentemente de precatório.

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Comentários:

Pois a Constituição permite no seu art. 100 §4º que poderão ser fixados, por leis próprias de cada ente, valores distintos às entidades de direito público.

Gabarito: Errado.

75. (ESAF/MPU/2004) O presidente do Tribunal, que por ato omissivo retardar a liquidação regular de precatório, incorrerá em crime de responsabilidade.

Comentários:

O ato pode ser tanto omissivo quanto comissivo, assim dispõe o art. 100 §7º da Constituição, e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça.

Gabarito: Correto.

§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo.

Ou seja, o precatório tem de ser da dívida integral. Não pode fracionar em diversos pedacinhos para fugir da ordem cronológica e tentar enquadrar no “pequeno valor”. Fracionamento só pode ocorrer no caso de débitos alimentícios de maiores de 60 anos ou portadores de doença grave, e ainda assim, este fracionamento é só para o caso de caber no limite de “3x o pequeno valor” e furar a fila cronológica, e não para caber dentro do pequeno valor ser pago diretamente.

§ 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial.

§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de

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abatimento, informação sobre os débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos.

Ou seja, antes de pagar ao credor do precatório, deve se verificar se ele tem alguma dívida com a fazenda pública devedora, caso tenha esta dívida líquida e certa, ainda que esteja inscrita na dívida ativa, far-se-á uma compensação daquilo que ele está devendo, excluindo o valor desta dívida do montante que ele iria receber.

A fazenda pública tem 30 dias depois de provocada pelo juiz para informar se o credor possui ou não débitos líquidos e certos com ela, se não informar, ela perde o direito ao abatimento.

§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a entrega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado.

§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional (EC 69/2009), a atualização de valores de requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios.

§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros, independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º.

§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora.

§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal poderá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de liquidação.

CF, ADCT, art. 97 - Até que seja editada a lei complementar de que trata o § 15 do art. 100 da Constituição Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que, na data de publicação desta Emenda Constitucional, estejam em mora na quitação de precatórios vencidos, relativos às suas administrações direta e indireta, inclusive

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os emitidos durante o período de vigência do regime especial instituído por este artigo, farão esses pagamentos de acordo com as normas a seguir estabelecidas, sendo inaplicável o disposto no art. 100 desta Constituição Federal, exceto em seus §§ 2º, 3º, 9º, 10, 11, 12, 13 e 14, e sem prejuízo dos acordos de juízos conciliatórios já formalizados na data de promulgação desta Emenda Constitucional. (O art. 97 exposto é seguido por 18 parágrafos que regulamentam o tema)

§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente.

Resumo sobre precatórios:

• O regime é obrigatório para todo crédito contra a fazenda pública oriundo de sentença judicial transitada em julgado, salvo para o definido em lei (de cada um dos entes) como sendo de pequeno valor;

• Pequeno valor não pode ser uma quantia inferior ao teto do Regime Geral de Previdência;

• A ordem de pagamento é a seguinte:

1º- Créditos de natureza alimentícia de maiores de 60 anos ou portadores de doença grave, limitados a três vezes o definido como pequeno valor.

2º- Demais créditos de natureza alimentícia;

3º- Ordem cronológica da apresentação dos demais precatórios, vedado o fracionamento.

• Se o precatório for apresentado até 1º de julho, é obrigatório que se inclua no orçamento do ano seguinte, e se pague até o final daquele ano, corrigido monetariamente. Se não pagar até o final do ano, além da correção, irá incidir juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios.

• O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça.

Noções sobre os órgãos do Poder Judiciário:

Os tribunais, segundo a Constituição, podem possuir os seguintes números de membros:

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STF (somos time de futebol) 11

STJ (são três juntos) No mínimo, 33

TST (trinta sem três) 27

STM (são todas moças - 15 anos)

15

TSE No mínimo 7

TRE 7

TRT No mínimo 7

TRF No mínimo 7

Veja que todo tribunal tem uma frase pra nos ajudar a decorar, quando não tiver, é porque o número de membros é 7 (no mínimo).

Obs. Segundo a doutrina, o número de membros do TRE, pode ser superior a 7. Porém, a Constituição estabeleceu como apenas 7, e o CESPE, recentemente, em 2010, considerou que este número deva ser taxativamente 7.

Obs. 2 - O Tribunal de Justiça não tem o seu número de membros fixados constitucionalmente, vai depender de cada Estado.

Outra coisa importante é a quem poderá ser nomeado para esses tribunais. Todos eles devem ser brasileiros, sem precisar ser natos, com exceção do STF, onde todos devem ser natos.

O STM compõe-se de 15 membros, sendo 10 oficiais generais e 5 civis. Logo, possui 10 membros necessariamente brasileiros natos.

Existe ainda a questão da idade para poder ser nomeado para os tribunais: 35 anos é a "idade da sabedoria" para a nossa Constituição. É somente a partir dos 35 anos que a pessoa pode ocupar os cargos de maior responsabilidade da administração pública:

• Senador;

• Presidente ou Vice-Presidente da República;

• Cidadão escolhido para o Conselho da República;

• Ministro do TCU;

• Procurador-Geral da República; ou

• Participar dos tribunais de cúpula: STF, STJ, TST e STM (este, no caso dos ministros civis)

Para o TRT e o TRF, a Constituição resolveu colocar membros "quase sábios", ou seja, estabeleceu como mínimo, os 30 anos.

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No que tange à idade máxima, é bem fácil descobri-la. Se o membro não for sujeito às regras de aposentadoria dos servidores públicos (como o Senador, Presidente, Cidadãos do Conselho da República...), não há idade máxima estabelecida, já que não haverá "aposentadoria compulsória" aos 70 anos. Como os demais cargos (magistrados, PGR...) possuem membros que se aposentam compulsoriamente aos 70, a Constituição limitou a idade a 65 anos, para que a pessoa consiga ficar pelo menos 5 anos ali.

Muito simples não???

Observação: Vimos que os tribunais superiores são preenchidos por membros "sábios" (maior de 35 anos). Porém essa "sabedoria" tem de ser auferida ainda por uma sabatina do Senado.

Em regra essa aprovação pela sabatina do Senado se faz com voto da maioria absoluta, porém, a Constituição se omitiu em alguns casos, como ocorre para o STM. Assim, como a Constituição estabelece em seu art. 47 que salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações serão tomadas por maioria simples dos votos, não é necessária a maioria absoluta para aprovação de membros do STM.

Antes da EC 45/04 isso também valia para o STJ. A EC 45, no entanto, modificou o texto, exigindo essa MA para o STJ, mas não o fez para o STM.

Competências

A maioria esmagadora das questões de concurso sobre o Poder Judiciário se dá nas "competências" - as bancas costumam elencar a competência de um tribunal e dizer que é da competência de outro.

Por isso é de extrema importância a leitura atenta do rol de competências constitucionais, sempre com atenção a peculiaridades características.

Uma outra coisa básica, muito cobrada sobre competências, é a sua natureza originária ou recursal. Um tribunal tem 2 tipos de competência, a competência originária - aquelas que tem origem diretamente no tribunal, e a competência recursal, aquela que se iniciou em outro órgão e chegou ali através de um recurso.

Assim a constituição, sempre que vai estabelecer quais são as competências de um tribunal, ela diz quais vão ser aquelas que o tribunal irá conhecer "originariamente" e qual que vai conhecer em "grau de recurso". É comum as bancas trocarem as competências, dizendo que caberá a um tribunal julgar originariamente algo, quando na verdade só faria isso em grau de recurso. Veremos isso à frente.

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Supremo Tribunal Federal:

O STF se compõe de 11 cidadãos nomeados pelo Presidente da República. Não precisam ser bacharéis em direito, mas devem ter notável saber jurídico e reputação ilibada, isso obviamente deverá ser comprovado, e por isso necessitamos da sabatina do Senado que deverá aprovar o nome por maioria absoluta.

Como se sabe, são cidadãos brasileiros natos (CF, art. 12 §3º).

76. (FCC/Técnico - TRT 15ª/2009) O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e menos de setenta anos de idade, dentre outros requisitos.

Comentários:

O correto segundo a Constituição, em seu art. 101, seria: onze ministros, com mais de 35 e menos de 65 anos de idade.

Gabarito: Errado.

77. (CESPE/AJAA-TJES/2011) Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) devem ser nomeados pelo presidente da República, após aprovação pela maioria simples do Senado Federal.

Comentários:

A aprovação se dá pela Maioria Absoluta. É a regra. A exceção (maioria simples) acontece somente na nomeação dos ministros do Superior Tribunal Militar. Todas as outras aprovações do Senado para que se faça nomeação de membros de tribunais, se faz por maioria absoluta.

Gabarito: Errado

78. (CESPE/ANAC/2009) O STF compõe-se de doze ministros, escolhidos entre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e de reputação ilibada.

Comentários:

O STF se forma por 11 ministros e não 12, de acordo com o art. 101 da Constituição.

Gabarito: Errado.

79. (CESPE/TJAA-STM/2011) O Supremo Tribunal Federal (STF) compõe-se de onze ministros, escolhidos para um mandato de quatro anos entre pessoas de notável saber jurídico e reputação ilibada, os

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quais devem ser maiores de trinta anos de idade e menores de sessenta e cinco anos de idade, bem como nomeados pelo presidente da República, após a aprovação da maioria simples do Senado Federal.

Comentários:

A questão aborda diversos pontos e comete diversos erros. Vamos analisa por partes:

• 11 Ministros? Sim.

• Mandato de 4 anos? Não. Eles são vitalícios, após nomeados só saem pela aposentadoria compulsória aos 70 anos ou por exoneração/demissão nos casos constitucionalmente previstos.

• Pessoas de notável saber jurídico e reputação ilibada? Sim.

• Maiores de 30 e menores de 65 anos? Não, o STF e os tribunais superiores são os "órgãos de sabedoria" do Judiciário. A "idade da sabedoria" para a Constituição é de 35 anos.

• Nomeados pelo presidente da República, após a aprovação da maioria simples do Senado Federal? Não. Eles são nomeados por maioria absoluta.

Gabarito: Errado.

80. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) O STF compõe-se de ministros, escolhidos entre cidadãos bacharéis em direito, com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

Comentários:

A Constituição não exige o bacharelado em direito para o cargo de Ministro do STF (CF, art. 101).

Gabarito: Errado.

Rol de Competências do STF:

Antes de estudarmos cada uma das competências do STF, é importante que saibamos que segundo o STF (Pet 3087 AgR/DF) a competência originária do STF submete-se a regime de direito restrito, consistindo em um complexo de competências dispostos em relação "numerus clausus" - ou sejam, um rol taxativo, fechado, que não pode ser ampliado a não ser que se faça uma emenda à Constituição.

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81. (CESPE/TJAA-STF/2008) A competência originária do STF submete-se a regime de direito estrito, não comportando a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados no rol taxativo da norma constitucional que a fixa.

Comentários:

Segundo o STF, a competência originária do STF submete-se a regime de direito restrito, consistindo em um complexo de competências dispostos em relação "numerus clausus" - rol taxativo, fechado, que não pode ser ampliado a não ser que se faça uma emenda à Constituição.

Gabarito: Correto.

Competências do STF - Função precípua de guardião constitucional:

O Supremo possui uma competência básica, sua "função precípua". Essa função básica do Supremo é a "guarda da constituição" e por isso ele é o principal órgão do sistema de "controle de constitucionalidade".

Baseado nisso, a Constituição elencou logo na primeira alínea do art. 102, I, que ao Supremo caberá processar e julgar originariamente:

CF, art. 102, I, “a” - a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;

São as famosas "ADI" e "ADC", ações que serão usadas para controlar a constitucionalidade dos atos normativos infraconstitucionais, que porventura venham a ser suspeitos de violar a Constituição. Essas duas ações (ADI e ADC) se juntam a uma 3º que foi posta no parágrafo 1º, a ADPF:

§ 1.º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. (essa lei é 9.882/99).

Desta forma, temos que o STF, como guardião da Constituição, faz uso de três ações básicas: ADI, ADC e ADPF. É necessário ainda observar uma peculiaridade do dizer constitucional sobre essas ações:

ADI → É usada no questionamento da constitucionalidade de lei federal ou estadual;

ADC → Só pode ser usada para tratar de lei federal;

ADPF → Pode ser usada para lei federal, estadual ou municipal, nos termos da lei 9882/99.

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A Constituição ainda diz que o STF tem competência originária para decidir sobre o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade (não só a cautelar de ADI, como também a cautelar de ADC e ADPF).

A função do STF como guardião da Constituição não acabou por aqui não. Nós falamos apenas de sua competência "direta" (originária) de guardar a Constituição. Porém, ele pode ainda receber o papel de guardar a constituição de uma forma recursal, quando a controvérsia é oriunda de algum outro órgão e chega até ele para que resolva a controvérsia através de um recurso, o chamado “recurso extraordinário”.

Desta forma, a CF ainda elencou como papel do STF julgar, em recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:

a) contrariar dispositivo da Constituição;

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição.

d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

Por enquanto, o que nos importa são apenas as alíneas a, b e c, pois são somente elas que falam do conflito entre atos normativos e a Constituição, o que faz o STF exercer o seu papel de guardião.

Primeiramente, deve-se ter atenção ao nome "recurso extraordinário" (não é ordinário, nem especial, nem nenhuma outra coisa), só o Supremo tem esse tipo de recurso. Seu nome é "extraordinário", pois não é um recurso comum (ordinário).

Alínea a - O Supremo analisa extraordinariamente todas as decisões que contrariem a Constituição Federal, pois ele deve manter a sua autoridade, e caso verifique que realmente ela foi contrariada, deverá reformar a decisão para que a Constituição Prevaleça.

Alínea b - O Supremo analisa ainda as decisões que declarem inconstitucionais tratado ou lei federal. Agora, não está mais preocupado com a guarda da Constituição em si, mas na preservação do ordenamento jurídico federal, e como a questão é sobre a "inconstitucionalidade", envolve dispositivos da Constituição, caberá a ele analisar segundo os preceitos constitucionais se realmente é o caso de se declarar inválidas a lei federal ou tratado.

Alínea c - Aqui temos novamente a função principal de guardar a Constituição. Por "local" entenda-se "Estadual" ou "Municipal". Caso uma decisão em um tribunal, que esteja envolvendo

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controvérsia constitucional, declare que uma lei local (estadual ou municipal) é válida, é um caso a se preocupar, pois poderá estar se deixando que a Constituição se aplique corretamente no território daquela localidade sendo preterida em face de uma lei local. Caso a decisão fosse pela inconstitucionalidade da lei local, e não por sua validade, não precisaria de tanta preocupação pois saberemos que a Constituição prevaleceu e será aplicada naquela localidade, não sendo assim admissível o recurso ao Supremo.

Desta forma muita atenção aos requisitos para que o Supremo possa receber o recurso extraordinário:

• Tratado ou lei federal forem julgados inconstitucionais (inválidos).

• Lei ou ato de governo local forem julgados constitucionais (válidos).

Observação: O Supremo é o guardião da Constituição Federal, sempre que estivermos falando de alguma ADI, ADC, ADPF ou ainda um recurso extraordinário no Supremo. Estamos falando de controvérsias envolvendo a Constituição Federal, nunca a Constituição Estadual, já que o Supremo não faz guarda da Constituição Estadual, função dos Tribunais de Justiça.

Resumindo: Coligindo os ensinamentos acima, podemos resumir dizendo que o Supremo é o guardião da Constituição Federal e que promove essa proteção à Constituição de 2 formas: diretamente através do julgamento das ADI, ADC e ADPF e de forma recursal julgando os Recursos Extraordinários que disponham sobre controvérsias constitucionais derivadas de outros tribunais. Lembrando que esse tema é melhor estudado no "Controle de Constitucionalidade".

82. (CESPE/ANAC/2009) Somente ao STF compete processar e julgar as ações diretas de inconstitucionalidade, genéricas ou interventivas, as ações de inconstitucionalidade por omissão e as ações declaratórias de constitucionalidade, com intuito de garantir a prevalência das normas da CF no ordenamento jurídico.

Comentários:

O STF é o "guardião da Constituição" e somente ele possui legitimidade para julgar as ações que se referem ao controle direto de constitucionalidade face a Constituição Federal.

Gabarito: Correto.

Competências do STF – Atuação do PGR:

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O Procurador-Geral da República, autoridade máxima do Ministério Público, tem importante papel junto ao STF, devendo ser ouvido previamente em todos os processos da competência do tribunal.

CF, art. 103, § 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.

83. (ESAF/MPU/2004) O procurador-geral da República deve ser ouvido previamente em todos os processos de competência do Supremo Tribunal, salvo naquele em que tiver sido o autor. Comentários:

Segundo o art. 103 § 1º da Constituição, o Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. Assim, o PGR tem assento para oficiar junto ao supremo e deve ser ouvido em todos os processos, sem haver qualquer ressalva por parte da Constituição Federal, nem da LC 75/93 e nem do Regimento Interno do STF.

Gabarito: Errado.

Competências do STF - Julgamento de autoridades:

As autoridades (Presidente da República, Ministros, Parlamentares, PGR...) podem cometer dois tipos de crime:

• Crimes de responsabilidade - Quando descumprem alguma responsabilidade legal ou constitucional que possuem em razão de seu cargo.

• Crimes comuns - Quando cometem crimes que podem ser cometidos por quaisquer pessoas independentemente de ocuparem certo cargo público, como o roubo, homicídio, e etc.

Somente o Poder Judiciário é responsável por julgar crimes comuns.

Já os crimes de responsabilidade podem ser julgados pelo Judiciário, mas também pelo Senado, quando se tratarem de autoridades da alta cúpula do governo (Presidente e Vice-Presidente da República, Ministros do STF, PGR, e os Ministros de Estado que cometerem crimes conexos com o Presidente ou Vice). No Legislativo, só o Senado julga autoridades de outros Poderes por crimes de responsabilidade, e esse julgamento é regulado pela lei 1079/50.

Como só o Judiciário pode julgar crimes comuns, e o STF é o órgão máximo do Poder Judiciário, será o STF o responsável por julgar as demais autoridades máximas de cada poder nos crimes comuns, ou seja: o Presidente da República, o Vice-Presidente, os

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membros do Congresso Nacional, os próprios Ministros do STF e o PGR.

A Constituição também elencou o STF como o responsável por julgar as autoridades atreladas aos órgãos de cúpula, ou que estejam no escalão "imediatamente abaixo" em cada um dos Poderes, mas para estas o STF irá julgar não só o crime comum, mas também o crime de responsabilidade. São elas:

• Ministros de Estado e Comandantes da Forças Armadas (Já que estão atrelados ao Presidente da República);

• Membros dos Tribunais Superiores;

• Membros do TCU (Já que estão atrelados ao Congresso Nacional);

E ainda uma classe de autoridade que recebeu grande preocupação constitucional:

• Os chefes de missão diplomática de caráter permanente;

Obs. - Os Comandantes das Forças Armadas eram Ministros de Estado antes da EC 23/99. Embora com a referida EC tenha-se modificado a nomenclatura, continuam com status de Ministro. Os Comandantes das Forças e os Ministros em regra são julgados pelo STF tanto nos crimes comuns quanto nos crimes de responsabilidade, porém, caso o crime de responsabilidade em questão seja conexo com o do Presidente ou Vice-Presidente da República, eles serão, juntamente com estes, julgados pelo Senado.

Para que vocês possam visualizar melhor essa “regra de julgamentos” vou colocar um esquema:

Competência para Julgamento de autoridades:

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No esquema acima temos os 3 Poderes e o Ministério Público, na seguinte ordem: Executivo, Legislativo, Judiciário e MP.

As autoridades da alta cúpula (Presidente, Parlamentares, Ministros do STF e PGR) estão na área 1 (crime comum no STF e crime de responsabilidade no Senado). Aí, vamos colocando as autoridades que estão “logo abaixo” deles na área 2 (crime comum e resp. pelo STF) e depois, continuando, a área 3 (crime comum e resp. no STJ).

Temos, no entanto que tecer algumas observações, exceções ao esquema:

Obs. 1: No caso de crimes de responsabilidade conexos com os do Presidente da República ou Vice-Presidente, os Ministros de Estado serão julgados juntamente com aqueles, pelo Senado (CF, art. 52, I).

Obs. 2: Os parlamentares são julgados por crime de responsabilidade pela sua casa respectiva - Senadores pelo Senado, Deputados pela Câmara dos Deputados (CF, art. 55 §2º).

Obs. 3: O Governador é julgado por crime de responsabilidade de acordo com o definindo pela Constituição Estadual e não pelo STJ.

84. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) É competência do Supremo Tribunal Federal julgar os seus próprios Ministros no caso de acusação pela prática de infração penal comum.

Comentários:

O STF é a instância máxima do Judiciário. Como somente o Judiciário possui competência para o julgamento de crimes comuns, caberá ao STF julgar os seus próprios ministros (CF, art. 102, I, b). Lembrando que se o crime fosse de responsabilidade, seriam eles julgados pelo Senado, como todas as demais autoridades de cúpula dos Poderes.

Gabarito: Correto.

85. (FCC/Técnico - TRE - SE/2007) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente nas infrações penais comuns, os membros dos Tribunais Regionais Federais.

Comentários:

Estes serão julgados pelo STJ (CF, art. 105, I, a). Todos os desembargadores de tribunais de segundo grau (TJ, TRF, TRE, TRT...) serão julgados pelo STJ tanto nos crimes comuns, quanto nos crimes de responsabilidade.

Gabarito: Errado.

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86. (FCC/Técnico - TRE - SE/2007) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente nas infrações penais comuns, o Procurador-Geral da República. Comentários:

O PGR é uma autoridade de cúpula, é o chefe do MPU, logo está no mesmo patamar de foro privilegiado do Presidente da República, Parlamentares e Ministros do STF. Todas estas autoridades (inclusive o PGR) serão julgadas nos crimes de responsabilidade pelo Senado e no crimes comuns pelo STF.

Gabarito: Correto.

87. (FCC/Auditor - TCE - AL/2008) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal. Comentários:

Essa competência será do STJ, nos termos do art. 105, I, a.

Gabarito: Errado.

88. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, quaisquer causas envolvendo os Governadores dos Estados.

Comentários:

A questão, ao generalizar, acaba incorrendo em erro. Por exemplo: os Governadores são julgados pelo Tribunal de Justiça nos mandados de segurança contra seus atos. No caso de crimes de responsabilidade, eles serão julgados conforme definido na Constituição Estadual, entre outras hipóteses que fogem da alçada do STJ.

Gabarito: Errado.

89. (CESPE/DETRAN-DF/2009) O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é competente para processar e julgar, originariamente, um comandante da marinha que tenha praticado crime de homicídio.

Comentários:

Homicídio é uma infração penal comum, logo, o competente para o julgamento será o STF, de acordo com a Constituição Federal art. 102, I, c.

Gabarito: Errado.

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90. (CESPE/FINEP/2009) Cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) processar e julgar o presidente da República por crime comum, havendo perpetuação dessa competência quando cessar o mandato, circunstância que não acarreta a remessa dos autos à justiça de 1.º grau.

Comentários:

Nas palavras do Supremo em diversos julgados: "...Depois de cessado o exercício da função, não deve manter-se o foro por prerrogativa de função, porque cessada a investidura a que essa prerrogativa é inerente, deve esta cessar por não tê-la estendido mais além a própria Constituição. (...) declara-se a incompetência desta Corte para prosseguir no processamento deste inquérito, determinando-se a remessa dos autos à Justiça (...) de 1º grau.

Gabarito: Errado.

91. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) Os crimes de responsabilidade praticados pelos ministros de Estado, sem qualquer conexão com o presidente da República, serão processados e julgados pelo STJ.

Comentários:

São processados pelo STF. Caso eles tivessem conexão, seriam processados pelo Senado.

Gabarito: Errado.

92. (CESPE/TRE-MA/2009) O STF tem competência constitucional para rever e alterar a decisão do Senado Federal exarada em processo de apuração de crime de responsabilidade do presidente da República.

Comentários:

Somente o Senado Federal é o responsável pela apreciação da responsabilidade do Presidente da República, não cabe ao STF rever o julgamento, devendo este se limitar a apreciar seus crimes comuns.

Gabarito: Errado.

93. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Os membros do CNJ são julgados por crime de responsabilidade no STF.

Comentários:

Como se trata de um órgão de cúpula, eles serão julgados pelo Senado (CF, art. 52, II). Importante ressaltar, no entanto, que em se tratando de crimes comuns, não há uma prerrogativa de foro

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definida, já que o CNJ se compõe de 15 membros de variadas hierarquias, e assim, foro de julgamento para crimes comuns dependerá da natureza do cargo de cada membro, não estando fixada pela Constituição, como está para os crimes de responsabilidade.

Gabarito: Errado.

94. (CESPE/AJAA-STF/2008) Compete ao STF processar e julgar originariamente, nas infrações penais comuns, os ministros do próprio STF.

Comentários:

O STF é a instância máxima do judiciário nacional, assim, como o judiciário é o único poder que poder julgar crimes comuns, será o próprio STF o responsável. Lembrando que, no caso de crime de responsabilidade, serão julgados pelo Senado.

Gabarito: Correto.

95. (CESPE/TJAA-STF/2008) Compete ao STF processar e julgar ação ordinária, de natureza civil, instaurada contra o presidente da República.

Comentários:

As ações cíveis contra o presidente da República não são levadas a foro especial, o qual se restringe aos litígios de natureza penal. Aquelas devem seguir o rito ordinário comum.

Gabarito: Errado.

96. (CESPE/TJAA-STF/2008) É de competência do STF julgar interpelação judicial de natureza cível contra o procurador-geral da República.

Comentários:

As ações cíveis não são levadas a foro especial, o qual se restringe aos litígios de natureza penal. Aquelas devem seguir o rito ordinário comum.

Gabarito: Errado.

97. (ESAF/Técnico-ANEEL/2004) Somente o Poder Judiciário tem competência constitucional para julgar autoridades da República por crimes de responsabilidade.

Comentários:

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Algumas autoridades, principalmente aquelas da mais alta cúpula, serão julgadas pelo Senado, como é o caso do Presidente da República, Ministros do STF, PGR entre outros.

Gabarito: Errado.

98. (ESAF/ANA/2009) Compete ao Superior Tribunal de Justiça, entre outras funções, processar e julgar, originariamente, nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

Comentários:

O competente será o STF de acordo com a Constituição Federal em seu art. 102, I, c.

Gabarito: Errado.

99. (ESAF/MPU/2004) É do Supremo Tribunal Federal a competência exclusiva para julgar os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade.

Comentários:

Pois eles serão julgados pelo Senado se o crime de responsabilidade for conexo com o do Presidente da República (CF, art. 52, I).

Gabarito: Errado.

Competências do STF - Outros julgamentos relevantes:

• Compete ainda originariamente ao STF, processar e julgar originariamente as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público.

O CNJ e CNMP foram instalados com a EC 45/04, tais órgãos compõem um núcleo de controle da atividade da Justiça e do Ministério Público, respectivamente. Tais órgãos são chefiados respectivamente pelo Presidente do STF e pelo PGR, o que mostra a relevância de sua atuação. A notoriedade de suas atividades é tamanha que competirá somente ao STF julgar as ações que porventura vierem a ocorrer contra estes órgãos e os seus membros serão julgados nos crimes de responsabilidade perante o Senado Federal, tal qual os Ministros do STF, Presidente da República e etc.

• Também é da competência originária do STF a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou

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indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;

100. (FCC/Procurador - Recife/2008) Compete originariamente ao Supremo Tribunal Federal julgar as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público.

Comentários:

Tal competência é atribuída expressamente pela Constituição Federal, em seu art. 102, I, r.

Gabarito: Correto.

101. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) As ações contra o CNJ e contra o Conselho Nacional do Ministério Público serão julgadas na justiça federal do domicílio do autor.

Comentários:

Ações contra o CNJ e contra o CNMP serão julgadas no STF, em qualquer hipótese (CF, art. 102, I, r).

Gabarito: Errado.

102. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Compete ao STF julgar mandado de segurança contra ato ilegal e abusivo praticado pelo CNJ.

Comentários:

A Constituição estabelece que competirá ao STF processar e julgar as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público (CF, art. 102, I, r).

Gabarito: Correto.

103. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar originalmente a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados.

Comentários:

Neste caso será o STF (CF, art. 102, I, n).

Gabarito: Errado.

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104. (FGV/Advogado-BADESC/2010) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar originariamente a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados.

Comentários:

Isso aí, segundo a Constituição (CF, art. 102, I, n), realmente é do STF a competência originária do julgamento da ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados.

Gabarito: Correto.

Competências do STF - remédios constitucionais:

Habeas corpus paciente:

Todas aquelas pessoas que são julgadas pelo STF, seja em crime comum ou de responsabilidade receberam uma proteção também no que tange ao seu habeas corpus, já que se trata de um remédio liberatório, delicado, contra restrições de liberdade. Assim, a Constituição protegeu com foro no STF todas as autoridades da alta-cúpula ou atreladas a ela quando estiverem sofrendo coação da sua liberdade.

Remédios contra atos de autoridades:

Mandado de Segurança:

Autoridades são sujeitas a cometerem abusos de autoridade ou ilegalidades, assim, é comum que contra seus atos sejam impetrados mandados de segurança. Em relação ao Mandado de Segurança, bem como em relação ao habeas data impetrados contra atos de autoridades, o STF não precisa se preocupar com todo mundo, pois não é um assunto tão delicado quanto o objeto de habeas corpus, que faria cessar a coação da liberdade de uma autoridade de cúpula. Desta forma, o Supremo julgará somente aquelas ações impetradas contra os atos praticados pelos órgãos da alta cúpula: Presidente da República, Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, TCU, PGR e próprio STF.

Caso fosse diferente, teríamos uma chuva de mandados de segurança no Supremo contra atos de Ministros, Tribunais e etc.

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Veja que temos praticamente a mesma relação daquelas autoridades que são julgadas no STF apenas pelos crimes comuns, com duas exceções:

• No Congresso Nacional não são todos os parlamentares, mas somente os que compõem a Mesa das Casas Legislativas; e

• O TCU.

Ratificando essa preocupação do STF em não se mostrar inchado por processos não urgentes ou delicados como habeas corpus pacientes, é que se firmou o entendimento na súmula 624: "não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer originariamente de mandado de segurança contra atos de outros tribunais" (somente do próprio STF, conforme diz a literalidade da Constituição).

Assim, a cada tribunal competirá o julgamento dos mandados de segurança impetrados contra seus próprios órgãos fracionários: o STF conhece o mandado contra atos do STF, o STJ contra atos do STJ, e assim por diante.

Habeas Corpus:

A Constituição também se preocupou com o foro do habeas corpus "coator", ou seja, quando uma autoridade é que esteja privando alguém da sua liberdade. O habeas corpus coator será julgado no STF quando houver coação:

• Por Tribunal Superior (STJ, TSE, TST ou STM);

• Por autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal; ou

• Envolvendo crime sujeito à jurisdição do Supremo em uma única instância.

As autoridades que possuem seus atos sujeitos a jurisdição direta do STF são aquelas que vimos: Presidente da República, Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, TCU e PGR.

O caso de habeas corpus coator tem lógica de existir: o habeas corpus, como sabemos, é uma medida que se deferida irá desfazer uma coação imposta por alguma autoridade, logo tem de ser julgado por um órgão de "status superior" (não que exista essa hierarquia, mas pelo menos em termos práticos da questão). Desta forma, só o STF poderia passar pela autoridade de um tribunal superior ou atos do Congresso Nacional, Presidente da República e etc.

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O STF entende ainda que possui competência para julgamento de habeas corpus contra decisão de CPI, pois neste caso trata-se da própria expressão do Congresso Nacional, ou de suas Casas1.

Pulo do Gato:

É importante que percebamos algo muito importante para concursos: não cabe ao STF conhecer o mandado de segurança, nem o habeas data, nem o habeas corpus, quando o coator for Ministro de Estado (ou Comandantes de Força), embora conheça do habeas corpus paciente deles. Acontece que no habeas corpus coator, bem como o mandado de segurança e habeas data contra atos de Ministros está no âmbito da Competência do STJ (CF, art. 105, I, b e c). Desta forma, em se tratando de Ministros de Estado (e Comandantes de Força):

• Falou em "paciente" = Competência do STF.

• Falou em coator (contra atos) = Competência do STJ.

Ainda é importante ressaltar que no entendimento do STF: Não cabe, para o Plenário, impetração de "habeas corpus" contra decisão de qualquer das suas Turmas (ou do próprio Pleno) do Supremo Tribunal Federal, ainda que resultante do julgamento de outros processos de "habeas corpus" ou proferida em sede de recursos em geral, inclusive aqueles de natureza penal, pois se trata de manifestação do próprio STF2.

Mandado de Injunção:

Como sabemos o mandado de injunção é remédio que serve para sanar uma demora na edição de alguma norma (sentido amplo) regulamentar, e que devido a isto, um cidadão (ou grupo) esteja sendo privado de algum direito ou liberdade da Constituição ou alguma prerrogativa inerente a nacionalidade, soberania ou cidadania.

Segundo a Constituição caberá ao STF processar e julgar originariamente os mandados de injunção impetrados quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição: do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do

1 MS 23.452, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 16-9-99, DJ de 12-5-00.

2 RTJ 88/108 - RTJ 95/1053 - RTJ 126/175, Súmula 606/STF.

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Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal.

105. (FCC/AJAA-TRE-TO/2011) O Supremo Tribunal Federal:

a) compõe-se de nove Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

b) tem competência para processar e julgar originariamente os membros dos Tribunais Superiores nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade.

c) é composto por Ministros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Congresso Nacional.

d) é composto por Ministros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria relativa do Congresso Nacional.

e) tem competência para processar e julgar originariamente os habeas corpus, quando o coator for Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica.

Comentários:

Letra A - Errada. O STF é composto por 11, e não por 9 ministros.

Letra B - Correto. O órgão de cúpula do Poder Judiciário é o STF, todos os órgãos de cúpula seguem a regra de:

• Julgamento do crime de responsabilidade no Senado.

• Julgamento do crime comum pelo STF.

Os tribunais superiores, por sua vez, estão logo abaixo na "cadeia hierárquica", em relação ao STF. Assim, o que muda é que tanto nos crimes de responsabilidade quanto nos crimes comuns, o STF será o responsável pelo julgamento.

Letra C e D - Errado. É o Senado que aprova (por maioria ABSOLUTA), e não o Congresso.

Letra E - Errado. O STF só é capaz de julgar o habeas corpus envolvendo ministros de Estado e comandantes das Forças quando eles forem os pacientes da Coação, e não quando forem os coatores.

Gabarito: Letra B.

106. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Compete ao Supremo Tribunal Federal, além de outras, processar e julgar, originariamente os mandados de segurança e o habeas data contra ato de Ministro de Estado.

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Comentários:

Em se tratando de ministros de Estado. Sempre que eles forem "pacientes" eles terão as suas ações de mandado de segurança e habeas data julgadas pelo STF, porém, quando eles forem "coatores" (ações contra os seus atos), as ações serão julgadas no STJ.

Gabarito: Errado.

107. (FCC/Técnico - TRT-SP/2008) Compete ao Supremo Tribunal Federal, processar e julgar, originariamente, os habeas corpus, quando o coator ou paciente for Governador de Estado, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

Comentários:

Neste caso o competente será o STJ, conforme dispõe a Constituição, em seu art. 105, I, "c".

Gabarito: Errado.

108. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar originalmente os mandados de segurança contra ato dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio tribunal.

Comentários:

Teor do mandamento constitucional (CF, art. 105, I, "c"). Em se tratando de Ministros de Estado e Comandantes das Forças Armadas, recomendamos a seguinte dica: para estas pessoas, sempre que se falar em “paciente” � STF, sempre que se falar em “coator” (contra atos) � STJ.

Gabarito: Correto.

109. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar originalmente o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for do Congresso Nacional.

Comentários:

Neste caso será o STF, pois a este deve ser dirigida todas as demandas dos órgãos de cúpula. Assim caberá ao STF julgar o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamen-tadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União,

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de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal (CF, art. 102, I, q).

Gabarito: Errado.

110. (ESAF/TCU/2006) Cabe ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar originariamente o habeas corpus quando a autoridade coatora for Ministro de Estado.

Comentários:

Em se tratando de Ministros de Estado e Comandantes das Forças Armadas, recomendamos a seguinte dica: para estas pessoas, sempre que se falar em “paciente” � STF, sempre que se falar em “coator” (contra atos) � STJ.

Gabarito: Errado.

111. (ESAF/MPU/2004) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar originariamente os mandados de segurança contra ato de ministro de Estado.

Comentários:

Em se tratando de Ministros de Estado e Comandantes das Forças Armadas, recomendamos a seguinte dica: para estas pessoas, sempre que se falar em “paciente” � STF, sempre que se falar em “coator” (contra atos) � STJ.

Gabarito: Errado.

Competências do STF - Julgamento de conflitos:

O STF é um órgão que possui função essencial para o pacto federativo. Ou seja, servirá de balança dando harmonia aos interesses dos diversos membros da Federação. A Constituição não se mostrou muito preocupada em dotar o STF de poderes para harmonizar interesses dos Municípios, deixou isso para o âmbito estadual. Caberá ao STF, então, basicamente resolver aqueles conflitos federativos que tenham relevância nacional, ou seja, envolver interesses da União, de diversos Estados, DF ou Territórios.

1- O primeiro conflito que a Constituição abordou foi o litígio dos entes com Estado estrangeiro ou Organismo internacional. Assim fez a Constituição:

• Se o litígio for com a União, Estado, o DF ou Território - Julgado pelo STF

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• Se o litígio for com Municípios ou pessoas residentes no país - Julgado pelos Juízes Federais, cabendo recurso ordinário ao STJ.

2- Caberá ao STF dirimir os conflitos federativos internos, ou seja, processar e julgar as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta.

É importante destacar neste caso, que o STF fixou entendimento no sentido de que a sua competência originária neste caso tem caráter de absoluta excepcionalidade, restringindo-se a sua incidência às hipóteses de litígios cuja potencialidade ofensiva revele-se apta a vulnerar a harmonia do pacto federativo3. Assim, em relação a este dispositivo, o STF tem um entendimento, bem interessante. Segundo o Supremo, um conflito entre entes ou entre estes e entidades da administração indireta poderá ter 2 caminhos:

• Competência originária do STF - Se colocar em risco o pacto federativo.

• Competência da Justiça Federal - Se não colocar em risco o pacto federativo.

Exemplo disso é a competência do STF para resolver questões relativas à imunidade recíproca (imunidade que um ente da federação possui de não ser tributado com impostos instituídos por outro ente).

O STF, com fundamento nesse art. 102, I, f, também reconheceu a sua competência para julgar conflitos de atribuições entre Ministérios Públicos de Estados-membros diversos e entre estes e o Ministério Público Federal4.

3- Competirá ao STF julgar os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal.

Assim temos em relação ao conflito de Competência:

- Se evolver tribunais superiores, a competência é do STF;

- Se for entre tribunais de segundo grau, competência do STJ.

É a lógica: o órgão "acima" resolve os conflitos entre os "abaixo".

Não confunda o conflito de "competência" que se dá entre os órgãos do Judiciário, com o conflito de "atribuições" que se dá entre as "autoridades" (judiciárias ou administrativas). Esse conflito de atribuições é de competência do STJ, e não do STF, ainda que envolva diversos entes da federação. Assim, temos:

3 RE 512.468-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 13-5-08, DJE de 6-6-08 4 ACO 889 / RJ – RIO DE JANEIRO – 11–09–2008.

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• Quando falar em conflito de "competência" = conflito entre órgãos do Judiciário:

� Se envolver tribunais superiores - Competente é o STF.

� Se envolver tribunais de segundo grau - Competente é o STJ.

• Quando falar em conflitos de "atribuições" = conflito entre autoridades administrativas X autoridade judiciárias de entes diversos. Neste caso, o competente é o STJ.

112. (FCC/Analista-MPE-SE/2009) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente, os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores ou entre estes e qualquer outro tribunal.

Comentários:

Conflitos de competência são resolvidos por instâncias superiores aos órgãos conflitantes, desta forma, somente ao STF competirá resolver tal conflito, quando um dos órgãos for o STJ ou Tribunal Superior.

Gabarito: Correto.

113. (FCC/Técnico - TRT-SP/2008) Compete ao Supremo Tribunal Federal, processar e julgar, originariamente, as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta.

Comentários:

Trata-se de "conflitos federativos". Desta forma, o competente para o julgamento será o STF, nos termos da Constituição, em seu art. 102, I, f.

Gabarito: Correto.

114. (FCC/Técnico - TRE - SE/2007) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União.

Comentários:

A competência será do STJ (CF, art. 105, I, g):

• Quando falar em conflito de "competência" = conflito entre órgãos do Judiciário:

- Se entre tribunais superiores, a competência é do STF

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- Se entre tribunais de segundo grau, competência do STJ.

• Quando falar em conflitos de "atribuições" = conflito entre autoridades administrativas X autoridade judiciárias de entes diversos. Neste caso, o competente é o STJ.

• Quando falar em conflito entre União X Estado, Estado X Estado, ou Estado X DF = conflito federativo, o competente é o STF.

Gabarito: Errado.

115. (CESPE/Advogado - CEHAP-PB/2009) O litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o estado, o Distrito Federal (DF) ou território será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Comentários:

Neste caso o competente será originariamente o STF, através da atribuição conferida pelo art. 102, I, "o" da Constituição. Deve-se atentar à competência estabelecida pela Lei Maior: conflito entre organismo estrangeiro e:

• União, Estados, DF ou TF � STF;

• Município ou pessoa domiciliada no Brasil � Juiz Federal podendo chegar ao STJ por rec. ordinário;

Gabarito: Errado.

116. (CESPE/Procurador-AGU/2010) O STF reconhece sua competência originária para julgar ação judicial tendo como partes entidade da administração indireta federal, de um lado, e estado-membro, de outro, na hipótese de discussão acerca de imunidade recíproca.

Comentários:

Segundo o Supremo, o conflito entre uma autarquia federal e um Estado-membro pode ter 2 caminhos:

• Competência originária do STF - Se colocar em risco o pacto federativo.

• Competência da Justiça Federal - Se não colocar em risco o pacto federativo.

Desta forma acerta a questão, pois segundo o STF imunidade recíproca é instituto essencial ao pacto da federação.

Gabarito: Correto.

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117. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Compete ao STJ julgar as causas e os conflitos entre a União e os estados, a União e o DF, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta.

Comentários:

Os conflitos federativos, conforme o disposto no enunciado, são julgados pelo STF (CF, art. 102, I, "f").

Gabarito: Errado.

118. (FGV/Fiscal - SEFAZ-RJ/2010.1) Com relação às competências do STF, analise as afirmativas a seguir:

I. o STF processa e julga originariamente as causas e os conflitos entre Estados Federados.

II. o STF processa e julga originariamente os litígios entre Estado estrangeiro e Estado Federado.

III. o STF processa e julga originariamente os conflitos de atribuições entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente a afirmativa III estiver correta.

d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários:

Letra A – Correto. Quando houver “conflitos federativos”, o STF deve ser o responsável pelo julgamentos (CF, art. 102, I, f).

Letra B – Correto. Lembrando que, em se tratando de litígios com estados estrangeiros ou organismos internacionais:

• Se o litígio for com a União, Estado, o DF ou Território - Julgado pelo STF

• Se o litígio for com Municípios ou pessoas residentes no país - Julgado pelos Juízes Federais, cabendo recurso ordinário ao STJ.

Letra C – Errado. Conflito de “atribuições” é julgado pelo STJ. Lembre-se:

• Quando falar em conflito de "competência" = conflito entre órgãos do Judiciário:

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� Se envolver tribunais superiores - Competente é o STF.

� Se envolver tribunais de segundo grau - Competente é o STF.

• Quando falar em conflitos de "atribuições" = conflito entre autoridades administrativas X autoridade judiciárias de entes diversos. Neste caso, o competente é o STJ.

Gabarito: Letra D.

Competências do STF - Extradição e sentenças estrangeiras:

• O STF será o responsável por processar e julgar a extradição solicitada por Estado estrangeiro.

O STF só tem legitimidade em se tratando da extradição passiva, aquela pedida por estado estrangeiro, já que a extradição ativa deve ser requisitada diretamente pelo Chefe de Estado.

• homologação de sentenças estrangeira e o exequatur às cartas rogatórias.

A Competência que o STF possuía para homologar, e assim fazer valer no Brasil, as sentenças proferidas por autoridades estrangeiras, e conceder o "exequatur" (cumpra-se) às cartas rogatórias (documentos estrangeiros que pedem a execução de algo à Justiça Brasileira) passou ao STJ com a EC 45/04.

É pacífico no STF o entendimento no sentido de que as normas constitucionais que alteram competência de Tribunais possuem eficácia imediata, devendo ser aplicado, de pronto, o dispositivo que promova esta alteração. Assim, quando a EC 45/04, por exemplo, retirou do STF a competência para conceder o exequatur às cartas rogatórias, e a transferiu ao STJ, este dispositivo deveria ser aplicado tão logo entrasse em vigor a referida emenda. Assumiria assim o STJ a competência para o feito, inclusive sobre aquelas que já estariam sendo julgadas no STF que ficariam prejudicadas por incompetência superveniente, se tornando insubsistentes os votos já proferidos.

119. (FCC/Analista-MPE-SE/2009) Compete ao Supremo Tribunal Federal, conforme expressa previsão constitucional, processar e julgar, originariamente, a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

Comentários:

Com a EC 45/04, tais competências, que antes eram do Supremo, passaram ao STJ.

Gabarito: Errado.

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120. (FCC/Analista - TRT-AL/2008) Dentre as principais inovações trazidas pela Emenda Constitucional nº 45 pode-se afirmar que a competência para apreciar os pedidos de homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias passou do Superior Tribunal de Justiça para o Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

Foi o contrário. Com a EC 45/04, tais competências, que antes eram do Supremo, passaram ao STJ.

Gabarito: Errado.

121. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, a extradição solicitada por Estado estrangeiro.

Comentários:

Trata-se de competência do STF, de acordo com a Constituição, art. 102, I, g.

Gabarito: Errado.

122. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) As normas constitucionais que alteram a competência de tribunais possuem, de acordo com o entendimento do STF, eficácia imediata, devendo ser aplicado, de pronto, o dispositivo que promova a alteração.

Comentários:

É pacífico no STF o entendimento no sentido de que as normas constitucionais que alteram competência de Tribunais possuem eficácia imediata, devendo ser aplicado, de pronto, o dispositivo que promova esta alteração. Assim, quando a EC 45/04, por exemplo, retirou do STF a competência para conceder o exequatur às cartas rogatórias, e a transferiu ao STJ, este dispositivo deveria ser aplicado tão logo entrasse em vigor a referida emenda. Assumiria assim o STJ a competência para o feito, inclusive sobre aquelas que já estariam sendo julgadas no STF que ficariam prejudicadas por incompetência superveniente, se tornando insubsistentes os votos já proferidos.

Gabarito: Correto.

123. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Compete ao STJ proceder à homologação de sentença estrangeira.

Comentários:

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Tal competência, que antes era do STF, passou com a EC 45 ao STJ, juntamente com a competência para conceder o exequatur às cartas rogatórias.

Gabarito: Correto.

124. (CESPE/OAB-SP exame nº 136/2008) A homologação de sentenças estrangeiras é de competência da justiça federal do local onde tem domicílio o interessado.

Comentários:

Com a edição da EC 45/04, a competência para homologar sentenças estrangeiras, que antes era do STF, passou ao STJ. Cabe a justiça federal da localidade, apenas fazer cumprir a sentença.

Gabarito: Errado.

125. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar originalmente a extradição solicitada por estado estrangeiro.

Comentários:

Esta competência ainda permanece no STF (CF, art. 102, I, g).

Gabarito: Errado.

126. (CESPE/AJAA-STF/2008) Os pedidos de extradição formulados por Estado estrangeiro devem ser julgados pelo STJ.

Comentários:

Esta competência ainda permanece no STF (CF, art. 102, I, g).

Gabarito: Errado.

127. (CESPE/Técnico - TCE-TO/2008) Compete ao Supremo Tribunal Federal (STF) julgar originariamente a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

Comentários:

Essa competência passou ao STJ com a EC 45/04.

Gabarito: Errado.

128. (ESAF/ANA/2009) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe, entre outras funções, processar e julgar, originariamente a homologação de

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sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

Comentários:

Com a EC 45/04 a competência do STF para homologar sentenças estrangeiras e conceder o exequatur (cumpra-se) às cartas rogatórias passou para o STJ (CF, art. 105, I, i).

Gabarito: Errado.

129. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/2010) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, não lhe cabendo processar e julgar, originariamente:

a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal.

b) o Presidente da República, nas infrações penais comuns.

c) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território.

d) a extradição solicitada por Estado estrangeiro.

e) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

Comentários:

Letra A – Errado. Cabe ao Supremo julgar a ADI de ato normativo federal, bem como o estadual também (CF, art. 102, I, a).

Letra B – Errado. Cabe ao Supremo julgar o Presidente da República nas infrações penais comuns (CF, art. 102, I, b).

Letra C – Errado. É uma competência do STF (CF, art. 102, I, e).

Letra D - Errado. É uma competência do STF (CF, art. 102, I, g).

Letra E – Correto. Isso não cabe mais ao STF, já que, com a EC 45/04 essa competência passou ao STJ.

Gabarito: Letra E.

Competências do STF - Decisões dos julgamentos:

Em relação as decisões proferidas a Constituição estabelece ainda como competência originária do STF:

• a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais;

• a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;

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Esta é uma disposição importantíssima, veja que diferentemente do que ocorre nas ações transitadas em primeira instância, onde a ação rescisória do julgado será ajuizada no tribunal de 2º grau (TJ ou TRF dependendo da competência), nas ações decididas por tribunais, as ações rescisórias são julgadas pelos próprios tribunais. Assim, cada tribunal é responsável originariamente por julgar as revisões criminais e as ações rescisórias de seus próprios julgados, sendo esta disposição esta transcrita na Constituição também para o STJ e TRF.

• Em relação as ADI e ADC, a Constituição estabelece que as decisões definitivas de mérito, proferidas nessas ações, produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

Observe que estes efeitos ocorrem somente para as decisões de mérito, ou seja, aquelas tomadas com efetiva análise do objeto da demanda. Caso o Supremo tenha dado, por exemplo, improcedência na ADI por falta de algum requisito processual, a decisão não seria de mérito, pois, não chegou a se analisar o objeto, desta forma, não ocorreria a produção destes efeitos.

Como vimos, percebe-se também que o efeito vinculante, ou seja, o efeito de fazer com que a decisão se torne de observância obrigatória, não se estenderá ao Poder Legislativo em sua função típica, e também não vinculará o próprio STF.

• A reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;

Sempre que uma decisão do STF que possua caráter vinculante, ou seja, for de observância obrigatória a todos os demais órgãos do Poder Judiciário e da administração pública, não for atendida, caberá a qualquer pessoa que sinta-se lesada pelo não cumprimento da decisão proceder à reclamação a este tribunal, de forma a preservar sua competência e autoridade de suas decisões.

STF – Súmula nº 734 → Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do STF.

130. (CESPE/DPE-ES/2009) Conforme entendimento do STF, cabe reclamação da decisão que conceder ou negar a liminar proferida em ação direta de inconstitucionalidade.

Comentários:

Não cabe reclamação contra a concessão da liminar. Caberá reclamação da decisão que contrariar a liminar, já que esta, embora provisória, possui força vinculante.

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Gabarito: Errado.

131. (CESPE/DPE-ES/2009) Caso um cidadão esteja litigando contra o estado do Espírito Santo e o juiz de direito não tenha aplicado, no julgamento dessa causa, o entendimento manifestado pelo plenário do STF em recurso extraordinário interposto em outro processo, não caberá reclamação ao STF contra a decisão do juiz de direito.

Comentários:

As decisões em recurso extraordinário não possuem efeito vinculante, diferentemente do que ocorre nas decisões de mérito proferidas nas ações de constitucionalidade (ADI, ADC e ADPF).

Gabarito: Correto.

132. (ESAF/PGFN/2007) Cabe reclamação no Supremo Tribunal Federal em face de qualquer ato judicial que contrarie decisões proferidas em ações diretas de inconstitucionalidade, as quais possuem eficácia contra todos e efeito vinculante, em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

Comentários:

O candidato deveria conhecer o conteúdo da súmula 734 do STF: Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do STF. Não podendo então se falar em "qualquer".

Gabarito: Errado.

133. (ESAF/PGFN/2007) A reclamação cabível no Supremo Tribunal Federal, a fim de preservar a sua competência ou garantir a autoridade de suas decisões, tem natureza jurídica de medida processual de caráter excepcional, a ser manejada pelos mesmos legitimados para a propositura de ação direta de inconstitucionalidade.

Comentários:

Caberá a qualquer cidadão proceder à reclamação ao STF, de forma a preservar sua competência e autoridade de suas decisões.

Gabarito: Errado.

Competência Recursal do Supremo:

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Como vimos, a competência de um tribunal pode ser originária ou recursal. Na competência recursal do STF encontramos duas espécies de recursos: o ordinário e o extraordinário. Podemos dizer que os recursos ordinários, sejam eles no STF ou no STJ ocorrem quando tem por objeto causas envolvendo coisas ou pessoas (físicas ou jurídicas), ou seja, remédios constitucionais, crimes e etc.. Já o recurso extraordinário do STF, bem como o especial do STJ são recursos “excepcionais”, servem para discutir casos concretos envolvendo atos normativos.

Pulo do Gato:

Caso a questão fale de “recurso ordinário” = sempre deverá envolver coisas ou pessoas (físicas ou jurídicas) – tais como remédios constitucionais, crimes ou demais conflitos.

Caso a questão fale de “recurso extraordinário” (sempre ao STF) ou “recurso especial” (STJ) = ela deverá falar em leis ou atos normativos.

Recurso ordinário no STF:

O recurso ordinário é o recurso comum, que não possui alta complexidade de admissão e etc. Ele ocorre em duas hipóteses apenas:

1- No caso de remédio constitucional que foi denegado por um Tribunal Superior em única instância (uso da competência originária deste tribunal); e

2- No caso de crime político.

Veja que somente quando o remédio é denegado é que cabe recurso. Se o remédio for deferido, não há o que se falar em recurso. E também é importante observar que a decisão do Tribunal Superior não pode ter sido dada já em um recurso, deverá ter sido uma decisão em única instância, não se podendo fazer o "recurso do recurso".

Sobre o crime político, temos que ele deve ser julgado pelos juízes federais (CF, art. 109, IV), em caso de recurso contra a decisão proferida no juízo federal, o julgamento será feito no STF, por meio de recurso ordinário.

134. (FCC/Técnico - TRT-SP/2008) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, processar e julgar, originariamente, os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória.

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Comentários:

A questão possui 2 erros. O primeiro erro se refere ao fato de que se trata de uma competência recursal e não uma competência originária. O segundo erro é pelo fato de que quando o remédio constitucional é denegado por tribunais superiores, o competente para o julgamento será o STF. Porém, quando o remédio constitucional é denegado por tribunais de segundo grau (conforme disposto no enunciado), o competente para o julgamento será o STJ.

Gabarito: Errado.

135. (FCC/Analista-MPE-SE/2009) Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar, em recurso ordinário, as causas em que forem parte Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no país.

Comentários:

O STF só julga o litígio envolvendo entidade internacional se o conflito tiver no outro polo a União, os Estados ou Territórios (CF, art. 102, I, e). Em se tratando de Municípios ou pessoas, a competência será do Juiz Federal, cabendo recurso ordinário ao STJ (CF, art. 109, II c/c 105, II, e). Além disso, só há 2 hipóteses de recurso ordinário no STF:

1- No caso de remédio constitucional que foi denegado por um Tribunal Superior em única instância (uso da competência originária deste tribunal); e

2- No caso de crime político.

Gabarito: Errado.

136. (FCC/Técnico - TRT-SP/2008) Compete ao Supremo Tribunal Federal, processar e julgar os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão.

Comentários:

No caso de o remédio constitucional ser denegado por tribunais superiores, o competente para o julgamento será o STF. Quando o remédio constitucional é denegado por tribunais de segundo grau (conforme disposto no enunciado), o competente para o julgamento será o STJ.

Gabarito: Errado.

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Recurso extraordinário no STF:

O recurso extraordinário, como o próprio nome revela, não é um recurso comum, é excepcional. A sua impetração é mais complexa, neste caso, segundo o art. 102, §3º, o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, e o tribunal poderá recusá-lo caso haja manifestação de dois terços de seus membros.

Aqui estamos falando de alguém recorrendo da decisão proferida por qualquer tribunal, não precisa ser Tribunal Superior como no recurso ordinário, inclusive, o principal tribunal recorrido são os tribunais de justiça estaduais. A decisão recorrida também não precisa ser de única instância, pode ser de única ou última instância. O que importa na verdade é que o recurso tenha os objetos elencados na Constituição, ou seja, a decisão recorrida deve ter:

a) contrariado dispositivo da Constituição;

b) declarado a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

c) julgado válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição.

d) julgado válida lei local contestada em face de lei federal.

As três primeiras alíneas mostram o supremo como guardião da Constituição Federal.

A alínea "d", no entanto, foi inserida pela EC 45/04, antes dela, esta competência pertencia ao STJ, mediante recurso especial, assim a redação do art. 105, III, b dizia ser o STJ competente para decidir o recurso da decisão que julgasse válida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal.

A partir da EC 45, passou-se a entender que no conflito "lei fedeal X lei local" estaria ocorrendo um conflito federativo, pois estavam se chocando leis de ordenamentos jurídicos autônomos, desta forma, caberia então ao STF decidir a controvérsia, continuando no âmbito do STJ apenas o conflito "ato de governo local X lei federal".

Assim, quando falarmos de recursos envolvendo conflitos com a lei federal, temos:

• Conflito "ato" local X Lei Federal = R. Esp. no STJ.

• Conflito "lei" local x Lei Federal = Conflito federativo = R.Ex no Supremo.

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137. (FCC/AJAJ - TRE-AM/2010) No tocante ao Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que lhe compete processar e julgar, originariamente:

a) as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição.

b) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão.

c) as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida contrariar dispositivo da Constituição Federal.

d) as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal.

e) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados.

Comentários:

Questão típica de concurso. O segredo desta questão está no enunciado - palavra "originariamente".

A competência do tribunal, como vimos, pode ser de 2 tipos:

Originária - quando ele é o primeiro a conhecer da causa.

Recursal - quando ele conhece da causa de forma derivada, advinda de outro órgão.

Letra A - Errado. Sempre que decisões estiverem versando sobre "afrontas à Constituição", caberá R.Ex ao Supremo (CF, art. 102, III, "a" e "c"). Assim, trata-se de competência do STF, porém, recursal e não originária.

Letra B - Errado. Mais uma vez, trata-se de competência do STF, porém, que será exercida através de recurso ordinário (CF, art. 102, II, a).

Letra C - Errado. Mais uma vez, trata-se decisões emanadas por outros órgãos com "afronta à Constituição". Desta forma, caberá R.Ex ao Supremo (CF, art. 102, III, "a" e "c"). Assim, trata-se de competência do STF, porém, recursal e não originária.

Letra D - Errado. Mais um caso de R. Ex. agora para que o supremo julgue a manutenção do ordenamento federal (CF, art. 102, III, "b")

Letra E - Correto. Esta é uma competência que o supremo exercerá diretamente, sem receber o feito de nenhum outro órgão. Trata-se do teor da Constituição Federal em seu art. 102, I, "n".

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Gabarito: Letra E

138. (FCC/TJAA-TRT-SP/2008) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originariamente,

a) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal.

b) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta.

c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for Governador de Estado, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

d) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória.

e) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão.

Comentários:

Letra A – Errado. Em se tratando de remédios constitucionais envolvendo Ministros de Estado e Comandantes de Força, temos a seguinte regra:

• Se eles forem pacientes (sofrendo a coação) – julgamento no STF

• Se eles forem coatores (o remédio for contra seus atos) – Julgamento no STJ.

Como a questão fala "contra ato do Ministro", ele foi coator, logo será o STJ e não o STF.

Letra B - Correto. Sempre que falar em conflito federativo, o competente para resolver será o STF.

Letra C - Errado. Ministro coator = STJ!

Letra D - Errado.

Recurso contra remédio constitucional denegado por Tribunais de 2º grau = STJ.

Recurso contra remédio constitucional denegado por Tribunais Superiores = STF.

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Letra E - Errado. Idem à letra D.

Gabarito: Letra B.

139. (FCC/TJAA-TRT 4/2010) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe julgar em recurso ordinário

a) a extradição solicitada por Estado estrangeiro.

b) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado e o Distrito Federal.

c) o crime político.

d) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade.

e) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público.

Comentários:

Todas as assertivas trazem matérias cuja competência de julgamento será do STF, porém, as letras a, b, d, e trazem competências "originárias".

A única assertiva que traz uma competência recursal ordinária é a letra "C" - crime político.

A competência recursal ordinária é fácil de decorar, pois são apenas 2 casos:

1- Remédio constitucional denegado por um T. Superior em única;

2- Crime político.

Gabarito: letra C.

140. (FCC/Analista-MPE-SE/2009) Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar, mediante recurso especial, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

Comentários:

Não existe recurso especial ao Supremo. Recurso especial se faz ao STJ, ao Supremo se faz recurso extraordinário. O Caso em tela, lei local em conflito com lei federal, seria julgado em recurso extraordinário pelo Supremo, já que se trata de um conflito federativo (ordenamentos diferentes). Não confunda com o conflito entre lei federal e "ato de governo local", neste caso, quando se tratar de "ato local", e não de "lei local", o julgamento será do STJ.

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Gabarito: Errado.

141. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) É competência do Supremo Tribunal Federal rever, mediante recurso extraordinário, decisões de única ou última instância que julguem válida lei local contestada em face de lei federal.

Comentários:

O caso onde lei local esteja em conflito com lei federal, é julgado em recurso extraordinário pelo Supremo, já que se trata de um conflito federativo (ordenamentos diferentes). Não confunda com o conflito entre lei federal e "ato de governo local", neste caso, quando se tratar de "ato local", e não de "lei local", o julgamento será do STJ.

Gabarito: Correto.

142. (CESPE/AJAA-TRE-BA/2010) Compete aos juízes federais processar e julgar os crimes políticos e compete ao Supremo Tribunal Federal julgar o recurso ordinário contra as sentenças advindas do julgamento desses crimes.

Comentários:

Segundo a Constituição em seu art. 109, IV, compete aos juízes federais processar e julgar os crimes políticos. A Constituição elenca em seu art. 102, II, a competência para que o STF julgue em recurso ordinário tais crimes.

Gabarito: Correto.

143. (CESPE/FINEP/2009) Compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais dos estados, do Distrito Federal e territórios, quando a decisão recorrida contrariar tratado ou lei federal.

Comentários:

Recurso extraordinário é recurso privativo do STF, o STJ possui como recurso privativo o recurso especial, e não o recurso extraordinário.

Gabarito: Errado.

144. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O acórdão do tribunal de justiça que defere pedido de intervenção estadual em município desafia a interposição de recurso extraordinário ao STF.

Comentários:

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A interposição de recurso extraordinário ao STF só é admitida nos casos previstos na Constituição em seu art. 102, III.

Gabarito: Errado.

145. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Para fins de admissibilidade do recurso extraordinário e do especial, o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais e infraconstitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.

Comentários:

A repercussão geral é requisito apenas para o recurso extraordinário, não para o especial.

Gabarito: Errado.

146. (CESPE/PGE-AL/2008) Compete ao STJ julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais dos estados, do DF e territórios, quando a decisão recorrida julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

Comentários:

Após a EC 45/04, passou-se a entender que o conflito "lei local x lei federal" é caso de conflito federativo, devendo, assim, ser julgado perante o STF. Permanece no âmbito do STJ, então, somente a competência para os casos de "ato de governo local x lei federal".

Gabarito: Errado.

147. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar, em recurso ordinário, os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Superiores.

Comentários:

Somente no caso de terem denegado a decisão. Segundo o art. 102, II, “a”.

Gabarito: Errado.

148. (ESAF/CGU/2006) Se o recorrente, no recurso extraordinário, não demonstrar, nos termos da lei, a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, o recurso poderá não ser admitido, liminarmente, pelo Relator designado para o

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processo. Comentários:

Para não admitir o Recurso Extraordinário precisará haver manifestação de 2/3 dos membros do STF (CF, art.102 §3º).

Gabarito: Errado.

149. (ESAF/AFRF/2005) Caberá ao Supremo Tribunal Federal julgar, mediante recurso extraordinário, decisão de Tribunal de Justiça que considerar válida lei estadual contestada em face da Constituição Federal ou contestada em face de lei federal.

Comentários:

É o disposto no art. 102, III, c e d.

Gabarito: Correto.

150. (FGV/Advogado-BADESC/2010) No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.

Comentários:

Por ser extraordinário, ele não é um recurso comum, é excepcional, somente pode ocorrer em casos relevantes e taxativos na Constituição, assim, segundo o art. 102, §3º da Constituição, o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, e o tribunal poderá recusá-lo caso haja manifestação de dois terços de seus membros.

Gabarito: Correto.

151. (CESGRANRIO/Advogado Jr. - Petrobrás/2010) É da competência do Supremo Tribunal Federal, conforme definido na Constituição em vigor, julgar,

a) originariamente, as ações contra o Conselho Nacional de Justiça.

b) originariamente, nos crimes comuns, os Governadores dos Estados.

c) originariamente, os mandados de segurança contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

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d) em recurso ordinário, os habeas-corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal.

e) em recurso ordinário, as causas em que forem partes Estado estrangeiro, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.

Comentários:

Letra A – Correto. O CNJ é um órgão de controle da atividade administrativa do Judiciário. O único órgão que está “acima” das decisões do CNJ é o STF, assim, cabe ao STF julgar as ações contra o CNJ (bem como as ações contra o CNMP – Conselho Nacional do Ministério Público) – CF, art. 102, I, r.

Letra B – Errado. Quem julga os governadores é o STJ.

Letra C – Errado. Em se tratando de remédios constitucionais envolvendo Ministros de Estado e Comandantes de Força, temos a seguinte regra:

• Se eles forem pacientes (sofrendo a coação) – julgamento no STF

• Se eles forem coatores (o remédio for contra seus atos) – Julgamento no STJ.

Letra D – Errado. Só existe 2 casos de recurso ordinário no STF:

1- Remédio constitucional denegado por um T. Superior em única;

2- Crime político.

Letra E – Errado. Como foi dito, o recurso ordinário no STF só existe em 2 casos:

1- Remédio constitucional denegado por um T. Superior em única;

2- Crime político.

Gabarito: Letra A.

Questões gerais sobre o STF:

152. (FCC/AJAA – TRF 1ª/2011) É certo que o Supremo Tribunal Federal

a) compõe-se de Ministros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria relativa do Senado Federal.

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b) compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

c) julga, originariamente, as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público.

d) julga, em recurso ordinário, os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais.

e) julga, originariamente, os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado.

Comentários:

Letra A – Errado. A escolha da aprovação se faz por maioria absoluta (CF, art. 101) e não relativa.

Letra B – Errado. Todos os cargos do alto escalão dos poderes (PGR, Senadores, Presidente da República, Ministros do STF e Tribunais Superiores... – exceção: Deputado) exigem que o ocupante tenha 35 anos de idade mínima. 35 anos é a “idade da sabedoria” para nossa Constituição.

Letra C – Correto. O CNJ e CNMP são órgãos cujos atos estão sujeitos ao STF, por força do art. 102, I, r.

Letra D – Errado. TRF é tribunal de segundo grau. O recurso dos remédios constitucionais denegados por ele será feito ao STJ. O STF julgaria no caso de recursos advindos de tribunais superiores.

Letra E - Errado. Em se tratando de remédios constitucionais envolvendo Ministros de Estado e Comandantes de Força, temos a seguinte regra:

• Se eles forem pacientes (sofrendo a coação) – julgamento no STF

• Se eles forem coatores (o remédio for contra seus atos) – Julgamento no STJ.

Gabarito: Letra C.

153. (FCC/TJAA-TRE-AP/2011) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originariamente,

a) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade.

b) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal.

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c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

d) os habeas corpus quando o coator for Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

e) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União.

Comentários:

Letra A – Correto. Cabe ao STF julgar o pedido das ações de constitucionalidade (ADI – Ação Direta de Inconstitucionalidade, ADC – Ação Declaratória de Constitucionalidade e ADPF – Arguição de descumprimento de preceito fundamental). Como é da competência do STF julgar tais ações, obviamente também caberá ao mesmo órgão o julgamento dos pedidos cautelares destas ações.

Letra B – Errado. O STF julga somente os membros da alta cúpula dos Poderes da União (Presidente, Parlamentares, Ministros do Próprio STF, PGR e etc...).

Letra C – Errado. Em se tratando de remédios constitucionais envolvendo Ministros de Estado e Comandantes de Força, temos a seguinte regra:

• Se eles forem pacientes (sofrendo a coação) – julgamento no STF

• Se eles forem coatores (o remédio for contra seus atos) – Julgamento no STJ.

Letra D – Errado. O STF só julgaria se eles estivessem sofrendo a coação... Como eles são os próprios coatores, não caberá ao STF.

Letra E – Errado. Não confunda o conflito de "competência" que se dá entre os órgãos do Judiciário, com o conflito de "atribuições" que se dá entre as "autoridades" (judiciárias ou administrativas). Esse conflito de atribuições é de competência do STJ, e não do STF, ainda que envolva diversos entes da federação. Assim, temos:

• Quando falar em conflito de "competência" = conflito entre órgãos do Judiciário:

� Se envolver tribunais superiores - Competente é o STF.

� Se envolver tribunais de segundo grau - Competente é o STJ.

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• Quando falar em conflitos de "atribuições" = conflito entre autoridades administrativas X autoridade judiciárias de entes diversos. Neste caso, o competente é o STJ.

Gabarito: Letra A.

Súmulas vinculantes

A súmula vinculante foi mais uma novidade trazida pela EC 45/04.

Agora, o STF, embora continue tendo essa opção, não precisa mais pedir que o Senado suspenda a norma que ele declarou inconstitucional no caso concreto para que os efeitos sejam alcançados para todos. Assim, basta, após reiteradas decisões, editar uma súmula vinculante.

O nome vinculante é devido ao fato de se tornar obrigatória (vincular) para os demais órgãos do Poder Judiciário e da Administração Pública Federal, Estadual e Municipal, que não poderão mais fazer nada que contrarie o disposto na súmula. Caso a súmula não seja cumprida por algum destes órgãos, qualquer pessoa lesada poderá usar a "reclamação" perante o Supremo.

Assim dispõe o art. 103-A da CF:

O STF poderá, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula (também poderá revê-la ou cancelá-la), de ofício ou por provocação, mediante decisão de 2/3 dos seus membros;

Observe os requisitos:

- Precisa de reiteradas decisões sobre matéria constitucional;

- Pode ser de ofício ou por provocação;

- Precisa de decisão de 2/3 dos seus membros.

Efeitos:

Art. 103-A (Continuação do caput) A partir de sua publicação na imprensa oficial terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

Estes efeitos alcançados pela súmula vinculante, são os mesmos efeitos da decisão proferida em uma ADI ou ADC, salvo no que toca a sua "retroatividade". Nas ADI e ADC temos que a regra é serem retroativas, já a súmula vinculante tem-se, em regra, uma irretroatividade, fazendo-se valer a partir da data de publicação na imprensa oficial.

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Lei 11.417/06 � Essa publicação se fará no prazo de 10 dias após a sessão em que editar, rever ou cancelar enunciado da súmula em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União.

Objetivo do enunciado da súmula vinculante:

§ 1º - A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.

Legitimação ativa:

§ 2º - Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade.

Segundo a Lei 11.417/06, são legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento:

� Todos os legitimados da ADI (vide art. 103 da CF)*;

� O Defensor Público-Geral da União;

� Qualquer Tribunal (T. Sup., TJ, TRF, TRT, TRE e os Tribunais Militares).

� O Município � mas apenas incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, o que não autoriza a suspensão do processo.

*Segundo o art. 103, são legitimados para propor ADI (e também ADC e ADPF):

- O Presidente da República;

- O PGR;

- O CONSELHO FEDERAL da OAB;

- Partido político com representação no CN;

- A Mesa de qualquer das Casas Legislativas;

- A Mesa de Assembléia Legislativa Estadual ou Câmara Legislativa do DF;

- O Governador de Estado/DF;

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- Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

Reclamação:

§ 3º - Caberá reclamação ao STF do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar. Se o STF julgá-la procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.

Lei 11.417/06 � Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias administrativas.

Lembrando que aqui também vale a súmula do STF 734: não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do STF.

154. (FCC/ACE-TCM-CE/2010) No caso de órgão da administração direta estadual praticar ato que contrarie enunciado de súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal,

a) caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, após esgotamento das vias administrativas.

b) o Supremo Tribunal Federal proferirá decisão, em sede de reclamação, que substituirá o ato administrativo impugnado.

c) nada há a ser feito, uma vez que somente as instâncias inferiores do Judiciário se submetem à súmula vinculante, e não a Administração.

d) os legitimados para a propositura de revisão ou cancelamento da súmula estarão habilitados a impugnar o ato perante o órgão da administração estadual.

e) poderá o Supremo Tribunal Federal, pelo voto de dois terços de seus Ministros, restringir a eficácia da súmula vinculante, mediante requerimento da autoridade dirigente do órgão estadual.

Comentários:

Contra ato que ofenda o disposto em súmula vinculante, a pessoa que for atingida pelo ato poderá fazer uso da reclamação:

CF, art. 103-A, § 3º - Caberá reclamação ao STF do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar. Se o STF julgá-la procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada,

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e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.

Mas para que a questão fosse acertada, teria que ter um conhecimento extra: a lei 11417/06 que regulamenta as súmulas vinculantes:

Lei 11.417/06 � Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias administrativas.

Gabarito: Letra A

155. (FCC/Técnico-MPE-SE/2009) A súmula vinculante não abrangerá matéria constitucional, a qual está subordinada à contínua interpretação do Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

A súmula vinculante é editada justamente para tratar de matéria constitucional. Edita-se tal súmula para fixar o entendimento do Supremo, de forma obrigatória aos outros órgãos, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional (CF, art. 103-A).

Gabarito: Errado.

156. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) É competência do Supremo Tribunal Federal expedir súmulas contendo orientação, em matéria constitucional, sobre a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, vinculativas de todos os Poderes e níveis federativos.

Comentários:

A abrangência da obrigatoriedade será a mesma das ações diretas: vinculam toda a administração pública, de todas as esferas, e os demais órgãos do Poder Judiciário, nos termos da Constituição, art. 103-A. Ou seja, não vincula o Poder Legislativo, no que tange à sua atividade fim.

Gabarito: Errado.

157. (FCC/Técnico-MPE-SE/2009) A súmula vinculante poderá ser elaborada pelos Tribunais Superiores para uniformizar sua jurisprudência, a fim de evitar grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.

Comentários:

A Súmula Vinculante é de uso privativo do STF (CF, art. 103-A).

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Gabarito: Errado.

158. (FCC/Técnico-MPE-SE/2009) A súmula vinculante poderá ser cancelada pelos Tribunais Superiores, mediante solicitação do Advogado-Geral da União.

Comentários:

Somente o STF pode proceder à edição, revisão ou ao cancelamento da súmula vinculante (CF, art. 103-A).

Gabarito: Errado.

159. (FCC/Técnico-MPE-SE/2009) A súmula vinculante não poderá ser aprovada de ofício pelo Supremo Tribunal Federal, em decorrência do princípio da inércia do Poder Judiciário.

Comentários:

A súmula vinculante, nos termos do art. 103-A da Constituição, pode ser aprovada de ofício (iniciativa própria) ou mediante provocação.

Gabarito: Errado.

160. (FCC/Técnico-MPE-SE/2009) A súmula vinculante terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, a partir de sua publicação na imprensa oficial.

Comentários:

A partir de sua publicação na imprensa oficial, a súmula vinculante passa a ser de observância obrigatória, e a abrangência desta obrigatoriedade será a mesma das ações diretas: viculam toda a administração pública, de todas as esferas, e os demais órgãos do Poder Judiciário, nos termos da Constituição, art. 103-A.

Gabarito: Correto.

161. (FCC/Procurador - Recife/2008) A proposta de edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante sobre determinada matéria autoriza a suspensão dos processos judiciais em que se discuta a mesma questão.

Comentários:

Isso é expressamente vedado pela lei 11417/06 que dispõe em seu art. 6º que a proposta de edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante não autoriza a suspensão dos processos em que se discuta a mesma questão.

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Gabarito: Errado.

162. (FCC/Procurador - Recife/2008) O relator poderá admitir a manifestação de terceiros na questão sobre a qual versar o enunciado de súmula vinculante, cabendo contra essa decisão recurso para o Plenário do Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

Não caberá recurso ao plenário, já que o art. 3º §2º da lei 11417/06 dispõe que "no procedimento de edição, revisão ou cancelamento de enunciado da súmula vinculante, o relator poderá admitir, por decisão irrecorrível, a manifestação de terceiros na questão, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal".

Gabarito: Errado.

163. (FCC/Procurador - Recife/2008) O Advogado Geral da União, nas propostas que não houver formulado, manifestar-se-á previamente à edição, revisão ou ao cancelamento de enunciado de súmula vinculante.

Comentários:

Esta é uma disposição que se aplica ao PGR e não ao AGU, de acordo com o art. 1º §2º da lei 11417/06.

Gabarito: Errado.

164. (FCC/Procurador - Recife/2008) A revogação ou modificação da lei em que se fundou a edição de súmula vinculante acarreta seu cancelamento automático, independentemente de revisão ou cancelamento pelo Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

Não faz sentido a correção do enunciado, já que a revogação ou modificação de lei é um ato de efeitos não retroativos e a súmula vinculante poderá perfeitamente continuar em vigor regulando os efeitos concretos porventura surgidos antes da modificação ou revogação da lei.

Gabarito: Errado.

165. (FCC/Procurador - Recife/2008) o Município poderá propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, tanto a edição, como a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante.

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Comentários:

A Constituição estabeleceu em seu art. 103-A, § 2º que "sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei", a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade. Embora o Município não possa propor a ADI, a lei 11.417/06 que regulamentou as súmulas vinculantes, elencou o Município entre os legitimados, e assim temos a seguinte relação dos que podem propor a edição, a revisão ou o cancelamento das súmulas vinculantes (segundo a lei 11417/06):

� Todos os legitimados da ADIN;

� O Defensor Público-Geral da União;

� Qualquer Tribunal (T. Sup., TJ ‘s, TRF ‘s, TRT ‘s, TRE ‘s e os Tribunais Militares).

� O Município � mas apenas incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, o que não autoriza a suspensão do processo.

Gabarito: Correto.

166. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) A súmula de efeito vinculante tem eficácia imediata, mas o Presidente do Supremo Tribunal Federal poderá decidir que terá eficácia a partir de outro momento, se presentes razões de segurança jurídica.

Comentários:

Quem decide essa "modulação de efeitos" não é o Presidente do Supremo e sim o voto de 2/3 de seus membros, já que a lei 11417/06, em seu art. 4º dispões que a súmula com efeito vinculante tem eficácia imediata, mas o Supremo Tribunal Federal, por decisão de 2/3 (dois terços) dos seus membros, poderá restringir os efeitos vinculantes ou decidir que só tenha eficácia a partir de outro momento, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse público.

Gabarito: Errado.

167. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) A súmula de efeito vinculante dependerá de decisão tomada pela maioria absoluta dos membros do Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária, para ser editada, revista ou cancelada.

Comentários:

O quórum exigido é 2/3 dos membros e não a maioria absoluta (CF, art. 103-A).

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Gabarito: Errado.

168. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) A súmula de efeito vinculante poderá ser editada pelo Supremo Tribunal Federal a partir de proposição de Governador de Estado ou de Mesa de Assembléia Legislativa.

Comentários:

A Constituição estabeleceu em seu art. 103-A que poderão porpor a edição de súmula vinculante (sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei) os mesmos legitimados para propor ADI, o que inclui o Governador de Estado e a Mesa de Assembléia Legislativa (CF, art. 103).

Gabarito: Correto.

169. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) A súmula de efeito vinculante terá seu procedimento de edição, revisão ou cancelamento regido, subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil.

Comentários:

Segundo a lei 11417/06, em seu art. 10, o procedimento de edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula com efeito vinculante obedecerá, subsidiariamente, ao disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, e não o código de processo civil.

Gabarito: Errado.

170. (CESPE/Escrivão - PC-ES/2011) Somente o Supremo Tribunal Federal, de ofício ou mediante provocação, tem competência para a edição, a revisão e o cancelamento de súmula vinculante.

Comentários:

Sim, somente o Supremo tem essa prerrogativa. Os demais tribunais podem até editar súmulas de jurisprudência para expor o seu entendimento sobre alguma matéria. Porém, somente o Supremo é que pode, observando os requisitos constitucionais, dotar as suas súmulas de força vinculante (observância obrigatória) em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública Federal, Estadual e Municipal, que não poderão mais fazer nada que contrarie o disposto na súmula.

Gabarito: Correto.

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171. (CESPE/Analista Ambiental - MMA/2011) Súmula vinculante deve ser aprovada por maioria absoluta dos votos do STF e incidir sobre matéria constitucional que tenha sido objeto de decisões reiteradas desse tribunal.

Comentários:

O quórum exigido para aprovação (bem como para revisão ou cancelamento) da súmula vinculante é 2/3 (8 ministros) e não maioria absoluta (6 ministros).

Gabarito: Errado.

172. (CESPE/Advogado - CEHAP-PB/2009) O enunciado de súmula vinculante editado pelo STF, mediante decisão de dois terços de seus membros, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário, mas não vinculará o próprio STF nem a administração pública.

Comentários:

É correto dizer que não vinculará o próprio STF, porém, vinculará sim a administração pública, seja ela direta ou indireta, de qualquer das esferas de governo, vide art. 103-A CF.

Gabarito: Errado.

173. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O CNJ poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços de seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e às administrações públicas direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder a sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.

Comentários:

A súmula vinculante é de edição privativa do STF (CF, art. 103-A).

Gabarito: Errado.

174. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) A súmula do STF com efeito vinculante pode ser aprovada mediante decisão da maioria absoluta dos seus membros.

Comentários:

A Constituição exige em seu art. 103-A o quórum de 2/3 dos membros.

Gabarito: Errado.

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175. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) A súmula do STF com efeito vinculante não pode ser revista ou cancelada de ofício pelo próprio STF.

Comentários:

A súmula pode ser aprovada, revista ou cancelada, de ofício ou por provocação (CF, art. 103-A).

Gabarito: Errado.

176. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) A súmula do STF com efeito vinculante não é de observância obrigatória para a administração pública estadual e municipal.

Comentários:

A súmula, tal qual as decisões de mérito do controle abstrato, possui efeito vinculante perante os demais órgãos do judiciário e da administração pública das três esferas de governo.

Gabarito: Errado.

177. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) A súmula do STF com efeito vinculante pode ter seu cancelamento provocado por aqueles legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade.

Comentários:

A aprovação, revisão ou cancelamento de enunciado da súmula, pode ser feita por provocação daqueles que a CF elencou no seu art. 102 como legitimados de ADI e ADC e ainda por outras autoridades ou órgãos estabelecidos em lei (CF, art. 103-A, §2º).

Gabarito: Correto.

178. (CESPE/OAB-SP exame nº 136/2008) Contra decisão judicial que tenha contrariado súmula vinculante aplicável a caso concreto cabe reclamação ao CNJ.

Comentários:

A reclamação deve ser dirigida ao STF (CF, art. 103-A, §3º).

Gabarito: Errado.

179. (CESPE/AJAA-STF/2008) A Emenda Constitucional n.º 45/2004 introduziu a súmula vinculante no direito brasileiro. Para ter

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o efeito vinculante, a súmula deve ser aprovada por quorum qualificado de dois terços dos ministros do STF.

Comentários:

O teor do enunciado está em perfeita consonância com o conteúdo do art. 103-A da Constituição.

Gabarito: Correto.

180. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula vinculante aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao STF que, julgando-a procedente, condenará o infrator à pena do crime de desobediência.

Comentários:

Nos termos do art. 103 §3º da Constituição, se o STF julgar a reclamação como procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.

Gabarito: Errado.

181. (ESAF/TCU/2006) Súmula sobre matéria constitucional, aprovada pelo Supremo Tribunal Federal por quorum qualificado, terá efeito vinculante e, nos termos constitucionais, só poderá ser revista ou cancelada em razão de provocação de membro do próprio Tribunal.

Comentários:

Ela pode ser revista e cancelada pelos mesmos legitimados que podem propô-la (CF, art. 103-A).

Gabarito: Errado.

182. (ESAF/AFRF/2005) As súmulas aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal, após a sua publicação na imprensa oficial, terão efeito vinculante para todos os demais Poderes e para os órgãos da administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

Comentários:

Só terão efeito vinculante se for aprovada por 2/3 dos membros do STF (CF, o art. 103-A).

Gabarito: Errado.

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Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

Mas afinal o que é o CNJ?

O CNJ (bem como o Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP) foi um órgão criado pela EC 45/04.

O CNJ tem a natureza jurídica de um órgão administrativo integrante da estrutura do Poder Judiciário. Ele é um órgão que, embora pertença ao Judiciário, não possui funções jurisdicionais (poder de fazer jurisdição, julgar causas...), competindo-lhe, basicamente, controlar a atuação administrativa, financeira e funcional de tal Poder.

Podemos dizer que o CNJ seria órgão de controle externo do Poder Judiciário, pois é um órgão administrativo do Poder Judiciário, que não exerce funções jurisdicionais, mas é responsável por controlar a atividade administrativa e os deveres funcionais dos juízes.

183. (FCC/TJAA-TRT7ª/2009) O controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes compete

a) ao Supremo Tribunal Federal.

b) ao Conselho Nacional de Justiça.

c) aos desembargadores do Tribunal de Justiça.

d) ao Procurador-Geral da República.

e) ao Superior Tribunal de Justiça.

Comentários:

Questão simples, que traz o teor do art. 103-B § 4º - compete ao Conselho Nacional de Justiça o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes(...).

Gabarito: Letra B.

184. (FCC/Técnico-MPE-SE/2009) Foi inovação trazida pela Emenda Constitucional no 45, de 8 de dezembro de 2004 a criação do Conselho Nacional de Justiça.

Comentários:

A EC 45/04 é denominada "reforma do Judiciário", uma das suas inovações foi a criação do Conselho Nacional de Justiça, bem como do Conselho Nacional do Ministério Público

Gabarito: Correto.

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185. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) O Conselho Nacional de Justiça exerce função jurisdicional em todo o território nacional.

Comentários:

A função do CNJ não é jurisdicional e sim administrativa, fiscalizadora e correicional.

Gabarito: Errado.

186. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) O Conselho Nacional de Justiça, órgão administrativo integrante da estrutura do Poder Judiciário, tem natureza jurídica de órgão de controle interno dos demais órgãos e membros do Poder Judiciário.

Comentários:

Erra a questão ao dizer que o CNJ tem natureza jurídica de órgão de controle interno. O CNJ é órgão do Poder Judiciário, despido de poder "jurisdicional". Trata-se de órgão administrativo de controle externo do Poder Judiciário e da atividade da Magistratura. Cabe a ele zelar pelo cumprimento do dever funcional dos juízes. Lembra- se que ao CNJ não compete controlar a ‘função jurisdicional’, não podendo rever nem modificar decisão judicial, apenas questões administrativas.

Gabarito: Errado.

187. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) O Conselho Nacional de Justiça tem seus atos sujeitos a controle apenas no STF.

Comentários:

O único órgão ao qual o CNJ está subposicionado é o STF, até porque o Presidente do CNJ é o Presidente do STF, assim, seria inconveniente ter seu ato controlado pelo STJ, por exemplo.

Gabarito: Correto.

188. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Compete ao CNJ exercer o controle externo da atividade policial.

Comentários:

Esta é uma função do Ministério Público (CF, art. 129, VII).

Gabarito: Errado.

Qual a posição do CNJ perante os demais órgãos do Poder Judiciário?

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O CNJ é um órgão que se submete somente ao STF. Inclusive, o Presidente do CNJ, após a EC 61/09, deve ser obrigatoriamente o Presidente do STF. Antes da EC 61, qualquer dos 11 Ministros do STF poderia ser indicado para compor o CNJ, exercendo a sua Presidência.

Vejamos a esquematização sobre os órgãos do Poder Judiciário:

STF

Juízes de

direito

dos

Estados e

do DF/TF

STM

Juízes

Federais

Juízes do

Trabalho

Juízes e

Juntas

Eleitorais

Juízes

Militares

CNJ

Supremo

Juízes de

1º grau

Tribunais

Superiores

Tribunais

de 2º grau

Órgãos da

justiça federal

Comum

(art.106)

Órgãos da

justiça do

trabalho

(art.111)

Órgãos da

justiça

eleitoral

(art.118)

Órgãos da

justiça

estadual

(art.125)

Tribunais

Militares

TRE TJ TRF TRT

TSE TST STJ

Justiça Comum

Justiça Especial

Órgãos da

justiça

militar

(art.122)

ENFAM

CJF

ENAMAT

CSJT

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E como é a composição do CNJ?

Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 membros com mandato de 2 anos, admitida 1 recondução, sendo:

I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal;

II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal;

III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal;

IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;

V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;

VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;

VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;

VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;

IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;

X - um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República;

XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual;

XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal.

§ 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao Supremo Tribunal Federal.

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Como foi dito, o art. 103-B que passou a prever a existência do CNJ, foi incluído pela EC 45/04. Posteriormente a EC 61/09 alterou a redação para excluir do seu texto a limitação de idade que obrigava ao membro do CNJ ter entre 35 e 66 anos, atualmente não existe mais essa limitação. Após EC 61/09 temos também a previsão de que o Presidente do STF seria o Presidente do CNJ. Antes o STF poderia indicar qualquer um dos seus 11 Ministros para o cargo. Pelo fato de o Presidente do CNJ ser necessariamente o Presidente do STF acabou por se tornar inviável a limitação de idade que existia no caput do artigo, pois nada garantiria que o Presidente do STF tivesse menos de 66 anos.

Veja que o §2º do art. 103-B diz que somente os "demais" membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, não havendo previsão para que este nomeie o Presidente do Conselho que será o Presidente do STF. Desta forma, em concursos estará errada a questão que fale que todos os membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República.

Esquematizando:

� O presidente do STF ��� presidirá também o CNJ

� O STF indica

� O STJ indica

� O TST indica

� O PGR

� O Conselho Federal da OAB indica 2 advogados;

� Cada uma das Casas Legislativas indica 1 cidadão, de notável saber jurídico e reputação ilibada (formando um total de 2 cidadãos);

Observação: Segundo o § 3º, se não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao STF.

1 Desembargador de TJ; 1 Juiz estadual;

1 Ministro do próprio STJ; ��� Função de Ministro-Corregedor 1 Juiz de TRF; 1 Juiz federal;

1 Ministro do próprio TST; 1 Juiz de TRT; 1 Juiz do trabalho;

Indica 1 membro do MPU; Escolhe 1 membro do MPE dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual;

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Perceba que a composição é de fácil memorização se pensarmos que cada tribunal escolherá um de seus pares + um do grau abaixo + um de 2 graus abaixo.

Em relação ao mandato, o CNJ segue a regra constitucional que é o mandato de 2 anos admitida apenas uma única recondução.

189. (FCC/AJAJ-TRT 4º/2011) Com exceção do Presidente e do Vice-Presidente, os demais membros do Conselho Nacional de Justiça serão nomeados pelo

a) Presidente da República, após a escolha ser aprovada pela maioria absoluta do Senado Federal.

b) Ministro da Justiça, mediante prévia aprovação da escolha pela maioria simples do Congresso Nacional.

c) Presidente do Supremo Tribunal Federal, após a escolha ser aprovada pela maioria absoluta da Câmara dos Deputados.

d) Presidente da República, mediante prévia aprovação da escolha pela maioria absoluta do Congresso Nacional.

e) Presidente do Supremo Tribunal Federal, após ter a escolha sido aprovada pela maioria simples do Senado Federal.

Comentários:

Essa questão não pode errar de jeito nenhum! Nomeação de autoridades no Poder Legislativo só o SENADO pode fazer. Só de saber esta regra básica já se exclui as letra b, c e d.

Quando estivermos diante de autoridades de alta relevância – Procurador Geral da República, Ministros dos Tribunais Superiores, Conselheiros do CNJ, Diretores de autarquias importantes como o Banco Central, Ministros do TCU... – a nomeação será precedida de aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

Para ratificar isto, foi disposto no art. 103-B , § 2º: Os demais membros do Conselho (CNJ) serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

Gabarito: Letra A.

190. (FCC/Analista - TRT-AL/2008) Dentre as principais inovações trazidas pela Emenda Constitucional nº 45 pode-se afirmar que se criou o Conselho Nacional de Justiça, composto de treze membros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e seis anos de idade, com mandato de dois anos, admitida uma recondução.

Comentários:

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O CNJ compõe-se de 15 membros e não 13 e, atualmente, após a EC 61/09, não existe mais a limitação de idade.

Gabarito: Errado.

191. (FCC/Advogado - Metro - SP/2008) O Conselho Nacional de Justiça, compõe-se de dezessete membros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade.

Comentários:

O CNJ compõe-se de 15 membros e, atualmente, após a EC 61/09, não existe mais a limitação de idade.

Gabarito: Errado.

192. (FCC/Advogado - Metro - SP/2008) Os membros do Conselho Nacional de Justiça exercerão mandato de dois anos, vedada a recondução.

Comentários:

O CNJ segue a regra de "mandato de dois anos, admitida uma recondução" (CF, art. 103-B).

Gabarito: Errado.

193. (FCC/Advogado - Metro - SP/2008) O Conselho Nacional de Justiça será presidido pelo Ministro do Superior Tribunal de Justiça. Comentários:

Será pelo Presidente do STF (CF, art. 103-B §1º).

Gabarito: Errado.

194. (FCC/Advogado - Metro - SP/2008) Os itegrantes do Conselho Nacional de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha por um terço do Congresso Nacional.

Comentários:

A questão possui 3 erros. O primeiro é que o único órgão do Poder Legislativo que aprova nomeações é o Senado. Desta forma, erra a questão ao dizer que será o Congresso o responsável pela aprovação. Outro erro, é que o voto será da maioria absoluta e não de 1/3 (CF, art. 103-B, §2º). E por último, ainda erra a questão ao não ressalvar desta necessidade de aprovação o Presidente do Conselho, o qual será obrigatoriamente o Presidente do STF, não necessitando da

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nomeação pelo Presidente da República, nem da aprovação do Senado.

Gabarito: Errado.

195. (CESPE/AJ-Taquigrafia-TJES/2011) O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) compõe-se de quinze membros com mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo que, entre eles, haverá necessariamente um desembargador de tribunal de justiça, indicado pelo STF, e dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

Comentários:

Segundo o art. 103-B da Constituição, o Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 membros com mandato de 2 anos, admitida 1 recondução. Da seguinte forma:

� O presidente do STF � presidirá também o CNJ

� O STF indica

� O STJ indica

� O TST indica

� O PGR

� O Conselho Federal da OAB indica 2 advogados;

� Cada uma das Casas Legislativas indica 1 cidadão, de notável saber jurídico e reputação ilibada (formando um total de 2 cidadãos);

Gabarito: Correto.

196. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O CNJ é composto apenas por membros do Poder Judiciário e tem competência, entre outras, para

1 Desembargador de TJ; 1 Juiz estadual;

1 Ministro do próprio STJ; � Função de Ministro-Corregedor 1 Juiz de TRF; 1 Juiz federal;

1 Ministro do próprio TST; 1 Juiz de TRT; 1 Juiz do trabalho;

Indica 1 membro do MPU; Escolhe 1 membro do MPE dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual;

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exercer o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.

Comentários:

Em sua atual formação, após a EC 61/09, além de membros do Judiciário, o CNJ deve ser integrado por 1 membro do MPU, 1 membro de MPE, 2 advogados e 2 cidadãos. Assim, o erro da questão encontra-se logo no seu início ao dizer que o "CNJ é composto apenas por membros do Poder Judiciário".

Gabarito: Errado.

197. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) O CNJ compõe-se integralmente de magistrados.

Comentários:

Em sua atual formação, após a EC 61/09, além de membros do Judiciário, o CNJ deve ser integrado por 1 membro do MPU, 1 membro de MPE, 2 advogados e 2 cidadãos.

Gabarito: Errado.

198. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) O CNJ terá seus membros nomeados pelo presidente do STF, depois de aprovados por maioria absoluta no Senado Federal.

Comentários:

O erro, em princípio, seria o fato de a nomeação ser feita pelo Presidente da República e não pelo Presidente do STF.

Atualmente (após a EC 61/09), ainda que a questão dissesse “Presidente da República”, em vez de “Presidente do STF”, ainda haveria outro erro, pelo fato de que não são todos os membros que possuem esse tipo de nomeação. O art. 103-B, § 1º da Constituição diz que o Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal. E o §2º complementa dizendo que: os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

Gabarito: Errado.

199. (ESAF/ENAP/2006) Os membros do Conselho Nacional de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Congresso Nacional, em sessão conjunta.

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Comentários:

Será pela maioria absoluta do SENADO e não do Congresso. CF art. 103-B §2º. Essa questão é de 2006, após a EC 61 em 2009, não são todos os membros do CNJ que seguem essa regra, já que o Presidente do CNJ será necessariametne o Presidente do STF, não necessitando de nomeação, esta acontecerá para os “demais membros”.

Gabarito: Errado.

Na jurisprudência do STF, os Estados membros não podem criar para a justiça estadual órgão de controle semelhante e simétrico ao CNJ, já que é pacífico na jurisprudência do STF

que os mecanismos de freios e contrapesos devem estar previstos na Constituição da República, não podendo a Constituição Estadual inovar, e a Constituição da República não faz menção aos órgãos de controle da justiça estadual, devendo o CNJ exercer a sua atuação sobre toda a justiça, inclusive a estadual. Ressalvando-se, obviamente, o controle sobre o STF, único órgão que não se sujeita ao CNJ.

Existe uma súmula que é muito cobrada em concursos sobre esse tema:

STF - SÚMULA Nº 649 - É inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros poderes ou entidades.

200. (FCC/Procurador-PGE-RO/2011) A Emenda Constitucional nº 45 institucionalizou o Conselho Nacional de Justiça no âmbito federal. Determinado Estado-membro decide criar órgão semelhante na esfera estadual, por iniciativa do Poder Legislativo local. Quanto à legalidade da medida é correto afirmar:

a) O Estado sempre pôde criar órgão de controle administrativo com membros externos ao Poder Judiciário Estadual com base na autonomia garantida aos membros da federação e no princípio da separação dos Poderes.

b) O Estado não pode criar órgão administrativo de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem outros Poderes ou entidades, por ser inconstitucional diante do princípio da separação dos Poderes e do caráter orgânico unitário da magistratura.

c) Após a edição da Emenda Constitucional nº 45, conhecida como Emenda da Reforma do Poder Judiciário, passou a ser possível a criação de órgão semelhante ao Conselho Nacional de Justiça, no âmbito de seu território.

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d) O ato só será válido após a criação do órgão estadual que deve ser feita por ato do próprio Conselho Nacional de Justiça e ratificada pelo Poder Judiciário local.

e) O Estado poderá criar o órgão por ato exclusivo do Poder Judiciário local. Comentários:

Tal questão se baseia na súmula nº 649 do STF, que dispõe: É inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem re-presentantes de outros poderes ou entidades.

Gabarito: Letra B.

Competências do CNJ:

Mais uma vez ratificamos que o CNJ é um órgão administrativo, sem funções jurisdicionais, sendo um “órgão de controle do Poder Judiciário”. Assim, segundo a CF, art. 103-B §4º, temos:

§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes (...).

Segundo o STF, o CNJ, sob pena de extrapolar suas competências, não pode interferir em atos de conteúdo jurisdicional emanados de quaisquer magistrados ou de Tribunais. Ainda que em análise de deliberações administrativas, se elas estiverem impregnadas de conteúdo jurisdicional não caberá ao CNJ o apreço, já que o órgão não é capaz de interferir no desempenho da função típica do Poder Judiciário5.

Continuando na CF, art. 103-B, §4º: (...) cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:

I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;

II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;

5 STF, MS 28598 AgR-MC/DF, rel. Min. Celso de Mello, 14/10/2010 - Informativo. 604.

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III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;

IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade;

V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano;

VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;

VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa.

201. (CESPE/AJEM-STM/2011) O CNJ é órgão administrativo do Poder Judiciário ao qual compete o controle da atuação administrativa e financeira desse poder, e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, estabelecendo constitucionalmente, porém de forma exemplificativa, suas mais importantes atribuições, que poderão ser acrescidas pelo Estatuto da Magistratura.

Comentários:

O enunciado se baseia no disposto na Constituição, art. 103-B, §4º, quando diz: (...) cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura (...). Desta forma, está correta a assertiva.

Gabarito: Correto.

202. (CESPE/OAB-SP exame nº 136/2008) O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) somente poderá apreciar a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário mediante provocação devidamente fundamentada.

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Comentários:

Ele também pode agir de ofício (CF, art. 103-B §4º, II).

Gabarito: Errado.

203. (CESPE/OAB-SP exame nº 136/2008) O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) poderá apreciar, de ofício, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, mas não poderá desconstituí-los.

Comentários:

Ele também poderá desconstituí-los (CF, art. 103-B §4º, II).

Gabarito: Errado.

204. (CESPE/OAB-SP exame nº 136/2008) Conselho Nacional de Justiça (CNJ)poderá apreciar, de ofício ou mediante provocação, a conveniência e oportunidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário.

Comentários:

Ele irá apreciar estes atos para fins de verificar cumprimento ou não da lei, mas não em para verificar conveniência e oportunidade que faz parte da liberdade administrativa da autoridade.

Gabarito: Errado.

205. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Cabe ao presidente do CNJ receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, até mesmo contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados,sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo, após aprovação da maioria dos conselheiros, promover a ação penal contra os responsáveis.

Comentários:

A Constituição estabelece em seu art. 103-B, III que compete ao CNJ receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa.

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Assim, não é previsto a competência para promover ação penal contra os responsáveis, função esta que caberá ao Ministério Público.

Gabarito: Errado.

206. (CESPE/PGE-AL/2008) Compete ao CNJ o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, além de zelar pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura e pela observância da legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário. Para isso, pode o CNJ expedir atos regulamentares, desconstituir atos administrativos, receber e conhecer de reclamações contra membros do Poder Judiciário e rever os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais.

Comentários:

O examinador buscou o conhecimento sobre o art. 103-B §4º e seus incisos, que refletem o teor do enunciado.

Gabarito: Correto.

207. (CESPE/TJ–SE/2008) O poder de fiscalização do CNJ alcança, além dos magistrados, os serviços auxiliares e até serviços notariais e de registro.

Comentários:

Segundo o art. 103-B, §4º, III, compete ao CNJ conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa.

Gabarito: Correto.

208. (ESAF/CGU/2006) Compete ao Conselho Nacional de Justiça o controle do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade. Comentários:

É o que a Constituição dispõe em seu art. 103-B, §4º caput combinado com o inciso IV.

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Gabarito: Correto.

209. (ESAF/AFT/2006) Compete ao Conselho Nacional de Justiça receber e conhecer das reclamações contra órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunai.

Comentários:

É exatamente o disposto no art. 103-B, §4º, III.

Gabarito: Correto.

210. (ESAF/Advogado-IRB/2006) O Conselho Nacional de Justiça não pode, de ofício, rever os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano. Comentários:

Ele possui esta competência, atribuída pelo art. 103-B, §4º, V da Consituição.

Gabarito: Errado.

211. (ESAF/AFRF/2005) Não pode o Conselho Nacional de Justiça, quando da apreciação da legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, desconstituir os atos considerados irregulares, cabendo-lhe, apenas, fixar prazo para que sejam adotadas as providências necessárias para sua legalização.

Comentários:

Ele poderá fazer o disposto no enunciado, de acordo com a Constituição em seu art. 103-B, §4º, II.

Gabarito: Errado.

Ministro–Corregedor

§ 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de Ministro-Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes:

I - receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aos serviços judiciários;

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II - exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral;

III - requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios.

Oficiarão junto ao Conselho

§ 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

212. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Junto ao Conselho Nacional de Justiça oficiará o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

Comentários:

Perceba, porém, que o Presidente do Conselho Federal da OAB não é um membro do CNJ, apenas oficiará junto a ele.

Gabarito: Correto.

213. (FCC/Advogado - Metro - SP/2008) Junto ao Conselho Nacional de Justiça, oficiarão o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

Comentários:

Pelo art. 103-B da Constituição, inferimos que, embora não sejam membros, o PGR e o Presidente do Conselho Federal da OAB devem oficiar perante o CNJ. Lembrando que o Presidente do Conselho Federal da OAB também deverá oficiar perante o CNMP (CF, art. 130-A §4º).

Gabarito: Correto.

214. (CESPE/TJ–SE/2008) O procurador-geral da República e o presidente da OAB são membros natos do CNJ.

Comentários:

Eles oficiarão junto ao Conselho (CF, art. 103-B, §6º), mas não são membros. Membros são apenas aqueles quinze, previstos no art. 103-B da Constituição.

Gabarito: Errado.

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Ouvidorias de Justiça:

§ 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios, criará ouvidorias de justiça, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional de Justiça.

Revisão sobre o CNJ:

215. (FCC/AJAA-TRT 3ª/2009) É correto afirmar:

a) O exercício de funções executivas do Conselho Nacional de Justiça, entre outras, é da atribuição do Ministro do Superior Tribunal de Justiça que exercerá a função de Ministro-Corregedor.

b) O Conselho Nacional de Justiça não dispõe de funções jurisdicionais; porém, é órgão de controle externo, constituindo-se como instância máxima do Poder Judiciário.

c) O Procurador-Geral da República, dentre outros, é considerado membro nato e representante do Ministério Público, porque oficia junto do Conselho Nacional de Justiça.

d) Os membros do Conselho Nacional de Justiça serão designados pelo Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal.

e) O rol de competências do Conselho Nacional de Justiça é estritamente taxativo, por força da segurança jurídica, cabendo à lei qualquer outra atribuição.

Comentários:

Letra A – Correto. É o disposto no art. 103-B, §5º, II da Constituição Federal.

Letra B – Errado. A questão começa correta. O CNJ é um órgão administrativo, sem funções jurisdicionais. Há discussão doutrinária se o CNJ seria órgão de controle externo (já que embora pertença ao Judiciário, não exerce funções jurisdicionais) ou órgão de controle interno (pelo fato de pertencer ao Poder Judiciário, ainda que sem funções jurisdicionais). Deixando essa discussão de lado, não se trata de informação essencial para acertar a questão, já que o erro é afirmar que o CNJ é instância máxima do Poder Judiciário. Sabemos que a instância máxima do Judiciário é o STF e não o CNJ.

Letra C – Errado. O PGR, bem como o Presidente do Conselho Federal da OAB oficiarão junto ao Conselho Nacional de Justiça (CF, art. 103-B, §6º), mas não são membros. Membros são apenas aqueles quinze, previstos no art. 103-B da Constituição.

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Letra D – Errado. Cada membro tem a sua forma específica de designação, de acordo com o estabelecido no art. 103-B da Constituição.

Letra E – Errado. O rol é aberto, pois a Constituição, art. 103-B, §4º, diz: (...) cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura (...).

Gabarito: Letra A.

Superior Tribunal de Justiça:

Composição e nomeação

Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.

Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (Redação dada pela EC 45/04 que incluiu o termo "maioria absoluta")

I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;

II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.

Esquematizando - Serão pelo menos 33 juízes, sendo:

1/3 ��� Dentre juízes dos TRF ‘s.

1/3 ��� Dentre desembargadores dos TJ ‘s.

1/3 ��� Em partes iguais, dentre advogados e membros do MPU, MPE e MPDFT, alternadamente, indicados da mesma forma que o “quinto constitucional”.

Indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;

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Relembrando o "Quinto Constitucional” do art. 94:

� Membros, do MP, com mais de 10 anos de carreira; e

� Advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional.

.Eles serão indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representantes das respectivas classes.

.Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos 20 dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.

216. (FCC/Técnico - TRE - SE/2007) O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros brasileiros, com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos.

Comentários:

São disposições que podem ser encontradas literalmente no art. 104 da Constituição, combinado com seu parágrafo único.

Gabarito: Correto.

217. (FCC/Técnico - TRE - SE/2007) Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

Comentários:

Da mesma forma que ocorre com os Ministros do STF (CF, art. 101, parágrafo único), os Ministros do STJ também serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal (CF, art. 104, parágrafo único).

Gabarito: Correto.

218. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) Considere que um juiz tenha sido nomeado para o cargo de desembargador no Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), em uma das vagas do quinto constitucional. Nessa hipótese, esse juiz não pode tomar posse no cargo de ministro do STJ nas vagas destinadas aos juízes de carreira.

Comentários:

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Não há impedimento, já que o art. 104, I da Constituição diz que um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal, sem fazer menção a ressalvas.

Gabarito: Errado.

Competências do STJ:

Agora sim a parte mais importante sobre o STJ. A sua competência, como todo tribunal, se divide em originária – será o órgão de origem da causa – e recursal – quando julgar recursos advindos de outros órgãos. A competência recursal no STJ se faz da forma ordinária e da forma especial, conforme veremos.

Vamos iniciar com a competência originária:

Competência originária do STJ – Julgamento de autoridades:

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, originariamente:

a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;

Tal como o STF julga os crimes comuns das autoridades da cúpula dos Poderes de âmbito federal, o STJ fará o mesmo, só que diante das autoridades de âmbito estadual, assim podemos esquematizar a competência do STJ para julgar autoridades:

Nos crimes comuns:

� Os Governadores dos Estados/DF; e

Nos crimes comuns e nos de responsabilidade:

� Os desembargadores dos TJ ‘s;

� Os membros dos TCE ‘s e dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios;

� Os membros dos TRF ‘s, dos TRE ‘s e dos TRT ‘s;

� Os membros do MPU que oficiem perante tribunais;

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É aquela regra básica, cada juiz é julgado pela “autoridade superior”: Juiz estadual � Julgado pelo TJ / Juiz Federal (inclusive juiz do trabalho e militar) � Julgado pelo TRF / Juiz ou Desembargador de Tribunal � Julgado pelo STJ... e assim por diante.

Sobre os membros do MP, a coisa é simples também. Eles trabalham diariamente junto ao Poder Judiciário, o MP é uma “função essencial à justiça”. O membro do MP não pode ser julgado por aqueles juízes que estão com ele no “dia-dia”, será julgado pela autoridade imediatamente superior – O TJ se for MP estadual / o TRF se for MP da União / STJ se estiverem oficiando perante tribunais.

219. (CESPE/ TCE-AC/2009) Descobriram que um membro de um TCE fazia parte de uma organização criminosa especializada em praticar crimes contra a administração pública. Diante do farto acervo probatório reunido, esse membro do TCE foi denunciado pelo MP por crime comum.Na situação hipotética acima, o órgão do Poder Judiciário competente para julgar a autoridade denunciada pelo MP será o tribunal de justiça.

Comentários:

A competência em questão será do STJ e não do TJ, isso de acordo com o art. 105 I, a, da Constituição.

Gabarito: Errado.

Competência originária do STJ – Remédios Constitucionais:

b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;

c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;

Assim como o STF julga o habeas corpus paciente daquelas autoridades de cúpula, que também são julgadas por ele nos crimes comuns e de responsabilidade, o STJ também julgará o HC paciente das autoridades cujos crimes estão sujeitos à sua jurisdição, nestes

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casos o STJ também julgará o HC coator. Para os outros casos (que são os mais cobrados em concurso), vale lembrar aquela importantíssima regra:

Pulo do Gato:

Em se tratando de Ministros de Estado (e Comandantes de Força):

• Falou em "paciente" = Competência do STF.

• Falou em coator (contra atos) = Competência do STJ.

220. (FCC/Procurador - Recife/2008) Compete originariamente ao Superior Tribunal de Justiça julgar os mandados de segurança contra ato de Governador de Estado.

Comentários:

O Mandado de Segurança contra ato de governador de Estado deve ser impetrado no Tribunal de Justiça local, sendo incompetente o STJ para proceder ao julgamento originário.

Gabarito: Errado.

221. (FCC/Técnico - TRE - SE/2007) Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar originariamente mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República.

Comentários:

Neste caso o competente será o STF, nos termos do art. 102, I, q.

Gabarito: Errado.

222. (CESPE/OAB-SP exame nº 136/2008) Será competente para julgar originariamente habeas corpus em que figure como paciente desembargador de tribunal de justiça estadual: o próprio tribunal de justiça estadual ao qual esteja vinculado o desembargador.

Comentários:

Neste caso, deverá ser julgado por órgão de autoridade superior, ou seja, o STJ (CF, art. 105, I, "c").

Gabarito: Errado.

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Competência originária do STJ – Conflitos:

d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;

g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;

Pulo do Gato:

• Quando falar em conflito de "competência" = conflito entre órgãos do Judiciário:

� Se envolver tribunais superiores - Competente é o STF.

� Se envolver tribunais de segundo grau - Competente é o STJ.

• Quando falar em conflitos de "atribuições" = conflito entre autoridades administrativas X autoridade judiciárias de entes diversos. Neste caso, o competente é o STJ.

Competência originária do STJ – Reclamação, ações rescisórias e revisões criminais:

e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;

f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;

Cada tribunal é responsável por julgar as ações rescisórias e as revisões criminais de seus próprios julgados.

Assim como o STF, o STJ também poderá julgar a reclamação para preservação da autoridade de suas decisões.

223. (CESPE/ANAC/2009) Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados dos tribunais regionais federais.

Comentários:

Cada tribunal julga as ações rescisórias e as revisões criminais de seus próprios julgados. Compete então ao próprio TRF esse julgamento e não ao STJ.

Gabarito: Errado.

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Competência originária do STJ – homologação de sentença estrangeira e exequatur às cartas rogatórias:

i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; (Incluída pela EC 45/04)

Como já foi dito, a “carta rogatória” é o pedido feito por autoridades judiciárias de países diferentes, e o exequatur é o “cumpra-se” ordenado pelo STJ do pedido feito nestas cartas. Antes da EC 45/04 era competência do STF e atualmente as bancas ainda tentam confundir os candidatos com esta disposição.

224. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão do exequatur às cartas rogatórias.

Comentários:

Com a EC 45/04, tais competências, que antes eram do Supremo, passaram ao STJ.

Gabarito: Correto.

Competência RECURSAL ORDINÁRIA do STJ:

II - julgar, em recurso ordinário:

a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;

b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;

c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;

Recurso ordinário é o recurso comum, aquele que é uma sequência lógica (ou quase) dentro de um processo. Nas alíneas “a” e “b”, vemos bem isso: quando os tribunais de segundo grau da justiça comum (TRFs e TJs) DENEGAREM habeas corpus ou mandados de segurança, caberá o recurso ordinário ao STJ.

Mas observe a diferença: o habeas corpus poderá chegar ao STJ se o TRF ou TJ denegarem agindo em única instância (de forma

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originária) ou em última instância (já receberam a causa mediante um recurso), já os Mandados de Segurança só chegarão ao STJ quando forem denegados em única instância, ou seja, em se tratando de MS, não caberá “recurso do recurso”. Então temos:

STJ julga recurso ordinário de:

• Habeas corpus – decidido em única ou última instância por TRF ou TJ;

• Mandado de segurança – decidido em única instância por TRF ou TJ;

Na alínea “c”, temos a causa de recurso decorrente de litígio de entes da federação com Estado estrangeiro ou Organismo internacional. Assim fez a Constituição:

• Se o litígio for com a União, Estado, o DF ou Território – Julgado originariamente pelo STF

• Se o litígio for com Municípios ou pessoas residentes no país - Julgado originariamente pelos Juízes Federais, cabendo recurso ordinário ao STJ.

225. (FCC/TJAA - TRE-AM/2010) Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar originariamente os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão.

Comentários:

Questão típica da banca FCC. O segredo desta questão está na palavra "originariamente". A competência do tribunal pode ser de 2 tipos:

� Originária - quando ele é o primeiro a conhecer da causa.

� Recursal - quando ele conhece da causa de forma derivada, advinda de outro órgão.

Como a questão fala de um julgamento que já foi decidido por outro tribunal, estamos diante de uma competência recursal e não originária.

Gabarito: Errado.

226. (FCC/TJAA - TRE-AM/2010) Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar originariamente as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.

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Comentários:

As causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País, serão julgadas pelo Juiz Federal - CF, art. 109, II -, embora também possam alcançar o STJ, mas somente através de recurso (ordinário) - CF, art. 105, II, "c", e não "originariamente" como pedido pele enunciado.

Gabarito: Errado.

227. (CESPE/Procurador–Natal/2008) Considerando, por hipótese, que o município de Natal ajuíze ação contra Estado estrangeiro na justiça federal de primeiro grau; que, após o regular trâmite processual, o juiz profira sentença desfavorável ao município, e que este deseje recorrer da decisão, o procurador do município, tendo em vista a distribuição de competências previstas na CF, deverá interpor recurso ordinário ao STJ.

Comentários:

Em se tratando de litígio de entes da federação com Estado estrangeiro ou Organismo internacional, deve-se usar a seguinte regra:

• Se o litígio for com a União, Estado, o DF ou Território – Julgado originariamente pelo STF

• Se o litígio for com Municípios ou pessoas residentes no país - Julgado originariamente pelos Juízes Federais, cabendo recurso ordinário ao STJ.

Gabarito: Correto.

228. (ESAF/MPU/2004) Caberá ao Superior Tribunal de Justiça o julgamento de recurso ordinário contra a decisão que concedeu a segurança em mandado de segurança julgado em única instância pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

Comentários:

Somente se a decisão fosse denegatória (CF, art. 105, II, b).

Gabarito: Errado.

229. (ESAF/ENAP/2006) Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País.

Comentários:

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Trata-se de competência de Juiz Federal podendo chegar ao STJ por Recurso Ordinário (CF art. 109, II). Desta forma, a competência do STJ neste caso é recursal e não originária.

Em se tratando de litígio de entes da federação com Estado estrangeiro ou Organismo internacional, deve-se usar a seguinte regra:

• Se o litígio for com a União, Estado, o DF ou Território – Julgado originariamente pelo STF

• Se o litígio for com Municípios ou pessoas residentes no país - Julgado originariamente pelos Juízes Federais, cabendo recurso ordinário ao STJ.

Gabarito: Errado.

230. (NCE/Secretário de Procuradoria - MPE-RJ/2002) Compete ao Superior Tribunal de Justiça julgar:

a) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;

b) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal;

c) nas infrações penais comuns, o Procurador-Geral da República;

d) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Tribunal de Contas da União;

e) o mandado de segurança contra ato dos Tribunais Regionais Federais.

Comentários:

Letra A – Correto. Essa é fácil. Todo tribunal julga as suas respectivas ações rescisórias e revisões criminais de seus próprios julgados.

Letra B – Errado. Quando um juiz federal promover uma coação. Quem julga esse habeas corpus é a instância imediatamente superior a ele, ou seja, o TRF e não o STF.

Letra C – Errado. O PGR é o Chefe do Ministério Público, ou seja, a autoridade mais importante daquele “quase quarto Poder” da República. Seus crimes comuns são julgados no STF.

Letra D – Errado. Quem julga o MI de norma da competência do TCU é o STF e não o STJ.

Letra E – Errado. Lembrem-se disso. Cada tribunal julga os mandados de segurança proferidos contra seus próprios atos. Assim, o próprio TRF é que vai julgar esse MS e não o STF.

Gabarito: Letra A.

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Competência RECURSAL ESPECIAL do STJ:

III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:

a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;

c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

Tal como o STF é o guardião da Constituição, o STJ é o guardião do ordenamento federal infraconstitucional e ele faz essa “guarda” notadamente através do recurso especial. Percebemos pelos dispositivos que o recurso especial vai sempre envolver controvérsias com a “lei federal” (ou tratado). (Fica a dica para diferenciá-lo do recurso ordinário).

Ao STJ caberá uniformizar a aplicação das leis federais (alínea c) e resolver a controvérsia das decisões em face dos tratados ou leis federais (alínea a).

Na alíena "b" é onde devemos ter maiores cuidados, ela teve a redação dada pela EC 45/04 que retirou do STJ a competência para julgar o conflito entre lei local e lei federal, restando apenas o conflito entre ato local e lei federal, se analisarmos este dispositivo juntamente com o art. 102, III, "d" temos:

• Conflito "ato" local X Lei Federal = R. Esp. no STJ.

• Conflito "lei" local x Lei Federal = Conflito federativo = R.Ex no Supremo.

Lembrem-se ainda do Pulo do Gato:

Pulo do Gato:

Caso a questão fale de “recurso ordinário” = sempre deverá envolver coisas ou pessoas (físicas ou jurídicas) – tais como remédios constitucionais, crimes ou conflitos.

Caso a questão fale de “recurso extraordinário” (STF) ou “recursos especiais” = ela deverá falar em leis ou atos normativos.

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231. (CESGRANRIO/Advogado-BNDES/2004) O recurso especial tem a função de:

(A) manter a autoridade e unidade da lei federal.

(B) tutelar a autoridade e integridade da lei magna federal.

(C) uniformizar a jurisprudência das diferentes câmaras ou turmas de um mesmo tribunal.

(D) reexaminar acórdão não unânime proferido por outro tribunal.

Comentários:

Assim como o STF é o guardião da Constituição, o STJ é o guardião do ordenamento "infraconstitucional", fazendo com que as leis federais prevaleçam e uniformizando a sua jurisprudência.

Assim o art. 105, III da Constituição diz que cabe ao STJ julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:

a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal.

c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

Lembrando que:

• ATO local X Lei Federal = R. Esp. no STJ.

• LEI local x Lei Federal = Conflito federativo = R.Ex no Supremo.

Letra A – Correto.

Letra B - Competência do Supremo

Letra C - Uniformiza entre os diversos tribunais, não dentro de um mesmo tribunal.

Letra D - Viajou completamente...

Gabarito: Letra A.

232. (ESAF/ENAP/2006) Compete ao Supremo Tribunal Federal, julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência.

Comentários:

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As causas de Recurso Extraordinário, recurso usado para analisar a prevalência da Constituição Federal sobre o ordenamento, estão no art. 102, III da CF. O enunciado trata de caso expresso no art. 104, III como sendo passível de recursos especial ao STJ, recurso usado para analisar a prevalência da lei federal sobre os atos, além de uniformizar as interpretações.

Gabarito: Errado.

233. (ESAF/MPU/2004) Compete ao Superior Tribunal de Justiça julgar, em recurso especial, as causas decididas em única ou última instância, pelos Tribunais dos Estados, quando estes julgarem inválidos lei ou ato de governo local, contestados em face de lei federal.

Comentários:

Somente se o julgamento fosse de ato, e a decisão fosse pela validade e não pela invalidade (CF, art. 105, III, b). Atualmente, após a EC 45/04, passou-se a competência para julgar o conflito lei local x lei federal para o STF, pois entende-se ser um conflito federativo, manteve-se no STJ então, somente quando o conflito for ato local x lei federal.

Gabarito: Errado.

234. (NCE/Técnico Adm. - MPE-RJ/2007) Acerca da estrutura do poder judiciário brasileiro, pode-se afirmar que:

a) o Superior Tribunal de Justiça é a instância maior de controle da legalidade e da constitucionalidade dos ordenamentos jurídicos estaduais; b) o Supremo Tribunal de Justiça é o guardião do ordenamento jurídico federal, exercendo tal função através do julgamento de ações originárias; c) inclui-se na competência do Supremo Tribunal de Justiça o julgamento do recurso especial, destinado ao controle difuso de constitucionalidade; d) o Supremo Tribunal Federal julga, através de sua competência originária, os recursos especiais, quando as causas forem decididas em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais;

e) a função precípua do Supremo Tribunal Federal é de corte de constitucionalidade, podendo suas competências serem divididas em originárias e recursais.

Comentários: Letra A – Errado. Assim como o STF é o guardião da Constituição Federal, o Guardião da Constituição estadual é TJ daquele Estado.

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Letra B – Errado. O STJ é o guardião do ordenamento jurídico “infraconstitucional” federal. E não faz essa guarda através de ações originárias, e sim através de recursos “especiais”.

Letra C – Errado. O recurso que se “destina” ao controle de Constitucionalidade é o Recurso “extraordinário” do STF, e não o recurso “especial” do STJ. Nada impede que o TJ venha a exercer um controle difuso de constitucionalidade, mas esse não é o objetivo do recurso especial.

Letra D – Errado. Recurso especial é privativo do STJ.

Letra E – Correto.

Gabarito: Letra E.

CJF e ENFAM:

Segundo o parágrafo único do art. 105, temos 2 órgãos que funcionam junto ao STJ:

235. (FCC/TJAA-TRT24ª/2011) Conselho da Justiça Federal funciona:

a) junto ao Superior Tribunal de Justiça e lhe cabe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante.

b) junto ao Supremo Tribunal Federal e lhe cabe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão superior do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter discricionário.

c) em cada Tribunal Regional Federal e lhe cabe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de

I - Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAM)

A ela caberá, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;

II - Conselho da Justiça Federal (CJF)

A ele caberá exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante.

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primeiro e segundo graus, como órgão superior do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter discricionário.

d) em cada Tribunal Regional do Trabalho e lhe cabe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante.

e) junto ao Tribunal Superior do Trabalho e lhe cabe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão superior do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter discricionário.

Comentários:

Questão simples, bastava saber que o CJF funciona junto ao STJ (CF, art. 105, parágrafo único). Mas o que o CJF faz mesmo? Lembrem-se dos termos chaves:

• supervisão administrativa e orçamentária (órgão central do sistema);

• Faz isso perante a Justiça Federal de primeiro e segundo graus;

• Tem poderes correicionais e suas decisões são vinculantes.

Gabarito: Letra A.

236. (FCC/TJAA-TRF4/2010) Funcionará junto ao Superior Tribunal de Justiça o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter

a) horizontal.

b) unilateral.

c) bilateral.

d) vertical.

e) vinculante.

Comentários:

Vamos fixar os termos chaves do CJF:

• supervisão administrativa e orçamentária (órgão central do sistema);

• Faz isso perante a Justiça Federal de primeiro e segundo graus;

• Tem poderes correicionais e suas decisões são vinculantes.

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Gabarito: Letra E

237. (CESPE/PGE-AL/2008) Junto ao STF funciona o Conselho da Justiça Federal, cuja função é exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da justiça federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante.

Comentários:

Tal conselho funciona junto ao STJ, nos termos da Constituição em seu art. 105, parágrafo único, II.

Gabarito: Errado.

LISTA DAS QUESTÕES DA AULA:

1. (FCC/Técnico - TRE - SE/2007) São órgãos do Poder Judiciário os tribunais e Juízes Militares.

2. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O CNJ é órgão integrante do Poder Judiciário.

3. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) De acordo com a CF, são órgãos da justiça do trabalho o TST, os TRTs e as juntas de conciliação e julgamento.

4. (ESAF/AFRFB/2009) São órgãos do Poder Judiciário os Tribunais e Juízes Militares, os Tribunais Arbitrais e o Conselho Nacional de Justiça.

5. (FCC/TJAA-TRT 24/2011) No tocante ao Poder Judiciário, o Estatuto da Magistratura é disposto por Lei:

a) ordinária, de iniciativa do Senado Federal.

b) ordinária, de iniciativa da Câmara dos Deputados.

c) complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal.

d) ordinária, de iniciativa do Conselho Nacional de Justiça.

e) complementar, de iniciativa da Câmara dos Deputados.

6. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) As Constituições estaduais podem reduzir o rol das garantias da magistratura estadual previstas na Constituição da República.

7. (CESPE/Técnico - MPU/2010) O Supremo Tribunal Federal (STF) cumpre, entre outras, a função de órgão de cúpula do Poder Judiciário, e a ele cabe a iniciativa de, por meio de lei ordinária, dispor sobre o Estatuto da Magistratura.

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8. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) O ingresso na carreira de magistratura se dá mediante concurso público de provas e títulos, divididas em fases, nas quais é obrigatória a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, no mínimo, na primeira fase, podendo aspirar ao cargo os bacharéis em direito com, no mínimo, três anos de atividade jurídica.

9. (FCC/AJAJ TRT 14ª/2011) No que concerne ao Poder Judiciário, a Constituição Federal estabelece a necessidade de ser observado o princípio da alternância quanto aos critérios de antiguidade e merecimento na promoção de entrância para entrância, atendida, dentre outras, a seguinte norma:

a) Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.

b) A promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quarta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago.

c) Aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência, sendo dispensável aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento.

d) Na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de um terço de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo- se a votação até fixar-se a indicação.

e) É obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento.

10. (FCC/Analista - TRT-AL/2008) Na apuração de antigüidade, para promoção, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação.

11. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) A promoção dos juízes, que ocorre de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, é obrigatória para juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento, desde que o juiz tenha dois anos de exercício na respectiva entrância e integre a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver, com tais requisitos, quem aceite o lugar vago. Por outro lado, não deve ser promovido o juiz que, mesmo preenchendo tais requisitos, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.

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12. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) O magistrado que esteja apto à promoção no cargo, mas retenha, injustificadamente, autos em seu poder além do prazo legal não será promovido.

13. (ESAF/CGU/2008) A participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados constitui etapa obrigatória do processo de vitaliciamento do juiz.

14. (ESAF/CGU/2006) Somente poderá ser promovido por merecimento o juiz que demonstrar dois anos de exercício na respectiva entrância e que integrar a primeira quinta parte da lista de antigüidade para a promoção.

15. (ESAF/MPU/2004) A promoção de juiz federal para Tribunal Regional Federal far-se-á, alternadamente, por antiguidade e merecimento, exigindo-se do juiz a ser promovido mais de dez anos de efetivo exercício da magistratura federal.

16. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Conforme dispõe o texto constitucional, o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do Tribunal.

17. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) As decisões disciplinares dos tribunais serão tomadas pelo voto da maioria simples dos presentes à sessão.

18. (FCC/Procurador - Recife/2008) O princípio da motivação é tido pela doutrina como princípio que rege a administração pública, ainda que não esteja mencionado no caput do artigo 37 da Constituição Federal. Entretanto, a necessidade de motivação das decisões administrativas está expressamente prevista no texto constitucional no que toca às decisões dos tribunais.

19. (ESAF/AFC-CGU/2008) A lei pode limitar a presença, em determinados atos dos órgãos do Poder Judiciário, inclusive julgamentos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes.

20. (ESAF/AFC-CGU/2008) As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, inclusive as disciplinares, que também devem ser tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros.

21. (FCC/Analista - TRT-AL/2008) Nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por merecimento.

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22. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Segundo entendimento do STF, a previsão constitucional relativa à criação de órgão especial no âmbito dos tribunais não exclui a competência do respectivo plenário, sendo plenamente viável a coexistência dos dois órgãos máximos do Poder Judiciário no mesmo tribunal, ainda que mediante identidade de atribuições administrativas e jurisdicionais.

23. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) O número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e ao respectivo número de eleitores.

24. (CESPE/DPE-ES/2009) A atividade jurisdicional deve ser ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais, devendo ainda haver juízes em plantão permanente nos dias em que não houver expediente forense normal.

25. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) A prática de atos jurisdicionais de mero expediente é indelegável, a exemplo dos atos decisórios, por serem eles inerentes à atividade judicante.

26. (ESAF/AFRF/2005) Nos termos da Constituição Federal, os servidores do Poder Judiciário poderão receber delegação para a prática de atos administrativos e atos de mero expediente com caráter decisório, desde que, no último caso, a conduta estabe-lecida no ato já esteja sumulada no Tribunal.

27. (FCC/AJAA - TRF 1ª/2011) Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados, dentre outros, os seguintes princípios:

a) o ato de remoção do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria simples do respectivo tribunal, assegurada ampla defesa.

b) os servidores do judiciário receberão delegação para a prática de atos da administração e atos de mero expediente sem caráter decisório.

c)ingresso na carreira, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil e do Ministério Público em todas as fases.

d) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria relativa de seus membros.

e) a promoção, de entrância para entrância, por merecimento, pressupõe um ano de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago.

28. (FCC/Analista Enfermagem - TRT 9ª/2010) No que se refere ao Poder Judiciário, é certo que o Estatuto da Magistratura NÃO observará o princípio de que:

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a) a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos Juízos e Tribunais de Segundo Grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente.

b) os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório.

c) o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do Tribunal, e a distribuição de processos será imediata em todos os graus de jurisdição.

d) as decisões administrativas dos Tribunais serão motivadas e em sessão secreta, sendo a disciplinar tomada pelo voto da maioria simples de seus membros.

e) o acesso aos Tribunais de Segundo Grau far-se-á por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância.

29. (FCC/Analista - TJ-PA/2009) Um quinto dos lugares dos Tribunais dos Estados será composto de membros do Ministério Público, com mais de 10 anos de carreira, e de advogados, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

30. (CESPE/TRT-17ª/2009) Um quinto dos membros do TST são escolhidos entre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, atendidos os demais requisitos constitucionais.

31. (ESAF/MPU/2004) Para concorrer à vaga de juiz em Tribunal Regional Federal, no quinto constitucional, o membro do Ministério Público deverá ter mais de dez anos de carreira e ser indicado, pelo seu órgão, em lista sêxtupla, a ser encaminhada ao respectivo tribunal.

32. (CESPE/AJAA-STF/2008) Um advogado que, em virtude do quinto constitucional, for nomeado desembargador de um tribunal de justiça estadual adquirirá a vitaliciedade imediatamente, sem a necessidade de aguardar dois anos de exercício.

33. (CESPE/AJAA-STM/2011) Advogado nomeado desembargador de um tribunal de justiça estadual adquire vitaliciedade imediatamente a partir dessa nomeação.

34. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Nos termos da Constituição Federal, aos juízes é permitido dedicar-se à atividade político-partidária.

35. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Segundo a Constituição, os juízes podem receber, a qualquer título, participação em processo.

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36. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Nos termos da Constituição, é vedado ao magistrado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos dois anos do afastamento por exoneração, salvo por motivo de aposentadoria.

37. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Aos juízes é permitido, nos termos da Constituição Federal, perceber, em qualquer hipótese, contribuições de pessoas físicas ou entidades públicas.

38. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Aos juízes é permitido, nos termos da Constituição Federal, exercer na ativa ou em disponibilidade uma única função de magistério.

39. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Suponha que um juiz federal substituto ocupe cargo de professor em uma universidade pública, na qual lecione a disciplina de direito penal, duas vezes por semana, no turno noturno, e que esse mesmo magistrado tenha sido convidado a ministrar aulas em um cursinho preparatório para a magistratura, uma vez por semana, também no turno noturno. Nessa situação hipotética, há violação à CF, visto que, conforme o entendimento do STF, juiz somente pode ocupar um único cargo de professor.

40. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Aos juízes e desembargadores é vedado o exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos quarenta dias do afastamento do cargo, por aposentadoria ou exoneração.

41. (CESPE/TRE-MA/2009) Aos juízes é vedado o exercício da advocacia perante qualquer juízo ou tribunal, antes do decurso de três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

42. (ESAF/PGFN/2007) A garantia da inamovibilidade dos Juízes não é absoluta, uma vez que é possível a remoção por interesse público, devendo a decisão ser tomada pelo voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada a ampla defesa.

43. (ESAF/MPU/2004) A inamovibilidade, como garantia do juiz, não admite exceções.

44. (ESAF/MPU/2004) Após a vitaliciedade, o juiz só perderá seu cargo por deliberação administrativa tomada por maioria qualificada do Pleno do Tribunal a que estiver vinculado.

45. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/2010) Relativamente às vedações e garantias dos juízes, assinale a afirmativa incorreta.

a) Os juízes gozam da garantia da inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma da Constituição.

b) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

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c) Aos juízes é vedado exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério.

d) Os juízes gozam da garantia da vitaliciedade. A vitaliciedade no primeiro grau só será adquirida após dois anos de exercício.

e) Aos juízes é vedado dedicar-se à atividade político-partidária.

46. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) É competência do Supremo Tribunal Federal propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de cargos da Secretaria do Tribunal.

47. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) Compete privativamente aos tribunais organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva.

48. (CESPE/AJ-Taquigrafia-TJES/2011) Compete privativamente ao governador do estado a iniciativa para propor ao Poder Legislativo estadual a fixação da remuneração dos serviços auxiliares do respectivo tribunal de justiça.

49. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Em consonância com o entendimento do STF, o Poder Judiciário pode dispor acerca da especialização de varas, desde que não haja impacto orçamentário, por se tratar de matéria inserida no âmbito da organização judiciária dos tribunais.

50. (CESPE/TRT-17ª/2009) Compete ao presidente do TRT encaminhar projeto de lei ordinária ao Congresso Nacional cujo objeto seja a instituição de novo plano de cargos e salários dos servidores daquele tribunal.

51. (CESPE/Analista - TRT 9ª/2007) Compete ao próprio TRT a iniciativa de elaborar projeto de lei que disponha sobre planos de cargos e salários dos seus membros e de seus auxiliares.

52. (FEPESE/Analista Jurídico - PGE-SC/2010) Aos Tribunais de Justiça é vedado propor ao Legislativo a alteração de membros dos tribunais inferiores.

53. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008) Compete privativamente aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo a alteração da organização e da divisão judiciárias.

54. (CESPE/AJAJ - STM/2011) Um promotor de justiça estadual que praticar um crime comum será processado e julgado por juiz de direito de uma das varas criminais do estado.

55. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Ao TJRJ compete julgar os juízes do respectivo estado, bem como os seus membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, inclusive os crimes eleitorais.

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56. (NCE/Técnico Sup. Administrativo - MPE-RJ/2007) O Promotor de Justiça Criminal da Comarca de Campos requisitou instauração de inquérito policial tendente à apuração de crime de desobediência, em tese praticado por Gilmar, diretor da penitenciária estadual de Campos, em virtude de alegado descumprimento de ordem judicial de interdição da penitenciária sob sua direção. Inconformado, Gilmar impetra habeas corpus objetivando controlar a legalidade da instauração do inquérito. O órgão jurisdicional competente para processamento e julgamento da pretensão de Gilmar é:

a) Superior Tribunal de Justiça;

b) Tribunal Regional Federal;

c) Juízo criminal federal de Campos;

d) Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro;

e) Supremo Tribunal Federal.

57. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os Tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

58. (FCC/Procurador - Recife/2008) Compete originariamente ao Plenário ou órgão especial dos Tribunais o julgamento de todos os feitos que importem a declaração de constitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

59. (CESPE/PGE-AL/2008) Ainda há muitas discussões nos tribunais pátrios acerca da cláusula constitucional de reserva de plenário. Ainda prevalece o entendimento de que não há violação a essa cláusula quando a decisão de órgão fracionário de tribunal afasta a incidência de lei ou ato normativo do poder público, no todo ou em parte, sem declarar expressamente a sua inconstitucionalidade.

60. (NCE/Advogado-Eletrobrás/2007) A inconstitucionalidade de qualquer ato normativo estatal só pode ser declarada pelo voto da maioria absoluta da totalidade dos membros do tribunal ou, onde houver, dos integrantes do respectivo órgão especial. A situação acima descrita é denominada:

a) do devido processo legal;

b) do devido processo constitucional;

c) do devido processo legislativo;

d) cláusula de controle da constitucionalidade das leis e atos normativos;

e) cláusula da reserva de plenário.

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61. (NCE/Auditor-Direito-MT/2004) O art. 97 da Constituição prevê que os Tribunais somente poderão declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo pelo voto da maioria dos seus integrantes ou do respectivo órgão especial. O princípio, adotado no mencionado artigo, é denominado:

a) Reserva de Plenário;

b) Controle Concentrado;

c) Jurisdição Única;

d) Jurisdição Contenciosa;

e) Contencioso Administrativo.

62. (ESAF/ANA/2009) A justiça de paz, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, possui competência privativa para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.

63. (CESPE/AJEP-TJES/2011) Os emolumentos e as custas judiciais são destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da justiça.

64. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-SP/2011) Ao assegurar a autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário, a Constituição da República prevê que

a) os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados pelo Poder Executivo na lei de diretrizes orçamentárias.

b) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito dos Estados, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.

c) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito da União, ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, ouvidos os outros tribunais interessados.

d) se as propostas orçamentárias do Poder Judiciário forem encaminhadas em desacordo com os limites da lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Legislativo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.

e) durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

65. (FCC/AJ-Arquivologia TRT 19ª/2011) Conforme prevê a Constituição Federal, no tocante ao Poder Judiciário, durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização

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de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, EXCETO se

a) previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

b) independentemente de prévia autorização, forem para receber chefe de delegação estrangeira em visita ao Supremo Tribunal Federal.

c) independentemente de prévia autorização, forem para receber o chefe do Poder Executivo em visita ao Supremo Tribunal Federal.

d) independentemente de prévia autorização, forem para homenagear o Presidente do Supremo Tribunal Federal por recebimento de prêmio no exterior.

e) independentemente de prévia autorização, forem para realizar solenidade de despedida do Presidente do Supremo Tribunal Federal em exercício no término do seu mandato no caso de aposentadoria por tempo de serviço.

66. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

67. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) Ao Poder Judiciário é assegurada parcial autonomia administrativa e financeira, sendo que os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.

68. (CESPE/Escrivão - PC-ES/2011) O encaminhamento, ao Poder Legislativo, das propostas orçamentárias do Supremo Tribunal Federal e dos demais tribunais superiores cabe ao presidente desse tribunal, com a aprovação dos respectivos tribunais.

69. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Compete ao presidente do TRF da 5.ª Região encaminhar ao Congresso Nacional proposta orçamentária do tribunal que preside.

70. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O TJRJ tem autonomia administrativa e financeira, devendo elaborar a sua própria proposta orçamentária, dentro dos limites estipulados conjuntamente com os outros poderes, na lei de diretrizes orçamentárias, encaminhando-a por meio de seu presidente.

71. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações por parte do TJRJ que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, mesmo que mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

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72. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) O Presidente do Tribunal competente, que por ato comissivo ou omissivo, tentar frustrar a liquidação regular de precatório incorrerá em crime de responsabilidade.

73. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Os débitos de natureza alimentícia, para fins de pagamento por precatório, compreendem os decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações, por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença transitada em julgado.

74. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Compete à União fixar, por meio de lei ordinária, o valor das obrigações de pequeno valor que a fazenda federal, estadual, distrital ou municipal deva fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado, independentemente de precatório.

75. (ESAF/MPU/2004) O presidente do Tribunal, que por ato omissivo retardar a liquidação regular de precatório, incorrerá em crime de responsabilidade.

76. (FCC/Técnico - TRT 15ª/2009) O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e menos de setenta anos de idade, dentre outros requisitos.

77. (CESPE/AJAA-TJES/2011) Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) devem ser nomeados pelo presidente da República, após aprovação pela maioria simples do Senado Federal.

78. (CESPE/ANAC/2009) O STF compõe-se de doze ministros, escolhidos entre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e de reputação ilibada.

79. (CESPE/TJAA-STM/2011) O Supremo Tribunal Federal (STF) compõe-se de onze ministros, escolhidos para um mandato de quatro anos entre pessoas de notável saber jurídico e reputação ilibada, os quais devem ser maiores de trinta anos de idade e menores de sessenta e cinco anos de idade, bem como nomeados pelo presidente da República, após a aprovação da maioria simples do Senado Federal.

80. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) O STF compõe-se de ministros, escolhidos entre cidadãos bacharéis em direito, com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

81. (CESPE/TJAA-STF/2008) A competência originária do STF submete-se a regime de direito estrito, não comportando a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados no rol taxativo da norma constitucional que a fixa.

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82. (CESPE/ANAC/2009) Somente ao STF compete processar e julgar as ações diretas de inconstitucionalidade, genéricas ou interventivas, as ações de inconstitucionalidade por omissão e as ações declaratórias de constitucionalidade, com intuito de garantir a prevalência das normas da CF no ordenamento jurídico.

83. (ESAF/MPU/2004) O procurador-geral da República deve ser ouvido previamente em todos os processos de competência do Supremo Tribunal, salvo naquele em que tiver sido o autor.

84. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) É competência do Supremo Tribunal Federal julgar os seus próprios Ministros no caso de acusação pela prática de infração penal comum.

85. (FCC/Técnico - TRE - SE/2007) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente nas infrações penais comuns, os membros dos Tribunais Regionais Federais.

86. (FCC/Técnico - TRE - SE/2007) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente nas infrações penais comuns, o Procurador-Geral da República.

87. (FCC/Auditor - TCE - AL/2008) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal.

88. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, quaisquer causas envolvendo os Governadores dos Estados.

89. (CESPE/DETRAN-DF/2009) O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é competente para processar e julgar, originariamente, um comandante da marinha que tenha praticado crime de homicídio.

90. (CESPE/FINEP/2009) Cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) processar e julgar o presidente da República por crime comum, havendo perpetuação dessa competência quando cessar o mandato, circunstância que não acarreta a remessa dos autos à justiça de 1.º grau.

91. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) Os crimes de responsabilidade praticados pelos ministros de Estado, sem qualquer conexão com o presidente da República, serão processados e julgados pelo STJ.

92. (CESPE/TRE-MA/2009) O STF tem competência constitucional para rever e alterar a decisão do Senado Federal exarada em processo de apuração de crime de responsabilidade do presidente da República.

93. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Os membros do CNJ são julgados por crime de responsabilidade no STF.

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94. (CESPE/AJAA-STF/2008) Compete ao STF processar e julgar originariamente, nas infrações penais comuns, os ministros do próprio STF.

95. (CESPE/TJAA-STF/2008) Compete ao STF processar e julgar ação ordinária, de natureza civil, instaurada contra o presidente da República.

96. (CESPE/TJAA-STF/2008) É de competência do STF julgar interpelação judicial de natureza cível contra o procurador-geral da República.

97. (ESAF/Técnico-ANEEL/2004) Somente o Poder Judiciário tem competência constitucional para julgar autoridades da República por crimes de responsabilidade.

98. (ESAF/ANA/2009) Compete ao Superior Tribunal de Justiça, entre outras funções, processar e julgar, originariamente, nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

99. (ESAF/MPU/2004) É do Supremo Tribunal Federal a competência exclusiva para julgar os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade.

100. (FCC/Procurador - Recife/2008) Compete originariamente ao Supremo Tribunal Federal julgar as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público.

101. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) As ações contra o CNJ e contra o Conselho Nacional do Ministério Público serão julgadas na justiça federal do domicílio do autor.

102. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Compete ao STF julgar mandado de segurança contra ato ilegal e abusivo praticado pelo CNJ.

103. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar originalmente a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados.

104. (FGV/Advogado-BADESC/2010) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar originariamente a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados.

105. (FCC/AJAA-TRE-TO/2011) O Supremo Tribunal Federal:

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a) compõe-se de nove Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

b) tem competência para processar e julgar originariamente os membros dos Tribunais Superiores nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade.

c) é composto por Ministros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Congresso Nacional.

d) é composto por Ministros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria relativa do Congresso Nacional.

e) tem competência para processar e julgar originariamente os habeas corpus, quando o coator for Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica.

106. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Compete ao Supremo Tribunal Federal, além de outras, processar e julgar, originariamente os mandados de segurança e o habeas data contra ato de Ministro de Estado.

107. (FCC/Técnico - TRT-SP/2008) Compete ao Supremo Tribunal Federal, processar e julgar, originariamente, os habeas corpus, quando o coator ou paciente for Governador de Estado, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

108. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar originalmente os mandados de segurança contra ato dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio tribunal.

109. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar originalmente o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for do Congresso Nacional.

110. (ESAF/TCU/2006) Cabe ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar originariamente o habeas corpus quando a autoridade coatora for Ministro de Estado.

111. (ESAF/MPU/2004) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar originariamente os mandados de segurança contra ato de ministro de Estado.

112. (FCC/Analista-MPE-SE/2009) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente, os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores ou entre estes e qualquer outro tribunal.

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113. (FCC/Técnico - TRT-SP/2008) Compete ao Supremo Tribunal Federal, processar e julgar, originariamente, as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta.

114. (FCC/Técnico - TRE - SE/2007) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União.

115. (CESPE/Advogado - CEHAP-PB/2009) O litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o estado, o Distrito Federal (DF) ou território será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

116. (CESPE/Procurador-AGU/2010) O STF reconhece sua competência originária para julgar ação judicial tendo como partes entidade da administração indireta federal, de um lado, e estado-membro, de outro, na hipótese de discussão acerca de imunidade recíproca.

117. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Compete ao STJ julgar as causas e os conflitos entre a União e os estados, a União e o DF, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta.

118. (FGV/Fiscal - SEFAZ-RJ/2010.1) Com relação às competências do STF, analise as afirmativas a seguir:

I. o STF processa e julga originariamente as causas e os conflitos entre Estados Federados.

II. o STF processa e julga originariamente os litígios entre Estado estrangeiro e Estado Federado.

III. o STF processa e julga originariamente os conflitos de atribuições entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente a afirmativa III estiver correta.

d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

119. (FCC/Analista-MPE-SE/2009) Compete ao Supremo Tribunal Federal, conforme expressa previsão constitucional, processar e julgar, originariamente, a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

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120. (FCC/Analista - TRT-AL/2008) Dentre as principais inovações trazidas pela Emenda Constitucional nº 45 pode-se afirmar que a competência para apreciar os pedidos de homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias passou do Superior Tribunal de Justiça para o Supremo Tribunal Federal.

121. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, a extradição solicitada por Estado estrangeiro.

122. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) As normas constitucionais que alteram a competência de tribunais possuem, de acordo com o entendimento do STF, eficácia imediata, devendo ser aplicado, de pronto, o dispositivo que promova a alteração.

123. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Compete ao STJ proceder à homologação de sentença estrangeira.

124. (CESPE/OAB-SP exame nº 136/2008) A homologação de sentenças estrangeiras é de competência da justiça federal do local onde tem domicílio o interessado.

125. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar originalmente a extradição solicitada por estado estrangeiro.

126. (CESPE/AJAA-STF/2008) Os pedidos de extradição formulados por Estado estrangeiro devem ser julgados pelo STJ.

127. (CESPE/Técnico - TCE-TO/2008) Compete ao Supremo Tribunal Federal (STF) julgar originariamente a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

128. (ESAF/ANA/2009) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe, entre outras funções, processar e julgar, originariamente a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

129. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/2010) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, não lhe cabendo processar e julgar, originariamente:

a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal.

b) o Presidente da República, nas infrações penais comuns.

c) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território.

d) a extradição solicitada por Estado estrangeiro.

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e) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

130. (CESPE/DPE-ES/2009) Conforme entendimento do STF, cabe reclamação da decisão que conceder ou negar a liminar proferida em ação direta de inconstitucionalidade.

131. (CESPE/DPE-ES/2009) Caso um cidadão esteja litigando contra o estado do Espírito Santo e o juiz de direito não tenha aplicado, no julgamento dessa causa, o entendimento manifestado pelo plenário do STF em recurso extraordinário interposto em outro processo, não caberá reclamação ao STF contra a decisão do juiz de direito.

132. (ESAF/PGFN/2007) Cabe reclamação no Supremo Tribunal Federal em face de qualquer ato judicial que contrarie decisões proferidas em ações diretas de inconstitucionalidade, as quais possuem eficácia contra todos e efeito vinculante, em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

133. (ESAF/PGFN/2007) A reclamação cabível no Supremo Tribunal Federal, a fim de preservar a sua competência ou garantir a autoridade de suas decisões, tem natureza jurídica de medida processual de caráter excepcional, a ser manejada pelos mesmos legitimados para a propositura de ação direta de inconstitucionalidade.

134. (FCC/Técnico - TRT-SP/2008) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, processar e julgar, originariamente, os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória.

135. (FCC/Analista-MPE-SE/2009) Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar, em recurso ordinário, as causas em que forem parte Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no país.

136. (FCC/Técnico - TRT-SP/2008) Compete ao Supremo Tribunal Federal, processar e julgar os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão.

137. (FCC/AJAJ - TRE-AM/2010) No tocante ao Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que lhe compete processar e julgar, originariamente:

a) as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição.

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b) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão.

c) as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida contrariar dispositivo da Constituição Federal.

d) as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal.

e) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados.

138. (FCC/TJAA-TRT-SP/2008) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originariamente,

a) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal.

b) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta.

c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for Governador de Estado, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

d) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória.

e) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão.

139. (FCC/TJAA-TRT 4/2010) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe julgar em recurso ordinário

a) a extradição solicitada por Estado estrangeiro.

b) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado e o Distrito Federal.

c) o crime político.

d) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade.

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e) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público.

140. (FCC/Analista-MPE-SE/2009) Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar, mediante recurso especial, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

141. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) É competência do Supremo Tribunal Federal rever, mediante recurso extraordinário, decisões de única ou última instância que julguem válida lei local contestada em face de lei federal.

142. (CESPE/AJAA-TRE-BA/2010) Compete aos juízes federais processar e julgar os crimes políticos e compete ao Supremo Tribunal Federal julgar o recurso ordinário contra as sentenças advindas do julgamento desses crimes.

143. (CESPE/FINEP/2009) Compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais dos estados, do Distrito Federal e territórios, quando a decisão recorrida contrariar tratado ou lei federal.

144. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O acórdão do tribunal de justiça que defere pedido de intervenção estadual em município desafia a interposição de recurso extraordinário ao STF.

145. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Para fins de admissibilidade do recurso extraordinário e do especial, o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais e infraconstitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.

146. (CESPE/PGE-AL/2008) Compete ao STJ julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais dos estados, do DF e territórios, quando a decisão recorrida julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

147. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar, em recurso ordinário, os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Superiores.

148. (ESAF/CGU/2006) Se o recorrente, no recurso extraordinário, não demonstrar, nos termos da lei, a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, o recurso poderá não ser admitido, liminarmente, pelo Relator designado para o processo.

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149. (ESAF/AFRF/2005) Caberá ao Supremo Tribunal Federal julgar, mediante recurso extraordinário, decisão de Tribunal de Justiça que considerar válida lei estadual contestada em face da Constituição Federal ou contestada em face de lei federal.

150. (FGV/Advogado-BADESC/2010) No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.

151. (CESGRANRIO/Advogado Jr. - Petrobrás/2010) É da competência do Supremo Tribunal Federal, conforme definido na Constituição em vigor, julgar,

a) originariamente, as ações contra o Conselho Nacional de Justiça.

b) originariamente, nos crimes comuns, os Governadores dos Estados.

c) originariamente, os mandados de segurança contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

d) em recurso ordinário, os habeas-corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal.

e) em recurso ordinário, as causas em que forem partes Estado estrangeiro, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.

152. (FCC/AJAA – TRF 1ª/2011) É certo que o Supremo Tribunal Federal

a) compõe-se de Ministros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria relativa do Senado Federal.

b) compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

c) julga, originariamente, as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público.

d) julga, em recurso ordinário, os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais.

e) julga, originariamente, os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado.

153. (FCC/TJAA-TRE-AP/2011) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originariamente,

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a) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade.

b) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal.

c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

d) os habeas corpus quando o coator for Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

e) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União.

154. (FCC/ACE-TCM-CE/2010) No caso de órgão da administração direta estadual praticar ato que contrarie enunciado de súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal,

a) caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, após esgotamento das vias administrativas.

b) o Supremo Tribunal Federal proferirá decisão, em sede de reclamação, que substituirá o ato administrativo impugnado.

c) nada há a ser feito, uma vez que somente as instâncias inferiores do Judiciário se submetem à súmula vinculante, e não a Administração.

d) os legitimados para a propositura de revisão ou cancelamento da súmula estarão habilitados a impugnar o ato perante o órgão da administração estadual.

e) poderá o Supremo Tribunal Federal, pelo voto de dois terços de seus Ministros, restringir a eficácia da súmula vinculante, mediante requerimento da autoridade dirigente do órgão estadual.

155. (FCC/Técnico-MPE-SE/2009) A súmula vinculante não abrangerá matéria constitucional, a qual está subordinada à contínua interpretação do Supremo Tribunal Federal.

156. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) É competência do Supremo Tribunal Federal expedir súmulas contendo orientação, em matéria constitucional, sobre a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, vinculativas de todos os Poderes e níveis federativos.

157. (FCC/Técnico-MPE-SE/2009) A súmula vinculante poderá ser elaborada pelos Tribunais Superiores para uniformizar sua

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jurisprudência, a fim de evitar grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.

158. (FCC/Técnico-MPE-SE/2009) A súmula vinculante poderá ser cancelada pelos Tribunais Superiores, mediante solicitação do Advogado-Geral da União.

159. (FCC/Técnico-MPE-SE/2009) A súmula vinculante não poderá ser aprovada de ofício pelo Supremo Tribunal Federal, em decorrência do princípio da inércia do Poder Judiciário.

160. (FCC/Técnico-MPE-SE/2009) A súmula vinculante terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, a partir de sua publicação na imprensa oficial.

161. (FCC/Procurador - Recife/2008) A proposta de edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante sobre determinada matéria autoriza a suspensão dos processos judiciais em que se discuta a mesma questão.

162. (FCC/Procurador - Recife/2008) O relator poderá admitir a manifestação de terceiros na questão sobre a qual versar o enunciado de súmula vinculante, cabendo contra essa decisão recurso para o Plenário do Supremo Tribunal Federal.

163. (FCC/Procurador - Recife/2008) O Advogado Geral da União, nas propostas que não houver formulado, manifestar-se-á previamente à edição, revisão ou ao cancelamento de enunciado de súmula vinculante.

164. (FCC/Procurador - Recife/2008) A revogação ou modificação da lei em que se fundou a edição de súmula vinculante acarreta seu cancelamento automático, independentemente de revisão ou cancelamento pelo Supremo Tribunal Federal.

165. (FCC/Procurador - Recife/2008) o Município poderá propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, tanto a edição, como a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante.

166. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) A súmula de efeito vinculante tem eficácia imediata, mas o Presidente do Supremo Tribunal Federal poderá decidir que terá eficácia a partir de outro momento, se presentes razões de segurança jurídica.

167. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) A súmula de efeito vinculante dependerá de decisão tomada pela maioria absoluta dos membros do Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária, para ser editada, revista ou cancelada.

168. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) A súmula de efeito vinculante poderá ser editada pelo Supremo Tribunal Federal a partir

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de proposição de Governador de Estado ou de Mesa de Assembléia Legislativa.

169. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) A súmula de efeito vinculante terá seu procedimento de edição, revisão ou cancelamento regido, subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil.

170. (CESPE/Escrivão - PC-ES/2011) Somente o Supremo Tribunal Federal, de ofício ou mediante provocação, tem competência para a edição, a revisão e o cancelamento de súmula vinculante.

171. (CESPE/Analista Ambiental - MMA/2011) Súmula vinculante deve ser aprovada por maioria absoluta dos votos do STF e incidir sobre matéria constitucional que tenha sido objeto de decisões reiteradas desse tribunal.

172. (CESPE/Advogado - CEHAP-PB/2009) O enunciado de súmula vinculante editado pelo STF, mediante decisão de dois terços de seus membros, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário, mas não vinculará o próprio STF nem a administração pública.

173. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O CNJ poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços de seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e às administrações públicas direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder a sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.

174. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) A súmula do STF com efeito vinculante pode ser aprovada mediante decisão da maioria absoluta dos seus membros.

175. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) A súmula do STF com efeito vinculante não pode ser revista ou cancelada de ofício pelo próprio STF.

176. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) A súmula do STF com efeito vinculante não é de observância obrigatória para a administração pública estadual e municipal.

177. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) A súmula do STF com efeito vinculante pode ter seu cancelamento provocado por aqueles legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade.

178. (CESPE/OAB-SP exame nº 136/2008) Contra decisão judicial que tenha contrariado súmula vinculante aplicável a caso concreto cabe reclamação ao CNJ.

179. (CESPE/AJAA-STF/2008) A Emenda Constitucional n.º 45/2004 introduziu a súmula vinculante no direito brasileiro. Para ter

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o efeito vinculante, a súmula deve ser aprovada por quorum qualificado de dois terços dos ministros do STF.

180. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula vinculante aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao STF que, julgando-a procedente, condenará o infrator à pena do crime de desobediência.

181. (ESAF/TCU/2006) Súmula sobre matéria constitucional, aprovada pelo Supremo Tribunal Federal por quorum qualificado, terá efeito vinculante e, nos termos constitucionais, só poderá ser revista ou cancelada em razão de provocação de membro do próprio Tribunal.

182. (ESAF/AFRF/2005) As súmulas aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal, após a sua publicação na imprensa oficial, terão efeito vinculante para todos os demais Poderes e para os órgãos da administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

183. (FCC/TJAA-TRT7ª/2009) O controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes compete

a) ao Supremo Tribunal Federal.

b) ao Conselho Nacional de Justiça.

c) aos desembargadores do Tribunal de Justiça.

d) ao Procurador-Geral da República.

e) ao Superior Tribunal de Justiça.

184. (FCC/Técnico-MPE-SE/2009) Foi inovação trazida pela Emenda Constitucional no 45, de 8 de dezembro de 2004 a criação do Conselho Nacional de Justiça.

185. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) O Conselho Nacional de Justiça exerce função jurisdicional em todo o território nacional.

186. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) O Conselho Nacional de Justiça, órgão administrativo integrante da estrutura do Poder Judiciário, tem natureza jurídica de órgão de controle interno dos demais órgãos e membros do Poder Judiciário.

187. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) O Conselho Nacional de Justiça tem seus atos sujeitos a controle apenas no STF.

188. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Compete ao CNJ exercer o controle externo da atividade policial.

189. (FCC/AJAJ-TRT 4º/2011) Com exceção do Presidente e do Vice-Presidente, os demais membros do Conselho Nacional de Justiça serão nomeados pelo

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a) Presidente da República, após a escolha ser aprovada pela maioria absoluta do Senado Federal.

b) Ministro da Justiça, mediante prévia aprovação da escolha pela maioria simples do Congresso Nacional.

c) Presidente do Supremo Tribunal Federal, após a escolha ser aprovada pela maioria absoluta da Câmara dos Deputados.

d) Presidente da República, mediante prévia aprovação da escolha pela maioria absoluta do Congresso Nacional.

e) Presidente do Supremo Tribunal Federal, após ter a escolha sido aprovada pela maioria simples do Senado Federal.

190. (FCC/Analista - TRT-AL/2008) Dentre as principais inovações trazidas pela Emenda Constitucional nº 45 pode-se afirmar que se criou o Conselho Nacional de Justiça, composto de treze membros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e seis anos de idade, com mandato de dois anos, admitida uma recondução.

191. (FCC/Advogado - Metro - SP/2008) O Conselho Nacional de Justiça, compõe-se de dezessete membros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade.

192. (FCC/Advogado - Metro - SP/2008) Os membros do Conselho Nacional de Justiça exercerão mandato de dois anos, vedada a recondução.

193. (FCC/Advogado - Metro - SP/2008) O Conselho Nacional de Justiça será presidido pelo Ministro do Superior Tribunal de Justiça.

194. (FCC/Advogado - Metro - SP/2008) Os itegrantes do Conselho Nacional de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha por um terço do Congresso Nacional.

195. (CESPE/AJ-Taquigrafia-TJES/2011) O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) compõe-se de quinze membros com mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo que, entre eles, haverá necessariamente um desembargador de tribunal de justiça, indicado pelo STF, e dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

196. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O CNJ é composto apenas por membros do Poder Judiciário e tem competência, entre outras, para exercer o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.

197. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) O CNJ compõe-se integralmente de magistrados.

198. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) O CNJ terá seus membros nomeados pelo presidente do STF, depois de aprovados por maioria absoluta no Senado Federal.

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199. (ESAF/ENAP/2006) Os membros do Conselho Nacional de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Congresso Nacional, em sessão conjunta.

200. (FCC/Procurador-PGE-RO/2011) A Emenda Constitucional nº 45 institucionalizou o Conselho Nacional de Justiça no âmbito federal. Determinado Estado-membro decide criar órgão semelhante na esfera estadual, por iniciativa do Poder Legislativo local. Quanto à legalidade da medida é correto afirmar:

a) O Estado sempre pôde criar órgão de controle administrativo com membros externos ao Poder Judiciário Estadual com base na autonomia garantida aos membros da federação e no princípio da separação dos Poderes.

b) O Estado não pode criar órgão administrativo de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem outros Poderes ou entidades, por ser inconstitucional diante do princípio da separação dos Poderes e do caráter orgânico unitário da magistratura.

c) Após a edição da Emenda Constitucional nº 45, conhecida como Emenda da Reforma do Poder Judiciário, passou a ser possível a criação de órgão semelhante ao Conselho Nacional de Justiça, no âmbito de seu território.

d) O ato só será válido após a criação do órgão estadual que deve ser feita por ato do próprio Conselho Nacional de Justiça e ratificada pelo Poder Judiciário local.

e) O Estado poderá criar o órgão por ato exclusivo do Poder Judiciário local.

201. (CESPE/AJEM-STM/2011) O CNJ é órgão administrativo do Poder Judiciário ao qual compete o controle da atuação administrativa e financeira desse poder, e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, estabelecendo constitucionalmente, porém de forma exemplificativa, suas mais importantes atribuições, que poderão ser acrescidas pelo Estatuto da Magistratura.

202. (CESPE/OAB-SP exame nº 136/2008) O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) somente poderá apreciar a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário mediante provocação devidamente fundamentada.

203. (CESPE/OAB-SP exame nº 136/2008) O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) poderá apreciar, de ofício, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, mas não poderá desconstituí-los.

204. (CESPE/OAB-SP exame nº 136/2008) Conselho Nacional de Justiça (CNJ)poderá apreciar, de ofício ou mediante provocação, a

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conveniência e oportunidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário.

205. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Cabe ao presidente do CNJ receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, até mesmo contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados,sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo, após aprovação da maioria dos conselheiros, promover a ação penal contra os responsáveis.

206. (CESPE/PGE-AL/2008) Compete ao CNJ o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, além de zelar pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura e pela observância da legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário. Para isso, pode o CNJ expedir atos regulamentares, desconstituir atos administrativos, receber e conhecer de reclamações contra membros do Poder Judiciário e rever os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais.

207. (CESPE/TJ–SE/2008) O poder de fiscalização do CNJ alcança, além dos magistrados, os serviços auxiliares e até serviços notariais e de registro.

208. (ESAF/CGU/2006) Compete ao Conselho Nacional de Justiça o controle do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade.

209. (ESAF/AFT/2006) Compete ao Conselho Nacional de Justiça receber e conhecer das reclamações contra órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunai.

210. (ESAF/Advogado-IRB/2006) O Conselho Nacional de Justiça não pode, de ofício, rever os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano.

211. (ESAF/AFRF/2005) Não pode o Conselho Nacional de Justiça, quando da apreciação da legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, desconstituir os atos considerados irregulares, cabendo-lhe, apenas, fixar prazo para que sejam adotadas as providências necessárias para sua legalização.

212. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Junto ao Conselho Nacional de Justiça oficiará o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

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213. (FCC/Advogado - Metro - SP/2008) Junto ao Conselho Nacional de Justiça, oficiarão o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

214. (CESPE/TJ–SE/2008) O procurador-geral da República e o presidente da OAB são membros natos do CNJ.

215. (FCC/AJAA-TRT 3ª/2009) É correto afirmar:

a) O exercício de funções executivas do Conselho Nacional de Justiça, entre outras, é da atribuição do Ministro do Superior Tribunal de Justiça que exercerá a função de Ministro-Corregedor.

b) O Conselho Nacional de Justiça não dispõe de funções jurisdicionais; porém, é órgão de controle externo, constituindo-se como instância máxima do Poder Judiciário.

c) O Procurador-Geral da República, dentre outros, é considerado membro nato e representante do Ministério Público, porque oficia junto do Conselho Nacional de Justiça.

d) Os membros do Conselho Nacional de Justiça serão designados pelo Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal.

e) O rol de competências do Conselho Nacional de Justiça é estritamente taxativo, por força da segurança jurídica, cabendo à lei qualquer outra atribuição.

216. (FCC/Técnico - TRE - SE/2007) O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros brasileiros, com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos.

217. (FCC/Técnico - TRE - SE/2007) Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

218. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) Considere que um juiz tenha sido nomeado para o cargo de desembargador no Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), em uma das vagas do quinto constitucional. Nessa hipótese, esse juiz não pode tomar posse no cargo de ministro do STJ nas vagas destinadas aos juízes de carreira.

219. (CESPE/ TCE-AC/2009) Descobriram que um membro de um TCE fazia parte de uma organização criminosa especializada em praticar crimes contra a administração pública. Diante do farto acervo probatório reunido, esse membro do TCE foi denunciado pelo MP por crime comum.Na situação hipotética acima, o órgão do Poder Judiciário competente para julgar a autoridade denunciada pelo MP será o tribunal de justiça.

220. (FCC/Procurador - Recife/2008) Compete originariamente ao Superior Tribunal de Justiça julgar os mandados de segurança contra ato de Governador de Estado.

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221. (FCC/Técnico - TRE - SE/2007) Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar originariamente mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República.

222. (CESPE/OAB-SP exame nº 136/2008) Será competente para julgar originariamente habeas corpus em que figure como paciente desembargador de tribunal de justiça estadual: o próprio tribunal de justiça estadual ao qual esteja vinculado o desembargador.

223. (CESPE/ANAC/2009) Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados dos tribunais regionais federais.

224. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão do exequatur às cartas rogatórias.

225. (FCC/TJAA - TRE-AM/2010) Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar originariamente os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão.

226. (FCC/TJAA - TRE-AM/2010) Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar originariamente as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.

227. (CESPE/Procurador–Natal/2008) Considerando, por hipótese, que o município de Natal ajuíze ação contra Estado estrangeiro na justiça federal de primeiro grau; que, após o regular trâmite processual, o juiz profira sentença desfavorável ao município, e que este deseje recorrer da decisão, o procurador do município, tendo em vista a distribuição de competências previstas na CF, deverá interpor recurso ordinário ao STJ.

228. (ESAF/MPU/2004) Caberá ao Superior Tribunal de Justiça o julgamento de recurso ordinário contra a decisão que concedeu a segurança em mandado de segurança julgado em única instância pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

229. (ESAF/ENAP/2006) Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País.

230. (NCE/Secretário de Procuradoria - MPE-RJ/2002) Compete ao Superior Tribunal de Justiça julgar:

a) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;

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b) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal;

c) nas infrações penais comuns, o Procurador-Geral da República;

d) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Tribunal de Contas da União;

e) o mandado de segurança contra ato dos Tribunais Regionais Federais.

231. (CESGRANRIO/Advogado-BNDES/2004) O recurso especial tem a função de:

(A) manter a autoridade e unidade da lei federal.

(B) tutelar a autoridade e integridade da lei magna federal.

(C) uniformizar a jurisprudência das diferentes câmaras ou turmas de um mesmo tribunal.

(D) reexaminar acórdão não unânime proferido por outro tribunal.

232. (ESAF/ENAP/2006) Compete ao Supremo Tribunal Federal, julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência.

233. (ESAF/MPU/2004) Compete ao Superior Tribunal de Justiça julgar, em recurso especial, as causas decididas em única ou última instância, pelos Tribunais dos Estados, quando estes julgarem inválidos lei ou ato de governo local, contestados em face de lei federal.

234. (NCE/Técnico Adm. - MPE-RJ/2007) Acerca da estrutura do poder judiciário brasileiro, pode-se afirmar que:

a) o Superior Tribunal de Justiça é a instância maior de controle da legalidade e da constitucionalidade dos ordenamentos jurídicos estaduais; b) o Supremo Tribunal de Justiça é o guardião do ordenamento jurídico federal, exercendo tal função através do julgamento de ações originárias; c) inclui-se na competência do Supremo Tribunal de Justiça o julgamento do recurso especial, destinado ao controle difuso de constitucionalidade; d) o Supremo Tribunal Federal julga, através de sua competência originária, os recursos especiais, quando as causas forem decididas em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais;

e) a função precípua do Supremo Tribunal Federal é de corte de constitucionalidade, podendo suas competências serem divididas em originárias e recursais.

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235. (FCC/TJAA-TRT24ª/2011) Conselho da Justiça Federal funciona:

a) junto ao Superior Tribunal de Justiça e lhe cabe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante.

b) junto ao Supremo Tribunal Federal e lhe cabe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão superior do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter discricionário.

c) em cada Tribunal Regional Federal e lhe cabe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão superior do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter discricionário.

d) em cada Tribunal Regional do Trabalho e lhe cabe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante.

e) junto ao Tribunal Superior do Trabalho e lhe cabe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão superior do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter discricionário.

236. (FCC/TJAA-TRF4/2010) Funcionará junto ao Superior Tribunal de Justiça o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter

a) horizontal.

b) unilateral.

c) bilateral.

d) vertical.

e) vinculante.

237. (CESPE/PGE-AL/2008) Junto ao STF funciona o Conselho da Justiça Federal, cuja função é exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da justiça federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante.

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GABARITO:

1 Correto 25 Errado 49 Correto 73 Correto 97 Errado 2 Correto 26 Errado 50 Errado 74 Errado 98 Errado 3 Errado 27 B 51 Errado 75 Correto 99 Errado 4 Errado 28 D 52 Errado 76 Errado 100 Correto 5 C 29 Correto 53 Correto 77 Errado 101 Errado 6 Errado 30 Correto 54 Errado 78 Errado 102 Correto 7 Errado 31 Correto 55 Errado 79 Errado 103 Errado 8 Errado 32 Correto 56 D 80 Errado 104 Correto 9 E 33 Errado 57 Correto 81 Correto 105 B

10 Correto 34 Errado 58 Errado 82 Correto 106 Errado 11 Correto 35 Errado 59 Errado 83 Errado 107 Errado 12 Correto 36 Errado 60 E 84 Correto 108 Correto 13 Correto 37 Errado 61 A 85 Errado 109 Errado 14 Errado 38 Correto 62 Errado 86 Correto 110 Errado 15 Errado 39 Errado 63 Correto 87 Errado 111 Errado 16 Correto 40 Errado 64 B 88 Errado 112 Correto 17 Errado 41 Errado 65 A 89 Errado 113 Correto 18 Correto 42 Correto 66 Correto 90 Errado 114 Errado 19 Correto 43 Errado 67 Errado 91 Errado 115 Errado 20 Correto 44 Errado 68 Errado 92 Errado 116 Correto 21 Errado 45 B 69 Errado 93 Errado 117 Errado 22 Errado 46 Correto 70 Correto 94 Correto 118 D 23 Errado 47 Correto 71 Errado 95 Errado 119 Errado 24 Errado 48 Errado 72 Correto 96 Errado 120 Errado

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