aula 1 civil

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AULA 1 – PESSOAS NATURAIS. PESSOAS JURÍDICAS E DOMICÍLIO PESSOAS NATURAIS No sentido jurídico, a palavra pessoa representa o titular de direitos e obrigações. Duas são as espécies de pessoas: - pessoa natural ou física: é o ser humano; e - pessoa jurídica ou moral: são organizações que visam a realização de um certo interesse. O titular de direitos e obrigações é aquele pode figurar em uma relação jurídica, conforme esquema a seguir: RELACÃO JURÍDICA SUJ. ATIVO PRESTAÇÃO SUJ. PASSIVO (direito) (bem jurídico) (dever) 1. (TJ-PA/Analista Judiciário/2009) Sendo o ser humano sujeito de direitos e deveres, nos termos do disposto no art. 1o do Código Civil, pode-se afirmar que: (A) capacidade se confunde com legitimação. (B) todos possuem capacidade de fato. (C) capacidade é a medida da personalidade. (D) não existe mais de uma espécie de capacidade. (E) a capacidade de direito é sinônimo de capacidade limitada. Análise das alternativas: (A) ERRADA. A capacidade não se confunde com legitimação A legitimação é a posição favorável de uma pessoa em relação a certos bens ou interesses, habilitando-a à prática de determinados atos ou negócios jurídicos. A falta de legitimação acarreta um impedimento específico para a prática de determinados atos ou negócios jurídicos. A legitimação difere da capacidade de direito ou de gozo, pois, esta todas as pessoas possuem, ao passo que aquela é característica de apenas alguns. (B) ERRADA. Todos possuem capacidade de direito. O Código Civil em seus artigos 1o e 2o dispõe que: Art. 1o do CC - Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Art. 2o do CC - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Dessa forma, a pessoa natural, ao nascer com vida, adquire personalidade jurídica e passa a ser titular de direitos e deveres na ordem civil. Ou seja, a personalidade adquirida ao nascer representa o conjunto de capacidades (aptidões) referentes a uma pessoa. Duas são as espécies de capacidade: - Capacidade de Direito ou de Gozo: é adquirida junto com a personalidade e representa a aptidão para ser titular de direitos e deveres na ordem civil, conforme dispõe o art. 1o do CC. A capacidade de Direito ou de Gozo é adquirida através do nascimento com vida. - Capacidade de Fato ou de Exercício: é a aptidão para alguém exercer por si só (sozinho) os atos da vida civil. Ou seja, representa a capacidade de praticar pessoalmente os atos da vida civil, independente de assistência ou representação. Em regra é adquirida ao completar dezoito anos de idade. Conclui-se que todas as pessoas possuem capacidade de direito ou de gozo, mas nem todas possuem a capacidade de fato ou de exercício. Esta, em regra, é adquirida ao completar 18 anos, mas

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AULA 1 ndash PESSOAS NATURAIS PESSOASJURIacuteDICAS E DOMICIacuteLIO

PESSOAS NATURAISNo sentido juriacutedico a palavra pessoa representa o titular dedireitos e obrigaccedilotildees Duas satildeo as espeacutecies de pessoas- pessoa natural ou fiacutesica eacute o ser humano e- pessoa juriacutedica ou moral satildeo organizaccedilotildees que visam arealizaccedilatildeo de um certo interesseO titular de direitos e obrigaccedilotildees eacute aquele pode figurar em umarelaccedilatildeo juriacutedica conforme esquema a seguirRELACAtildeO JURIacuteDICASUJ ATIVO PRESTACcedilAtildeO SUJ PASSIVO(direito) (bem juriacutedico) (dever)

1 (TJ-PAAnalista Judiciaacuterio2009) Sendo o ser humanosujeito de direitos e deveres nos termos do disposto no art1o do Coacutedigo Civil pode-se afirmar que(A) capacidade se confunde com legitimaccedilatildeo(B) todos possuem capacidade de fato(C) capacidade eacute a medida da personalidade(D) natildeo existe mais de uma espeacutecie de capacidade(E) a capacidade de direito eacute sinocircnimo de capacidade limitada

Anaacutelise das alternativas(A) ERRADA A capacidade natildeo se confunde com legitimaccedilatildeo Alegitimaccedilatildeo eacute a posiccedilatildeo favoraacutevel de uma pessoa em relaccedilatildeo acertos bens ou interesses habilitando-a agrave praacutetica de determinadosatos ou negoacutecios juriacutedicos A falta de legitimaccedilatildeo acarreta umimpedimento especiacutefico para a praacutetica de determinados atos ounegoacutecios juriacutedicosA legitimaccedilatildeo difere da capacidade de direito ou de gozo pois estatodas as pessoas possuem ao passo que aquela eacute caracteriacutestica deapenas alguns (B) ERRADA Todos possuem capacidade de direito O Coacutedigo Civilem seus artigos 1o e 2o dispotildee queArt 1o do CC - Toda pessoa eacute capaz de direitos e deveres naordem civilArt 2o do CC - A personalidade civil da pessoa comeccedila do

nascimento com vida mas a lei potildee a salvo desde a concepccedilatildeoos direitos do nascituroDessa forma a pessoa natural ao nascer com vida adquirepersonalidade juriacutedica e passa a ser titular de direitos e deveres naordem civil Ou seja a personalidade adquirida ao nascer representao conjunto de capacidades (aptidotildees) referentes a uma pessoa Duassatildeo as espeacutecies de capacidade- Capacidade de Direito ou de Gozo eacute adquirida junto com apersonalidade e representa a aptidatildeo para ser titular de direitose deveres na ordem civil conforme dispotildee o art 1o do CC Acapacidade de Direito ou de Gozo eacute adquirida atraveacutes donascimento com vida- Capacidade de Fato ou de Exerciacutecio eacute a aptidatildeo paraalgueacutem exercer por si soacute (sozinho) os atos da vida civil Ouseja representa a capacidade de praticar pessoalmente os atosda vida civil independente de assistecircncia ou representaccedilatildeo Emregra eacute adquirida ao completar dezoito anos de idadeConclui-se que todas as pessoas possuem capacidade de direitoou de gozo mas nem todas possuem a capacidade de fato ou deexerciacutecio Esta em regra eacute adquirida ao completar 18 anos mastambeacutem pode ser adquirida atraveacutes da emancipaccedilatildeo ou dolevantamento da interdiccedilatildeo(C) CERTA Conforme preconiza a Profa Maria Helena Diniz acapacidade eacute a medida da personalidade Dessa forma ao nascercom vida se adquire personalidade juriacutedica e consequentemente acapacidade de direito ou de gozo(D) ERRADA Conforme comentaacuterios da alternativa anterior existemduas espeacutecies de capacidade a capacidade de direito ou de gozo e acapacidade de fato ou de exerciacutecioNASCIMENTO 18 ANOSAQUISICcedilAtildeO DACAPACIDADE DEDIREITO OU DE GOZOREGRA AQUISICcedilAtildeO DACAPACIDADE DE FATOOU DE EXERCIacuteCIO

(E) ERRADA A capacidade de direito eacute sinocircnimo de capacidadeilimitada pois todos a possuem Por outro lado a capacidade defato ou de exerciacutecio eacute sinocircnimo de capacidade limitada pois nemtodos a possuemGabarito C

2 (DPE-MADefensor Puacuteblico2009) A respeito da capacidadede direito eacute correto afirmar(A) O menor de dezesseis anos eacute absolutamente incapaz aopasso que a capacidade de direito plena ocorre somente aosdezoito anos(B) Em relaccedilatildeo agraves pessoas fiacutesicas ocorre a partir donascimento com vida mas somente se prova com o registro denascimento(C) Em relaccedilatildeo agraves pessoas juriacutedicas ocorre a partir donascimento com vida mas a lei potildee a salvo desde aconcepccedilatildeo os direitos do nascituro(D) O registro civil da pessoa fiacutesica possui natureza juriacutedicameramente declaratoacuteria ao passo que para as pessoasjuriacutedicas o registro tem efeito constitutivo(E) Para o maior de dezoito anos pode ser afastada medianteaccedilatildeo de interdiccedilatildeo na qual se prove a total falta dediscernimento do interditando quer por doenccedila quer por malcongecircnito

Anaacutelise das alternativas(A) ERRADA O menor de dezesseis anos eacute absolutamente incapaz aopasso que a capacidade de fato plena ocorre somente aos dezoitoanos(B) ERRADA Em relaccedilatildeo agraves pessoas fiacutesicas a capacidade de direitoocorre a partir do nascimento com vida natildeo sendo necessaacuteria aprova com o registro de nascimentoO registro nas pessoas naturais representa um atomeramente declaratoacuterio pois mesmo que uma pessoa nasccedila enatildeo seja feita a certidatildeo de nascimento ocorre o iniacutecio dapersonalidade juriacutedica

No entanto o registro nas pessoas juriacutedicas representa umato constitutivo ou seja apenas com o registro que se adquirepersonalidade juriacutedica A personalidade natildeo surge simplesmentequando se firma o contratoConforme o art 45 sect uacutenico do CC havendo defeito no atoconstitutivo de uma pessoa juriacutedica de direito privado pode-sedesconstituiacute-la dentro do prazo decadencial de trecircs anos contadoeste prazo a partir da publicaccedilatildeo de sua inscriccedilatildeo no RegistroSegue tabela

REGISTRO CONSEQUumlEcircNCIA

PESSOANATURALNatureza declaratoacuteriaA personalidade eacute adquirida antes doregistro ou seja atraveacutes do nascimentocom vida

PESSOAJURIacuteDICANatureza constitutivaA personalidade eacute adquirida atraveacutes doregistro

(C) ERRADA Em relaccedilatildeo agraves pessoas naturais ocorre a partir donascimento com vida mas a lei potildee a salvo desde a concepccedilatildeo os direitosdo nascituro(D) CERTA Conforme comentaacuterios da alternativa (B)(E) ERRADA Para o maior de dezoito anos pode ser afastada medianteaccedilatildeo de interdiccedilatildeo na qual se prove a total ou parcial falta dediscernimento do interditando quer por doenccedila quer por mal congecircnitoQuando a falta de discernimento for total o juiz iraacute declarar a incapacidadeabsoluta por outro lado quando a falta de discernimento for parcial o juiziraacute declarar a incapacidade relativaGabarito D

3 (PGE-MTProcurador2011) O registro da pessoa juriacutedicano oacutergatildeo competente tem eficaacutecia(A) resolutiva(B) declaratoacuteria(C) rescisoacuteria(D) discriminatoacuteria

(E) constitutivaConforme os comentaacuterios da alternativa (B) da questatildeo anteriorGabarito E

4 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) Satildeo absolutamenteincapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil(A) os proacutedigos(B) os maiores de 16 e menores de 18 anos(C) os excepcionais sem desenvolvimento mental completo(D) os que mesmo por causa transitoacuteria natildeo puderemexprimir sua vontade(E) os que por deficiecircncia mental tenham o discernimentoreduzido

A questatildeo trata da INCAPACIDADE ABSOLUTA E RELATIVAAs pessoas que possuem os dois tipos de capacidade (de direitogozoe de fatoexerciacutecio) tecircm a chamada capacidade plena e aqueles que natildeopossuem a capacidade de fato ou de exerciacutecio satildeo chamados incapazessendo portadores de uma ldquodeficiecircncia juriacutedicardquo Justamente por existir taldeficiecircncia eacute que os incapazes precisam ser representados ou assistidosA incapacidade (deficiecircncia juriacutedica) pode se apresentar sob duasformasbull Incapacidade absoluta acarreta a proibiccedilatildeo total da praacutetica dos atosda vida civil Tal deficiecircncia eacute suprida pela representaccedilatildeobull Incapacidade relativa permite a praacutetica dos atos civis desde que oincapaz seja assistido por seu representante Tal deficiecircncia eacute supridapela assistecircnciaQuando a pessoa natildeo possui capacidade de fato ou de exerciacutecio econsequumlentemente a capacidade civil plena ela eacute considerada incapaz Navisatildeo da Profa Maria Helena Diniz a incapacidade deve ser observada deforma restritiva pois a capacidade eacute a regra (todos adquirem ao nascercom vida) ao passo que incapacidade eacute a exceccedilatildeoIMPORTANTE A incapacidade eacute a restriccedilatildeo legal ao exerciacutecio dos atos da vidacivil e tem como objetivo proteger os que satildeo portadores de alguma

deficiecircncia juriacutedica apreciaacutevel atraveacutes da graduaccedilatildeo da forma deproteccedilatildeo Dependendo da deficiecircncia a incapacidade gera comoforma de proteccedilatildeo a necessidade de um representante(incapacidade absoluta) ou de um assistente (incapacidaderelativa)

CAPACIDADE DE DIREITO + CAPACIDADE DE FATO = CAPACIDADE PLENA

A incapacidade absoluta eacute suprida pela representaccedilatildeo Narepresentaccedilatildeo o incapaz natildeo esboccedila sua vontade em relaccedilatildeo agrave praacutetica ounatildeo do ato ou negoacutecio juriacutedico pois esta eacute tomada pelo representante legalOu seja o ato ou negoacutecio juriacutedico eacute realizado de acordo com a vontade dorepresentante A falta de representante acarreta a nulidade do atoJaacute a incapacidade relativa eacute suprida pela assistecircncia Na assistecircnciao proacuteprio incapaz decide se pratica ou natildeo o ato ou negoacutecio juriacutedicoesboccedilando portanto a sua vontade limitando-se o assistente a apenaspresenciaacute-lo durante a celebraccedilatildeo do ato Satildeo pessoas que por teremalgum discernimento estatildeo em uma situaccedilatildeo intermediaacuteria entre acapacidade plena e a incapacidade total A falta de assistecircncia acarreta aanulabilidade do atoApoacutes saber os tipos de incapacidade creio que vocecirc deva estar seperguntando quem eacute considerado incapazA resposta para essa pergunta eacute dada pelos arts 3ordm e 4ordm do CC quetrazem respectivamente o rol dos absolutamente e relativamenteincapazesArt 3o do CC - Satildeo absolutamente incapazes de exercerpessoalmente os atos da vida civilI - os menores de dezesseis anosII - os que por enfermidade ou deficiecircncia mental natildeo tiverem o necessaacuterio discernimentopara a praacutetica desses atosIII - os que mesmo por causa transitoacuteria natildeo puderem exprimir suavontadeArt 4o do CC - Satildeo incapazes relativamente a certos atos ou agravemaneira de os exercerI - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos

II - os eacutebrios habituais os viciados em toacutexicos e os que por deficiecircnciamental tenham o discernimento reduzidoIII - os excepcionais sem desenvolvimento mental completoIV - os proacutedigosParaacutegrafo uacutenico A capacidade dos iacutendios seraacute regulada por legislaccedilatildeoespecialRol dos absolutamente incapazes- Os menores de 16 anos satildeo chamados de menores impuacuteberes Satildeo osque ainda natildeo atingiram a maturidade suficiente para participar daatividade juriacutedica- Os privados do necessaacuterio discernimento por enfermidade oudeficiecircncia mental para serem considerados absolutamente incapazesnecessitam de um processo de interdiccedilatildeo Tal processo segue o rito doCoacutedigo de Processo Civil e a sentenccedila teraacute natureza declaratoacuteria de umasituaccedilatildeo ou estado anterior devendo ser registrada em livro especial noCartoacuterio do 1ordm Ofiacutecio do Registro Civil- Os que mesmo por causa transitoacuteria natildeo puderem exprimir suavontade tem nas pessoas que estatildeo em estado de coma o claacutessico exemplode incapacidade absoluta comumente cobrado em concursos Este caso natildeoprecisa de interdiccedilatildeo pelo fato de teoricamente se tratar de uma situaccedilatildeoldquopassageirardquoRol dos relativamente incapazes- Os maiores de 16 e menores de 18 anos satildeo chamados de menorespuacuteberes e apesar de serem relativamente incapazes podem praticardeterminados atos sem a assistecircncia tal como aceitar mandato sertestemunha fazer testamento etc- Os eacutebrios (alcooacutelatras) habituais e os viciados em toacutexicos(toxicocircmanos) quando o efeito das respectivas substacircncias (aacutelcool eentorpecente) provocar uma reduccedilatildeo na capacidade de entendimento natildeopoderatildeo praticar os atos da vida civil sem assistecircncia de um curador desdeque interditos- Os deficientes mentais com discernimento reduzido satildeo fracos damente ou fronteiriccedilos Dessa forma quando a debilidade privarcompletamente o amental do necessaacuterio discernimento para a praacutetica dosatos da vida civil entatildeo ele seraacute considerado incapaz de forma absoluta

Poreacutem se ocorrer apenas uma reduccedilatildeo na capacidade teremos aincapacidade relativa- Todos os excepcionais sem desenvolvimento mental completoincluindo os surdos-mudos (em determinadas situaccedilotildees) satildeo consideradosrelativamente incapazes Para tal deve haver uma sentenccedila de interdiccedilatildeo- Os proacutedigos satildeo gastadores que dissipam o proacuteprio patrimocircnio de formadesvairada Trata-se de um desvio de personalidade e natildeo propriamentede um estado de alienaccedilatildeo mental No entanto o proacutedigo soacute ficaraacute privadode praticar atos que extravasam a mera administraccedilatildeo e implicam nocomprometimento de seu patrimocircnio como emprestar alienar hipotecaretc (art 1782 do CC) Precisa de interdiccedilatildeoArt 1782 do CC - A interdiccedilatildeo do proacutedigo soacute o privaraacute de sem curadoremprestar transigir dar quitaccedilatildeo alienar hipotecar demandar ou serdemandado e praticar em geral os atos que natildeo sejam de meraadministraccedilatildeoObservaccedilatildeo existem algumas exceccedilotildees em que os relativamenteincapazes podem praticar atos sozinhos como fazer um testamento aceitarmandato para praticar negoacutecios celebrar contrato de trabalho a partir de 16anos ser testemunha a partir de 16 anos etcA seguir temos mais uma tabela para sintetizar o assunto

INCAPACIDADE ABSOLUTA

1 - menores de dezesseis anos2 - enfermos sem discernimento3 - deficientes mentais semdiscernimento e4 - impossibilidade transitoacuteria deexprimir a vontade

RELATIVA

1 - maiores de dezesseis emenores de dezoito anos2 - eacutebrios habituais3 - viciados em toacutexicos4 - deficientes mentais comdiscernimento reduzido5 - excepcionais semdesenvolvimento mentalcompleto e6 - proacutedigos

Gabarito D

5 (TJ-PAAuxiliar Judiciaacuterio2009) Tratando-se deincapacidade das pessoas eacute certo afirmar que(A) o relativamente incapaz natildeo pode fazer testamento aindaque assistido(B) a incapacidade relativa natildeo permite que o incapazpratique atos da vida civil mesmo que assistido(C) a incapacidade absoluta acarreta a proibiccedilatildeo total doexerciacutecio por si soacute do direito(D) o relativamente incapaz para inscrever-se como eleitornecessita da assistecircncia de seu representante legal(E) a incapacidade relativa pode ser suprida ao passo que aincapacidade absoluta natildeo pode ser suprida

Anaacutelise das alternativas(A) ERRADA Os que possuem entre 16 e 18 anos podem praticaralguns atos mesmo sem serem assistidos como eacute o caso dotestamento Vide art 1860 do CCArt 1860 Aleacutem dos incapazes natildeo podem testar os que no atode fazecirc-lo natildeo tiverem pleno discernimentoParaacutegrafo uacutenico Podem testar os maiores de dezesseis anos (B) ERRADA A incapacidade relativa natildeo permite que o incapazpratique atos da vida civil desde que assistido A assistecircncia eacute aproteccedilatildeo juriacutedica que supre a incapacidade relativa(C) CERTA O absolutamente estaacute proibido de praticar sozinho atosda vida civil Para que ocorra tal praacutetica eacute necessaacuteria a representaccedilatildeocomo forma de proteccedilatildeo juriacutedica(D) ERRADA O relativamente incapaz para inscrever-se como eleitornatildeo necessita da assistecircncia de seu representante legal A inscriccedilatildeocomo eleitor tambeacutem eacute um ato que pode ser praticado por pessoasmaiores de 16 anos independente de assistecircncia(E) ERRADA A incapacidade relativa pode ser suprida pelarepresentaccedilatildeo ao passo que a incapacidade absoluta pode sersuprida pela assistecircncia

Gabarito C

6 (PGE-MTProcurador2011) Satildeo incapazes relativamente acertos atos ou agrave maneira de os exercer(A) os menores de dezesseis anos(B) os proacutedigos ainda que casados(C) os que mesmo por causa transitoacuteria natildeo puderemexprimir sua vontade(D) os maiores de dezesseis anos e menores de dezoito anosainda que casados(E) os maiores de dezesseis e menores de vinte e um anosAnaacutelise das afirmativas(A) ERRADA Eles satildeo absolutamente incapazes(B) CERTA O fato do proacutedigo (pessoa que dissipa o seu patrimocircnio)estar casado natildeo afasta a incapacidade por tanto ele eacute consideradorelativamente incapaz no que tange aos atos patrimoniais(C) ERRADA Eles satildeo absolutamente incapazes(D) ERRADA Neste caso o casamento acarreta a emancipaccedilatildeo domenor e consequentemente antecipa a aquisiccedilatildeo da capacidade defato ou de exerciacutecio(E) ERRADA No que tange agrave idade a incapacidade relativa ocorreentre 16 e 18 anosGabarito B

7 (TRF 5ordf RegiatildeoAnalista Administrativo2008) Nos termosestabelecidos pela legislaccedilatildeo civil brasileira NAtildeO cessaraacute paraos menores a incapacidade(A) pela existecircncia de relaccedilatildeo de emprego e em funccedilatildeo dele omenor com dezesseis anos completos tenha economia proacutepria(B) pela concessatildeo dos pais mediante instrumento particularindependentemente de homologaccedilatildeo judicial se o menor tiverdezesseis anos completos(C) pela colaccedilatildeo de grau em curso de ensino superior(D) pelo exerciacutecio de emprego puacuteblico efetivo(E) pelo casamento

A emancipaccedilatildeo representa a aquisiccedilatildeo da capacidade civilplena antes de completar 18 (dezoito) anos ou seja representa a

antecipaccedilatildeo da capacidade civil plena A doutrina a divide em 3 (trecircs)tipos voluntaacuteria judicial e legalSegue graacutefico esquemaacuteticoAnaacutelise das alternativasEMANCIPACcedilAtildeOEacute o instituto juriacutedico queantecipa a aquisiccedilatildeo dacapacidade plena aosmenores de 18 anosCaracteriacutesticas- irrevogabilidade natildeopode ser revogada pelospais do menor- perpetuidade se ocasamento for desfeito aemancipaccedilatildeo continua- pura e simples natildeoadmite termo oucondiccedilatildeoVOLUNTAacuteRIA eacute concedida pelos pais (os dois) medianteescritura puacuteblica independente de homologaccedilatildeo judicial Omenor deve ter 16 anos completos- se um dos pais for falecido ou estiver interditado (falta deum dos pais) o outro pode conceder a emancipaccedilatildeo- se um dos pais se achar em local incerto deve haverautorizaccedilatildeo judicialJUDICIAL eacute concedida por sentenccedila judicial O menordeve ter 16 anos completos Duas hipoacuteteses1) quando o menor estiver sob tutela e2) quando houver divergecircncia entre os paisLEGAL se opera automaticamente independente de atodos pais tutor ou sentenccedila judicial Hipoacuteteses1) casamento (16 anos completos em regra ndash arts 1517 e1520 do CC)2) exerciacutecio de emprego puacuteblico efetivo (concurso puacuteblico)3) colaccedilatildeo de grau em curso de ensino superior (faculdade)4) ter estabelecimento civil ou comercial que lhe propicieeconomia proacutepria (16 anos completos)5) possuir relaccedilatildeo de emprego que lhe propicie a obtenccedilatildeode economia proacutepria (16 anos completos)

(A) ERRADA A assertiva trata da quinta forma de emancipaccedilatildeo legalsendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menor(B) CERTA Para ocorrer o fim da incapacidade a emancipaccedilatildeo feita

pelos pais (voluntaacuteria) deve ocorrer atraveacutes de um instrumentopuacuteblico Caso ocorra atraveacutes de instrumento particular aemancipaccedilatildeo natildeo teraacute validade por ficar caracterizado um viacutecio deforma(C) ERRADA A assertiva trata da terceira forma de emancipaccedilatildeolegal sendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menor(D) ERRADA A assertiva trata da segunda forma de emancipaccedilatildeolegal sendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menor(E) ERRADA A assertiva trata da primeira forma de emancipaccedilatildeolegal sendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menorGabarito B

8 (TRE-TOAnalista Judiciaacuterio2011) Marta possui dezesseisanos de idade e reside com sua matildee Julia jaacute que seu pai eacutefalecido Julia pretende fazer cessar a incapacidade civil deMarta Neste caso Julia(A) deveraacute fazecirc-lo atraveacutes de procedimento judicial adequadovisando sentenccedila proferida em juiacutezo(B) poderaacute fazecirc-lo mediante instrumento puacuteblicoindependentemente de homologaccedilatildeo judicial(C) poderaacute fazecirc-lo mediante instrumento puacuteblico desde quesubmetido agrave homologaccedilatildeo judicial(D) natildeo poderaacute fazecirc-lo em razatildeo do falecimento do pai deMarta(E) natildeo poderaacute fazecirc-lo uma vez que Marta possui dezesseisanos de idade

A questatildeo trata da emancipaccedilatildeo voluntaacuteria citada no esquemada questatildeo anterior Para que ocorra tal emancipaccedilatildeo basta avontade dos pais ou de apenas um dele na falta do outro Trata-se deum ato que natildeo depende de manifestaccedilatildeo judicial bastando oresponsaacutevel ir ao cartoacuterio Satildeo necessaacuterios seguintes requisitos- instrumento puacuteblico e- Marta ter idade miacutenima de 16 anosGabarito B

9 (TJRR ndash Juiz Substituto ndash 2008) Pode ser declarada amorte presumida sem decretaccedilatildeo de ausecircncia(A) se for extremamente provaacutevel a morte de quem estava emperigo de vida(B) somente de algueacutem desaparecido em campanha ou feitoprisioneiro natildeo sendo encontrado ateacute 02 (dois) anos apoacutes oteacutermino da guerra(C) depois de dez (10) anos do desaparecimento da pessoa ouse o desaparecido contar oitenta (80) anos de idade e suasuacuteltimas notiacutecias forem de mais de cinco (05) anos(D) depois de vinte (20) anos do desaparecimento da pessoasendo suas uacuteltimas notiacutecias de mais de cinco (05) anos(E) sempre que algueacutem tendo desaparecido de seu domiciacuteliocontar cem (100) anos de idade

Para o direito civil a morte representa o fim da personalidadejuriacutedica Pode ser de trecircs tipos1 - Morte Real ndash eacute a que pressupotildee a existecircncia de um cadaacuteverpara comprovar o oacutebito2 - Morte Civil - quando uma pessoa embora viva eacute tratadacomo morta perdendo os seus direitos civis Estaacute prevista no art1816 do Coacutedigo Civil soacute produzindo efeitos com relaccedilatildeo agraveheranccedilaArt 1816 do CC - Satildeo pessoais os efeitos da exclusatildeo osdescendentes do herdeiro excluiacutedo sucedem como se ele mortofosse antes da abertura da sucessatildeoParaacutegrafo uacutenico O excluiacutedo da sucessatildeo natildeo teraacute direito aousufruto ou agrave administraccedilatildeo dos bens que a seus sucessorescouberem na heranccedila nem agrave sucessatildeo eventual desses bens3 - Morte Presumida ndash ocorre quando natildeo haacute um cadaacutever paraprovar efetivamente a morte O Coacutedigo Civil trata do assunto nosarts 6ordm e 7ordmArt 6o do CC - A existecircncia da pessoa natural termina com amorte presume-se esta quanto aos ausentes nos casos em que

a lei autoriza a abertura de sucessatildeo definitivaArt 7o do CC - Pode ser declarada a morte presumida semdecretaccedilatildeo de ausecircnciaI - se for extremamente provaacutevel a morte de quem estava emperigo de vidaII - se algueacutem desaparecido em campanha ou feito prisioneironatildeo for encontrado ateacute dois anos apoacutes o teacutermino da guerraParaacutegrafo uacutenico A declaraccedilatildeo da morte presumida nesses casossomente poderaacute ser requerida depois de esgotadas as buscas eaveriguaccedilotildees devendo a sentenccedila fixar a data provaacutevel dofalecimentoA morte presumida frequumlentemente costuma ser alvo dequestotildees de concursos portanto segue graacutefico esquemaacutetico sobre oassunto

MORTE PRESUMIDA

SEM DECRETACcedilAtildeO DE AUSEcircNCIA (art 7ordm do CC) satildeo os casosde- extrema probabilidade de morte de quem se encontrava em perigode vida (ex queda do aviatildeo da Air France) e- desaparecimento em campanha ou aprisionamento apoacutes 2 anosdo teacutermino da guerra

COM DECRETACcedilAtildeO DE AUSEcircNCIA (art 6ordm do CC) pessoa comparadeiro desconhecido Existe a necessidade de que algueacutemrepresente os bens do ausente Fases1 - curadoria dos bens do ausente 1048782 o curador administra osbens do ausente2 - sucessatildeo provisoacuteria 1048782 os herdeiros se imitem na posse dosbens do ausente3 - sucessatildeo definitiva 1048782 os herdeiros adquirem a propriedadedos bens do ausenteEacute na abertura da sucessatildeo definitiva que o ausente eacute declaradomortoJaacute vimos que a morte presumida com decretaccedilatildeo de ausecircnciaatravessa trecircs fases entretanto eacute necessaacuterio tecermos comentaacuteriossucintos sobre cada uma pois a mateacuteria eacute tratada de forma mais

especiacutefica no Coacutedigo de Processo Civil1) Curadoria dos bens do ausente nesta fase o juiz apoacutes analisara peticcedilatildeo inicial e se convencer do desaparecimento de certa pessoadeveraacute nomear um curador para administrar os bens do ausentecaso ele natildeo tenha deixado um procurador A escolha do curadordeveraacute obedecer a ordem do art 25 do CCArt 25 do CC - O cocircnjuge do ausente sempre que natildeo estejaseparado judicialmente ou de fato por mais de dois anos antesda declaraccedilatildeo da ausecircncia seraacute o seu legiacutetimo curadorsect 1o Em falta do cocircnjuge a curadoria dos bens do ausenteincumbe aos pais ou aos descendentes nesta ordem natildeohavendo impedimento que os iniba de exercer o cargosect 2o Entre os descendentes os mais proacuteximos precedem os maisremotossect 3o Na falta das pessoas mencionadas compete ao juiz a escolhado curadorO juiz tambeacutem arrecadaraacute os bens do ausente entregando aadministraccedilatildeo deles para o curador e mandaraacute publicar editaisdurante um ano reproduzidos de dois em dois meses anunciando aarrecadaccedilatildeo e chamando o ausente a entrar na posse dos bensApoacutes um ano da publicaccedilatildeo do primeiro edital ou trecircs anos nocaso de haver deixado procurador permanecendo a ausecircnciaavanccedila-se para a segunda fase (art 26 do CC)Art 26 do CC - Decorrido um ano da arrecadaccedilatildeo dos bens doausente ou se ele deixou representante ou procurador em sepassando trecircs anos poderatildeo os interessados requerer que sedeclare a ausecircncia e se abra provisoriamente a sucessatildeo2) Sucessatildeo provisoacuteria esta fase eacute aberta pela sentenccedila do juizapoacutes o julgamento das habilitaccedilotildees dos herdeiros Com exceccedilatildeo dosascendentes dos descendentes e do cocircnjuge os demais herdeirospara se imitirem na posse dos bens do ausente devem prestar umacauccedilatildeo de garantia

Art 30 do CC - Os herdeiros para se imitirem na posse dos bensdo ausente daratildeo garantias da restituiccedilatildeo deles mediantepenhores ou hipotecas equivalentes aos quinhotildees respectivossect 1o Aquele que tiver direito agrave posse provisoacuteria mas natildeo puderprestar a garantia exigida neste artigo seraacute excluiacutedo mantendoseos bens que lhe deviam caber sob a administraccedilatildeo do curadorou de outro herdeiro designado pelo juiz e que preste essagarantiasect 2o Os ascendentes os descendentes e o cocircnjuge uma vezprovada a sua qualidade de herdeiros poderatildeoindependentemente de garantia entrar na posse dos bens doausenteHavendo certeza de morte ou persistindo a ausecircncia apoacutes dezanos contados a partir do tracircnsito da sentenccedila de abertura dasucessatildeo provisoacuteria ou entatildeo dentro de cinco anos a contar dasuacuteltimas notiacutecias se o ausente contava oitenta ano de idade avanccedilasepara a terceira faseArt 35 do CC - Se durante a posse provisoacuteria se provar a eacutepocaexata do falecimento do ausente considerar-se-aacute nessa dataaberta a sucessatildeo em favor dos herdeiros que o eram agravequeletempoArt 37 do CC - Dez anos depois de passada em julgado asentenccedila que concede a abertura da sucessatildeo provisoacuteria poderatildeoos interessados requerer a sucessatildeo definitiva e o levantamentodas cauccedilotildees prestadasArt 38 do CC - Pode-se requerer a sucessatildeo definitiva tambeacutemprovando-se que o ausente conta oitenta anos de idade e que decinco datam as uacuteltimas notiacutecias dele3) Sucessatildeo definitiva tal sentenccedila acarreta a presunccedilatildeo da mortedo ausente devendo ser averbada no Cartoacuterio de Registro Civil Osherdeiros deixam de ter a posse e passam a ter a propriedaderesoluacutevel dos bens do ausente Eacute resoluacutevel porque o retorno doausente em ateacute dez anos apoacutes a abertura da sucessatildeo definitiva

provoca a extinccedilatildeo da propriedadeArt 39 do CC - Regressando o ausente nos dez anos seguintes agrave aberturada sucessatildeo definitiva ou algum de seus descendentes ou ascendentesaquele ou estes haveratildeo soacute os bens existentes no estado em que seacharem os sub-rogados em seu lugar ou o preccedilo que os herdeiros edemais interessados houverem recebido pelos bens alienados depoisdaquele tempoParaacutegrafo uacutenico Se nos dez anos a que se refere este artigo oausente natildeo regressar e nenhum interessado promover asucessatildeo definitiva os bens arrecadados passaratildeo ao domiacutenio doMuniciacutepio ou do Distrito Federal se localizados nas respectivascircunscriccedilotildees incorporando-se ao domiacutenio da Uniatildeo quandosituados em territoacuterio federalPercebemos que em regra natildeo eacute possiacutevel um intervalo detempo menor que onze anos (1 + 10) entre a curadoria dos bens e asucessatildeo definitiva pois deve-se publicar editais durante um ano eaguardar dez anos da sucessatildeo provisoacuteria ateacute a sucessatildeo definitivaAnaacutelise das alternativas(A) CERTA Conforme o art 7ordm I do CC(B) ERRADA A palavra ldquosomenterdquo tornou a assertiva errada poisexiste mais de um caso de morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia(C) ERRADA A assertiva lista hipoacuteteses de morte presumida comdecretaccedilatildeo de ausecircncia(D) ERRADA A assertiva lista uma hipoacutetese totalmente descabida noacircmbito do direito civil(E) ERRADA A assertiva tambeacutem lista uma hipoacutetese totalmentedescabida no acircmbito do direito civilGabarito A

10 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro decorrido um ano da arrecadaccedilatildeo dosbens do ausente ou se ele deixou representante ouprocurador em se passando trecircs anos poderatildeo osinteressados requerer que se declare a ausecircncia e se abra

provisoriamente a sucessatildeo A sentenccedila que determinar aabertura da sucessatildeo provisoacuteria(A) produziraacute efeito a partir do primeiro dia uacutetil seguinte apublicaccedilatildeo pela imprensa(B) produziraacute efeito imediatamente(C) soacute produziraacute efeito cento e oitenta dias depois depublicada pela imprensa(D) soacute produziraacute efeito trinta dias depois de publicada pelaimprensa(E) soacute produziraacute efeito noventa dias depois de publicada pelaimprensa

A questatildeo trata da literalidade do art 28 do CCArt 28 A sentenccedila que determinar a abertura da sucessatildeoprovisoacuteria soacute produziraacute efeito cento e oitenta diasdepois de publicada pela imprensa mas logo que passeem julgado proceder-se-aacute agrave abertura do testamento se houvere ao inventaacuterio e partilha dos bens como se o ausente fossefalecidoGabarito C

11 (TRT 15ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Judiciaacuterio ndash 2009) Umaviatildeo de passageiros desapareceu quando cruzava o OceanoDias depois do desaparecimento foram encontrados destroccedilosda aeronave e corpos de passageiros Todavia o corpo de Joseacutenatildeo foi encontrado apoacutes vaacuterios meses e as autoridadesresponsaacuteveis encerraram as buscas Nesse caso a mortepresumida(A) pode ser declarada sem decretaccedilatildeo de ausecircncia(B) soacute pode ser declarada apoacutes 10 anos contados da data doacidente(C) soacute pode ser declarada apoacutes dois anos contados da data doacidente (D) natildeo pode ser declarada somente podendo ser declarada aausecircncia(E) soacute pode ser declarada apoacutes 10 anos contados da data da declaraccedilatildeo da ausecircncia

A situaccedilatildeo narrada no enunciado da questatildeo representa umcaso de perigo de vida (morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia) e conforme o art 7ordm sect uacutenico do CC para que possa serdeclarada a morte da pessoa eacute necessaacuterio que ocorra o fim dasbuscas e averiguaccedilotildeesGabarito A

12 (TRT 15ordf - Teacutecnico Judiciaacuterio - Aacuterea Administrativa ndash2009) Paulo Pedro e Joseacute num automoacutevel levavam Joatildeo aum hospital pois estava muito doente Paulo o mais velhodirigia o veiacuteculo Pedro seu filho estava no banco da frenteJoseacute uma crianccedila de 8 anos e Joatildeo ocupavam o bancotraseiro No percurso o veiacuteculo colidiu com um poste e todosmorreram natildeo se podendo verificar quem morreu primeiroNesse caso presume-se que(A) todos morreram simultaneamente(B) Paulo morreu primeiro por ser o mais velho(C) Pedro morreu primeiro por viajar no banco da frente(D) Joseacute morreu primeiro por ser o mais jovem(E) Joatildeo morreu primeiro porque estava muito doente

A questatildeo trata da comoriecircncia que eacute a presunccedilatildeo de morte deduas ou mais pessoas simultaneamente sendo elas herdeiras entresi Produz como efeito juriacutedico o fato de os comorientes natildeoherdarem entre si ou seja natildeo haacute transmissatildeo de bens entre oscomorientesArt 8o do CC - Se dois ou mais indiviacuteduos falecerem na mesmaocasiatildeo natildeo se podendo averiguar se algum dos comorientesprecedeu aos outros presumir-se-atildeo simultaneamentemortosEx Um casal sem descendentes e ascendentes falece em umacidente de carro O Marido possui como uacutenico herdeiro um primo Aesposa possui como uacutenica herdeira uma irmatilde1) Se ficar provado que o marido morreu primeiro (antes da

esposa) este transmite sua heranccedila para a esposa queconsequentemente transmite para a irmatilde O primo fica semnada2) Se ficar provado que a esposa morreu primeiro (antes domarido) esta transmite sua heranccedila para o marido queconsequentemente transmite para o primo A irmatilde fica semnadaSe natildeo puder se provar quem morreu primeiro presume-se acomoriecircncia ou seja a heranccedila do marido seraacute transmitida ao primoe a heranccedila da esposa seraacute transmitida para a irmatildeGabarito A

13 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Teraacute legitimidadepara reclamar perdas e danos a direito da personalidade depessoa morta(A) apenas o cocircnjuge sobrevivente(B) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o segundo grau(C) apenas os descendentes e ascendentes ateacute o segundograu(D) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o quarto grau(E) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o terceiro grau

O art 12 do novo Coacutedigo Civil traz o princiacutepio da prevenccedilatildeo eda reparaccedilatildeo integral nos casos de lesatildeo a direitos da personalidadeArt 12 do CC - Pode-se exigir que cesse a ameaccedila ou a lesatildeo adireito da personalidade e reclamar perdas e danos sem prejuiacutezode outras sanccedilotildees previstas em leiParaacutegrafo uacutenico Em se tratando de morto teraacute legitimaccedilatildeo pararequerer a medida prevista neste artigo o cocircnjugesobrevivente ou qualquer parente em linha reta oucolateral ateacute o quarto grauEsse mesmo art 12 consagra os direitos do morto prevendo oseu sect uacutenico a legitimidade de ascendentes descendentes cocircnjuge e

colaterais ateacute quarto grau pleitearem indenizaccedilatildeo no caso de danosagrave personalidade de pessoa falecida Satildeo os denominados lesadosindiretos que sofrem muitas vezes um dano reflexo indiretocomumente denominado dano em ricocheteGabarito D

PESSOAS JURIacuteDICASA pessoa juriacutedica eacute o conjunto de pessoas naturais ou depatrimocircnios que visa a consecuccedilatildeo de certos fins reconhecida pelaordem juriacutedica como sujeito de direitos e obrigaccedilotildees Para existir satildeonecessaacuterios trecircs requisitos1) organizaccedilatildeo de pessoas ou de bens2) licitude de propoacutesitos ou fins e3) capacidade juriacutedica reconhecida por normaDessa forma para que o ser humano possa atingir seus fins eobjetivos liacutecitos ele se une a outros homens formandoagrupamentos A esses grupos a lei atribui personalidade juriacutedicacapacitando-os a serem sujeitos de direitos e de obrigaccedilotildeesNesse sentido eacute que surgem as pessoas juriacutedicas tambeacutemchamadas de pessoas morais pessoas coletivas pessoas abstrataspessoas miacutesticas pessoas civis ou pessoas intelectuais

14 (TCE-APProcurador2010) Eacute pessoa juriacutedica de direitopuacuteblico(A) associaccedilatildeo puacuteblica(B) fundaccedilatildeo(C) organizaccedilatildeo religiosa(D) empresa puacuteblica(E) partido poliacutetico

Uma questatildeo claacutessica da banca FCC versa sobre o assuntoclassificaccedilatildeo das pessoas juriacutedicasA tabela graacutefica a seguir resume o assuntoADM DIRETA Uniatildeo Est Territ DF MunicINTERNOADM INDIRETA Autarquias inclusive ass publicas edemais entid criadas por leiDIREITO PUacuteBLICO EXTERNO Estados estrangeiros e pessoas regidas pelo DIPSIMPLESPESSOA SOCIEDADEJURIacuteDICA EMPRESAacuteRIAfim econocircmico

CORPORACcedilAtildeO ASSOCIACcedilAtildeOuniversitas ASSOCIACcedilAtildeO PART POLIacuteTICODIREITO personarumPRIVADO fim natildeo ORG RELIGIOSAeconocircmicoFUNDACcedilAtildeOuniversitasbonorumA base legal para a tabela graacutefica acima estaacute nos artigos aseguirArt 40 do CC - As pessoas juriacutedicas satildeo de direito puacuteblico internoou externo e de direito privadoArt 41 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoI - a UniatildeoII - os Estados o Distrito Federal e os TerritoacuteriosIII - os MuniciacutepiosIV - as autarquias inclusive as associaccedilotildees puacuteblicasV - as demais entidades de caraacuteter puacuteblico criadas por leiParaacutegrafo uacutenico Salvo disposiccedilatildeo em contraacuterio as pessoasjuriacutedicas de direito puacuteblico a que se tenha dado estrutura dedireito privado regem-se no que couber quanto ao seufuncionamento pelas normas deste CoacutedigoArt 42 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico externo osEstados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelodireito internacional puacuteblicoArt 44 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoI - as associaccedilotildeesII - as sociedadesIII - as fundaccedilotildeesIV - as organizaccedilotildees religiosasV - os partidos poliacuteticossect 1o Satildeo livres a criaccedilatildeo a organizaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo interna e ofuncionamento das organizaccedilotildees religiosas sendo vedado aopoder puacuteblico negar-lhes reconhecimento ou registro dos atosconstitutivos e necessaacuterios ao seu funcionamentosect 2o As disposiccedilotildees concernentes agraves associaccedilotildees aplicam-sesubsidiariamente agraves sociedades que satildeo objeto do Livro II daParte Especial deste Coacutedigosect 3o Os partidos poliacuteticos seratildeo organizados e funcionaratildeoconforme o disposto em lei especiacutefica

Conclui-se que das alternativas apresentadas apenas aassociaccedilatildeo puacuteblica eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito A

15 (TRT 2ordf RegiatildeoAnalista Administrativo2008) Os partidospoliacuteticos as associaccedilotildees puacuteblicas e as organizaccedilotildees religiosassatildeo pessoas juriacutedicas de direito(A) privado(B) privado puacuteblico e puacuteblico respectivamente(C) puacuteblico privado e privado respectivamente(D) puacuteblico(E) privado puacuteblico e privado respectivamente

Conforme a tabela da pagina anteriorGabarito E

16 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Considere asseguintes entidades com abrangecircncia nacionalI Igreja Satildeo Marcos DivinoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquoIII Partido Poliacutetico ABCIV Autarquia XYZNeste caso satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoSOMENTE(A) III e IV (B) II III e IV(C) II e IV(D) I e IV(E) I e II

Vejamos cada uma das pessoas mencionadas conforme a tabelaapresentada

I Igreja Satildeo Marcos Divino 1048782 eacute uma organizaccedilatildeo religiosa portantotemos uma pessoa juriacutedica de direito privadoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquo 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica dedireito puacuteblicoIII Partido Poliacutetico ABC 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito privadoIV Autarquia XYZ 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito C

17 (TRT 7ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Administrativa ndash 2009) As

associaccedilotildees(A) soacute natildeo poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutempara fins morais(B) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins religiosos(C) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins poliacuteticos(D) jamais poderatildeo ter fins lucrativos(E) poderatildeo quando comerciais ter fins lucrativos

As ASSOCIACcedilOtildeES surgem quando natildeo haacute um fim lucrativoou intenccedilatildeo de dividir o resultado embora tenham patrimocircnioformado por contribuiccedilatildeo de seus membros para a obtenccedilatildeo de finsculturais educacionais esportivos religiosos beneficentesrecreativos morais etc Entretanto natildeo perdem a categoria deassociaccedilatildeo mesmo que realizem negoacutecios para manter ou aumentar oseu patrimocircnio desde que natildeo proporcionem ganho aos associados(Ex APAE UNE Associaccedilatildeo de Pais e Mestres Associaccedilatildeo dosAdvogados de Satildeo Paulo etc)Art 53 do CC - Constituem-se as associaccedilotildees pela uniatildeo depessoas que se organizem para fins natildeo econocircmicosParaacutegrafo uacutenico Natildeo haacute entre os associados direitos eobrigaccedilotildees reciacuteprocosO documento a ser utilizado na constituiccedilatildeo da associaccedilatildeo eacute oestatuto Tal documento deve possuir os requisitos listados no art 54do CCArt 54 do CC - Sob pena de nulidade o estatuto das associaccedilotildeesconteraacuteI - a denominaccedilatildeo os fins e a sede da associaccedilatildeoII - os requisitos para a admissatildeo demissatildeo e exclusatildeo dosassociadosIII - os direitos e deveres dos associadosIV - as fontes de recursos para sua manutenccedilatildeoV ndash o modo de constituiccedilatildeo e de funcionamento dos oacutergatildeosdeliberativosVI - as condiccedilotildees para a alteraccedilatildeo das disposiccedilotildees estatutaacuterias epara a dissoluccedilatildeo

VII ndash a forma de gestatildeo administrativa e de aprovaccedilatildeo dasrespectivas contasAleacutem disso como se trata de uma pessoa sem finalidadelucrativa os associados devem ter direitos iguais apesar de serpossiacutevel a existecircncia de uma categoria de associados com vantagensespeciais Um exemplo comum ocorre com os associados criadoresque reservam para si vantagens especiais enquanto que os demaisassociados teratildeo iguais direitosArt 55 do CC - Os associados devem ter iguais direitos mas oestatuto poderaacute instituir categorias com vantagens especiaisOutro conceito importante estaacute inserido no art 56 do CCArt 56 do CC - A qualidade de associado eacute intransmissiacutevel se oestatuto natildeo dispuser o contraacuterioParaacutegrafo uacutenico Se o associado for titular de quota ou fraccedilatildeoideal do patrimocircnio da associaccedilatildeo a transferecircncia daquela natildeoimportaraacute de per si na atribuiccedilatildeo da qualidade de associado aoadquirente ou ao herdeiro salvo disposiccedilatildeo diversa do estatutoApoacutes sua anaacutelise conclui-se que no silecircncio do estatuto aqualidade de associado eacute intransmissiacutevel seja por ato inter vivos (exdoaccedilatildeo) ou causa mortis (testamento) Entretanto eacute possiacutevel atransferecircncia de quota ou fraccedilatildeo ideal do patrimocircnio da associaccedilatildeoAinda sobre o associado o art 57 do CC prevecirc a possibilidadede sua exclusatildeoArt 57 do CC - A exclusatildeo do associado soacute eacute admissiacutevel havendojusta causa assim reconhecida em procedimento que asseguredireito de defesa e de recurso nos termos previstos no estatutoPercebe-se que para um associado ser excluiacutedo da associaccedilatildeodeve haver um procedimento especiacutefico com a possibilidade dedireito de defesa e tambeacutem possibilidade de recurso quanto agraveprimeira decisatildeoGabarito D

18 (MPUTeacutecnico Administrativo2007) A respeito daspessoas juriacutedicas analise

I As autarquias os partidos poliacuteticos e as organizaccedilotildeesreligiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoII Em regra se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentesIII Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar o juiza requerimento de qualquer interessado nomear-lhe-aacuteadministrador provisoacuterioIV As fundaccedilotildees somente poderatildeo constituir-se para finsreligiosos morais culturais ou de assistecircnciaEacute correto o que consta APENAS em(A) I II e III(B) I II e IV(C) II e III(D) II III e IV(E) II e IV

Anaacutelise das afirmativasI ERRADA Conforme a tabela apresentada os partidos poliacuteticos e asorganizaccedilotildees religiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoII CERTA Caso a pessoa juriacutedica tenha administraccedilatildeo coletiva(gerecircncia colegiada) em regra as decisotildees deveratildeo ser tomadas pormetade dos votos dos presentes mais um nos termos do art 48do CCArt 48 do CC - Se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentessalvo se o ato constitutivo dispuser de modo diversoParaacutegrafo uacutenico Decai em trecircs anos o direito de anular asdecisotildees a que se refere este artigo quando violarem a lei ouestatuto ou forem eivadas de erro dolo simulaccedilatildeo ou fraudeIII CERTA Pelo fato da pessoa juriacutedica precisar ser representadaativa ou passivamente em juiacutezo ou fora dele deveraacute seradministrada em regra por quem o estatuto designar Poreacutem se aadministraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar caracterizando umavacacircncia geral entatildeo o magistrado nos termos do art 49 do CCdeveraacute nomear um administrador provisoacuterio

Art 49 do CC - Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier afaltar o juiz a requerimento de qualquer interessado nomearlhe-aacute administrador provisoacuterioIV CERTA A fundaccedilatildeo eacute um acervo de bens livres de ocircnus eencargos (universitas bonorum) representando um patrimocircnio aque a lei atribui personalidade juriacutedica em atenccedilatildeo ao fim a que sedestina (fins religiosos morais culturais ou de assistecircncia) O CCcomeccedila a regular a criaccedilatildeo de uma fundaccedilatildeo no seu art 62Art 62 do CC - Para criar uma fundaccedilatildeo o seu instituidor faraacutepor escritura puacuteblica ou testamento dotaccedilatildeo especial de benslivres especificando o fim a que se destina e declarando sequiser a maneira de administraacute-laParaacutegrafo uacutenico A fundaccedilatildeo somente poderaacute constituir-se parafins religiosos morais culturais ou de assistecircnciaGabarito DDOMICIacuteLIOO domiciacutelio eacute a sede juriacutedica da pessoa onde ela se presumepresente para efeitos de direito Ou seja eacute o local onde a pessoapratica habitualmente seus atos e negoacutecios juriacutedicos econsequumlentemente onde responde por suas obrigaccedilotildeesPara chegarmos ao conceito de domiciacutelio eacute necessaacuterioentendermos a diferenccedila entre morada residecircncia e domiciacutelio- Morada eacute o lugar onde a pessoa eacute encontrada O normal eacute a ideacuteiado recolhimento Local onde eacute encontrada para dormir- Residecircncia eacute a morada habitual Eacute o local onde a pessoa eacuteencontrada habitualmente Ex Casa de praia- Domiciacutelio eacute a residecircncia com acircnimo definitivo Natildeo eacute residecircnciaeterna Eacute o local onde a pessoa eacute encontrada habitualmente e natildeosabe quando vai sair Acircnimo definitivo eacute a vontade de permanecer Apessoa pode ateacute natildeo ter vontade de permanecer mas enquanto elapermanecer de modo habitual eacute domiciacutelio (Ex morar em um bairroque natildeo gosta)Existem duas espeacutecies de domiciacutelio para a pessoa natural

1) Domiciacutelio Voluntaacuterio - pode sera) comum ou geral (arts 70 a 74 do CC) eacute aquele escolhidolivremente pela pessoa e que poderaacute ser mudado por elaArt 70 do CC - O domiciacutelio da pessoa natural eacute o lugar onde elaestabelece a sua residecircncia com acircnimo definitivoO conceito de domiciacutelio voluntaacuterio do art 70 do CC apresentadois elementosa) elemento objetivo eacute a residecircnciab) elemento subjetivo eacute o acircnimo definitivoDessa forma se uma pessoa vai passar o mecircs de feacuterias emuma casa de praia o domiciacutelio natildeo estaraacute sendo mudado poiscomo se trata de uma situaccedilatildeo temporaacuteria falta a intenccedilatildeo depermanecer definitivamente no localArt 71 do CC -Se poreacutem a pessoa natural tiver diversasresidecircncias onde alternadamente viva considerar-se-aacutedomiciacutelio seu qualquer delas (PLURALIDADE DEDOMICIacuteLIOS)No artigo 71 o Coacutedigo Civil consagra a pluralidade domiciliar ouseja eacute possiacutevel que uma pessoa tenha mais de um domiciacutelio Comoexemplo temos a pessoa que fica durante a semana no Rio de Janeiroe todo final de semana vai para Satildeo Paulo Tal pessoa possui duasmoradas habituais e nesse caso a lei estipulou que quando a pessoapossui mais de uma residecircncia qualquer uma delas serve comodomiciacutelioArt 72 do CC -Eacute tambeacutem domiciacutelio da pessoa natural quanto agravesrelaccedilotildees concernentes agrave profissatildeo o lugar onde esta eacute exercida(DOMICIacuteLIO PROFISSIONAL)Paraacutegrafo uacutenico Se a pessoa exercitar profissatildeo em lugaresdiversos cada um deles constituiraacute domiciacutelio para as relaccedilotildees quelhe corresponderem (PLURALIDADE DE DOMICIacuteLIOSPROFISSIONAIS)Aleacutem do domiciacutelio escolhido livremente pela pessoa ao fixarresidecircncia com acircnimo definitivo no artigo 72 do Coacutedigo Civil criou-sea possibilidade da pessoa ter como domiciacutelio o local relacionado com

o seu trabalho A situaccedilatildeo eacute exemplificada pelas pessoas quetrabalham em grandes centros e moram em cidades sateacutelites talcomo a pessoa que mora na cidade de Satildeo Caetano-SP e trabalha nacidade de Satildeo Paulo-SP (capital)Art 73 do CC - Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeotenha residecircncia habitual o lugar onde for encontrada(AUSEcircNCIA DE RESIDEcircNCIA)Todos possuem domiciacutelio inclusive aqueles que natildeo tecircmresidecircncia Dessa forma o domiciacutelio dos ciganos dos artistas de circo(circenses) e do cacheiro viajante eacute o local onde forem encontradosArt 74 do CC - Muda-se o domiciacutelio transferindo a residecircnciacom a intenccedilatildeo manifesta de o mudarParaacutegrafo uacutenico A prova da intenccedilatildeo resultaraacute do que declarar apessoa agraves municipalidades dos lugares que deixa e para ondevai ou se tais declaraccedilotildees natildeo fizer da proacutepria mudanccedila com ascircunstacircncias que a acompanharemNo artigo 74 do Coacutedigo Civil estaacute prevista a forma para umapessoa mudar o seu domiciacuteliob) especial (art78 do CC) - eacute aquele que possibilita aoscontratantes estabelecer um local para o cumprimento dasobrigaccedilotildees (foro de contrato) ou um local para dirimirquaisquer controveacutersias surgidas em decorrecircncia do contrato(foro de eleiccedilatildeo)Art 78 do CC - Nos contratos escritos poderatildeo os contratantesespecificar domiciacutelio onde se exercitem e cumpram os direitos eobrigaccedilotildees deles resultantes2) Domiciacutelio Necessaacuterio ou Legal (art 76 do CC) - eacute aqueledeterminado pela lei em razatildeo da condiccedilatildeo ou situaccedilatildeo decertas pessoas Nesses casos a lei natildeo permite a escolha dodomiciacutelioArt 76 do CC - Tecircm domiciacutelio necessaacuterio o incapaz o servidorpuacuteblico o militar o mariacutetimo e o presoParaacutegrafo uacutenico O domiciacutelio do incapaz eacute o do seu representanteou assistente o do servidor puacuteblico o lugar em que exercer

permanentemente suas funccedilotildees o do militar onde servir esendo da Marinha ou da Aeronaacuteutica a sede do comando a que seencontrar imediatamente subordinado o do mariacutetimo onde onavio estiver matriculado e o do preso o lugar em que cumprir asentenccedilaAleacutem dos domiciacutelios jaacute citados tambeacutem eacute consagrado no art 77do Coacutedigo Civil uma situaccedilatildeo especial para o agente diplomaacuteticoArt 77 do CC - O agente diplomaacutetico do Brasil que citado noestrangeiro alegar extraterritorialidade sem designar onde temno paiacutes o seu domiciacutelio poderaacute ser demandado no DistritoFederal ou no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro onde o tevePelo fato do agente diplomaacutetico natildeo ter residecircncia no Brasil ese em razatildeo de uma demanda tal fato for suscitado por ele entatildeo ajurisdiccedilatildeo competente para resolver o litiacutegio pode ser duas1) o Distrito Federal ou2) o local do Brasil onde teve seu uacuteltimo domiciacutelio

19 (TRE-AMAnalista Judiciaacuterio2009) Considere asassertivas abaixo a respeito do domiciacutelioI Se a pessoa natural tiver diversas residecircncias ondealternadamente viva considerar-se-aacute domiciacutelio seu qualquerdelasII Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeo tenharesidecircncia habitual o lugar onde for encontradaIII O domiciacutelio do militar da Marinha eacute o local onde o navioestiver matriculadoIV Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosDe acordo com o Coacutedigo Civil brasileiro estaacute correto o que seafirma APENAS em(A) II III e IV(B) I II e III(C) I II e IV(D) I e IV(E) II e III

Anaacutelise das alternativasI CERTA Conforme o art 71 do CCII CERTA Conforme o art 73 do CCIII ERRADA O local onde o navio estiver matriculado segundo oart 75 do CC eacute o domiciacutelio do mariacutetimoIV CERTA Assim como a pessoa natural a pessoa juriacutedica tambeacutemdeve responder pelos atos referentes agraves relaccedilotildees juriacutedicas em queestaacute envolvidaO assunto eacute tratado no art 75 do CCArt 75 do CC - Quanto agraves pessoas juriacutedicas o domiciacutelio eacuteI - da Uniatildeo o Distrito FederalII - dos Estados e Territoacuterios as respectivas capitaisIII - do Municiacutepio o lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipalIV - das demais pessoas juriacutedicas o lugar onde funcionarem asrespectivas diretorias e administraccedilotildees ou onde elegeremdomiciacutelio especial no seu estatuto ou atos constitutivossect 1o Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacutelio paraos atos nele praticadossect 2o Se a administraccedilatildeo ou diretoria tiver a sede no estrangeirohaver-se-aacute por domiciacutelio da pessoa juriacutedica no tocante agravesobrigaccedilotildees contraiacutedas por cada uma das suas agecircncias o lugar doestabelecimento sito no Brasil a que ela corresponderA pessoa juriacutedica natildeo possui residecircncia mas tem sede ouestabelecimento que a ldquoprenderdquo a um determinado lugar Trata-se dodomiciacutelio especial da pessoa juriacutedica que pode ser livrementeescolhido no seu ato constitutivoNatildeo havendo tal escolha o domiciacutelio seraacute o lugar onde funcionaras respectivas diretorias e administraccedilotildeesO graacutefico a seguir resume o assuntoDOMICIacuteLIO DA PESSOA JURIacuteDICA DE DIREITO PUacuteBLICO INTERNOUniatildeo o Distrito FederalEstados e Territoacuterios as respectivas capitaisMuniciacutepioso lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipal

DOMICIacuteLIO DAS DEMAIS PESSOAS JURIacuteDICASRegraonde elegerem domiciacutelio especial no seuestatuto ou atos constitutivosNa falta de domiciacutelio especialo lugar onde funcionarem as respectivasdiretorias e administraccedilotildeesHavendo diversosestabelecimentos(pluralidade domiciliar)cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosSe a administraccedilatildeo oudiretoria tiver sede noestrangeiroo lugar do estabelecimento sito no Brasila que ela corresponderGabarito C

20 (TCE-GOAnalista de Controle Externo2009) O agentediplomaacutetico do Brasil que citado no estrangeiro alegarextraterritorialidade sem designar onde tem no paiacutes o seudomiciacutelio poderaacute ser demandado(A) somente no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro em quefoi domiciliado(B) somente do Distrito Federal(C) somente no exterior no lugar onde se encontra exercendoas suas funccedilotildees(D) no Distrito Federal ou no uacuteltimo ponto do territoacuteriobrasileiro onde o teve(E) somente no exterior na capital do paiacutes onde estaacuteexercendo as suas funccedilotildees

A questatildeo tem como base legal o art 77 do CCGabarito D

21 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) O domiciacutelio(A) dos oficiais da marinha eacute o lugar onde servem(B) do mariacutetimo eacute o lugar em que o navio estiver atracado(C) do incapaz eacute o lugar em que foi registrado o seunascimento(D) do militar do Exeacutercito eacute a sede do comando a que seencontrar subordinado(E) do preso eacute o lugar em que cumpre a sentenccedila

Toda a questatildeo tem como fundamento legal o art 75 do CCAnaacutelise das alternativas(A) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio dos oficiais de marinha eacute a sededo comando a que estiverem imediatamente subordinado(B) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do mariacutetimo eacute o lugar em que onavio estiver atracado(C) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do incapaz eacute o mesmo do seurepresentante ou assistente(D) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do militar do exeacutercito eacute o localonde servir Apenas para os militares da Marinha e da Aeronaacuteutica odomiciacutelio necessaacuterio eacute a sede do comando a que estiveremimediatamente subordinado(E) CERTAGabarito E

22 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) Nuacutebia eacute funcionaacuteriapuacuteblica da Prefeitura Municipal da Cidade A onde exerce suasatividades inerentes ao cargo puacuteblico que ocupa Reside comseus filhos na cidade vizinha B mas como seu marido emrazatildeo de trabalho reside na cidade vizinha C Nuacutebia passaparte da semana dormindo nesta cidade De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro o Domiciacutelio Civil de Nuacutebia eacute a cidade(A) A ou C(B) B ou C(C) A apenas(D) B apenas(E) C apenas

Tendo em vista que Nubia eacute funcionaacuteria puacuteblica entatildeo ela temdomiciacutelio necessaacuterio (imposto por lei)Conforme o art 76 do CC o domiciacutelio de Nubia eacute o local ondeela exercer permanentemente as suas funccedilotildees ou seja apenas acidade AGabarito C

23 (TRE-SETeacutecnico Administrativo2007) Maria artistacircense nasceu em Salvador Maria faz espetaacuteculos por todoo Brasil com a companhia de circo de que faz parte

Considerando que seu marido e filho residem em Olinda e queseus ascendentes mais proacuteximos residem em Ilheacuteus ter-se-aacutepor domiciacutelio de Maria(A) a cidade de Ilheacuteus(B) o local em que for encontrada(C) apenas a cidade de Salvador(D) apenas a cidade de Olinda(E) as cidades de Salvador ou Olinda

Tendo em vista que Maria eacute circense entatildeo ela natildeo possuiresidecircnciaEntretanto todos possuem domiciacutelio inclusive as pessoas quenatildeo possuem residecircnciaDessa forma nos termos do art 73 do CC o domiciacutelio de Mariaseraacute o local onde ela for encontradaOu seja o local de residecircncia do seu marido e dos seus filhossatildeo irrelevantes para a questatildeoGabarito B

1-C2-D3-E4-D5-C6-B7-B8-B9-A10-C11-A12-A13-D14-A15-E16-C17-D18-D19-C20-D21-E22-C23-B

Page 2: AULA 1 Civil

(E) ERRADA A capacidade de direito eacute sinocircnimo de capacidadeilimitada pois todos a possuem Por outro lado a capacidade defato ou de exerciacutecio eacute sinocircnimo de capacidade limitada pois nemtodos a possuemGabarito C

2 (DPE-MADefensor Puacuteblico2009) A respeito da capacidadede direito eacute correto afirmar(A) O menor de dezesseis anos eacute absolutamente incapaz aopasso que a capacidade de direito plena ocorre somente aosdezoito anos(B) Em relaccedilatildeo agraves pessoas fiacutesicas ocorre a partir donascimento com vida mas somente se prova com o registro denascimento(C) Em relaccedilatildeo agraves pessoas juriacutedicas ocorre a partir donascimento com vida mas a lei potildee a salvo desde aconcepccedilatildeo os direitos do nascituro(D) O registro civil da pessoa fiacutesica possui natureza juriacutedicameramente declaratoacuteria ao passo que para as pessoasjuriacutedicas o registro tem efeito constitutivo(E) Para o maior de dezoito anos pode ser afastada medianteaccedilatildeo de interdiccedilatildeo na qual se prove a total falta dediscernimento do interditando quer por doenccedila quer por malcongecircnito

Anaacutelise das alternativas(A) ERRADA O menor de dezesseis anos eacute absolutamente incapaz aopasso que a capacidade de fato plena ocorre somente aos dezoitoanos(B) ERRADA Em relaccedilatildeo agraves pessoas fiacutesicas a capacidade de direitoocorre a partir do nascimento com vida natildeo sendo necessaacuteria aprova com o registro de nascimentoO registro nas pessoas naturais representa um atomeramente declaratoacuterio pois mesmo que uma pessoa nasccedila enatildeo seja feita a certidatildeo de nascimento ocorre o iniacutecio dapersonalidade juriacutedica

No entanto o registro nas pessoas juriacutedicas representa umato constitutivo ou seja apenas com o registro que se adquirepersonalidade juriacutedica A personalidade natildeo surge simplesmentequando se firma o contratoConforme o art 45 sect uacutenico do CC havendo defeito no atoconstitutivo de uma pessoa juriacutedica de direito privado pode-sedesconstituiacute-la dentro do prazo decadencial de trecircs anos contadoeste prazo a partir da publicaccedilatildeo de sua inscriccedilatildeo no RegistroSegue tabela

REGISTRO CONSEQUumlEcircNCIA

PESSOANATURALNatureza declaratoacuteriaA personalidade eacute adquirida antes doregistro ou seja atraveacutes do nascimentocom vida

PESSOAJURIacuteDICANatureza constitutivaA personalidade eacute adquirida atraveacutes doregistro

(C) ERRADA Em relaccedilatildeo agraves pessoas naturais ocorre a partir donascimento com vida mas a lei potildee a salvo desde a concepccedilatildeo os direitosdo nascituro(D) CERTA Conforme comentaacuterios da alternativa (B)(E) ERRADA Para o maior de dezoito anos pode ser afastada medianteaccedilatildeo de interdiccedilatildeo na qual se prove a total ou parcial falta dediscernimento do interditando quer por doenccedila quer por mal congecircnitoQuando a falta de discernimento for total o juiz iraacute declarar a incapacidadeabsoluta por outro lado quando a falta de discernimento for parcial o juiziraacute declarar a incapacidade relativaGabarito D

3 (PGE-MTProcurador2011) O registro da pessoa juriacutedicano oacutergatildeo competente tem eficaacutecia(A) resolutiva(B) declaratoacuteria(C) rescisoacuteria(D) discriminatoacuteria

(E) constitutivaConforme os comentaacuterios da alternativa (B) da questatildeo anteriorGabarito E

4 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) Satildeo absolutamenteincapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil(A) os proacutedigos(B) os maiores de 16 e menores de 18 anos(C) os excepcionais sem desenvolvimento mental completo(D) os que mesmo por causa transitoacuteria natildeo puderemexprimir sua vontade(E) os que por deficiecircncia mental tenham o discernimentoreduzido

A questatildeo trata da INCAPACIDADE ABSOLUTA E RELATIVAAs pessoas que possuem os dois tipos de capacidade (de direitogozoe de fatoexerciacutecio) tecircm a chamada capacidade plena e aqueles que natildeopossuem a capacidade de fato ou de exerciacutecio satildeo chamados incapazessendo portadores de uma ldquodeficiecircncia juriacutedicardquo Justamente por existir taldeficiecircncia eacute que os incapazes precisam ser representados ou assistidosA incapacidade (deficiecircncia juriacutedica) pode se apresentar sob duasformasbull Incapacidade absoluta acarreta a proibiccedilatildeo total da praacutetica dos atosda vida civil Tal deficiecircncia eacute suprida pela representaccedilatildeobull Incapacidade relativa permite a praacutetica dos atos civis desde que oincapaz seja assistido por seu representante Tal deficiecircncia eacute supridapela assistecircnciaQuando a pessoa natildeo possui capacidade de fato ou de exerciacutecio econsequumlentemente a capacidade civil plena ela eacute considerada incapaz Navisatildeo da Profa Maria Helena Diniz a incapacidade deve ser observada deforma restritiva pois a capacidade eacute a regra (todos adquirem ao nascercom vida) ao passo que incapacidade eacute a exceccedilatildeoIMPORTANTE A incapacidade eacute a restriccedilatildeo legal ao exerciacutecio dos atos da vidacivil e tem como objetivo proteger os que satildeo portadores de alguma

deficiecircncia juriacutedica apreciaacutevel atraveacutes da graduaccedilatildeo da forma deproteccedilatildeo Dependendo da deficiecircncia a incapacidade gera comoforma de proteccedilatildeo a necessidade de um representante(incapacidade absoluta) ou de um assistente (incapacidaderelativa)

CAPACIDADE DE DIREITO + CAPACIDADE DE FATO = CAPACIDADE PLENA

A incapacidade absoluta eacute suprida pela representaccedilatildeo Narepresentaccedilatildeo o incapaz natildeo esboccedila sua vontade em relaccedilatildeo agrave praacutetica ounatildeo do ato ou negoacutecio juriacutedico pois esta eacute tomada pelo representante legalOu seja o ato ou negoacutecio juriacutedico eacute realizado de acordo com a vontade dorepresentante A falta de representante acarreta a nulidade do atoJaacute a incapacidade relativa eacute suprida pela assistecircncia Na assistecircnciao proacuteprio incapaz decide se pratica ou natildeo o ato ou negoacutecio juriacutedicoesboccedilando portanto a sua vontade limitando-se o assistente a apenaspresenciaacute-lo durante a celebraccedilatildeo do ato Satildeo pessoas que por teremalgum discernimento estatildeo em uma situaccedilatildeo intermediaacuteria entre acapacidade plena e a incapacidade total A falta de assistecircncia acarreta aanulabilidade do atoApoacutes saber os tipos de incapacidade creio que vocecirc deva estar seperguntando quem eacute considerado incapazA resposta para essa pergunta eacute dada pelos arts 3ordm e 4ordm do CC quetrazem respectivamente o rol dos absolutamente e relativamenteincapazesArt 3o do CC - Satildeo absolutamente incapazes de exercerpessoalmente os atos da vida civilI - os menores de dezesseis anosII - os que por enfermidade ou deficiecircncia mental natildeo tiverem o necessaacuterio discernimentopara a praacutetica desses atosIII - os que mesmo por causa transitoacuteria natildeo puderem exprimir suavontadeArt 4o do CC - Satildeo incapazes relativamente a certos atos ou agravemaneira de os exercerI - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos

II - os eacutebrios habituais os viciados em toacutexicos e os que por deficiecircnciamental tenham o discernimento reduzidoIII - os excepcionais sem desenvolvimento mental completoIV - os proacutedigosParaacutegrafo uacutenico A capacidade dos iacutendios seraacute regulada por legislaccedilatildeoespecialRol dos absolutamente incapazes- Os menores de 16 anos satildeo chamados de menores impuacuteberes Satildeo osque ainda natildeo atingiram a maturidade suficiente para participar daatividade juriacutedica- Os privados do necessaacuterio discernimento por enfermidade oudeficiecircncia mental para serem considerados absolutamente incapazesnecessitam de um processo de interdiccedilatildeo Tal processo segue o rito doCoacutedigo de Processo Civil e a sentenccedila teraacute natureza declaratoacuteria de umasituaccedilatildeo ou estado anterior devendo ser registrada em livro especial noCartoacuterio do 1ordm Ofiacutecio do Registro Civil- Os que mesmo por causa transitoacuteria natildeo puderem exprimir suavontade tem nas pessoas que estatildeo em estado de coma o claacutessico exemplode incapacidade absoluta comumente cobrado em concursos Este caso natildeoprecisa de interdiccedilatildeo pelo fato de teoricamente se tratar de uma situaccedilatildeoldquopassageirardquoRol dos relativamente incapazes- Os maiores de 16 e menores de 18 anos satildeo chamados de menorespuacuteberes e apesar de serem relativamente incapazes podem praticardeterminados atos sem a assistecircncia tal como aceitar mandato sertestemunha fazer testamento etc- Os eacutebrios (alcooacutelatras) habituais e os viciados em toacutexicos(toxicocircmanos) quando o efeito das respectivas substacircncias (aacutelcool eentorpecente) provocar uma reduccedilatildeo na capacidade de entendimento natildeopoderatildeo praticar os atos da vida civil sem assistecircncia de um curador desdeque interditos- Os deficientes mentais com discernimento reduzido satildeo fracos damente ou fronteiriccedilos Dessa forma quando a debilidade privarcompletamente o amental do necessaacuterio discernimento para a praacutetica dosatos da vida civil entatildeo ele seraacute considerado incapaz de forma absoluta

Poreacutem se ocorrer apenas uma reduccedilatildeo na capacidade teremos aincapacidade relativa- Todos os excepcionais sem desenvolvimento mental completoincluindo os surdos-mudos (em determinadas situaccedilotildees) satildeo consideradosrelativamente incapazes Para tal deve haver uma sentenccedila de interdiccedilatildeo- Os proacutedigos satildeo gastadores que dissipam o proacuteprio patrimocircnio de formadesvairada Trata-se de um desvio de personalidade e natildeo propriamentede um estado de alienaccedilatildeo mental No entanto o proacutedigo soacute ficaraacute privadode praticar atos que extravasam a mera administraccedilatildeo e implicam nocomprometimento de seu patrimocircnio como emprestar alienar hipotecaretc (art 1782 do CC) Precisa de interdiccedilatildeoArt 1782 do CC - A interdiccedilatildeo do proacutedigo soacute o privaraacute de sem curadoremprestar transigir dar quitaccedilatildeo alienar hipotecar demandar ou serdemandado e praticar em geral os atos que natildeo sejam de meraadministraccedilatildeoObservaccedilatildeo existem algumas exceccedilotildees em que os relativamenteincapazes podem praticar atos sozinhos como fazer um testamento aceitarmandato para praticar negoacutecios celebrar contrato de trabalho a partir de 16anos ser testemunha a partir de 16 anos etcA seguir temos mais uma tabela para sintetizar o assunto

INCAPACIDADE ABSOLUTA

1 - menores de dezesseis anos2 - enfermos sem discernimento3 - deficientes mentais semdiscernimento e4 - impossibilidade transitoacuteria deexprimir a vontade

RELATIVA

1 - maiores de dezesseis emenores de dezoito anos2 - eacutebrios habituais3 - viciados em toacutexicos4 - deficientes mentais comdiscernimento reduzido5 - excepcionais semdesenvolvimento mentalcompleto e6 - proacutedigos

Gabarito D

5 (TJ-PAAuxiliar Judiciaacuterio2009) Tratando-se deincapacidade das pessoas eacute certo afirmar que(A) o relativamente incapaz natildeo pode fazer testamento aindaque assistido(B) a incapacidade relativa natildeo permite que o incapazpratique atos da vida civil mesmo que assistido(C) a incapacidade absoluta acarreta a proibiccedilatildeo total doexerciacutecio por si soacute do direito(D) o relativamente incapaz para inscrever-se como eleitornecessita da assistecircncia de seu representante legal(E) a incapacidade relativa pode ser suprida ao passo que aincapacidade absoluta natildeo pode ser suprida

Anaacutelise das alternativas(A) ERRADA Os que possuem entre 16 e 18 anos podem praticaralguns atos mesmo sem serem assistidos como eacute o caso dotestamento Vide art 1860 do CCArt 1860 Aleacutem dos incapazes natildeo podem testar os que no atode fazecirc-lo natildeo tiverem pleno discernimentoParaacutegrafo uacutenico Podem testar os maiores de dezesseis anos (B) ERRADA A incapacidade relativa natildeo permite que o incapazpratique atos da vida civil desde que assistido A assistecircncia eacute aproteccedilatildeo juriacutedica que supre a incapacidade relativa(C) CERTA O absolutamente estaacute proibido de praticar sozinho atosda vida civil Para que ocorra tal praacutetica eacute necessaacuteria a representaccedilatildeocomo forma de proteccedilatildeo juriacutedica(D) ERRADA O relativamente incapaz para inscrever-se como eleitornatildeo necessita da assistecircncia de seu representante legal A inscriccedilatildeocomo eleitor tambeacutem eacute um ato que pode ser praticado por pessoasmaiores de 16 anos independente de assistecircncia(E) ERRADA A incapacidade relativa pode ser suprida pelarepresentaccedilatildeo ao passo que a incapacidade absoluta pode sersuprida pela assistecircncia

Gabarito C

6 (PGE-MTProcurador2011) Satildeo incapazes relativamente acertos atos ou agrave maneira de os exercer(A) os menores de dezesseis anos(B) os proacutedigos ainda que casados(C) os que mesmo por causa transitoacuteria natildeo puderemexprimir sua vontade(D) os maiores de dezesseis anos e menores de dezoito anosainda que casados(E) os maiores de dezesseis e menores de vinte e um anosAnaacutelise das afirmativas(A) ERRADA Eles satildeo absolutamente incapazes(B) CERTA O fato do proacutedigo (pessoa que dissipa o seu patrimocircnio)estar casado natildeo afasta a incapacidade por tanto ele eacute consideradorelativamente incapaz no que tange aos atos patrimoniais(C) ERRADA Eles satildeo absolutamente incapazes(D) ERRADA Neste caso o casamento acarreta a emancipaccedilatildeo domenor e consequentemente antecipa a aquisiccedilatildeo da capacidade defato ou de exerciacutecio(E) ERRADA No que tange agrave idade a incapacidade relativa ocorreentre 16 e 18 anosGabarito B

7 (TRF 5ordf RegiatildeoAnalista Administrativo2008) Nos termosestabelecidos pela legislaccedilatildeo civil brasileira NAtildeO cessaraacute paraos menores a incapacidade(A) pela existecircncia de relaccedilatildeo de emprego e em funccedilatildeo dele omenor com dezesseis anos completos tenha economia proacutepria(B) pela concessatildeo dos pais mediante instrumento particularindependentemente de homologaccedilatildeo judicial se o menor tiverdezesseis anos completos(C) pela colaccedilatildeo de grau em curso de ensino superior(D) pelo exerciacutecio de emprego puacuteblico efetivo(E) pelo casamento

A emancipaccedilatildeo representa a aquisiccedilatildeo da capacidade civilplena antes de completar 18 (dezoito) anos ou seja representa a

antecipaccedilatildeo da capacidade civil plena A doutrina a divide em 3 (trecircs)tipos voluntaacuteria judicial e legalSegue graacutefico esquemaacuteticoAnaacutelise das alternativasEMANCIPACcedilAtildeOEacute o instituto juriacutedico queantecipa a aquisiccedilatildeo dacapacidade plena aosmenores de 18 anosCaracteriacutesticas- irrevogabilidade natildeopode ser revogada pelospais do menor- perpetuidade se ocasamento for desfeito aemancipaccedilatildeo continua- pura e simples natildeoadmite termo oucondiccedilatildeoVOLUNTAacuteRIA eacute concedida pelos pais (os dois) medianteescritura puacuteblica independente de homologaccedilatildeo judicial Omenor deve ter 16 anos completos- se um dos pais for falecido ou estiver interditado (falta deum dos pais) o outro pode conceder a emancipaccedilatildeo- se um dos pais se achar em local incerto deve haverautorizaccedilatildeo judicialJUDICIAL eacute concedida por sentenccedila judicial O menordeve ter 16 anos completos Duas hipoacuteteses1) quando o menor estiver sob tutela e2) quando houver divergecircncia entre os paisLEGAL se opera automaticamente independente de atodos pais tutor ou sentenccedila judicial Hipoacuteteses1) casamento (16 anos completos em regra ndash arts 1517 e1520 do CC)2) exerciacutecio de emprego puacuteblico efetivo (concurso puacuteblico)3) colaccedilatildeo de grau em curso de ensino superior (faculdade)4) ter estabelecimento civil ou comercial que lhe propicieeconomia proacutepria (16 anos completos)5) possuir relaccedilatildeo de emprego que lhe propicie a obtenccedilatildeode economia proacutepria (16 anos completos)

(A) ERRADA A assertiva trata da quinta forma de emancipaccedilatildeo legalsendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menor(B) CERTA Para ocorrer o fim da incapacidade a emancipaccedilatildeo feita

pelos pais (voluntaacuteria) deve ocorrer atraveacutes de um instrumentopuacuteblico Caso ocorra atraveacutes de instrumento particular aemancipaccedilatildeo natildeo teraacute validade por ficar caracterizado um viacutecio deforma(C) ERRADA A assertiva trata da terceira forma de emancipaccedilatildeolegal sendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menor(D) ERRADA A assertiva trata da segunda forma de emancipaccedilatildeolegal sendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menor(E) ERRADA A assertiva trata da primeira forma de emancipaccedilatildeolegal sendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menorGabarito B

8 (TRE-TOAnalista Judiciaacuterio2011) Marta possui dezesseisanos de idade e reside com sua matildee Julia jaacute que seu pai eacutefalecido Julia pretende fazer cessar a incapacidade civil deMarta Neste caso Julia(A) deveraacute fazecirc-lo atraveacutes de procedimento judicial adequadovisando sentenccedila proferida em juiacutezo(B) poderaacute fazecirc-lo mediante instrumento puacuteblicoindependentemente de homologaccedilatildeo judicial(C) poderaacute fazecirc-lo mediante instrumento puacuteblico desde quesubmetido agrave homologaccedilatildeo judicial(D) natildeo poderaacute fazecirc-lo em razatildeo do falecimento do pai deMarta(E) natildeo poderaacute fazecirc-lo uma vez que Marta possui dezesseisanos de idade

A questatildeo trata da emancipaccedilatildeo voluntaacuteria citada no esquemada questatildeo anterior Para que ocorra tal emancipaccedilatildeo basta avontade dos pais ou de apenas um dele na falta do outro Trata-se deum ato que natildeo depende de manifestaccedilatildeo judicial bastando oresponsaacutevel ir ao cartoacuterio Satildeo necessaacuterios seguintes requisitos- instrumento puacuteblico e- Marta ter idade miacutenima de 16 anosGabarito B

9 (TJRR ndash Juiz Substituto ndash 2008) Pode ser declarada amorte presumida sem decretaccedilatildeo de ausecircncia(A) se for extremamente provaacutevel a morte de quem estava emperigo de vida(B) somente de algueacutem desaparecido em campanha ou feitoprisioneiro natildeo sendo encontrado ateacute 02 (dois) anos apoacutes oteacutermino da guerra(C) depois de dez (10) anos do desaparecimento da pessoa ouse o desaparecido contar oitenta (80) anos de idade e suasuacuteltimas notiacutecias forem de mais de cinco (05) anos(D) depois de vinte (20) anos do desaparecimento da pessoasendo suas uacuteltimas notiacutecias de mais de cinco (05) anos(E) sempre que algueacutem tendo desaparecido de seu domiciacuteliocontar cem (100) anos de idade

Para o direito civil a morte representa o fim da personalidadejuriacutedica Pode ser de trecircs tipos1 - Morte Real ndash eacute a que pressupotildee a existecircncia de um cadaacuteverpara comprovar o oacutebito2 - Morte Civil - quando uma pessoa embora viva eacute tratadacomo morta perdendo os seus direitos civis Estaacute prevista no art1816 do Coacutedigo Civil soacute produzindo efeitos com relaccedilatildeo agraveheranccedilaArt 1816 do CC - Satildeo pessoais os efeitos da exclusatildeo osdescendentes do herdeiro excluiacutedo sucedem como se ele mortofosse antes da abertura da sucessatildeoParaacutegrafo uacutenico O excluiacutedo da sucessatildeo natildeo teraacute direito aousufruto ou agrave administraccedilatildeo dos bens que a seus sucessorescouberem na heranccedila nem agrave sucessatildeo eventual desses bens3 - Morte Presumida ndash ocorre quando natildeo haacute um cadaacutever paraprovar efetivamente a morte O Coacutedigo Civil trata do assunto nosarts 6ordm e 7ordmArt 6o do CC - A existecircncia da pessoa natural termina com amorte presume-se esta quanto aos ausentes nos casos em que

a lei autoriza a abertura de sucessatildeo definitivaArt 7o do CC - Pode ser declarada a morte presumida semdecretaccedilatildeo de ausecircnciaI - se for extremamente provaacutevel a morte de quem estava emperigo de vidaII - se algueacutem desaparecido em campanha ou feito prisioneironatildeo for encontrado ateacute dois anos apoacutes o teacutermino da guerraParaacutegrafo uacutenico A declaraccedilatildeo da morte presumida nesses casossomente poderaacute ser requerida depois de esgotadas as buscas eaveriguaccedilotildees devendo a sentenccedila fixar a data provaacutevel dofalecimentoA morte presumida frequumlentemente costuma ser alvo dequestotildees de concursos portanto segue graacutefico esquemaacutetico sobre oassunto

MORTE PRESUMIDA

SEM DECRETACcedilAtildeO DE AUSEcircNCIA (art 7ordm do CC) satildeo os casosde- extrema probabilidade de morte de quem se encontrava em perigode vida (ex queda do aviatildeo da Air France) e- desaparecimento em campanha ou aprisionamento apoacutes 2 anosdo teacutermino da guerra

COM DECRETACcedilAtildeO DE AUSEcircNCIA (art 6ordm do CC) pessoa comparadeiro desconhecido Existe a necessidade de que algueacutemrepresente os bens do ausente Fases1 - curadoria dos bens do ausente 1048782 o curador administra osbens do ausente2 - sucessatildeo provisoacuteria 1048782 os herdeiros se imitem na posse dosbens do ausente3 - sucessatildeo definitiva 1048782 os herdeiros adquirem a propriedadedos bens do ausenteEacute na abertura da sucessatildeo definitiva que o ausente eacute declaradomortoJaacute vimos que a morte presumida com decretaccedilatildeo de ausecircnciaatravessa trecircs fases entretanto eacute necessaacuterio tecermos comentaacuteriossucintos sobre cada uma pois a mateacuteria eacute tratada de forma mais

especiacutefica no Coacutedigo de Processo Civil1) Curadoria dos bens do ausente nesta fase o juiz apoacutes analisara peticcedilatildeo inicial e se convencer do desaparecimento de certa pessoadeveraacute nomear um curador para administrar os bens do ausentecaso ele natildeo tenha deixado um procurador A escolha do curadordeveraacute obedecer a ordem do art 25 do CCArt 25 do CC - O cocircnjuge do ausente sempre que natildeo estejaseparado judicialmente ou de fato por mais de dois anos antesda declaraccedilatildeo da ausecircncia seraacute o seu legiacutetimo curadorsect 1o Em falta do cocircnjuge a curadoria dos bens do ausenteincumbe aos pais ou aos descendentes nesta ordem natildeohavendo impedimento que os iniba de exercer o cargosect 2o Entre os descendentes os mais proacuteximos precedem os maisremotossect 3o Na falta das pessoas mencionadas compete ao juiz a escolhado curadorO juiz tambeacutem arrecadaraacute os bens do ausente entregando aadministraccedilatildeo deles para o curador e mandaraacute publicar editaisdurante um ano reproduzidos de dois em dois meses anunciando aarrecadaccedilatildeo e chamando o ausente a entrar na posse dos bensApoacutes um ano da publicaccedilatildeo do primeiro edital ou trecircs anos nocaso de haver deixado procurador permanecendo a ausecircnciaavanccedila-se para a segunda fase (art 26 do CC)Art 26 do CC - Decorrido um ano da arrecadaccedilatildeo dos bens doausente ou se ele deixou representante ou procurador em sepassando trecircs anos poderatildeo os interessados requerer que sedeclare a ausecircncia e se abra provisoriamente a sucessatildeo2) Sucessatildeo provisoacuteria esta fase eacute aberta pela sentenccedila do juizapoacutes o julgamento das habilitaccedilotildees dos herdeiros Com exceccedilatildeo dosascendentes dos descendentes e do cocircnjuge os demais herdeirospara se imitirem na posse dos bens do ausente devem prestar umacauccedilatildeo de garantia

Art 30 do CC - Os herdeiros para se imitirem na posse dos bensdo ausente daratildeo garantias da restituiccedilatildeo deles mediantepenhores ou hipotecas equivalentes aos quinhotildees respectivossect 1o Aquele que tiver direito agrave posse provisoacuteria mas natildeo puderprestar a garantia exigida neste artigo seraacute excluiacutedo mantendoseos bens que lhe deviam caber sob a administraccedilatildeo do curadorou de outro herdeiro designado pelo juiz e que preste essagarantiasect 2o Os ascendentes os descendentes e o cocircnjuge uma vezprovada a sua qualidade de herdeiros poderatildeoindependentemente de garantia entrar na posse dos bens doausenteHavendo certeza de morte ou persistindo a ausecircncia apoacutes dezanos contados a partir do tracircnsito da sentenccedila de abertura dasucessatildeo provisoacuteria ou entatildeo dentro de cinco anos a contar dasuacuteltimas notiacutecias se o ausente contava oitenta ano de idade avanccedilasepara a terceira faseArt 35 do CC - Se durante a posse provisoacuteria se provar a eacutepocaexata do falecimento do ausente considerar-se-aacute nessa dataaberta a sucessatildeo em favor dos herdeiros que o eram agravequeletempoArt 37 do CC - Dez anos depois de passada em julgado asentenccedila que concede a abertura da sucessatildeo provisoacuteria poderatildeoos interessados requerer a sucessatildeo definitiva e o levantamentodas cauccedilotildees prestadasArt 38 do CC - Pode-se requerer a sucessatildeo definitiva tambeacutemprovando-se que o ausente conta oitenta anos de idade e que decinco datam as uacuteltimas notiacutecias dele3) Sucessatildeo definitiva tal sentenccedila acarreta a presunccedilatildeo da mortedo ausente devendo ser averbada no Cartoacuterio de Registro Civil Osherdeiros deixam de ter a posse e passam a ter a propriedaderesoluacutevel dos bens do ausente Eacute resoluacutevel porque o retorno doausente em ateacute dez anos apoacutes a abertura da sucessatildeo definitiva

provoca a extinccedilatildeo da propriedadeArt 39 do CC - Regressando o ausente nos dez anos seguintes agrave aberturada sucessatildeo definitiva ou algum de seus descendentes ou ascendentesaquele ou estes haveratildeo soacute os bens existentes no estado em que seacharem os sub-rogados em seu lugar ou o preccedilo que os herdeiros edemais interessados houverem recebido pelos bens alienados depoisdaquele tempoParaacutegrafo uacutenico Se nos dez anos a que se refere este artigo oausente natildeo regressar e nenhum interessado promover asucessatildeo definitiva os bens arrecadados passaratildeo ao domiacutenio doMuniciacutepio ou do Distrito Federal se localizados nas respectivascircunscriccedilotildees incorporando-se ao domiacutenio da Uniatildeo quandosituados em territoacuterio federalPercebemos que em regra natildeo eacute possiacutevel um intervalo detempo menor que onze anos (1 + 10) entre a curadoria dos bens e asucessatildeo definitiva pois deve-se publicar editais durante um ano eaguardar dez anos da sucessatildeo provisoacuteria ateacute a sucessatildeo definitivaAnaacutelise das alternativas(A) CERTA Conforme o art 7ordm I do CC(B) ERRADA A palavra ldquosomenterdquo tornou a assertiva errada poisexiste mais de um caso de morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia(C) ERRADA A assertiva lista hipoacuteteses de morte presumida comdecretaccedilatildeo de ausecircncia(D) ERRADA A assertiva lista uma hipoacutetese totalmente descabida noacircmbito do direito civil(E) ERRADA A assertiva tambeacutem lista uma hipoacutetese totalmentedescabida no acircmbito do direito civilGabarito A

10 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro decorrido um ano da arrecadaccedilatildeo dosbens do ausente ou se ele deixou representante ouprocurador em se passando trecircs anos poderatildeo osinteressados requerer que se declare a ausecircncia e se abra

provisoriamente a sucessatildeo A sentenccedila que determinar aabertura da sucessatildeo provisoacuteria(A) produziraacute efeito a partir do primeiro dia uacutetil seguinte apublicaccedilatildeo pela imprensa(B) produziraacute efeito imediatamente(C) soacute produziraacute efeito cento e oitenta dias depois depublicada pela imprensa(D) soacute produziraacute efeito trinta dias depois de publicada pelaimprensa(E) soacute produziraacute efeito noventa dias depois de publicada pelaimprensa

A questatildeo trata da literalidade do art 28 do CCArt 28 A sentenccedila que determinar a abertura da sucessatildeoprovisoacuteria soacute produziraacute efeito cento e oitenta diasdepois de publicada pela imprensa mas logo que passeem julgado proceder-se-aacute agrave abertura do testamento se houvere ao inventaacuterio e partilha dos bens como se o ausente fossefalecidoGabarito C

11 (TRT 15ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Judiciaacuterio ndash 2009) Umaviatildeo de passageiros desapareceu quando cruzava o OceanoDias depois do desaparecimento foram encontrados destroccedilosda aeronave e corpos de passageiros Todavia o corpo de Joseacutenatildeo foi encontrado apoacutes vaacuterios meses e as autoridadesresponsaacuteveis encerraram as buscas Nesse caso a mortepresumida(A) pode ser declarada sem decretaccedilatildeo de ausecircncia(B) soacute pode ser declarada apoacutes 10 anos contados da data doacidente(C) soacute pode ser declarada apoacutes dois anos contados da data doacidente (D) natildeo pode ser declarada somente podendo ser declarada aausecircncia(E) soacute pode ser declarada apoacutes 10 anos contados da data da declaraccedilatildeo da ausecircncia

A situaccedilatildeo narrada no enunciado da questatildeo representa umcaso de perigo de vida (morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia) e conforme o art 7ordm sect uacutenico do CC para que possa serdeclarada a morte da pessoa eacute necessaacuterio que ocorra o fim dasbuscas e averiguaccedilotildeesGabarito A

12 (TRT 15ordf - Teacutecnico Judiciaacuterio - Aacuterea Administrativa ndash2009) Paulo Pedro e Joseacute num automoacutevel levavam Joatildeo aum hospital pois estava muito doente Paulo o mais velhodirigia o veiacuteculo Pedro seu filho estava no banco da frenteJoseacute uma crianccedila de 8 anos e Joatildeo ocupavam o bancotraseiro No percurso o veiacuteculo colidiu com um poste e todosmorreram natildeo se podendo verificar quem morreu primeiroNesse caso presume-se que(A) todos morreram simultaneamente(B) Paulo morreu primeiro por ser o mais velho(C) Pedro morreu primeiro por viajar no banco da frente(D) Joseacute morreu primeiro por ser o mais jovem(E) Joatildeo morreu primeiro porque estava muito doente

A questatildeo trata da comoriecircncia que eacute a presunccedilatildeo de morte deduas ou mais pessoas simultaneamente sendo elas herdeiras entresi Produz como efeito juriacutedico o fato de os comorientes natildeoherdarem entre si ou seja natildeo haacute transmissatildeo de bens entre oscomorientesArt 8o do CC - Se dois ou mais indiviacuteduos falecerem na mesmaocasiatildeo natildeo se podendo averiguar se algum dos comorientesprecedeu aos outros presumir-se-atildeo simultaneamentemortosEx Um casal sem descendentes e ascendentes falece em umacidente de carro O Marido possui como uacutenico herdeiro um primo Aesposa possui como uacutenica herdeira uma irmatilde1) Se ficar provado que o marido morreu primeiro (antes da

esposa) este transmite sua heranccedila para a esposa queconsequentemente transmite para a irmatilde O primo fica semnada2) Se ficar provado que a esposa morreu primeiro (antes domarido) esta transmite sua heranccedila para o marido queconsequentemente transmite para o primo A irmatilde fica semnadaSe natildeo puder se provar quem morreu primeiro presume-se acomoriecircncia ou seja a heranccedila do marido seraacute transmitida ao primoe a heranccedila da esposa seraacute transmitida para a irmatildeGabarito A

13 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Teraacute legitimidadepara reclamar perdas e danos a direito da personalidade depessoa morta(A) apenas o cocircnjuge sobrevivente(B) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o segundo grau(C) apenas os descendentes e ascendentes ateacute o segundograu(D) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o quarto grau(E) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o terceiro grau

O art 12 do novo Coacutedigo Civil traz o princiacutepio da prevenccedilatildeo eda reparaccedilatildeo integral nos casos de lesatildeo a direitos da personalidadeArt 12 do CC - Pode-se exigir que cesse a ameaccedila ou a lesatildeo adireito da personalidade e reclamar perdas e danos sem prejuiacutezode outras sanccedilotildees previstas em leiParaacutegrafo uacutenico Em se tratando de morto teraacute legitimaccedilatildeo pararequerer a medida prevista neste artigo o cocircnjugesobrevivente ou qualquer parente em linha reta oucolateral ateacute o quarto grauEsse mesmo art 12 consagra os direitos do morto prevendo oseu sect uacutenico a legitimidade de ascendentes descendentes cocircnjuge e

colaterais ateacute quarto grau pleitearem indenizaccedilatildeo no caso de danosagrave personalidade de pessoa falecida Satildeo os denominados lesadosindiretos que sofrem muitas vezes um dano reflexo indiretocomumente denominado dano em ricocheteGabarito D

PESSOAS JURIacuteDICASA pessoa juriacutedica eacute o conjunto de pessoas naturais ou depatrimocircnios que visa a consecuccedilatildeo de certos fins reconhecida pelaordem juriacutedica como sujeito de direitos e obrigaccedilotildees Para existir satildeonecessaacuterios trecircs requisitos1) organizaccedilatildeo de pessoas ou de bens2) licitude de propoacutesitos ou fins e3) capacidade juriacutedica reconhecida por normaDessa forma para que o ser humano possa atingir seus fins eobjetivos liacutecitos ele se une a outros homens formandoagrupamentos A esses grupos a lei atribui personalidade juriacutedicacapacitando-os a serem sujeitos de direitos e de obrigaccedilotildeesNesse sentido eacute que surgem as pessoas juriacutedicas tambeacutemchamadas de pessoas morais pessoas coletivas pessoas abstrataspessoas miacutesticas pessoas civis ou pessoas intelectuais

14 (TCE-APProcurador2010) Eacute pessoa juriacutedica de direitopuacuteblico(A) associaccedilatildeo puacuteblica(B) fundaccedilatildeo(C) organizaccedilatildeo religiosa(D) empresa puacuteblica(E) partido poliacutetico

Uma questatildeo claacutessica da banca FCC versa sobre o assuntoclassificaccedilatildeo das pessoas juriacutedicasA tabela graacutefica a seguir resume o assuntoADM DIRETA Uniatildeo Est Territ DF MunicINTERNOADM INDIRETA Autarquias inclusive ass publicas edemais entid criadas por leiDIREITO PUacuteBLICO EXTERNO Estados estrangeiros e pessoas regidas pelo DIPSIMPLESPESSOA SOCIEDADEJURIacuteDICA EMPRESAacuteRIAfim econocircmico

CORPORACcedilAtildeO ASSOCIACcedilAtildeOuniversitas ASSOCIACcedilAtildeO PART POLIacuteTICODIREITO personarumPRIVADO fim natildeo ORG RELIGIOSAeconocircmicoFUNDACcedilAtildeOuniversitasbonorumA base legal para a tabela graacutefica acima estaacute nos artigos aseguirArt 40 do CC - As pessoas juriacutedicas satildeo de direito puacuteblico internoou externo e de direito privadoArt 41 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoI - a UniatildeoII - os Estados o Distrito Federal e os TerritoacuteriosIII - os MuniciacutepiosIV - as autarquias inclusive as associaccedilotildees puacuteblicasV - as demais entidades de caraacuteter puacuteblico criadas por leiParaacutegrafo uacutenico Salvo disposiccedilatildeo em contraacuterio as pessoasjuriacutedicas de direito puacuteblico a que se tenha dado estrutura dedireito privado regem-se no que couber quanto ao seufuncionamento pelas normas deste CoacutedigoArt 42 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico externo osEstados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelodireito internacional puacuteblicoArt 44 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoI - as associaccedilotildeesII - as sociedadesIII - as fundaccedilotildeesIV - as organizaccedilotildees religiosasV - os partidos poliacuteticossect 1o Satildeo livres a criaccedilatildeo a organizaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo interna e ofuncionamento das organizaccedilotildees religiosas sendo vedado aopoder puacuteblico negar-lhes reconhecimento ou registro dos atosconstitutivos e necessaacuterios ao seu funcionamentosect 2o As disposiccedilotildees concernentes agraves associaccedilotildees aplicam-sesubsidiariamente agraves sociedades que satildeo objeto do Livro II daParte Especial deste Coacutedigosect 3o Os partidos poliacuteticos seratildeo organizados e funcionaratildeoconforme o disposto em lei especiacutefica

Conclui-se que das alternativas apresentadas apenas aassociaccedilatildeo puacuteblica eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito A

15 (TRT 2ordf RegiatildeoAnalista Administrativo2008) Os partidospoliacuteticos as associaccedilotildees puacuteblicas e as organizaccedilotildees religiosassatildeo pessoas juriacutedicas de direito(A) privado(B) privado puacuteblico e puacuteblico respectivamente(C) puacuteblico privado e privado respectivamente(D) puacuteblico(E) privado puacuteblico e privado respectivamente

Conforme a tabela da pagina anteriorGabarito E

16 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Considere asseguintes entidades com abrangecircncia nacionalI Igreja Satildeo Marcos DivinoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquoIII Partido Poliacutetico ABCIV Autarquia XYZNeste caso satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoSOMENTE(A) III e IV (B) II III e IV(C) II e IV(D) I e IV(E) I e II

Vejamos cada uma das pessoas mencionadas conforme a tabelaapresentada

I Igreja Satildeo Marcos Divino 1048782 eacute uma organizaccedilatildeo religiosa portantotemos uma pessoa juriacutedica de direito privadoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquo 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica dedireito puacuteblicoIII Partido Poliacutetico ABC 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito privadoIV Autarquia XYZ 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito C

17 (TRT 7ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Administrativa ndash 2009) As

associaccedilotildees(A) soacute natildeo poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutempara fins morais(B) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins religiosos(C) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins poliacuteticos(D) jamais poderatildeo ter fins lucrativos(E) poderatildeo quando comerciais ter fins lucrativos

As ASSOCIACcedilOtildeES surgem quando natildeo haacute um fim lucrativoou intenccedilatildeo de dividir o resultado embora tenham patrimocircnioformado por contribuiccedilatildeo de seus membros para a obtenccedilatildeo de finsculturais educacionais esportivos religiosos beneficentesrecreativos morais etc Entretanto natildeo perdem a categoria deassociaccedilatildeo mesmo que realizem negoacutecios para manter ou aumentar oseu patrimocircnio desde que natildeo proporcionem ganho aos associados(Ex APAE UNE Associaccedilatildeo de Pais e Mestres Associaccedilatildeo dosAdvogados de Satildeo Paulo etc)Art 53 do CC - Constituem-se as associaccedilotildees pela uniatildeo depessoas que se organizem para fins natildeo econocircmicosParaacutegrafo uacutenico Natildeo haacute entre os associados direitos eobrigaccedilotildees reciacuteprocosO documento a ser utilizado na constituiccedilatildeo da associaccedilatildeo eacute oestatuto Tal documento deve possuir os requisitos listados no art 54do CCArt 54 do CC - Sob pena de nulidade o estatuto das associaccedilotildeesconteraacuteI - a denominaccedilatildeo os fins e a sede da associaccedilatildeoII - os requisitos para a admissatildeo demissatildeo e exclusatildeo dosassociadosIII - os direitos e deveres dos associadosIV - as fontes de recursos para sua manutenccedilatildeoV ndash o modo de constituiccedilatildeo e de funcionamento dos oacutergatildeosdeliberativosVI - as condiccedilotildees para a alteraccedilatildeo das disposiccedilotildees estatutaacuterias epara a dissoluccedilatildeo

VII ndash a forma de gestatildeo administrativa e de aprovaccedilatildeo dasrespectivas contasAleacutem disso como se trata de uma pessoa sem finalidadelucrativa os associados devem ter direitos iguais apesar de serpossiacutevel a existecircncia de uma categoria de associados com vantagensespeciais Um exemplo comum ocorre com os associados criadoresque reservam para si vantagens especiais enquanto que os demaisassociados teratildeo iguais direitosArt 55 do CC - Os associados devem ter iguais direitos mas oestatuto poderaacute instituir categorias com vantagens especiaisOutro conceito importante estaacute inserido no art 56 do CCArt 56 do CC - A qualidade de associado eacute intransmissiacutevel se oestatuto natildeo dispuser o contraacuterioParaacutegrafo uacutenico Se o associado for titular de quota ou fraccedilatildeoideal do patrimocircnio da associaccedilatildeo a transferecircncia daquela natildeoimportaraacute de per si na atribuiccedilatildeo da qualidade de associado aoadquirente ou ao herdeiro salvo disposiccedilatildeo diversa do estatutoApoacutes sua anaacutelise conclui-se que no silecircncio do estatuto aqualidade de associado eacute intransmissiacutevel seja por ato inter vivos (exdoaccedilatildeo) ou causa mortis (testamento) Entretanto eacute possiacutevel atransferecircncia de quota ou fraccedilatildeo ideal do patrimocircnio da associaccedilatildeoAinda sobre o associado o art 57 do CC prevecirc a possibilidadede sua exclusatildeoArt 57 do CC - A exclusatildeo do associado soacute eacute admissiacutevel havendojusta causa assim reconhecida em procedimento que asseguredireito de defesa e de recurso nos termos previstos no estatutoPercebe-se que para um associado ser excluiacutedo da associaccedilatildeodeve haver um procedimento especiacutefico com a possibilidade dedireito de defesa e tambeacutem possibilidade de recurso quanto agraveprimeira decisatildeoGabarito D

18 (MPUTeacutecnico Administrativo2007) A respeito daspessoas juriacutedicas analise

I As autarquias os partidos poliacuteticos e as organizaccedilotildeesreligiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoII Em regra se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentesIII Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar o juiza requerimento de qualquer interessado nomear-lhe-aacuteadministrador provisoacuterioIV As fundaccedilotildees somente poderatildeo constituir-se para finsreligiosos morais culturais ou de assistecircnciaEacute correto o que consta APENAS em(A) I II e III(B) I II e IV(C) II e III(D) II III e IV(E) II e IV

Anaacutelise das afirmativasI ERRADA Conforme a tabela apresentada os partidos poliacuteticos e asorganizaccedilotildees religiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoII CERTA Caso a pessoa juriacutedica tenha administraccedilatildeo coletiva(gerecircncia colegiada) em regra as decisotildees deveratildeo ser tomadas pormetade dos votos dos presentes mais um nos termos do art 48do CCArt 48 do CC - Se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentessalvo se o ato constitutivo dispuser de modo diversoParaacutegrafo uacutenico Decai em trecircs anos o direito de anular asdecisotildees a que se refere este artigo quando violarem a lei ouestatuto ou forem eivadas de erro dolo simulaccedilatildeo ou fraudeIII CERTA Pelo fato da pessoa juriacutedica precisar ser representadaativa ou passivamente em juiacutezo ou fora dele deveraacute seradministrada em regra por quem o estatuto designar Poreacutem se aadministraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar caracterizando umavacacircncia geral entatildeo o magistrado nos termos do art 49 do CCdeveraacute nomear um administrador provisoacuterio

Art 49 do CC - Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier afaltar o juiz a requerimento de qualquer interessado nomearlhe-aacute administrador provisoacuterioIV CERTA A fundaccedilatildeo eacute um acervo de bens livres de ocircnus eencargos (universitas bonorum) representando um patrimocircnio aque a lei atribui personalidade juriacutedica em atenccedilatildeo ao fim a que sedestina (fins religiosos morais culturais ou de assistecircncia) O CCcomeccedila a regular a criaccedilatildeo de uma fundaccedilatildeo no seu art 62Art 62 do CC - Para criar uma fundaccedilatildeo o seu instituidor faraacutepor escritura puacuteblica ou testamento dotaccedilatildeo especial de benslivres especificando o fim a que se destina e declarando sequiser a maneira de administraacute-laParaacutegrafo uacutenico A fundaccedilatildeo somente poderaacute constituir-se parafins religiosos morais culturais ou de assistecircnciaGabarito DDOMICIacuteLIOO domiciacutelio eacute a sede juriacutedica da pessoa onde ela se presumepresente para efeitos de direito Ou seja eacute o local onde a pessoapratica habitualmente seus atos e negoacutecios juriacutedicos econsequumlentemente onde responde por suas obrigaccedilotildeesPara chegarmos ao conceito de domiciacutelio eacute necessaacuterioentendermos a diferenccedila entre morada residecircncia e domiciacutelio- Morada eacute o lugar onde a pessoa eacute encontrada O normal eacute a ideacuteiado recolhimento Local onde eacute encontrada para dormir- Residecircncia eacute a morada habitual Eacute o local onde a pessoa eacuteencontrada habitualmente Ex Casa de praia- Domiciacutelio eacute a residecircncia com acircnimo definitivo Natildeo eacute residecircnciaeterna Eacute o local onde a pessoa eacute encontrada habitualmente e natildeosabe quando vai sair Acircnimo definitivo eacute a vontade de permanecer Apessoa pode ateacute natildeo ter vontade de permanecer mas enquanto elapermanecer de modo habitual eacute domiciacutelio (Ex morar em um bairroque natildeo gosta)Existem duas espeacutecies de domiciacutelio para a pessoa natural

1) Domiciacutelio Voluntaacuterio - pode sera) comum ou geral (arts 70 a 74 do CC) eacute aquele escolhidolivremente pela pessoa e que poderaacute ser mudado por elaArt 70 do CC - O domiciacutelio da pessoa natural eacute o lugar onde elaestabelece a sua residecircncia com acircnimo definitivoO conceito de domiciacutelio voluntaacuterio do art 70 do CC apresentadois elementosa) elemento objetivo eacute a residecircnciab) elemento subjetivo eacute o acircnimo definitivoDessa forma se uma pessoa vai passar o mecircs de feacuterias emuma casa de praia o domiciacutelio natildeo estaraacute sendo mudado poiscomo se trata de uma situaccedilatildeo temporaacuteria falta a intenccedilatildeo depermanecer definitivamente no localArt 71 do CC -Se poreacutem a pessoa natural tiver diversasresidecircncias onde alternadamente viva considerar-se-aacutedomiciacutelio seu qualquer delas (PLURALIDADE DEDOMICIacuteLIOS)No artigo 71 o Coacutedigo Civil consagra a pluralidade domiciliar ouseja eacute possiacutevel que uma pessoa tenha mais de um domiciacutelio Comoexemplo temos a pessoa que fica durante a semana no Rio de Janeiroe todo final de semana vai para Satildeo Paulo Tal pessoa possui duasmoradas habituais e nesse caso a lei estipulou que quando a pessoapossui mais de uma residecircncia qualquer uma delas serve comodomiciacutelioArt 72 do CC -Eacute tambeacutem domiciacutelio da pessoa natural quanto agravesrelaccedilotildees concernentes agrave profissatildeo o lugar onde esta eacute exercida(DOMICIacuteLIO PROFISSIONAL)Paraacutegrafo uacutenico Se a pessoa exercitar profissatildeo em lugaresdiversos cada um deles constituiraacute domiciacutelio para as relaccedilotildees quelhe corresponderem (PLURALIDADE DE DOMICIacuteLIOSPROFISSIONAIS)Aleacutem do domiciacutelio escolhido livremente pela pessoa ao fixarresidecircncia com acircnimo definitivo no artigo 72 do Coacutedigo Civil criou-sea possibilidade da pessoa ter como domiciacutelio o local relacionado com

o seu trabalho A situaccedilatildeo eacute exemplificada pelas pessoas quetrabalham em grandes centros e moram em cidades sateacutelites talcomo a pessoa que mora na cidade de Satildeo Caetano-SP e trabalha nacidade de Satildeo Paulo-SP (capital)Art 73 do CC - Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeotenha residecircncia habitual o lugar onde for encontrada(AUSEcircNCIA DE RESIDEcircNCIA)Todos possuem domiciacutelio inclusive aqueles que natildeo tecircmresidecircncia Dessa forma o domiciacutelio dos ciganos dos artistas de circo(circenses) e do cacheiro viajante eacute o local onde forem encontradosArt 74 do CC - Muda-se o domiciacutelio transferindo a residecircnciacom a intenccedilatildeo manifesta de o mudarParaacutegrafo uacutenico A prova da intenccedilatildeo resultaraacute do que declarar apessoa agraves municipalidades dos lugares que deixa e para ondevai ou se tais declaraccedilotildees natildeo fizer da proacutepria mudanccedila com ascircunstacircncias que a acompanharemNo artigo 74 do Coacutedigo Civil estaacute prevista a forma para umapessoa mudar o seu domiciacuteliob) especial (art78 do CC) - eacute aquele que possibilita aoscontratantes estabelecer um local para o cumprimento dasobrigaccedilotildees (foro de contrato) ou um local para dirimirquaisquer controveacutersias surgidas em decorrecircncia do contrato(foro de eleiccedilatildeo)Art 78 do CC - Nos contratos escritos poderatildeo os contratantesespecificar domiciacutelio onde se exercitem e cumpram os direitos eobrigaccedilotildees deles resultantes2) Domiciacutelio Necessaacuterio ou Legal (art 76 do CC) - eacute aqueledeterminado pela lei em razatildeo da condiccedilatildeo ou situaccedilatildeo decertas pessoas Nesses casos a lei natildeo permite a escolha dodomiciacutelioArt 76 do CC - Tecircm domiciacutelio necessaacuterio o incapaz o servidorpuacuteblico o militar o mariacutetimo e o presoParaacutegrafo uacutenico O domiciacutelio do incapaz eacute o do seu representanteou assistente o do servidor puacuteblico o lugar em que exercer

permanentemente suas funccedilotildees o do militar onde servir esendo da Marinha ou da Aeronaacuteutica a sede do comando a que seencontrar imediatamente subordinado o do mariacutetimo onde onavio estiver matriculado e o do preso o lugar em que cumprir asentenccedilaAleacutem dos domiciacutelios jaacute citados tambeacutem eacute consagrado no art 77do Coacutedigo Civil uma situaccedilatildeo especial para o agente diplomaacuteticoArt 77 do CC - O agente diplomaacutetico do Brasil que citado noestrangeiro alegar extraterritorialidade sem designar onde temno paiacutes o seu domiciacutelio poderaacute ser demandado no DistritoFederal ou no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro onde o tevePelo fato do agente diplomaacutetico natildeo ter residecircncia no Brasil ese em razatildeo de uma demanda tal fato for suscitado por ele entatildeo ajurisdiccedilatildeo competente para resolver o litiacutegio pode ser duas1) o Distrito Federal ou2) o local do Brasil onde teve seu uacuteltimo domiciacutelio

19 (TRE-AMAnalista Judiciaacuterio2009) Considere asassertivas abaixo a respeito do domiciacutelioI Se a pessoa natural tiver diversas residecircncias ondealternadamente viva considerar-se-aacute domiciacutelio seu qualquerdelasII Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeo tenharesidecircncia habitual o lugar onde for encontradaIII O domiciacutelio do militar da Marinha eacute o local onde o navioestiver matriculadoIV Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosDe acordo com o Coacutedigo Civil brasileiro estaacute correto o que seafirma APENAS em(A) II III e IV(B) I II e III(C) I II e IV(D) I e IV(E) II e III

Anaacutelise das alternativasI CERTA Conforme o art 71 do CCII CERTA Conforme o art 73 do CCIII ERRADA O local onde o navio estiver matriculado segundo oart 75 do CC eacute o domiciacutelio do mariacutetimoIV CERTA Assim como a pessoa natural a pessoa juriacutedica tambeacutemdeve responder pelos atos referentes agraves relaccedilotildees juriacutedicas em queestaacute envolvidaO assunto eacute tratado no art 75 do CCArt 75 do CC - Quanto agraves pessoas juriacutedicas o domiciacutelio eacuteI - da Uniatildeo o Distrito FederalII - dos Estados e Territoacuterios as respectivas capitaisIII - do Municiacutepio o lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipalIV - das demais pessoas juriacutedicas o lugar onde funcionarem asrespectivas diretorias e administraccedilotildees ou onde elegeremdomiciacutelio especial no seu estatuto ou atos constitutivossect 1o Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacutelio paraos atos nele praticadossect 2o Se a administraccedilatildeo ou diretoria tiver a sede no estrangeirohaver-se-aacute por domiciacutelio da pessoa juriacutedica no tocante agravesobrigaccedilotildees contraiacutedas por cada uma das suas agecircncias o lugar doestabelecimento sito no Brasil a que ela corresponderA pessoa juriacutedica natildeo possui residecircncia mas tem sede ouestabelecimento que a ldquoprenderdquo a um determinado lugar Trata-se dodomiciacutelio especial da pessoa juriacutedica que pode ser livrementeescolhido no seu ato constitutivoNatildeo havendo tal escolha o domiciacutelio seraacute o lugar onde funcionaras respectivas diretorias e administraccedilotildeesO graacutefico a seguir resume o assuntoDOMICIacuteLIO DA PESSOA JURIacuteDICA DE DIREITO PUacuteBLICO INTERNOUniatildeo o Distrito FederalEstados e Territoacuterios as respectivas capitaisMuniciacutepioso lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipal

DOMICIacuteLIO DAS DEMAIS PESSOAS JURIacuteDICASRegraonde elegerem domiciacutelio especial no seuestatuto ou atos constitutivosNa falta de domiciacutelio especialo lugar onde funcionarem as respectivasdiretorias e administraccedilotildeesHavendo diversosestabelecimentos(pluralidade domiciliar)cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosSe a administraccedilatildeo oudiretoria tiver sede noestrangeiroo lugar do estabelecimento sito no Brasila que ela corresponderGabarito C

20 (TCE-GOAnalista de Controle Externo2009) O agentediplomaacutetico do Brasil que citado no estrangeiro alegarextraterritorialidade sem designar onde tem no paiacutes o seudomiciacutelio poderaacute ser demandado(A) somente no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro em quefoi domiciliado(B) somente do Distrito Federal(C) somente no exterior no lugar onde se encontra exercendoas suas funccedilotildees(D) no Distrito Federal ou no uacuteltimo ponto do territoacuteriobrasileiro onde o teve(E) somente no exterior na capital do paiacutes onde estaacuteexercendo as suas funccedilotildees

A questatildeo tem como base legal o art 77 do CCGabarito D

21 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) O domiciacutelio(A) dos oficiais da marinha eacute o lugar onde servem(B) do mariacutetimo eacute o lugar em que o navio estiver atracado(C) do incapaz eacute o lugar em que foi registrado o seunascimento(D) do militar do Exeacutercito eacute a sede do comando a que seencontrar subordinado(E) do preso eacute o lugar em que cumpre a sentenccedila

Toda a questatildeo tem como fundamento legal o art 75 do CCAnaacutelise das alternativas(A) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio dos oficiais de marinha eacute a sededo comando a que estiverem imediatamente subordinado(B) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do mariacutetimo eacute o lugar em que onavio estiver atracado(C) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do incapaz eacute o mesmo do seurepresentante ou assistente(D) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do militar do exeacutercito eacute o localonde servir Apenas para os militares da Marinha e da Aeronaacuteutica odomiciacutelio necessaacuterio eacute a sede do comando a que estiveremimediatamente subordinado(E) CERTAGabarito E

22 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) Nuacutebia eacute funcionaacuteriapuacuteblica da Prefeitura Municipal da Cidade A onde exerce suasatividades inerentes ao cargo puacuteblico que ocupa Reside comseus filhos na cidade vizinha B mas como seu marido emrazatildeo de trabalho reside na cidade vizinha C Nuacutebia passaparte da semana dormindo nesta cidade De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro o Domiciacutelio Civil de Nuacutebia eacute a cidade(A) A ou C(B) B ou C(C) A apenas(D) B apenas(E) C apenas

Tendo em vista que Nubia eacute funcionaacuteria puacuteblica entatildeo ela temdomiciacutelio necessaacuterio (imposto por lei)Conforme o art 76 do CC o domiciacutelio de Nubia eacute o local ondeela exercer permanentemente as suas funccedilotildees ou seja apenas acidade AGabarito C

23 (TRE-SETeacutecnico Administrativo2007) Maria artistacircense nasceu em Salvador Maria faz espetaacuteculos por todoo Brasil com a companhia de circo de que faz parte

Considerando que seu marido e filho residem em Olinda e queseus ascendentes mais proacuteximos residem em Ilheacuteus ter-se-aacutepor domiciacutelio de Maria(A) a cidade de Ilheacuteus(B) o local em que for encontrada(C) apenas a cidade de Salvador(D) apenas a cidade de Olinda(E) as cidades de Salvador ou Olinda

Tendo em vista que Maria eacute circense entatildeo ela natildeo possuiresidecircnciaEntretanto todos possuem domiciacutelio inclusive as pessoas quenatildeo possuem residecircnciaDessa forma nos termos do art 73 do CC o domiciacutelio de Mariaseraacute o local onde ela for encontradaOu seja o local de residecircncia do seu marido e dos seus filhossatildeo irrelevantes para a questatildeoGabarito B

1-C2-D3-E4-D5-C6-B7-B8-B9-A10-C11-A12-A13-D14-A15-E16-C17-D18-D19-C20-D21-E22-C23-B

Page 3: AULA 1 Civil

(E) constitutivaConforme os comentaacuterios da alternativa (B) da questatildeo anteriorGabarito E

4 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) Satildeo absolutamenteincapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil(A) os proacutedigos(B) os maiores de 16 e menores de 18 anos(C) os excepcionais sem desenvolvimento mental completo(D) os que mesmo por causa transitoacuteria natildeo puderemexprimir sua vontade(E) os que por deficiecircncia mental tenham o discernimentoreduzido

A questatildeo trata da INCAPACIDADE ABSOLUTA E RELATIVAAs pessoas que possuem os dois tipos de capacidade (de direitogozoe de fatoexerciacutecio) tecircm a chamada capacidade plena e aqueles que natildeopossuem a capacidade de fato ou de exerciacutecio satildeo chamados incapazessendo portadores de uma ldquodeficiecircncia juriacutedicardquo Justamente por existir taldeficiecircncia eacute que os incapazes precisam ser representados ou assistidosA incapacidade (deficiecircncia juriacutedica) pode se apresentar sob duasformasbull Incapacidade absoluta acarreta a proibiccedilatildeo total da praacutetica dos atosda vida civil Tal deficiecircncia eacute suprida pela representaccedilatildeobull Incapacidade relativa permite a praacutetica dos atos civis desde que oincapaz seja assistido por seu representante Tal deficiecircncia eacute supridapela assistecircnciaQuando a pessoa natildeo possui capacidade de fato ou de exerciacutecio econsequumlentemente a capacidade civil plena ela eacute considerada incapaz Navisatildeo da Profa Maria Helena Diniz a incapacidade deve ser observada deforma restritiva pois a capacidade eacute a regra (todos adquirem ao nascercom vida) ao passo que incapacidade eacute a exceccedilatildeoIMPORTANTE A incapacidade eacute a restriccedilatildeo legal ao exerciacutecio dos atos da vidacivil e tem como objetivo proteger os que satildeo portadores de alguma

deficiecircncia juriacutedica apreciaacutevel atraveacutes da graduaccedilatildeo da forma deproteccedilatildeo Dependendo da deficiecircncia a incapacidade gera comoforma de proteccedilatildeo a necessidade de um representante(incapacidade absoluta) ou de um assistente (incapacidaderelativa)

CAPACIDADE DE DIREITO + CAPACIDADE DE FATO = CAPACIDADE PLENA

A incapacidade absoluta eacute suprida pela representaccedilatildeo Narepresentaccedilatildeo o incapaz natildeo esboccedila sua vontade em relaccedilatildeo agrave praacutetica ounatildeo do ato ou negoacutecio juriacutedico pois esta eacute tomada pelo representante legalOu seja o ato ou negoacutecio juriacutedico eacute realizado de acordo com a vontade dorepresentante A falta de representante acarreta a nulidade do atoJaacute a incapacidade relativa eacute suprida pela assistecircncia Na assistecircnciao proacuteprio incapaz decide se pratica ou natildeo o ato ou negoacutecio juriacutedicoesboccedilando portanto a sua vontade limitando-se o assistente a apenaspresenciaacute-lo durante a celebraccedilatildeo do ato Satildeo pessoas que por teremalgum discernimento estatildeo em uma situaccedilatildeo intermediaacuteria entre acapacidade plena e a incapacidade total A falta de assistecircncia acarreta aanulabilidade do atoApoacutes saber os tipos de incapacidade creio que vocecirc deva estar seperguntando quem eacute considerado incapazA resposta para essa pergunta eacute dada pelos arts 3ordm e 4ordm do CC quetrazem respectivamente o rol dos absolutamente e relativamenteincapazesArt 3o do CC - Satildeo absolutamente incapazes de exercerpessoalmente os atos da vida civilI - os menores de dezesseis anosII - os que por enfermidade ou deficiecircncia mental natildeo tiverem o necessaacuterio discernimentopara a praacutetica desses atosIII - os que mesmo por causa transitoacuteria natildeo puderem exprimir suavontadeArt 4o do CC - Satildeo incapazes relativamente a certos atos ou agravemaneira de os exercerI - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos

II - os eacutebrios habituais os viciados em toacutexicos e os que por deficiecircnciamental tenham o discernimento reduzidoIII - os excepcionais sem desenvolvimento mental completoIV - os proacutedigosParaacutegrafo uacutenico A capacidade dos iacutendios seraacute regulada por legislaccedilatildeoespecialRol dos absolutamente incapazes- Os menores de 16 anos satildeo chamados de menores impuacuteberes Satildeo osque ainda natildeo atingiram a maturidade suficiente para participar daatividade juriacutedica- Os privados do necessaacuterio discernimento por enfermidade oudeficiecircncia mental para serem considerados absolutamente incapazesnecessitam de um processo de interdiccedilatildeo Tal processo segue o rito doCoacutedigo de Processo Civil e a sentenccedila teraacute natureza declaratoacuteria de umasituaccedilatildeo ou estado anterior devendo ser registrada em livro especial noCartoacuterio do 1ordm Ofiacutecio do Registro Civil- Os que mesmo por causa transitoacuteria natildeo puderem exprimir suavontade tem nas pessoas que estatildeo em estado de coma o claacutessico exemplode incapacidade absoluta comumente cobrado em concursos Este caso natildeoprecisa de interdiccedilatildeo pelo fato de teoricamente se tratar de uma situaccedilatildeoldquopassageirardquoRol dos relativamente incapazes- Os maiores de 16 e menores de 18 anos satildeo chamados de menorespuacuteberes e apesar de serem relativamente incapazes podem praticardeterminados atos sem a assistecircncia tal como aceitar mandato sertestemunha fazer testamento etc- Os eacutebrios (alcooacutelatras) habituais e os viciados em toacutexicos(toxicocircmanos) quando o efeito das respectivas substacircncias (aacutelcool eentorpecente) provocar uma reduccedilatildeo na capacidade de entendimento natildeopoderatildeo praticar os atos da vida civil sem assistecircncia de um curador desdeque interditos- Os deficientes mentais com discernimento reduzido satildeo fracos damente ou fronteiriccedilos Dessa forma quando a debilidade privarcompletamente o amental do necessaacuterio discernimento para a praacutetica dosatos da vida civil entatildeo ele seraacute considerado incapaz de forma absoluta

Poreacutem se ocorrer apenas uma reduccedilatildeo na capacidade teremos aincapacidade relativa- Todos os excepcionais sem desenvolvimento mental completoincluindo os surdos-mudos (em determinadas situaccedilotildees) satildeo consideradosrelativamente incapazes Para tal deve haver uma sentenccedila de interdiccedilatildeo- Os proacutedigos satildeo gastadores que dissipam o proacuteprio patrimocircnio de formadesvairada Trata-se de um desvio de personalidade e natildeo propriamentede um estado de alienaccedilatildeo mental No entanto o proacutedigo soacute ficaraacute privadode praticar atos que extravasam a mera administraccedilatildeo e implicam nocomprometimento de seu patrimocircnio como emprestar alienar hipotecaretc (art 1782 do CC) Precisa de interdiccedilatildeoArt 1782 do CC - A interdiccedilatildeo do proacutedigo soacute o privaraacute de sem curadoremprestar transigir dar quitaccedilatildeo alienar hipotecar demandar ou serdemandado e praticar em geral os atos que natildeo sejam de meraadministraccedilatildeoObservaccedilatildeo existem algumas exceccedilotildees em que os relativamenteincapazes podem praticar atos sozinhos como fazer um testamento aceitarmandato para praticar negoacutecios celebrar contrato de trabalho a partir de 16anos ser testemunha a partir de 16 anos etcA seguir temos mais uma tabela para sintetizar o assunto

INCAPACIDADE ABSOLUTA

1 - menores de dezesseis anos2 - enfermos sem discernimento3 - deficientes mentais semdiscernimento e4 - impossibilidade transitoacuteria deexprimir a vontade

RELATIVA

1 - maiores de dezesseis emenores de dezoito anos2 - eacutebrios habituais3 - viciados em toacutexicos4 - deficientes mentais comdiscernimento reduzido5 - excepcionais semdesenvolvimento mentalcompleto e6 - proacutedigos

Gabarito D

5 (TJ-PAAuxiliar Judiciaacuterio2009) Tratando-se deincapacidade das pessoas eacute certo afirmar que(A) o relativamente incapaz natildeo pode fazer testamento aindaque assistido(B) a incapacidade relativa natildeo permite que o incapazpratique atos da vida civil mesmo que assistido(C) a incapacidade absoluta acarreta a proibiccedilatildeo total doexerciacutecio por si soacute do direito(D) o relativamente incapaz para inscrever-se como eleitornecessita da assistecircncia de seu representante legal(E) a incapacidade relativa pode ser suprida ao passo que aincapacidade absoluta natildeo pode ser suprida

Anaacutelise das alternativas(A) ERRADA Os que possuem entre 16 e 18 anos podem praticaralguns atos mesmo sem serem assistidos como eacute o caso dotestamento Vide art 1860 do CCArt 1860 Aleacutem dos incapazes natildeo podem testar os que no atode fazecirc-lo natildeo tiverem pleno discernimentoParaacutegrafo uacutenico Podem testar os maiores de dezesseis anos (B) ERRADA A incapacidade relativa natildeo permite que o incapazpratique atos da vida civil desde que assistido A assistecircncia eacute aproteccedilatildeo juriacutedica que supre a incapacidade relativa(C) CERTA O absolutamente estaacute proibido de praticar sozinho atosda vida civil Para que ocorra tal praacutetica eacute necessaacuteria a representaccedilatildeocomo forma de proteccedilatildeo juriacutedica(D) ERRADA O relativamente incapaz para inscrever-se como eleitornatildeo necessita da assistecircncia de seu representante legal A inscriccedilatildeocomo eleitor tambeacutem eacute um ato que pode ser praticado por pessoasmaiores de 16 anos independente de assistecircncia(E) ERRADA A incapacidade relativa pode ser suprida pelarepresentaccedilatildeo ao passo que a incapacidade absoluta pode sersuprida pela assistecircncia

Gabarito C

6 (PGE-MTProcurador2011) Satildeo incapazes relativamente acertos atos ou agrave maneira de os exercer(A) os menores de dezesseis anos(B) os proacutedigos ainda que casados(C) os que mesmo por causa transitoacuteria natildeo puderemexprimir sua vontade(D) os maiores de dezesseis anos e menores de dezoito anosainda que casados(E) os maiores de dezesseis e menores de vinte e um anosAnaacutelise das afirmativas(A) ERRADA Eles satildeo absolutamente incapazes(B) CERTA O fato do proacutedigo (pessoa que dissipa o seu patrimocircnio)estar casado natildeo afasta a incapacidade por tanto ele eacute consideradorelativamente incapaz no que tange aos atos patrimoniais(C) ERRADA Eles satildeo absolutamente incapazes(D) ERRADA Neste caso o casamento acarreta a emancipaccedilatildeo domenor e consequentemente antecipa a aquisiccedilatildeo da capacidade defato ou de exerciacutecio(E) ERRADA No que tange agrave idade a incapacidade relativa ocorreentre 16 e 18 anosGabarito B

7 (TRF 5ordf RegiatildeoAnalista Administrativo2008) Nos termosestabelecidos pela legislaccedilatildeo civil brasileira NAtildeO cessaraacute paraos menores a incapacidade(A) pela existecircncia de relaccedilatildeo de emprego e em funccedilatildeo dele omenor com dezesseis anos completos tenha economia proacutepria(B) pela concessatildeo dos pais mediante instrumento particularindependentemente de homologaccedilatildeo judicial se o menor tiverdezesseis anos completos(C) pela colaccedilatildeo de grau em curso de ensino superior(D) pelo exerciacutecio de emprego puacuteblico efetivo(E) pelo casamento

A emancipaccedilatildeo representa a aquisiccedilatildeo da capacidade civilplena antes de completar 18 (dezoito) anos ou seja representa a

antecipaccedilatildeo da capacidade civil plena A doutrina a divide em 3 (trecircs)tipos voluntaacuteria judicial e legalSegue graacutefico esquemaacuteticoAnaacutelise das alternativasEMANCIPACcedilAtildeOEacute o instituto juriacutedico queantecipa a aquisiccedilatildeo dacapacidade plena aosmenores de 18 anosCaracteriacutesticas- irrevogabilidade natildeopode ser revogada pelospais do menor- perpetuidade se ocasamento for desfeito aemancipaccedilatildeo continua- pura e simples natildeoadmite termo oucondiccedilatildeoVOLUNTAacuteRIA eacute concedida pelos pais (os dois) medianteescritura puacuteblica independente de homologaccedilatildeo judicial Omenor deve ter 16 anos completos- se um dos pais for falecido ou estiver interditado (falta deum dos pais) o outro pode conceder a emancipaccedilatildeo- se um dos pais se achar em local incerto deve haverautorizaccedilatildeo judicialJUDICIAL eacute concedida por sentenccedila judicial O menordeve ter 16 anos completos Duas hipoacuteteses1) quando o menor estiver sob tutela e2) quando houver divergecircncia entre os paisLEGAL se opera automaticamente independente de atodos pais tutor ou sentenccedila judicial Hipoacuteteses1) casamento (16 anos completos em regra ndash arts 1517 e1520 do CC)2) exerciacutecio de emprego puacuteblico efetivo (concurso puacuteblico)3) colaccedilatildeo de grau em curso de ensino superior (faculdade)4) ter estabelecimento civil ou comercial que lhe propicieeconomia proacutepria (16 anos completos)5) possuir relaccedilatildeo de emprego que lhe propicie a obtenccedilatildeode economia proacutepria (16 anos completos)

(A) ERRADA A assertiva trata da quinta forma de emancipaccedilatildeo legalsendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menor(B) CERTA Para ocorrer o fim da incapacidade a emancipaccedilatildeo feita

pelos pais (voluntaacuteria) deve ocorrer atraveacutes de um instrumentopuacuteblico Caso ocorra atraveacutes de instrumento particular aemancipaccedilatildeo natildeo teraacute validade por ficar caracterizado um viacutecio deforma(C) ERRADA A assertiva trata da terceira forma de emancipaccedilatildeolegal sendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menor(D) ERRADA A assertiva trata da segunda forma de emancipaccedilatildeolegal sendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menor(E) ERRADA A assertiva trata da primeira forma de emancipaccedilatildeolegal sendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menorGabarito B

8 (TRE-TOAnalista Judiciaacuterio2011) Marta possui dezesseisanos de idade e reside com sua matildee Julia jaacute que seu pai eacutefalecido Julia pretende fazer cessar a incapacidade civil deMarta Neste caso Julia(A) deveraacute fazecirc-lo atraveacutes de procedimento judicial adequadovisando sentenccedila proferida em juiacutezo(B) poderaacute fazecirc-lo mediante instrumento puacuteblicoindependentemente de homologaccedilatildeo judicial(C) poderaacute fazecirc-lo mediante instrumento puacuteblico desde quesubmetido agrave homologaccedilatildeo judicial(D) natildeo poderaacute fazecirc-lo em razatildeo do falecimento do pai deMarta(E) natildeo poderaacute fazecirc-lo uma vez que Marta possui dezesseisanos de idade

A questatildeo trata da emancipaccedilatildeo voluntaacuteria citada no esquemada questatildeo anterior Para que ocorra tal emancipaccedilatildeo basta avontade dos pais ou de apenas um dele na falta do outro Trata-se deum ato que natildeo depende de manifestaccedilatildeo judicial bastando oresponsaacutevel ir ao cartoacuterio Satildeo necessaacuterios seguintes requisitos- instrumento puacuteblico e- Marta ter idade miacutenima de 16 anosGabarito B

9 (TJRR ndash Juiz Substituto ndash 2008) Pode ser declarada amorte presumida sem decretaccedilatildeo de ausecircncia(A) se for extremamente provaacutevel a morte de quem estava emperigo de vida(B) somente de algueacutem desaparecido em campanha ou feitoprisioneiro natildeo sendo encontrado ateacute 02 (dois) anos apoacutes oteacutermino da guerra(C) depois de dez (10) anos do desaparecimento da pessoa ouse o desaparecido contar oitenta (80) anos de idade e suasuacuteltimas notiacutecias forem de mais de cinco (05) anos(D) depois de vinte (20) anos do desaparecimento da pessoasendo suas uacuteltimas notiacutecias de mais de cinco (05) anos(E) sempre que algueacutem tendo desaparecido de seu domiciacuteliocontar cem (100) anos de idade

Para o direito civil a morte representa o fim da personalidadejuriacutedica Pode ser de trecircs tipos1 - Morte Real ndash eacute a que pressupotildee a existecircncia de um cadaacuteverpara comprovar o oacutebito2 - Morte Civil - quando uma pessoa embora viva eacute tratadacomo morta perdendo os seus direitos civis Estaacute prevista no art1816 do Coacutedigo Civil soacute produzindo efeitos com relaccedilatildeo agraveheranccedilaArt 1816 do CC - Satildeo pessoais os efeitos da exclusatildeo osdescendentes do herdeiro excluiacutedo sucedem como se ele mortofosse antes da abertura da sucessatildeoParaacutegrafo uacutenico O excluiacutedo da sucessatildeo natildeo teraacute direito aousufruto ou agrave administraccedilatildeo dos bens que a seus sucessorescouberem na heranccedila nem agrave sucessatildeo eventual desses bens3 - Morte Presumida ndash ocorre quando natildeo haacute um cadaacutever paraprovar efetivamente a morte O Coacutedigo Civil trata do assunto nosarts 6ordm e 7ordmArt 6o do CC - A existecircncia da pessoa natural termina com amorte presume-se esta quanto aos ausentes nos casos em que

a lei autoriza a abertura de sucessatildeo definitivaArt 7o do CC - Pode ser declarada a morte presumida semdecretaccedilatildeo de ausecircnciaI - se for extremamente provaacutevel a morte de quem estava emperigo de vidaII - se algueacutem desaparecido em campanha ou feito prisioneironatildeo for encontrado ateacute dois anos apoacutes o teacutermino da guerraParaacutegrafo uacutenico A declaraccedilatildeo da morte presumida nesses casossomente poderaacute ser requerida depois de esgotadas as buscas eaveriguaccedilotildees devendo a sentenccedila fixar a data provaacutevel dofalecimentoA morte presumida frequumlentemente costuma ser alvo dequestotildees de concursos portanto segue graacutefico esquemaacutetico sobre oassunto

MORTE PRESUMIDA

SEM DECRETACcedilAtildeO DE AUSEcircNCIA (art 7ordm do CC) satildeo os casosde- extrema probabilidade de morte de quem se encontrava em perigode vida (ex queda do aviatildeo da Air France) e- desaparecimento em campanha ou aprisionamento apoacutes 2 anosdo teacutermino da guerra

COM DECRETACcedilAtildeO DE AUSEcircNCIA (art 6ordm do CC) pessoa comparadeiro desconhecido Existe a necessidade de que algueacutemrepresente os bens do ausente Fases1 - curadoria dos bens do ausente 1048782 o curador administra osbens do ausente2 - sucessatildeo provisoacuteria 1048782 os herdeiros se imitem na posse dosbens do ausente3 - sucessatildeo definitiva 1048782 os herdeiros adquirem a propriedadedos bens do ausenteEacute na abertura da sucessatildeo definitiva que o ausente eacute declaradomortoJaacute vimos que a morte presumida com decretaccedilatildeo de ausecircnciaatravessa trecircs fases entretanto eacute necessaacuterio tecermos comentaacuteriossucintos sobre cada uma pois a mateacuteria eacute tratada de forma mais

especiacutefica no Coacutedigo de Processo Civil1) Curadoria dos bens do ausente nesta fase o juiz apoacutes analisara peticcedilatildeo inicial e se convencer do desaparecimento de certa pessoadeveraacute nomear um curador para administrar os bens do ausentecaso ele natildeo tenha deixado um procurador A escolha do curadordeveraacute obedecer a ordem do art 25 do CCArt 25 do CC - O cocircnjuge do ausente sempre que natildeo estejaseparado judicialmente ou de fato por mais de dois anos antesda declaraccedilatildeo da ausecircncia seraacute o seu legiacutetimo curadorsect 1o Em falta do cocircnjuge a curadoria dos bens do ausenteincumbe aos pais ou aos descendentes nesta ordem natildeohavendo impedimento que os iniba de exercer o cargosect 2o Entre os descendentes os mais proacuteximos precedem os maisremotossect 3o Na falta das pessoas mencionadas compete ao juiz a escolhado curadorO juiz tambeacutem arrecadaraacute os bens do ausente entregando aadministraccedilatildeo deles para o curador e mandaraacute publicar editaisdurante um ano reproduzidos de dois em dois meses anunciando aarrecadaccedilatildeo e chamando o ausente a entrar na posse dos bensApoacutes um ano da publicaccedilatildeo do primeiro edital ou trecircs anos nocaso de haver deixado procurador permanecendo a ausecircnciaavanccedila-se para a segunda fase (art 26 do CC)Art 26 do CC - Decorrido um ano da arrecadaccedilatildeo dos bens doausente ou se ele deixou representante ou procurador em sepassando trecircs anos poderatildeo os interessados requerer que sedeclare a ausecircncia e se abra provisoriamente a sucessatildeo2) Sucessatildeo provisoacuteria esta fase eacute aberta pela sentenccedila do juizapoacutes o julgamento das habilitaccedilotildees dos herdeiros Com exceccedilatildeo dosascendentes dos descendentes e do cocircnjuge os demais herdeirospara se imitirem na posse dos bens do ausente devem prestar umacauccedilatildeo de garantia

Art 30 do CC - Os herdeiros para se imitirem na posse dos bensdo ausente daratildeo garantias da restituiccedilatildeo deles mediantepenhores ou hipotecas equivalentes aos quinhotildees respectivossect 1o Aquele que tiver direito agrave posse provisoacuteria mas natildeo puderprestar a garantia exigida neste artigo seraacute excluiacutedo mantendoseos bens que lhe deviam caber sob a administraccedilatildeo do curadorou de outro herdeiro designado pelo juiz e que preste essagarantiasect 2o Os ascendentes os descendentes e o cocircnjuge uma vezprovada a sua qualidade de herdeiros poderatildeoindependentemente de garantia entrar na posse dos bens doausenteHavendo certeza de morte ou persistindo a ausecircncia apoacutes dezanos contados a partir do tracircnsito da sentenccedila de abertura dasucessatildeo provisoacuteria ou entatildeo dentro de cinco anos a contar dasuacuteltimas notiacutecias se o ausente contava oitenta ano de idade avanccedilasepara a terceira faseArt 35 do CC - Se durante a posse provisoacuteria se provar a eacutepocaexata do falecimento do ausente considerar-se-aacute nessa dataaberta a sucessatildeo em favor dos herdeiros que o eram agravequeletempoArt 37 do CC - Dez anos depois de passada em julgado asentenccedila que concede a abertura da sucessatildeo provisoacuteria poderatildeoos interessados requerer a sucessatildeo definitiva e o levantamentodas cauccedilotildees prestadasArt 38 do CC - Pode-se requerer a sucessatildeo definitiva tambeacutemprovando-se que o ausente conta oitenta anos de idade e que decinco datam as uacuteltimas notiacutecias dele3) Sucessatildeo definitiva tal sentenccedila acarreta a presunccedilatildeo da mortedo ausente devendo ser averbada no Cartoacuterio de Registro Civil Osherdeiros deixam de ter a posse e passam a ter a propriedaderesoluacutevel dos bens do ausente Eacute resoluacutevel porque o retorno doausente em ateacute dez anos apoacutes a abertura da sucessatildeo definitiva

provoca a extinccedilatildeo da propriedadeArt 39 do CC - Regressando o ausente nos dez anos seguintes agrave aberturada sucessatildeo definitiva ou algum de seus descendentes ou ascendentesaquele ou estes haveratildeo soacute os bens existentes no estado em que seacharem os sub-rogados em seu lugar ou o preccedilo que os herdeiros edemais interessados houverem recebido pelos bens alienados depoisdaquele tempoParaacutegrafo uacutenico Se nos dez anos a que se refere este artigo oausente natildeo regressar e nenhum interessado promover asucessatildeo definitiva os bens arrecadados passaratildeo ao domiacutenio doMuniciacutepio ou do Distrito Federal se localizados nas respectivascircunscriccedilotildees incorporando-se ao domiacutenio da Uniatildeo quandosituados em territoacuterio federalPercebemos que em regra natildeo eacute possiacutevel um intervalo detempo menor que onze anos (1 + 10) entre a curadoria dos bens e asucessatildeo definitiva pois deve-se publicar editais durante um ano eaguardar dez anos da sucessatildeo provisoacuteria ateacute a sucessatildeo definitivaAnaacutelise das alternativas(A) CERTA Conforme o art 7ordm I do CC(B) ERRADA A palavra ldquosomenterdquo tornou a assertiva errada poisexiste mais de um caso de morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia(C) ERRADA A assertiva lista hipoacuteteses de morte presumida comdecretaccedilatildeo de ausecircncia(D) ERRADA A assertiva lista uma hipoacutetese totalmente descabida noacircmbito do direito civil(E) ERRADA A assertiva tambeacutem lista uma hipoacutetese totalmentedescabida no acircmbito do direito civilGabarito A

10 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro decorrido um ano da arrecadaccedilatildeo dosbens do ausente ou se ele deixou representante ouprocurador em se passando trecircs anos poderatildeo osinteressados requerer que se declare a ausecircncia e se abra

provisoriamente a sucessatildeo A sentenccedila que determinar aabertura da sucessatildeo provisoacuteria(A) produziraacute efeito a partir do primeiro dia uacutetil seguinte apublicaccedilatildeo pela imprensa(B) produziraacute efeito imediatamente(C) soacute produziraacute efeito cento e oitenta dias depois depublicada pela imprensa(D) soacute produziraacute efeito trinta dias depois de publicada pelaimprensa(E) soacute produziraacute efeito noventa dias depois de publicada pelaimprensa

A questatildeo trata da literalidade do art 28 do CCArt 28 A sentenccedila que determinar a abertura da sucessatildeoprovisoacuteria soacute produziraacute efeito cento e oitenta diasdepois de publicada pela imprensa mas logo que passeem julgado proceder-se-aacute agrave abertura do testamento se houvere ao inventaacuterio e partilha dos bens como se o ausente fossefalecidoGabarito C

11 (TRT 15ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Judiciaacuterio ndash 2009) Umaviatildeo de passageiros desapareceu quando cruzava o OceanoDias depois do desaparecimento foram encontrados destroccedilosda aeronave e corpos de passageiros Todavia o corpo de Joseacutenatildeo foi encontrado apoacutes vaacuterios meses e as autoridadesresponsaacuteveis encerraram as buscas Nesse caso a mortepresumida(A) pode ser declarada sem decretaccedilatildeo de ausecircncia(B) soacute pode ser declarada apoacutes 10 anos contados da data doacidente(C) soacute pode ser declarada apoacutes dois anos contados da data doacidente (D) natildeo pode ser declarada somente podendo ser declarada aausecircncia(E) soacute pode ser declarada apoacutes 10 anos contados da data da declaraccedilatildeo da ausecircncia

A situaccedilatildeo narrada no enunciado da questatildeo representa umcaso de perigo de vida (morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia) e conforme o art 7ordm sect uacutenico do CC para que possa serdeclarada a morte da pessoa eacute necessaacuterio que ocorra o fim dasbuscas e averiguaccedilotildeesGabarito A

12 (TRT 15ordf - Teacutecnico Judiciaacuterio - Aacuterea Administrativa ndash2009) Paulo Pedro e Joseacute num automoacutevel levavam Joatildeo aum hospital pois estava muito doente Paulo o mais velhodirigia o veiacuteculo Pedro seu filho estava no banco da frenteJoseacute uma crianccedila de 8 anos e Joatildeo ocupavam o bancotraseiro No percurso o veiacuteculo colidiu com um poste e todosmorreram natildeo se podendo verificar quem morreu primeiroNesse caso presume-se que(A) todos morreram simultaneamente(B) Paulo morreu primeiro por ser o mais velho(C) Pedro morreu primeiro por viajar no banco da frente(D) Joseacute morreu primeiro por ser o mais jovem(E) Joatildeo morreu primeiro porque estava muito doente

A questatildeo trata da comoriecircncia que eacute a presunccedilatildeo de morte deduas ou mais pessoas simultaneamente sendo elas herdeiras entresi Produz como efeito juriacutedico o fato de os comorientes natildeoherdarem entre si ou seja natildeo haacute transmissatildeo de bens entre oscomorientesArt 8o do CC - Se dois ou mais indiviacuteduos falecerem na mesmaocasiatildeo natildeo se podendo averiguar se algum dos comorientesprecedeu aos outros presumir-se-atildeo simultaneamentemortosEx Um casal sem descendentes e ascendentes falece em umacidente de carro O Marido possui como uacutenico herdeiro um primo Aesposa possui como uacutenica herdeira uma irmatilde1) Se ficar provado que o marido morreu primeiro (antes da

esposa) este transmite sua heranccedila para a esposa queconsequentemente transmite para a irmatilde O primo fica semnada2) Se ficar provado que a esposa morreu primeiro (antes domarido) esta transmite sua heranccedila para o marido queconsequentemente transmite para o primo A irmatilde fica semnadaSe natildeo puder se provar quem morreu primeiro presume-se acomoriecircncia ou seja a heranccedila do marido seraacute transmitida ao primoe a heranccedila da esposa seraacute transmitida para a irmatildeGabarito A

13 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Teraacute legitimidadepara reclamar perdas e danos a direito da personalidade depessoa morta(A) apenas o cocircnjuge sobrevivente(B) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o segundo grau(C) apenas os descendentes e ascendentes ateacute o segundograu(D) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o quarto grau(E) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o terceiro grau

O art 12 do novo Coacutedigo Civil traz o princiacutepio da prevenccedilatildeo eda reparaccedilatildeo integral nos casos de lesatildeo a direitos da personalidadeArt 12 do CC - Pode-se exigir que cesse a ameaccedila ou a lesatildeo adireito da personalidade e reclamar perdas e danos sem prejuiacutezode outras sanccedilotildees previstas em leiParaacutegrafo uacutenico Em se tratando de morto teraacute legitimaccedilatildeo pararequerer a medida prevista neste artigo o cocircnjugesobrevivente ou qualquer parente em linha reta oucolateral ateacute o quarto grauEsse mesmo art 12 consagra os direitos do morto prevendo oseu sect uacutenico a legitimidade de ascendentes descendentes cocircnjuge e

colaterais ateacute quarto grau pleitearem indenizaccedilatildeo no caso de danosagrave personalidade de pessoa falecida Satildeo os denominados lesadosindiretos que sofrem muitas vezes um dano reflexo indiretocomumente denominado dano em ricocheteGabarito D

PESSOAS JURIacuteDICASA pessoa juriacutedica eacute o conjunto de pessoas naturais ou depatrimocircnios que visa a consecuccedilatildeo de certos fins reconhecida pelaordem juriacutedica como sujeito de direitos e obrigaccedilotildees Para existir satildeonecessaacuterios trecircs requisitos1) organizaccedilatildeo de pessoas ou de bens2) licitude de propoacutesitos ou fins e3) capacidade juriacutedica reconhecida por normaDessa forma para que o ser humano possa atingir seus fins eobjetivos liacutecitos ele se une a outros homens formandoagrupamentos A esses grupos a lei atribui personalidade juriacutedicacapacitando-os a serem sujeitos de direitos e de obrigaccedilotildeesNesse sentido eacute que surgem as pessoas juriacutedicas tambeacutemchamadas de pessoas morais pessoas coletivas pessoas abstrataspessoas miacutesticas pessoas civis ou pessoas intelectuais

14 (TCE-APProcurador2010) Eacute pessoa juriacutedica de direitopuacuteblico(A) associaccedilatildeo puacuteblica(B) fundaccedilatildeo(C) organizaccedilatildeo religiosa(D) empresa puacuteblica(E) partido poliacutetico

Uma questatildeo claacutessica da banca FCC versa sobre o assuntoclassificaccedilatildeo das pessoas juriacutedicasA tabela graacutefica a seguir resume o assuntoADM DIRETA Uniatildeo Est Territ DF MunicINTERNOADM INDIRETA Autarquias inclusive ass publicas edemais entid criadas por leiDIREITO PUacuteBLICO EXTERNO Estados estrangeiros e pessoas regidas pelo DIPSIMPLESPESSOA SOCIEDADEJURIacuteDICA EMPRESAacuteRIAfim econocircmico

CORPORACcedilAtildeO ASSOCIACcedilAtildeOuniversitas ASSOCIACcedilAtildeO PART POLIacuteTICODIREITO personarumPRIVADO fim natildeo ORG RELIGIOSAeconocircmicoFUNDACcedilAtildeOuniversitasbonorumA base legal para a tabela graacutefica acima estaacute nos artigos aseguirArt 40 do CC - As pessoas juriacutedicas satildeo de direito puacuteblico internoou externo e de direito privadoArt 41 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoI - a UniatildeoII - os Estados o Distrito Federal e os TerritoacuteriosIII - os MuniciacutepiosIV - as autarquias inclusive as associaccedilotildees puacuteblicasV - as demais entidades de caraacuteter puacuteblico criadas por leiParaacutegrafo uacutenico Salvo disposiccedilatildeo em contraacuterio as pessoasjuriacutedicas de direito puacuteblico a que se tenha dado estrutura dedireito privado regem-se no que couber quanto ao seufuncionamento pelas normas deste CoacutedigoArt 42 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico externo osEstados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelodireito internacional puacuteblicoArt 44 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoI - as associaccedilotildeesII - as sociedadesIII - as fundaccedilotildeesIV - as organizaccedilotildees religiosasV - os partidos poliacuteticossect 1o Satildeo livres a criaccedilatildeo a organizaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo interna e ofuncionamento das organizaccedilotildees religiosas sendo vedado aopoder puacuteblico negar-lhes reconhecimento ou registro dos atosconstitutivos e necessaacuterios ao seu funcionamentosect 2o As disposiccedilotildees concernentes agraves associaccedilotildees aplicam-sesubsidiariamente agraves sociedades que satildeo objeto do Livro II daParte Especial deste Coacutedigosect 3o Os partidos poliacuteticos seratildeo organizados e funcionaratildeoconforme o disposto em lei especiacutefica

Conclui-se que das alternativas apresentadas apenas aassociaccedilatildeo puacuteblica eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito A

15 (TRT 2ordf RegiatildeoAnalista Administrativo2008) Os partidospoliacuteticos as associaccedilotildees puacuteblicas e as organizaccedilotildees religiosassatildeo pessoas juriacutedicas de direito(A) privado(B) privado puacuteblico e puacuteblico respectivamente(C) puacuteblico privado e privado respectivamente(D) puacuteblico(E) privado puacuteblico e privado respectivamente

Conforme a tabela da pagina anteriorGabarito E

16 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Considere asseguintes entidades com abrangecircncia nacionalI Igreja Satildeo Marcos DivinoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquoIII Partido Poliacutetico ABCIV Autarquia XYZNeste caso satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoSOMENTE(A) III e IV (B) II III e IV(C) II e IV(D) I e IV(E) I e II

Vejamos cada uma das pessoas mencionadas conforme a tabelaapresentada

I Igreja Satildeo Marcos Divino 1048782 eacute uma organizaccedilatildeo religiosa portantotemos uma pessoa juriacutedica de direito privadoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquo 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica dedireito puacuteblicoIII Partido Poliacutetico ABC 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito privadoIV Autarquia XYZ 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito C

17 (TRT 7ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Administrativa ndash 2009) As

associaccedilotildees(A) soacute natildeo poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutempara fins morais(B) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins religiosos(C) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins poliacuteticos(D) jamais poderatildeo ter fins lucrativos(E) poderatildeo quando comerciais ter fins lucrativos

As ASSOCIACcedilOtildeES surgem quando natildeo haacute um fim lucrativoou intenccedilatildeo de dividir o resultado embora tenham patrimocircnioformado por contribuiccedilatildeo de seus membros para a obtenccedilatildeo de finsculturais educacionais esportivos religiosos beneficentesrecreativos morais etc Entretanto natildeo perdem a categoria deassociaccedilatildeo mesmo que realizem negoacutecios para manter ou aumentar oseu patrimocircnio desde que natildeo proporcionem ganho aos associados(Ex APAE UNE Associaccedilatildeo de Pais e Mestres Associaccedilatildeo dosAdvogados de Satildeo Paulo etc)Art 53 do CC - Constituem-se as associaccedilotildees pela uniatildeo depessoas que se organizem para fins natildeo econocircmicosParaacutegrafo uacutenico Natildeo haacute entre os associados direitos eobrigaccedilotildees reciacuteprocosO documento a ser utilizado na constituiccedilatildeo da associaccedilatildeo eacute oestatuto Tal documento deve possuir os requisitos listados no art 54do CCArt 54 do CC - Sob pena de nulidade o estatuto das associaccedilotildeesconteraacuteI - a denominaccedilatildeo os fins e a sede da associaccedilatildeoII - os requisitos para a admissatildeo demissatildeo e exclusatildeo dosassociadosIII - os direitos e deveres dos associadosIV - as fontes de recursos para sua manutenccedilatildeoV ndash o modo de constituiccedilatildeo e de funcionamento dos oacutergatildeosdeliberativosVI - as condiccedilotildees para a alteraccedilatildeo das disposiccedilotildees estatutaacuterias epara a dissoluccedilatildeo

VII ndash a forma de gestatildeo administrativa e de aprovaccedilatildeo dasrespectivas contasAleacutem disso como se trata de uma pessoa sem finalidadelucrativa os associados devem ter direitos iguais apesar de serpossiacutevel a existecircncia de uma categoria de associados com vantagensespeciais Um exemplo comum ocorre com os associados criadoresque reservam para si vantagens especiais enquanto que os demaisassociados teratildeo iguais direitosArt 55 do CC - Os associados devem ter iguais direitos mas oestatuto poderaacute instituir categorias com vantagens especiaisOutro conceito importante estaacute inserido no art 56 do CCArt 56 do CC - A qualidade de associado eacute intransmissiacutevel se oestatuto natildeo dispuser o contraacuterioParaacutegrafo uacutenico Se o associado for titular de quota ou fraccedilatildeoideal do patrimocircnio da associaccedilatildeo a transferecircncia daquela natildeoimportaraacute de per si na atribuiccedilatildeo da qualidade de associado aoadquirente ou ao herdeiro salvo disposiccedilatildeo diversa do estatutoApoacutes sua anaacutelise conclui-se que no silecircncio do estatuto aqualidade de associado eacute intransmissiacutevel seja por ato inter vivos (exdoaccedilatildeo) ou causa mortis (testamento) Entretanto eacute possiacutevel atransferecircncia de quota ou fraccedilatildeo ideal do patrimocircnio da associaccedilatildeoAinda sobre o associado o art 57 do CC prevecirc a possibilidadede sua exclusatildeoArt 57 do CC - A exclusatildeo do associado soacute eacute admissiacutevel havendojusta causa assim reconhecida em procedimento que asseguredireito de defesa e de recurso nos termos previstos no estatutoPercebe-se que para um associado ser excluiacutedo da associaccedilatildeodeve haver um procedimento especiacutefico com a possibilidade dedireito de defesa e tambeacutem possibilidade de recurso quanto agraveprimeira decisatildeoGabarito D

18 (MPUTeacutecnico Administrativo2007) A respeito daspessoas juriacutedicas analise

I As autarquias os partidos poliacuteticos e as organizaccedilotildeesreligiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoII Em regra se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentesIII Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar o juiza requerimento de qualquer interessado nomear-lhe-aacuteadministrador provisoacuterioIV As fundaccedilotildees somente poderatildeo constituir-se para finsreligiosos morais culturais ou de assistecircnciaEacute correto o que consta APENAS em(A) I II e III(B) I II e IV(C) II e III(D) II III e IV(E) II e IV

Anaacutelise das afirmativasI ERRADA Conforme a tabela apresentada os partidos poliacuteticos e asorganizaccedilotildees religiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoII CERTA Caso a pessoa juriacutedica tenha administraccedilatildeo coletiva(gerecircncia colegiada) em regra as decisotildees deveratildeo ser tomadas pormetade dos votos dos presentes mais um nos termos do art 48do CCArt 48 do CC - Se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentessalvo se o ato constitutivo dispuser de modo diversoParaacutegrafo uacutenico Decai em trecircs anos o direito de anular asdecisotildees a que se refere este artigo quando violarem a lei ouestatuto ou forem eivadas de erro dolo simulaccedilatildeo ou fraudeIII CERTA Pelo fato da pessoa juriacutedica precisar ser representadaativa ou passivamente em juiacutezo ou fora dele deveraacute seradministrada em regra por quem o estatuto designar Poreacutem se aadministraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar caracterizando umavacacircncia geral entatildeo o magistrado nos termos do art 49 do CCdeveraacute nomear um administrador provisoacuterio

Art 49 do CC - Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier afaltar o juiz a requerimento de qualquer interessado nomearlhe-aacute administrador provisoacuterioIV CERTA A fundaccedilatildeo eacute um acervo de bens livres de ocircnus eencargos (universitas bonorum) representando um patrimocircnio aque a lei atribui personalidade juriacutedica em atenccedilatildeo ao fim a que sedestina (fins religiosos morais culturais ou de assistecircncia) O CCcomeccedila a regular a criaccedilatildeo de uma fundaccedilatildeo no seu art 62Art 62 do CC - Para criar uma fundaccedilatildeo o seu instituidor faraacutepor escritura puacuteblica ou testamento dotaccedilatildeo especial de benslivres especificando o fim a que se destina e declarando sequiser a maneira de administraacute-laParaacutegrafo uacutenico A fundaccedilatildeo somente poderaacute constituir-se parafins religiosos morais culturais ou de assistecircnciaGabarito DDOMICIacuteLIOO domiciacutelio eacute a sede juriacutedica da pessoa onde ela se presumepresente para efeitos de direito Ou seja eacute o local onde a pessoapratica habitualmente seus atos e negoacutecios juriacutedicos econsequumlentemente onde responde por suas obrigaccedilotildeesPara chegarmos ao conceito de domiciacutelio eacute necessaacuterioentendermos a diferenccedila entre morada residecircncia e domiciacutelio- Morada eacute o lugar onde a pessoa eacute encontrada O normal eacute a ideacuteiado recolhimento Local onde eacute encontrada para dormir- Residecircncia eacute a morada habitual Eacute o local onde a pessoa eacuteencontrada habitualmente Ex Casa de praia- Domiciacutelio eacute a residecircncia com acircnimo definitivo Natildeo eacute residecircnciaeterna Eacute o local onde a pessoa eacute encontrada habitualmente e natildeosabe quando vai sair Acircnimo definitivo eacute a vontade de permanecer Apessoa pode ateacute natildeo ter vontade de permanecer mas enquanto elapermanecer de modo habitual eacute domiciacutelio (Ex morar em um bairroque natildeo gosta)Existem duas espeacutecies de domiciacutelio para a pessoa natural

1) Domiciacutelio Voluntaacuterio - pode sera) comum ou geral (arts 70 a 74 do CC) eacute aquele escolhidolivremente pela pessoa e que poderaacute ser mudado por elaArt 70 do CC - O domiciacutelio da pessoa natural eacute o lugar onde elaestabelece a sua residecircncia com acircnimo definitivoO conceito de domiciacutelio voluntaacuterio do art 70 do CC apresentadois elementosa) elemento objetivo eacute a residecircnciab) elemento subjetivo eacute o acircnimo definitivoDessa forma se uma pessoa vai passar o mecircs de feacuterias emuma casa de praia o domiciacutelio natildeo estaraacute sendo mudado poiscomo se trata de uma situaccedilatildeo temporaacuteria falta a intenccedilatildeo depermanecer definitivamente no localArt 71 do CC -Se poreacutem a pessoa natural tiver diversasresidecircncias onde alternadamente viva considerar-se-aacutedomiciacutelio seu qualquer delas (PLURALIDADE DEDOMICIacuteLIOS)No artigo 71 o Coacutedigo Civil consagra a pluralidade domiciliar ouseja eacute possiacutevel que uma pessoa tenha mais de um domiciacutelio Comoexemplo temos a pessoa que fica durante a semana no Rio de Janeiroe todo final de semana vai para Satildeo Paulo Tal pessoa possui duasmoradas habituais e nesse caso a lei estipulou que quando a pessoapossui mais de uma residecircncia qualquer uma delas serve comodomiciacutelioArt 72 do CC -Eacute tambeacutem domiciacutelio da pessoa natural quanto agravesrelaccedilotildees concernentes agrave profissatildeo o lugar onde esta eacute exercida(DOMICIacuteLIO PROFISSIONAL)Paraacutegrafo uacutenico Se a pessoa exercitar profissatildeo em lugaresdiversos cada um deles constituiraacute domiciacutelio para as relaccedilotildees quelhe corresponderem (PLURALIDADE DE DOMICIacuteLIOSPROFISSIONAIS)Aleacutem do domiciacutelio escolhido livremente pela pessoa ao fixarresidecircncia com acircnimo definitivo no artigo 72 do Coacutedigo Civil criou-sea possibilidade da pessoa ter como domiciacutelio o local relacionado com

o seu trabalho A situaccedilatildeo eacute exemplificada pelas pessoas quetrabalham em grandes centros e moram em cidades sateacutelites talcomo a pessoa que mora na cidade de Satildeo Caetano-SP e trabalha nacidade de Satildeo Paulo-SP (capital)Art 73 do CC - Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeotenha residecircncia habitual o lugar onde for encontrada(AUSEcircNCIA DE RESIDEcircNCIA)Todos possuem domiciacutelio inclusive aqueles que natildeo tecircmresidecircncia Dessa forma o domiciacutelio dos ciganos dos artistas de circo(circenses) e do cacheiro viajante eacute o local onde forem encontradosArt 74 do CC - Muda-se o domiciacutelio transferindo a residecircnciacom a intenccedilatildeo manifesta de o mudarParaacutegrafo uacutenico A prova da intenccedilatildeo resultaraacute do que declarar apessoa agraves municipalidades dos lugares que deixa e para ondevai ou se tais declaraccedilotildees natildeo fizer da proacutepria mudanccedila com ascircunstacircncias que a acompanharemNo artigo 74 do Coacutedigo Civil estaacute prevista a forma para umapessoa mudar o seu domiciacuteliob) especial (art78 do CC) - eacute aquele que possibilita aoscontratantes estabelecer um local para o cumprimento dasobrigaccedilotildees (foro de contrato) ou um local para dirimirquaisquer controveacutersias surgidas em decorrecircncia do contrato(foro de eleiccedilatildeo)Art 78 do CC - Nos contratos escritos poderatildeo os contratantesespecificar domiciacutelio onde se exercitem e cumpram os direitos eobrigaccedilotildees deles resultantes2) Domiciacutelio Necessaacuterio ou Legal (art 76 do CC) - eacute aqueledeterminado pela lei em razatildeo da condiccedilatildeo ou situaccedilatildeo decertas pessoas Nesses casos a lei natildeo permite a escolha dodomiciacutelioArt 76 do CC - Tecircm domiciacutelio necessaacuterio o incapaz o servidorpuacuteblico o militar o mariacutetimo e o presoParaacutegrafo uacutenico O domiciacutelio do incapaz eacute o do seu representanteou assistente o do servidor puacuteblico o lugar em que exercer

permanentemente suas funccedilotildees o do militar onde servir esendo da Marinha ou da Aeronaacuteutica a sede do comando a que seencontrar imediatamente subordinado o do mariacutetimo onde onavio estiver matriculado e o do preso o lugar em que cumprir asentenccedilaAleacutem dos domiciacutelios jaacute citados tambeacutem eacute consagrado no art 77do Coacutedigo Civil uma situaccedilatildeo especial para o agente diplomaacuteticoArt 77 do CC - O agente diplomaacutetico do Brasil que citado noestrangeiro alegar extraterritorialidade sem designar onde temno paiacutes o seu domiciacutelio poderaacute ser demandado no DistritoFederal ou no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro onde o tevePelo fato do agente diplomaacutetico natildeo ter residecircncia no Brasil ese em razatildeo de uma demanda tal fato for suscitado por ele entatildeo ajurisdiccedilatildeo competente para resolver o litiacutegio pode ser duas1) o Distrito Federal ou2) o local do Brasil onde teve seu uacuteltimo domiciacutelio

19 (TRE-AMAnalista Judiciaacuterio2009) Considere asassertivas abaixo a respeito do domiciacutelioI Se a pessoa natural tiver diversas residecircncias ondealternadamente viva considerar-se-aacute domiciacutelio seu qualquerdelasII Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeo tenharesidecircncia habitual o lugar onde for encontradaIII O domiciacutelio do militar da Marinha eacute o local onde o navioestiver matriculadoIV Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosDe acordo com o Coacutedigo Civil brasileiro estaacute correto o que seafirma APENAS em(A) II III e IV(B) I II e III(C) I II e IV(D) I e IV(E) II e III

Anaacutelise das alternativasI CERTA Conforme o art 71 do CCII CERTA Conforme o art 73 do CCIII ERRADA O local onde o navio estiver matriculado segundo oart 75 do CC eacute o domiciacutelio do mariacutetimoIV CERTA Assim como a pessoa natural a pessoa juriacutedica tambeacutemdeve responder pelos atos referentes agraves relaccedilotildees juriacutedicas em queestaacute envolvidaO assunto eacute tratado no art 75 do CCArt 75 do CC - Quanto agraves pessoas juriacutedicas o domiciacutelio eacuteI - da Uniatildeo o Distrito FederalII - dos Estados e Territoacuterios as respectivas capitaisIII - do Municiacutepio o lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipalIV - das demais pessoas juriacutedicas o lugar onde funcionarem asrespectivas diretorias e administraccedilotildees ou onde elegeremdomiciacutelio especial no seu estatuto ou atos constitutivossect 1o Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacutelio paraos atos nele praticadossect 2o Se a administraccedilatildeo ou diretoria tiver a sede no estrangeirohaver-se-aacute por domiciacutelio da pessoa juriacutedica no tocante agravesobrigaccedilotildees contraiacutedas por cada uma das suas agecircncias o lugar doestabelecimento sito no Brasil a que ela corresponderA pessoa juriacutedica natildeo possui residecircncia mas tem sede ouestabelecimento que a ldquoprenderdquo a um determinado lugar Trata-se dodomiciacutelio especial da pessoa juriacutedica que pode ser livrementeescolhido no seu ato constitutivoNatildeo havendo tal escolha o domiciacutelio seraacute o lugar onde funcionaras respectivas diretorias e administraccedilotildeesO graacutefico a seguir resume o assuntoDOMICIacuteLIO DA PESSOA JURIacuteDICA DE DIREITO PUacuteBLICO INTERNOUniatildeo o Distrito FederalEstados e Territoacuterios as respectivas capitaisMuniciacutepioso lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipal

DOMICIacuteLIO DAS DEMAIS PESSOAS JURIacuteDICASRegraonde elegerem domiciacutelio especial no seuestatuto ou atos constitutivosNa falta de domiciacutelio especialo lugar onde funcionarem as respectivasdiretorias e administraccedilotildeesHavendo diversosestabelecimentos(pluralidade domiciliar)cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosSe a administraccedilatildeo oudiretoria tiver sede noestrangeiroo lugar do estabelecimento sito no Brasila que ela corresponderGabarito C

20 (TCE-GOAnalista de Controle Externo2009) O agentediplomaacutetico do Brasil que citado no estrangeiro alegarextraterritorialidade sem designar onde tem no paiacutes o seudomiciacutelio poderaacute ser demandado(A) somente no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro em quefoi domiciliado(B) somente do Distrito Federal(C) somente no exterior no lugar onde se encontra exercendoas suas funccedilotildees(D) no Distrito Federal ou no uacuteltimo ponto do territoacuteriobrasileiro onde o teve(E) somente no exterior na capital do paiacutes onde estaacuteexercendo as suas funccedilotildees

A questatildeo tem como base legal o art 77 do CCGabarito D

21 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) O domiciacutelio(A) dos oficiais da marinha eacute o lugar onde servem(B) do mariacutetimo eacute o lugar em que o navio estiver atracado(C) do incapaz eacute o lugar em que foi registrado o seunascimento(D) do militar do Exeacutercito eacute a sede do comando a que seencontrar subordinado(E) do preso eacute o lugar em que cumpre a sentenccedila

Toda a questatildeo tem como fundamento legal o art 75 do CCAnaacutelise das alternativas(A) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio dos oficiais de marinha eacute a sededo comando a que estiverem imediatamente subordinado(B) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do mariacutetimo eacute o lugar em que onavio estiver atracado(C) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do incapaz eacute o mesmo do seurepresentante ou assistente(D) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do militar do exeacutercito eacute o localonde servir Apenas para os militares da Marinha e da Aeronaacuteutica odomiciacutelio necessaacuterio eacute a sede do comando a que estiveremimediatamente subordinado(E) CERTAGabarito E

22 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) Nuacutebia eacute funcionaacuteriapuacuteblica da Prefeitura Municipal da Cidade A onde exerce suasatividades inerentes ao cargo puacuteblico que ocupa Reside comseus filhos na cidade vizinha B mas como seu marido emrazatildeo de trabalho reside na cidade vizinha C Nuacutebia passaparte da semana dormindo nesta cidade De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro o Domiciacutelio Civil de Nuacutebia eacute a cidade(A) A ou C(B) B ou C(C) A apenas(D) B apenas(E) C apenas

Tendo em vista que Nubia eacute funcionaacuteria puacuteblica entatildeo ela temdomiciacutelio necessaacuterio (imposto por lei)Conforme o art 76 do CC o domiciacutelio de Nubia eacute o local ondeela exercer permanentemente as suas funccedilotildees ou seja apenas acidade AGabarito C

23 (TRE-SETeacutecnico Administrativo2007) Maria artistacircense nasceu em Salvador Maria faz espetaacuteculos por todoo Brasil com a companhia de circo de que faz parte

Considerando que seu marido e filho residem em Olinda e queseus ascendentes mais proacuteximos residem em Ilheacuteus ter-se-aacutepor domiciacutelio de Maria(A) a cidade de Ilheacuteus(B) o local em que for encontrada(C) apenas a cidade de Salvador(D) apenas a cidade de Olinda(E) as cidades de Salvador ou Olinda

Tendo em vista que Maria eacute circense entatildeo ela natildeo possuiresidecircnciaEntretanto todos possuem domiciacutelio inclusive as pessoas quenatildeo possuem residecircnciaDessa forma nos termos do art 73 do CC o domiciacutelio de Mariaseraacute o local onde ela for encontradaOu seja o local de residecircncia do seu marido e dos seus filhossatildeo irrelevantes para a questatildeoGabarito B

1-C2-D3-E4-D5-C6-B7-B8-B9-A10-C11-A12-A13-D14-A15-E16-C17-D18-D19-C20-D21-E22-C23-B

Page 4: AULA 1 Civil

II - os eacutebrios habituais os viciados em toacutexicos e os que por deficiecircnciamental tenham o discernimento reduzidoIII - os excepcionais sem desenvolvimento mental completoIV - os proacutedigosParaacutegrafo uacutenico A capacidade dos iacutendios seraacute regulada por legislaccedilatildeoespecialRol dos absolutamente incapazes- Os menores de 16 anos satildeo chamados de menores impuacuteberes Satildeo osque ainda natildeo atingiram a maturidade suficiente para participar daatividade juriacutedica- Os privados do necessaacuterio discernimento por enfermidade oudeficiecircncia mental para serem considerados absolutamente incapazesnecessitam de um processo de interdiccedilatildeo Tal processo segue o rito doCoacutedigo de Processo Civil e a sentenccedila teraacute natureza declaratoacuteria de umasituaccedilatildeo ou estado anterior devendo ser registrada em livro especial noCartoacuterio do 1ordm Ofiacutecio do Registro Civil- Os que mesmo por causa transitoacuteria natildeo puderem exprimir suavontade tem nas pessoas que estatildeo em estado de coma o claacutessico exemplode incapacidade absoluta comumente cobrado em concursos Este caso natildeoprecisa de interdiccedilatildeo pelo fato de teoricamente se tratar de uma situaccedilatildeoldquopassageirardquoRol dos relativamente incapazes- Os maiores de 16 e menores de 18 anos satildeo chamados de menorespuacuteberes e apesar de serem relativamente incapazes podem praticardeterminados atos sem a assistecircncia tal como aceitar mandato sertestemunha fazer testamento etc- Os eacutebrios (alcooacutelatras) habituais e os viciados em toacutexicos(toxicocircmanos) quando o efeito das respectivas substacircncias (aacutelcool eentorpecente) provocar uma reduccedilatildeo na capacidade de entendimento natildeopoderatildeo praticar os atos da vida civil sem assistecircncia de um curador desdeque interditos- Os deficientes mentais com discernimento reduzido satildeo fracos damente ou fronteiriccedilos Dessa forma quando a debilidade privarcompletamente o amental do necessaacuterio discernimento para a praacutetica dosatos da vida civil entatildeo ele seraacute considerado incapaz de forma absoluta

Poreacutem se ocorrer apenas uma reduccedilatildeo na capacidade teremos aincapacidade relativa- Todos os excepcionais sem desenvolvimento mental completoincluindo os surdos-mudos (em determinadas situaccedilotildees) satildeo consideradosrelativamente incapazes Para tal deve haver uma sentenccedila de interdiccedilatildeo- Os proacutedigos satildeo gastadores que dissipam o proacuteprio patrimocircnio de formadesvairada Trata-se de um desvio de personalidade e natildeo propriamentede um estado de alienaccedilatildeo mental No entanto o proacutedigo soacute ficaraacute privadode praticar atos que extravasam a mera administraccedilatildeo e implicam nocomprometimento de seu patrimocircnio como emprestar alienar hipotecaretc (art 1782 do CC) Precisa de interdiccedilatildeoArt 1782 do CC - A interdiccedilatildeo do proacutedigo soacute o privaraacute de sem curadoremprestar transigir dar quitaccedilatildeo alienar hipotecar demandar ou serdemandado e praticar em geral os atos que natildeo sejam de meraadministraccedilatildeoObservaccedilatildeo existem algumas exceccedilotildees em que os relativamenteincapazes podem praticar atos sozinhos como fazer um testamento aceitarmandato para praticar negoacutecios celebrar contrato de trabalho a partir de 16anos ser testemunha a partir de 16 anos etcA seguir temos mais uma tabela para sintetizar o assunto

INCAPACIDADE ABSOLUTA

1 - menores de dezesseis anos2 - enfermos sem discernimento3 - deficientes mentais semdiscernimento e4 - impossibilidade transitoacuteria deexprimir a vontade

RELATIVA

1 - maiores de dezesseis emenores de dezoito anos2 - eacutebrios habituais3 - viciados em toacutexicos4 - deficientes mentais comdiscernimento reduzido5 - excepcionais semdesenvolvimento mentalcompleto e6 - proacutedigos

Gabarito D

5 (TJ-PAAuxiliar Judiciaacuterio2009) Tratando-se deincapacidade das pessoas eacute certo afirmar que(A) o relativamente incapaz natildeo pode fazer testamento aindaque assistido(B) a incapacidade relativa natildeo permite que o incapazpratique atos da vida civil mesmo que assistido(C) a incapacidade absoluta acarreta a proibiccedilatildeo total doexerciacutecio por si soacute do direito(D) o relativamente incapaz para inscrever-se como eleitornecessita da assistecircncia de seu representante legal(E) a incapacidade relativa pode ser suprida ao passo que aincapacidade absoluta natildeo pode ser suprida

Anaacutelise das alternativas(A) ERRADA Os que possuem entre 16 e 18 anos podem praticaralguns atos mesmo sem serem assistidos como eacute o caso dotestamento Vide art 1860 do CCArt 1860 Aleacutem dos incapazes natildeo podem testar os que no atode fazecirc-lo natildeo tiverem pleno discernimentoParaacutegrafo uacutenico Podem testar os maiores de dezesseis anos (B) ERRADA A incapacidade relativa natildeo permite que o incapazpratique atos da vida civil desde que assistido A assistecircncia eacute aproteccedilatildeo juriacutedica que supre a incapacidade relativa(C) CERTA O absolutamente estaacute proibido de praticar sozinho atosda vida civil Para que ocorra tal praacutetica eacute necessaacuteria a representaccedilatildeocomo forma de proteccedilatildeo juriacutedica(D) ERRADA O relativamente incapaz para inscrever-se como eleitornatildeo necessita da assistecircncia de seu representante legal A inscriccedilatildeocomo eleitor tambeacutem eacute um ato que pode ser praticado por pessoasmaiores de 16 anos independente de assistecircncia(E) ERRADA A incapacidade relativa pode ser suprida pelarepresentaccedilatildeo ao passo que a incapacidade absoluta pode sersuprida pela assistecircncia

Gabarito C

6 (PGE-MTProcurador2011) Satildeo incapazes relativamente acertos atos ou agrave maneira de os exercer(A) os menores de dezesseis anos(B) os proacutedigos ainda que casados(C) os que mesmo por causa transitoacuteria natildeo puderemexprimir sua vontade(D) os maiores de dezesseis anos e menores de dezoito anosainda que casados(E) os maiores de dezesseis e menores de vinte e um anosAnaacutelise das afirmativas(A) ERRADA Eles satildeo absolutamente incapazes(B) CERTA O fato do proacutedigo (pessoa que dissipa o seu patrimocircnio)estar casado natildeo afasta a incapacidade por tanto ele eacute consideradorelativamente incapaz no que tange aos atos patrimoniais(C) ERRADA Eles satildeo absolutamente incapazes(D) ERRADA Neste caso o casamento acarreta a emancipaccedilatildeo domenor e consequentemente antecipa a aquisiccedilatildeo da capacidade defato ou de exerciacutecio(E) ERRADA No que tange agrave idade a incapacidade relativa ocorreentre 16 e 18 anosGabarito B

7 (TRF 5ordf RegiatildeoAnalista Administrativo2008) Nos termosestabelecidos pela legislaccedilatildeo civil brasileira NAtildeO cessaraacute paraos menores a incapacidade(A) pela existecircncia de relaccedilatildeo de emprego e em funccedilatildeo dele omenor com dezesseis anos completos tenha economia proacutepria(B) pela concessatildeo dos pais mediante instrumento particularindependentemente de homologaccedilatildeo judicial se o menor tiverdezesseis anos completos(C) pela colaccedilatildeo de grau em curso de ensino superior(D) pelo exerciacutecio de emprego puacuteblico efetivo(E) pelo casamento

A emancipaccedilatildeo representa a aquisiccedilatildeo da capacidade civilplena antes de completar 18 (dezoito) anos ou seja representa a

antecipaccedilatildeo da capacidade civil plena A doutrina a divide em 3 (trecircs)tipos voluntaacuteria judicial e legalSegue graacutefico esquemaacuteticoAnaacutelise das alternativasEMANCIPACcedilAtildeOEacute o instituto juriacutedico queantecipa a aquisiccedilatildeo dacapacidade plena aosmenores de 18 anosCaracteriacutesticas- irrevogabilidade natildeopode ser revogada pelospais do menor- perpetuidade se ocasamento for desfeito aemancipaccedilatildeo continua- pura e simples natildeoadmite termo oucondiccedilatildeoVOLUNTAacuteRIA eacute concedida pelos pais (os dois) medianteescritura puacuteblica independente de homologaccedilatildeo judicial Omenor deve ter 16 anos completos- se um dos pais for falecido ou estiver interditado (falta deum dos pais) o outro pode conceder a emancipaccedilatildeo- se um dos pais se achar em local incerto deve haverautorizaccedilatildeo judicialJUDICIAL eacute concedida por sentenccedila judicial O menordeve ter 16 anos completos Duas hipoacuteteses1) quando o menor estiver sob tutela e2) quando houver divergecircncia entre os paisLEGAL se opera automaticamente independente de atodos pais tutor ou sentenccedila judicial Hipoacuteteses1) casamento (16 anos completos em regra ndash arts 1517 e1520 do CC)2) exerciacutecio de emprego puacuteblico efetivo (concurso puacuteblico)3) colaccedilatildeo de grau em curso de ensino superior (faculdade)4) ter estabelecimento civil ou comercial que lhe propicieeconomia proacutepria (16 anos completos)5) possuir relaccedilatildeo de emprego que lhe propicie a obtenccedilatildeode economia proacutepria (16 anos completos)

(A) ERRADA A assertiva trata da quinta forma de emancipaccedilatildeo legalsendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menor(B) CERTA Para ocorrer o fim da incapacidade a emancipaccedilatildeo feita

pelos pais (voluntaacuteria) deve ocorrer atraveacutes de um instrumentopuacuteblico Caso ocorra atraveacutes de instrumento particular aemancipaccedilatildeo natildeo teraacute validade por ficar caracterizado um viacutecio deforma(C) ERRADA A assertiva trata da terceira forma de emancipaccedilatildeolegal sendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menor(D) ERRADA A assertiva trata da segunda forma de emancipaccedilatildeolegal sendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menor(E) ERRADA A assertiva trata da primeira forma de emancipaccedilatildeolegal sendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menorGabarito B

8 (TRE-TOAnalista Judiciaacuterio2011) Marta possui dezesseisanos de idade e reside com sua matildee Julia jaacute que seu pai eacutefalecido Julia pretende fazer cessar a incapacidade civil deMarta Neste caso Julia(A) deveraacute fazecirc-lo atraveacutes de procedimento judicial adequadovisando sentenccedila proferida em juiacutezo(B) poderaacute fazecirc-lo mediante instrumento puacuteblicoindependentemente de homologaccedilatildeo judicial(C) poderaacute fazecirc-lo mediante instrumento puacuteblico desde quesubmetido agrave homologaccedilatildeo judicial(D) natildeo poderaacute fazecirc-lo em razatildeo do falecimento do pai deMarta(E) natildeo poderaacute fazecirc-lo uma vez que Marta possui dezesseisanos de idade

A questatildeo trata da emancipaccedilatildeo voluntaacuteria citada no esquemada questatildeo anterior Para que ocorra tal emancipaccedilatildeo basta avontade dos pais ou de apenas um dele na falta do outro Trata-se deum ato que natildeo depende de manifestaccedilatildeo judicial bastando oresponsaacutevel ir ao cartoacuterio Satildeo necessaacuterios seguintes requisitos- instrumento puacuteblico e- Marta ter idade miacutenima de 16 anosGabarito B

9 (TJRR ndash Juiz Substituto ndash 2008) Pode ser declarada amorte presumida sem decretaccedilatildeo de ausecircncia(A) se for extremamente provaacutevel a morte de quem estava emperigo de vida(B) somente de algueacutem desaparecido em campanha ou feitoprisioneiro natildeo sendo encontrado ateacute 02 (dois) anos apoacutes oteacutermino da guerra(C) depois de dez (10) anos do desaparecimento da pessoa ouse o desaparecido contar oitenta (80) anos de idade e suasuacuteltimas notiacutecias forem de mais de cinco (05) anos(D) depois de vinte (20) anos do desaparecimento da pessoasendo suas uacuteltimas notiacutecias de mais de cinco (05) anos(E) sempre que algueacutem tendo desaparecido de seu domiciacuteliocontar cem (100) anos de idade

Para o direito civil a morte representa o fim da personalidadejuriacutedica Pode ser de trecircs tipos1 - Morte Real ndash eacute a que pressupotildee a existecircncia de um cadaacuteverpara comprovar o oacutebito2 - Morte Civil - quando uma pessoa embora viva eacute tratadacomo morta perdendo os seus direitos civis Estaacute prevista no art1816 do Coacutedigo Civil soacute produzindo efeitos com relaccedilatildeo agraveheranccedilaArt 1816 do CC - Satildeo pessoais os efeitos da exclusatildeo osdescendentes do herdeiro excluiacutedo sucedem como se ele mortofosse antes da abertura da sucessatildeoParaacutegrafo uacutenico O excluiacutedo da sucessatildeo natildeo teraacute direito aousufruto ou agrave administraccedilatildeo dos bens que a seus sucessorescouberem na heranccedila nem agrave sucessatildeo eventual desses bens3 - Morte Presumida ndash ocorre quando natildeo haacute um cadaacutever paraprovar efetivamente a morte O Coacutedigo Civil trata do assunto nosarts 6ordm e 7ordmArt 6o do CC - A existecircncia da pessoa natural termina com amorte presume-se esta quanto aos ausentes nos casos em que

a lei autoriza a abertura de sucessatildeo definitivaArt 7o do CC - Pode ser declarada a morte presumida semdecretaccedilatildeo de ausecircnciaI - se for extremamente provaacutevel a morte de quem estava emperigo de vidaII - se algueacutem desaparecido em campanha ou feito prisioneironatildeo for encontrado ateacute dois anos apoacutes o teacutermino da guerraParaacutegrafo uacutenico A declaraccedilatildeo da morte presumida nesses casossomente poderaacute ser requerida depois de esgotadas as buscas eaveriguaccedilotildees devendo a sentenccedila fixar a data provaacutevel dofalecimentoA morte presumida frequumlentemente costuma ser alvo dequestotildees de concursos portanto segue graacutefico esquemaacutetico sobre oassunto

MORTE PRESUMIDA

SEM DECRETACcedilAtildeO DE AUSEcircNCIA (art 7ordm do CC) satildeo os casosde- extrema probabilidade de morte de quem se encontrava em perigode vida (ex queda do aviatildeo da Air France) e- desaparecimento em campanha ou aprisionamento apoacutes 2 anosdo teacutermino da guerra

COM DECRETACcedilAtildeO DE AUSEcircNCIA (art 6ordm do CC) pessoa comparadeiro desconhecido Existe a necessidade de que algueacutemrepresente os bens do ausente Fases1 - curadoria dos bens do ausente 1048782 o curador administra osbens do ausente2 - sucessatildeo provisoacuteria 1048782 os herdeiros se imitem na posse dosbens do ausente3 - sucessatildeo definitiva 1048782 os herdeiros adquirem a propriedadedos bens do ausenteEacute na abertura da sucessatildeo definitiva que o ausente eacute declaradomortoJaacute vimos que a morte presumida com decretaccedilatildeo de ausecircnciaatravessa trecircs fases entretanto eacute necessaacuterio tecermos comentaacuteriossucintos sobre cada uma pois a mateacuteria eacute tratada de forma mais

especiacutefica no Coacutedigo de Processo Civil1) Curadoria dos bens do ausente nesta fase o juiz apoacutes analisara peticcedilatildeo inicial e se convencer do desaparecimento de certa pessoadeveraacute nomear um curador para administrar os bens do ausentecaso ele natildeo tenha deixado um procurador A escolha do curadordeveraacute obedecer a ordem do art 25 do CCArt 25 do CC - O cocircnjuge do ausente sempre que natildeo estejaseparado judicialmente ou de fato por mais de dois anos antesda declaraccedilatildeo da ausecircncia seraacute o seu legiacutetimo curadorsect 1o Em falta do cocircnjuge a curadoria dos bens do ausenteincumbe aos pais ou aos descendentes nesta ordem natildeohavendo impedimento que os iniba de exercer o cargosect 2o Entre os descendentes os mais proacuteximos precedem os maisremotossect 3o Na falta das pessoas mencionadas compete ao juiz a escolhado curadorO juiz tambeacutem arrecadaraacute os bens do ausente entregando aadministraccedilatildeo deles para o curador e mandaraacute publicar editaisdurante um ano reproduzidos de dois em dois meses anunciando aarrecadaccedilatildeo e chamando o ausente a entrar na posse dos bensApoacutes um ano da publicaccedilatildeo do primeiro edital ou trecircs anos nocaso de haver deixado procurador permanecendo a ausecircnciaavanccedila-se para a segunda fase (art 26 do CC)Art 26 do CC - Decorrido um ano da arrecadaccedilatildeo dos bens doausente ou se ele deixou representante ou procurador em sepassando trecircs anos poderatildeo os interessados requerer que sedeclare a ausecircncia e se abra provisoriamente a sucessatildeo2) Sucessatildeo provisoacuteria esta fase eacute aberta pela sentenccedila do juizapoacutes o julgamento das habilitaccedilotildees dos herdeiros Com exceccedilatildeo dosascendentes dos descendentes e do cocircnjuge os demais herdeirospara se imitirem na posse dos bens do ausente devem prestar umacauccedilatildeo de garantia

Art 30 do CC - Os herdeiros para se imitirem na posse dos bensdo ausente daratildeo garantias da restituiccedilatildeo deles mediantepenhores ou hipotecas equivalentes aos quinhotildees respectivossect 1o Aquele que tiver direito agrave posse provisoacuteria mas natildeo puderprestar a garantia exigida neste artigo seraacute excluiacutedo mantendoseos bens que lhe deviam caber sob a administraccedilatildeo do curadorou de outro herdeiro designado pelo juiz e que preste essagarantiasect 2o Os ascendentes os descendentes e o cocircnjuge uma vezprovada a sua qualidade de herdeiros poderatildeoindependentemente de garantia entrar na posse dos bens doausenteHavendo certeza de morte ou persistindo a ausecircncia apoacutes dezanos contados a partir do tracircnsito da sentenccedila de abertura dasucessatildeo provisoacuteria ou entatildeo dentro de cinco anos a contar dasuacuteltimas notiacutecias se o ausente contava oitenta ano de idade avanccedilasepara a terceira faseArt 35 do CC - Se durante a posse provisoacuteria se provar a eacutepocaexata do falecimento do ausente considerar-se-aacute nessa dataaberta a sucessatildeo em favor dos herdeiros que o eram agravequeletempoArt 37 do CC - Dez anos depois de passada em julgado asentenccedila que concede a abertura da sucessatildeo provisoacuteria poderatildeoos interessados requerer a sucessatildeo definitiva e o levantamentodas cauccedilotildees prestadasArt 38 do CC - Pode-se requerer a sucessatildeo definitiva tambeacutemprovando-se que o ausente conta oitenta anos de idade e que decinco datam as uacuteltimas notiacutecias dele3) Sucessatildeo definitiva tal sentenccedila acarreta a presunccedilatildeo da mortedo ausente devendo ser averbada no Cartoacuterio de Registro Civil Osherdeiros deixam de ter a posse e passam a ter a propriedaderesoluacutevel dos bens do ausente Eacute resoluacutevel porque o retorno doausente em ateacute dez anos apoacutes a abertura da sucessatildeo definitiva

provoca a extinccedilatildeo da propriedadeArt 39 do CC - Regressando o ausente nos dez anos seguintes agrave aberturada sucessatildeo definitiva ou algum de seus descendentes ou ascendentesaquele ou estes haveratildeo soacute os bens existentes no estado em que seacharem os sub-rogados em seu lugar ou o preccedilo que os herdeiros edemais interessados houverem recebido pelos bens alienados depoisdaquele tempoParaacutegrafo uacutenico Se nos dez anos a que se refere este artigo oausente natildeo regressar e nenhum interessado promover asucessatildeo definitiva os bens arrecadados passaratildeo ao domiacutenio doMuniciacutepio ou do Distrito Federal se localizados nas respectivascircunscriccedilotildees incorporando-se ao domiacutenio da Uniatildeo quandosituados em territoacuterio federalPercebemos que em regra natildeo eacute possiacutevel um intervalo detempo menor que onze anos (1 + 10) entre a curadoria dos bens e asucessatildeo definitiva pois deve-se publicar editais durante um ano eaguardar dez anos da sucessatildeo provisoacuteria ateacute a sucessatildeo definitivaAnaacutelise das alternativas(A) CERTA Conforme o art 7ordm I do CC(B) ERRADA A palavra ldquosomenterdquo tornou a assertiva errada poisexiste mais de um caso de morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia(C) ERRADA A assertiva lista hipoacuteteses de morte presumida comdecretaccedilatildeo de ausecircncia(D) ERRADA A assertiva lista uma hipoacutetese totalmente descabida noacircmbito do direito civil(E) ERRADA A assertiva tambeacutem lista uma hipoacutetese totalmentedescabida no acircmbito do direito civilGabarito A

10 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro decorrido um ano da arrecadaccedilatildeo dosbens do ausente ou se ele deixou representante ouprocurador em se passando trecircs anos poderatildeo osinteressados requerer que se declare a ausecircncia e se abra

provisoriamente a sucessatildeo A sentenccedila que determinar aabertura da sucessatildeo provisoacuteria(A) produziraacute efeito a partir do primeiro dia uacutetil seguinte apublicaccedilatildeo pela imprensa(B) produziraacute efeito imediatamente(C) soacute produziraacute efeito cento e oitenta dias depois depublicada pela imprensa(D) soacute produziraacute efeito trinta dias depois de publicada pelaimprensa(E) soacute produziraacute efeito noventa dias depois de publicada pelaimprensa

A questatildeo trata da literalidade do art 28 do CCArt 28 A sentenccedila que determinar a abertura da sucessatildeoprovisoacuteria soacute produziraacute efeito cento e oitenta diasdepois de publicada pela imprensa mas logo que passeem julgado proceder-se-aacute agrave abertura do testamento se houvere ao inventaacuterio e partilha dos bens como se o ausente fossefalecidoGabarito C

11 (TRT 15ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Judiciaacuterio ndash 2009) Umaviatildeo de passageiros desapareceu quando cruzava o OceanoDias depois do desaparecimento foram encontrados destroccedilosda aeronave e corpos de passageiros Todavia o corpo de Joseacutenatildeo foi encontrado apoacutes vaacuterios meses e as autoridadesresponsaacuteveis encerraram as buscas Nesse caso a mortepresumida(A) pode ser declarada sem decretaccedilatildeo de ausecircncia(B) soacute pode ser declarada apoacutes 10 anos contados da data doacidente(C) soacute pode ser declarada apoacutes dois anos contados da data doacidente (D) natildeo pode ser declarada somente podendo ser declarada aausecircncia(E) soacute pode ser declarada apoacutes 10 anos contados da data da declaraccedilatildeo da ausecircncia

A situaccedilatildeo narrada no enunciado da questatildeo representa umcaso de perigo de vida (morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia) e conforme o art 7ordm sect uacutenico do CC para que possa serdeclarada a morte da pessoa eacute necessaacuterio que ocorra o fim dasbuscas e averiguaccedilotildeesGabarito A

12 (TRT 15ordf - Teacutecnico Judiciaacuterio - Aacuterea Administrativa ndash2009) Paulo Pedro e Joseacute num automoacutevel levavam Joatildeo aum hospital pois estava muito doente Paulo o mais velhodirigia o veiacuteculo Pedro seu filho estava no banco da frenteJoseacute uma crianccedila de 8 anos e Joatildeo ocupavam o bancotraseiro No percurso o veiacuteculo colidiu com um poste e todosmorreram natildeo se podendo verificar quem morreu primeiroNesse caso presume-se que(A) todos morreram simultaneamente(B) Paulo morreu primeiro por ser o mais velho(C) Pedro morreu primeiro por viajar no banco da frente(D) Joseacute morreu primeiro por ser o mais jovem(E) Joatildeo morreu primeiro porque estava muito doente

A questatildeo trata da comoriecircncia que eacute a presunccedilatildeo de morte deduas ou mais pessoas simultaneamente sendo elas herdeiras entresi Produz como efeito juriacutedico o fato de os comorientes natildeoherdarem entre si ou seja natildeo haacute transmissatildeo de bens entre oscomorientesArt 8o do CC - Se dois ou mais indiviacuteduos falecerem na mesmaocasiatildeo natildeo se podendo averiguar se algum dos comorientesprecedeu aos outros presumir-se-atildeo simultaneamentemortosEx Um casal sem descendentes e ascendentes falece em umacidente de carro O Marido possui como uacutenico herdeiro um primo Aesposa possui como uacutenica herdeira uma irmatilde1) Se ficar provado que o marido morreu primeiro (antes da

esposa) este transmite sua heranccedila para a esposa queconsequentemente transmite para a irmatilde O primo fica semnada2) Se ficar provado que a esposa morreu primeiro (antes domarido) esta transmite sua heranccedila para o marido queconsequentemente transmite para o primo A irmatilde fica semnadaSe natildeo puder se provar quem morreu primeiro presume-se acomoriecircncia ou seja a heranccedila do marido seraacute transmitida ao primoe a heranccedila da esposa seraacute transmitida para a irmatildeGabarito A

13 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Teraacute legitimidadepara reclamar perdas e danos a direito da personalidade depessoa morta(A) apenas o cocircnjuge sobrevivente(B) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o segundo grau(C) apenas os descendentes e ascendentes ateacute o segundograu(D) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o quarto grau(E) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o terceiro grau

O art 12 do novo Coacutedigo Civil traz o princiacutepio da prevenccedilatildeo eda reparaccedilatildeo integral nos casos de lesatildeo a direitos da personalidadeArt 12 do CC - Pode-se exigir que cesse a ameaccedila ou a lesatildeo adireito da personalidade e reclamar perdas e danos sem prejuiacutezode outras sanccedilotildees previstas em leiParaacutegrafo uacutenico Em se tratando de morto teraacute legitimaccedilatildeo pararequerer a medida prevista neste artigo o cocircnjugesobrevivente ou qualquer parente em linha reta oucolateral ateacute o quarto grauEsse mesmo art 12 consagra os direitos do morto prevendo oseu sect uacutenico a legitimidade de ascendentes descendentes cocircnjuge e

colaterais ateacute quarto grau pleitearem indenizaccedilatildeo no caso de danosagrave personalidade de pessoa falecida Satildeo os denominados lesadosindiretos que sofrem muitas vezes um dano reflexo indiretocomumente denominado dano em ricocheteGabarito D

PESSOAS JURIacuteDICASA pessoa juriacutedica eacute o conjunto de pessoas naturais ou depatrimocircnios que visa a consecuccedilatildeo de certos fins reconhecida pelaordem juriacutedica como sujeito de direitos e obrigaccedilotildees Para existir satildeonecessaacuterios trecircs requisitos1) organizaccedilatildeo de pessoas ou de bens2) licitude de propoacutesitos ou fins e3) capacidade juriacutedica reconhecida por normaDessa forma para que o ser humano possa atingir seus fins eobjetivos liacutecitos ele se une a outros homens formandoagrupamentos A esses grupos a lei atribui personalidade juriacutedicacapacitando-os a serem sujeitos de direitos e de obrigaccedilotildeesNesse sentido eacute que surgem as pessoas juriacutedicas tambeacutemchamadas de pessoas morais pessoas coletivas pessoas abstrataspessoas miacutesticas pessoas civis ou pessoas intelectuais

14 (TCE-APProcurador2010) Eacute pessoa juriacutedica de direitopuacuteblico(A) associaccedilatildeo puacuteblica(B) fundaccedilatildeo(C) organizaccedilatildeo religiosa(D) empresa puacuteblica(E) partido poliacutetico

Uma questatildeo claacutessica da banca FCC versa sobre o assuntoclassificaccedilatildeo das pessoas juriacutedicasA tabela graacutefica a seguir resume o assuntoADM DIRETA Uniatildeo Est Territ DF MunicINTERNOADM INDIRETA Autarquias inclusive ass publicas edemais entid criadas por leiDIREITO PUacuteBLICO EXTERNO Estados estrangeiros e pessoas regidas pelo DIPSIMPLESPESSOA SOCIEDADEJURIacuteDICA EMPRESAacuteRIAfim econocircmico

CORPORACcedilAtildeO ASSOCIACcedilAtildeOuniversitas ASSOCIACcedilAtildeO PART POLIacuteTICODIREITO personarumPRIVADO fim natildeo ORG RELIGIOSAeconocircmicoFUNDACcedilAtildeOuniversitasbonorumA base legal para a tabela graacutefica acima estaacute nos artigos aseguirArt 40 do CC - As pessoas juriacutedicas satildeo de direito puacuteblico internoou externo e de direito privadoArt 41 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoI - a UniatildeoII - os Estados o Distrito Federal e os TerritoacuteriosIII - os MuniciacutepiosIV - as autarquias inclusive as associaccedilotildees puacuteblicasV - as demais entidades de caraacuteter puacuteblico criadas por leiParaacutegrafo uacutenico Salvo disposiccedilatildeo em contraacuterio as pessoasjuriacutedicas de direito puacuteblico a que se tenha dado estrutura dedireito privado regem-se no que couber quanto ao seufuncionamento pelas normas deste CoacutedigoArt 42 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico externo osEstados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelodireito internacional puacuteblicoArt 44 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoI - as associaccedilotildeesII - as sociedadesIII - as fundaccedilotildeesIV - as organizaccedilotildees religiosasV - os partidos poliacuteticossect 1o Satildeo livres a criaccedilatildeo a organizaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo interna e ofuncionamento das organizaccedilotildees religiosas sendo vedado aopoder puacuteblico negar-lhes reconhecimento ou registro dos atosconstitutivos e necessaacuterios ao seu funcionamentosect 2o As disposiccedilotildees concernentes agraves associaccedilotildees aplicam-sesubsidiariamente agraves sociedades que satildeo objeto do Livro II daParte Especial deste Coacutedigosect 3o Os partidos poliacuteticos seratildeo organizados e funcionaratildeoconforme o disposto em lei especiacutefica

Conclui-se que das alternativas apresentadas apenas aassociaccedilatildeo puacuteblica eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito A

15 (TRT 2ordf RegiatildeoAnalista Administrativo2008) Os partidospoliacuteticos as associaccedilotildees puacuteblicas e as organizaccedilotildees religiosassatildeo pessoas juriacutedicas de direito(A) privado(B) privado puacuteblico e puacuteblico respectivamente(C) puacuteblico privado e privado respectivamente(D) puacuteblico(E) privado puacuteblico e privado respectivamente

Conforme a tabela da pagina anteriorGabarito E

16 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Considere asseguintes entidades com abrangecircncia nacionalI Igreja Satildeo Marcos DivinoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquoIII Partido Poliacutetico ABCIV Autarquia XYZNeste caso satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoSOMENTE(A) III e IV (B) II III e IV(C) II e IV(D) I e IV(E) I e II

Vejamos cada uma das pessoas mencionadas conforme a tabelaapresentada

I Igreja Satildeo Marcos Divino 1048782 eacute uma organizaccedilatildeo religiosa portantotemos uma pessoa juriacutedica de direito privadoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquo 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica dedireito puacuteblicoIII Partido Poliacutetico ABC 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito privadoIV Autarquia XYZ 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito C

17 (TRT 7ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Administrativa ndash 2009) As

associaccedilotildees(A) soacute natildeo poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutempara fins morais(B) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins religiosos(C) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins poliacuteticos(D) jamais poderatildeo ter fins lucrativos(E) poderatildeo quando comerciais ter fins lucrativos

As ASSOCIACcedilOtildeES surgem quando natildeo haacute um fim lucrativoou intenccedilatildeo de dividir o resultado embora tenham patrimocircnioformado por contribuiccedilatildeo de seus membros para a obtenccedilatildeo de finsculturais educacionais esportivos religiosos beneficentesrecreativos morais etc Entretanto natildeo perdem a categoria deassociaccedilatildeo mesmo que realizem negoacutecios para manter ou aumentar oseu patrimocircnio desde que natildeo proporcionem ganho aos associados(Ex APAE UNE Associaccedilatildeo de Pais e Mestres Associaccedilatildeo dosAdvogados de Satildeo Paulo etc)Art 53 do CC - Constituem-se as associaccedilotildees pela uniatildeo depessoas que se organizem para fins natildeo econocircmicosParaacutegrafo uacutenico Natildeo haacute entre os associados direitos eobrigaccedilotildees reciacuteprocosO documento a ser utilizado na constituiccedilatildeo da associaccedilatildeo eacute oestatuto Tal documento deve possuir os requisitos listados no art 54do CCArt 54 do CC - Sob pena de nulidade o estatuto das associaccedilotildeesconteraacuteI - a denominaccedilatildeo os fins e a sede da associaccedilatildeoII - os requisitos para a admissatildeo demissatildeo e exclusatildeo dosassociadosIII - os direitos e deveres dos associadosIV - as fontes de recursos para sua manutenccedilatildeoV ndash o modo de constituiccedilatildeo e de funcionamento dos oacutergatildeosdeliberativosVI - as condiccedilotildees para a alteraccedilatildeo das disposiccedilotildees estatutaacuterias epara a dissoluccedilatildeo

VII ndash a forma de gestatildeo administrativa e de aprovaccedilatildeo dasrespectivas contasAleacutem disso como se trata de uma pessoa sem finalidadelucrativa os associados devem ter direitos iguais apesar de serpossiacutevel a existecircncia de uma categoria de associados com vantagensespeciais Um exemplo comum ocorre com os associados criadoresque reservam para si vantagens especiais enquanto que os demaisassociados teratildeo iguais direitosArt 55 do CC - Os associados devem ter iguais direitos mas oestatuto poderaacute instituir categorias com vantagens especiaisOutro conceito importante estaacute inserido no art 56 do CCArt 56 do CC - A qualidade de associado eacute intransmissiacutevel se oestatuto natildeo dispuser o contraacuterioParaacutegrafo uacutenico Se o associado for titular de quota ou fraccedilatildeoideal do patrimocircnio da associaccedilatildeo a transferecircncia daquela natildeoimportaraacute de per si na atribuiccedilatildeo da qualidade de associado aoadquirente ou ao herdeiro salvo disposiccedilatildeo diversa do estatutoApoacutes sua anaacutelise conclui-se que no silecircncio do estatuto aqualidade de associado eacute intransmissiacutevel seja por ato inter vivos (exdoaccedilatildeo) ou causa mortis (testamento) Entretanto eacute possiacutevel atransferecircncia de quota ou fraccedilatildeo ideal do patrimocircnio da associaccedilatildeoAinda sobre o associado o art 57 do CC prevecirc a possibilidadede sua exclusatildeoArt 57 do CC - A exclusatildeo do associado soacute eacute admissiacutevel havendojusta causa assim reconhecida em procedimento que asseguredireito de defesa e de recurso nos termos previstos no estatutoPercebe-se que para um associado ser excluiacutedo da associaccedilatildeodeve haver um procedimento especiacutefico com a possibilidade dedireito de defesa e tambeacutem possibilidade de recurso quanto agraveprimeira decisatildeoGabarito D

18 (MPUTeacutecnico Administrativo2007) A respeito daspessoas juriacutedicas analise

I As autarquias os partidos poliacuteticos e as organizaccedilotildeesreligiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoII Em regra se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentesIII Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar o juiza requerimento de qualquer interessado nomear-lhe-aacuteadministrador provisoacuterioIV As fundaccedilotildees somente poderatildeo constituir-se para finsreligiosos morais culturais ou de assistecircnciaEacute correto o que consta APENAS em(A) I II e III(B) I II e IV(C) II e III(D) II III e IV(E) II e IV

Anaacutelise das afirmativasI ERRADA Conforme a tabela apresentada os partidos poliacuteticos e asorganizaccedilotildees religiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoII CERTA Caso a pessoa juriacutedica tenha administraccedilatildeo coletiva(gerecircncia colegiada) em regra as decisotildees deveratildeo ser tomadas pormetade dos votos dos presentes mais um nos termos do art 48do CCArt 48 do CC - Se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentessalvo se o ato constitutivo dispuser de modo diversoParaacutegrafo uacutenico Decai em trecircs anos o direito de anular asdecisotildees a que se refere este artigo quando violarem a lei ouestatuto ou forem eivadas de erro dolo simulaccedilatildeo ou fraudeIII CERTA Pelo fato da pessoa juriacutedica precisar ser representadaativa ou passivamente em juiacutezo ou fora dele deveraacute seradministrada em regra por quem o estatuto designar Poreacutem se aadministraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar caracterizando umavacacircncia geral entatildeo o magistrado nos termos do art 49 do CCdeveraacute nomear um administrador provisoacuterio

Art 49 do CC - Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier afaltar o juiz a requerimento de qualquer interessado nomearlhe-aacute administrador provisoacuterioIV CERTA A fundaccedilatildeo eacute um acervo de bens livres de ocircnus eencargos (universitas bonorum) representando um patrimocircnio aque a lei atribui personalidade juriacutedica em atenccedilatildeo ao fim a que sedestina (fins religiosos morais culturais ou de assistecircncia) O CCcomeccedila a regular a criaccedilatildeo de uma fundaccedilatildeo no seu art 62Art 62 do CC - Para criar uma fundaccedilatildeo o seu instituidor faraacutepor escritura puacuteblica ou testamento dotaccedilatildeo especial de benslivres especificando o fim a que se destina e declarando sequiser a maneira de administraacute-laParaacutegrafo uacutenico A fundaccedilatildeo somente poderaacute constituir-se parafins religiosos morais culturais ou de assistecircnciaGabarito DDOMICIacuteLIOO domiciacutelio eacute a sede juriacutedica da pessoa onde ela se presumepresente para efeitos de direito Ou seja eacute o local onde a pessoapratica habitualmente seus atos e negoacutecios juriacutedicos econsequumlentemente onde responde por suas obrigaccedilotildeesPara chegarmos ao conceito de domiciacutelio eacute necessaacuterioentendermos a diferenccedila entre morada residecircncia e domiciacutelio- Morada eacute o lugar onde a pessoa eacute encontrada O normal eacute a ideacuteiado recolhimento Local onde eacute encontrada para dormir- Residecircncia eacute a morada habitual Eacute o local onde a pessoa eacuteencontrada habitualmente Ex Casa de praia- Domiciacutelio eacute a residecircncia com acircnimo definitivo Natildeo eacute residecircnciaeterna Eacute o local onde a pessoa eacute encontrada habitualmente e natildeosabe quando vai sair Acircnimo definitivo eacute a vontade de permanecer Apessoa pode ateacute natildeo ter vontade de permanecer mas enquanto elapermanecer de modo habitual eacute domiciacutelio (Ex morar em um bairroque natildeo gosta)Existem duas espeacutecies de domiciacutelio para a pessoa natural

1) Domiciacutelio Voluntaacuterio - pode sera) comum ou geral (arts 70 a 74 do CC) eacute aquele escolhidolivremente pela pessoa e que poderaacute ser mudado por elaArt 70 do CC - O domiciacutelio da pessoa natural eacute o lugar onde elaestabelece a sua residecircncia com acircnimo definitivoO conceito de domiciacutelio voluntaacuterio do art 70 do CC apresentadois elementosa) elemento objetivo eacute a residecircnciab) elemento subjetivo eacute o acircnimo definitivoDessa forma se uma pessoa vai passar o mecircs de feacuterias emuma casa de praia o domiciacutelio natildeo estaraacute sendo mudado poiscomo se trata de uma situaccedilatildeo temporaacuteria falta a intenccedilatildeo depermanecer definitivamente no localArt 71 do CC -Se poreacutem a pessoa natural tiver diversasresidecircncias onde alternadamente viva considerar-se-aacutedomiciacutelio seu qualquer delas (PLURALIDADE DEDOMICIacuteLIOS)No artigo 71 o Coacutedigo Civil consagra a pluralidade domiciliar ouseja eacute possiacutevel que uma pessoa tenha mais de um domiciacutelio Comoexemplo temos a pessoa que fica durante a semana no Rio de Janeiroe todo final de semana vai para Satildeo Paulo Tal pessoa possui duasmoradas habituais e nesse caso a lei estipulou que quando a pessoapossui mais de uma residecircncia qualquer uma delas serve comodomiciacutelioArt 72 do CC -Eacute tambeacutem domiciacutelio da pessoa natural quanto agravesrelaccedilotildees concernentes agrave profissatildeo o lugar onde esta eacute exercida(DOMICIacuteLIO PROFISSIONAL)Paraacutegrafo uacutenico Se a pessoa exercitar profissatildeo em lugaresdiversos cada um deles constituiraacute domiciacutelio para as relaccedilotildees quelhe corresponderem (PLURALIDADE DE DOMICIacuteLIOSPROFISSIONAIS)Aleacutem do domiciacutelio escolhido livremente pela pessoa ao fixarresidecircncia com acircnimo definitivo no artigo 72 do Coacutedigo Civil criou-sea possibilidade da pessoa ter como domiciacutelio o local relacionado com

o seu trabalho A situaccedilatildeo eacute exemplificada pelas pessoas quetrabalham em grandes centros e moram em cidades sateacutelites talcomo a pessoa que mora na cidade de Satildeo Caetano-SP e trabalha nacidade de Satildeo Paulo-SP (capital)Art 73 do CC - Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeotenha residecircncia habitual o lugar onde for encontrada(AUSEcircNCIA DE RESIDEcircNCIA)Todos possuem domiciacutelio inclusive aqueles que natildeo tecircmresidecircncia Dessa forma o domiciacutelio dos ciganos dos artistas de circo(circenses) e do cacheiro viajante eacute o local onde forem encontradosArt 74 do CC - Muda-se o domiciacutelio transferindo a residecircnciacom a intenccedilatildeo manifesta de o mudarParaacutegrafo uacutenico A prova da intenccedilatildeo resultaraacute do que declarar apessoa agraves municipalidades dos lugares que deixa e para ondevai ou se tais declaraccedilotildees natildeo fizer da proacutepria mudanccedila com ascircunstacircncias que a acompanharemNo artigo 74 do Coacutedigo Civil estaacute prevista a forma para umapessoa mudar o seu domiciacuteliob) especial (art78 do CC) - eacute aquele que possibilita aoscontratantes estabelecer um local para o cumprimento dasobrigaccedilotildees (foro de contrato) ou um local para dirimirquaisquer controveacutersias surgidas em decorrecircncia do contrato(foro de eleiccedilatildeo)Art 78 do CC - Nos contratos escritos poderatildeo os contratantesespecificar domiciacutelio onde se exercitem e cumpram os direitos eobrigaccedilotildees deles resultantes2) Domiciacutelio Necessaacuterio ou Legal (art 76 do CC) - eacute aqueledeterminado pela lei em razatildeo da condiccedilatildeo ou situaccedilatildeo decertas pessoas Nesses casos a lei natildeo permite a escolha dodomiciacutelioArt 76 do CC - Tecircm domiciacutelio necessaacuterio o incapaz o servidorpuacuteblico o militar o mariacutetimo e o presoParaacutegrafo uacutenico O domiciacutelio do incapaz eacute o do seu representanteou assistente o do servidor puacuteblico o lugar em que exercer

permanentemente suas funccedilotildees o do militar onde servir esendo da Marinha ou da Aeronaacuteutica a sede do comando a que seencontrar imediatamente subordinado o do mariacutetimo onde onavio estiver matriculado e o do preso o lugar em que cumprir asentenccedilaAleacutem dos domiciacutelios jaacute citados tambeacutem eacute consagrado no art 77do Coacutedigo Civil uma situaccedilatildeo especial para o agente diplomaacuteticoArt 77 do CC - O agente diplomaacutetico do Brasil que citado noestrangeiro alegar extraterritorialidade sem designar onde temno paiacutes o seu domiciacutelio poderaacute ser demandado no DistritoFederal ou no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro onde o tevePelo fato do agente diplomaacutetico natildeo ter residecircncia no Brasil ese em razatildeo de uma demanda tal fato for suscitado por ele entatildeo ajurisdiccedilatildeo competente para resolver o litiacutegio pode ser duas1) o Distrito Federal ou2) o local do Brasil onde teve seu uacuteltimo domiciacutelio

19 (TRE-AMAnalista Judiciaacuterio2009) Considere asassertivas abaixo a respeito do domiciacutelioI Se a pessoa natural tiver diversas residecircncias ondealternadamente viva considerar-se-aacute domiciacutelio seu qualquerdelasII Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeo tenharesidecircncia habitual o lugar onde for encontradaIII O domiciacutelio do militar da Marinha eacute o local onde o navioestiver matriculadoIV Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosDe acordo com o Coacutedigo Civil brasileiro estaacute correto o que seafirma APENAS em(A) II III e IV(B) I II e III(C) I II e IV(D) I e IV(E) II e III

Anaacutelise das alternativasI CERTA Conforme o art 71 do CCII CERTA Conforme o art 73 do CCIII ERRADA O local onde o navio estiver matriculado segundo oart 75 do CC eacute o domiciacutelio do mariacutetimoIV CERTA Assim como a pessoa natural a pessoa juriacutedica tambeacutemdeve responder pelos atos referentes agraves relaccedilotildees juriacutedicas em queestaacute envolvidaO assunto eacute tratado no art 75 do CCArt 75 do CC - Quanto agraves pessoas juriacutedicas o domiciacutelio eacuteI - da Uniatildeo o Distrito FederalII - dos Estados e Territoacuterios as respectivas capitaisIII - do Municiacutepio o lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipalIV - das demais pessoas juriacutedicas o lugar onde funcionarem asrespectivas diretorias e administraccedilotildees ou onde elegeremdomiciacutelio especial no seu estatuto ou atos constitutivossect 1o Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacutelio paraos atos nele praticadossect 2o Se a administraccedilatildeo ou diretoria tiver a sede no estrangeirohaver-se-aacute por domiciacutelio da pessoa juriacutedica no tocante agravesobrigaccedilotildees contraiacutedas por cada uma das suas agecircncias o lugar doestabelecimento sito no Brasil a que ela corresponderA pessoa juriacutedica natildeo possui residecircncia mas tem sede ouestabelecimento que a ldquoprenderdquo a um determinado lugar Trata-se dodomiciacutelio especial da pessoa juriacutedica que pode ser livrementeescolhido no seu ato constitutivoNatildeo havendo tal escolha o domiciacutelio seraacute o lugar onde funcionaras respectivas diretorias e administraccedilotildeesO graacutefico a seguir resume o assuntoDOMICIacuteLIO DA PESSOA JURIacuteDICA DE DIREITO PUacuteBLICO INTERNOUniatildeo o Distrito FederalEstados e Territoacuterios as respectivas capitaisMuniciacutepioso lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipal

DOMICIacuteLIO DAS DEMAIS PESSOAS JURIacuteDICASRegraonde elegerem domiciacutelio especial no seuestatuto ou atos constitutivosNa falta de domiciacutelio especialo lugar onde funcionarem as respectivasdiretorias e administraccedilotildeesHavendo diversosestabelecimentos(pluralidade domiciliar)cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosSe a administraccedilatildeo oudiretoria tiver sede noestrangeiroo lugar do estabelecimento sito no Brasila que ela corresponderGabarito C

20 (TCE-GOAnalista de Controle Externo2009) O agentediplomaacutetico do Brasil que citado no estrangeiro alegarextraterritorialidade sem designar onde tem no paiacutes o seudomiciacutelio poderaacute ser demandado(A) somente no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro em quefoi domiciliado(B) somente do Distrito Federal(C) somente no exterior no lugar onde se encontra exercendoas suas funccedilotildees(D) no Distrito Federal ou no uacuteltimo ponto do territoacuteriobrasileiro onde o teve(E) somente no exterior na capital do paiacutes onde estaacuteexercendo as suas funccedilotildees

A questatildeo tem como base legal o art 77 do CCGabarito D

21 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) O domiciacutelio(A) dos oficiais da marinha eacute o lugar onde servem(B) do mariacutetimo eacute o lugar em que o navio estiver atracado(C) do incapaz eacute o lugar em que foi registrado o seunascimento(D) do militar do Exeacutercito eacute a sede do comando a que seencontrar subordinado(E) do preso eacute o lugar em que cumpre a sentenccedila

Toda a questatildeo tem como fundamento legal o art 75 do CCAnaacutelise das alternativas(A) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio dos oficiais de marinha eacute a sededo comando a que estiverem imediatamente subordinado(B) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do mariacutetimo eacute o lugar em que onavio estiver atracado(C) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do incapaz eacute o mesmo do seurepresentante ou assistente(D) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do militar do exeacutercito eacute o localonde servir Apenas para os militares da Marinha e da Aeronaacuteutica odomiciacutelio necessaacuterio eacute a sede do comando a que estiveremimediatamente subordinado(E) CERTAGabarito E

22 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) Nuacutebia eacute funcionaacuteriapuacuteblica da Prefeitura Municipal da Cidade A onde exerce suasatividades inerentes ao cargo puacuteblico que ocupa Reside comseus filhos na cidade vizinha B mas como seu marido emrazatildeo de trabalho reside na cidade vizinha C Nuacutebia passaparte da semana dormindo nesta cidade De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro o Domiciacutelio Civil de Nuacutebia eacute a cidade(A) A ou C(B) B ou C(C) A apenas(D) B apenas(E) C apenas

Tendo em vista que Nubia eacute funcionaacuteria puacuteblica entatildeo ela temdomiciacutelio necessaacuterio (imposto por lei)Conforme o art 76 do CC o domiciacutelio de Nubia eacute o local ondeela exercer permanentemente as suas funccedilotildees ou seja apenas acidade AGabarito C

23 (TRE-SETeacutecnico Administrativo2007) Maria artistacircense nasceu em Salvador Maria faz espetaacuteculos por todoo Brasil com a companhia de circo de que faz parte

Considerando que seu marido e filho residem em Olinda e queseus ascendentes mais proacuteximos residem em Ilheacuteus ter-se-aacutepor domiciacutelio de Maria(A) a cidade de Ilheacuteus(B) o local em que for encontrada(C) apenas a cidade de Salvador(D) apenas a cidade de Olinda(E) as cidades de Salvador ou Olinda

Tendo em vista que Maria eacute circense entatildeo ela natildeo possuiresidecircnciaEntretanto todos possuem domiciacutelio inclusive as pessoas quenatildeo possuem residecircnciaDessa forma nos termos do art 73 do CC o domiciacutelio de Mariaseraacute o local onde ela for encontradaOu seja o local de residecircncia do seu marido e dos seus filhossatildeo irrelevantes para a questatildeoGabarito B

1-C2-D3-E4-D5-C6-B7-B8-B9-A10-C11-A12-A13-D14-A15-E16-C17-D18-D19-C20-D21-E22-C23-B

Page 5: AULA 1 Civil

Gabarito D

5 (TJ-PAAuxiliar Judiciaacuterio2009) Tratando-se deincapacidade das pessoas eacute certo afirmar que(A) o relativamente incapaz natildeo pode fazer testamento aindaque assistido(B) a incapacidade relativa natildeo permite que o incapazpratique atos da vida civil mesmo que assistido(C) a incapacidade absoluta acarreta a proibiccedilatildeo total doexerciacutecio por si soacute do direito(D) o relativamente incapaz para inscrever-se como eleitornecessita da assistecircncia de seu representante legal(E) a incapacidade relativa pode ser suprida ao passo que aincapacidade absoluta natildeo pode ser suprida

Anaacutelise das alternativas(A) ERRADA Os que possuem entre 16 e 18 anos podem praticaralguns atos mesmo sem serem assistidos como eacute o caso dotestamento Vide art 1860 do CCArt 1860 Aleacutem dos incapazes natildeo podem testar os que no atode fazecirc-lo natildeo tiverem pleno discernimentoParaacutegrafo uacutenico Podem testar os maiores de dezesseis anos (B) ERRADA A incapacidade relativa natildeo permite que o incapazpratique atos da vida civil desde que assistido A assistecircncia eacute aproteccedilatildeo juriacutedica que supre a incapacidade relativa(C) CERTA O absolutamente estaacute proibido de praticar sozinho atosda vida civil Para que ocorra tal praacutetica eacute necessaacuteria a representaccedilatildeocomo forma de proteccedilatildeo juriacutedica(D) ERRADA O relativamente incapaz para inscrever-se como eleitornatildeo necessita da assistecircncia de seu representante legal A inscriccedilatildeocomo eleitor tambeacutem eacute um ato que pode ser praticado por pessoasmaiores de 16 anos independente de assistecircncia(E) ERRADA A incapacidade relativa pode ser suprida pelarepresentaccedilatildeo ao passo que a incapacidade absoluta pode sersuprida pela assistecircncia

Gabarito C

6 (PGE-MTProcurador2011) Satildeo incapazes relativamente acertos atos ou agrave maneira de os exercer(A) os menores de dezesseis anos(B) os proacutedigos ainda que casados(C) os que mesmo por causa transitoacuteria natildeo puderemexprimir sua vontade(D) os maiores de dezesseis anos e menores de dezoito anosainda que casados(E) os maiores de dezesseis e menores de vinte e um anosAnaacutelise das afirmativas(A) ERRADA Eles satildeo absolutamente incapazes(B) CERTA O fato do proacutedigo (pessoa que dissipa o seu patrimocircnio)estar casado natildeo afasta a incapacidade por tanto ele eacute consideradorelativamente incapaz no que tange aos atos patrimoniais(C) ERRADA Eles satildeo absolutamente incapazes(D) ERRADA Neste caso o casamento acarreta a emancipaccedilatildeo domenor e consequentemente antecipa a aquisiccedilatildeo da capacidade defato ou de exerciacutecio(E) ERRADA No que tange agrave idade a incapacidade relativa ocorreentre 16 e 18 anosGabarito B

7 (TRF 5ordf RegiatildeoAnalista Administrativo2008) Nos termosestabelecidos pela legislaccedilatildeo civil brasileira NAtildeO cessaraacute paraos menores a incapacidade(A) pela existecircncia de relaccedilatildeo de emprego e em funccedilatildeo dele omenor com dezesseis anos completos tenha economia proacutepria(B) pela concessatildeo dos pais mediante instrumento particularindependentemente de homologaccedilatildeo judicial se o menor tiverdezesseis anos completos(C) pela colaccedilatildeo de grau em curso de ensino superior(D) pelo exerciacutecio de emprego puacuteblico efetivo(E) pelo casamento

A emancipaccedilatildeo representa a aquisiccedilatildeo da capacidade civilplena antes de completar 18 (dezoito) anos ou seja representa a

antecipaccedilatildeo da capacidade civil plena A doutrina a divide em 3 (trecircs)tipos voluntaacuteria judicial e legalSegue graacutefico esquemaacuteticoAnaacutelise das alternativasEMANCIPACcedilAtildeOEacute o instituto juriacutedico queantecipa a aquisiccedilatildeo dacapacidade plena aosmenores de 18 anosCaracteriacutesticas- irrevogabilidade natildeopode ser revogada pelospais do menor- perpetuidade se ocasamento for desfeito aemancipaccedilatildeo continua- pura e simples natildeoadmite termo oucondiccedilatildeoVOLUNTAacuteRIA eacute concedida pelos pais (os dois) medianteescritura puacuteblica independente de homologaccedilatildeo judicial Omenor deve ter 16 anos completos- se um dos pais for falecido ou estiver interditado (falta deum dos pais) o outro pode conceder a emancipaccedilatildeo- se um dos pais se achar em local incerto deve haverautorizaccedilatildeo judicialJUDICIAL eacute concedida por sentenccedila judicial O menordeve ter 16 anos completos Duas hipoacuteteses1) quando o menor estiver sob tutela e2) quando houver divergecircncia entre os paisLEGAL se opera automaticamente independente de atodos pais tutor ou sentenccedila judicial Hipoacuteteses1) casamento (16 anos completos em regra ndash arts 1517 e1520 do CC)2) exerciacutecio de emprego puacuteblico efetivo (concurso puacuteblico)3) colaccedilatildeo de grau em curso de ensino superior (faculdade)4) ter estabelecimento civil ou comercial que lhe propicieeconomia proacutepria (16 anos completos)5) possuir relaccedilatildeo de emprego que lhe propicie a obtenccedilatildeode economia proacutepria (16 anos completos)

(A) ERRADA A assertiva trata da quinta forma de emancipaccedilatildeo legalsendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menor(B) CERTA Para ocorrer o fim da incapacidade a emancipaccedilatildeo feita

pelos pais (voluntaacuteria) deve ocorrer atraveacutes de um instrumentopuacuteblico Caso ocorra atraveacutes de instrumento particular aemancipaccedilatildeo natildeo teraacute validade por ficar caracterizado um viacutecio deforma(C) ERRADA A assertiva trata da terceira forma de emancipaccedilatildeolegal sendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menor(D) ERRADA A assertiva trata da segunda forma de emancipaccedilatildeolegal sendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menor(E) ERRADA A assertiva trata da primeira forma de emancipaccedilatildeolegal sendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menorGabarito B

8 (TRE-TOAnalista Judiciaacuterio2011) Marta possui dezesseisanos de idade e reside com sua matildee Julia jaacute que seu pai eacutefalecido Julia pretende fazer cessar a incapacidade civil deMarta Neste caso Julia(A) deveraacute fazecirc-lo atraveacutes de procedimento judicial adequadovisando sentenccedila proferida em juiacutezo(B) poderaacute fazecirc-lo mediante instrumento puacuteblicoindependentemente de homologaccedilatildeo judicial(C) poderaacute fazecirc-lo mediante instrumento puacuteblico desde quesubmetido agrave homologaccedilatildeo judicial(D) natildeo poderaacute fazecirc-lo em razatildeo do falecimento do pai deMarta(E) natildeo poderaacute fazecirc-lo uma vez que Marta possui dezesseisanos de idade

A questatildeo trata da emancipaccedilatildeo voluntaacuteria citada no esquemada questatildeo anterior Para que ocorra tal emancipaccedilatildeo basta avontade dos pais ou de apenas um dele na falta do outro Trata-se deum ato que natildeo depende de manifestaccedilatildeo judicial bastando oresponsaacutevel ir ao cartoacuterio Satildeo necessaacuterios seguintes requisitos- instrumento puacuteblico e- Marta ter idade miacutenima de 16 anosGabarito B

9 (TJRR ndash Juiz Substituto ndash 2008) Pode ser declarada amorte presumida sem decretaccedilatildeo de ausecircncia(A) se for extremamente provaacutevel a morte de quem estava emperigo de vida(B) somente de algueacutem desaparecido em campanha ou feitoprisioneiro natildeo sendo encontrado ateacute 02 (dois) anos apoacutes oteacutermino da guerra(C) depois de dez (10) anos do desaparecimento da pessoa ouse o desaparecido contar oitenta (80) anos de idade e suasuacuteltimas notiacutecias forem de mais de cinco (05) anos(D) depois de vinte (20) anos do desaparecimento da pessoasendo suas uacuteltimas notiacutecias de mais de cinco (05) anos(E) sempre que algueacutem tendo desaparecido de seu domiciacuteliocontar cem (100) anos de idade

Para o direito civil a morte representa o fim da personalidadejuriacutedica Pode ser de trecircs tipos1 - Morte Real ndash eacute a que pressupotildee a existecircncia de um cadaacuteverpara comprovar o oacutebito2 - Morte Civil - quando uma pessoa embora viva eacute tratadacomo morta perdendo os seus direitos civis Estaacute prevista no art1816 do Coacutedigo Civil soacute produzindo efeitos com relaccedilatildeo agraveheranccedilaArt 1816 do CC - Satildeo pessoais os efeitos da exclusatildeo osdescendentes do herdeiro excluiacutedo sucedem como se ele mortofosse antes da abertura da sucessatildeoParaacutegrafo uacutenico O excluiacutedo da sucessatildeo natildeo teraacute direito aousufruto ou agrave administraccedilatildeo dos bens que a seus sucessorescouberem na heranccedila nem agrave sucessatildeo eventual desses bens3 - Morte Presumida ndash ocorre quando natildeo haacute um cadaacutever paraprovar efetivamente a morte O Coacutedigo Civil trata do assunto nosarts 6ordm e 7ordmArt 6o do CC - A existecircncia da pessoa natural termina com amorte presume-se esta quanto aos ausentes nos casos em que

a lei autoriza a abertura de sucessatildeo definitivaArt 7o do CC - Pode ser declarada a morte presumida semdecretaccedilatildeo de ausecircnciaI - se for extremamente provaacutevel a morte de quem estava emperigo de vidaII - se algueacutem desaparecido em campanha ou feito prisioneironatildeo for encontrado ateacute dois anos apoacutes o teacutermino da guerraParaacutegrafo uacutenico A declaraccedilatildeo da morte presumida nesses casossomente poderaacute ser requerida depois de esgotadas as buscas eaveriguaccedilotildees devendo a sentenccedila fixar a data provaacutevel dofalecimentoA morte presumida frequumlentemente costuma ser alvo dequestotildees de concursos portanto segue graacutefico esquemaacutetico sobre oassunto

MORTE PRESUMIDA

SEM DECRETACcedilAtildeO DE AUSEcircNCIA (art 7ordm do CC) satildeo os casosde- extrema probabilidade de morte de quem se encontrava em perigode vida (ex queda do aviatildeo da Air France) e- desaparecimento em campanha ou aprisionamento apoacutes 2 anosdo teacutermino da guerra

COM DECRETACcedilAtildeO DE AUSEcircNCIA (art 6ordm do CC) pessoa comparadeiro desconhecido Existe a necessidade de que algueacutemrepresente os bens do ausente Fases1 - curadoria dos bens do ausente 1048782 o curador administra osbens do ausente2 - sucessatildeo provisoacuteria 1048782 os herdeiros se imitem na posse dosbens do ausente3 - sucessatildeo definitiva 1048782 os herdeiros adquirem a propriedadedos bens do ausenteEacute na abertura da sucessatildeo definitiva que o ausente eacute declaradomortoJaacute vimos que a morte presumida com decretaccedilatildeo de ausecircnciaatravessa trecircs fases entretanto eacute necessaacuterio tecermos comentaacuteriossucintos sobre cada uma pois a mateacuteria eacute tratada de forma mais

especiacutefica no Coacutedigo de Processo Civil1) Curadoria dos bens do ausente nesta fase o juiz apoacutes analisara peticcedilatildeo inicial e se convencer do desaparecimento de certa pessoadeveraacute nomear um curador para administrar os bens do ausentecaso ele natildeo tenha deixado um procurador A escolha do curadordeveraacute obedecer a ordem do art 25 do CCArt 25 do CC - O cocircnjuge do ausente sempre que natildeo estejaseparado judicialmente ou de fato por mais de dois anos antesda declaraccedilatildeo da ausecircncia seraacute o seu legiacutetimo curadorsect 1o Em falta do cocircnjuge a curadoria dos bens do ausenteincumbe aos pais ou aos descendentes nesta ordem natildeohavendo impedimento que os iniba de exercer o cargosect 2o Entre os descendentes os mais proacuteximos precedem os maisremotossect 3o Na falta das pessoas mencionadas compete ao juiz a escolhado curadorO juiz tambeacutem arrecadaraacute os bens do ausente entregando aadministraccedilatildeo deles para o curador e mandaraacute publicar editaisdurante um ano reproduzidos de dois em dois meses anunciando aarrecadaccedilatildeo e chamando o ausente a entrar na posse dos bensApoacutes um ano da publicaccedilatildeo do primeiro edital ou trecircs anos nocaso de haver deixado procurador permanecendo a ausecircnciaavanccedila-se para a segunda fase (art 26 do CC)Art 26 do CC - Decorrido um ano da arrecadaccedilatildeo dos bens doausente ou se ele deixou representante ou procurador em sepassando trecircs anos poderatildeo os interessados requerer que sedeclare a ausecircncia e se abra provisoriamente a sucessatildeo2) Sucessatildeo provisoacuteria esta fase eacute aberta pela sentenccedila do juizapoacutes o julgamento das habilitaccedilotildees dos herdeiros Com exceccedilatildeo dosascendentes dos descendentes e do cocircnjuge os demais herdeirospara se imitirem na posse dos bens do ausente devem prestar umacauccedilatildeo de garantia

Art 30 do CC - Os herdeiros para se imitirem na posse dos bensdo ausente daratildeo garantias da restituiccedilatildeo deles mediantepenhores ou hipotecas equivalentes aos quinhotildees respectivossect 1o Aquele que tiver direito agrave posse provisoacuteria mas natildeo puderprestar a garantia exigida neste artigo seraacute excluiacutedo mantendoseos bens que lhe deviam caber sob a administraccedilatildeo do curadorou de outro herdeiro designado pelo juiz e que preste essagarantiasect 2o Os ascendentes os descendentes e o cocircnjuge uma vezprovada a sua qualidade de herdeiros poderatildeoindependentemente de garantia entrar na posse dos bens doausenteHavendo certeza de morte ou persistindo a ausecircncia apoacutes dezanos contados a partir do tracircnsito da sentenccedila de abertura dasucessatildeo provisoacuteria ou entatildeo dentro de cinco anos a contar dasuacuteltimas notiacutecias se o ausente contava oitenta ano de idade avanccedilasepara a terceira faseArt 35 do CC - Se durante a posse provisoacuteria se provar a eacutepocaexata do falecimento do ausente considerar-se-aacute nessa dataaberta a sucessatildeo em favor dos herdeiros que o eram agravequeletempoArt 37 do CC - Dez anos depois de passada em julgado asentenccedila que concede a abertura da sucessatildeo provisoacuteria poderatildeoos interessados requerer a sucessatildeo definitiva e o levantamentodas cauccedilotildees prestadasArt 38 do CC - Pode-se requerer a sucessatildeo definitiva tambeacutemprovando-se que o ausente conta oitenta anos de idade e que decinco datam as uacuteltimas notiacutecias dele3) Sucessatildeo definitiva tal sentenccedila acarreta a presunccedilatildeo da mortedo ausente devendo ser averbada no Cartoacuterio de Registro Civil Osherdeiros deixam de ter a posse e passam a ter a propriedaderesoluacutevel dos bens do ausente Eacute resoluacutevel porque o retorno doausente em ateacute dez anos apoacutes a abertura da sucessatildeo definitiva

provoca a extinccedilatildeo da propriedadeArt 39 do CC - Regressando o ausente nos dez anos seguintes agrave aberturada sucessatildeo definitiva ou algum de seus descendentes ou ascendentesaquele ou estes haveratildeo soacute os bens existentes no estado em que seacharem os sub-rogados em seu lugar ou o preccedilo que os herdeiros edemais interessados houverem recebido pelos bens alienados depoisdaquele tempoParaacutegrafo uacutenico Se nos dez anos a que se refere este artigo oausente natildeo regressar e nenhum interessado promover asucessatildeo definitiva os bens arrecadados passaratildeo ao domiacutenio doMuniciacutepio ou do Distrito Federal se localizados nas respectivascircunscriccedilotildees incorporando-se ao domiacutenio da Uniatildeo quandosituados em territoacuterio federalPercebemos que em regra natildeo eacute possiacutevel um intervalo detempo menor que onze anos (1 + 10) entre a curadoria dos bens e asucessatildeo definitiva pois deve-se publicar editais durante um ano eaguardar dez anos da sucessatildeo provisoacuteria ateacute a sucessatildeo definitivaAnaacutelise das alternativas(A) CERTA Conforme o art 7ordm I do CC(B) ERRADA A palavra ldquosomenterdquo tornou a assertiva errada poisexiste mais de um caso de morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia(C) ERRADA A assertiva lista hipoacuteteses de morte presumida comdecretaccedilatildeo de ausecircncia(D) ERRADA A assertiva lista uma hipoacutetese totalmente descabida noacircmbito do direito civil(E) ERRADA A assertiva tambeacutem lista uma hipoacutetese totalmentedescabida no acircmbito do direito civilGabarito A

10 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro decorrido um ano da arrecadaccedilatildeo dosbens do ausente ou se ele deixou representante ouprocurador em se passando trecircs anos poderatildeo osinteressados requerer que se declare a ausecircncia e se abra

provisoriamente a sucessatildeo A sentenccedila que determinar aabertura da sucessatildeo provisoacuteria(A) produziraacute efeito a partir do primeiro dia uacutetil seguinte apublicaccedilatildeo pela imprensa(B) produziraacute efeito imediatamente(C) soacute produziraacute efeito cento e oitenta dias depois depublicada pela imprensa(D) soacute produziraacute efeito trinta dias depois de publicada pelaimprensa(E) soacute produziraacute efeito noventa dias depois de publicada pelaimprensa

A questatildeo trata da literalidade do art 28 do CCArt 28 A sentenccedila que determinar a abertura da sucessatildeoprovisoacuteria soacute produziraacute efeito cento e oitenta diasdepois de publicada pela imprensa mas logo que passeem julgado proceder-se-aacute agrave abertura do testamento se houvere ao inventaacuterio e partilha dos bens como se o ausente fossefalecidoGabarito C

11 (TRT 15ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Judiciaacuterio ndash 2009) Umaviatildeo de passageiros desapareceu quando cruzava o OceanoDias depois do desaparecimento foram encontrados destroccedilosda aeronave e corpos de passageiros Todavia o corpo de Joseacutenatildeo foi encontrado apoacutes vaacuterios meses e as autoridadesresponsaacuteveis encerraram as buscas Nesse caso a mortepresumida(A) pode ser declarada sem decretaccedilatildeo de ausecircncia(B) soacute pode ser declarada apoacutes 10 anos contados da data doacidente(C) soacute pode ser declarada apoacutes dois anos contados da data doacidente (D) natildeo pode ser declarada somente podendo ser declarada aausecircncia(E) soacute pode ser declarada apoacutes 10 anos contados da data da declaraccedilatildeo da ausecircncia

A situaccedilatildeo narrada no enunciado da questatildeo representa umcaso de perigo de vida (morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia) e conforme o art 7ordm sect uacutenico do CC para que possa serdeclarada a morte da pessoa eacute necessaacuterio que ocorra o fim dasbuscas e averiguaccedilotildeesGabarito A

12 (TRT 15ordf - Teacutecnico Judiciaacuterio - Aacuterea Administrativa ndash2009) Paulo Pedro e Joseacute num automoacutevel levavam Joatildeo aum hospital pois estava muito doente Paulo o mais velhodirigia o veiacuteculo Pedro seu filho estava no banco da frenteJoseacute uma crianccedila de 8 anos e Joatildeo ocupavam o bancotraseiro No percurso o veiacuteculo colidiu com um poste e todosmorreram natildeo se podendo verificar quem morreu primeiroNesse caso presume-se que(A) todos morreram simultaneamente(B) Paulo morreu primeiro por ser o mais velho(C) Pedro morreu primeiro por viajar no banco da frente(D) Joseacute morreu primeiro por ser o mais jovem(E) Joatildeo morreu primeiro porque estava muito doente

A questatildeo trata da comoriecircncia que eacute a presunccedilatildeo de morte deduas ou mais pessoas simultaneamente sendo elas herdeiras entresi Produz como efeito juriacutedico o fato de os comorientes natildeoherdarem entre si ou seja natildeo haacute transmissatildeo de bens entre oscomorientesArt 8o do CC - Se dois ou mais indiviacuteduos falecerem na mesmaocasiatildeo natildeo se podendo averiguar se algum dos comorientesprecedeu aos outros presumir-se-atildeo simultaneamentemortosEx Um casal sem descendentes e ascendentes falece em umacidente de carro O Marido possui como uacutenico herdeiro um primo Aesposa possui como uacutenica herdeira uma irmatilde1) Se ficar provado que o marido morreu primeiro (antes da

esposa) este transmite sua heranccedila para a esposa queconsequentemente transmite para a irmatilde O primo fica semnada2) Se ficar provado que a esposa morreu primeiro (antes domarido) esta transmite sua heranccedila para o marido queconsequentemente transmite para o primo A irmatilde fica semnadaSe natildeo puder se provar quem morreu primeiro presume-se acomoriecircncia ou seja a heranccedila do marido seraacute transmitida ao primoe a heranccedila da esposa seraacute transmitida para a irmatildeGabarito A

13 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Teraacute legitimidadepara reclamar perdas e danos a direito da personalidade depessoa morta(A) apenas o cocircnjuge sobrevivente(B) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o segundo grau(C) apenas os descendentes e ascendentes ateacute o segundograu(D) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o quarto grau(E) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o terceiro grau

O art 12 do novo Coacutedigo Civil traz o princiacutepio da prevenccedilatildeo eda reparaccedilatildeo integral nos casos de lesatildeo a direitos da personalidadeArt 12 do CC - Pode-se exigir que cesse a ameaccedila ou a lesatildeo adireito da personalidade e reclamar perdas e danos sem prejuiacutezode outras sanccedilotildees previstas em leiParaacutegrafo uacutenico Em se tratando de morto teraacute legitimaccedilatildeo pararequerer a medida prevista neste artigo o cocircnjugesobrevivente ou qualquer parente em linha reta oucolateral ateacute o quarto grauEsse mesmo art 12 consagra os direitos do morto prevendo oseu sect uacutenico a legitimidade de ascendentes descendentes cocircnjuge e

colaterais ateacute quarto grau pleitearem indenizaccedilatildeo no caso de danosagrave personalidade de pessoa falecida Satildeo os denominados lesadosindiretos que sofrem muitas vezes um dano reflexo indiretocomumente denominado dano em ricocheteGabarito D

PESSOAS JURIacuteDICASA pessoa juriacutedica eacute o conjunto de pessoas naturais ou depatrimocircnios que visa a consecuccedilatildeo de certos fins reconhecida pelaordem juriacutedica como sujeito de direitos e obrigaccedilotildees Para existir satildeonecessaacuterios trecircs requisitos1) organizaccedilatildeo de pessoas ou de bens2) licitude de propoacutesitos ou fins e3) capacidade juriacutedica reconhecida por normaDessa forma para que o ser humano possa atingir seus fins eobjetivos liacutecitos ele se une a outros homens formandoagrupamentos A esses grupos a lei atribui personalidade juriacutedicacapacitando-os a serem sujeitos de direitos e de obrigaccedilotildeesNesse sentido eacute que surgem as pessoas juriacutedicas tambeacutemchamadas de pessoas morais pessoas coletivas pessoas abstrataspessoas miacutesticas pessoas civis ou pessoas intelectuais

14 (TCE-APProcurador2010) Eacute pessoa juriacutedica de direitopuacuteblico(A) associaccedilatildeo puacuteblica(B) fundaccedilatildeo(C) organizaccedilatildeo religiosa(D) empresa puacuteblica(E) partido poliacutetico

Uma questatildeo claacutessica da banca FCC versa sobre o assuntoclassificaccedilatildeo das pessoas juriacutedicasA tabela graacutefica a seguir resume o assuntoADM DIRETA Uniatildeo Est Territ DF MunicINTERNOADM INDIRETA Autarquias inclusive ass publicas edemais entid criadas por leiDIREITO PUacuteBLICO EXTERNO Estados estrangeiros e pessoas regidas pelo DIPSIMPLESPESSOA SOCIEDADEJURIacuteDICA EMPRESAacuteRIAfim econocircmico

CORPORACcedilAtildeO ASSOCIACcedilAtildeOuniversitas ASSOCIACcedilAtildeO PART POLIacuteTICODIREITO personarumPRIVADO fim natildeo ORG RELIGIOSAeconocircmicoFUNDACcedilAtildeOuniversitasbonorumA base legal para a tabela graacutefica acima estaacute nos artigos aseguirArt 40 do CC - As pessoas juriacutedicas satildeo de direito puacuteblico internoou externo e de direito privadoArt 41 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoI - a UniatildeoII - os Estados o Distrito Federal e os TerritoacuteriosIII - os MuniciacutepiosIV - as autarquias inclusive as associaccedilotildees puacuteblicasV - as demais entidades de caraacuteter puacuteblico criadas por leiParaacutegrafo uacutenico Salvo disposiccedilatildeo em contraacuterio as pessoasjuriacutedicas de direito puacuteblico a que se tenha dado estrutura dedireito privado regem-se no que couber quanto ao seufuncionamento pelas normas deste CoacutedigoArt 42 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico externo osEstados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelodireito internacional puacuteblicoArt 44 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoI - as associaccedilotildeesII - as sociedadesIII - as fundaccedilotildeesIV - as organizaccedilotildees religiosasV - os partidos poliacuteticossect 1o Satildeo livres a criaccedilatildeo a organizaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo interna e ofuncionamento das organizaccedilotildees religiosas sendo vedado aopoder puacuteblico negar-lhes reconhecimento ou registro dos atosconstitutivos e necessaacuterios ao seu funcionamentosect 2o As disposiccedilotildees concernentes agraves associaccedilotildees aplicam-sesubsidiariamente agraves sociedades que satildeo objeto do Livro II daParte Especial deste Coacutedigosect 3o Os partidos poliacuteticos seratildeo organizados e funcionaratildeoconforme o disposto em lei especiacutefica

Conclui-se que das alternativas apresentadas apenas aassociaccedilatildeo puacuteblica eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito A

15 (TRT 2ordf RegiatildeoAnalista Administrativo2008) Os partidospoliacuteticos as associaccedilotildees puacuteblicas e as organizaccedilotildees religiosassatildeo pessoas juriacutedicas de direito(A) privado(B) privado puacuteblico e puacuteblico respectivamente(C) puacuteblico privado e privado respectivamente(D) puacuteblico(E) privado puacuteblico e privado respectivamente

Conforme a tabela da pagina anteriorGabarito E

16 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Considere asseguintes entidades com abrangecircncia nacionalI Igreja Satildeo Marcos DivinoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquoIII Partido Poliacutetico ABCIV Autarquia XYZNeste caso satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoSOMENTE(A) III e IV (B) II III e IV(C) II e IV(D) I e IV(E) I e II

Vejamos cada uma das pessoas mencionadas conforme a tabelaapresentada

I Igreja Satildeo Marcos Divino 1048782 eacute uma organizaccedilatildeo religiosa portantotemos uma pessoa juriacutedica de direito privadoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquo 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica dedireito puacuteblicoIII Partido Poliacutetico ABC 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito privadoIV Autarquia XYZ 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito C

17 (TRT 7ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Administrativa ndash 2009) As

associaccedilotildees(A) soacute natildeo poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutempara fins morais(B) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins religiosos(C) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins poliacuteticos(D) jamais poderatildeo ter fins lucrativos(E) poderatildeo quando comerciais ter fins lucrativos

As ASSOCIACcedilOtildeES surgem quando natildeo haacute um fim lucrativoou intenccedilatildeo de dividir o resultado embora tenham patrimocircnioformado por contribuiccedilatildeo de seus membros para a obtenccedilatildeo de finsculturais educacionais esportivos religiosos beneficentesrecreativos morais etc Entretanto natildeo perdem a categoria deassociaccedilatildeo mesmo que realizem negoacutecios para manter ou aumentar oseu patrimocircnio desde que natildeo proporcionem ganho aos associados(Ex APAE UNE Associaccedilatildeo de Pais e Mestres Associaccedilatildeo dosAdvogados de Satildeo Paulo etc)Art 53 do CC - Constituem-se as associaccedilotildees pela uniatildeo depessoas que se organizem para fins natildeo econocircmicosParaacutegrafo uacutenico Natildeo haacute entre os associados direitos eobrigaccedilotildees reciacuteprocosO documento a ser utilizado na constituiccedilatildeo da associaccedilatildeo eacute oestatuto Tal documento deve possuir os requisitos listados no art 54do CCArt 54 do CC - Sob pena de nulidade o estatuto das associaccedilotildeesconteraacuteI - a denominaccedilatildeo os fins e a sede da associaccedilatildeoII - os requisitos para a admissatildeo demissatildeo e exclusatildeo dosassociadosIII - os direitos e deveres dos associadosIV - as fontes de recursos para sua manutenccedilatildeoV ndash o modo de constituiccedilatildeo e de funcionamento dos oacutergatildeosdeliberativosVI - as condiccedilotildees para a alteraccedilatildeo das disposiccedilotildees estatutaacuterias epara a dissoluccedilatildeo

VII ndash a forma de gestatildeo administrativa e de aprovaccedilatildeo dasrespectivas contasAleacutem disso como se trata de uma pessoa sem finalidadelucrativa os associados devem ter direitos iguais apesar de serpossiacutevel a existecircncia de uma categoria de associados com vantagensespeciais Um exemplo comum ocorre com os associados criadoresque reservam para si vantagens especiais enquanto que os demaisassociados teratildeo iguais direitosArt 55 do CC - Os associados devem ter iguais direitos mas oestatuto poderaacute instituir categorias com vantagens especiaisOutro conceito importante estaacute inserido no art 56 do CCArt 56 do CC - A qualidade de associado eacute intransmissiacutevel se oestatuto natildeo dispuser o contraacuterioParaacutegrafo uacutenico Se o associado for titular de quota ou fraccedilatildeoideal do patrimocircnio da associaccedilatildeo a transferecircncia daquela natildeoimportaraacute de per si na atribuiccedilatildeo da qualidade de associado aoadquirente ou ao herdeiro salvo disposiccedilatildeo diversa do estatutoApoacutes sua anaacutelise conclui-se que no silecircncio do estatuto aqualidade de associado eacute intransmissiacutevel seja por ato inter vivos (exdoaccedilatildeo) ou causa mortis (testamento) Entretanto eacute possiacutevel atransferecircncia de quota ou fraccedilatildeo ideal do patrimocircnio da associaccedilatildeoAinda sobre o associado o art 57 do CC prevecirc a possibilidadede sua exclusatildeoArt 57 do CC - A exclusatildeo do associado soacute eacute admissiacutevel havendojusta causa assim reconhecida em procedimento que asseguredireito de defesa e de recurso nos termos previstos no estatutoPercebe-se que para um associado ser excluiacutedo da associaccedilatildeodeve haver um procedimento especiacutefico com a possibilidade dedireito de defesa e tambeacutem possibilidade de recurso quanto agraveprimeira decisatildeoGabarito D

18 (MPUTeacutecnico Administrativo2007) A respeito daspessoas juriacutedicas analise

I As autarquias os partidos poliacuteticos e as organizaccedilotildeesreligiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoII Em regra se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentesIII Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar o juiza requerimento de qualquer interessado nomear-lhe-aacuteadministrador provisoacuterioIV As fundaccedilotildees somente poderatildeo constituir-se para finsreligiosos morais culturais ou de assistecircnciaEacute correto o que consta APENAS em(A) I II e III(B) I II e IV(C) II e III(D) II III e IV(E) II e IV

Anaacutelise das afirmativasI ERRADA Conforme a tabela apresentada os partidos poliacuteticos e asorganizaccedilotildees religiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoII CERTA Caso a pessoa juriacutedica tenha administraccedilatildeo coletiva(gerecircncia colegiada) em regra as decisotildees deveratildeo ser tomadas pormetade dos votos dos presentes mais um nos termos do art 48do CCArt 48 do CC - Se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentessalvo se o ato constitutivo dispuser de modo diversoParaacutegrafo uacutenico Decai em trecircs anos o direito de anular asdecisotildees a que se refere este artigo quando violarem a lei ouestatuto ou forem eivadas de erro dolo simulaccedilatildeo ou fraudeIII CERTA Pelo fato da pessoa juriacutedica precisar ser representadaativa ou passivamente em juiacutezo ou fora dele deveraacute seradministrada em regra por quem o estatuto designar Poreacutem se aadministraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar caracterizando umavacacircncia geral entatildeo o magistrado nos termos do art 49 do CCdeveraacute nomear um administrador provisoacuterio

Art 49 do CC - Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier afaltar o juiz a requerimento de qualquer interessado nomearlhe-aacute administrador provisoacuterioIV CERTA A fundaccedilatildeo eacute um acervo de bens livres de ocircnus eencargos (universitas bonorum) representando um patrimocircnio aque a lei atribui personalidade juriacutedica em atenccedilatildeo ao fim a que sedestina (fins religiosos morais culturais ou de assistecircncia) O CCcomeccedila a regular a criaccedilatildeo de uma fundaccedilatildeo no seu art 62Art 62 do CC - Para criar uma fundaccedilatildeo o seu instituidor faraacutepor escritura puacuteblica ou testamento dotaccedilatildeo especial de benslivres especificando o fim a que se destina e declarando sequiser a maneira de administraacute-laParaacutegrafo uacutenico A fundaccedilatildeo somente poderaacute constituir-se parafins religiosos morais culturais ou de assistecircnciaGabarito DDOMICIacuteLIOO domiciacutelio eacute a sede juriacutedica da pessoa onde ela se presumepresente para efeitos de direito Ou seja eacute o local onde a pessoapratica habitualmente seus atos e negoacutecios juriacutedicos econsequumlentemente onde responde por suas obrigaccedilotildeesPara chegarmos ao conceito de domiciacutelio eacute necessaacuterioentendermos a diferenccedila entre morada residecircncia e domiciacutelio- Morada eacute o lugar onde a pessoa eacute encontrada O normal eacute a ideacuteiado recolhimento Local onde eacute encontrada para dormir- Residecircncia eacute a morada habitual Eacute o local onde a pessoa eacuteencontrada habitualmente Ex Casa de praia- Domiciacutelio eacute a residecircncia com acircnimo definitivo Natildeo eacute residecircnciaeterna Eacute o local onde a pessoa eacute encontrada habitualmente e natildeosabe quando vai sair Acircnimo definitivo eacute a vontade de permanecer Apessoa pode ateacute natildeo ter vontade de permanecer mas enquanto elapermanecer de modo habitual eacute domiciacutelio (Ex morar em um bairroque natildeo gosta)Existem duas espeacutecies de domiciacutelio para a pessoa natural

1) Domiciacutelio Voluntaacuterio - pode sera) comum ou geral (arts 70 a 74 do CC) eacute aquele escolhidolivremente pela pessoa e que poderaacute ser mudado por elaArt 70 do CC - O domiciacutelio da pessoa natural eacute o lugar onde elaestabelece a sua residecircncia com acircnimo definitivoO conceito de domiciacutelio voluntaacuterio do art 70 do CC apresentadois elementosa) elemento objetivo eacute a residecircnciab) elemento subjetivo eacute o acircnimo definitivoDessa forma se uma pessoa vai passar o mecircs de feacuterias emuma casa de praia o domiciacutelio natildeo estaraacute sendo mudado poiscomo se trata de uma situaccedilatildeo temporaacuteria falta a intenccedilatildeo depermanecer definitivamente no localArt 71 do CC -Se poreacutem a pessoa natural tiver diversasresidecircncias onde alternadamente viva considerar-se-aacutedomiciacutelio seu qualquer delas (PLURALIDADE DEDOMICIacuteLIOS)No artigo 71 o Coacutedigo Civil consagra a pluralidade domiciliar ouseja eacute possiacutevel que uma pessoa tenha mais de um domiciacutelio Comoexemplo temos a pessoa que fica durante a semana no Rio de Janeiroe todo final de semana vai para Satildeo Paulo Tal pessoa possui duasmoradas habituais e nesse caso a lei estipulou que quando a pessoapossui mais de uma residecircncia qualquer uma delas serve comodomiciacutelioArt 72 do CC -Eacute tambeacutem domiciacutelio da pessoa natural quanto agravesrelaccedilotildees concernentes agrave profissatildeo o lugar onde esta eacute exercida(DOMICIacuteLIO PROFISSIONAL)Paraacutegrafo uacutenico Se a pessoa exercitar profissatildeo em lugaresdiversos cada um deles constituiraacute domiciacutelio para as relaccedilotildees quelhe corresponderem (PLURALIDADE DE DOMICIacuteLIOSPROFISSIONAIS)Aleacutem do domiciacutelio escolhido livremente pela pessoa ao fixarresidecircncia com acircnimo definitivo no artigo 72 do Coacutedigo Civil criou-sea possibilidade da pessoa ter como domiciacutelio o local relacionado com

o seu trabalho A situaccedilatildeo eacute exemplificada pelas pessoas quetrabalham em grandes centros e moram em cidades sateacutelites talcomo a pessoa que mora na cidade de Satildeo Caetano-SP e trabalha nacidade de Satildeo Paulo-SP (capital)Art 73 do CC - Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeotenha residecircncia habitual o lugar onde for encontrada(AUSEcircNCIA DE RESIDEcircNCIA)Todos possuem domiciacutelio inclusive aqueles que natildeo tecircmresidecircncia Dessa forma o domiciacutelio dos ciganos dos artistas de circo(circenses) e do cacheiro viajante eacute o local onde forem encontradosArt 74 do CC - Muda-se o domiciacutelio transferindo a residecircnciacom a intenccedilatildeo manifesta de o mudarParaacutegrafo uacutenico A prova da intenccedilatildeo resultaraacute do que declarar apessoa agraves municipalidades dos lugares que deixa e para ondevai ou se tais declaraccedilotildees natildeo fizer da proacutepria mudanccedila com ascircunstacircncias que a acompanharemNo artigo 74 do Coacutedigo Civil estaacute prevista a forma para umapessoa mudar o seu domiciacuteliob) especial (art78 do CC) - eacute aquele que possibilita aoscontratantes estabelecer um local para o cumprimento dasobrigaccedilotildees (foro de contrato) ou um local para dirimirquaisquer controveacutersias surgidas em decorrecircncia do contrato(foro de eleiccedilatildeo)Art 78 do CC - Nos contratos escritos poderatildeo os contratantesespecificar domiciacutelio onde se exercitem e cumpram os direitos eobrigaccedilotildees deles resultantes2) Domiciacutelio Necessaacuterio ou Legal (art 76 do CC) - eacute aqueledeterminado pela lei em razatildeo da condiccedilatildeo ou situaccedilatildeo decertas pessoas Nesses casos a lei natildeo permite a escolha dodomiciacutelioArt 76 do CC - Tecircm domiciacutelio necessaacuterio o incapaz o servidorpuacuteblico o militar o mariacutetimo e o presoParaacutegrafo uacutenico O domiciacutelio do incapaz eacute o do seu representanteou assistente o do servidor puacuteblico o lugar em que exercer

permanentemente suas funccedilotildees o do militar onde servir esendo da Marinha ou da Aeronaacuteutica a sede do comando a que seencontrar imediatamente subordinado o do mariacutetimo onde onavio estiver matriculado e o do preso o lugar em que cumprir asentenccedilaAleacutem dos domiciacutelios jaacute citados tambeacutem eacute consagrado no art 77do Coacutedigo Civil uma situaccedilatildeo especial para o agente diplomaacuteticoArt 77 do CC - O agente diplomaacutetico do Brasil que citado noestrangeiro alegar extraterritorialidade sem designar onde temno paiacutes o seu domiciacutelio poderaacute ser demandado no DistritoFederal ou no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro onde o tevePelo fato do agente diplomaacutetico natildeo ter residecircncia no Brasil ese em razatildeo de uma demanda tal fato for suscitado por ele entatildeo ajurisdiccedilatildeo competente para resolver o litiacutegio pode ser duas1) o Distrito Federal ou2) o local do Brasil onde teve seu uacuteltimo domiciacutelio

19 (TRE-AMAnalista Judiciaacuterio2009) Considere asassertivas abaixo a respeito do domiciacutelioI Se a pessoa natural tiver diversas residecircncias ondealternadamente viva considerar-se-aacute domiciacutelio seu qualquerdelasII Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeo tenharesidecircncia habitual o lugar onde for encontradaIII O domiciacutelio do militar da Marinha eacute o local onde o navioestiver matriculadoIV Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosDe acordo com o Coacutedigo Civil brasileiro estaacute correto o que seafirma APENAS em(A) II III e IV(B) I II e III(C) I II e IV(D) I e IV(E) II e III

Anaacutelise das alternativasI CERTA Conforme o art 71 do CCII CERTA Conforme o art 73 do CCIII ERRADA O local onde o navio estiver matriculado segundo oart 75 do CC eacute o domiciacutelio do mariacutetimoIV CERTA Assim como a pessoa natural a pessoa juriacutedica tambeacutemdeve responder pelos atos referentes agraves relaccedilotildees juriacutedicas em queestaacute envolvidaO assunto eacute tratado no art 75 do CCArt 75 do CC - Quanto agraves pessoas juriacutedicas o domiciacutelio eacuteI - da Uniatildeo o Distrito FederalII - dos Estados e Territoacuterios as respectivas capitaisIII - do Municiacutepio o lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipalIV - das demais pessoas juriacutedicas o lugar onde funcionarem asrespectivas diretorias e administraccedilotildees ou onde elegeremdomiciacutelio especial no seu estatuto ou atos constitutivossect 1o Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacutelio paraos atos nele praticadossect 2o Se a administraccedilatildeo ou diretoria tiver a sede no estrangeirohaver-se-aacute por domiciacutelio da pessoa juriacutedica no tocante agravesobrigaccedilotildees contraiacutedas por cada uma das suas agecircncias o lugar doestabelecimento sito no Brasil a que ela corresponderA pessoa juriacutedica natildeo possui residecircncia mas tem sede ouestabelecimento que a ldquoprenderdquo a um determinado lugar Trata-se dodomiciacutelio especial da pessoa juriacutedica que pode ser livrementeescolhido no seu ato constitutivoNatildeo havendo tal escolha o domiciacutelio seraacute o lugar onde funcionaras respectivas diretorias e administraccedilotildeesO graacutefico a seguir resume o assuntoDOMICIacuteLIO DA PESSOA JURIacuteDICA DE DIREITO PUacuteBLICO INTERNOUniatildeo o Distrito FederalEstados e Territoacuterios as respectivas capitaisMuniciacutepioso lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipal

DOMICIacuteLIO DAS DEMAIS PESSOAS JURIacuteDICASRegraonde elegerem domiciacutelio especial no seuestatuto ou atos constitutivosNa falta de domiciacutelio especialo lugar onde funcionarem as respectivasdiretorias e administraccedilotildeesHavendo diversosestabelecimentos(pluralidade domiciliar)cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosSe a administraccedilatildeo oudiretoria tiver sede noestrangeiroo lugar do estabelecimento sito no Brasila que ela corresponderGabarito C

20 (TCE-GOAnalista de Controle Externo2009) O agentediplomaacutetico do Brasil que citado no estrangeiro alegarextraterritorialidade sem designar onde tem no paiacutes o seudomiciacutelio poderaacute ser demandado(A) somente no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro em quefoi domiciliado(B) somente do Distrito Federal(C) somente no exterior no lugar onde se encontra exercendoas suas funccedilotildees(D) no Distrito Federal ou no uacuteltimo ponto do territoacuteriobrasileiro onde o teve(E) somente no exterior na capital do paiacutes onde estaacuteexercendo as suas funccedilotildees

A questatildeo tem como base legal o art 77 do CCGabarito D

21 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) O domiciacutelio(A) dos oficiais da marinha eacute o lugar onde servem(B) do mariacutetimo eacute o lugar em que o navio estiver atracado(C) do incapaz eacute o lugar em que foi registrado o seunascimento(D) do militar do Exeacutercito eacute a sede do comando a que seencontrar subordinado(E) do preso eacute o lugar em que cumpre a sentenccedila

Toda a questatildeo tem como fundamento legal o art 75 do CCAnaacutelise das alternativas(A) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio dos oficiais de marinha eacute a sededo comando a que estiverem imediatamente subordinado(B) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do mariacutetimo eacute o lugar em que onavio estiver atracado(C) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do incapaz eacute o mesmo do seurepresentante ou assistente(D) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do militar do exeacutercito eacute o localonde servir Apenas para os militares da Marinha e da Aeronaacuteutica odomiciacutelio necessaacuterio eacute a sede do comando a que estiveremimediatamente subordinado(E) CERTAGabarito E

22 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) Nuacutebia eacute funcionaacuteriapuacuteblica da Prefeitura Municipal da Cidade A onde exerce suasatividades inerentes ao cargo puacuteblico que ocupa Reside comseus filhos na cidade vizinha B mas como seu marido emrazatildeo de trabalho reside na cidade vizinha C Nuacutebia passaparte da semana dormindo nesta cidade De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro o Domiciacutelio Civil de Nuacutebia eacute a cidade(A) A ou C(B) B ou C(C) A apenas(D) B apenas(E) C apenas

Tendo em vista que Nubia eacute funcionaacuteria puacuteblica entatildeo ela temdomiciacutelio necessaacuterio (imposto por lei)Conforme o art 76 do CC o domiciacutelio de Nubia eacute o local ondeela exercer permanentemente as suas funccedilotildees ou seja apenas acidade AGabarito C

23 (TRE-SETeacutecnico Administrativo2007) Maria artistacircense nasceu em Salvador Maria faz espetaacuteculos por todoo Brasil com a companhia de circo de que faz parte

Considerando que seu marido e filho residem em Olinda e queseus ascendentes mais proacuteximos residem em Ilheacuteus ter-se-aacutepor domiciacutelio de Maria(A) a cidade de Ilheacuteus(B) o local em que for encontrada(C) apenas a cidade de Salvador(D) apenas a cidade de Olinda(E) as cidades de Salvador ou Olinda

Tendo em vista que Maria eacute circense entatildeo ela natildeo possuiresidecircnciaEntretanto todos possuem domiciacutelio inclusive as pessoas quenatildeo possuem residecircnciaDessa forma nos termos do art 73 do CC o domiciacutelio de Mariaseraacute o local onde ela for encontradaOu seja o local de residecircncia do seu marido e dos seus filhossatildeo irrelevantes para a questatildeoGabarito B

1-C2-D3-E4-D5-C6-B7-B8-B9-A10-C11-A12-A13-D14-A15-E16-C17-D18-D19-C20-D21-E22-C23-B

Page 6: AULA 1 Civil

antecipaccedilatildeo da capacidade civil plena A doutrina a divide em 3 (trecircs)tipos voluntaacuteria judicial e legalSegue graacutefico esquemaacuteticoAnaacutelise das alternativasEMANCIPACcedilAtildeOEacute o instituto juriacutedico queantecipa a aquisiccedilatildeo dacapacidade plena aosmenores de 18 anosCaracteriacutesticas- irrevogabilidade natildeopode ser revogada pelospais do menor- perpetuidade se ocasamento for desfeito aemancipaccedilatildeo continua- pura e simples natildeoadmite termo oucondiccedilatildeoVOLUNTAacuteRIA eacute concedida pelos pais (os dois) medianteescritura puacuteblica independente de homologaccedilatildeo judicial Omenor deve ter 16 anos completos- se um dos pais for falecido ou estiver interditado (falta deum dos pais) o outro pode conceder a emancipaccedilatildeo- se um dos pais se achar em local incerto deve haverautorizaccedilatildeo judicialJUDICIAL eacute concedida por sentenccedila judicial O menordeve ter 16 anos completos Duas hipoacuteteses1) quando o menor estiver sob tutela e2) quando houver divergecircncia entre os paisLEGAL se opera automaticamente independente de atodos pais tutor ou sentenccedila judicial Hipoacuteteses1) casamento (16 anos completos em regra ndash arts 1517 e1520 do CC)2) exerciacutecio de emprego puacuteblico efetivo (concurso puacuteblico)3) colaccedilatildeo de grau em curso de ensino superior (faculdade)4) ter estabelecimento civil ou comercial que lhe propicieeconomia proacutepria (16 anos completos)5) possuir relaccedilatildeo de emprego que lhe propicie a obtenccedilatildeode economia proacutepria (16 anos completos)

(A) ERRADA A assertiva trata da quinta forma de emancipaccedilatildeo legalsendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menor(B) CERTA Para ocorrer o fim da incapacidade a emancipaccedilatildeo feita

pelos pais (voluntaacuteria) deve ocorrer atraveacutes de um instrumentopuacuteblico Caso ocorra atraveacutes de instrumento particular aemancipaccedilatildeo natildeo teraacute validade por ficar caracterizado um viacutecio deforma(C) ERRADA A assertiva trata da terceira forma de emancipaccedilatildeolegal sendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menor(D) ERRADA A assertiva trata da segunda forma de emancipaccedilatildeolegal sendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menor(E) ERRADA A assertiva trata da primeira forma de emancipaccedilatildeolegal sendo assim ocorre o fim da incapacidade para o menorGabarito B

8 (TRE-TOAnalista Judiciaacuterio2011) Marta possui dezesseisanos de idade e reside com sua matildee Julia jaacute que seu pai eacutefalecido Julia pretende fazer cessar a incapacidade civil deMarta Neste caso Julia(A) deveraacute fazecirc-lo atraveacutes de procedimento judicial adequadovisando sentenccedila proferida em juiacutezo(B) poderaacute fazecirc-lo mediante instrumento puacuteblicoindependentemente de homologaccedilatildeo judicial(C) poderaacute fazecirc-lo mediante instrumento puacuteblico desde quesubmetido agrave homologaccedilatildeo judicial(D) natildeo poderaacute fazecirc-lo em razatildeo do falecimento do pai deMarta(E) natildeo poderaacute fazecirc-lo uma vez que Marta possui dezesseisanos de idade

A questatildeo trata da emancipaccedilatildeo voluntaacuteria citada no esquemada questatildeo anterior Para que ocorra tal emancipaccedilatildeo basta avontade dos pais ou de apenas um dele na falta do outro Trata-se deum ato que natildeo depende de manifestaccedilatildeo judicial bastando oresponsaacutevel ir ao cartoacuterio Satildeo necessaacuterios seguintes requisitos- instrumento puacuteblico e- Marta ter idade miacutenima de 16 anosGabarito B

9 (TJRR ndash Juiz Substituto ndash 2008) Pode ser declarada amorte presumida sem decretaccedilatildeo de ausecircncia(A) se for extremamente provaacutevel a morte de quem estava emperigo de vida(B) somente de algueacutem desaparecido em campanha ou feitoprisioneiro natildeo sendo encontrado ateacute 02 (dois) anos apoacutes oteacutermino da guerra(C) depois de dez (10) anos do desaparecimento da pessoa ouse o desaparecido contar oitenta (80) anos de idade e suasuacuteltimas notiacutecias forem de mais de cinco (05) anos(D) depois de vinte (20) anos do desaparecimento da pessoasendo suas uacuteltimas notiacutecias de mais de cinco (05) anos(E) sempre que algueacutem tendo desaparecido de seu domiciacuteliocontar cem (100) anos de idade

Para o direito civil a morte representa o fim da personalidadejuriacutedica Pode ser de trecircs tipos1 - Morte Real ndash eacute a que pressupotildee a existecircncia de um cadaacuteverpara comprovar o oacutebito2 - Morte Civil - quando uma pessoa embora viva eacute tratadacomo morta perdendo os seus direitos civis Estaacute prevista no art1816 do Coacutedigo Civil soacute produzindo efeitos com relaccedilatildeo agraveheranccedilaArt 1816 do CC - Satildeo pessoais os efeitos da exclusatildeo osdescendentes do herdeiro excluiacutedo sucedem como se ele mortofosse antes da abertura da sucessatildeoParaacutegrafo uacutenico O excluiacutedo da sucessatildeo natildeo teraacute direito aousufruto ou agrave administraccedilatildeo dos bens que a seus sucessorescouberem na heranccedila nem agrave sucessatildeo eventual desses bens3 - Morte Presumida ndash ocorre quando natildeo haacute um cadaacutever paraprovar efetivamente a morte O Coacutedigo Civil trata do assunto nosarts 6ordm e 7ordmArt 6o do CC - A existecircncia da pessoa natural termina com amorte presume-se esta quanto aos ausentes nos casos em que

a lei autoriza a abertura de sucessatildeo definitivaArt 7o do CC - Pode ser declarada a morte presumida semdecretaccedilatildeo de ausecircnciaI - se for extremamente provaacutevel a morte de quem estava emperigo de vidaII - se algueacutem desaparecido em campanha ou feito prisioneironatildeo for encontrado ateacute dois anos apoacutes o teacutermino da guerraParaacutegrafo uacutenico A declaraccedilatildeo da morte presumida nesses casossomente poderaacute ser requerida depois de esgotadas as buscas eaveriguaccedilotildees devendo a sentenccedila fixar a data provaacutevel dofalecimentoA morte presumida frequumlentemente costuma ser alvo dequestotildees de concursos portanto segue graacutefico esquemaacutetico sobre oassunto

MORTE PRESUMIDA

SEM DECRETACcedilAtildeO DE AUSEcircNCIA (art 7ordm do CC) satildeo os casosde- extrema probabilidade de morte de quem se encontrava em perigode vida (ex queda do aviatildeo da Air France) e- desaparecimento em campanha ou aprisionamento apoacutes 2 anosdo teacutermino da guerra

COM DECRETACcedilAtildeO DE AUSEcircNCIA (art 6ordm do CC) pessoa comparadeiro desconhecido Existe a necessidade de que algueacutemrepresente os bens do ausente Fases1 - curadoria dos bens do ausente 1048782 o curador administra osbens do ausente2 - sucessatildeo provisoacuteria 1048782 os herdeiros se imitem na posse dosbens do ausente3 - sucessatildeo definitiva 1048782 os herdeiros adquirem a propriedadedos bens do ausenteEacute na abertura da sucessatildeo definitiva que o ausente eacute declaradomortoJaacute vimos que a morte presumida com decretaccedilatildeo de ausecircnciaatravessa trecircs fases entretanto eacute necessaacuterio tecermos comentaacuteriossucintos sobre cada uma pois a mateacuteria eacute tratada de forma mais

especiacutefica no Coacutedigo de Processo Civil1) Curadoria dos bens do ausente nesta fase o juiz apoacutes analisara peticcedilatildeo inicial e se convencer do desaparecimento de certa pessoadeveraacute nomear um curador para administrar os bens do ausentecaso ele natildeo tenha deixado um procurador A escolha do curadordeveraacute obedecer a ordem do art 25 do CCArt 25 do CC - O cocircnjuge do ausente sempre que natildeo estejaseparado judicialmente ou de fato por mais de dois anos antesda declaraccedilatildeo da ausecircncia seraacute o seu legiacutetimo curadorsect 1o Em falta do cocircnjuge a curadoria dos bens do ausenteincumbe aos pais ou aos descendentes nesta ordem natildeohavendo impedimento que os iniba de exercer o cargosect 2o Entre os descendentes os mais proacuteximos precedem os maisremotossect 3o Na falta das pessoas mencionadas compete ao juiz a escolhado curadorO juiz tambeacutem arrecadaraacute os bens do ausente entregando aadministraccedilatildeo deles para o curador e mandaraacute publicar editaisdurante um ano reproduzidos de dois em dois meses anunciando aarrecadaccedilatildeo e chamando o ausente a entrar na posse dos bensApoacutes um ano da publicaccedilatildeo do primeiro edital ou trecircs anos nocaso de haver deixado procurador permanecendo a ausecircnciaavanccedila-se para a segunda fase (art 26 do CC)Art 26 do CC - Decorrido um ano da arrecadaccedilatildeo dos bens doausente ou se ele deixou representante ou procurador em sepassando trecircs anos poderatildeo os interessados requerer que sedeclare a ausecircncia e se abra provisoriamente a sucessatildeo2) Sucessatildeo provisoacuteria esta fase eacute aberta pela sentenccedila do juizapoacutes o julgamento das habilitaccedilotildees dos herdeiros Com exceccedilatildeo dosascendentes dos descendentes e do cocircnjuge os demais herdeirospara se imitirem na posse dos bens do ausente devem prestar umacauccedilatildeo de garantia

Art 30 do CC - Os herdeiros para se imitirem na posse dos bensdo ausente daratildeo garantias da restituiccedilatildeo deles mediantepenhores ou hipotecas equivalentes aos quinhotildees respectivossect 1o Aquele que tiver direito agrave posse provisoacuteria mas natildeo puderprestar a garantia exigida neste artigo seraacute excluiacutedo mantendoseos bens que lhe deviam caber sob a administraccedilatildeo do curadorou de outro herdeiro designado pelo juiz e que preste essagarantiasect 2o Os ascendentes os descendentes e o cocircnjuge uma vezprovada a sua qualidade de herdeiros poderatildeoindependentemente de garantia entrar na posse dos bens doausenteHavendo certeza de morte ou persistindo a ausecircncia apoacutes dezanos contados a partir do tracircnsito da sentenccedila de abertura dasucessatildeo provisoacuteria ou entatildeo dentro de cinco anos a contar dasuacuteltimas notiacutecias se o ausente contava oitenta ano de idade avanccedilasepara a terceira faseArt 35 do CC - Se durante a posse provisoacuteria se provar a eacutepocaexata do falecimento do ausente considerar-se-aacute nessa dataaberta a sucessatildeo em favor dos herdeiros que o eram agravequeletempoArt 37 do CC - Dez anos depois de passada em julgado asentenccedila que concede a abertura da sucessatildeo provisoacuteria poderatildeoos interessados requerer a sucessatildeo definitiva e o levantamentodas cauccedilotildees prestadasArt 38 do CC - Pode-se requerer a sucessatildeo definitiva tambeacutemprovando-se que o ausente conta oitenta anos de idade e que decinco datam as uacuteltimas notiacutecias dele3) Sucessatildeo definitiva tal sentenccedila acarreta a presunccedilatildeo da mortedo ausente devendo ser averbada no Cartoacuterio de Registro Civil Osherdeiros deixam de ter a posse e passam a ter a propriedaderesoluacutevel dos bens do ausente Eacute resoluacutevel porque o retorno doausente em ateacute dez anos apoacutes a abertura da sucessatildeo definitiva

provoca a extinccedilatildeo da propriedadeArt 39 do CC - Regressando o ausente nos dez anos seguintes agrave aberturada sucessatildeo definitiva ou algum de seus descendentes ou ascendentesaquele ou estes haveratildeo soacute os bens existentes no estado em que seacharem os sub-rogados em seu lugar ou o preccedilo que os herdeiros edemais interessados houverem recebido pelos bens alienados depoisdaquele tempoParaacutegrafo uacutenico Se nos dez anos a que se refere este artigo oausente natildeo regressar e nenhum interessado promover asucessatildeo definitiva os bens arrecadados passaratildeo ao domiacutenio doMuniciacutepio ou do Distrito Federal se localizados nas respectivascircunscriccedilotildees incorporando-se ao domiacutenio da Uniatildeo quandosituados em territoacuterio federalPercebemos que em regra natildeo eacute possiacutevel um intervalo detempo menor que onze anos (1 + 10) entre a curadoria dos bens e asucessatildeo definitiva pois deve-se publicar editais durante um ano eaguardar dez anos da sucessatildeo provisoacuteria ateacute a sucessatildeo definitivaAnaacutelise das alternativas(A) CERTA Conforme o art 7ordm I do CC(B) ERRADA A palavra ldquosomenterdquo tornou a assertiva errada poisexiste mais de um caso de morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia(C) ERRADA A assertiva lista hipoacuteteses de morte presumida comdecretaccedilatildeo de ausecircncia(D) ERRADA A assertiva lista uma hipoacutetese totalmente descabida noacircmbito do direito civil(E) ERRADA A assertiva tambeacutem lista uma hipoacutetese totalmentedescabida no acircmbito do direito civilGabarito A

10 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro decorrido um ano da arrecadaccedilatildeo dosbens do ausente ou se ele deixou representante ouprocurador em se passando trecircs anos poderatildeo osinteressados requerer que se declare a ausecircncia e se abra

provisoriamente a sucessatildeo A sentenccedila que determinar aabertura da sucessatildeo provisoacuteria(A) produziraacute efeito a partir do primeiro dia uacutetil seguinte apublicaccedilatildeo pela imprensa(B) produziraacute efeito imediatamente(C) soacute produziraacute efeito cento e oitenta dias depois depublicada pela imprensa(D) soacute produziraacute efeito trinta dias depois de publicada pelaimprensa(E) soacute produziraacute efeito noventa dias depois de publicada pelaimprensa

A questatildeo trata da literalidade do art 28 do CCArt 28 A sentenccedila que determinar a abertura da sucessatildeoprovisoacuteria soacute produziraacute efeito cento e oitenta diasdepois de publicada pela imprensa mas logo que passeem julgado proceder-se-aacute agrave abertura do testamento se houvere ao inventaacuterio e partilha dos bens como se o ausente fossefalecidoGabarito C

11 (TRT 15ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Judiciaacuterio ndash 2009) Umaviatildeo de passageiros desapareceu quando cruzava o OceanoDias depois do desaparecimento foram encontrados destroccedilosda aeronave e corpos de passageiros Todavia o corpo de Joseacutenatildeo foi encontrado apoacutes vaacuterios meses e as autoridadesresponsaacuteveis encerraram as buscas Nesse caso a mortepresumida(A) pode ser declarada sem decretaccedilatildeo de ausecircncia(B) soacute pode ser declarada apoacutes 10 anos contados da data doacidente(C) soacute pode ser declarada apoacutes dois anos contados da data doacidente (D) natildeo pode ser declarada somente podendo ser declarada aausecircncia(E) soacute pode ser declarada apoacutes 10 anos contados da data da declaraccedilatildeo da ausecircncia

A situaccedilatildeo narrada no enunciado da questatildeo representa umcaso de perigo de vida (morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia) e conforme o art 7ordm sect uacutenico do CC para que possa serdeclarada a morte da pessoa eacute necessaacuterio que ocorra o fim dasbuscas e averiguaccedilotildeesGabarito A

12 (TRT 15ordf - Teacutecnico Judiciaacuterio - Aacuterea Administrativa ndash2009) Paulo Pedro e Joseacute num automoacutevel levavam Joatildeo aum hospital pois estava muito doente Paulo o mais velhodirigia o veiacuteculo Pedro seu filho estava no banco da frenteJoseacute uma crianccedila de 8 anos e Joatildeo ocupavam o bancotraseiro No percurso o veiacuteculo colidiu com um poste e todosmorreram natildeo se podendo verificar quem morreu primeiroNesse caso presume-se que(A) todos morreram simultaneamente(B) Paulo morreu primeiro por ser o mais velho(C) Pedro morreu primeiro por viajar no banco da frente(D) Joseacute morreu primeiro por ser o mais jovem(E) Joatildeo morreu primeiro porque estava muito doente

A questatildeo trata da comoriecircncia que eacute a presunccedilatildeo de morte deduas ou mais pessoas simultaneamente sendo elas herdeiras entresi Produz como efeito juriacutedico o fato de os comorientes natildeoherdarem entre si ou seja natildeo haacute transmissatildeo de bens entre oscomorientesArt 8o do CC - Se dois ou mais indiviacuteduos falecerem na mesmaocasiatildeo natildeo se podendo averiguar se algum dos comorientesprecedeu aos outros presumir-se-atildeo simultaneamentemortosEx Um casal sem descendentes e ascendentes falece em umacidente de carro O Marido possui como uacutenico herdeiro um primo Aesposa possui como uacutenica herdeira uma irmatilde1) Se ficar provado que o marido morreu primeiro (antes da

esposa) este transmite sua heranccedila para a esposa queconsequentemente transmite para a irmatilde O primo fica semnada2) Se ficar provado que a esposa morreu primeiro (antes domarido) esta transmite sua heranccedila para o marido queconsequentemente transmite para o primo A irmatilde fica semnadaSe natildeo puder se provar quem morreu primeiro presume-se acomoriecircncia ou seja a heranccedila do marido seraacute transmitida ao primoe a heranccedila da esposa seraacute transmitida para a irmatildeGabarito A

13 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Teraacute legitimidadepara reclamar perdas e danos a direito da personalidade depessoa morta(A) apenas o cocircnjuge sobrevivente(B) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o segundo grau(C) apenas os descendentes e ascendentes ateacute o segundograu(D) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o quarto grau(E) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o terceiro grau

O art 12 do novo Coacutedigo Civil traz o princiacutepio da prevenccedilatildeo eda reparaccedilatildeo integral nos casos de lesatildeo a direitos da personalidadeArt 12 do CC - Pode-se exigir que cesse a ameaccedila ou a lesatildeo adireito da personalidade e reclamar perdas e danos sem prejuiacutezode outras sanccedilotildees previstas em leiParaacutegrafo uacutenico Em se tratando de morto teraacute legitimaccedilatildeo pararequerer a medida prevista neste artigo o cocircnjugesobrevivente ou qualquer parente em linha reta oucolateral ateacute o quarto grauEsse mesmo art 12 consagra os direitos do morto prevendo oseu sect uacutenico a legitimidade de ascendentes descendentes cocircnjuge e

colaterais ateacute quarto grau pleitearem indenizaccedilatildeo no caso de danosagrave personalidade de pessoa falecida Satildeo os denominados lesadosindiretos que sofrem muitas vezes um dano reflexo indiretocomumente denominado dano em ricocheteGabarito D

PESSOAS JURIacuteDICASA pessoa juriacutedica eacute o conjunto de pessoas naturais ou depatrimocircnios que visa a consecuccedilatildeo de certos fins reconhecida pelaordem juriacutedica como sujeito de direitos e obrigaccedilotildees Para existir satildeonecessaacuterios trecircs requisitos1) organizaccedilatildeo de pessoas ou de bens2) licitude de propoacutesitos ou fins e3) capacidade juriacutedica reconhecida por normaDessa forma para que o ser humano possa atingir seus fins eobjetivos liacutecitos ele se une a outros homens formandoagrupamentos A esses grupos a lei atribui personalidade juriacutedicacapacitando-os a serem sujeitos de direitos e de obrigaccedilotildeesNesse sentido eacute que surgem as pessoas juriacutedicas tambeacutemchamadas de pessoas morais pessoas coletivas pessoas abstrataspessoas miacutesticas pessoas civis ou pessoas intelectuais

14 (TCE-APProcurador2010) Eacute pessoa juriacutedica de direitopuacuteblico(A) associaccedilatildeo puacuteblica(B) fundaccedilatildeo(C) organizaccedilatildeo religiosa(D) empresa puacuteblica(E) partido poliacutetico

Uma questatildeo claacutessica da banca FCC versa sobre o assuntoclassificaccedilatildeo das pessoas juriacutedicasA tabela graacutefica a seguir resume o assuntoADM DIRETA Uniatildeo Est Territ DF MunicINTERNOADM INDIRETA Autarquias inclusive ass publicas edemais entid criadas por leiDIREITO PUacuteBLICO EXTERNO Estados estrangeiros e pessoas regidas pelo DIPSIMPLESPESSOA SOCIEDADEJURIacuteDICA EMPRESAacuteRIAfim econocircmico

CORPORACcedilAtildeO ASSOCIACcedilAtildeOuniversitas ASSOCIACcedilAtildeO PART POLIacuteTICODIREITO personarumPRIVADO fim natildeo ORG RELIGIOSAeconocircmicoFUNDACcedilAtildeOuniversitasbonorumA base legal para a tabela graacutefica acima estaacute nos artigos aseguirArt 40 do CC - As pessoas juriacutedicas satildeo de direito puacuteblico internoou externo e de direito privadoArt 41 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoI - a UniatildeoII - os Estados o Distrito Federal e os TerritoacuteriosIII - os MuniciacutepiosIV - as autarquias inclusive as associaccedilotildees puacuteblicasV - as demais entidades de caraacuteter puacuteblico criadas por leiParaacutegrafo uacutenico Salvo disposiccedilatildeo em contraacuterio as pessoasjuriacutedicas de direito puacuteblico a que se tenha dado estrutura dedireito privado regem-se no que couber quanto ao seufuncionamento pelas normas deste CoacutedigoArt 42 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico externo osEstados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelodireito internacional puacuteblicoArt 44 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoI - as associaccedilotildeesII - as sociedadesIII - as fundaccedilotildeesIV - as organizaccedilotildees religiosasV - os partidos poliacuteticossect 1o Satildeo livres a criaccedilatildeo a organizaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo interna e ofuncionamento das organizaccedilotildees religiosas sendo vedado aopoder puacuteblico negar-lhes reconhecimento ou registro dos atosconstitutivos e necessaacuterios ao seu funcionamentosect 2o As disposiccedilotildees concernentes agraves associaccedilotildees aplicam-sesubsidiariamente agraves sociedades que satildeo objeto do Livro II daParte Especial deste Coacutedigosect 3o Os partidos poliacuteticos seratildeo organizados e funcionaratildeoconforme o disposto em lei especiacutefica

Conclui-se que das alternativas apresentadas apenas aassociaccedilatildeo puacuteblica eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito A

15 (TRT 2ordf RegiatildeoAnalista Administrativo2008) Os partidospoliacuteticos as associaccedilotildees puacuteblicas e as organizaccedilotildees religiosassatildeo pessoas juriacutedicas de direito(A) privado(B) privado puacuteblico e puacuteblico respectivamente(C) puacuteblico privado e privado respectivamente(D) puacuteblico(E) privado puacuteblico e privado respectivamente

Conforme a tabela da pagina anteriorGabarito E

16 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Considere asseguintes entidades com abrangecircncia nacionalI Igreja Satildeo Marcos DivinoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquoIII Partido Poliacutetico ABCIV Autarquia XYZNeste caso satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoSOMENTE(A) III e IV (B) II III e IV(C) II e IV(D) I e IV(E) I e II

Vejamos cada uma das pessoas mencionadas conforme a tabelaapresentada

I Igreja Satildeo Marcos Divino 1048782 eacute uma organizaccedilatildeo religiosa portantotemos uma pessoa juriacutedica de direito privadoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquo 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica dedireito puacuteblicoIII Partido Poliacutetico ABC 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito privadoIV Autarquia XYZ 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito C

17 (TRT 7ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Administrativa ndash 2009) As

associaccedilotildees(A) soacute natildeo poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutempara fins morais(B) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins religiosos(C) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins poliacuteticos(D) jamais poderatildeo ter fins lucrativos(E) poderatildeo quando comerciais ter fins lucrativos

As ASSOCIACcedilOtildeES surgem quando natildeo haacute um fim lucrativoou intenccedilatildeo de dividir o resultado embora tenham patrimocircnioformado por contribuiccedilatildeo de seus membros para a obtenccedilatildeo de finsculturais educacionais esportivos religiosos beneficentesrecreativos morais etc Entretanto natildeo perdem a categoria deassociaccedilatildeo mesmo que realizem negoacutecios para manter ou aumentar oseu patrimocircnio desde que natildeo proporcionem ganho aos associados(Ex APAE UNE Associaccedilatildeo de Pais e Mestres Associaccedilatildeo dosAdvogados de Satildeo Paulo etc)Art 53 do CC - Constituem-se as associaccedilotildees pela uniatildeo depessoas que se organizem para fins natildeo econocircmicosParaacutegrafo uacutenico Natildeo haacute entre os associados direitos eobrigaccedilotildees reciacuteprocosO documento a ser utilizado na constituiccedilatildeo da associaccedilatildeo eacute oestatuto Tal documento deve possuir os requisitos listados no art 54do CCArt 54 do CC - Sob pena de nulidade o estatuto das associaccedilotildeesconteraacuteI - a denominaccedilatildeo os fins e a sede da associaccedilatildeoII - os requisitos para a admissatildeo demissatildeo e exclusatildeo dosassociadosIII - os direitos e deveres dos associadosIV - as fontes de recursos para sua manutenccedilatildeoV ndash o modo de constituiccedilatildeo e de funcionamento dos oacutergatildeosdeliberativosVI - as condiccedilotildees para a alteraccedilatildeo das disposiccedilotildees estatutaacuterias epara a dissoluccedilatildeo

VII ndash a forma de gestatildeo administrativa e de aprovaccedilatildeo dasrespectivas contasAleacutem disso como se trata de uma pessoa sem finalidadelucrativa os associados devem ter direitos iguais apesar de serpossiacutevel a existecircncia de uma categoria de associados com vantagensespeciais Um exemplo comum ocorre com os associados criadoresque reservam para si vantagens especiais enquanto que os demaisassociados teratildeo iguais direitosArt 55 do CC - Os associados devem ter iguais direitos mas oestatuto poderaacute instituir categorias com vantagens especiaisOutro conceito importante estaacute inserido no art 56 do CCArt 56 do CC - A qualidade de associado eacute intransmissiacutevel se oestatuto natildeo dispuser o contraacuterioParaacutegrafo uacutenico Se o associado for titular de quota ou fraccedilatildeoideal do patrimocircnio da associaccedilatildeo a transferecircncia daquela natildeoimportaraacute de per si na atribuiccedilatildeo da qualidade de associado aoadquirente ou ao herdeiro salvo disposiccedilatildeo diversa do estatutoApoacutes sua anaacutelise conclui-se que no silecircncio do estatuto aqualidade de associado eacute intransmissiacutevel seja por ato inter vivos (exdoaccedilatildeo) ou causa mortis (testamento) Entretanto eacute possiacutevel atransferecircncia de quota ou fraccedilatildeo ideal do patrimocircnio da associaccedilatildeoAinda sobre o associado o art 57 do CC prevecirc a possibilidadede sua exclusatildeoArt 57 do CC - A exclusatildeo do associado soacute eacute admissiacutevel havendojusta causa assim reconhecida em procedimento que asseguredireito de defesa e de recurso nos termos previstos no estatutoPercebe-se que para um associado ser excluiacutedo da associaccedilatildeodeve haver um procedimento especiacutefico com a possibilidade dedireito de defesa e tambeacutem possibilidade de recurso quanto agraveprimeira decisatildeoGabarito D

18 (MPUTeacutecnico Administrativo2007) A respeito daspessoas juriacutedicas analise

I As autarquias os partidos poliacuteticos e as organizaccedilotildeesreligiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoII Em regra se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentesIII Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar o juiza requerimento de qualquer interessado nomear-lhe-aacuteadministrador provisoacuterioIV As fundaccedilotildees somente poderatildeo constituir-se para finsreligiosos morais culturais ou de assistecircnciaEacute correto o que consta APENAS em(A) I II e III(B) I II e IV(C) II e III(D) II III e IV(E) II e IV

Anaacutelise das afirmativasI ERRADA Conforme a tabela apresentada os partidos poliacuteticos e asorganizaccedilotildees religiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoII CERTA Caso a pessoa juriacutedica tenha administraccedilatildeo coletiva(gerecircncia colegiada) em regra as decisotildees deveratildeo ser tomadas pormetade dos votos dos presentes mais um nos termos do art 48do CCArt 48 do CC - Se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentessalvo se o ato constitutivo dispuser de modo diversoParaacutegrafo uacutenico Decai em trecircs anos o direito de anular asdecisotildees a que se refere este artigo quando violarem a lei ouestatuto ou forem eivadas de erro dolo simulaccedilatildeo ou fraudeIII CERTA Pelo fato da pessoa juriacutedica precisar ser representadaativa ou passivamente em juiacutezo ou fora dele deveraacute seradministrada em regra por quem o estatuto designar Poreacutem se aadministraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar caracterizando umavacacircncia geral entatildeo o magistrado nos termos do art 49 do CCdeveraacute nomear um administrador provisoacuterio

Art 49 do CC - Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier afaltar o juiz a requerimento de qualquer interessado nomearlhe-aacute administrador provisoacuterioIV CERTA A fundaccedilatildeo eacute um acervo de bens livres de ocircnus eencargos (universitas bonorum) representando um patrimocircnio aque a lei atribui personalidade juriacutedica em atenccedilatildeo ao fim a que sedestina (fins religiosos morais culturais ou de assistecircncia) O CCcomeccedila a regular a criaccedilatildeo de uma fundaccedilatildeo no seu art 62Art 62 do CC - Para criar uma fundaccedilatildeo o seu instituidor faraacutepor escritura puacuteblica ou testamento dotaccedilatildeo especial de benslivres especificando o fim a que se destina e declarando sequiser a maneira de administraacute-laParaacutegrafo uacutenico A fundaccedilatildeo somente poderaacute constituir-se parafins religiosos morais culturais ou de assistecircnciaGabarito DDOMICIacuteLIOO domiciacutelio eacute a sede juriacutedica da pessoa onde ela se presumepresente para efeitos de direito Ou seja eacute o local onde a pessoapratica habitualmente seus atos e negoacutecios juriacutedicos econsequumlentemente onde responde por suas obrigaccedilotildeesPara chegarmos ao conceito de domiciacutelio eacute necessaacuterioentendermos a diferenccedila entre morada residecircncia e domiciacutelio- Morada eacute o lugar onde a pessoa eacute encontrada O normal eacute a ideacuteiado recolhimento Local onde eacute encontrada para dormir- Residecircncia eacute a morada habitual Eacute o local onde a pessoa eacuteencontrada habitualmente Ex Casa de praia- Domiciacutelio eacute a residecircncia com acircnimo definitivo Natildeo eacute residecircnciaeterna Eacute o local onde a pessoa eacute encontrada habitualmente e natildeosabe quando vai sair Acircnimo definitivo eacute a vontade de permanecer Apessoa pode ateacute natildeo ter vontade de permanecer mas enquanto elapermanecer de modo habitual eacute domiciacutelio (Ex morar em um bairroque natildeo gosta)Existem duas espeacutecies de domiciacutelio para a pessoa natural

1) Domiciacutelio Voluntaacuterio - pode sera) comum ou geral (arts 70 a 74 do CC) eacute aquele escolhidolivremente pela pessoa e que poderaacute ser mudado por elaArt 70 do CC - O domiciacutelio da pessoa natural eacute o lugar onde elaestabelece a sua residecircncia com acircnimo definitivoO conceito de domiciacutelio voluntaacuterio do art 70 do CC apresentadois elementosa) elemento objetivo eacute a residecircnciab) elemento subjetivo eacute o acircnimo definitivoDessa forma se uma pessoa vai passar o mecircs de feacuterias emuma casa de praia o domiciacutelio natildeo estaraacute sendo mudado poiscomo se trata de uma situaccedilatildeo temporaacuteria falta a intenccedilatildeo depermanecer definitivamente no localArt 71 do CC -Se poreacutem a pessoa natural tiver diversasresidecircncias onde alternadamente viva considerar-se-aacutedomiciacutelio seu qualquer delas (PLURALIDADE DEDOMICIacuteLIOS)No artigo 71 o Coacutedigo Civil consagra a pluralidade domiciliar ouseja eacute possiacutevel que uma pessoa tenha mais de um domiciacutelio Comoexemplo temos a pessoa que fica durante a semana no Rio de Janeiroe todo final de semana vai para Satildeo Paulo Tal pessoa possui duasmoradas habituais e nesse caso a lei estipulou que quando a pessoapossui mais de uma residecircncia qualquer uma delas serve comodomiciacutelioArt 72 do CC -Eacute tambeacutem domiciacutelio da pessoa natural quanto agravesrelaccedilotildees concernentes agrave profissatildeo o lugar onde esta eacute exercida(DOMICIacuteLIO PROFISSIONAL)Paraacutegrafo uacutenico Se a pessoa exercitar profissatildeo em lugaresdiversos cada um deles constituiraacute domiciacutelio para as relaccedilotildees quelhe corresponderem (PLURALIDADE DE DOMICIacuteLIOSPROFISSIONAIS)Aleacutem do domiciacutelio escolhido livremente pela pessoa ao fixarresidecircncia com acircnimo definitivo no artigo 72 do Coacutedigo Civil criou-sea possibilidade da pessoa ter como domiciacutelio o local relacionado com

o seu trabalho A situaccedilatildeo eacute exemplificada pelas pessoas quetrabalham em grandes centros e moram em cidades sateacutelites talcomo a pessoa que mora na cidade de Satildeo Caetano-SP e trabalha nacidade de Satildeo Paulo-SP (capital)Art 73 do CC - Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeotenha residecircncia habitual o lugar onde for encontrada(AUSEcircNCIA DE RESIDEcircNCIA)Todos possuem domiciacutelio inclusive aqueles que natildeo tecircmresidecircncia Dessa forma o domiciacutelio dos ciganos dos artistas de circo(circenses) e do cacheiro viajante eacute o local onde forem encontradosArt 74 do CC - Muda-se o domiciacutelio transferindo a residecircnciacom a intenccedilatildeo manifesta de o mudarParaacutegrafo uacutenico A prova da intenccedilatildeo resultaraacute do que declarar apessoa agraves municipalidades dos lugares que deixa e para ondevai ou se tais declaraccedilotildees natildeo fizer da proacutepria mudanccedila com ascircunstacircncias que a acompanharemNo artigo 74 do Coacutedigo Civil estaacute prevista a forma para umapessoa mudar o seu domiciacuteliob) especial (art78 do CC) - eacute aquele que possibilita aoscontratantes estabelecer um local para o cumprimento dasobrigaccedilotildees (foro de contrato) ou um local para dirimirquaisquer controveacutersias surgidas em decorrecircncia do contrato(foro de eleiccedilatildeo)Art 78 do CC - Nos contratos escritos poderatildeo os contratantesespecificar domiciacutelio onde se exercitem e cumpram os direitos eobrigaccedilotildees deles resultantes2) Domiciacutelio Necessaacuterio ou Legal (art 76 do CC) - eacute aqueledeterminado pela lei em razatildeo da condiccedilatildeo ou situaccedilatildeo decertas pessoas Nesses casos a lei natildeo permite a escolha dodomiciacutelioArt 76 do CC - Tecircm domiciacutelio necessaacuterio o incapaz o servidorpuacuteblico o militar o mariacutetimo e o presoParaacutegrafo uacutenico O domiciacutelio do incapaz eacute o do seu representanteou assistente o do servidor puacuteblico o lugar em que exercer

permanentemente suas funccedilotildees o do militar onde servir esendo da Marinha ou da Aeronaacuteutica a sede do comando a que seencontrar imediatamente subordinado o do mariacutetimo onde onavio estiver matriculado e o do preso o lugar em que cumprir asentenccedilaAleacutem dos domiciacutelios jaacute citados tambeacutem eacute consagrado no art 77do Coacutedigo Civil uma situaccedilatildeo especial para o agente diplomaacuteticoArt 77 do CC - O agente diplomaacutetico do Brasil que citado noestrangeiro alegar extraterritorialidade sem designar onde temno paiacutes o seu domiciacutelio poderaacute ser demandado no DistritoFederal ou no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro onde o tevePelo fato do agente diplomaacutetico natildeo ter residecircncia no Brasil ese em razatildeo de uma demanda tal fato for suscitado por ele entatildeo ajurisdiccedilatildeo competente para resolver o litiacutegio pode ser duas1) o Distrito Federal ou2) o local do Brasil onde teve seu uacuteltimo domiciacutelio

19 (TRE-AMAnalista Judiciaacuterio2009) Considere asassertivas abaixo a respeito do domiciacutelioI Se a pessoa natural tiver diversas residecircncias ondealternadamente viva considerar-se-aacute domiciacutelio seu qualquerdelasII Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeo tenharesidecircncia habitual o lugar onde for encontradaIII O domiciacutelio do militar da Marinha eacute o local onde o navioestiver matriculadoIV Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosDe acordo com o Coacutedigo Civil brasileiro estaacute correto o que seafirma APENAS em(A) II III e IV(B) I II e III(C) I II e IV(D) I e IV(E) II e III

Anaacutelise das alternativasI CERTA Conforme o art 71 do CCII CERTA Conforme o art 73 do CCIII ERRADA O local onde o navio estiver matriculado segundo oart 75 do CC eacute o domiciacutelio do mariacutetimoIV CERTA Assim como a pessoa natural a pessoa juriacutedica tambeacutemdeve responder pelos atos referentes agraves relaccedilotildees juriacutedicas em queestaacute envolvidaO assunto eacute tratado no art 75 do CCArt 75 do CC - Quanto agraves pessoas juriacutedicas o domiciacutelio eacuteI - da Uniatildeo o Distrito FederalII - dos Estados e Territoacuterios as respectivas capitaisIII - do Municiacutepio o lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipalIV - das demais pessoas juriacutedicas o lugar onde funcionarem asrespectivas diretorias e administraccedilotildees ou onde elegeremdomiciacutelio especial no seu estatuto ou atos constitutivossect 1o Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacutelio paraos atos nele praticadossect 2o Se a administraccedilatildeo ou diretoria tiver a sede no estrangeirohaver-se-aacute por domiciacutelio da pessoa juriacutedica no tocante agravesobrigaccedilotildees contraiacutedas por cada uma das suas agecircncias o lugar doestabelecimento sito no Brasil a que ela corresponderA pessoa juriacutedica natildeo possui residecircncia mas tem sede ouestabelecimento que a ldquoprenderdquo a um determinado lugar Trata-se dodomiciacutelio especial da pessoa juriacutedica que pode ser livrementeescolhido no seu ato constitutivoNatildeo havendo tal escolha o domiciacutelio seraacute o lugar onde funcionaras respectivas diretorias e administraccedilotildeesO graacutefico a seguir resume o assuntoDOMICIacuteLIO DA PESSOA JURIacuteDICA DE DIREITO PUacuteBLICO INTERNOUniatildeo o Distrito FederalEstados e Territoacuterios as respectivas capitaisMuniciacutepioso lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipal

DOMICIacuteLIO DAS DEMAIS PESSOAS JURIacuteDICASRegraonde elegerem domiciacutelio especial no seuestatuto ou atos constitutivosNa falta de domiciacutelio especialo lugar onde funcionarem as respectivasdiretorias e administraccedilotildeesHavendo diversosestabelecimentos(pluralidade domiciliar)cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosSe a administraccedilatildeo oudiretoria tiver sede noestrangeiroo lugar do estabelecimento sito no Brasila que ela corresponderGabarito C

20 (TCE-GOAnalista de Controle Externo2009) O agentediplomaacutetico do Brasil que citado no estrangeiro alegarextraterritorialidade sem designar onde tem no paiacutes o seudomiciacutelio poderaacute ser demandado(A) somente no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro em quefoi domiciliado(B) somente do Distrito Federal(C) somente no exterior no lugar onde se encontra exercendoas suas funccedilotildees(D) no Distrito Federal ou no uacuteltimo ponto do territoacuteriobrasileiro onde o teve(E) somente no exterior na capital do paiacutes onde estaacuteexercendo as suas funccedilotildees

A questatildeo tem como base legal o art 77 do CCGabarito D

21 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) O domiciacutelio(A) dos oficiais da marinha eacute o lugar onde servem(B) do mariacutetimo eacute o lugar em que o navio estiver atracado(C) do incapaz eacute o lugar em que foi registrado o seunascimento(D) do militar do Exeacutercito eacute a sede do comando a que seencontrar subordinado(E) do preso eacute o lugar em que cumpre a sentenccedila

Toda a questatildeo tem como fundamento legal o art 75 do CCAnaacutelise das alternativas(A) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio dos oficiais de marinha eacute a sededo comando a que estiverem imediatamente subordinado(B) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do mariacutetimo eacute o lugar em que onavio estiver atracado(C) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do incapaz eacute o mesmo do seurepresentante ou assistente(D) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do militar do exeacutercito eacute o localonde servir Apenas para os militares da Marinha e da Aeronaacuteutica odomiciacutelio necessaacuterio eacute a sede do comando a que estiveremimediatamente subordinado(E) CERTAGabarito E

22 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) Nuacutebia eacute funcionaacuteriapuacuteblica da Prefeitura Municipal da Cidade A onde exerce suasatividades inerentes ao cargo puacuteblico que ocupa Reside comseus filhos na cidade vizinha B mas como seu marido emrazatildeo de trabalho reside na cidade vizinha C Nuacutebia passaparte da semana dormindo nesta cidade De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro o Domiciacutelio Civil de Nuacutebia eacute a cidade(A) A ou C(B) B ou C(C) A apenas(D) B apenas(E) C apenas

Tendo em vista que Nubia eacute funcionaacuteria puacuteblica entatildeo ela temdomiciacutelio necessaacuterio (imposto por lei)Conforme o art 76 do CC o domiciacutelio de Nubia eacute o local ondeela exercer permanentemente as suas funccedilotildees ou seja apenas acidade AGabarito C

23 (TRE-SETeacutecnico Administrativo2007) Maria artistacircense nasceu em Salvador Maria faz espetaacuteculos por todoo Brasil com a companhia de circo de que faz parte

Considerando que seu marido e filho residem em Olinda e queseus ascendentes mais proacuteximos residem em Ilheacuteus ter-se-aacutepor domiciacutelio de Maria(A) a cidade de Ilheacuteus(B) o local em que for encontrada(C) apenas a cidade de Salvador(D) apenas a cidade de Olinda(E) as cidades de Salvador ou Olinda

Tendo em vista que Maria eacute circense entatildeo ela natildeo possuiresidecircnciaEntretanto todos possuem domiciacutelio inclusive as pessoas quenatildeo possuem residecircnciaDessa forma nos termos do art 73 do CC o domiciacutelio de Mariaseraacute o local onde ela for encontradaOu seja o local de residecircncia do seu marido e dos seus filhossatildeo irrelevantes para a questatildeoGabarito B

1-C2-D3-E4-D5-C6-B7-B8-B9-A10-C11-A12-A13-D14-A15-E16-C17-D18-D19-C20-D21-E22-C23-B

Page 7: AULA 1 Civil

9 (TJRR ndash Juiz Substituto ndash 2008) Pode ser declarada amorte presumida sem decretaccedilatildeo de ausecircncia(A) se for extremamente provaacutevel a morte de quem estava emperigo de vida(B) somente de algueacutem desaparecido em campanha ou feitoprisioneiro natildeo sendo encontrado ateacute 02 (dois) anos apoacutes oteacutermino da guerra(C) depois de dez (10) anos do desaparecimento da pessoa ouse o desaparecido contar oitenta (80) anos de idade e suasuacuteltimas notiacutecias forem de mais de cinco (05) anos(D) depois de vinte (20) anos do desaparecimento da pessoasendo suas uacuteltimas notiacutecias de mais de cinco (05) anos(E) sempre que algueacutem tendo desaparecido de seu domiciacuteliocontar cem (100) anos de idade

Para o direito civil a morte representa o fim da personalidadejuriacutedica Pode ser de trecircs tipos1 - Morte Real ndash eacute a que pressupotildee a existecircncia de um cadaacuteverpara comprovar o oacutebito2 - Morte Civil - quando uma pessoa embora viva eacute tratadacomo morta perdendo os seus direitos civis Estaacute prevista no art1816 do Coacutedigo Civil soacute produzindo efeitos com relaccedilatildeo agraveheranccedilaArt 1816 do CC - Satildeo pessoais os efeitos da exclusatildeo osdescendentes do herdeiro excluiacutedo sucedem como se ele mortofosse antes da abertura da sucessatildeoParaacutegrafo uacutenico O excluiacutedo da sucessatildeo natildeo teraacute direito aousufruto ou agrave administraccedilatildeo dos bens que a seus sucessorescouberem na heranccedila nem agrave sucessatildeo eventual desses bens3 - Morte Presumida ndash ocorre quando natildeo haacute um cadaacutever paraprovar efetivamente a morte O Coacutedigo Civil trata do assunto nosarts 6ordm e 7ordmArt 6o do CC - A existecircncia da pessoa natural termina com amorte presume-se esta quanto aos ausentes nos casos em que

a lei autoriza a abertura de sucessatildeo definitivaArt 7o do CC - Pode ser declarada a morte presumida semdecretaccedilatildeo de ausecircnciaI - se for extremamente provaacutevel a morte de quem estava emperigo de vidaII - se algueacutem desaparecido em campanha ou feito prisioneironatildeo for encontrado ateacute dois anos apoacutes o teacutermino da guerraParaacutegrafo uacutenico A declaraccedilatildeo da morte presumida nesses casossomente poderaacute ser requerida depois de esgotadas as buscas eaveriguaccedilotildees devendo a sentenccedila fixar a data provaacutevel dofalecimentoA morte presumida frequumlentemente costuma ser alvo dequestotildees de concursos portanto segue graacutefico esquemaacutetico sobre oassunto

MORTE PRESUMIDA

SEM DECRETACcedilAtildeO DE AUSEcircNCIA (art 7ordm do CC) satildeo os casosde- extrema probabilidade de morte de quem se encontrava em perigode vida (ex queda do aviatildeo da Air France) e- desaparecimento em campanha ou aprisionamento apoacutes 2 anosdo teacutermino da guerra

COM DECRETACcedilAtildeO DE AUSEcircNCIA (art 6ordm do CC) pessoa comparadeiro desconhecido Existe a necessidade de que algueacutemrepresente os bens do ausente Fases1 - curadoria dos bens do ausente 1048782 o curador administra osbens do ausente2 - sucessatildeo provisoacuteria 1048782 os herdeiros se imitem na posse dosbens do ausente3 - sucessatildeo definitiva 1048782 os herdeiros adquirem a propriedadedos bens do ausenteEacute na abertura da sucessatildeo definitiva que o ausente eacute declaradomortoJaacute vimos que a morte presumida com decretaccedilatildeo de ausecircnciaatravessa trecircs fases entretanto eacute necessaacuterio tecermos comentaacuteriossucintos sobre cada uma pois a mateacuteria eacute tratada de forma mais

especiacutefica no Coacutedigo de Processo Civil1) Curadoria dos bens do ausente nesta fase o juiz apoacutes analisara peticcedilatildeo inicial e se convencer do desaparecimento de certa pessoadeveraacute nomear um curador para administrar os bens do ausentecaso ele natildeo tenha deixado um procurador A escolha do curadordeveraacute obedecer a ordem do art 25 do CCArt 25 do CC - O cocircnjuge do ausente sempre que natildeo estejaseparado judicialmente ou de fato por mais de dois anos antesda declaraccedilatildeo da ausecircncia seraacute o seu legiacutetimo curadorsect 1o Em falta do cocircnjuge a curadoria dos bens do ausenteincumbe aos pais ou aos descendentes nesta ordem natildeohavendo impedimento que os iniba de exercer o cargosect 2o Entre os descendentes os mais proacuteximos precedem os maisremotossect 3o Na falta das pessoas mencionadas compete ao juiz a escolhado curadorO juiz tambeacutem arrecadaraacute os bens do ausente entregando aadministraccedilatildeo deles para o curador e mandaraacute publicar editaisdurante um ano reproduzidos de dois em dois meses anunciando aarrecadaccedilatildeo e chamando o ausente a entrar na posse dos bensApoacutes um ano da publicaccedilatildeo do primeiro edital ou trecircs anos nocaso de haver deixado procurador permanecendo a ausecircnciaavanccedila-se para a segunda fase (art 26 do CC)Art 26 do CC - Decorrido um ano da arrecadaccedilatildeo dos bens doausente ou se ele deixou representante ou procurador em sepassando trecircs anos poderatildeo os interessados requerer que sedeclare a ausecircncia e se abra provisoriamente a sucessatildeo2) Sucessatildeo provisoacuteria esta fase eacute aberta pela sentenccedila do juizapoacutes o julgamento das habilitaccedilotildees dos herdeiros Com exceccedilatildeo dosascendentes dos descendentes e do cocircnjuge os demais herdeirospara se imitirem na posse dos bens do ausente devem prestar umacauccedilatildeo de garantia

Art 30 do CC - Os herdeiros para se imitirem na posse dos bensdo ausente daratildeo garantias da restituiccedilatildeo deles mediantepenhores ou hipotecas equivalentes aos quinhotildees respectivossect 1o Aquele que tiver direito agrave posse provisoacuteria mas natildeo puderprestar a garantia exigida neste artigo seraacute excluiacutedo mantendoseos bens que lhe deviam caber sob a administraccedilatildeo do curadorou de outro herdeiro designado pelo juiz e que preste essagarantiasect 2o Os ascendentes os descendentes e o cocircnjuge uma vezprovada a sua qualidade de herdeiros poderatildeoindependentemente de garantia entrar na posse dos bens doausenteHavendo certeza de morte ou persistindo a ausecircncia apoacutes dezanos contados a partir do tracircnsito da sentenccedila de abertura dasucessatildeo provisoacuteria ou entatildeo dentro de cinco anos a contar dasuacuteltimas notiacutecias se o ausente contava oitenta ano de idade avanccedilasepara a terceira faseArt 35 do CC - Se durante a posse provisoacuteria se provar a eacutepocaexata do falecimento do ausente considerar-se-aacute nessa dataaberta a sucessatildeo em favor dos herdeiros que o eram agravequeletempoArt 37 do CC - Dez anos depois de passada em julgado asentenccedila que concede a abertura da sucessatildeo provisoacuteria poderatildeoos interessados requerer a sucessatildeo definitiva e o levantamentodas cauccedilotildees prestadasArt 38 do CC - Pode-se requerer a sucessatildeo definitiva tambeacutemprovando-se que o ausente conta oitenta anos de idade e que decinco datam as uacuteltimas notiacutecias dele3) Sucessatildeo definitiva tal sentenccedila acarreta a presunccedilatildeo da mortedo ausente devendo ser averbada no Cartoacuterio de Registro Civil Osherdeiros deixam de ter a posse e passam a ter a propriedaderesoluacutevel dos bens do ausente Eacute resoluacutevel porque o retorno doausente em ateacute dez anos apoacutes a abertura da sucessatildeo definitiva

provoca a extinccedilatildeo da propriedadeArt 39 do CC - Regressando o ausente nos dez anos seguintes agrave aberturada sucessatildeo definitiva ou algum de seus descendentes ou ascendentesaquele ou estes haveratildeo soacute os bens existentes no estado em que seacharem os sub-rogados em seu lugar ou o preccedilo que os herdeiros edemais interessados houverem recebido pelos bens alienados depoisdaquele tempoParaacutegrafo uacutenico Se nos dez anos a que se refere este artigo oausente natildeo regressar e nenhum interessado promover asucessatildeo definitiva os bens arrecadados passaratildeo ao domiacutenio doMuniciacutepio ou do Distrito Federal se localizados nas respectivascircunscriccedilotildees incorporando-se ao domiacutenio da Uniatildeo quandosituados em territoacuterio federalPercebemos que em regra natildeo eacute possiacutevel um intervalo detempo menor que onze anos (1 + 10) entre a curadoria dos bens e asucessatildeo definitiva pois deve-se publicar editais durante um ano eaguardar dez anos da sucessatildeo provisoacuteria ateacute a sucessatildeo definitivaAnaacutelise das alternativas(A) CERTA Conforme o art 7ordm I do CC(B) ERRADA A palavra ldquosomenterdquo tornou a assertiva errada poisexiste mais de um caso de morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia(C) ERRADA A assertiva lista hipoacuteteses de morte presumida comdecretaccedilatildeo de ausecircncia(D) ERRADA A assertiva lista uma hipoacutetese totalmente descabida noacircmbito do direito civil(E) ERRADA A assertiva tambeacutem lista uma hipoacutetese totalmentedescabida no acircmbito do direito civilGabarito A

10 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro decorrido um ano da arrecadaccedilatildeo dosbens do ausente ou se ele deixou representante ouprocurador em se passando trecircs anos poderatildeo osinteressados requerer que se declare a ausecircncia e se abra

provisoriamente a sucessatildeo A sentenccedila que determinar aabertura da sucessatildeo provisoacuteria(A) produziraacute efeito a partir do primeiro dia uacutetil seguinte apublicaccedilatildeo pela imprensa(B) produziraacute efeito imediatamente(C) soacute produziraacute efeito cento e oitenta dias depois depublicada pela imprensa(D) soacute produziraacute efeito trinta dias depois de publicada pelaimprensa(E) soacute produziraacute efeito noventa dias depois de publicada pelaimprensa

A questatildeo trata da literalidade do art 28 do CCArt 28 A sentenccedila que determinar a abertura da sucessatildeoprovisoacuteria soacute produziraacute efeito cento e oitenta diasdepois de publicada pela imprensa mas logo que passeem julgado proceder-se-aacute agrave abertura do testamento se houvere ao inventaacuterio e partilha dos bens como se o ausente fossefalecidoGabarito C

11 (TRT 15ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Judiciaacuterio ndash 2009) Umaviatildeo de passageiros desapareceu quando cruzava o OceanoDias depois do desaparecimento foram encontrados destroccedilosda aeronave e corpos de passageiros Todavia o corpo de Joseacutenatildeo foi encontrado apoacutes vaacuterios meses e as autoridadesresponsaacuteveis encerraram as buscas Nesse caso a mortepresumida(A) pode ser declarada sem decretaccedilatildeo de ausecircncia(B) soacute pode ser declarada apoacutes 10 anos contados da data doacidente(C) soacute pode ser declarada apoacutes dois anos contados da data doacidente (D) natildeo pode ser declarada somente podendo ser declarada aausecircncia(E) soacute pode ser declarada apoacutes 10 anos contados da data da declaraccedilatildeo da ausecircncia

A situaccedilatildeo narrada no enunciado da questatildeo representa umcaso de perigo de vida (morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia) e conforme o art 7ordm sect uacutenico do CC para que possa serdeclarada a morte da pessoa eacute necessaacuterio que ocorra o fim dasbuscas e averiguaccedilotildeesGabarito A

12 (TRT 15ordf - Teacutecnico Judiciaacuterio - Aacuterea Administrativa ndash2009) Paulo Pedro e Joseacute num automoacutevel levavam Joatildeo aum hospital pois estava muito doente Paulo o mais velhodirigia o veiacuteculo Pedro seu filho estava no banco da frenteJoseacute uma crianccedila de 8 anos e Joatildeo ocupavam o bancotraseiro No percurso o veiacuteculo colidiu com um poste e todosmorreram natildeo se podendo verificar quem morreu primeiroNesse caso presume-se que(A) todos morreram simultaneamente(B) Paulo morreu primeiro por ser o mais velho(C) Pedro morreu primeiro por viajar no banco da frente(D) Joseacute morreu primeiro por ser o mais jovem(E) Joatildeo morreu primeiro porque estava muito doente

A questatildeo trata da comoriecircncia que eacute a presunccedilatildeo de morte deduas ou mais pessoas simultaneamente sendo elas herdeiras entresi Produz como efeito juriacutedico o fato de os comorientes natildeoherdarem entre si ou seja natildeo haacute transmissatildeo de bens entre oscomorientesArt 8o do CC - Se dois ou mais indiviacuteduos falecerem na mesmaocasiatildeo natildeo se podendo averiguar se algum dos comorientesprecedeu aos outros presumir-se-atildeo simultaneamentemortosEx Um casal sem descendentes e ascendentes falece em umacidente de carro O Marido possui como uacutenico herdeiro um primo Aesposa possui como uacutenica herdeira uma irmatilde1) Se ficar provado que o marido morreu primeiro (antes da

esposa) este transmite sua heranccedila para a esposa queconsequentemente transmite para a irmatilde O primo fica semnada2) Se ficar provado que a esposa morreu primeiro (antes domarido) esta transmite sua heranccedila para o marido queconsequentemente transmite para o primo A irmatilde fica semnadaSe natildeo puder se provar quem morreu primeiro presume-se acomoriecircncia ou seja a heranccedila do marido seraacute transmitida ao primoe a heranccedila da esposa seraacute transmitida para a irmatildeGabarito A

13 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Teraacute legitimidadepara reclamar perdas e danos a direito da personalidade depessoa morta(A) apenas o cocircnjuge sobrevivente(B) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o segundo grau(C) apenas os descendentes e ascendentes ateacute o segundograu(D) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o quarto grau(E) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o terceiro grau

O art 12 do novo Coacutedigo Civil traz o princiacutepio da prevenccedilatildeo eda reparaccedilatildeo integral nos casos de lesatildeo a direitos da personalidadeArt 12 do CC - Pode-se exigir que cesse a ameaccedila ou a lesatildeo adireito da personalidade e reclamar perdas e danos sem prejuiacutezode outras sanccedilotildees previstas em leiParaacutegrafo uacutenico Em se tratando de morto teraacute legitimaccedilatildeo pararequerer a medida prevista neste artigo o cocircnjugesobrevivente ou qualquer parente em linha reta oucolateral ateacute o quarto grauEsse mesmo art 12 consagra os direitos do morto prevendo oseu sect uacutenico a legitimidade de ascendentes descendentes cocircnjuge e

colaterais ateacute quarto grau pleitearem indenizaccedilatildeo no caso de danosagrave personalidade de pessoa falecida Satildeo os denominados lesadosindiretos que sofrem muitas vezes um dano reflexo indiretocomumente denominado dano em ricocheteGabarito D

PESSOAS JURIacuteDICASA pessoa juriacutedica eacute o conjunto de pessoas naturais ou depatrimocircnios que visa a consecuccedilatildeo de certos fins reconhecida pelaordem juriacutedica como sujeito de direitos e obrigaccedilotildees Para existir satildeonecessaacuterios trecircs requisitos1) organizaccedilatildeo de pessoas ou de bens2) licitude de propoacutesitos ou fins e3) capacidade juriacutedica reconhecida por normaDessa forma para que o ser humano possa atingir seus fins eobjetivos liacutecitos ele se une a outros homens formandoagrupamentos A esses grupos a lei atribui personalidade juriacutedicacapacitando-os a serem sujeitos de direitos e de obrigaccedilotildeesNesse sentido eacute que surgem as pessoas juriacutedicas tambeacutemchamadas de pessoas morais pessoas coletivas pessoas abstrataspessoas miacutesticas pessoas civis ou pessoas intelectuais

14 (TCE-APProcurador2010) Eacute pessoa juriacutedica de direitopuacuteblico(A) associaccedilatildeo puacuteblica(B) fundaccedilatildeo(C) organizaccedilatildeo religiosa(D) empresa puacuteblica(E) partido poliacutetico

Uma questatildeo claacutessica da banca FCC versa sobre o assuntoclassificaccedilatildeo das pessoas juriacutedicasA tabela graacutefica a seguir resume o assuntoADM DIRETA Uniatildeo Est Territ DF MunicINTERNOADM INDIRETA Autarquias inclusive ass publicas edemais entid criadas por leiDIREITO PUacuteBLICO EXTERNO Estados estrangeiros e pessoas regidas pelo DIPSIMPLESPESSOA SOCIEDADEJURIacuteDICA EMPRESAacuteRIAfim econocircmico

CORPORACcedilAtildeO ASSOCIACcedilAtildeOuniversitas ASSOCIACcedilAtildeO PART POLIacuteTICODIREITO personarumPRIVADO fim natildeo ORG RELIGIOSAeconocircmicoFUNDACcedilAtildeOuniversitasbonorumA base legal para a tabela graacutefica acima estaacute nos artigos aseguirArt 40 do CC - As pessoas juriacutedicas satildeo de direito puacuteblico internoou externo e de direito privadoArt 41 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoI - a UniatildeoII - os Estados o Distrito Federal e os TerritoacuteriosIII - os MuniciacutepiosIV - as autarquias inclusive as associaccedilotildees puacuteblicasV - as demais entidades de caraacuteter puacuteblico criadas por leiParaacutegrafo uacutenico Salvo disposiccedilatildeo em contraacuterio as pessoasjuriacutedicas de direito puacuteblico a que se tenha dado estrutura dedireito privado regem-se no que couber quanto ao seufuncionamento pelas normas deste CoacutedigoArt 42 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico externo osEstados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelodireito internacional puacuteblicoArt 44 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoI - as associaccedilotildeesII - as sociedadesIII - as fundaccedilotildeesIV - as organizaccedilotildees religiosasV - os partidos poliacuteticossect 1o Satildeo livres a criaccedilatildeo a organizaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo interna e ofuncionamento das organizaccedilotildees religiosas sendo vedado aopoder puacuteblico negar-lhes reconhecimento ou registro dos atosconstitutivos e necessaacuterios ao seu funcionamentosect 2o As disposiccedilotildees concernentes agraves associaccedilotildees aplicam-sesubsidiariamente agraves sociedades que satildeo objeto do Livro II daParte Especial deste Coacutedigosect 3o Os partidos poliacuteticos seratildeo organizados e funcionaratildeoconforme o disposto em lei especiacutefica

Conclui-se que das alternativas apresentadas apenas aassociaccedilatildeo puacuteblica eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito A

15 (TRT 2ordf RegiatildeoAnalista Administrativo2008) Os partidospoliacuteticos as associaccedilotildees puacuteblicas e as organizaccedilotildees religiosassatildeo pessoas juriacutedicas de direito(A) privado(B) privado puacuteblico e puacuteblico respectivamente(C) puacuteblico privado e privado respectivamente(D) puacuteblico(E) privado puacuteblico e privado respectivamente

Conforme a tabela da pagina anteriorGabarito E

16 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Considere asseguintes entidades com abrangecircncia nacionalI Igreja Satildeo Marcos DivinoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquoIII Partido Poliacutetico ABCIV Autarquia XYZNeste caso satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoSOMENTE(A) III e IV (B) II III e IV(C) II e IV(D) I e IV(E) I e II

Vejamos cada uma das pessoas mencionadas conforme a tabelaapresentada

I Igreja Satildeo Marcos Divino 1048782 eacute uma organizaccedilatildeo religiosa portantotemos uma pessoa juriacutedica de direito privadoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquo 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica dedireito puacuteblicoIII Partido Poliacutetico ABC 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito privadoIV Autarquia XYZ 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito C

17 (TRT 7ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Administrativa ndash 2009) As

associaccedilotildees(A) soacute natildeo poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutempara fins morais(B) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins religiosos(C) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins poliacuteticos(D) jamais poderatildeo ter fins lucrativos(E) poderatildeo quando comerciais ter fins lucrativos

As ASSOCIACcedilOtildeES surgem quando natildeo haacute um fim lucrativoou intenccedilatildeo de dividir o resultado embora tenham patrimocircnioformado por contribuiccedilatildeo de seus membros para a obtenccedilatildeo de finsculturais educacionais esportivos religiosos beneficentesrecreativos morais etc Entretanto natildeo perdem a categoria deassociaccedilatildeo mesmo que realizem negoacutecios para manter ou aumentar oseu patrimocircnio desde que natildeo proporcionem ganho aos associados(Ex APAE UNE Associaccedilatildeo de Pais e Mestres Associaccedilatildeo dosAdvogados de Satildeo Paulo etc)Art 53 do CC - Constituem-se as associaccedilotildees pela uniatildeo depessoas que se organizem para fins natildeo econocircmicosParaacutegrafo uacutenico Natildeo haacute entre os associados direitos eobrigaccedilotildees reciacuteprocosO documento a ser utilizado na constituiccedilatildeo da associaccedilatildeo eacute oestatuto Tal documento deve possuir os requisitos listados no art 54do CCArt 54 do CC - Sob pena de nulidade o estatuto das associaccedilotildeesconteraacuteI - a denominaccedilatildeo os fins e a sede da associaccedilatildeoII - os requisitos para a admissatildeo demissatildeo e exclusatildeo dosassociadosIII - os direitos e deveres dos associadosIV - as fontes de recursos para sua manutenccedilatildeoV ndash o modo de constituiccedilatildeo e de funcionamento dos oacutergatildeosdeliberativosVI - as condiccedilotildees para a alteraccedilatildeo das disposiccedilotildees estatutaacuterias epara a dissoluccedilatildeo

VII ndash a forma de gestatildeo administrativa e de aprovaccedilatildeo dasrespectivas contasAleacutem disso como se trata de uma pessoa sem finalidadelucrativa os associados devem ter direitos iguais apesar de serpossiacutevel a existecircncia de uma categoria de associados com vantagensespeciais Um exemplo comum ocorre com os associados criadoresque reservam para si vantagens especiais enquanto que os demaisassociados teratildeo iguais direitosArt 55 do CC - Os associados devem ter iguais direitos mas oestatuto poderaacute instituir categorias com vantagens especiaisOutro conceito importante estaacute inserido no art 56 do CCArt 56 do CC - A qualidade de associado eacute intransmissiacutevel se oestatuto natildeo dispuser o contraacuterioParaacutegrafo uacutenico Se o associado for titular de quota ou fraccedilatildeoideal do patrimocircnio da associaccedilatildeo a transferecircncia daquela natildeoimportaraacute de per si na atribuiccedilatildeo da qualidade de associado aoadquirente ou ao herdeiro salvo disposiccedilatildeo diversa do estatutoApoacutes sua anaacutelise conclui-se que no silecircncio do estatuto aqualidade de associado eacute intransmissiacutevel seja por ato inter vivos (exdoaccedilatildeo) ou causa mortis (testamento) Entretanto eacute possiacutevel atransferecircncia de quota ou fraccedilatildeo ideal do patrimocircnio da associaccedilatildeoAinda sobre o associado o art 57 do CC prevecirc a possibilidadede sua exclusatildeoArt 57 do CC - A exclusatildeo do associado soacute eacute admissiacutevel havendojusta causa assim reconhecida em procedimento que asseguredireito de defesa e de recurso nos termos previstos no estatutoPercebe-se que para um associado ser excluiacutedo da associaccedilatildeodeve haver um procedimento especiacutefico com a possibilidade dedireito de defesa e tambeacutem possibilidade de recurso quanto agraveprimeira decisatildeoGabarito D

18 (MPUTeacutecnico Administrativo2007) A respeito daspessoas juriacutedicas analise

I As autarquias os partidos poliacuteticos e as organizaccedilotildeesreligiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoII Em regra se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentesIII Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar o juiza requerimento de qualquer interessado nomear-lhe-aacuteadministrador provisoacuterioIV As fundaccedilotildees somente poderatildeo constituir-se para finsreligiosos morais culturais ou de assistecircnciaEacute correto o que consta APENAS em(A) I II e III(B) I II e IV(C) II e III(D) II III e IV(E) II e IV

Anaacutelise das afirmativasI ERRADA Conforme a tabela apresentada os partidos poliacuteticos e asorganizaccedilotildees religiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoII CERTA Caso a pessoa juriacutedica tenha administraccedilatildeo coletiva(gerecircncia colegiada) em regra as decisotildees deveratildeo ser tomadas pormetade dos votos dos presentes mais um nos termos do art 48do CCArt 48 do CC - Se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentessalvo se o ato constitutivo dispuser de modo diversoParaacutegrafo uacutenico Decai em trecircs anos o direito de anular asdecisotildees a que se refere este artigo quando violarem a lei ouestatuto ou forem eivadas de erro dolo simulaccedilatildeo ou fraudeIII CERTA Pelo fato da pessoa juriacutedica precisar ser representadaativa ou passivamente em juiacutezo ou fora dele deveraacute seradministrada em regra por quem o estatuto designar Poreacutem se aadministraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar caracterizando umavacacircncia geral entatildeo o magistrado nos termos do art 49 do CCdeveraacute nomear um administrador provisoacuterio

Art 49 do CC - Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier afaltar o juiz a requerimento de qualquer interessado nomearlhe-aacute administrador provisoacuterioIV CERTA A fundaccedilatildeo eacute um acervo de bens livres de ocircnus eencargos (universitas bonorum) representando um patrimocircnio aque a lei atribui personalidade juriacutedica em atenccedilatildeo ao fim a que sedestina (fins religiosos morais culturais ou de assistecircncia) O CCcomeccedila a regular a criaccedilatildeo de uma fundaccedilatildeo no seu art 62Art 62 do CC - Para criar uma fundaccedilatildeo o seu instituidor faraacutepor escritura puacuteblica ou testamento dotaccedilatildeo especial de benslivres especificando o fim a que se destina e declarando sequiser a maneira de administraacute-laParaacutegrafo uacutenico A fundaccedilatildeo somente poderaacute constituir-se parafins religiosos morais culturais ou de assistecircnciaGabarito DDOMICIacuteLIOO domiciacutelio eacute a sede juriacutedica da pessoa onde ela se presumepresente para efeitos de direito Ou seja eacute o local onde a pessoapratica habitualmente seus atos e negoacutecios juriacutedicos econsequumlentemente onde responde por suas obrigaccedilotildeesPara chegarmos ao conceito de domiciacutelio eacute necessaacuterioentendermos a diferenccedila entre morada residecircncia e domiciacutelio- Morada eacute o lugar onde a pessoa eacute encontrada O normal eacute a ideacuteiado recolhimento Local onde eacute encontrada para dormir- Residecircncia eacute a morada habitual Eacute o local onde a pessoa eacuteencontrada habitualmente Ex Casa de praia- Domiciacutelio eacute a residecircncia com acircnimo definitivo Natildeo eacute residecircnciaeterna Eacute o local onde a pessoa eacute encontrada habitualmente e natildeosabe quando vai sair Acircnimo definitivo eacute a vontade de permanecer Apessoa pode ateacute natildeo ter vontade de permanecer mas enquanto elapermanecer de modo habitual eacute domiciacutelio (Ex morar em um bairroque natildeo gosta)Existem duas espeacutecies de domiciacutelio para a pessoa natural

1) Domiciacutelio Voluntaacuterio - pode sera) comum ou geral (arts 70 a 74 do CC) eacute aquele escolhidolivremente pela pessoa e que poderaacute ser mudado por elaArt 70 do CC - O domiciacutelio da pessoa natural eacute o lugar onde elaestabelece a sua residecircncia com acircnimo definitivoO conceito de domiciacutelio voluntaacuterio do art 70 do CC apresentadois elementosa) elemento objetivo eacute a residecircnciab) elemento subjetivo eacute o acircnimo definitivoDessa forma se uma pessoa vai passar o mecircs de feacuterias emuma casa de praia o domiciacutelio natildeo estaraacute sendo mudado poiscomo se trata de uma situaccedilatildeo temporaacuteria falta a intenccedilatildeo depermanecer definitivamente no localArt 71 do CC -Se poreacutem a pessoa natural tiver diversasresidecircncias onde alternadamente viva considerar-se-aacutedomiciacutelio seu qualquer delas (PLURALIDADE DEDOMICIacuteLIOS)No artigo 71 o Coacutedigo Civil consagra a pluralidade domiciliar ouseja eacute possiacutevel que uma pessoa tenha mais de um domiciacutelio Comoexemplo temos a pessoa que fica durante a semana no Rio de Janeiroe todo final de semana vai para Satildeo Paulo Tal pessoa possui duasmoradas habituais e nesse caso a lei estipulou que quando a pessoapossui mais de uma residecircncia qualquer uma delas serve comodomiciacutelioArt 72 do CC -Eacute tambeacutem domiciacutelio da pessoa natural quanto agravesrelaccedilotildees concernentes agrave profissatildeo o lugar onde esta eacute exercida(DOMICIacuteLIO PROFISSIONAL)Paraacutegrafo uacutenico Se a pessoa exercitar profissatildeo em lugaresdiversos cada um deles constituiraacute domiciacutelio para as relaccedilotildees quelhe corresponderem (PLURALIDADE DE DOMICIacuteLIOSPROFISSIONAIS)Aleacutem do domiciacutelio escolhido livremente pela pessoa ao fixarresidecircncia com acircnimo definitivo no artigo 72 do Coacutedigo Civil criou-sea possibilidade da pessoa ter como domiciacutelio o local relacionado com

o seu trabalho A situaccedilatildeo eacute exemplificada pelas pessoas quetrabalham em grandes centros e moram em cidades sateacutelites talcomo a pessoa que mora na cidade de Satildeo Caetano-SP e trabalha nacidade de Satildeo Paulo-SP (capital)Art 73 do CC - Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeotenha residecircncia habitual o lugar onde for encontrada(AUSEcircNCIA DE RESIDEcircNCIA)Todos possuem domiciacutelio inclusive aqueles que natildeo tecircmresidecircncia Dessa forma o domiciacutelio dos ciganos dos artistas de circo(circenses) e do cacheiro viajante eacute o local onde forem encontradosArt 74 do CC - Muda-se o domiciacutelio transferindo a residecircnciacom a intenccedilatildeo manifesta de o mudarParaacutegrafo uacutenico A prova da intenccedilatildeo resultaraacute do que declarar apessoa agraves municipalidades dos lugares que deixa e para ondevai ou se tais declaraccedilotildees natildeo fizer da proacutepria mudanccedila com ascircunstacircncias que a acompanharemNo artigo 74 do Coacutedigo Civil estaacute prevista a forma para umapessoa mudar o seu domiciacuteliob) especial (art78 do CC) - eacute aquele que possibilita aoscontratantes estabelecer um local para o cumprimento dasobrigaccedilotildees (foro de contrato) ou um local para dirimirquaisquer controveacutersias surgidas em decorrecircncia do contrato(foro de eleiccedilatildeo)Art 78 do CC - Nos contratos escritos poderatildeo os contratantesespecificar domiciacutelio onde se exercitem e cumpram os direitos eobrigaccedilotildees deles resultantes2) Domiciacutelio Necessaacuterio ou Legal (art 76 do CC) - eacute aqueledeterminado pela lei em razatildeo da condiccedilatildeo ou situaccedilatildeo decertas pessoas Nesses casos a lei natildeo permite a escolha dodomiciacutelioArt 76 do CC - Tecircm domiciacutelio necessaacuterio o incapaz o servidorpuacuteblico o militar o mariacutetimo e o presoParaacutegrafo uacutenico O domiciacutelio do incapaz eacute o do seu representanteou assistente o do servidor puacuteblico o lugar em que exercer

permanentemente suas funccedilotildees o do militar onde servir esendo da Marinha ou da Aeronaacuteutica a sede do comando a que seencontrar imediatamente subordinado o do mariacutetimo onde onavio estiver matriculado e o do preso o lugar em que cumprir asentenccedilaAleacutem dos domiciacutelios jaacute citados tambeacutem eacute consagrado no art 77do Coacutedigo Civil uma situaccedilatildeo especial para o agente diplomaacuteticoArt 77 do CC - O agente diplomaacutetico do Brasil que citado noestrangeiro alegar extraterritorialidade sem designar onde temno paiacutes o seu domiciacutelio poderaacute ser demandado no DistritoFederal ou no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro onde o tevePelo fato do agente diplomaacutetico natildeo ter residecircncia no Brasil ese em razatildeo de uma demanda tal fato for suscitado por ele entatildeo ajurisdiccedilatildeo competente para resolver o litiacutegio pode ser duas1) o Distrito Federal ou2) o local do Brasil onde teve seu uacuteltimo domiciacutelio

19 (TRE-AMAnalista Judiciaacuterio2009) Considere asassertivas abaixo a respeito do domiciacutelioI Se a pessoa natural tiver diversas residecircncias ondealternadamente viva considerar-se-aacute domiciacutelio seu qualquerdelasII Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeo tenharesidecircncia habitual o lugar onde for encontradaIII O domiciacutelio do militar da Marinha eacute o local onde o navioestiver matriculadoIV Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosDe acordo com o Coacutedigo Civil brasileiro estaacute correto o que seafirma APENAS em(A) II III e IV(B) I II e III(C) I II e IV(D) I e IV(E) II e III

Anaacutelise das alternativasI CERTA Conforme o art 71 do CCII CERTA Conforme o art 73 do CCIII ERRADA O local onde o navio estiver matriculado segundo oart 75 do CC eacute o domiciacutelio do mariacutetimoIV CERTA Assim como a pessoa natural a pessoa juriacutedica tambeacutemdeve responder pelos atos referentes agraves relaccedilotildees juriacutedicas em queestaacute envolvidaO assunto eacute tratado no art 75 do CCArt 75 do CC - Quanto agraves pessoas juriacutedicas o domiciacutelio eacuteI - da Uniatildeo o Distrito FederalII - dos Estados e Territoacuterios as respectivas capitaisIII - do Municiacutepio o lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipalIV - das demais pessoas juriacutedicas o lugar onde funcionarem asrespectivas diretorias e administraccedilotildees ou onde elegeremdomiciacutelio especial no seu estatuto ou atos constitutivossect 1o Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacutelio paraos atos nele praticadossect 2o Se a administraccedilatildeo ou diretoria tiver a sede no estrangeirohaver-se-aacute por domiciacutelio da pessoa juriacutedica no tocante agravesobrigaccedilotildees contraiacutedas por cada uma das suas agecircncias o lugar doestabelecimento sito no Brasil a que ela corresponderA pessoa juriacutedica natildeo possui residecircncia mas tem sede ouestabelecimento que a ldquoprenderdquo a um determinado lugar Trata-se dodomiciacutelio especial da pessoa juriacutedica que pode ser livrementeescolhido no seu ato constitutivoNatildeo havendo tal escolha o domiciacutelio seraacute o lugar onde funcionaras respectivas diretorias e administraccedilotildeesO graacutefico a seguir resume o assuntoDOMICIacuteLIO DA PESSOA JURIacuteDICA DE DIREITO PUacuteBLICO INTERNOUniatildeo o Distrito FederalEstados e Territoacuterios as respectivas capitaisMuniciacutepioso lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipal

DOMICIacuteLIO DAS DEMAIS PESSOAS JURIacuteDICASRegraonde elegerem domiciacutelio especial no seuestatuto ou atos constitutivosNa falta de domiciacutelio especialo lugar onde funcionarem as respectivasdiretorias e administraccedilotildeesHavendo diversosestabelecimentos(pluralidade domiciliar)cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosSe a administraccedilatildeo oudiretoria tiver sede noestrangeiroo lugar do estabelecimento sito no Brasila que ela corresponderGabarito C

20 (TCE-GOAnalista de Controle Externo2009) O agentediplomaacutetico do Brasil que citado no estrangeiro alegarextraterritorialidade sem designar onde tem no paiacutes o seudomiciacutelio poderaacute ser demandado(A) somente no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro em quefoi domiciliado(B) somente do Distrito Federal(C) somente no exterior no lugar onde se encontra exercendoas suas funccedilotildees(D) no Distrito Federal ou no uacuteltimo ponto do territoacuteriobrasileiro onde o teve(E) somente no exterior na capital do paiacutes onde estaacuteexercendo as suas funccedilotildees

A questatildeo tem como base legal o art 77 do CCGabarito D

21 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) O domiciacutelio(A) dos oficiais da marinha eacute o lugar onde servem(B) do mariacutetimo eacute o lugar em que o navio estiver atracado(C) do incapaz eacute o lugar em que foi registrado o seunascimento(D) do militar do Exeacutercito eacute a sede do comando a que seencontrar subordinado(E) do preso eacute o lugar em que cumpre a sentenccedila

Toda a questatildeo tem como fundamento legal o art 75 do CCAnaacutelise das alternativas(A) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio dos oficiais de marinha eacute a sededo comando a que estiverem imediatamente subordinado(B) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do mariacutetimo eacute o lugar em que onavio estiver atracado(C) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do incapaz eacute o mesmo do seurepresentante ou assistente(D) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do militar do exeacutercito eacute o localonde servir Apenas para os militares da Marinha e da Aeronaacuteutica odomiciacutelio necessaacuterio eacute a sede do comando a que estiveremimediatamente subordinado(E) CERTAGabarito E

22 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) Nuacutebia eacute funcionaacuteriapuacuteblica da Prefeitura Municipal da Cidade A onde exerce suasatividades inerentes ao cargo puacuteblico que ocupa Reside comseus filhos na cidade vizinha B mas como seu marido emrazatildeo de trabalho reside na cidade vizinha C Nuacutebia passaparte da semana dormindo nesta cidade De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro o Domiciacutelio Civil de Nuacutebia eacute a cidade(A) A ou C(B) B ou C(C) A apenas(D) B apenas(E) C apenas

Tendo em vista que Nubia eacute funcionaacuteria puacuteblica entatildeo ela temdomiciacutelio necessaacuterio (imposto por lei)Conforme o art 76 do CC o domiciacutelio de Nubia eacute o local ondeela exercer permanentemente as suas funccedilotildees ou seja apenas acidade AGabarito C

23 (TRE-SETeacutecnico Administrativo2007) Maria artistacircense nasceu em Salvador Maria faz espetaacuteculos por todoo Brasil com a companhia de circo de que faz parte

Considerando que seu marido e filho residem em Olinda e queseus ascendentes mais proacuteximos residem em Ilheacuteus ter-se-aacutepor domiciacutelio de Maria(A) a cidade de Ilheacuteus(B) o local em que for encontrada(C) apenas a cidade de Salvador(D) apenas a cidade de Olinda(E) as cidades de Salvador ou Olinda

Tendo em vista que Maria eacute circense entatildeo ela natildeo possuiresidecircnciaEntretanto todos possuem domiciacutelio inclusive as pessoas quenatildeo possuem residecircnciaDessa forma nos termos do art 73 do CC o domiciacutelio de Mariaseraacute o local onde ela for encontradaOu seja o local de residecircncia do seu marido e dos seus filhossatildeo irrelevantes para a questatildeoGabarito B

1-C2-D3-E4-D5-C6-B7-B8-B9-A10-C11-A12-A13-D14-A15-E16-C17-D18-D19-C20-D21-E22-C23-B

Page 8: AULA 1 Civil

especiacutefica no Coacutedigo de Processo Civil1) Curadoria dos bens do ausente nesta fase o juiz apoacutes analisara peticcedilatildeo inicial e se convencer do desaparecimento de certa pessoadeveraacute nomear um curador para administrar os bens do ausentecaso ele natildeo tenha deixado um procurador A escolha do curadordeveraacute obedecer a ordem do art 25 do CCArt 25 do CC - O cocircnjuge do ausente sempre que natildeo estejaseparado judicialmente ou de fato por mais de dois anos antesda declaraccedilatildeo da ausecircncia seraacute o seu legiacutetimo curadorsect 1o Em falta do cocircnjuge a curadoria dos bens do ausenteincumbe aos pais ou aos descendentes nesta ordem natildeohavendo impedimento que os iniba de exercer o cargosect 2o Entre os descendentes os mais proacuteximos precedem os maisremotossect 3o Na falta das pessoas mencionadas compete ao juiz a escolhado curadorO juiz tambeacutem arrecadaraacute os bens do ausente entregando aadministraccedilatildeo deles para o curador e mandaraacute publicar editaisdurante um ano reproduzidos de dois em dois meses anunciando aarrecadaccedilatildeo e chamando o ausente a entrar na posse dos bensApoacutes um ano da publicaccedilatildeo do primeiro edital ou trecircs anos nocaso de haver deixado procurador permanecendo a ausecircnciaavanccedila-se para a segunda fase (art 26 do CC)Art 26 do CC - Decorrido um ano da arrecadaccedilatildeo dos bens doausente ou se ele deixou representante ou procurador em sepassando trecircs anos poderatildeo os interessados requerer que sedeclare a ausecircncia e se abra provisoriamente a sucessatildeo2) Sucessatildeo provisoacuteria esta fase eacute aberta pela sentenccedila do juizapoacutes o julgamento das habilitaccedilotildees dos herdeiros Com exceccedilatildeo dosascendentes dos descendentes e do cocircnjuge os demais herdeirospara se imitirem na posse dos bens do ausente devem prestar umacauccedilatildeo de garantia

Art 30 do CC - Os herdeiros para se imitirem na posse dos bensdo ausente daratildeo garantias da restituiccedilatildeo deles mediantepenhores ou hipotecas equivalentes aos quinhotildees respectivossect 1o Aquele que tiver direito agrave posse provisoacuteria mas natildeo puderprestar a garantia exigida neste artigo seraacute excluiacutedo mantendoseos bens que lhe deviam caber sob a administraccedilatildeo do curadorou de outro herdeiro designado pelo juiz e que preste essagarantiasect 2o Os ascendentes os descendentes e o cocircnjuge uma vezprovada a sua qualidade de herdeiros poderatildeoindependentemente de garantia entrar na posse dos bens doausenteHavendo certeza de morte ou persistindo a ausecircncia apoacutes dezanos contados a partir do tracircnsito da sentenccedila de abertura dasucessatildeo provisoacuteria ou entatildeo dentro de cinco anos a contar dasuacuteltimas notiacutecias se o ausente contava oitenta ano de idade avanccedilasepara a terceira faseArt 35 do CC - Se durante a posse provisoacuteria se provar a eacutepocaexata do falecimento do ausente considerar-se-aacute nessa dataaberta a sucessatildeo em favor dos herdeiros que o eram agravequeletempoArt 37 do CC - Dez anos depois de passada em julgado asentenccedila que concede a abertura da sucessatildeo provisoacuteria poderatildeoos interessados requerer a sucessatildeo definitiva e o levantamentodas cauccedilotildees prestadasArt 38 do CC - Pode-se requerer a sucessatildeo definitiva tambeacutemprovando-se que o ausente conta oitenta anos de idade e que decinco datam as uacuteltimas notiacutecias dele3) Sucessatildeo definitiva tal sentenccedila acarreta a presunccedilatildeo da mortedo ausente devendo ser averbada no Cartoacuterio de Registro Civil Osherdeiros deixam de ter a posse e passam a ter a propriedaderesoluacutevel dos bens do ausente Eacute resoluacutevel porque o retorno doausente em ateacute dez anos apoacutes a abertura da sucessatildeo definitiva

provoca a extinccedilatildeo da propriedadeArt 39 do CC - Regressando o ausente nos dez anos seguintes agrave aberturada sucessatildeo definitiva ou algum de seus descendentes ou ascendentesaquele ou estes haveratildeo soacute os bens existentes no estado em que seacharem os sub-rogados em seu lugar ou o preccedilo que os herdeiros edemais interessados houverem recebido pelos bens alienados depoisdaquele tempoParaacutegrafo uacutenico Se nos dez anos a que se refere este artigo oausente natildeo regressar e nenhum interessado promover asucessatildeo definitiva os bens arrecadados passaratildeo ao domiacutenio doMuniciacutepio ou do Distrito Federal se localizados nas respectivascircunscriccedilotildees incorporando-se ao domiacutenio da Uniatildeo quandosituados em territoacuterio federalPercebemos que em regra natildeo eacute possiacutevel um intervalo detempo menor que onze anos (1 + 10) entre a curadoria dos bens e asucessatildeo definitiva pois deve-se publicar editais durante um ano eaguardar dez anos da sucessatildeo provisoacuteria ateacute a sucessatildeo definitivaAnaacutelise das alternativas(A) CERTA Conforme o art 7ordm I do CC(B) ERRADA A palavra ldquosomenterdquo tornou a assertiva errada poisexiste mais de um caso de morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia(C) ERRADA A assertiva lista hipoacuteteses de morte presumida comdecretaccedilatildeo de ausecircncia(D) ERRADA A assertiva lista uma hipoacutetese totalmente descabida noacircmbito do direito civil(E) ERRADA A assertiva tambeacutem lista uma hipoacutetese totalmentedescabida no acircmbito do direito civilGabarito A

10 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro decorrido um ano da arrecadaccedilatildeo dosbens do ausente ou se ele deixou representante ouprocurador em se passando trecircs anos poderatildeo osinteressados requerer que se declare a ausecircncia e se abra

provisoriamente a sucessatildeo A sentenccedila que determinar aabertura da sucessatildeo provisoacuteria(A) produziraacute efeito a partir do primeiro dia uacutetil seguinte apublicaccedilatildeo pela imprensa(B) produziraacute efeito imediatamente(C) soacute produziraacute efeito cento e oitenta dias depois depublicada pela imprensa(D) soacute produziraacute efeito trinta dias depois de publicada pelaimprensa(E) soacute produziraacute efeito noventa dias depois de publicada pelaimprensa

A questatildeo trata da literalidade do art 28 do CCArt 28 A sentenccedila que determinar a abertura da sucessatildeoprovisoacuteria soacute produziraacute efeito cento e oitenta diasdepois de publicada pela imprensa mas logo que passeem julgado proceder-se-aacute agrave abertura do testamento se houvere ao inventaacuterio e partilha dos bens como se o ausente fossefalecidoGabarito C

11 (TRT 15ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Judiciaacuterio ndash 2009) Umaviatildeo de passageiros desapareceu quando cruzava o OceanoDias depois do desaparecimento foram encontrados destroccedilosda aeronave e corpos de passageiros Todavia o corpo de Joseacutenatildeo foi encontrado apoacutes vaacuterios meses e as autoridadesresponsaacuteveis encerraram as buscas Nesse caso a mortepresumida(A) pode ser declarada sem decretaccedilatildeo de ausecircncia(B) soacute pode ser declarada apoacutes 10 anos contados da data doacidente(C) soacute pode ser declarada apoacutes dois anos contados da data doacidente (D) natildeo pode ser declarada somente podendo ser declarada aausecircncia(E) soacute pode ser declarada apoacutes 10 anos contados da data da declaraccedilatildeo da ausecircncia

A situaccedilatildeo narrada no enunciado da questatildeo representa umcaso de perigo de vida (morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia) e conforme o art 7ordm sect uacutenico do CC para que possa serdeclarada a morte da pessoa eacute necessaacuterio que ocorra o fim dasbuscas e averiguaccedilotildeesGabarito A

12 (TRT 15ordf - Teacutecnico Judiciaacuterio - Aacuterea Administrativa ndash2009) Paulo Pedro e Joseacute num automoacutevel levavam Joatildeo aum hospital pois estava muito doente Paulo o mais velhodirigia o veiacuteculo Pedro seu filho estava no banco da frenteJoseacute uma crianccedila de 8 anos e Joatildeo ocupavam o bancotraseiro No percurso o veiacuteculo colidiu com um poste e todosmorreram natildeo se podendo verificar quem morreu primeiroNesse caso presume-se que(A) todos morreram simultaneamente(B) Paulo morreu primeiro por ser o mais velho(C) Pedro morreu primeiro por viajar no banco da frente(D) Joseacute morreu primeiro por ser o mais jovem(E) Joatildeo morreu primeiro porque estava muito doente

A questatildeo trata da comoriecircncia que eacute a presunccedilatildeo de morte deduas ou mais pessoas simultaneamente sendo elas herdeiras entresi Produz como efeito juriacutedico o fato de os comorientes natildeoherdarem entre si ou seja natildeo haacute transmissatildeo de bens entre oscomorientesArt 8o do CC - Se dois ou mais indiviacuteduos falecerem na mesmaocasiatildeo natildeo se podendo averiguar se algum dos comorientesprecedeu aos outros presumir-se-atildeo simultaneamentemortosEx Um casal sem descendentes e ascendentes falece em umacidente de carro O Marido possui como uacutenico herdeiro um primo Aesposa possui como uacutenica herdeira uma irmatilde1) Se ficar provado que o marido morreu primeiro (antes da

esposa) este transmite sua heranccedila para a esposa queconsequentemente transmite para a irmatilde O primo fica semnada2) Se ficar provado que a esposa morreu primeiro (antes domarido) esta transmite sua heranccedila para o marido queconsequentemente transmite para o primo A irmatilde fica semnadaSe natildeo puder se provar quem morreu primeiro presume-se acomoriecircncia ou seja a heranccedila do marido seraacute transmitida ao primoe a heranccedila da esposa seraacute transmitida para a irmatildeGabarito A

13 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Teraacute legitimidadepara reclamar perdas e danos a direito da personalidade depessoa morta(A) apenas o cocircnjuge sobrevivente(B) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o segundo grau(C) apenas os descendentes e ascendentes ateacute o segundograu(D) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o quarto grau(E) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o terceiro grau

O art 12 do novo Coacutedigo Civil traz o princiacutepio da prevenccedilatildeo eda reparaccedilatildeo integral nos casos de lesatildeo a direitos da personalidadeArt 12 do CC - Pode-se exigir que cesse a ameaccedila ou a lesatildeo adireito da personalidade e reclamar perdas e danos sem prejuiacutezode outras sanccedilotildees previstas em leiParaacutegrafo uacutenico Em se tratando de morto teraacute legitimaccedilatildeo pararequerer a medida prevista neste artigo o cocircnjugesobrevivente ou qualquer parente em linha reta oucolateral ateacute o quarto grauEsse mesmo art 12 consagra os direitos do morto prevendo oseu sect uacutenico a legitimidade de ascendentes descendentes cocircnjuge e

colaterais ateacute quarto grau pleitearem indenizaccedilatildeo no caso de danosagrave personalidade de pessoa falecida Satildeo os denominados lesadosindiretos que sofrem muitas vezes um dano reflexo indiretocomumente denominado dano em ricocheteGabarito D

PESSOAS JURIacuteDICASA pessoa juriacutedica eacute o conjunto de pessoas naturais ou depatrimocircnios que visa a consecuccedilatildeo de certos fins reconhecida pelaordem juriacutedica como sujeito de direitos e obrigaccedilotildees Para existir satildeonecessaacuterios trecircs requisitos1) organizaccedilatildeo de pessoas ou de bens2) licitude de propoacutesitos ou fins e3) capacidade juriacutedica reconhecida por normaDessa forma para que o ser humano possa atingir seus fins eobjetivos liacutecitos ele se une a outros homens formandoagrupamentos A esses grupos a lei atribui personalidade juriacutedicacapacitando-os a serem sujeitos de direitos e de obrigaccedilotildeesNesse sentido eacute que surgem as pessoas juriacutedicas tambeacutemchamadas de pessoas morais pessoas coletivas pessoas abstrataspessoas miacutesticas pessoas civis ou pessoas intelectuais

14 (TCE-APProcurador2010) Eacute pessoa juriacutedica de direitopuacuteblico(A) associaccedilatildeo puacuteblica(B) fundaccedilatildeo(C) organizaccedilatildeo religiosa(D) empresa puacuteblica(E) partido poliacutetico

Uma questatildeo claacutessica da banca FCC versa sobre o assuntoclassificaccedilatildeo das pessoas juriacutedicasA tabela graacutefica a seguir resume o assuntoADM DIRETA Uniatildeo Est Territ DF MunicINTERNOADM INDIRETA Autarquias inclusive ass publicas edemais entid criadas por leiDIREITO PUacuteBLICO EXTERNO Estados estrangeiros e pessoas regidas pelo DIPSIMPLESPESSOA SOCIEDADEJURIacuteDICA EMPRESAacuteRIAfim econocircmico

CORPORACcedilAtildeO ASSOCIACcedilAtildeOuniversitas ASSOCIACcedilAtildeO PART POLIacuteTICODIREITO personarumPRIVADO fim natildeo ORG RELIGIOSAeconocircmicoFUNDACcedilAtildeOuniversitasbonorumA base legal para a tabela graacutefica acima estaacute nos artigos aseguirArt 40 do CC - As pessoas juriacutedicas satildeo de direito puacuteblico internoou externo e de direito privadoArt 41 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoI - a UniatildeoII - os Estados o Distrito Federal e os TerritoacuteriosIII - os MuniciacutepiosIV - as autarquias inclusive as associaccedilotildees puacuteblicasV - as demais entidades de caraacuteter puacuteblico criadas por leiParaacutegrafo uacutenico Salvo disposiccedilatildeo em contraacuterio as pessoasjuriacutedicas de direito puacuteblico a que se tenha dado estrutura dedireito privado regem-se no que couber quanto ao seufuncionamento pelas normas deste CoacutedigoArt 42 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico externo osEstados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelodireito internacional puacuteblicoArt 44 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoI - as associaccedilotildeesII - as sociedadesIII - as fundaccedilotildeesIV - as organizaccedilotildees religiosasV - os partidos poliacuteticossect 1o Satildeo livres a criaccedilatildeo a organizaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo interna e ofuncionamento das organizaccedilotildees religiosas sendo vedado aopoder puacuteblico negar-lhes reconhecimento ou registro dos atosconstitutivos e necessaacuterios ao seu funcionamentosect 2o As disposiccedilotildees concernentes agraves associaccedilotildees aplicam-sesubsidiariamente agraves sociedades que satildeo objeto do Livro II daParte Especial deste Coacutedigosect 3o Os partidos poliacuteticos seratildeo organizados e funcionaratildeoconforme o disposto em lei especiacutefica

Conclui-se que das alternativas apresentadas apenas aassociaccedilatildeo puacuteblica eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito A

15 (TRT 2ordf RegiatildeoAnalista Administrativo2008) Os partidospoliacuteticos as associaccedilotildees puacuteblicas e as organizaccedilotildees religiosassatildeo pessoas juriacutedicas de direito(A) privado(B) privado puacuteblico e puacuteblico respectivamente(C) puacuteblico privado e privado respectivamente(D) puacuteblico(E) privado puacuteblico e privado respectivamente

Conforme a tabela da pagina anteriorGabarito E

16 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Considere asseguintes entidades com abrangecircncia nacionalI Igreja Satildeo Marcos DivinoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquoIII Partido Poliacutetico ABCIV Autarquia XYZNeste caso satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoSOMENTE(A) III e IV (B) II III e IV(C) II e IV(D) I e IV(E) I e II

Vejamos cada uma das pessoas mencionadas conforme a tabelaapresentada

I Igreja Satildeo Marcos Divino 1048782 eacute uma organizaccedilatildeo religiosa portantotemos uma pessoa juriacutedica de direito privadoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquo 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica dedireito puacuteblicoIII Partido Poliacutetico ABC 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito privadoIV Autarquia XYZ 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito C

17 (TRT 7ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Administrativa ndash 2009) As

associaccedilotildees(A) soacute natildeo poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutempara fins morais(B) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins religiosos(C) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins poliacuteticos(D) jamais poderatildeo ter fins lucrativos(E) poderatildeo quando comerciais ter fins lucrativos

As ASSOCIACcedilOtildeES surgem quando natildeo haacute um fim lucrativoou intenccedilatildeo de dividir o resultado embora tenham patrimocircnioformado por contribuiccedilatildeo de seus membros para a obtenccedilatildeo de finsculturais educacionais esportivos religiosos beneficentesrecreativos morais etc Entretanto natildeo perdem a categoria deassociaccedilatildeo mesmo que realizem negoacutecios para manter ou aumentar oseu patrimocircnio desde que natildeo proporcionem ganho aos associados(Ex APAE UNE Associaccedilatildeo de Pais e Mestres Associaccedilatildeo dosAdvogados de Satildeo Paulo etc)Art 53 do CC - Constituem-se as associaccedilotildees pela uniatildeo depessoas que se organizem para fins natildeo econocircmicosParaacutegrafo uacutenico Natildeo haacute entre os associados direitos eobrigaccedilotildees reciacuteprocosO documento a ser utilizado na constituiccedilatildeo da associaccedilatildeo eacute oestatuto Tal documento deve possuir os requisitos listados no art 54do CCArt 54 do CC - Sob pena de nulidade o estatuto das associaccedilotildeesconteraacuteI - a denominaccedilatildeo os fins e a sede da associaccedilatildeoII - os requisitos para a admissatildeo demissatildeo e exclusatildeo dosassociadosIII - os direitos e deveres dos associadosIV - as fontes de recursos para sua manutenccedilatildeoV ndash o modo de constituiccedilatildeo e de funcionamento dos oacutergatildeosdeliberativosVI - as condiccedilotildees para a alteraccedilatildeo das disposiccedilotildees estatutaacuterias epara a dissoluccedilatildeo

VII ndash a forma de gestatildeo administrativa e de aprovaccedilatildeo dasrespectivas contasAleacutem disso como se trata de uma pessoa sem finalidadelucrativa os associados devem ter direitos iguais apesar de serpossiacutevel a existecircncia de uma categoria de associados com vantagensespeciais Um exemplo comum ocorre com os associados criadoresque reservam para si vantagens especiais enquanto que os demaisassociados teratildeo iguais direitosArt 55 do CC - Os associados devem ter iguais direitos mas oestatuto poderaacute instituir categorias com vantagens especiaisOutro conceito importante estaacute inserido no art 56 do CCArt 56 do CC - A qualidade de associado eacute intransmissiacutevel se oestatuto natildeo dispuser o contraacuterioParaacutegrafo uacutenico Se o associado for titular de quota ou fraccedilatildeoideal do patrimocircnio da associaccedilatildeo a transferecircncia daquela natildeoimportaraacute de per si na atribuiccedilatildeo da qualidade de associado aoadquirente ou ao herdeiro salvo disposiccedilatildeo diversa do estatutoApoacutes sua anaacutelise conclui-se que no silecircncio do estatuto aqualidade de associado eacute intransmissiacutevel seja por ato inter vivos (exdoaccedilatildeo) ou causa mortis (testamento) Entretanto eacute possiacutevel atransferecircncia de quota ou fraccedilatildeo ideal do patrimocircnio da associaccedilatildeoAinda sobre o associado o art 57 do CC prevecirc a possibilidadede sua exclusatildeoArt 57 do CC - A exclusatildeo do associado soacute eacute admissiacutevel havendojusta causa assim reconhecida em procedimento que asseguredireito de defesa e de recurso nos termos previstos no estatutoPercebe-se que para um associado ser excluiacutedo da associaccedilatildeodeve haver um procedimento especiacutefico com a possibilidade dedireito de defesa e tambeacutem possibilidade de recurso quanto agraveprimeira decisatildeoGabarito D

18 (MPUTeacutecnico Administrativo2007) A respeito daspessoas juriacutedicas analise

I As autarquias os partidos poliacuteticos e as organizaccedilotildeesreligiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoII Em regra se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentesIII Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar o juiza requerimento de qualquer interessado nomear-lhe-aacuteadministrador provisoacuterioIV As fundaccedilotildees somente poderatildeo constituir-se para finsreligiosos morais culturais ou de assistecircnciaEacute correto o que consta APENAS em(A) I II e III(B) I II e IV(C) II e III(D) II III e IV(E) II e IV

Anaacutelise das afirmativasI ERRADA Conforme a tabela apresentada os partidos poliacuteticos e asorganizaccedilotildees religiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoII CERTA Caso a pessoa juriacutedica tenha administraccedilatildeo coletiva(gerecircncia colegiada) em regra as decisotildees deveratildeo ser tomadas pormetade dos votos dos presentes mais um nos termos do art 48do CCArt 48 do CC - Se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentessalvo se o ato constitutivo dispuser de modo diversoParaacutegrafo uacutenico Decai em trecircs anos o direito de anular asdecisotildees a que se refere este artigo quando violarem a lei ouestatuto ou forem eivadas de erro dolo simulaccedilatildeo ou fraudeIII CERTA Pelo fato da pessoa juriacutedica precisar ser representadaativa ou passivamente em juiacutezo ou fora dele deveraacute seradministrada em regra por quem o estatuto designar Poreacutem se aadministraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar caracterizando umavacacircncia geral entatildeo o magistrado nos termos do art 49 do CCdeveraacute nomear um administrador provisoacuterio

Art 49 do CC - Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier afaltar o juiz a requerimento de qualquer interessado nomearlhe-aacute administrador provisoacuterioIV CERTA A fundaccedilatildeo eacute um acervo de bens livres de ocircnus eencargos (universitas bonorum) representando um patrimocircnio aque a lei atribui personalidade juriacutedica em atenccedilatildeo ao fim a que sedestina (fins religiosos morais culturais ou de assistecircncia) O CCcomeccedila a regular a criaccedilatildeo de uma fundaccedilatildeo no seu art 62Art 62 do CC - Para criar uma fundaccedilatildeo o seu instituidor faraacutepor escritura puacuteblica ou testamento dotaccedilatildeo especial de benslivres especificando o fim a que se destina e declarando sequiser a maneira de administraacute-laParaacutegrafo uacutenico A fundaccedilatildeo somente poderaacute constituir-se parafins religiosos morais culturais ou de assistecircnciaGabarito DDOMICIacuteLIOO domiciacutelio eacute a sede juriacutedica da pessoa onde ela se presumepresente para efeitos de direito Ou seja eacute o local onde a pessoapratica habitualmente seus atos e negoacutecios juriacutedicos econsequumlentemente onde responde por suas obrigaccedilotildeesPara chegarmos ao conceito de domiciacutelio eacute necessaacuterioentendermos a diferenccedila entre morada residecircncia e domiciacutelio- Morada eacute o lugar onde a pessoa eacute encontrada O normal eacute a ideacuteiado recolhimento Local onde eacute encontrada para dormir- Residecircncia eacute a morada habitual Eacute o local onde a pessoa eacuteencontrada habitualmente Ex Casa de praia- Domiciacutelio eacute a residecircncia com acircnimo definitivo Natildeo eacute residecircnciaeterna Eacute o local onde a pessoa eacute encontrada habitualmente e natildeosabe quando vai sair Acircnimo definitivo eacute a vontade de permanecer Apessoa pode ateacute natildeo ter vontade de permanecer mas enquanto elapermanecer de modo habitual eacute domiciacutelio (Ex morar em um bairroque natildeo gosta)Existem duas espeacutecies de domiciacutelio para a pessoa natural

1) Domiciacutelio Voluntaacuterio - pode sera) comum ou geral (arts 70 a 74 do CC) eacute aquele escolhidolivremente pela pessoa e que poderaacute ser mudado por elaArt 70 do CC - O domiciacutelio da pessoa natural eacute o lugar onde elaestabelece a sua residecircncia com acircnimo definitivoO conceito de domiciacutelio voluntaacuterio do art 70 do CC apresentadois elementosa) elemento objetivo eacute a residecircnciab) elemento subjetivo eacute o acircnimo definitivoDessa forma se uma pessoa vai passar o mecircs de feacuterias emuma casa de praia o domiciacutelio natildeo estaraacute sendo mudado poiscomo se trata de uma situaccedilatildeo temporaacuteria falta a intenccedilatildeo depermanecer definitivamente no localArt 71 do CC -Se poreacutem a pessoa natural tiver diversasresidecircncias onde alternadamente viva considerar-se-aacutedomiciacutelio seu qualquer delas (PLURALIDADE DEDOMICIacuteLIOS)No artigo 71 o Coacutedigo Civil consagra a pluralidade domiciliar ouseja eacute possiacutevel que uma pessoa tenha mais de um domiciacutelio Comoexemplo temos a pessoa que fica durante a semana no Rio de Janeiroe todo final de semana vai para Satildeo Paulo Tal pessoa possui duasmoradas habituais e nesse caso a lei estipulou que quando a pessoapossui mais de uma residecircncia qualquer uma delas serve comodomiciacutelioArt 72 do CC -Eacute tambeacutem domiciacutelio da pessoa natural quanto agravesrelaccedilotildees concernentes agrave profissatildeo o lugar onde esta eacute exercida(DOMICIacuteLIO PROFISSIONAL)Paraacutegrafo uacutenico Se a pessoa exercitar profissatildeo em lugaresdiversos cada um deles constituiraacute domiciacutelio para as relaccedilotildees quelhe corresponderem (PLURALIDADE DE DOMICIacuteLIOSPROFISSIONAIS)Aleacutem do domiciacutelio escolhido livremente pela pessoa ao fixarresidecircncia com acircnimo definitivo no artigo 72 do Coacutedigo Civil criou-sea possibilidade da pessoa ter como domiciacutelio o local relacionado com

o seu trabalho A situaccedilatildeo eacute exemplificada pelas pessoas quetrabalham em grandes centros e moram em cidades sateacutelites talcomo a pessoa que mora na cidade de Satildeo Caetano-SP e trabalha nacidade de Satildeo Paulo-SP (capital)Art 73 do CC - Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeotenha residecircncia habitual o lugar onde for encontrada(AUSEcircNCIA DE RESIDEcircNCIA)Todos possuem domiciacutelio inclusive aqueles que natildeo tecircmresidecircncia Dessa forma o domiciacutelio dos ciganos dos artistas de circo(circenses) e do cacheiro viajante eacute o local onde forem encontradosArt 74 do CC - Muda-se o domiciacutelio transferindo a residecircnciacom a intenccedilatildeo manifesta de o mudarParaacutegrafo uacutenico A prova da intenccedilatildeo resultaraacute do que declarar apessoa agraves municipalidades dos lugares que deixa e para ondevai ou se tais declaraccedilotildees natildeo fizer da proacutepria mudanccedila com ascircunstacircncias que a acompanharemNo artigo 74 do Coacutedigo Civil estaacute prevista a forma para umapessoa mudar o seu domiciacuteliob) especial (art78 do CC) - eacute aquele que possibilita aoscontratantes estabelecer um local para o cumprimento dasobrigaccedilotildees (foro de contrato) ou um local para dirimirquaisquer controveacutersias surgidas em decorrecircncia do contrato(foro de eleiccedilatildeo)Art 78 do CC - Nos contratos escritos poderatildeo os contratantesespecificar domiciacutelio onde se exercitem e cumpram os direitos eobrigaccedilotildees deles resultantes2) Domiciacutelio Necessaacuterio ou Legal (art 76 do CC) - eacute aqueledeterminado pela lei em razatildeo da condiccedilatildeo ou situaccedilatildeo decertas pessoas Nesses casos a lei natildeo permite a escolha dodomiciacutelioArt 76 do CC - Tecircm domiciacutelio necessaacuterio o incapaz o servidorpuacuteblico o militar o mariacutetimo e o presoParaacutegrafo uacutenico O domiciacutelio do incapaz eacute o do seu representanteou assistente o do servidor puacuteblico o lugar em que exercer

permanentemente suas funccedilotildees o do militar onde servir esendo da Marinha ou da Aeronaacuteutica a sede do comando a que seencontrar imediatamente subordinado o do mariacutetimo onde onavio estiver matriculado e o do preso o lugar em que cumprir asentenccedilaAleacutem dos domiciacutelios jaacute citados tambeacutem eacute consagrado no art 77do Coacutedigo Civil uma situaccedilatildeo especial para o agente diplomaacuteticoArt 77 do CC - O agente diplomaacutetico do Brasil que citado noestrangeiro alegar extraterritorialidade sem designar onde temno paiacutes o seu domiciacutelio poderaacute ser demandado no DistritoFederal ou no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro onde o tevePelo fato do agente diplomaacutetico natildeo ter residecircncia no Brasil ese em razatildeo de uma demanda tal fato for suscitado por ele entatildeo ajurisdiccedilatildeo competente para resolver o litiacutegio pode ser duas1) o Distrito Federal ou2) o local do Brasil onde teve seu uacuteltimo domiciacutelio

19 (TRE-AMAnalista Judiciaacuterio2009) Considere asassertivas abaixo a respeito do domiciacutelioI Se a pessoa natural tiver diversas residecircncias ondealternadamente viva considerar-se-aacute domiciacutelio seu qualquerdelasII Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeo tenharesidecircncia habitual o lugar onde for encontradaIII O domiciacutelio do militar da Marinha eacute o local onde o navioestiver matriculadoIV Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosDe acordo com o Coacutedigo Civil brasileiro estaacute correto o que seafirma APENAS em(A) II III e IV(B) I II e III(C) I II e IV(D) I e IV(E) II e III

Anaacutelise das alternativasI CERTA Conforme o art 71 do CCII CERTA Conforme o art 73 do CCIII ERRADA O local onde o navio estiver matriculado segundo oart 75 do CC eacute o domiciacutelio do mariacutetimoIV CERTA Assim como a pessoa natural a pessoa juriacutedica tambeacutemdeve responder pelos atos referentes agraves relaccedilotildees juriacutedicas em queestaacute envolvidaO assunto eacute tratado no art 75 do CCArt 75 do CC - Quanto agraves pessoas juriacutedicas o domiciacutelio eacuteI - da Uniatildeo o Distrito FederalII - dos Estados e Territoacuterios as respectivas capitaisIII - do Municiacutepio o lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipalIV - das demais pessoas juriacutedicas o lugar onde funcionarem asrespectivas diretorias e administraccedilotildees ou onde elegeremdomiciacutelio especial no seu estatuto ou atos constitutivossect 1o Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacutelio paraos atos nele praticadossect 2o Se a administraccedilatildeo ou diretoria tiver a sede no estrangeirohaver-se-aacute por domiciacutelio da pessoa juriacutedica no tocante agravesobrigaccedilotildees contraiacutedas por cada uma das suas agecircncias o lugar doestabelecimento sito no Brasil a que ela corresponderA pessoa juriacutedica natildeo possui residecircncia mas tem sede ouestabelecimento que a ldquoprenderdquo a um determinado lugar Trata-se dodomiciacutelio especial da pessoa juriacutedica que pode ser livrementeescolhido no seu ato constitutivoNatildeo havendo tal escolha o domiciacutelio seraacute o lugar onde funcionaras respectivas diretorias e administraccedilotildeesO graacutefico a seguir resume o assuntoDOMICIacuteLIO DA PESSOA JURIacuteDICA DE DIREITO PUacuteBLICO INTERNOUniatildeo o Distrito FederalEstados e Territoacuterios as respectivas capitaisMuniciacutepioso lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipal

DOMICIacuteLIO DAS DEMAIS PESSOAS JURIacuteDICASRegraonde elegerem domiciacutelio especial no seuestatuto ou atos constitutivosNa falta de domiciacutelio especialo lugar onde funcionarem as respectivasdiretorias e administraccedilotildeesHavendo diversosestabelecimentos(pluralidade domiciliar)cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosSe a administraccedilatildeo oudiretoria tiver sede noestrangeiroo lugar do estabelecimento sito no Brasila que ela corresponderGabarito C

20 (TCE-GOAnalista de Controle Externo2009) O agentediplomaacutetico do Brasil que citado no estrangeiro alegarextraterritorialidade sem designar onde tem no paiacutes o seudomiciacutelio poderaacute ser demandado(A) somente no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro em quefoi domiciliado(B) somente do Distrito Federal(C) somente no exterior no lugar onde se encontra exercendoas suas funccedilotildees(D) no Distrito Federal ou no uacuteltimo ponto do territoacuteriobrasileiro onde o teve(E) somente no exterior na capital do paiacutes onde estaacuteexercendo as suas funccedilotildees

A questatildeo tem como base legal o art 77 do CCGabarito D

21 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) O domiciacutelio(A) dos oficiais da marinha eacute o lugar onde servem(B) do mariacutetimo eacute o lugar em que o navio estiver atracado(C) do incapaz eacute o lugar em que foi registrado o seunascimento(D) do militar do Exeacutercito eacute a sede do comando a que seencontrar subordinado(E) do preso eacute o lugar em que cumpre a sentenccedila

Toda a questatildeo tem como fundamento legal o art 75 do CCAnaacutelise das alternativas(A) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio dos oficiais de marinha eacute a sededo comando a que estiverem imediatamente subordinado(B) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do mariacutetimo eacute o lugar em que onavio estiver atracado(C) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do incapaz eacute o mesmo do seurepresentante ou assistente(D) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do militar do exeacutercito eacute o localonde servir Apenas para os militares da Marinha e da Aeronaacuteutica odomiciacutelio necessaacuterio eacute a sede do comando a que estiveremimediatamente subordinado(E) CERTAGabarito E

22 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) Nuacutebia eacute funcionaacuteriapuacuteblica da Prefeitura Municipal da Cidade A onde exerce suasatividades inerentes ao cargo puacuteblico que ocupa Reside comseus filhos na cidade vizinha B mas como seu marido emrazatildeo de trabalho reside na cidade vizinha C Nuacutebia passaparte da semana dormindo nesta cidade De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro o Domiciacutelio Civil de Nuacutebia eacute a cidade(A) A ou C(B) B ou C(C) A apenas(D) B apenas(E) C apenas

Tendo em vista que Nubia eacute funcionaacuteria puacuteblica entatildeo ela temdomiciacutelio necessaacuterio (imposto por lei)Conforme o art 76 do CC o domiciacutelio de Nubia eacute o local ondeela exercer permanentemente as suas funccedilotildees ou seja apenas acidade AGabarito C

23 (TRE-SETeacutecnico Administrativo2007) Maria artistacircense nasceu em Salvador Maria faz espetaacuteculos por todoo Brasil com a companhia de circo de que faz parte

Considerando que seu marido e filho residem em Olinda e queseus ascendentes mais proacuteximos residem em Ilheacuteus ter-se-aacutepor domiciacutelio de Maria(A) a cidade de Ilheacuteus(B) o local em que for encontrada(C) apenas a cidade de Salvador(D) apenas a cidade de Olinda(E) as cidades de Salvador ou Olinda

Tendo em vista que Maria eacute circense entatildeo ela natildeo possuiresidecircnciaEntretanto todos possuem domiciacutelio inclusive as pessoas quenatildeo possuem residecircnciaDessa forma nos termos do art 73 do CC o domiciacutelio de Mariaseraacute o local onde ela for encontradaOu seja o local de residecircncia do seu marido e dos seus filhossatildeo irrelevantes para a questatildeoGabarito B

1-C2-D3-E4-D5-C6-B7-B8-B9-A10-C11-A12-A13-D14-A15-E16-C17-D18-D19-C20-D21-E22-C23-B

Page 9: AULA 1 Civil

provoca a extinccedilatildeo da propriedadeArt 39 do CC - Regressando o ausente nos dez anos seguintes agrave aberturada sucessatildeo definitiva ou algum de seus descendentes ou ascendentesaquele ou estes haveratildeo soacute os bens existentes no estado em que seacharem os sub-rogados em seu lugar ou o preccedilo que os herdeiros edemais interessados houverem recebido pelos bens alienados depoisdaquele tempoParaacutegrafo uacutenico Se nos dez anos a que se refere este artigo oausente natildeo regressar e nenhum interessado promover asucessatildeo definitiva os bens arrecadados passaratildeo ao domiacutenio doMuniciacutepio ou do Distrito Federal se localizados nas respectivascircunscriccedilotildees incorporando-se ao domiacutenio da Uniatildeo quandosituados em territoacuterio federalPercebemos que em regra natildeo eacute possiacutevel um intervalo detempo menor que onze anos (1 + 10) entre a curadoria dos bens e asucessatildeo definitiva pois deve-se publicar editais durante um ano eaguardar dez anos da sucessatildeo provisoacuteria ateacute a sucessatildeo definitivaAnaacutelise das alternativas(A) CERTA Conforme o art 7ordm I do CC(B) ERRADA A palavra ldquosomenterdquo tornou a assertiva errada poisexiste mais de um caso de morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia(C) ERRADA A assertiva lista hipoacuteteses de morte presumida comdecretaccedilatildeo de ausecircncia(D) ERRADA A assertiva lista uma hipoacutetese totalmente descabida noacircmbito do direito civil(E) ERRADA A assertiva tambeacutem lista uma hipoacutetese totalmentedescabida no acircmbito do direito civilGabarito A

10 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro decorrido um ano da arrecadaccedilatildeo dosbens do ausente ou se ele deixou representante ouprocurador em se passando trecircs anos poderatildeo osinteressados requerer que se declare a ausecircncia e se abra

provisoriamente a sucessatildeo A sentenccedila que determinar aabertura da sucessatildeo provisoacuteria(A) produziraacute efeito a partir do primeiro dia uacutetil seguinte apublicaccedilatildeo pela imprensa(B) produziraacute efeito imediatamente(C) soacute produziraacute efeito cento e oitenta dias depois depublicada pela imprensa(D) soacute produziraacute efeito trinta dias depois de publicada pelaimprensa(E) soacute produziraacute efeito noventa dias depois de publicada pelaimprensa

A questatildeo trata da literalidade do art 28 do CCArt 28 A sentenccedila que determinar a abertura da sucessatildeoprovisoacuteria soacute produziraacute efeito cento e oitenta diasdepois de publicada pela imprensa mas logo que passeem julgado proceder-se-aacute agrave abertura do testamento se houvere ao inventaacuterio e partilha dos bens como se o ausente fossefalecidoGabarito C

11 (TRT 15ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Judiciaacuterio ndash 2009) Umaviatildeo de passageiros desapareceu quando cruzava o OceanoDias depois do desaparecimento foram encontrados destroccedilosda aeronave e corpos de passageiros Todavia o corpo de Joseacutenatildeo foi encontrado apoacutes vaacuterios meses e as autoridadesresponsaacuteveis encerraram as buscas Nesse caso a mortepresumida(A) pode ser declarada sem decretaccedilatildeo de ausecircncia(B) soacute pode ser declarada apoacutes 10 anos contados da data doacidente(C) soacute pode ser declarada apoacutes dois anos contados da data doacidente (D) natildeo pode ser declarada somente podendo ser declarada aausecircncia(E) soacute pode ser declarada apoacutes 10 anos contados da data da declaraccedilatildeo da ausecircncia

A situaccedilatildeo narrada no enunciado da questatildeo representa umcaso de perigo de vida (morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia) e conforme o art 7ordm sect uacutenico do CC para que possa serdeclarada a morte da pessoa eacute necessaacuterio que ocorra o fim dasbuscas e averiguaccedilotildeesGabarito A

12 (TRT 15ordf - Teacutecnico Judiciaacuterio - Aacuterea Administrativa ndash2009) Paulo Pedro e Joseacute num automoacutevel levavam Joatildeo aum hospital pois estava muito doente Paulo o mais velhodirigia o veiacuteculo Pedro seu filho estava no banco da frenteJoseacute uma crianccedila de 8 anos e Joatildeo ocupavam o bancotraseiro No percurso o veiacuteculo colidiu com um poste e todosmorreram natildeo se podendo verificar quem morreu primeiroNesse caso presume-se que(A) todos morreram simultaneamente(B) Paulo morreu primeiro por ser o mais velho(C) Pedro morreu primeiro por viajar no banco da frente(D) Joseacute morreu primeiro por ser o mais jovem(E) Joatildeo morreu primeiro porque estava muito doente

A questatildeo trata da comoriecircncia que eacute a presunccedilatildeo de morte deduas ou mais pessoas simultaneamente sendo elas herdeiras entresi Produz como efeito juriacutedico o fato de os comorientes natildeoherdarem entre si ou seja natildeo haacute transmissatildeo de bens entre oscomorientesArt 8o do CC - Se dois ou mais indiviacuteduos falecerem na mesmaocasiatildeo natildeo se podendo averiguar se algum dos comorientesprecedeu aos outros presumir-se-atildeo simultaneamentemortosEx Um casal sem descendentes e ascendentes falece em umacidente de carro O Marido possui como uacutenico herdeiro um primo Aesposa possui como uacutenica herdeira uma irmatilde1) Se ficar provado que o marido morreu primeiro (antes da

esposa) este transmite sua heranccedila para a esposa queconsequentemente transmite para a irmatilde O primo fica semnada2) Se ficar provado que a esposa morreu primeiro (antes domarido) esta transmite sua heranccedila para o marido queconsequentemente transmite para o primo A irmatilde fica semnadaSe natildeo puder se provar quem morreu primeiro presume-se acomoriecircncia ou seja a heranccedila do marido seraacute transmitida ao primoe a heranccedila da esposa seraacute transmitida para a irmatildeGabarito A

13 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Teraacute legitimidadepara reclamar perdas e danos a direito da personalidade depessoa morta(A) apenas o cocircnjuge sobrevivente(B) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o segundo grau(C) apenas os descendentes e ascendentes ateacute o segundograu(D) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o quarto grau(E) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o terceiro grau

O art 12 do novo Coacutedigo Civil traz o princiacutepio da prevenccedilatildeo eda reparaccedilatildeo integral nos casos de lesatildeo a direitos da personalidadeArt 12 do CC - Pode-se exigir que cesse a ameaccedila ou a lesatildeo adireito da personalidade e reclamar perdas e danos sem prejuiacutezode outras sanccedilotildees previstas em leiParaacutegrafo uacutenico Em se tratando de morto teraacute legitimaccedilatildeo pararequerer a medida prevista neste artigo o cocircnjugesobrevivente ou qualquer parente em linha reta oucolateral ateacute o quarto grauEsse mesmo art 12 consagra os direitos do morto prevendo oseu sect uacutenico a legitimidade de ascendentes descendentes cocircnjuge e

colaterais ateacute quarto grau pleitearem indenizaccedilatildeo no caso de danosagrave personalidade de pessoa falecida Satildeo os denominados lesadosindiretos que sofrem muitas vezes um dano reflexo indiretocomumente denominado dano em ricocheteGabarito D

PESSOAS JURIacuteDICASA pessoa juriacutedica eacute o conjunto de pessoas naturais ou depatrimocircnios que visa a consecuccedilatildeo de certos fins reconhecida pelaordem juriacutedica como sujeito de direitos e obrigaccedilotildees Para existir satildeonecessaacuterios trecircs requisitos1) organizaccedilatildeo de pessoas ou de bens2) licitude de propoacutesitos ou fins e3) capacidade juriacutedica reconhecida por normaDessa forma para que o ser humano possa atingir seus fins eobjetivos liacutecitos ele se une a outros homens formandoagrupamentos A esses grupos a lei atribui personalidade juriacutedicacapacitando-os a serem sujeitos de direitos e de obrigaccedilotildeesNesse sentido eacute que surgem as pessoas juriacutedicas tambeacutemchamadas de pessoas morais pessoas coletivas pessoas abstrataspessoas miacutesticas pessoas civis ou pessoas intelectuais

14 (TCE-APProcurador2010) Eacute pessoa juriacutedica de direitopuacuteblico(A) associaccedilatildeo puacuteblica(B) fundaccedilatildeo(C) organizaccedilatildeo religiosa(D) empresa puacuteblica(E) partido poliacutetico

Uma questatildeo claacutessica da banca FCC versa sobre o assuntoclassificaccedilatildeo das pessoas juriacutedicasA tabela graacutefica a seguir resume o assuntoADM DIRETA Uniatildeo Est Territ DF MunicINTERNOADM INDIRETA Autarquias inclusive ass publicas edemais entid criadas por leiDIREITO PUacuteBLICO EXTERNO Estados estrangeiros e pessoas regidas pelo DIPSIMPLESPESSOA SOCIEDADEJURIacuteDICA EMPRESAacuteRIAfim econocircmico

CORPORACcedilAtildeO ASSOCIACcedilAtildeOuniversitas ASSOCIACcedilAtildeO PART POLIacuteTICODIREITO personarumPRIVADO fim natildeo ORG RELIGIOSAeconocircmicoFUNDACcedilAtildeOuniversitasbonorumA base legal para a tabela graacutefica acima estaacute nos artigos aseguirArt 40 do CC - As pessoas juriacutedicas satildeo de direito puacuteblico internoou externo e de direito privadoArt 41 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoI - a UniatildeoII - os Estados o Distrito Federal e os TerritoacuteriosIII - os MuniciacutepiosIV - as autarquias inclusive as associaccedilotildees puacuteblicasV - as demais entidades de caraacuteter puacuteblico criadas por leiParaacutegrafo uacutenico Salvo disposiccedilatildeo em contraacuterio as pessoasjuriacutedicas de direito puacuteblico a que se tenha dado estrutura dedireito privado regem-se no que couber quanto ao seufuncionamento pelas normas deste CoacutedigoArt 42 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico externo osEstados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelodireito internacional puacuteblicoArt 44 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoI - as associaccedilotildeesII - as sociedadesIII - as fundaccedilotildeesIV - as organizaccedilotildees religiosasV - os partidos poliacuteticossect 1o Satildeo livres a criaccedilatildeo a organizaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo interna e ofuncionamento das organizaccedilotildees religiosas sendo vedado aopoder puacuteblico negar-lhes reconhecimento ou registro dos atosconstitutivos e necessaacuterios ao seu funcionamentosect 2o As disposiccedilotildees concernentes agraves associaccedilotildees aplicam-sesubsidiariamente agraves sociedades que satildeo objeto do Livro II daParte Especial deste Coacutedigosect 3o Os partidos poliacuteticos seratildeo organizados e funcionaratildeoconforme o disposto em lei especiacutefica

Conclui-se que das alternativas apresentadas apenas aassociaccedilatildeo puacuteblica eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito A

15 (TRT 2ordf RegiatildeoAnalista Administrativo2008) Os partidospoliacuteticos as associaccedilotildees puacuteblicas e as organizaccedilotildees religiosassatildeo pessoas juriacutedicas de direito(A) privado(B) privado puacuteblico e puacuteblico respectivamente(C) puacuteblico privado e privado respectivamente(D) puacuteblico(E) privado puacuteblico e privado respectivamente

Conforme a tabela da pagina anteriorGabarito E

16 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Considere asseguintes entidades com abrangecircncia nacionalI Igreja Satildeo Marcos DivinoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquoIII Partido Poliacutetico ABCIV Autarquia XYZNeste caso satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoSOMENTE(A) III e IV (B) II III e IV(C) II e IV(D) I e IV(E) I e II

Vejamos cada uma das pessoas mencionadas conforme a tabelaapresentada

I Igreja Satildeo Marcos Divino 1048782 eacute uma organizaccedilatildeo religiosa portantotemos uma pessoa juriacutedica de direito privadoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquo 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica dedireito puacuteblicoIII Partido Poliacutetico ABC 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito privadoIV Autarquia XYZ 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito C

17 (TRT 7ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Administrativa ndash 2009) As

associaccedilotildees(A) soacute natildeo poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutempara fins morais(B) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins religiosos(C) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins poliacuteticos(D) jamais poderatildeo ter fins lucrativos(E) poderatildeo quando comerciais ter fins lucrativos

As ASSOCIACcedilOtildeES surgem quando natildeo haacute um fim lucrativoou intenccedilatildeo de dividir o resultado embora tenham patrimocircnioformado por contribuiccedilatildeo de seus membros para a obtenccedilatildeo de finsculturais educacionais esportivos religiosos beneficentesrecreativos morais etc Entretanto natildeo perdem a categoria deassociaccedilatildeo mesmo que realizem negoacutecios para manter ou aumentar oseu patrimocircnio desde que natildeo proporcionem ganho aos associados(Ex APAE UNE Associaccedilatildeo de Pais e Mestres Associaccedilatildeo dosAdvogados de Satildeo Paulo etc)Art 53 do CC - Constituem-se as associaccedilotildees pela uniatildeo depessoas que se organizem para fins natildeo econocircmicosParaacutegrafo uacutenico Natildeo haacute entre os associados direitos eobrigaccedilotildees reciacuteprocosO documento a ser utilizado na constituiccedilatildeo da associaccedilatildeo eacute oestatuto Tal documento deve possuir os requisitos listados no art 54do CCArt 54 do CC - Sob pena de nulidade o estatuto das associaccedilotildeesconteraacuteI - a denominaccedilatildeo os fins e a sede da associaccedilatildeoII - os requisitos para a admissatildeo demissatildeo e exclusatildeo dosassociadosIII - os direitos e deveres dos associadosIV - as fontes de recursos para sua manutenccedilatildeoV ndash o modo de constituiccedilatildeo e de funcionamento dos oacutergatildeosdeliberativosVI - as condiccedilotildees para a alteraccedilatildeo das disposiccedilotildees estatutaacuterias epara a dissoluccedilatildeo

VII ndash a forma de gestatildeo administrativa e de aprovaccedilatildeo dasrespectivas contasAleacutem disso como se trata de uma pessoa sem finalidadelucrativa os associados devem ter direitos iguais apesar de serpossiacutevel a existecircncia de uma categoria de associados com vantagensespeciais Um exemplo comum ocorre com os associados criadoresque reservam para si vantagens especiais enquanto que os demaisassociados teratildeo iguais direitosArt 55 do CC - Os associados devem ter iguais direitos mas oestatuto poderaacute instituir categorias com vantagens especiaisOutro conceito importante estaacute inserido no art 56 do CCArt 56 do CC - A qualidade de associado eacute intransmissiacutevel se oestatuto natildeo dispuser o contraacuterioParaacutegrafo uacutenico Se o associado for titular de quota ou fraccedilatildeoideal do patrimocircnio da associaccedilatildeo a transferecircncia daquela natildeoimportaraacute de per si na atribuiccedilatildeo da qualidade de associado aoadquirente ou ao herdeiro salvo disposiccedilatildeo diversa do estatutoApoacutes sua anaacutelise conclui-se que no silecircncio do estatuto aqualidade de associado eacute intransmissiacutevel seja por ato inter vivos (exdoaccedilatildeo) ou causa mortis (testamento) Entretanto eacute possiacutevel atransferecircncia de quota ou fraccedilatildeo ideal do patrimocircnio da associaccedilatildeoAinda sobre o associado o art 57 do CC prevecirc a possibilidadede sua exclusatildeoArt 57 do CC - A exclusatildeo do associado soacute eacute admissiacutevel havendojusta causa assim reconhecida em procedimento que asseguredireito de defesa e de recurso nos termos previstos no estatutoPercebe-se que para um associado ser excluiacutedo da associaccedilatildeodeve haver um procedimento especiacutefico com a possibilidade dedireito de defesa e tambeacutem possibilidade de recurso quanto agraveprimeira decisatildeoGabarito D

18 (MPUTeacutecnico Administrativo2007) A respeito daspessoas juriacutedicas analise

I As autarquias os partidos poliacuteticos e as organizaccedilotildeesreligiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoII Em regra se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentesIII Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar o juiza requerimento de qualquer interessado nomear-lhe-aacuteadministrador provisoacuterioIV As fundaccedilotildees somente poderatildeo constituir-se para finsreligiosos morais culturais ou de assistecircnciaEacute correto o que consta APENAS em(A) I II e III(B) I II e IV(C) II e III(D) II III e IV(E) II e IV

Anaacutelise das afirmativasI ERRADA Conforme a tabela apresentada os partidos poliacuteticos e asorganizaccedilotildees religiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoII CERTA Caso a pessoa juriacutedica tenha administraccedilatildeo coletiva(gerecircncia colegiada) em regra as decisotildees deveratildeo ser tomadas pormetade dos votos dos presentes mais um nos termos do art 48do CCArt 48 do CC - Se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentessalvo se o ato constitutivo dispuser de modo diversoParaacutegrafo uacutenico Decai em trecircs anos o direito de anular asdecisotildees a que se refere este artigo quando violarem a lei ouestatuto ou forem eivadas de erro dolo simulaccedilatildeo ou fraudeIII CERTA Pelo fato da pessoa juriacutedica precisar ser representadaativa ou passivamente em juiacutezo ou fora dele deveraacute seradministrada em regra por quem o estatuto designar Poreacutem se aadministraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar caracterizando umavacacircncia geral entatildeo o magistrado nos termos do art 49 do CCdeveraacute nomear um administrador provisoacuterio

Art 49 do CC - Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier afaltar o juiz a requerimento de qualquer interessado nomearlhe-aacute administrador provisoacuterioIV CERTA A fundaccedilatildeo eacute um acervo de bens livres de ocircnus eencargos (universitas bonorum) representando um patrimocircnio aque a lei atribui personalidade juriacutedica em atenccedilatildeo ao fim a que sedestina (fins religiosos morais culturais ou de assistecircncia) O CCcomeccedila a regular a criaccedilatildeo de uma fundaccedilatildeo no seu art 62Art 62 do CC - Para criar uma fundaccedilatildeo o seu instituidor faraacutepor escritura puacuteblica ou testamento dotaccedilatildeo especial de benslivres especificando o fim a que se destina e declarando sequiser a maneira de administraacute-laParaacutegrafo uacutenico A fundaccedilatildeo somente poderaacute constituir-se parafins religiosos morais culturais ou de assistecircnciaGabarito DDOMICIacuteLIOO domiciacutelio eacute a sede juriacutedica da pessoa onde ela se presumepresente para efeitos de direito Ou seja eacute o local onde a pessoapratica habitualmente seus atos e negoacutecios juriacutedicos econsequumlentemente onde responde por suas obrigaccedilotildeesPara chegarmos ao conceito de domiciacutelio eacute necessaacuterioentendermos a diferenccedila entre morada residecircncia e domiciacutelio- Morada eacute o lugar onde a pessoa eacute encontrada O normal eacute a ideacuteiado recolhimento Local onde eacute encontrada para dormir- Residecircncia eacute a morada habitual Eacute o local onde a pessoa eacuteencontrada habitualmente Ex Casa de praia- Domiciacutelio eacute a residecircncia com acircnimo definitivo Natildeo eacute residecircnciaeterna Eacute o local onde a pessoa eacute encontrada habitualmente e natildeosabe quando vai sair Acircnimo definitivo eacute a vontade de permanecer Apessoa pode ateacute natildeo ter vontade de permanecer mas enquanto elapermanecer de modo habitual eacute domiciacutelio (Ex morar em um bairroque natildeo gosta)Existem duas espeacutecies de domiciacutelio para a pessoa natural

1) Domiciacutelio Voluntaacuterio - pode sera) comum ou geral (arts 70 a 74 do CC) eacute aquele escolhidolivremente pela pessoa e que poderaacute ser mudado por elaArt 70 do CC - O domiciacutelio da pessoa natural eacute o lugar onde elaestabelece a sua residecircncia com acircnimo definitivoO conceito de domiciacutelio voluntaacuterio do art 70 do CC apresentadois elementosa) elemento objetivo eacute a residecircnciab) elemento subjetivo eacute o acircnimo definitivoDessa forma se uma pessoa vai passar o mecircs de feacuterias emuma casa de praia o domiciacutelio natildeo estaraacute sendo mudado poiscomo se trata de uma situaccedilatildeo temporaacuteria falta a intenccedilatildeo depermanecer definitivamente no localArt 71 do CC -Se poreacutem a pessoa natural tiver diversasresidecircncias onde alternadamente viva considerar-se-aacutedomiciacutelio seu qualquer delas (PLURALIDADE DEDOMICIacuteLIOS)No artigo 71 o Coacutedigo Civil consagra a pluralidade domiciliar ouseja eacute possiacutevel que uma pessoa tenha mais de um domiciacutelio Comoexemplo temos a pessoa que fica durante a semana no Rio de Janeiroe todo final de semana vai para Satildeo Paulo Tal pessoa possui duasmoradas habituais e nesse caso a lei estipulou que quando a pessoapossui mais de uma residecircncia qualquer uma delas serve comodomiciacutelioArt 72 do CC -Eacute tambeacutem domiciacutelio da pessoa natural quanto agravesrelaccedilotildees concernentes agrave profissatildeo o lugar onde esta eacute exercida(DOMICIacuteLIO PROFISSIONAL)Paraacutegrafo uacutenico Se a pessoa exercitar profissatildeo em lugaresdiversos cada um deles constituiraacute domiciacutelio para as relaccedilotildees quelhe corresponderem (PLURALIDADE DE DOMICIacuteLIOSPROFISSIONAIS)Aleacutem do domiciacutelio escolhido livremente pela pessoa ao fixarresidecircncia com acircnimo definitivo no artigo 72 do Coacutedigo Civil criou-sea possibilidade da pessoa ter como domiciacutelio o local relacionado com

o seu trabalho A situaccedilatildeo eacute exemplificada pelas pessoas quetrabalham em grandes centros e moram em cidades sateacutelites talcomo a pessoa que mora na cidade de Satildeo Caetano-SP e trabalha nacidade de Satildeo Paulo-SP (capital)Art 73 do CC - Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeotenha residecircncia habitual o lugar onde for encontrada(AUSEcircNCIA DE RESIDEcircNCIA)Todos possuem domiciacutelio inclusive aqueles que natildeo tecircmresidecircncia Dessa forma o domiciacutelio dos ciganos dos artistas de circo(circenses) e do cacheiro viajante eacute o local onde forem encontradosArt 74 do CC - Muda-se o domiciacutelio transferindo a residecircnciacom a intenccedilatildeo manifesta de o mudarParaacutegrafo uacutenico A prova da intenccedilatildeo resultaraacute do que declarar apessoa agraves municipalidades dos lugares que deixa e para ondevai ou se tais declaraccedilotildees natildeo fizer da proacutepria mudanccedila com ascircunstacircncias que a acompanharemNo artigo 74 do Coacutedigo Civil estaacute prevista a forma para umapessoa mudar o seu domiciacuteliob) especial (art78 do CC) - eacute aquele que possibilita aoscontratantes estabelecer um local para o cumprimento dasobrigaccedilotildees (foro de contrato) ou um local para dirimirquaisquer controveacutersias surgidas em decorrecircncia do contrato(foro de eleiccedilatildeo)Art 78 do CC - Nos contratos escritos poderatildeo os contratantesespecificar domiciacutelio onde se exercitem e cumpram os direitos eobrigaccedilotildees deles resultantes2) Domiciacutelio Necessaacuterio ou Legal (art 76 do CC) - eacute aqueledeterminado pela lei em razatildeo da condiccedilatildeo ou situaccedilatildeo decertas pessoas Nesses casos a lei natildeo permite a escolha dodomiciacutelioArt 76 do CC - Tecircm domiciacutelio necessaacuterio o incapaz o servidorpuacuteblico o militar o mariacutetimo e o presoParaacutegrafo uacutenico O domiciacutelio do incapaz eacute o do seu representanteou assistente o do servidor puacuteblico o lugar em que exercer

permanentemente suas funccedilotildees o do militar onde servir esendo da Marinha ou da Aeronaacuteutica a sede do comando a que seencontrar imediatamente subordinado o do mariacutetimo onde onavio estiver matriculado e o do preso o lugar em que cumprir asentenccedilaAleacutem dos domiciacutelios jaacute citados tambeacutem eacute consagrado no art 77do Coacutedigo Civil uma situaccedilatildeo especial para o agente diplomaacuteticoArt 77 do CC - O agente diplomaacutetico do Brasil que citado noestrangeiro alegar extraterritorialidade sem designar onde temno paiacutes o seu domiciacutelio poderaacute ser demandado no DistritoFederal ou no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro onde o tevePelo fato do agente diplomaacutetico natildeo ter residecircncia no Brasil ese em razatildeo de uma demanda tal fato for suscitado por ele entatildeo ajurisdiccedilatildeo competente para resolver o litiacutegio pode ser duas1) o Distrito Federal ou2) o local do Brasil onde teve seu uacuteltimo domiciacutelio

19 (TRE-AMAnalista Judiciaacuterio2009) Considere asassertivas abaixo a respeito do domiciacutelioI Se a pessoa natural tiver diversas residecircncias ondealternadamente viva considerar-se-aacute domiciacutelio seu qualquerdelasII Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeo tenharesidecircncia habitual o lugar onde for encontradaIII O domiciacutelio do militar da Marinha eacute o local onde o navioestiver matriculadoIV Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosDe acordo com o Coacutedigo Civil brasileiro estaacute correto o que seafirma APENAS em(A) II III e IV(B) I II e III(C) I II e IV(D) I e IV(E) II e III

Anaacutelise das alternativasI CERTA Conforme o art 71 do CCII CERTA Conforme o art 73 do CCIII ERRADA O local onde o navio estiver matriculado segundo oart 75 do CC eacute o domiciacutelio do mariacutetimoIV CERTA Assim como a pessoa natural a pessoa juriacutedica tambeacutemdeve responder pelos atos referentes agraves relaccedilotildees juriacutedicas em queestaacute envolvidaO assunto eacute tratado no art 75 do CCArt 75 do CC - Quanto agraves pessoas juriacutedicas o domiciacutelio eacuteI - da Uniatildeo o Distrito FederalII - dos Estados e Territoacuterios as respectivas capitaisIII - do Municiacutepio o lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipalIV - das demais pessoas juriacutedicas o lugar onde funcionarem asrespectivas diretorias e administraccedilotildees ou onde elegeremdomiciacutelio especial no seu estatuto ou atos constitutivossect 1o Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacutelio paraos atos nele praticadossect 2o Se a administraccedilatildeo ou diretoria tiver a sede no estrangeirohaver-se-aacute por domiciacutelio da pessoa juriacutedica no tocante agravesobrigaccedilotildees contraiacutedas por cada uma das suas agecircncias o lugar doestabelecimento sito no Brasil a que ela corresponderA pessoa juriacutedica natildeo possui residecircncia mas tem sede ouestabelecimento que a ldquoprenderdquo a um determinado lugar Trata-se dodomiciacutelio especial da pessoa juriacutedica que pode ser livrementeescolhido no seu ato constitutivoNatildeo havendo tal escolha o domiciacutelio seraacute o lugar onde funcionaras respectivas diretorias e administraccedilotildeesO graacutefico a seguir resume o assuntoDOMICIacuteLIO DA PESSOA JURIacuteDICA DE DIREITO PUacuteBLICO INTERNOUniatildeo o Distrito FederalEstados e Territoacuterios as respectivas capitaisMuniciacutepioso lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipal

DOMICIacuteLIO DAS DEMAIS PESSOAS JURIacuteDICASRegraonde elegerem domiciacutelio especial no seuestatuto ou atos constitutivosNa falta de domiciacutelio especialo lugar onde funcionarem as respectivasdiretorias e administraccedilotildeesHavendo diversosestabelecimentos(pluralidade domiciliar)cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosSe a administraccedilatildeo oudiretoria tiver sede noestrangeiroo lugar do estabelecimento sito no Brasila que ela corresponderGabarito C

20 (TCE-GOAnalista de Controle Externo2009) O agentediplomaacutetico do Brasil que citado no estrangeiro alegarextraterritorialidade sem designar onde tem no paiacutes o seudomiciacutelio poderaacute ser demandado(A) somente no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro em quefoi domiciliado(B) somente do Distrito Federal(C) somente no exterior no lugar onde se encontra exercendoas suas funccedilotildees(D) no Distrito Federal ou no uacuteltimo ponto do territoacuteriobrasileiro onde o teve(E) somente no exterior na capital do paiacutes onde estaacuteexercendo as suas funccedilotildees

A questatildeo tem como base legal o art 77 do CCGabarito D

21 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) O domiciacutelio(A) dos oficiais da marinha eacute o lugar onde servem(B) do mariacutetimo eacute o lugar em que o navio estiver atracado(C) do incapaz eacute o lugar em que foi registrado o seunascimento(D) do militar do Exeacutercito eacute a sede do comando a que seencontrar subordinado(E) do preso eacute o lugar em que cumpre a sentenccedila

Toda a questatildeo tem como fundamento legal o art 75 do CCAnaacutelise das alternativas(A) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio dos oficiais de marinha eacute a sededo comando a que estiverem imediatamente subordinado(B) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do mariacutetimo eacute o lugar em que onavio estiver atracado(C) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do incapaz eacute o mesmo do seurepresentante ou assistente(D) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do militar do exeacutercito eacute o localonde servir Apenas para os militares da Marinha e da Aeronaacuteutica odomiciacutelio necessaacuterio eacute a sede do comando a que estiveremimediatamente subordinado(E) CERTAGabarito E

22 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) Nuacutebia eacute funcionaacuteriapuacuteblica da Prefeitura Municipal da Cidade A onde exerce suasatividades inerentes ao cargo puacuteblico que ocupa Reside comseus filhos na cidade vizinha B mas como seu marido emrazatildeo de trabalho reside na cidade vizinha C Nuacutebia passaparte da semana dormindo nesta cidade De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro o Domiciacutelio Civil de Nuacutebia eacute a cidade(A) A ou C(B) B ou C(C) A apenas(D) B apenas(E) C apenas

Tendo em vista que Nubia eacute funcionaacuteria puacuteblica entatildeo ela temdomiciacutelio necessaacuterio (imposto por lei)Conforme o art 76 do CC o domiciacutelio de Nubia eacute o local ondeela exercer permanentemente as suas funccedilotildees ou seja apenas acidade AGabarito C

23 (TRE-SETeacutecnico Administrativo2007) Maria artistacircense nasceu em Salvador Maria faz espetaacuteculos por todoo Brasil com a companhia de circo de que faz parte

Considerando que seu marido e filho residem em Olinda e queseus ascendentes mais proacuteximos residem em Ilheacuteus ter-se-aacutepor domiciacutelio de Maria(A) a cidade de Ilheacuteus(B) o local em que for encontrada(C) apenas a cidade de Salvador(D) apenas a cidade de Olinda(E) as cidades de Salvador ou Olinda

Tendo em vista que Maria eacute circense entatildeo ela natildeo possuiresidecircnciaEntretanto todos possuem domiciacutelio inclusive as pessoas quenatildeo possuem residecircnciaDessa forma nos termos do art 73 do CC o domiciacutelio de Mariaseraacute o local onde ela for encontradaOu seja o local de residecircncia do seu marido e dos seus filhossatildeo irrelevantes para a questatildeoGabarito B

1-C2-D3-E4-D5-C6-B7-B8-B9-A10-C11-A12-A13-D14-A15-E16-C17-D18-D19-C20-D21-E22-C23-B

Page 10: AULA 1 Civil

A situaccedilatildeo narrada no enunciado da questatildeo representa umcaso de perigo de vida (morte presumida sem decretaccedilatildeo deausecircncia) e conforme o art 7ordm sect uacutenico do CC para que possa serdeclarada a morte da pessoa eacute necessaacuterio que ocorra o fim dasbuscas e averiguaccedilotildeesGabarito A

12 (TRT 15ordf - Teacutecnico Judiciaacuterio - Aacuterea Administrativa ndash2009) Paulo Pedro e Joseacute num automoacutevel levavam Joatildeo aum hospital pois estava muito doente Paulo o mais velhodirigia o veiacuteculo Pedro seu filho estava no banco da frenteJoseacute uma crianccedila de 8 anos e Joatildeo ocupavam o bancotraseiro No percurso o veiacuteculo colidiu com um poste e todosmorreram natildeo se podendo verificar quem morreu primeiroNesse caso presume-se que(A) todos morreram simultaneamente(B) Paulo morreu primeiro por ser o mais velho(C) Pedro morreu primeiro por viajar no banco da frente(D) Joseacute morreu primeiro por ser o mais jovem(E) Joatildeo morreu primeiro porque estava muito doente

A questatildeo trata da comoriecircncia que eacute a presunccedilatildeo de morte deduas ou mais pessoas simultaneamente sendo elas herdeiras entresi Produz como efeito juriacutedico o fato de os comorientes natildeoherdarem entre si ou seja natildeo haacute transmissatildeo de bens entre oscomorientesArt 8o do CC - Se dois ou mais indiviacuteduos falecerem na mesmaocasiatildeo natildeo se podendo averiguar se algum dos comorientesprecedeu aos outros presumir-se-atildeo simultaneamentemortosEx Um casal sem descendentes e ascendentes falece em umacidente de carro O Marido possui como uacutenico herdeiro um primo Aesposa possui como uacutenica herdeira uma irmatilde1) Se ficar provado que o marido morreu primeiro (antes da

esposa) este transmite sua heranccedila para a esposa queconsequentemente transmite para a irmatilde O primo fica semnada2) Se ficar provado que a esposa morreu primeiro (antes domarido) esta transmite sua heranccedila para o marido queconsequentemente transmite para o primo A irmatilde fica semnadaSe natildeo puder se provar quem morreu primeiro presume-se acomoriecircncia ou seja a heranccedila do marido seraacute transmitida ao primoe a heranccedila da esposa seraacute transmitida para a irmatildeGabarito A

13 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Teraacute legitimidadepara reclamar perdas e danos a direito da personalidade depessoa morta(A) apenas o cocircnjuge sobrevivente(B) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o segundo grau(C) apenas os descendentes e ascendentes ateacute o segundograu(D) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o quarto grau(E) o cocircnjuge sobrevivente ou qualquer parente em linhareta ou colateral ateacute o terceiro grau

O art 12 do novo Coacutedigo Civil traz o princiacutepio da prevenccedilatildeo eda reparaccedilatildeo integral nos casos de lesatildeo a direitos da personalidadeArt 12 do CC - Pode-se exigir que cesse a ameaccedila ou a lesatildeo adireito da personalidade e reclamar perdas e danos sem prejuiacutezode outras sanccedilotildees previstas em leiParaacutegrafo uacutenico Em se tratando de morto teraacute legitimaccedilatildeo pararequerer a medida prevista neste artigo o cocircnjugesobrevivente ou qualquer parente em linha reta oucolateral ateacute o quarto grauEsse mesmo art 12 consagra os direitos do morto prevendo oseu sect uacutenico a legitimidade de ascendentes descendentes cocircnjuge e

colaterais ateacute quarto grau pleitearem indenizaccedilatildeo no caso de danosagrave personalidade de pessoa falecida Satildeo os denominados lesadosindiretos que sofrem muitas vezes um dano reflexo indiretocomumente denominado dano em ricocheteGabarito D

PESSOAS JURIacuteDICASA pessoa juriacutedica eacute o conjunto de pessoas naturais ou depatrimocircnios que visa a consecuccedilatildeo de certos fins reconhecida pelaordem juriacutedica como sujeito de direitos e obrigaccedilotildees Para existir satildeonecessaacuterios trecircs requisitos1) organizaccedilatildeo de pessoas ou de bens2) licitude de propoacutesitos ou fins e3) capacidade juriacutedica reconhecida por normaDessa forma para que o ser humano possa atingir seus fins eobjetivos liacutecitos ele se une a outros homens formandoagrupamentos A esses grupos a lei atribui personalidade juriacutedicacapacitando-os a serem sujeitos de direitos e de obrigaccedilotildeesNesse sentido eacute que surgem as pessoas juriacutedicas tambeacutemchamadas de pessoas morais pessoas coletivas pessoas abstrataspessoas miacutesticas pessoas civis ou pessoas intelectuais

14 (TCE-APProcurador2010) Eacute pessoa juriacutedica de direitopuacuteblico(A) associaccedilatildeo puacuteblica(B) fundaccedilatildeo(C) organizaccedilatildeo religiosa(D) empresa puacuteblica(E) partido poliacutetico

Uma questatildeo claacutessica da banca FCC versa sobre o assuntoclassificaccedilatildeo das pessoas juriacutedicasA tabela graacutefica a seguir resume o assuntoADM DIRETA Uniatildeo Est Territ DF MunicINTERNOADM INDIRETA Autarquias inclusive ass publicas edemais entid criadas por leiDIREITO PUacuteBLICO EXTERNO Estados estrangeiros e pessoas regidas pelo DIPSIMPLESPESSOA SOCIEDADEJURIacuteDICA EMPRESAacuteRIAfim econocircmico

CORPORACcedilAtildeO ASSOCIACcedilAtildeOuniversitas ASSOCIACcedilAtildeO PART POLIacuteTICODIREITO personarumPRIVADO fim natildeo ORG RELIGIOSAeconocircmicoFUNDACcedilAtildeOuniversitasbonorumA base legal para a tabela graacutefica acima estaacute nos artigos aseguirArt 40 do CC - As pessoas juriacutedicas satildeo de direito puacuteblico internoou externo e de direito privadoArt 41 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoI - a UniatildeoII - os Estados o Distrito Federal e os TerritoacuteriosIII - os MuniciacutepiosIV - as autarquias inclusive as associaccedilotildees puacuteblicasV - as demais entidades de caraacuteter puacuteblico criadas por leiParaacutegrafo uacutenico Salvo disposiccedilatildeo em contraacuterio as pessoasjuriacutedicas de direito puacuteblico a que se tenha dado estrutura dedireito privado regem-se no que couber quanto ao seufuncionamento pelas normas deste CoacutedigoArt 42 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico externo osEstados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelodireito internacional puacuteblicoArt 44 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoI - as associaccedilotildeesII - as sociedadesIII - as fundaccedilotildeesIV - as organizaccedilotildees religiosasV - os partidos poliacuteticossect 1o Satildeo livres a criaccedilatildeo a organizaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo interna e ofuncionamento das organizaccedilotildees religiosas sendo vedado aopoder puacuteblico negar-lhes reconhecimento ou registro dos atosconstitutivos e necessaacuterios ao seu funcionamentosect 2o As disposiccedilotildees concernentes agraves associaccedilotildees aplicam-sesubsidiariamente agraves sociedades que satildeo objeto do Livro II daParte Especial deste Coacutedigosect 3o Os partidos poliacuteticos seratildeo organizados e funcionaratildeoconforme o disposto em lei especiacutefica

Conclui-se que das alternativas apresentadas apenas aassociaccedilatildeo puacuteblica eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito A

15 (TRT 2ordf RegiatildeoAnalista Administrativo2008) Os partidospoliacuteticos as associaccedilotildees puacuteblicas e as organizaccedilotildees religiosassatildeo pessoas juriacutedicas de direito(A) privado(B) privado puacuteblico e puacuteblico respectivamente(C) puacuteblico privado e privado respectivamente(D) puacuteblico(E) privado puacuteblico e privado respectivamente

Conforme a tabela da pagina anteriorGabarito E

16 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Considere asseguintes entidades com abrangecircncia nacionalI Igreja Satildeo Marcos DivinoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquoIII Partido Poliacutetico ABCIV Autarquia XYZNeste caso satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoSOMENTE(A) III e IV (B) II III e IV(C) II e IV(D) I e IV(E) I e II

Vejamos cada uma das pessoas mencionadas conforme a tabelaapresentada

I Igreja Satildeo Marcos Divino 1048782 eacute uma organizaccedilatildeo religiosa portantotemos uma pessoa juriacutedica de direito privadoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquo 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica dedireito puacuteblicoIII Partido Poliacutetico ABC 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito privadoIV Autarquia XYZ 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito C

17 (TRT 7ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Administrativa ndash 2009) As

associaccedilotildees(A) soacute natildeo poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutempara fins morais(B) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins religiosos(C) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins poliacuteticos(D) jamais poderatildeo ter fins lucrativos(E) poderatildeo quando comerciais ter fins lucrativos

As ASSOCIACcedilOtildeES surgem quando natildeo haacute um fim lucrativoou intenccedilatildeo de dividir o resultado embora tenham patrimocircnioformado por contribuiccedilatildeo de seus membros para a obtenccedilatildeo de finsculturais educacionais esportivos religiosos beneficentesrecreativos morais etc Entretanto natildeo perdem a categoria deassociaccedilatildeo mesmo que realizem negoacutecios para manter ou aumentar oseu patrimocircnio desde que natildeo proporcionem ganho aos associados(Ex APAE UNE Associaccedilatildeo de Pais e Mestres Associaccedilatildeo dosAdvogados de Satildeo Paulo etc)Art 53 do CC - Constituem-se as associaccedilotildees pela uniatildeo depessoas que se organizem para fins natildeo econocircmicosParaacutegrafo uacutenico Natildeo haacute entre os associados direitos eobrigaccedilotildees reciacuteprocosO documento a ser utilizado na constituiccedilatildeo da associaccedilatildeo eacute oestatuto Tal documento deve possuir os requisitos listados no art 54do CCArt 54 do CC - Sob pena de nulidade o estatuto das associaccedilotildeesconteraacuteI - a denominaccedilatildeo os fins e a sede da associaccedilatildeoII - os requisitos para a admissatildeo demissatildeo e exclusatildeo dosassociadosIII - os direitos e deveres dos associadosIV - as fontes de recursos para sua manutenccedilatildeoV ndash o modo de constituiccedilatildeo e de funcionamento dos oacutergatildeosdeliberativosVI - as condiccedilotildees para a alteraccedilatildeo das disposiccedilotildees estatutaacuterias epara a dissoluccedilatildeo

VII ndash a forma de gestatildeo administrativa e de aprovaccedilatildeo dasrespectivas contasAleacutem disso como se trata de uma pessoa sem finalidadelucrativa os associados devem ter direitos iguais apesar de serpossiacutevel a existecircncia de uma categoria de associados com vantagensespeciais Um exemplo comum ocorre com os associados criadoresque reservam para si vantagens especiais enquanto que os demaisassociados teratildeo iguais direitosArt 55 do CC - Os associados devem ter iguais direitos mas oestatuto poderaacute instituir categorias com vantagens especiaisOutro conceito importante estaacute inserido no art 56 do CCArt 56 do CC - A qualidade de associado eacute intransmissiacutevel se oestatuto natildeo dispuser o contraacuterioParaacutegrafo uacutenico Se o associado for titular de quota ou fraccedilatildeoideal do patrimocircnio da associaccedilatildeo a transferecircncia daquela natildeoimportaraacute de per si na atribuiccedilatildeo da qualidade de associado aoadquirente ou ao herdeiro salvo disposiccedilatildeo diversa do estatutoApoacutes sua anaacutelise conclui-se que no silecircncio do estatuto aqualidade de associado eacute intransmissiacutevel seja por ato inter vivos (exdoaccedilatildeo) ou causa mortis (testamento) Entretanto eacute possiacutevel atransferecircncia de quota ou fraccedilatildeo ideal do patrimocircnio da associaccedilatildeoAinda sobre o associado o art 57 do CC prevecirc a possibilidadede sua exclusatildeoArt 57 do CC - A exclusatildeo do associado soacute eacute admissiacutevel havendojusta causa assim reconhecida em procedimento que asseguredireito de defesa e de recurso nos termos previstos no estatutoPercebe-se que para um associado ser excluiacutedo da associaccedilatildeodeve haver um procedimento especiacutefico com a possibilidade dedireito de defesa e tambeacutem possibilidade de recurso quanto agraveprimeira decisatildeoGabarito D

18 (MPUTeacutecnico Administrativo2007) A respeito daspessoas juriacutedicas analise

I As autarquias os partidos poliacuteticos e as organizaccedilotildeesreligiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoII Em regra se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentesIII Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar o juiza requerimento de qualquer interessado nomear-lhe-aacuteadministrador provisoacuterioIV As fundaccedilotildees somente poderatildeo constituir-se para finsreligiosos morais culturais ou de assistecircnciaEacute correto o que consta APENAS em(A) I II e III(B) I II e IV(C) II e III(D) II III e IV(E) II e IV

Anaacutelise das afirmativasI ERRADA Conforme a tabela apresentada os partidos poliacuteticos e asorganizaccedilotildees religiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoII CERTA Caso a pessoa juriacutedica tenha administraccedilatildeo coletiva(gerecircncia colegiada) em regra as decisotildees deveratildeo ser tomadas pormetade dos votos dos presentes mais um nos termos do art 48do CCArt 48 do CC - Se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentessalvo se o ato constitutivo dispuser de modo diversoParaacutegrafo uacutenico Decai em trecircs anos o direito de anular asdecisotildees a que se refere este artigo quando violarem a lei ouestatuto ou forem eivadas de erro dolo simulaccedilatildeo ou fraudeIII CERTA Pelo fato da pessoa juriacutedica precisar ser representadaativa ou passivamente em juiacutezo ou fora dele deveraacute seradministrada em regra por quem o estatuto designar Poreacutem se aadministraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar caracterizando umavacacircncia geral entatildeo o magistrado nos termos do art 49 do CCdeveraacute nomear um administrador provisoacuterio

Art 49 do CC - Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier afaltar o juiz a requerimento de qualquer interessado nomearlhe-aacute administrador provisoacuterioIV CERTA A fundaccedilatildeo eacute um acervo de bens livres de ocircnus eencargos (universitas bonorum) representando um patrimocircnio aque a lei atribui personalidade juriacutedica em atenccedilatildeo ao fim a que sedestina (fins religiosos morais culturais ou de assistecircncia) O CCcomeccedila a regular a criaccedilatildeo de uma fundaccedilatildeo no seu art 62Art 62 do CC - Para criar uma fundaccedilatildeo o seu instituidor faraacutepor escritura puacuteblica ou testamento dotaccedilatildeo especial de benslivres especificando o fim a que se destina e declarando sequiser a maneira de administraacute-laParaacutegrafo uacutenico A fundaccedilatildeo somente poderaacute constituir-se parafins religiosos morais culturais ou de assistecircnciaGabarito DDOMICIacuteLIOO domiciacutelio eacute a sede juriacutedica da pessoa onde ela se presumepresente para efeitos de direito Ou seja eacute o local onde a pessoapratica habitualmente seus atos e negoacutecios juriacutedicos econsequumlentemente onde responde por suas obrigaccedilotildeesPara chegarmos ao conceito de domiciacutelio eacute necessaacuterioentendermos a diferenccedila entre morada residecircncia e domiciacutelio- Morada eacute o lugar onde a pessoa eacute encontrada O normal eacute a ideacuteiado recolhimento Local onde eacute encontrada para dormir- Residecircncia eacute a morada habitual Eacute o local onde a pessoa eacuteencontrada habitualmente Ex Casa de praia- Domiciacutelio eacute a residecircncia com acircnimo definitivo Natildeo eacute residecircnciaeterna Eacute o local onde a pessoa eacute encontrada habitualmente e natildeosabe quando vai sair Acircnimo definitivo eacute a vontade de permanecer Apessoa pode ateacute natildeo ter vontade de permanecer mas enquanto elapermanecer de modo habitual eacute domiciacutelio (Ex morar em um bairroque natildeo gosta)Existem duas espeacutecies de domiciacutelio para a pessoa natural

1) Domiciacutelio Voluntaacuterio - pode sera) comum ou geral (arts 70 a 74 do CC) eacute aquele escolhidolivremente pela pessoa e que poderaacute ser mudado por elaArt 70 do CC - O domiciacutelio da pessoa natural eacute o lugar onde elaestabelece a sua residecircncia com acircnimo definitivoO conceito de domiciacutelio voluntaacuterio do art 70 do CC apresentadois elementosa) elemento objetivo eacute a residecircnciab) elemento subjetivo eacute o acircnimo definitivoDessa forma se uma pessoa vai passar o mecircs de feacuterias emuma casa de praia o domiciacutelio natildeo estaraacute sendo mudado poiscomo se trata de uma situaccedilatildeo temporaacuteria falta a intenccedilatildeo depermanecer definitivamente no localArt 71 do CC -Se poreacutem a pessoa natural tiver diversasresidecircncias onde alternadamente viva considerar-se-aacutedomiciacutelio seu qualquer delas (PLURALIDADE DEDOMICIacuteLIOS)No artigo 71 o Coacutedigo Civil consagra a pluralidade domiciliar ouseja eacute possiacutevel que uma pessoa tenha mais de um domiciacutelio Comoexemplo temos a pessoa que fica durante a semana no Rio de Janeiroe todo final de semana vai para Satildeo Paulo Tal pessoa possui duasmoradas habituais e nesse caso a lei estipulou que quando a pessoapossui mais de uma residecircncia qualquer uma delas serve comodomiciacutelioArt 72 do CC -Eacute tambeacutem domiciacutelio da pessoa natural quanto agravesrelaccedilotildees concernentes agrave profissatildeo o lugar onde esta eacute exercida(DOMICIacuteLIO PROFISSIONAL)Paraacutegrafo uacutenico Se a pessoa exercitar profissatildeo em lugaresdiversos cada um deles constituiraacute domiciacutelio para as relaccedilotildees quelhe corresponderem (PLURALIDADE DE DOMICIacuteLIOSPROFISSIONAIS)Aleacutem do domiciacutelio escolhido livremente pela pessoa ao fixarresidecircncia com acircnimo definitivo no artigo 72 do Coacutedigo Civil criou-sea possibilidade da pessoa ter como domiciacutelio o local relacionado com

o seu trabalho A situaccedilatildeo eacute exemplificada pelas pessoas quetrabalham em grandes centros e moram em cidades sateacutelites talcomo a pessoa que mora na cidade de Satildeo Caetano-SP e trabalha nacidade de Satildeo Paulo-SP (capital)Art 73 do CC - Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeotenha residecircncia habitual o lugar onde for encontrada(AUSEcircNCIA DE RESIDEcircNCIA)Todos possuem domiciacutelio inclusive aqueles que natildeo tecircmresidecircncia Dessa forma o domiciacutelio dos ciganos dos artistas de circo(circenses) e do cacheiro viajante eacute o local onde forem encontradosArt 74 do CC - Muda-se o domiciacutelio transferindo a residecircnciacom a intenccedilatildeo manifesta de o mudarParaacutegrafo uacutenico A prova da intenccedilatildeo resultaraacute do que declarar apessoa agraves municipalidades dos lugares que deixa e para ondevai ou se tais declaraccedilotildees natildeo fizer da proacutepria mudanccedila com ascircunstacircncias que a acompanharemNo artigo 74 do Coacutedigo Civil estaacute prevista a forma para umapessoa mudar o seu domiciacuteliob) especial (art78 do CC) - eacute aquele que possibilita aoscontratantes estabelecer um local para o cumprimento dasobrigaccedilotildees (foro de contrato) ou um local para dirimirquaisquer controveacutersias surgidas em decorrecircncia do contrato(foro de eleiccedilatildeo)Art 78 do CC - Nos contratos escritos poderatildeo os contratantesespecificar domiciacutelio onde se exercitem e cumpram os direitos eobrigaccedilotildees deles resultantes2) Domiciacutelio Necessaacuterio ou Legal (art 76 do CC) - eacute aqueledeterminado pela lei em razatildeo da condiccedilatildeo ou situaccedilatildeo decertas pessoas Nesses casos a lei natildeo permite a escolha dodomiciacutelioArt 76 do CC - Tecircm domiciacutelio necessaacuterio o incapaz o servidorpuacuteblico o militar o mariacutetimo e o presoParaacutegrafo uacutenico O domiciacutelio do incapaz eacute o do seu representanteou assistente o do servidor puacuteblico o lugar em que exercer

permanentemente suas funccedilotildees o do militar onde servir esendo da Marinha ou da Aeronaacuteutica a sede do comando a que seencontrar imediatamente subordinado o do mariacutetimo onde onavio estiver matriculado e o do preso o lugar em que cumprir asentenccedilaAleacutem dos domiciacutelios jaacute citados tambeacutem eacute consagrado no art 77do Coacutedigo Civil uma situaccedilatildeo especial para o agente diplomaacuteticoArt 77 do CC - O agente diplomaacutetico do Brasil que citado noestrangeiro alegar extraterritorialidade sem designar onde temno paiacutes o seu domiciacutelio poderaacute ser demandado no DistritoFederal ou no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro onde o tevePelo fato do agente diplomaacutetico natildeo ter residecircncia no Brasil ese em razatildeo de uma demanda tal fato for suscitado por ele entatildeo ajurisdiccedilatildeo competente para resolver o litiacutegio pode ser duas1) o Distrito Federal ou2) o local do Brasil onde teve seu uacuteltimo domiciacutelio

19 (TRE-AMAnalista Judiciaacuterio2009) Considere asassertivas abaixo a respeito do domiciacutelioI Se a pessoa natural tiver diversas residecircncias ondealternadamente viva considerar-se-aacute domiciacutelio seu qualquerdelasII Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeo tenharesidecircncia habitual o lugar onde for encontradaIII O domiciacutelio do militar da Marinha eacute o local onde o navioestiver matriculadoIV Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosDe acordo com o Coacutedigo Civil brasileiro estaacute correto o que seafirma APENAS em(A) II III e IV(B) I II e III(C) I II e IV(D) I e IV(E) II e III

Anaacutelise das alternativasI CERTA Conforme o art 71 do CCII CERTA Conforme o art 73 do CCIII ERRADA O local onde o navio estiver matriculado segundo oart 75 do CC eacute o domiciacutelio do mariacutetimoIV CERTA Assim como a pessoa natural a pessoa juriacutedica tambeacutemdeve responder pelos atos referentes agraves relaccedilotildees juriacutedicas em queestaacute envolvidaO assunto eacute tratado no art 75 do CCArt 75 do CC - Quanto agraves pessoas juriacutedicas o domiciacutelio eacuteI - da Uniatildeo o Distrito FederalII - dos Estados e Territoacuterios as respectivas capitaisIII - do Municiacutepio o lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipalIV - das demais pessoas juriacutedicas o lugar onde funcionarem asrespectivas diretorias e administraccedilotildees ou onde elegeremdomiciacutelio especial no seu estatuto ou atos constitutivossect 1o Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacutelio paraos atos nele praticadossect 2o Se a administraccedilatildeo ou diretoria tiver a sede no estrangeirohaver-se-aacute por domiciacutelio da pessoa juriacutedica no tocante agravesobrigaccedilotildees contraiacutedas por cada uma das suas agecircncias o lugar doestabelecimento sito no Brasil a que ela corresponderA pessoa juriacutedica natildeo possui residecircncia mas tem sede ouestabelecimento que a ldquoprenderdquo a um determinado lugar Trata-se dodomiciacutelio especial da pessoa juriacutedica que pode ser livrementeescolhido no seu ato constitutivoNatildeo havendo tal escolha o domiciacutelio seraacute o lugar onde funcionaras respectivas diretorias e administraccedilotildeesO graacutefico a seguir resume o assuntoDOMICIacuteLIO DA PESSOA JURIacuteDICA DE DIREITO PUacuteBLICO INTERNOUniatildeo o Distrito FederalEstados e Territoacuterios as respectivas capitaisMuniciacutepioso lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipal

DOMICIacuteLIO DAS DEMAIS PESSOAS JURIacuteDICASRegraonde elegerem domiciacutelio especial no seuestatuto ou atos constitutivosNa falta de domiciacutelio especialo lugar onde funcionarem as respectivasdiretorias e administraccedilotildeesHavendo diversosestabelecimentos(pluralidade domiciliar)cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosSe a administraccedilatildeo oudiretoria tiver sede noestrangeiroo lugar do estabelecimento sito no Brasila que ela corresponderGabarito C

20 (TCE-GOAnalista de Controle Externo2009) O agentediplomaacutetico do Brasil que citado no estrangeiro alegarextraterritorialidade sem designar onde tem no paiacutes o seudomiciacutelio poderaacute ser demandado(A) somente no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro em quefoi domiciliado(B) somente do Distrito Federal(C) somente no exterior no lugar onde se encontra exercendoas suas funccedilotildees(D) no Distrito Federal ou no uacuteltimo ponto do territoacuteriobrasileiro onde o teve(E) somente no exterior na capital do paiacutes onde estaacuteexercendo as suas funccedilotildees

A questatildeo tem como base legal o art 77 do CCGabarito D

21 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) O domiciacutelio(A) dos oficiais da marinha eacute o lugar onde servem(B) do mariacutetimo eacute o lugar em que o navio estiver atracado(C) do incapaz eacute o lugar em que foi registrado o seunascimento(D) do militar do Exeacutercito eacute a sede do comando a que seencontrar subordinado(E) do preso eacute o lugar em que cumpre a sentenccedila

Toda a questatildeo tem como fundamento legal o art 75 do CCAnaacutelise das alternativas(A) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio dos oficiais de marinha eacute a sededo comando a que estiverem imediatamente subordinado(B) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do mariacutetimo eacute o lugar em que onavio estiver atracado(C) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do incapaz eacute o mesmo do seurepresentante ou assistente(D) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do militar do exeacutercito eacute o localonde servir Apenas para os militares da Marinha e da Aeronaacuteutica odomiciacutelio necessaacuterio eacute a sede do comando a que estiveremimediatamente subordinado(E) CERTAGabarito E

22 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) Nuacutebia eacute funcionaacuteriapuacuteblica da Prefeitura Municipal da Cidade A onde exerce suasatividades inerentes ao cargo puacuteblico que ocupa Reside comseus filhos na cidade vizinha B mas como seu marido emrazatildeo de trabalho reside na cidade vizinha C Nuacutebia passaparte da semana dormindo nesta cidade De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro o Domiciacutelio Civil de Nuacutebia eacute a cidade(A) A ou C(B) B ou C(C) A apenas(D) B apenas(E) C apenas

Tendo em vista que Nubia eacute funcionaacuteria puacuteblica entatildeo ela temdomiciacutelio necessaacuterio (imposto por lei)Conforme o art 76 do CC o domiciacutelio de Nubia eacute o local ondeela exercer permanentemente as suas funccedilotildees ou seja apenas acidade AGabarito C

23 (TRE-SETeacutecnico Administrativo2007) Maria artistacircense nasceu em Salvador Maria faz espetaacuteculos por todoo Brasil com a companhia de circo de que faz parte

Considerando que seu marido e filho residem em Olinda e queseus ascendentes mais proacuteximos residem em Ilheacuteus ter-se-aacutepor domiciacutelio de Maria(A) a cidade de Ilheacuteus(B) o local em que for encontrada(C) apenas a cidade de Salvador(D) apenas a cidade de Olinda(E) as cidades de Salvador ou Olinda

Tendo em vista que Maria eacute circense entatildeo ela natildeo possuiresidecircnciaEntretanto todos possuem domiciacutelio inclusive as pessoas quenatildeo possuem residecircnciaDessa forma nos termos do art 73 do CC o domiciacutelio de Mariaseraacute o local onde ela for encontradaOu seja o local de residecircncia do seu marido e dos seus filhossatildeo irrelevantes para a questatildeoGabarito B

1-C2-D3-E4-D5-C6-B7-B8-B9-A10-C11-A12-A13-D14-A15-E16-C17-D18-D19-C20-D21-E22-C23-B

Page 11: AULA 1 Civil

colaterais ateacute quarto grau pleitearem indenizaccedilatildeo no caso de danosagrave personalidade de pessoa falecida Satildeo os denominados lesadosindiretos que sofrem muitas vezes um dano reflexo indiretocomumente denominado dano em ricocheteGabarito D

PESSOAS JURIacuteDICASA pessoa juriacutedica eacute o conjunto de pessoas naturais ou depatrimocircnios que visa a consecuccedilatildeo de certos fins reconhecida pelaordem juriacutedica como sujeito de direitos e obrigaccedilotildees Para existir satildeonecessaacuterios trecircs requisitos1) organizaccedilatildeo de pessoas ou de bens2) licitude de propoacutesitos ou fins e3) capacidade juriacutedica reconhecida por normaDessa forma para que o ser humano possa atingir seus fins eobjetivos liacutecitos ele se une a outros homens formandoagrupamentos A esses grupos a lei atribui personalidade juriacutedicacapacitando-os a serem sujeitos de direitos e de obrigaccedilotildeesNesse sentido eacute que surgem as pessoas juriacutedicas tambeacutemchamadas de pessoas morais pessoas coletivas pessoas abstrataspessoas miacutesticas pessoas civis ou pessoas intelectuais

14 (TCE-APProcurador2010) Eacute pessoa juriacutedica de direitopuacuteblico(A) associaccedilatildeo puacuteblica(B) fundaccedilatildeo(C) organizaccedilatildeo religiosa(D) empresa puacuteblica(E) partido poliacutetico

Uma questatildeo claacutessica da banca FCC versa sobre o assuntoclassificaccedilatildeo das pessoas juriacutedicasA tabela graacutefica a seguir resume o assuntoADM DIRETA Uniatildeo Est Territ DF MunicINTERNOADM INDIRETA Autarquias inclusive ass publicas edemais entid criadas por leiDIREITO PUacuteBLICO EXTERNO Estados estrangeiros e pessoas regidas pelo DIPSIMPLESPESSOA SOCIEDADEJURIacuteDICA EMPRESAacuteRIAfim econocircmico

CORPORACcedilAtildeO ASSOCIACcedilAtildeOuniversitas ASSOCIACcedilAtildeO PART POLIacuteTICODIREITO personarumPRIVADO fim natildeo ORG RELIGIOSAeconocircmicoFUNDACcedilAtildeOuniversitasbonorumA base legal para a tabela graacutefica acima estaacute nos artigos aseguirArt 40 do CC - As pessoas juriacutedicas satildeo de direito puacuteblico internoou externo e de direito privadoArt 41 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoI - a UniatildeoII - os Estados o Distrito Federal e os TerritoacuteriosIII - os MuniciacutepiosIV - as autarquias inclusive as associaccedilotildees puacuteblicasV - as demais entidades de caraacuteter puacuteblico criadas por leiParaacutegrafo uacutenico Salvo disposiccedilatildeo em contraacuterio as pessoasjuriacutedicas de direito puacuteblico a que se tenha dado estrutura dedireito privado regem-se no que couber quanto ao seufuncionamento pelas normas deste CoacutedigoArt 42 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico externo osEstados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelodireito internacional puacuteblicoArt 44 do CC - Satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoI - as associaccedilotildeesII - as sociedadesIII - as fundaccedilotildeesIV - as organizaccedilotildees religiosasV - os partidos poliacuteticossect 1o Satildeo livres a criaccedilatildeo a organizaccedilatildeo a estruturaccedilatildeo interna e ofuncionamento das organizaccedilotildees religiosas sendo vedado aopoder puacuteblico negar-lhes reconhecimento ou registro dos atosconstitutivos e necessaacuterios ao seu funcionamentosect 2o As disposiccedilotildees concernentes agraves associaccedilotildees aplicam-sesubsidiariamente agraves sociedades que satildeo objeto do Livro II daParte Especial deste Coacutedigosect 3o Os partidos poliacuteticos seratildeo organizados e funcionaratildeoconforme o disposto em lei especiacutefica

Conclui-se que das alternativas apresentadas apenas aassociaccedilatildeo puacuteblica eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito A

15 (TRT 2ordf RegiatildeoAnalista Administrativo2008) Os partidospoliacuteticos as associaccedilotildees puacuteblicas e as organizaccedilotildees religiosassatildeo pessoas juriacutedicas de direito(A) privado(B) privado puacuteblico e puacuteblico respectivamente(C) puacuteblico privado e privado respectivamente(D) puacuteblico(E) privado puacuteblico e privado respectivamente

Conforme a tabela da pagina anteriorGabarito E

16 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Considere asseguintes entidades com abrangecircncia nacionalI Igreja Satildeo Marcos DivinoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquoIII Partido Poliacutetico ABCIV Autarquia XYZNeste caso satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoSOMENTE(A) III e IV (B) II III e IV(C) II e IV(D) I e IV(E) I e II

Vejamos cada uma das pessoas mencionadas conforme a tabelaapresentada

I Igreja Satildeo Marcos Divino 1048782 eacute uma organizaccedilatildeo religiosa portantotemos uma pessoa juriacutedica de direito privadoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquo 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica dedireito puacuteblicoIII Partido Poliacutetico ABC 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito privadoIV Autarquia XYZ 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito C

17 (TRT 7ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Administrativa ndash 2009) As

associaccedilotildees(A) soacute natildeo poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutempara fins morais(B) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins religiosos(C) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins poliacuteticos(D) jamais poderatildeo ter fins lucrativos(E) poderatildeo quando comerciais ter fins lucrativos

As ASSOCIACcedilOtildeES surgem quando natildeo haacute um fim lucrativoou intenccedilatildeo de dividir o resultado embora tenham patrimocircnioformado por contribuiccedilatildeo de seus membros para a obtenccedilatildeo de finsculturais educacionais esportivos religiosos beneficentesrecreativos morais etc Entretanto natildeo perdem a categoria deassociaccedilatildeo mesmo que realizem negoacutecios para manter ou aumentar oseu patrimocircnio desde que natildeo proporcionem ganho aos associados(Ex APAE UNE Associaccedilatildeo de Pais e Mestres Associaccedilatildeo dosAdvogados de Satildeo Paulo etc)Art 53 do CC - Constituem-se as associaccedilotildees pela uniatildeo depessoas que se organizem para fins natildeo econocircmicosParaacutegrafo uacutenico Natildeo haacute entre os associados direitos eobrigaccedilotildees reciacuteprocosO documento a ser utilizado na constituiccedilatildeo da associaccedilatildeo eacute oestatuto Tal documento deve possuir os requisitos listados no art 54do CCArt 54 do CC - Sob pena de nulidade o estatuto das associaccedilotildeesconteraacuteI - a denominaccedilatildeo os fins e a sede da associaccedilatildeoII - os requisitos para a admissatildeo demissatildeo e exclusatildeo dosassociadosIII - os direitos e deveres dos associadosIV - as fontes de recursos para sua manutenccedilatildeoV ndash o modo de constituiccedilatildeo e de funcionamento dos oacutergatildeosdeliberativosVI - as condiccedilotildees para a alteraccedilatildeo das disposiccedilotildees estatutaacuterias epara a dissoluccedilatildeo

VII ndash a forma de gestatildeo administrativa e de aprovaccedilatildeo dasrespectivas contasAleacutem disso como se trata de uma pessoa sem finalidadelucrativa os associados devem ter direitos iguais apesar de serpossiacutevel a existecircncia de uma categoria de associados com vantagensespeciais Um exemplo comum ocorre com os associados criadoresque reservam para si vantagens especiais enquanto que os demaisassociados teratildeo iguais direitosArt 55 do CC - Os associados devem ter iguais direitos mas oestatuto poderaacute instituir categorias com vantagens especiaisOutro conceito importante estaacute inserido no art 56 do CCArt 56 do CC - A qualidade de associado eacute intransmissiacutevel se oestatuto natildeo dispuser o contraacuterioParaacutegrafo uacutenico Se o associado for titular de quota ou fraccedilatildeoideal do patrimocircnio da associaccedilatildeo a transferecircncia daquela natildeoimportaraacute de per si na atribuiccedilatildeo da qualidade de associado aoadquirente ou ao herdeiro salvo disposiccedilatildeo diversa do estatutoApoacutes sua anaacutelise conclui-se que no silecircncio do estatuto aqualidade de associado eacute intransmissiacutevel seja por ato inter vivos (exdoaccedilatildeo) ou causa mortis (testamento) Entretanto eacute possiacutevel atransferecircncia de quota ou fraccedilatildeo ideal do patrimocircnio da associaccedilatildeoAinda sobre o associado o art 57 do CC prevecirc a possibilidadede sua exclusatildeoArt 57 do CC - A exclusatildeo do associado soacute eacute admissiacutevel havendojusta causa assim reconhecida em procedimento que asseguredireito de defesa e de recurso nos termos previstos no estatutoPercebe-se que para um associado ser excluiacutedo da associaccedilatildeodeve haver um procedimento especiacutefico com a possibilidade dedireito de defesa e tambeacutem possibilidade de recurso quanto agraveprimeira decisatildeoGabarito D

18 (MPUTeacutecnico Administrativo2007) A respeito daspessoas juriacutedicas analise

I As autarquias os partidos poliacuteticos e as organizaccedilotildeesreligiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoII Em regra se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentesIII Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar o juiza requerimento de qualquer interessado nomear-lhe-aacuteadministrador provisoacuterioIV As fundaccedilotildees somente poderatildeo constituir-se para finsreligiosos morais culturais ou de assistecircnciaEacute correto o que consta APENAS em(A) I II e III(B) I II e IV(C) II e III(D) II III e IV(E) II e IV

Anaacutelise das afirmativasI ERRADA Conforme a tabela apresentada os partidos poliacuteticos e asorganizaccedilotildees religiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoII CERTA Caso a pessoa juriacutedica tenha administraccedilatildeo coletiva(gerecircncia colegiada) em regra as decisotildees deveratildeo ser tomadas pormetade dos votos dos presentes mais um nos termos do art 48do CCArt 48 do CC - Se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentessalvo se o ato constitutivo dispuser de modo diversoParaacutegrafo uacutenico Decai em trecircs anos o direito de anular asdecisotildees a que se refere este artigo quando violarem a lei ouestatuto ou forem eivadas de erro dolo simulaccedilatildeo ou fraudeIII CERTA Pelo fato da pessoa juriacutedica precisar ser representadaativa ou passivamente em juiacutezo ou fora dele deveraacute seradministrada em regra por quem o estatuto designar Poreacutem se aadministraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar caracterizando umavacacircncia geral entatildeo o magistrado nos termos do art 49 do CCdeveraacute nomear um administrador provisoacuterio

Art 49 do CC - Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier afaltar o juiz a requerimento de qualquer interessado nomearlhe-aacute administrador provisoacuterioIV CERTA A fundaccedilatildeo eacute um acervo de bens livres de ocircnus eencargos (universitas bonorum) representando um patrimocircnio aque a lei atribui personalidade juriacutedica em atenccedilatildeo ao fim a que sedestina (fins religiosos morais culturais ou de assistecircncia) O CCcomeccedila a regular a criaccedilatildeo de uma fundaccedilatildeo no seu art 62Art 62 do CC - Para criar uma fundaccedilatildeo o seu instituidor faraacutepor escritura puacuteblica ou testamento dotaccedilatildeo especial de benslivres especificando o fim a que se destina e declarando sequiser a maneira de administraacute-laParaacutegrafo uacutenico A fundaccedilatildeo somente poderaacute constituir-se parafins religiosos morais culturais ou de assistecircnciaGabarito DDOMICIacuteLIOO domiciacutelio eacute a sede juriacutedica da pessoa onde ela se presumepresente para efeitos de direito Ou seja eacute o local onde a pessoapratica habitualmente seus atos e negoacutecios juriacutedicos econsequumlentemente onde responde por suas obrigaccedilotildeesPara chegarmos ao conceito de domiciacutelio eacute necessaacuterioentendermos a diferenccedila entre morada residecircncia e domiciacutelio- Morada eacute o lugar onde a pessoa eacute encontrada O normal eacute a ideacuteiado recolhimento Local onde eacute encontrada para dormir- Residecircncia eacute a morada habitual Eacute o local onde a pessoa eacuteencontrada habitualmente Ex Casa de praia- Domiciacutelio eacute a residecircncia com acircnimo definitivo Natildeo eacute residecircnciaeterna Eacute o local onde a pessoa eacute encontrada habitualmente e natildeosabe quando vai sair Acircnimo definitivo eacute a vontade de permanecer Apessoa pode ateacute natildeo ter vontade de permanecer mas enquanto elapermanecer de modo habitual eacute domiciacutelio (Ex morar em um bairroque natildeo gosta)Existem duas espeacutecies de domiciacutelio para a pessoa natural

1) Domiciacutelio Voluntaacuterio - pode sera) comum ou geral (arts 70 a 74 do CC) eacute aquele escolhidolivremente pela pessoa e que poderaacute ser mudado por elaArt 70 do CC - O domiciacutelio da pessoa natural eacute o lugar onde elaestabelece a sua residecircncia com acircnimo definitivoO conceito de domiciacutelio voluntaacuterio do art 70 do CC apresentadois elementosa) elemento objetivo eacute a residecircnciab) elemento subjetivo eacute o acircnimo definitivoDessa forma se uma pessoa vai passar o mecircs de feacuterias emuma casa de praia o domiciacutelio natildeo estaraacute sendo mudado poiscomo se trata de uma situaccedilatildeo temporaacuteria falta a intenccedilatildeo depermanecer definitivamente no localArt 71 do CC -Se poreacutem a pessoa natural tiver diversasresidecircncias onde alternadamente viva considerar-se-aacutedomiciacutelio seu qualquer delas (PLURALIDADE DEDOMICIacuteLIOS)No artigo 71 o Coacutedigo Civil consagra a pluralidade domiciliar ouseja eacute possiacutevel que uma pessoa tenha mais de um domiciacutelio Comoexemplo temos a pessoa que fica durante a semana no Rio de Janeiroe todo final de semana vai para Satildeo Paulo Tal pessoa possui duasmoradas habituais e nesse caso a lei estipulou que quando a pessoapossui mais de uma residecircncia qualquer uma delas serve comodomiciacutelioArt 72 do CC -Eacute tambeacutem domiciacutelio da pessoa natural quanto agravesrelaccedilotildees concernentes agrave profissatildeo o lugar onde esta eacute exercida(DOMICIacuteLIO PROFISSIONAL)Paraacutegrafo uacutenico Se a pessoa exercitar profissatildeo em lugaresdiversos cada um deles constituiraacute domiciacutelio para as relaccedilotildees quelhe corresponderem (PLURALIDADE DE DOMICIacuteLIOSPROFISSIONAIS)Aleacutem do domiciacutelio escolhido livremente pela pessoa ao fixarresidecircncia com acircnimo definitivo no artigo 72 do Coacutedigo Civil criou-sea possibilidade da pessoa ter como domiciacutelio o local relacionado com

o seu trabalho A situaccedilatildeo eacute exemplificada pelas pessoas quetrabalham em grandes centros e moram em cidades sateacutelites talcomo a pessoa que mora na cidade de Satildeo Caetano-SP e trabalha nacidade de Satildeo Paulo-SP (capital)Art 73 do CC - Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeotenha residecircncia habitual o lugar onde for encontrada(AUSEcircNCIA DE RESIDEcircNCIA)Todos possuem domiciacutelio inclusive aqueles que natildeo tecircmresidecircncia Dessa forma o domiciacutelio dos ciganos dos artistas de circo(circenses) e do cacheiro viajante eacute o local onde forem encontradosArt 74 do CC - Muda-se o domiciacutelio transferindo a residecircnciacom a intenccedilatildeo manifesta de o mudarParaacutegrafo uacutenico A prova da intenccedilatildeo resultaraacute do que declarar apessoa agraves municipalidades dos lugares que deixa e para ondevai ou se tais declaraccedilotildees natildeo fizer da proacutepria mudanccedila com ascircunstacircncias que a acompanharemNo artigo 74 do Coacutedigo Civil estaacute prevista a forma para umapessoa mudar o seu domiciacuteliob) especial (art78 do CC) - eacute aquele que possibilita aoscontratantes estabelecer um local para o cumprimento dasobrigaccedilotildees (foro de contrato) ou um local para dirimirquaisquer controveacutersias surgidas em decorrecircncia do contrato(foro de eleiccedilatildeo)Art 78 do CC - Nos contratos escritos poderatildeo os contratantesespecificar domiciacutelio onde se exercitem e cumpram os direitos eobrigaccedilotildees deles resultantes2) Domiciacutelio Necessaacuterio ou Legal (art 76 do CC) - eacute aqueledeterminado pela lei em razatildeo da condiccedilatildeo ou situaccedilatildeo decertas pessoas Nesses casos a lei natildeo permite a escolha dodomiciacutelioArt 76 do CC - Tecircm domiciacutelio necessaacuterio o incapaz o servidorpuacuteblico o militar o mariacutetimo e o presoParaacutegrafo uacutenico O domiciacutelio do incapaz eacute o do seu representanteou assistente o do servidor puacuteblico o lugar em que exercer

permanentemente suas funccedilotildees o do militar onde servir esendo da Marinha ou da Aeronaacuteutica a sede do comando a que seencontrar imediatamente subordinado o do mariacutetimo onde onavio estiver matriculado e o do preso o lugar em que cumprir asentenccedilaAleacutem dos domiciacutelios jaacute citados tambeacutem eacute consagrado no art 77do Coacutedigo Civil uma situaccedilatildeo especial para o agente diplomaacuteticoArt 77 do CC - O agente diplomaacutetico do Brasil que citado noestrangeiro alegar extraterritorialidade sem designar onde temno paiacutes o seu domiciacutelio poderaacute ser demandado no DistritoFederal ou no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro onde o tevePelo fato do agente diplomaacutetico natildeo ter residecircncia no Brasil ese em razatildeo de uma demanda tal fato for suscitado por ele entatildeo ajurisdiccedilatildeo competente para resolver o litiacutegio pode ser duas1) o Distrito Federal ou2) o local do Brasil onde teve seu uacuteltimo domiciacutelio

19 (TRE-AMAnalista Judiciaacuterio2009) Considere asassertivas abaixo a respeito do domiciacutelioI Se a pessoa natural tiver diversas residecircncias ondealternadamente viva considerar-se-aacute domiciacutelio seu qualquerdelasII Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeo tenharesidecircncia habitual o lugar onde for encontradaIII O domiciacutelio do militar da Marinha eacute o local onde o navioestiver matriculadoIV Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosDe acordo com o Coacutedigo Civil brasileiro estaacute correto o que seafirma APENAS em(A) II III e IV(B) I II e III(C) I II e IV(D) I e IV(E) II e III

Anaacutelise das alternativasI CERTA Conforme o art 71 do CCII CERTA Conforme o art 73 do CCIII ERRADA O local onde o navio estiver matriculado segundo oart 75 do CC eacute o domiciacutelio do mariacutetimoIV CERTA Assim como a pessoa natural a pessoa juriacutedica tambeacutemdeve responder pelos atos referentes agraves relaccedilotildees juriacutedicas em queestaacute envolvidaO assunto eacute tratado no art 75 do CCArt 75 do CC - Quanto agraves pessoas juriacutedicas o domiciacutelio eacuteI - da Uniatildeo o Distrito FederalII - dos Estados e Territoacuterios as respectivas capitaisIII - do Municiacutepio o lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipalIV - das demais pessoas juriacutedicas o lugar onde funcionarem asrespectivas diretorias e administraccedilotildees ou onde elegeremdomiciacutelio especial no seu estatuto ou atos constitutivossect 1o Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacutelio paraos atos nele praticadossect 2o Se a administraccedilatildeo ou diretoria tiver a sede no estrangeirohaver-se-aacute por domiciacutelio da pessoa juriacutedica no tocante agravesobrigaccedilotildees contraiacutedas por cada uma das suas agecircncias o lugar doestabelecimento sito no Brasil a que ela corresponderA pessoa juriacutedica natildeo possui residecircncia mas tem sede ouestabelecimento que a ldquoprenderdquo a um determinado lugar Trata-se dodomiciacutelio especial da pessoa juriacutedica que pode ser livrementeescolhido no seu ato constitutivoNatildeo havendo tal escolha o domiciacutelio seraacute o lugar onde funcionaras respectivas diretorias e administraccedilotildeesO graacutefico a seguir resume o assuntoDOMICIacuteLIO DA PESSOA JURIacuteDICA DE DIREITO PUacuteBLICO INTERNOUniatildeo o Distrito FederalEstados e Territoacuterios as respectivas capitaisMuniciacutepioso lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipal

DOMICIacuteLIO DAS DEMAIS PESSOAS JURIacuteDICASRegraonde elegerem domiciacutelio especial no seuestatuto ou atos constitutivosNa falta de domiciacutelio especialo lugar onde funcionarem as respectivasdiretorias e administraccedilotildeesHavendo diversosestabelecimentos(pluralidade domiciliar)cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosSe a administraccedilatildeo oudiretoria tiver sede noestrangeiroo lugar do estabelecimento sito no Brasila que ela corresponderGabarito C

20 (TCE-GOAnalista de Controle Externo2009) O agentediplomaacutetico do Brasil que citado no estrangeiro alegarextraterritorialidade sem designar onde tem no paiacutes o seudomiciacutelio poderaacute ser demandado(A) somente no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro em quefoi domiciliado(B) somente do Distrito Federal(C) somente no exterior no lugar onde se encontra exercendoas suas funccedilotildees(D) no Distrito Federal ou no uacuteltimo ponto do territoacuteriobrasileiro onde o teve(E) somente no exterior na capital do paiacutes onde estaacuteexercendo as suas funccedilotildees

A questatildeo tem como base legal o art 77 do CCGabarito D

21 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) O domiciacutelio(A) dos oficiais da marinha eacute o lugar onde servem(B) do mariacutetimo eacute o lugar em que o navio estiver atracado(C) do incapaz eacute o lugar em que foi registrado o seunascimento(D) do militar do Exeacutercito eacute a sede do comando a que seencontrar subordinado(E) do preso eacute o lugar em que cumpre a sentenccedila

Toda a questatildeo tem como fundamento legal o art 75 do CCAnaacutelise das alternativas(A) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio dos oficiais de marinha eacute a sededo comando a que estiverem imediatamente subordinado(B) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do mariacutetimo eacute o lugar em que onavio estiver atracado(C) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do incapaz eacute o mesmo do seurepresentante ou assistente(D) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do militar do exeacutercito eacute o localonde servir Apenas para os militares da Marinha e da Aeronaacuteutica odomiciacutelio necessaacuterio eacute a sede do comando a que estiveremimediatamente subordinado(E) CERTAGabarito E

22 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) Nuacutebia eacute funcionaacuteriapuacuteblica da Prefeitura Municipal da Cidade A onde exerce suasatividades inerentes ao cargo puacuteblico que ocupa Reside comseus filhos na cidade vizinha B mas como seu marido emrazatildeo de trabalho reside na cidade vizinha C Nuacutebia passaparte da semana dormindo nesta cidade De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro o Domiciacutelio Civil de Nuacutebia eacute a cidade(A) A ou C(B) B ou C(C) A apenas(D) B apenas(E) C apenas

Tendo em vista que Nubia eacute funcionaacuteria puacuteblica entatildeo ela temdomiciacutelio necessaacuterio (imposto por lei)Conforme o art 76 do CC o domiciacutelio de Nubia eacute o local ondeela exercer permanentemente as suas funccedilotildees ou seja apenas acidade AGabarito C

23 (TRE-SETeacutecnico Administrativo2007) Maria artistacircense nasceu em Salvador Maria faz espetaacuteculos por todoo Brasil com a companhia de circo de que faz parte

Considerando que seu marido e filho residem em Olinda e queseus ascendentes mais proacuteximos residem em Ilheacuteus ter-se-aacutepor domiciacutelio de Maria(A) a cidade de Ilheacuteus(B) o local em que for encontrada(C) apenas a cidade de Salvador(D) apenas a cidade de Olinda(E) as cidades de Salvador ou Olinda

Tendo em vista que Maria eacute circense entatildeo ela natildeo possuiresidecircnciaEntretanto todos possuem domiciacutelio inclusive as pessoas quenatildeo possuem residecircnciaDessa forma nos termos do art 73 do CC o domiciacutelio de Mariaseraacute o local onde ela for encontradaOu seja o local de residecircncia do seu marido e dos seus filhossatildeo irrelevantes para a questatildeoGabarito B

1-C2-D3-E4-D5-C6-B7-B8-B9-A10-C11-A12-A13-D14-A15-E16-C17-D18-D19-C20-D21-E22-C23-B

Page 12: AULA 1 Civil

Conclui-se que das alternativas apresentadas apenas aassociaccedilatildeo puacuteblica eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito A

15 (TRT 2ordf RegiatildeoAnalista Administrativo2008) Os partidospoliacuteticos as associaccedilotildees puacuteblicas e as organizaccedilotildees religiosassatildeo pessoas juriacutedicas de direito(A) privado(B) privado puacuteblico e puacuteblico respectivamente(C) puacuteblico privado e privado respectivamente(D) puacuteblico(E) privado puacuteblico e privado respectivamente

Conforme a tabela da pagina anteriorGabarito E

16 (TRE-APAnalista Administrativo2011) Considere asseguintes entidades com abrangecircncia nacionalI Igreja Satildeo Marcos DivinoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquoIII Partido Poliacutetico ABCIV Autarquia XYZNeste caso satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoSOMENTE(A) III e IV (B) II III e IV(C) II e IV(D) I e IV(E) I e II

Vejamos cada uma das pessoas mencionadas conforme a tabelaapresentada

I Igreja Satildeo Marcos Divino 1048782 eacute uma organizaccedilatildeo religiosa portantotemos uma pessoa juriacutedica de direito privadoII Associaccedilatildeo Puacuteblica ldquoVenceremosrdquo 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica dedireito puacuteblicoIII Partido Poliacutetico ABC 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito privadoIV Autarquia XYZ 1048782 eacute uma pessoa juriacutedica de direito puacuteblicoGabarito C

17 (TRT 7ordf ndash Analista Judiciaacuterio ndash Administrativa ndash 2009) As

associaccedilotildees(A) soacute natildeo poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutempara fins morais(B) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins religiosos(C) poderatildeo ter fins lucrativos se constituiacutedas tambeacutem parafins poliacuteticos(D) jamais poderatildeo ter fins lucrativos(E) poderatildeo quando comerciais ter fins lucrativos

As ASSOCIACcedilOtildeES surgem quando natildeo haacute um fim lucrativoou intenccedilatildeo de dividir o resultado embora tenham patrimocircnioformado por contribuiccedilatildeo de seus membros para a obtenccedilatildeo de finsculturais educacionais esportivos religiosos beneficentesrecreativos morais etc Entretanto natildeo perdem a categoria deassociaccedilatildeo mesmo que realizem negoacutecios para manter ou aumentar oseu patrimocircnio desde que natildeo proporcionem ganho aos associados(Ex APAE UNE Associaccedilatildeo de Pais e Mestres Associaccedilatildeo dosAdvogados de Satildeo Paulo etc)Art 53 do CC - Constituem-se as associaccedilotildees pela uniatildeo depessoas que se organizem para fins natildeo econocircmicosParaacutegrafo uacutenico Natildeo haacute entre os associados direitos eobrigaccedilotildees reciacuteprocosO documento a ser utilizado na constituiccedilatildeo da associaccedilatildeo eacute oestatuto Tal documento deve possuir os requisitos listados no art 54do CCArt 54 do CC - Sob pena de nulidade o estatuto das associaccedilotildeesconteraacuteI - a denominaccedilatildeo os fins e a sede da associaccedilatildeoII - os requisitos para a admissatildeo demissatildeo e exclusatildeo dosassociadosIII - os direitos e deveres dos associadosIV - as fontes de recursos para sua manutenccedilatildeoV ndash o modo de constituiccedilatildeo e de funcionamento dos oacutergatildeosdeliberativosVI - as condiccedilotildees para a alteraccedilatildeo das disposiccedilotildees estatutaacuterias epara a dissoluccedilatildeo

VII ndash a forma de gestatildeo administrativa e de aprovaccedilatildeo dasrespectivas contasAleacutem disso como se trata de uma pessoa sem finalidadelucrativa os associados devem ter direitos iguais apesar de serpossiacutevel a existecircncia de uma categoria de associados com vantagensespeciais Um exemplo comum ocorre com os associados criadoresque reservam para si vantagens especiais enquanto que os demaisassociados teratildeo iguais direitosArt 55 do CC - Os associados devem ter iguais direitos mas oestatuto poderaacute instituir categorias com vantagens especiaisOutro conceito importante estaacute inserido no art 56 do CCArt 56 do CC - A qualidade de associado eacute intransmissiacutevel se oestatuto natildeo dispuser o contraacuterioParaacutegrafo uacutenico Se o associado for titular de quota ou fraccedilatildeoideal do patrimocircnio da associaccedilatildeo a transferecircncia daquela natildeoimportaraacute de per si na atribuiccedilatildeo da qualidade de associado aoadquirente ou ao herdeiro salvo disposiccedilatildeo diversa do estatutoApoacutes sua anaacutelise conclui-se que no silecircncio do estatuto aqualidade de associado eacute intransmissiacutevel seja por ato inter vivos (exdoaccedilatildeo) ou causa mortis (testamento) Entretanto eacute possiacutevel atransferecircncia de quota ou fraccedilatildeo ideal do patrimocircnio da associaccedilatildeoAinda sobre o associado o art 57 do CC prevecirc a possibilidadede sua exclusatildeoArt 57 do CC - A exclusatildeo do associado soacute eacute admissiacutevel havendojusta causa assim reconhecida em procedimento que asseguredireito de defesa e de recurso nos termos previstos no estatutoPercebe-se que para um associado ser excluiacutedo da associaccedilatildeodeve haver um procedimento especiacutefico com a possibilidade dedireito de defesa e tambeacutem possibilidade de recurso quanto agraveprimeira decisatildeoGabarito D

18 (MPUTeacutecnico Administrativo2007) A respeito daspessoas juriacutedicas analise

I As autarquias os partidos poliacuteticos e as organizaccedilotildeesreligiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoII Em regra se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentesIII Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar o juiza requerimento de qualquer interessado nomear-lhe-aacuteadministrador provisoacuterioIV As fundaccedilotildees somente poderatildeo constituir-se para finsreligiosos morais culturais ou de assistecircnciaEacute correto o que consta APENAS em(A) I II e III(B) I II e IV(C) II e III(D) II III e IV(E) II e IV

Anaacutelise das afirmativasI ERRADA Conforme a tabela apresentada os partidos poliacuteticos e asorganizaccedilotildees religiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoII CERTA Caso a pessoa juriacutedica tenha administraccedilatildeo coletiva(gerecircncia colegiada) em regra as decisotildees deveratildeo ser tomadas pormetade dos votos dos presentes mais um nos termos do art 48do CCArt 48 do CC - Se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentessalvo se o ato constitutivo dispuser de modo diversoParaacutegrafo uacutenico Decai em trecircs anos o direito de anular asdecisotildees a que se refere este artigo quando violarem a lei ouestatuto ou forem eivadas de erro dolo simulaccedilatildeo ou fraudeIII CERTA Pelo fato da pessoa juriacutedica precisar ser representadaativa ou passivamente em juiacutezo ou fora dele deveraacute seradministrada em regra por quem o estatuto designar Poreacutem se aadministraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar caracterizando umavacacircncia geral entatildeo o magistrado nos termos do art 49 do CCdeveraacute nomear um administrador provisoacuterio

Art 49 do CC - Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier afaltar o juiz a requerimento de qualquer interessado nomearlhe-aacute administrador provisoacuterioIV CERTA A fundaccedilatildeo eacute um acervo de bens livres de ocircnus eencargos (universitas bonorum) representando um patrimocircnio aque a lei atribui personalidade juriacutedica em atenccedilatildeo ao fim a que sedestina (fins religiosos morais culturais ou de assistecircncia) O CCcomeccedila a regular a criaccedilatildeo de uma fundaccedilatildeo no seu art 62Art 62 do CC - Para criar uma fundaccedilatildeo o seu instituidor faraacutepor escritura puacuteblica ou testamento dotaccedilatildeo especial de benslivres especificando o fim a que se destina e declarando sequiser a maneira de administraacute-laParaacutegrafo uacutenico A fundaccedilatildeo somente poderaacute constituir-se parafins religiosos morais culturais ou de assistecircnciaGabarito DDOMICIacuteLIOO domiciacutelio eacute a sede juriacutedica da pessoa onde ela se presumepresente para efeitos de direito Ou seja eacute o local onde a pessoapratica habitualmente seus atos e negoacutecios juriacutedicos econsequumlentemente onde responde por suas obrigaccedilotildeesPara chegarmos ao conceito de domiciacutelio eacute necessaacuterioentendermos a diferenccedila entre morada residecircncia e domiciacutelio- Morada eacute o lugar onde a pessoa eacute encontrada O normal eacute a ideacuteiado recolhimento Local onde eacute encontrada para dormir- Residecircncia eacute a morada habitual Eacute o local onde a pessoa eacuteencontrada habitualmente Ex Casa de praia- Domiciacutelio eacute a residecircncia com acircnimo definitivo Natildeo eacute residecircnciaeterna Eacute o local onde a pessoa eacute encontrada habitualmente e natildeosabe quando vai sair Acircnimo definitivo eacute a vontade de permanecer Apessoa pode ateacute natildeo ter vontade de permanecer mas enquanto elapermanecer de modo habitual eacute domiciacutelio (Ex morar em um bairroque natildeo gosta)Existem duas espeacutecies de domiciacutelio para a pessoa natural

1) Domiciacutelio Voluntaacuterio - pode sera) comum ou geral (arts 70 a 74 do CC) eacute aquele escolhidolivremente pela pessoa e que poderaacute ser mudado por elaArt 70 do CC - O domiciacutelio da pessoa natural eacute o lugar onde elaestabelece a sua residecircncia com acircnimo definitivoO conceito de domiciacutelio voluntaacuterio do art 70 do CC apresentadois elementosa) elemento objetivo eacute a residecircnciab) elemento subjetivo eacute o acircnimo definitivoDessa forma se uma pessoa vai passar o mecircs de feacuterias emuma casa de praia o domiciacutelio natildeo estaraacute sendo mudado poiscomo se trata de uma situaccedilatildeo temporaacuteria falta a intenccedilatildeo depermanecer definitivamente no localArt 71 do CC -Se poreacutem a pessoa natural tiver diversasresidecircncias onde alternadamente viva considerar-se-aacutedomiciacutelio seu qualquer delas (PLURALIDADE DEDOMICIacuteLIOS)No artigo 71 o Coacutedigo Civil consagra a pluralidade domiciliar ouseja eacute possiacutevel que uma pessoa tenha mais de um domiciacutelio Comoexemplo temos a pessoa que fica durante a semana no Rio de Janeiroe todo final de semana vai para Satildeo Paulo Tal pessoa possui duasmoradas habituais e nesse caso a lei estipulou que quando a pessoapossui mais de uma residecircncia qualquer uma delas serve comodomiciacutelioArt 72 do CC -Eacute tambeacutem domiciacutelio da pessoa natural quanto agravesrelaccedilotildees concernentes agrave profissatildeo o lugar onde esta eacute exercida(DOMICIacuteLIO PROFISSIONAL)Paraacutegrafo uacutenico Se a pessoa exercitar profissatildeo em lugaresdiversos cada um deles constituiraacute domiciacutelio para as relaccedilotildees quelhe corresponderem (PLURALIDADE DE DOMICIacuteLIOSPROFISSIONAIS)Aleacutem do domiciacutelio escolhido livremente pela pessoa ao fixarresidecircncia com acircnimo definitivo no artigo 72 do Coacutedigo Civil criou-sea possibilidade da pessoa ter como domiciacutelio o local relacionado com

o seu trabalho A situaccedilatildeo eacute exemplificada pelas pessoas quetrabalham em grandes centros e moram em cidades sateacutelites talcomo a pessoa que mora na cidade de Satildeo Caetano-SP e trabalha nacidade de Satildeo Paulo-SP (capital)Art 73 do CC - Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeotenha residecircncia habitual o lugar onde for encontrada(AUSEcircNCIA DE RESIDEcircNCIA)Todos possuem domiciacutelio inclusive aqueles que natildeo tecircmresidecircncia Dessa forma o domiciacutelio dos ciganos dos artistas de circo(circenses) e do cacheiro viajante eacute o local onde forem encontradosArt 74 do CC - Muda-se o domiciacutelio transferindo a residecircnciacom a intenccedilatildeo manifesta de o mudarParaacutegrafo uacutenico A prova da intenccedilatildeo resultaraacute do que declarar apessoa agraves municipalidades dos lugares que deixa e para ondevai ou se tais declaraccedilotildees natildeo fizer da proacutepria mudanccedila com ascircunstacircncias que a acompanharemNo artigo 74 do Coacutedigo Civil estaacute prevista a forma para umapessoa mudar o seu domiciacuteliob) especial (art78 do CC) - eacute aquele que possibilita aoscontratantes estabelecer um local para o cumprimento dasobrigaccedilotildees (foro de contrato) ou um local para dirimirquaisquer controveacutersias surgidas em decorrecircncia do contrato(foro de eleiccedilatildeo)Art 78 do CC - Nos contratos escritos poderatildeo os contratantesespecificar domiciacutelio onde se exercitem e cumpram os direitos eobrigaccedilotildees deles resultantes2) Domiciacutelio Necessaacuterio ou Legal (art 76 do CC) - eacute aqueledeterminado pela lei em razatildeo da condiccedilatildeo ou situaccedilatildeo decertas pessoas Nesses casos a lei natildeo permite a escolha dodomiciacutelioArt 76 do CC - Tecircm domiciacutelio necessaacuterio o incapaz o servidorpuacuteblico o militar o mariacutetimo e o presoParaacutegrafo uacutenico O domiciacutelio do incapaz eacute o do seu representanteou assistente o do servidor puacuteblico o lugar em que exercer

permanentemente suas funccedilotildees o do militar onde servir esendo da Marinha ou da Aeronaacuteutica a sede do comando a que seencontrar imediatamente subordinado o do mariacutetimo onde onavio estiver matriculado e o do preso o lugar em que cumprir asentenccedilaAleacutem dos domiciacutelios jaacute citados tambeacutem eacute consagrado no art 77do Coacutedigo Civil uma situaccedilatildeo especial para o agente diplomaacuteticoArt 77 do CC - O agente diplomaacutetico do Brasil que citado noestrangeiro alegar extraterritorialidade sem designar onde temno paiacutes o seu domiciacutelio poderaacute ser demandado no DistritoFederal ou no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro onde o tevePelo fato do agente diplomaacutetico natildeo ter residecircncia no Brasil ese em razatildeo de uma demanda tal fato for suscitado por ele entatildeo ajurisdiccedilatildeo competente para resolver o litiacutegio pode ser duas1) o Distrito Federal ou2) o local do Brasil onde teve seu uacuteltimo domiciacutelio

19 (TRE-AMAnalista Judiciaacuterio2009) Considere asassertivas abaixo a respeito do domiciacutelioI Se a pessoa natural tiver diversas residecircncias ondealternadamente viva considerar-se-aacute domiciacutelio seu qualquerdelasII Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeo tenharesidecircncia habitual o lugar onde for encontradaIII O domiciacutelio do militar da Marinha eacute o local onde o navioestiver matriculadoIV Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosDe acordo com o Coacutedigo Civil brasileiro estaacute correto o que seafirma APENAS em(A) II III e IV(B) I II e III(C) I II e IV(D) I e IV(E) II e III

Anaacutelise das alternativasI CERTA Conforme o art 71 do CCII CERTA Conforme o art 73 do CCIII ERRADA O local onde o navio estiver matriculado segundo oart 75 do CC eacute o domiciacutelio do mariacutetimoIV CERTA Assim como a pessoa natural a pessoa juriacutedica tambeacutemdeve responder pelos atos referentes agraves relaccedilotildees juriacutedicas em queestaacute envolvidaO assunto eacute tratado no art 75 do CCArt 75 do CC - Quanto agraves pessoas juriacutedicas o domiciacutelio eacuteI - da Uniatildeo o Distrito FederalII - dos Estados e Territoacuterios as respectivas capitaisIII - do Municiacutepio o lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipalIV - das demais pessoas juriacutedicas o lugar onde funcionarem asrespectivas diretorias e administraccedilotildees ou onde elegeremdomiciacutelio especial no seu estatuto ou atos constitutivossect 1o Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacutelio paraos atos nele praticadossect 2o Se a administraccedilatildeo ou diretoria tiver a sede no estrangeirohaver-se-aacute por domiciacutelio da pessoa juriacutedica no tocante agravesobrigaccedilotildees contraiacutedas por cada uma das suas agecircncias o lugar doestabelecimento sito no Brasil a que ela corresponderA pessoa juriacutedica natildeo possui residecircncia mas tem sede ouestabelecimento que a ldquoprenderdquo a um determinado lugar Trata-se dodomiciacutelio especial da pessoa juriacutedica que pode ser livrementeescolhido no seu ato constitutivoNatildeo havendo tal escolha o domiciacutelio seraacute o lugar onde funcionaras respectivas diretorias e administraccedilotildeesO graacutefico a seguir resume o assuntoDOMICIacuteLIO DA PESSOA JURIacuteDICA DE DIREITO PUacuteBLICO INTERNOUniatildeo o Distrito FederalEstados e Territoacuterios as respectivas capitaisMuniciacutepioso lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipal

DOMICIacuteLIO DAS DEMAIS PESSOAS JURIacuteDICASRegraonde elegerem domiciacutelio especial no seuestatuto ou atos constitutivosNa falta de domiciacutelio especialo lugar onde funcionarem as respectivasdiretorias e administraccedilotildeesHavendo diversosestabelecimentos(pluralidade domiciliar)cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosSe a administraccedilatildeo oudiretoria tiver sede noestrangeiroo lugar do estabelecimento sito no Brasila que ela corresponderGabarito C

20 (TCE-GOAnalista de Controle Externo2009) O agentediplomaacutetico do Brasil que citado no estrangeiro alegarextraterritorialidade sem designar onde tem no paiacutes o seudomiciacutelio poderaacute ser demandado(A) somente no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro em quefoi domiciliado(B) somente do Distrito Federal(C) somente no exterior no lugar onde se encontra exercendoas suas funccedilotildees(D) no Distrito Federal ou no uacuteltimo ponto do territoacuteriobrasileiro onde o teve(E) somente no exterior na capital do paiacutes onde estaacuteexercendo as suas funccedilotildees

A questatildeo tem como base legal o art 77 do CCGabarito D

21 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) O domiciacutelio(A) dos oficiais da marinha eacute o lugar onde servem(B) do mariacutetimo eacute o lugar em que o navio estiver atracado(C) do incapaz eacute o lugar em que foi registrado o seunascimento(D) do militar do Exeacutercito eacute a sede do comando a que seencontrar subordinado(E) do preso eacute o lugar em que cumpre a sentenccedila

Toda a questatildeo tem como fundamento legal o art 75 do CCAnaacutelise das alternativas(A) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio dos oficiais de marinha eacute a sededo comando a que estiverem imediatamente subordinado(B) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do mariacutetimo eacute o lugar em que onavio estiver atracado(C) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do incapaz eacute o mesmo do seurepresentante ou assistente(D) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do militar do exeacutercito eacute o localonde servir Apenas para os militares da Marinha e da Aeronaacuteutica odomiciacutelio necessaacuterio eacute a sede do comando a que estiveremimediatamente subordinado(E) CERTAGabarito E

22 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) Nuacutebia eacute funcionaacuteriapuacuteblica da Prefeitura Municipal da Cidade A onde exerce suasatividades inerentes ao cargo puacuteblico que ocupa Reside comseus filhos na cidade vizinha B mas como seu marido emrazatildeo de trabalho reside na cidade vizinha C Nuacutebia passaparte da semana dormindo nesta cidade De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro o Domiciacutelio Civil de Nuacutebia eacute a cidade(A) A ou C(B) B ou C(C) A apenas(D) B apenas(E) C apenas

Tendo em vista que Nubia eacute funcionaacuteria puacuteblica entatildeo ela temdomiciacutelio necessaacuterio (imposto por lei)Conforme o art 76 do CC o domiciacutelio de Nubia eacute o local ondeela exercer permanentemente as suas funccedilotildees ou seja apenas acidade AGabarito C

23 (TRE-SETeacutecnico Administrativo2007) Maria artistacircense nasceu em Salvador Maria faz espetaacuteculos por todoo Brasil com a companhia de circo de que faz parte

Considerando que seu marido e filho residem em Olinda e queseus ascendentes mais proacuteximos residem em Ilheacuteus ter-se-aacutepor domiciacutelio de Maria(A) a cidade de Ilheacuteus(B) o local em que for encontrada(C) apenas a cidade de Salvador(D) apenas a cidade de Olinda(E) as cidades de Salvador ou Olinda

Tendo em vista que Maria eacute circense entatildeo ela natildeo possuiresidecircnciaEntretanto todos possuem domiciacutelio inclusive as pessoas quenatildeo possuem residecircnciaDessa forma nos termos do art 73 do CC o domiciacutelio de Mariaseraacute o local onde ela for encontradaOu seja o local de residecircncia do seu marido e dos seus filhossatildeo irrelevantes para a questatildeoGabarito B

1-C2-D3-E4-D5-C6-B7-B8-B9-A10-C11-A12-A13-D14-A15-E16-C17-D18-D19-C20-D21-E22-C23-B

Page 13: AULA 1 Civil

VII ndash a forma de gestatildeo administrativa e de aprovaccedilatildeo dasrespectivas contasAleacutem disso como se trata de uma pessoa sem finalidadelucrativa os associados devem ter direitos iguais apesar de serpossiacutevel a existecircncia de uma categoria de associados com vantagensespeciais Um exemplo comum ocorre com os associados criadoresque reservam para si vantagens especiais enquanto que os demaisassociados teratildeo iguais direitosArt 55 do CC - Os associados devem ter iguais direitos mas oestatuto poderaacute instituir categorias com vantagens especiaisOutro conceito importante estaacute inserido no art 56 do CCArt 56 do CC - A qualidade de associado eacute intransmissiacutevel se oestatuto natildeo dispuser o contraacuterioParaacutegrafo uacutenico Se o associado for titular de quota ou fraccedilatildeoideal do patrimocircnio da associaccedilatildeo a transferecircncia daquela natildeoimportaraacute de per si na atribuiccedilatildeo da qualidade de associado aoadquirente ou ao herdeiro salvo disposiccedilatildeo diversa do estatutoApoacutes sua anaacutelise conclui-se que no silecircncio do estatuto aqualidade de associado eacute intransmissiacutevel seja por ato inter vivos (exdoaccedilatildeo) ou causa mortis (testamento) Entretanto eacute possiacutevel atransferecircncia de quota ou fraccedilatildeo ideal do patrimocircnio da associaccedilatildeoAinda sobre o associado o art 57 do CC prevecirc a possibilidadede sua exclusatildeoArt 57 do CC - A exclusatildeo do associado soacute eacute admissiacutevel havendojusta causa assim reconhecida em procedimento que asseguredireito de defesa e de recurso nos termos previstos no estatutoPercebe-se que para um associado ser excluiacutedo da associaccedilatildeodeve haver um procedimento especiacutefico com a possibilidade dedireito de defesa e tambeacutem possibilidade de recurso quanto agraveprimeira decisatildeoGabarito D

18 (MPUTeacutecnico Administrativo2007) A respeito daspessoas juriacutedicas analise

I As autarquias os partidos poliacuteticos e as organizaccedilotildeesreligiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito puacuteblico internoII Em regra se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentesIII Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar o juiza requerimento de qualquer interessado nomear-lhe-aacuteadministrador provisoacuterioIV As fundaccedilotildees somente poderatildeo constituir-se para finsreligiosos morais culturais ou de assistecircnciaEacute correto o que consta APENAS em(A) I II e III(B) I II e IV(C) II e III(D) II III e IV(E) II e IV

Anaacutelise das afirmativasI ERRADA Conforme a tabela apresentada os partidos poliacuteticos e asorganizaccedilotildees religiosas satildeo pessoas juriacutedicas de direito privadoII CERTA Caso a pessoa juriacutedica tenha administraccedilatildeo coletiva(gerecircncia colegiada) em regra as decisotildees deveratildeo ser tomadas pormetade dos votos dos presentes mais um nos termos do art 48do CCArt 48 do CC - Se a pessoa juriacutedica tiver administraccedilatildeo coletivaas decisotildees se tomaratildeo pela maioria de votos dos presentessalvo se o ato constitutivo dispuser de modo diversoParaacutegrafo uacutenico Decai em trecircs anos o direito de anular asdecisotildees a que se refere este artigo quando violarem a lei ouestatuto ou forem eivadas de erro dolo simulaccedilatildeo ou fraudeIII CERTA Pelo fato da pessoa juriacutedica precisar ser representadaativa ou passivamente em juiacutezo ou fora dele deveraacute seradministrada em regra por quem o estatuto designar Poreacutem se aadministraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier a faltar caracterizando umavacacircncia geral entatildeo o magistrado nos termos do art 49 do CCdeveraacute nomear um administrador provisoacuterio

Art 49 do CC - Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier afaltar o juiz a requerimento de qualquer interessado nomearlhe-aacute administrador provisoacuterioIV CERTA A fundaccedilatildeo eacute um acervo de bens livres de ocircnus eencargos (universitas bonorum) representando um patrimocircnio aque a lei atribui personalidade juriacutedica em atenccedilatildeo ao fim a que sedestina (fins religiosos morais culturais ou de assistecircncia) O CCcomeccedila a regular a criaccedilatildeo de uma fundaccedilatildeo no seu art 62Art 62 do CC - Para criar uma fundaccedilatildeo o seu instituidor faraacutepor escritura puacuteblica ou testamento dotaccedilatildeo especial de benslivres especificando o fim a que se destina e declarando sequiser a maneira de administraacute-laParaacutegrafo uacutenico A fundaccedilatildeo somente poderaacute constituir-se parafins religiosos morais culturais ou de assistecircnciaGabarito DDOMICIacuteLIOO domiciacutelio eacute a sede juriacutedica da pessoa onde ela se presumepresente para efeitos de direito Ou seja eacute o local onde a pessoapratica habitualmente seus atos e negoacutecios juriacutedicos econsequumlentemente onde responde por suas obrigaccedilotildeesPara chegarmos ao conceito de domiciacutelio eacute necessaacuterioentendermos a diferenccedila entre morada residecircncia e domiciacutelio- Morada eacute o lugar onde a pessoa eacute encontrada O normal eacute a ideacuteiado recolhimento Local onde eacute encontrada para dormir- Residecircncia eacute a morada habitual Eacute o local onde a pessoa eacuteencontrada habitualmente Ex Casa de praia- Domiciacutelio eacute a residecircncia com acircnimo definitivo Natildeo eacute residecircnciaeterna Eacute o local onde a pessoa eacute encontrada habitualmente e natildeosabe quando vai sair Acircnimo definitivo eacute a vontade de permanecer Apessoa pode ateacute natildeo ter vontade de permanecer mas enquanto elapermanecer de modo habitual eacute domiciacutelio (Ex morar em um bairroque natildeo gosta)Existem duas espeacutecies de domiciacutelio para a pessoa natural

1) Domiciacutelio Voluntaacuterio - pode sera) comum ou geral (arts 70 a 74 do CC) eacute aquele escolhidolivremente pela pessoa e que poderaacute ser mudado por elaArt 70 do CC - O domiciacutelio da pessoa natural eacute o lugar onde elaestabelece a sua residecircncia com acircnimo definitivoO conceito de domiciacutelio voluntaacuterio do art 70 do CC apresentadois elementosa) elemento objetivo eacute a residecircnciab) elemento subjetivo eacute o acircnimo definitivoDessa forma se uma pessoa vai passar o mecircs de feacuterias emuma casa de praia o domiciacutelio natildeo estaraacute sendo mudado poiscomo se trata de uma situaccedilatildeo temporaacuteria falta a intenccedilatildeo depermanecer definitivamente no localArt 71 do CC -Se poreacutem a pessoa natural tiver diversasresidecircncias onde alternadamente viva considerar-se-aacutedomiciacutelio seu qualquer delas (PLURALIDADE DEDOMICIacuteLIOS)No artigo 71 o Coacutedigo Civil consagra a pluralidade domiciliar ouseja eacute possiacutevel que uma pessoa tenha mais de um domiciacutelio Comoexemplo temos a pessoa que fica durante a semana no Rio de Janeiroe todo final de semana vai para Satildeo Paulo Tal pessoa possui duasmoradas habituais e nesse caso a lei estipulou que quando a pessoapossui mais de uma residecircncia qualquer uma delas serve comodomiciacutelioArt 72 do CC -Eacute tambeacutem domiciacutelio da pessoa natural quanto agravesrelaccedilotildees concernentes agrave profissatildeo o lugar onde esta eacute exercida(DOMICIacuteLIO PROFISSIONAL)Paraacutegrafo uacutenico Se a pessoa exercitar profissatildeo em lugaresdiversos cada um deles constituiraacute domiciacutelio para as relaccedilotildees quelhe corresponderem (PLURALIDADE DE DOMICIacuteLIOSPROFISSIONAIS)Aleacutem do domiciacutelio escolhido livremente pela pessoa ao fixarresidecircncia com acircnimo definitivo no artigo 72 do Coacutedigo Civil criou-sea possibilidade da pessoa ter como domiciacutelio o local relacionado com

o seu trabalho A situaccedilatildeo eacute exemplificada pelas pessoas quetrabalham em grandes centros e moram em cidades sateacutelites talcomo a pessoa que mora na cidade de Satildeo Caetano-SP e trabalha nacidade de Satildeo Paulo-SP (capital)Art 73 do CC - Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeotenha residecircncia habitual o lugar onde for encontrada(AUSEcircNCIA DE RESIDEcircNCIA)Todos possuem domiciacutelio inclusive aqueles que natildeo tecircmresidecircncia Dessa forma o domiciacutelio dos ciganos dos artistas de circo(circenses) e do cacheiro viajante eacute o local onde forem encontradosArt 74 do CC - Muda-se o domiciacutelio transferindo a residecircnciacom a intenccedilatildeo manifesta de o mudarParaacutegrafo uacutenico A prova da intenccedilatildeo resultaraacute do que declarar apessoa agraves municipalidades dos lugares que deixa e para ondevai ou se tais declaraccedilotildees natildeo fizer da proacutepria mudanccedila com ascircunstacircncias que a acompanharemNo artigo 74 do Coacutedigo Civil estaacute prevista a forma para umapessoa mudar o seu domiciacuteliob) especial (art78 do CC) - eacute aquele que possibilita aoscontratantes estabelecer um local para o cumprimento dasobrigaccedilotildees (foro de contrato) ou um local para dirimirquaisquer controveacutersias surgidas em decorrecircncia do contrato(foro de eleiccedilatildeo)Art 78 do CC - Nos contratos escritos poderatildeo os contratantesespecificar domiciacutelio onde se exercitem e cumpram os direitos eobrigaccedilotildees deles resultantes2) Domiciacutelio Necessaacuterio ou Legal (art 76 do CC) - eacute aqueledeterminado pela lei em razatildeo da condiccedilatildeo ou situaccedilatildeo decertas pessoas Nesses casos a lei natildeo permite a escolha dodomiciacutelioArt 76 do CC - Tecircm domiciacutelio necessaacuterio o incapaz o servidorpuacuteblico o militar o mariacutetimo e o presoParaacutegrafo uacutenico O domiciacutelio do incapaz eacute o do seu representanteou assistente o do servidor puacuteblico o lugar em que exercer

permanentemente suas funccedilotildees o do militar onde servir esendo da Marinha ou da Aeronaacuteutica a sede do comando a que seencontrar imediatamente subordinado o do mariacutetimo onde onavio estiver matriculado e o do preso o lugar em que cumprir asentenccedilaAleacutem dos domiciacutelios jaacute citados tambeacutem eacute consagrado no art 77do Coacutedigo Civil uma situaccedilatildeo especial para o agente diplomaacuteticoArt 77 do CC - O agente diplomaacutetico do Brasil que citado noestrangeiro alegar extraterritorialidade sem designar onde temno paiacutes o seu domiciacutelio poderaacute ser demandado no DistritoFederal ou no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro onde o tevePelo fato do agente diplomaacutetico natildeo ter residecircncia no Brasil ese em razatildeo de uma demanda tal fato for suscitado por ele entatildeo ajurisdiccedilatildeo competente para resolver o litiacutegio pode ser duas1) o Distrito Federal ou2) o local do Brasil onde teve seu uacuteltimo domiciacutelio

19 (TRE-AMAnalista Judiciaacuterio2009) Considere asassertivas abaixo a respeito do domiciacutelioI Se a pessoa natural tiver diversas residecircncias ondealternadamente viva considerar-se-aacute domiciacutelio seu qualquerdelasII Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeo tenharesidecircncia habitual o lugar onde for encontradaIII O domiciacutelio do militar da Marinha eacute o local onde o navioestiver matriculadoIV Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosDe acordo com o Coacutedigo Civil brasileiro estaacute correto o que seafirma APENAS em(A) II III e IV(B) I II e III(C) I II e IV(D) I e IV(E) II e III

Anaacutelise das alternativasI CERTA Conforme o art 71 do CCII CERTA Conforme o art 73 do CCIII ERRADA O local onde o navio estiver matriculado segundo oart 75 do CC eacute o domiciacutelio do mariacutetimoIV CERTA Assim como a pessoa natural a pessoa juriacutedica tambeacutemdeve responder pelos atos referentes agraves relaccedilotildees juriacutedicas em queestaacute envolvidaO assunto eacute tratado no art 75 do CCArt 75 do CC - Quanto agraves pessoas juriacutedicas o domiciacutelio eacuteI - da Uniatildeo o Distrito FederalII - dos Estados e Territoacuterios as respectivas capitaisIII - do Municiacutepio o lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipalIV - das demais pessoas juriacutedicas o lugar onde funcionarem asrespectivas diretorias e administraccedilotildees ou onde elegeremdomiciacutelio especial no seu estatuto ou atos constitutivossect 1o Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacutelio paraos atos nele praticadossect 2o Se a administraccedilatildeo ou diretoria tiver a sede no estrangeirohaver-se-aacute por domiciacutelio da pessoa juriacutedica no tocante agravesobrigaccedilotildees contraiacutedas por cada uma das suas agecircncias o lugar doestabelecimento sito no Brasil a que ela corresponderA pessoa juriacutedica natildeo possui residecircncia mas tem sede ouestabelecimento que a ldquoprenderdquo a um determinado lugar Trata-se dodomiciacutelio especial da pessoa juriacutedica que pode ser livrementeescolhido no seu ato constitutivoNatildeo havendo tal escolha o domiciacutelio seraacute o lugar onde funcionaras respectivas diretorias e administraccedilotildeesO graacutefico a seguir resume o assuntoDOMICIacuteLIO DA PESSOA JURIacuteDICA DE DIREITO PUacuteBLICO INTERNOUniatildeo o Distrito FederalEstados e Territoacuterios as respectivas capitaisMuniciacutepioso lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipal

DOMICIacuteLIO DAS DEMAIS PESSOAS JURIacuteDICASRegraonde elegerem domiciacutelio especial no seuestatuto ou atos constitutivosNa falta de domiciacutelio especialo lugar onde funcionarem as respectivasdiretorias e administraccedilotildeesHavendo diversosestabelecimentos(pluralidade domiciliar)cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosSe a administraccedilatildeo oudiretoria tiver sede noestrangeiroo lugar do estabelecimento sito no Brasila que ela corresponderGabarito C

20 (TCE-GOAnalista de Controle Externo2009) O agentediplomaacutetico do Brasil que citado no estrangeiro alegarextraterritorialidade sem designar onde tem no paiacutes o seudomiciacutelio poderaacute ser demandado(A) somente no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro em quefoi domiciliado(B) somente do Distrito Federal(C) somente no exterior no lugar onde se encontra exercendoas suas funccedilotildees(D) no Distrito Federal ou no uacuteltimo ponto do territoacuteriobrasileiro onde o teve(E) somente no exterior na capital do paiacutes onde estaacuteexercendo as suas funccedilotildees

A questatildeo tem como base legal o art 77 do CCGabarito D

21 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) O domiciacutelio(A) dos oficiais da marinha eacute o lugar onde servem(B) do mariacutetimo eacute o lugar em que o navio estiver atracado(C) do incapaz eacute o lugar em que foi registrado o seunascimento(D) do militar do Exeacutercito eacute a sede do comando a que seencontrar subordinado(E) do preso eacute o lugar em que cumpre a sentenccedila

Toda a questatildeo tem como fundamento legal o art 75 do CCAnaacutelise das alternativas(A) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio dos oficiais de marinha eacute a sededo comando a que estiverem imediatamente subordinado(B) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do mariacutetimo eacute o lugar em que onavio estiver atracado(C) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do incapaz eacute o mesmo do seurepresentante ou assistente(D) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do militar do exeacutercito eacute o localonde servir Apenas para os militares da Marinha e da Aeronaacuteutica odomiciacutelio necessaacuterio eacute a sede do comando a que estiveremimediatamente subordinado(E) CERTAGabarito E

22 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) Nuacutebia eacute funcionaacuteriapuacuteblica da Prefeitura Municipal da Cidade A onde exerce suasatividades inerentes ao cargo puacuteblico que ocupa Reside comseus filhos na cidade vizinha B mas como seu marido emrazatildeo de trabalho reside na cidade vizinha C Nuacutebia passaparte da semana dormindo nesta cidade De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro o Domiciacutelio Civil de Nuacutebia eacute a cidade(A) A ou C(B) B ou C(C) A apenas(D) B apenas(E) C apenas

Tendo em vista que Nubia eacute funcionaacuteria puacuteblica entatildeo ela temdomiciacutelio necessaacuterio (imposto por lei)Conforme o art 76 do CC o domiciacutelio de Nubia eacute o local ondeela exercer permanentemente as suas funccedilotildees ou seja apenas acidade AGabarito C

23 (TRE-SETeacutecnico Administrativo2007) Maria artistacircense nasceu em Salvador Maria faz espetaacuteculos por todoo Brasil com a companhia de circo de que faz parte

Considerando que seu marido e filho residem em Olinda e queseus ascendentes mais proacuteximos residem em Ilheacuteus ter-se-aacutepor domiciacutelio de Maria(A) a cidade de Ilheacuteus(B) o local em que for encontrada(C) apenas a cidade de Salvador(D) apenas a cidade de Olinda(E) as cidades de Salvador ou Olinda

Tendo em vista que Maria eacute circense entatildeo ela natildeo possuiresidecircnciaEntretanto todos possuem domiciacutelio inclusive as pessoas quenatildeo possuem residecircnciaDessa forma nos termos do art 73 do CC o domiciacutelio de Mariaseraacute o local onde ela for encontradaOu seja o local de residecircncia do seu marido e dos seus filhossatildeo irrelevantes para a questatildeoGabarito B

1-C2-D3-E4-D5-C6-B7-B8-B9-A10-C11-A12-A13-D14-A15-E16-C17-D18-D19-C20-D21-E22-C23-B

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Art 49 do CC - Se a administraccedilatildeo da pessoa juriacutedica vier afaltar o juiz a requerimento de qualquer interessado nomearlhe-aacute administrador provisoacuterioIV CERTA A fundaccedilatildeo eacute um acervo de bens livres de ocircnus eencargos (universitas bonorum) representando um patrimocircnio aque a lei atribui personalidade juriacutedica em atenccedilatildeo ao fim a que sedestina (fins religiosos morais culturais ou de assistecircncia) O CCcomeccedila a regular a criaccedilatildeo de uma fundaccedilatildeo no seu art 62Art 62 do CC - Para criar uma fundaccedilatildeo o seu instituidor faraacutepor escritura puacuteblica ou testamento dotaccedilatildeo especial de benslivres especificando o fim a que se destina e declarando sequiser a maneira de administraacute-laParaacutegrafo uacutenico A fundaccedilatildeo somente poderaacute constituir-se parafins religiosos morais culturais ou de assistecircnciaGabarito DDOMICIacuteLIOO domiciacutelio eacute a sede juriacutedica da pessoa onde ela se presumepresente para efeitos de direito Ou seja eacute o local onde a pessoapratica habitualmente seus atos e negoacutecios juriacutedicos econsequumlentemente onde responde por suas obrigaccedilotildeesPara chegarmos ao conceito de domiciacutelio eacute necessaacuterioentendermos a diferenccedila entre morada residecircncia e domiciacutelio- Morada eacute o lugar onde a pessoa eacute encontrada O normal eacute a ideacuteiado recolhimento Local onde eacute encontrada para dormir- Residecircncia eacute a morada habitual Eacute o local onde a pessoa eacuteencontrada habitualmente Ex Casa de praia- Domiciacutelio eacute a residecircncia com acircnimo definitivo Natildeo eacute residecircnciaeterna Eacute o local onde a pessoa eacute encontrada habitualmente e natildeosabe quando vai sair Acircnimo definitivo eacute a vontade de permanecer Apessoa pode ateacute natildeo ter vontade de permanecer mas enquanto elapermanecer de modo habitual eacute domiciacutelio (Ex morar em um bairroque natildeo gosta)Existem duas espeacutecies de domiciacutelio para a pessoa natural

1) Domiciacutelio Voluntaacuterio - pode sera) comum ou geral (arts 70 a 74 do CC) eacute aquele escolhidolivremente pela pessoa e que poderaacute ser mudado por elaArt 70 do CC - O domiciacutelio da pessoa natural eacute o lugar onde elaestabelece a sua residecircncia com acircnimo definitivoO conceito de domiciacutelio voluntaacuterio do art 70 do CC apresentadois elementosa) elemento objetivo eacute a residecircnciab) elemento subjetivo eacute o acircnimo definitivoDessa forma se uma pessoa vai passar o mecircs de feacuterias emuma casa de praia o domiciacutelio natildeo estaraacute sendo mudado poiscomo se trata de uma situaccedilatildeo temporaacuteria falta a intenccedilatildeo depermanecer definitivamente no localArt 71 do CC -Se poreacutem a pessoa natural tiver diversasresidecircncias onde alternadamente viva considerar-se-aacutedomiciacutelio seu qualquer delas (PLURALIDADE DEDOMICIacuteLIOS)No artigo 71 o Coacutedigo Civil consagra a pluralidade domiciliar ouseja eacute possiacutevel que uma pessoa tenha mais de um domiciacutelio Comoexemplo temos a pessoa que fica durante a semana no Rio de Janeiroe todo final de semana vai para Satildeo Paulo Tal pessoa possui duasmoradas habituais e nesse caso a lei estipulou que quando a pessoapossui mais de uma residecircncia qualquer uma delas serve comodomiciacutelioArt 72 do CC -Eacute tambeacutem domiciacutelio da pessoa natural quanto agravesrelaccedilotildees concernentes agrave profissatildeo o lugar onde esta eacute exercida(DOMICIacuteLIO PROFISSIONAL)Paraacutegrafo uacutenico Se a pessoa exercitar profissatildeo em lugaresdiversos cada um deles constituiraacute domiciacutelio para as relaccedilotildees quelhe corresponderem (PLURALIDADE DE DOMICIacuteLIOSPROFISSIONAIS)Aleacutem do domiciacutelio escolhido livremente pela pessoa ao fixarresidecircncia com acircnimo definitivo no artigo 72 do Coacutedigo Civil criou-sea possibilidade da pessoa ter como domiciacutelio o local relacionado com

o seu trabalho A situaccedilatildeo eacute exemplificada pelas pessoas quetrabalham em grandes centros e moram em cidades sateacutelites talcomo a pessoa que mora na cidade de Satildeo Caetano-SP e trabalha nacidade de Satildeo Paulo-SP (capital)Art 73 do CC - Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeotenha residecircncia habitual o lugar onde for encontrada(AUSEcircNCIA DE RESIDEcircNCIA)Todos possuem domiciacutelio inclusive aqueles que natildeo tecircmresidecircncia Dessa forma o domiciacutelio dos ciganos dos artistas de circo(circenses) e do cacheiro viajante eacute o local onde forem encontradosArt 74 do CC - Muda-se o domiciacutelio transferindo a residecircnciacom a intenccedilatildeo manifesta de o mudarParaacutegrafo uacutenico A prova da intenccedilatildeo resultaraacute do que declarar apessoa agraves municipalidades dos lugares que deixa e para ondevai ou se tais declaraccedilotildees natildeo fizer da proacutepria mudanccedila com ascircunstacircncias que a acompanharemNo artigo 74 do Coacutedigo Civil estaacute prevista a forma para umapessoa mudar o seu domiciacuteliob) especial (art78 do CC) - eacute aquele que possibilita aoscontratantes estabelecer um local para o cumprimento dasobrigaccedilotildees (foro de contrato) ou um local para dirimirquaisquer controveacutersias surgidas em decorrecircncia do contrato(foro de eleiccedilatildeo)Art 78 do CC - Nos contratos escritos poderatildeo os contratantesespecificar domiciacutelio onde se exercitem e cumpram os direitos eobrigaccedilotildees deles resultantes2) Domiciacutelio Necessaacuterio ou Legal (art 76 do CC) - eacute aqueledeterminado pela lei em razatildeo da condiccedilatildeo ou situaccedilatildeo decertas pessoas Nesses casos a lei natildeo permite a escolha dodomiciacutelioArt 76 do CC - Tecircm domiciacutelio necessaacuterio o incapaz o servidorpuacuteblico o militar o mariacutetimo e o presoParaacutegrafo uacutenico O domiciacutelio do incapaz eacute o do seu representanteou assistente o do servidor puacuteblico o lugar em que exercer

permanentemente suas funccedilotildees o do militar onde servir esendo da Marinha ou da Aeronaacuteutica a sede do comando a que seencontrar imediatamente subordinado o do mariacutetimo onde onavio estiver matriculado e o do preso o lugar em que cumprir asentenccedilaAleacutem dos domiciacutelios jaacute citados tambeacutem eacute consagrado no art 77do Coacutedigo Civil uma situaccedilatildeo especial para o agente diplomaacuteticoArt 77 do CC - O agente diplomaacutetico do Brasil que citado noestrangeiro alegar extraterritorialidade sem designar onde temno paiacutes o seu domiciacutelio poderaacute ser demandado no DistritoFederal ou no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro onde o tevePelo fato do agente diplomaacutetico natildeo ter residecircncia no Brasil ese em razatildeo de uma demanda tal fato for suscitado por ele entatildeo ajurisdiccedilatildeo competente para resolver o litiacutegio pode ser duas1) o Distrito Federal ou2) o local do Brasil onde teve seu uacuteltimo domiciacutelio

19 (TRE-AMAnalista Judiciaacuterio2009) Considere asassertivas abaixo a respeito do domiciacutelioI Se a pessoa natural tiver diversas residecircncias ondealternadamente viva considerar-se-aacute domiciacutelio seu qualquerdelasII Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeo tenharesidecircncia habitual o lugar onde for encontradaIII O domiciacutelio do militar da Marinha eacute o local onde o navioestiver matriculadoIV Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosDe acordo com o Coacutedigo Civil brasileiro estaacute correto o que seafirma APENAS em(A) II III e IV(B) I II e III(C) I II e IV(D) I e IV(E) II e III

Anaacutelise das alternativasI CERTA Conforme o art 71 do CCII CERTA Conforme o art 73 do CCIII ERRADA O local onde o navio estiver matriculado segundo oart 75 do CC eacute o domiciacutelio do mariacutetimoIV CERTA Assim como a pessoa natural a pessoa juriacutedica tambeacutemdeve responder pelos atos referentes agraves relaccedilotildees juriacutedicas em queestaacute envolvidaO assunto eacute tratado no art 75 do CCArt 75 do CC - Quanto agraves pessoas juriacutedicas o domiciacutelio eacuteI - da Uniatildeo o Distrito FederalII - dos Estados e Territoacuterios as respectivas capitaisIII - do Municiacutepio o lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipalIV - das demais pessoas juriacutedicas o lugar onde funcionarem asrespectivas diretorias e administraccedilotildees ou onde elegeremdomiciacutelio especial no seu estatuto ou atos constitutivossect 1o Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacutelio paraos atos nele praticadossect 2o Se a administraccedilatildeo ou diretoria tiver a sede no estrangeirohaver-se-aacute por domiciacutelio da pessoa juriacutedica no tocante agravesobrigaccedilotildees contraiacutedas por cada uma das suas agecircncias o lugar doestabelecimento sito no Brasil a que ela corresponderA pessoa juriacutedica natildeo possui residecircncia mas tem sede ouestabelecimento que a ldquoprenderdquo a um determinado lugar Trata-se dodomiciacutelio especial da pessoa juriacutedica que pode ser livrementeescolhido no seu ato constitutivoNatildeo havendo tal escolha o domiciacutelio seraacute o lugar onde funcionaras respectivas diretorias e administraccedilotildeesO graacutefico a seguir resume o assuntoDOMICIacuteLIO DA PESSOA JURIacuteDICA DE DIREITO PUacuteBLICO INTERNOUniatildeo o Distrito FederalEstados e Territoacuterios as respectivas capitaisMuniciacutepioso lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipal

DOMICIacuteLIO DAS DEMAIS PESSOAS JURIacuteDICASRegraonde elegerem domiciacutelio especial no seuestatuto ou atos constitutivosNa falta de domiciacutelio especialo lugar onde funcionarem as respectivasdiretorias e administraccedilotildeesHavendo diversosestabelecimentos(pluralidade domiciliar)cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosSe a administraccedilatildeo oudiretoria tiver sede noestrangeiroo lugar do estabelecimento sito no Brasila que ela corresponderGabarito C

20 (TCE-GOAnalista de Controle Externo2009) O agentediplomaacutetico do Brasil que citado no estrangeiro alegarextraterritorialidade sem designar onde tem no paiacutes o seudomiciacutelio poderaacute ser demandado(A) somente no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro em quefoi domiciliado(B) somente do Distrito Federal(C) somente no exterior no lugar onde se encontra exercendoas suas funccedilotildees(D) no Distrito Federal ou no uacuteltimo ponto do territoacuteriobrasileiro onde o teve(E) somente no exterior na capital do paiacutes onde estaacuteexercendo as suas funccedilotildees

A questatildeo tem como base legal o art 77 do CCGabarito D

21 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) O domiciacutelio(A) dos oficiais da marinha eacute o lugar onde servem(B) do mariacutetimo eacute o lugar em que o navio estiver atracado(C) do incapaz eacute o lugar em que foi registrado o seunascimento(D) do militar do Exeacutercito eacute a sede do comando a que seencontrar subordinado(E) do preso eacute o lugar em que cumpre a sentenccedila

Toda a questatildeo tem como fundamento legal o art 75 do CCAnaacutelise das alternativas(A) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio dos oficiais de marinha eacute a sededo comando a que estiverem imediatamente subordinado(B) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do mariacutetimo eacute o lugar em que onavio estiver atracado(C) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do incapaz eacute o mesmo do seurepresentante ou assistente(D) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do militar do exeacutercito eacute o localonde servir Apenas para os militares da Marinha e da Aeronaacuteutica odomiciacutelio necessaacuterio eacute a sede do comando a que estiveremimediatamente subordinado(E) CERTAGabarito E

22 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) Nuacutebia eacute funcionaacuteriapuacuteblica da Prefeitura Municipal da Cidade A onde exerce suasatividades inerentes ao cargo puacuteblico que ocupa Reside comseus filhos na cidade vizinha B mas como seu marido emrazatildeo de trabalho reside na cidade vizinha C Nuacutebia passaparte da semana dormindo nesta cidade De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro o Domiciacutelio Civil de Nuacutebia eacute a cidade(A) A ou C(B) B ou C(C) A apenas(D) B apenas(E) C apenas

Tendo em vista que Nubia eacute funcionaacuteria puacuteblica entatildeo ela temdomiciacutelio necessaacuterio (imposto por lei)Conforme o art 76 do CC o domiciacutelio de Nubia eacute o local ondeela exercer permanentemente as suas funccedilotildees ou seja apenas acidade AGabarito C

23 (TRE-SETeacutecnico Administrativo2007) Maria artistacircense nasceu em Salvador Maria faz espetaacuteculos por todoo Brasil com a companhia de circo de que faz parte

Considerando que seu marido e filho residem em Olinda e queseus ascendentes mais proacuteximos residem em Ilheacuteus ter-se-aacutepor domiciacutelio de Maria(A) a cidade de Ilheacuteus(B) o local em que for encontrada(C) apenas a cidade de Salvador(D) apenas a cidade de Olinda(E) as cidades de Salvador ou Olinda

Tendo em vista que Maria eacute circense entatildeo ela natildeo possuiresidecircnciaEntretanto todos possuem domiciacutelio inclusive as pessoas quenatildeo possuem residecircnciaDessa forma nos termos do art 73 do CC o domiciacutelio de Mariaseraacute o local onde ela for encontradaOu seja o local de residecircncia do seu marido e dos seus filhossatildeo irrelevantes para a questatildeoGabarito B

1-C2-D3-E4-D5-C6-B7-B8-B9-A10-C11-A12-A13-D14-A15-E16-C17-D18-D19-C20-D21-E22-C23-B

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o seu trabalho A situaccedilatildeo eacute exemplificada pelas pessoas quetrabalham em grandes centros e moram em cidades sateacutelites talcomo a pessoa que mora na cidade de Satildeo Caetano-SP e trabalha nacidade de Satildeo Paulo-SP (capital)Art 73 do CC - Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeotenha residecircncia habitual o lugar onde for encontrada(AUSEcircNCIA DE RESIDEcircNCIA)Todos possuem domiciacutelio inclusive aqueles que natildeo tecircmresidecircncia Dessa forma o domiciacutelio dos ciganos dos artistas de circo(circenses) e do cacheiro viajante eacute o local onde forem encontradosArt 74 do CC - Muda-se o domiciacutelio transferindo a residecircnciacom a intenccedilatildeo manifesta de o mudarParaacutegrafo uacutenico A prova da intenccedilatildeo resultaraacute do que declarar apessoa agraves municipalidades dos lugares que deixa e para ondevai ou se tais declaraccedilotildees natildeo fizer da proacutepria mudanccedila com ascircunstacircncias que a acompanharemNo artigo 74 do Coacutedigo Civil estaacute prevista a forma para umapessoa mudar o seu domiciacuteliob) especial (art78 do CC) - eacute aquele que possibilita aoscontratantes estabelecer um local para o cumprimento dasobrigaccedilotildees (foro de contrato) ou um local para dirimirquaisquer controveacutersias surgidas em decorrecircncia do contrato(foro de eleiccedilatildeo)Art 78 do CC - Nos contratos escritos poderatildeo os contratantesespecificar domiciacutelio onde se exercitem e cumpram os direitos eobrigaccedilotildees deles resultantes2) Domiciacutelio Necessaacuterio ou Legal (art 76 do CC) - eacute aqueledeterminado pela lei em razatildeo da condiccedilatildeo ou situaccedilatildeo decertas pessoas Nesses casos a lei natildeo permite a escolha dodomiciacutelioArt 76 do CC - Tecircm domiciacutelio necessaacuterio o incapaz o servidorpuacuteblico o militar o mariacutetimo e o presoParaacutegrafo uacutenico O domiciacutelio do incapaz eacute o do seu representanteou assistente o do servidor puacuteblico o lugar em que exercer

permanentemente suas funccedilotildees o do militar onde servir esendo da Marinha ou da Aeronaacuteutica a sede do comando a que seencontrar imediatamente subordinado o do mariacutetimo onde onavio estiver matriculado e o do preso o lugar em que cumprir asentenccedilaAleacutem dos domiciacutelios jaacute citados tambeacutem eacute consagrado no art 77do Coacutedigo Civil uma situaccedilatildeo especial para o agente diplomaacuteticoArt 77 do CC - O agente diplomaacutetico do Brasil que citado noestrangeiro alegar extraterritorialidade sem designar onde temno paiacutes o seu domiciacutelio poderaacute ser demandado no DistritoFederal ou no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro onde o tevePelo fato do agente diplomaacutetico natildeo ter residecircncia no Brasil ese em razatildeo de uma demanda tal fato for suscitado por ele entatildeo ajurisdiccedilatildeo competente para resolver o litiacutegio pode ser duas1) o Distrito Federal ou2) o local do Brasil onde teve seu uacuteltimo domiciacutelio

19 (TRE-AMAnalista Judiciaacuterio2009) Considere asassertivas abaixo a respeito do domiciacutelioI Se a pessoa natural tiver diversas residecircncias ondealternadamente viva considerar-se-aacute domiciacutelio seu qualquerdelasII Ter-se-aacute por domiciacutelio da pessoa natural que natildeo tenharesidecircncia habitual o lugar onde for encontradaIII O domiciacutelio do militar da Marinha eacute o local onde o navioestiver matriculadoIV Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosDe acordo com o Coacutedigo Civil brasileiro estaacute correto o que seafirma APENAS em(A) II III e IV(B) I II e III(C) I II e IV(D) I e IV(E) II e III

Anaacutelise das alternativasI CERTA Conforme o art 71 do CCII CERTA Conforme o art 73 do CCIII ERRADA O local onde o navio estiver matriculado segundo oart 75 do CC eacute o domiciacutelio do mariacutetimoIV CERTA Assim como a pessoa natural a pessoa juriacutedica tambeacutemdeve responder pelos atos referentes agraves relaccedilotildees juriacutedicas em queestaacute envolvidaO assunto eacute tratado no art 75 do CCArt 75 do CC - Quanto agraves pessoas juriacutedicas o domiciacutelio eacuteI - da Uniatildeo o Distrito FederalII - dos Estados e Territoacuterios as respectivas capitaisIII - do Municiacutepio o lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipalIV - das demais pessoas juriacutedicas o lugar onde funcionarem asrespectivas diretorias e administraccedilotildees ou onde elegeremdomiciacutelio especial no seu estatuto ou atos constitutivossect 1o Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacutelio paraos atos nele praticadossect 2o Se a administraccedilatildeo ou diretoria tiver a sede no estrangeirohaver-se-aacute por domiciacutelio da pessoa juriacutedica no tocante agravesobrigaccedilotildees contraiacutedas por cada uma das suas agecircncias o lugar doestabelecimento sito no Brasil a que ela corresponderA pessoa juriacutedica natildeo possui residecircncia mas tem sede ouestabelecimento que a ldquoprenderdquo a um determinado lugar Trata-se dodomiciacutelio especial da pessoa juriacutedica que pode ser livrementeescolhido no seu ato constitutivoNatildeo havendo tal escolha o domiciacutelio seraacute o lugar onde funcionaras respectivas diretorias e administraccedilotildeesO graacutefico a seguir resume o assuntoDOMICIacuteLIO DA PESSOA JURIacuteDICA DE DIREITO PUacuteBLICO INTERNOUniatildeo o Distrito FederalEstados e Territoacuterios as respectivas capitaisMuniciacutepioso lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipal

DOMICIacuteLIO DAS DEMAIS PESSOAS JURIacuteDICASRegraonde elegerem domiciacutelio especial no seuestatuto ou atos constitutivosNa falta de domiciacutelio especialo lugar onde funcionarem as respectivasdiretorias e administraccedilotildeesHavendo diversosestabelecimentos(pluralidade domiciliar)cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosSe a administraccedilatildeo oudiretoria tiver sede noestrangeiroo lugar do estabelecimento sito no Brasila que ela corresponderGabarito C

20 (TCE-GOAnalista de Controle Externo2009) O agentediplomaacutetico do Brasil que citado no estrangeiro alegarextraterritorialidade sem designar onde tem no paiacutes o seudomiciacutelio poderaacute ser demandado(A) somente no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro em quefoi domiciliado(B) somente do Distrito Federal(C) somente no exterior no lugar onde se encontra exercendoas suas funccedilotildees(D) no Distrito Federal ou no uacuteltimo ponto do territoacuteriobrasileiro onde o teve(E) somente no exterior na capital do paiacutes onde estaacuteexercendo as suas funccedilotildees

A questatildeo tem como base legal o art 77 do CCGabarito D

21 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) O domiciacutelio(A) dos oficiais da marinha eacute o lugar onde servem(B) do mariacutetimo eacute o lugar em que o navio estiver atracado(C) do incapaz eacute o lugar em que foi registrado o seunascimento(D) do militar do Exeacutercito eacute a sede do comando a que seencontrar subordinado(E) do preso eacute o lugar em que cumpre a sentenccedila

Toda a questatildeo tem como fundamento legal o art 75 do CCAnaacutelise das alternativas(A) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio dos oficiais de marinha eacute a sededo comando a que estiverem imediatamente subordinado(B) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do mariacutetimo eacute o lugar em que onavio estiver atracado(C) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do incapaz eacute o mesmo do seurepresentante ou assistente(D) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do militar do exeacutercito eacute o localonde servir Apenas para os militares da Marinha e da Aeronaacuteutica odomiciacutelio necessaacuterio eacute a sede do comando a que estiveremimediatamente subordinado(E) CERTAGabarito E

22 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) Nuacutebia eacute funcionaacuteriapuacuteblica da Prefeitura Municipal da Cidade A onde exerce suasatividades inerentes ao cargo puacuteblico que ocupa Reside comseus filhos na cidade vizinha B mas como seu marido emrazatildeo de trabalho reside na cidade vizinha C Nuacutebia passaparte da semana dormindo nesta cidade De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro o Domiciacutelio Civil de Nuacutebia eacute a cidade(A) A ou C(B) B ou C(C) A apenas(D) B apenas(E) C apenas

Tendo em vista que Nubia eacute funcionaacuteria puacuteblica entatildeo ela temdomiciacutelio necessaacuterio (imposto por lei)Conforme o art 76 do CC o domiciacutelio de Nubia eacute o local ondeela exercer permanentemente as suas funccedilotildees ou seja apenas acidade AGabarito C

23 (TRE-SETeacutecnico Administrativo2007) Maria artistacircense nasceu em Salvador Maria faz espetaacuteculos por todoo Brasil com a companhia de circo de que faz parte

Considerando que seu marido e filho residem em Olinda e queseus ascendentes mais proacuteximos residem em Ilheacuteus ter-se-aacutepor domiciacutelio de Maria(A) a cidade de Ilheacuteus(B) o local em que for encontrada(C) apenas a cidade de Salvador(D) apenas a cidade de Olinda(E) as cidades de Salvador ou Olinda

Tendo em vista que Maria eacute circense entatildeo ela natildeo possuiresidecircnciaEntretanto todos possuem domiciacutelio inclusive as pessoas quenatildeo possuem residecircnciaDessa forma nos termos do art 73 do CC o domiciacutelio de Mariaseraacute o local onde ela for encontradaOu seja o local de residecircncia do seu marido e dos seus filhossatildeo irrelevantes para a questatildeoGabarito B

1-C2-D3-E4-D5-C6-B7-B8-B9-A10-C11-A12-A13-D14-A15-E16-C17-D18-D19-C20-D21-E22-C23-B

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Anaacutelise das alternativasI CERTA Conforme o art 71 do CCII CERTA Conforme o art 73 do CCIII ERRADA O local onde o navio estiver matriculado segundo oart 75 do CC eacute o domiciacutelio do mariacutetimoIV CERTA Assim como a pessoa natural a pessoa juriacutedica tambeacutemdeve responder pelos atos referentes agraves relaccedilotildees juriacutedicas em queestaacute envolvidaO assunto eacute tratado no art 75 do CCArt 75 do CC - Quanto agraves pessoas juriacutedicas o domiciacutelio eacuteI - da Uniatildeo o Distrito FederalII - dos Estados e Territoacuterios as respectivas capitaisIII - do Municiacutepio o lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipalIV - das demais pessoas juriacutedicas o lugar onde funcionarem asrespectivas diretorias e administraccedilotildees ou onde elegeremdomiciacutelio especial no seu estatuto ou atos constitutivossect 1o Tendo a pessoa juriacutedica diversos estabelecimentos emlugares diferentes cada um deles seraacute considerado domiciacutelio paraos atos nele praticadossect 2o Se a administraccedilatildeo ou diretoria tiver a sede no estrangeirohaver-se-aacute por domiciacutelio da pessoa juriacutedica no tocante agravesobrigaccedilotildees contraiacutedas por cada uma das suas agecircncias o lugar doestabelecimento sito no Brasil a que ela corresponderA pessoa juriacutedica natildeo possui residecircncia mas tem sede ouestabelecimento que a ldquoprenderdquo a um determinado lugar Trata-se dodomiciacutelio especial da pessoa juriacutedica que pode ser livrementeescolhido no seu ato constitutivoNatildeo havendo tal escolha o domiciacutelio seraacute o lugar onde funcionaras respectivas diretorias e administraccedilotildeesO graacutefico a seguir resume o assuntoDOMICIacuteLIO DA PESSOA JURIacuteDICA DE DIREITO PUacuteBLICO INTERNOUniatildeo o Distrito FederalEstados e Territoacuterios as respectivas capitaisMuniciacutepioso lugar onde funcione a administraccedilatildeomunicipal

DOMICIacuteLIO DAS DEMAIS PESSOAS JURIacuteDICASRegraonde elegerem domiciacutelio especial no seuestatuto ou atos constitutivosNa falta de domiciacutelio especialo lugar onde funcionarem as respectivasdiretorias e administraccedilotildeesHavendo diversosestabelecimentos(pluralidade domiciliar)cada um deles seraacute considerado domiciacuteliopara os atos nele praticadosSe a administraccedilatildeo oudiretoria tiver sede noestrangeiroo lugar do estabelecimento sito no Brasila que ela corresponderGabarito C

20 (TCE-GOAnalista de Controle Externo2009) O agentediplomaacutetico do Brasil que citado no estrangeiro alegarextraterritorialidade sem designar onde tem no paiacutes o seudomiciacutelio poderaacute ser demandado(A) somente no uacuteltimo ponto do territoacuterio brasileiro em quefoi domiciliado(B) somente do Distrito Federal(C) somente no exterior no lugar onde se encontra exercendoas suas funccedilotildees(D) no Distrito Federal ou no uacuteltimo ponto do territoacuteriobrasileiro onde o teve(E) somente no exterior na capital do paiacutes onde estaacuteexercendo as suas funccedilotildees

A questatildeo tem como base legal o art 77 do CCGabarito D

21 (TJ-SEAnalista Judiciaacuterio2009) O domiciacutelio(A) dos oficiais da marinha eacute o lugar onde servem(B) do mariacutetimo eacute o lugar em que o navio estiver atracado(C) do incapaz eacute o lugar em que foi registrado o seunascimento(D) do militar do Exeacutercito eacute a sede do comando a que seencontrar subordinado(E) do preso eacute o lugar em que cumpre a sentenccedila

Toda a questatildeo tem como fundamento legal o art 75 do CCAnaacutelise das alternativas(A) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio dos oficiais de marinha eacute a sededo comando a que estiverem imediatamente subordinado(B) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do mariacutetimo eacute o lugar em que onavio estiver atracado(C) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do incapaz eacute o mesmo do seurepresentante ou assistente(D) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do militar do exeacutercito eacute o localonde servir Apenas para os militares da Marinha e da Aeronaacuteutica odomiciacutelio necessaacuterio eacute a sede do comando a que estiveremimediatamente subordinado(E) CERTAGabarito E

22 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) Nuacutebia eacute funcionaacuteriapuacuteblica da Prefeitura Municipal da Cidade A onde exerce suasatividades inerentes ao cargo puacuteblico que ocupa Reside comseus filhos na cidade vizinha B mas como seu marido emrazatildeo de trabalho reside na cidade vizinha C Nuacutebia passaparte da semana dormindo nesta cidade De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro o Domiciacutelio Civil de Nuacutebia eacute a cidade(A) A ou C(B) B ou C(C) A apenas(D) B apenas(E) C apenas

Tendo em vista que Nubia eacute funcionaacuteria puacuteblica entatildeo ela temdomiciacutelio necessaacuterio (imposto por lei)Conforme o art 76 do CC o domiciacutelio de Nubia eacute o local ondeela exercer permanentemente as suas funccedilotildees ou seja apenas acidade AGabarito C

23 (TRE-SETeacutecnico Administrativo2007) Maria artistacircense nasceu em Salvador Maria faz espetaacuteculos por todoo Brasil com a companhia de circo de que faz parte

Considerando que seu marido e filho residem em Olinda e queseus ascendentes mais proacuteximos residem em Ilheacuteus ter-se-aacutepor domiciacutelio de Maria(A) a cidade de Ilheacuteus(B) o local em que for encontrada(C) apenas a cidade de Salvador(D) apenas a cidade de Olinda(E) as cidades de Salvador ou Olinda

Tendo em vista que Maria eacute circense entatildeo ela natildeo possuiresidecircnciaEntretanto todos possuem domiciacutelio inclusive as pessoas quenatildeo possuem residecircnciaDessa forma nos termos do art 73 do CC o domiciacutelio de Mariaseraacute o local onde ela for encontradaOu seja o local de residecircncia do seu marido e dos seus filhossatildeo irrelevantes para a questatildeoGabarito B

1-C2-D3-E4-D5-C6-B7-B8-B9-A10-C11-A12-A13-D14-A15-E16-C17-D18-D19-C20-D21-E22-C23-B

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Toda a questatildeo tem como fundamento legal o art 75 do CCAnaacutelise das alternativas(A) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio dos oficiais de marinha eacute a sededo comando a que estiverem imediatamente subordinado(B) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do mariacutetimo eacute o lugar em que onavio estiver atracado(C) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do incapaz eacute o mesmo do seurepresentante ou assistente(D) ERRADA O domiciacutelio necessaacuterio do militar do exeacutercito eacute o localonde servir Apenas para os militares da Marinha e da Aeronaacuteutica odomiciacutelio necessaacuterio eacute a sede do comando a que estiveremimediatamente subordinado(E) CERTAGabarito E

22 (TRE-RNAnalista Judiciaacuterio2011) Nuacutebia eacute funcionaacuteriapuacuteblica da Prefeitura Municipal da Cidade A onde exerce suasatividades inerentes ao cargo puacuteblico que ocupa Reside comseus filhos na cidade vizinha B mas como seu marido emrazatildeo de trabalho reside na cidade vizinha C Nuacutebia passaparte da semana dormindo nesta cidade De acordo com oCoacutedigo Civil brasileiro o Domiciacutelio Civil de Nuacutebia eacute a cidade(A) A ou C(B) B ou C(C) A apenas(D) B apenas(E) C apenas

Tendo em vista que Nubia eacute funcionaacuteria puacuteblica entatildeo ela temdomiciacutelio necessaacuterio (imposto por lei)Conforme o art 76 do CC o domiciacutelio de Nubia eacute o local ondeela exercer permanentemente as suas funccedilotildees ou seja apenas acidade AGabarito C

23 (TRE-SETeacutecnico Administrativo2007) Maria artistacircense nasceu em Salvador Maria faz espetaacuteculos por todoo Brasil com a companhia de circo de que faz parte

Considerando que seu marido e filho residem em Olinda e queseus ascendentes mais proacuteximos residem em Ilheacuteus ter-se-aacutepor domiciacutelio de Maria(A) a cidade de Ilheacuteus(B) o local em que for encontrada(C) apenas a cidade de Salvador(D) apenas a cidade de Olinda(E) as cidades de Salvador ou Olinda

Tendo em vista que Maria eacute circense entatildeo ela natildeo possuiresidecircnciaEntretanto todos possuem domiciacutelio inclusive as pessoas quenatildeo possuem residecircnciaDessa forma nos termos do art 73 do CC o domiciacutelio de Mariaseraacute o local onde ela for encontradaOu seja o local de residecircncia do seu marido e dos seus filhossatildeo irrelevantes para a questatildeoGabarito B

1-C2-D3-E4-D5-C6-B7-B8-B9-A10-C11-A12-A13-D14-A15-E16-C17-D18-D19-C20-D21-E22-C23-B