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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 09 8 Poder Judiciário. 8.1 Disposições gerais. 8.2 Órgãos do Poder Judiciário. 8.2.1 Organização e competências, Conselho Nacional de Justiça. 8.2.1.1 Composição e competências. 3.2.2 Inspeção do Trabalho. 3.2.3 Justiça do Trabalho I. DO PODER JUDICIÁRIO – DISPOSIÇÕES GERAIS ------------------------------------------ 3 II. DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ) ----------------------------------------------- 39 III. DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) ------------------------------------------------------- 51 IV. DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) ------------------------------------------------- 74 V. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES FEDERAIS -------------------- 86 VI. DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO------------------------------------------------------ 96 VII. QUESTÕES DA AULA ------------------------------------------------------------------------------------------ 106 VIII. GABARITO ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 119 IX. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA--------------------------------------------------------------------------121 Olá futuros Auditores-Fiscais do Trabalho! Prontos para o SEU salário de R$ 14.280,00 e para ocupar um dos melhores cargos da Administração Pública Federal? Na aula de hoje, estudaremos a seguinte parte do seu edital: o Poder Judiciário Esse é um assunto bastante delicado para as aulas online, uma vez que a maioria das questões de prova cobra a literalidade da CF, sem muitas interpretações ou jurisprudência. Assim, você verá que os esquemas de hoje serão um pouco menos resumidos, com menos palavras-chave e mais transcrições do texto constitucional. Optei por fazer assim para que você já vá se acostumando com a letra da CF. Como sempre, faremos muitos exercícios da sua banca para que você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 110 questões comentadas! Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na medida em que a matéria for explicada. Ao responder as questões, leia todos os comentários, pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão.

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Aula 09

8 Poder Judiciário. 8.1 Disposições gerais. 8.2 Órgãos do Poder Judiciário. 8.2.1 Organização e competências, Conselho Nacional de Justiça. 8.2.1.1 Composição e competências. 3.2.2 Inspeção do Trabalho. 3.2.3 Justiça do Trabalho

I. DO PODER JUDICIÁRIO – DISPOSIÇÕES GERAIS ------------------------------------------ 3

II. DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ) ----------------------------------------------- 39

III. DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) ------------------------------------------------------- 51

IV. DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) ------------------------------------------------- 74

V. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES FEDERAIS -------------------- 86

VI. DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO ------------------------------------------------------ 96

VII. QUESTÕES DA AULA ------------------------------------------------------------------------------------------ 106

VIII. GABARITO ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 119

IX. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA -------------------------------------------------------------------------- 121

Olá futuros Auditores-Fiscais do Trabalho!

Prontos para o SEU salário de R$ 14.280,00 e para ocupar um dos melhores cargos da Administração Pública Federal?

Na aula de hoje, estudaremos a seguinte parte do seu edital: o Poder Judiciário

Esse é um assunto bastante delicado para as aulas online, uma vez que amaioria das questões de prova cobra a literalidade da CF, sem muitas interpretações ou jurisprudência. Assim, você verá que os esquemas de hoje serão um pouco menos resumidos, com menos palavras-chave e mais transcrições do texto constitucional. Optei por fazer assim para que você já vá se acostumando com a letra da CF.

Como sempre, faremos muitos exercícios da sua banca para que você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 110questões comentadas!

Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na medida em que a matéria for explicada. Ao responder as questões, leia todos os comentários, pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão.

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Na aula de hoje, teremos APENAS 51 páginas de conteúdo (teoria). O restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e agradável!

Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento.

Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email [email protected].

Vamos então à nossa aula!

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I. DO PODER JUDICIÁRIO – DISPOSIÇÕES GERAIS

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Meu caro Auditor-Fiscal do Trabalho, você deve se lembrar do princípio daseparação dos poderes, previsto no art. 2º da Constituição. Vamos revisar:

Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Esse princípio é importantíssimo porque evita que o poder fique todo nas mãos de uma só pessoa, evitando, assim, arbitrariedades e excessos. Além disso, tais poderes são INDEPENDENTES e HARMÔNICOS entre si.

Ainda relembrando: o Brasil é um Estado Democrático de direito, ou seja, oEstado brasileiro é governado pelo povo (democrático) e também tem que obedecer às leis (de direito). Pois bem, a independência do Poder Judiciário é a base do Estado de Direito, uma vez que ele efetua o controle dos atos dos outros poderes e faz com que a Constituição seja efetivamente cumprida, tanto pelo Estado quanto pelos particulares.

A nossa Constituição trouxe ainda uma série de direitos fundamentais ligados ao Poder Judiciário, como o Princípio da unicidade de jurisdição (art. 5º XXXV), o princípio do juiz natural (art. 5º XXXVII), a duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII), o Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII), a presunção da inocência (art. 5º, LVII), dentre outros.

2. SISTEMAS DE JULGAMENTO DE CONFLITOS

Observe que existem dois sistemas diferentes em relação a quem tem a competência para realizar o julgamento dos conflitos. O sistema inglês,adotado pelo Brasil, é o sistema que prevê a unicidade de jurisdição.Dessa forma, somente o Poder Judiciário tem a capacidade de fazer a coisa julgada e os conflitos administrativos NÃO podem ser julgados definitivamente nesse âmbito.

Observe bem que um particular pode exigir seus direitos em âmbito administrativo, exercendo, por exemplo, seu direito de petição. No entanto, as decisões proferidas pelo Estado em âmbito administrativo poderão ser reformadas pelo Poder Judiciário. Assim, somente o Judiciário faz coisa julgada.

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O outro sistema de resolução de conflitos é o sistema francês, também chamado de contencioso administrativo. Nesse modelo, existem duas jurisdições: a comum, feita pelo Poder Judiciário e a administrativa, feita em âmbito administrativo. Nesse modelo, as decisões proferidas em âmbito administrativo possuem força de coisa julgada administrativa.

Lembre-se: o modelo adotado pelo Brasil é o modelo inglês, onde somente o Judiciário faz coisa julgada.

3. FUNÇÕES DO PODER JUDICIÁRIO

O Poder Judiciário, assim como os outros poderes, possui uma função típica etambém funções atípicas. A função típica do Judiciário é a função jurisdicional, ou seja, de dizer e aplicar o direito às controvérsias a ele submetidas.

Por outro lado, o Judiciário exerce, como funções atípicas, a função administrativa, quando atua enquanto Administração Pública (quando administra seus bens, serviços e pessoal, realiza licitações etc.) e a função legislativa, quando produz normas gerais obrigatórias aplicáveis no seu âmbito (ex: quando elabora seus Regimentos Internos).

Esquematizando:

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PODER JUDICIÁRIOObservações Gerais

O Poder Judiciário independente é a base do Estado de Direito

Vários direitos fundamentais são - Princípio da unicidade de jurisdição (art. 5º XXXV)

relacionados ao Poder Judiciário - Princípio do Juiz Natural (art. 5º XXXVII)- Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII)- Presunção da inocência (art. 5º, LVII)- Duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII)- Outros

Sistema - Inglês - Adotado pelo Brasil- Unicidade de jurisdição- Os conflitos administrativos NÃO podem ser julgados definitivamente em âmbito administrativo.

- Francês ou contencioso administrativo: Há coisa julgada administrativa

Funções do - Típica - Função jurisdicional (ou de julgamento)Judiciário - Dizer e aplicar o Direito às controvérsias a ele submetidas

- Atípica -Administrativa: Quando administra seus bens, serviços e pessoal, realiza licitações etc.

- Legislativa - Quando produz normas gerais, aplicáveis no seu âmbito- Ex: Regimentos Internos dos Tribunais (equiparam-se às Leis Ordinárias)

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4. ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO

O art. 92 da Constituição Federal estabelece quais são os órgãos do Poder Judiciário. Observe:

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:

I - o Supremo Tribunal Federal;

I-A o Conselho Nacional de Justiça;

II - o Superior Tribunal de Justiça;

III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;

V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;

VI - os Tribunais e Juízes Militares;

VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

Antes de explicar como funciona a estrutura do Judiciário, observe-aatentamente e depois, na medida em que eu for explicando, retorne ao quadro a seguir e visualize bem onde está cada órgão.

- Além desses órgãos, também integra o Poder Judiciário o Conselho Nacional de Justiça – CNJ,que não possui competências jurisdicionais.

No topo do Poder Judiciário, está o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é o “Guardião da Constituição” e é ele quem possui a última palavra no que se refere à interpretação constitucional. (volte agora e localize o STF no organograma).

Supremo Tribunal Federal -STF

Superior Tribunal de Justiça - STJ

Tribunal de Justiça Estadual - TJEst

Juiz Estadual, do DF e Territórios

Tribunal Regional Federal - TRF

Juiz Federal

Tribunal Superior Eleitoral - TSE

Tribunal Regional Eleitoral - TRE

Juízes e Juntas Eleitorais

Tribunal Superior do Trabalho - TST

Tribunal Regional do Trabalho - TRT

Juiz do Trabalho

Superior Tribunal Militar -STM

Juízes Militares 1º grau

2º grau

Tribunais Superiores

Tribunais de Superposição

Tribunais de Convergência

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Logo abaixo do STF, estão os quatro Tribunais Superiores: Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM). (volte agora e localize os Tribunais Superiores no organograma).

O Poder Judiciário, para fins didáticos, se divide em duas esferas: federal eestadual. A esfera federal possui competências expressamenteenumeradas na Constituição, enquanto as competências da esfera estadualsão residuais.

A esfera federal se subdivide ainda em justiça comum, que julga as causas consideradas ordinárias, e justiça especializada, que julga as causas relativas à justiça do trabalho, eleitoral e militar.

Na esfera federal, existem os chamados Tribunais de Superposição. Esses Tribunais são aqueles onde, embora não pertençam a nenhuma justiça,suas decisões se sobrepõem às decisões proferidas pelos órgãos inferiores (tanto da justiça comum quanto da especializada). O Brasil possui dois tribunais de superposição: o STF, que julga questões relativas à Constituição Federal, e o STJ, que julga questões relativas às leis,assegurando a uniformização na interpretação da legislação federal. Importante lembrar que o STJ não realiza o controle abstrato de constitucionalidade, realizando somente o controle difuso. (volte agoraao quadro e identifique os Tribunais de Superposição).

Existem, além dos tribunais de superposição, os Tribunais de Convergência.Eles possuem esse nome porque as causas processadas pelos juízos inferiores convergem para esses Tribunais. Os tribunais de convergência brasileiros são os seguintes: Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM). Observe que o STF e o STJ são, ao mesmo tempo, tribunais de convergência e de superposição. (volte agora e observe como os juízos inferiores convergem para os juízos superiores: os juízes e tribunais eleitorais convergem para o TSE, os juízes e tribunais do trabalho convergem para o TST, e assim por diante).

Passando agora para o degrau mais inferior do organograma (e pulando os Tribunais de 2º grau), estão os juízes de primeiro grau ou primeira instância. Esses juízes são órgãos singulares (isso mesmo! Um juiz é um

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ÓRGÃO do Poder Judiciário!) e julgam monocraticamente, ou seja, apenas uma pessoa julga. É nos juízes de primeiro grau onde começa a grande maioria dos processos do judiciário. Assim, existem os juízes estaduais de primeiro grau, os juízes federais de primeiro grau e assim por diante. (volte agora e identifique os juízes de primeiro grau).

Logo acima dos juízes de primeiro grau, estão os Tribunais de segundo grau ou segunda instância. Esses Tribunais, situados imediatamente acima dos juízos singulares, funcionam como instância recursal destes. Assim, caso alguém “não fique satisfeito” com a sentença que o juiz de primeiro grau proferiu, ele pode recorrer ao tribunal de segunda instância para que sua sentença seja reapreciada por este.

Além de funcionarem como instância recursal, os tribunais também possuem competências originárias, ou seja, existem alguns tipos de processo que já se iniciam no âmbito do tribunal, jamais passando pelo juiz singular. Portanto, os Tribunais possuem competências originárias e recursais. (Volte agora e observe os tribunais de segundo grau).

Uma informação que você deve sempre ter em mente é que, diferentemente dos juízos singulares, onde apenas uma pessoa julga, todos os tribunais são órgãos colegiados, ou seja, existem várias pessoas julgando de maneira conjunta.

Os membros dos tribunais possuem nomes diferentes, a depender do tribunal que atuam. Os julgadores dos Tribunais de Justiça Estaduais, por exemplo, são chamados de desembargadores. Os desembargadores são “juízes que foram promovidos” a membros dos Tribunais de Justiça. Já os membros dos Tribunais Superiores e do STF são, em regra, chamados de Ministros. Por exemplo, um membro do STJ se chama Ministro do STJ, enquanto um membro do STF se chama Ministro do STF.

Voltando à estrutura do Poder Judiciário, existe ainda o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Esse órgão não está integrando o organograma acima porque ele não possui função jurisdicional, ou seja, o CNJ não pode julgar causas no Judiciário (não pode dizer o direito), sendo um órgão eminentemente administrativo.

“Mas então para que serve o CNJ?” Esse órgão tem a incumbência de realizar o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do

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cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. Dessa forma, o CNJ é um órgão de controle INTERNO do Poder Judiciário (e não de controle externo!).

Lembre-se que o órgão máximo do judiciário brasileiro é o Supremo Tribunal Federal e que o CNJ não tem nenhuma competência sobre o STF ou seus ministros. Além disso, o CNJ teve sua constitucionalidade questionada e o STF entendeu que sua criação não viola a Constituição (ADI 3.367/DF).

Uma derradeira informação importante sobre o CNJ: ele é um órgão do Poder Judiciário como um todo e os Estados não podem criar órgãos estaduais de controle interno ou externo do Poder Judiciário (ADI 3.367). Observe a súmula 649 do STF:

“É inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros Poderes ou entidades.”

Por fim, o STF e os Tribunais Superiores possuem jurisdição em todo o território nacional (lembre-se que o CNJ não possui jurisdição) e estes e o CNJ (STF+Tribunais Superiores+CNJ) têm sede na Capital Federal.

Saindo da esfera federal e indo para a outra esfera: a esfera estadual. Esta possui competências não enumeradas expressamente pela Constituição.Assim, o que não está previsto na CF como federal será de competência estadual, sendo, por isso, chamada de residual. Além disso, os Tribunais de Justiça Estaduais (TJEst) podem realizar tanto o controle difuso deconstitucionalidade (frente à CF e à Constituição Estadual) quanto o controle concentrado de constitucionalidade (somente frente à Constituição Estadual).

Deve-se lembrar o fato de que não existe judiciário municipal e que não existem mais Tribunais de Alçada, sendo que seus membros passaram a integrar os Tribunais de Justiça dos respectivos estados-membros, respeitadas a antiguidade e a classe de origem.

Explicando melhor: os Tribunais de Alçada ERAM tribunais de 2ª instância, que julgavam processos em grau de recurso e que tinham por finalidade auxiliar o Tribunal de Justiça de determinado Estado da Federação no julgamento dos processos. Além disso, cada Tribunal de Alçada tinha sua competência própria

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e delimitada, ou seja, havia um rol de ações que somente aquele Tribunal de Alçada poderia julgar.

No entanto, como dito, esses tribunais foram extintos e seus membros passaram a fazer parte dos Tribunais de Justiça Estaduais, respeitadas a antiguidade e a classe de origem.

Esquematizando:

Estrutura do Poder Judiciário

- Supremo Tribunal Federal (STF)

- Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

- Superior Tribunal de Justiça (STJ)

- Tribunais Regionais Federais (TRFs) e Juízes Federais;

- Tribunais e Juízes do Trabalho (TRTs)

- Tribunais e Juízes Eleitorais (TREs)

- Tribunais e Juízes Militares

- Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.(TJEst)

- Além desses órgãos, também integra o Poder Judiciário o Conselho Nacional de Justiça – CNJ,que não possui competências jurisdicionais

Supremo Tribunal Federal -STF

Superior Tribunal de Justiça - STJ

Tribunal de Justiça Estadual - TJEst

Juiz Estadual, do DF e Territórios

Tribunal Regional Federal - TRF

Juiz Federal

Tribunal Superior Eleitoral - TSE

Tribunal Regional Eleitoral - TRE

Juízes e Juntas Eleitorais

Tribunal Superior do Trabalho - TST

Tribunal Regional do Trabalho - TRT

Juiz do Trabalho

Superior Tribunal Militar -STM

Juízes Militares

Órg

ãos

do

Pod

er

Jud

iciá

rio

(art

. 92)

1º grau

2º grau

Tribunais Superiores

Tribunais de Superposição

Tribunais de Convergência

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- STF- Tribunais Superiores - STJ

- TST- TSE- STM

- CNJ: Não possui jurisdição

- Competências enumeradas expressamente na CF

• Comum

• Especializada - Justiça do Trabalho- Justiça Eleitoral- Justiça Militar

• Tribunais de - Embora não pertençam a nenhuma justiça, suas decisões seSuperposição sobrepõem às decisões proferidas pelos órgãos inferiores (tanto

da justiça comum quanto da especializada)

- STF: questões relativas à CF

- STJ - Questões relativas às leis- Assegurar a uniformização na interpretação da

legislação federal- Não realiza o controle abstrato de constitucionalidade- Somente realiza o DIFUSO

• Tribunais de - As causas processadas pelos juízos inferiores convergemConvergência para esses Tribunais

- STF- STJ- TST- TSE- STM

- Competências residuais

- Os TJ estaduais podem realizar o controle - Difuso (frente à CF e a CEst) - Concentrado (só frente a CEst)

- Não existe judiciário municipal- Não existem mais Tribunais de Alçada: seus membros passaram a integrar os Tribunais de Justiça dos respectivos estados-membros, respeitadas a antiguidade e a classe de origem

Esf

eras

do

Jud

iciá

rio

Federal

Estadual

Tem jurisdição em todo o território nacional

Tem sede na Capital Federal

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5. O QUINTO CONSTITUCIONAL E OS ÓRGÃOS ESPECIAIS

Futuros Auditores-Fiscais do Trabalho, ainda quanto à organização e estrutura do Poder Judiciário, a Constituição Federal contém duas importantes previsões: o quinto constitucional e os órgãos especiais.

a) O QUINTO CONSTITUCIONAL é uma regra que assegura que os advogados e os membros do Ministério Público participem da composição dos tribunais. Assim, alguns tribunais não são compostos apenas de “juízes promovidos” (ou desembargadores, lembra-se?), sendo que um quinto dos membros desses órgãos serão advogados ou membros do Ministério Público.

Requisitos: para poderem fazer parte da composição dos tribunais pelo quinto constitucional, os membros do Ministério Público precisam ter mais de 10 anos de carreira e os advogados precisam de notório saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade.

Tribunais onde se aplica o quinto constitucional: o quinto constitucional não se aplica a todos os tribunais, aplicando-se aos Tribunais Regionais Federais, Tribunais de Justiça Estaduais, Tribunal Superior do Trabalho e Tribunais Regionais do Trabalho.

Procedimento: o procedimento para que um advogado ou membro do Ministério Público entre em um tribunal pelo quinto constitucional é bem simples:

1- Os órgãos representativos das respectivas classes (do MP ou da OAB) enviam ao tribunal uma lista sêxtupla.

2- O tribunal escolhe três nomes dessa lista sêxtupla, elaborando uma lista tríplice e a envia ao chefe do executivo.

3- O chefe do executivo escolhe um dos três nomes em 20 dias.

b) A outra importante previsão constitucional acerca da estrutura e organização do Poder Judiciário é a possibilidade dos tribunais criarem um ÓRGÃO ESPECIAL.

Acompanhe o raciocínio:

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1- Um tribunal é a reunião dos seus membros. Por exemplo, o STF é a reunião de todos os seus 11 Ministros, o STJ é a reunião de todos os seus 33 Ministros, e assim por diante.

2- Quando todos os membros de um tribunal se reúnem ao mesmo tempo, eles estarão reunidos em Plenário, também chamado de Tribunal Pleno, ou simplesmente Pleno. (Ex: o Pleno do STF é a reunião dos seus 11 Ministros, o Pleno do STJ é a reunião dos seus 33 Ministros etc.).

3- Para facilitar os trabalhos e acelerar a prestação jurisdicional, o tribunal pode se subdividir em órgãos fracionários (Câmaras e Turmas). Por exemplo, o STF se divide em duas turmas, cada uma com cinco Ministros.

Esses órgãos fracionários é que julgam a maioria dos processos, ficando a cargo do Pleno apenas as atribuições mais importantes.

4- Em tribunais pequenos, como o STF, o Pleno funciona com agilidade. Agora imagine o Tribunal de Justiça de São Paulo, que possui mais de trezentos desembargadores! Nesse caso, o Plenário é um órgão muito grande e pouco ágil.

Dessa forma, para acelerar ainda mais a atividade jurisdicional e administrativa dos tribunais que possuam mais de 25 julgadores,PODE (facultativo) ser criado um órgão intermediário, entre o Pleno e os órgãos fracionários, chamado de ÓRGÃO ESPECIAL. Esse órgão especial deverá possuir entre 11 e 25 membros e terá atribuições jurisdicionais e também administrativas.

Por fim, metade das vagas nos órgãos especiais serão providas por eleição do Tribunal Pleno e a outra metade por antiguidade.

5- Você observou o termo “possibilidade”? Pois bem, a criação dos órgãos especiais é facultativa.

6- Observe o organograma abaixo:

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Esquematizando:

- Assegura que os advogados e os membros do Ministério Público participem da composição dos Tribunais

- 1/5 dos membros do TRFs, dos TJEst, TST e TRTs serão membros do MP com mais de 10 anos de carreira ou advogados com notório saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade

Quinto constitucional - Indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos das respectivas classes

- O Tribunal recebe a lista sêxtupla e elabora a lista tríplice

- O Executivo escolhe um (da lista tríplice) em 20 dias

- Não vale para os membros dos Tribunais superiores (exceto TST). Valendo somente para - TST

- TRT- TRF- TJEst

Órgão Especial - Facultativo- Em tribunais com mais de 25 julgadores- Número de membros do órgão especial - Mín 11

- Máx 25- Provimento - ½ por antiguidade

- ½ por eleição do tribunal pleno

- Atribuições - Administrativas- Jurisdicionais- Delegadas do Tribunal Pleno

Plenário

1ª Câmara 2ª Câmara 1ª Turma 2ª Turma 3ª Turma

Órgão Especial

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6. GARANTIAS INSTITUCIONAIS DO PODER JUDICIÁRIO

A Constituição prevê algumas garantias ao Poder Judiciário para preservar sua independência funcional. Essas garantias não são privilégios ou benefícios exagerados, mas sim prerrogativas que asseguram a necessária independência para o exercício de suas funções.

Primeiro, são crimes de responsabilidade do Presidente da República os atos que atentem contra o livre exercício do Judiciário (CF, art. 85, II).Dessa forma, não pode o Presidente da República limitar ou ferir a independência do Judiciário, sob pena de cometer crime de responsabilidade.

Segundo, a Constituição Federal proíbe que as garantias do Judiciário sejam disciplinadas por medida provisória ou por lei delegada (CF, art. 62, § 1º, I, "c" + 68, § 1º, I). Esse mecanismo evita que o Presidente da República cometa abusos ao regular as garantias do Poder Judiciário.

Por fim, a CF prevê a autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário (art. 99). Por AUTONOMIA FINANCEIRA, entende-se o fato do Judiciário elaborar as sua própria proposta orçamentária, obviamente, respeitada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Assim, é o próprio Judiciário quem decide como e quando gastar os seus recursos, evitando-se a interferência dos demais poderes.

O encaminhamento das propostas orçamentárias deve ser feito:

• Na União: pelos Presidentes do STF e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais.

• Nos Estados e DFT: pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.

Se os responsáveis não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados conjuntamente com os demais poderes na LDO.

Além disso, se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na LDO, o Executivo procederá aos ajustes para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.

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Já a AUTONOMIA ADMINISTRATIVA é garantida pelo poder que o Judiciário tem de se auto-organizar. Dessa forma, os demais poderes não podem interferir na organização e estrutura do Poder Judiciário. Assim, a Constituição garante que os tribunais podem:

a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;

b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízosque lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;

c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;

d) propor a criação de novas varas judiciárias;

e) prover, por concurso de provas, ou de provas e títulos, os cargosnecessários à administração da Justiça, exceto os de confiança;

f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;

Ainda como pilar da autonomia administrativa, o Judiciário pode propor que o Legislativo elabore leis sobre sua organização. Assim, compete ao STF, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo(art. 96):

a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;

b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;

c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;

d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;

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Garantias Institucionais do Poder Judiciário

iii. Autonomia(CF, art.99)

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7. ORGANIZAÇÃO DA CARREIRA DO PODER JUDICIÁRIO

Além da autonomia administrativa e financeira e das demais garantias institucionais, o Poder Judiciário possui também uma forma peculiar de organizar a carreira dos membros dos tribunais e dos juízes.

Primeiramente, a Constituição estabelece que o Estatuto da Magistraturaseja uma Lei Complementar de iniciativa do STF e organize a carreira do Judiciário. Além disso, a referida lei deverá observar alguns princípios:

Cargo inicial: O cargo inicial de ingresso na carreira do Poder Judiciário será o de juiz substituto e deve ser provido mediante concurso público de provas e títulos. Além disso, a Ordem dos Advogados do Brasil deve participar em todas as fases do concurso e os candidatos devem comprovar, para tomarem posse, três anos de atividade jurídica. Por fim, ao nomear os aprovados para os cargos de juiz substituto, o tribunal deve obedecer rigorosamente à ordem de classificação no concurso.

Promoção: Uma vez tomado posse e exercendo a profissão, os juízes podem ser promovidos. Assim, a promoção dos juízes será de entrância para entrância e alternadamente, por antiguidade e merecimento,atendidas algumas normas.

Meu caro Auditor-Fiscal do Trabalho, antes de estudarmos as normaspara promoção dos juízes, vamos a algumas explicações:

Os juízos de primeira instância são divididos em comarcas, que são os limites territoriais da competência de um determinado juiz ou Juízo de primeira instância. As comarcas são escalonadas em entrâncias, assim, o juiz de direito toma posse nas entrâncias iniciais e vai progredindo de entrância em entrância até chegar à entrância final, que é o último degrau da primeira instância (não confundir instância com entrância!). Foi isso então que a Constituição quis dizer: o juiz será promovido de entrância para entrância: das iniciais até as finais.

Como exemplo, observe esse trecho, retirado do sitewww.wikipedia.org.br, explicando como está organizado o Poder Judiciário do Estado do Rio grande do Norte:

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Ademais, como critérios de promoção, devem ser observados a antiguidade e o merecimento.

o Normas para a promoção:

a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes consecutivas ou 5 alternadas em lista de merecimento;

b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;

c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;

d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;

e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;

Acesso aos tribunais de segundo grau: Os juízes serão promovidos até os tribunais de segunda instância (e se tornarão desembargadores)

O poder judiciário é uma unidade cuja principal função é avaliar, controlar, executar e planejar todos os trabalhos de administração integrantes do sistema.[85] Atualmente o diretor geral é Cláudio José Marinho da Lima. A sede está localizada na Praça 7 de setembro, em Natal.[85] Representações deste poder estão espalhadas por todo o estado por meio de Comarcas, termo jurídico que designa uma divisão territorial específica, que indica os limites territoriais da competência de um determinado juiz ou Juízo de primeira instância. No Rio Grande do Norte, existem três tipos de comarca: as de primeira, segunda e terceira entrância.Dos sessenta e cinco municípios do estado com comarcas, trinta são de primeira entrância(são eles: Afonso Bezerra, Almino Afonso, Arez, Baraúna, Campo Grande, Cruzeta,Extremoz, Florânia, Governador Dix-Sept Rosado, Ipanguaçu, .......), vinte e cinco de segunda (instaladas nos municípios de Acari, Alexandria, Angicos, Apodi, Areia Branca,Canguaretama, Caraúbas, Goianinha, Jardim do Seridó, Jucurutu, Lajes, Luís Gomes,Macaíba, ......) e dez de terceira, este último com comarcas em Assu, Caicó, Ceará-Mirim,Currais Novos, João Câmara, Macau, Mossoró, Natal, Nova Cruz e Pau dos Ferros.

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por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância;

Cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados: são etapa obrigatória do processo de vitaliciamento(falaremos sobre o vitaliciamento um pouco mais tarde).

Aposentadoria e pensão: a aposentadoria e pensão dos membros do judiciário seguem a regra dos servidores públicos.

Residência do juiz titular: o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal. Isso garante uma melhor prestação do Judiciário, uma vez que evita que os juízes titulares morem em uma comarca e trabalhem em outra (morem em uma cidade e trabalhem em outra cidade, por exemplo).

Remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público: deverá ser fundado em decisão por voto da maioriaabsoluta do respectivo tribunal ou do CNJ, assegurada ampla defesa.

Publicidade e motivação das decisões dos tribunais: via de regra, todas as decisões do Judiciário, tanto as administrativas quanto as jurisdicionais, são fundamentadas e públicas. Assim, todos os julgamentos são públicos, podendo ser acompanhados por qualquer pessoa. Excepcionalmente, a lei poderá limitar a publicidade para preservar o direito à intimidade.

Além disso, as decisões administrativas dos tribunais serão sempre motivadas e em sessão pública, sendo que as decisões disciplinares são tomadas pela maioria absoluta de seus membros.

Atividade jurisdicional ininterrupta: o Poder Judiciário deve exercer sua atividade jurisdicional (de dizer o direito) de forma contínua e sem interrupções. Assim, são vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau e, nos dias em que não houver expediente forense normal, deve haver juízes em plantão permanente. Observe que essa regra não se aplica aos Tribunais Superiores! Se aplicando somente aos de segundo grau.

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Número de juízes: deve ser proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população. Essa previsão serve para garantir a qualidade e a rapidez da prestação jurisdicional.

Delegação aos servidores: os servidores (analistas e técnicos dos tribunais) receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório. Assim, para agilizar os trabalhos, o juiz pode delegar a algumas pessoas (um Diretor de Secretaria, por exemplo) alguns atos sem caráter decisório.

Distribuição de processos: também para garantir a agilidade da prestação jurisdicional, a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição. Isso significa que os processos chegarão nas mãos dos julgadores assim que derem entrada no tribunal.

Subsídio: o valor máximo do subsídio de qualquer magistrado deve sempre respeitar o valor do subsídio dos Ministros do STF (o teto da Administração Pública). Além disso, existem algumas “regrinhas”:

o O subsídio dos magistrados é sempre fixado ou alterado por lei específica, observada a iniciativa privativa dos tribunais em cada caso;

o É garantida a revisão geral anual dos valores, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

o É garantida a irredutibilidade dos subsídios, para que o Judiciário não sofra pressões dos outros poderes. Deve-se ressaltar que essa irredutibilidade é nominal e não real, ou seja, airredutibilidade protege somente contra a redução do valor em si, não protegendo o “salário do juiz” da inflação, por exemplo.

o Teto do subsídio Ministros dos Tribunais Superiores: 95% do subsídio dos Ministros do STF.

o Subsídio dos demais magistrados: deve ser fixado em lei e será, no máximo, 95% do subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores.

Além disso, os valores dos subsídios serão escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da

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estrutura judiciária nacional, sendo que a diferença entre a federal e a estadual será de, no mínimo 5% e no máximo 10%.

Esquematizando:

Organização da carreira do Poder Judiciário

Estatuto da Magistratura: LC de iniciativa do STF

Ingresso na carreira - Cargo inicial: juiz substituto- Mediante concurso público de provas e títulos- Participação da OAB em todas as fases- 3 anos de atividade jurídica- Obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação

Promoção - De entrância para entrância, - Alternadamente, por antiguidade e merecimento- Atendidas as seguintes normas:

a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes consecutivas ou 5 alternadas em lista de merecimento;

b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;

c) aferição do - desempenho merecimento - critérios objetivos - produtividade

- presteza no exercício da jurisdição - pela frequência - aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;

d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;

e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;

Acesso aos tribunais de segundo grau: por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância;

Cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados: são etapa obrigatória do processo de vitaliciamento

Aposentadoria e pensão: segue a regra dos servidores públicos

Residência do juiz titular: o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal

Ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público: decisão por voto da MA - do respectivo tribunal ou

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Publicidade e motivação - Regra - Todas as decisões são fundamentadasdas decisões - Todos os julgamentos são públicos

- Exceção: A lei poderá limitar a publicidade para preservar o direito à intimidade

- Decisões administrativas - Motivadasdos tribunais - Sessão pública

- As disciplinares são tomadas pela MA de seus membros

Atividade jurisdicional - Vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grauininterrupta - Não se aplica aos Tribunais Superiores!

- Somente aos de segundo grau

- Dias em que não houver expediente forense normal: juízes em plantão permanente

Número de juízes: proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população

Delegação aos servidores: os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório

Distribuição de processos: será imediata, em todos os graus de jurisdição

Subsídio - Sempre observado o teto dos Ministros do STF

- Fixado ou alterado por lei específica, observada a iniciativa privativa dos tribunais em cada caso

- Revisão geral anual - Sempre na mesma data- Sem distinção de índices

- Irredutibilidade dos subsídios (Nominal e não real)

- Ministros dos Tribunais Superiores: 95% dos Ministros do STF

- Demais magistrados - Fixado em lei

- No máximo 95% dos Ministros dos Tribunais Superiores

- Escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional

- Diferença entre a federal e a estadual - Mín 5%- Máx 10%

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8. GARANTIAS DOS MAGISTRADOS

A Constituição prevê ainda três garantias aos membros do poder judiciário: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios.

A vitaliciedade é adquirida após o cumprimento do estágio probatório de 2 anos e, uma vez adquirida, o magistrado só perderá o seu cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado. Assim, nem mesmo o Conselho Nacional de Justiça poderá declarar a perda do cargo de magistrado que adquiriu a vitaliciedade.

Vale lembrar que os magistrados não possuem vitaliciedade durante o estágio probatório e, durante esse período, a perda do cargo dependerá de deliberação do tribunal a que o juiz está vinculado.

Outra observação importante é que os Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e os Magistrados que ingressam nos Tribunais federais ou estaduais pela regra do "quinto constitucional" adquirem vitaliciedade no momento daposse, não precisando cumprir o estágio probatório.

Existe uma exceção à vitaliciedade, onde o magistrado pode perder seu cargo por uma decisão de um órgão estranho ao judiciário: os Ministros do STF e os Conselheiros do CNJ poderão perder seus cargos caso sejam condenados pelo Senado Federal nos crime de responsabilidade.

Já a Inamovibilidade assegura que os magistrados somente poderão ser removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de qualquer autoridade). Assim, a regra é que os magistrados somente podem ser removidos a pedido e nunca de ofício.

No entanto, excepcionalmente, existem duas hipóteses de remoção contra a vontade do magistrado:

1- Quando houver interesse público, somente pela decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ e assegurada ampla defesa(art. 95, II).

2- Determinação do CNJ, a título de sanção administrativa, assegurada a ampla defesa (art. 103-B, §4º, III).

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Por fim, a irredutibilidade de subsídio garante que os magistrados não poderão ter seus “salários” reduzidos e objetiva evitar que a atuação do magistrado seja objeto de pressões, advindas da redução remuneratória, garantindo a independência para o exercício das funções. Vale lembrar que airredutibilidade é nominal e não real.

Esquematizando:

- Adquirida após o cumprimento do estágio probatório de 2 anos

- Durante o estágio - Não há vitaliciedadeprobatório - A perda do cargo dependerá de deliberação do

tribunal a que o juiz está vinculado

a) Vitaliciedade - Uma vez adquirida, magistrado só perderá o seu cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado

- Nem mesmo o Conselho Nacional de Justiça poderá declarar a perda do cargo de magistrado que adquiriu a vitaliciedade

- Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e os Magistrados que ingressam nos Tribunais federais ou estaduais pela regra do "quinto constitucional" adquirem vitaliciedade no momento da POSSE

- Exceção à vitaliciedade: os Ministros do STF e Conselheiros do CNJ serão julgados pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade, podendo perder seus cargos.

- Assegura que os magistrados somente poderão ser removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de qualquer autoridade)

• Salvo a) Por interesse públicob) Inamovibilidade - Por decisão - Respectivo tribunal ou

da MA do - CNJ- Assegurada ampla defesa

b) determinação do CNJ, a título de sanção administrativa, assegurada a ampla defesa

- CF, art. 103-B, § 4º, III + art. 95, II

c) Irredutibilidade de subsídio: Objetiva evitar que a atuação do magistrado seja objeto de pressões, advindas da redução remuneratória, garantindo a independência para oexercício das funções.

- A irredutibilidade é nominal; não é irredutibilidade real

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9. VEDAÇÕES AOS MEMBROS DO JUDICIÁRIO

A Constituição Federal, além de estabelecer a estrutura do Poder Judiciário, suas garantias e organização da carreira de seus membros, prevê também algumas vedações aos membros do Poder Judiciário. Essas vedações têm a finalidade de assegurar maior imparcialidade ao exercício da magistratura.

As vedações são as seguintes:

i. Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério. Apesar do texto constitucional dizer “uma de magistério”, o Supremo decidiu que o magistrados pode exercer mais de uma atividade de magistério, desde que haja compatibilidade.

ii. Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo.

iii. Dedicar-se à atividade político-partidária. O magistrado não pode sequer filiar-se a partido político, devendo, afastar-se definitivamente da magistratura, mediante aposentadoria ou exoneração, caso decida pela atividade político-partidária. (TSE, Resolução Nº 19.978 (25.9.97).Consulta N° 353 – DF, Relator: Ministro Costa Leite).

iv. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições,ressalvadas exceções previstas em lei.

v. Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou,antes de decorrido três anos do afastamento do cargo. Essa vedação, chamada de “quarentena”, evita o tráfico de influência dentro do mesmo juízo, impedindo que um magistrado que se aposente atue como advogado no juízo ou tribunal do qual se afastou (pelo período de 3 anos contado de sua aposentadoria).

Esquematizando:

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- Tem por intuito assegurar maior imparcialidade ao exercício da magistratura

i. Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério

- Pode exercer mais de uma atividade de magistério, desde que haja compatibilidade

ii. Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo

iii. Dedicar-se à atividade político-partidária

- Para se filiar a partido político, tem que se aposentar ou pedir exoneração.

iv. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições, ressalvadas exceções previstas em lei

v. Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorrido três anos do afastamento do cargo

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EXERCÍCIOS

1. (CESPE - 2012 - AGU - Advogado) A CF veda aos juízes que se aposentarem ou forem exonerados o exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastaram até o decurso de três anos após o desligamento.

Esse é o período de “quarentena” imposto aos juízes. Para evitar que exerçam influência em decisões judiciais, ficam proibidos de exercer a advocacia junto ao órgão em que atuavam por um prazo de 3 anos. Essa vedação pode ser encontrada no art. 95, V.

Gabarito: Certo.

2. (CESPE - 2012 - TRE-RJ – Técnico) O Conselho Nacional de Justiça, o Supremo Tribunal Federal e os tribunais superiores têm sede em Brasília, mas somente os dois últimos têm jurisdição em todo o território nacional.

Essa questão pode até ser considerada uma pegadinha, mas não podemos cair nessa. O enfoque correto é o seguinte: o CNJ atua em todo o território nacional, mas não possui “jurisdição”. Desta forma, é correto afirmar que o CNJ não possui jurisdição em todo o território nacional, somente os tribunais superiores e o STF.

Gabarito: Certo.

3. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Nível Superior) Os juízes de direito, órgãos jurisdicionais de primeiro grau das justiças estaduais ordinárias, togados e vitalícios, exercem jurisdição em todo o território nacional.

Aqui temos uma única inconsistência: somente possuem jurisdição em todo o território nacional o Supremo Tribunal Federal e os tribunais superiores! Os juízes de direito, que realmente são órgãos de primeiro grau da justiça estadual, somente exercem a jurisdição na sua área de competência, organizada pelo Estado Membro.

Gabarito: Errado.

4. (CESPE - 2012 - TRE-RJ – Técnico) O magistrado fará jus à irredutibilidade de vencimentos, garantia prevista na CF, somente após o cumprimento do estágio probatório.

Uma coisa não tem nada a ver com a outra! A irredutibilidade de vencimentos é garantida ao juiz desde o início da carreira. A

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prerrogativa que é adquirida após o cumprimento do estágio probatório é a vitaliciedade.

Gabarito: Errado.

5. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados – Analista) Pertence ao Supremo Tribunal Federal a iniciativa de propor ao Congresso Nacional a criação e a extinção de cargos em seu próprio âmbito e no âmbito dos tribunais superiores, bem como a fixação dos vencimentos de seus membros e dos juízes vinculados a esses tribunais.

A cada Tribunal Superior, além dos Tribunais de Justiça, pertence a iniciativa de propor a criação e extinção de cargos, no seu âmbito e no âmbito dos outros órgãos a eles subordinados (art. 96, II).

Gabarito: Errado.

6. (CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) A regra do quinto constitucional se aplica aos tribunais regionais federais, aos tribunais dos estados, ao TJDFT e aos tribunais do trabalho.

Isso mesmo. Por tribunais do trabalho, podemos entender o TST e os TRTs. Vamos fazer uma revisão do quinto constitucional?

- Assegura que os advogados e os membros do Ministério Público participem da composição dos Tribunais

- 1/5 dos membros do TRFs, dos TJEst, TST e TRTs serão membros do MP com mais de 10 anos de carreira ou advogados com notório saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade

Quinto constitucional - Indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos das respectivas classes

- O Tribunal recebe a lista sêxtupla e elabora a lista tríplice

- O Executivo escolhe um (da lista tríplice) em 20 dias

- Não vale para os membros dos Tribunais superiores (exceto TST). Valendo somente para - TST

- TRT- TRF- TJEst

Gabarito: Certo.

7. (CESPE - 2011 - TJ-PB – Juiz) A Emenda Constitucional n.º 45, que implantou a reforma do Poder Judiciário, confirmou o entendimento do CNJ de

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estabelecer férias coletivas para os juízes e membros dos tribunais de segundo grau.

A Constituição estabelece que a prestação jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente. Importante ressaltar que essa regra não se aplica aos Tribunais Superiores.

Gabarito: Errado.

8. (CESPE/Tecnico/TRE/ES/2011) Constitui função típica do Poder Judiciário a função jurisdicional.

O Poder Judiciário, assim como os outros poderes, possui uma função típica, bem como funções atípicas. A função típica do Judiciário é a função jurisdicional, ou seja, de dizer e aplicar o direito às controvérsias a ele submetidas.

Por outro lado, o Poder Judiciário também possui funções atípicas: afunção administrativa, quando atua enquanto Administração Pública (quando administra seus bens, serviços e pessoal, realiza licitações etc.) e a função legislativa, quando produz normas gerais obrigatórias aplicáveis no seu âmbito (ex: quando elabora seus Regimentos Internos).

Gabarito: Certo.

9. (CESPE/DPE-ES/2009) A atividade jurisdicional deve ser ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais, devendo ainda haver juízes em plantão permanente nos dias em que não houver expediente forense normal.

O artigo 93, XII (vedação das férias coletivas) somente se aplica aos juízos e tribunais de segundo grau, não se aplicando aos tribunais superiores. Assim, não são todos os juízos e tribunais, estando a questão errada.

Gabarito: Errado.

10.(CESPE/Analista Judiciário/Área Judiciária/TRT 17ª Região/2009) Um quinto dos membros do TST são escolhidos entre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com

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mais de dez anos de efetivo exercício, atendidos os demais requisitos constitucionais.

O quinto constitucional não se aplica aos tribunais superiores, sendo o TST uma exceção. Assim, essa regra se aplica aos seguintes tribunais: Tribunais Regionais Federais, Tribunais de Justiça Estaduais, Tribunal Superior do Trabalho e Tribunais Regionais do Trabalho. Vamos revisar:

- Assegura que os advogados e os membros do Ministério Público participem da composição dos Tribunais

- 1/5 dos membros do TRFs, dos TJEst, TST e TRTs serão membros do MP com mais de 10 anos de carreira ou advogados com notório saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade

Quinto constitucional - Indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos das respectivas classes

- O Tribunal recebe a lista sêxtupla e elabora a lista tríplice

- O Executivo escolhe um (da lista tríplice) em 20 dias

- Não vale para os membros dos Tribunais superiores (exceto TST). Valendo somente para - TST

- TRT- TRF- TJEst

Gabarito: Certo.

11.(CESPE/TRT-17ª/2009) Compete ao presidente do TRT encaminhar projeto de lei ordinária ao Congresso Nacional cujo objeto seja a instituição de novo plano de cargos e salários dos servidores daquele tribunal.

Os TRTs devem enviar expediente ao TST e este deverá encaminhar o Projeto de Lei ao Congresso Nacional, na forma do art. 99, §2º, I: “§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. § 2º - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete: I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais;”

Gabarito: Errado.

12.(CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) De acordo com a CF, lei estadual pode criar a justiça militar estadual, mediante iniciativa parlamentar.

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A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes.

Gabarito: Errado.

13.(CESPE/Defensor Público/DPE/PI/2009) Pela regra do quinto constitucional, na composição dos tribunais regionais federais, dos tribunais dos estados, do DF e territórios, e dos tribunais do trabalho, um quinto dos seus lugares será composto de membros do MP com mais de dez anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional.

O quinto constitucional é uma regra que assegura que os advogados e os membros do Ministério Público participem da composição dos tribunais. Mas ele não se aplica a todos os tribunais do país, aplicando-se somente aos Tribunais Regionais Federais, Tribunais de Justiça Estaduais, Tribunal Superior do Trabalho e Tribunais Regionais do Trabalho.

Gabarito: Certo.

14.(CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Os servidores do Poder Judiciário não poderão receber delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório, já que a função jurisdicional é indelegável.

Os servidores (ex: analistas dos tribunais) receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório. Assim, para agilizar os trabalhos, o juiz pode delegar a algumas pessoas (um Diretor de Secretaria, por exemplo) alguns atos sem caráter decisório.

Gabarito: Errado.

15.(CESPE/Agente de Polícia Civil Substituto/PCRN/2008) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três meses do afastamento do cargo, por aposentadoria ou exoneração.

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O correto seria “antes de decorridos três ANOS”. Essa vedação serve para evitar o tráfico de influência de um magistrado aposentado em seu antigo juízo.

Gabarito: Errado.

16.(CESPE/STF/Analista Judiciário/Contabilidade/2008) Um tribunal, ao elaborar seu regimento interno, exerce uma função atípica legislativa.

O Judiciário exerce, como funções atípicas, a função administrativa,quando atua enquanto Administração Pública (quando administra seus bens, serviços e pessoal, realiza licitações etc.) e a função legislativa,quando produz normas gerais obrigatórias aplicáveis no seu âmbito (ex: quando elabora seus Regimentos Internos).

Gabarito: Certo.

17.(CESPE/ Contador /STF/2008) O STF tem jurisdição em todo o território nacional.

Tanto o STF quanto os Tribunais Superiores possuem jurisdição em todo o território nacional. Isso significa que eles podem “dizer o direito” em todo o território nacional. Existe outra previsão parecida na Constituição e que inclui o CNJ: o STF, os Tribunais Superiores e o CNJ têm sede na Capital Federal. Mas lembre-se: o CNJ não possui jurisdição!

- STF - Tribunais Superiores - STJ

- TST - TSE - STM

- CNJ: Não possui jurisdição

Gabarito: Certo.

18.(CESPE/STF/Analista Judiciário/Direito/2008) Um advogado que, em virtude do quinto constitucional, for nomeado desembargador de um tribunal de justiça estadual adquirirá a vitaliciedade imediatamente, sem a necessidade deaguardar dois anos de exercício.

Tem jurisdição em todo o território nacional

Tem sede na Capital Federal

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A vitaliciedade é adquirida após o cumprimento do estágio probatório de 2 anos e, uma vez adquirida, magistrado só perderá o seu cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado.

Vale lembrar que os magistrados não possuem vitaliciedade durante o estágio probatório e, durante esse período, a perda do cargo dependerá de deliberação do tribunal a que o juiz está vinculado.

Outra observação importante é que, como afirma a questão, os Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e os Magistrados que ingressam nos Tribunais federais ou estaduais pela regra do "quinto constitucional" adquirem vitaliciedade no momento da posse, não precisando cumprir o estágio probatório.

Gabarito: Certo.

19.(CESPE/STF/Analista Judiciário/Contabilidade/2008) Os juízes estão submetidos à vedação constitucional da filiação partidária, ainda que estejam afastados dos respectivos cargos.

A Constituição estabelece que, aos juízes, é vedado dedicar-se à atividade político-partidária. No entanto, caso o juiz esteja exonerado ou aposentado, a vedação não se aplica.

Gabarito: Errado.

20.(CESPE/STF/Analista Judiciário/Contabilidade/2008) A criação de cargos de juiz da justiça estadual depende de simples resolução do tribunal de justiça.

A criação ou extinção de cargos de juízes da justiça estadual deve ser feita por meio de lei de iniciativa dos Tribunais de Justiça Estaduais, conforme artigo 96, II, “b”.

Gabarito: Errado.

21.(CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) A chamada quarentena para juízes, introduzida na CF pela Emenda Constitucional n.º 45/2004, veda ao juiz aposentado o exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria.

Essa é uma das vedações aos magistrados. Vamos revisar as demais:

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- Tem por intuito assegurar maior imparcialidade ao exercício da magistratura

i. Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério

- Pode exercer mais de uma atividade de magistério, desde que haja compatibilidade

ii. Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo

iii. Dedicar-se à atividade político-partidária

- Para se filiar a partido político, tem que se aposentar ou pedir exoneração.

iv. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições, ressalvadas exceções previstas em lei

v. Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorrido três anos do afastamento do cargo

- Evita o tráfico de influência

Gabarito: Certo.

22.(CESPE/Técnico de Atividade Judiciária/TJ/RJ/2008) O CNJ é órgão do Poder Judiciário.

O artigo 92 da Constituição nos diz quais são os órgãos do Poder Judiciário e o CNJ é um deles. No entanto, lembre-se que o CNJ não possui função jurisdicional. Vamos revisar os órgãos do Judiciário:

- Supremo Tribunal Federal (STF) - Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - Superior Tribunal de Justiça (STJ) - Tribunais Regionais Federais (TRFs) e Juízes Federais; - Tribunais e Juízes do Trabalho (TRTs) - Tribunais e Juízes Eleitorais (TREs) - Tribunais e Juízes Militares - Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.(TJEst)

Gabarito: Certo.

23.(CESPE/Técnico/TJDFT/2008) O Conselho Nacional de Justiça é órgão integrante da estrutura do Poder Judiciário, com jurisdição em todo o território nacional.

O Conselho Nacional de Justiça realmente integra o Poder Judiciário, mas não possui funções jurisdicionais, não tendo, portanto, jurisdição no território nacional.

Gabarito: Errado.

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24.(CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) A promoção dos juízes, que ocorre de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, é obrigatória para juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento, desde que o juiz tenha dois anos de exercício na respectiva entrância e integre a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver, com tais requisitos, quem aceite o lugar vago. Por outro lado, não deve ser promovido o juiz que, mesmo preenchendo tais requisitos, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.

É o que prevê a Constituição em seu art. 93, II. Vamos revisar as regras para promoção dos juízes:

Promoção - De entrância para entrância, - Alternadamente, por antiguidade e merecimento- Atendidas as seguintes normas:

a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes consecutivas ou 5 alternadas em lista de merecimento;

b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;

c) aferição do - desempenho merecimento - critérios objetivos - produtividade

- presteza no exercício da jurisdição - pela frequência - aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;

d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;

e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;

Gabarito: Certo.

25.(CESPE/Juiz Federal/TRF28/2007) Dado que o Conselho Nacional de Justiça tem estatura constitucional e se destina ao controle administrativo, financeiro e disciplinar do Poder Judiciário, todos os seus membros e órgãos, incluindo-se o STF, a ele estão subordinados.

O STF não se subordina ao CNJ, sendo que este somente possui a competência de realizar o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos órgãos abaixo do STF.

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Gabarito: Errado.

26.(CESPE/Analista/TRT9/2007) A atividade jurisdicional deve ser ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais, inclusive superiores, devendo haver, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente.

Realmente, a atividade jurisdicional deve ser ininterrupta e são vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais DE SEGUNDO GRAU. No entanto, essa previsão não se aplica aos tribunais superiores (CF, art. 93, XII).

Gabarito: Errado.

27.(CESPE/Juiz Federal/TRF29/2007) De acordo com o STF, não se compreende na autonomia dos estados-membros competência constitucional para instituir conselho destinado ao controle da atividade administrativa e financeira da respectiva justiça.

O CNJ é um órgão do Poder Judiciário como um todo e os Estados não podem criar órgãos estaduais de controle interno ou externo do Poder Judiciário (ADI 3.367). Observe a súmula 649 do STF:

“É inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros Poderes ou entidades.”

Gabarito: Certo.

28.(CESPE/ACE/TCU/2004) Sendo um tribunal constituído por mais de vinte e cinco magistrados, se for criado um órgão especial, a ele poderão ser cominadas atribuições tanto administrativas quanto jurisdicionais que sejam de competência do tribunal pleno.

Segundo a CF, em seu artigo 93, XI “nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros,para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionaisdelegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno.”

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Órgão Especial - Facultativo - Em tribunais com mais de 25 julgadores - Número de membros do órgão especial - Mín 11

- Máx 25 - Provimento - ½ por antiguidade

- ½ por eleição do tribunal pleno

- Atribuições - Administrativas - Jurisdicionais - Delegadas do Tribunal Pleno

Gabarito: Certo.

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II. DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ)

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi criado pela Emenda Constitucional nº 45/2004 e possui sede na capital federal. O CNJ é um órgão administrativo, ou seja, não possui função jurisdicional e compete a ele realizar o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e documprimento dos deveres funcionais dos juízes.

O CNJ é um órgão de CONTROLE INTERNO do Judiciário, ainda que possua, em sua composição, membros de fora do Poder Judiciário. É isso mesmo que você entendeu! Existem membros de fora do Judiciário no CNJ!

Ainda, o CNJ não é órgão da União e sim do Poder Judiciário nacional. Dessa forma, as Constituições Estaduais NÃO podem criar órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros poderes ou entidades (Súmula 649 do STF).

2. COMPOSIÇÃO DO CNJ

O Conselho Nacional de Justiça é composto por 15 membros, para um mandato de dois anos, permitida uma recondução. Os membros do CNJ são nomeados pelo Presidente da República após aprovação da maioria absoluta do Senado Federal e não há limite de idade para que alguém seja membro deste Conselho. A composição do CNJ segue o quadro a seguir:

CNJ

ComponenteÓrgão responsável pela

indicaçãoPresidente do STF

STF1desembargador de TJ1 juiz estadual1 Ministro do STJ

STJ1 juiz de TRF1 juiz federal1 Ministro do TST

TST1 juiz de TRT1 juiz do trabalho1 membro do MPU

PGR1 membro do MPE2 advogados Conselho Federal da OAB2 cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada

Um pela Câmara e outro pelo Senado

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Atenção! Observe que o Conselho Nacional do Ministério Público é composto de 14 membros e o CNJ de 15! Esse é um ótimo “peguinha” de prova.

O Presidente do CNJ é o presidente do Supremo Tribunal Federal, que será substituído em suas ausências e impedimentos pelo Vice-Presidente do mesmo Tribunal. Uma observação importante é que o presidente e o vice-presidente do STF não precisam ser aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal, somente os demais membros.

O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de Ministro-Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no Tribunal (STJ), competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes:

I receber as reclamações e denúncias relativas aos magistrados e aos serviços judiciários;

II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral;

III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados e Distrito Federal e Territórios.

O Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da OAB devem oficiar junto ao CNJ. Dessa forma, observe que os dois não podem ser membros do Conselho Nacional de Justiça, pois devem oficiar junto a ele.

3. FORO DE JULGAMENTO DOS MEMBROS DO CNJ

O foro de julgamento dos membros do CNJ é o Senado Federal no caso de crimes de responsabilidade, e, por crimes comuns, não há foro privilegiado.

4. AÇÕES CONTRA O CNJ

Compete ao STF julgar as ações contra o CNJ e o CNMP. No entanto, a Corte Constitucional somente julga as ações contra as manifestações do colegiado enão de seus membros individualmente.

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Ademais, existe uma observação importante acerca desse dispositivo. Olhando o art. 102, I, r da CF, temos a impressão que o STF é competente para julgar Ação Civil Pública contra atos do CNJ. No entanto, o STF já decidiu que, nesse caso, o sujeito passivo é a UNIÃO e não o CNJ, pois este é um ÓRGÃO do Poder Judiciário (ACO 1680/AL e Pet 3986 AgR/TO).

Ainda segundo o STF: “Por óbvio, essa não é a interpretação quando se cuide de mandado de segurança, mandado de injunção e habeas data contra atos do CNJ. Nessas hipóteses, o pólo passivo é ocupado diretamente por aquele Conselho ou pelo seu presidente, como autoridade impetrada, ainda que a União figure como parte. Isso diante da chamada personalidade judiciária que é conferida aos órgãos das pessoas político-administrativas para defesa de seus atos e prerrogativas nessas ações constitucionais mandamentais.”

5. ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

A Constituição atribui expressamente ao CNJ a competência para exercer o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e documprimento dos deveres funcionais dos juízes. Assim, o Conselho Nacional de Justiça não tem ingerência na atividade jurisdicional dos juízes e Tribunais, somente nas atividades administrativas e financeiras.

Quanto ao controle do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, o Supremo decidiu que a competência é originária e concorrente com os tribunais. Assim, a atuação do CNJ não está condicionada à prévia atuação das corregedorias dos tribunais.

Uma observação importantíssima para a sua prova é que o CNJ não tem nenhuma competência sobre o STF e seus ministros (ADI 3.367/DF).

Observe a lista de atribuições do CNJ trazidas pela Constituição, ressaltando-se o fato de que o estatuto da Magistratura pode criar novas atribuições, sendo essa lista exemplificativa:

I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;

Devido a este dispositivo, o CNJ possui competência para expedir atos normativos primários, ou seja, edita atos com força de LEI(dentro da sua competência).

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II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;

III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sançõesadministrativas, assegurada ampla defesa;

IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade;

V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano;

VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;

VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do STF a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa.

Esquematizando:

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- Criado pela EC 45/04

- Sede: Capital Federal

- É órgão ADMINISTRATIVO: não possui jurisdição

- É órgão de CONTROLE INTERNO do Judiciário, mesmo tendo membros de fora do Poder Judiciário

- Existem membros de fora do Judiciário no CNJ!

- CNJ não é órgão da União e sim do Poder Judiciário nacional

- As CEs NÃO podem criar órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros poderes ou entidades (Súm. 649 do STF).

- Composição - 15 membros (Atenção! O CNMP são 14 membros!)- Mandato: 2 anos- Recondução: admitida uma recondução- Nomeação: Presidente da República, após aprovação da MA do SF- Limite de idade: Não há- Se o órgão responsável não indicar no prazo: o STF escolhe

CNJComponente Órgão que indica

Presidente do STFSTF1desembargador de TJ

1 juiz estadual1 Ministro do STJ

STJ1 juiz de TRF1 juiz federal1 Ministro do TST

TST1 juiz de TRT1 juiz do trabalho1 membro do MPU

PGR1 membro do MPE2 advogados Conselho Federal da OAB2 cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada

Um pela Câmara e outro pelo Senado

- Presidente - Presidente do STF- Ausências e impedimentos: Vice-Presidente do STF- PSTF e VPSTF NÃO precisam ser aprovados pela MA do SF

- Ministro do STJ - Será o Ministro-Corregedor- Não recebe processos- AtribuiçõesI receber as reclamações e denúncias relativas aos magistrados e aos serviços judiciários;II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral;III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados e DFT- Além de outras estabelecidas pelo Estatuto da Magistratura

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- PGR e presidente da OAB - oficiarão perante o CNJ- não podem ser membros do CNJ

- Foro de julgamento - Crimes de responsabilidade: Senado Federal - Crimes comuns: não possuem foro privilegiado

- Ações contra o CNJ - Julgadas pelo STF- Somente as manifestações do colegiado e não de seus membros individualmente

- Atribuições - Lista exemplificativa: Estatuto da Magistratura pode incluir outras- Controle - da atuação administrativa e financeira do Judiciário

- do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes

- Jamais faz o controle jurisdicional: O CNJ não tem ingerência na atividade jurisdicional dos juízes e Tribunais, somente nas atividades administrativas e financeiras.

- Competência é originária e concorrente: a atuação do CNJ não está condicionada à prévia atuação das corregedorias dos tribunais.

- CNJ não tem nenhuma competência sobre o STF e seus ministros (ADI 3.367/DF)

I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;

O CNJ possui competência para expedir atos normativos primários, ou seja, edita atos com força de LEI

II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;

III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário,inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sançõesadministrativas, assegurada ampla defesa;

IV representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade;

V rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano;

VI elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;

VII elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do STF a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa.

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EXERCÍCIOS

29.(CESPE - 2012 - TRE-RJ – Técnico) O presidente do Supremo Tribunal Federal exerce também a presidência do Conselho Nacional de Justiça.

Que moleza! O Presidente do Supremo Tribunal Federal acumula o cargo de Presidente do CNJ. Veja o art. 103-B, §1º.

Gabarito: Certo.

30.(CESPE - 2012 - PC-CE - Inspetor de Polícia) Assim como todos os demais órgãos jurisdicionais, também o Supremo Tribunal Federal (STF) está submetido às deliberações do Conselho Nacional de Justiça.

As decisões do CNJ vinculam todo o Judiciário, exceto seu órgão máximo, que é o STF. Guarde bem essa informação, o STF não se submete ao CNJ!

Gabarito: Errado.

31.(CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) O Conselho Nacional de Justiça dispõe de poderes para, pelo voto da maioria absoluta dos seus integrantes, determinar a remoção de magistrado, a disponibilidade deste ou a sua aposentadoria compulsória, com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço, bem como para aplicar-lhe outras sanções administrativas.

O CNJ possui competências disciplinares, trazidas pelo art. 103-B, §4º, III. Ele pode avocar processos disciplinares em curso e determinar as sanções trazidas pela questão.

Gabarito: Certo.

32.(CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário) O Conselho Nacional de Justiça, órgão do Poder Judiciário, tem função jurisdicional em todo território nacional.

O termo “jurisdicional” torna o item incorreto. O CNJ é um órgão de controle das atividades administrativas e financeiras do Judiciário e documprimento dos deveres funcionais dos juízes, não tendo a competência da jurisdição (“dizer o direito”).

Gabarito: Errado.

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33.(CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário) As atribuições do Conselho Nacional de Justiça incluem o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.

Essa é a exata disposição do art. 103-B, §4º. Não se esqueçam de que o CNJ não possui jurisdição, ou seja, não julga causas ou pessoas!

Gabarito: Certo.

34.(CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo – Técnica Legislativa) O Conselho Nacional de Justiça integra a estrutura do Poder Judiciário.

Isso aí! Vamos revisar os órgãos do Poder Judiciário:

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:

I - o Supremo Tribunal Federal;

I-A o Conselho Nacional de Justiça;

II - o Superior Tribunal de Justiça;

III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;

V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;

VI - os Tribunais e Juízes Militares;

VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

Gabarito: Certo.

35.(CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) O Conselho Nacional de Justiça exerce o controle interno e externo da atuação política, administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, competindo-lhe representar ao Ministério Público no caso de crime comum ou abuso de autoridade.

A questão trouxe vários pequenos erros: O CNJ não exerce controle externo (uma vez que é um órgão do Poder Judiciário), e nem controla a atuação política do PJ. Além disso, ele deve representar ao MP no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade, e não em caso de crime comum.

Gabarito: Errado.

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36.(CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) O Conselho Nacional de Justiça(CNJ) compõe-se de quinze membros com mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo que, entre eles, haverá necessariamente um desembargador de tribunal de justiça, indicado pelo STF, e dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

O Conselho Nacional de Justiça é composto por 15 membros, para um mandato de dois anos, permitida uma recondução. Os membros do CNJ são nomeados pelo Presidente da República após aprovação da maioria absoluta do Senado Federal e não há limite de idade para que alguém seja membro deste Conselho. Vamos recordar a composição do CNJ:

CNJ

ComponenteÓrgão responsável pela

indicaçãoPresidente do STF

STF1desembargador de TJ1 juiz estadual1 Ministro do STJ

STJ1 juiz de TRF1 juiz federal1 Ministro do TST

TST1 juiz de TRT1 juiz do trabalho1 membro do MPU

PGR1 membro do MPE2 advogados Conselho Federal da OAB2 cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada

Um pela Câmara e outro pelo Senado

Gabarito: Certo.

37.(Cespe/Instituto Rio Branco/Diplomacia/2011) O Supremo Tribunal Federal (STF) é o órgão de cúpula jurisdicional e nacional do Poder Judiciário, mas não, o órgão de cúpula administrativa, financeira e de cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, papel que compete, conforme dispõe a CF, ao Conselho Nacional de Justiça.

Realmente, a Constituição prevê que o CNJ fará o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dosdeveres funcionais dos juízes. No entanto, suas decisões podem ser revistas pelo STF, que está “acima” do CNJ.

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Gabarito: Errado.

38.(Cespe/TRE-MT/Analista Judiciário – Área Judiciária/2010) O Conselho Nacional de Justiça é um órgão do Poder Judiciário e tem jurisdição em todo território nacional.

O Conselho Nacional de Justiça é um órgão do Poder Judiciário, mas ele não possui jurisdição, ou seja, não pode dizer o direito.

Gabarito: Errado.

39.(Cespe/TRE-BA/Técnico/2010) Compete ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, fixando prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei. É negada ao CNJ competência para desconstituir ou rever atos praticados pelos presidentes dos tribunais de justiça.

O erro da questão está na parte final. A própria CF estabelece que compete ao CNJ:

II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União.

Gabarito: Errado.

40.(CESPE - 2009 - SEAD-SE (FPH) – Procurador) O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) julgou ilegal portaria editada por tribunal de justiça que estabelecera horário de atendimento a advogados. Não concordando com o teor da decisão do conselho e considerando-a uma afronta à autonomia administrativa dos tribunais de justiça, o presidente do tribunal recomendou aos demais membros da corte pela impetração de mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF). Nessa situação, a recomendação de impetrar mandado desegurança está correta, uma vez que compete ao STF processar e julgar originariamente as ações contra o CNJ.

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Compete ao STF julgar as ações contra o CNJ e o CNMP. Lembre-se de que a Corte Constitucional somente julga as ações contra as manifestações do colegiado e não de seus membros individualmente.

Gabarito: Certo.

41.(CESPE/Exame de Ordem 135/OAB/SP/2008) O Conselho Nacional de Justiça

a) não integra o Poder Judiciário.

b) tem seus atos sujeitos a controle apenas no STF.

c) ainda não teve a constitucionalidade da sua instituição apreciada pelo STF.

d) exerce função jurisdicional em todo o território nacional.

A letra “a” está errada, pois o CNJ integra sim o Poder Judiciário. Ele apenas não possui jurisdição, ou seja, não pode “dizer o direito”.

A letra “b” é a alternativa correta, conforme art. 102, I, “r”.

A letra “c” está errada, uma vez que o CNJ teve sua constitucionalidade questionada e o STF entendeu que sua criação não viola a Constituição (ADI 3.367/DF).

A letra “d” está errada, uma vez que o CNJ não exerce função jurisdicional.

Gabarito: B.

42.(CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS/2008) O Conselho Nacional de Justiça tem natureza meramente administrativa e configura órgão de controle externo do Poder Judiciário.

O CNJ é um órgão administrativo de CONTROLE INTERNO do Poder Judiciário, ainda que possua, em sua composição, membros de fora do Judiciário.

Gabarito: Errado.

43.(CESPE/TJDFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA/2008) O Conselho Nacional de Justiça é órgão integrante da estrutura do Poder Judiciário, com jurisdição em todo o território nacional.

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O Conselho Nacional de Justiça é um órgão do Poder Judiciário, mas ele não possui jurisdição, ou seja, não pode dizer o direito.

Gabarito: Errado.

44.(Cespe/TRF5/Juiz Federal/2007) Dado que o Conselho Nacional de Justiça tem estatura constitucional e se destina ao controle administrativo, financeiro e disciplinar do Poder Judiciário, todos os seus membros e órgãos, incluindo-se o STF, a ele estão subordinados.

Lembre-se que o CNJ não tem nenhuma competência sobre o STF e seus ministros (ADI 3.367/DF).

Gabarito: Errado.

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III.DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Meus futuros Auditores-Fiscais do Trabalho, vocês devem saber que o Supremo Tribunal Federal é o maior tribunal do Poder Judiciário brasileiro. É ele o guardião da Constituição, ou seja, o STF possui a última palavra no que se refere à interpretação constitucional.

O Tribunal Maior, como também é chamado, é composto por 11 membros,chamados de Ministros. Os Ministros do STF são nomeados pelo Presidente da República após aprovação da maioria absoluta do Senado Federal etomam posse por ato do Presidente do Supremo Tribunal Federal. Como visto, os Ministros do STF adquirem a vitaliciedade no momento da posse, não se submetendo ao estágio probatório.

Uma observação importante é que o Presidente da República é livre para escolher os Ministros do STF, desde que observados os seguintes requisitos previstos na Constituição:

i. Idade entre 35 e 65 anos

ii. Ser brasileiro nato (não pode ser naturalizado)

iii. Ser cidadão, no pelo gozo dos direitos políticos

iv. Possuir notável saber jurídico e reputação ilibada

v. Os Ministros (são indicados pelo Presidente da República) devem ser aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal.

Observe que a Constituição não prevê que os Ministros do STF sejam membrosda carreira judiciária ou do MP. Aliás, não se precisa nem ser bacharel em Direito.

Resumindo: Para que alguém se torne Ministro do STF, o seguinte procedimento deve ser seguido:

1) O Presidente da República indica seu nome, obedecidos os requisitos constitucionais;

2) O nome indicado pelo Presidente da República deve ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal.

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3) Nomeação pelo Presidente da República

4) Posse por ato do Presidente do STF.

O Supremo Tribunal Federal atua de duas formas: através do Plenário e de suas duas Turmas. O Plenário, como já estudado, é a reunião de todos os seus 11 Ministros e as Turmas possuem 5 Ministros cada uma. O Presidente do Supremo Tribunal Federal não atua nas Turmas, somente no Pleno.

O quórum de instalação da sessão no Supremo é de oito Ministros.Assim, para que um julgamento se inicie, é necessária a presença de pelo menos oito Ministros.

Quanto ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, este é eleito diretamentepelos seus pares para um mandato de dois anos, vedada a reeleição.

Esquematizando:

Do Supremo Tribunal Federal (STF)

- Guardião da Constituição

- Composição - 11 membros- Nomeados pelo Presidente - O Presidente é livre para escolher,

da República observados os requisitos constitucionais

- O PR nomeia, mas quem dá a posse é o PSTF

- Adquire a vitaliciedade no momento da POSSE

- Requisitos i. Idade entre 35 e 65 anos

ii. Ser brasileiro nato

iii. Ser cidadão, no pelo gozo dos direitos políticos

iv. Possuir notável saber jurídico e reputação ilibada

- Não precisa ser membro da carreira judiciária ou MP

- Não precisa nem ser bacharel em Direito

v. Aprovação da MA do Senado Federal

- Atuação - Plenário- 2 Turmas - Cada uma com 5 Ministros

- O PSTF não integra nenhuma das turmas, atuando somente nas sessões plenárias

- Quórum de instalação de sessão: 8 membros

- Presidente do STF - Eleito diretamente pelos Ministros do STF- Mandato de 2 anos- Vedado reeleição

STF

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2. COMPETÊNCIAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

As competências do STF estão elencadas nos artigos 102 e 103 da Constituição Federal e podem ser originárias ou recursais.

As competências originárias são aquelas onde o processo (a ação) nasce no Supremo. Assim, a ação é processada e julgada somente pela Corte Constitucional, em uma única instância.

O rol das competências originárias do STF é exaustivo (numerus clausus), ou seja, não pode ser ampliado, a não ser por Emenda Constitucional.

Antes de estudarmos as competências do STF, saiba que o Procurador-Geral da República, o “chefe do Ministério Público da União”, atua em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.

Estudaremos as competências originárias um pouco mais a frente. Por enquanto, quero dar a você uma visão mais geral, antes de entrar na parte específica, combinado?

Já as competências recursais são aquelas onde o processo tem origem em outro órgão do Poder Judiciário e chega ao Supremo por meio de um recurso. Os dois tipos de recursos recebidos pelo STF são o recurso ordinário e o recurso extraordinário.

O recurso ordinário, ou comum, está previsto no art. 102, II da Constituição e somente é cabível nas seguintes hipóteses:

1) O crime político

2) O "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão.

Observe que essa última hipótese possui três requisitos:

a) As ações devem ter sido decididas em única instância;

b) As ações devem ter sido decididas pelos Tribunais Superioresem sua competência originária. Assim, se a ação tiver sido

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decidida pelos Tribunais Superiores em sua competência recursal, não caberá o Recurso Ordinário ao Supremo.

c) A decisão deve ter sido denegatória (deve ter negado o pedido), com ou sem julgamento do mérito.

O recurso extraordinário (RE), por sua vez está previsto no art. 102, III da Constituição Federal. Observe bem essa nomenclatura: não é recurso especial, nem comum, nem ordinário – é recurso extraordinário!

Recurso Especial – STJ

Recurso Extraordinário: STF

É cabível esse recurso nas causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:

a) contrariar dispositivo da Constituição: sempre que alguma decisão contrariar a CF, caberá o RE para que o STF reforme a decisão recorrida e a Constituição seja cumprida.

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal:sempre que uma sentença declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, caberá também o RE para que o STF proteja o ordenamento jurídico, analisando se o ato normativo declarado inconstitucional realmente feria a Constituição. Assim, o STF possui sempre a última palavra no que se refere à declaração de inconstitucionalidade.

c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição: por local, entenda Estadual ou municipal, ok?Dessa forma, caberá Recurso Extraordinário sempre que uma decisão de um tribunal declarar que a lei ou ato do governo local são VÁLIDOS frente a CF. É cabível o recurso, pois se pode estar deixando de cumprir a Constituição corretamente.

Por outro lado, caso a decisão fosse pela inconstitucionalidade da lei ou ato local, não seria motivo de RE porque teríamos a certeza que a CF estaria sendo cumprida.

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d) julgar válida LEI local contestada em face de lei federal:nesse caso, o Supremo estará protegendo a federação. Antigamente, essa competência era do STJ.

Observe que se a decisão “Julgar válido ATO de governo localcontestado em face de lei federal” é caso de Recurso Especial no STJ e não de Recurso Extraordinário.

O recurso extraordinário possui ainda alguns requisitos:

a) Prequestionamento da matéria: A controvérsia constitucional deve ter sido debatida e decidida por órgão do Judiciário;

b) Ofensa DIRETA à CF: assim, não cabe o RE se a ofensa for reflexa; e

c) Repercussão geral das questões constitucionais: O STF somente pode negar o RE por ausência de repercussão geral pelo voto de 2/3 dos membros

Por fim, é preciso saber que é cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por Turma Recursal de Juizado Especial cível ou criminal (Súmula 640 STF) e também para apreciar a validade de direito pré-constitucional, tanto em confronto com a CF88 quanto com constituições passadas.

Esquematizando:

Fique atento!

- Lei ou ato vs Constituição: Recurso Extraordinário no STF.

- LEI local vs Lei Federal: Recurso Extraordinário no STF.

- ATO local vs Lei Federal: Recurso Especial no STJ.

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- As competências do STF estão enumeradas nos arts. 102 e 103 da CF

- O PGR atua em todos os processos de competência do STF

a) Originária - Quando o STF processa e julga, originariamente, a matéria, em única instância- O processo "nasce" no STF- Rol exaustivo (numerus clausus)

- Pode ser ampliado por Emenda Constitucional- CF, art. 102, I e 103

- Quando o STF aprecia a matéria a ele chegada mediante recurso ordinário ou extraordinário

i. Recurso Ordinário 1) O crime políticoCF, art. 102, II 2) O HC, o MS, o HD e o MI decididos em instância

única pelos TS, se denegatória a decisão

b) Recursal - Decisão dos TS

- Em competência ORIGINÁRIA dos TS

- Se for recursal, não é do STF

- Se a decisão for denegatória (com ou sem julgamento do mérito)

ii. Recurso - As causas decididas em única ou última instância,Extraordinário quando a decisão recorrida:

(RE) 1) Contrariar dispositivo da Constituição Federal

CF, art. 102, III 2) Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal

3) Julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal

4) Julgar válida LEI local contestada em face de lei federalOBS: Julgar válido ATO de governo local contestado em face de lei federal é caso de Recurso Especial no STJ

- Requisitos - Prequestionamento da matériado RE - A controvérsia constitucional deve ter sido

debatida e decidida por órgão do Judiciário- Ofensa Direta à CF (Não cabe RE se a ofensa for reflexa)- Repercussão geral das questões constitucionais

- O STF somente pode negar o RE por ausência de repercussão geral pelo voto de 2/3 dos membros

- Cabe - Contra decisão proferida por juiz de primeiro grauRE nas causas de alçada, ou por Turma Recursal de

Juizado Especial cível ou criminal (Súmula 640 STF)

- Para apreciar a validade de direito pré-constitucional, tanto em confronto com a CF88 quanto CFs passadas

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3. COMPETÊNCIAS ORIGINÁRIAS DO STF

Agora que você já tem uma visão geral das competências do STF e já sabe quais são as competências recursais, estudaremos as competências originárias da Corte Constitucional. As competências do STF (tanto as originárias quanto as recursais) são as competências de tribunais mais cobradas em provas e, geralmente, quando são cobradas, é exigido o texto literal da Constituição. Mesmo assim, comentarei as competências uma a umapara garantirmos a nossa nota máxima na prova de Direito Constitucional! Isso será trabalhoso, mas vai valer a pena! Pense agora no seu cargo deAuditor-Fiscal do Trabalho e no seu salário de R$ 14.280,00 e vamos lá!

Papel de guardião da Constituição

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

Observe que a Constituição confere expressamente a guarda da Constituição ao Supremo Tribunal Federal.

I - processar e julgar, originariamente:

a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estaduale a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;

p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;

§ 1.º A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.

Nesses três dispositivos, a Constituição confere ao STF a competência para realizar o controle abstrato de constitucionalidade por meio das três ações elencadas: a ação direta de inconstitucionalidade (ADIN ou ADI), a ação declaratória de constitucionalidade (ADECON ou ADC) e a arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF).

Além disso, observe que a ADI pode ter como objeto leis ou atos normativos federais ou estaduais. Já a ADC pode ter como objeto apenas leis ou atos normativos federais e, por último, a ADPF pode ter como objeto leis ou atos normativos federais, estaduais ou municipais.

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Julgamento de remédios constitucionais

O Supremo Tribunal Federal também é competente para julgar alguns remédios constitucionais, a depender da autoridade coatora ou do paciente. Observe:

d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância;

q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;

Julgamento de autoridades

Antes de começarmos a estudar essas competências, você deve saber que as autoridades podem cometer dois tipos de crime:

Crimes comuns: são crimes que podem ser cometidos por qualquer outra pessoa, como o homicídio, roubo etc. Saiba que somente o Judiciário julga crimes comuns.

Crimes de responsabilidade: são os crimes cometidos em razão do cargo que ocupam (ex. atentar contra o livre exercício do Poder Judiciário é crime de responsabilidade do Presidente). Podem julgar esse tipo de crime (em âmbito federal) o Judiciário e também oSenado Federal, quando se tratar de autoridades da alta cúpula do Governo.

Vamos ao texto da CF. Ao ler as duas próximas alíneas, observe que a Constituição trata de três níveis de autoridades:

1) Autoridades de alta cúpula (Presidente da República, PGR, Ministros do STF...);

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2) Autoridades imediatamente abaixo da alta cúpula (ministros de Estado, Membros do TCU e dos Tribunais Superiores...) e

3) Autoridades do terceiro escalão (membros dos Tribunais de Contas estaduais e do MPU que oficiem perante os tribunais...).

Assim, perceba que, GERALMENTE (existem exceções), as autoridades da alta cúpula são julgadas nos crimes de responsabilidade perante o Senado Federal e nos crimes comuns perante o STF. Já as autoridades imediatamente abaixo da alta cúpula são julgadas nos crimes comuns e deresponsabilidade pelo STF. As autoridades do terceiro escalão, por sua vez, são julgadas nos crimes comuns e de responsabilidade pelo STJ.

Agora sim, vamos ao texto da CF:

b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente;

Uma observação importante é que o STF somente julga o Presidente da República nos crimes comuns enquanto ele permanecer no cargo. Dessa forma, findo o mandato, os autos serão remetidos para o juízo de primeiro grau.

Os crimes de responsabilidade do Presidente da República, por sua vez, são julgados pelo Senado Federal. Ademais, o Supremo Tribunal Federal não poderá modificar a decisão do Senado Federal em processo de apuração de crime de responsabilidade do presidente da República, sendo a decisão do órgão parlamentar definitiva.

O STF pode anular o julgamento por ilegalidade ou intervir para que os acusados tenham o direito a ampla defesa e contraditório, por exemplo, mas não podem mudar o resultado do julgamento de “culpado” para “inocente”.

Por fim, da leitura dos dispositivos anteriores, combinada com o art. 105, com o art. 52 e outros dispositivos da Constituição, chegamos ao seguinte quadro:

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Competências para julgamento de autoridades

Autoridade Crime comumCrime de

responsabilidadePresidente da República STF Senado Federal

Vice-Presidente da República STF Senado Federal

Parlamentares Federais STF Respectiva Casa Legislativa

Ministros do STF STF Senado Federal

Procurador-Geral da República STF Senado Federal

Membros do CNJ e CNMP Depende da origem do cargo Senado Federal

Ministros de Estado e Comandantes das

Forças ArmadasSTF

Não conexos com PR e VP: STF

Conexos com PR e VP: Senado

AGU STF Senado Federal

Presidente do Bacen STFNão conexos com PR e VP: STFConexos com PR e VP: Senado

Tribunais Superiores (STJ, STM, TSE ,TST) STF STF

Chefe de missão diplomática de caráter permanente

STF STF

TCU STF STF

TRT, TRE, TCE e TCM STJ STJ

Juiz de TRF (desembargadores federais) STJ STJ

Juízes federais TRF TRF

Governador de Estado STJ Na forma da Lei 1.079/50

Vice-Governador de Estado Depende da CEst (em regra, TJEst) Depende de Lei federal

Deputados estaduais Depende da CEst (em regra, TJEst) Assembleia Legislativa

PGJ TJEst Assembleia Legislativa

Membros do MPE TJEst TJEst

Tribunal de Justiça Militar e juízes de direito TJEst TJEst

Desembargadores STJ STJ

Prefeitos

De Competência da Justiça

estadual: TJNos demais casos: TRF ou TRE

Próprios: Câmara dos VereadoresImpróprios: TJEst

Fonte: Direito Constitucional Descomplicado 7ª edição.

Por fim, você deve saber que o foro especial por prerrogativa de função (foro privilegiado) dos magistrados não se estende aos magistrados aposentados (re 549.560/CE)

Julgamento de ações contra o CNJ e CNMP

r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público;

Compete ao STF julgar as ações contra o CNJ ou o CNMP. No entanto, existe uma observação importante acerca desse inciso. Olhando o art. 102, I, r da

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CF, tem-se a impressão que o STF é competente para julgar Ação Civil Pública contra atos do CNJ. No entanto, o STF já decidiu que, nesse caso, o sujeito passivo é a UNIÃO e não o CNJ, pois este é um ÓRGÃO do Poder Judiciário (ACO 1680/AL e Pet 3986 AgR/TO).

O STF ainda diz que: “Por óbvio, essa não é a interpretação quando se cuide de mandado de segurança, mandado de injunção e habeas data contra atos do CNJ. Nessas hipóteses, o pólo passivo é ocupado diretamente por aquele Conselho ou pelo seu presidente, como autoridade impetrada, ainda que a União figure como parte. Isso diante da chamada personalidade judiciária que é conferida aos órgãos das pessoas político-administrativas para defesa de seus atos e prerrogativas nessas ações constitucionais mandamentais.”

Julgamento de conflitos para proteção da federação

A Constituição prevê que o STF é competente para julgar os conflitos que colocam a federação em risco. Observe que a CF não se preocupa com os municípios, mas somente com a União, os Estados, o DF e os Territórios:

e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território;

f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;

o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;

Conflitos Quem julga?

Estado estrangeiro ou organismo internacional contra

União, Estado, DF ou Território

STF

Municípios ou pessoas residentes no país

Juízes federais, cabendo recurso para o STJ

União contra

Estados/DF

Se colocar em risco o pacto federativo: STF

Estados/DF contraSe não colocar em risco o pacto federativo: Justiça

Federal

Conflito de competências de Tribunais Superiores contra

Qualquer Tribunal STF

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Demais competências

g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;

Quando um Estado estrangeiro solicita que o Brasil extradite uma pessoa estrangeira, o órgão competente será o STF. Recentemente essa competência ficou bastante evidente, no julgamento do caso Cesare Battisti.

j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;

A revisão criminal é a ação própria para desconstituir a coisa julgada no âmbito penal e a ação rescisória é a ação que desconstitui a coisa julgada no âmbito civil. A regra é que as ações rescisórias e as revisões criminais contra decisões de um tribunal são julgadas pelo próprio tribunal e o Supremo segue essa regra.

l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;

Sempre que o STF profere alguma decisão e esta não é cumprida, cabe uma ação chamada reclamação, que serve para que a decisão seja efetivamente cumprida e seja assegurada a autoridade do STF.

n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;

m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais;

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EXERCÍCIOS

45.(CESPE - 2012 - TJ-RR - Administrador) As competências do Supremo Tribunal Federal constantes da Constituição Federal só podem ser alteradas mediante lei complementar, não sendo a lei ordinária instrumento hábil para promover tais mudanças.

Essa é uma questão de puro raciocínio. Vamos juntos: pode uma lei (complementar ou ordinária) alterar uma competência conferida pela Constituição? De jeito nenhum! Essa lei seria escandalosamente inconstitucional! Onde estaria a supremacia da Constituição Federal? Para alterar competências dispostas na Constituição, é preciso emendá-la.

Gabarito: Errado.

46.(CESPE - 2012 - TJ-AL - Nível Superior) O ingresso no cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal ocorre por nomeação do presidente da República, aprovada a escolha por maioria simples do Senado Federal, entre cidadãos com mais de trinta e cinco anos de idade e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e ilibada reputação.

Um pequeno escorregão aqui: o Senado Federal aprova a indicação do nome para compor o Supremo Tribunal Federal por maioria absoluta,de acordo com o art. 101, parágrafo único.

Gabarito: Errado.

47.(CESPE - 2012 - TJ-RR - Administrador) Tanto as ações contra o Conselho Nacional de Justiça como as ações contra o Conselho Nacional do Ministério Público são processadas e julgadas pelo Supremo Tribunal Federal.

As ações contra o CNJ e o CNMP são de competência do STF, conforme o art. 102, I, “r”.

Gabarito: Certo.

48.(CESPE - 2012 - STJ) Compete privativamente ao STF processar e julgar, originariamente, nas infrações penais comuns, o presidente da República, o vice-presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios ministros, o procurador-geral da República e o advogado-geral da União.

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Todas as autoridades acima se encontram na lista do art. 102, I, “b”, exceto o Advogado-Geral da União. No entanto, o STF reconheceu que o AGU, assim como o presidente do BACEN, possui status de Ministro de Estado. Desta forma, se enquadra na lista da alínea “c” do mesmo inciso. Guarde sempre essa informação!

Gabarito: Certo.

49.(CESPE - 2012 - STJ - Analista Judiciário) Compete ao STF a solução de conflitos de atribuições existentes entre o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual.

Questão complicada! Esse conflito não foi previsto na Constituição Federal. Assim, conforme a jurisprudência do Supremo, cabe a ele (STF) essa atribuição (Pet 3.528).

Gabarito: Certo.

50.(CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados – Analista) Pertence ao Supremo Tribunal Federal a iniciativa de propor ao Congresso Nacional a criação e a extinção de cargos em seu próprio âmbito e no âmbito dos tribunais superiores, bem como a fixação dos vencimentos de seus membros e dos juízes vinculados a esses tribunais.

A cada Tribunal Superior, além dos Tribunais de Justiça, pertence a iniciativa de propor a criação e extinção de cargos, no seu âmbito e no âmbito dos outros órgãos a eles subordinados (art. 96, II).

Gabarito: Errado.

51.(CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário) Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar originariamente, nas infrações penais comuns, seus próprios ministros e o procurador-geral da República.

Os Ministros do STF e o Procurador-Geral da República serão julgados, nos crimes comuns, pelo Supremo. Se o crime fosse de responsabilidade, a competência seria do Senado Federal.

Gabarito: Certo.

52.(CESPE/TECNICO/TRE/ES/2011) Os onze ministros que compõem o Supremo Tribunal Federal devem ser bacharéis em ciências jurídicas.

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A Constituição não faz essa previsão em relação aos Ministros do STF. Os requisitos são os seguintes:

i. Idade entre 35 e 65 anos

ii. Ser brasileiro nato (não pode ser naturalizado)

iii. Ser cidadão, no pelo gozo dos direitos políticos

iv. Possuir notável saber jurídico e reputação ilibada

v. Os Ministros (são indicados pelo Presidente da República) devem ser aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal.

Gabarito: Errado.

53.(CESPE - 2011 - TJ-PB – Juiz) Por qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de índole essencialmente constitucional, a competência originária do STF não se restringe às situações fixadas na CF, tendo sentido meramente exemplificativo o rol de atribuições do STF explicitadas no texto constitucional.

O rol das competências originárias do STF é exaustivo (numerus clausus), ou seja, não pode ser ampliado, a não ser por Emenda Constitucional.

Gabarito: Errado.

54.(Cespe/TRT21/Técnico/2010) Admitida a acusação contra o presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

Para que o Presidente da República seja processado por qualquer infração penal, seja por crime comum ou de responsabilidade, é necessária autorização da Câmara dos Deputados por 2/3 dos votos. Assim, o Presidente será julgado pelo STF, nas infrações penais comuns e pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade.

Gabarito: Certo.

55.(CESPE/Defensor Público/DPU/2010) Compete ao STF julgar ação civil pública proposta contra ato praticado pelo Conselho Nacional de Justiça.

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Realmente, olhando o art. 102, I, “r” da CF, parece que o STF é competente para julgar Ação Civil Pública contra atos do CNJ. No entanto, o STF já decidiu que, nesse caso, o sujeito passivo é a UNIÃO e não o CNJ, pois este é um ÓRGÃO do Poder Judiciário (ACO 1680/AL e Pet 3986 AgR/TO). Assim, o STF não julga ação civil pública contra atos do CNJ.

Gabarito: Errado.

56.(CESPE/AJAA-TRE-BA/2010) Compete aos juízes federais processar e julgar os crimes políticos e compete ao Supremo Tribunal Federal julgar o recurso ordinário contra as sentenças advindas do julgamento desses crimes.

A competência originária para julgar os crimes políticos é dos juízes federais, conforme art. 109, IV. Além disso, caso haja recurso, este deve ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, em recurso ordinário, conforme art. 102, II, “b”.

Gabarito: Certo.

57.(Cespe/PC-RN/Agente/2009) Compete ao STF julgar, em recurso extraordinário, as causas decididas em única instância, quando a decisão recorrida julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

Realmente, caberá o recurso extraordinário ao Supremo nas causas decididas em única instância, quando a decisão recorrida julgar válida lei local contestada em face de lei federal (art. 102, III, “d”).

Gabarito: Certo.

58.(CESPE/FINEP/2009) Cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) processar e julgar o presidente da República por crime comum, havendo perpetuação dessa competência quando cessar o mandato, circunstância que não acarreta a remessa dos autos à justiça de 1.° grau.

Fique atento!

- Lei ou ato vs Constituição: Recurso Extraordinário no STF.

- LEI local vs Lei Federal: Recurso Extraordinário no STF.

- ATO local vs Lei Federal: Recurso Especial no STJ.

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O STF somente julga o Presidente da República nos crimes comuns enquanto ele permanecer no cargo. Dessa forma, findo o mandato, os autos serão remetidos para o juízo competente.

Gabarito: Errado.

59.(CESPE/TRE-MA/2009) O STF tem competência constitucional para rever e alterar a decisão do Senado Federal exarada em processo de apuração de crime de responsabilidade do presidente da República.

O Supremo Tribunal Federal não poderá modificar a decisão do Senado Federal em processo de apuração de crime de responsabilidade do presidente da República. Observe que ele poderá intervir no processo para que sejam observadas as garantias constitucionais, por exemplo, para garantir a ampla defesa e o contraditório ao Presidente da República. No entanto, o Supremo jamais poderá alterar a decisão de “culpado” para “inocente”.

Gabarito: Errado.

60.(CESPE/Promotor de Justiça Substituto/MP/RN/2009) Os membros do CNJ são julgados por crime de responsabilidade no STF.

Os membros do CNJ são julgados nos crimes de responsabilidade pelo Senado Federal, não havendo foro privilegiado nos crimes comuns.

Gabarito: Errado.

61.(CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) O STF compõe-se de ministros, escolhidos entre cidadãos bacharéis em direito, com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

A Constituição não exige que os Ministros do STF sejam bacharéis em Direito. Os requisitos são os seguintes:

i. Idade entre 35 e 65 anos

ii. Ser brasileiro nato (não pode ser naturalizado)

iii. Ser cidadão, no pelo gozo dos direitos políticos

iv. Possuir notável saber jurídico e reputação ilibada

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v. Os Ministros (são indicados pelo Presidente da República) devem ser aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal.

Gabarito: Errado.

62.(CESPE/ANAC/2009) O STF compõe-se de doze ministros, escolhidos entre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e de reputação ilibada.

O STF é composto por 11 Ministros e não 12.

Gabarito: Errado.

63.(CESPE/OAB NACIONAL/2009.1) Compete ao STF processar e julgar originariamente o presidente da República nas infrações penais comuns e nas ações populares.

Realmente, o Presidente da República é julgado nas infrações penais comuns pelo STF. No entanto, o foro de prerrogativa de função não alcança as ações civis. Assim, a ação popular deve ser julgada pelo órgão judiciário de primeiro grau conforme a origem do ato impugnado.

Gabarito: Errado.

64.(Cespe/PCPB/Delegado/2009) O pedido de extradição solicitada por Estado estrangeiro será julgado pelo STJ.

Quando um Estado estrangeiro solicita que o Brasil extradite uma pessoa estrangeira, o órgão competente será o STF. Recentemente essa competência ficou bastante evidente, no julgamento do caso Cesare Battisti.

Gabarito: Errado.

65.(CESPE/OAB-SP exame n° 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar originalmente o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for do Congresso Nacional.

Essa competência será do STF, conforme art. art. 102, I, “q”.

Gabarito: Errado.

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66.(CESPE/TJAA-STF/2008) A competência originária do STF submete-se a regime de direito estrito, não comportando a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados no rol taxativo da norma constitucional que a fixa.

O rol das competências originárias do STF é exaustivo (numerus clausus), ou seja, não pode ser ampliado, a não ser por Emenda Constitucional.

Gabarito: Certo.

67.(CESPE/Delegado De Polícia Civil Substituto/PCRN/2008) Os ministros do STF serão nomeados pelo presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria simples dos senadores.

Os Ministros do STF são indicados pelo Presidente da República e aprovados pela MAIORIA ABSOLUTA do Senado Federal. Após isso, são nomeados pelo Presidente da República e tomam posse por ato do Presidente do Supremo Tribunal Federal.

Gabarito: Errado.

68.(CESPE/Analista Administrativo/STF/2008) Os ministros do STF são nomeados pelo presidente da República, após aprovação da escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

Para que alguém se torne Ministro do STF, o seguinte procedimento deve ser seguido:

1) O Presidente da República indica seu nome, obedecidos os requisitos constitucionais;

2) O nome indicado pelo Presidente da República deve ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal;

3) Nomeação pelo Presidente da República;

4) Posse por ato do Presidente do STF.

Gabarito: Certo.

69.(CESPE/TJ-RJ/2008) Compete ao STF julgar mandado de segurança contra ato ilegal e abusivo praticado pelo CNJ.

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As ações contra o CNJ e o CNMP serão julgadas pelo Supremo Tribunal Federal, conforme artigo 102, I, “r” da Constituição. Lembre-se que o STF somente julga as ações contra atos do colegiado do CNJ, não incluindo os seus membros individualmente.

Gabarito: Certo.

70.(CESPE/Delegado de Polícia Civil Substituto/PCRN/2008) Segundo a CF, compete ao STF julgar, em recurso ordinário, o denominado crime político.

A competência originária para julgar os crimes políticos é dos juízes federais, conforme art. 109, IV. Além disso, caso haja recurso, este deve ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, em recurso ordinário, conforme art. 102, II, “b”.

Gabarito: Certo.

71.(CESPE/OAB-SP/2008) As ações contra o CNJ e contra o Conselho Nacional do Ministério Público serão julgadas na justiça federal do domicílio do autor.

As ações contra o CNJ e o CNMP serão julgadas pelo Supremo Tribunal Federal, conforme artigo 102, I, “r” da Constituição e não no domicílio do autor.

Gabarito: Errado.

72.(CESPE/OAB-SP exame n° 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar originalmente a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados.

Essa competência é do STF, conforme art. 102, I, n.

Gabarito: Errado.

73.(CESPE/CONTADOR/MPE/RR/2008) O procurador-geral da República deve ser previamente ouvido em todos os processos da competência do Supremo Tribunal Federal.

A Constituição prevê que “O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal” (art. 103, §1º).

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Gabarito: Certo.

74.(Cespe/STF/Técnico/2008) Compete ao STF processar e julgar ação ordinária, de natureza civil, instaurada contra o presidente da República.

O foro especial se restringe às ações de natureza penal. Assim, as ações civis não são levadas ao foro especial, sendo julgadas pelo rito ordinário.

Gabarito: Errado.

75.(Cespe/STF/Analista Administrativo/2008) Compete ao STF processar e julgar originariamente, nas infrações penais comuns, os ministros do próprio STF.

Os Ministros do STF são julgados nas infrações penais comuns pelo próprio STF e pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade.

Gabarito: Certo.

76.(CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Para fins de admissibilidade do recurso extraordinário e do especial, o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais e infraconstitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.

A repercussão geral é requisito de admissibilidade apenas do recurso extraordinário no STF e não do recurso especial no STJ. Além disso, para que o Supremo recuse o recurso extraordinário por falta de repercussão geral, ele realmente deve fazê-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. Vamos revisar os requisitos para a interposição do recurso extraordinário:

a) Prequestionamento da matéria: A controvérsia constitucional deve ter sido debatida e decidida por órgão do Judiciário;

b) Ofensa Direta à CF: assim, não cabe o RE se a ofensa for reflexa

c) Repercussão geral das questões constitucionais: O STF somente pode negar o RE por ausência de repercussão geral pelo voto de 2/3 dos membros

Gabarito: Errado.

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77.(CESPE/Delegado de Polícia Civil Substituto/PCRN/2008) Compete ao STF acolher originariamente o mandado de segurança contra atos de outros tribunais.

Conforme Súmula 624 do STF: “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer originariamente de mandado de segurança contra atos de outros tribunais.” Lembre-se da regra: quem julga originariamente o MS contra atos de um tribunal é o próprio Tribunal.

Gabarito: Errado.

78.(Cespe/PGE-CE/Procurador/2008) Compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgar as causas e os conflitos entre a União e os estados, a União e o DF, ou entre uns e outros, incluindo as respectivas entidades da administração indireta.

Essa competência é do STF e não do STJ. Lembre-se do quadro:

Conflitos Quem julga?

Estado estrangeiro ou organismo internacional contra

União, Estado, DF ou Território

STF

Municípios ou pessoas residentes no país

Juízes federais, cabendo recurso para o STJ

União contra

Estados/DF

Se colocar em risco o pacto federativo: STF

Estados/DF contraSe não colocar em risco o pacto federativo: Justiça

Federal

Conflito de competências de Tribunais Superiores contra

Qualquer Tribunal STF

Gabarito: Errado.

79.(CESPE/Defensor Público/DPU/2007) A EC n.º 45/2004 acrescentou ao texto constitucional a competência do STF para julgar, mediante recurso extraordinário, a validade de ato de governo local contestado em face de lei federal.

Essa competência é do STJ em recurso ESPECIAL. Observe que o STF tem uma competência muito parecida: a de julgar, em recurso extraordinário, quando a decisão recorrida julgar válida LEI local contestada em face de lei federal.

Observe os dois dispositivos:

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Art. 102, III, “d”: Compete ao STF, julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: d) julgar válida LEI local contestada em face de LEI FEDERAL.

Art. 105, III, “b”: Compete ao STJ, julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: b) julgar válido ATO de governo local contestado em face de LEI FEDERAL.

Gabarito: Errado.

Fique atento!

- Lei ou ato vs Constituição: Recurso Extraordinário no STF.

- LEI local vs Lei Federal: Recurso Extraordinário no STF.

- ATO local vs Lei Federal: Recurso Especial no STJ.

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IV. DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ)

1. OBSERVAÇÕES GERAIS

Meu caro Auditor-Fiscal do Trabalho, o próximo tribunal estudado por nós será o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Este tribunal é o guardião do ordenamento jurídico federal, enquanto o STF é o guardião da Constituição Federal.

O STJ é composto de no mínimo 33 Ministros, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação da maioria absoluta do Senado Federal.

Ademais, a composição do STJ deve seguir à seguinte regra:

1/3 dos membros devem ser escolhidos entre juízes dos Tribunais Regionais Federais. Os juízes dos TRFs são os membros dos TRFs, tribunais de segundo grau. Assim, apesar do nome “juiz”, eles são os “desembargadores federais”.

1/3 dos membros devem ser escolhidos entre os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e DF.

Nos dois primeiros casos, o próprio STJ elabora a lista tríplicelivremente e a envia ao Presidente da República, que escolherá um dos nomes da lista tríplice.

1/3 dos membros são divididos da seguinte forma:o 1/6 de advogados o 1/6 de membros do Ministério Público Federal, Estadual, do

Distrito Federal e Territórios

Para a escolha desse último terço, cada instituição representativa das respectivas classes prepara lista sêxtupla e a envia ao STJ,que elabora lista tríplice e envia ao Presidente da República,que escolherá dentre os nomes da lista tríplice.

Em todos os casos anteriores, o Senado Federal deve aprovar o nome do escolhido pela maioria absoluta dos votos e, após a sabatina do Senado, oMinistro será nomeado pelo Presidente da República.

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Observe que, ao contrário do STF, os Ministros do STJ devem ser bacharéis em Direito, uma vez que serão ou magistrados, ou advogados ou membros do MP.

Os requisitos para ser nomeado Ministro do Superior Tribunal de Justiça são:

i. Ter idade entre 35 e 65 anos

ii. Ser brasileiro nato ou naturalizado (enquanto o STF é somente NATO)

iii. Possuir notável saber jurídico e reputação ilibada

iv. Ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal

Além disso, funcionarão junto ao STJ:

i. A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;

ii. O Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante.

Esquematizando:

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Do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

- É o guardião do ordenamento jurídico federal (o STF é o guardião da CF)

- No mín 33 Ministros- Nomeados pelo Presidente da República- Após aprovação da MA do Senado Federal

- Deve seguir i. 1/3 de juízes dos TRFs

ii. 1/3 de desembargadores dos TJEst- Composição - Nos 2 primeiros casos, o próprio STJ elabora a lista

tríplice livremente e a envia ao Presidente da República, que escolherá um.

iii. 1/3 divididos - 1/6 de advogadosentre - 1/6 de membros do MP Federal, estaduais e

do DF- Nesse caso, cada instituição prepara lista sêxtupla e a envia ao STJ, que elabora lista tríplice e envia ao PR

- Ao contrário do STF, os ministros do STJ devem ser bacharéis em Direito,uma vez que serão ou magistrados, ou advogados ou membros do MP

- Requisitos - Brasileiro nato ou naturalizado (enquanto o STF é somente NATO)- Entre 35 e 65 anos- Possuir notável saber jurídico e reputação ilibada- Ser aprovado pela MA do Senado Federal

- Após aprovação do Senado Federal, o Ministro será nomeado pelo Presidente da República

- Funcionarão - A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados,junto ao STJ cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para

o ingresso e promoção na carreira;

- o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante.

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2. COMPETÊNCIAS DO STJ

As competências do Superior Tribunal de Justiça estão elencadas no artigo 105 da Constituição e, assim como as do Supremo Tribunal Federal, podem ser originárias, quando o processo “nasce” no STJ, ou recursais, quando o processo se origina em outros juízos e chega ao STJ por via de recurso.

Para concursos, as competências mais importantes são as do Supremo Tribunal Federal, sendo que as do STJ caem bem menos em prova e, quando são cobradas, as bancas normalmente exigem o texto literal da Constituição.Assim, comentarei apenas algumas das competências e transcreverei as restantes, para que você ganhe familiaridade com o texto constitucional.

(atenção: você deve ler todas para a prova e não apenas as que eu comentar! Pense no seu cargo maravilhoso de Auditor-Fiscal do Trabalho e no seu salário maravilhoso de 14.280,00 e manda brasa!).

Competências originárias do STJ

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, ORIGINARIAMENTE:

a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;

Observe que o Superior Tribunal de Justiça julga nos crimes comuns e de responsabilidade as autoridades do terceiro escalão.

b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;

c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

Lembre-se: quanto aos Ministros de Estado e Comandantes das forças armadas: se forem coatores: competência do STJ. Se forem pacientes: competência do STF.

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d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;

e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;

Lembre-se que a regra é que o próprio Tribunal julgue as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados.

f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;

Da mesma forma que cabe reclamação ao Supremo para garantir que sua autoridade seja obedecida, cabe também reclamação ao STJ, para garantir que a autoridade do STJ seja obedecida.

g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;

h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;

i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias;

Um breve comentário quanto à última atribuição: até a Emenda Constitucional nº 45/2004, conhecida como a Reforma do Judiciário essa atribuição era do STF. No entanto, com a referida Emenda, ela foi transferida para o Superior Tribunal de Justiça.

Explicando melhor: A carta rogatória é um instrumento jurídico de cooperação entre dois países. Ela é similar à carta precatória, mas se diferencia deste por ter caráter internacional. A carta rogatória tem por objetivo a realização de atos e diligências processuais no exterior, como, por exemplo, audição de testemunhas.

Assim, se um juiz do exterior quer ouvir uma testemunha que está no Brasil, por exemplo, ele manda uma carta rogatória ao Brasil para que este faça a oitiva dessa testemunha.

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O exequatur significa “execute-se” ou “cumpra-se” e é dado pelo STJ. Assim, se algum país envia uma carta rogatória ao Brasil, quem dá a ordem de cumprimento é o STJ.

Atenção: o STJ não cumpre as cartas rogatórias, ele DÁ A ORDEM para que elas sejam cumpridas! Após o exequatur, a rogatória será remetida do juiz federal do Estado em que deva ser cumprida (CF art. 109, X). Após executada, o juiz federal devolve a rogatória ao STJ e este a encaminha de volta ao país de origem.

O mesmo ocorre com as sentenças proferidas no estrangeiro: o STJ homologa essas sentenças, mas quem as executa são os juízes federais (art. 109, X).

Competências recursais do STJ

O STJ aprecia dois tipos de recursos: o recurso ordinário, ou comum e o recurso especial (muito cuidado para não confundir com o recurso extraordinário do STF!).

Recurso Especial – STJ

Recurso Extraordinário: STF

O recurso ordinário do STJ está previsto no artigo 105, II da Constituição Federal:

II - julgar, em RECURSO ORDINÁRIO:

a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;

b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;

c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;

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Já o recurso especial está previsto no artigo 105, III da Constituição Federal:

III - julgar, em RECURSO ESPECIAL, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:

a) Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

Observe que “Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal” é caso de Recurso Extraordinário no STF

Contrariar ou negar vigência: STJDeclarar a inconstitucionalidade: STF

b) Julgar válido ATO de governo local contestado em face de lei federal;

Observe que “julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da CF”é caso de Recurso Extraordinário no STF.

Além disso: “julgar válida LEI local contestada em face de lei federal” é também caso de Recurso Extraordinário no STF.

c) Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

Esquematizando:

Fique atento!

- Lei ou ato vs Constituição: Recurso Extraordinário no STF.

- LEI local vs Lei Federal: Recurso Extraordinário no STF.

- ATO local vs Lei Federal: Recurso Especial no STJ.

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- Estão enumeradas no art. 105 da CF

- Quando o STJ é acionado diretamente, nas ações em que cabe a ele o primeiro julgamento

- CF, art. 105, I

- Processar e julgar, originariamente:a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do DF, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos TJEst, os membros dos TC dos Estados e do DF, os dos TRFs, dos TREs e TRTs, os membros dos Conselhos ou TC dos Municípios e os do MPU que oficiem perante tribunais;

b) os MS e os HD contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio STJ;

c) os HC, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvada a competência do STF, bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;

e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;

f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;

g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;

h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do STF e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;

i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias;

- Quando o STJ aprecia recursos ordinários ou especiais

i. Recurso 1) Os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos TRFs Ordinário ou pelos TJs, quando a decisão é denegatória

2) Os mandados de segurança decididos em única instância pelos TRFs e pelos TJs, quando denegatória a decisão

3) As causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País- CF, art. 105, II

ii. Recurso - Quando a decisão recorrida, em única ou última instância:

Especial 1) Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência(RESP) - Se for “Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal”

será Recurso Extraordinário no STF

2) Julgar válido ATO de governo local contestado em face de lei federal- Se for “julgar válida LEI local contestada em face de lei federal”

será Recurso Extraordinário no STF

3) Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal

- Somente cabe RESP em face de decisões proferidas por Tribunal de SEGUNDO GRAU: TRF ou TJ

- Não cabe RESP contra decisão proferida pelas Turmas Recursais, (órgãos de segundo grau dos juizados especiais) (Súmula 203 do STJ)

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EXERCÍCIOS

80.(CESPE - 2012 - STJ) O crime de responsabilidade praticado por desembargador do tribunal de justiça de determinado estado-membro deve ser processado e julgado originariamente perante o STJ.

O desembargador do TJ é um “juiz promovido”. Não são os TJs que julgam os seus membros, mas sim o STJ!

Gabarito: Certo.

81.(CESPE - 2012 – STJ) O Conselho da Justiça Federal, que funciona junto ao STJ, tem competência para exercer a supervisão administrativa e orçamentária da justiça federal tanto de primeiro quanto de segundo grau de jurisdição.

O Conselho da Justiça Federal funciona junto ao STJ, como órgão de controle. A questão é uma simples reescrita do art. 105, parágrafo único, II.

Gabarito: Certo.

82.(CESPE - 2012 - STJ - Analista Judiciário) Pertence ao STJ a competência para examinar ato de juízo estrangeiro que implique constrição no território brasileiro.

Vou tentar “traduzir” a assertiva da questão para aqueles não familiarizados com o “juridiquês”, ok? Em rápidas palavras, aconstrição é uma possível consequência de uma sentença judicial ondeo titular de um bem não pode mais dispor do mesmo. Independente dessa palavrinha, segundo a Constituição Federal, a competência para homologar as sentenças estrangeiras e conceder o exequatur às cartas rogatórias é do STJ, conforme o art. 105, I, “i”.

Gabarito: Certo.

83. (CESPE/Técnico/TRE/ES/2011) Compete ao Superior Tribunal de Justiça julgar, em sede de recurso ordinário, os mandados de segurança julgados em única instância pelos tribunais regionais federais e pelos tribunais de justiça dos estados e do Distrito Federal, quando denegatória a decisão.

Conforme art. 105, II, a da Constituição: “Compete ao Superior Tribunal de Justiça: II - julgar, em recurso ordinário: b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais

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Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;”

Gabarito: Certo.

84. (CESPE/DPU/Defensor Público Federal/2010) A sentença proferida por tribunal estrangeiro tem eficácia no Brasil depois de homologada pelo STF.

Compete ao STJ a homologação de sentença estrangeira e não ao STF (art. 105, I, “i”). Lembre-se que a execução dessas sentenças serão feitas pelos juízes federais.

Gabarito: Errado.

85.(CESPE/DETRAN-DF/2009) O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é competente para processar e julgar, originariamente, um comandante da marinha que tenha praticado crime de homicídio.

O homicídio é um crime comum e o responsável por julgar os comandantes das forças armadas nos crimes comuns e de responsabilidade é o STF. Lembrando que os crimes deresponsabilidade conexos com o Presidente e o Vice-Presidente daRepública são julgados pelo Senado Federal e não pelo STF.

Gabarito: Errado.

86. (Cespe/PC-RN/Agente/2009) Compete ao STJ processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns, os prefeitos municipais.

A competência para julgar o prefeito será do Tribunal de Justiça Estadual, se o crime for da competência estadual ou do TRF ou TRE, se o crime for da competência federal ou eleitoral, respectivamente.

Gabarito: Errado.

87. (Cespe/PGE-AL/Procurador/2009) Compete ao STJ julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais dos estados, do DF e territórios, quando a decisão recorrida julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

Essa competência será do STF, em recurso extraordinário, conforme art. 102, III, “d”. Muita atenção! O STJ tem uma competência

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parecidíssima em recurso especial: julgar válido ATO de governo local contestado em face de lei federal (art. 105, III, “b”).

Gabarito: Errado.

88.(CESPE/ TCE-AC/2009) Descobriram que um membro de um TCE fazia parte de uma organização criminosa especializada em praticar crimes contra a administração pública. Diante do farto acervo probatório reunido, esse membro do TCE foi denunciado pelo MP por crime comum. Na situação hipotética acima, o órgão do Poder Judiciário competente para julgar a autoridade denunciada pelo MP será o tribunal de justiça.

O órgão competente para julgar os membros dos Tribunais de Contas Estaduais tanto nos crimes comuns quanto nos de responsabilidade é o STJ.

Gabarito: Errado.

89. (CESPE/TCU/ACE/Auditoria Governamental/2008) Cabe ao STJ processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns — aí compreendidos os crimes de responsabilidade —, os membros do TCU.

Os membros do TCU serão julgados tanto nos crimes comuns quanto nos de responsabilidade pelo Supremo Tribunal Federal e não pelo STJ, conforme art. 102, I, “c”.

Gabarito: Errado.

90.(CESPE/OAB-SP exame n° 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar originalmente os mandados de segurança contra ato dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio tribunal.

Essa competência é do STJ, conforme art. 105, I, “b”. Lembre-se que se os Ministros de Estado e comandantes das forças armadas forem COATORES, a competência será do STJ. No entanto, se eles forem PACIENTES, a competência será do STF.

Gabarito: Certo.

91.(CESPE/Agente de Polícia Civil Substituto/PCRN/2008) A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados que tem, entre outras funções, a de regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira, funciona junto ao STF.

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A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados realmente tem, entre outras funções, a de regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira. No entanto, ela funciona junto ao STJ e não junto ao STF.

Gabarito: Errado.

92. (Cespe/PGE-CE/Procurador/2008) Compete ao STF a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

Essa competência é do STJ (art. 109, X).

Gabarito: Errado.

93. (Cespe/STJ/Técnico/2008) Julgado um habeas corpus em última instância pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, e havendo sido denegada a ordem, caberá recurso ordinário ao STJ.

Essa competência realmente é do STJ, conforme, art. 105, II, “a”.

Gabarito: Certo.

94. (CESPE/Exame de Ordem 135/OAB/SP/2008) Compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgar, originariamente,

a) o mandado de segurança contra ato de ministro de Estado.

b) a extradição solicitada por Estado estrangeiro

c) a arguição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da Constituição.

d) a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo estadual.

Mandado de segurança contra ato de Ministro de Estado quem julga é o STJ, conforme art. 105, I, “b”. As letras “b” e “c” são da competência do STF e a letra “d” é de competência dos Tribunais de Justiça Estaduais.

Lembre-se: quanto aos Ministros de Estado e Comandantes das forças armadas: se forem coatores: competência do STJ. Se forem pacientes: competência do STF.

Gabarito: A.

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V. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES FEDERAIS

1. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS

A Constituição estabelece que são órgãos da Justiça Federal: os Tribunais Regionais Federais (TRFs) e os Juízes Federais (lembre-se que o juiz é um órgão!).

Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes,recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:

I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira;

II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por antiguidade e merecimento, alternadamente.

As competências dos Tribunais Regionais Federais, assim como as dos outros tribunais, podem ser divididas em originárias (quando o processo nasce no tribunal) e recursais (quando o processo nasce em outro órgão do Judiciário e chegam ao tribunal por meio de recurso).

Compete ao TRF processar e julgar, originariamente:

a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União,ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região;

Lembre-se de a regra é que o próprio tribunal julga as revisões criminais e ações rescisórias dos seus julgados.

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c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal;

d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz federal;

e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal;

f) nos crimes da competência da Justiça Federal, as autoridades estaduais e municipais com foro especial por prerrogativa de função,ou seja, deputados estaduais, prefeitos e secretários de estado – nos crimes de competência da justiça federal (HC 80.612/PR e Súmula 702 STF).

Compete ainda, ao TRF processar e julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição. Assim, via de regra, os recursos das causas decididas pelos juízes federais são julgados pelo TRF, no entanto, existem duas exceções:

1) No caso das causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País, o recurso será para o STJ e não para o TRF (art. 105, II, “c”).

2) Os crimes políticos são julgados pelos juízes federais. No entanto, caso haja recurso, ele não será julgado pelo TRF e sim pelo STF (art. 102, II, “b”)

Sobre os TRFs, a Constituição Federal ainda nos traz três previsões:

1. A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais e determinará sua jurisdição e sede.

2. Os Tribunais Regionais Federais instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

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3. Os TRFs poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

Esquematizando:

o Composição - no mín 7 juízes - Recrutados, quando possível, na respectiva região - Nomeados pelo Presidente da República - Requisitos - Ser brasileiro

- Ter mais de 30 e menos de 65 anos

I – 1/5 dentre - Advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional

- Membros do MPF com mais de 10 anos de carreira;

II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de 5 anos de exercício, por antiguidade e merecimento, alternadamente.

o Competências a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Just.Originárias Militar e da Just. do Trabalho, nos crimes comuns e de resp.,(processar e e os membros do MPU, ressalvada a competência da Just. Eleitoral;

julgar) b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região;c) os MS e os HD contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal;d) os HC, quando a autoridade coatora for juiz federal;e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal;f) Nos crimes da competência da Justiça Federal, as autoridades estaduais e municipais com foro especial por prerrogativa de função(deputados estaduais, prefeitos e secretários de estado – nos crimes de competência da justiça federal) (HC 80.612/PR + Súmula 702 STF)

o Competências Recursais: as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição

o Informações gerais - Instalarão a justiça itinerante- Poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

o Jurisdição e sede: disciplinadas por lei

o Remoção ou permuta de juízes dos TRFs: disciplinadas por lei

o Justiça itinerante: com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se deequipamentos públicos e comunitários.

o Funcionamento descentralizado: os TRFs poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso à justiça

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2. DOS JUÍZES FEDERAIS

As competências dos juízes federais estão elencadas no artigo 109 da Constituição e são as seguintes:

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

Observe que as Sociedades de Economia Mista não foram elencadas pela CF, não sendo, portanto, de competência da justiça federal.

II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País;

Lembre-se que o recurso ordinário vai para o STJ e não para o TRF.

III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;

IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;

No caso dos crimes políticos, o recurso ordinário vai para o STF e não para o TRF.

V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;

V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º do art. 109 da CF;

Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, caso o Procurador-Geral da República solicite ao STJ, pode ocorrer o deslocamento de um

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processo para a justiça federal. Caso ocorra esse deslocamento, quem julgará o processo será um juiz federal. Falaremos desse deslocamento um pouco a frente.

VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;

Observe que os crimes contra a organização do trabalho são julgados pela justiça federal e não pela justiça do trabalho!

VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;

VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;

IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;

X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, aexecução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;

Lembre-se de que quem concede o exequatur ou homologa as sentenças estrangeiras é o STJ! Por outro lado, quem executa a sentença estrangeira ou a carta rogatória são os juízes federais.

XI - a disputa sobre direitos indígenas.

Os juízes federais somente julgam as disputas indígenas nos casos em que a controvérsia envolver direitos ou interesses indígenas típicos e específicos. No caso de crimes ocorridos em reservas indígenas, praticados por ou contra índios, sem vínculo com a etnicidade, a competência será da justiça comum.*

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3. DO FORO DAS AÇÕES DE INTERESSE DA UNIÃO

As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte. Já as causas intentadas contra a Uniãopoderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.

Além disso, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.

Nesse caso, o recurso cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau. Ademais este benefício concedido pela Constituição aos segurados e beneficiários não impede que os mesmos entrem com a ação nas varas federais da capital do estado-membro.

Por fim, nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitoshumanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. Odeslocamento dos crimes da justiça estadual para a federal é chamado de federalização dos crimes contra os direitos humanos.

4. DAS VARAS E SEÇÕES JUDICIÁRIAS

Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei.

No caso dos Territórios Federais, caso sejam criados, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.

Esquematizando:

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- Causas em que a União for autora: serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte.

- Causas intentadas contra a União - Domicílio do autor- Onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda - Onde esteja situada a coisa- No Distrito Federal.

o Foro - Causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado:Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.

- O recurso será sempre para o TRF- O segurado pode optar por ajuizar a ação nas varas federais da capital do estado-membro

- Se houver grave violação dos direitos humanos: o PGR, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal

o Seção judiciária - Cada Estado + o DF constituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo a lei.

- Nos Territórios, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.

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EXERCÍCIOS

95.(CESPE – 2012 – Polícia Federal – Agente de Polícia Federal) O foro competente para o julgamento de ação de indenização por danos materiais contra empresa pública federal é a justiça federal.

De acordo com o art. 109, I da Constituição, caberá aos juízes federais processar e lugar “as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes”. Essa é a regra. Não se esqueça de que temos exceções, nos casos de falência, acidentes de trabalho e nas causas sujeitas à Justiça eleitoral e à Justiça do Trabalho.

Importante não confundir essa informação com o foro das causas envolvendo sociedades de economia mista federais, que é a justiça comum (estadual). Um jeito fácil de não esquecer isso é pensar assim: “A Caixa Econômica Federal (empresa pública) tem foro na justiça federal”.

Gabarito: Certo.

96.(CESPE - 2012 - STJ - Analista Judiciário) As causas em que as autarquias federais forem interessadas, na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, serão processadas e julgadas na justiça federal.

O foro das autarquias federais e empresas públicas federais será, em regra, a justiça federal, conforme o art. 109, I.

Gabarito: Certo.

97. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário - Área Administrativa) As causas em que a Caixa Econômica Federal atue como autora ou ré, em processos cíveis, deverão ser julgadas na justiça federal.

A Caixa Econômica Federal é uma empresa pública federal e tem suas causas julgadas pela justiça federal. Observe que a justiça federal não julga as causas das Sociedades de Economia Mista, somente das empresas públicas (art. 109, I).

Gabarito: Certo.

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98. (CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário – Economia) Juiz do trabalho em exercício na comarca de Goiânia que cometer crime comum deverá ser julgado pelo Tribunal Regional Federal da 1.ª Região.

Conforme artigo 108: “Compete aos Tribunais Regionais Federais: I -processar e julgar, originariamente: a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho,nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral”.

Gabarito: Certo.

99. (CESPE - 2010 - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência - Área de Direito) As demandas de falência em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal sejam interessadas devem ser processadas e julgadas pelos juízes federais.

Conforme artigo 109: “Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho”.

Gabarito: Errado.

100.(CESPE - 2010 - MPU - Analista – Processual) Os tribunais regionais federais podem funcionar de forma descentralizada, constituindo Câmaras regionais, como forma de assegurar a plenitude do acesso à justiça.

Conforme artigo 107, § 3º. Esta é uma importante previsão que tem o intuito de ampliar o acesso à justiça.

Gabarito: Certo.

101.(CESPE - 2008 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados) Compete à justiça federal julgar as causas em que for parte o Banco do Brasil S.A., tendo em vista que essa é uma instituição financeira federal.

Não compete à justiça federal julgar causas em que sociedades de economia mista, como o Banco do Brasil, forem parte: apenas União, autarquias e empresas públicas (art. 109, I).

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Gabarito: Errado.

102.(CESPE - 2008 - SERPRO - Analista – Advocacia) Paulo, membro do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, propôs procedimento investigatório contra Francisco, visando apurar eventual prática de crime contra a ordem tributária. Eventual crime de abuso de autoridade praticado por Paulo será processado e julgado pelo Tribunal Regional Federal da 1.ª Região.

Conforme artigo 108 da CF, compete aos Tribunais Regionais Federais: I - processar e julgar, originariamente: a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. Lembre-se de que o MPDFT é um ramo do MPU.

Gabarito: Certo.

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VI. DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO

Meus caros alunos e futuros Auditores-Fiscais do Trabalho, a justiça do trabalho possui três tipos de órgãos, segundo a CF:

1. Tribunal Superior de Trabalho (TST)

2. Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs)

3. Juízes do Trabalho

1. DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST)

Segundo a Constituição Federal, o TST é composto de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;(o famoso quinto constitucional).

II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho,oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior (TST).

A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. Além disso, funcionarão junto ao TST:

a) Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira

b) Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, comoórgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

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2. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO (TRTs)

A Constituição Federal diz que os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos.

Além disso, a composição dos TRTs observará o seguinte:

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;(o famoso quinto constitucional).

II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.

Os TRTs instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências edemais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

Além disso, eles poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

Por fim, nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.

Esquematizando:

Idade mínima do TST: 35 anos

Idade mínima dos TRTs: 30 anos

Idade máxima para os dois: 65 anos

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Dos Tribunais e juízes do Trabalho

Órgãos da Justiça do Trabalho - TST

- TRTs

- Juízes do Trabalho

- 27 Ministros

- Brasileiros (natos ou naturalizados)

- Idade: Mín 35 e Máx 65 anos

- Nomeação: PR

- Aprovação: MA do SF

- Composição - 1/5: dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do MP do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício

- 4/5: dentre juízes dos TRTs, oriundos da magistratura da carreira,

indicados pelo próprio TST

- Competência: a lei disporá

- Funcionarão junto ao TST - Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira

- Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe

exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa,

orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do

Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central

do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante

TST

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- No mín 7 juízes

- Recrutados, quando possível, na respectiva região

- Brasileiros (nato ou naturalizado)

- Idade: Min 30 e Max 65 anos (TST é min 35!)

- Nomeação: PR

- Composição - 1/5: dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do MP do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício

- 4/5: dentre juízes do trabalho, alternadamente, por antiguidade e

merecimento.

- Justiça itinerante - Os TRTs instalarão a justiça itinerante- Realização de audiências e demais funções de atividadejurisdicional- Nos limites territoriais da respectiva jurisdição (fora dos limites não)- Servindo-se de equipamentos públicos e comunitários

- Funcionamento descentralizado: os TRTs poderão funcionar descentralizadamente,constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo

- Varas do Trabalho: a jurisdição será exercida por um juiz singular

O quinto constitucional se aplica ao TST e ao TRT!

TRTs

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3. COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA DO TRABALHO E DEMAIS OBSERVAÇÕES

Para esse último tema, vamos de esquema!

Competências da Justiça do Trabalho:

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e daadministração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

Não alcança os servidores públicos (justiça federal, se forem da U...)

II as ações que envolvam exercício do direito de greve;

III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entresindicatos e empregadores;

IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;

V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;

VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos defiscalização das relações de trabalho;

VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;

IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.

- A justiça do trabalho NÃO JULGA AÇÕES PENAIS! (ADI 3.684/DF)

- Crimes contra a organização do trabalho: justiça FEDERAL!

Demais observações:

- Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.

- Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalhodecidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.

- Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalhodecidir o conflito.

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EXERCÍCIOS

103.(CESPE - 2012 - TRE-RJ - Analista Judiciário - Área Administrativa) O Tribunal Superior do Trabalho será composto de vinte sete ministros, escolhidos entre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos de idade, nomeados pelo presidente da República, após aprovação pela maioria simples do Senado Federal.

De fato, o TST é composto por 27 Ministros (que devem brasileiros natos ou naturalizados) e que devem ter entre 35 e 65 anos de idade. A nomeação é feita pelo Presidente da República, no entanto, o indicado deve ser aprovado pela MAIORIA ABSOLUTA do Senado Federal.

Gabarito: Errado.

104.(CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário - Área Judiciária) Compete à justiça comum o processo e o julgamento de ações de indenização por dano moral decorrente de acidente do trabalho propostas por empregado contra empregador.

Segundo o art. 114, compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

Gabarito: Errado.

105.(CESPE - 2010 - TRE-BA - Analista Judiciário - Área Judiciária) Cuidando-se de ação de indenização por acidente de trabalho fundada na culpa do empregador, compete à justiça do trabalho o julgamento da lide. A competência da justiça comum estadual remanesce apenas nos casos em que haja sentença de mérito exarada em data anterior à vigência da Emenda Constitucional n.º 45.

Confiram o texto da Súmula Vinculante nº 22: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04.

Gabarito: Certo.

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106.(CESPE - 2009 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista Judiciário - Área Judiciária) Um quinto dos membros do TST são escolhidos entre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, atendidos os demais requisitos constitucionais.

Vamos recordar:

- 27 Ministros

- Brasileiros (natos ou naturalizados)

- Idade: Mín 35 e Máx 65 anos

- Nomeação: PR

- Aprovação: MA do SF

- Composição - 1/5: dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do MP do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício

- 4/5: dentre juízes dos TRTs, oriundos da magistratura da carreira,

indicados pelo próprio TST

- Competência: a lei disporá

- Funcionarão junto ao TST - Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira

- Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe

exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa,

orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do

Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central

do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante

Gabarito: Certo.

107.(CESPE - 2008 - TST - Analista Judiciário - Área Judiciária) Considere que Andréa, nascida na França e naturalizada brasileira há cinco anos, é uma advogada de 37 anos, que há doze anos exerce essa profissão no Brasil. Nesse caso, Andréa pode ser nomeada juíza de um tribunal regional do trabalho (TRT), mas não pode ser nomeada ministra do TST.

Tanto o TST quanto os TRTs possuem 1/5 de sua composição formada de advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e

TST

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membros do MP do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício.Além disso, a idade mínima para ser membro do TST e do TRT é de 35 e 30 anos, respectivamente. Dessa forma, como Andréa é brasileira naturalizada e nenhum dos dois cargos são privativos de brasileiros natos, ela pode ocupar qualquer um dos dois cargos.

Gabarito: Errado.

108.(CESPE - 2008 - TST - Analista Judiciário - Área Judiciária) A Constituição da República atribui à Justiça do Trabalho a competência para julgar causas trabalhistas em que a União figura como ré.

Questão beeeeeeem escorregadia. O art. 114 da CF prevê que compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações oriundas da relação de trabalho (CELETISTAS), abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Dessa forma, os SERVIDORES públicos não estão abrangidos por esse dispositivo, por ser uma relação estatutária de caráter jurídico-administrativo. No caso dos servidores de carreira, as lides são julgadas pela justiça federal.

Gabarito: Certo.

109.(CESPE - 2008 - TST - Analista Judiciário - Área Judiciária) Recente alteração constitucional introduziu no rol dos órgãos que formam a Justiça do Trabalho os Juizados Especiais do Trabalho, que são competentes para julgar causas trabalhistas de menor complexidade.

Não existem juizados especiais do trabalho. Confira o art. 111: São órgãos da Justiça do Trabalho:

I - o Tribunal Superior do Trabalho;

II - os Tribunais Regionais do Trabalho;

III - Juízes do Trabalho.

Gabarito: Errado.

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110.(CESPE - 2008 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - Área Administrativa) O cargo de ministro do TST exige a situação de brasileiro nato para seu provimento.

Para que alguém ocupe o cargo de Ministro do TST, ele deve ser brasileiro nato ou naturalizado.

Gabarito: Errado.

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Meus caros Auditores-Fiscais do Trabalho, chegamos ao final de nossa aula de hoje. Continuem firmes e estudem de maneira simples, procurando entender o espírito das normas e não apenas decorando informações. Lembre-se que A SIMPLICIDADE É O GRAU MÁXIMO DA SOFISTICAÇÃO (Leonardo da Vinci).

Espero que todos vocês tenham muito SUCESSO nessa jornada, que é bastante trabalhosa, mas extremamente gratificante!

Abraços a todos e até a próxima aula.

Roberto Troncoso

Se você acha que pode ou se você acha que não

pode, de qualquer maneira, você tem razão.

(Henry Ford)

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VII. QUESTÕES DA AULA

DO PODER JUDICIÁRIO – DISPOSIÇÕES GERAIS

1. (CESPE - 2012 - AGU - Advogado) A CF veda aos juízes que se aposentarem ou forem exonerados o exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastaram até o decurso de três anos após o desligamento.

2. (CESPE - 2012 - TRE-RJ – Técnico) O Conselho Nacional de Justiça, o Supremo Tribunal Federal e os tribunais superiores têm sede em Brasília, mas somente os dois últimos têm jurisdição em todo o território nacional.

3. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Nível Superior) Os juízes de direito, órgãos jurisdicionais de primeiro grau das justiças estaduais ordinárias, togados e vitalícios, exercem jurisdição em todo o território nacional.

4. (CESPE - 2012 - TRE-RJ – Técnico) O magistrado fará jus à irredutibilidade de vencimentos, garantia prevista na CF, somente após o cumprimento do estágio probatório.

5. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados – Analista) Pertence ao Supremo Tribunal Federal a iniciativa de propor ao Congresso Nacional a criação e a extinção de cargos em seu próprio âmbito e no âmbito dos tribunais superiores, bem como a fixação dos vencimentos de seus membros e dos juízes vinculados a esses tribunais.

6. (CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) A regra do quinto constitucional se aplica aos tribunais regionais federais, aos tribunais dos estados, ao TJDFT e aos tribunais do trabalho.

7. (CESPE - 2011 - TJ-PB – Juiz) A Emenda Constitucional n.º 45, que implantou a reforma do Poder Judiciário, confirmou o entendimento do CNJ de estabelecer férias coletivas para os juízes e membros dos tribunais de segundo grau.

8. (CESPE/Tecnico/TRE/ES/2011) Constitui função típica do Poder Judiciário a função jurisdicional.

9. (CESPE/DPE-ES/2009) A atividade jurisdicional deve ser ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais, devendo ainda haver juízes em plantão permanente nos dias em que não houver expediente forense normal.

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10.(CESPE/Analista Judiciário/Área Judiciária/TRT 17ª Região/2009) Um quinto dos membros do TST são escolhidos entre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, atendidos os demais requisitos constitucionais.

11.(CESPE/TRT-17ª/2009) Compete ao presidente do TRT encaminhar projeto de lei ordinária ao Congresso Nacional cujo objeto seja a instituição de novo plano de cargos e salários dos servidores daquele tribunal.

12.(CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) De acordo com a CF, lei estadual pode criar a justiça militar estadual, mediante iniciativa parlamentar.

13.(CESPE/Defensor Público/DPE/PI/2009) Pela regra do quinto constitucional, na composição dos tribunais regionais federais, dos tribunais dos estados, do DF e territórios, e dos tribunais do trabalho, um quinto dos seus lugares será composto de membros do MP com mais de dez anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional.

14.(CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Os servidores do Poder Judiciário não poderão receber delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório, já que a função jurisdicional é indelegável.

15.(CESPE/Agente de Polícia Civil Substituto/PCRN/2008) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três meses do afastamento do cargo, por aposentadoria ouexoneração.

16.(CESPE/STF/Analista Judiciário/Contabilidade/2008) Um tribunal, ao elaborar seu regimento interno, exerce uma função atípica legislativa.

17.(CESPE/ Contador /STF/2008) O STF tem jurisdição em todo o território nacional.

18.(CESPE/STF/Analista Judiciário/Direito/2008) Um advogado que, em virtude do quinto constitucional, for nomeado desembargador de um tribunal de justiça estadual adquirirá a vitaliciedade imediatamente, sem a necessidade de aguardar dois anos de exercício.

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19.(CESPE/STF/Analista Judiciário/Contabilidade/2008) Os juízes estão submetidos à vedação constitucional da filiação partidária, ainda que estejam afastados dos respectivos cargos.

20.(CESPE/STF/Analista Judiciário/Contabilidade/2008) A criação de cargos de juiz da justiça estadual depende de simples resolução do tribunal de justiça.

21.(CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) A chamada quarentena para juízes, introduzida na CF pela Emenda Constitucional n.º 45/2004, veda ao juiz aposentado o exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria.

22.(CESPE/Técnico de Atividade Judiciária/TJ/RJ/2008) O CNJ é órgão do Poder Judiciário.

23.(CESPE/Técnico/TJDFT/2008) O Conselho Nacional de Justiça é órgão integrante da estrutura do Poder Judiciário, com jurisdição em todo o território nacional.

24.(CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) A promoção dos juízes, que ocorre de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, é obrigatória para juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento, desde que o juiz tenha dois anos de exercício na respectiva entrância e integre a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver, com tais requisitos, quem aceite o lugar vago. Por outro lado, não deve ser promovido o juiz que, mesmo preenchendo tais requisitos, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.

25.(CESPE/Juiz Federal/TRF28/2007) Dado que o Conselho Nacional de Justiça tem estatura constitucional e se destina ao controle administrativo, financeiro e disciplinar do Poder Judiciário, todos os seus membros e órgãos, incluindo-se o STF, a ele estão subordinados.

26.(CESPE/Analista/TRT9/2007) A atividade jurisdicional deve ser ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais, inclusive superiores, devendo haver, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente.

27.(CESPE/Juiz Federal/TRF29/2007) De acordo com o STF, não se compreende na autonomia dos estados-membros competência constitucional para instituir

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conselho destinado ao controle da atividade administrativa e financeira da respectiva justiça.

28.(CESPE/ACE/TCU/2004) Sendo um tribunal constituído por mais de vinte e cinco magistrados, se for criado um órgão especial, a ele poderão ser cominadas atribuições tanto administrativas quanto jurisdicionais que sejam de competência do tribunal pleno.

DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ)

29.(CESPE - 2012 - TRE-RJ – Técnico) O presidente do Supremo Tribunal Federal exerce também a presidência do Conselho Nacional de Justiça.

30.(CESPE - 2012 - PC-CE - Inspetor de Polícia) Assim como todos os demais órgãos jurisdicionais, também o Supremo Tribunal Federal (STF) está submetido às deliberações do Conselho Nacional de Justiça.

31.(CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) O Conselho Nacional de Justiça dispõe de poderes para, pelo voto da maioria absoluta dos seus integrantes, determinar a remoção de magistrado, a disponibilidade deste ou a sua aposentadoria compulsória, com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço, bem como para aplicar-lhe outras sanções administrativas.

32.(CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário) O Conselho Nacional de Justiça, órgão do Poder Judiciário, tem função jurisdicional em todo território nacional.

33.(CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário) As atribuições do Conselho Nacional de Justiça incluem o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.

34.(CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo – Técnica Legislativa) O Conselho Nacional de Justiça integra a estrutura do Poder Judiciário.

35.(CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) O Conselho Nacional de Justiça exerce o controle interno e externo da atuação política, administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, competindo-lhe representar ao Ministério Público no caso de crime comum ou abuso de autoridade.

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36.(CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) O Conselho Nacional de Justiça(CNJ) compõe-se de quinze membros com mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo que, entre eles, haverá necessariamente um desembargador de tribunal de justiça, indicado pelo STF, e dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

37.(CESPE/Instituto Rio Branco/Diplomacia/2011) O Supremo Tribunal Federal (STF) é o órgão de cúpula jurisdicional e nacional do Poder Judiciário, mas não, o órgão de cúpula administrativa, financeira e de cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, papel que compete, conforme dispõe a CF, ao Conselho Nacional de Justiça.

38.(CESPE/TRE-MT/Analista Judiciário – Área Judiciária/2010) O Conselho Nacional de Justiça é um órgão do Poder Judiciário e tem jurisdição em todo território nacional.

39.(CESPE/TRE-BA/Técnico/2010) Compete ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, fixando prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei. É negada ao CNJ competência para desconstituir ou rever atos praticados pelos presidentes dos tribunais de justiça.

40.(CESPE - 2009 - SEAD-SE (FPH) – Procurador) O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) julgou ilegal portaria editada por tribunal de justiça que estabelecera horário de atendimento a advogados. Não concordando com o teor da decisão do conselho e considerando-a uma afronta à autonomia administrativa dos tribunais de justiça, o presidente do tribunal recomendou aos demais membros da corte pela impetração de mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF). Nessa situação, a recomendação de impetrar mandado de segurança está correta, uma vez que compete ao STF processar e julgar originariamente as ações contra o CNJ.

41.(CESPE/Exame de Ordem 135/OAB/SP/2008) O Conselho Nacional de Justiça

a) não integra o Poder Judiciário.

b) tem seus atos sujeitos a controle apenas no STF.

c) ainda não teve a constitucionalidade da sua instituição apreciada pelo STF.

d) exerce função jurisdicional em todo o território nacional.

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42.(CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS/2008) O Conselho Nacional de Justiça tem natureza meramente administrativa e configura órgão de controle externo do Poder Judiciário.

43.(CESPE/TJDFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA/2008) O Conselho Nacional de Justiça é órgão integrante da estrutura do Poder Judiciário, com jurisdição em todo o território nacional.

44.(CESPE/TRF5/Juiz Federal/2007) Dado que o Conselho Nacional de Justiça tem estatura constitucional e se destina ao controle administrativo, financeiro e disciplinar do Poder Judiciário, todos os seus membros e órgãos, incluindo-se o STF, a ele estão subordinados.

DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)

45.(CESPE - 2012 - TJ-RR - Administrador) As competências do Supremo Tribunal Federal constantes da Constituição Federal só podem ser alteradas mediante lei complementar, não sendo a lei ordinária instrumento hábil para promover tais mudanças.

46.(CESPE - 2012 - TJ-AL - Nível Superior) O ingresso no cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal ocorre por nomeação do presidente da República, aprovada a escolha por maioria simples do Senado Federal, entre cidadãos com mais de trinta e cinco anos de idade e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e ilibada reputação.

47.(CESPE - 2012 - TJ-RR - Administrador) Tanto as ações contra o Conselho Nacional de Justiça como as ações contra o Conselho Nacional do Ministério Público são processadas e julgadas pelo Supremo Tribunal Federal.

48.(CESPE - 2012 - STJ) Compete privativamente ao STF processar e julgar, originariamente, nas infrações penais comuns, o presidente da República, o vice-presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios ministros, o procurador-geral da República e o advogado-geral da União.

49.(CESPE - 2012 - STJ - Analista Judiciário) Compete ao STF a solução de conflitos de atribuições existentes entre o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual.

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50.(CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados – Analista) Pertence ao Supremo Tribunal Federal a iniciativa de propor ao Congresso Nacional a criação e a extinção de cargos em seu próprio âmbito e no âmbito dos tribunais superiores, bem como a fixação dos vencimentos de seus membros e dos juízes vinculados a esses tribunais.

51.(CESPE - 2012 - STJ - Técnico Judiciário) Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar originariamente, nas infrações penais comuns, seus próprios ministros e o procurador-geral da República.

52.(CESPE/TECNICO/TRE/ES/2011) Os onze ministros que compõem o Supremo Tribunal Federal devem ser bacharéis em ciências jurídicas.

53.(CESPE - 2011 - TJ-PB – Juiz) Por qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de índole essencialmente constitucional, a competência originária do STF não se restringe às situações fixadas na CF, tendo sentido meramente exemplificativo o rol de atribuições do STF explicitadas no texto constitucional.

54.(CESPE/TRT21/Técnico/2010) Admitida a acusação contra o presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

55.(CESPE/Defensor Público/DPU/2010) Compete ao STF julgar ação civil pública proposta contra ato praticado pelo Conselho Nacional de Justiça.

56.(CESPE/AJAA-TRE-BA/2010) Compete aos juízes federais processar e julgar os crimes políticos e compete ao Supremo Tribunal Federal julgar o recurso ordinário contra as sentenças advindas do julgamento desses crimes.

57.(CESPE/PC-RN/Agente/2009) Compete ao STF julgar, em recurso extraordinário, as causas decididas em única instância, quando a decisão recorrida julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

58.(CESPE/FINEP/2009) Cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) processar e julgar o presidente da República por crime comum, havendo perpetuação dessa competência quando cessar o mandato, circunstância que não acarreta a remessa dos autos à justiça de 1.° grau.

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59.(CESPE/TRE-MA/2009) O STF tem competência constitucional para rever e alterar a decisão do Senado Federal exarada em processo de apuração de crime de responsabilidade do presidente da República.

60.(CESPE/Promotor de Justiça Substituto/MP/RN/2009) Os membros do CNJ são julgados por crime de responsabilidade no STF.

61.(CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) O STF compõe-se de ministros, escolhidos entre cidadãos bacharéis em direito, com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

62.(CESPE/ANAC/2009) O STF compõe-se de doze ministros, escolhidos entre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e de reputação ilibada.

63.(CESPE/OAB NACIONAL/2009.1) Compete ao STF processar e julgar originariamente o presidente da República nas infrações penais comuns e nas ações populares.

64.(CESPE/PCPB/Delegado/2009) O pedido de extradição solicitada por Estado estrangeiro será julgado pelo STJ.

65.(CESPE/OAB-SP exame n° 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar originalmente o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for do Congresso Nacional.

66.(CESPE/TJAA-STF/2008) A competência originária do STF submete-se a regime de direito estrito, não comportando a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados no rol taxativo da norma constitucional que a fixa.

67.(CESPE/Delegado De Polícia Civil Substituto/PCRN/2008) Os ministros do STF serão nomeados pelo presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria simples dos senadores.

68.(CESPE/Analista Administrativo/STF/2008) Os ministros do STF são nomeados pelo presidente da República, após aprovação da escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

69.(CESPE/TJ-RJ/2008) Compete ao STF julgar mandado de segurança contra ato ilegal e abusivo praticado pelo CNJ.

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70.(CESPE/Delegado de Polícia Civil Substituto/PCRN/2008) Segundo a CF, compete ao STF julgar, em recurso ordinário, o denominado crime político.

71.(CESPE/OAB-SP/2008) As ações contra o CNJ e contra o Conselho Nacional do Ministério Público serão julgadas na justiça federal do domicílio do autor.

72.(CESPE/OAB-SP exame n° 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar originalmente a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados.

73.(CESPE/CONTADOR/MPE/RR/2008) O procurador-geral da República deve ser previamente ouvido em todos os processos da competência do Supremo Tribunal Federal.

74.(CESPE/STF/Técnico/2008) Compete ao STF processar e julgar ação ordinária, de natureza civil, instaurada contra o presidente da República.

75.(CESPE/STF/Analista Administrativo/2008) Compete ao STF processar e julgar originariamente, nas infrações penais comuns, os ministros do próprio STF.

76.(CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Para fins de admissibilidade do recurso extraordinário e do especial, o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais e infraconstitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.

77.(CESPE/Delegado de Polícia Civil Substituto/PCRN/2008) Compete ao STF acolher originariamente o mandado de segurança contra atos de outros tribunais.

78.(CESPE/PGE-CE/Procurador/2008) Compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgar as causas e os conflitos entre a União e os estados, a União e o DF, ou entre uns e outros, incluindo as respectivas entidades da administração indireta.

79.(CESPE/Defensor Público/DPU/2007) A EC n.º 45/2004 acrescentou ao texto constitucional a competência do STF para julgar, mediante recurso extraordinário, a validade de ato de governo local contestado em face de lei federal.

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DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ)

80.(CESPE - 2012 - STJ) O crime de responsabilidade praticado por desembargador do tribunal de justiça de determinado estado-membro deve ser processado e julgado originariamente perante o STJ.

81.(CESPE - 2012 – STJ) O Conselho da Justiça Federal, que funciona junto ao STJ, tem competência para exercer a supervisão administrativa e orçamentária da justiça federal tanto de primeiro quanto de segundo grau de jurisdição.

82.(CESPE - 2012 - STJ - Analista Judiciário) Pertence ao STJ a competência para examinar ato de juízo estrangeiro que implique constrição no território brasileiro.

83.(CESPE/Técnico/TRE/ES/2011) Compete ao Superior Tribunal de Justiça julgar, em sede de recurso ordinário, os mandados de segurança julgados em única instância pelos tribunais regionais federais e pelos tribunais de justiça dos estados e do Distrito Federal, quando denegatória a decisão.

84.(CESPE/DPU/Defensor Público Federal/2010) A sentença proferida por tribunal estrangeiro tem eficácia no Brasil depois de homologada pelo STF.

85.(CESPE/DETRAN-DF/2009) O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é competente para processar e julgar, originariamente, um comandante da marinha que tenha praticado crime de homicídio.

86.(CESPE/PC-RN/Agente/2009) Compete ao STJ processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns, os prefeitos municipais.

87.(CESPE/PGE-AL/Procurador/2009) Compete ao STJ julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais dos estados, do DF e territórios, quando a decisão recorrida julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

88.(CESPE/ TCE-AC/2009) Descobriram que um membro de um TCE fazia parte de uma organização criminosa especializada em praticar crimes contra a administração pública. Diante do farto acervo probatório reunido, esse membro do TCE foi denunciado pelo MP por crime comum. Na situação hipotética acima, o órgão do Poder Judiciário competente para julgar a autoridade denunciada pelo MP será o tribunal de justiça.

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89.(CESPE/TCU/ACE/Auditoria Governamental/2008) Cabe ao STJ processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns — aí compreendidos os crimes de responsabilidade —, os membros do TCU.

90.(CESPE/OAB-SP exame n° 137/2008) Compete ao STJ processar e julgar originalmente os mandados de segurança contra ato dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio tribunal.

91.(CESPE/Agente de Polícia Civil Substituto/PCRN/2008) A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados que tem, entre outras funções, a de regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira, funciona junto ao STF.

92.(CESPE/PGE-CE/Procurador/2008) Compete ao STF a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

93.(CESPE/STJ/Técnico/2008) Julgado um habeas corpus em última instância pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, e havendo sido denegada a ordem, caberá recurso ordinário ao STJ.

94.(CESPE/Exame de Ordem 135/OAB/SP/2008) Compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgar, originariamente,

a) o mandado de segurança contra ato de ministro de Estado.

b) a extradição solicitada por Estado estrangeiro

c) a arguição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da Constituição.

d) a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo estadual.

DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES FEDERAIS

95.(CESPE – 2012 – Polícia Federal – Agente de Polícia Federal) O foro competente para o julgamento de ação de indenização por danos materiais contra empresa pública federal é a justiça federal.

96.(CESPE - 2012 - STJ - Analista Judiciário) As causas em que as autarquias federais forem interessadas, na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, serão processadas e julgadas na justiça federal.

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97. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário - Área Administrativa) As causas em que a Caixa Econômica Federal atue como autora ou ré, em processos cíveis, deverão ser julgadas na justiça federal.

98. (CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário – Economia) Juiz do trabalho em exercício na comarca de Goiânia que cometer crime comum deverá ser julgado pelo Tribunal Regional Federal da 1.ª Região.

99. (CESPE - 2010 - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência - Área de Direito) As demandas de falência em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal sejam interessadas devem ser processadas e julgadas pelos juízes federais.

100.(CESPE - 2010 - MPU - Analista – Processual) Os tribunais regionais federais podem funcionar de forma descentralizada, constituindo Câmaras regionais, como forma de assegurar a plenitude do acesso à justiça.

101.(CESPE - 2008 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados) Compete à justiça federal julgar as causas em que for parte o Banco do Brasil S.A., tendo em vista que essa é uma instituição financeira federal.

102.(CESPE - 2008 - SERPRO - Analista – Advocacia) Paulo, membro do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, propôs procedimento investigatório contra Francisco, visando apurar eventual prática de crime contra a ordem tributária. Eventual crime de abuso de autoridade praticado por Paulo será processado e julgado pelo Tribunal Regional Federal da 1.ª Região.

103.(CESPE - 2012 - TRE-RJ - Analista Judiciário - Área Administrativa) O Tribunal Superior do Trabalho será composto de vinte sete ministros, escolhidos entre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos de idade, nomeados pelo presidente da República, após aprovação pela maioria simples do Senado Federal.

104.(CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário - Área Judiciária) Compete à justiça comum o processo e o julgamento de ações de indenização por dano moral decorrente de acidente do trabalho propostas por empregado contra empregador.

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105.(CESPE - 2010 - TRE-BA - Analista Judiciário - Área Judiciária) Cuidando-se de ação de indenização por acidente de trabalho fundada na culpa do empregador, compete à justiça do trabalho o julgamento da lide. A competência da justiça comum estadual remanesce apenas nos casos em que haja sentença de mérito exarada em data anterior à vigência da Emenda Constitucional n.º 45.

106.(CESPE - 2009 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista Judiciário - Área Judiciária) Um quinto dos membros do TST são escolhidos entre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, atendidos os demais requisitos constitucionais.

107.(CESPE - 2008 - TST - Analista Judiciário - Área Judiciária) Considere que Andréa, nascida na França e naturalizada brasileira há cinco anos, é uma advogada de 37 anos, que há doze anos exerce essa profissão no Brasil. Nesse caso, Andréa pode ser nomeada juíza de um tribunal regional do trabalho (TRT), mas não pode ser nomeada ministra do TST.

108.(CESPE - 2008 - TST - Analista Judiciário - Área Judiciária) A Constituição da República atribui à Justiça do Trabalho a competência para julgar causas trabalhistas em que a União figura como ré.

109.(CESPE - 2008 - TST - Analista Judiciário - Área Judiciária) Recente alteração constitucional introduziu no rol dos órgãos que formam a Justiça do Trabalho os Juizados Especiais do Trabalho, que são competentes para julgar causas trabalhistas de menor complexidade.

110.(CESPE - 2008 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - Área Administrativa) O cargo de ministro do TST exige a situação de brasileiro nato para seu provimento.

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VIII. GABARITO

Do Poder Judiciário – Disposições Gerais

1. C 2. C 3. E 4. E 5. E 6. C 7. E 8. C 9. E 10.C

11.E 12.E 13.C 14.E 15.E 16.C 17.C 18.C 19.E 20.E

21.C 22.C 23.E 24.C 25.E 26.E 27.C 28.C

Do Conselho Nacional de Justiça

29.C 30.E 31.C 32.E 33.C 34.C 35.E 36.C 37.E 38.E

39.E 40.C 41.B 42.E 43.E 44.E

Do Supremo Tribunal Federal

45.E 46.E 47.C 48.C 49.C 50.E 51.C 52.E 53.E 54.C

55.E 56.C 57.C 58.E 59.E 60.E 61.E 62.E 63.E 64.E

65.E 66.C 67.E 68.C 69.C 70.C 71.E 72.E 73.C 74.E

75.C 76.E 77.E 78.E 79.E

Do Superior Tribunal de Justiça

80.C 81.C 82.C 83.C 84.E 85.E 86.E 87.E 88.E 89.E

90.C 91.E 92.E 93.C 94.A

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Dos tribunais e juízes federais

95.C 96.C 97.C 98.C 99.E 100. C 101. E 102. C

Dos tribunais e juízes do trabalho

103. E 104. E 105. C 106. C 107. E 108. C 109. E 110. E

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IX. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Ed. Átlas

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