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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 1 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Aula 9 - Organização do Estado: Olá Pessoal, prontos para mais uma aula? Hoje veremos a organização do Estado Brasileiro, é um assunto muito interessante! Tenho certeza que vão gostar, vocês verão que essa enormidade de páginas vai passar rápido rápido. Vamos nessa: Organização Político-administrativa: Sabemos que o Brasil adota como forma de Estado a federação, ou seja, o modo de distribuição geográfica do poder político se dá com a formação de entidades autônomas que segundo o art. 18 da Constituilção são 4: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Não confunda Distrito Federal com território federal, não tem nada a ver uma coisa com outra. O Distrito Federal é uma entidade autônoma da federação, O território federal náo é autônomo, pois integra à União. Art. 18, § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. Veja que estamos falando de autonomia, não de soberania. A soberania, que a Constituição adota em seu art. 1º, I, como um fundamento da República Federativa do Brasil (definida como o poder supremo que o Estado Brasileiro possui nos limites do seu território, não se sujeitando a nenhum outro poder de igual ou superior magnitude e tornando-se um país independente de qualquer outro no âmbito internacional) irá se manifestar apenas na pessoa da República Federativa do Brasil, entendida como a união de todos os entes internos, representando todo o povo brasileiro, povo este que é o verdadeiro titular da soberania. O ente federativo "União" não possui soberania, apenas autonomia tal como os Estados, Distrito Federal e Municípios. A República Federativa do Brasil é a única soberana e que se manifesta internacionalmente como pessoa jurídica de direito internacional. Assim, embora a União (e somente a União) possa representar o Brasil externamente, lá fora ninguém sabe que está "tratando com a União" e sim com a República Federativa do Brasil. Somente esta (República Federativa do Brasil) é que é pessoa jurídica de direito público externo. Assim, temos 2 visões de nosso país: a visão interna e a externa. Veja:

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Aula 9 - Organização do Estado:

Olá Pessoal, prontos para mais uma aula? Hoje veremos a organização do Estado Brasileiro, é um assunto muito interessante! Tenho certeza que vão gostar, vocês verão que essa enormidade de páginas vai passar rápido rápido. Vamos nessa:

Organização Político-administrativa:

Sabemos que o Brasil adota como forma de Estado a federação, ou seja, o modo de distribuição geográfica do poder político se dá com a formação de entidades autônomas que segundo o art. 18 da Constituilção são 4: União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Não confunda Distrito Federal com território federal, não tem nada a ver uma coisa com outra. O Distrito Federal é uma entidade autônoma da federação, O território federal náo é

autônomo, pois integra à União.

Art. 18, § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

Veja que estamos falando de autonomia, não de soberania. A soberania, que a Constituição adota em seu art. 1º, I, como um fundamento da República Federativa do Brasil (definida como o poder supremo que o Estado Brasileiro possui nos limites do seu território, não se sujeitando a nenhum outro poder de igual ou superior magnitude e tornando-se um país independente de qualquer outro no âmbito internacional) irá se manifestar apenas na pessoa da República Federativa do Brasil, entendida como a união de todos os entes internos, representando todo o povo brasileiro, povo este que é o verdadeiro titular da soberania. O ente federativo "União" não possui soberania, apenas autonomia tal como os Estados, Distrito Federal e Municípios. A República Federativa do Brasil é a única soberana e que se manifesta internacionalmente como pessoa jurídica de direito internacional.

Assim, embora a União (e somente a União) possa representar o Brasil externamente, lá fora ninguém sabe que está "tratando com a União" e sim com a República Federativa do Brasil. Somente esta (República Federativa do Brasil) é que é pessoa jurídica de direito público externo. Assim, temos 2 visões de nosso país: a visão interna e a externa. Veja:

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1. Visão interna do Brasil: Federação formada por Estados, Municípios e Distrito Federal. Todos sendo harmonizados pelo poder central (União), sendo assim, 4 espécies de pessoas jurídicas de direito público interno.

2. Visão externa do Brasil: República Federativa do Brasil, como única pessoa jurídica de direito público externo.

Vítor, por que dizemos então que eles são autônomos?

Dizemos isso porque eles possuem relativa independência entre si, esta independência, que chamaremos de autonomia, se manifesta através de três ou quatro facetas (dependendo do doutrinador):

1- Autogoverno: capacidade de os entes escolherem seus governantes sem interferência de outros entes;

2- Auto-organização: capacidade de instituírem suas próprias constituições (no caso dos estados) ou leis orgânicas (no caso dos municípios e do DF);

3- Autolegislação: capacidade de elaborarem suas próprias leis através de um processo legislativo próprio, embora devam seguir as diretrizes do processo em âmbito federal.

Pais X

República Federativa

do Brasil

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4- Auto-administração: capacidade de se administrarem de forma independente, tomando suas próprias decisões executivas e legislativas.

(Para alguns doutrinadores a auto-organização englobaria a autolegislação).

• Princípios da organização do Estado.

Temos que relembrar aqui uma coisa que, em concursos, se costuma cobrar com bastante frequência: os princípios constitucionais que se referem aos direcionamentos aplicáveis aos diversos entes (Estados, Municípios e DF) que formam a nossa federação. São eles:

Os princípios sensíveis - são aqueles presentes no art. 34, VII da Constituição Federal, que se não respeitados poderão ensejar a intervenção federal.

Os princípios federais extensíveis - são aqueles princípios federais que são aplicáveis pela simetria federativa aos demais entes políticos, como por exemplo, as diretrizes do processo legislativo, dos orçamentos e das investiduras nos cargos eletivos.

Os princípios estabelecidos - são aqueles que estão expressamente ou implicitamente no texto da Constituição Federal limitando o poder constituinte do Estado-membro.

• Brasília:

CF, Art. 18, § 1º - Brasília é a Capital Federal.

Até a Constituição de 1969, tínhamos a disposição "O Distrito Federal é a Capital da União". Com a Constituição de 1988 mudou-se o texto para "Brasília é a Capital Federal". Essa mudança feita há mais de 20 anos ainda gera muitas discussões nos concursos. Veremos que o Distrito Federal não pode ser dividido em municípios, por este motivo, a banca ESAF considera que Brasília e Distrito Federal são a mesma coisa. Por outro lado, o CESPE considera que são coisas distintas, justificando a mudança do texto.

Solução: vamos usar a literalidade da Constituição - Brasília é a Capital Federal - com exceção da ESAF, onde consideraremos que a capital federal pode ser Brasília ou o Distrito Federal (já que para ela são a mesma coisa).

• Questões da FCC:

1. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) São unidades federadas autônomas, conforme a organização político-administrativa do Brasil,

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a) Estados-Membros e Regiões Metropolitanas.

b) União e Territórios.

c) Estados-Membros e Municípios.

d) União e Regiões Metropolitanas.

e) Territórios e Distrito Federal.

Comentários:

A federação brasileira é formada, segundo o art. 18 da CF, por 4 entidades autônomas: União, Estados, DF e Municípios.

Todas estas entidades são autônomas, nenhuma delas é soberana.

Territórios Federais não são entidades autônomas, eles pertencem à União. Atualmente, não existe no Brasil nenhum território federal, mas nada impede que eles venham a existir. Para isso, deve-se editar uma lei complementar, nos termos do art. 18 §2º da Constituição.

Regiões metropolitanas também não são entes autônomos, são subdivisões que os Estados, por foça do art. 25 §3º, possuem a faculdade de criar - através de uma lei complementar estadual - para que possam organizar melhor a sua atividade administrativa ao longo do seu território. Assim, essa criação não forma entidades, mas meras divisões administrativas.

Gabarito: Letra C.

2. (FCC/AJAJ-TRF4º/2010) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal, sendo que somente o último não possui autonomia.

Comentários:

O DF é autônomo, ele possui todas as facetas da autonomia (autogoverno, auto-organização, autolegislação e auto-administração). Os territórios federais é que não são autônomos, não confunda isso.

Gabarito: Errado.

3. (FCC/AJAJ - TRT-3ª/2009) Tendo em vista a organização do Estado, é certo que:

a) A União é pessoa jurídica de direito público interno e externo sendo o único ente formador do Estado Federal, uma vez que os demais entes são divisões administrativo-territoriais.

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b) a República Federativa do Brasil representa o Estado Federal nos atos de Direito Internacional, porque quem pratica os atos desse Direito é a União Federal e os Estados federados.

c) à União cabe exercer as prerrogativas de soberania do Estado brasileiro, quando representa a República Federativa do Brasil nas relações internacionais.

d) a União, por ser soberana em todos os aspectos, pode ser considerada entidade federativa em relação aos Estados membros e Municípios.

e) os entes integrantes da Federação, em determinadas situações, à exceção dos Territórios, têm competência para representar o Estado federal frente a outros Estados soberanos.

Comentários:

Letra A - Errada. A União é pessoa jurídica de direito público apenas interno, não é pessoa de direito público externo.

Letra B - Errado. Não é isso não... O representante é a União, a União, e somente ela, é que representa a República Federativa do Brasil.

Letra C - Perfeito!!! Agora sim. A União não é soberana, mas "pega emprestado" as prerrogativas da soberania com a República Federativa do Brasil para poder representá-la.

Letra D - Muito errado. Nem precisa comentar essa não é mesmo?

Letra E - Errada. Somente a União pode representar a Federação, por força da exclusividade conferida pelo art. 21, I da Constituição Federal.

Gabarito: Letra C.

4. (FCC/EPP-SP/2009) O Município, na federação brasileira,

a) tem a sua autonomia política configurada pela Constituição Federal, bem como pela Constituição Estadual pertinente, que pode reduzi-la ou ampliá-la.

b) é dotado de personalidade jurídica de direito público, consubstanciando modalidade de descentralização administrativa.

c) embora criado por lei estadual, não pode ter a sua autonomia política restringida pelo Estado respectivo.

d) dispõe de ampla autonomia política, sendo-lhe facultado regular a duração do mandato dos respectivos Prefeitos e Vereadores.

e) pode se projetar, territorialmente, em relação a mais de um Estado, desde que lei complementar federal assim o permita.

Comentários:

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Letra A - Errado. O Estado não pode reduzir ou ampliar a autonomia do Município, estes limites estão definidos na Constituição Federal.

Letra B - Errado. O Município realmente é uma pessoa jurídica de direito público interno, porém, é criado por descentralização POLÍTICA. Descentralização administrativa é aquela que cria autarquias, empresas públicas e etc.

Letra C - Correto. É verdade que os Municípios são criados por lei estadual (CF, art. 18 §4º), porém, são dotados de ampla autonomia (conforme vimos na questão anterior), não podendo esta ser restringida pelo Estado-membro.

Letra D - Errado. Embora dotados de autonomia, os entes devem respeitar os limites impostos pela Constituição. Ou seja, sempre que a Constituição Federal estabelecer algo, não poderá o ente dispor em contrário. A própria Constituição Federal já fixa o mandato de todos os chefes do Executivo (Presidente, Governador e Prefeito) como sendo de 4 anos.

Letra E - Errado. Os limites territoriais do Município devem estar contidos dentro de um único Estado.

Gabarito: Letra C.

5. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) No que diz respeito à organização político-administrativa, o princípio cuja finalidade é acentuar a igualdade de todos os brasileiros, independentemente do Estado-membro de nascimento ou domicílio, é denominado isonomia federativa.

Comentários:

Trata-se de classificação doutrinária, o princípio da isonomia, refere-se à igualdade, e o termo "federativa" se refere aos "entes da federação". Desta forma a busca pela isonomia federativa é um dos objetivos da República que institui a busca pela redução das desigualdades regionais.

Gabarito: Correto.

6. (FCC/Promotor-MPE-CE/2009) As regras básicas do processo legislativo federal são de absorção compulsória pelos Estados-membros em tudo aquilo que diga respeito ao princípio fundamental de independência e harmonia dos poderes, como delineado na Constituição da República.

Comentários:

Estes estão entre os chamdos princípios constitucionais extensíveis que devem ser observados pelos Estados-membros. Os Estados-

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membros, embora tenham auto-organização, esta sofre limites, reconhecidos pela Jurisprudência e pela Doutrina, além de ter de observar certas diretrizes. Estes limites e diretrizes se coligem na observância dos seguintes princípios:

1- Os princípios sensíveis - são aqueles presentes no art. 34, VII da Constituição Federal, que se não respeitados poderão ensejar a intervenção federal.

2- Os princípios federais extensíveis - são aqueles princípios federais que são aplicáveis pela simetria federativa aos demais entes políticos, como por exemplo, as diretrizes do processo legislativo, dos orçamentos e das investiduras nos cargos eletivos.

3- Os princípios estabelecidos - são aqueles que estão expressamente ou implicitamente no texto da Constituição Federal limitando o poder constituinte do Estado-membro.

Gabarito: Correto.

• Questões do CESPE

7. (CESPE/AUFCE-TCU/2011) A CF não conferiu a denominada tríplice capacidade - autoorganização, autogoverno e autoadministração - aos municípios e aos territórios federais.

Comentários:

Todos os 4 entes brasileiros (União, Estados, DF e Municípios) são autônomos (CF, art. 18) e esta autonomia se manifesta através de todas as facetas: auto-organização, autogoverno e autoadministração. Assim, embora os territórios federais não sejam dotados de autonomia, os municípios são autônomos, o que torna o enunciado incorreto.

Gabarito: Errado.

8. (CESPE/Assitente – CNPq/2011) A União, os estados, os municípios e o Distrito Federal são entes federativos, diferentemente dos territórios federais, que integram a União e não são dotados de autonomia.

Comentários:

Os entes federativos são aqueles dotados de autonomia: União, Estados, DF e Municípios. Os territórios federais não são entes da federação já que são tolhidos de autonomia, eles são criados pela União, através de uma lei complementar, e pertencem a ela.

Gabarito: Correto.

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9. (CESPE/AJAA-STF/2008) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil restringe-se aos estados, aos municípios e ao DF, todos autônomos, nos termos da CF.

Comentários:

O enunciado deixou fora da relação a União, que também é ente autônomo integrante da organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, nos termos do art. 18.

Gabarito: Errado.

10. (CESPE/TRE-MA/2009) A União, os estados-membros, os municípios e o Distrito Federal são entidades estatais soberanas, pois possuem autonomia política, administrativa e financeira.

Comentários:

Os entes no Brasil são todos autônomos, segundo o art. 18 da Constituição. A soberania está nas mãos apenas da pessoa da República Federativa do Brasil.

Gabarito: Errado.

11. (CESPE/TRE-GO/2009) Os municípios não são considerados entes federativos autônomos, visto que não são dotados de capacidade de auto-organização e de autonomia financeira.

Comentários:

Os municípios assim como os Estados e o Distrito Federal, possuem ampla autonomia, ou seja, são dotados de auto-organização, auto-governo, auto-legislação e auto-administração.

Gabarito: Errado.

12. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Os municípios não integram a estrutura federativa brasileira em razão da limitação de sua autonomia pela CF.

Comentários:

Eles são entes da federação e gozam de total autonomia, nos termos do art. 18 da Constituição.

Gabarito: Errado.

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13. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Os territórios federais são considerados entes federativos.

Comentários:

No Brasil só possuímos 4 entes federativos: União, Estados, DF e Municípios (CF, art. 18).

Gabarito: Errado.

14. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Os territórios federais integram a União e sua criação será regulada em lei complementar.

Comentários:

Os territórios federais não são entes da federação, mas sim partes integrantes da União despidas de autonomia e que são criadas de acordo com a lei complementar (CF, art. 18, § 2º).

Gabarito: Correto.

15. (CESPE/AJAJ-STM/2011) No exercício de sua autonomia política, os estados podem adotar o regime parlamentar de governo.

Comentários:

Sabemos que os entes da federação devem observar os princípios federais extensíveis, que são aqueles princípios básicos de organização federal que, por simetria federativa, devem ser respeitados também pelos demais entes em seu exercício de organização. Desta forma, como a Constituição estabeleceu o Presidencialismo na esfera federal, o Estado-membro deve seguir um sistema simétrico, sendo vedado a instituição de um regime parlamentar.

Gabarito: Errado.

16. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O DF não dispõe da capacidade de auto-organização, já que não possui competência para legislar sobre organização judiciária, organização do MP e da Defensoria Pública do DF e dos Territórios.

Comentários:

Todos os 4 entes brasileiros (União, Estados, DF e Municípios) são autônomos (CF, art. 18) e esta autonomia se manifesta através de todas as facetas: auto-organização, autogoverno e autoadministração.

Gostaria de ressaltar, já que a questão tocou no assunto, que após EC 69/2012 cabe ao próprio Distrito Federal legislar sobre Defensoria Pública do DF, antes isso era uma atribuição da União.

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Gabarito: Errado.

17. (CESPE/SEFAZ–ES/2009) A União é entidade federativa autônoma em relação aos Estados-membros e Municípios, e cabe a ela exercer as prerrogativas da soberania do Estado brasileiro ao representar a República Federativa do Brasil nas relações inter-nacionais.

Comentários:

O ente federativo "União" não possui soberania, apenas autonomia tal como os Estados, Distrito Federal e Municípios. A República Federa-tiva do Brasil é a única soberana e que se manifesta internacionalmente como pessoa jurídica de direito internacional. Porém a Constituição Federal admite que a União (e somente a União) possa representar o Brasil externamente e assim, exercer as prerrogativas da soberania pertencente ao Estado Brasileiro.

Gabarito: Correto.

18. (CESPE/TRE-GO/2009) O Distrito Federal é a capital do país.

Comentários:

Segundo a Constituição, a capital do Brasil é Brasília, o Distrito Federal é uma unidade autônoma da federação, com governo próprio, que não se confundiria com Brasília, esta, sendo capital do pais, seria onde estariam concentrados os núcleos de cúpula da esfera federal.

Gabarito: Errado.

19. (CESPE/Analista Processual - MPU/2010) As capacidades de auto-organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação reconhecidas aos estados federados exemplificam a autonomia que lhes é conferida pela Carta Constitucional.

Comentários:

Trata-se das facetas da autonomia que o CESPE aqui expôs de forma "quádrupla" , o que também é correto dependendo do doutrinador. Alguns doutrinadores consideram apenas 3 facetas, englobando a autolegislação dentro da auto-organização. Isso não deixa a questão de forma alguma errada.

Gabarito: Correto.

• Questões da ESAF:

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20. (ESAF/MPU/2004) Em decorrência do princípio federativo, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os Territórios são entes da organização político-administrativa do Brasil.

Comentários:

Errado. Os entes são apenas a União, os Estados, o DF e os Municípios. Já os Territórios não são entes, eles integram a União, e não são dotados de autonomia.

Gabarito: Errado.

21. (ESAF/AFC-CGU/2008) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, segundo as normas da Constituição de 1988, compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos soberanos, nos termos da Constituição.

Comentários:

São todos autônomos, despidos de soberania (CF art. 18 caput). Soberania é o poder supremo para agir dentro de um território. Nenhum ente político tem poder supremo, pois todos estão limitados pelos princípios da Constituição Federal.

Gabarito: Errado.

22. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A organização político-administrativa da União compreende os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos na forma do disposto na própria Constituição Federal.

Comentários:

Conseguiram achar a pegadinha?

Os Estados, DF e Municípios não fazem parte da organização político-administrativa da União, mas sim, juntamente com a própria União, fazem parte da organização político-administrativa da República Federativa do Brasil (CF art. 18 caput).

Maldade pura!!!

Gabarito: Errado.

23. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Nem o governo federal, nem os governos dos Estados, nem os dos Municípios ou o do Distrito Federal são soberanos, porque todos são limitados, expressa ou implicitamente, pelas normas positivas da Constituição Federal.

Comentários:

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Os entes federativos são todos autônomos, despidos de soberania (CF art. 18 caput). Soberania é o poder supremo para agir dentro de um território. Nenhum ente político tem poder supremo, pois todos estão limitados pelos princípios da Constituição Federal.

Gabarito: Correto.

24. (ESAF/PGFN/2007) São integrantes do pacto federativo brasileiro os Estados-Membros, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, já que a soberania é atributo exclusivo da União.

Comentários:

A União não é soberana, a única pessoa soberana é a República Federativa do Brasil, estando a União apenas autorizada a usar temporariamente esta soberania ao tratar de relações internacionais e editar leis nacionais, sem contudo se apropriar de tal atributo.

Gabarito: Errado.

25. (ESAF/AFT/2006) Na República Federativa do Brasil, a União exerce a soberania do Estado brasileiro e se constitui em pessoa jurídica de Direito Público Internacional, a fim de que possa exercer o direito de celebrar tratados, no plano internacional. Comentários:

Quem é pessoa jurídica de direito público internacional é a República Federativa do Brasil, a União é apenas pessoa jurídica de direito público interno, sendo autônoma, mas não Soberana.

Gabarito: Errado.

26. (ESAF/ATA-MF/2009) Os Estados-membros se auto-organizam por meio da escolha direta de seus representantes nos Poderes Legislativo e Executivo locais, sem que haja qualquer vínculo de subordinação por parte da União.

Comentários:

As bancas costumam muito fazer essa maldade: colocam coisas fundamentalmente certas, mas com pequenos deslizes. É correto dizer: Os Estados membros promovem uma escolha direta de seus representantes nos Poderes Legislativo e Executivo locais, sem que haja qualquer vínculo de subordinação por parte da União. Porém, o erro cometido foi que, neste caso, segundo a doutrina, a questão deveria se referir a faceta da autonomia chamada "autogoverno" e não "auto-organização".

Gabarito: Errado.

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27. (ESAF/ATA-MF/2009) A autonomia estadual também se caracteriza pelo autogoverno, uma vez que ditam suas respectivas Constituições.

Comentários:

Neste caso, segundo a doutrina, o correto seria "auto-organização" e não "autogoverno".

Gabarito: Errado.

28. (ESAF/ATA-MF/2009) Os Estados-membros em sua tríplice capacidade garantidora de autonomia se auto-administram normatizando sua própria legislação e regras de competência.

Comentários:

O correto, segundo a doutrina, seria "auto-organização" (ou "autolegislção", se pensássemos em quatro facetas) na e não "auto-administração".

Gabarito: Errado.

29. (ESAF/AFC-CGU/2008) O Distrito Federal é chamado de Brasília e com esse nome constitui a Capital Federal.

Comentários:

Grande discussão paira em relação a este enunciado, porém, este foi o pensamento da banca ESAF, considerou DF e Brasília como sinônimos. Cabe ressaltar que para outras bancas, como o CESPE, a resposta a se marcar deverá se errado.

Gabarito: Correto.

30. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Brasília é a Capital Federal.

Comentários:

Diferentemente de questões polêmicas de anos anteriores, a ESAF desta vez limitou-se a transcrever o art. 18 §1º da Constituição literalmente.

Gabarito: Correto.

31. (ESAF/AFC-CGU/2008) A criação de territórios federais, que fazem parte da União, depende de emenda à Constituição. Comentários:

Depende de lei complementar (CF, art. 18 §2º).

Gabarito: Errado.

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32. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

Comentários:

Perfeita literalidade do art. 18 §2º da Constituição.

Gabarito: Correto.

• Questões da FGV:

33. (FGV/Técnico Legislativo – Senado/2008) Sobre a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, assinale a afirmativa incorreta.

a) República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

b) Os Estados e o Distrito Federal possuem autonomia política, e os municípios detêm apenas autonomia administrativa e financeira.

c) Os Territórios Federais não possuem autonomia política e integram a União.

d) Brasília é a Capital Federal.

e) A federação brasileira é indissolúvel e a forma federativa do Estado Brasileiro constitui cláusula pétrea da Constituição.

Comentários:

Letra A – Correto. Está de acordo com o art. 18 da Constituição.

Letra B – Errado. Todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) são possuidores de ampla autonomia, manifestada pelas facetas de autogoverno, auto-organização, autolegislação, autoadministração.

Letra C – Perfeito! Está de acordo com os ditames do art. 18, § 2.º, da Constituição, segundo o qual percebemos que os Territórios Federais não são possuidores de autonomia, integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

Letra D – Mais uma vez um conteúdo extraído do texto constitucional. Brasília é a Capital Federal nos termos do art. 18, § 1.º.

Letra E – Toda federação (diferentemente das confederações) é indissolúvel, e isso é ratificado pelo art. 1.º da Constituição Federal. A forma federativa de Estado também se constitui em uma cláusula pétrea, ou seja, uma disposição que não pode ser abolida ou violada

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por emendas constitucionais, por força do art. 60, § 4.º, da Constituição.

Gabarito: Letra B.

34. (FGV/Fiscal – SEFAZ-RJ/2008) Os territórios federais integram a União, e sua reintegração ao Estado de origem será regulada em lei:

a) complementar.

b) ordinária.

c) delegada.

d) complexa.

e) mista.

Comentários:

Questão simples e direta. O candidato deveria saber aquilo que já comentamos algumas vezes: os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. Tudo isso nos termos do art. 18, § 2.º, da Constituição Federal.

Gabarito: Letra A.

35. (FGV/Juiz Substituto-TJ-MG/2008) Como corolário do princípio federativo, a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios, no Brasil, são autônomos e possuidores da tríplice capacidade de autoorganização e normatização própria, autogoverno e autoadministração (Certo/Errado).

Comentários:

Aqui a banca usou a forma "tríplice" e não "quádrupla" das faces da autonomia, o que também está correto, desde que seja exposta corretamente: auto-organização, autor-governo e autoaministração.

Veja que embora tenha citado apenas a "tríplice capacidade", o enunciado deixou bem claro que está incluindo a auto-legislação (auto-normatização) junto à auto-organização.

Gabarito: Correto.

36. (FGV/Procurador - TCM-RJ/2008) A Federação dota seus membros de tríplice capacidade, a saber:

(A) auto-organização, autonormatização e autogoverno.

(B) autogoverno, auto-administração e autofinanciamento.

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(C) auto-organização, autogoverno e auto-administração.

(D) auto-organização, autonormatização e automanutenção.

(E) auto-arrecadação, autogoverno e autogerenciamento.

Comentários:

Mais uma vez, destacamos que todos entes da federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) são pessoas jurídicas de direito público interno e dotados de autonomia, característica esta que se manifesta através de três facetas: a auto-organização, o auto-governo e a auto-administração.

A letra A está errada pois a "autonormatização" (auto-legislação) estaria inclusa na auto-organização sendo assim exposta com duplicidade e faltando a faceta da "auto-administração".

A letra B está errada pois não existe o "autofinanciamento", bem como a letra D que expôs a inexistente "automanutenção" e a letra E, por estabelecer o incorreto "autogerenciamento".

Gabarito: Letra C.

Reorganização do espaço territorial:

A doutrina costuma relacionar as hipóteses de reorganização do espaço territorial da seguinte forma:

� Cisão ou Subdivisão - Um ente subdivide o seu território dando origem a outros entes. O ente inicial deixa de existir.

� Desmembramento-formação - Uma parte de um ente se desmembra formando um novo ente. O ente inicial continua existindo e agora temos um ente completamente novo.

� Desmembramento-anexação - Uma parte de um ente se desmembra, porém, ao invés de formar um novo ente, ela é anexada por outro existente. O ente inicial continua existindo e não temos a formação de um ente novo, mas um aumento territorial de outro.

� Fusão - Dois ou mais entes se agregam e assim formam um ente novo. Os entes iniciais deixam de existir.

37. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) No que concerne à Organização do Estado, se um Estado for dividido em vários novos Estados-membros, todos com personalidades diferentes, desaparecendo por completo o Estado-originário, ocorrerá a hipótese de alteração divisional interna denominada fusão.

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Comentários:

Isso será caso de cisão e não de fusão, que é quando dois ou mais entes se agregam para formar um ente novo.

Gabarito: Errado.

38. (CESPE/AGU/2009) No tocante às hipóteses de alteração da divisão interna do território brasileiro, é correto afirmar que, na subdivisão, há a manutenção da identidade do ente federativo primitivo, enquanto, no desmembramento, tem-se o desaparecimento da personalidade jurídica do estado originário.

Comentários:

O termo "cisão" ou "subdivisão" é usado quando um ente subdivide o seu território dando origem a outros entes. Desta forma, o ente inicial deixa de existir.

Gabarito: Errado.

Reorganização territorial de Estados e territórios federais:

CF, art. 18, § 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

Atenção a essas duas disposições:

••• Aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito; e

••• Elaboração de uma lei complementar pelo Congresso Nacional.

Jurisprudência:

Recentemente, o STF decidiu que na reorganização territorial de Estados, o termo “população diretamente interessada” deve ser entendido como “toda a população do Estado”.

Procedimento:

O procedimento de plebiscitos e referendos está estabelecido pela lei 9709/98.

Para que ocorra a reorganização do território do Estado, o Congresso Nacional irá convocar o plebiscito. Se a consulta for desfavorável, não

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há prosseguimento dos procedimentos, não se passando para fase seguinte. Porém, se a consulta for favorável à reorganização, o processo será enviado às respectivas assembléias para que estas opinem pela sua aprovação ou rejeição.

Essa manifestação da assembleia legislativa, no entanto, é meramente opinativa, não se constituindo em uma manifestação vinculativa (Lei 9709/98, art. 4º, §3º), nem mesmo essencial, podendo as mesmas inclusive, se abster da manifestação.

Após isso, a matéria segue para o CN, onde então deverá ser votada como lei complementar para que se desfeche o processo.

39. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009 - Adaptada) É vedada a subdivisão de Estados (Certo/Errado).

Comentários:

Do art. 18 §3º da Constituição depreende-se claramente que os Estados podem não só subdividir-se, como também incorporar-se entre si ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais. Para que isso seja feito, deve ser mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

Gabarito: Errado.

40. (FCC/Procurador-TCE-AP/2010) Em dezembro de 2009, foi aprovado pelo Senado Federal projeto de Decreto Legislativo que autoriza a realização de plebiscito sobre a criação do chamado Estado de Carajás. O novo Estado seria formado por 38 Municípios do sul e sudeste do atual Estado do Pará, com extensão total de 285.000 km² e 1.300.000 habitantes. O plebiscito seria realizado nesses Municípios, seis meses após a publicação do Decreto Legislativo. A referida proposta de criação do Estado de Carajás

a) é inconstitucional, uma vez que a união estabelecida entre os entes da Federação é indissolúvel.

b) seria possível somente durante os trabalhos de Assembleia Nacional Constituinte, a exemplo do que ocorreu com a criação do Estado de Tocantins.

c) deveria ser precedida da criação do Território de Carajás, o qual, somente após demonstrar sua viabilidade, seria então transformado em Estado.

d) é compatível com a Constituição desde que, ademais da consulta à população interessada, mediante plebiscito, seja aprovada pelo Congresso Nacional, por lei complementar.

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e) deveria ser precedida de Estudos de Viabilidade, apresentados e publicados na forma da lei, e ser aprovada por lei do Estado do Pará, dentro do período determinado por lei complementar federal.

Comentários:

Pode haver reorganização dos Estados na vigência da atual constituição. Logo, é incorreta a letra A e B da questão. Porém, para que ocorra, precisamos de:

••• Aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito; e

••• Elaboração de uma lei complementar pelo Congresso Nacional.

Assim, a letra D é a alternativa correta. Já a letra E se refere a criação de Municípios e não de Estados. e a letra C é absurda.

Gabarito: Letra D.

41. (FCC/Técnico - TRF 5ª/2008) Os Estados podem, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar, se desligar da União.

Comentários:

O art. 1º da Constituição estabelece que a República Federativa do Brasil é uma união indissolúvel. Assim, não existe no Brasil o direito de secessão, não podendo, nenhum dos entes, se desligar da União.

Gabarito: Errado.

42. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

Comentários:

Do art. 18 §3º da Constituição depreende-se claramente que os Estados podem não só subdividir-se, como também incorporar-se entre si ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais. Para que isso seja feito, deve ser mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

Gabarito: Correto.

43. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) A República Federativa do Brasil está organizada políticoadministrativamente de forma que os

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Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante a aprovação dos eleitores inscritos na respectiva área, mediante referendum da população diretamente interessada, e da Câmara dos Deputados, por lei ordinária.

Comentários:

O correto seria mediante a aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

Gabarito: Errado.

44. (CESPE/AJAJ - STM/2011) O processo de formação dos estados-membros exige a participação da população interessada por meio de plebiscito, medida que configura condição prévia, essencial e prejudicial à fase seguinte. Assim, desfavorável o resultado da consulta prévia feita ao povo, não se passará à fase seguinte do processo.

Comentários:

Isso aí, o plebiscito favorável é essencial para que se consiga reorganizar o território do Estado. Caso o plebiscito seja desfavorável, desde já deve ser paralisado o procedimento, pois não ser poderá cumprir as exigências constitucionais para tal.

Gabarito: Correto.

45. (CESPE/Técnico - MPU/2010) Considere que determinado estado da Federação tenha obtido aprovação tanto de sua população diretamente interessada, por meio de plebiscito, como do Congresso Nacional, por meio de lei complementar, para se desmembrar em dois estados distintos. Nesse caso, foi cumprida a exigência imposta pela Constituição para incorporação, subdivisão, desmembramento ou formação de novos estados ou territórios federais.

Comentários:

É exatamente o disposto no art. 18 § 3º da Constituição, o qual permite que os Estados possam incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, desde que observe os requisitos de:

� Aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito; e

� A Elaboração de uma lei complementar pelo Congresso Nacional.

Gabarito: Correto.

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46. (CESPE/MPS/2010) Para a criação de um novo estado na Federação brasileira, é necessária a realização de plebiscito nacional, de forma a garantir o equilíbrio federativo.

Comentários:

Nos termos do art. 18 §3º da Constituição Federal, o plebiscito deverá ser realizado apenas com participação da população diretamente interessada.

Gabarito: Errado.

47. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) Caso uma parte de um estado pretendesse desmembrar-se e anexar seu território a um estado vizinho, essa mudança dependeria de plebiscito da população diretamente interessada e de leis complementares a serem elaboradas pelas respectivas assembleias legislativas dos estados membros.

Comentários:

Um dos requisitos seria a elaboração de lei complementar do Congresso Nacional, tal como dispõe o art. 18 § 3º da Constituição, e não das assembléias legislativas.

Gabarito: Errado.

48. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) No processo de criação de estados-membros, a manifestação das assembleias legislativas constitui condição essencial e vinculativa, já que o parecer desfavorável das casas representativas do povo impede a continuidade do processo de formação de novos estados.

Comentários:

A manifestação da assembleia legislativa é meramente opinativa, não se constituindo em uma manifestação vinculativa (Lei 9709/98, art. 4º, §3º), nem mesmo essencial, podendo as mesmas inclusive, se abster da manifestação.

Gabarito: Errado.

49. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se, para se anexarem a outros ou formarem novos estados ou territórios federais, mediante aprovação da população brasileira, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

Comentários:

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A aprovação não será da população brasileira mas, tão somente da população diretamente interessada, nos termos do art. 18 §3º da Constituição.

Gabarito: Errado.

50. (ESAF/ATA-MF/2009) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento dos Estados far-se-ão por lei complementar federal, após divulgação dos Estudos de Viabilidade, apresentados e publicados na forma da lei.

Comentários:

Pessoal, ATENÇÃO!!!

Falou em "Estudos de viabilidade" tem que falar de município, senão está, de pronto, errado. A questão está errada, desta forma, por contrariar o disposto na CF art. 18 §§3º e 4º,

Gabarito: Errado.

51. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

Comentários:

Trata-se da transcrição literal do art. 18 §3º da Constituição.

Gabarito: Correto.

52. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Sobre a organização Político-Administrativa e a formação dos Estados, é correto afirmar que:

a) de acordo com as disposições constitucionais vigentes, é possível criar novos Estados, mesmo que não seja por intermédio de divisão de outro ou outros Estados.

b) os Territórios Federais transformados em Estados não podem mais restabelecer a situação anterior.

c) poderá ocorrer a fusão entre Estados. Nesse caso, nem todos perdem a primitiva personalidade, pois, ao surgir o Estado novo, este adquire a personalidade de um deles.

d) nos processos de transformação dos Estados, o Senado não está obrigado a ouvir nem ao pronunciamento plebiscitário, nem ao das Assembleias, notando-se que estas não decidem, apenas opinam pela aprovação, pela rejeição, ou simplesmente se abstêm de tomar partido.

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e) qualquer processo de transformação do Estado deve passar por um pronunciamento plebiscitário favorável à alteração, devendo o processo ser remetido ao Senado, a quem cabe a aprovação das alterações, mediante lei.

Comentários:

Letra A – Errado, segundo a ESAF. Mas, em nosso entendimento essa alternativa estaria correta. No entanto, vamos primeiramente observar o pensamento da ESAF: atualmente, todo o território nacional está dividido em 26 estados + 1 Distrito Federal. Não existe em nosso país, atualmente, territórios federais. Logo, para se formar novos estados, precisa-se necessariamente dividir algum outro, não há a possibilidade de transformar territórios em Estados, pois não há territórios.

Porém, a banca esqueceu que se poderia formar um novo Estado através da fusão de outros dois ou mais, o que tornaria a assertiva correta.

Letra B - Errado. A própria Constituição admite essa hipótese quando diz, em seu art. 18 §2º, que os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

Letra C - Errado. A fusão entre estados ocorre para dar lugar a um novo estado, distinto daqueles que se fundiram. Dessa forma, ambos os estados deixam de existir para dar lugar a um novo ente de personalidade diferente. Caso houvesse manutenção da personalidade de um deles, seria caso de anexação e não de fusão.

Letra D - Correto. Entendemos que esta assertiva etária errada. Primeiro que a oitiva é feita pelo Congresso e não pelo "Senado", este seria o erro, além disso, eles o CN é obrigado a ouvir o pronunciamento plebiscitário, bem como aos pronunciamentos das assembleias legislativas, caso estes sejam feitos (embora estes pronunciamentos sejam meramente opinativos e não vinculativos).

Assim. Para que ocorra a reorganização do território do Estado, o Congresso Nacional irá convocar o plebiscito. Se a consulta for favorável à reorganização, o processo será enviado às respectivas assembléias para que estas opinem pela sua aprovação ou rejeição. Segundo a lei 9709/98, essa manifestação da assembleia legislativa, é meramente opinativa, não se constituindo em uma manifestação vinculativa nem essencial, podendo as mesmas inclusive, se abster da manifestação.

Letra E - Errado. Encontramos dois erros: um erro é que será remetido ao Congresso e não ao Senado. Outro erro, é que será elaborada uma lei complementar e não somente um "lei" que induz a pensar em "lei ordinária".

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Gabarito Oficial: letra D / Gabarito que deveria ser o correto = letra A.

53. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) Relativamente à organização político-administrativa brasileira, analise as afirmativas a seguir.

I. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, nenhum deles autônomo, nos termos desta Constituição.

II. Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei ordinária.

III. Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, bastando para tanto a aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito.

Assinale:

a) se nenhuma afirmativa estiver correta.

b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários:

I – Errado. Todos são autônomos, o que eles não têm é soberania.

II – Errado. Precisa de lei complementar, e não lei ordinária.

III – Errado. Não basta a aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, precisa ainda de atuação do Congresso Nacional, o qual deve editar uma lei complementar, nos termos do art. 18, § 3.º, da Constituição.

Gabarito: Letra A.

Reorganização territorial de Municípios:

CF, art. 18 §4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

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Atenção a essas três disposições:

• far-se-á por lei estadual no período de lei complementar federal;

• Aprovação, por plebiscito, da população envolvida;

• Deve-se apresentar e publicar, na forma da lei, Estudos de Viabilidade Municipal.

Lembrem-se: estudo de viabilidade é só no caso de Municípios!

Segundo o posicionamento do TSE (TSE – MS 2.812 – Bahia), essa previsão da dependência de lei complementar

federal faz com que a norma se torne de eficácia limitada, e como tal norma ainda não existe, isto inviabiliza a criação de novos Municípios. Mas, houve criações de Municípios sem observância desta disposição, e estas criações foram declaradas inconstitucionais pelo STF, porém, tal discussão ensejou a edição da EC nº 57/08 que acrescentou o artigo abaixo:

CF, ADCT, art. 96 → Ficam convalidados (confirmados, com a validade ratificada...) os atos de criação, fusão,

incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação.

Observação: Quem convoca o plebiscito para redefinição de Estados é o Congresso Nacional, pois o tema é de

abrangência nacional. Quem convoca o plebiscito para redefinição de Municípios é a Assembleia Legislativa, pois é tema estadual.

54. (FCC/TJAA – TRF 1ª/2011) A incorporação de Municípios far-se-á por Lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação

a) do parecer favorável do Procurador-Geral do Estado.

b) da decisão do Presidente da Assembleia Legislativa.

c) do Decreto Estadual emitido pelo Governador do Estado.

d) do parecer favorável do Ministro do Planejamento.

e) dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

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Comentários:

Letra A, B, C e D = Tudo balela...

Só a letra E traz algo realmente condizente: Nos termos da CF, art. 18 §4º a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

E Lembrem-se: estudo de viabilidade é só no caso de Municípios!

Gabarito: Letra E.

55. (FCC/TJAA-TRT 8ª/2010) Com relação a Organização Político Administrativa,

a) o desmembramento de Município far-se-à por lei municipal, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, sem necessidade de divulgação prévia dos Estudos de Viabilidade Municipal na imprensa oficial.

b) a fusão de Municípios far-se-à por lei municipal, dentro do período determinado por Lei Ordinária Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

c) os Estados podem desmembrar-se para se anexarem a outros Estados, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

d) os Estados podem incorporar-se entre si para formarem novos Estados, mediante emenda constitucional, dependente de plebiscito nacional e da aprovação do Senado Federal.

e) os Estados podem incorporar-se entre si para formarem novos Estados, mediante emenda constitucional, dependente de plebiscito nacional e da aprovação da Câmara dos Deputados.

Comentários:

Letra A - Errado. Precisa divulgar os estudos de viabilidade.

Letra B - Errado. Ela se faz por lei ESTADUAL.

Letra C - Correto. É a disposição do art. 18 §3º.

Letra D - Errado. Não precisa de emenda constitucional, nem de plebiscito nacional, e nem de aprovação do Senado.

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Letra E - Errado. Não precisa de emenda constitucional, nem de plebiscito nacional, e nem de aprovação da Câmara.

Gabarito: Letra C.

56. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) A fusão de Municípios far-se-á por emenda constitucional.

Comentários:

Será por lei estadual e dentro de período estabalecido por lei complementar federal. Isso de acordo com o art. 18 § 4º da Constituição que estabelece que a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

Gabarito: Errado.

57. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios, far-se-ão, observados outros requisitos de ordem constitucional, por resolução do Congresso Nacional.

Comentários:

Será por lei estadual e dentro de período estabalecido por lei complementar federal (CF, art. 18 § 4º).

Gabarito: Errado.

58. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por lei federal, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e não dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

Comentários:

Será por lei estadual e não federal e dependem da consluta prévia à população envolvida, já que o art. 18 § 4º da Constituição estabelece que a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

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Gabarito: Errado.

59. (CESPE/TRE-GO/2009) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios, far-se-ão por lei federal e serão submetidos pela população diretamente interessada a referendo popular.

Comentários:

Segundo o art. 18 §4º da Constituição, se fará por lei estadual no prazo estabelecido por lei complementar federal. E a aprovação é por plebiscito e não referendo.

Gabarito: Errado.

60. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) A criação de municípios demanda, além de outros requisitos constitucionais, a edição de lei estadual que, mesmo após a respectiva aprovação por parte da assembleia legislativa, pode ser vetada pelo governador do estado.

Comentários:

A Constituição estabelece em seu art. 18 §4º que a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Com-plementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Como se trata de lei (ordinária) fica pendente ainda da sanção/veto do governador, já que este é o rito legislativo de uma lei.

Gabarito: Correto.

61. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Foram convalidados, no âmbito da CF, os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31/12/2006, de acordo com os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo estado à época da criação.

Comentários:

Trata-se de disposição encontrada nos ADCT, art. 96, inserido pela EC 57/08, onde ficam convalidados (confirmados, com a validade ratificada...) os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação. Já que

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inúmeros municípios haviam sido criados sem que fosse regulamentada a matéria do art. 18 §4º, a qual, segundo o STF, é uma norma de eficácia limitada.

Gabarito: Correto.

62. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Lei federal disporá sobre a criação e o desmembramento de municípios. Essa normatização não poderá ser feita pelos estados.

Comentários:

Nos termos da Constituição, art. 18 §4º, a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual (no período de lei complementar federal) e não por lei federal.

Gabarito: Errado.

63. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

Comentários:

Novamente a banca usa da literalidade, esta pode ser encontrada no art. 18 §4º da Constituição.

Gabarito: Correto.

64. (ESAF/AFC-CGU/2008) A criação de Municípios deve ser feita por lei complementar federal.

Comentários:

De acordo com o art. 18 §4º da Constituição, será por lei estadual no período de lei complementar federal.

Gabarito: Errado.

65. (ESAF/TCU/2006) Nos termos da Constituição Federal, a criação de novos municípios, que é feita por lei estadual, só poderá se realizar quando for publicada a lei complementar federal que disciplinar o período dentro do qual será autorizada essa criação.

Comentários:

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É isso mesmo. O STF declarou inconstitucional muitas criações de Municípios devido a falta lei complementar federal para disciplinar o tema. Isso contribuiu que contribuiu para a edição da EC 57/08 que inclui o art. 96 nos ADCT � Ficam convalidados (confirmados, com a validade ratificada,...) os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação.

Gabarito: Correto.

66. (ESAF/PGFN/2007) Para a criação de novos Municípios é necessária prévia consulta por plebiscito convocado pela Câmara de Vereadores.

Comentários:

Não é a Câmara de Vereadores que convoca, e sim a Assembleia Legislativa.

Gabarito: Errado.

67. (FGV/Técnico Legislativo – Senado/2008) A Constituição Federal prevê a participação popular na criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios, da seguinte forma:

a) consulta prévia às populações dos municípios envolvidos, mediante plebiscito.

b) necessidade de aprovação de lei federal de iniciativa popular.

c) consulta posterior às populações dos municípios envolvidos, mediante referendo.

d) necessidade da aprovação de lei estadual de iniciativa popular.

e) eleição direta dos novos prefeitos e vereadores dos municípios recém-criados.

Comentários:

Os requisitos são os seguintes:

• Lei estadual no período de lei complementar federal;

• Aprovação prévia, por plebiscito, da população envolvida;

• Apresentar e publicar, na forma da lei, Estudos de Viabilidade Municipal.

Desta forma, somente a alternativa A traz um requisito correto.

Gabarito: Letra A.

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68. (FEPESE/Advogado-Pref. São José/2007) De acordo com a Constituição Federal brasileira

de 1988, assinale ( F ) falso ou ( V ) verdadeiro quanto à organização político-administrativa:

1.( ) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual.

2.( ) Somente nos casos de criação e desmembramento de Municípios, a Constituição exige consulta prévia, mediante plebiscito.

3.( ) É dispensada a apresentação dos Estudos de Viabilidade Municipal no caso de incorporação e fusão de Municípios.

4.( ) A fusão de Municípios depende de consulta, na forma de plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos.

Assinale a seqüência correta.

a. ( ) V – V – F – F

b. ( ) V – F – V – F

c. ( ) V – F – F – V

d. ( ) F – V – V – F

e. ( ) F – F – V – V

Comentários:

1ª - Correto. Ainda que no período de lei complementar federal, o ato se faz por lei estadual.

2ª - Errado. Deverá ser na criação, incorporação, fusão ou desmembramento.

3ª - Errado. É necessária esta apresentação.

4ª - Perfeito. (CF, art. 18 §4º).

Gabarito: Letra C.

Vedações aos entes federativos:

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;

II - recusar fé aos documentos públicos;

III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

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69. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Aos Estados é permitida, na forma da lei, a subvenção a cultos religiosos ou igrejas.

Comentários:

Não só aos Estados, mas a todos os entes políticos é vedada esta subvenção, ressalvada somente, como vimos, a colaboração de interesse público nos termos da Constituição, art. 19, I.

Gabarito: Errado.

70. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) É vedado à União, aos estados, ao DF e aos municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança.

Comentários:

Trata-se de uma limitação imposta pelo constituinte a todos os entes, insculpida no art. 19, I.

Gabarito: Correto.

71. (ESAF/ATA-MF/2009) É vedado aos Estados manter relação de aliança com representantes de cultos religiosos ou igrejas, resguardando-se o interesse público.

Comentários:

Somente pode haver cooperação entre entes estatais e entidades religiosas quando se tratar de interesse público (CF, art. 19).

Gabarito: Correto.

72. (ESAF/CGU/2006) Por ser a República Federativa do Brasil um Estado laico, a Constituição Federal veda qualquer forma de aliança com cultos religiosos.

Comentários:

Não é qualquer forma de aliança que é vedada, pois poderá haver cooperação entre entes estatais e entidades religiosas quando se tratar de interesse público (CF, art. 19).

Gabarito: Errado.

Questões gerais

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73. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Quanto à organização do Estado brasileiro, é correto que

a) é vedada a subdivisão de Estados.

b) a fusão de Municípios far-se-á por emenda constitucional.

c) a criação de Territórios Federais será regulada em lei complementar.

d) aos Estados é permitida, na forma da lei, a subvenção a cultos religiosos ou igrejas.

e) a anexação de municípios para formarem Estados ou Territórios Federais, autorizada por resolução do Congresso Nacional, dependerá de referendo popular.

Comentários:

Letra A - Obviamente errada.

Letra B - Está errada também. Será por lei estadual e dentro de período estabalecido por lei complementar federal.

Letra C - Correto. Como vimos, os Territórios Federais não são entes autônomos, eles integram a União. A sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar (CF, art. 18 §2º).

Letra D - Vimos que isto está errado.

Letra E - Esta assertiva está completamente errada. O primeiro erro é que a Constituição não prevê anexação de Municípios para formarem Estados. Outro erro é o fato de que, ainda que encarando isso como "desmenbramento de Estado", não será por resolução do CN, mas por lei complementar do Congresso, e o útimo erro é que se fará um plebiscito à população e não um referendo.

Gabarito: Letra C.

74. (ESAF/AFC-CGU/2008) Assinale a única opção correta relativa à organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, segundo as normas da Constituição de 1988.

a) Compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos soberanos, nos termos da Constituição.

b) A criação de territórios federais, que fazem parte da União, depende de emenda à Constituição.

c) O Distrito Federal é chamado de Brasília e com esse nome constitui a Capital Federal.

d) A criação de Municípios deve ser feita por lei complementar federal.

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e) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios criar distinções entre brasileiros ou estrangeiros.

Comentários:

Organização político-administrativa está lá no art. 18 e 19 da Constituição. Vejamos:

Letra A - Errado. Pois são autônomos e não soberanos.

Letra B - Errado. Exige-se apenas lei complementar, não precisa de emenda.

Letra C - Correto. Sem polêmicas!!! Esse é o pensamento da ESAF sobre o tema, embora muita gente não concorde com isso.

Letra D - Errado. Será por lei estadual no período de lei complementar federal.

Letra E - Errado. A vedação é somente na criação de distinção entre brasileiros, entre estrangeiros pode haver distinção, por exemplo, os estrangeiros de um país podem possuir procedimentos de entrada no território nacional facilitado ou dificultado se comparado com os procedentes de algum outro país, sem que haja inconstitucionalidade nisso.

Gabarito: Letra C.

75. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/2010) Relativamente à organização do Estado, assinale a afirmativa incorreta.

a) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

b) A autonomia federativa assegura aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, autorizar ou proibir seu funcionamento, na forma da lei.

c) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

d) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

e) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

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Comentários:

Letra A - Correto. Questão simples, essa assertiva cobra a literalidade do art. 18 da Constituição.

Letra B - Errado. Segundo o art. 19 da Constituição, É VEDADO à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.

Letra C - Correto. Literalidade do art. 19, III da Constituição.

Letra D - Correto. Literalidade do art. 18, §3º da Constituição.

Letra E - Correto. Agora a literalidade usada foi a do art. 18, §4º da Constituição.

Gabarito: Letra B.

Bens Públicos:

Existem bens exclusivos da União e outros que dependendo da situação poderão pertencer tanto a União, quanto aos Estados, ou aos Municípios e até mesmo a terceiros.

Para responder as questões deste tema, colocarei abaixo um resumo sobre os Bens Públicos que foi retirado do livro "Constituição Federal Anotada para Concursos":

União e Estados:

♦ Terras Devolutas:

Regra � Estados;

Exceção � União, se indispensáveis:

� À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou vias federais de comunicação; ou

� À preservação ambiental.

Terras Devolutas são aquelas que nunca tiveram proprietários ou foram devolvidas, ficando sem dono, passam então a integrar o patrimônio público.

♦ Ilhas FLUVIAIS e LACUSTRES:

Regra � Estados;

Exceção � União, se fizer limite com outros países.

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♦ Águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito:

Regra � Estados;

Exceção � União, se na forma da lei, decorrerem de obras da União.

♦ Lagos, rios e demais águas correntes:

Regra � Estados;

Exceção � União:

� Se banhar mais de um Estado;

� Se fizerem limite com países ou se deles provierem ou se estenderem;

� Também o são os terrenos marginais destes e as praias fluviais.

União, Estados e Municípios:

♦ Ilhas COSTEIRAS e OCEÂNICAS:

Municípios � Quando for sede do Município, salvo se for afetada por serviço público ou unidade ambiental federal (nestes casos será da União);

Estados � Quando estiverem em seu domínio;

União � As demais, inclusive o caso acima.

Elas podem ainda ser de terceiros.

Somente à União:

� Todos que atualmente lhe pertencem ou os que lhe vierem a ser atribuídos;

� Praias marítimas, os terrenos de marinha e seus acrescidos;

� O mar territorial;

� Os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;

� Os recursos minerais, inclusive do subsolo;

� Os potenciais de energia hidráulica;

� As cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;

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� As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

Observe que todos os recursos minerais são propriedade da União e, em se tratando da plataforma continental e da zona econômica exclusiva, também o serão todos os demais recursos naturais além dos minerais.

• É assegurado aos entes federativos bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.

• A faixa de fronteira é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.

Bens públicos quanto à finalidade:

O código civil divide esses bens públicos em 3 espécies, que se referem à destinação do bem:

1 - Bens de uso comum: São os destinados ao uso de toda a população, indistintamente. Ex: rios, mares, estradas, ruas e praças.

2 - Bens de uso especial: Estão destinados a uma finalidade específica, são os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, e suas autarquias. Ex. Repartições públicas, bibliotecas, quartéis.

3- Bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade especial, nem são de uso comum. São aqueles bens dos quais o Estado pode se desfazer.

• Questões da FCC:

76. (FCC/TJAA-TRT 3ª/2009) No que diz respeito à organização político-administrativa da União é correto afirmar que

a) a faixa de fronteira deve observar a medida de até cento e oitenta quilômetros de largura.

Faixa de fronteira faixa até 150km de largura ao longo das fronteiras terrestres

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b) são bens da União, dentre outros, os potenciais de energia hidráulica e os sítios arqueológicos.

c) o desmembramento de Municípios far-se-á por lei municipal da respectiva localidade e das limítrofes.

d) é permitida à União manter, com representantes de igrejas, e em quaisquer hipóteses, relações de aliança.

e) a formação de Estados ou Territórios Federais será feita por meio de referendo e por ato normativo do Senado Federal.

Comentários: Letra A - Errada. A faixa é de 150 e não 180 Km e lembramos que é só em relação às fronteiras terrestres.

Letra B - Correto.

Letra C - É feito por Lei Estadual, no período de lei complementar federal.

Letra D - Errado. Isso é vedado a todos os entes pelo art. 19.

Letra E - Errado. Será por plebiscito e por lei complementar no Congresso.

Gabarito: Letra B.

77. (FCC/AJAJ-TRE-AL/2010) É INCORRETO afirmar que entre os bens dos Estados incluem-se

a) as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

b) as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União.

c) as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros.

d) as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União.

e) o mar territorial e os potenciais de energia hidráulica.

Comentários:

Letra A - Correto. As terras devolutas são bens dos ESTADOS. A não ser que sejam indispensáveis:

� À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou vias federais; ou

� À preservação ambiental.

Neste caso serão da União! Desta forma, é correto falar que "se não for da União, será dos Estados".

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Letra B - Correto. As águas são bens dos Estados, mas se elas foram decorrentes de obras da União, irá pertencer a ela já que, em se tratando de águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, temos:

Regra � Estados;

Exceção � União, se na forma da lei, decorrerem de obras da União.

Letra C - Também está correto. Como vimos as ilhas COSTEIRAS e OCEÂNICAS, podem pertencer a terceiros, ou:

aos Municípios ��� Quando for sede do Município, salvo se for afetada por serviço público ou unidade ambiental federal (nestes casos será da União);

aos Estados ��� Quando estiverem em seu domínio;

à União ��� As demais, inclusive o caso acima (afetação da ilha municipal).

Letra D - Correta. Em se tratando de ilhas FLUVIAIS e LACUSTRES, temos:

Regra � Estados;

Exceção � União, se fizer limite com outros países.

Letra E - Está errada e é o gabarito!!! Essa foi muito fácil, não foi? Nem precisava resolver as outras... mar territorial é obviamente da União, mais óbvio ainda são os potencias de energia hidráulica, pois tudo que é recurso energético, mineral e etc. está sob o cuidado da União.

Gabarito: Letra E.

78. (FCC/Técnico-TRE-AL/2010) Incluem-se entre os bens dos Estados as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, incluídas, em regra, as decorrentes de obras da União. emergentes e em depósito, incluídas, em regra, as decorrentes de obras da União (C/E).

Comentários:

As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, são:

Regra � Estados;

Exceção � União, se na forma da lei, decorrerem de obras da União.

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Desta forma, erra a questão, pois deve-se "excluir" as que decorrerem de obras da União.

Gabarito: Errado.

79. (FCC/Técnico-TRT-MG/2010 - Adaptada) A faixa de fronteira deve observar a medida de até cento e oitenta quilômetros de largura.

Comentários:

O correto seria faixa até 150km de largura, e lembrando que isso é somente ao longo das fronteiras terrestres. Muitas questões tentam dizer "aéreas", "marítimas" e assim se tornam incorretas.

Gabarito: Errado.

80. (FCC/Técnico-TRT-MG/2010 - Adaptada) São bens da União, dentre outros, os potenciais de energia hidráulica e os sítios arqueológicos.

Comentários:

Perfeito, exatamente como vimos no resumo.

Gabarito: Correto.

81. (FCC/TJ-DF/2008 - Adaptada) As terras devolutas pertencem aos estados, com exceção das terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei.

Comentários:

Perfeito, como vimos:

♦ Terras Devolutas:

Regra � Estados;

Exceção � União, se indispensáveis:

� À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou vias federais; ou

� À preservação ambiental.

Gabarito: Correto.

82. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) O espaço pertencente a União e designado como "faixa de fronteira", considerado fundamental para a defesa do território nacional, constitui a faixa de até cento e

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cinquenta milhas de largura, ao longo das fronteiras aéreas e terrestres.

Comentários:

Aqui temos 2 erros: primeiro que são apenas as fronteiras terrestres e não as aéreas, o segundo erro é o fato de serem 150 kilometros e não 150 milhas.

Gabarito: Errado.

83. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) São bens dos Estados-membros os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva a eles correspondentes.

Comentários:

Estes serão bens da União, nos termos da Constituição, art. 20, V.

Gabarito: Errado.

84. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) São bens dos Estados-membros os potenciais de energia hidráulica situados em seus territórios.

Comentários:

Os potenciais de energia hidráulica são bens que pertencem a União, sem ressalvas, por força do art. 20, VIII da Constituição Federal.

Gabarito: Errado.

85. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) São bens dos Municípios todas as ilhas fluviais e lacustres presentes em seus territórios, ainda que situadas nas zonas limítrofes com outros países.

Comentários:

Errado. As ilhas nunca serão dos Municípios. Em regra elas são dos Estados, e poderão ser da União caso façam limites com outros países. O único caso de uma ilha pertencer ao Município será no caso de ser uma ilha costeira ou oceânica que for a sede do município, como ocorre com algumas capitais de estados brasileiros.

Gabarito: Errado.

86. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) São bens dos Municípios as terras devolutas não pertencentes à União situadas em seus territórios.

Comentários:

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Em regra, as terras devolutas pertencem aos Estados. Além dos Estados, poderão pertencer à União, se indispensáveis:

-à defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou vias federais; ou

-à preservação ambiental.

A Constituição não estabelece nenhuma hipótese em que elas pertencerão aos Municípios.

Gabarito: Errado.

• Questões do CESPE:

87. (CESPE/Analista – CNPq/2011) Consideram-se terras da União as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações, das construções militares e das vias federais de comunicação, bem como indispensáveis à preservação ambiental, e as áreas de fronteiras.

Comentários:

As terras devolutas são bens que em regra são dos Estados, embora possam ser da União se indispensáveis:

� À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou vias federais; ou

� À preservação ambiental.

Erra a questão ao dizer que “as áreas de fronteira” são bens da União. Não basta ser área de fronteira para ser bem da União, ela tem que ser “indispensável à defesa das fronteiras”.

Gabarito: Errado.

88. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) São bens da União as terras devolutas.

Comentários:

As terras devolutas são bens que em regra são dos Estados, embora possam ser da União se indispensáveis:

� À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou vias federais; ou

� À preservação ambiental.

Não se pode então fazer esta afirmação: "São bens da União as terras devolutas".

Gabarito: Errado.

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89. (CESPE/AGU/2009) As terras devolutas são espécies de terras públicas que, por serem bens de uso comum do povo, não estão incorporadas ao domínio privado. São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos estados-membros, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. Constituem bens da União as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei.

Comentários:

As terras devolutas não são bens de uso comum, são bens dominicais, ou seja, bens que não possuem nenhuma destinação estatal específica, nem são de uso indistinto da população.

Gabarito: Errado.

90. (CESPE/ACE-TCU/2009) Caso o estado do Amazonas conceda título de propriedade de uma pequena área localizada em terras devolutas dentro da zona de fronteira com a Colômbia, o referido título será nulo, visto que essa área pertence à União.

Comentários:

Questão muito maldosa. Em regra as terras devolutas pertencem aos Estados, porém pertencerão à União caso sejam "indispensáveis" à defesa das fronteiras ou à preservação ambiental. O fato da terra encontrar-se na zona de fronteira, por si, não a faz ser um bem da União, assim seria se fosse considerada "indispensável à defesa da fronteira".

Gabarito: Errado.

91. (CESPE/Procurador Municipal - Natal/2008) Os potenciais de energia hidráulica são bens comuns da União e dos estados onde se encontrem.

Comentários:

Os potenciais de energia hidráulica são bens que pertencem somente à União (CF, art. 20, VIII).

Gabarito: Errado.

92. (CESPE/ABIN/2008) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são de domínio das comunidades indígenas.

Comentários:

São bens da União, nos termos do art. 20, XI da Constituição.

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Gabarito: Errado.

93. (CESPE/Agente-Polícia Federal/2009) A Constituição Federal de 1988 (CF) não reconhece aos índios a propriedade sobre as terras por eles tradicionalmente ocupadas.

Comentários:

Segundo a Constituição, em seu art. 20, XI a propriedade das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios pertence à União.

Gabarito: Correto.

94. (CESPE/Promotor - MPE-ES/2010) A faixa de até 50 km de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira é considerada fundamental para a defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.

Comentários:

Embora a faixa de fronteira seja realmente considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização devam ser reguladas em lei. Tal faixa é de até 150km de largura ao longo das fronteiras terrestres.

Gabarito: Errado.

95. (CESPE/AGU/2009) Os rios públicos são bens da União quando situados em terrenos de seu domínio, ou ainda quando banharem mais de um estado da Federação, ou servirem de limites com outros países, ou se estenderem a território estrangeiro ou dele provierem. Os demais rios públicos bem como os respectivos potenciais de energia hidráulica pertencem aos Estados-membros da Federação.

Comentários:

A questão traz muita informação verdadeira, porém, está falha já que os potenciais de energia hidráulica serão sempre bens da União, vide art. 20, VIII CF.

Gabarito: Errado.

96. (CESPE/ACE-TCU/2008) As riquezas minerais, como o petróleo, são bens da União.

Comentários:

Conforme vimos, todos os recursos minerais, inclusive do subsolo, pertencem somente à União (CF, art. 20, IX). Lembrando que no caso

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da plataforma continental e da ZEE, pertencerá à União não só os minerais, como todos os recursos naturais (minérios, vegetais, animais...) ali existentes.

Gabarito: Correto.

• Questões da ESAF:

97. (ESAF/ATA-MF/2009) Incluem-se entre os bens dos Estados as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

Comentários:

As terras devolutas em regras são dos Estados. Somente serão da União se indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei (CF, art. 20, II e art. 26, IV).

Gabarito: Correto.

98. (ESAF/CGU/2006) As cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos, desde que não situados em terras de propriedade dos Estados, pertencem à União.

Comentários:

Segundo o art. 20, X, da Constituição, não há esta restrição para que pertençam à União. Eles serão sempre da União.

Gabarito: Errado.

99. (ESAF/CGU/2006) Pertencem aos Estados as ilhas fluviais localizadas em seu território, que não se situem na zona limítrofe com outros países.

Comentários:

É o disposto no art. 26, III combinado com o art. 20, IV da Constituição Federal.

Gabarito: Correto.

100. (ESAF/TCU/2006) O aproveitamento, pela União, dos potenciais hidroenergéticos localizados em cursos de água que integrem os bens estaduais, depende de expressa autorização do poder executivo estadual e far-se-á mediante compensação financeira por essa exploração.

Comentários:

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Prescinde (dispensa) de autorização tal exploração por parte da União (CF, art. 21 XII, b), já que a Constituição atribuiu somente a União a prerrogativa de explorar estes potenciais, ainda que sob o regime de concessão, permissão ou autorização.

Gabarito: Errado.

• Questões de outras bancas:

101. (CETRO/TCM-SP/2006) Existem certos bens públicos que, a depender de determinadas circunstâncias especiais, tanto podem ser da União ou do Estado ou do Município,

como é o caso

(A) dos terrenos de marinha.

(B) das praias marítimas.

(C) do mar territorial.

(D) dos recursos minerais.

(E) das ilhas oceânicas e as costeiras.

Comentários:

O único bem que pode pertencer a qualquer um dos entes: União, Estados e Municípios, são as ilhas oceânicas e costeiras, por isso é muito cobrado em provas.

Gabarito: Letra E.

Competências Administrativas e Legislativas:

Teoria e noções gerais sobre o tema:

Trata-se de um tema muito explorado em concursos e, geralmente, os candidatos têm aversão ao seu estudo pela aparente complexidade e extensão. Estes problemas são facilmente dissipados, se, antes de iniciarmos o estudo, atentarmos para algumas lógicas usadas pelos Constituintes ao estabelecer as competências.

Existem 2 tipos de competência elencadas na Constituição: competência material (administrativa) e competência legislativa.

A competência material (realizar as coisas) pode ser:

• Exclusiva da União (art. 21) - quando só a União poderá realizar tais atos, sem poder delegar a nenhum outro ente, ou

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• Comum - ou paralela - (art. 23) - quando todos os entes da federação puderem, em pé de igualdade, agir para concretizar aquilo que está exposto.

A competência legislativa (regulamentar como as coisas serão feitas) pode ser:

• privativa da União (art. 22) - quando couber somente a União legislar sobre o tema - embora neste caso, através de uma lei complementar, ela permita que os Estados façam a regulamentação de questões específicas -; ou

• Concorrente (art. 24) - quando a União não irá fazer nada além das normas gerais (normas genéricas que se aplicam a todos os entes) e com base nessas normas gerais - sem precisar receber a delegação da União - os Estados irão elaborar as normas específicas. O nome é concorrente pois são 2 legislações que concorrem para um certo ponto (a regulamentação do tema):

Observação 1 - Embora tenhamos a classificação doutrinária de chamar "competência exclusiva" a competência material

executável somente pela União, e de "competência privativa" a competência legislativa, as bancas de concurso não são tão inflexíveis com isso. Diversas vezes colocam no enunciado: "competência exclusiva para legislar" ou "competência privativa para executar". Ou seja, fique atento, mas não marque incorreta uma questão de prova somente pr este fato (principalmente se a questão for do CESPE).

Critério para repartição de competências:

As competências são instituídas de acordo com o critério da "predominância do interesse", ou seja, a União faz as coisas de âmbito nacional (e relações internacionais), os Estados fazem as coisas de âmbito regional, e os Municípios fazem no âmbito local.

Outro imporante princípio, que vigora notadamente para as competências comuns seria o princípio da subsidiariedade que diz

Normas Gerais

Norma Específica Suplementar

Regulamentação do tema

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que nada será exercido por um poder de nível superior, caso possa ser cumprido pelo inferior. Isso porque os governos locais estão mais próximos da população e sabem a sua real necessidade, sendo os primeiros a executar as políticas sociais comuns (CF, art. 23)

Técnica utilizada para a repartição de competências:

A técnica utilizada pela Constituição para repartir as competências foi a seguinte:

1- Enumerar as competências da União e dos Municípios - Assim, ela estabeleceu de forma expressa e taxativamente quais seriam as competências federais (CF, art. 21 ao 24) e municipais (CF, art. 30).

2- Estabelecer a competência residual (ou remanescente) para os Estados - Assim, a competência estadual não foi taxativa, cabendo aos Estados fazer "tudo aquilo que não lhe forem vedados".

Observação - Existe uma exceção: A União possui competência residual quando se trata de "matéria tributária", podendo instituir novos impostos e contribuições que não

foram previstos no texto constitucional.

3- Atribuiu competência legislativa hibrida ao DF - Assim o DF possui as competências legislativas taxativas dos Municípios e as remanescentes dos Estados.

Atenção!!! Em que pese a competência remanescente ou residual dos Estados/DF, existem para estes entes duas competências expressas no art. 25.

• Art. 25 §2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.

• Art. 25 §3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agru-pamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

A vedação da medida provisória para regulamentar o art. 25 §2º foi inserida pela EC 05/95 e é importante observar que o art. 246 dispõe que “é vedado se regulamentar por MP qualquer artigo da CF

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modificado por EC entre 1º de janeiro de 95 (o que inclui a EC 05/95) até a EC 32/01”, o que tornaria desnecessário esse texto.

DICA FINAL SOBRE AS NOÇÕES GERAIS:

As únicas coisas que precisam estar completamente decoradas são:

1- Os parágrafos únicos do art. 22 e 23, e os parágrafos do art. 24, já que eles são cobrados literalmente, constantemente, em concursos.

2- As duas competências expressas dos Estados (CF, art. 25 §§2º e 3º). Os Estados só tem essas duas competências expressas, então caem muito em prova, e não pode errar de jeito algum!!!

Literalidade dos art. 21 ao 24 (União), 25 (Estados) e 30 (Municípios) - Dicas para entender a literalidade e resolver as questões:

1- Como as competências são instituídas de acordo com o critério da "predominância do interesse", sempre que se usar o termo nacional ou internacional, já sabemos que é competência da União.

2- Como a União é o poder central da federação, responsável por uniformizar as medidas e evitar os conflitos entre os entes, será ela que irá estabelecer as "diretrizes", "critérios", "bases", "normas gerais"... (tente imaginar o Rio de Janeiro estabelecendo uma norma geral para ser cumprida por SP, MG, RS... isto é inimaginável)

3- Se a questão tocar em temas "sensíveis" como atividade nuclear, guerra, índios, energia, telecomunicações mais uma vez estaremos diante de competência da União.

4- Como vimos, as competências federativas encontram-se basicamente em 4 artigos da Constituição: 21,22,23 e 24. Destes, o Município só participa de 1 rol de competências: Competência "administrativa" comum. Logo, sempre que se deparar com uma questão que traga "compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios", essa competência nunca poderá ser legislativa, apenas administrativa, pois, competência legislativa para Município só ocorre na Constituição quando ele atua sozinho (CF, art. 30, I e II).

(OBS. Isso não se aplica para questões da banca "CESPE", pois esta entende que os Municípios legislam concorrentemente, agregando o art. 30, II ao art. 24, a FCC de vez em quando também aparece com uma dessa)

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5- A competência comum refere-se a temas coletivos, difusos... assim, caberá a todos os entes políticos unir forças para preservar florestas, fauna, combater a pobreza, zelar pela guarda da Constituição e o patrimônio público.

6- Geralmente as coisas que são de competência comum entre os entes, estarão atreladas a legislações concorrentes, veja o exemplo abaixo:

Competência Comum: Legislação concorrente - legislar sobre:

proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural;

proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;

proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;

educação, cultura, ensino e desporto;

proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

preservar as florestas, a fauna e a flora;

florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição.

7- A Constituição dispôs expressamente sobre alguns serviços que podem ser executados pelos entes de forma direta ou sob regime de delegação (concessão, permissão ou autorização). Porém, pela literalidade da Constituição, os serviços ali expressos foram previstos da seguinte forma:

• União → diretamente ou por autorização, permissão e concessão;

• Municípios → diretamente ou por permissão e concessão;

• Estados → diretamente ou apenas por concessão.

Assim, se a questão cobrar "Municípios" e falar em "autorização" já está errada, pois pela literalidade Municípios = permissão ou concessão. Da mesma forma, se falar em "Estados", tem que falar em "concessão", senão já está errado.

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Pegadinhas que sempre caem nos concursos, logo NÃO PODE ERRAR:

Essas coisas já são muiiiiito manjadas! Se você errar vai ficar pra trás, pois todo mundo vai acertar:

1- Direitos: Existem 5 que são de legislação concorrente, e 10 que são de legislação privativa da União - gravem somente os 5 concorrentes. Assim temos:

Concorrentes- Tributário, Financeiro, Penitenciário, Econômico e Urbanístico - (Mnemônico: Tri - Fi - Penit - EC - Ur);

Privativos da União - O que sobrou!

2- Legislar sobre desapropriação = É privativo da União;

X

Decretar a desapropriação = Poder Público (executivo) em geral, em especial o Municipal, que é o responsável pelo ordenamento urbano.

3- Direito Processual - Competência legislativa privativa da União (CF, art. 22, I), já que não está no Tri-Fi-Penit-Ec-Ur;

X

Procedimentos em matéria processual - Competência legislativa concorrente (CF, art. 24, XI) - ou seja, observada as normas gerais da União, cada ente poderá estabelecer no seu âmbito, como serão os procedimentos a serem usados no andamentos dos seus processos.

4- Seguridade social = é o conjunto de Saúde + Previdência Social + Assistência Social = Esse conjunto, como um todo, é de competência legislativa privativa da União (CF, art. 22, XXIII).

X

Previdência Social, bem como a proteção e defesa da saúde = A legislação é concorrente, pois cada ente possui o seu regime próprio de previdência (CF, art. 24, XII) e proteger e defender a saúde é algo que merece união de forças dos entes públicos.

5- Legislar sobre educação = Competência concorrente.

X

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Legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional = Privativa da União, até porque, tudo que tiver diretrizes, bases e nacional, será competência da União.

Jurisprudência:

Súmula vinculante n° 2: "É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.”

Isso porque segundo o art. 22, XX compete à União legislar sobre os sistemas de consórcios e sorteios.

Sobre as noções gerais, vamos ver algumas questões:

• Questões da FCC:

102. (FCC/TJAA - TRE-AC/2010) Em matéria de competência legislativa concorrente relacionada à União, Estados e Distrito Federal, é correto afirmar que

a) a competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.

b) no âmbito da legislação concorrente, a competência da União estende-se ao estabelecimento de normas específicas.

c) a superveniência de lei federal sobre normas gerais não suspende, em qualquer hipótese, a eficácia da lei estadual.

d) a competência da União para legislar sobre normas gerais ou específicas exclui a competência suplementar dos Estados.

e) inexistindo lei federal sobre normas de qualquer natureza, os Estados só podem exercer a competência limitada para atender suas peculiaridades.

Comentários:

Essa questão é quase um resumo de tudo que está nos parágrafos do art. 24:

• §§1º e 2º - Na competência concorrente caberá à União estabelecer tão somente as normas gerais, e os Estados/DF vão suplementar essas normas com as peculiaridades de cada ente.

• §3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, ou

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seja, vão legislar de forma completa para que possa atender às suas necessidades.

• §4º Mas, se após o exercício pelo Estado/DF da competência plena, for editada lei federal sobre normas gerais, esta irá suspender a eficácia da lei estadual, naquilo que lhe for contrário.

Letra A - Correta.

Letra B - Errado. Ela se limita às normas gerais.

Letra C - Errado. Ela suspende a lei estadual naquilo que lhe for contrário.

Letra D - Errado. A questão faz uma "dobradinha" de exclusão com a letra A. Somente uma das duas poderia estar correta, essa está errada já que não exclui a competência suplementar estadual.

Letra E - Errado. Inexistindo normas gerais, eles legislam de forma plena.

Gabarito: Letra A.

103. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) Em matéria de legislação concorrente, diante da inexistência de lei federal, o Estado exercerá a competência legislativa plena.

Comentários:

Segundo o art. 24 da Constituição, em seu §3º, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, legislando de forma completa para atender às suas peculiaridades.

Gabarito: Correto.

104. (FCC/Procurador - PGE-AM/2010) A propósito do modelo de repartição de competências adotado na Constituição Federal, pode-se afirmar que

a) aos Estados foram asseguradas apenas competências residuais.

b) as competências materiais são sempre de exercício concorrente por todos os entes federativos.

c) todas as competências privativas legislativas da União Federal podem ser exercidas pelos Estados naquilo que for necessário para atender a suas peculiaridades, mas não pelos Municípios.

d) entre as competências legislativas dos Municípios se inclui a de suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber.

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e) ao Distrito Federal não foi assegurado o exercício de competências legislativas em regime de concorrência com a União

Comentários:

Letra A - Errado. Embora as competências estaduais sejam em regra residuais ou remanescentes, eles possuem 2 competências expressas:

• Art. 25 § 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.

• Art. 25§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agru-pamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Letra B - Errado. Primeiro que a competência material é exclusiva ou comum. A competência legisaltiva é que pode ser chamada de privativa ou concorrente. Segundo que mesmo se empregado o termo "concorrente" no sentido de "comum" ela estaria errada.

Letra C - Errado. Questão também com vários erros. As competências privativas não são em regra exercíveis pelos Estados. Para que os Estados possam exercê-las precisa haver uma lei complementar federal autorizado aquela questão específica, o que nem sempre vai ocorrer. O outro erro da questão é o fato de que os municípios poderão também, em certos casos exercer alguma daquelas competências, pois ao Município compete (segundo a CF, art. 30, II) suplementar a legislação federal e estadual naquilo que lhe couber, ou seja, naquilo que for necessário para adequar a legislação às peculiaridades do Município.

Letra D - Correto. É a competência atribuída pelo art. 30, II da Constituição.

Letra E - Errado. Tanto os Estados quanto o Distrito Federal legislam concorrentemente com a União sobre as matérias do art. 24 da Constituição.

Gabarito: Letra D.

105. (FCC/AJAJ-TRF4º/2010) Os Estados não possuem competência legislativa residual, sendo-lhes vedado atuar em áreas que não lhe forem expressamente atribuídas pela Constituição Federal.

Comentários:

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A Constituição fez justamente o contrário. Atribuiu competência residual aos Estados, dando-lhes o poder de legislar sobre tudo aquilo que não seja lhes seja vedado, ou seja, aquilo que ficou atribuído expressamente à União ou aos Municípios.

Gabarito: Errado.

106. (FCC/Procurador - Recife/2008) Cabe aos Estados-membros exercer somente as competências enumeradas na Constituição Federal.

Comentários:

Os estados a competência é remanescente, e não taxativa. Assim, eles podem exercer as duas competências que lhes foram enumeradas pela Constituição (CF, art. 25 §§2º e 3º) e tudo aquilo que a Constituição não lhes vedou.

Gabarito: Errado.

107. (FCC/AJAJ-TRF4º/2010) O Distrito Federal possui competência legislativa residual, estando subtraídas do seu campo de atuação apenas as matérias expressamente atribuídas pela Constituição Federal à União.

Comentários:

Questão bem interessante. Sabemos que o Distrito Federal tem competência híbrida, atua como Estado e como Município. Assim, como os Estados possuem a competência residual, o DF também a tem. Veja então que o DF pode legislar sobre tudo aquilo que está expressamente elencado para os Municípios, sobre as duas competências expressas dos Estados e sobre as competências remanescentes estaduais, sendo-lhes vedado somente aquilo que é expressamente atribuído à União.

A questão está correta. Lembrando que, se a questão falasse em "Estados", em vez de "Distrito Federal", deveria ressalvar tanto as competências da União quanto as dos Municípios, porém, ao falar em Distrito Federal, não precisou ressalvar a dos Municípios, pois estas são exercidas também pelo DF.

Gabarito: Correto.

108. (FCC/TJAA-TRE-AC/2010) Aos Estados cabe explorar, diretamente ou mediante permissão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, cuja regulamentação se fará mediante medida provisória.

Comentários:

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Questão de dois erros, o correto seria "concessão" e é vedada a medida provisória para regulamentar esse serviço.

Gabarito: Errado.

109. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) O critério de competências legislativas estabelecido pela Constituição de 1988, admite o exercício de funções legislativas pelas Regiões Metropolitanas, desde que previsto em lei complementar estadual.

Comentários:

As regiões metropolitanas são formadas facultadamente pelos Estados, através de sua competência atribuída pelo art. 25 §3º da Constituição, mediante lei complementar estadual. De forma alguma, porém, terão estas regiões competências legislativas. Trata-se apenas de uma organização administrativa do território.

Gabarito: Errado.

110. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) O critério de competências legislativas estabelecido pela Constituição de 1988, admite a regulamentação integral pela União das matérias submetidas a legislação concorrente, desde que por meio de lei complementar.

Comentários:

Estabelece a Constituição, em seu art. 24 §1º que no âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. Os Estados é que podem legislar de forma plena, no caso de não existir norma geral federal (CF, art. 24 §3º).

Gabarito: Errado.

111. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) O critério de competências legislativas estabelecido pela Constituição de 1988, admite que os Municípios legislem sobre todas as matérias que não tenham sido atribuídas privativamente à União, em concorrência com os respectivos Estados-membros.

Comentários:

A questão versa sobre a chamada "competências remanescentes" ou "residuais". Estas competências são atribuídas aos Estados-membros e não aos Municípios, conforme dispõe o art. 25 § 1º: são reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.

Gabarito: Errado.

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112. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) O critério de competências legislativas estabelecido pela Constituição de 1988, admite que os Estados legislem sobre matérias de competência privativa da União, desde que autorizados por lei complementar federal.

Comentários:

Embora as matérias dispostas no art. 22 da Constituição sejam tidas como "privativas" da União, admite o parágrafo único deste mesmo artigo que: Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

Gabarito: Correto.

113. (FCC/Procurador - Recife/2008) Cabe aos Estados-membros editar normas específicas sobre produção e consumo, mediante prévia autorização por lei complementar federal.

Comentários:

Errado. Produção e consumo é uma matéria de legislação concorrente nos termos do art. 24, IV da Constituição. Desta forma, não precisa haver prévia autorização por lei complementar federal para que os Estados possam legislar.

Gabarito: Errado.

114. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) A Constituição da República prevê que, no âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-seá a estabelecer normas gerais.

Comentários:

Lembrando que, embora a Constituição estabeleça em seu art. 24 §1º que no âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais, os Estados poderão legislar de forma plena, no caso de não existir norma geral federal (CF, art. 24 §3º).

Gabarito: Correto.

• Questões do CESPE:

115. (CESPE/AGU/2009) No âmbito da competência legislativa concorrente, caso a União não tenha editado a norma geral, o estado-membro poderá exercer a competência legislativa ampla. Contudo, sobrevindo a norma federal faltante, o diploma estadual terá sua

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eficácia suspensa no que lhe for contrário, operando-se, a partir de então, um verdadeiro bloqueio de competência, já que o estado-membro não mais poderá legislar sobre normas gerais quanto ao tema tratado na legislação federal.

Comentários:

Os parágrafos do art. 24 devem estar completamente decorados:

• §§1º e 2º - Na competência concorrente caberá à União estabelecer tão somente as normas gerais, e os Estados/DF vão suplementar essas normas com as peculiaridades de cada ente.

• §3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, ou seja, vão legislar de forma completa para que possa atender às suas necessidades.

• §4º Mas, se após o exercício pelo Estado/DF da competência plena, for editada lei federal sobre normas gerais, esta irá suspender a eficácia da lei estadual, naquilo que lhe for contrário.

Assim, a questão traz exatamente o entendimento conjunto dos 4 parágrafos do art. 24 da Constituição Federal, que acabamos de ver.

Gabarito: Correto.

116. (CESPE/Técnico - TRT 9ª/2007) No âmbito da legislação concorrente e diante da inexistência de normas gerais, a competência legislativa dos estados e do Distrito Federal é plena.

Comentários:

Segundo a Constituição em seu art. 24 §3º, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, ou seja, vão legislar de forma completa para que possa atender às suas necessidades.

Gabarito: Correto.

117. (CESPE/DPE-ES/2009) Suponha que um estado-membro da Federação tenha legislado, de forma exaustiva, acerca de assistência jurídica e defensoria pública, dada a inexistência de legislação federal sobre o tema. Nesse caso, ao ser promulgada legislação federal a esse respeito, as normas estaduais incompatíveis com ela serão automaticamente revogadas.

Comentários:

A defensoria pública (salvo a dos Territórios) trata-se de legislação concorrente, já que cada estado poderá constituir a sua defensoria

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pública. O erro da questão é falar que, ao ser promulgada a lei federal, serão revogadas as normas estaduais plenas. O que ocorre é uma "suspensão" e não "revogação", e somente daquilo que for contrário à legislação federal.

Gabarito: Errado.

118. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A competência da União para legislar a respeito de normas gerais exclui a competência suplementar dos estados, podendo haver delegação de competência pela União.

Comentários:

Em se tratando de legislação concorrente, a União se limita a fazer normas gerais e cabe aos Estados complementá-las. A delegação também mostra-se desnecessária, ela ocorre somente em se tratando da competência privativa do art. 22, quando a Constituição admite que por lei complementar a União autorize que os Estados legislem sobre questões específicas.

Gabarito: Errado.

119. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Lei complementar federal poderá autorizar os estados-membros a legislarem sobre pontos específicos das matérias inseridas no âmbito da competência legislativa privativa da União, sem prejuízo da retomada pela União, a qualquer tempo, da sua competência para legislar sobre o assunto objeto da delegação.

Comentários:

A Constituição no parágrafo único do art. 22 dispõe que lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas no âmbito da legislação privativa. Obviamente, a delegação poderá ser revogada por motivos supervenientes.

Gabarito: Correto.

120. (CESPE/MPS/2010) Compete privativamente à União explorar, diretamente ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, sendo vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.

Comentários:

Essa é uma questão que explora o art. 25 §2º da Constituição, tal dispositivo diz caber aos Estados explorar os serviços locais de gás canalizado, o que torna a questão incorreta.

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Gabarito: Errado.

121. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) Os estados podem explorar diretamente, ou mediante permissão, os serviços locais de gás canalizado e podem, inclusive, regulamentar a matéria por meio de medida provisória.

Comentários:

Errado. O correto seria "concessão" em vez de "permissão". Falou em "Estados" tem que falar em "concessão". Outro erro é o fato de ser vedado a regulamentação da matéria por meio de medida provisória (CF, art. 25 §2º).

Gabarito: Errado.

122. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Os estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Comentários:

A Constituição permite que os Estados possam, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum (CF, art. 25, §3º).

Gabarito: Correto.

123. (CESPE/AJAJ-TRE-BA/2010) A instituição de regiões metropolitanas pelos estados federados dispensa a edição prévia de lei complementar federal, diante da autonomia que lhes foi conferida pela CF.

Comentários:

Dispensa lei complementar federal, pois a lei complementar a que se refere o art. 25 §3º é uma lei estadual.

Gabarito: Correto.

• Questões do ESAF:

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124. (ESAF/TCU/2001) Em matéria de legislação concorrente, não havendo legislação estadual sobre a matéria, cabe à União suprir a omissão, tanto em aspectos de normas gerais como de normas específicas.

Comentários:

Em legislação concorrente, a União se limitará a fazer as normas gerais, não podendo legislar de forma específica (CF, at. 24 §1º). Os Estados/DF é que poderão, caso não haja normas gerais da União, legislar plenamente, fazendo normas gerais e específicas.

Gabarito: Errado.

125. (ESAF/ATA-MF/2009) Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.

Comentários:

É o que dispõe a Constituição em seu art. 25 §2º. Trata-se de uma das únicas duas competências expressas aos Estados-membros, a outra é instituir regiões metropolitanas.

Gabarito: Correto.

126. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/2009) Os Estados podem instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Comentários:

É a redação encontrada no art. 25 §3º da Constituição. Os Estados só possuem duas competências expressas, essa é uma delas.

Gabarito: Correto.

127. (ESAF/ATA-MF/2009) Os Estados poderão, mediante lei complementar federal, instituir regiões metropolitanas, constituídas por regiões administrativas limítrofes.

Comentários:

A questão trata da competência estadual expressa no art. 25 §3º da Constituição. Porém, a lei complementar referida é estadual e não federal.

Gabarito: Errado.

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128. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/2009) Cabe aos Estados organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.

Comentários:

A repartição geográfica de competências se dá de acordo com a predominância de interesse. Assim, serviços nacionais ficam a cargo da União, os regionais para os Estados e os locais para os Municípios. A redação do enunciado se encontra no art. 30, V da Constituição.

Gabarito: Errado.

129. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/2009) Compete aos Municípios explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado.

Comentários:

É competência estadual encontrada no art. 25 §2º CF. Trata-se de uma das únicas duas competências expressas aos Estados-membros, a outra é instituir regiões metropolitanas.

Gabarito: Errado.

130. (ESAF/TCU/2006) A exploração dos serviços locais de gás canalizado pode ser feita pelos Estados, desde que a União, mediante instrumento próprio, faça uma autorização, concessão ou permissão para a sua execução.

Comentários:

Tal exploração será feita diretamente ou apenas mediante concessão, de acordo com a Constituição em seu art. 25 §2º.

Gabarito: Errado.

131. (ESAF/TRF/2006) Obedecendo ao princípio geral de repartição de competência adotado pela Constituição de 1988, a exploração dos serviços locais de gás canalizado foi reservada para os municípios.

Comentários:

É competência estadual encontrada no art. 25 §2º CF. Trata-se de uma das únicas duas competências expressas aos Estados-membros, a outra é instituir regiões metropolitanas.

Gabarito: Errado.

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• Questões da CESGRANRIO:

132. (CESGRANRIO/Procurador Jurídico-FENIG-RJ/RO/2005) Cabe aos municípios explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado.

Comentários:

Isso é competência estadual, de acordo com o art. 25 §2º da Constituição.

Gabarito: Errado.

133. (CESGRANRIO/Procurador Jurídico-FENIG-RJ/RO/2005) Cabe aos municípios explorar diretamente, ou mediante autorização, concessão ou permissão, os portos marítimos, fluviais e lacustres.

Comentários:

Só de falar em " autorização, concessão ou permissão", a questão já ficou errada. Se falo em "Municípios" tem que falar em concessão ou permissão. Pois na Constituição temos:

• União → diretamente ou por autorização, permissão e concessão;

• Municípios → diretamente ou por permissão e concessão;

• Estados → diretamente ou apenas por concessão.

A Competência do enunciado pode ser encontrada no art. 21, XII, f da Constituição.

Gabarito: Errado.

Questões sobre a literalidade:

• Questões da FCC:

134. (FCC/TJAA - TRE-AM/2010) Compete privativamente à União legislar sobre direito

a) comercial.

b) tributário.

c) financeiro.

d) penitenciário.

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e) urbanístico.

Comentários:

Existem 5 que são de legislação concorrente, e 10 que são de legislação privativa da União - gravem somente os 5 concorrentes. Assim temos:

Concorrentes- Tributário, Financeiro, Penitenciário, Econômico e Urbanístico - (Mnemônico: Tri - Fi - Penit - EC - Ur);

Privativos da União - O que sobrou!

O gabarito é a letra A, pois é o único que não se enquadra no "Tri-Fi-Penit-Ec-Ur".

135. (FCC/Analista Judiciário – Biblioteconomia – TRT 24ª/2011) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

a) águas.

b) proteção à infância e à juventude.

c) energia.

d) informática.

e) cidadania.

Comentários:

A questão pede legislação concorrente, logo, devem ser assuntos não privativos da União. Águas, energia, recursos minerais e etc. são coisas em dais quais só a União pode tratar. Assim também é a informática, pois a Constituição reservou à esfera privativa da União tudo que mexe com informática, telecomunicações e radiofusão (CF, art. 22, IV).

A cidadania, bem como a nacionalidade, também deve ficar na esfera federal, pois se trata de conceitos que precisam estar uniformes em todo o território nacional, envolve exercício de direitos políticos. Não há lógica termos legislações diversas sobre os conceitos inerentes à cidadania.

A resposta correta é a letra B - proteção à infância e à juventude – que trata de tema de preocupação geral, devendo haver uma união de forças para efetivar a proteção.

Gabarito: Letra B.

136. (FCC/TJAA-TRT 8/2010) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

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a) propaganda comercial.

b) comércio interestadual.

c) trânsito.

d) transporte.

e) procedimentos em matéria processual.

Comentários:

Tá aí a pegadinha clássica:

Direito Processual - Competência legislativa privativa da União (CF, art. 22, I), já que não está no Tri-Fi-Penit-Ec-Ur;

X

Procedimentos em matéria processual - Competência legislativa concorrente (CF, art. 24, XI) - ou seja, observada as normas gerais da União, cada ente poderá estabelecer no seu âmbito, como serão os procedimentos a serem usados no andamentos dos seus processos.

Gabarito: Letra E.

137. (FCC/Procurador BACEN/2006) Na Federação brasileira, a competência para legislar sobre direito financeiro é:

a) Comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

b) Privativa da União.

c) Exclusiva dos Estados e do Distrito Federal.

d) Concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal.

e) Cumulativa da União e dos Municípios.

Comentários:

A questão pediu o "FI" do Tri-Fi-Penit-Ec-Ur - Logo, é competência concorrente.

Gabarito da questão: Letra D!

138. (FCC/Procurador - Recife/2008 - Adaptada) Cabe aos Estados-membros suprir a inexistência de lei federal em matéria de direito eleitoral (Certo/Errado).

Comentários:

Suprir a inexistência de lei federal, ou seja, legislar de forma plena, ocorre para as matérias do âmbito da legislação concorrente. Direito Eleitoral é matéria privativa da União (CF, art. 22, I), já que os

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direitos concorrentes são os do "Tri-Fi-Penit- Ec-Ur" e o Eleitoral não está ali. Desta forma, não há possibilidade de que os Estados supram a inexistência da lei federal.

Gabarito: Errado.

139. (FCC/Defensor Público - SP/2009) Trata-se de matéria de competência legislativa concorrente da União, Estados e Distrito Federal: direito tributário, processual penal e penal.

Comentários:

Acabamos de ver que para ser concorrente tem que ser "Tri-Fi-Penit-Ec-Ur"! Temos o "Tri", mas o resto não se enquadra.

Gabarito: Errado.

140. (FCC/Técnico - TRT-PI/2009) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito

a) civil, comercial, penal, processual e eleitoral.

b) tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico.

c) agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho.

d) tributário, financeiro, econômico, civil e comercial.

e) eleitoral, urbanístico, agrário, marítimo, aeronáutico e espacial.

Comentários:

A banca agora resolveu cobrar todo o "Tri-Fi-Penit-Ec-Ur".

Sem chances de errar uma questão dessa!!!

Gabarito: Letra B.

141. (FCC/AJEM - TRT-15ª/2009) Nos termos da Constituição Federal, a competência para legislar sobre registros públicos e desapropriação é

a) privativa da União.

b) comum da União, dos Estados e do Distrito Federal.

c) concorrente da União, dos Estados e dos Municípios.

d) comum dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

e) exclusiva dos Estados e do Distrito Federal.

Comentários:

Aluno meu não pode errar isso de jeito nenhum...

Legislar sobre desapropriação = Somente a União;

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X

Promover a desapropriação = Poder Público em geral.

Vimos também que tanto a desapropriação, quanto os registros públicos são matérias que necessitam estar uniformizadas em âmbito nacional.

Gabarito: Letra A.

142. (FCC/AJAA-TRT-9ª/2010) Compete privativamente à União legislar sobre:

a) procedimentos em matéria processual.

b) orçamento.

c) produção.

d) desporto.

e) transferência de valores.

Comentários:

Letra A - Errado. A letra A traz uma questão clássica em concursos:

• Direito Processual - Competência legislativa privativa da União (CF, art. 22, I);

• Procedimentos em matéria processual - Competência legislativa concorrente (CF, art. 24, XI).

Letra B - Errado. Orçamento é de competência concorrente (CF, art. 24, II). Todos os entes possuem orçamento. Temos um orçamento da União, um orçamento para o Estado, um Orçamento para o DF, e um para o Município... Caberá à União, porém, fazer as normas gerais, típicas da legislação concorrente.

Letra C - Errado. Legislar sobre produção e consumo é concorrente (CF, art. 24, V) já que se trata de uma matéria que não fica restrita ao âmbito de um só ente público e sim "passa pelas barbas" de todos. Tanto que logo abaixo, no inciso VIII do mesmo art. 24, a Constituição estabelece que também será da legislação concorrente a responsabilidade por danos ao consumidor. Lembrando ainda que as normas gerais são da União e cada Estado faz a sua norma específica.

É importante também é notar que caberá de forma comum, a todos os entes fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar (CF, art. 23, VIII).

Letra D - Errado. Desporto é uma atividade de muita relevância para a sociedade como um todo. O desporte se une ao ensino e a cultura para formar bases de uma sociedade que busca o desenvolvimento e inibição da marginalização dos jovens. Assim, a Constituição elencou

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como competência concorrente legislar sobre educação, cultura, ensino e desporto (CF, art. 24, IX), bem como instituiu como competência comum a todos os entes: proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência (CF, art. 23, V).

Letra E - Correto. Tudo que envolver sistema monetário, medidas, títulos, metais, crédito, câmbio, seguros, valores, etc... é tudo da competência da União, privativa, veja o art. 22, VI e VII. Assim, a União possui o Banco Central e controla de forma uniforme no território nacional a legislação referente a essas políticas.

Gabarito: Letra E.

143. (FCC/AJEM-TRT-7ª/2008) Compete privativamente à União legislar sobre:

a) serviço postal.

b) orçamento.

c) produção.

d) consumo.

e) defesa do solo.

Comentários:

A União é a responsável, segundo a CF, art. 21, X, por manter o serviço postal e o correio aéreo nacional, e faz isso através dos "Correios" (ECT) - uma empresa pública. Da mesma forma que, com exclusividade mantém os correios, caberá a ela, privativamente, legislar sobre serviço postal (CF, art. 22, V), já que seria ilógico um serviço de exclusividade da União, sofrer legislação concorrente. Assim, a letra A é o gabarito.

Letra B - Errado. Orçamento é de competência concorrente (CF, art. 24, II). Todos os entes possuem orçamento.

Letra C e D - Errado. Legislar sobre produção e consumo é concorrente (CF, art. 24, V), bem como a responsabilidade por danos ao consumidor.

Letra E - Errado. A Constituição estabeleceu (CF, art. 24, VI) que será concorrente legislar sobre: florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição.

Gabarito: Letra A.

144. (FCC/PGE-AM/2010) É da competência privativa da União

a) cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência.

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b) proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos.

c) impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural.

d) proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas.

e) exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão.

Comentários:

Vamos resolver direto essa questão, sem rodeios: as letras A, B, C e D falam sobre direitos e interesses difusos, coisas relativas à sociedade, patrimônio histórico, cultural. Proteger estas coisas é competência de todo o poder público = competência comum.

A letra E é a única que traz algo que é de competência privativa da União. Mexeu com informática, rádio, televisão... estamos falando de competência da União. A letra é traz o inciso XVI do art. 21, compete à União exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão. Lá no art. 220 §3º, só para fins de maiores esclarecimentos, temos que compete à lei federal regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada. Assim, vemos que é uma matéria sensível que deve estar uniformizada nacionalmente.

Gabarito: Letra E.

145. (FCC/Técnico - TJ-PI/2009) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

a) informática.

b) desapropriação.

c) registros públicos.

d) produção e consumo.

e) serviço postal.

Comentários:

Letra A - Informática é privativo da União (CF, art. 22, IV), bem como "telecomunicações e radiofusão".

Letra B e C - legislação sobre desapropriação e registros públicos são matérias que necessitam estar uniformizadas em âmbito nacional. Assim, trata-se de competências privativas da União. Um detalhe

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importante que deve ser salientado é o fato de que LEGISLAR sobre desapropriação é uma competência privativa da União, mas, para PROMOVER a desapropriação poderá ser qualquer ente, desde que dentro da sua esfera de competência. Assim não esqueça:

Legislar sobre desapropriação = Somente a União;

X

Promover a desapropriação = Poder Público em geral.

Letra D - Correto. Essa é concorrente e é o gabarito da questão.

Letra E - Mais uma vez, o serviço postal cabe somente à União.

Gabarito: Letra D.

146. (FCC/Oficial-DPE-SP/2010) Dentre as competências concorrentes conferidas pela Constituição Federal à União, aos Estados e ao Distrito Federal, tem-se a de legislar sobre

a) desapropriação e processo civil.

b) serviço postal e processo civil.

c) registros públicos e Defensoria Pública.

d) atividades nucleares e de segurança nacional.

e) assistência jurídica e Defensoria Pública.

Comentários:

As letras A, B e D trazem claramente competências privativas da União:

• Desapropriação e serviço postal - os quais não podemos errar de jeito nenhum);

• Processo civil - Um direito que está fora do "Tri-Fi-Penit-Ec-Ur", logo é privativo e não concorrente;

• Atividade nuclear e segurança nacional - Precisa nem comentar né? São matérias altamente sensíveis, onde só a União põe a mão.

Sobrou a letra C e E. Porém, sabemos que registros públicos é matéria que deve estar uniformizada nacionalmente, logo, elimina-se a letra C.

Sobra a letra E como gabarito.

Nós temos a Defensoria Pública da União (DPU) e as Defensorias Públicas Estaduais (DPE´s), por isso a Constituição previu, em seu art. 24, XIII que assistência jurídica e Defensoria pública estaria sob legislação concorrente.

Gabarito: Letra E.

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147. (FCC/Analista - TRT-PI/2009) É correto afirmar que compete à UNIÃO legislar

a) concorrentemente com os Estados e o Distrito Federal sobre desapropriação e serviço postal.

b) privativamente sobre seguridade social, registros públicos, defesa civil e propaganda comercial.

c) concorrentemente com os Estados e o Distrito Federal sobre comércio interestadual.

d) privativamente sobre direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico.

e) privativamente sobre proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico.

Comentários:

Letra A - Errado. Serviço Postal e Desapropriação, conforme visto, são matérias privativas da União, e não concorrentes.

Letra B - Perfeito. Mas essa questão exige que façamos um apontamento: Seguridade Social é o conjunto formado por "Assistência Social + Saúde + Previdência Social". Legislar sobre a seguridade como um todo, é privativo da União. Porém, legislar sobre "previdência social" é concorrente, já que todos os entes podem instituir seus próprios regimes de previdência, em se tratando dos servidores públicos destes entes. Assim, não confunda:

Seguridade Social = Matéria privativa da União;

X

Previdência Social = Matéria concorrente.

Letra C - Em matéria de competências em geral, temos uma regra bem simples: algo que está territorialmente dentro de um Município - caberá ao Município - Se este "algo" extrapolar os limites do município (ou seja, for "intermunicipal") caberá ao Estado - Se, porém, extrapolar os limites do Estado (ou seja, for algo interestadual), passará a competir à União.

Desta forma, como se trata de um comércio "interestadual", a competência é obrigatoriamente da União.

Letra D - Que saudade do nosso amigo "Tri-Fi-Penit-Ec-Ur"... olha ele aí de novo! A legislação é concorrente e não privativa.

Letra E - Vimos que todos esses interesses comuns, difusos, são de competência material comum e legislação concorrente. Lembram?

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Competência Comum: Legislação concorrente - legislar sobre:

proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural;

proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;

Gabarito: Letra B.

148. (FCC/AJAA - TRT-15ª/2009) Compete concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar, dentre outras matérias, sobre

a) cidadania.

b) serviço postal.

c) comércio interestadual.

d) informática.

e) educação.

Comentários:

A cidadania, bem como a nacionalidade e naturalização se encontram no âmbito da legislação privativa da União (CF, art. 22, XIII). Agora me digam uma coisa: existe algo que precisa estar mais unificado em âmbito nacional do que estes temas??? Imagine alguém sendo brasileiro pelas regras do Rio Grande do Sul, e não sendo pelas regras de São Paulo. Ou então, alguém sendo cidadão pela legislação de Mato Grosso, mas não sendo pela legislação goiana. A lógica não nos permite errar isso...

Serviço postal já vimos que é privativo da União, bem como o comércio interestadual (pois extrapola os limites do estado, logo, deve ter regras nacionais unificadas).

A informática também está na órbita da União, que reservou para si todas essas coisas que tratam de informática, telecomunicações e radiofusão.

Sobrou o gabarito da questão, a letra E, "educação". A educação é prestada pela União (principalmente no ensino superior), mas também é prestada pelos Estados e Distrito Federal (os quais atuam prioritariamente no ensino fundamental e médio) e pelos Municípios (os quais atuam prioritariamente no ensino fundamental e infantil). Ora, se todos os entes atuam na educação, nada mais coerente que a legislação seja concorrente.

Ressalta-se, porém, algo muito importante:

Legislar sobre educação = Competência concorrente.

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X

Legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional = Privativa da União, até porque, vimos que tudo que tiver diretrizes, bases e nacional, será competência da União.

Gabarito: Letra E.

149. (FCC/Técnico - TRT-18ª/2008) Dentre outras, é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

Comentários:

Trânsito é mais uma matéria que requer bastante atenção, já que "legislar" sobre trânsito é competência da União, privativa (CF, art. 22, XI). Porém, como implantar uma política de educação para a segurança do trânsito se trata de um interesse de todos, todos os entes devem se imbuir de forma conjunta em tal atividade, sendo esta uma competência material comum (CF, art. 23, XII).

Gabarito: Correto.

• Questões do CESPE:

150. (CESPE/Assitente – CNPq/2011) De acordo com a CF, a competência para legislar sobre propaganda comercial é privativa da União.

Comentários:

É a previsão do art. 22 XXIX. A propaganda comercial é algo que muitas vezes extrapola os limites de um Estado Membro, ela por diversas vezes têm abrangência nacional e cabe a União definir limites e regras, evitando que ocorram abusos, como o uso vexatório de marcas e símbolos de concorrentes.

Gabarito: Correto.

151. (CESPE/Analista Administrativo - PREVIC/2011) Segundo a CF, compete privativamente à União legislar sobre previdência social.

Comentários:

Nessa pegadinha não pode cair... ela é clássica:

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Seguridade social = é o conjunto de Saúde + Previdência Social + Assistência Social = Esse conjunto, como um todo, é de competência legislativa privativa da União (CF, art. 22, XXIII).

X

Previdência Social, bem como a proteção e defesa da saúde = A legislação é concorrente, pois cada ente possui o seu regime próprio de previdência (CF, art. 24, XII) e proteger e defender a saúde é algo que merece união de forças dos entes públicos.

Gabarito: Errado.

152. (CESPE/Técnico Administrativo - PREVIC/2011) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre previdência social, proteção e defesa da saúde.

Comentários:

Isso aí... Previdência Social, bem como a proteção e defesa da saúde é matéria de legislação é concorrente. Lembrando que não se pode confundir com "seguridade social", que é de legislação privativa da União.

Gabarito: Correto.

153. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) Embora seja da competência da União legislar sobre defesa territorial, na hipótese de ocorrência de omissão legislativa acerca desse tema, aos estados-membros é concedida autorização constitucional para o exercício da competência legislativa suplementar.

Comentários:

A Constituição estabeleceu em seu art. 22, XXVIII, que compete privativamente à União legislar sobre defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional. As matérias cuja competência legislativa é privativa da União não podem ser suplementadas pelos Estados-membros, a não ser que haja uma lei complementar federal autorizando uma legislação estadual específica. No entanto, a questão fala tão somente em "omissão legislativa federal". A omissão federal, por si, não é suficiente para autorizar a suplementação legislativa estadual, diferentemente do que ocorreria se a matéria fosse caso de legislação concorrente (CF, art. 24).

Gabarito: Errado.

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154. (CESPE/Promotor - MPE-RN/2009) Compete à União legislar privativamente acerca dos direitos tributário e financeiro.

Comentários:

Temos 5 direitos de legislação concorrente, que estão no art. 24, I da Constituição são os seguintes: Tributário, Financeiro, Penitenciário, Econômico e Urbanístico (Tri-Fi-Penit-Ec-Ur). A questão pediu o "Tri" e o "Fi" = Legislação concorrente entre União, Estados e Distrito Federal.

Se a questão pedisse qualquer outro direito que não fosse do "Tri-Fi-Penit-Ec-Ur", este direito seria de legislação privativa da União.

Gabarito: Errado.

155. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) São de competência legislativa privativa da União: direito civil e atividades nucleares de qualquer natureza

Comentários:

Direito civil é fácil saber que é de legislação privativa. Isto porque os direitos de legislação concorrente são apenas 5 (Tributário, Financeiro, Penitenciário, Econômico e Urbanístico). Atividades nucleares também torna a questão fácil, pois tudo que envolve temas nucleares está no âmbito da União.

Gabarito: Correto.

156. (CESPE/TRE-MA/2009) Compete privativamente à União legislar sobre direito econômico e penitenciário.

Comentários:

É de competência concorrente entre a União, os Estados e o Distrito Federal, legislar sobre direito tributário, financeiro, econômico, penitenciário e urbanístico (Tri-Fi-Penit-Ec-Ur). Disposição que se encontra na CF art. 24, I.

Gabarito: Errado.

157. (CESPE/Procurador-AGU/2010) Estado da Federação tem competência privativa e plena para dispor sobre normas gerais de direito financeiro.

Comentários:

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Direito Financeiro é direito de legislação concorrente (CF, art. 24, I). Desta forma, caberá a União fazer as normas gerais e aos Estados a legislação suplementar.

Gabarito: Errado.

158. (CESPE/Auditor SEFAZ-ES/2009) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito tributário, financeiro e econômico, e educação, cultura e ensino.

Comentários:

De primeira, já temos o "Tri", o "Fi", e o "Ec" do mnemônico "Tri-fi-penit-ec-ur" que se referem aos direitos de legislação concorrente (CF, art. 24, I). Acrescentou-se a educação, cultura e ensino. Todas as coisas que referem-se a temas coletivos, difusos serão executadas de forma comum entre os entes e estarão sujeitos a uma legislação concorrente. Note-se que é privativo da União: estabelecer as diretrizes e bases da educação nacional.

Gabarito: Correto.

159. (CESPE/MPS/2010) Compete à União, aos estados e ao DF legislar concorrentemente sobre previdência social, proteção e defesa da saúde.

Comentários:

A questão traz corretamente uma matéria sujeita a legislação concorrente. Vamos fixar isso, pois é muito cobrado:

Seguridade social = conjunto de Saúde + Previdência Social + Assistência Social = Esse conjunto, como um todo, é de competência legislativa privativa da União (CF, art. 22, XXIII).

X

Previdência Social, bem como a proteção e defesa da saúde = A legislação é concorrente, pois cada ente possui o seu regime próprio de previdência (CF, art. 24, XII).

Gabarito: Correto

160. (CESPE/Técnico - TCE-TO/2008) É de competência concorrente entre União, estados e Distrito Federal legislar sobre desapropriação.

Comentários:

Embora todos os entes possam promover a desapropriação, a parte legislativa sobre a desapropriação foi estabelecida somente para a União pelo legislador constituinte (CF, art. 22, II).

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Gabarito: Errado.

161. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Compete exclusivamente à União legislar acerca da responsabilidade por dano ao meio ambiente.

Comentários:

O meio ambiente equilibrado é um direito difuso, pertencente indistintamente a toda a sociedade. Desta forma, as coisas que se referem ao meio ambiente serão de competência comum entre os entes e a sua legislação será concorrente (CF, art. 24, VIII).

Gabarito: Errado.

162. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Legislar sobre recursos minerais é de competência legislativa privativa da União.

Comentários:

Os recursos minerais, bem como jazidas, minas, e metalurgia, realmente são de legislação privativa da União (CF, art. 22, XX).

Gabarito: Correto.

163. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) O registro, o acompanhamento e a fiscalização das concessões de direitos de pesquisa e de exploração de recursos hídricos e minerais são de competência material privativa da União.

Comentários:

Embora os recursos minerais sejam bens da União, e também seja competência da União legislar sobre recursos minerais, bem como jazidas, minas, e metalurgia, isso não se aplica ao registro, acompanhamento e fiscalização das concessões de direitos de pesquisa e de exploração dos recursos. Essas atividades são de competência material comum (CF, art. 23, XI).

Gabarito: Errado.

164. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) São de competência legislativa privativa da União: proteção à infância e serviço postal.

Comentários:

Serviço postal realmente é de legislação privativa da União (CF, art. 22, V), já que cabe exclusivamente à União explorar o serviço postal (CF, art. 21, X). porém, a proteção à infância, bem como à juventude

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é de legislação concorrente, pois se trata de um interesse difuso (CF, art. 24, XV).

Gabarito: Errado.

165. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) É competência privativa da União cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência.

Comentários:

Acerta-se a questão sabendo que se trata de uma competência material comum, presente no art. 23, II da Constituição. Porém a vida ficaria muito mais fácil se lembrarmos do macete: "Competência privativa é para legislar" - assim, a questão já estaria resolvida se o candidato observasse que foi dito: "É competência privativa da União cuidar". Cuidar é uma ação, ou seja, uma competência material e não uma competência legislativa, logo não poderia receber o nome de "competência privativa".

Gabarito: Errado.

166. (CESPE/MEC/2009) É da competência privativa dos estados e do DF legislar acerca de diretrizes e bases da educação nacional.

Comentários:

Sempre que se falar em "diretrizes", "política", "normas gerais", será competência legislativa privativa da União, já que se trata do estabelecimento de direções para todo o país. Desta forma, a hipótese do caput está descrita no art. 22, XXIV como matéria legislativa privativa da União.

Gabarito: Errado.

167. (CESPE/Procurador-AGU/2010) Os municípios não podem legislar sobre normas de direito financeiro concorrentemente com a União.

Comentários:

Que direito financeiro é concorrente, acho que é o menor dos problemas da questão, já que ele se inclui entre os 5 únicos direitos de legislação concorrente: Tributário, Financeiro, Penitenciário, Econômico e Urbanístico (Tri-Fi-Penit-Ec-Ur) - CF, art. 24, I.

O grande problema e discussão, aqui, ocorre em dizer que os Municípios estão autorizados a legislar sobre a matéria de forma concorrente. Este tema não é pacífico na doutrina. O termo legislação "concorrente" foi disposto pela Constituição somente à União, Estados e Distrito Federal. Aos municípios não foi atribuída competência para

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legislar concorrentemente, somente de forma "suplementar" (CF, art. 30, II). Na prática, porém, não existe grandes problemas sobre esta divergência de nomenclatura, mas, requer total atenção do candidato.

O CESPE foi contra a literalidade da CF que atribuiu a competência legislativa concorrente somente à União, Estados e DF, e seguiu os termos práticos, elencando ali também os Municípios.

Gabarito: Errado.

168. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Segundo a doutrina, ocorrendo conflito entre os entes da Federação no exercício da competência comum ou paralela, a solução se dará por meio do critério da preponderância de interesses, o que implica a prevalência do interesse da União, em face de sua superior posição, na relação hierárquica mantida com os estados e os municípios.

Comentários:

A competência do art. 23 é dita paralela, pois os entes atuam em perfeita igualdade de condições. A doutrina costuma dizer, que, em um primeiro momento caberá ao Município executar as tarefas pois é o ente mais próximo do cidadão. Caso a abrangência da ação ultrapasse os limites do município passará então a ser uma competência do Estado, e ao ultrapassar os limites do Estado ou envolverem atos internacionais, então, a União tomará a frente das ações.

Desta forma, não há o que se falar em posição hierárquica superior da União no que tange estas matérias, já que todos os entes atuam em igualdade de condições, sendo o Município o mais próximo do receptor das ações.

Gabarito: Errado.

169. (CESPE/Advogado - BRB/2010) A competência para legislar sobre política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores é concorrente da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

Comentários:

O erro da questão é simples, já vimos que, sempre que se falar em "diretrizes", "política", "normas gerais", será competência legislativa privativa da União. Desta forma, a hipótese do caput está descrita no art. 22, VII como matéria legislativa privativa da União.

Chamamos a atenção, porém, que embora a questão esteja errada, veja que o CESPE colocou expressamente em seu enunciado: "concorrente da União, dos estados, do Distrito Federal e dos

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municípios". Isso mostra mais uma vez, a tendência desta banca em dizer que os municípios legislam de forma concorrente.

Gabarito: Errado.

170. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) É de competência comum da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios legislarem sobre orçamento.

Comentários:

Não se pode falar em "competência comum para legislar". A competência comum é administrativa, a competência legislativa é "privativa" ou "concorrente". No caso de orçamento, é concorrente entre a União, Estados e DF, no termos da Constituição em seu art. 24, II.

Gabarito: Errado.

171. (CESPE/AJAJ-STF/2008) Compete privativamente à União legislar sobre direito processual, mas não sobre procedimentos em matéria processual, o que seria de competência concorrente entre a União, os estados e o DF.

Comentários:

Questão clássica em concursos:

• Direito Processual - Competência legislativa privativa da União (CF, art. 22, I);

• Procedimentos em matéria processual - Competência legislativa concorrente (CF, art. 24, XI).

Gabarito: Correto.

172. (CESPE/Técnico - TRT 9ª/2007) A instituição das diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transporte urbano, é de competência dos municípios.

Comentários:

Sempre que se falar em "diretrizes" estamos falando de uma competência da União.

Gabarito: Errado.

173. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Compete à União legislar concorrentemente com estados e Distrito Federal acerca de procedimentos em matéria processual. No entanto, na ausência de

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uma norma geral federal disciplinando essa matéria, os estados e o Distrito Federal terão competência legislativa plena para atender as suas peculiaridades, até que sobrevenha a lei geral federal, quando então as normas específicas editadas por esses entes federativos restarão revogadas.

Comentários:

O erro da questão é falar que, ao ser promulgada a lei federal, serão revogadas as normas estaduais plenas. O que ocorre é uma "suspensão" e não "revogação", e somente daquilo que for contrário à legislação federal.

Gabarito: Errado.

174. (CESPE/ABIN/2008) Compete à União legislar privativamente sobre direito processual, mas a competência para legislar sobre procedimentos é concorrente entre a União, os estados e o DF. Sendo assim, na ausência de legislação federal sobre normas gerais acerca de procedimentos, os estados e o DF poderão disciplinar de forma plena esse tema até que sobrevenha a lei geral federal, quando então serão as normas legais estaduais e distritais recepcionadas como leis federais.

Comentários:

A questão é muito interessante e estava perfeita até dizer "quando então serão as normas legais estaduais e distritais recepcionadas como leis federais", isso não ocorre, a única coisa que acontece é a suspensão da norma estadual no que for contrário à federal, e no caso de compatibilidade, continua em vigor, mas permanece como norma estadual.

Gabarito: Errado.

175. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Segundo entendimento do STF, compete privativamente à União legislar sobre custas dos serviços forenses.

Comentários:

Bastava o candidato lembrar que as custas de serviços forenses são aquelas custas cobradas daqueles que ingressam em juízo e servem para custear as ações do Poder Judiciário. Assim, meus alunos lembrariam que temos a justiça federal e a justiça estadual - logo, trata-se de competência concorrente.

Gabarito: Errado.

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176. (CESPE/Auditor-TCU/2009) No âmbito da organização federativa do Brasil, a competência material residual é sempre de competência dos estados.

Comentários:

De acordo com a atribuição de competências, sabemos que a CF elencou as competências federais e estaduais de forma enumerada. Em se tratando dos Estados, esta competência foi elencada de forma residual.

A questão está errada devido ao uso da palavra "sempre", pois a competência residual poderá ser também do DF, que possui as mesmas competências dos Estados, por expressa disposição constitucional.

Gabarito: Errado.

177. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Conforme jurisprudência do STF, apenas a União pode legislar sobre a anistia ou o cancelamento de infrações disciplinares de servidores estaduais e municipais.

Comentários:

Segundo o STF (ADI 104 RO - Rondônia) a anistia de infrações disciplinares de servidores estaduais está na competência do Estado-membro respectivo. Nas palavras do Supremo "só quando se cuidar de anistia de crimes - que se caracteriza como abolitio criminis de efeito temporário e só retroativo - a competência exclusiva da União se harmoniza com a competência federal privativa para legislar sobre Direito Penal; ao contrário, conferir à União - e somente a ela - o poder de anistiar infrações administrativas de servidores locais constituiria exceção radical e inexplicável ao dogma fundamental do princípio federativo - qual seja, a autonomia administrativa de Estados e Municípios".

Gabarito: Errado.

178. (CESPE/TRT-17ª/2009) No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF atribuiu à União a competência privativa para legislar sobre consórcios e sorteios, razão pela qual é inconstitucional a lei ou ato normativo estadual que institua loteria no âmbito do estado.

Comentários:

Mais uma questão que o candidato "não pode errar de jeito nenhum".

Trata-se de entendimento do STF, sumulado através da Súmula Vinculante de nº 2: É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios,

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inclusive bingos e loterias. Questão de súmula não pode ser errada, ainda mais se for súmula vinculante.

Gabarito: Correto.

179. (CESPE/AJAA-STF/2008) Lei municipal que obrigue a instalação, em estabelecimento bancário, de equipamentos de segurança é considerada constitucional, pois aborda um assunto de interesse eminentemente local.

Comentários:

Nas palavras do Supremo "o Município pode editar legislação própria, com fundamento na autonomia constitucional que lhe é inerente (CF, art. 30, I), com o objetivo de determinar, às instituições financeiras, que instalem, em suas agências, em favor dos usuários dos serviços bancários (clientes ou não), equipamentos destinados a proporcionar-lhes segurança (tais como portas eletrônicas e câmaras filmadoras) ou a propiciar-lhes conforto, mediante oferecimento de instalações sanitárias, ou fornecimento de cadeiras de espera, ou, ainda, colocação de bebedouros".

Gabarito: Correto.

180. (CESPE/Especialista em Regulação - ANTAQ/2009) Suponha que a empresa X tenha como objeto social a exploração de transporte de passageiros em navios transatlânticos que viajam pelo mundo. Suponha, ainda, que essa empresa pretenda inserir em uma de suas rotas alguns portos brasileiros. Nesse caso, a exploração desse serviço, no Brasil, não será de competência privativa da União.

Comentários:

A Constituição estabeleceu como competência exclusiva da União, explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão o transporte:

� aéreo e aeroespacial;

� ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;

� rodoviário interestadual e internacional de passageiros;

Seguindo a coerência, já que a exploração material do serviço estaria sob tutela federal, a Constituição, então, elencou no art. 22, X, que competiria a União, legislar privativamente sobre: regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial.

Analisando a questão, percebemos que ela encontra-se sem fundamento de validade, já que tais serviços deverão estar sob tutela

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federal, admitindo-se que haja uma delegação mediante autorização, concessão ou permissão, o que não faz a questão se tornar correta.

Gabarito: Errado.

181. (CESPE/TRE-MA/2009) Compete à União e aos estados legislar concorrentemente sobre trânsito e transporte.

Comentários:

Trata-se de matéria cuja legislação deve estar unificada em território nacional, isso para que não ocorram problemas devido a mudanças de legislações de um Estado para o outro. Assim, estamos diante de matéria cuja competência é privativa da União, atribuída pelo art. 22, XI.

Gabarito: Errado.

182. (CESPE/DPE-ES/2009) Conforme prevê a CF, é de competência material comum entre União, estados, municípios e DF planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente em caso de secas e inundações.

Comentários:

A defesa permanente nesses casos é competência da União, nos termos da Constituição, em seu art. 21, XVIII.

Gabarito: Errado.

183. (CESPE/SECONT-ES/2009) Lei estadual que assegure ao consumidor o direito de obter informações acerca de determinado produto não invade a esfera de competência da União, para editar normas gerais acerca de produção e consumo e responsabilidade por dano ao consumidor.

Comentários:

A legislação sobre produção e consumo, e responsabilidade por dano ao consumidor é concorrente (CF, art. 24, V e VIII). Assim, em que pese a competência da União para instituir normas gerais, também estará o Estado autorizado a disciplinar o tema, de forma específica.

Gabarito: Correto.

184. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Conforme entendimento do STF, uma lei estadual que obrigasse médicos públicos e particulares a notificarem a secretaria estadual de saúde os casos de câncer de pele seria inconstitucional por invadir a competência privativa da União.

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Comentários:

Pois a proteção e defesa da saúde encontra-se na seara das matérias de legislação concorrente (CF, art. 24. XII).

Gabarito: Errado.

185. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) É de competência concorrente entre a União, os estados, o DF e os municípios legislar sobre normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais.

Comentários:

Trata-se de um competência privativa da União, estabelecida na Constituição, em seu art. 22, XXVII.

Gabarito: Errado.

186. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Se a União delegar aos estados e ao DF competência para legislar sobre questões específicas de licitação e contratação de suas entidades autárquicas e fundacionais, a delegação será inconstitucional, pois essa competência é indelegável da União.

Comentários:

Realmente se trata de uma competência privativa da União (CF, art. 22, XXVII), porém, a competência privativa deste ente é delegável, já que o parágrafo único do mesmo art. 22 dispõe que lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas no artigo.

Gabarito: Errado.

187. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Conforme jurisprudência do STF, apenas a União pode legislar sobre a anistia ou o cancelamento de infrações disciplinares de servidores estaduais e municipais.

Comentários:

Segundo o STF (ADI 104 RO - Rondônia) a anistia de infrações disciplinares de servidores estaduais está na competência do Estado-membro respectivo. Nas palavras do Supremo "só quando se cuidar de anistia de crimes - que se caracteriza como abolitio criminis de efeito temporário e só retroativo - a competência exclusiva da União se harmoniza com a competência federal privativa para legislar sobre Direito Penal; ao contrário, conferir à União - e somente a ela - o poder de anistiar infrações administrativas de servidores locais

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constituiria exceção radical e inexplicável ao dogma fundamental do princípio federativo - qual seja, a autonomia administrativa de Estados e Municípios".

Gabarito: Errado.

• Questões ESAF:

188. (ESAF/ATRFB/2012) Sobre as competências da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, assinale a única opção correta.

a) Compete privativamente à União legislar sobre direito penitenciário.

b) Compete privativamente à União legislar sobre registros públicos.

c) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre desapropriação.

d) Compete privativamente à União legislar sobre juntas comerciais.

e) No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados não estão autorizados a exercer a competência legislativa plena.

Comentários:

Letra A - Errado. Penitenciário é o "Penit" do Tri-Fi-Penit-Ec-Ur. Esses são os de legislação concorrente e não de legislação privativa (CF, art. 24, I).

Letra B - Correto. Registros públicos é da competência legislativa da União, pois precisa estar uniformizado em território nacional. (CF, art. 22, XXV).

Letra C - Errado. Macete manjado em concursos:

Legislar sobre desapropriação: competência privativa da União.

X

Promover a desapropriação: competência de todos os entes, de acordo com a sua área de atuação.

Letra D – Errado. O registro da junta comercial é estadual. A União faz normas gerais para uniformizar, mas cada estado legisla de forma específica. É legislação concorrente (CF, art. 24, III).

Item E – Errado. Inexistindo normas gerais, os estados estão sim autorizados a legislar de forma plena (CF, art. 24, § 3º).

Gabarito: Letra B

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189. (ESAF/ATRFB/2009) É constitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.

Comentários:

Trata-se da reprodução literal da súmula vinculante n° 2: "É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loteria”. Já que segundo o art. 22, XX, compete à União legislar sobre os sistemas de consórcios e sorteios.

Gabarito: Errado.

190. (ESAF/TFC-CGU/2008) Assinale a opção correta. Compete privativamente à União legislar sobre:

a) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico.

b) produção e consumo.

c) orçamento.

d) floresta, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição.

e) trânsito e transporte.

Comentários:

Letra A - Errado. Estes direitos são de legislação concorrente (Tri-Fi-Penit-Ec-Ur), estão presentes no art. 24, I. Os direitos de legislação privativa da União estão previstos no art. 22, I.

Letra B - Errado. Trata-se de legislação concorrente, presente na CF, art. 24, V.

Letra C - Errado. Todos os entes possuem seu próprio orçamento. Temos o orçamento da União, os dos Estados e os dos Municípios, logo, é uma legislação concorrente (CF, art. 24, II).

Letra D - Errado. Novamente legislação concorrente (CF, art. 24, VI)

Letra E - Correto. Lembrando que legislar sobre trânsito e transporte é privativo da União (CF, art. 22, XI), mas estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito é uma competência material comum, presente na CF, art. 23, XII)

Gabarito: Letra E.

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191. (ESAF/AFC-CGU/2008) Assinale a única opção que contempla competências materiais comuns da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

a) Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos, estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

b) Estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação e promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico.

c) Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social e preservar as florestas, a fauna e a flora.

d) Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos e cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência.

e) Exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão e planejar promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações.

Comentários:

Competência comum é o art. 23 da Constituição. Vamos ver a questão de uma forma simples e lógica:

Letra A - Correto. Será comum tudo aquilo que for relacionado a um "direito difuso" (direito de uma coletividade indeterminada) onde todos são, de alguma forma, interessados.

Letra B - Errado. Falou em diretrizes = competência da União.

Letra C- Se foram citados: planos "nacionais", obviamente só a União pode fazer... imagina um Município fazendo isso... Não tem lógica!

Letra D- Errado. Falou em diretrizes = competência da União.

Letra E - Errado. Mais competências da União (Art. 21, XVI e XVIII).

Gabarito: Letra A.

192. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/2009) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre desapropriação.

Comentários:

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Trata-se de competência privativa da União encontrada no art. 22, II da Constituição. Lembramos que embora a competência legislativa da desapropriação seja privativa da União, a competência para promover a desapropriação não será somente dela, e sim de todos os entes de acordo com a competência específica de cada um.

Gabarito: Errado.

193. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/2009) Cabe aos Estados planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações.

Comentários:

É uma competência da União que pode ser encontrada no art. 21, XVIII da Constituição.

Gabarito: Errado.

194. (ESAF/ATRFB/2009) Compete privativamente à União legislar sobre direito econômico.

Comentários:

Na Constituição temos 15 direitos elencados, 5 deles são de legislação concorrente (CF, art. 24, I), e os demais de legislação privativa (CF, art. 22,I). Os de legislação concorrente são: Tributário - Financeiro - Penitenciário - Econômico e Urbanístico (Tri-Fi-Penit-Ec-Ur).

Gabarito: Errado.

195. (ESAF/ATRFB/2009) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre trânsito e transporte. Comentários:

Trata-se de uma matéria privativa da União (CF, art. 22). Lembre-se que embora seja privativo da União legislar sobre o trânsito e o transporte, todos os entes tem a competência executiva comum de “estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.”

Gabarito: Errado.

196. (ESAF/ATRFB/2009) Compete ao Município decretar o estado de sítio.

Comentários:

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O Estado de Sítio é decretado somente pela União, depois de autorizada pelo Congresso Nacional e geralmente quando não surtem efeito as medidas tomadas no Estado de Defesa ou em caso de guerra.

Gabarito: Errado.

197. (ESAF/CGU/2006) Compete à União elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território.

Comentários:

É o disposto na Constituição em seu art. 21, IX. Obviamente, ao se falar planos "nacionais" somente a União é que poderia executar, pois no critério da predominância de interesse, a União é a única responsável por atuar em ações de âmbito nacional.

Gabarito: Correto.

198. (ESAF/CGU/2006) A competência para legislar sobre orçamento é privativa da União.

Comentários:

Orçamento é de legislação concorrente, cada esfera possui seu próprio orçamento (CF, art. 24, II).

Gabarito: Errado.

199. (ESAF/TCU/2006) A competência da União de legislar privativamente sobre normas gerais de licitação e contratação pela Administração Pública impede que Estados e Municípios possam legislar sobre licitações e contratos públicos.

Comentários:

A Constituição permite em seu art. 22, parágrafo único que a lei complementar possa autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas à competência legislativa privativa da União.

Gabarito: Errado.

200. (ESAF/TCU/2006) O estabelecimento de uma política de educação para a segurança do trânsito é uma competência privativa da União.

Comentários:

Trata-se de competência comum dos entes prevista no art. 23, XII da Constituição Federal.

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Gabarito: Errado.

201. (ESAF/CGU/2006) É competência remanescente dos Estados implantarem política de educação para a segurança do trânsito. Comentários:

Trata-se de competência comum a todos os entes, disposta no art.23, XII da Constituição Federal.

Gabarito: Errado.

202. (ESAF/TCU/2001) Configura hipótese de competência legislativa concorrente o caso da delegação, pelos Estados-membros, da sua competência legislativa privativa para a União, com reserva de iguais poderes.

Comentários:

Não existe hipótese de delegação da competência privativa dos Estados-membros para União.

Gabarito: Errado.

• Questões da FGV:

203. (FGV/Procurador - TCM-RJ/2008) Assinale a alternativa que apresente corretamente o princípio básico para distribuição de competência pelas Unidades da Federação.

(A) Princípio da isonomia.

(B) Princípio da autonomia das unidades da federação.

(C) Princípio da autogestão.

(D) Princípio da reserva da lei.

(E) Princípio da predominância do interesse.

Comentários:

Ao longo do texto constitucional, notadamente nos art. 21 ao 24, são estabelecidas diversas competências (legislativas e executivas) aos entes da federação. Essas competências são instituídas de acordo com o critério da "predominância do interesse", ou seja, a União faz as coisas de interesse nacional (e relações internacionais), os Estados fazem as coisas de âmbito regional, e os Municípios fazem no âmbito local.

Gabarito: Letra E.

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204. (FGV/Juiz Substituto – TJ – MG/2008) Com base na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e suas atualizações, assinale a afirmativa incorreta.

a) O princípio geral que norteia a repartição de competências entre os entes federativos é o da predominância de interesses. À União e ao Distrito Federal caberão as matérias e questões de predominante interesse geral; aos Estados-membros, as matérias e questões de predominância de interesse regional; e aos Municípios, as de interesse local.

b) Aos Estados-membros são reservadas as competências administrativas que não lhes sejam vedadas pela Constituição Federal, ou seja, todas as que não sejam da União, dos Municípios e comuns. É a denominada “competência remanescente dos Estados-membros”.

c) Aos Municípios também são reservadas as competências administrativas que não lhes sejam vedadas pela Constituição Federal, ou seja, todas as que não sejam da União, dos Estados-membros e comuns. É a também denominada “competência remanescente dos Municípios”.

d) A imunidade tributária recíproca ressalta a essência da Federação, baseada na divisão de poderes e partilha de competências entre os entes federativos, todos autônomos, e tem sido tratada no direito constitucional pátrio como um dos pilares do Estado Federal Brasileiro.

e) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados-membros exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

Comentários:

Letra A – A banca considerou essa assertiva correta, mas ela está errada. A assertiva trouxe a teoria que norteia a repartição de competências, versando sobre a predominância do interesse e situando cada ente em sua devida área de competência. Porém, errou ao prever o DF como possuidor do interesse “geral”, a ele seria o interesse regional e local.

Letra B – A Constituição definiu as competências dos entes da seguinte maneira:

1– Estabeleceu de forma expressa e taxativamente quais seriam as competências da União e dos Municípios;

2– Para os Estados, a competência foi definida de forma remanescente, ou seja, não foi taxativa, cabendo aos Estados fazer “tudo aquilo que não lhe forme vedados” (CF, art. 25, § 1.º).

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3– Atribuiu competência híbrida ao DF. Assim, o Distrito Federal possui as competências taxativas dos Municípios e as remanescentes dos Estados.

Em que pese a competência remanescente ou residual dos Estados/DF, existem para estes duas competências expressas no art. 25:

• Art. 25, § 2.º – Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.

• Art. 25, § 3.º – Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agru-pamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Voltando à assertiva, percebemos que ela está correta, pois os Estados possuem, realmente, a competência remanescente.

Letra C – Isso está incorreto, acabamos de ver que as competências dos Municípios são enumeradas, expressas, taxativas na Constituição. Competências remanescentes estão estabelecidas apenas para os Estados e Distrito Federal.

Letra D – Imunidade recíproca é a proibição de um ente da federação instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços dos outros entes (CF, art. 150, VI, a). Por exemplo: a União não pode cobrar imposto sobre as rendas dos Estados. Esse tipo de imunidade é reconhecido pelo STF como vital ao pacto federativo, na medida em que é um importante instrumento para evitar conflitos e fortalecer a harmonia e a cooperação entre os entes da federação. Está correta a assertiva.

Letra E – Isso tudo está previsto nos 4 parágrafos do art. 24 da Constituição. Em se tratando de legislação concorrente, a União se limita a fazer normas gerais e cabe aos Estados complementá-las. Caso a União não tenha editado a norma geral, o Estado-membro poderá exercer a competência legislativa ampla, de forma plena. Contudo, no caso de superveniência da norma geral federal que estava em falta, o diploma estadual será suspenso, mas somente naquilo que lhe for contrário. Correta a assertiva.

Gabarito: Letra C.

205. (FGV/Advogado-Senado/2008) Sobre a repartição constitucional de competências dos entes federativos, assinale a afirmativa incorreta.

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a) Compete à União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei.

b) Compete privativamente à União legislar sobre águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão.

c) Compete concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre direito tributário, eleitoral, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico.

d) Compete concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre educação, cultura, ensino e desporto.

e) É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico.

Comentários:

Letras A e B – Ambas estão corretas, veja: a União explora os serviços de telecomunicações (que é um serviço formador de opinião e deve ser bem regulamentado), e este serviço, como informática, águas e energia, está sujeito à legislação federal.

Letra C – Nós já vimos que, dos 15 direitos elencados pela Constituição, 10 são de competência privativa (art. 22, I), e os outros 5 são de competência concorrente (art. 24, I). Já sabemos também que os direitos que são de legislação concorrente são o Tributário, Financeiro, Penitenciário, Econômico e Urbanístico (Tri-Fi-Penit-Ec-Ur). Desta forma, está errada a assertiva.

Letra D – Exatamente. Educação, cultura, ensino e desporto são interesses que competem de uma forma geral a todos, logo, caberá a regulamentação do tema à legislação concorrente, na qual a União se limita a estabelecer as normas gerais, e os Estados/DF irão suplementar esta legislação por meio das normas específicas (CF, art. 24, IX).

Letra E – Novamente uma matéria que demanda um esforço conjunto de todos, estando inserida no rol das matérias de competência material comum (CF, art. 23, IX).

Gabarito: Letra C.

• Outras bancas:

206. (FEPESE/PGE-SC/2009) Compete privativamente ao Município legislar sobre crime de responsabilidade do Prefeito e dos membros da Câmara de Vereadores.

Comentários:

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Crimes de responsabilidade são de legislação privativa da União, pois cabe somente à União legislar sobre direito penal e processo penal. Os Municípios no entanto poderão legislar de forma suplementar à legislação federal, estabelecendo as normas peculiares à sua localidade. Ainda assim, é incorreta a questão pois fala em "privativamente".

Gabarito: Errado.

207. (CESGRANRIO/Técnico de Nivel Superior -Jurídico - EPE/2007) A Constituição Federal estabelece as regras de repartição de competências federativas, atribuindo competência comum à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para:

a) legislar sobre energia.

b) explorar os serviços e instalações nucleares.

c) legislar sobre jazidas, minas e outros recursos minerais.

d) definir critérios de outorga de direitos de uso de recursos hídricos.

e) fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos.

Comentários:

LETRA A - legislar sobre energia. - usou a palavra legislar, logo está errada, já que o Município só legisla sozinho, no máximo suplementando uma lacuna deixada por outro ente (CF, art. 30, II).

LETRA B - explorar os serviços e instalações nucleares. - errado - falou em nuclear, falou na União.

LETRA C - legislar sobre jazidas, minas e outros recursos minerais. - errado - Mais um "legislar".

LETRA D - definir critérios de outorga de direitos de uso de recursos hídricos. - errado - Falou em "critérios, bases, diretrizes..." = competência da União.

LETRA E - fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos. Correto. (CF art. 23, XI)

Gabarito: Letra E.

208. (CESGRANRIO/Advogado INEA/2008) Nos termos da Constituição Federal vigente, compete privativamente à União legislar sobre:

a) desapropriação, telecomunicações e juntas comerciais.

b)seguridade social, registros públicos e conservação da natureza.

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c) serviço postal, nacionalidade e responsabilidade por dano ao meio ambiente.

d) normas gerais de licitação para a administração pública, proteção ao patrimônio histórico e custas dos serviços forenses.

e) desapropriação, nacionalidade e registros públicos.

Comentários:

Letra A - Errada. Telecomunicações e radiofusão - realmente é interesse nacional, é um assunto tão importante que a CF estabelece em seu art. 222: A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens e privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos, ou de PJ constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.

Porém, juntas comerciais são setorizadas por Estados. Uma empresa que fez seu registro em Goiás, não necessariamente estará albergado em São Paulo. Legislar sobre Juntas Comerciais é legislação concorrente (art. 24, III) a União estabelece normas gerais, mas cada Estado faz a sua legislação específica.

Letra B - Errada. O erro aqui foi colocar "conservação da natureza" - Esta é uma competência administrativa comum a todo mundo, deverá ser executada por todos os entes (art. 23). E lembrem-se daquela clássica pegadinha que veio na letra B:

Seguridade social = é o conjunto de Saúde + Previdência Social + Assistência Social = Esse conjunto, como um todo, é de competência legislativa privativa da União (CF, art. 22, XXIII).

X

Previdência Social, bem como a proteção e defesa da saúde = A legislação é concorrente, pois cada ente possui o seu regime próprio de previdência (CF, art. 24, XII) e proteger e defender a saúde é algo que merece união de forças dos entes públicos.

Letra C - Errada. O erro é que segundo a CF em seu art. 24, VIII: legislar sobre a responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico é de competência concorrente entre a União, Estados e DF. São matérias nas quais todos os entes devem agir em conjunto. Assim, compete de forma comum a todos os entes proteger o meio ambiente (CF, art. 23, VI) e competirá de forma concorrente, legislar sobre a proteção ao meio ambiente e também a responsabilidade por dano ao meio ambiente (CF, art. 24, VIII).

Letra D - Errado. Normas gerais de licitação = somente à União; Proteção ao patrimônio histórico = Competência concorrente, lembre-se que não existe apenas patrimônio histórico federal, temos também dos outros entes; Custas de serviços forenses - lembre-se

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que temos a justiça federal e a justiça estadual - logo, trata-se de competência concorrente.

Letra E - Correto. Desapropriação, nacionalidade e registros públicos. É o gabarito, os três são temas de competência legislativa privativa da União.

Gabarito: Letra E.

209. (CESGRANRIO/Procurador Jurídico-FENIG-RJ/RO/2005) Cabe aos municípios legislar sobre desapropriação.

Comentários:

Questão cada vez mais manjada...

Em se tratando de desapropriação:

Legislar - Só a União

X

Executar - Qualquer dos poderes públicos de acordo com a área de competência.

Desta forma o gabarito é errado. Já que trata-se de competência legislativa privativa da União.

Gabarito: Errado.

Competências dos Municípios:

Os Municípios, da mesa forma que a União, possuem as suas competências enumeradas pela Constituição. São elas:

Art. 30. Compete aos Municípios:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

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VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental;

VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;

VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.

Relembrando:

Pulo do Gato:

Em questões de "competências", para os serviços expressos na CF, temos:

• União → diretamente ou por autorização, permissão e concessão;

• Municípios → diretamente ou por permissão e concessão;

• Estados → diretamente ou apenas por concessão.

Jurisprudências 1 - Segundo o STF, trata-se de assunto de interesse local:

• Legislar sobre horário de funcionamento de estabelecimento comercial1 (inclusive farmácias e drogarias)2;

• A Definição de tempo máximo de espera de clientes em filas de instituições bancárias3 bem como sobre a instalação de sanitários, bebedouros e equipamentos de segurança nas agências bancárias4 (já que não são atividade fim das agências bancárias);

Observação: Não confunda: STF - SÚMULA Nº 19 - A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, e da competência da União - já que o STF entende que neste caso

1 STF - Súmula nº 645. 2 RE 408373 AgR / SP - SÃO PAULO - 23/05/2006

3 RE 610221 RG / SC - SANTA CATARINA - 29/04/2010. 4 AI 453178 AgR / SP - SÃO PAULO - 13/12/2006 e AI 574296 AgR / RS - RIO GRANDE DO SUL 23/05/2006

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trata-se de atividade fim das agências bancárias, atraindo assim a Competência da União para tratar sobre o sistema financeiro.

• Legislar sobre limite ao tempo de espera em fila dos usuários dos serviços prestados pelos cartórios5;

• Legislar sobre a vocação sucessória dos cargos de prefeito e vice-prefeito em caso de dupla vacância. Assim, é inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que venha a regular tal matéria, já que estaria desrespeitando à autonomia Municipal6

Jurisprudências 2:

• STF – Súmula nº 646 → Ofende o princípio da livre concorrência a lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.

• É inconstitucional a fixação de distância mínima para a instalação de novas farmácias e drogarias7.

• Segundo o STF, é inconstitucional lei municipal que, na competência legislativa concorrente, utilize-se do argumento do interesse local para restringir ou ampliar as determinações contidas em texto normativo de âmbito nacional8.

Questões de literalidade:

210. (FCC/Procurador-Prefeitura de São Paulo/2008) Dentre as tarefas do Município, insere-se a promoção da educação, apresentando o caráter constitucional de

a) atribuição explícita, em se tratando do campo do ensino fundamental.

b) atuação em colaboração com o Estado-membro, na área do ensino médio e da educação infantil.

c) subsidiariedade para impor a interveniência do poder municipal no segmento da educação infantil, quando o setor privado se afigurar inadequado à demanda.

d) competência implícita, incorporada na de legislar sobre assunto de interesse local.

5 RE 397094 / DF - DISTRITO FEDERAL - 29/08/2006 6 ADI 3549 / GO - GOIÁS - 17/09/2007

7 ADI 2327 / SP - SÃO PAULO

8 RE 596489 AgR / RS - RIO GRANDE DO SUL - 27/10/2009

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e) obrigação prioritária das autoridades municipais no tocante ao ensino médio.

Comentários:

Segundo a Constituição, em seu art. 30, VI, compete aos Municípios manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental.

Logo, a resposta correta é a letra A - "atribuição explícita, em se tratando do campo do ensino fundamental".

Gabarito: Letra A.

211. (FCC/TRF 1ª/2006) Os Municípios, segundo a Constituição Federal, não poderão criar, organizar ou suprimir distritos.

Comentários:

Segundo a Constituição, em seu art. 30, IV, compete aos Municípios criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual.

Logo, trata-se de uma faculdade explícita dos municípios.

Gabarito: Errado.

212. (CESPE/Analista – CNPq/2011) Compete aos municípios a organização e a prestação, de forma direta ou sob regime de concessão ou permissão, dos serviços públicos de transporte urbano coletivo local.

Comentários:

O respaldo dessa questão encontrasse, no art. 30, V da Constituição, que diz competir aos municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial. Lembrando que em questões de "competências", para os serviços expressos na CF, temos:

• União → diretamente ou por autorização, permissão e concessão;

• Municípios → diretamente ou por permissão e concessão;

• Estados → diretamente ou apenas por concessão.

Gabarito: Correto.

213. (CESPE/Analista Administrativo - PREVIC/2011) A CF reconhece aos municípios a competência para criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual.

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Comentários:

Exatamente o que diz a Constituição, em seu art. 30, IV: compete aos Municípios criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual.

Gabarito: Correto.

214. (ESAF/SEFAZ-MG/2005) Cabe ao Estado-membro criar Distritos no âmbito dos Municípios.

Comentários:

Segundo a Constituição Federal, em seu art. 30, IV, compete aos Municípios criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual.

Gabarito: Errado.

215. (ESAF/CGU/2006) Compete ao Município manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-escolar, fundamental e médio.

Comentários:

A competência, segundo a Constituição em seu art. 30,VI, seria manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental.

Gabarito: Errado.

216. (ESAF/TRF/2006) Em razão de sua autonomia administrativa, para criar, organizar e suprimir distritos, o município não é obrigado a observar a legislação estadual.

Comentários:

Segundo a Constituição Federal, em seu art. 30, IV, compete aos Municípios criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual.

Gabarito: Errado.

217. (ESAF/TRF/2006) O município não possui competência para suplementar a legislação federal, cabendo-lhe, tão-somente, a suplementação da legislação estadual.

Comentários:

Segundo o art. 30, II da Constituição, caberá ao Município suplementar a legislação federal e a estadual no que couber.

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Gabarito: Errado.

218. (FGV/Auditor - TCM-RJ/2008) Na organização de distritos, o Município deve observar a legislação:

(A) estadual.

(B) local.

(C) complementar.

(D) nacional.

(E) federal.

Comentários:

Os municípios no Brasil têm a faculdade de criar ou suprimir distritos. Distritos são divisões do território do município criados para fins da organização administrativa do referido ente, eles não são dotados de autonomia.

A Constituição em seu art. 30, IV atribui aos municípios a competência para criar, organizar e suprimir distritos, mas deve ser observada a legislação estadual sobre a matéria.

Gabarito: Letra A.

Questões jurisprudenciais:

219. (FCC/Procurador-Prefeitura de São Paulo/2008) O horário de funcionamento de farmácias constitui matéria reservada ao Município, em razão de competência

a) explícita, enunciada na Constituição Estadual.

b) concorrente, inerente à competência de cuidar da saúde.

c) residual, consolidada por força de súmula editada pelo Supremo Tribunal Federal.

d) implícita, decorrente da competência de prestar assistência pública.

e) implícita, extraída da competência de legislar sobre assuntos de interesse local, reconhecida por súmula do Supremo Tribunal Federal.

Comentários:

A constituição elenca no art. 30 as competências expressas do município, entre elas a de legislar sobre assuntos de interesse local, logo no inciso I.

A delimitação do que seria "interesse local" coube muitas vezes à Jurisprudência do STF, que entre diversas coisas decidiu ser

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competente o Município para legislar sobre horário de funcionamento de estabelecimento comercial, inclusive em se tratando de farmácias e drogarias.

Gabarito: Letra E.

220. (FCC/Procurador-Prefeitura de São Paulo/2008) Ao Município é reconhecida competência para suplementar a legislação estadual e federal com o escopo de atender ao interesse local. No exercício desta atribuição, o ente local poderá

a) editar normas que venham a dispor contrariamente à legislação estadual e federal.

b) complementar ou suprir normas legislativas federais e estaduais, no que couber.

c) disciplinar matérias de competência privativa da União em conformidade com o disposto em lei complementar federal.

d) baixar normas de regência do funcionamento dos registros públicos.

e) invocar a competência suplementar para aumentar catálogo da legislação federal proibitivo da venda de determinado gênero ou produto no Município.

Comentários:

Letra A - Errado. Não pode contrariar o que já está estabelecido em âmbito federal ou estadual.

Letra B - Correto. Ele irá legislar para atender às suas peculiaridades, complementando aquilo que já está disposto em âmbito federal ou estadual, ou suprindo lacunas legislativas deixadas.

Letra C - Errado. O Município não pode receber delegação para tratar de matérias privativas da União. Essa delegação que se faz por lei complementar federal das matérias privativas da União é passível somente aos Estados e Distrito Federal.

Letra D - Errado. Registros públicos é matéria de legislação privativa da União, já que se trata de algo que deve estar uniformizado nacionalmente. Por ser privativo da União, o município não poderá tratar, salvo excepcionalmente se for para atender alguma peculiaridade de sua localidade.

Letra E - Errado. Pois, segundo o STF, é inconstitucional lei municipal que utilize-se do argumento do interesse local para restringir ou ampliar as determinações contidas em texto normativo de âmbito nacional.

Gabarito: Letra B.

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221. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) De acordo com o posicionamento do STF, a fixação de tempo razoável de espera dos usuários dos serviços de cartórios constitui matéria relativa à disciplina dos registros públicos, inserida na competência legislativa privativa da União.

Comentários:

Segundo o STF, a imposição legal de um limite ao tempo de espera em fila dos usuários dos serviços prestados pelos cartórios não constitui matéria relativa à disciplina dos registros públicos, mas assunto de interesse local, cuja competência legislativa a Constituição atribui aos Municípios.

Gabarito: Errado.

222. (CESPE/Juiz Substituto - TRF 1º/2010) É constitucional lei municipal que, no âmbito da competência legislativa concorrente, invocando a existência de interesse local, restringe ou amplia regras contidas em lei federal que disponha sobre a matéria de que trate a referida lei municipal.

Comentários:

Segundo o STF, é inconstitucional lei municipal que, na competência legislativa concorrente, utilize-se do argumento do interesse local para restringir ou ampliar as determinações contidas em texto normativo de âmbito nacional. Ou seja, cabe ao município apenas adequar a legislação federal concorrente às peculiaridades de sua localidade (CF, art. 30, II). Caso a lei municipal venha restringir ou ampliar determinações que sejam taxadas no diploma federal (que se constitui em normas gerais da legislação concorrente) será a lei municipal inconstitucional.

Gabarito: Errado.

223. (CESPE/SECONT-ES/2009) Por serem dotados de autonomia própria, os municípios apresentam capacidade de auto-organização, autogoverno, autoadministração e competências legislativas específicas, como a de legislar acerca da vocação sucessória dos cargos de prefeito e vice-prefeito, em caso de dupla vacância.

Comentários:

Os Municípios, por serem entidades autônomas, possuem todas as facetas da autonomia: auto-organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação. Baseando-se na autonomia municipal e no poder conferido pelo art. 30, I, da Constituição que outorga aos Municípios a atribuição de legislar sobre assuntos de interesse local. O STF (na ADI 3549 GO), reconheceu que afrontaria

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este poder de auto-organização municipal o caso de a Constituição Estadual regular o tema ligado à legislação sucessória municipal. Reconheceu-se então, que a vocação sucessória dos cargos de prefeito e vice-prefeito põem-se no âmbito da autonomia política local, em caso de dupla vacância. Desta forma, tal matéria é de competência exclusiva dos Municípios, dentro de sua capacidade de auto-organização e de autogoverno.

Gabarito: Correto.

224. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Compete ao município manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do estado a que ele pertence, programas de educação infantil e de ensino fundamental, bem como serviços de atendimento à saúde da população.

Comentários:

Trata-se de competências atribuidas pela Constituição em seu art. 30,VI e VII, a qual recomendamos atentar aos seguintes pontos.

Gabarito: Correto.

225. (CESPE/Analista - TRT 9ª/2007) Compete aos municípios promover, no que couber, o adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano.

Comentários:

Toda a parte de urbanização, plano diretor, parcelamento de solo e etc. foi elencada pelo constituinte no âmbito de atuação dos Municípios (CF, art. 30, VIII) ratificado pelo art. 182 que dispõe que a Política de desenvolvimento urbano é executada pelo Poder Público municipal.

Gabarito: Correto.

226. (CESPE/AGU/2009) Suponha que a constituição de determinado estado-membro tenha assegurado a estudantes o direito à meia-passagem nos transportes coletivos urbanos rodoviários municipais. Nessa situação, de acordo com o entendimento do STF, a previsão é constitucional, pois o ente estadual atuou no âmbito de sua competência, dando tratamento equânime aos estudantes em toda a sua esfera de atuação.

Comentários:

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Estaria violando uma competência municipal, já que o art. 30, V da Constituição prevê caber ao Município organizar e prestar, os serviços públicos de interesse local, inclusive o transporte coletivo.

Gabarito: Errado.

227. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Não cabe ao estado-membro disciplinar, ainda que no âmbito da constituição estadual, a ordem de vocação das autoridades municipais, quando configuradas situações de vacância ou impedimento na chefia do Poder Executivo municipal.

Comentários:

Trata-se do entendimento do STF (ADI 3549 GO), em julgamento que deu procedência à impugnação, reconhecendo afronta ao poder de auto-organização municipal, no caso de a Constituição Estadual regular o tema ligado à legislação sucessória municipal, por afronta à capacidade de auto-organização e de autogoverno do Município.

Gabarito: Correto.

228. (FGV/Juiz Substituto – TJ – MG/2008) No que tange à competência constitucional dos entes da Federação, é incorreto afirmar que:

a) é competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial.

b) é inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.

c) compete aos Estados e ao Distrito Federal legislar, concorrentemente com a União, sobre direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico, urbanístico, limitando-se à competência da União, nesses casos, estabelecer normas gerais.

d) a lei federal é hierarquicamente superior à lei estadual, somente não prevalecendo se houver norma constitucional estadual no mesmo sentido. Igualmente, a lei estadual é hierarquicamente superior à lei municipal, e só não prevalece se houver norma na Lei Orgânica municipal no mesmo sentido.

e) mediante lei complementar, pode a União Federal autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias de sua competência privativa.

Comentários:

Letra A – Correto. Segundo o STF na Súmula 645: “É competente o Município para fixar horário de funcionamento de estabelecimento comercial”.

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Muito cuidado: isso não se aplica ao horário de funcionamento bancário, pois, segundo o STF, em sua Súmula 19, a fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é da competência da União.

Também vale salientar que, logo após a citada Súmula 645, o STF também editou a Súmula 646, na qual dispôs: “ofende o princípio da livre concorrência a lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área”.

Letra B – Novamente a questão traz conteúdo jurisprudencial. A Constituição Federal estabeleceu no seu art. 22, XX, que compete privativamente à União legislar sobre sistemas de consórcios e sorteios. Baseado em diversos julgados sobre este tema, o STF editou uma de suas primeiras súmulas vinculantes, a Súmula Vinculante 2: “É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias”. Desta forma, está correta a assertiva.

Letra C – Novamente vemos a quina de direitos sujeitos à legislação concorrente (Tri-Fi-Penit-Ec-Ur). Nestes e em qualquer outro caso de legislação concorrente, a atuação da União se limita ao estabelecimento das normas gerais. Assertiva correta.

Letra D – Uma das falhas mais clássicas do direito. Os ordenamentos jurídicos são paralelamente estabelecidos e de forma simétrica, não há qualquer hierarquia entre leis de um mesmo ordenamento, nem entre ordenamentos diferentes. As únicas hierarquias que existem são as que ocorrem entre a Constituição e as normas infraconstitucionais (leis) e entre estas e as normas infralegais (decretos, portarias etc.). Fora isso, não existe qualquer hierarquia, mas mera “divisão material” do campo de atuação de cada norma.

Letra E – Correto. A Constituição estabelece em seu art. 22, I, uma relação de matérias que estão sujeitas à legislação privativa da União. Porém, o parágrafo único deste artigo diz que lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias ali relacionadas.

Gabarito: Letra D.

229. (FGV/OAB/2010.2) Um determinado Estado-membro editou lei estabelecendo disciplina uniforme para a data de vencimento das mensalidades das instituições de ensino sediadas no seu território.

Examinada a questão à luz da partilha de competência entre os entes federativos, é correto afirmar que:

(A) mensalidade escolar versa sobre direito obrigacional, portanto, de natureza contratual, logo cabe à União legislar sobre o assunto.

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(B) a matéria legislada tem por objeto prestação de serviço educacional, devendo ser considerada como de interesse típico municipal.

(C) por versar o conteúdo da lei sobre educação, a competência do Estado-membro é concorrente com a da União.

(D) somente competirá aos Estados-membros legislar sobre o assunto quando se tratar de mensalidades cobradas por instituições particulares de Ensino Médio.

Comentários:

Essa questão é muito interessante, e costuma ser cobrada pelo CESPE.

As competências Estaduais e Municipais no que tange ao "ensino", como por exemplo a do art. 30, VI da Constituição devem se ater na educação em si. Quando o tema deixa de ser referente à educação e passa a ser tema de direito civil, tal como "estacionamento", "mensalidades" e etc... ou seja, coisas de cunho obrigacional, o STF entende que a disciplina deve ser feita pela União, pois esta é a responsável, segundo o art. 22, I por legislar sobre direito civil.

Gabarito: Letra A.

Classificação doutrinária da competência legislativa privativa da União, segundo José Afonso da Silva:

230. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Quanto à competência legislativa privativa da União, é possível classificá-la em direito material substancial e direito material administrativo. Sobre o tema, é correto afirmar que

a) o direito marítimo é classificado como direito material administrativo.

b) a água, a energia, a informática, as telecomunicações e a radiodifusão são classificadas como direito material substancial.

c) as requisições civis e militares são classificadas como direito material substancial.

d) o direito agrário é classificado como direito material administrativo.

e) a desapropriação é classificada como um direito material administrativo.

Comentários:

Trata-se de uma classificação doutrinária.

A competência legislativa privativa da União de 3 formas:

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1- Competência para legislar sobre direito processual.

2- Competência para legislar sobre direito administrativo;

3- Competência para legislar sobre direito material, não administrativo; 1) A competência para legislar sobre direito processual se materializa na legislação sobre o direito processual do trabalho, processual penal e processual civil.

2) A competência para legislar sobre direito administrativo se baseia naquelas matérias cujo objeto estariam no campo da atividade da administração pública ou sobre coisas de interesse público. José Afonso da Silva elenca nesse rol:

- desapropriação;

- requisições civis e militares;

- água, energia, informática, telecomunicações e radiofusão;

- serviço postal;

- política de crédito, câmbio e seguros;

- diretrizes da política nacional de transportes;

- jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;

- regime de portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; - trânsito e transporte;

- Imigração, emigração, extradição e expulsão;

- organização do sistema nacional de emprego;

- organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do DF e Territórios.

- Sistema estatístico, cartográfico e de geologia nacionais.

- consórcios e sorteios;

- registros públicos;

- competências da PF, PRF e PFF;

- atividades nucleares;

- defesa territorial, aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional.

3) O mesmo autor elenca como competência legislativa sobre direito material não administrativo:

- Os demais direitos não processuais previstos no art. 22, I: direito civil, comercial, penal, político-eleitoral (incluindo nacionalidade, cidadania e naturalização), agrário, marítimo, aeronáutico, espacial, e

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do trabalho. Além da legislação sobre populações indígenas, condições para o livre exercício de profissões, seguridade social. Professor, você quer me endoidar? Como que eu vou decorar isso?!

Calma, tem solução pra tudo. É muito simples:

1- Direito processual já está, por si decorado.

2- Competência para direito material não administrativo - São os direitos do art. 22, I (salvo os processuais) + tudo que mexe com nacionalidade e cidadania e índio + profissão + seguridade social;

3- Competência para direito material administrativo - tudo o que sobrou e que nós não vamos decorar.

Letra A - Errado. Direito marítimo está art. 22, I logo não se trata de objeto de direito administrativo e sim substancial ou material não administrativo.

Letra B - Errado. Legislar sobre água, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão é um monte de coisa que a gente não decorou, logo é errado. Trata-se de direito administrativo.

Letra C - Errado. Requisições civis e militares também não foi decorada por nós, logo se trata de direito administrativo.

Letra D - Errado. Mais um direito arrolado no art. 22, I, onde não se trata de objeto de direito administrativo e sim substancial ou material não administrativo.

Letra E - Correto. Desapropriação não foi decorada, logo, realmente é administrativo.

Gabarito: Letra E.

Estados-membros:

A Constituição versa em seu art. 25 que os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. Esses princípios são os "estabelecidos", "sensíveis" e "extensíveis", lembram deles?

• Os princípios sensíveis - são aqueles presentes no art. 34, VII da Constituição Federal, que se não respeitados poderão ensejar a intervenção federal.

• Os princípios federais extensíveis (ou comuns) - são aqueles princípios federais que são aplicáveis pela simetria federativa aos demais entes políticos, como por exemplo, as diretrizes do processo legislativo, dos orçamentos e das investiduras nos cargos eletivos. São também chamados de

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"princípios comuns" pois se aplicam a todos os entes da federação, de forma comum.

OBS. - As normas que estão presentes na Constituição Federal podem estar presentes na Constituição Estadual de duas formas:

� Normas de Reprodução Obrigatória - São aquelas normas da Constituição da República que são de observância obrigatória pelas Constituições Estaduais.

� Normas de Imitação - São as normas que podem, facultativamente, estar presentes na Constituição Estadual.

• Os princípios estabelecidos - são aqueles que estão expressamente ou implicitamente no texto da Constituição Federal limitando o poder constituinte do Estado-membro.

Em concursos públicos, porém, a imensa maioria das questões se referem às competências dos Estados. Essas competências como sabemos não são expressas na Constituição, são ditas "residuais" ou "remanescentes" devido ao §1º do art. 25 (São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição), havendo contudo duas competências que foram expressas, e que, por este motivo, são exaustivamente exploradas em concursos (art. 25 §§ 2º e § 3º).

Existem agora, sobre os Estados-membros, um outro escalão de questões, que são aquelas que diferenciam a nota 9 da nota 10, pois cobram assuntos envolvendo a literalidade de dispositivos pouco estudados pelos candidatos. Como meus alunos são nota 10 e não nota 9, vamos trabalhá-los:

231. (ESAF/ATA-MF/2009) Ao exercitarem o seu poder constituinte derivado-decorrente, os Estados-membros, a teor do disposto na Constituição Federal, respeitam os princípios constitucionais sensíveis, princípios federais extensíveis e princípios constitucionais estabelecidos.

Comentários:

São os 3 grupos de princípios a serem observados pelo Poder Constituinte Derivado Decorrente.

Gabarito: Correto.

Poder Legislativo Estadual:

Unicameralidade:

Diferentemente do PL federal que é bicameral (Câmara e Senado), os demais entes possuem o PL composto por apenas 1 câmara:

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• Estados - Assembléia Legislativa composta por deputados estaduais;

• Municípios - Câmara Municipal composta por vereadores;

• Distrito Federal - Câmara Legislativa composta por deputados distritais.

Número de Deputados na Assembléia Legislativa:

Você pode me dizer quantos deputados estaduais temos na Assembléia Legislativa?

Isso depende da quantidade de Deputados Federais que o Estado possui no Congresso. Pegue o número de deputados federais e multiplique por TRÊS!!!

Mas atenção: Se tivermos mais que 12 deputados federais, multiplique por 3 só esses 12. Ou seja, 36...

Depois você acrescenta um Deputado Estadual para cada Deputado Federal (coloca 1 pra 1, em vez de 3 pra 1).

Exemplo:

Se tivermos 16 deputados federais, teremos 40 Deputados federais (12 x 3 = 36 + 4 deputados, que é o que passa de 12).

Então temos o disposto na Constituição:

CF, art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

Garantias e Impedimentos dos Deputados Estaduais:

São os mesmos dos Deputados Federais (CF, art. 27 §1º).

Subsídios dos Deputados Estaduais:

CF art. 27 § 2º - O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais(...)

Gravem isso:

• Modo de fixação: LEI de iniciativa da AL.

• Limite: no máximo 75% dos Dep. Federais.

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No caso dos Deputados ESTADUAIS, nós temos a EXCEÇÃO, já que a regra é o Legislativo fixar diretamente o subsídio de seus membros. No caso dos deputados estaduais, como a fixação é feita por "LEI" (ordinária) esta fixação de subsídios poderá ser apreciada pelo Poder Executivo para sanção/veto. No caso dos vereadores, deputados federais e Senadores, é o próprio Legislativo que fixa a remuneração, sem que seja posteriormente submetida à sanção/veto do chefe do Executivo.

Esquematizando:

• Regra - Legislativo Municipal e Federal - o próprio PL fixa o subsídio diretamente.

• Exceção - Legislativo Estadual - O PL fixa por lei que será levada à sanção/veto pelo Executivo.

Assembleias legislativas estaduais:

CF, art. 27, § 3º - Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.

Isso é uma amostra da prolixidade da Constituição. Ora, os Poderes do Estado são autônomos, então, todas as competências internas, que são ditas "interna corporis" são executadas diretamente pelo órgão autônomo respectivo. A Constituição fez questão de frisar que compete às Assembléias, à câmara dos deputados, ao Senado, aos tribunais e blá, blá, blá, dispor sobre seu regimento interno, prover seus cargos internos e etc... Isso nada mais é do que ratificar a autonomia que é própria a tais órgãos. Logo, não fique em dúvida em questões desse tipo.

CPI estadual:

Assim como na esfera federal, as Assembleias Legislativas também podem criar CPI´s para investigar certos fatos determinados e pro prazo certo, observando aquilo que o art. 58 §3º da Constituição dispõe para as CPI´s federais.

Iniciativa popular estadual:

CF, art. 27 §4º - A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.

Como sabemos, a iniciativa popular é o poder que o povo possui para levar ao Poder Legislativo uma proposta de lei (ordinária ou

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complementar). A iniciativa popular também pode ser exercida tanto para feitura de leis federais, estaduais ou municipais, através do cumprimento dos seguintes requisitos:

♦ FEDERAL (CF, art. 61 §2º) ��� será proposta na Câmara dos Deputados e subscrito por, no mínimo:

� 1% do eleitorado nacional;

� De pelo menos 5 estados; e

� Ao menos 0,3% dos eleitores de cada um deles;

♦ ESTADUAL (CF, art. 27 §4º) ��� deverá ser regulada por uma Lei Ordinária;

♦ MUNICIPAL (CF, art. 29 XIII)��� será subscrita por no mínimo 5% do eleitorado.

Poder Executivo Estadual:

Governador:

O Governador é o chefe do poder executivo estadual e auxiliado pelos Secretários de Estado.

Mandato: de 4 anos, com início em 1º de janeiro;

Eleição: A eleição ocorre nos mesmos moldes do Presidente;

Perda do cargo de governador:

• Regra � Se assumir outro cargo ou função na administração pública, direta ou indireta, irá perder seu cargo.

• Exceção � Se passar em concurso público, não perde o cargo de Governador, porém tem que ficar afastado do cargo efetivo até acabar o mandato.

Subsídio:

No Legislativo temos:

Regra - Legislativo Municipal e Federal - o respectivo PL fixa o subsídio diretamente, sem precisar de lei.

Exceção - Legislativo Estadual - O PL fixa por lei que será levada à sanção/veto pelo Executivo.

No Executivo, a regra muda, temos então:

• Regra - Executivo Municipal e Estadual - Lei de iniciativa do Legislativo que é levada à sanção/veto do Executivo = vale para o Governador, Prefeito e respectivos secretários.

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• Exceção - Executivo Federal - O Congresso fixa diretamente o subsídio do Presidente da República e seus Ministros.

232. (FCC/Técnico - TRT-PI/2009) O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao dobro da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e cinco, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de dez.

Comentários:

Será o "triplo" e não o dobro, e atingindo o número de "trinta e seis" (e não trinta e cinco") só acrescenta um deputado estadual para cada federal que estiver acima de "doze" (e não dez).

Gabarito: Errado.

233. (FCC/ALESP/2010) Em relação ao Poder Legislativo dos Estados-Membros da federação brasileira, é correto asseverar que

a) o número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

b) apresenta uma estrutura bicameral decorrente da obrigatoriedade de haver simetria entre os órgãos legislativos da Federação.

c) o subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa do Congresso Nacional, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais.

d) as regras sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidade, remuneração, perda de mandato, licença e impedimentos, aplicadas aos Deputados Federais, não se aplicam aos Deputados Estaduais.

e) as Assembleias Legislativas poderão criar comissões parlamentares de inquérito, desde que autorizadas pelo Congresso Nacional.

Comentários:

Letra A - Correto. Exatamente isso. O número de deputados estaduais é o triplo do número de federais, só que isso só funciona até chegar ao número de 36. Após 36 deputados estaduais, só se acrescenta 1 deputado estadual a cada deputado federal acima de 12.

Letra B - Errado. O Legislativo estadual é unicameral, formado apenas pela Assembléia Legislativa.

Letra C - Errado. Quem fixa o subsídio dos deputados estaduais é uma lei de iniciativa da Assembléia Legislativa.

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Letra D - Errado. Elas são aplicáveis (CF, art. 27 §1º).

Letra E - Errado. Elas podem criar CPI´s, porém, são autônomas, não precisam de autorização do Congresso para tal.

Gabarito: Letra A.

234. (FCC/TJAA-TRE-AC/2010) Em relação aos Estados Federados, analise:

I. Aos Estados cabe explorar, diretamente ou mediante permissão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, cuja regulamentação se fará mediante medida provisória.

II. Incluem-se, dentre outros bens dos Estados, as águas emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União.

III. A iniciativa popular é privativa do processo legislativo federal, não cabendo, portanto, na esfera estadual.

IV. Compete às Assembleias Legislativas dispor, entre outras situações, sobre sua polícia e prover os respectivos cargos.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I e IV.

c) II e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

Comentários:

I - Errado. 2 erros: seria concessão e não permissão; e também não poderá usar medida provisória para regulamentar.

II - Correto. As águas pertencem ao Estados, mas ressalvam-se aquelas que decorrerem de obras da União.

III - Errado. A iniciativa popular é possível em todas as esferas da federação.

IV - Essa questão é uma literalidade da Constituição. Segundo o art. 27 §3º Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.

Como vimos, isso é uma amostra da prolixidade da Constituição, pois como os Poderes do Estado são autônomos, é óbvio que todas as competências "interna corporis" serão executadas diretamente pelo órgão.

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Gabarito: Letra D.

235. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta, será acrescido de tantos quantos forem os deputados federais acima de dez.

Comentários:

O correto seria dizer que se passando de trinta e seis, acrescenta-se tantos quantos forem os deputados federais acima de "doze". Ou seja, a representação de deputados no Estado vai crescendo de 3 em 3, a cada deputado federal. Porém, depois que chegar ao número de 36 deputados estaduais - caso em que teremos 12 deputados federais - só se acrescentará um deputado estadual a cada deputado federal (CF, art. 27);

Gabarito: Errado.

236. (CESPE/Analista SEGER-ES/2007) Se um governador de estado for aprovado em concurso público, poderá tomar posse, mesmo que não entre em exercício devido a licença para o exercício de mandato eletivo.

Comentários:

A Constituição em seu art. 28, § 1º dispõe que perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, porém fica ressalvada a posse em virtude de concurso público.

Gabarito: Correto.

237. (ESAF/ATA-MF/2009) O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados.

Comentários:

É o que dispõe a Constituição em seu art. 27. Porém, chegando ao número de 36 deputados, só serão acrescidos 1 deputado na assembléia a cada deputado na Câmara que exceder a 12. Desta forma, a questão deveria ter sido considerada incorreta, já que nem sempre será o triplo.

Gabarito: Correto.

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238. (ESAF/CGU/2006) É vedado ao Governador do Estado assumir qualquer cargo ou função na administração pública direta, sob pena de perda do seu mandato eletivo. Comentários:

Poderá ocorrer posse em virtude de nomeação em concurso público (CF art. 28 §1º).

Gabarito: Errado.

239. (ESAF/CGU/2006) Os subsídios dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa do Poder Executivo. Comentários:

Será por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa (CF art. 28 §2º).

Gabarito: Errado.

240. (ESAF/TCU/2006) A fixação dos subsídios do Governador e do Vice-Governador será feita por lei de iniciativa do Poder Executivo estadual, e terá como limite o subsídio do Ministro do STF.

Comentários:

A iniciativa da lei é da Assembléia Legislativa (CF art. 28 §2º).

Gabarito: Errado.

Municípios:

O Município não possui Constituição, ele rege-se por uma lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal e na Constituição do respectivo Estado.

Pulo do Gato:

Aqui encontramos o "DDD" da lei orgânica: Dois turnos, Dez dias e Dois terços.

As principais questões sobre Municípios são as que cobram as competências do art. 30.

Porém também são cobradas as demais disposições, algumas vezes, vamos estudá-las.

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Poder Executivo Municipal:

Prefeito:

(Art. 29)

Conceito: Chefe do poder executivo municipal e auxiliado pelos secretários municipais;

Mandato: de 4 anos, com início em 1º de janeiro;

Eleição:

o Será feita eleição simultânea em todo país para os prefeitos e vereadores;

� Se mais de 200 mil ELEITORES � mesmos moldes do Presidente;

� Se menos de 200 ml ELEITORES � não há segundo turno, sendo eleito o candidato que alcançar a maioria dos votos.

Perda do cargo: Vale a regra para perda do cargo da mesma forma que o Governador.

Crimes comuns do Prefeito: Será julgado perante o TJ;

(STF - SÚMULA Nº 702) � A Competência do TJ para julgar prefeitos, restringe-se aos crimes de competência comum da justiça estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.

Crimes de responsabilidade do Prefeito:

Segundo o STF9, é harmônico com a Carta da República preceito de lei orgânica de município prevendo a competência da câmara municipal para julgar o prefeito nos crimes de responsabilidade definidos no Decreto-Lei nº 201/67. Segundo a Constituição são crimes de responsabilidade do Prefeito:

I - efetuar repasse que supere os limites definidos no art. 29-A;

II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou

III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.

Poder Legislativo Municipal:

Número de vereadores

A EC 58/09 alterou todo o inciso IV do art. 29. Antes ele contava com apenas 3 faixas para estabelecer o número de vereadores em razão

9 RE 179852 / MG - MINAS GERAIS - 21/11/2000

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dos habitantes. Atualmente esse número está fixado, não é mais proporcional e constam 24 valores diferentes.

Assim, é humanamente impossível decorar todas as faixas. Para concursos devemos apenas observar que:

A faixa mínima para o número de vereadores é 9, depois temos outras 23 faixas que se escalonam de 2 em 2 até chegar ao número máximo de 55.

Professor, o que eu tenho que decorar então? 3 coisas:

• faixa mínima - até 9 vereadores para até 15 000 habitantes;

• faixa máxima - até 55 vereadores para mais de 8 milhões de habitante;

• O escalonamento vai de 2 em 2.

Para quem quiser observar estas coisas, aí vai:

IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de:

a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes;

b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes;

c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes;

d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes;

e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes;

f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes;

g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes;

h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes;

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i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes;

j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes;

k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes;

l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes;

m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes;

n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;

o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes;

p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes;

q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;

r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes;

s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes;

t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes;

u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes;

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v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes;

w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e

x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;

Fixação dos subsídios do Prefeito (seu Vice e seus secretários) e dos Vereadores:

O poder público estadual segue sempre a regra - Legislativo com subsídio fixado diretamente por ele, e Executivo com subsídio fixado por lei de iniciativa do Legislativo, porém dependente de sanção/veto pelo Executivo.

Vamos esquematizar:

Subsídio do Legislativo

• Regra - Legislativo Municipal e Federal - o próprio PL fixa o subsídio diretamente.

• Exceção - Legislativo Estadual - O PL fixa por lei que será levada à sanção/veto pelo Executivo;

Subsídio do Executivo

• Regra - Executivo Municipal e Estadual - Lei de iniciativa do Legislativo que é levada à sanção/veto do Executivo = vale para o Governador, Prefeito e respectivos secretários.

• Exceção - Executivo Federal - O Congresso fixa diretamente o subsídio do Presidente da República e seus Ministros.

Limites máximos de gasto com pessoal no Legislativo Municipal:

Em que pese a forma de fixação (a Câmara fixando diretamente o subsídio de seus membros). Essa fixação deve observar os limites traçados pela Constituição. São eles:

-Se até 10 mil habitantes = Máx. 20% do subsídio dos Dep. Est.

-Se 10 até 50 mil habitantes = Máx. 30%

-Se 50 até 100 mil habitantes = Máx. 40%

-Se 100 até 300 mil habitantes = Máx. 50%

-Se 300 até 500 mil habitantes = Máx. 60%

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-Se mais de 500 mil habitantes = Máx. 75% dos subsídio dos Dep. Est.

Veja que o teto dos Deputados Estaduais será de até 75% dos Deputados Federais, e o dos Vereadores, por sua vez, será de até 75% dos Deputados Estaduais. Assim vamos gravar:

• Até 10 mil habitantes = Máx. 20%

• Mais de 500 mil habitantes = Máx. 75%

• As faixas escalonam de 10 em 10%, salvo a última, que pula de 60 para 75%.

• Limite de despesa com a remuneração dos Vereadores = 5% DA RECEITA DO MUNICÍPIO;

• Limite de despesa da Câmara Municipal com folha de pagamento (serviços internos + vereadores) que se não observado será crime de responsabilidade do Presidente da Câmara = 70% DE SUA RECEITA;

• Total da despesa do Poder Legislativo Municipal (incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos) - não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências tributárias recebidas:

- 7% para Municípios com população de até 100.000 habitantes;

- 6% para Municípios com população entre 100.000 e 300.000 habitantes;

- 5% para Municípios com população entre 300.001 e 500.000 habitantes;

- 4,5% para Municípios com população entre 500.001 e 3.000.000 de habitantes;

- 4% para Municípios com população entre 3.000.001 e 8.000.000 de habitantes;

- 3,5% para Municípios com população acima de 8.000.001 habitantes.

Essas porcentagens supracitadas não são, em si, muito cobradas em concursos, porém, deve-se ter muita atenção na regra utilizada para o cálculo. Esta sim é cobrada com bastante frequencia:

• Inclui-se os subsídios dos Vereadores;

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• exclui-se os gastos com inativos.

Inviolabilidade dos vereadores

CF, art. 29, VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município;

É diferente do previsto para Deputados Federais e Senadores. A imunidade material (aquela que se refere à proteção dada ao conteúdo de suas manifestações) para Deputados Federais e Senadores é aplicada a qualquer de suas palavras, opiniões e votos, enquanto para os Vereadores, somente se proferido no exercício do mandato e dentro dos limites municipais.

A CF estabeleceu apenas imunidade material para os Vereadores - ou seja, aquela que diz respeito às suas atribuições -, diferentemente do que fez para os membros do Legislativo federal e estadual onde além desta imunidade material vista, tem-se também imunidade formal - que se refere ao processo.

Incompatibilidades e proibições dos vereadores

CF, art. 29, IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros da Assembléia Legislativa;

Desta forma, embora os vereadores (diferentemente dos Deputados Estaduais) não tenham as mesmas garantias dos parlamentares federais, eles vão ter as mesmas proibições e incompatibilidades.

A Lei Orgânica Municipal deve observar ainda:

CF, art. 29, XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal;

CF, art. 29, XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal;

Ou seja: cabe à Lei Orgânica do Município organizar as funções da sua câmara municipal (funções legislativas e fiscalizatórias).

É papel também da lei orgânica prever, ou ordenar que a lei venha a organizar, a forma como as associações representativas da sociedade (segmentos profissionais, artísticos, filantrópicos...) irão participar do planejamento municipal.

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Iniciativa popular municipal

A iniciativa popular, como sabemos, será exercível em todas as esferas. Novamente para fixar, vamos expor os requisitos de cada uma:

♦ FEDERAL ��� será proposta na Câmara dos Deputados e subscrito por, no mínimo:

� 1% do eleitorado nacional;

� De pelo menos 5 estados; e

� Ao menos 0,3% dos eleitores de cada um deles;

♦ ESTADUAL ��� deverá ser regulada por uma Lei Ordinária; (art. 27 §4º)

♦ MUNICIPAL ��� será subscrita por no mínimo 5% do eleitorado. (art. 29 XIII)

241. (FCC/TJAA-TRE-AC/2010) Desconsiderando eventuais decisões judiciais, observa-se que, exclusivamente, em conformidade com o texto constitucional, no que se refere à composição das Câmaras Municipais

I. Municípios com mais de quinze mil habitantes e de até trinta mil habitantes.

II. Municípios com mais de trinta mil habitantes e de até cinquenta mil habitantes.

Para a composição das referidas Câmaras Municipais, nesses casos, será observado, respectivamente, o limite máximo de Vereadores, de

a) sete e nove.

b) nove e onze.

c) onze e treze.

d) treze e quinze.

e) quinze e dezessete.

Comentários:

A Constituição traz 24 faixas para dizer qual o número de vereadores que teremos, de acordo com o número da população. Por ser humanamente impossível decorá-las, sugiro que observem 3 coisas:

• Limite mínimo - 9 vereadores para até 15 000 habitantes;

• Limite máximo - 55 vereadores para mais de 8 milhões de habitante;

• O escalonamento vai de 2 em 2.

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Desta forma. se até 15 000 temos 9 vereadores e as faixas escalonam de 2 em 2, para a faixa de 15 a 30 000 habitantes (que é a próxima) teremos 11 vereadores (9 + 2).

A faixa que vai de 30 a 50 000, é a próxima, logo, será 9+2+2 = 13 vereadores.

Simples, não?

Gabarito: Letra C.

242. (FCC/TJAA-TRE-AC/2010) Quanto aos Municípios, considere as seguintes assertivas:

I. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal.

II. Para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de onze Vereadores, nos Municípios de até quinze mil habitantes.

III. Nos Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais.

IV. O total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de dez por cento da receita do Município.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I e III.

c) I e IV.

d) II e III.

e) II e IV.

Comentários:

I - Correto. É o DDD da lei orgânica: Dois Turnos, Dez dias e Dois terços;

II - Errado. Até 15000 habitantes é a primeira faixa. Ela começa em nove e não em onze.

III - Correto. 10 000 habitantes é a primeira faixa, em se tratando de subsídios. A primeira faixa, realmente começa nos 20%.

IV - Errado. O limite será de 5% da receita do Município.

Gabarito: Letra B.

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243. (FCC/TJAA-TRE-AM/2010) Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal se da receita gastar com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores, mais de

a) cinquenta por cento.

b) setenta por cento.

c) quarenta por cento.

d) sessenta por cento.

e) cinquenta e cinco por cento.

Comentários:

O Limite de despesa da Câmara Municipal com folha de pagamento (serviços internos + vereadores), se não observado constituirá crime de responsabilidade do Presidente da Câmara. Esse limite é de 70% DA RECEITA DA CÂMARA.

Gabarito: Letra B.

244. (FCC/AJAJ-TJ-SE/2009) Considere as seguintes assertivas a respeito dos Municípios:

I. Compete aos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.

II. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de sessenta dias, e aprovada por um terço dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará.

III. Em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais.

IV. O total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município.

De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I, II e III.

c) I, III e IV.

d) II, III e IV.

e) III e IV.

Comentários:

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I - Correto. CF, art. 30, V;

II - Errado. Lei orgânica é DDD = Dois Turnos, Dez dias e Dois terços - a questão fala em "sessenta dias".

III - 10 000 habitantes é a primeira faixa em se tratando de subsídios. A primeira faixa começa nos 20%.

IV - Correto. Entre os diversos limites que temos para despesas no legislativo, temos que o limite de despesa com a remuneração dos Vereadores deve ser de 5% DA RECEITA DO MUNICÍPIO.

Gabarito: Letra C.

245. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Nas infrações penais comuns e nas ações populares, os prefeitos municipais serão julgados pelo respectivo tribunal de justiça.

Comentários:

Segundo o STF, em sua súmula nº 702: a competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de competência da justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.

Gabarito: Errado.

246. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O prefeito é obrigado a promover o repasse dos recursos financeiros destinados à câmara de vereadores até o dia 20 de cada mês. No entanto, a ausência do repasse até essa data não constitui crime de responsabilidade.

Comentários:

Segundo a Constituição, art. 29-A §2º, constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal:

- efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo;

- não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou

- enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.

Gabarito: Errado.

247. (ESAF/CGU/2006) O subsídio dos Vereadores deverá ser fixado por lei de iniciativa das respectivas Câmaras Municipais, só sendo aplicável o reajuste na legislatura subseqüente.

Comentários:

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Será fixado diretamente pela Câmara Municipal, não por lei da respectiva Câmara, já que esta fixação não está sujeita a sanção/veto do Prefeito (CF, art. 29, VI).

Gabarito: Errado.

248. (ESAF/CGU/2006) A Constituição Federal só prevê a possibilidade de dois turnos de votação, para eleição dos prefeitos, nos municípios que tiverem mais de duzentos mil habitantes.

Comentários:

Somente quando houver mais de 200 mil eleitores e não habitantes (CF, art. 29, II).

Gabarito: Errado.

249. (ESAF/CGU/2006) O valor máximo do subsídio de um vereador, previsto no texto constitucional, corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio de um Deputado Estadual, só sendo possível fixar esse valor se o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município.

Comentários:

É o disposto no art. 29 VI da CF, combinado com o 29, VII.

Gabarito: Correto.

250. (ESAF/CGU/2006) Para fins de aplicação do limite constitucional para o total das despesas do Poder Legislativo Municipal são contabilizados os gastos com os inativos do Poder Legislativo e excluídos os gastos com os subsídios dos vereadores, que têm limite próprio.

Comentários:

É o contrário, excluem-se os gastos com inativos e incluem-se os gastos com os Vereadores (CF art. 29-A).

Gabarito: Errado.

251. (ESAF/TRF/2006) Se um prefeito municipal realizar o repasse de recursos do Poder Legislativo Municipal após o dia vinte de cada mês, ele estará incorrendo em hipótese de crime de responsabilidade. Comentários:

É o disposto no art. 29-A, §2º, II da Constituição.

Gabarito: Correto.

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252. (ESAF/SEFAZ-MG/2005) O Município pode, como decorrência do seu poder de auto-organização, criar um tribunal de contas municipal para efetuar o controle externo do Poder Executivo municipal.

Comentários:

Segundo a CF em seu art. 31 § 4º, é vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. Podem ser criados, no entanto, Tribunal ou Conselho de Contas dos municípios, mas não de natureza municipal e sim estadual.

Gabarito: Errado.

253. (ESAF/TRF/2006) O subsídio dos Vereadores, fixado por ato da Câmara Municipal, nos termos da Constituição Federal, só entrará em vigência no ano seguinte ao da publicação do ato, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os limites máximos estabelecidos no texto constitucional.

Comentários:

Segundo o art. 29, VI da Constituição, só será aplicado à legislatura subsequente e não ao ano subsequente.

Gabarito: Errado.

254. (ESAF/TRF/2006) Para fins de verificação da adequação do total da despesa do Poder Legislativo municipal com o limite estabelecido no texto constitucional, os gastos com os subsídios dos Vereadores devem ser incluídos no valor total da despesa e os gastos com inativos, excluídos.

Comentários:

É o que está disposto no art. 29-A da Constituição, o total de despesa inclui os vereadores e exclui os inativos.

Gabarito: Correto.

255. (ESAF/TRF/2006) A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito de um município só terá segundo turno se, simultaneamente, nenhum dos candidatos obtiver a maioria absoluta dos votos válidos e o município tiver mais de duzentos mil habitantes.

Comentários:

Somente quando houver mais de 200 mil eleitores e não habitantes (CF, art. 29, II).

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Gabarito: Errado.

256. (ESAF/TRF/2006) Os prefeitos serão julgados, em razão de ilícitos penais e cíveis, pelo Tribunal de Justiça do Estado.

Comentários:

Segundo o STF em sua súmula 702: a Competência do TJ para julgar prefeitos, restringe-se aos crimes de competência comum da justiça estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.

Gabarito: Errado.

Fiscalização das contas do Município

A Constituição estabelece (art. 31) que a Fiscalização das contas do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

• Controle Interno → Fiscalização exercida pelos sistemas de controle, internamente em cada Poder.

• Controle Externo → Fiscalização a cargo do Poder Legislativo, auxiliado pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

Sobre o controle externo, a Constituição elencou 4 importantes disposições, que listaremos abaixo, com ênfase ao §4º:

§ 1º - O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

§ 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.

§ 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

§ 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

Após a CF/88, ficou vedada a criação de Tribunais ou Conselhos de Contas de natureza municipal. Atualmente, ainda existem 2, criados antes de 88: o TCM–RJ e o TCM–SP.

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Podem ser criados, no entanto, Tribunal ou Conselho de Contas "dos Municípios", ou seja, órgãos que não de natureza municipal e sim natureza estadual, com competência para fiscalizar as contas de todos os Municípios da circunscrição do Estado.

257. (FCC/Técnico TCE-GO/2009) Considere as seguintes afirmações sobre a fiscalização do Município, mediante controle externo:

I. O controle externo será exercido pela Câmara Municipal, com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

II. O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de três quintos dos membros da Câmara Municipal.

III. As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, sendo vedado ao contribuinte, contudo, questionar-lhes a legitimidade.

Está correto o que se afirma em:

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) III, apenas.

d) I e II, apenas.

e) I, II e III.

Comentários:

I -Correto!

II - Errado. Seriam 2/3 e não 3/5.

III - Errado. Eles podem questionar a legitimidade! Esse é o objetivo da transparência.

Gabarito: Letra A.

258. (FCC/AJEM-TRF1ª/2011) Sobre os Municípios, é INCORRETO afirmar que:

a) constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês ou enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.

b) o controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

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c) o parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.

d) as contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

e) a fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Estadual, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Legislativo Municipal, na forma da lei.

Comentários:

Letra A – Correto. Trata-se da disposição que consta no art. 29-A §2, II da Constituição Federal.

Letra B – Correto. CF, art. 31 §1º.

Letra C - Correto. CF, art. 31 §2º.

Letra D - Correto. CF, art. 31 §3º.

Letra E – Errado. O Município é um ente autônomo da Federação. Logo, é seu próprio Poder Legislativo que irá fazer a fiscalização, e não o Poder Legislativo Estadual. A atuação do Estado será, no máximo, através do uso do Tribunal Contas ou Conselho de Contas Estadual, onde não houver Tribunal de Contas dos Municípios.

259. (FCC/Oficial de Justiça - TJ-PA/2009) As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.

Comentários:

Agora a questão fala sobre os tribunais estaduais. Ela trouxe a literalidade do art. 75 parágrafo único.

Gabarito: Correto.

260. (FCC/Oficial de Justiça - TJ-PA/2009) As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.

Comentários:

Agora a questão fala sobre os tribunais estaduais. Ela trouxe a literalidade do art. 75 parágrafo único.

Gabarito: Correto.

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261. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) As Constituições estaduais podem determinar que os Tribunais de Contas Estaduais sejam compostos por mais de sete Conselheiros.

Comentários:

As constituições estaduais não têm este poder, pois este número já é estabelecido pela prórpia Constituição da República em seu art. 75, parágrafo único.

Gabarito: Errado.

262. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) O pacto federativo brasileiro reconhece o Município como ente, por isso a Constituição de 1988 permite a criação de novos Tribunais de Contas no âmbito municipal.

Comentários:

A questão está errada, após a Constituição Federal/88 ficou vedada a criação de Tribunais ou Conselhos de Contas de natureza municipal (CF, art. 31 §4º). Atualmente, ainda existem dois, criados antes de 88: o TCM–RJ e o TCM–SP.

Podem ser criados, no entanto, Tribunal ou Conselho de Contas dos municípios, mas não de natureza municipal e sim estadual. Ou seja, não pode ser criado o Tribunal de Contas do Município de Aparecida de Goiânia, mas pode ser criado o Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás, o qual fiscalizará as contas de todos os Municípios (Goiânia, Aparecida, Rio Verde, Itumbiara...), sendo um órgão estadual.

Gabarito: Errado.

263. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Os municípios poderão instituir, mesmo depois de 1988, tribunais de contas municipais com vistas a auxiliar a câmara de vereadores no exercício do controle externo do município.

Comentários:

Segundo a CF em seu art. 31 § 4º, é vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. Podem ser criados, no entanto, Tribunal ou Conselho de Contas dos municípios, mas não de natureza municipal e sim estadual.

Gabarito: Errado.

264. (CESPE/TRE-MA/2009) A CF veda a criação de tribunais, conselhos ou órgãos de contas municipais.

Comentários:

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É a disposição que encontramos no art. 31 §4º, Após a CF/88, ficou vedada a criação de Tribunais ou Conselhos de Contas de natureza municipal. Atualmente, ainda existem 2, criados antes de 88: o TCM–RJ e o TCM–SP. Podem ser criados, no entanto, Tribunal ou Conselho de Contas "dos Municípios",mas não de natureza municipal e sim estadual.

Gabarito: Correto.

265. (ESAF/TRF/2006) O parecer prévio sobre as contas anuais do Prefeito, emitido pelo órgão que auxilia a Câmara Municipal no exercício do controle externo, é meramente indicativo, podendo ser rejeitado pela maioria simples dos membros do Poder Legislativo Municipal.

Comentários:

Segundo o art. 31 §2º da Constituição, este parecer só poderá ser rejeitado por 2/3 dos membros da Câmara.

Gabarito: Errado.

266. (ESAF/TRF/2006) Após a Constituição de 1988, ficou vedada a criação, no âmbito do Estado, de Tribunal de Contas dos Municípios.

Comentários:

O que não pode é criar Tribunais de Contas em âmbito municipal, mas em âmbito estadual poderá (CF, art. 31 § 4º).

Gabarito: Errado.

Distrito Federal:

O Distrito Federal, assim como os municípios, não possui Constituição, rege-se por uma lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal e na Constituição do respectivo Estado.

Relembrando:

Pulo do Gato:

Aqui encontramos novamente o "DDD" da lei orgânica: Dois turnos, Dez dias e Dois terços.

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Uma observação muito cobrada em concursos deve ser feita: segundo o art. 32 da CF, é vedada a divisão do Distrito Federal em Municípios.

O DF é considerado um ente federativo híbrido. A sua competência legislativa é mista:

CF, art. 32 §1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.

Desta forma, eles possuem as competências enumeradas pela CF aos Municípios, mas também possui aquelas ditas "remanescentes" dos Estados.

Divisão em Municípios:

Questão clássica em concursos é o fato das bancas tentarem confundir o Distrito Federal com o Território Federal no que tange a divisão em municípios. Segundo a Constituição Federal:

• Distrito Federal - NÃO pode ser dividido em Municípios.

• Território Federal - PODE ser dividido em Municípios.

Como o DF, por si, já possui as atribuições legislativas dos Municípios, seria ilógica a sua divisão em outros Municípios.

Poder Executivo no DF:

As coisas referentes ao governador do DF e à sua eleição seguirão as mesmas regras dos governadores estaduais.

Poder Legislativo no DF:

Exercido pela "Câmara Legislativa" composta por "Deputados Distritais" que seguem as mesmas regras dos Deputados Estaduais.

Influência do Poder Público Federal no DF:

Segundo a Constituição é competência da União no DF (CF, art. 21, XIII c/c 32 §4º) organizar e manter:

� Polícias civil e militar;

� Corpo de bombeiros militar;

� Poder Judiciário;

� Ministério Público;

Lei federal disporá sobre a utilização destes serviços pelo Governo do DF

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• OBS 1 - Após EC 69/2012 cabe ao próprio Distrito Federal legislar sobre Defensoria Pública do DF, antes isso era uma atribuição da União.

• OBS 2 - Compete a União, ainda, prestar assistência financeira ao DF para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio.

• OBS 3 - STF – Súmula nº 647 → Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar do DF.

• OBS 4 - Embora a CF confira competência à União para manter essas instituições no DF, esta “manutenção” não se confunde com “subordinação”, perceba o que trata a CF, art. 144, § 6º → As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

267. (FCC/TJAA-TRE-AL/2010) Com relação ao Distrito Federal é correto afirmar que, dentre outras situações:

a) é governado por Deputado Federal escolhido pela Câmara dos Deputados.

b) é permitida sua divisão em Municípios.

c) não possui competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.

d) lei estadual disporá sobre a utilização por seu Governo das polícias civil e militar.

e) reger-se-á por lei orgânica.

Comentários: Letra A - Errado. O DF é governado por um governador, eleito pelo povo.

Letra B - Errado. É expressamente vedada pela Constituição a divisão do DF em municípios.

Letra C - Errado. O DF é um ente híbrido age legislativamente tanto como Estado quanto Município.

Letra D - Errado. Isso é papel da lei federal, já que é competência da União no DF (CF, art. 21, XIII c/c 32 §4º) organizar e manter:

� Polícias civil e militar;

� Corpo de bombeiros militar;

� Poder Judiciário;

LEI FEDERAL disporá sobre a utilização destes serviços pelo Governo do DF

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� Ministério Público;

Letra E - Correto. O DF rege-se por Lei Orgânica que possui o mesmo DDD que encontramos para os Municípios.

Gabarito: Letra E.

268. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) Determina a Constituição que o Distrito Federal:

a) é governado por um interventor, nomeado pelo Presidente da República, pelo fato de ser a sede da capital federal.

b) é regido por uma Constituição Distrital.

c) possui Poder Legislativo próprio denominado Assembléia Legislativa Distrital.

d) não pode ser dividido em Municípios.

e) possui competências legislativas reservadas à União e aos Estados-Membros.

Comentários:

Letra A - Errado. Interventor é o responsável por agir durante uma intervenção federal em algum Estado da Federação. O DF é governado por um GOVERNADOR.

Letra B - Errado. Nós temos Constituições apenas "Federal" e "Estaduais". No DF e nos Municípios, nós temos a chamada "LEI ORGÂNICA", que possui o conhecido DDD = votada em Dois turnos, com interstício de Dez dias e aprovada por Dois terços dos votos.

Letra C - Errado. Diferentemente do Poder Judiciário (que é mantido pela União), o DF tem Executivo e Legislativo próprios. Como o DF é uma mistura entre Estado e Município, teremos a Câmara Legislativa e não Assembléia Legislativa Distrital.

Letra D - Correto. Difernetemente dos Territórios Federais, o Distrito Federal não pode ser dividio em municípios (CF, art. 32).

Letra E - Errado. A competência do DF é de Estados e Municípios e não de União e Estados.

Gabarito: Letra D.

269. (FCC/Técnico - TRT-PI/2009) No tocante ao Distrito Federal, considere as seguintes assertivas:

I. É vedada sua divisão em Municípios.

II. São atribuídas as competências legislativas reservadas à União.

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III. Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, do corpo de bombeiros militar.

IV. É regido por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de cinco dias.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, II e III.

b) I e III.

c) I, III e IV.

d) II e III.

e) II e IV.

Comentários:

I- Exato. O DF é só o DF e pronto, não pode ser subdividido por expressa vedação do art. 32 da CF ("O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios...");

II - De forma alguma... o DF possui competências hibridas de Estado e Município, não da União.

III - Correto. Mais uma vez para fixar o art. 21, XIII combinando com o 32 §4º da Constituição - cabe à União organizar e manter no DF:

� Polícias civil e militar;

� Corpo de bombeiros militar;

� Poder Judiciário;

� Ministério Público;

IV - Errado. A LODF tem o mesmo DDD da Lei Orgânica Municipal: Dois turnos, Dois terços e DEZ DIAS.

Gabarito: Letra B.

270. (CESPE/AJAA-TJES/2011) A iniciativa para apresentar projeto de lei referente aos reajustes dos servidores militares do Distrito Federal (DF) é privativa do governador dessa unidade federada.

Comentários:

A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militares do DF são organizados e mantidos pela União. Assim, embora se subordinem aos comandos do Governador do DF, a legislação que estrutura tais instituições deve ser editada pela União. Podemos inclusive citar a súmula nº 647 do STF: “Compete privativamente à União legislar

LEI FEDERAL disporá sobre a

utilização destes serviços pelo

Governo do DF

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sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar do Distrito Federal”.

Gabarito: Errado

271. (CESPE/MPS/2010) O DF acumula as atribuições referentes à competência legislativa reservada aos estados e aos municípios.

Comentários:

Nos termos da Constituição, em seu art. 32 §1º, ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.

Gabarito: Correto.

272. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O DF, vedada sua divisão em municípios, reger-se-á por sua constituição, que, aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, será promulgada, desde que atendidos os princípios estabelecidos na CF.

Comentários:

Trata-se da disposição da Constituição em seu art. 32. O erro é pelo fato de que o DF é regido por lei orgânica e não por constituição.

Gabarito: Errado.

273. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) O DF, como entidade federativa com autonomia político-administrativa, não pode ser dividido em municípios, mas sim em administrações regionais, por indicação do governador, que nomeia administradores para as diferentes regiões.

Comentários:

Trata-se de disposição constitucional encontrada no art. 32 da Constituição Federal.

Gabarito: Correto.

274. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Entre os municípios que compõem o DF, Brasília é a sua capital, além de ser a capital do Brasil, acumulando competências legislativas dos estados e municípios.

Comentários:

Não existem municípios que compõem o DF, pois a Constituição veda a divisão do DF em municípios (CF, art. 32).

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Gabarito: Errado.

275. (ESAF/CGU/2006) Observados os limites constitucionais, a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar será disciplinada em lei distrital.

Comentários:

Será em lei federal (CF, art. 32 §4º).

Gabarito: Errado.

276. (ESAF/ATRFB/2009) Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar do Distrito Federal.

Comentários:

Literalidade da Súmula nº 647 do STF: “Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar do Distrito Federal”.

Gabarito: Correto.

277. (ESAF/PGDF/2007) O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal está subordinado ao comando do Governador do Distrito Federal, mas é organizado e mantido pela União.

Comentários:

Embora a CF confira competência à União para manter o corpo de bombeiros do DF (bem como para manter as polícias civil e militar do DF), esta “manutenção” que a União faz não se confunde com “subordinação”, pois segundo a CF, art. 144, § 6º → As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. Assim, é correto dizer que o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal está subordinado ao comando do Governador do Distrito Federal, mas é organizado e mantido pela União.

Gabarito: Correto.

Territórios Federais:

Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem se-rão reguladas em lei complementar.

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Logo, não são uma parte autônoma na organização político-administrativa brasileira, dependem da União e são muitas vezes tratados como se fossem autarquias federais (autarquias territoriais).

Segundo o art. 33, precisa-se de uma lei para dispor sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.

Divisão em Municípios

Diferentemente do Distrito Federal, os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, as disposições sobre os demais Municípios da federação.

Governo do Território Federal:

Os Territórios Federais terão governadores e eles serão nomeados da mesma forma que diretores de autarquias federais como o Banco Central, ou seja, serão nomeados pelo Presidente da República após aprovação do Senado Federal (CF, art.84, XIV).

Fiscalização das contas do território:

CF, art. 33 §2º - As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.

Territórios com mais de 100 mil habitantes

§ 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.

Neste caso, a União continuará mantendo o Judiciário, MP e DP, só que haverá órgãos presentes em seu território, coisa que não acontece se eles tiverem menos de 100 mil habitantes.

Assim, temos:

- Precisa de Lei Complementar:

� criação, transformação ou reintegração do TF ao Estado, como já visto.

- Precisa de Lei Ordinária:

� dispor sobre sua organização administrativa e judiciária;

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� dispor sobre eleições e competências da Câmara Territorial se o TF tiver mais de 100 mil habitantes.

- Compete à União organizar e manter para os TFs

� Poder Judiciário;

� Ministério Público;

� Defensoria Pública;

A União também irá legislar sobre organização administrativa dessas instituições no Distrito Federal e Territórios.

278. (FCC/PGE-AM/2010) De acordo com a Constituição Federal, os Territórios:

a) integram a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, juntamente com a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos nos termos da Constituição.

b) podem integrar a União ou os Estados, conforme dispuser a lei complementar que os criar.

c) gozam de autonomia organizacional, uma vez que lhes cabe instituir sua própria lei orgânica.

d) podem ser subdivididos em Municípios.

e) gozam de autonomia política, uma vez que elegem seu próprio governador. Comentários: Letra A - Errado. Os territórios não integram a organização político-administrativa do República Federativa do Brasil, esta compreende apenas a União, Estados, DF e Municípios, nos termos do art. 18 da Constituição.

Letra B - Errado. eles interam somente a União, por isso são "federais".

Letra C - Errado. Eles não possuem auto-organização. Eles pertencem à União que deverá regulamentar a sua organização.

Letra D - Correto. Questão clássica: diferentemente do DF, os Territórios podem se dividir em Municípios.

Letra E - Errado. Eles não tem autonomia, e nem elegem seu governador. O Governador do Território é nomeado pelo Presidente da República, tal qual os dirigentes de autarquias federais (CF, art. 84, XIV).

Gabarito: Letra D.

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279. (CESPE/MPS/2010) De acordo com a CF, os territórios podem ser divididos em municípios.

Comentários:

Diferentemente do Distrito Federal, os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, as disposições sobre os demais Municípios da federação (CF, art. 33 §1º).

Gabarito: Correto.

280. (ESAF/CGU/2006) Em relação aos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, lei complementar federal disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.

Comentários:

Será lei ordinária e não lei complementar (CF art. 33 §3º).

Gabarito: Errado.

Das Regiões:

281. (CESPE/AUFCE-TCU/2011) De acordo com a CF, a União e os estados-membros podem criar regiões de desenvolvimento visando à redução das desigualdades regionais.

Comentários:

Essa competência é somente atribuída à União, pelo art. 43 da Constituição Federal.

Gabarito: Errado.

282. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando ao seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais, cabendo à lei dispor acerca dos incentivos regionais que compreenderão, por exemplo, isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas.

Comentários:

Trata-se praticamente de um resumo do teor encontrado no art. 43 da Constituição e seu parágrafos.

Gabarito: Correto.

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283. (FCC/TJAA-TRT 20/2011) Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais. As condições para integração de regiões em desenvolvimento serão estabelecidos em

a) Lei Ordinária.

b) Lei Complementar.

c) Lei Delegada.

d) Medida Provisória.

e) Decreto Legislativo.

Comentários:

Trata-se de matéria reservada à lei complementar pelo art. 43, §1º da Constituição Federal.

Gabarito: Letra B.

Gerais e revisão:

284. (FCC/PGE-AM/2010) A propósito do modelo de repartição de competências adotado na Constituição Federal, pode-se afirmar que

a) aos Estados foram asseguradas apenas competências residuais.

b) as competências materiais são sempre de exercício concorrente por todos os entes federativos.

c) todas as competências privativas legislativas da União Federal podem ser exercidas pelos Estados naquilo que for necessário para atender a suas peculiaridades, mas não pelos Municípios.

d) entre as competências legislativas dos Municípios se inclui a de suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber.

e) ao Distrito Federal não foi assegurado o exercício de competências legislativas em regime de concorrência com a União.

Comentários:

Letra A - Errado. Não se pode usar o "apenas". Em regra os estados possuem, realmente, competência remanescente ou residual, porém, existem para estes entes duas competências expressas no art. 25:

• Explorar diretamente, ou mediante concessão o gás canalizado.

• instituir por lei complementar regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões.

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Letra B - Errado. A competência material pode ser "exclusiva da União" ou "comum entre os entes".

Letra C - Errado. Em regra, os estados não podem exercer a competência legislativa privativa da União. Apenas se essa verificar que seria interessante uma legislação estadual para tratar de alguma peculiaridade e assim delegar, por lei complementar, tal competência. Mas a regra é que não haverá legislação estadual nesses casos.

Letra D - Correto. O art. 30 trouxe expressamente em seu inciso II a competência municipal para suplementar a legislação federal e a estadual no que couber.

Letra E - Errado. Tanto os Estados quanto o Distrito Federal foram elencados pelo art. 24 como detentores de competência legislativa concorrente. Dos entes políticos, somente os Municípios foram excluídos pela Constituição do caput do art. 24.

Gabarito: Letra D.

285. (FCC/Auditor-TCE-RO/2010) Durante propaganda eleitoral para a escolha de governador de um determinado Estado, um candidato apresentou as propostas que pretende implementar, constantes nos itens a seguir, caso seja eleito:

I. melhorar e ampliar o sistema de atendimento à saúde;

II. promover programas de construção de moradias e de melhoria das condições habitacionais;

III. promover o adequado ordenamento territorial mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IV. organizar, ampliar e fiscalizar os serviços locais de gás canalizado para que regiões de periferia sejam beneficiadas.

De acordo com as competências administrativas das unidades federadas, conforme estabelece a Constituição, é correto afirmar que esse candidato, se eleito,

a) dependerá da atuação conjunta da União e dos Municípios para fomentar as políticas públicas presentes nos itens I, II e IV, as quais são decorrentes de competências comuns.

b) não poderá cumprir a promessa constante no item III, o qual estabelece uma competência de âmbito municipal.

c) não poderá implementar ações nas áreas previstas nos itens I e II, as quais são de competência exclusiva da União.

d) realizará apenas as ações pertinentes aos itens III e IV, cuja competência é reservada aos Estados.

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e) poderá atender as demandas relacionadas apenas aos itens I, II e III, mas não poderá desenvolver as ações relacionadas ao item IV, já que o gás, por ser um combustível estratégico, está sob o domínio da União.

Comentários:

Primeiro temos que analisar cada um das propostas:

I - A saúde, por ser um direito difuso, tem o seu cuidado como sendo competência comum a todos os entes da Federação (CF, art. 23, II). Desta forma, o Governador pode se imbuir neste objetivo.

II - Habitações dignas também é um direito difuso, o qual deve ser concretizado com os esforços de todos os entes públicos, assim a Constituição estabeleceu em seu art. 23 IX, como uma competência comum a todos os entes promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico. Assim, o Governador também poderá se imbuir neste objetivo.

III - Agora o item fala de coisas referentes à organização do solo urbano. Isso é um coisa crítica? Alguém vai morrer ou ficar desesperado pelo fato de não haver um adequado ordenamento urbano? Não, né!

Controlar a ocupação e ordenar o solo urbano é algo interessante, mas nada que mereça desespero. A Constituição, assim, colocou essa competência como pertencente aos Municípios, já que eles são os entes mais próximos da sociedade e poderão cumprir melhor essa função.

Gostaria de lembrar que os municípios não terão plena liberdade não, já que é um competência federal (CF, art. 21, XX) instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos. Massss... dentro dessas diretrizes, será da competência municipal (CF, art. 30, VIII) promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano. A Constituição deu relevância a este ponto, lá no art. 182 temos expressamente disposições sobre a política de desenvolvimento urbano que obviamente é de competência dos Municípios.

Como estamos diante de uma competência municipal... Tchau Governador!!! Aqui você não mete a mão.

IV - Essa é uma competência expressamente estadual. Essa aqui o governador não só poderá colocar a mão, como somente ele pode fazer isso, ou delegar mediante concessão a empresas (CF, art. 25, §2º).

Agora, analisemos cada assertiva:

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a) Errado. Não precisa de ação conjunta. A ação é paralela ou conjunta. Inclusive o item IV não traz competência comum como afirma a assertiva, e sim uma competência exclusiva do Estado.

b) Correto. É a resposta da questão.

c) Errado. Poderá sim, pois I e II são competências comuns.

d) Errado. Só o IV é reservado ao Estado. III é do Município.

e) Errado. Viajou...

Gabarito: Letra B.

286. (FGV/Advogado - BADESC/2010) As alternativas a seguir apresentam características do sistema federativo brasileiro, à exceção de uma. Assinale-a.

(A) Repartição constitucional de competências entre a União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios.

(B) Atribuição de autonomia constitucional aos Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, podendo tais entes federativos organizar seus poderes executivo, legislativo e judiciário, na forma de suas constituições regionais.

(C) Participação dos Estados-membros na elaboração das leis federais, através da eleição de representantes para o Poder Legislativo Federal.

(D) Possibilidade constitucional excepcional e taxativa de intervenção federal nos Estados-membros e no Distrito Federal, para manutenção do equilíbrio federativo.

(E) Indissolubilidade da federação, sendo vedada a aprovação de emenda constitucional tendente a abolir a forma federativa de Estado.

Comentários:

A única alternativa incorreta, que é o gabarito da questão, é a alternativa B, já que os Municípios não possuem poder Judiciário, bem como não possui Constituição, mas Lei Orgânica.

Gabarito: Letra B.

287. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) A respeito da organização político-administrativa do Estado brasileiro, assinale a afirmativa incorreta.

a) Os Estados-membros da federação brasileira organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios consagrados na Constituição Federal.

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b) Os Municípios regem-se por suas leis orgânicas, que devem ser votadas em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovadas por dois terços dos membros da Câmara Municipal.

c) A União Federal detém competência privativa para legislar sobre direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico espacial e do trabalho.

d) Os governadores dos Estados-membros podem editar medidas provisórias, desde que haja previsão na respectiva Constituição estadual e sejam observados os princípios e limitações impostos pelo modelo adotado na Constituição Federal.

e) A União Federal só poderá intervir nos Estados-membros para repelir invasão estrangeira ou para conter a ação de grupos terroristas. O decreto de intervenção deve ser submetido à apreciação do Senado Federal, considerando-se aprovado se obtiver voto da maioria absoluta de seus membros, em dois turnos de votação.

Comentários:

Letra A – A alternativa acerta, na medida em que traz o teor de uma disposição Constitucional encontrada no art. 25: “Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição”. Tais “princípios” citados pelo texto constitucional podem ser basicamente de 3 tipos:

• Os princípios sensíveis – presentes no art. 34, VII, da Constituição Federal. Se não respeitados poderão ensejar a intervenção federal.

• Os princípios federais extensíveis – são os princípios federais aplicáveis pela simetria federativa aos demais entes políticos, como, por exemplo, as diretrizes do processo legislativo, dos orçamentos e das investiduras nos cargos eletivos.

• Os princípios estabelecidos – são aqueles que estão expressamente ou implicitamente no texto da Constituição Federal limitando o poder constituinte do Estado-membro.

Letra B – Exatamente. No Distrito Federal e nos Municípios, não há “Constituição”, eles são regidos por uma “lei orgânica”, que possui o conhecido DDD, ou seja, é votada em Dois turnos, com interstício de Dez dias e aprovada por Dois terços dos votos.

Letra C – Está de acordo com o art. 22, I, da Constituição. Importante dizer que este tipo de questão é fácil de ser acertada, já que a Constituição elencou 15 direitos em seu texto. Dez deles são de competência privativa (art. 22, I), e os outros cinco são de competência concorrente (art. 24, I). Sabendo-se os direitos que são de legislação concorrente (Tributário, Financeiro, Penitenciário,

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Econômico e Urbanístico = Tri-Fi-Penit-Ec-Ur), por exclusão chega-se nos de legislação privativa.

Letra D – Exatamente. Como vimos acima, as diretrizes do processo legislativo são “princípios federais extensíveis”. Dessa forma, as normas que são passíveis de ser editadas em âmbito federal também são passíveis de ser editadas em âmbito estadual e municipal. Assim, decidiu o STF que os governadores e prefeitos podem, legitimamente, editar medidas provisórias no âmbito estadual e no âmbito municipal (respectivamente), desde que haja autorização para tal na Constituição Estadual ou na Lei Orgânica Municipal.

Letra E – A alternativa possui diversos erros. O art. 34, VII, traz algumas hipóteses em que será cabível intervenção federal nos Estados-membros. Além disso, no termos do art. 36, § 1.º, da Constituição, o decreto de intervenção deve ser submetido à apreciação do Congresso Nacional.

Gabarito: Letra E.

UFFFFFAAAA... Acabou!!!

Muita informação nessa aula não é mesmo? Mas não é um tema bem legal?! É um dos meus preferidos...

Se tiverem alguma dúvida, me procurem lá no fórum.

Grande abraço e excelentes estudos.

Vítor Cruz

Pontos importantes a serem fixados:

Organização Político-administrativa:

Entidades autônomas da Federação são só 4: União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Território federal náo é autônomo, pois integra à União.

A União não é soberana, é apenas autônoma.

Capital Federal = Brasília e não o Distrito Federal (salvo para a ESAF, que considera Brasília e DF como a mesma coisa).

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� Cisão ou Subdivisão - Um ente subdivide o seu território dando origem a outros entes. O ente inicial deixa de existir.

� Desmembramento-formação - Uma parte de um ente se desmembra formando um novo ente. O ente inicial continua existindo e agora temos um ente completamente novo.

� Desmembramento-anexação - Uma parte de um ente se desmembra, porém, ao invés de formar um novo ente, ela é anexada por outro existente. O ente inicial continua existindo e não temos a formação de um ente novo, mas um aumento territorial de outro.

� Fusão - Dois ou mais entes se agregam e assim formam um ente novo. Os entes iniciais deixam de existir.

Reorganização territorial de Estados e territórios federais:

••• Aprovação da população diretamente interessada (segundo o STF é toda a população do Estado), através de plebiscito; e

••• Elaboração de uma lei complementar pelo Congresso Nacional.

As Assembléias Legislativas serão chamadas a se manifestar sobre isso, mas não é uma manifestação vinculativa, nem mesmo essencial, podendo as mesmas inclusive, se abster da manifestação.

Reorganização territorial de Municípios:

• far-se-á por lei estadual no período de lei complementar federal;

• Aprovação, por plebiscito, da população envolvida;

• Deve-se apresentar e publicar, na forma da lei, Estudos de Viabilidade Municipal.

Lembrem-se: estudo de viabilidade é só no caso de Municípios!

Vedações aos entes federativos (a todos eles):

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;

II - recusar fé aos documentos públicos;

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III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

Bens Públicos:

União e Estados:

♦ Terras Devolutas:

Regra � Estados;

Exceção � União, se indispensáveis:

� À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou vias federais; ou

� À preservação ambiental.

♦ Ilhas FLUVIAIS e LACUSTRES:

Regra � Estados;

Exceção � União, se fizer limite com outros países.

♦ Águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito:

Regra � Estados;

Exceção � União, se na forma da lei, decorrerem de obras da União.

♦ Lagos, rios e demais águas correntes:

Regra � Estados;

Exceção � União:

� Se banhar mais de um Estado;

� Se fizerem limite com países ou se deles provierem ou se estenderem;

� Também o são os terrenos marginais destes e as praias fluviais.

União, Estados e Municípios:

♦ Ilhas COSTEIRAS e OCEÂNICAS:

Municípios � Quando for sede do Município, salvo se for afetada por serviço público ou unidade ambiental federal (nestes casos será da União);

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Estados � Quando estiverem em seu domínio;

União � As demais, inclusive o caso acima.

Elas podem ainda ser de terceiros.

Somente à União:

� Todos que atualmente lhe pertencem ou os que lhe vierem a ser atribuídos;

� Praias marítimas, os terrenos de marinha e seus acrescidos;

� O mar territorial;

� Os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;

� Os recursos minerais, inclusive do subsolo;

� Os potenciais de energia hidráulica;

� As cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;

� As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

Competências Administrativas e Legislativas:

Critério para repartição de competências = "predominância do interesse" - a União faz as coisas de âmbito nacional (e relações internacionais), os Estados fazem as coisas de âmbito regional, e os Municípios fazem no âmbito local.

Técnica utilizada para a repartição de competências:

1- Enumerou as competências da União e dos Municípios

2- Estabeleceu a competência residual (ou remanescente) para os Estados

3- Atribuiu competência legislativa hibrida ao DF

O Estado possui somente 2 competências expressas:

Faixa de fronteira faixa até 150km de largura ao longo das fronteiras terrestres

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• Explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.

• Instituir, mediante lei complementar, regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Competência Concorrente:

• Na competência concorrente caberá à União estabelecer tão somente as normas gerais, e os Estados/DF vão suplementar essas normas com as peculiaridades de cada ente.

• Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, ou seja, vão legislar de forma completa para que possa atender às suas necessidades.

• Mas, se após o exercício pelo Estado/DF da competência plena, for editada lei federal sobre normas gerais, esta irá suspender a eficácia da lei estadual, naquilo que lhe for contrário.

Pegadinhas que sempre caem nos concursos:

1- Direitos: Existem 5 que são de legislação concorrente, e 10 que são de legislação privativa da União - gravem somente os 5 concorrentes. Assim temos:

Concorrentes- Tributário, Financeiro, Penitenciário, Econômico e Urbanístico - (Mnemônico: Tri - Fi - Penit - EC - Ur);

Privativos da União - O que sobrou!

2- Legislar sobre desapropriação = É privativo da União;

X

Decretar a desapropriação = Poder Público (executivo) em geral, em especial o Municipal, que é o responsável pelo ordenamento urbano.

3- Direito Processual - Competência legislativa privativa da União (CF, art. 22, I), já que não está no Tri-Fi-Penit-Ec-Ur;

X

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Procedimentos em matéria processual - Competência legislativa concorrente (CF, art. 24, XI) - ou seja, observada as normas gerais da União, cada ente poderá estabelecer no seu âmbito, como serão os procedimentos a serem usados no andamentos dos seus processos.

4- Seguridade social = é o conjunto de Saúde + Previdência Social + Assistência Social = Esse conjunto, como um todo, é de competência legislativa privativa da União (CF, art. 22, XXIII).

X

Previdência Social, bem como a proteção e defesa da saúde = A legislação é concorrente, pois cada ente possui o seu regime próprio de previdência (CF, art. 24, XII) e proteger e defender a saúde é algo que merece união de forças dos entes públicos.

5- Legislar sobre educação = Competência concorrente.

X

Legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional = Privativa da União, até porque, tudo que tiver diretrizes, bases e nacional, será competência da União.

Competências dos Municípios:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental;

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VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;

VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.

Observação - para os serviços expressos na CF, temos:

• União → diretamente ou por autorização, permissão e concessão;

• Municípios → diretamente ou por permissão e concessão;

• Estados → diretamente ou apenas por concessão.

Perda do cargo de Governador e Prefeito:

• Regra � Se assumir outro cargo ou função na administração pública, direta ou indireta, irá perder seu cargo.

• Exceção � Se passar em concurso público, não perde o cargo de Governador ou Prefeito, porém tem que ficar afastado do cargo efetivo até acabar o mandato.

Subsídio dos Chefes do Executivo (Presidente, Prefeito e Governador):

• Regra - Executivo Municipal e Estadual - Lei de iniciativa do Legislativo que é levada à sanção/veto do Executivo = vale para o Governador, Prefeito e respectivos secretários.

• Exceção - Executivo Federal - O Congresso fixa diretamente o subsídio do Presidente da República e seus Ministros.

Número de Deputados na Assembléia Legislativa:

Deputados estaduais = 3 vezes o número de deputados federais que sejam até 12. Se tiver mais de 12 deputados federais acrescenta só 1 pra cada 1.

Ex. Se tiver 14 Deputados Federais / 12 x 3 = 36 / 14-12 = 2 / Total 38!

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Garantias e Impedimentos dos Deputados Estaduais = os mesmos dos Deputados Federais;

Subsídios dos Deputados Estaduais, Vereadores e Deputados Federais:

• Regra - Legislativo Municipal e Federal - o próprio PL fixa o subsídio diretamente.

• Exceção - Legislativo Estadual - O PL fixa por lei (de iniciativa da AL) que será levada à sanção/veto pelo Executivo.

Limite do subsídio de deputados Estaduais: no máximo 75% dos Dep. Federais.

O Município não possui Constituição, ele rege-se por uma lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal e na Constituição do respectivo Estado.

Lei Orgânica dos Municípios e DF = "DDD": Dois turnos, Dez dias e Dois terços.

Eleição do Prefeito:

o Será feita eleição simultânea em todo país para os prefeitos e vereadores;

� Se mais de 200 mil ELEITORES � mesmos moldes do Presidente;

� Se menos de 200 ml ELEITORES � não há segundo turno, sendo eleito o candidato que alcançar a maioria dos votos.

Perda do cargo: Vale a regra para perda do cargo da mesma forma que o Governador.

Crimes comuns do Prefeito: Será julgado perante o TJ;

(STF - SÚMULA Nº 702) � A Competência do TJ para julgar prefeitos, restringe-se aos crimes de competência comum da justiça estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.

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Crimes de responsabilidade do Prefeito:

Segundo o STF10, é harmônico com a Carta da República preceito de lei orgânica de município prevendo a competência da câmara municipal para julgar o prefeito nos crimes de responsabilidade definidos no Decreto-Lei nº 201/67. Segundo a Constituição são crimes de responsabilidade do Prefeito:

I - efetuar repasse que supere os limites definidos no art. 29-A;

II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou

III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.

Número de vereadores

• faixa mínima - até 9 vereadores para até 15 000 habitantes;

• faixa máxima - até 55 vereadores para mais de 8 milhões de habitante;

• O escalonamento vai de 2 em 2.

Limites máximos de gasto com pessoal no Legislativo Municipal:

• Primeira faixa - Até 10 mil habitantes = Máx. 20% dos Dep. Est.

• Última faixa - Mais de 500 mil habitantes = Máx. 75%

• São 6 faixas que se escalonam de 10 em 10%, salvo a última, que pula de 60 para 75%.

Limite de despesa com a remuneração dos Vereadores = 5% DA RECEITA DO MUNICÍPIO;

Limite de despesa da Câmara Municipal com folha de pagamento (serviços internos + vereadores) que se não observado será crime de responsabilidade do Presidente da Câmara = 70% DE SUA RECEITA;

Total da despesa do Poder Legislativo Municipal (incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos)

10

RE 179852 / MG - MINAS GERAIS - 21/11/2000

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- não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências tributárias recebidas:

- 7% para Municípios com população de até 100.000 habitantes;

- 6% para Municípios com população entre 100.000 e 300.000 habitantes;

- 5% para Municípios com população entre 300.001 e 500.000 habitantes;

- 4,5% para Municípios com população entre 500.001 e 3.000.000 de habitantes;

- 4% para Municípios com população entre 3.000.001 e 8.000.000 de habitantes;

- 3,5% para Municípios com população acima de 8.000.001 habitantes.

Inviolabilidade dos vereadores = Eles tem tão somente imunidade "material", não tem imunidade formar (processual), e ainda assim, é diferente do previsto para Deputados Federais e Senadores. A imunidade material para os Vereadores é apenas dentro dos limites municipais.

Incompatibilidades e proibições dos vereadores = Embora os vereadores (diferentemente dos Deputados Estaduais) não tenham as mesmas garantias dos parlamentares federais, eles vão ter as mesmas proibições e incompatibilidades.

Controle de contas nos Municípios:

• O parecer prévio, emitido pelo TC ou Conselho de Contas sobre as contas do Prefeito só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.

• As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

• É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

Distrito Federal e Territórios:

Lei Orgânica do DF - votada pelo DDD, igual a dos municípios.

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Distrito Federal - NÃO pode ser dividido em Municípios.

Território Federal - PODE ser dividido em Municípios.

Distrito Federal - Governado por um governador eleito pelas mesmas regras que os governadores estaduais.

Território Federal - Governado por um governador nomeado pelo Presidente da República após aprovação do Senado Federal

Poder Executivo no DF:

As coisas referentes ao governador do DF e à sua eleição seguirão as mesmas regras dos governadores estaduais.

Cabe à União organizar e manter no DF:

� Polícias civil e militar;

� Corpo de bombeiros militar;

� Poder Judiciário;

� Ministério Público;

Compete à União organizar e manter para os TFs

� Poder Judiciário;

� Ministério Público;

� Defensoria Pública;

Fiscalização das contas do território: CF, art. 33 §2º - As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.

LISTA DAS QUESTÕES DA AULA:

1. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) São unidades federadas autônomas, conforme a organização político-administrativa do Brasil,

a) Estados-Membros e Regiões Metropolitanas.

b) União e Territórios.

c) Estados-Membros e Municípios.

d) União e Regiões Metropolitanas.

e) Territórios e Distrito Federal.

Lei federal disporá sobre a utilização destes serviços pelo Governo do DF

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2. (FCC/AJAJ-TRF4º/2010) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal, sendo que somente o último não possui autonomia.

3. (FCC/AJAJ - TRT-3ª/2009) Tendo em vista a organização do Estado, é certo que:

a) A União é pessoa jurídica de direito público interno e externo sendo o único ente formador do Estado Federal, uma vez que os demais entes são divisões administrativo-territoriais.

b) a República Federativa do Brasil representa o Estado Federal nos atos de Direito Internacional, porque quem pratica os atos desse Direito é a União Federal e os Estados federados.

c) à União cabe exercer as prerrogativas de soberania do Estado brasileiro, quando representa a República Federativa do Brasil nas relações internacionais.

d) a União, por ser soberana em todos os aspectos, pode ser considerada entidade federativa em relação aos Estados membros e Municípios.

e) os entes integrantes da Federação, em determinadas situações, à exceção dos Territórios, têm competência para representar o Estado federal frente a outros Estados soberanos.

4. (FCC/EPP-SP/2009) O Município, na federação brasileira,

a) tem a sua autonomia política configurada pela Constituição Federal, bem como pela Constituição Estadual pertinente, que pode reduzi-la ou ampliá-la.

b) é dotado de personalidade jurídica de direito público, consubstanciando modalidade de descentralização administrativa.

c) embora criado por lei estadual, não pode ter a sua autonomia política restringida pelo Estado respectivo.

d) dispõe de ampla autonomia política, sendo-lhe facultado regular a duração do mandato dos respectivos Prefeitos e Vereadores.

e) pode se projetar, territorialmente, em relação a mais de um Estado, desde que lei complementar federal assim o permita.

5. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) No que diz respeito à organização político-administrativa, o princípio cuja finalidade é acentuar a igualdade de todos os brasileiros, independentemente do Estado-membro de nascimento ou domicílio, é denominado isonomia federativa.

6. (FCC/Promotor-MPE-CE/2009) As regras básicas do processo legislativo federal são de absorção compulsória pelos Estados-membros em tudo aquilo que diga respeito ao princípio

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fundamental de independência e harmonia dos poderes, como delineado na Constituição da República.

7. (CESPE/AUFCE-TCU/2011) A CF não conferiu a denominada tríplice capacidade - autoorganização, autogoverno e autoadministração - aos municípios e aos territórios federais.

8. (CESPE/Assitente – CNPq/2011) A União, os estados, os municípios e o Distrito Federal são entes federativos, diferentemente dos territórios federais, que integram a União e não são dotados de autonomia.

9. (CESPE/AJAA-STF/2008) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil restringe-se aos estados, aos municípios e ao DF, todos autônomos, nos termos da CF.

10. (CESPE/TRE-MA/2009) A União, os estados-membros, os municípios e o Distrito Federal são entidades estatais soberanas, pois possuem autonomia política, administrativa e financeira.

11. (CESPE/TRE-GO/2009) Os municípios não são considerados entes federativos autônomos, visto que não são dotados de capacidade de auto-organização e de autonomia financeira.

12. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Os municípios não integram a estrutura federativa brasileira em razão da limitação de sua autonomia pela CF.

13. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Os territórios federais são considerados entes federativos.

14. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Os territórios federais integram a União e sua criação será regulada em lei complementar.

15. (CESPE/AJAJ-STM/2011) No exercício de sua autonomia política, os estados podem adotar o regime parlamentar de governo.

16. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O DF não dispõe da capacidade de auto-organização, já que não possui competência para legislar sobre organização judiciária, organização do MP e da Defensoria Pública do DF e dos Territórios.

17. (CESPE/SEFAZ–ES/2009) A União é entidade federativa autônoma em relação aos Estados-membros e Municípios, e cabe a ela exercer as prerrogativas da soberania do Estado brasileiro ao representar a República Federativa do Brasil nas relações inter-nacionais.

18. (CESPE/TRE-GO/2009) O Distrito Federal é a capital do país.

19. (CESPE/Analista Processual - MPU/2010) As capacidades de auto-organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação reconhecidas aos estados federados exemplificam a autonomia que lhes é conferida pela Carta Constitucional.

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20. (ESAF/MPU/2004) Em decorrência do princípio federativo, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os Territórios são entes da organização político-administrativa do Brasil.

21. (ESAF/AFC-CGU/2008) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, segundo as normas da Constituição de 1988, compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos soberanos, nos termos da Constituição.

22. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A organização político-administrativa da União compreende os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos na forma do disposto na própria Constituição Federal.

23. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Nem o governo federal, nem os governos dos Estados, nem os dos Municípios ou o do Distrito Federal são soberanos, porque todos são limitados, expressa ou implicitamente, pelas normas positivas da Constituição Federal.

24. (ESAF/PGFN/2007) São integrantes do pacto federativo brasileiro os Estados-Membros, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, já que a soberania é atributo exclusivo da União.

25. (ESAF/AFT/2006) Na República Federativa do Brasil, a União exerce a soberania do Estado brasileiro e se constitui em pessoa jurídica de Direito Público Internacional, a fim de que possa exercer o direito de celebrar tratados, no plano internacional.

26. (ESAF/ATA-MF/2009) Os Estados-membros se auto-organizam por meio da escolha direta de seus representantes nos Poderes Legislativo e Executivo locais, sem que haja qualquer vínculo de subordinação por parte da União.

27. (ESAF/ATA-MF/2009) A autonomia estadual também se caracteriza pelo autogoverno, uma vez que ditam suas respectivas Constituições.

28. (ESAF/ATA-MF/2009) Os Estados-membros em sua tríplice capacidade garantidora de autonomia se auto-administram normatizando sua própria legislação e regras de competência.

29. (ESAF/AFC-CGU/2008) O Distrito Federal é chamado de Brasília e com esse nome constitui a Capital Federal.

30. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Brasília é a Capital Federal.

31. (ESAF/AFC-CGU/2008) A criação de territórios federais, que fazem parte da União, depende de emenda à Constituição.

32. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

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33. (FGV/Técnico Legislativo – Senado/2008) Sobre a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, assinale a afirmativa incorreta.

a) República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

b) Os Estados e o Distrito Federal possuem autonomia política, e os municípios detêm apenas autonomia administrativa e financeira.

c) Os Territórios Federais não possuem autonomia política e integram a União.

d) Brasília é a Capital Federal.

e) A federação brasileira é indissolúvel e a forma federativa do Estado Brasileiro constitui cláusula pétrea da Constituição.

34. (FGV/Fiscal – SEFAZ-RJ/2008) Os territórios federais integram a União, e sua reintegração ao Estado de origem será regulada em lei:

a) complementar.

b) ordinária.

c) delegada.

d) complexa.

e) mista.

35. (FGV/Juiz Substituto-TJ-MG/2008) Como corolário do princípio federativo, a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios, no Brasil, são autônomos e possuidores da tríplice capacidade de autoorganização e normatização própria, autogoverno e autoadministração (Certo/Errado).

36. (FGV/Procurador - TCM-RJ/2008) A Federação dota seus membros de tríplice capacidade, a saber:

(A) auto-organização, autonormatização e autogoverno.

(B) autogoverno, auto-administração e autofinanciamento.

(C) auto-organização, autogoverno e auto-administração.

(D) auto-organização, autonormatização e automanutenção.

(E) auto-arrecadação, autogoverno e autogerenciamento.

37. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) No que concerne à Organização do Estado, se um Estado for dividido em vários novos Estados-membros, todos com personalidades diferentes, desaparecendo por completo o Estado-originário, ocorrerá a hipótese de alteração divisional interna denominada fusão.

38. (CESPE/AGU/2009) No tocante às hipóteses de alteração da divisão interna do território brasileiro, é correto afirmar que, na

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subdivisão, há a manutenção da identidade do ente federativo primitivo, enquanto, no desmembramento, tem-se o desaparecimento da personalidade jurídica do estado originário.

39. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009 - Adaptada) É vedada a subdivisão de Estados (Certo/Errado).

40. (FCC/Procurador-TCE-AP/2010) Em dezembro de 2009, foi aprovado pelo Senado Federal projeto de Decreto Legislativo que autoriza a realização de plebiscito sobre a criação do chamado Estado de Carajás. O novo Estado seria formado por 38 Municípios do sul e sudeste do atual Estado do Pará, com extensão total de 285.000 km² e 1.300.000 habitantes. O plebiscito seria realizado nesses Municípios, seis meses após a publicação do Decreto Legislativo. A referida proposta de criação do Estado de Carajás

a) é inconstitucional, uma vez que a união estabelecida entre os entes da Federação é indissolúvel.

b) seria possível somente durante os trabalhos de Assembleia Nacional Constituinte, a exemplo do que ocorreu com a criação do Estado de Tocantins.

c) deveria ser precedida da criação do Território de Carajás, o qual, somente após demonstrar sua viabilidade, seria então transformado em Estado.

d) é compatível com a Constituição desde que, ademais da consulta à população interessada, mediante plebiscito, seja aprovada pelo Congresso Nacional, por lei complementar.

e) deveria ser precedida de Estudos de Viabilidade, apresentados e publicados na forma da lei, e ser aprovada por lei do Estado do Pará, dentro do período determinado por lei complementar federal.

41. (FCC/Técnico - TRF 5ª/2008) Os Estados podem, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar, se desligar da União.

42. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

43. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) A República Federativa do Brasil está organizada políticoadministrativamente de forma que os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante a aprovação dos eleitores inscritos na respectiva área, mediante referendum da população diretamente interessada, e da Câmara dos Deputados, por lei ordinária.

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44. (CESPE/AJAJ - STM/2011) O processo de formação dos estados-membros exige a participação da população interessada por meio de plebiscito, medida que configura condição prévia, essencial e prejudicial à fase seguinte. Assim, desfavorável o resultado da consulta prévia feita ao povo, não se passará à fase seguinte do processo.

45. (CESPE/Técnico - MPU/2010) Considere que determinado estado da Federação tenha obtido aprovação tanto de sua população diretamente interessada, por meio de plebiscito, como do Congresso Nacional, por meio de lei complementar, para se desmembrar em dois estados distintos. Nesse caso, foi cumprida a exigência imposta pela Constituição para incorporação, subdivisão, desmembramento ou formação de novos estados ou territórios federais.

46. (CESPE/MPS/2010) Para a criação de um novo estado na Federação brasileira, é necessária a realização de plebiscito nacional, de forma a garantir o equilíbrio federativo.

47. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) Caso uma parte de um estado pretendesse desmembrar-se e anexar seu território a um estado vizinho, essa mudança dependeria de plebiscito da população diretamente interessada e de leis complementares a serem elaboradas pelas respectivas assembleias legislativas dos estados membros.

48. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) No processo de criação de estados-membros, a manifestação das assembleias legislativas constitui condição essencial e vinculativa, já que o parecer desfavorável das casas representativas do povo impede a continuidade do processo de formação de novos estados.

49. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se, para se anexarem a outros ou formarem novos estados ou territórios federais, mediante aprovação da população brasileira, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

50. (ESAF/ATA-MF/2009) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento dos Estados far-se-ão por lei complementar federal, após divulgação dos Estudos de Viabilidade, apresentados e publicados na forma da lei.

51. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

52. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Sobre a organização Político-Administrativa e a formação dos Estados, é correto afirmar que:

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a) de acordo com as disposições constitucionais vigentes, é possível criar novos Estados, mesmo que não seja por intermédio de divisão de outro ou outros Estados.

b) os Territórios Federais transformados em Estados não podem mais restabelecer a situação anterior.

c) poderá ocorrer a fusão entre Estados. Nesse caso, nem todos perdem a primitiva personalidade, pois, ao surgir o Estado novo, este adquire a personalidade de um deles.

d) nos processos de transformação dos Estados, o Senado não está obrigado a ouvir nem ao pronunciamento plebiscitário, nem ao das Assembleias, notando-se que estas não decidem, apenas opinam pela aprovação, pela rejeição, ou simplesmente se abstêm de tomar partido.

e) qualquer processo de transformação do Estado deve passar por um pronunciamento plebiscitário favorável à alteração, devendo o processo ser remetido ao Senado, a quem cabe a aprovação das alterações, mediante lei.

53. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) Relativamente à organização político-administrativa brasileira, analise as afirmativas a seguir.

I. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, nenhum deles autônomo, nos termos desta Constituição.

II. Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei ordinária.

III. Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, bastando para tanto a aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito.

Assinale:

a) se nenhuma afirmativa estiver correta.

b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

54. (FCC/TJAA – TRF 1ª/2011) A incorporação de Municípios far-se-á por Lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação

a) do parecer favorável do Procurador-Geral do Estado.

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b) da decisão do Presidente da Assembleia Legislativa.

c) do Decreto Estadual emitido pelo Governador do Estado.

d) do parecer favorável do Ministro do Planejamento.

e) dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

55. (FCC/TJAA-TRT 8ª/2010) Com relação a Organização Político Administrativa,

a) o desmembramento de Município far-se-à por lei municipal, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, sem necessidade de divulgação prévia dos Estudos de Viabilidade Municipal na imprensa oficial.

b) a fusão de Municípios far-se-à por lei municipal, dentro do período determinado por Lei Ordinária Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

c) os Estados podem desmembrar-se para se anexarem a outros Estados, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

d) os Estados podem incorporar-se entre si para formarem novos Estados, mediante emenda constitucional, dependente de plebiscito nacional e da aprovação do Senado Federal.

e) os Estados podem incorporar-se entre si para formarem novos Estados, mediante emenda constitucional, dependente de plebiscito nacional e da aprovação da Câmara dos Deputados.

56. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) A fusão de Municípios far-se-á por emenda constitucional.

57. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios, far-se-ão, observados outros requisitos de ordem constitucional, por resolução do Congresso Nacional.

58. (FCC/Analista - TRT-18ª/2008) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por lei federal, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e não dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

59. (CESPE/TRE-GO/2009) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios, far-se-ão por lei federal e serão submetidos pela população diretamente interessada a referendo popular.

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60. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) A criação de municípios demanda, além de outros requisitos constitucionais, a edição de lei estadual que, mesmo após a respectiva aprovação por parte da assembleia legislativa, pode ser vetada pelo governador do estado.

61. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Foram convalidados, no âmbito da CF, os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31/12/2006, de acordo com os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo estado à época da criação.

62. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Lei federal disporá sobre a criação e o desmembramento de municípios. Essa normatização não poderá ser feita pelos estados.

63. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

64. (ESAF/AFC-CGU/2008) A criação de Municípios deve ser feita por lei complementar federal.

65. (ESAF/TCU/2006) Nos termos da Constituição Federal, a criação de novos municípios, que é feita por lei estadual, só poderá se realizar quando for publicada a lei complementar federal que disciplinar o período dentro do qual será autorizada essa criação.

66. (ESAF/PGFN/2007) Para a criação de novos Municípios é necessária prévia consulta por plebiscito convocado pela Câmara de Vereadores.

67. (FGV/Técnico Legislativo – Senado/2008) A Constituição Federal prevê a participação popular na criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios, da seguinte forma:

a) consulta prévia às populações dos municípios envolvidos, mediante plebiscito.

b) necessidade de aprovação de lei federal de iniciativa popular.

c) consulta posterior às populações dos municípios envolvidos, mediante referendo.

d) necessidade da aprovação de lei estadual de iniciativa popular.

e) eleição direta dos novos prefeitos e vereadores dos municípios recém-criados.

68. (FEPESE/Advogado-Pref. São José/2007) De acordo com a Constituição Federal brasileira

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de 1988, assinale ( F ) falso ou ( V ) verdadeiro quanto à organização político-administrativa:

1.( ) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual.

2.( ) Somente nos casos de criação e desmembramento de Municípios, a Constituição exige consulta prévia, mediante plebiscito.

3.( ) É dispensada a apresentação dos Estudos de Viabilidade Municipal no caso de incorporação e fusão de Municípios.

4.( ) A fusão de Municípios depende de consulta, na forma de plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos.

Assinale a seqüência correta.

a. ( ) V – V – F – F

b. ( ) V – F – V – F

c. ( ) V – F – F – V

d. ( ) F – V – V – F

e. ( ) F – F – V – V

69. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Aos Estados é permitida, na forma da lei, a subvenção a cultos religiosos ou igrejas.

70. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) É vedado à União, aos estados, ao DF e aos municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança.

71. (ESAF/ATA-MF/2009) É vedado aos Estados manter relação de aliança com representantes de cultos religiosos ou igrejas, resguardando-se o interesse público.

72. (ESAF/CGU/2006) Por ser a República Federativa do Brasil um Estado laico, a Constituição Federal veda qualquer forma de aliança com cultos religiosos.

73. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Quanto à organização do Estado brasileiro, é correto que

a) é vedada a subdivisão de Estados.

b) a fusão de Municípios far-se-á por emenda constitucional.

c) a criação de Territórios Federais será regulada em lei complementar.

d) aos Estados é permitida, na forma da lei, a subvenção a cultos religiosos ou igrejas.

e) a anexação de municípios para formarem Estados ou Territórios Federais, autorizada por resolução do Congresso Nacional, dependerá de referendo popular.

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74. (ESAF/AFC-CGU/2008) Assinale a única opção correta relativa à organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, segundo as normas da Constituição de 1988.

a) Compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos soberanos, nos termos da Constituição.

b) A criação de territórios federais, que fazem parte da União, depende de emenda à Constituição.

c) O Distrito Federal é chamado de Brasília e com esse nome constitui a Capital Federal.

d) A criação de Municípios deve ser feita por lei complementar federal.

e) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios criar distinções entre brasileiros ou estrangeiros.

75. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/2010) Relativamente à organização do Estado, assinale a afirmativa incorreta.

a) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

b) A autonomia federativa assegura aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, autorizar ou proibir seu funcionamento, na forma da lei.

c) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

d) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

e) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

76. (FCC/TJAA-TRT 3ª/2009) No que diz respeito à organização político-administrativa da União é correto afirmar que

a) a faixa de fronteira deve observar a medida de até cento e oitenta quilômetros de largura.

b) são bens da União, dentre outros, os potenciais de energia hidráulica e os sítios arqueológicos.

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c) o desmembramento de Municípios far-se-á por lei municipal da respectiva localidade e das limítrofes.

d) é permitida à União manter, com representantes de igrejas, e em quaisquer hipóteses, relações de aliança.

e) a formação de Estados ou Territórios Federais será feita por meio de referendo e por ato normativo do Senado Federal.

77. (FCC/AJAJ-TRE-AL/2010) É INCORRETO afirmar que entre os bens dos Estados incluem-se

a) as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

b) as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União.

c) as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros.

d) as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União.

e) o mar territorial e os potenciais de energia hidráulica.

78. (FCC/Técnico-TRE-AL/2010) Incluem-se entre os bens dos Estados as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, incluídas, em regra, as decorrentes de obras da União. emergentes e em depósito, incluídas, em regra, as decorrentes de obras da União (C/E).

79. (FCC/Técnico-TRT-MG/2010 - Adaptada) A faixa de fronteira deve observar a medida de até cento e oitenta quilômetros de largura.

80. (FCC/Técnico-TRT-MG/2010 - Adaptada) São bens da União, dentre outros, os potenciais de energia hidráulica e os sítios arqueológicos.

81. (FCC/TJ-DF/2008 - Adaptada) As terras devolutas pertencem aos estados, com exceção das terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei.

82. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) O espaço pertencente a União e designado como "faixa de fronteira", considerado fundamental para a defesa do território nacional, constitui a faixa de até cento e cinquenta milhas de largura, ao longo das fronteiras aéreas e terrestres.

83. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) São bens dos Estados-membros os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva a eles correspondentes.

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84. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) São bens dos Estados-membros os potenciais de energia hidráulica situados em seus territórios.

85. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) São bens dos Municípios todas as ilhas fluviais e lacustres presentes em seus territórios, ainda que situadas nas zonas limítrofes com outros países.

86. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) São bens dos Municípios as terras devolutas não pertencentes à União situadas em seus territórios.

87. (CESPE/Analista – CNPq/2011) Consideram-se terras da União as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações, das construções militares e das vias federais de comunicação, bem como indispensáveis à preservação ambiental, e as áreas de fronteiras.

88. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) São bens da União as terras devolutas.

89. (CESPE/AGU/2009) As terras devolutas são espécies de terras públicas que, por serem bens de uso comum do povo, não estão incorporadas ao domínio privado. São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos estados-membros, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. Constituem bens da União as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei.

90. (CESPE/ACE-TCU/2009) Caso o estado do Amazonas conceda título de propriedade de uma pequena área localizada em terras devolutas dentro da zona de fronteira com a Colômbia, o referido título será nulo, visto que essa área pertence à União.

91. (CESPE/Procurador Municipal - Natal/2008) Os potenciais de energia hidráulica são bens comuns da União e dos estados onde se encontrem.

92. (CESPE/ABIN/2008) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são de domínio das comunidades indígenas.

93. (CESPE/Agente-Polícia Federal/2009) A Constituição Federal de 1988 (CF) não reconhece aos índios a propriedade sobre as terras por eles tradicionalmente ocupadas.

94. (CESPE/Promotor - MPE-ES/2010) A faixa de até 50 km de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira é considerada fundamental para a defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.

95. (CESPE/AGU/2009) Os rios públicos são bens da União quando situados em terrenos de seu domínio, ou ainda quando banharem mais de um estado da Federação, ou servirem de limites

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com outros países, ou se estenderem a território estrangeiro ou dele provierem. Os demais rios públicos bem como os respectivos potenciais de energia hidráulica pertencem aos Estados-membros da Federação.

96. (CESPE/ACE-TCU/2008) As riquezas minerais, como o petróleo, são bens da União.

97. (ESAF/ATA-MF/2009) Incluem-se entre os bens dos Estados as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

98. (ESAF/CGU/2006) As cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos, desde que não situados em terras de propriedade dos Estados, pertencem à União.

99. (ESAF/CGU/2006) Pertencem aos Estados as ilhas fluviais localizadas em seu território, que não se situem na zona limítrofe com outros países.

100. (ESAF/TCU/2006) O aproveitamento, pela União, dos potenciais hidroenergéticos localizados em cursos de água que integrem os bens estaduais, depende de expressa autorização do poder executivo estadual e far-se-á mediante compensação financeira por essa exploração.

101. (CETRO/TCM-SP/2006) Existem certos bens públicos que, a depender de determinadas circunstâncias especiais, tanto podem ser da União ou do Estado ou do Município,

como é o caso

(A) dos terrenos de marinha.

(B) das praias marítimas.

(C) do mar territorial.

(D) dos recursos minerais.

(E) das ilhas oceânicas e as costeiras.

102. (FCC/TJAA - TRE-AC/2010) Em matéria de competência legislativa concorrente relacionada à União, Estados e Distrito Federal, é correto afirmar que

a) a competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.

b) no âmbito da legislação concorrente, a competência da União estende-se ao estabelecimento de normas específicas.

c) a superveniência de lei federal sobre normas gerais não suspende, em qualquer hipótese, a eficácia da lei estadual.

d) a competência da União para legislar sobre normas gerais ou específicas exclui a competência suplementar dos Estados.

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e) inexistindo lei federal sobre normas de qualquer natureza, os Estados só podem exercer a competência limitada para atender suas peculiaridades.

103. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) Em matéria de legislação concorrente, diante da inexistência de lei federal, o Estado exercerá a competência legislativa plena.

104. (FCC/Procurador - PGE-AM/2010) A propósito do modelo de repartição de competências adotado na Constituição Federal, pode-se afirmar que

a) aos Estados foram asseguradas apenas competências residuais.

b) as competências materiais são sempre de exercício concorrente por todos os entes federativos.

c) todas as competências privativas legislativas da União Federal podem ser exercidas pelos Estados naquilo que for necessário para atender a suas peculiaridades, mas não pelos Municípios.

d) entre as competências legislativas dos Municípios se inclui a de suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber.

e) ao Distrito Federal não foi assegurado o exercício de competências legislativas em regime de concorrência com a União

105. (FCC/AJAJ-TRF4º/2010) Os Estados não possuem competência legislativa residual, sendo-lhes vedado atuar em áreas que não lhe forem expressamente atribuídas pela Constituição Federal.

106. (FCC/Procurador - Recife/2008) Cabe aos Estados-membros exercer somente as competências enumeradas na Constituição Federal.

107. (FCC/AJAJ-TRF4º/2010) O Distrito Federal possui competência legislativa residual, estando subtraídas do seu campo de atuação apenas as matérias expressamente atribuídas pela Constituição Federal à União.

108. (FCC/TJAA-TRE-AC/2010) Aos Estados cabe explorar, diretamente ou mediante permissão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, cuja regulamentação se fará mediante medida provisória.

109. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) O critério de competências legislativas estabelecido pela Constituição de 1988, admite o exercício de funções legislativas pelas Regiões Metropolitanas, desde que previsto em lei complementar estadual.

110. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) O critério de competências legislativas estabelecido pela Constituição de 1988, admite a regulamentação integral pela União das matérias

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submetidas a legislação concorrente, desde que por meio de lei complementar.

111. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) O critério de competências legislativas estabelecido pela Constituição de 1988, admite que os Municípios legislem sobre todas as matérias que não tenham sido atribuídas privativamente à União, em concorrência com os respectivos Estados-membros.

112. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) O critério de competências legislativas estabelecido pela Constituição de 1988, admite que os Estados legislem sobre matérias de competência privativa da União, desde que autorizados por lei complementar federal.

113. (FCC/Procurador - Recife/2008) Cabe aos Estados-membros editar normas específicas sobre produção e consumo, mediante prévia autorização por lei complementar federal.

114. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) A Constituição da República prevê que, no âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-seá a estabelecer normas gerais.

115. (CESPE/AGU/2009) No âmbito da competência legislativa concorrente, caso a União não tenha editado a norma geral, o estado-membro poderá exercer a competência legislativa ampla. Contudo, sobrevindo a norma federal faltante, o diploma estadual terá sua eficácia suspensa no que lhe for contrário, operando-se, a partir de então, um verdadeiro bloqueio de competência, já que o estado-membro não mais poderá legislar sobre normas gerais quanto ao tema tratado na legislação federal.

116. (CESPE/Técnico - TRT 9ª/2007) No âmbito da legislação concorrente e diante da inexistência de normas gerais, a competência legislativa dos estados e do Distrito Federal é plena.

117. (CESPE/DPE-ES/2009) Suponha que um estado-membro da Federação tenha legislado, de forma exaustiva, acerca de assistência jurídica e defensoria pública, dada a inexistência de legislação federal sobre o tema. Nesse caso, ao ser promulgada legislação federal a esse respeito, as normas estaduais incompatíveis com ela serão automaticamente revogadas.

118. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A competência da União para legislar a respeito de normas gerais exclui a competência suplementar dos estados, podendo haver delegação de competência pela União.

119. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Lei complementar federal poderá autorizar os estados-membros a legislarem sobre pontos específicos das matérias inseridas no âmbito da competência legislativa privativa da União, sem prejuízo da

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retomada pela União, a qualquer tempo, da sua competência para legislar sobre o assunto objeto da delegação.

120. (CESPE/MPS/2010) Compete privativamente à União explorar, diretamente ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, sendo vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.

121. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) Os estados podem explorar diretamente, ou mediante permissão, os serviços locais de gás canalizado e podem, inclusive, regulamentar a matéria por meio de medida provisória.

122. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Os estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

123. (CESPE/AJAJ-TRE-BA/2010) A instituição de regiões metropolitanas pelos estados federados dispensa a edição prévia de lei complementar federal, diante da autonomia que lhes foi conferida pela CF.

124. (ESAF/TCU/2001) Em matéria de legislação concorrente, não havendo legislação estadual sobre a matéria, cabe à União suprir a omissão, tanto em aspectos de normas gerais como de normas específicas.

125. (ESAF/ATA-MF/2009) Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.

126. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/2009) Os Estados podem instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

127. (ESAF/ATA-MF/2009) Os Estados poderão, mediante lei complementar federal, instituir regiões metropolitanas, constituídas por regiões administrativas limítrofes.

128. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/2009) Cabe aos Estados organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.

129. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/2009) Compete aos Municípios explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado.

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130. (ESAF/TCU/2006) A exploração dos serviços locais de gás canalizado pode ser feita pelos Estados, desde que a União, mediante instrumento próprio, faça uma autorização, concessão ou permissão para a sua execução.

131. (ESAF/TRF/2006) Obedecendo ao princípio geral de repartição de competência adotado pela Constituição de 1988, a exploração dos serviços locais de gás canalizado foi reservada para os municípios.

132. (CESGRANRIO/Procurador Jurídico-FENIG-RJ/RO/2005) Cabe aos municípios explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado.

133. (CESGRANRIO/Procurador Jurídico-FENIG-RJ/RO/2005) Cabe aos municípios explorar diretamente, ou mediante autorização, concessão ou permissão, os portos marítimos, fluviais e lacustres.

134. (FCC/TJAA - TRE-AM/2010) Compete privativamente à União legislar sobre direito

a) comercial.

b) tributário.

c) financeiro.

d) penitenciário.

e) urbanístico.

135. (FCC/Analista Judiciário – Biblioteconomia – TRT 24ª/2011) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

a) águas.

b) proteção à infância e à juventude.

c) energia.

d) informática.

e) cidadania.

136. (FCC/TJAA-TRT 8/2010) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

a) propaganda comercial.

b) comércio interestadual.

c) trânsito.

d) transporte.

e) procedimentos em matéria processual.

137. (FCC/Procurador BACEN/2006) Na Federação brasileira, a competência para legislar sobre direito financeiro é:

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a) Comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

b) Privativa da União.

c) Exclusiva dos Estados e do Distrito Federal.

d) Concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal.

e) Cumulativa da União e dos Municípios.

138. (FCC/Procurador - Recife/2008 - Adaptada) Cabe aos Estados-membros suprir a inexistência de lei federal em matéria de direito eleitoral (Certo/Errado).

139. (FCC/Defensor Público - SP/2009) Trata-se de matéria de competência legislativa concorrente da União, Estados e Distrito Federal: direito tributário, processual penal e penal.

140. (FCC/Técnico - TRT-PI/2009) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito

a) civil, comercial, penal, processual e eleitoral.

b) tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico.

c) agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho.

d) tributário, financeiro, econômico, civil e comercial.

e) eleitoral, urbanístico, agrário, marítimo, aeronáutico e espacial.

141. (FCC/AJEM - TRT-15ª/2009) Nos termos da Constituição Federal, a competência para legislar sobre registros públicos e desapropriação é

a) privativa da União.

b) comum da União, dos Estados e do Distrito Federal.

c) concorrente da União, dos Estados e dos Municípios.

d) comum dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

e) exclusiva dos Estados e do Distrito Federal.

142. (FCC/AJAA-TRT-9ª/2010) Compete privativamente à União legislar sobre:

a) procedimentos em matéria processual.

b) orçamento.

c) produção.

d) desporto.

e) transferência de valores.

143. (FCC/AJEM-TRT-7ª/2008) Compete privativamente à União legislar sobre:

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a) serviço postal.

b) orçamento.

c) produção.

d) consumo.

e) defesa do solo.

144. (FCC/PGE-AM/2010) É da competência privativa da União

a) cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência.

b) proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos.

c) impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural.

d) proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas.

e) exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão.

145. (FCC/Técnico - TJ-PI/2009) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre

a) informática.

b) desapropriação.

c) registros públicos.

d) produção e consumo.

e) serviço postal.

146. (FCC/Oficial-DPE-SP/2010) Dentre as competências concorrentes conferidas pela Constituição Federal à União, aos Estados e ao Distrito Federal, tem-se a de legislar sobre

a) desapropriação e processo civil.

b) serviço postal e processo civil.

c) registros públicos e Defensoria Pública.

d) atividades nucleares e de segurança nacional.

e) assistência jurídica e Defensoria Pública.

147. (FCC/Analista - TRT-PI/2009) É correto afirmar que compete à UNIÃO legislar

a) concorrentemente com os Estados e o Distrito Federal sobre desapropriação e serviço postal.

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b) privativamente sobre seguridade social, registros públicos, defesa civil e propaganda comercial.

c) concorrentemente com os Estados e o Distrito Federal sobre comércio interestadual.

d) privativamente sobre direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico.

e) privativamente sobre proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico.

148. (FCC/AJAA - TRT-15ª/2009) Compete concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar, dentre outras matérias, sobre

a) cidadania.

b) serviço postal.

c) comércio interestadual.

d) informática.

e) educação.

149. (FCC/Técnico - TRT-18ª/2008) Dentre outras, é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

150. (CESPE/Assitente – CNPq/2011) De acordo com a CF, a competência para legislar sobre propaganda comercial é privativa da União.

151. (CESPE/Analista Administrativo - PREVIC/2011) Segundo a CF, compete privativamente à União legislar sobre previdência social.

152. (CESPE/Técnico Administrativo - PREVIC/2011) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre previdência social, proteção e defesa da saúde.

153. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) Embora seja da competência da União legislar sobre defesa territorial, na hipótese de ocorrência de omissão legislativa acerca desse tema, aos estados-membros é concedida autorização constitucional para o exercício da competência legislativa suplementar.

154. (CESPE/Promotor - MPE-RN/2009) Compete à União legislar privativamente acerca dos direitos tributário e financeiro.

155. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) São de competência legislativa privativa da União: direito civil e atividades nucleares de qualquer natureza

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156. (CESPE/TRE-MA/2009) Compete privativamente à União legislar sobre direito econômico e penitenciário.

157. (CESPE/Procurador-AGU/2010) Estado da Federação tem competência privativa e plena para dispor sobre normas gerais de direito financeiro.

158. (CESPE/Auditor SEFAZ-ES/2009) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito tributário, financeiro e econômico, e educação, cultura e ensino.

159. (CESPE/MPS/2010) Compete à União, aos estados e ao DF legislar concorrentemente sobre previdência social, proteção e defesa da saúde.

160. (CESPE/Técnico - TCE-TO/2008) É de competência concorrente entre União, estados e Distrito Federal legislar sobre desapropriação.

161. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Compete exclusivamente à União legislar acerca da responsabilidade por dano ao meio ambiente.

162. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Legislar sobre recursos minerais é de competência legislativa privativa da União.

163. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) O registro, o acompanhamento e a fiscalização das concessões de direitos de pesquisa e de exploração de recursos hídricos e minerais são de competência material privativa da União.

164. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) São de competência legislativa privativa da União: proteção à infância e serviço postal.

165. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) É competência privativa da União cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência.

166. (CESPE/MEC/2009) É da competência privativa dos estados e do DF legislar acerca de diretrizes e bases da educação nacional.

167. (CESPE/Procurador-AGU/2010) Os municípios não podem legislar sobre normas de direito financeiro concorrentemente com a União.

168. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Segundo a doutrina, ocorrendo conflito entre os entes da Federação no exercício da competência comum ou paralela, a solução se dará por meio do critério da preponderância de interesses, o que implica a prevalência do interesse da União, em face de sua superior posição, na relação hierárquica mantida com os estados e os municípios.

169. (CESPE/Advogado - BRB/2010) A competência para legislar sobre política de crédito, câmbio, seguros e transferência de

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valores é concorrente da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

170. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) É de competência comum da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios legislarem sobre orçamento.

171. (CESPE/AJAJ-STF/2008) Compete privativamente à União legislar sobre direito processual, mas não sobre procedimentos em matéria processual, o que seria de competência concorrente entre a União, os estados e o DF.

172. (CESPE/Técnico - TRT 9ª/2007) A instituição das diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transporte urbano, é de competência dos municípios.

173. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Compete à União legislar concorrentemente com estados e Distrito Federal acerca de procedimentos em matéria processual. No entanto, na ausência de uma norma geral federal disciplinando essa matéria, os estados e o Distrito Federal terão competência legislativa plena para atender as suas peculiaridades, até que sobrevenha a lei geral federal, quando então as normas específicas editadas por esses entes federativos restarão revogadas.

174. (CESPE/ABIN/2008) Compete à União legislar privativamente sobre direito processual, mas a competência para legislar sobre procedimentos é concorrente entre a União, os estados e o DF. Sendo assim, na ausência de legislação federal sobre normas gerais acerca de procedimentos, os estados e o DF poderão disciplinar de forma plena esse tema até que sobrevenha a lei geral federal, quando então serão as normas legais estaduais e distritais recepcionadas como leis federais.

175. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Segundo entendimento do STF, compete privativamente à União legislar sobre custas dos serviços forenses.

176. (CESPE/Auditor-TCU/2009) No âmbito da organização federativa do Brasil, a competência material residual é sempre de competência dos estados.

177. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Conforme jurisprudência do STF, apenas a União pode legislar sobre a anistia ou o cancelamento de infrações disciplinares de servidores estaduais e municipais.

178. (CESPE/TRT-17ª/2009) No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF atribuiu à União a competência privativa para legislar sobre consórcios e sorteios, razão pela qual é inconstitucional a lei ou ato normativo estadual que institua loteria no âmbito do estado.

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179. (CESPE/AJAA-STF/2008) Lei municipal que obrigue a instalação, em estabelecimento bancário, de equipamentos de segurança é considerada constitucional, pois aborda um assunto de interesse eminentemente local.

180. (CESPE/Especialista em Regulação - ANTAQ/2009) Suponha que a empresa X tenha como objeto social a exploração de transporte de passageiros em navios transatlânticos que viajam pelo mundo. Suponha, ainda, que essa empresa pretenda inserir em uma de suas rotas alguns portos brasileiros. Nesse caso, a exploração desse serviço, no Brasil, não será de competência privativa da União.

181. (CESPE/TRE-MA/2009) Compete à União e aos estados legislar concorrentemente sobre trânsito e transporte.

182. (CESPE/DPE-ES/2009) Conforme prevê a CF, é de competência material comum entre União, estados, municípios e DF planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente em caso de secas e inundações.

183. (CESPE/SECONT-ES/2009) Lei estadual que assegure ao consumidor o direito de obter informações acerca de determinado produto não invade a esfera de competência da União, para editar normas gerais acerca de produção e consumo e responsabilidade por dano ao consumidor.

184. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Conforme entendimento do STF, uma lei estadual que obrigasse médicos públicos e particulares a notificarem a secretaria estadual de saúde os casos de câncer de pele seria inconstitucional por invadir a competência privativa da União.

185. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) É de competência concorrente entre a União, os estados, o DF e os municípios legislar sobre normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais.

186. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Se a União delegar aos estados e ao DF competência para legislar sobre questões específicas de licitação e contratação de suas entidades autárquicas e fundacionais, a delegação será inconstitucional, pois essa competência é indelegável da União.

187. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Conforme jurisprudência do STF, apenas a União pode legislar sobre a anistia ou o cancelamento de infrações disciplinares de servidores estaduais e municipais.

188. (ESAF/ATRFB/2012) Sobre as competências da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, assinale a única opção correta.

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a) Compete privativamente à União legislar sobre direito penitenciário.

b) Compete privativamente à União legislar sobre registros públicos.

c) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre desapropriação.

d) Compete privativamente à União legislar sobre juntas comerciais.

e) No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados não estão autorizados a exercer a competência legislativa plena.

189. (ESAF/ATRFB/2009) É constitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.

190. (ESAF/TFC-CGU/2008) Assinale a opção correta. Compete privativamente à União legislar sobre:

a) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico.

b) produção e consumo.

c) orçamento.

d) floresta, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição.

e) trânsito e transporte.

191. (ESAF/AFC-CGU/2008) Assinale a única opção que contempla competências materiais comuns da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

a) Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos, estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

b) Estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação e promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico.

c) Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social e preservar as florestas, a fauna e a flora.

d) Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos e cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência.

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e) Exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão e planejar promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações.

192. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/2009) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre desapropriação.

193. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/2009) Cabe aos Estados planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações.

194. (ESAF/ATRFB/2009) Compete privativamente à União legislar sobre direito econômico.

195. (ESAF/ATRFB/2009) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre trânsito e transporte.

196. (ESAF/ATRFB/2009) Compete ao Município decretar o estado de sítio.

197. (ESAF/CGU/2006) Compete à União elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território.

198. (ESAF/CGU/2006) A competência para legislar sobre orçamento é privativa da União.

199. (ESAF/TCU/2006) A competência da União de legislar privativamente sobre normas gerais de licitação e contratação pela Administração Pública impede que Estados e Municípios possam legislar sobre licitações e contratos públicos.

200. (ESAF/TCU/2006) O estabelecimento de uma política de educação para a segurança do trânsito é uma competência privativa da União.

201. (ESAF/CGU/2006) É competência remanescente dos Estados implantarem política de educação para a segurança do trânsito.

202. (ESAF/TCU/2001) Configura hipótese de competência legislativa concorrente o caso da delegação, pelos Estados-membros, da sua competência legislativa privativa para a União, com reserva de iguais poderes.

203. (FGV/Procurador - TCM-RJ/2008) Assinale a alternativa que apresente corretamente o princípio básico para distribuição de competência pelas Unidades da Federação.

(A) Princípio da isonomia.

(B) Princípio da autonomia das unidades da federação.

(C) Princípio da autogestão.

(D) Princípio da reserva da lei.

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(E) Princípio da predominância do interesse.

204. (FGV/Juiz Substituto – TJ – MG/2008) Com base na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e suas atualizações, assinale a afirmativa incorreta.

a) O princípio geral que norteia a repartição de competências entre os entes federativos é o da predominância de interesses. À União e ao Distrito Federal caberão as matérias e questões de predominante interesse geral; aos Estados-membros, as matérias e questões de predominância de interesse regional; e aos Municípios, as de interesse local.

b) Aos Estados-membros são reservadas as competências administrativas que não lhes sejam vedadas pela Constituição Federal, ou seja, todas as que não sejam da União, dos Municípios e comuns. É a denominada “competência remanescente dos Estados-membros”.

c) Aos Municípios também são reservadas as competências administrativas que não lhes sejam vedadas pela Constituição Federal, ou seja, todas as que não sejam da União, dos Estados-membros e comuns. É a também denominada “competência remanescente dos Municípios”.

d) A imunidade tributária recíproca ressalta a essência da Federação, baseada na divisão de poderes e partilha de competências entre os entes federativos, todos autônomos, e tem sido tratada no direito constitucional pátrio como um dos pilares do Estado Federal Brasileiro.

e) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados-membros exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

205. (FGV/Advogado-Senado/2008) Sobre a repartição constitucional de competências dos entes federativos, assinale a afirmativa incorreta.

a) Compete à União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei.

b) Compete privativamente à União legislar sobre águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão.

c) Compete concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre direito tributário, eleitoral, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico.

d) Compete concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre educação, cultura, ensino e desporto.

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e) É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico.

206. (FEPESE/PGE-SC/2009) Compete privativamente ao Município legislar sobre crime de responsabilidade do Prefeito e dos membros da Câmara de Vereadores.

207. (CESGRANRIO/Técnico de Nivel Superior -Jurídico - EPE/2007) A Constituição Federal estabelece as regras de repartição de competências federativas, atribuindo competência comum à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para:

a) legislar sobre energia.

b) explorar os serviços e instalações nucleares.

c) legislar sobre jazidas, minas e outros recursos minerais.

d) definir critérios de outorga de direitos de uso de recursos hídricos.

e) fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos.

208. (CESGRANRIO/Advogado INEA/2008) Nos termos da Constituição Federal vigente, compete privativamente à União legislar sobre:

a) desapropriação, telecomunicações e juntas comerciais.

b)seguridade social, registros públicos e conservação da natureza.

c) serviço postal, nacionalidade e responsabilidade por dano ao meio ambiente.

d) normas gerais de licitação para a administração pública, proteção ao patrimônio histórico e custas dos serviços forenses.

e) desapropriação, nacionalidade e registros públicos.

209. (CESGRANRIO/Procurador Jurídico-FENIG-RJ/RO/2005) Cabe aos municípios legislar sobre desapropriação.

210. (FCC/Procurador-Prefeitura de São Paulo/2008) Dentre as tarefas do Município, insere-se a promoção da educação, apresentando o caráter constitucional de

a) atribuição explícita, em se tratando do campo do ensino fundamental.

b) atuação em colaboração com o Estado-membro, na área do ensino médio e da educação infantil.

c) subsidiariedade para impor a interveniência do poder municipal no segmento da educação infantil, quando o setor privado se afigurar inadequado à demanda.

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d) competência implícita, incorporada na de legislar sobre assunto de interesse local.

e) obrigação prioritária das autoridades municipais no tocante ao ensino médio.

211. (FCC/TRF 1ª/2006) Os Municípios, segundo a Constituição Federal, não poderão criar, organizar ou suprimir distritos.

212. (CESPE/Analista – CNPq/2011) Compete aos municípios a organização e a prestação, de forma direta ou sob regime de concessão ou permissão, dos serviços públicos de transporte urbano coletivo local.

213. (CESPE/Analista Administrativo - PREVIC/2011) A CF reconhece aos municípios a competência para criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual.

214. (ESAF/SEFAZ-MG/2005) Cabe ao Estado-membro criar Distritos no âmbito dos Municípios.

215. (ESAF/CGU/2006) Compete ao Município manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-escolar, fundamental e médio.

216. (ESAF/TRF/2006) Em razão de sua autonomia administrativa, para criar, organizar e suprimir distritos, o município não é obrigado a observar a legislação estadual.

217. (ESAF/TRF/2006) O município não possui competência para suplementar a legislação federal, cabendo-lhe, tão-somente, a suplementação da legislação estadual.

218. (FGV/Auditor - TCM-RJ/2008) Na organização de distritos, o Município deve observar a legislação:

(A) estadual.

(B) local.

(C) complementar.

(D) nacional.

(E) federal.

219. (FCC/Procurador-Prefeitura de São Paulo/2008) O horário de funcionamento de farmácias constitui matéria reservada ao Município, em razão de competência

a) explícita, enunciada na Constituição Estadual.

b) concorrente, inerente à competência de cuidar da saúde.

c) residual, consolidada por força de súmula editada pelo Supremo Tribunal Federal.

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d) implícita, decorrente da competência de prestar assistência pública.

e) implícita, extraída da competência de legislar sobre assuntos de interesse local, reconhecida por súmula do Supremo Tribunal Federal.

220. (FCC/Procurador-Prefeitura de São Paulo/2008) Ao Município é reconhecida competência para suplementar a legislação estadual e federal com o escopo de atender ao interesse local. No exercício desta atribuição, o ente local poderá

a) editar normas que venham a dispor contrariamente à legislação estadual e federal.

b) complementar ou suprir normas legislativas federais e estaduais, no que couber.

c) disciplinar matérias de competência privativa da União em conformidade com o disposto em lei complementar federal.

d) baixar normas de regência do funcionamento dos registros públicos.

e) invocar a competência suplementar para aumentar catálogo da legislação federal proibitivo da venda de determinado gênero ou produto no Município.

221. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) De acordo com o posicionamento do STF, a fixação de tempo razoável de espera dos usuários dos serviços de cartórios constitui matéria relativa à disciplina dos registros públicos, inserida na competência legislativa privativa da União.

222. (CESPE/Juiz Substituto - TRF 1º/2010) É constitucional lei municipal que, no âmbito da competência legislativa concorrente, invocando a existência de interesse local, restringe ou amplia regras contidas em lei federal que disponha sobre a matéria de que trate a referida lei municipal.

223. (CESPE/SECONT-ES/2009) Por serem dotados de autonomia própria, os municípios apresentam capacidade de auto-organização, autogoverno, autoadministração e competências legislativas específicas, como a de legislar acerca da vocação sucessória dos cargos de prefeito e vice-prefeito, em caso de dupla vacância.

224. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Compete ao município manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do estado a que ele pertence, programas de educação infantil e de ensino fundamental, bem como serviços de atendimento à saúde da população.

225. (CESPE/Analista - TRT 9ª/2007) Compete aos municípios promover, no que couber, o adequado ordenamento territorial,

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mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano.

226. (CESPE/AGU/2009) Suponha que a constituição de determinado estado-membro tenha assegurado a estudantes o direito à meia-passagem nos transportes coletivos urbanos rodoviários municipais. Nessa situação, de acordo com o entendimento do STF, a previsão é constitucional, pois o ente estadual atuou no âmbito de sua competência, dando tratamento equânime aos estudantes em toda a sua esfera de atuação.

227. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Não cabe ao estado-membro disciplinar, ainda que no âmbito da constituição estadual, a ordem de vocação das autoridades municipais, quando configuradas situações de vacância ou impedimento na chefia do Poder Executivo municipal.

228. (FGV/Juiz Substituto – TJ – MG/2008) No que tange à competência constitucional dos entes da Federação, é incorreto afirmar que:

a) é competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial.

b) é inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.

c) compete aos Estados e ao Distrito Federal legislar, concorrentemente com a União, sobre direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico, urbanístico, limitando-se à competência da União, nesses casos, estabelecer normas gerais.

d) a lei federal é hierarquicamente superior à lei estadual, somente não prevalecendo se houver norma constitucional estadual no mesmo sentido. Igualmente, a lei estadual é hierarquicamente superior à lei municipal, e só não prevalece se houver norma na Lei Orgânica municipal no mesmo sentido.

e) mediante lei complementar, pode a União Federal autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias de sua competência privativa.

229. (FGV/OAB/2010.2) Um determinado Estado-membro editou lei estabelecendo disciplina uniforme para a data de vencimento das mensalidades das instituições de ensino sediadas no seu território.

Examinada a questão à luz da partilha de competência entre os entes federativos, é correto afirmar que:

(A) mensalidade escolar versa sobre direito obrigacional, portanto, de natureza contratual, logo cabe à União legislar sobre o assunto.

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(B) a matéria legislada tem por objeto prestação de serviço educacional, devendo ser considerada como de interesse típico municipal.

(C) por versar o conteúdo da lei sobre educação, a competência do Estado-membro é concorrente com a da União.

(D) somente competirá aos Estados-membros legislar sobre o assunto quando se tratar de mensalidades cobradas por instituições particulares de Ensino Médio.

230. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Quanto à competência legislativa privativa da União, é possível classificá-la em direito material substancial e direito material administrativo. Sobre o tema, é correto afirmar que

a) o direito marítimo é classificado como direito material administrativo.

b) a água, a energia, a informática, as telecomunicações e a radiodifusão são classificadas como direito material substancial.

c) as requisições civis e militares são classificadas como direito material substancial.

d) o direito agrário é classificado como direito material administrativo.

e) a desapropriação é classificada como um direito material administrativo.

231. (ESAF/ATA-MF/2009) Ao exercitarem o seu poder constituinte derivado-decorrente, os Estados-membros, a teor do disposto na Constituição Federal, respeitam os princípios constitucionais sensíveis, princípios federais extensíveis e princípios constitucionais estabelecidos.

232. (FCC/Técnico - TRT-PI/2009) O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao dobro da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e cinco, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de dez.

233. (FCC/ALESP/2010) Em relação ao Poder Legislativo dos Estados-Membros da federação brasileira, é correto asseverar que

a) o número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

b) apresenta uma estrutura bicameral decorrente da obrigatoriedade de haver simetria entre os órgãos legislativos da Federação.

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c) o subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa do Congresso Nacional, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais.

d) as regras sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidade, remuneração, perda de mandato, licença e impedimentos, aplicadas aos Deputados Federais, não se aplicam aos Deputados Estaduais.

e) as Assembleias Legislativas poderão criar comissões parlamentares de inquérito, desde que autorizadas pelo Congresso Nacional.

234. (FCC/TJAA-TRE-AC/2010) Em relação aos Estados Federados, analise:

I. Aos Estados cabe explorar, diretamente ou mediante permissão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, cuja regulamentação se fará mediante medida provisória.

II. Incluem-se, dentre outros bens dos Estados, as águas emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União.

III. A iniciativa popular é privativa do processo legislativo federal, não cabendo, portanto, na esfera estadual.

IV. Compete às Assembleias Legislativas dispor, entre outras situações, sobre sua polícia e prover os respectivos cargos.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I e IV.

c) II e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

235. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta, será acrescido de tantos quantos forem os deputados federais acima de dez.

236. (CESPE/Analista SEGER-ES/2007) Se um governador de estado for aprovado em concurso público, poderá tomar posse, mesmo que não entre em exercício devido a licença para o exercício de mandato eletivo.

237. (ESAF/ATA-MF/2009) O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados.

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238. (ESAF/CGU/2006) É vedado ao Governador do Estado assumir qualquer cargo ou função na administração pública direta, sob pena de perda do seu mandato eletivo.

239. (ESAF/CGU/2006) Os subsídios dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa do Poder Executivo.

240. (ESAF/TCU/2006) A fixação dos subsídios do Governador e do Vice-Governador será feita por lei de iniciativa do Poder Executivo estadual, e terá como limite o subsídio do Ministro do STF.

241. (FCC/TJAA-TRE-AC/2010) Desconsiderando eventuais decisões judiciais, observa-se que, exclusivamente, em conformidade com o texto constitucional, no que se refere à composição das Câmaras Municipais

I. Municípios com mais de quinze mil habitantes e de até trinta mil habitantes.

II. Municípios com mais de trinta mil habitantes e de até cinquenta mil habitantes.

Para a composição das referidas Câmaras Municipais, nesses casos, será observado, respectivamente, o limite máximo de Vereadores, de

a) sete e nove.

b) nove e onze.

c) onze e treze.

d) treze e quinze.

e) quinze e dezessete.

242. (FCC/TJAA-TRE-AC/2010) Quanto aos Municípios, considere as seguintes assertivas:

I. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal.

II. Para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de onze Vereadores, nos Municípios de até quinze mil habitantes.

III. Nos Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais.

IV. O total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de dez por cento da receita do Município.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

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b) I e III.

c) I e IV.

d) II e III.

e) II e IV.

243. (FCC/TJAA-TRE-AM/2010) Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal se da receita gastar com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores, mais de

a) cinquenta por cento.

b) setenta por cento.

c) quarenta por cento.

d) sessenta por cento.

e) cinquenta e cinco por cento.

244. (FCC/AJAJ-TJ-SE/2009) Considere as seguintes assertivas a respeito dos Municípios:

I. Compete aos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.

II. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de sessenta dias, e aprovada por um terço dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará.

III. Em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais.

IV. O total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município.

De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I, II e III.

c) I, III e IV.

d) II, III e IV.

e) III e IV.

245. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Nas infrações penais comuns e nas ações populares, os prefeitos municipais serão julgados pelo respectivo tribunal de justiça.

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246. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O prefeito é obrigado a promover o repasse dos recursos financeiros destinados à câmara de vereadores até o dia 20 de cada mês. No entanto, a ausência do repasse até essa data não constitui crime de responsabilidade.

247. (ESAF/CGU/2006) O subsídio dos Vereadores deverá ser fixado por lei de iniciativa das respectivas Câmaras Municipais, só sendo aplicável o reajuste na legislatura subseqüente.

248. (ESAF/CGU/2006) A Constituição Federal só prevê a possibilidade de dois turnos de votação, para eleição dos prefeitos, nos municípios que tiverem mais de duzentos mil habitantes.

249. (ESAF/CGU/2006) O valor máximo do subsídio de um vereador, previsto no texto constitucional, corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio de um Deputado Estadual, só sendo possível fixar esse valor se o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município.

250. (ESAF/CGU/2006) Para fins de aplicação do limite constitucional para o total das despesas do Poder Legislativo Municipal são contabilizados os gastos com os inativos do Poder Legislativo e excluídos os gastos com os subsídios dos vereadores, que têm limite próprio.

251. (ESAF/TRF/2006) Se um prefeito municipal realizar o repasse de recursos do Poder Legislativo Municipal após o dia vinte de cada mês, ele estará incorrendo em hipótese de crime de responsabilidade.

252. (ESAF/SEFAZ-MG/2005) O Município pode, como decorrência do seu poder de auto-organização, criar um tribunal de contas municipal para efetuar o controle externo do Poder Executivo municipal.

253. (ESAF/TRF/2006) O subsídio dos Vereadores, fixado por ato da Câmara Municipal, nos termos da Constituição Federal, só entrará em vigência no ano seguinte ao da publicação do ato, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os limites máximos estabelecidos no texto constitucional.

254. (ESAF/TRF/2006) Para fins de verificação da adequação do total da despesa do Poder Legislativo municipal com o limite estabelecido no texto constitucional, os gastos com os subsídios dos Vereadores devem ser incluídos no valor total da despesa e os gastos com inativos, excluídos.

255. (ESAF/TRF/2006) A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito de um município só terá segundo turno se, simultaneamente, nenhum dos candidatos obtiver a maioria absoluta dos votos válidos e o município tiver mais de duzentos mil habitantes.

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256. (ESAF/TRF/2006) Os prefeitos serão julgados, em razão de ilícitos penais e cíveis, pelo Tribunal de Justiça do Estado.

257. (FCC/Técnico TCE-GO/2009) Considere as seguintes afirmações sobre a fiscalização do Município, mediante controle externo:

I. O controle externo será exercido pela Câmara Municipal, com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

II. O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de três quintos dos membros da Câmara Municipal.

III. As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, sendo vedado ao contribuinte, contudo, questionar-lhes a legitimidade.

Está correto o que se afirma em:

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) III, apenas.

d) I e II, apenas.

e) I, II e III.

258. (FCC/AJEM-TRF1ª/2011) Sobre os Municípios, é INCORRETO afirmar que:

a) constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês ou enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.

b) o controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

c) o parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.

d) as contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

e) a fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Estadual, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Legislativo Municipal, na forma da lei.

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259. (FCC/Oficial de Justiça - TJ-PA/2009) As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.

260. (FCC/Oficial de Justiça - TJ-PA/2009) As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.

261. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) As Constituições estaduais podem determinar que os Tribunais de Contas Estaduais sejam compostos por mais de sete Conselheiros.

262. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) O pacto federativo brasileiro reconhece o Município como ente, por isso a Constituição de 1988 permite a criação de novos Tribunais de Contas no âmbito municipal.

263. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Os municípios poderão instituir, mesmo depois de 1988, tribunais de contas municipais com vistas a auxiliar a câmara de vereadores no exercício do controle externo do município.

264. (CESPE/TRE-MA/2009) A CF veda a criação de tribunais, conselhos ou órgãos de contas municipais.

265. (ESAF/TRF/2006) O parecer prévio sobre as contas anuais do Prefeito, emitido pelo órgão que auxilia a Câmara Municipal no exercício do controle externo, é meramente indicativo, podendo ser rejeitado pela maioria simples dos membros do Poder Legislativo Municipal.

266. (ESAF/TRF/2006) Após a Constituição de 1988, ficou vedada a criação, no âmbito do Estado, de Tribunal de Contas dos Municípios.

267. (FCC/TJAA-TRE-AL/2010) Com relação ao Distrito Federal é correto afirmar que, dentre outras situações:

a) é governado por Deputado Federal escolhido pela Câmara dos Deputados.

b) é permitida sua divisão em Municípios.

c) não possui competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.

d) lei estadual disporá sobre a utilização por seu Governo das polícias civil e militar.

e) reger-se-á por lei orgânica.

268. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) Determina a Constituição que o Distrito Federal:

a) é governado por um interventor, nomeado pelo Presidente da República, pelo fato de ser a sede da capital federal.

b) é regido por uma Constituição Distrital.

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c) possui Poder Legislativo próprio denominado Assembléia Legislativa Distrital.

d) não pode ser dividido em Municípios.

e) possui competências legislativas reservadas à União e aos Estados-Membros.

269. (FCC/Técnico - TRT-PI/2009) No tocante ao Distrito Federal, considere as seguintes assertivas:

I. É vedada sua divisão em Municípios.

II. São atribuídas as competências legislativas reservadas à União.

III. Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, do corpo de bombeiros militar.

IV. É regido por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de cinco dias.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, II e III.

b) I e III.

c) I, III e IV.

d) II e III.

e) II e IV.

270. (CESPE/AJAA-TJES/2011) A iniciativa para apresentar projeto de lei referente aos reajustes dos servidores militares do Distrito Federal (DF) é privativa do governador dessa unidade federada.

271. (CESPE/MPS/2010) O DF acumula as atribuições referentes à competência legislativa reservada aos estados e aos municípios.

272. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O DF, vedada sua divisão em municípios, reger-se-á por sua constituição, que, aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, será promulgada, desde que atendidos os princípios estabelecidos na CF.

273. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) O DF, como entidade federativa com autonomia político-administrativa, não pode ser dividido em municípios, mas sim em administrações regionais, por indicação do governador, que nomeia administradores para as diferentes regiões.

274. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Entre os municípios que compõem o DF, Brasília é a sua capital, além de ser a capital do Brasil, acumulando competências legislativas dos estados e municípios.

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275. (ESAF/CGU/2006) Observados os limites constitucionais, a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar será disciplinada em lei distrital.

276. (ESAF/ATRFB/2009) Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar do Distrito Federal.

277. (ESAF/PGDF/2007) O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal está subordinado ao comando do Governador do Distrito Federal, mas é organizado e mantido pela União.

278. (FCC/PGE-AM/2010) De acordo com a Constituição Federal, os Territórios:

a) integram a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, juntamente com a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos nos termos da Constituição.

b) podem integrar a União ou os Estados, conforme dispuser a lei complementar que os criar.

c) gozam de autonomia organizacional, uma vez que lhes cabe instituir sua própria lei orgânica.

d) podem ser subdivididos em Municípios.

e) gozam de autonomia política, uma vez que elegem seu próprio governador.

279. (CESPE/MPS/2010) De acordo com a CF, os territórios podem ser divididos em municípios.

280. (ESAF/CGU/2006) Em relação aos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, lei complementar federal disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.

281. (CESPE/AUFCE-TCU/2011) De acordo com a CF, a União e os estados-membros podem criar regiões de desenvolvimento visando à redução das desigualdades regionais.

282. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando ao seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais, cabendo à lei dispor acerca dos incentivos regionais que compreenderão, por exemplo, isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas.

283. (FCC/TJAA-TRT 20/2011) Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais. As condições para integração de regiões em desenvolvimento serão estabelecidos em

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a) Lei Ordinária.

b) Lei Complementar.

c) Lei Delegada.

d) Medida Provisória.

e) Decreto Legislativo.

284. (FCC/PGE-AM/2010) A propósito do modelo de repartição de competências adotado na Constituição Federal, pode-se afirmar que

a) aos Estados foram asseguradas apenas competências residuais.

b) as competências materiais são sempre de exercício concorrente por todos os entes federativos.

c) todas as competências privativas legislativas da União Federal podem ser exercidas pelos Estados naquilo que for necessário para atender a suas peculiaridades, mas não pelos Municípios.

d) entre as competências legislativas dos Municípios se inclui a de suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber.

e) ao Distrito Federal não foi assegurado o exercício de competências legislativas em regime de concorrência com a União.

285. (FCC/Auditor-TCE-RO/2010) Durante propaganda eleitoral para a escolha de governador de um determinado Estado, um candidato apresentou as propostas que pretende implementar, constantes nos itens a seguir, caso seja eleito:

I. melhorar e ampliar o sistema de atendimento à saúde;

II. promover programas de construção de moradias e de melhoria das condições habitacionais;

III. promover o adequado ordenamento territorial mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IV. organizar, ampliar e fiscalizar os serviços locais de gás canalizado para que regiões de periferia sejam beneficiadas.

De acordo com as competências administrativas das unidades federadas, conforme estabelece a Constituição, é correto afirmar que esse candidato, se eleito,

a) dependerá da atuação conjunta da União e dos Municípios para fomentar as políticas públicas presentes nos itens I, II e IV, as quais são decorrentes de competências comuns.

b) não poderá cumprir a promessa constante no item III, o qual estabelece uma competência de âmbito municipal.

c) não poderá implementar ações nas áreas previstas nos itens I e II, as quais são de competência exclusiva da União.

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d) realizará apenas as ações pertinentes aos itens III e IV, cuja competência é reservada aos Estados.

e) poderá atender as demandas relacionadas apenas aos itens I, II e III, mas não poderá desenvolver as ações relacionadas ao item IV, já que o gás, por ser um combustível estratégico, está sob o domínio da União.

286. (FGV/Advogado - BADESC/2010) As alternativas a seguir apresentam características do sistema federativo brasileiro, à exceção de uma. Assinale-a.

(A) Repartição constitucional de competências entre a União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios.

(B) Atribuição de autonomia constitucional aos Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, podendo tais entes federativos organizar seus poderes executivo, legislativo e judiciário, na forma de suas constituições regionais.

(C) Participação dos Estados-membros na elaboração das leis federais, através da eleição de representantes para o Poder Legislativo Federal.

(D) Possibilidade constitucional excepcional e taxativa de intervenção federal nos Estados-membros e no Distrito Federal, para manutenção do equilíbrio federativo.

(E) Indissolubilidade da federação, sendo vedada a aprovação de emenda constitucional tendente a abolir a forma federativa de Estado.

287. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) A respeito da organização político-administrativa do Estado brasileiro, assinale a afirmativa incorreta.

a) Os Estados-membros da federação brasileira organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios consagrados na Constituição Federal.

b) Os Municípios regem-se por suas leis orgânicas, que devem ser votadas em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovadas por dois terços dos membros da Câmara Municipal.

c) A União Federal detém competência privativa para legislar sobre direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico espacial e do trabalho.

d) Os governadores dos Estados-membros podem editar medidas provisórias, desde que haja previsão na respectiva Constituição estadual e sejam observados os princípios e limitações impostos pelo modelo adotado na Constituição Federal.

e) A União Federal só poderá intervir nos Estados-membros para repelir invasão estrangeira ou para conter a ação de grupos

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terroristas. O decreto de intervenção deve ser submetido à apreciação do Senado Federal, considerando-se aprovado se obtiver voto da maioria absoluta de seus membros, em dois turnos de votação.

GABARITO:

1 C 25 Errado 49 Errado 73 C 97 Correto 2 Errado 26 Errado 50 Errado 74 C 98 Errado 3 C 27 Errado 51 Correto 75 B 99 Correto 4 C 28 Errado 52 A 76 B 100 Errado 5 Correto 29 Correto 53 A 77 E 101 E 6 Correto 30 Correto 54 E 78 Errado 102 A 7 Errado 31 Errado 55 C 79 Errado 103 Correto 8 Correto 32 Correto 56 Errado 80 Correto 104 D 9 Errado 33 B 57 Errado 81 Correto 105 Errado

10 Errado 34 A 58 Errado 82 Errado 106 Errado 11 Errado 35 Correto 59 Errado 83 Errado 107 Correto 12 Errado 36 C 60 Correto 84 Errado 108 Errado 13 Errado 37 Errado 61 Correto 85 Errado 109 Errado 14 Correto 38 Errado 62 Errado 86 Errado 110 Errado 15 Errado 39 Errado 63 Correto 87 Errado 111 Errado 16 Errado 40 D 64 Errado 88 Errado 112 Correto 17 Correto 41 Errado 65 Correto 89 Errado 113 Errado 18 Errado 42 Correto 66 Errado 90 Errado 114 Correto 19 Correto 43 Errado 67 A 91 Errado 115 Correto 20 Errado 44 Correto 68 C 92 Errado 116 Correto 21 Errado 45 Correto 69 Errado 93 Correto 117 Errado 22 Errado 46 Errado 70 Correto 94 Errado 118 Errado 23 Correto 47 Errado 71 Correto 95 Errado 119 Correto 24 Errado 48 Errado 72 Errado 96 Correto 120 Errado

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121 Errado 150 Correto 179 Correto 208 E 237 Correto 266 Errado 122 Correto 151 Errado 180 Errado 209 Errado 238 Errado 267 E 123 Correto 152 Correto 181 Errado 210 A 239 Errado 268 D 124 Errado 153 Errado 182 Errado 211 Errado 240 Errado 269 B 125 Correto 154 Errado 183 Correto 212 Correto 241 C 270 Errado 126 Correto 155 Correto 184 Errado 213 Correto 242 B 271 Correto 127 Errado 156 Errado 185 Errado 214 Errado 243 B 272 Errado 128 Errado 157 Errado 186 Errado 215 Errado 244 C 273 Correto 129 Errado 158 Correto 187 Errado 216 Errado 245 Errado 274 Errado 130 Errado 159 Correto 188 B 217 Errado 246 Errado 275 Errado 131 Errado 160 Errado 189 Errado 218 A 247 Errado 276 Correto 132 Errado 161 Errado 190 E 219 E 248 Errado 277 Correto 133 Errado 162 Correto 191 A 220 B 249 Correto 278 D 134 A 163 Errado 192 Errado 221 Errado 250 Errado 279 Correto 135 B 164 Errado 193 Errado 222 Errado 251 Correto 280 Errado 136 E 165 Errado 194 Errado 223 Correto 252 Errado 281 Errado 137 D 166 Errado 195 Errado 224 Correto 253 Errado 282 Correto 138 Errado 167 Errado 196 Errado 225 Correto 254 Correto 283 B 139 Errado 168 Errado 197 Correto 226 Errado 255 Errado 284 D 140 B 169 Errado 198 Errado 227 Correto 256 Errado 285 B 141 A 170 Errado 199 Errado 228 D 257 A 286 B 142 E 171 Correto 200 Errado 229 A 258 E 287 E 143 A 172 Errado 201 Errado 230 E 259 Correto

144 E 173 Errado 202 Errado 231 Correto 260 Correto

145 D 174 Errado 203 E 232 Errado 261 Errado

146 E 175 Errado 204 C 233 A 262 Errado

147 B 176 Errado 205 C 234 D 263 Errado

148 E 177 Errado 206 Errado 235 Errado 264 Correto

149 Correto 178 Correto 207 E 236 Correto 265 Errado