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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TST – AJADM+TÉCNICO ADM PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 5 Da organização dos Poderes. Do Poder Executivo: das atribuições e responsabilidades do presidente da república. Do Poder Legislativo: da fiscalização contábil, financeira e orçamentária. I. PODER EXECUTIVO ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 3 II. DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (PR) -------------------------------------------------------------------- 4 III. DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA (VP) -------------------------------------------------------- 16 IV. DO PODER REGULAMENTAR ------------------------------------------------------------------------------------ 17 V. RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ---------------------------------- 21 VI. DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU) ------------------------------------------------------- 53 VII. QUESTÕES DA AULA-------------------------------------------------------------------------------------------------- 75 VIII. GABARITO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 90 IX. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA--------------------------------------------------------------------------------- 91 Olá futuros Analistas Administrativos do TST! Prontos para o SEU salário de R$ 6.611,39? A aula de hoje deve ser estudada apenas pelos futuros analistas, ok? Na aula de hoje, estudaremos a seguinte parte do seu edital: Da organização dos Poderes. Do Poder Executivo: das atribuições e responsabilidades do presidente da república. Do Poder Legislativo: da fiscalização contábil, financeira e orçamentária Em relação ao Poder Legislativo, trago somente disposições sobre o Tribunal de Contas da União e seu relacionamento com o Congresso Nacional, respeitando a disposição do edital, que só contemplou a fiscalização contábil, financeira e orçamentária. Como sempre, faremos muitos exercícios da sua banca para que você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 52 questões da FCC comentadas!

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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TST – AJADM+TÉCNICO ADM

PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

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Aula 5Da organização dos Poderes. Do Poder Executivo: das atribuições e responsabilidades do presidente da república. Do Poder Legislativo: da fiscalização contábil, financeira e orçamentária.

I. PODER EXECUTIVO ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 3II. DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (PR) -------------------------------------------------------------------- 4III. DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA (VP) -------------------------------------------------------- 16IV. DO PODER REGULAMENTAR ------------------------------------------------------------------------------------ 17V. RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ---------------------------------- 21VI. DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU)------------------------------------------------------- 53VII. QUESTÕES DA AULA-------------------------------------------------------------------------------------------------- 75VIII. GABARITO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 90IX. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA--------------------------------------------------------------------------------- 91

Olá futuros Analistas Administrativos do TST!

Prontos para o SEU salário de R$ 6.611,39?

A aula de hoje deve ser estudada apenas pelos futuros analistas, ok?

Na aula de hoje, estudaremos a seguinte parte do seu edital: Da organização dos Poderes. Do Poder Executivo: das atribuições e responsabilidades do presidente da república. Do Poder Legislativo: da fiscalização contábil, financeira e orçamentária

Em relação ao Poder Legislativo, trago somente disposições sobre o Tribunal de Contas da União e seu relacionamento com o Congresso Nacional, respeitando a disposição do edital, que só contemplou a fiscalização contábil, financeira e orçamentária.

Como sempre, faremos muitos exercícios da sua banca para que você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 52 questõesda FCC comentadas!

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Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na medida em que a matéria for explicada. Ao responder as questões, leia todos os comentários, pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão.

Na aula de hoje, teremos APENAS 26 páginas de conteúdo (teoria). O restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e agradável!

Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email [email protected].

Vamos então à nossa aula!

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I. PODER EXECUTIVO

Meu caro aluno e futuro Analista Administrativo do TST, é importante que você tenha uma visão do todo antes de estudar cada detalhe da matéria. Assim, observe o esquema a seguir e veja a estrutura do conteúdo que iremos estudar na aula de hoje.

1 - Funções do Poder Executivo - Típicas- Atípicas

2 - Presidente da República 2.1 - Funções do PR 2.2 - Investidura2.3 - Impedimentos e vacância2.4 - Atribuições do PR

3 - Vice-Presidente da República 4 - Ministros de Estado5 - Poder Regulamentar 6 - Responsabilização do PR 6.1 - Crimes de responsabilidade

6.2 - Crimes comuns7 - Governadores de Estado e do DF

Você se lembra que cada um dos poderes possui funções típicas e também atípicas? Pois bem, o Poder Executivo possui como função típica a de administrar e como funções atípicas a de legislar (ex. quando o Presidente da República elabora uma lei delegada ou uma Medida Provisória) e a de julgar (ex. quando a Administração Pública julga os processos administrativos). Veja:

a) Função Típica - Administração

b) Função Atípica - Legislar (Leis Delegadas, MPs...)

- Julgar (decisões nos processos adm)1. F

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II. DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (PR)

2.1 FUNÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

O Presidente da República é o chefe do Poder Executivo Federal e exerceduas funções: a de Chefe de Estado, quando representa o Brasil em suas relações internacionais e a de Chefe de Governo, quando exerce a direção superior da Administração Federal. Assim, quem exerce o Poder Executivo é o Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.

2.2 INVESTIDURA

Sistema eleitoral: O Presidente da República é eleito pelo sistema majoritário de dois turnos. Explicando melhor: existem dois sistemas eleitorais. O primeiro é o sistema proporcional, onde cada partido obtém um número de vagas proporcionais à soma dos votos em todos os seus candidatos, e estas vagas são distribuídas, pela ordem, aos candidatos mais votados daquele partido.

O segundo é o sistema majoritário, onde o candidato eleito será aquele que conseguir a maioria dos votos. Este último sistema pode ainda ser subdividido em dois: o sistema majoritário simples (ou puro) e o sistema majoritário de dois turnos.

O sistema majoritário simples ou puro é aquele onde o candidato vencedor da eleição será aquele que obtiver mais votos em um só turno, independentemente da diferença de votos. Esse sistema é usado para a eleição de senadores e de prefeitos de municípios com menos de 200 mil eleitores.

Já o sistema majoritário de dois turnos é aquele onde o vencedor das eleições será o candidato que obtiver a MAIORIA ABSOLUTA dos votos, não computados os brancos e os nulos.

Caso ninguém consiga esse número no primeiro turno, haverá segundo turnoem 20 dias, concorrendo os dois candidatos mais votados. Em caso de morte, desistência ou impedimento legal de candidato antes do segundo turno,convoca-se o de maior votação dentre os remanescentes. Caso haja empate, em qualquer caso, terá preferência o mais idoso.

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Esse sistema é utilizado nas eleições de Presidente da República,Governador e prefeitos de municípios com mais de 200 mil eleitores.

Data das eleições: As eleições para Presidente da República ocorrerão, em 1º turno, no 1º domingo do mês de outubro do ano anterior ao término do mandato presidencial vigente e, em 2º turno, no último domingo de outubro.

Mandato: O mandato presidencial terá duração de 4 anos, com início em 1º de janeiro do ano seguinte à eleição.

Reeleição: O Presidente da República pode ser reeleito UMA ÚNICA VEZ.Assim, ao final de dois mandatos consecutivos, o Presidente não pode se candidatar a um terceiro mandato.

Observe que nada impede que alguém seja eleito Presidente da República três, quatro, cinco, dez vezes ao longo da vida. Isso pode ocorrer. O que é proibido é que alguém tenha mais de dois mandatos consecutivos.

Requisitos de elegibilidade do Presidente da República (PR) e do Vice-Presidente da República (VP): A CF estabelece como requisitos para que alguém seja Presidente da República e Vice-Presidente da República:

- Ser brasileiro nato (não pode ser estrangeiro ou brasileiro naturalizado);

- Idade mínima: 35 anos

- Estar no pleno gozo dos direitos políticos;

- Alistamento eleitoral;

- Filiação partidária: Não pode haver candidatura avulsa ou autônoma, ou seja, ninguém pode registrar sua candidatura se não for por meio de um partido político. Além disso, a CF não estabelece prazo mínimo de filiação para que alguém se candidate a Presidente.

- Não ser inelegível.

Posse: A Constituição estabelece que a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República se dará em sessão conjunta do Congresso Nacional (não é da Câmara dos Deputados e nem do Senado Federal) no dia 1º de janeiro. Salvo motivo de força maior, o cargo será declarado vago se o Presidente ou o Vice não assumirem em 10 dias.

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Esquematizando:

2. Presidente da República

2.1. Funções do PR a) Chefe de Estado: representar o Brasil nas suas relações internacionaisb) Chefe de Governo: Exerce a direção superior da Administração Federal- Exerce o Poder Executivo, auxiliado pelos MinE

Sistema - Puro/simples - Ganha quem tiver mais votos em um só turnomajoritário - Independentemente da diferença de votos

- Eleição de - Senadores- Prefeitos de mun com menos de 200 mil eleitores

- De 2 turnos - Ganha quem tiver a MAIORIA ABSOLUTA dos votos- Não computados os em branco e os nulos- Se ninguém conseguir a MA no 1º turno, concorrem em 2º turno os dois mais votados

- Prazo: 20 dias- Empate: o mais idoso

- Morte, desistência ou impedimento legal de candidato antes do 2º turno: convoca-se o de maior votação dentre os remanescentes

- Empate: o mais idoso

- Eleição de - Presidente da República- Governador- Prefeitos de mun com mais de 200 mil eleitores

Data da eleição 1º turno: 1º domingo do mês de outubro do ano anterior ao término do mandato presidencial vigente

2º turno: último domingo de outubro

Mandato - Duração: 4 anos- Início: 1º de janeiro do ano seguinte à eleição

Reeleição - PR pode ser reeleito UMA ÚNICA VEZ- Pode ser PR + de 2 vezes, o que não pode é ter + d 2 mandatos consecutivos- Para garantir a alternância de poder

Requisitos de elegibilidade - Ser brasileiro natodo PR e do VP - Idade mín: 35 anos

- Estar no pleno gozo dos direitos políticos- Alistamento eleitoral- Filiação partidária (Vedado candidatura avulsa / autônoma)- Não ser inelegível

Posse - Em sessão conjunta do CN- No dia 1º de janeiro- Cargo será declarado vago se o PR/VP não assumirem em 10d salvo força maior

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2.3 IMPEDIMENTO E VACÂNCIA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Os impedimentos são os afastamentos temporários do Presidente. Nesse caso, o Vice o substitui. Já a vacância é o afastamento definitivo do chefe do Poder Executivo devido à morte, renúncia ou perda do cargo. Já nesse caso, ele será sucedido pelo Vice, que assumirá o mandato pelo tempo restante.Assim, por exemplo, se o Presidente da República morre, o vice assumirá a presidência pelo tempo restante do seu mandato sem Vice-Presidente.

Roberto, o que ocorrerá caso haja vacância nos cargos de Presidente E Vice-Presidente? Ou seja, se os dois cargos vagarem? Nesse caso, dependerá de quando os dois cargos ficarem vagos. Se as vagas ocorrerem nos dois primeiros anos do mandato, haverá eleição DIRETA em até 90 dias depois de aberta a última vaga. Eleição direta significa que o povo vai às urnas novamente para eleger o novo Presidente e Vice-Presidente da República.

Por outro lado, caso as vagas surjam nos dois últimos anos do mandato,ocorrerá eleição INDIRETA pelo Congresso Nacional em até 30 dias depois de aberta a última vaga. Na eleição indireta, não é o povo que vai às urnas para votar, mas sim os representantes do povo (Congresso Nacional) que elegem o Presidente da República.

Nos dois casos, o novo Presidente e Vice exercerão o mandato somente pelo tempo restante do mandato original (mandato tampão). Observe o desenho:

Vaga nos 2 primeiros anos:Eleição direta pelo povo

Novo mandato (mandato-tampão)

1º ano

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Como visto, quem substitui o Presidente nos casos de impedimento ou o sucede nos casos de vacância é o Vice-Presidente da República. Na falta dos dois, serão sucessivamente chamados para ocupar, temporariamente, a Presidência da República (nessa ordem):

1. Presidente da Câmara dos Deputados

2. Presidente do Senado Federal

3. Presidente do STF

Observe que esses três somente ocuparão o cargo de Presidente da República temporariamente.

A Constituição Federal ainda estabelece que o Presidente da República e o Vice não poderão se ausentar do país por mais de 15 dias sem licença do Congresso Nacional, sob pena de perda do cargo. Pelo princípio da simetria, essa regra é de observância obrigatória pelos estados membros, relativamente aos governadores e às respectivas assembleias legislativas, não podendo as constituições estaduais ampliar ou reduzir esse período.

Essa proibição se aplica a ambos os cargos: Presidente da República e Vice-Presidente da República, independentemente de esse último estar ou não substituindo.

Esquematizando:

Vaga nos 2 últimos anos:Eleição indireta pelo CN

Novo mandato (mandato-tampão)

1º ano

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a) Impedimento - É o afastamento temporário do PR- Vice-Presidente SUBSTITUI o PR- O PR e o VP não poderão, sem licença do CN, ausentar-se do país por mais de 15 dias, sob pena de perda do cargo

Regra de observância obrigatória pelos estados membros, relativamente aos gov e as respectivas assembleias legislativas

Princípio da simetria

b) Vacância - É o afastamento definitivo do PR- Decorre de i. Morte

ii. Renúnciaiii. Perda do cargo

- VP SUCEDE o PR e termina seu mandato pelo tempo restante

c)Vacância dos i. Nos 2 primeiros - Eleição diretacargos de PR e VP anos do mandato - Em 90 dias depois de aberta a última vaga

ii. Nos 2 últimos - Eleição indireta pelo CNanos do mandato - 30 dias depois de aberta a última vaga

- Nos dois casos, o mandato é somente pelo tempo restante: (mandato-tampão)

d) Linha sucessória: Nos casos de impedimento/vacância do PR e do VP, serão sucessivamente chamados para a Presidência 1. Presidente da CD

2. Presidente do SF3. Presidente do STF

2.3.

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2.4 ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

As atribuições do Presidente da República estão previstas no artigo 84 da Constituição Federal, que traz uma lista exemplificativa. Dessa forma, pode haver outras atribuições presidenciais não elencadas nesse dispositivo. Para fins de prova, marcarei em negrito e comentarei as mais importantes, o que não significa que você pode esquecer as demais, combinado?

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;

Observe que o Congresso Nacional não possui qualquer interferência na escolha ou exoneração dos Ministros de Estado. No entanto, o Legislativo tem participação em casos especiais: (não são Ministros de Estado!)

Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central, os chefes de missão diplomática de caráter permanente (embaixadores) e outros servidores, quando determinado em lei: são escolhidos pelo Presidente da República, mas devem ser aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal.

PGR: Embora nomeado pelo presidente da República para um mandato de dois anos, a destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.

Cuidado para não confundir o Procurador-Geral da República (PGR) com o Advogado-Geral da União (AGU). Este último não precisa de aprovação do Senado Federal.

XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;

XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;

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XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União;

II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;

III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;

IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;

V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

Observe que o Presidente não está autorizado a dispor sobreÓRGÃOS públicos, que somente podem ser criados ou extintos por lei (art. 48, XI).

VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;

VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;

Observe que o Presidente da República celebra os tratados internacionais e o Congresso Nacional os referenda. Dessa forma, cuidado para não confundir a atribuição do Presidente (celebrar o tratado) com a do Congresso (referendá-lo).

Confira o texto da CF: Art. 49. “É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre (referendar) tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.”

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IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;

A CF confere ao Presidente da República a competência para DECRETAR (e não aprovar) o estado de defesa e o estado de sítio. No entanto, o Congresso Nacional pode SUSPENDER essas medidas. Observe o art. 49: “Compete ao Congresso Nacional IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas.”

X - decretar e executar a intervenção federal;

A intervenção federal é a limitação temporária da autonomia de um ente da federação (estado, DF ou município localizado em território) e existem vários motivos que podem levar à decretação da intervenção (confira o art. 34).

Saiba que quem decreta e executa a intervenção federal é o Presidente da República, sem precisar de autorização prévia do Poder Legislativo. No entanto, o decreto de intervenção deve ser apreciado pelo Congresso Nacional em até 24 horas (art. 36, § 1º). Resumindo:

Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depois

Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depois

Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois

o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidas

XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;

Observe que a audiência dos órgãos instituídos em lei não é obrigatória.

XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos;

XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;

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XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;

XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;

Observe que a declaração de guerra e a mobilização nacional devem,em regra, ser AUTORIZADAS pelo Congresso Nacional. No entanto, caso o Parlamento esteja em recesso, o Presidente primeiro as declara e, depois, o Congresso as REFERENDA (aprova).

XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;

XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;

XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;

XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;

XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;

Essa norma é de reprodução obrigatória nos demais entes da federação. Assim, é inconstitucional norma estadual que altere esses prazos.

XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;

Somente o Presidente da República pode editar as medidas provisórias, não podendo delegar essa atribuição a mais ninguém. Os Governadores e Prefeitos também podem editar MPs, desde que elas estejam previstas na Constituição Estadual e na Lei Orgânica Municipal.

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XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. (A lista é exemplificativa, lembra?)

Uma informação bastante cobrada em provas é que, em regra, as atribuições acima são indelegáveis, no entanto, o Presidente da República pode delegar aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União as seguintes:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo)

Esquematizando:

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Art. 84Lista exemplificativaSão extensíveis aos governadores e prefeitosRegra: indelegáveis

- Pode delegar VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Dec Aut)a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

Exceção b) extinção de funções ou cargos (órgãos não) públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei;(extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo)

- Delegar ao - MinE- AGU- PGR

Tratados Internacionais: o PR celebra os tratados internacionais e o CN os referenda

Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depois

Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depois

Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depoiso O CN pode sustar qualquer uma dessas medidas

OBS: PR escolhe, mas devem - Min STFaprovados pela MA do SF - Min Tribunais Superiores

- Gov Territ- Presidente e diretores do BACEN- Chefes de missão dipl. de caráter permanente- PGR

2.4.

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PR

- Nomeado pelo PR para um mandato de 2 anos, mas a destituição do PGR por iniciativa do PR, deverá ser precedida de autorização da MA do SF

- Não confundir PGR com AGU (que não precisa de aprovação do SF)

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III.DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA (VP)

Quanto ao Vice-Presidente da República, somente duas informações são importantes para fins de prova. A primeira é que a eleição do Presidente importará a do Vice-Presidente. Assim, os cidadãos não podem escolher o vice separadamente.

A segunda informação necessária se refere às atribuições do Vice-Presidente da República. Observe o esquema:

a) Atribuições i. Substituição do Presidente nos casos de impedimento (temporário)ii. Sucessão do Presidente nos casos de vacância (definitivo)iii. Participação no - Conselho da República

- Conselho de Defesa Nacionaliv. Auxiliar o Presidente quando convocado para missões especiaisv. Outras atribuições conferidas por Lei Complementar

b) Investidura: A eleição do Presidente importará a do Vice-Presidente3. V

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IV. DO PODER REGULAMENTAR

O poder regulamentar é a prerrogativa concedida exclusivamente ao Chefe do Poder Executivo para editar DECRETOS E REGULAMENTOS, destinados a dar fiel execução às leis. Uma das formas de externalização desse poder é através do Decreto Regulamentar.

Observe que existem três tipos de decreto:

1) Decreto Regulamentar ou de Execução: É o ato normativo secundário, de conteúdo geral, impessoal e abstrato, expedido para possibilitar a fiel execução de determinada lei. (é sobre esse tipo de decreto que nós estamos falando!)

Ato normativo secundário ou derivado é aquele que não deriva diretamente da CF e sim de uma lei. Assim, ele depende da existência de uma lei, não podendo existir sem ela e sendo hierarquicamente inferior.

Ter conteúdo geral, impessoal e abstrato significa dizer que o decreto não se refere a nenhum caso concreto e não possui destinatário certo, sendo aplicado a todos aqueles que se encaixarem nas situações previstas no decreto.

Esse tipo de decreto tem por base o art. 84, VI da CF, não é passível de delegação pelo Presidente da República e deriva do poder regulamentar a ele conferido.

2) Decreto autônomo: é o ato através do qual o Presidente da República dispõe sobre organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos ou sobre a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. Ele foi inserido no ordenamento pátrio pela Emenda Constitucional nº 32/2001.

O decreto autônomo é um ato normativo primário, ou seja, deriva da própria Constituição (art. 84, VI) e tem força de lei. Além disso, esta competência pode ser delegada aos Ministros de Estado, PGR e AGU.

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Portanto, atenção! O decreto autônomo não pode regulamentar leis, para isso, existe o decreto regulamentar!

3) Decreto Específico/Individual: é um ato de efeito concreto que possui destinatário certo e provê situações individuais, particulares, tais como nomeação, exoneração, desapropriação etc. Este não é um ato normativo e não é derivado do poder regulamentar.

Roberto, ainda estou meio confuso... Dá pra deixar mais claro? Lógico!

Quando uma lei é editada, é praticamente impossível prever todas as situações englobadas nela. Além disso, uma lei, geralmente, também não prevê a forma como os seus comandos serão executados.

Assim, para que a lei seja cumprida da melhor forma possível (e com menos margem de interpretações divergentes), existe o poder regulamentar. Esse poder não cria direitos ou obrigações, mas apenas explica melhor como os comandos da lei serão executados.

Exemplo (em palavras muuuuito simples e sem a devida técnica, mas apenas para que você entenda melhor):

Uma LEI falaria assim: "os servidores públicos terão 30 dias de férias".

Ela não explicou como as férias devem ser tiradas e nem as condições ou o procedimento para tal.

Já um DECRETO EMANADO DO PODER REGULAMENTAR falaria o seguinte: "para que um servidor tire férias, ele deverá

I - preencher um pedido;

II - autuar um processo;

III - ter autorização por escrito do chefe imediato;

IV - não poderão gozar férias, simultaneamente, mais de 25% de cada setor.

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Percebeu que o decreto não criou e nem modificou o direito de tirar férias? Ele apenas explicou melhor como esse direito deve ser exercido. É para isso que serve o poder regulamentar.

Leis Delegadas e o poder do Congresso Nacional de sustar atos do Poder Executivo

Além dos atos normativos vistos acima, o Presidente da República pode elaborar Leis Delegadas. Funciona assim:

1. Em regra, quem elabora as leis é o Poder Legislativo. Até aqui, sem novidades.

2. O Presidente pode solicitar (pedir) autorização ao Congresso Nacional para que ele (o Presidente) elabore uma lei.

3. O Poder Legislativo pode ou não autorizar que o Presidente elabore a lei, mas, caso o faça, essa autorização deve ser limitada e específica, ou seja, não pode ser uma carta em branco para que o PR elabore a lei do jeito que quiser.

4. Caso seja autorizado pelo CN, o Presidente da República elabora uma lei, chamada de Lei Delegada.

O procedimento de elaboração e demais características da Lei Delegada são estudados em processo legislativo. Não se preocupe com isso agora.

O que você deve saber, por enquanto, é que o Congresso Nacional pode sustar a LEI DELEGADA, caso o Presidente da República a elabore fora dos limites da delegação do Congresso.

O Congresso pode ainda sustar os demais ATOS NORMATIVOS (atos administrativos não!) do Poder Executivo que extrapolem do poder regulamentar (estamos falando aqui dos decretos regulamentares e demais regulamentos expedidos utilizando-se o poder regulamentar).

Confira o texto do art. 49: “É da competência exclusiva do Congresso Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.”

Esquematizando:

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a) Conceito: É a prerrogativa concedida exclusivamente ao Chefe do Poder Executivo para editar decretos e regulamentos, destinados a dar fiel execução às leis

i. Regulamentar - CF, art. 84, IV(de execução) - É ato normativo secundário, de conteúdo geral, impessoal e

abstrato, expedido para possibilitar a fiel execução dedeterminada lei- Depende da existência de lei: é ato normativo derivado- Competência não passível de delegação- Expedido no exercício do Poder Regulamentar

b) Decreto ii. Autônomo - É ato normativo primário, (deriva da CF)- Art. 84, VI- Competência passível de delegação - Pode dispor sobre:

I) Organização e funcionamento da administração federaldesde que não implique em aumento de despesa ou na criação/extinção de órgãos públicosII) Extinção de funções/cargos públicos, quando vagos

iii - Decreto Específico - Ato de efeito concreto, provê situações particulares(individual) - Ex: Nomeação e exoneração, desapropriação etc

- Não é ato normativo

c) O CN pode sustar - Lei delegada, caso extrapole os limites da delegação- Demais atos normativos, caso extrapolem o poder regulamentar

Não pode sustar atos administrativos do Executivo

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V. RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

O Presidente da República pode ser responsabilizado tanto por crimes comuns quanto pelos crimes de responsabilidade. No entanto, a depender da natureza do crime, alguns detalhes devem ser observados:

5.1 CRIMES DE RESPONSABILIDADE

Os crimes de responsabilidade são infrações político-administrativas,definidas em lei especial federal. A Constituição traz uma lista exemplificativa dos crimes de responsabilidade do Presidente da República:

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:

I - a existência da União;

II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;

III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

IV - a segurança interna do País;

V - a probidade na administração;

VI - a lei orçamentária;

VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Caso o Presidente da República cometa algum crime de responsabilidade, ele será processado e julgado pelo Senado Federal. No entanto, para que o Senado o julgue, deve haver, primeiro, a autorização da Câmara dos Deputados. Dessa forma, o procedimento funciona em dois passos:

1- Autorização da Câmara dos Deputados: por 2/3 de seus membros.A CD faz um juízo de admissibilidade de natureza política, portanto, com forte grau de discricionariedade.

Além disso, o Presidente da República já terá direito ao contraditório e a ampla defesa na Câmara dos Deputados (MS 21.564) e qualquer cidadão pode oferecer acusação contra o Presidente à Câmara.

2- Julgamento pelo Senado Federal: após autorização da Câmara dos Deputados, o Presidente da República será processado e julgado pelo

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Senado Federal. Apesar de o julgamento possuir natureza política(assim como a autorização da Câmara), o Senado atuará como órgão judicial e não como órgão legislativo.

A votação será nominal e aberta, a sessão deve ser presidida pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, assim como o quorum da Câmara para autorização do processo, o quorum de votação para condenação no Senado é de 2/3 dos membros.

Observe que a autorização da Câmara obriga o Senado a julgar oPresidente da República. Dessa forma, a Câmara Alta (o Senado) não possui discricionariedade se julga ou não o Presidente. Obviamente, o chefe do Executivo pode ser absolvido ou condenado no julgamento, mas este (o julgamento) deve ocorrer.

O Judiciário não pode reformar o mérito decisão do Senado Federal. Dessa forma, se o Presidente for julgado “culpado” pelo Senado, nem mesmo o Supremo Tribunal Federal pode mudar o resultado do julgamento para “inocente”. No entanto, o Tribunal Maior pode intervir para que o processo seja feito corretamente, por exemplo, para garantir o contraditório e a ampla defesa ao Presidente da República.

A sentença será externalizada por uma Resolução do Senado Federal e, caso o Presidente seja condenado, a pena será da perda do cargo Einabilitação, por exatamente 8 anos, para o exercício de qualquerfunção pública (mandato eletivo, concurso público, cargo de confiança etc), sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.

Observe que as duas penas são aplicadas em conjunto e que a inabilitação não é de “até 8 anos” e sim de “exatamente 8 anos”. Dessa forma, o Senado Federal não pode aplicar somente uma dessas penas ou aplicar a inabilitação por tempo inferior aos 8 anos.

Por fim, caso o Presidente renuncie ao mandato depois de iniciado o julgamento no Senado Federal, este não será paralisado e prosseguirá até o fim. A pena da perda do cargo não terá mais efeitos (uma vez que o Presidente renunciou ao mandato). No entanto, ainda poderá ser aplicada a inabilitação para o exercício de funções públicas por 8 anos, por isso, o julgamento continua.

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Somente a título de curiosidade e para que você veja como o processo ocorre na prática, separei alguns vídeos no youtube. Portanto, caro aluno, perceba que ao estudarmos o Direito Constitucional, estamos estudando um conteúdo altamente prático, e não somente teorias sem valor em uma folha de papel.

Vídeo 1: http://youtu.be/MKxUdBIiehs

Vídeo 2: http://youtu.be/S7cqhhnL53E

Vídeo 3: http://youtu.be/7Bh7iIGDAzc

Esquematizando:

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Conceito: Infrações político-administrativas, definidas em lei especial federal

Hipóteses: Atos que atentem contra a CF e, especialmente, contra: (lista exemplificativa)i. A existência da Uniãoii. O livre exercício dos demais Poderes, do MP e dos Poderes constitucionais das unidades da Federaçãoiii. O exercício dos direitos políticos, individuais e sociaisiv. A segurança interna do Paísv. A probidade na administraçãovi. A lei orçamentáriavii. O cumprimento das leis e das decisões judiciais

1. Autorização - 2/3 dos membrosda CD - Juízo de admissibilidade

- Natureza política (discricionário)- Qualquer cidadão pode oferecer acusação contra o PR à CD- PR tem direito a contraditório e ampla defesa (MS 21.564/DF)

2. Julgamento - Julgamento de natureza políticaProcesso pelo SF - Atua enquanto órgão judicial e não como órgão legislativo

- 2/3 dos membros- Votação nominal e aberta- Presidido pelo Presidente do STF- Admissão da CD obriga o SF a julgar o PR- O Judiciário não pode reformar o mérito decisão do SF, maspode intervir para que o processo seja feito corretamente

Ex: para garantir o contraditório e a ampla defesa

OBS.: a) PR ficará suspenso de suas funções: Nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senadob) Decorrido o prazo de 180 dias, se o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do PR (mas o processo continua)

Condenação - Perda do cargo - Inabilitação, por 8 anos, para o exercício de função pública (impeachment)

Não é até 8 anos. É exatamente 8 anosQUALQUER função pública: mandato eletivo, concurso público,

cargo de confiança etc- Sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis- Sentença externalizada por uma Resolução do SF

Renúncia: se for apresentada quando o julgamento já tiver sido iniciado, não paralisa o processo de impeachment (MS 21.689-1)

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5.2 CRIMES COMUNS

Diferentemente dos parlamentares federais, o Presidente da República não possui imunidades materiais. Dessa forma, o chefe do Executivo pode ser responsabilizado por suas opiniões e palavras, ainda que no exercício da função presidencial.

Por outro lado, o Presidente possui as seguintes imunidades processuais (formais):

1. Imunidade a prisões temporárias: a Constituição estabelece que o Presidente da República somente poderá ser preso por sentença condenatória do STF. Assim, ele não poderá ser preso por prisões cautelares, como as prisões preventivas, provisórias, etc.

2. Atos estranhos ao mandato: os “atos estranhos ao mandato” aqui referidos são os crimes comuns que não guardem pertinência com o exercício da presidência. Assim, NA VIGÊNCIA DO MANDATO, o Presidente da República não responderá pela prática de atos estranhos ao exercício de suas funções.

Não é que a pessoa do Presidente jamais poderá ser processada pelos crimes que cometeu. No entanto, ele responderá por eventual crime que não tenha conexão com o exercício da presidência somente após o término do mandato, perante a Justiça Comum. Trata-se de uma irresponsabilidade temporária.

Obviamente, enquanto durar o mandato, a prescrição também será suspensa. Explicando: em razão da segurança jurídica, o Estado possui um certo tempo para processar e julgar alguém que cometeu um crime. Imagine só alguém que cometeu o crime de furto com 19 anos de idade e nunca foi processado por isso. Não pode o Estado querer fazê-lo quando o sujeito tiver 99 anos de idade. Existe um tempo (que, aliás, é bastante razoável) para que o Estado possa processar e julgar o criminoso.

A prescrição ocorre não para beneficiar os bandidos, mas sim para estimular o Estado a não ficar inerte e a tomar, desde logo, todas as providências necessárias ao cumprimento da lei.

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Dessa forma, como não há a possibilidade jurídica de se processar a pessoa do Presidente por atos estranhos ao mandato durante o mesmo, não seria razoável que o prazo prescricional continuasse correndo, uma vez que não há inércia por parte do Estado, mas sim uma impossibilidade jurídica de se continuar com o processo. Portanto, o prazo de prescrição fica suspenso enquanto durar o mandato.

Observe que essa imunidade formal somente é válida para atos de natureza penal: o Presidente pode responder durante o mandato por atos de natureza civil, administrativa, fiscal ou tributária.

3. Necessidade de autorização da Câmara dos Deputados para instauração do processo por crime comum que guardepertinência com o exercício da presidência:

Nós já vimos que o Presidente, durante seu mandato, somente pode ser processado por crimes comuns se estes guardarem pertinência com o exercício da presidência. Nesse caso, assim como nos crimes de responsabilidade, para que o processo seja instaurado, há a necessidade da autorização de 2/3 dos membros da Câmara dos Deputados.Igualmente, esse juízo de admissibilidade possui natureza política efortemente discricionária.

Caso seja aprovado pela Câmara, o julgamento do Presidente pelos crimes comuns (e que guardem pertinência com o exercício do mandato) será realizado pelo STF. Diferentemente do Senado Federal, que é obrigado a julgar o Presidente pelos crimes de responsabilidade, caso a Câmara tenha autorizado, o Supremo não é obrigado a instaurar o processo contra o Presidente.

Outra observação importante é que a autorização da Câmara não é necessária para instauração de inquéritos policiais contra o Presidente da República. Lembre-se de que o inquérito policial é um procedimento de instrução penal anterior à instauração do processo.

A necessidade de licença não impede o inquérito policial(procedimento anterior ao processo), nem tampouco o oferecimento da denúncia (feita pelo Ministério Público), porém, apenas impede o seu recebimento, que é o primeiro ato de prosseguimento praticado pelo STF (Alexandre de Moraes).

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Afastamento do cargo do Presidente da República

A Constituição Federal estabelece que o Presidente ficará suspenso de suas funções:

I - nos crimes de responsabilidade, após a INSTAURAÇÃO do processo pelo Senado Federal.

II - nas infrações penais comuns (que guardem pertinência com o mandato), SE RECEBIDA a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal.

A denúncia é o ato no qual o representante do Ministério Público apresenta sua acusação perante o Judiciário para que este julgue o crime. Ela é a peça inicial dos processos criminais que envolvam crimes de ação pública, ou seja, naqueles em que a iniciativa do processo judicial é do Ministério Público. Já a queixa-crime é o equivalente à denúncia nos crimes de ação penal privada.

Assim, nada acontece se o Ministério Público oferecer a denúncia, mas, caso o Supremo a receba (primeiro ato de prosseguimento do processo praticado peloSTF), aí sim o Presidente será afastado.

Dessa mesma forma, não é a autorização da Câmara dos Deputados que promove a suspensão do Presidente, mas sim o recebimento da denúncia ou queixa-crime pelo STF ou a instauração do processo pelo Senado Federal.

O prazo máximo de afastamento é de 180 dias. Caso esse período seja esgotado sem o julgamento, o Presidente da República retornará ao cargo, mas isso não impede que o processo continue normalmente.

Caso seja condenado por crime comum, o Presidente da República perderá seus direitos políticos e, consequentemente, o cargo. Caso o mandato acabe e o Supremo Tribunal Federal ainda não tenha julgado o processo, este seguirá para a justiça comum competente, uma vez que o foro privilegiado somente dura enquanto durar o mandato.

Esquematizando:

Foro de julgamento - crimes comuns: STFdo Presidente - crimes de responsabilidade: Senado

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Imunidades materiais: Não possui: O PR não é inviolável por opiniões e palavras, ainda que no exercício da função presidencial

Imunidades 1) Prisões temporárias - O PR não será preso enquanto não sobrevier processuais sentença condenatória do STF

(formais) - O PR não pode ser preso por prisões cautelares

2) Atos estranhos - Crimes comuns que não guardem pertinência com o ao exercício do exercício da presidência

mandato - Irresponsabilidade temporária: Na vigência do mandato, o PR não responderá pela prática de atos estranhos ao exercício de suas funções - PR responderá por eventual crime que não tenha conexão com o exercício da presidência somente após o término do mandato, perante a Justiça Comum

Suspende a prescrição enquanto durar o mandatoSomente vale para atos de natureza penal: o PR pode

responder durante o mandato por atos de natureza civil, administrativa, fiscal ou tributária

3) Formação - Crimes comuns que guardem pertinência com o mandatodo processo - Necessidade de autorização da CD (2/3 dos membros)

- Juízo de admissibilidade (Natureza política)- Julgamento perante o STF- O STF NÃO é obrigado a instaurar o processo

Lembrando que o SF é obrigado a julgar o PR nos crimes de resp, caso a CD autorize a instauração do processo por 2/3 dos membros

- Não precisa de autorização da CD para instaurar inquérito policial (sempre no STF) ou para o MP OFERECER adenuncia – mas precisa da autorização para o STF RECEBERa denúncia (1º ato praticado pelo STF)

Afastamento O PR ficará suspenso de suas funções:do Presidente I - nos crimes de resp, após a instauração do processo pelo SF

II - nas infrações penais comuns (que guardem pertinência com o mandato), se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo STF;

Prazo máximo de afastamento: 180 diasCaso esgote o prazo sem julgamento: o PR retorna ao cargo, mas o processo

continua normalmenteSe condenado por crime comum: perde direitos políticos e o cargo de PRSe o mandato acabar e o processo ainda não tiver sido julgado pelo STF: o

processo vai para a justiça competente

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EXERCÍCIOS

1. (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário) Atos do Presidente da República que contrariem a probidade na administração e o descumprimento das decisões judiciais, dentre outros, são considerados:

a) respectivamente crimes de responsabilidade e infrações penais comuns.

b) infrações penais comuns, apenas.

c) respectivamente infrações penais comuns e crimes de responsabilidade.

d) crimes de responsabilidade, apenas.

e) infrações penais comuns e crimes políticos.

Gabarito: D. Para responder essa questão, bastava que se tivesse memorizado bem o art. 85 da CF/88, que traz uma lista exemplificativados crimes de responsabilidade que podem ser praticados pelo PR:

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:

I - a existência da União;

II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;

III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

IV - a segurança interna do País;

V - a probidade na administração;

VI - a lei orçamentária;

VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

2. (FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) O Presidente da República:

a) exerce a função de chefe de governo, mas não a de chefe de Estado.

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b) toma posse em sessão da Câmara dos Deputados, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição.

c) tem competência para avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes.

d) edita medidas provisórias, com força de lei.

e) nomeia Ministros de Estado, após a escolha ser aprovada pelo Congresso Nacional.

Gabarito: D.

Item A – ERRADO. O PR exerce tanto a função de Chefe de Estado,quando representa o Brasil em suas relações internacionais, como a de Chefe de Governo, quando exerce a direção superior da Administração Federal.

Item B – ERRADO. A CF/88 estabelece que a posse do PR e do VP se dará em sessão conjunta do Congresso Nacional (não é da Câmara dos Deputados e nem do Senado Federal) no dia 1º de janeiro.

Item C – ERRADO. Essa é uma das competências do Senado Federal,descrita no inciso XV do art. 52 da CF/88, e não do Presidente da República.

Item D – CERTO. Literalidade do inciso XXVI do art. 84 da CF. Somente o Presidente da República possui competência para editar as medidas provisórias, sendo a mesma INDELEGÁVEL.

Item E – ERRADO. A escolha dos Ministros de Estado é efetuada exclusivamente pelo PR e não necessita passar pelo crivo de nenhum outro Poder, seja ele o Legislativo ou o Judiciário, para ser efetivada.

3. (FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) O Vice-Presidente da República:

a) deve ser brasileiro nato ou naturalizado.

b) exerce competências taxativamente definidas na Constituição e em leis ordinárias.

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c) substitui o Presidente, no caso de impedimento, e sucede-lhe, no caso de vacância.

d) poderá ser julgado, por crime de responsabilidade, pelo Congresso Nacional.

e) deve ter a idade mínima de trinta anos como condição de sua elegibilidade.

Gabarito: C.

Item A – ERRADO. Somente um brasileiro NATO pode ser Presidente da República. Como o Vice-Presidente o substitui ou o sucede, exercendo efetivamente a presidência, ele também deverá ser um brasileiro nato.

Item B – ERRADO. O VP exerce atribuições que lhe forem conferidas por LEI COMPLEMENTAR, e não por lei ordinária, conforme art. 79, parágrafo único: “O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais.”

Item C – CERTO. É a dicção do art. 79 da CF/88. O VP tem por atribuição exatamente substituir o Presidente da República em caso de impedimento e de suceder-lhe em caso de vacância.

Item D – ERRADO. Em crimes de responsabilidade, o VP será julgado pelo SENADO FEDERAL, não pelo Congresso Nacional.

Item E – ERRADO. A idade mínima estabelecida pela CF/88 é de 35 anos, não de 30 anos, como afirma a questão.

4. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) Se o Presidente da República atira contra seu próprio primo e comete um crime de homicídio, na vigência de seu mandato, motivado, apenas, por violento ciúme em relação à esposa,

a) não poderá ser responsabilizado pelo ato enquanto durar seu mandato.

b) será processado e julgado, na vigência de seu mandato, pelo Supremo Tribunal Federal.

c) será processado e julgado, na vigência de seu mandato, pelo Senado Federal, e, caso seja considerado culpado, sofrerá a pena de impeachment.

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d) será submetido a um primeiro julgamento perante o Congresso Nacional, o qual decidirá sobre a manutenção da decretação da prisão preventiva.

e) poderá ficar afastado do cargo, por decisão do Senado Federal, até que se ultime o julgamento no Supremo Tribunal Federal.

Gabarito: A. NA VIGÊNCIA DO MANDATO, o Presidente da República não responderá pela prática de crimes comuns que não guardem pertinência com o exercício de suas funções (art. 86,§ 4º, da CF/88), respondendo por ele somente após o término do mandato, ficando a prescrição suspensa durante esse período.

Como o homicídio cometido pelo PR contra seu primo não guarda qualquer relação com o exercício das funções presidenciais, a persecução criminal somente poderá ser iniciada após o término do mandato em razão dessa irresponsabilidade temporária.

5. (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário) Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente da República, Plínio, Presidente do Supremo Tribunal Federal, será chamado ao exercício da Presidência da República após serem chamados sucessivamente Adolfo e Irineu que são respectivamente, segundo a Constituição Federal, o:

a) Presidente da Câmara dos Deputados e o Presidente do Senado Federal.

b) Ministro Chefe da Casa Civil e o Ministro da Justiça

c) Presidente do Tribunal Superior Eleitoral e o Ministro Chefe da Casa Civil.

d) Presidente do Superior Tribunal de Justiça e o Ministro da Justiça.

e) Presidente da Câmara dos Deputados e o Ministro Chefe da Casa Civil.

Gabarito: A. Nos casos de impedimento/vacância do PR e do VP, serão sucessivamente chamados para exercer TEMPORARIAMENTE aPresidência:

1. Presidente da CD

2. Presidente do SF

3. Presidente do STF

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6. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário) É lícito ao Presidente da República, delegar ao Ministro de Estado, a atribuição de:

a) exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos.

b) manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantesdiplomáticos e celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional.

c) dispor, mediante decreto, sobre a organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criaçãoou extinção de órgãos públicos, e sobre a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.

d) nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei.

e) celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional, conferir condecorações e distinções honoríficas e enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

Gabarito: C. Em regra, as competências atribuídas ao PR pelo art. 84 da CF/88 são indelegáveis. Entretanto, algumas delas são excepcionadas e podem ser delegadas aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, quais sejam:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, senecessário, dos órgãos instituídos em lei;

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XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo)

7. (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle) Nos termos da Constituição Federal, a competência privativa do Presidente da República poderá ser delegada no caso de:

a) decretação do estado de defesa, de sítio e intervenção federal.

b) concessão de indulto e comutação de penas.

c) elaboração de decretos e regulamentos para a fiel execução da lei.

d) edição de medidas provisórias com força de lei.

e) celebração de tratados, convenções e atos internacionais.

Gabarito: B. Dentre as competências privativas do Presidente da República que são passíveis de delegação estão a concessão de indultos e a comutação de penas (art. 84, parágrafo único). Vamos revisar as competências que podem ser delegadas aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo)

8. (FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário) O Ministro do Planejamento participa como membro nato do Conselho:

a) dos Municípios, que se reune trimestralmente no Congresso Nacional.

b) da República.

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c) Nacional de Justiça.

d) dos Estados, que se reúne bimestralmente no Congresso Nacional.

e) de Defesa Nacional.

Gabarito: E. O Ministro do Planejamento é membro nato apenas do Conselho de Defesa Nacional, que é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático (art. 91, VII).

9. (FCC - 2011 - TCE-SP - Procurador) Considera-se função atípica do Poder Executivo, sob a ótica do princípio da separação de poderes, a previsão constitucional segundo a qual compete ao Presidente da República:

a) vetar e sancionar projetos de lei.

b) suspender a eficácia de lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.

c) editar decretos e regulamentos para a execução de leis.

d) nomear Ministros do Supremo Tribunal Federal, após arguição pelo Congresso Nacional.

e) editar leis delegadas e medidas provisórias.

Gabarito: E. A função típica do Poder Executivo é a de administrar,sendo funções atípicas a de legislar e a de julgar.

Os itens A, C e D trazem atribuições típicas do Poder Executivo, uma vez que guardam relação com as funções de comando ou governo, de decisões políticas e de administração, portanto errados. Atente-se também para o item D, o Presidente da República nomeia os Ministros do STF após arguição do Senado Federal e não do CN (art. 84, XIV).

O item B trata de função típica do Poder Legislativo, uma vez que está no rol de competências atribuídas pelo art. 52 da CF ao Senado Federal.

O item E descreve uma função atípica do Executivo, qual seja, a edição de leis delegadas e medidas provisórias, atribuições características da função de legislar.

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10.(FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) O exercício de atribuições normativas pelo chefe do Poder Executivo, nos termos da Constituição da República,

a) compreende, excepcionalmente, atividade de natureza legislativa, função atípica para a qual se exige, conforme o caso, autorização prévia ou aprovação posterior pelos órgãos do Poder titular da função legislativa.

b) abrange a edição de decretos sobre organização e funcionamento da administração federal, independentemente de prévia lei, ainda que implique extinção de órgãos ou cargos públicos, estes quando vagos.

c) não comporta, em hipótese alguma, delegação interna corporis.

d) restringe-se à sua participação no processo legislativo por meio de iniciativa, nos casos previstos na Constituição, e aos atos de sancionar, promulgar e fazer publicar as leis.

e) não autoriza a expedição de decretos senão para o fim de fiel execução da lei, à qual a atividade regulamentar do Poder Executivo se subordina.

Gabarito: A.

Item A – CERTO. O Poder Executivo possui a função atípica de legislar (e também de julgar). Ele a exerce quando edita uma Lei Delegada, necessitando autorização prévia do Poder Legislativo. Outra forma de o Executivo exercer sua função atípica é com a edição de medidas provisórias, que devem ser aprovadas pelo legislador em momento posterior.

Item B – ERRADO. Este item trata do decreto autônomo, previsto no art. 84, VI. De fato, não é necessária lei anterior para que o Presidente da República disponha sobre a organização e funcionamento da administração federal, porém somente poderá fazê-lo quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos.

Item C – ERRADO. Um exemplo da delegação interna corporis (dentro do corpo/dentro do poder executivo) é que o Presidente da República pode delegar a edição do Decreto Autônomo aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da República ou Advogado-Geral da União (art. 84, parágrafo único).

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Item D – ERRADO. Além das atribuições descritas no item, o PR poderá editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62 da CF ou ainda editar leis delegadas (art. 68).

Item E – ERRADO. Além dos decretos regulamentares, expedidos para a fiel execução das leis, o Presidente da República pode dispor, mediante Decreto Autônomo, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

11.(FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário) Lírio, Presidente da República, no intuito de dar um golpe de Estado, ordenou ao Exército que fechasse o Congresso Nacional e todos os Tribunais do país, impedindo o exercício do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. Passados vinte dias de intensa revolta popular, Lírio percebeu que sua tentativa de golpe havia fracassado e temeroso por perder seu cargo reconsiderou sua ordem, restabelecendo as atividades do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. Segundo disposto na Constituição Federal, Lírio cometeu:

a) infração penal comum e será submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.

b) crime de responsabilidade e será submetido a julgamento perante o Senado Federal.

c) crime de responsabilidade e será submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, cujo recurso será dirigido ao Colegiado formado por membros do Poder Judiciário e do Poder Legislativo.

d) infração penal comum e será submetido a julgamento perante o Senado Federal, cujo recurso será dirigido ao Colegiado formado por membros do Poder Judiciário e do Poder Legislativo.

e) crime de responsabilidade e será submetido a julgamento perante a Comissão formada por membros do Poder Judiciário e do Poder Legislativo.

Gabarito: B. A conduta de Lírio se enquadra perfeitamente na hipótese descrita pelo inciso II do art. 85 da CF/88, o qual considera como

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crime de responsabilidade qualquer ato do PR que atente contra o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação.Além disso, o Presidente da República, nos crimes de responsabilidade, deve ser submetido a julgamento perante o Senado Federal.

12.(FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário) O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele NÃO participa como membro nato o:

a) Procurador Geral da República.

b) Presidente da Câmara dos Deputados.

c) Presidente do Senado Federal.

d) Ministro das Relações Exteriores.

e) Ministro do Planejamento.

Gabarito: A. Literalidade do art. 91 da CF/88. Somente são membros natos do Conselho de Defesa Nacional:

a) o Vice-Presidente da República;

b) o Presidente da Câmara dos Deputados;

c) o Presidente do Senado Federal;

d) o Ministro da Justiça;

e) o Ministro de Estado da Defesa;

f) o Ministro das Relações Exteriores;

g) o Ministro do Planejamento;

h) os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

Não está incluso nesse rol o Procurador-Geral da República, estando correto, assim, o Item A.

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13.(FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário) A acusação contra o Presidente da República por crime de responsabilidade:

a) não o considera denunciado até a manifestação definitiva do Superior Tribunal de Justiça pelo Supremo Tribunal Federal.

b) considera-o como indiciado, garantindo-lhe a defesa, mas não a nulidade do procedimento.

c) implica na suspensão obrigatória de suas funções em razão da denúncia até a decisão final.

d) não o coloca na condição de acusado ou indiciado, tendo em vista o princípio da presunção de inocência.

e) coloca-o na condição de acusado, assegurando-lhe o direito a ampla defesa e o contraditório, sob pena de nulidade do procedimento.

Gabarito: E. Nos crimes de responsabilidade, a acusação contra o Presidente da República deve ser admitida por 2/3 da Câmara dos Deputados e o julgamento será feito pelo Senado Federal. O STJ ou o STF não participam desse processo.

Além disso, o Presidente da República ficará suspenso de suas funções pelo prazo máximo de 180 dias. Caso o prazo se esgote e o julgamento ainda não tenha sido finalizado, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

Por fim, o Presidente da República já terá direito ao contraditório e a ampla defesa na Câmara dos Deputados (MS 21.564).

14.(FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário) A infração político-administrativa, definida em Lei, praticada pelo Presidente da República no desempenho da função que atente contra o livre exercício dos Poderes do Estado é classificada de crime:

a) comum.

b) de responsabilidade.

c) ditatorial.

d) hediondo.

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e) ordinário.

Gabarito: B. São considerados crimes de responsabilidade pela CF/88 (art. 85) os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:

I - a existência da União;

II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;

III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

IV - a segurança interna do País;

V - a probidade na administração;

VI - a lei orçamentária;

VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

15.(FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário) Com relação às atribuições e responsabilidades do Presidente da República,

a) admitida a acusação, por dois quintos da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

b) compete-lhe prestar, trimestralmente, ao Congresso Nacional, dentro de trinta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior.

c) compete-lhe privativamente permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.

d) ficará suspenso de suas funções, nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa- crime pelo Superior Tribunal de Justiça.

e) ficará suspenso de suas funções, nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pela Câmara dos Deputados.

Gabarito: C.

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Item A – ERRADO. O quórum necessário para a CD autorizar o julgamento do PR, seja pelo SF (crimes de responsabilidade) ou pelo STF (crimes comuns que guardem pertinência com o exercício da função), é de DOIS TERÇOS, não dois quintos.

Item B – ERRADO. Conforme inciso XXIV do art. 84 da CF/88, compete ao Presidente da República prestar, ANUALMENTE, ao Congresso Nacional, dentro de SESSENTA DIAS após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior.

Item C – CERTO. Exatas palavras do inciso XII do art. 84 da CF/88. Compete ao PR permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.

Item D – ERRADO. Nas infrações penais comuns (que guardem pertinência com o mandato), o PR ficará suspenso de suas funções se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

Item E – ERRADO. Nos crimes de responsabilidade, por sua vez, a suspensão do Presidente da República se dará somente após a instauração do processo pelo SENADO FEDERAL.

16.(FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário) No tocante ao processo eleitoral do Presidente e do Vice-Presidente da República,

a) se, depois de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

b) se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.

c) tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de apenas defender e cumprir a Constituição Federal.

d) se, decorridos trinta dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

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e) em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal.

Gabarito: B.

Item A – ERRADO. O candidato de maior votação dentre os remanescentes somente poderá ser convocado se a morte, a desistência, ou o impedimento legal do outro candidato ocorrer ANTES DO SEGUNDO TURNO, não depois. Confira o art. 77, § 4º “Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.”

Item B – CERTO. Exatamente. É o que diz o §3º do art. 77 da CF/88.

Item C – ERRADO. O PR e o VP tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.

Item D – ERRADO. O prazo correto estabelecido pela CF/88 para a declaração de vacância dos cargos de PR e VP por ausência de posse é de DEZ dias, não de trinta, como afirma o item (art. 78, parágrafo único).

Item E – ERRADO. Nos casos de impedimento/vacância do PR e do VP, serão sucessivamente chamados para exercer TEMPORARIAMENTE aPresidência:

1. Presidente da Câmara dos Deputados

2. Presidente do Senado Federal

3. Presidente do Supremo Tribunal Federal

17.(FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário) No que concerne àresponsabilidade do Presidente da República, é INCORRETO afirmar:

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a) Admitida a acusação, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

b) Admitida a acusação, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns.

c) Nos casos de infrações penais comuns, se, decorrido o prazo de cento e vinte dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

d) Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito à prisão.

e) Na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

Gabarito: C. O prazo estabelecido pela CF/88 para que o Presidente da República volte a exercer suas funções caso o julgamento não tenha sido concluído é de CENTO E OITENTA DIAS, não cento e vinte, como afirma o item.

18.(FCC - 2011 - TRE-TO - Analista Judiciário) Com relação ao Presidente e Vice-Presidente da República, considere:

I. Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.

II. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á novas eleições no prazo máximo de sessenta dias corridos.

III. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, e do Supremo Tribunal Federal.

IV. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-áeleição noventa dias depois de aberta a última vaga.

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Está correto o que se afirma APENAS em:

a) I e IV.

b) I, III e IV.

c) I, II e IV.

d) I, II e III.

e) III e IV.

Gabarito: A.

Item I – CERTO. É a dicção exata do §3º do art. 77 da CF/88, que prevê a realização de segundo turno em até vinte dias após a proclamação do resultado do primeiro turno, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.

Item II – ERRADO. Em ocorrendo morte, desistência ou impedimento legal de candidato antes do segundo turno, convoca-se o de maior votação dentre os remanescentes para participar do outro turno, e não se convocam novas eleições, como afirma o item.

Item III – ERRADO. Nos casos de impedimento/vacância do PR e do VP, serão sucessivamente chamados para exercer TEMPORARIAMENTEa Presidência:

1. Presidente da CD

2. Presidente do SF

3. Presidente do STF

Item IV – CERTO. Na verdade, se fôssemos analisar criteriosamente o item, ele estaria errado, já que a vacância dos cargos de PR e VP pode incorrer na realização de eleições diretas ou indiretas a depender do momento em que os dois cargos vagarem, sendo que ambas possuem prazos distintos para ocorrerem.

Enquanto a eleição DIRETA (o povo vai às urnas), decorrente da vacância nos dois primeiros anos do mandato, deve ocorrer em até 90

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dias depois de aberta a última vaga, a eleição INDIRETA (pelo Congresso Nacional), decorrente da vacância nos dois últimos anos do mandato, deve ocorrer em até 30 dias depois de aberta a última vaga.

Ou seja, vagando os cargos de PR e VP, não necessariamente a eleição convocada deverá ocorrer noventa dias depois de aberta a última vaga.

Mas Roberto, então esse item não deveria ser considerado errado, pois ainda temos a possibilidade da eleição indireta? Infelizmente, não. Essa é a cópia do art. 81 da CF e UMA QUESTÃO QUE COPIA E COLA A LETRA DA CF SEMPRE ESTARÁ CERTA.

19.(FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos.

Errado. O Presidente da República somente pode delegar ao PGR, AGU e Ministros de Estado as seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo)

20. (FCC - 2010 - TRE-AL - Técnico Judiciário) Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.

Certo. Essa é a cópia do art. 77, § 2º. Lembre-se de que o candidato a Presidente da República deve sempre ser registrado por um partido político (vedado candidatura avulsa) e que a eleição do presidente segue o sistema majoritário de dois turnos.

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21.(FCC - 2011 - NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO – Advogado) Compete privativamente ao Presidente da República aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas.

Errado. Essa competência é do Congresso Nacional e não do Presidente da República. Observe o art. 49: “Compete ao Congresso Nacional IV -aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas”.

A CF confere ao Presidente da República a competência para DECRETAR (e não aprovar) o estado de defesa, a intervenção federal e o estado de sítio. No entanto, o Congresso Nacional pode SUSPENDERessas medidas. Lembre-se:

Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depois

Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depois

Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois

o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidas

22.(FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.

Errado. O Presidente da República somente pode delegar ao PGR, AGU e Ministros de Estado as seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo)

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23.(FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder Executivo tem a função constitucional exclusiva de administrar, no aspecto político e administrativo, ficando a atividade legislativa e julgadora para os demais Poderes.

Errado. O Poder Executivo possui como função típica (e não exclusiva) a de administrar e como funções atípicas a de legislar (ex. quando o Presidente da República elabora uma lei delegada ou uma Medida Provisória) e a de julgar (ex. quando a Administração Pública julga os processos administrativos).

24.(FCC - 2010 - TRE-AL - Técnico Judiciário) No tocante ao Poder Executivo, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-ánova eleição em até sessenta dias após a proclamação do resultado.

Errado. O prazo para nova eleição caso nenhum candidato alcance a maioria absoluta (2º turno) é de 20 dias e não de 60, como afirma a questão.

25.(FCC - 2011 - Nossa Caixa Desenvolvimento – Advogado) Compete privativamente ao Presidente da República resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Errado. Essa competência é do Congresso Nacional, conforme art. 49, I. No entanto, observe que o Presidente da República possui uma atribuição bastante parecida: “art. 84, VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional”.

26.(FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder Executivo é representado pela Presidente da República e, na sua falta, pelo Vice-Presidente da República, sendo que a posse de ambos ocorrerá em sessão solene da Câmara dos Deputados.

Errado. A Constituição estabelece que a posse do Presidente da República e do Vice-Presidente da República se dará em sessão conjunta do CONGRESSO NACIONAL (não é da Câmara dos Deputados e nem do Senado Federal) no dia 1º de janeiro. Salvo motivo de força maior, o cargo será declarado vago se o Presidente ou o Vice não assumirem em 10 dias.

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27.(FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos.

Certo. Lembre-se de que o Presidente da República somente pode delegar ao PGR, AGU e Ministros de Estado as seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo)

28. (FCC - 2010 - TRE-AL - Técnico Judiciário) Se, decorridos trinta dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

Errado. O prazo para a posse do Presidente e do Vice é de 10 dias, salvo força maior, e não 30, como afirma a questão.

29.(FCC - 2011 - Nossa Caixa Desenvolvimento – Advogado) Compete privativamente ao Presidente da República decretar e executar a intervenção federal.

Certo. Conforme o art. 84, X da CF. Lembre-se de que quem decreta e executa a intervenção federal é o Presidente da República. Por outro lado, o decreto de intervenção deve ser apreciado pelo Congresso Nacional em até 24 horas (art. 36, § 1º). Vamos recordar:

Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depois

Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depois

Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois

o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidas

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30.(FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder Executivo exerce as funções constitucionais conferidas à Presidência da República, sendo todas elas indelegáveis.

Errado. A Constituição estabelece hipóteses onde o Presidente da República pode delegar suas funções. Como exemplo, observe o parágrafo único do art. 84, segundo o qual, o Presidente da República pode delegar aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União as seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo)

31. (FCC - 2010 - TRE-AL - Técnico Judiciário) Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.

Certo. Na verdade, se fôssemos analisar criteriosamente o item, ele estaria errado, já que a vacância dos cargos de PR e VP pode incorrer na realização de eleições diretas ou indiretas a depender do momento em que os dois cargos vagarem, sendo que ambas possuem prazos distintos para ocorrerem.

Enquanto a eleição DIRETA (o povo vai às urnas), decorrente da vacância nos dois primeiros anos do mandato, deve ocorrer em até 90dias depois de aberta a última vaga, a eleição INDIRETA (pelo Congresso Nacional), decorrente da vacância nos dois últimos anos do mandato, deve ocorrer em até 30 dias depois de aberta a última vaga.

Ou seja, vagando os cargos de PR e VP, não necessariamente a eleição convocada deverá ocorrer noventa dias depois de aberta a última vaga.

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Mas Roberto, então esse item não deveria ser considerado errado, pois ainda temos a possibilidade da eleição indireta? Infelizmente, não. Essa é a cópia do art. 81 da CF e UMA QUESTÃO QUE COPIA E COLA A LETRA DA CF SEMPRE ESTARÁ CERTA.

32.(FCC - 2011 - Nossa Caixa Desenvolvimento – Advogado) Compete privativamente ao Presidente da República sustar os atos normativos do PoderExecutivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.

Errado. Essa é uma competência do Congresso Nacional, conforme art. 49, V.

33.(FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos na Constituição Federal.

Errado. O Presidente da República somente pode delegar ao PGR, AGU e Ministros de Estado as seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo)

34. (FCC - 2010 - TRE-AC - Analista Judiciário) Os atos do Presidente da República que atentem contra a lei orçamentária constituem crimes de responsabilidade.

Certo. Conforme o art. 85, VI da Constituição. Vamos revisar:

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Hipóteses dos crimes de responsabilidade: Atos que atentem contra a CF e, especialmente, contra: (lista exemplificativa)

i. A existência da União

ii. O livre exercício dos demais Poderes, do MP e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação

iii. O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais

iv. A segurança interna do País

v. A probidade na administração

vi. A lei orçamentária

vii. O cumprimento das leis e das decisões judiciais

35.(FCC - 2011 - Nossa Caixa Desenvolvimento – Advogado) Compete privativamente ao Presidente da República mudar temporariamente a sede do Congresso Nacional.

Errado. Essa é uma competência do Congresso Nacional e não do Presidente da República, conforme art. 49, VI.

36.(FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias.

Errado. O Presidente da República somente pode delegar ao PGR, AGU e Ministros de Estado as seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo)

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37.(FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder Executivo é personificado pelo Presidente da República que exerce a chefia de Estado, cabendo aos Ministros de Estado o exercício da chefia de governo.

Errado. O Presidente da República exerce tanto a chefia de Estado quanto a chefia de governo.

38.(FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder Executivo concentra-se na figura do Presidente da República, que é eleito para mandato certo sem responsabilidade política perante o Legislativo, salvo no caso de impeachment.

Certo. O Presidente da República não responde perante o Legislativo e sim perante o povo que o elegeu. Dessa forma, o sistema presidencialista é caracterizado por uma separação rígida entre os poderes Executivo e Legislativo.

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VI. DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU)

DO CONTROLE INTERNO E EXTERNO

“Os Tribunais de Contas são órgãos vinculados ao Poder Legislativo e que o auxiliam no controle externo da Administração Pública, sobretudo o controle financeiro” (Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino).

Dessa forma, observe que a função de fiscalização da Administração Pública é uma função típica do Poder Legislativo. Observe o que diz a Constituição Federal:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete (...)

Da leitura desses dispositivos constitucionais, é necessária a explicação de dois termos: o primeiro é o controle interno, que nada mais é do que o controle que cada Poder deve exercer sobre si mesmo. Assim, cada Poder deve ter mecanismos para impedir que algum ato seja praticado fora da lei e também para corrigi-lo, caso seja praticado.

A CF estabelece que os três poderes manterão, de forma integrada, sistema de controle interno e que os responsáveis por ele, ao tomarem conhecimento de irregularidades devem dar ciência ao TCU, sob pena de responsabilidadeSOLIDÁRIA. Aliás, essa é uma questão bem batida em prova: caso o responsável pelo controle interno saiba de alguma irregularidade e não tome as medidas cabíveis, ele será responsabilizado solidariamente (não é subsidiariamente).

O segundo termo é o controle externo, que é o controle exercido pelo Poder Legislativo e auxiliado pelo Tribunal de Contas da União. Esse controle engloba

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a fiscalização COFOP (contábil, operacional, financeira, orçamentária e patrimonial) da União e das entidades da administração direta e indireta.Observe que os Tribunais de Contas (TCs) são órgãos vinculados (e não subordinados) ao Poder Legislativo, assim, não existe nenhuma hierarquia entre os TCs e o Legislativo.

Por fim, deverá prestar contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que GAGAU (guarde, arrecade, gerencie, administre ou utilize),dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

O Tribunal de Contas da União é composto de nove ministros, tem sede no Distrito Federal e possui jurisdição em todo território nacional. Na verdade, o termo jurisdição não foi aplicado pela CF de maneira técnica, uma vez que o TCU não é um órgão do Poder Judiciário e não pode, em sentido estrito, “dizer o direito”.

Dessa forma, os atos do TCU possuem natureza administrativa e suas decisõespodem ser anuladas pelo Poder Judiciário. Observe que se o Tribunal de Contas julga uma conta regular, irregular ou regular com ressalvas, o Judiciário não pode alterar o mérito desse julgamento (ex: mudar de “regular” para “irregular”). O que o Poder Judiciário pode fazer é anular os atos do TCU, em razão de algum vício ou ilegalidade por ele praticada.

Esquematizando:

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Função típica do Legislativo - Legislar- Fiscalizar

Controle interno: o Inerente a todo podero Os 3 poderes manterão, de forma integrada, sistema de controle internoo Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de irregularidades

devem dar ciência ao TCU, sob pena de responsabilidade SOLIDÁRIA

Controle Externo:o Feito pelo Poder Legislativo (CN)

o Auxiliado pelo TCU

o Os Tribunais de Contas são órgãos VINCULADOS ao Legislativo Não são subordinados a ele Não há hierarquia entre o Legislativo e os TCs

o Fiscalização contábil, orçamentária, financeira, operacional e patrimonial COFOP da União e Administração direta e indireta

Exercida pelo CNMediante controle externoSem prejuízo do controle interno de cada PoderAuxiliado pelo TCU

o Qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada que guarde, arrecade,gerencie, administre ou utilize (GAGAU) $, bens e valores públicos DEVEM PRESTAR CONTAS

Composição do TCUo TCU - Composto por 9 ministros

- Sede: DF- Jurisdição (*): em todo território nacional

Jurisdiçãoo O TCU é órgão técnicoo Não exerce jurisdição no sentido estrito: seus atos têm natureza administrativa o TCU não integra o Judiciário o Quando o Tribunal de Contas julga uma conta regular, regular com ressalva ou

irregular, o judiciário NÃO PODE mudar o mérito desse julgamento. O Judiciário pode apreciar para ver se houve vícios formais/processuais no julgamento das contas pelo TC, mas não pode mudar o mérito da decisão do Tribunal de Contas.

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COMPOSIÇÃO DO TCU

O Tribunal de Contas da União é composto de nove ministros, que devempossuir os seguintes requisitos:

Ser brasileiro nato ou naturalizado;Ter entre 35 e 65 anos de idade;Possuir idoneidade moral e reputação ilibada;Ter notórios conhecimentos e mais de 10 anos de função que exija os conhecimentos abaixo:

o Jurídicos ouo Contábeis ouo Econômicos ouo Financeiros ouo De Administração Pública

Dois terços dos ministros do TCU, ou seja, seis ministros, são escolhidos pelo Congresso Nacional, enquanto o terço restante, ou seja três ministros, são escolhidos pelo Presidente da República, com aprovação pelo Senado Federal em voto secreto e arguição pública. O CN escolhe seus ministros livremente, porém, o Presidente deve nomear os três ministros obedecendo às seguintes regras:

Dois alternadamente dentre auditores (Ministros substitutos) e membros do Ministério Público junto ao TCU, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;

Um de livre escolha do Presidente da República.

Uma observação importante é que os ministros do TCU adquirem avitaliciedade com a posse e que a proporção da composição do Tribunal deve ser sempre obedecida. Assim, à medida que forem abrindo vagas, as de origem são preservadas. Exemplo: se uma vaga originária de um membro do Ministério Público do TCU for aberta, deve entrar um membro do MPTCU.

Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e são aplicadas a eles as regras de aposentadoria dos servidores públicos (art. 40 da CF).

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Já o auditor (o ministro substituto), quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal.

O MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TCU (MPjTCU)

Junto ao Tribunal de Contas da União, atua um Ministério Público “especial”, que integra a estrutura do próprio TCU. Assim, o MPjTCU não é parte do Ministério Público da União, apesar de ter os mesmos direitos, vedações e forma de investidura deste. Assim, sua Lei Orgânica deve ser de iniciativa do TCU e não do Procurador-Geral da República.

Esquematizando:

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Composição: 9 ministros

o Requisitos - Brasileiro nato ou naturalizado- Idade: + de 35 e - de 65 anos- Idoneidade moral e reputação ilibada- Ter + de 10 anos de função que exija os conhecimentos abaixo- Notórios conhecimentos - Jurídicos

- Contábeis- Econômicos- Financeiros- De Administração Pública

o Escolha • 2/3 (6) – escolhidos pelo CN

• 1/3 (3) – escolhidos pelo PR • 1 auditor do TCUCom aprovação do SF • 1 membro do MP/TCU

• 1 livre escolha do PR

o À medida que forem abrindo vagas, as de origem serão preservadasEx: se sai membro do MP, entra outro membro do MP

o Nomeação: PR

o Garantias - Ministros do TCU – mesmas garantias, impedimentos, prerrogativas, vencimentos e vantagens que os Ministros do STJ

- Auditores (ministros substitutos) – mesmas garantias, impedimentos, prerrogativas, vencimentos e vantagens que os Juízes de TRF(desembargador federal)

o Quando estiverem substituindo o titular: Ministros do STJ

Vitaliciedade com a posse

MP junto ao TCU o NÃO é o MPUo Mas tem os mesmos direitos, vedações e forma de investidurao Sua Lei Orgânica é de iniciativa do TCU e não do PGR

Lista tríplice do TCU

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COMPETÊNCIAS DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

A Constituição Federal estabelece uma série de competências ao TCU. Eu as coloquei abaixo de uma forma mais esquematizada para facilitar o seu estudo. Lembre-se do seu salário de R$ 6.611,39 e do seu cargo de Analista Administrativo do TST e vamos lá!

I - APRECIAR as contas do PR, mediante parecer prévio em 60 d a contar de seu recebimento;

II - JULGAR as contas dos demais que mexeram em $ público

- Quem julga as contas do chefe do executivo é sempre o Poder Legislativo- Os TCs apenas apreciam as contas do chefe do executivo- Os TCs julgam as demais contas

Observe que existem dois tipos de contas: as contas do Presidente da República (chefe do executivo) e as “contas dos administradores”.

o As contas do Presidente da República sofrem um julgamento político pelo Congresso Nacional, após apreciadas pelo TCU. Assim, observe o raciocínio:

1. O Presidente presta contas ao Congresso Nacional até 60 dias do início da sessão legislativa;

2. O TCU APRECIA essas contas e emite um parecer prévio.Assim, o TCU não “julga” e sim “aprecia” as contas do Presidente e o Congresso Nacional não tem que obedecer ao parecer prévio emitido pelo TCU.

3. O Congresso Nacional JULGA as contas do Presidente da República.

o São JULGADAS pelo Tribunal de Contas da União as “contas dos administradores” (administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público).

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III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

X - SUSTAR, se não atendido, a execução do ATO impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

- ATOS: o TCU só pode sustar ATOS ADMINISTRATIVOS.- CONTRATOS: o CN é quem sustará o CONTRATO e solicitará ao Executivo as medidas cabíveis

• Verificada irregularidade em CONTRATO adm, o TCU deve dar ciência ao CN para que este determine a sustação do contrato e solicite ao Executivo as medidas cabíveis• Se o CN ou Executivo ficarem inertes: o TCU decidirá a respeito (90d)

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza (COFOP) contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estados, DF ou Município;

VII - prestar as informações solicitadas pelo CN, por qualquer de suas Casas ou Comissões, sobre a fiscalização COFOP e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

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OUTRAS OBSERVAÇÕES SOBRE O TCU

1. O TCU NÃO pode determinar a quebra do sigilo bancário de seus jurisdicionados (MS 22.801) e também não pode alterar determinações de decisão judicial transitada em julgado (inf. 561 STF).

2. São assegurados contraditório e ampla defesa em todos os processos no TCU salvo na apreciação de legalidade da concessão INICIAL de aposentadoria, reforma e pensão (Súmula Vinculante 3).

3. O TCU pode apreciar a constitucionalidade das leis no exercício de suas funções. Observe que a Corte de Contas somente pode fazer o controle difuso/concreto de constitucionalidade e sempre pela maioria absoluta dos votos, obedecendo a cláusula de reserva de plenário prevista no artigo 97 da CF. lembre-se de que o TCU não faz controle concentrado de constitucionalidade, sendo este, competência exclusiva do STF.

4. O TCU pode determinar medidas cautelares para garantir a eficácia de suas decisões. Exemplo: o TCU pode expedir uma cautelar para suspender uma licitação que esteja sendo investigada pelo Tribunal.

5. As decisões do TCU que imputarem débito ou multa têm eficácia de título executivo EXTRA JUDUDICIAL, uma vez que não foi emitido por um órgão do Poder Judiciário (lembrando que o TCU não pertence ao Judiciário).

6. O TCU encaminha relatório de suas atividades trimestralmente eanualmente.

7. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato pode denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o TCU. No entanto, este não pode manter o sigilo do autor da denúncia (MS 24.405/DF).Assim, caso haja uma denúncia ao Tribunal, este pode apreciar e manter o sigilo do autor durante o processo. Mas, ao final do mesmo, o Tribunal deve revelar o autor da denúncia.

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“TIPOS” DE TRIBUNAIS DE CONTAS

Existem vários “tipos” de Tribunais de Contas, cada um com a sua finalidade, competência e jurisdição próprias. Assim, observe os quatro tipos de TCsexistentes (as siglas podem varia de acordo com o autor):

1. Tribunal de Contas da União (TCU): órgão da União estudado até agora.

2. Tribunais de Contas Estaduais (TCEs): os TCEs julgam as contas referentes ao respectivo Estado e, quando não houver Tribunais deContas dos Municípios, julgam também as contas dos seus municípios. Dessa forma, ele é um órgão estadual (ou distrital) responsável pela fiscalização financeira dos Estados (ou Distrito Federal) e, regra geral, dos municípios nele situados;

Os Tribunais de Contas Estaduais são compostos por 7 Conselheiros:4 escolhidos pela Assembleia Legislativa e 3 Escolhidos pelo Governador (1 auditor do TCE, 1 membro do Ministério Público do TCE e 1 de livrenomeação do governador).

Por fim, no que couber, as regras ao TCU se aplicam aos TCs Estaduais, do DF e dos Tribunais e Conselhos de contas dos Municípios.

3. Tribunais de Contas dos Municípios (TC dos M): para que o TCE não fique sobrecarregado, opcionalmente, pode ser criado um órgão ESTADUAL que julga as contas de todos os municípios do seu estado. Assim, o TCE julga as contas do estado, enquanto o Tribunal de Contas dos Municípios (órgão estadual) julga as contas municípios do estado.

Assim, os TC dos M (existentes em Estados como Ceará, Bahia e Goiás) são órgãos estaduais competentes para a fiscalização financeira de todos os municípios do Estado.

4. Tribunais de Contas Municipais (TCM): por fim, temos o TCM, que é um órgão municipal competente para a fiscalização financeira do município. A Constituição Federal veda a criação de novos TCMs(órgãos municipais), mas manteve os que já existiam. Dessa forma, existem apenas dois TCMs: de São Paulo e do Rio de Janeiro.

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Mas Roberto, se os municípios não possuem Tribunais de Contas, como é então o controle externo em seu âmbito?

CONTROLE EXTERNO NOS MUNICÍPIOS (ART. 31)

A resposta já está acima, mas para ficar mais claro, vamos refrisar: oLegislativo municipal exerce o controle externo do município, auxiliado pelos Tribunais de Contas Estaduais, Tribunais de Contas dos Municípios (órgão estadual) ou pelos Tribunais de Contas Municipais (órgão municipal), onde houver. Lembre-se que é vedada a criação de novos Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

Deve ainda haver sistemas de controle interno do Executivo Municipal, na forma da lei e é a Câmara Municipal quem julga as contas do prefeito, após emitido o parecer prévio do TCE / TC dos M / TCM. No entanto, existe uma diferença quanto à obrigatoriedade do parecer prévio: como vimos, nas esferas federal e estadual, o Poder Legislativo não é obrigado a obedecer o parecer prévio emitido pela Corte de Contas competente. No entanto, na esfera municipal, o parecer prévio só deixará de prevalecer por decisão de 2/3 da Câmara Municipal.

Esquematizando:

Outras observações:

o O TCU não pode - Determinar a quebra do sigilo bancário (MS 22.801)- Alterar determinações de decisão judicial transitada em julgado (inf. 561 STF)

o Súmula Vinculante nº 3 – contraditório e ampla defesa no TCUSão assegurados contraditório e ampla defesa em todos os processos no TCUsalvo na apreciação de legalidade da concessão INICIAL de aposentadoria, reforma e pensão.

o Controle de constitucionalidade pelo TCUTCU pode apreciar a constitucionalidade das leis no exercício de suas funçõesPode fazer controle constitucionalidade DIFUSO por MA dos votos

Pode declarar lei inconstitucional, mas só no caso concretoNão pode fazer controle de constitucionalidade abstrato (só o STF o faz)

o Medidas cautelares: O TCU pode determinar medidas cautelares

o Eficácia das decisões: As decisões do TCU que imputarem débito ou multa têm eficácia de título executivo (EXTRA JUDUDICIAL)

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o Relatório de atividades: O TCU encaminha relatório de suas atividades trimestralmente Eanualmente

o Denúncias: Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato pode denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o TCU

O TCU não pode manter o sigilo do autor da denúncia (MS 24.405/DF)

Tipos de Tribunais de Contas

1. TCU

2. Tribunais de Contas Estaduais (TCE)o Julgam as contas do Estado e, quando não houver TC dos M, dos seus municípios também.o Ou seja, ele é órgão estadual (ou distrital) responsável pela fiscalização financeira dos

Estados (ou Distrito Federal) e, regra geral, dos Municípios nele situados;o No que couber, as regras ao TCU se aplicam aos TCs Estaduais, do DF e dos Tribunais e

Conselhos de contas dos Municípios o TCE: 7 Conselheiros - 4 escolhidos pela Assembleia Legislativa

- 3 Escolhidos pelo Gov - 1 auditor do TCE- 1 MP do TCE- 1 livre

3. Tribunais de Contas dos Municípios (TC dos M)o Órgão ESTADUAL e que julga as contas de todos os municípios do seu estado (para que

o TCE não fique sobrecarregado)o Os TC dos M (existentes em Estados como Ceará, Bahia e Goiás) são órgãos estaduais

competentes para a fiscalização financeira de todos os municípios do Estado

4. Tribunais de Contas Municipais (TCM):o Órgão municipal competente para a fiscalização financeira do município.o Vedado criação de novos TCMs (órgãos municipais)

Os que existiam ficam (SP e RJ), mas não pode criar mais

(OBS as siglas podem variar dependendo do autor)

Controle externo nos municípios (art. 31)

o O Legislativo municipal exerce o controle - TCEexterno do município, auxiliado pelos - TC dos M

- TCM, onde houver

o Deve haver sistemas de controle interno do Executivo Municipal, na forma da lei.

o É a Câmara Municipal que julga as contas do prefeito, após emitido o parecer prévio do TCE / TC dos M / TCM. Mas este só deixará de prevalecer por decisão de 2/3 da Câmara Municipal.

o É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

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EXERCÍCIOS

39. (FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador) O controle externo, a cargo do CongressoNacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competência originária para julgar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, em sessenta dias a contar de seu recebimento.

Errado. Essa atribuição é do Congresso Nacional, conforme art. 49, IX. Observe que existem dois tipos de contas: as contas do Presidente da República (chefe do executivo) e as “contas dos administradores”.

o As contas do Presidente da República sofrem um julgamento político pelo Congresso Nacional, após apreciadas pelo TCU. Assim, observe o raciocínio:

1. O Presidente presta contas ao Congresso Nacional até 60 dias do início da sessão legislativa;

2. O TCU APRECIA essas contas e emite um parecer prévio.Assim, o TCU não julga e sim aprecia as contas do Presidente e o Congresso Nacional não tem que obedecer ao parecer prévio emitido pelo TCU.

3. O Congresso Nacional JULGA as contas do Presidente da República.

o São JULGADAS pelo Tribunal de Contas da União as “contas dosadministradores” (administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público).

40. (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle - Jurídica) De acordo com a Constituição Federal, a decisão do Tribunal de Contas que concluir pela ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas

a) aplicará aos responsáveis as penalidades previstas na legislação de improbidade administrativa, inclusive a perda de cargo ou função pública.

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b) dependerá, para sua eficácia, de homologação pelo Congresso Nacional ou Assembleia Legislativa, conforme o caso.

c) aplicará aos responsáveis, entre outras sanções previstas em lei, multa proporcional ao dano causado ao erário, a qual possui eficácia de título executivo.

d) condenará os responsáveis à devolução dos valores auferidos ilicitamente, bem como aplicará multa cominatória, dependendo, para sua eficácia, de aforamento de ação de improbidade pelo Ministério Público.

e) aplicará aos responsáveis as sanções previstas em lei, que incluem a perda dos valores auferidos ilicitamente, multa cominatória, estas com eficácia imediata, e perda do cargo ou função pública, esta sujeita à homologação judicial.

Gabarito: C. De acordo com o art. 71, § 3º: “As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo (extrajudicial).”

41. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) No julgamento do Mandado de Segurança no 24.423 (Rel. Min. Gilmar Mendes, julg. 10/9/2008, publ. DJE 20/2/2009), o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, entendeu não possuir o Tribunal de Contas da União (TCU) competência para fiscalizar atos supostamente irregulares na gestão de empresa estatal integrante da administração indireta do Distrito Federal, com capital pertencente à União (49%) e ao Distrito Federal (51%). Nessa hipótese, a decisão do STF

a) fere a Constituição da República, porque esta atribui ao TCU competência para fiscalizar qualquer pessoa que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

b) é incompatível com a Constituição da República, no ponto em que prevê expressamente competência do TCU para julgar contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.

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c) não alcança a competência do TCU para realizar, por iniciativa própria, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, quanto às ações de que a União for titular.

d) desconsidera a previsão da Constituição da República segundo a qual o TCU possui competência para fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União a órgãos e entidades integrantes da administração direta e indireta de Estados, Municípios e Distrito Federal.

e) é compatível com a Constituição da República, tendo preservado a autonomia do ente da federação e a competência que é atribuída à sua Corte de Contas para a fiscalização financeira de atos de entidade integrante de sua administração.

Gabarito: E. Senhores, essa questão (aparentemente difícil) cobrou o MS 24.423, julgado pelo STF. Vamos pensar um pouco: não tem como o STF errar, ou decidir de forma inconstitucional, não é verdade? Assim, já matamos as letras A. B e D.

A letra C está errada e a E certa, pois o órgão responsável é o TCDF e não o TCU.

42. (FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competência originária para fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados à União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres.

Errado. Na verdade, o TCU fiscaliza a aplicação dos recursos repassados PELA União aos estados, DF e municípios. Observe o art. 71, VI: “Compete ao TCU: VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município”

43. (FCC - 2011 - MPE-CE - Promotor de Justiça) O controle externo da Administração Pública, na esfera federal, compete ao Congresso Nacional, que o exercerá com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competências próprias de fiscalização, bem como para aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei.

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Certo. A questão é ótima para revisarmos dois conceitos:

a) o titular do controle externo é o Congresso Nacional e o Tribunal de Contas da União o auxilia;

b) a Constituição deu ao TCU várias atribuições próprias de fiscalização, que pode, inclusive, aplicar sanções aos responsáveis por contas ou despesas irregulares.

44. (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Fisioterapia) Em relação à fiscalização contábil, financeira e orçamentária, é certo que o controle externo a cargo do Congresso Nacional será exercido com o auxílio

a) do Tribunal de Contas da União.

b) dos órgãos de controle interno de toda a federação.

c) da Controladoria-Geral da União, dos Estados e Municípios.

d) dos Conselhos de Contas e demais órgãos de controle interno.

e) dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal.

Gabarito: A. Essa estava de graça, não é pessoal? A Titularidade do controle externo é do Congresso Nacional e o TCU é um órgão auxiliar do CN nessa atividade.

45. (FCC - 2011 - TRE-AP - Técnico Judiciário) No que se refere à fiscalização contábil, financeira e orçamentária é certo que, o auditor, quando em substituição a Ministro do Tribunal de Contas, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de

a) Juiz de Tribunal Regional Eleitoral.

b) Juiz de Tribunal Regional Federal.

c) Advogado Geral da União.

d) Procurador da República.

e) Juiz de Tribunal de Justiça de Estado.

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Gabarito: B. Essa é a cópia do art. 73, § 4º da CF. Lembre-se do esquema:

o Garantias - Ministros do TCU – mesmas garantias, impedimentos, prerrogativas, vencimentos e vantagens que os Ministros do STJ

- Auditores (ministros substitutos) – mesmas garantias, impedimentos, prerrogativas, vencimentos e vantagens que os Juízes de TRF(desembargador federal)

o Quando estiverem substituindo o titular: Ministros do STJ

Vitaliciedade com a posse

46. (FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competência originária para sustar a execução de contrato, se verificada ilegalidade, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.

Errado. Quem possui a competência para sustar os CONTRATOS administrativos, caso haja irregularidades é o Congresso Nacional, conforme o art. 71, § 1º: “No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.”

Observe que o TCU somente pode sustar ATOS administrativos,comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, mas não pode sustar contratos.

47. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário) A empresa JJPTO Ltda. firmou contrato administrativo com a União, após participar de processo de licitação fraudulento do qual saiu vencedora, para o fornecimento de cartuchos de tintas para as impressoras das repartições públicas. Segundo a Constituição Federal, no caso desse contrato, o ato de sustação será adotado

a) diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

b) pelo Tribunal de Contas da União, mediante controle interno, que solicitará, de imediato, ao Congresso Nacional as medidas cabíveis.

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c) pelo Tribunal de Contas da União, mediante controle externo, que, após prestar informações ao Poder Executivo, solicitará ao Congresso Nacional as medidas cabíveis.

d) diretamente pelo Tribunal de Contas da União, que, após prestar informações ao Poder Executivo, solicitará ao Poder Judiciário as medidas cabíveis.

e) diretamente pelo Tribunal de Contas da União, que, após prestar informações ao Poder Legislativo, solicitará ao Poder Judiciário as medidas cabíveis.

Gabarito: A. Conforme o art. 71, § 1º. Está lembrado? O TCU susta ATOe o Congresso Nacional susta CONTRATO.

48. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário) Dois terços dos Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos peloa) Supremo Tribunal Federal.b) Presidente do Senado Federal.c) Presidente da República.d) Presidente do Supremo Tribunal Federal.e) Congresso Nacional.

Gabarito: E. Conforme o art. 73, § 2º, II. Vamos revisar:

Composição do TCU: 9 ministros

o Requisitos - Brasileiro nato ou naturalizado- Idade: + de 35 e - de 65 anos- Idoneidade moral e reputação ilibada- Ter + de 10 anos de função que exija os conhecimentos abaixo- Notórios conhecimentos - Jurídicos

- Contábeis- Econômicos- Financeiros- De Administração Pública

o Escolha • 2/3 (6) – escolhidos pelo CN

• 1/3 (3) – escolhidos pelo PR • 1 auditor do TCUCom aprovação do SF • 1 membro do MP/TCU

• 1 livre escolha do PR

o À medida que forem abrindo vagas, as de origem serão preservadasEx: se sai membro do MP, entra outro membro do MP

Lista tríplice do TCU

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49. (FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida, mediante controle externo, pelo

a) Ministro da Justiça.

b) Advogado Geral da União.

c) Chefe da Casa Civil.

d) Supremo Tribunal Federal.

e) Congresso Nacional.

Gabarito: E. Lembre-se de que o titular do controle externo é o Congresso Nacional e o Tribunal de Contas da União é um órgão AUXILIAR do CN nessa atribuição.

50. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico Judiciário) Em relação aos indícios de despesas não autorizadas e entendendo o Tribunal de Contas da União irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá sua sustação ao

a) Presidente do Tribunal de Contas da União.

b) Presidente da República.

c) Congresso Nacional.

d) Superior Tribunal de Justiça.

e) Supremo Tribunal Federal.

Gabarito: C. Mais uma vez, nossa querida FCC cobrando a cópia da letra da CF. Observe o art. 72, § 2º: “Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.”

51. (FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competência originária para apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer

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título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, bem como as nomeações para cargo de provimento em comissão.

Errado. Realmente, o controle externo é exercido pelo Congresso Nacional, auxiliado pelo TCU. No entanto, conforme art. 71, III, compete ao TCU: “apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, EXCETUADAS AS NOMEAÇÕES PARA CARGO DE PROVIMENTO EM COMISSÃO, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.”

52. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário) No tocante ao Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que:

a) É integrado por onze Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional.

b) As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa deverão ser submetidas ao crivo do Congresso Nacional em sessão legislativa por ambas as Casas, sendo que a decisão do Senado Federal terá eficácia de título executivo.

c) O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, semestralmente, relatório de suas atividades.

d) No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

e) O auditor, quando em substituição a Ministro não terá as mesmas garantias e impedimentos do titular.

Gabarito: D

Item A – ERRADO. O TCU é composto por 9 ministros e não 11. O restante está correto.

Item B – ERRADO. As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo, não precisando passar pelo crivo do Congresso Nacional.

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Item C – ERRADO. O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades.

Item D – CERTO. Vamos revisar uma das competências do TCU:

X - SUSTAR, se não atendido, a execução do ATO impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

- ATOS: o TCU só pode sustar ATOS ADMINISTRATIVOS.- CONTRATOS: o CN é quem sustará o CONTRATO e solicitará ao Executivo as medidas cabíveis

• Verificada irregularidade em CONTRATO adm, o TCU deve dar ciência ao CN para que este determine a sustação do contrato e solicite ao Executivo as medidas cabíveis• Se o CN ou Executivo ficarem inertes: o TCU decidirá a respeito (90d)

Item E – ERRADO. O erro está na palavrinha “não”. O auditor, quando em substituição a Ministro terá as mesmas garantias e impedimentos do titular.

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Meus caros Analistas Administrativos do TST, chegamos ao final de nossa aulade hoje. Continuem firmes e estudem de maneira simples, procurando entender o espírito das normas e não apenas decorando informações. Lembre-se que A SIMPLICIDADE É O GRAU MÁXIMO DA SOFISTICAÇÃO(Leonardo da Vinci).

Espero que todos vocês tenham muito SUCESSO nessa jornada, que é bastante trabalhosa, mas extremamente gratificante!

Abraços a todos e até a próxima aula.

RRoberto Troncoso

Se você acha que pode ou se você acha que não ppode, de qualquer maneira, você tem razão.

(Henry Ford)

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VII. QUESTÕES DA AULA

1. (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário) Atos do Presidente da República que contrariem a probidade na administração e o descumprimento das decisões judiciais, dentre outros, são considerados:

a) respectivamente crimes de responsabilidade e infrações penais comuns.

b) infrações penais comuns, apenas.

c) respectivamente infrações penais comuns e crimes de responsabilidade.

d) crimes de responsabilidade, apenas.

e) infrações penais comuns e crimes políticos.

2. (FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) O Presidente da República:

a) exerce a função de chefe de governo, mas não a de chefe de Estado.

b) toma posse em sessão da Câmara dos Deputados, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição.

c) tem competência para avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes.

d) edita medidas provisórias, com força de lei.

e) nomeia Ministros de Estado, após a escolha ser aprovada pelo Congresso Nacional.

3. (FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) O Vice-Presidente da República:

a) deve ser brasileiro nato ou naturalizado.

b) exerce competências taxativamente definidas na Constituição e em leis ordinárias.

c) substitui o Presidente, no caso de impedimento, e sucede-lhe, no caso de vacância.

d) poderá ser julgado, por crime de responsabilidade, pelo Congresso Nacional.

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e) deve ter a idade mínima de trinta anos como condição de sua elegibilidade.

4. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) Se o Presidente da República atira contra seu próprio primo e comete um crime de homicídio, na vigência de seu mandato, motivado, apenas, por violento ciúme em relação à esposa,

a) não poderá ser responsabilizado pelo ato enquanto durar seu mandato.

b) será processado e julgado, na vigência de seu mandato, pelo Supremo Tribunal Federal.

c) será processado e julgado, na vigência de seu mandato, pelo Senado Federal, e, caso seja considerado culpado, sofrerá a pena de impeachment.

d) será submetido a um primeiro julgamento perante o Congresso Nacional, o qual decidirá sobre a manutenção da decretação da prisão preventiva.

e) poderá ficar afastado do cargo, por decisão do Senado Federal, até que se ultime o julgamento no Supremo Tribunal Federal.

5. (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário) Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente da República, Plínio, Presidente do Supremo Tribunal Federal, será chamado ao exercício da Presidência da República após serem chamados sucessivamente Adolfo e Irineu que são respectivamente, segundo a Constituição Federal, o:

a) Presidente da Câmara dos Deputados e o Presidente do Senado Federal.

b) Ministro Chefe da Casa Civil e o Ministro da Justiça

c) Presidente do Tribunal Superior Eleitoral e o Ministro Chefe da Casa Civil.

d) Presidente do Superior Tribunal de Justiça e o Ministro da Justiça.

e) Presidente da Câmara dos Deputados e o Ministro Chefe da Casa Civil.

6. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário) É lícito ao Presidente da República, delegar ao Ministro de Estado, a atribuição de:

a) exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos.

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b) manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos e celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional.

c) dispor, mediante decreto, sobre a organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, e sobre a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.

d) nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei.

e) celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional, conferir condecorações e distinções honoríficas e enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

7. (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle) Nos termos da Constituição Federal, a competência privativa do Presidente da República poderá ser delegada no caso de:

a) decretação do estado de defesa, de sítio e intervenção federal.

b) concessão de indulto e comutação de penas.

c) elaboração de decretos e regulamentos para a fiel execução da lei.

d) edição de medidas provisórias com força de lei.

e) celebração de tratados, convenções e atos internacionais.

8. (FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário) O Ministro do Planejamento participa como membro nato do Conselho:

a) dos Municípios, que se reune trimestralmente no Congresso Nacional.

b) da República.

c) Nacional de Justiça.

d) dos Estados, que se reúne bimestralmente no Congresso Nacional.

e) de Defesa Nacional.

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9. (FCC - 2011 - TCE-SP - Procurador) Considera-se função atípica do Poder Executivo, sob a ótica do princípio da separação de poderes, a previsão constitucional segundo a qual compete ao Presidente da República:

a) vetar e sancionar projetos de lei.

b) suspender a eficácia de lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.

c) editar decretos e regulamentos para a execução de leis.

d) nomear Ministros do Supremo Tribunal Federal, após arguição pelo Congresso Nacional.

e) editar leis delegadas e medidas provisórias.

10. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) O exercício de atribuições normativas pelo chefe do Poder Executivo, nos termos da Constituição da República,

a) compreende, excepcionalmente, atividade de natureza legislativa, função atípica para a qual se exige, conforme o caso, autorização prévia ou aprovação posterior pelos órgãos do Poder titular da função legislativa.

b) abrange a edição de decretos sobre organização e funcionamento da administração federal, independentemente de prévia lei, ainda que implique extinção de órgãos ou cargos públicos, estes quando vagos.

c) não comporta, em hipótese alguma, delegação interna corporis.

d) restringe-se à sua participação no processo legislativo por meio de iniciativa, nos casos previstos na Constituição, e aos atos de sancionar, promulgar e fazer publicar as leis.

e) não autoriza a expedição de decretos senão para o fim de fiel execução da lei, à qual a atividade regulamentar do Poder Executivo se subordina.

11. (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário) Lírio, Presidente da República, no intuito de dar um golpe de Estado, ordenou ao Exército que fechasse o Congresso Nacional e todos os Tribunais do país, impedindo o exercício do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. Passados vinte dias de intensa revolta popular, Lírio percebeu que sua tentativa de golpe havia fracassado e temeroso por perder seu cargo reconsiderou sua ordem,

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restabelecendo as atividades do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. Segundo disposto na Constituição Federal, Lírio cometeu:

a) infração penal comum e será submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.

b) crime de responsabilidade e será submetido a julgamento perante o Senado Federal.

c) crime de responsabilidade e será submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, cujo recurso será dirigido ao Colegiado formado por membros do Poder Judiciário e do Poder Legislativo.

d) infração penal comum e será submetido a julgamento perante o Senado Federal, cujo recurso será dirigido ao Colegiado formado por membros do Poder Judiciário e do Poder Legislativo.

e) crime de responsabilidade e será submetido a julgamento perante a Comissão formada por membros do Poder Judiciário e do Poder Legislativo.

12. (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário) O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele NÃO participa como membro nato o:

a) Procurador Geral da República.

b) Presidente da Câmara dos Deputados.

c) Presidente do Senado Federal.

d) Ministro das Relações Exteriores.

e) Ministro do Planejamento.

13. (FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário) A acusação contra o Presidente da República por crime de responsabilidade:

a) não o considera denunciado até a manifestação definitiva do Superior Tribunal de Justiça pelo Supremo Tribunal Federal.

b) considera-o como indiciado, garantindo-lhe a defesa, mas não a nulidade do procedimento.

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c) implica na suspensão obrigatória de suas funções em razão da denúncia até a decisão final.

d) não o coloca na condição de acusado ou indiciado, tendo em vista o princípio da presunção de inocência.

e) coloca-o na condição de acusado, assegurando-lhe o direito a ampla defesa e o contraditório, sob pena de nulidade do procedimento.

14. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário) A infração político-administrativa, definida em Lei, praticada pelo Presidente da República no desempenho da função que atente contra o livre exercício dos Poderes do Estado é classificada de crime:

a) comum.

b) de responsabilidade.

c) ditatorial.

d) hediondo.

e) ordinário.

15. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário) Com relação às atribuições e responsabilidades do Presidente da República,

a) admitida a acusação, por dois quintos da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

b) compete-lhe prestar, trimestralmente, ao Congresso Nacional, dentro de trinta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior.

c) compete-lhe privativamente permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.

d) ficará suspenso de suas funções, nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa- crime pelo Superior Tribunal de Justiça.

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e) ficará suspenso de suas funções, nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pela Câmara dos Deputados.

16. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário) No tocante ao processo eleitoral do Presidente e do Vice-Presidente da República,

a) se, depois de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

b) se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.

c) tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de apenas defender e cumprir a Constituição Federal.

d) se, decorridos trinta dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

e) em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal.

17. (FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário) No que concerne à responsabilidade do Presidente da República, é INCORRETO afirmar:

a) Admitida a acusação, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

b) Admitida a acusação, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns.

c) Nos casos de infrações penais comuns, se, decorrido o prazo de cento e vinte dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

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d) Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito à prisão.

e) Na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

18. (FCC - 2011 - TRE-TO - Analista Judiciário) Com relação ao Presidente e Vice-Presidente da República, considere:

I. Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.

II. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á novas eleições no prazo máximo de sessenta dias corridos.

III. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, e do Supremo Tribunal Federal.

IV. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-áeleição noventa dias depois de aberta a última vaga.

Está correto o que se afirma APENAS em:

a) I e IV.

b) I, III e IV.

c) I, II e IV.

d) I, II e III.

e) III e IV.

19. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos.

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20.(FCC - 2010 - TRE-AL - Técnico Judiciário) Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.

21. (FCC - 2011 - NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO – Advogado) Compete privativamente ao Presidente da República aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas.

22. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.

23. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder Executivo tem a função constitucional exclusiva de administrar, no aspecto político e administrativo, ficando a atividade legislativa e julgadora para os demais Poderes.

24. (FCC - 2010 - TRE-AL - Técnico Judiciário) No tocante ao Poder Executivo, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-ánova eleição em até sessenta dias após a proclamação do resultado.

25. (FCC - 2011 - Nossa Caixa Desenvolvimento – Advogado) Compete privativamente ao Presidente da República resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

26. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder Executivo é representado pela Presidente da República e, na sua falta, pelo Vice-Presidente da República, sendo que a posse de ambos ocorrerá em sessão solene da Câmara dos Deputados.

27. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos.

28. (FCC - 2010 - TRE-AL - Técnico Judiciário) Se, decorridos trinta dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

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29.(FCC - 2011 - Nossa Caixa Desenvolvimento – Advogado) Compete privativamente ao Presidente da República decretar e executar a intervenção federal.

30. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder Executivo exerce as funções constitucionais conferidas à Presidência da República, sendo todas elas indelegáveis.

31. (FCC - 2010 - TRE-AL - Técnico Judiciário) Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.

32. (FCC - 2011 - Nossa Caixa Desenvolvimento – Advogado) Compete privativamente ao Presidente da República sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.

33. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos na Constituição Federal.

34. (FCC - 2010 - TRE-AC - Analista Judiciário) Os atos do Presidente da República que atentem contra a lei orçamentária constituem crimes de responsabilidade.

35. (FCC - 2011 - Nossa Caixa Desenvolvimento – Advogado) Compete privativamente ao Presidente da República mudar temporariamente a sede do Congresso Nacional.

36. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias.

37. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder Executivo é personificado pelo Presidente da República que exerce a chefia de Estado, cabendo aos Ministros de Estado o exercício da chefia de governo.

38. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder Executivo concentra-se na figura do Presidente da República, que é eleito para

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mandato certo sem responsabilidade política perante o Legislativo, salvo no caso de impeachment.

39. (FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador) O controle externo, a cargo do CongressoNacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competência originária para julgar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, em sessenta dias a contar de seu recebimento.

40. (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle - Jurídica) De acordo com a Constituição Federal, a decisão do Tribunal de Contas que concluir pela ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas

a) aplicará aos responsáveis as penalidades previstas na legislação de improbidade administrativa, inclusive a perda de cargo ou função pública.

b) dependerá, para sua eficácia, de homologação pelo Congresso Nacional ou Assembleia Legislativa, conforme o caso.

c) aplicará aos responsáveis, entre outras sanções previstas em lei, multa proporcional ao dano causado ao erário, a qual possui eficácia de título executivo.

d) condenará os responsáveis à devolução dos valores auferidos ilicitamente, bem como aplicará multa cominatória, dependendo, para sua eficácia, de aforamento de ação de improbidade pelo Ministério Público.

e) aplicará aos responsáveis as sanções previstas em lei, que incluem a perda dos valores auferidos ilicitamente, multa cominatória, estas com eficácia imediata, e perda do cargo ou função pública, esta sujeita à homologação judicial.

41. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) No julgamento do Mandado de Segurança no 24.423 (Rel. Min. Gilmar Mendes, julg. 10/9/2008, publ. DJE 20/2/2009), o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, entendeu não possuir o Tribunal de Contas da União (TCU) competência para fiscalizar atos supostamente irregulares na gestão de empresa estatal integrante da administração indireta do Distrito Federal, com capital pertencente à União (49%) e ao Distrito Federal (51%). Nessa hipótese, a decisão do STF

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a) fere a Constituição da República, porque esta atribui ao TCU competência para fiscalizar qualquer pessoa que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

b) é incompatível com a Constituição da República, no ponto em que prevê expressamente competência do TCU para julgar contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.

c) não alcança a competência do TCU para realizar, por iniciativa própria, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, quanto às ações de que a União for titular.

d) desconsidera a previsão da Constituição da República segundo a qual o TCU possui competência para fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União a órgãos e entidades integrantes da administração direta e indireta de Estados, Municípios e Distrito Federal.

e) é compatível com a Constituição da República, tendo preservado a autonomia do ente da federação e a competência que é atribuída à sua Corte de Contas para a fiscalização financeira de atos de entidade integrante de sua administração.

42. (FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competência originária para fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados à União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres.

43. (FCC - 2011 - MPE-CE - Promotor de Justiça) O controle externo da Administração Pública, na esfera federal, compete ao Congresso Nacional, que o exercerá com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competências próprias de fiscalização, bem como para aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei.

44. (FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Fisioterapia) Em relação à fiscalização contábil, financeira e orçamentária, é certo que o controle externo a cargo do Congresso Nacional será exercido com o auxílio

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a) do Tribunal de Contas da União.

b) dos órgãos de controle interno de toda a federação.

c) da Controladoria-Geral da União, dos Estados e Municípios.

d) dos Conselhos de Contas e demais órgãos de controle interno.

e) dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal.

45. (FCC - 2011 - TRE-AP - Técnico Judiciário) No que se refere à fiscalização contábil, financeira e orçamentária é certo que, o auditor, quando em substituição a Ministro do Tribunal de Contas, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de

a) Juiz de Tribunal Regional Eleitoral.

b) Juiz de Tribunal Regional Federal.

c) Advogado Geral da União.

d) Procurador da República.

e) Juiz de Tribunal de Justiça de Estado.

46. (FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competência originária para sustar a execução de contrato, se verificada ilegalidade, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.

47. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário) A empresa JJPTO Ltda. firmou contrato administrativo com a União, após participar de processo de licitação fraudulento do qual saiu vencedora, para o fornecimento de cartuchos de tintas para as impressoras das repartições públicas. Segundo a Constituição Federal, no caso desse contrato, o ato de sustação será adotado

a) diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

b) pelo Tribunal de Contas da União, mediante controle interno, que solicitará, de imediato, ao Congresso Nacional as medidas cabíveis.

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c) pelo Tribunal de Contas da União, mediante controle externo, que, após prestar informações ao Poder Executivo, solicitará ao Congresso Nacional as medidas cabíveis.

d) diretamente pelo Tribunal de Contas da União, que, após prestar informações ao Poder Executivo, solicitará ao Poder Judiciário as medidas cabíveis.

e) diretamente pelo Tribunal de Contas da União, que, após prestar informações ao Poder Legislativo, solicitará ao Poder Judiciário as medidas cabíveis.

48. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário) Dois terços dos Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos pelo

a) Supremo Tribunal Federal.

b) Presidente do Senado Federal.

c) Presidente da República.

d) Presidente do Supremo Tribunal Federal.

e) Congresso Nacional.

49. (FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida, mediante controle externo, pelo

a) Ministro da Justiça.

b) Advogado Geral da União.

c) Chefe da Casa Civil.

d) Supremo Tribunal Federal.

e) Congresso Nacional.

50. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico Judiciário) Em relação aos indícios de despesas não autorizadas e entendendo o Tribunal de Contas da União irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá sua sustação ao

a) Presidente do Tribunal de Contas da União.

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b) Presidente da República.

c) Congresso Nacional.

d) Superior Tribunal de Justiça.

e) Supremo Tribunal Federal.

51. (FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual a Constituição da República atribui competência originária para apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, bem como as nomeações para cargo de provimento em comissão.

52. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário) No tocante ao Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que:

a) É integrado por onze Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional.

b) As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa deverão ser submetidas ao crivo do Congresso Nacional em sessão legislativa por ambas as Casas, sendo que a decisão do Senado Federal terá eficácia de título executivo.

c) O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, semestralmente, relatório de suas atividades.

d) No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

e) O auditor, quando em substituição a Ministro não terá as mesmas garantias e impedimentos do titular.

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VIII. GABARITO

Poder Executivo

1. D 2. D 3. C 4. A 5. A 6. C 7. B 8. E 9. E 10.A

11.B 12.A 13.E 14.B 15.C 16.B 17.C 18.A 19.E 20.C

21.E 22.E 23.E 24.E 25.E 26.E 27.C 28.E 29.C 30.E

31.C 32.E 33.E 34.C 35.E 36.E 37.E 38.C

Tribunal de Contas da União

39.E 40.C 41.E 42.E 43.C 44.A 45.B 46.E 47.A 48.E

49.E 50.C 51.E 52.D

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IX. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Ed. Átlas

PAULO, Vicente e ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional Descomplicado. Ed. Impetus

MENDES, Gilmar Ferreira e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva

CRUZ, Vítor. 1001 questões Comentadas Direito Constitucional. Questões do Ponto (ebook)

www.cespe.unb.br

http://www.esaf.fazenda.gov.br/

http://www.fcc.org.br/institucional/

www.consulplan.net

http://www.fujb.ufrj.br