aula 01 (2)
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AUDITOR DO ESTADO- RS ADMINISTRAO (ITENS 1 A 19)
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
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Aula 1
Ol, pessoal!
Agradeo a confiana!
Estou convicto que com o material que irei disponibilizar teremos condies
de acertar todas as questes relativas aos itens 1 a 19 do contedo de
administrao para o concurso de Auditor do Estado!
Trataremos dos seguintes tpicos nesta aula:
AULA 1 09/12/2013 1. Teoria clssica da administrao, teoria da burocracia e teoria neoclssica da administrao. 2. Organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil, dos Estados e dos Municpios.
Sumrio
1. Teorias da Administrao: Escola Clssica de Administrao ................................................................. 2 2. Modelos de Gesto (Escola Clssica) ....................................................................................................... 3 2.1. Administrao Cientfica ........................................................................................................................ 4 2.2. Teorias com nfase na estrutura organizacional ................................................................................... 11 2.2.1. Teoria Clssica .................................................................................................................................. 12 3. Modelo Burocrtico................................................................................................................................. 20 4. Teoria Estruturalista da Administrao ................................................................................................... 26 5. Teoria Neoclssica da Administrao ..................................................................................................... 27 6. Teorias com nfase nas pessoas .............................................................................................................. 29 6.1. Escola das Relaes Humanas ............................................................................................................. 29 6.2. Teoria Comportamental ........................................................................................................................ 31 6.4. Teorias com nfase no Ambiente ......................................................................................................... 38 6.4.1. Teoria dos Sistemas ........................................................................................................................... 39 6.4.2. Teoria da Contingncia ..................................................................................................................... 47 7. Organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil, dos Estados e dos Municpios
..................................................................................................................................................................... 51 8. Lista de Questes .................................................................................................................................... 86 9. Gabarito ................................................................................................................................................... 98
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1. Teorias da Administrao: Escola Clssica de Administrao
Para entendermos os modelos de gesto preciso que salientemos que
estas existem porque as organizaes existem. Os modelos de gesto foram
criados para gerar resultados melhores para as organizaes, sejam elas de
que tipo forem. o esforo humano em entender como funcionam as
organizaes e alcanar performances cada vez mais elevadas.
Por organizao podemos entender um conjunto de pessoas que atuam
juntas em uma criteriosa diviso de trabalho para alcanar um
objetivo comum. Neste sentido so instrumentos sociais para
racionalmente os homens produzirem benefcios coletivos que
individualmente seriam impossveis de serem alcanados. Porm, uma
organizao mais do que meramente um instrumento para produo de
bens e servios. So espaos de sociabilidade, instrumentos sociais, onde a
vida se propaga.
Existem diversas formulaes para o conceito de organizao. O conceito
acima est no livro do Prof. Chiavenato, Comportamento Organizacional.
Desta definio percebemos alguns elementos que compem uma
organizao: pessoas, diviso do trabalho e objetivos comuns.
Outra definio na mesma linha a de Maximiniano, segundo o qual
organizao um sistema de recursos que procura realizar algum
tipo de objetivo (ou conjunto de objetivos). Alm de objetivos e
recursos, as organizaes tm dois outros componentes principais:
processos de transformao e diviso do trabalho.
Percebemos que este segundo autor inclui mais um elemento como
caracterstica de uma organizao: processos de transformao. Conforme
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veremos mais frente, esta uma caracterstica essencial dos sistemas
abertos.
No momento basta sabermos que estes elementos sugerem que as
organizaes precisam ser administradas. Para atender aos propsitos das
organizaes foram desenvolvidas desde o final do sculo XIX at os nossos
dias diversos modelos de gesto. Trata-se de diferentes abordagens,
resultantes do avano do conhecimento e de realidades histricas distintas.
Estes modelos esto calcados em teorias administrativas. O quadro abaixo
demonstra as principais teorias administrativas e seus enfoques. Iremos
abordar cada uma delas.
Fonte: Chiavenato (2005)
2. Modelos de Gesto (Escola Clssica)
As teorias administrativas surgem no final do sculo XIX junto com a
complexidade das grandes organizaes e da produo em massa. Podemos
classificar as diversas teorias em quatro estgios ou nfase diferentes:
teorias calcadas nas tarefas, na estrutura organizacional, nas pessoas e no
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ambiente. Iremos estudar as diversas teorias em cada um destes blocos
enfticos.
Iremos abordar nesta aula demonstrativa as teorias baseadas nas tarefas e
na estrutura, que compem a abordagem clssica da administrao. Elas
foram desenvolvidas por Taylor e Fayol.
2.1. Administrao Cientfica
Foi uma das primeiras teorias formuladas a respeito das organizaes e tinham como preocupao a racionalizao do trabalho no dia-a-dia das fbricas. Foi formulada pelo engenheiro americano Frederic Taylor (1856-1915). A
principal preocupao era a eliminao do desperdcio (reduo de custos) e
o aumento da eficincia, por meio da sistematizao do trabalho. Diferenciou
gerentes e trabalhadores de linha. Os primeiros deviam pensar e definir o
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mtodo de trabalho, enquanto aos ltimos caberia a execuo daquilo que
foi planejado pelos gerentes. A nfase era na tarefa padronizada e
fragmentada, portanto no nvel da tarefa. Cada trabalhador executaria um
conjunto de movimentos repetitivos que culminaria na mxima eficincia nas
operaes realizadas. Taylor preocupou-se com a melhor maneira de realizar
as tarefas.
Para Taylor, a gerncia adquiriu novas atribuies e responsabilidades
descritas pelos quatro princpios a seguir, publicados em em 1903 no estudo
chamado Shop Management (Administrao de Operaes Fabris:
1. Principio de Planejamento: substituir no trabalho o critrio individual
do operrio, a improvisao e a atuao emprica-prtica, pelos mtodos
baseados em procedimentos cientficos. Substituir a improvisao pela
cincia, atravs do planejamento do mtodo de trabalho.
2. Princpio do preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de
acordo com suas aptides e prepar-los e trein-los para produzirem mais e
melhor, de acordo com o mtodo planejado. Alm do preparo da mo-de-
obra, preparar tambm as mquinas e equipamentos de produo, bem
como o arranjo fsico e a disposio racional das ferramentas e materiais.
3. Princpio do Controle: controlar o trabalho para se certificar de que o
mesmo est sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e
segundo o plano previsto. A gerncia deve cooperar com os trabalhadores,
para que a execuo seja a melhor possvel.
4. Princpio da Execuo: distribuir distintamente as atribuies e as
responsabilidades, para que a execuo do trabalho seja bem mais
disciplinada
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Objetivos do estudo de tempos e movimentos
1. Eliminao do desperdcio de esforo humano e de movimentos inteis.
2. Adaptao dos operrios tarefa.
3. Facilidade no treinamento dos operrios, melhoria da eficincia e
do rendimento da produo pela especializao das atividades.
4. Distribuio uniforme do trabalho para que no haja perodos de
falta ou de excesso de trabalho.
5. Definio de mtodos e estabelecimento de normas para a execuo
do trabalho.
6. Estabelecer uma base uniforme para salrios eqitativos e prmios
de produo.
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A Organizao Racional do Trabalho
1. Anlise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos -
consistia em decompor - racionalizar - cada tarefa em uma srie
ordenada de movimentos simples, com isso padronizava-se o mtodo
de trabalho, seus movimentos e o tempo destinado sua execuo.
2. Estudo da fadiga humana - eliminao de movimentos que
desnecessrios, visando diminuio de esforos musculares.
3. Diviso do trabalho e especializao do operrio - a eficincia
aumenta com a especializao, assim, o funcionrio limitava-se
execuo rotineira do mesmo trabalho para ajustar-se aos padres
descritos pelo mtodo e s normas de desempenho do mtodo.
4. Desenho de cargos e tarefas - compreende a definio de seu
contedo (tarefas/ atividades), mtodos de execuo e relaes com
outros cargos;
5. Incentivos salariais e prmios de produo - Taylor relacionou
remunerao com quantidade produzida. O salrio era proporcional
produo.
6. Conceito de homo economicus - as pessoas so motivadas
exclusivamente por recompensas materiais, salariais e econmicas.
7. Condies ambientais de trabalho - iluminao, ventilao, arranjo
fsico etc. deveriam ser favorveis para garantir aumento da eficincia.
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8. Padronizao de mtodos e de mquinas - so selecionados os
mtodos, ferramentas, equipamentos, mquinas, etc. mais
condizentes para fazer certa tarefa, a padronizao elimina
desperdcios, variabilidade e diversidade no processo produtivo e
incrementa nveis de eficincia.
9. Superviso funcional - a especializao do operrio deveria ser
acompanhada da especializao do supervisor. Cada supervisor deve
cuidar de determinada rea ou especialidade, possuindo autoridade
somente naquela rea que supervisiona.
Neste modelo a responsabilidade pela organizao das tarefas
exclusivamente dos gerentes, cabendo aos operrios a execuo fiel daquilo
que foi definido. Aos gerentes tambm caberia manter os operrios livres de
interferncias externas que provoquem paralisao das atividades.
Contriburam tambm com a teoria da administrao cientfica o casal
Gilbreth que focou ateno nos estudos dos tempos e movimentos, Henry
Gant que desenvolveu um mtodo de remunerao baseado em alcance de
metas (realizao do trabalho no tempo estipulado) e Harrington Emerson
que elaborou uma lista com 12 princpios para a administrao.
Ressalte-se que a ideia prevalente a de que as pessoas trabalhavam
exclusivamente para ganhar um salrio e recompensas maiores em dinheiro.
Prevalecia assim o conceito de homem econmico (homo economicus).
As condies de trabalho para a Administrao Cientfica
1. Adequao de ferramentas de trabalho e equipamentos de produo para
minimizar o esforo do operador e a perda de tempo na execuo da tarefa.
2. Arranjo fsico de mquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo da
produo.
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3. Melhoria do ambiente fsico de trabalho para evitar que rudo, ventilao,
iluminao e conforto no trabalho no reduzam a eficincia do trabalhador.
4. Projeto de instrumentos e equipamentos especiais, como transportadores,
seguidores, contadores e utenslios para reduzir movimentos inteis.
Esta teoria se caracteriza por seus aspectos prescritivo e normativo, e pelo
modelo de sistema fechado, pois analisa apenas o ambiente interno da
empresa sem nenhuma preocupao com o ambiente externo. A
Administrao Cientfica visualiza as empresas como se estivessem no
vcuo, autnomas, hermeticamente fechadas, caracterizando-se assim por
ter uma abordagem de sistema fechado. Ela no considera as variveis
extrnsecas (ambientais, econmicas, polticas e sociolgicas).
uma teoria mecanicista, pois concebe a organizao como um arranjo
esttico e rgido de peas, uma mquina. Em nenhum momento considerou
as organizao informais. O indivduo era considerado como "algo" sem
capacidade alguma de pensar, servia somente para executar.
Vamos comear com uma questo da FUNRIO
ITEM 1. (FUNRIO/2010/SEBRAE-PA/ANALISTA TCNICO LOGSTICA) Frederick Taylor verificou que em todos os ofcios os operrios aprendiam a maneira de executar as tarefas do trabalho por meio da observao. Percebeu que isso levava a diferentes meios ou mtodos para se fazer a mesma coisa. Adotou o melhor dos mtodos e o aperfeioou, criando o mtodo cientfico de trabalho. Dentre as tcnicas criadas por Taylor, em seu mtodo cientfico, podemos citar: I - Estudo dos tempos e movimentos II - Seleo cientfica do trabalhador III - Criao da linha de montagem Assinale a alternativa correta.
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a) somente a afirmativa I est correta. b) somente as afirmativas I e III esto corretas. c) somente as afirmativas I e II esto corretas. d) somente as afirmativas II e III esto corretas. e) somente a afirmativa II est correta.
Analisemos as afirmaes:
I. CERTO. De fato Taylor preconizou em sua teoria o estudo dos
tempos e movimentos.
II. CERTO. Outro pressuposto da teoria de Taylor: a seleo de
trabalhadores por critrios tcnicos.
III. ERRADO. Quem criou a linha de montagem foi Henry Ford.
Portanto, o gabarito a alternativa B.
Agora vejam esta questo da FCC.
ITEM 2. (FCC/2008/METR-SP/ANALISTA TRAINEE ADMINISTRAO) A viso mecanicista de Frederick Taylor sobre as pessoas e as organizaes era essencialmente uma perspectiva de sistema
a) quantitativo. b) aberto. c) contigencial. d) sistmico. e) fechado
Ficou fcil, pessoal! A viso mecanicista de Taylor era caracterstica da
abordagem organizacional de sistemas fechados. Portanto, o gabarito a
alternativa E.
Vamos outra pessoal, no desanimem!
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ITEM 3. (FMP-RS/2011/TCE-RS/AUDITOR PBLICO EXTERNO ADMINISTRAO) Frederick Taylor foi criador e principal destaque da Administrao Cientfica. Em 1895 ele apresentou o primeiro trabalho da Administrao Cientfica: Um sistema de pagamento por pea. As idias apresentadas por ele nessa e em diversas outras obras, acabaram inspirando outros estudos e pensamentos, como o operrio-padro e o conceito de Kaizen. Pode-se dizer que alguns dos mecanismos da administrao cientfica eram:
a) reviso dos movimentos, aumento da necessidade da fora muscular, aumento do tempo
de trabalho sem interrupo.
b) carto de instrues, sistema de pagamento baseado no desempenho, grupos de
trabalhos autogeridos.
c) procedimento formalizado e articulador de resultados, gerao de vantagens
competitivas, anlise ambiental apurada.
d) criao do ncleo operacional das organizaes, tecnoestrutura (composta por
especialistas e dirigentes) e sistema em fluxo e transformao.
e) padronizao de movimentos, sistema de pagamentos baseado no desempenho,
padronizao de ferramentas e instrumentos
Pessoal, vimos na aula os nove instrumentos da organizao racional do
trabalho segundo Taylor: Anlise do trabalho e do estudo dos tempos e
movimentos, Estudo da fadiga humana, Diviso do trabalho e especializao
do operrio , Desenho de cargos e tarefas, Incentivos salariais e prmios de
produo, Conceito de homo economicus, Condies ambientais de trabalho,
Padronizao de mtodos e de mquinas e Superviso funcional.
Portanto, o gabarito a alternativa E.
2.2. Teorias com nfase na estrutura organizacional
As teorias baseadas na estrutura organizacional foram desenvolvidas na
Europa e tinham o objetivo de estruturar toda a organizao para a
produo, de cima para baixo, e no somente o nvel de produo como a
Administrao Cientfica americana. Foram quatro movimentos distintos:
Teoria Clssica, Modelo Burocrtico, Teoria Estruturalista e Teoria
Neoclssica. Veremos nesta aula a teoria clssica.
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2.2.1. Teoria Clssica
Foi formulada pelo engenheiro francs Henry Fayol (1841-1925). A diviso
do trabalho organizacional, segundo esta teoria, deveria ser realizada no
topo da organizao e teria seis funes bsicas: Tcnica, Comercial,
Financeira, Segurana e Contbil. Este o embrio da
departamentalizao que foi desenvolvida posteriormente por Gulick e
Uwick, seguidores de Fayol.
Administrar para Fayol era: prever (ou planejar) , organizar, comandar,
coordenar e controlar. Para gravar pessoal o POCCC.
A funo de ADMINISTRAR envolve todos os outros elementos da
Administrao (funes do administrador). As funes administrativas
significavam para Fayol:
Para atender a estes pressupostos a empresa deveria atender aos quatorze
princpios gerais e universais da administrao. Seus princpios incluam a
diviso do trabalho (assim como Taylor), a unidade de comando e direo, a
Visualizar o futuro e traar o programa de ao
Constituir o organismo material e social da empresa (distribuir tarefas, distribuir autoridades e responsabilidades e estabelecer a estrutura organizacional, provisionamento de recursos humanos e materiais, etc.);
Dirigir e orientar o pessoal.
Ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforos.
Certificar-se de que tudo ocorra com as regras estabelecidas e as ordens dadas.
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centralizao, a preocupao com a remunerao dos empregados e
manuteno da ordenao dos materiais no local de trabalho.
Princpios Gerais da Administrao, segundo Fayol
Diviso do trabalho - Especializao dos funcionrios desde o topo da
hierarquia at os operrios da fbrica, assim, favorecendo a eficincia da
produo aumentando a produtividade. Designao de tarefas especficas
para cada indivduo, resultando na especializao das funes e separao
dos poderes;
Autoridade e Responsabilidade - o direito dos superiores darem ordens
que teoricamente sero obedecidas. Responsabilidade a contrapartida da
autoridade. Deve-se levar em conta o direito de dar ordens e exigir
obedincia, chegando a um bom equilbrio entre autoridade e
responsabilidade. A primeira o direito de mandar e o poder de se fazer
obedecer. A segunda, a sano - recompensa ou penalidade que acompanha
o exerccio do poder;
Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho
vlidas pra todos os funcionrios. A ausncia de disciplina gera o caos na
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organizao. o Respeito aos acordos estabelecidos entre a empresa e seus
agentes;
Unidade de comando - Um funcionrio deve receber ordens de apenas um
chefe, evitando contra-ordens.
Unidade de direo - O controle nico possibilitado com a aplicao de
um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos.
Subordinao dos interesses individuais (ao interesse geral) - Os
interesses gerais da organizao devem prevalecer sobre os interesses
individuais. Isto significa que h identidade de interesses entre oeganizao
e indivduos.
Remunerao - Deve ser suficiente para garantir a satisfao dos
funcionrios e da prpria organizao.
Centralizao (ou Descentralizao) - As atividades vitais da organizao e
sua autoridade devem ser centralizadas. Equilbrio entre a concentrao de
poderes de deciso no chefe, sua capacidade de enfrentar suas
responsabilidades e a iniciativa dos subordinados
Linha de Comando (Hierarquia ou cadeia escalar) - Defesa incondicional da
estrutura hierrquica, respeitando risca uma linha de autoridade fixa.
Hierarquia a srie dos chefes do primeiro ao ltimo escalo, dando-se aos
subordinados de chefes diferentes a autonomia para estabelecer relaes
diretas;
Ordem - Deve ser mantida em toda organizao, preservando um lugar pra
cada coisa e cada coisa em seu lugar.
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Equidade - A justia deve prevalecer em toda organizao, justificando a
lealdade e a devoo de cada funcionrio empresa. Direitos iguais.
Estabilidade dos funcionrios - Uma rotatividade alta tem conseqncias
negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionrios.
Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano
e cumpri-lo.
Esprito de equipe - O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela
comunicao dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo
precisam ter conscincia de classe, para que defendam seus propsitos
Assim como na Administrao Cientfica, na Teoria Clssica prevalece o
conceito de homem econmico (homo economicus).
Vejamos questes da FCC
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ITEM 4. (FCC/2012/MPE-AP/ANALISTA MINISTERIAL ADMINISTRAO) Harmonizar todos os atos da empresa ou do rgo pblico, com o objetivo de facilitar seu funcionamento, a funo definida por Fayol como a) prever. b) comandar. c) organizar. d) coordenar. e) controlar.
Pessoal, questo tranquila! A funo responsvel por harmonizar todos os
esforos a coordenao. Portanto, o gabarito a alternativa B.
ITEM 5. (FCC/ 2012/ MPE-AP/ ANALISTA MINISTERIAL ADMINISTRAO) Dotar uma empresa ou rgo pblico de tudo o que necessrio para seu funcionamento: como matrias-primas, utenslios, capital e pessoas a funo de Administrao definida por Fayol como a) prever. b) comandar. c) organizar. d) coordenar. e) controlar
Pessoal, como vimos o provisionamento de tudo que necessrio em uma
empresa cabe funo Organizar, segundo Fayol. Portanto, o gabarito a
alternativa C.
Agora vejam esta questo da ESAF ITEM 6. (ESAF/2013/DNIT/TCNICO ADMINISTRATIVO) Fayol foi o primeiro a definir as funes bsicas do Administrador. Os princpios apresentados por Fayol foram retrabalhados com contribuies da abordagem neoclssica da Administrao. Sobre as funes do administrador, segundo a abordagem clssica, correto afirmar: a) cada uma das funes administrativas repercute na seguinte, determinando o seu desenvolvimento. b) o ciclo administrativo no se repete, mas permite uma contnua correo e ajustamento atravs da retroao. c) as funes do administrador formam apenas uma sequncia cclica: pois um processo de funes pouco relacionadas em uma interao dinmica. d) as funes administrativas quando consideradas isoladamente formam o processo administrativo. e) os autores da Teoria Clssica e Neoclssica apresentaram princpios administrativos comuns e definiram as mesmas funes bsicas para o administrador.
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Pessoal, um comentrio introdutrio antes de analisarmos as alternativas:
As funes do administrador definidas por Fayol so: Planejar, Organizar,
Controlar, Coordenar e Comandar. Peter Drucker redefiniu estas funes
sintetizando-as em quatro funes: Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar.
Estas funes administrativas compem o Processo Administrativo.
Agora analisemos as alternativas: a) CERTO. A s funes administrativas compe um ciclo em que cada uma repercute na outra. b) ERRADO. O ciclo administrativo contnuo, dinmico e interativo. c) ERRADO. A interao dinmica entre as funes administrativas. d) ERRADO. Nada disso: apenas em conjunto as funes administrativas compe o processo administrativo. e) ERRADO. Como comentei acima os autores neoclssicos definiram de outra forma as funes administrativas bsicas. Portanto, o gabarito a alternativa A.
Vejamos outra questo recente da ESAF ITEM 7. (ESAF/2013/DNIT/TCNICO ADMINISTRATIVO) O enfoque do processo administrativo define no apenas o processo administrativo, mas tambm o prprio papel dos gerentes. Fayol indicou os deveres e princpios que devem ser seguidos pelos gerentes para que a administrao seja eficaz. Assinale a opo que no apresenta um dos princpios de administrao propostos por Fayol. a) Diviso do trabalho, disciplina, inovao, interesse da organizao e equidade. b) Autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando, remunerao do pessoal e esprito de equipe. c) Unidade de direo, interesse geral, remunerao do pessoal, estabilidade do pessoal e iniciativa. d) Esprito de equipe, iniciativa, equidade, ordem, disciplina, interesse geral e centralizao. e) Ordem, autoridade e responsabilidade, estabilidade do pessoal e unidade de comando.
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Tranquila esta questo pessoal! Cobraram o conhecimento dos 14 princpios
de Fayol. A nica lista que no contm um princpio de Fayol a lista da
alternativa A: inovao no constava da lista dele.
Portanto, o gabarito a alternativa A.
Vejamos agora outra da FCC
ITEM 8. (FCC/2011/TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE ADMINISTRATIVA)
Os 14 princpios gerais de administrao sugeridos por Fayol, e que ainda so considerados pela maioria dos administradores, tm, entre eles, um que determina que os trabalhadores nas organizaes deveriam receber ordens de um gerente somente, para evitar conflitos e mal-entendidos. Esse princpio o da
a) unidade de comando. b) diviso do trabalho. c) centralizao. d) cadeia escalar. e) equidade.
Pessoal, questo tranquila! Trata-se do principio da unidade de comando,
que implica que um funcionrio deve receber ordens de apenas um chefe,
evitando contra-ordens. Portanto, o gabarito a alternativa A.
Mais uma da FCC
ITEM 9. (FCC/2008/TCE-SP/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS) Henry Fayol foi um dos principais formuladores da denominada Teoria Clssica das organizaes. Fayol
a) desenvolveu uma abordagem sinttica onde toda empresa desenvolve seis funes bsicas e a funo administrativa desempenha um papel central de integrao e coordenao das demais funes. b) procurou enfrentar o problema do desperdcio das indstrias francesas, por meio do estudo detalhado dos tempos e dos movimentos dos operrios, visando ao aumento da produtividade pela diviso do trabalho. c) definiu as caractersticas bsicas da organizao burocrtica moderna, especialmente a legalidade, a impessoalidade e a hierarquia. d) contestou a teoria cientfica da administrao, formulando uma abordagem baseada na dinmica informal do comportamento organizacional, nas tcnicas de motivao e no papel das lideranas. e) formulou uma teoria analtica da dinmica organizacional centrada nas condies em que so tomadas as decises dentro da empresa.
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Pessoal, esta questo cobrou teorias que vermos na aula 1, mas vamos
antecipar alguns comentrios para resolver a questo.
Analisemos as alternativas:
A. CERTO. Para Fayol, as organizaes so compostas de seis funes
bsicas, quais sejam: financeira, contbil, segurana, produo, comercial e
administrativa. A funo administrativa, para Fayol, era a mais importante e
sintetizava as demais funes.
B. ERRADO. Esse foi o trabalho desenvolvido por Frederic Taylor nos EUA,
como vimos na aula.
C. ERRADO. Esse foi o trabalho de Max Weber. Este socilogo enxergou as
organizaes pelo prisma da racionalidade e da formalidade. As principais
caractersticas de uma organizao burocrtica so: unidade de comando,
comunicao formal, hierarquia, racionalidade, previsibilidade, eficincia e
economicidade.
D. ERRADO. Esse foi o trabalho de Elton Mayo nas experincias de
Hawthorne. A partir de estudos que procuram saber os efeitos do ambiente
fsico em aspectos fisiolgicos dos trabalhadores, acabou por encontrar
variveis de natureza psicolgica. Elton Mayo percebeu que, para alm das
organizaes formais, existiam as organizaes informais..
E. ERRADO. Esse foi o trabalho, dentre outros, de Hebert Simon. Na obra
Comportamento Administrativo esse autor procurou analisar as decises do
ponto de vista comportamental. Simon evidenciou o problema da
racionalidade limitada dos tomadores de deciso, pois no existem decises
timas, pois h uma permanente assimetria, insuficincia e impossibilidade
de avaliar todas as informaes para a tomada de deciso.
Portanto, o gabarito a alternativa A.
Vejam esta afirmao da ESAF em uma questo de concurso do MPOG
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ITEM 10. (ESAF/2009/MPOG/EPPGG) A Teoria Clssica da Administrao possui apenas valor histrico e referencial, no sendo aplicvel em nossos dias.
Nada disso, pessoal! A Teoria Clssica tem reflexos em praticamente todas
as organizaes modernas. Muitas ainda se organizam segundo estes
princpios.
Portanto, esta afirmativa est ERRADA!
ITEM 11. (ESAF/ENAP/ADMINISTRADOR/2006) A teoria clssica caracterizada pela nfase nas tarefas e na estrutura organizacional, pela concepo de homem econmico e pela identidade de interesses.
Perfeito, pessoal! De fato a teoria clssica enfatiza a execuo das tarefas e
a estrutura organizacional. Tambm vimos que caracterizado pela
concepo homem econmico, ou seja, o homem induzido a produzir
apenas pelas recompensas financeiras. Outra caracterstica o pressuposto
da identidade de interesses, ou seja, presume-se que h alinhamento de
interesses entre a organizao e os empregados (subordinao dos
interesses individuais aos interesses organizacionais).
Portanto, a afirmativa est CERTA!
3. Modelo Burocrtico
A crescente complexificao da produo e das organizaes na primeira
metade do sculo XX tornou os princpios elaborados por Fayol insuficientes
para responder s necessidades de organizao das empresas. Surge ento
um movimento que resultou na elaborao da Teoria da Burocracia. Este
modelo foi descrito pelo socilogo alemo Max Weber (1863-1920). Weber
chamou este modelo de Burocracia, que significa governo de escritrio.
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A principal caracterstica do modelo a racionalidade, ou seja, adequao
dos meios aos fins. Isto significava que para a consecuo dos objetivos da
organizao deveriam ser escolhidos os meios mais eficientes. Esta
racionalidade estava relacionada ao alcance dos objetivos da organizao e
no dos seus membros individualmente. A impessoalidade era outra
caracterstica do modelo.
Weber descreve os tipos puros de dominao com base na vigncia de sua
legitimidade, que pode ser, primordialmente:
a) dominao racional (legal): baseada na crena na legitimidade das
ordens estatudas e do direito de mando daqueles que, em virtude dessas
ordens, esto nomeados para exercer a dominao;
b) dominao tradicional: baseada na crena cotidiana na santidade das
tradies vigentes desde sempre e na legitimidade daqueles que, em virtude
dessas tradies, representam a autoridade;
c) dominao carismtica: baseada na venerao extracotidiana da
santidade, do poder herico ou do carter exemplar de uma pessoa e das
ordens por esta reveladas ou criadas.
O modelo burocrtico baseado na dominao do tipo racional-legal, em
que as pessoas obedecem regras e estatutos.
O modelo burocrtico enfatiza tanto a diferenciao ( diviso do trabalho e
especializao), quanto a integrao ( hierarquia e regras escritas).
Segundo Weber, as principais dimenses da burocracia so:
1. Diviso do Trabalho;
2. Hierarquia;
3. Regras e regulamentos;
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4. Formalizao das comunicaes;
5. Competncia tcnica (seleo e promoo);
6. Procedimentos tcnicos.
Disfunes da Burocracia As disfunes so distores ou anomalias de comportamento que conduzem
ineficincia do modelo. Uma causa muito comum que contribui para a
ocorrncia destas anomalias so os meios transformarem-se em fins.
Esquece-se dos resultados em prol do processo.
Vejamos as disfunes:
1. Exagerado apego aos regulamentos. A obedincia s normas
torna-se o principal objetivo e perde-se de vista o resultado desejado.
Cumprir o horrio passa a ser mais importante que atender o cliente;
2. Excesso de formalismo. A burocracia essencialmente formal. Tudo
precisa ser escrito.
3. Excesso de papelrio. A disfuno mais conhecida; Tudo precisa ser
registrado e documentado.
4. Resistncia mudanas. Como tudo padronizado o funcionrio
acostuma-se rotina e resiste s tentativas de alterao do padro
anterior.
5. Despersonalizao do relacionamento. A burocracia est baseada
em cargos. No importa quem os ocupa. O relacionamento
impessoal.
6. Categorizao do relacionamento. A hierarquia tem papel central
na burocracia. Assim quem toma decises est no topo da hierarquia e
geralmente no tem contato com o problema. O relacionamento assim
baseado em categorias hierrquicas.
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7. Superconformidade s rotinas e procedimentos. A base da
burocracia a padronizao das rotinas e procedimentos. O apego
irrestrito s norma provoca a perda da flexibilidade e da iniciativa.
8. Exibio de sinais de autoridade. A burocracia baseada na
hierarquia, assim constri-se mecanismos para diferenciar e identificar
os diferentes nveis hierrquicos em detrimento dos demais.
9. Dificuldades com clientes. A burocracia auto-referida. Ela volta-se
para dentro da organizao, para o cumprimento das normas, para a
hierarquia. O atendimento ao pblico alvo da organizao feito de
acordo com os procedimentos e de maneira impessoal. Isto traz
problemas pois o objetivo principal deveria ser atender ao cliente.
O modelo Burocrtico baseia-se no conceito de Homem Organizacional.
Vejam esta questo
ITEM 12. (FCC/2009/PGE-RJ/Tcnico Superior Administrador) Com relao s caractersticas da burocracia segundo Max Weber: I. Existncia de regras abstratas, s quais esto vinculados os detentores do poder, o aparelho administrativo e os dominados define a dominao racional- legal, o fundamento do modelo burocrtico. II. Toda organizao burocrtica se baseia na hierarquia, na diviso do trabalho, na separao entre pessoa, cargo e funes exercidas de modo continuado e com base em documentos escritos. III. O domnio burocrtico legitimado pelo reconhecimento dos poderes e das qualidades excepcionais do chefe, e o seu aparelho consiste, tipicamente, no grupo dos 'discpulos', isto , dos indivduos escolhidos pelo chefe entre os membros da comunidade. IV. A burocracia, segundo Weber, uma instituio poltica bem sucedida na medida em que seu quadro administrativo mantenha com xito a pretenso ao monoplio efetivo da coao fsica para a manuteno da ordem vigente. V. O pessoal empregado por uma estrutura administrativa burocrtica submete-se a uma relao contratual e, em virtude de suas especficas qualificaes tcnicas, recompensado
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atravs de um salrio estipulado em dinheiro, tem uma carreira regulamentada e considera o prprio trabalho como uma ocupao em tempo integral. a) Esto corretas APENAS as afirmativas I e II. b) Esto corretas APENAS as afirmativas I, II e V. c) Esto corretas APENAS as afirmativas II, III e IV. d) Esto corretas APENAS as afirmativas III e IV. e) Esto corretas APENAS as afirmativas III, IV e V.
Pessoal, vamos analisar as alternativas:
I. CERTO. O modelo burocrtico baseado na dominao racional-legal.
II. CERTO. Exatamente: diviso do trabalho, hierarquia, impessoalidade
(separao entre pessoa e cargo) so caractersticas do modelo
burocrtico.
III. ERRADO. Esta a descrio da dominao carismtica e no da
dominao racional-legal, a burocrtica.
IV. ERRADO. Esta a definio clssica de Estado, tambm elaborada
por Max Weber.
V. CERTO. Esto aqui os princpios da diviso do trabalho e da
competncia tcnica.
Portanto, o gabarito a alternativa B
Vejamos mais uma questo ITEM 13. (FCC/2008/TCE-SP/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS) Max Weber considerado como um dos mais influentes precursores de diversas teorias das organizaes. Nesse sentido, considere: I. Weber desenvolveu uma teoria das organizaes formais, fundamentada em um modelo mecanicista, mais prxima das teorias clssicas. II. A teoria das organizaes de Weber baseada na articulao entre organizao formal e informal. III. A teoria weberiana das organizaes se aproxima mais da teoria clssica das organizaes, pois enfatiza a eficincia e a hierarquia.
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IV. A teoria estruturalista das organizaes diferencia-se da abordagem weberiana por enfatizar a relao entre anlise intra-organizacional e inter-organizacional. V. A teoria weberiana das organizaes aproxima-se mais das abordagens humanistas, pois enfatiza o comportamento efetivo das pessoas na organizao. Est correto o que se afirma APENAS em a) I, II e III. b) I, II e IV. c) I, III e IV. d) II, III e V. e) II, IV e V. Analisemos as alternativas :
I) CERTO. A teoria de Weber a burocrtica, que se baseia em formalidades
e hierarquia bem definida, assim como o modelo mecanicista, que enxerga a
organizao como um conjunto de peas, imitando uma mquina.
II) ERRADO. Como dito no comentrio acima, Weber tratava as
organizaes de maneira formal.
III) CERTO. As teorias clssicas davam nfase nas tarefas (administrao
cientfica de Taylor) e nfase na estrutura (teoria clssica de Fayol). Ao
contrrio da teoria das relaes humanas, que dava nfase s pessoas. O
modelo burocrtico de Weber dava nfase estrutura e no se preocupava
com a satisfao das pessoas.
IV) CERTO. A teoria estruturalista, como veremos frente, um
desdobramento da teoria burocrtica de Weber. Esta olhava s para dentro
da organizao (relao intra-organizacional) e no se preocupava com as
pessoas. A teoria estruturalista, apesar de dar nfase a estrutura da
organizao, tentou olhar mais para as relaes humanas e se preocupar
com a relao entre as organizaes (inter-organizacional).
V) ERRADO. Conforme dito anteriormente, a teoria weberiana no olhava
para as relaes humanas. Dava nfase apenas na estrutura da organizao.
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Portanto, o gabarito a alternativa C.
4. Teoria Estruturalista da Administrao
Por volta da dcada de 1950 elaborou-se esta teoria como desdobramento
da teoria burocrtica, baseada na sociologia organizacional, porm
questionando o modelo burocrtico. A teoria estruturalista juntou as
abordagens da Teoria Clssica e da Escola das Relaes Humanas (que
veremos mais frente). A perspectiva desta teoria era transpor a fronteira
da organizao e olhar para fora dela. As organizaes eram percebidas
como sistemas abertos. Falaremos sobre a teoria dos sistemas, mais
frente. Percebia-se o mundo como um conjunto de organizaes
interdependentes. Para dentro da organizao tambm se admitia a
necessidade de interdependncia entre seus componentes. O receiturio
normativo era deixado de lado em prol de uma abordagem compreensiva
das organizaes e da administrao.
Aqui a teoria baseia-se no conceito de Homem Organizacional.
Vejam esta questo ITEM 14. (FCC/2008/METR-SP/ANALISTA - ADMINISTRAO DE EMPRESAS) A anlise das empresas como sistema aberto em constante interao com seu meio ambiente; abordagem mltipla com a anlise das variveis internas e externas que influenciam a organizao; concentrao nas relaes do ambiente externo e os nveis hierrquicos da organizao; interdependncia entre as partes da organizao. Estas so caractersticas da teoria da administrao a) neoclssica. b) cientfica. c) de relaes humanas. d) clssica. e) estruturalista.
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Pessoal, j observamos que as teorias cientfica e clssica estavam baseadas
em sistemas fechados, em que o ambiente externo no era importante.
Veremos mais a frente que a teoria neoclssica concentrou-se na elaborao
do processo administrativo, com forte preocupao com eficincia e eficcia.
J a escola das relaes humanas pautou-se pela nfase nas relaes
informais e ps em evidncia a satisfao das pessoas no ambiente como
propulsor do aumento da eficincia organizacional.
A teoria estruturalista, esta sim, pautou-se pela nfase nos sistemas abertos
e na interdependncia entre organizaes, e entre partes da organizao. O
gabarito ento a alternativa E.
5. Teoria Neoclssica da Administrao
Esta uma teoria tambm chamada de Escola do Processo Administrativo,
pois concebe a administrao como um processo cclico e contnuo que tem
quatro funes: Planejamento, Organizao, Direo e Controle. Consiste na
reafirmao dos princpios clssicos, retirando o excesso de prescrio e
normatizao. Veja o quadro com as quatro funes:
Fonte: Chiavenato (2005)
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Aqui o trabalho em diferentes instncias hierrquicas encarado como
interdependente. Existem duas medidas principais: Eficcia e Eficincia.
A eficincia a relao entre custos e benefcios. Preocupa-se com os meios,
com os mtodos e sua adequao aos custos para o alcance dos objetivos.
J a eficcia diz respeito aos resultados alcanados. a medida do sucesso
com relao aos objetivos planejados. Em outras palavras: eficincia fazer
do modo correto e eficcia alcanar resultados. Veja o quadro abaixo:
Fonte: Chiavenato (2005)
Este assunto foi questo da FGV. ITEM 15. (FGV- SEFAZ RJ/2009. FISCAL DE RENDAS) Com relao aos temas eficincia e eficcia, assinale a afirmativa incorreta. (A) Eficincia um conceito limitado. (B) Eficincia diz respeito aos trabalhos internos de uma organizao. (C) Uma organizao no pode ser eficiente se no for eficaz. (D) A abordagem de metas para eficcia organizacional identifica as metas de uma organizao. (E) Eficcia um conceito abrangente.
O gabarito a letra C. Uma organizao pode fazer corretamente as coisas
e ainda assim no alcanar os resultados desejados.
A alternativa A est correta. Eficincia um conceito limitado, diz respeito
aos meios.
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A alternativa B est correta. Eficincia est relacionado aos mtodos, aos
processos internos.
A alternativa D est correta. Eficcia alcance de resultados, portanto est
relacionado a metas.
A alternativa E est correta. Eficcia um conceito abrangente. Pressupe o
alcance de resultados, no s a economia dos meios utilizados para atingir
determinado objetivo, mas a concretizao daquilo que uma organizao
prope.
Inserida na Teoria Neoclssica estava a Administrao por Objetivos (APO).
A APO enfatizava o resultado final e no os meios ou mtodos de trabalho.
Esta abordagem administrativa serviu de inspirao para a APPO
(Administrao participativa por objetivos) que consiste num mtodo de
avaliao de desempenho.
A Teoria Neoclssica baseia-se em dois conceitos de homem: Homem
Organizacional e Administrativo
6. Teorias com nfase nas pessoas
As teorias anteriores no se preocuparam com as pessoas em suas
formulaes. A partir da dcada de 1920 alguns pesquisadores iniciaram
estudos para avaliar a influncia dos grupos sociais nas organizaes. Foram
duas as teorias neste sentido: Escola das Relaes Humanas e Teoria
Comportamental.
6.1. Escola das Relaes Humanas
Inaugurada pela pesquisa na fbrica Western Eletric em Wawthorn em 1924.
Foi uma pesquisa que utilizava tcnicas cientficas (ainda incipientes) para
avaliar o comportamento humano no trabalho. Avaliou os efeitos das
condies fsicas e das prticas gerenciais sobre os resultados do trabalho.
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Apesar das tcnicas ainda rudimentares utilizadas na pesquisa foi possvel
demonstrar a relao entre mudanas nos horrios de trabalho, nas tarefas
executadas e nos incentivos salariais e a melhoria da produtividade.
Esta pesquisa ps em evidncia a satisfao das pessoas no ambiente como
propulsor do aumento da eficincia organizacional.
Algumas concluses da escola de relaes humanas so que o trabalho
uma atividade social, o ser humano motivado pela necessidade de estar
junto e de ser reconhecido e que a convergncia dos mtodos tradicionais
para a eficincia, em detrimento da cooperao humana, promovia o conflito
na sociedade industrial.
Em funo destas concluses elaborou-se o conceito de homem social
(homo social) em contraposio ao de homem econmico prevalecente at
ento. No entanto esta teoria permanecia prescritiva e normativa.
Vejam como a FGV cobrou este assunto:
ITEM 16. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTO ADMINISTRATIVA)
A nfase nos grupos informais caracterstica pioneira: (A) da administrao cientfica. (B) da escola das relaes humanas. (C) da teoria clssica da administrao. (D) do modelo burocrtico. (E) da teoria comportamental da administrao
O gabarito a letra B. Isto mesmo! Ao ressaltar o homem como ser social e
que coopera, a escola das relaes humanas enfatiza os grupos informais.
Todas as outras so teorias formalistas.
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6.2. Teoria Comportamental
A teoria comportamental surge na dcada de 1950 em decorrncia da escola
de relaes humanas. A viso aqui era descritiva e explicativa. Comearam a
surgir diversos modelos de motivao, liderana e comunicao.
A perspectiva nesta teoria que as pessoas esto constantemente tomando
decises sobre sua participao e permanncia nas organizaes.
Alguns exemplos de teorias desenvolvidas nesta abordagem so a teoria X e
Y de Douglas McGregor e as teorias motivacionais de Maslow e Herzberg.
Como as teorias de Maslow, Herzberg e McGregor esto associadas Teoria
Comportamental no custa dar uma olhada em seus pressupostos.
Hierarquia das Necessidades de Maslow
O Fundamento desta teoria que as necessidades podem ser
hierarquizadas, distribudas em escala de importncia para as pessoas. As
necessidades humanas segundo esta teoria so divididas em cinco etapas:
fisiolgicas, segurana, sociais, estima e auto-realizao. Existem duas
classes de necessidades: as necessidades de baixo nvel ou primrias
(fisiolgicas e de segurana), e as necessidades de alto nvel ou secundrias
(sociais, estima e auto-realizao). As necessidades primrias so satisfeitas
externamente e as secundrias internamente (dentro do indivduo). As
necessidades mais elevadas surgem apenas quando as necessidades
primrias so satisfeitas. Esta teoria est calcada no pressuposto de que as
pessoas tem necessidade de crescer e se desenvolver. A figura abaixo lista
as necessidades em cada nvel da hierarquia.
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Fonte: Chiavenato (2005)
ITEM 17. (FGV- SENADO/2010. ANALISTA LEGISLATIVO-ADMINISTRAO) A teoria motivacional mais conhecida a de Abraham Harold Maslow. Ela se baseia na hierarquia de necessidades humanas. Entre essas, segundo o autor, h as necessidades: (A) patrimoniais. (B) financeiras. (C) fisiolgicas. (D) psicolgicas. (E) morais
Fcil, fcil! O gabarito a letra C. Maslow classifica as necessidades
humanas em fisiolgicas, de segurana, sociais, estima e auto-realizao.
Mais uma da FGV sobre Maslow
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ITEM 18. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTO ADMINISTRATIVA)
Com relao s necessidades das pessoas, segundo a Teoria das Motivaes de Maslow, intervalos de descanso, conforto fsico e horrio de trabalho razovel so exemplos de: (A) necessidades fisiolgicas. (B) necessidades de segurana. (C) necessidades sociais. (D) necessidades de estima. (E) necessidades de auto-realizao Fcil! J comentamos. O gabarito a letra A. So as necessidades
fisiolgicas, que em conjunto com as necessidades de segurana formam as
necessidades primrias, segundo Maslow.
Teoria dos dois fatores de Herzberg Para Herzberg a motivao das pessoas para o trabalho depende de dois
fatores intimamente relacionados:
1.Fatores higinicos. Dizem respeito s condies fsicas do ambiente de
trabalho, salrio, benefcios sociais, polticas da organizao, clima
organizacional, oportunidades de crescimento, etc. Segundo Herzberg estes
fatores so suficientes apenas para evitar que as pessoas fiquem
desmotivadas. A ausncia desmotiva, mas a presena no elemento
motivador. So chamados fatores insatisfacientes.Tambm chamados de
Extrnsecos ou ambientais.
2. Fatores Motivacionais. Referem-se ao contedo do cargo, s tarefas e s
atividades relacionadas com o cargo em si. Incluem liberdade de decidir
como executar o trabalho, uso pleno de habilidades pessoais,
responsabilidade total pelo trabalho, definio de metas e objetivos
relacionados ao trabalho e auto-avaliao de desempenho. So chamados
fatores satisfacientes. A presena produz motivao, enquanto a ausncia
no produz satisfao. Tambm chamados de Intrnsecos.
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Par Herzberg o oposto de satisfao no insatisfao, mas nenhuma
satisfao. Da mesma forma, o oposto de insatisfao no satisfao, mas
nenhuma insatisfao. Veja o quadro abaixo:
Fonte: Chiavenato (2005
Vejam esta questo da FGV ITEM 19. (FGV- CAERN/2010. ADMINISTRADOR) De acordo com a Teoria dos Dois Fatores, a motivao das pessoas para o trabalho depende de dois fatores distintos: higinicos e motivacionais. Estes so relacionados s condies internas dos indivduos e so satisfacientes; aqueles so relacionados ao ambiente externo e so insatisfacientes. Nesse sentido, analise as afirmativas a seguir: I. A ausncia do uso pleno de habilidades pessoais provoca insatisfao. II. Melhores benefcios sociais provocam uma maior satisfao. III. O oposto da satisfao nenhuma satisfao e o oposto da insatisfao nenhuma insatisfao. Assinale (A)
Se somente a afirmativa I estiver correta.
(B)
Se somente a afirmativa II estiver correta.
(C)
Se somente a afirmativa III estiver correta.
(D)
Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) Se todas as afirmativas estiverem corretas.
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Analisemos as afirmativas:
A afirmativa I est errada. Na perspectiva de Herzberg ausncia do uso
pleno de habilidades pessoais deixa de gerar satisfao, isto significa
satisfao nenhuma e no insatisfao.
A afirmativa II est errada. Ausncia de Benefcios gera insatisfao, mas
se existem no produzem satisfao.
A afirmativa III est CERTA! o princpio da teoria de Herzberg.
Sendo assim, o gabarito a letra C.
ITEM 20. (FGV- CODESP/2010. ADMINISTRADOR)
A motivao, dentro do ambiente empresarial, um elemento fundamental para que os empregados se comprometam com o atingimento dos objetivos organizacionais. Vrias so as teorias motivacionais que fundamentam as prticas empresariais visando estimular o empregado a ter maior produtividade e qualidade no desenvolvimento de suas atividades. Segundo a Teoria de Herzberg, os fatores que levam satisfao no trabalho so diferentes daqueles que levam insatisfao. Segundo Maslow, existe uma hierarquia de necessidades, em que, medida que uma necessidade satisfeita, a prxima se torna dominante. Assinale a alternativa que apresente uma prtica que possibilita a motivao dos empregados. (A)
Dar plena responsabilidade e autonomia a todos os empregados.
(B)
Estabelecer horrios de trabalho rgidos para que a jornada de trabalho seja cumprida.
(C)
Dissociar a remunerao do desempenho.
(D)
Tratamento igual para todos, homogeneizando as necessidades individuais.
(E)
Assegurar que as metas estabelecidas sejam percebidas como factveis.
A banca confirmou o gabarito como sendo a letra E, no entanto esta
uma questo polmica. Vejamos
As alternativas B, D esto erradas, pois no se referem a nenhum aspecto
motivacional. A letra E diz respeito ao processo de estabelecimento de
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metas da APPO, mas tambm est includa na perspectiva de Herzberg dos
fatores motivacionais e, como veremos na aula sobre motivao, na
perspectiva da teoria da expectncia. Portanto, a alternativa E est correta.
Sob, a tica da teoria de Herzberg, poderamos dizer que a remunerao no
fator motivacional, mas insatisfaciente. Portanto, no gera motivao.
Alternativa C est errada!
A alternativa A, em minha tica, tambm est correta. Dar responsabilidade
e autonomia so fatores que produzem satisfao tanto pela perspectiva
terica de Maslow quanto de Herzberg.
Desta forma, teramos duas respostas corretas, e eu solicitaria a anulao.
Vamos dar uma olhada na teoria X e Y de McGregor.
A teoria X preconiza as principais premissas da natureza humana adotadas
pelas escolas tradicionais da administrao. J a teoria Y contm as
premissas da natureza humana segundo a abordagem das relaes
humanas. Vejam o quadro a seguir:
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Fonte: Chiavenato (2005)
Nesta Teoria o conceito o de Homem Administrativo. A FGV tambm cobrou isto!
ITEM 21. (FGV- SEFAZ RJ/2010. FISCAL DE RENDAS)
Com relao Teoria Y, analise as afirmativas a seguir. I. A Teoria Y caracteriza o esforo fsico e mental para trabalhar com algo to natural como a diverso e repouso. II. A Teoria Y preconiza que o homem procura, sobretudo, segurana. III. A Teoria Y determina que o controle externo no a nica forma de se conseguir esforo das pessoas Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas
O gabarito a letra C.
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como est no quadro acima. As afirmativas I e III esto corretas. O trabalho natural e no necessrio controle. A afirmativa II est errada. Quem preconiza segurana a Teoria X.
Vejamos outra questo da FGV ITEM 22 (FGV- CODESP/2010. ADMINISTRADOR) Considerando as Teorias X e Y, analise as afirmativas a seguir: I. De acordo com a Teoria X, as pessoas normais tm averso ao trabalho. II. Segundo a Teoria Y, a imaginao na soluo de problemas no est distribuda entre as pessoas em uma organizao. III. Segundo a Teoria X, as pessoas mdias preferem ser mandadas. Assinale (A)
se somente a afirmativa III estiver correta.
(B)
se somente a afirmativa I estiver correta.
(C)
se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D)
se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(E)
se somente a afirmativa II estiver correta.
O gabarito a letra D. Vejamos:
As afirmativas I e III esto corretas. Na perspectiva da teoria X as pessoas
tm averso ao trabalho e preferem ser mandadas..
A afirmativa II est errada. justamente o contrrio. A teoria Y preconiza a
participao e a autonomia, inclusive para soluo de problemas.
6.4. Teorias com nfase no Ambiente
Estas teorias surgem na dcada de 1960 com a abordagem dos sistemas
abertos. Nesta abordagem a organizao um sistema que interage
dinamicamente com o ambiente externo. Esto includas nesta perspectiva a
teoria dos sistemas e a teoria da contingncia.
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O ponto de partida para a noo de ambiente nas teorias administrativas
forma as ideias de Emery e Trist que argumentaram que o ambiente em
torno da organizao prov os recursos necessrios para o seu
funcionamento e recebe os produtos resultantes da organizao. Concluram
ento que este ambiente era fonte de ameaas e oportunidades. Desta
premissa deduziram que era necessrio conhecer este ambiente e ajustar o
processo produtivo s demandas do ambiente. O ambiente pode ser simples
ou complexo. Por exemplo, pode se referir a um posto de gasolina que tem
poucos elementos constituintes de seu ambiente (alguns fornecedores,
clientes, postos de gasolina concorrentes) ou uma fbrica de automveis
inserida em um ambiente complexo ( inmeros fornecedores, concorrentes
em todo o pas e no exterior, clientes dispersos geograficamente,etc).
Vejamos as duas teorias includas nesta perspectiva.
6.4.1. Teoria dos Sistemas
A teoria administrativa dos sistemas tem suas bases na Teoria Geral dos
Sistemas (TGS) de Bertalanffy. A partir desta abordagem o ambiente
externo passou a ser considerado no estudo das organizaes. A
preocupao anterior era estudar o interior da organizao. A Partir da
Teoria dos Sistemas passou-se a estudar as organizaes de fora para
dentro. A organizao deixa de ser uma varivel independente para ser uma
varivel dependente.
Segundo o professor Chiavenato um sistema um conjunto de elementos
dinamicamente relacionados, formando uma atividade para atingir um
objetivo, operando sobre dados/energia/matria para fornecer
informaes/energia/matria. Os sistemas podem ser fechados ou abertos.
Nos sistemas fechados ou mecnicos as relaes com o meio externo so
conhecidas. J nos sistemas abertos as relaes com o meio externo no
podem ser previstas pois esto em contnua interao e transformao.
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A Teoria dos Sistemas concebe as organizaes como sistemas abertos. Isto
significa que elas esto em processo contnuo e incessante de trocas com o
meio ambiente. As organizaes fazem parte de um sistema maior que a
sociedade. Desta forma ela interage com este meio externo realizando
trocas, recebe insumos(entradas) e fornece resultados (sadas). Estas
trocas no so exatamente conhecidas, pois realizam-se de forma dinmica.
Eis a diferena para os sistemas fechados (mquinas e equipamentos) em
que as entradas e sadas so perfeitamente conhecidas.
Abaixo listo as caractersticas das organizaes como sistemas abertos:
1. Importao e Exportao: de um lado existe a importao de
insumos (recursos, materiais, energia, etc.) e de outro a exportao
de produtos ou servios para abastecer o ambiente;
2. Homeostasia: o princpio garantidor do equilbrio dinmico dos
sistemas, com a manuteno do status quo interno. Garante o fluxo
contnuo de entrada e sadas, e por conseguinte, a sobrevivncia do
sistema. Produz a rotina e a conservao do sistema.
3. Adaptabilidade: o processo de ajustamento do sistema em face
da retroao recebida das sadas. Desta forma pode-se alterar as
entradas de forma que o status quo permanea inalterado. De forma
contrria homeostasia a adaptabilidade leva mudana e inovao
em busca do ajustamento do ambiente interno ao ambiente externo;
4. Morfognese: a principal caracterstica identificadora dos
sistemas abertos: capacidade de modificar a si prprio de maneiras
estruturais, como decorrncia da adaptabilidade;
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5. Negentropia ou entropia negativa: entropia o processo de
tendncia exausto e desaparecimento das organizaes. a
degradao tpica dos sistemas fechados. Para se prevenir deste
processo os sistemas abertos importam uma quantidade maior de
energia do meio externo do que devolvem. Assim usam esta reserva
para alimentar suas estruturas e compensar as perdas de energia na
entrada e sada;
6. Sinergia: o processo de esforo simultneo em prol da
organizao, realizando um efeito multiplicador dos esforos
realizados. O resultado dos esforos sinrgicos so potencialmente
maiores do que a simples soam dos esforos.
Veja a esquematizao da organizao como sistema aberto abaixo:
Fonte: Chiavenato (2005)
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A abordagem sistmica do Instituto de Relaes Humanas de Tavistock
Psiclogos e Socilogos da Instituto Tavistock idealizaram a organizao
como sistema sociotcnico que interage continuamente com o ambiente.
Segundo Chiavenato este sistema composto por dois subsistemas:
1. Subsistema Tcnico que composto pela tecnologia, o territrio
e o tempo. Engloba as tarefas, o ambiente fsico, os equipamentos e
as tcnicas operacionais, etc. Este subsistema responsvel pela
eficincia potencial da organizao.
2. Subsistema Social que composto pelas pessoas, suas
caractersticas fsicas e psicolgicas,as relaes sociais entre as
pessoas que executam uma tarefa e as exigncias da organizao para
as situaes de trabalho.
Uma outra abordagem mais recente das organizaes como sistemas
abertos a de Katz e Kahn. Os pressupostos das organizaes para eles
so:
1. As organizaes so sistemas abertos. Realizam importao e
exportao com o meio ambiente. Apresentam negentropia. Servem-
se de um sistema de retroao negativa.
2. Estado firme e homeostasia dinmica. A estabilidade do sistema
mantida constante para evitar a entropia (desaparecimento).
3. Diferenciao. Existem mltiplos papis e funes.
4. Equifinalidade. Existe mais de um modo, mais de um caminho,
para se atingir o mesmo resultado.
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5. Limites ou fronteiras. Existem barreiras entre o sistema e o
ambiente. Estas definem o raio de ao do sistema.
6. Cultura e clima organizacional. fruto das interaes entre os
diversos atores do sistema, tanto internos como externos. Cada
organizao cria sua prpria cultura, como resultado de processos
mpares.
7. Eficincia e eficcia organizacional. Para os dois autores
eficincia diz respeito ao quanto de entrada de uma organizao
resulta como produto e quanto absorvido pelo sistema. J a eficcia
refere-se maximizao do rendimento para a organizao.
8. Organizao como um sistema de papis. Uma organizao
formada pelo conjunto de atividades diferenciadas realizadas por
mltiplos atores.
9.
A Teoria dos Sistemas baseia-se no conceito de Homem Funcional.
O indivduo tem papis dentro da organizao e mantm expectativas
com relao ao desempenho dos papis das demais pessoas, dentro e
fora da organizao.
A FGV cobrou isto!
ITEM 23. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTO ADMINISTRATIVA) Assinale a alternativa que apresente corretamente o tipo de homem focado pelas abordagens da Teoria dos Sistemas Abertos e a Perspectiva Sociotcnica das Organizaes. (A) Homem organizacional. - (B) Homem econmico. (C) Homem social. (D) Homem funcional. (E) Homem administrativo
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Fcil! O gabarito a letra D. A perspectiva sociotcnica est inserida na
Teoria dos Sistemas. A Banca quis confundir os candidatos.
As outras alternativas esto erradas.
Recordando:
Homem organizacional.- Modelo Burocrtico e Teoria Estruturalista
Homem econmico. Teoria Clssica
Homem social. Teoria das Relaes Humanas
Homem administrativo- Teoria Comportamental
Agora observem esta questo da FCC:
ITEM 24. (FCC/2008/METR-SP/ANALISTA -ADMINISTRAO DE EMPRESAS) Considere a capacidade das organizaes, enquanto sistemas abertos, de I. conservar um estado equilibrado por meio de mecanismos auto-reguladores; II. importar mais energia do ambiente externo do que expender; III. alcanar, por vrios caminhos, o mesmo estado final, partindo de iguais ou diferentes condies iniciais. Os itens I, II e III referem-se, respectivamente, a a) homeostase; importao de energia; diferenciao. b) homeostase; entropia negativa; equifinalidade. c) entropia negativa; importao de energia; homeostase. d) estado firme; homeostase dinmica; diferenciao. e) equifinalidade; homeostase; estado firme.
Vamos estabelecer as relaes entre as afirmativas e as caractersticas dos
sistemas abertos:
I. Trata-se da homeostasia ou estado firme mais um equilbrio dinmico
do que esttico, os sistemas abertos no se acham em repouso, os
inputs de energia para deter a entropia agem para manter um certo
equilbrio no intercmbio de energia, de modo que os sistemas
sobrevivam.
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II. Os sistemas abertos precisam adquirir entropia negativa para sobreviver,
ou seja, os sistemas mantm suas caractersticas internas de ordem,
quando inputs (entradas) so maiores que outputs (sadas) no processo
de transformao.
III. Os sistemas abertos so caracterizados pelo princpio da
equifinalidade, ou seja, um sistema pode alcanar um mesmo estado final
com origem em diferentes condies iniciais e atravs de caminhos
diversos de desenvolvimento.
Portanto, o gabarito a alternativa B
Vejam esta outra questo
ITEM 25. (FCC/2009/TJ-AP/ANALISTA JUDICIRIO ADMINISTRAO) De acordo com a moderna teoria dos sistemas, as organizaes na Era Contempornea devem ser entendidas como um a) conjunto de elementos, partes ou rgos que compem uma totalidade integrada e autossuficiente em torno de suas relaes intra-sistmicas. b) sistema de inputs e outputs de energia, recursos e informao necessrios reproduo da suas partes, mas com elevado grau de entropia em relao ao ambiente externo. c) conjunto de subsistemas de mltiplas entradas e sadas, submetido a uma relao instvel, com o ambiente externo, e, portanto, com baixa previsibilidade no seu comportamento. d) complexo de subsistemas que se comportam de forma homognea graas ao sistema de retroalimentao centralizado que permite uma perfeita homeostasia em relao com o ambiente externo. e) sistema orgnico com baixa diferenciao interna e alta adaptabilidade ao ambiente externo, levando a uma constante busca de comportamentos defensivos.
Analisemos as alternativas
a) ERRADO. Essa totalidade no autossuficiente, e sim interdependente,
de modo que a mudana em uma das partes provoca impacto sobre as
outras. Nenhuma estrutura social ou organizacional autossuficiente.
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b) ERRADO. No h elevado grau de entropia, pois entropia significa a
tendncia exausto, morte do sistema e isso no possvel no sistema
aberto, visto que este se abastece continuamente de energia (insumos),
mantendo indefinidamente a sua estrutura organizacional. Esse
abastecimento de energia reage contra a entropia. A essa reao contrria
chamamos de entropia negativa ou negentropia.
c) CERTO. A relao com o ambiente externo instvel porque este inclui
variveis desconhecidas e incontrolveis, gerando conseqncias
probabilsticas (nunca determinsticas) e comportamentos com pouca
previsibilidade.
d) ERRADO. O erro est em dizer que os subsistemas se comportam de
forma homognea. O restante est correto: Retroalimentao um
feedback, o retorno de uma sada sob a forma de informao (positiva ou
negativa). Quando negativa (retroao negativa), o sistema tende a se
autorregular, ou seja, buscar a homeostase (equilbrio).
e) ERRADO. No h baixa diferenciao, e sim alta diferenciao, isto , a
multiplicao de funes internas. funes globais so substitudas por
funes mais especializadas, hierarquizadas e altamente diferenciadas
Portanto, o gabarito a alternativa C. Vejam esta outra da FCC ITEM 26. (FCC/2012/TRF-2/ ANALISTA JUDICIRIO PSICOLOGIA) A principal contribuio da abordagem sistmica ao Comportamento Organizacional o conceito de organizao como um sistema a) aberto, em constante interao com seu ambiente. b) fechado, que estabelece algumas trocas no ambiente. c) semi-aberto, j que tem metas estabelecidas no intra-grupo. d) flexvel, porm raramente se modifica com as presses do ambiente. e) inflexvel, pois preserva as normas internas.
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Pessoal, vimos que a abordagem sistmica trouxe uma nova maneira de
visualizar as organizaes sob um ponto de vista macro e envolvente que
nenhuma teoria anterior havia conseguido. Visualizam-se as organizaes
como sistemas abertos em constante interao com o ambiente.
Portanto, o gabarito a alternativa A.
6.4.2. Teoria da Contingncia
Dois socilogos ingleses, Burns e Stalker, em virtude de pesquisas
relacionando prticas administrativas com o ambiente externo, classificaram
as organizaes industriais em dois tipos: organizaes mecansticas e
organizaes orgnicas. A perspectiva sistmica.
As organizaes mecansticas so prprias de ambientes estveis e
permanentes enquanto as orgnicas so adequadas para condies
ambientais de mudana e inovao.
CARACTERSTICAS DOS SISTEMAS MECNICOS E ORGNICOS
Caractersticas Sistemas Mecnicos Sistemas Orgnicos
Estrutura Organizacional Burocrtica, permanente, rgida
e definitiva
Flexvel, mutvel, adaptativa e
transitria
Autoridade Baseada na hierarquia e no
comando
Baseada no conhecimento e
na consulta
Desenho de cargos e Tarefas Definitivo. Cargos estveis e
definidos. Ocupantes
especialistas e univalentes
Provisrio. Cargos mutveis,
redefinidos constantemente.
Ocupantes polivalentes
Processo Decisorial Decises centralizadas na
cpula da organizao
Decises descentralizadas ad
hoc (aqui e agora)
Comunicaes quase sempre verticais quase sempre horizontais
Confiabilidade em: Regras e regulamentos
formalizados por escrito e
impostos pela empresa
Pessoas e comunicaes
informais entre as pessoas
Princpios Predominantes Princpios gerais da Teoria
Clssica
Aspectos democrticos da
Teoria das Relaes Humanas
Ambiente Estvel e permanente Instvel e dinmico.
Fonte: Chiavenato (2003)
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Isto caiu em questo da FGV! Vejamos: ITEM 27. (FGV- BADESC/2010. ANALISTA ADMINISTRATIVO) Assinale a alternativa que apresente uma caracterstica dos sistemas mecnicos organizacionais. (A) Autoridade baseada no conhecimento. (B) Processo decisorial ad hoc. (C) Estrutura definitiva. (D) Comunicaes quase sempre horizontais. (E) Ambiente instvel Fcil, no? O gabarito a letra C. Organizaes mecansticas ou mecnicas
caracterizam-se por ter estrutura definitiva ou permanente.So estveis.
Todas as outras alternativas esto erradas, so caractersticas dos sistemas
orgnicos.
Vejamos outra questo sobre este tema
ITEM 28. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTO ADMINISTRATIVA) De acordo com a Teoria das Contingncias, h dois tipos de sistemas organizacionais: mecanicistas e orgnicos. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir: I. A rigidez uma caracterstica dos sistemas mecanicistas. II. A previsibilidade uma caracterstica dos sistemas orgnicos. III. O ambiente estvel uma caracterstica dos sistemas orgnicos. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas J vimos isto! O gabarito a letra A.
A afirmativa I est correta. De fato os sistemas mecnicos so estveis,
permanentes, avessos mudana, e portanto rgidos.
As afirmativas II e III esto erradas. So caractersticas dos sistemas mecnicos.
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J na dcada de 1970, Lawrence e Lorsch inauguraram a teoria da
contingncia. Atravs dos resultados de suas pesquisas demonstraram que
as organizaes utilizam dois mecanismos bsicos de funcionamento: a
diferenciao e a integrao administrativas. A diferenciao diz respeito
subdiviso das organizaes em departamentos com tarefas especializadas.
Cada departamento reage somente parte do ambiente que relevante
para sua atividade. As demandas de ambientes especficos correspondero
departamentos na organizao, com os quais se relacionaro.
A integrao o processo oposto: do ambiente externo surgem presses
para que haja unidade de esforos entre os vrios departamentos da
organizao.
Chiavenato ressalta que os dois mecanismos so opostos e antagnicos.
Quanto mais diferenciao existe na organizao mais difcil a soluo de
problemas. Contudo, as organizaes que conseguem se diferenciar
(processo tpico do crescimento da organizao) e ao mesmo tempo
conseguem integrar todas estas partes garantiro sucesso.
A abordagem contingencial manteve o foco nas tarefas, nas pessoas e na
estrutura organizacional e agregou a perspectiva da sobrevivncia e do
crescimento em ambientes mutveis. Nesta perspectiva tudo mutvel,
tudo relativo, tudo contingente. O contexto ambiental que vai ditar os
rumos das operaes das empresas. As que se adaptam so bem sucedidas.
A Teoria da contingncia baseia-se no conceito de Homem Complexo.
Vejam esta outra questo da FGV.
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ITEM 29. (FGV- BADESC/2010. ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relao teoria contingencial, analise as afirmativas a seguir. I. As organizaes possuem natureza sistmica. II. Existem princpios universais de administrao. III. As caractersticas ambientais condicionam o ambiente organizacional. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. O gabarito a letra D. Vejamos as afirmativas.
A afirmativa I est correta, uma vez que a natureza das organizaes para a
teoria da contingncia sistmica.
A afirmativa II est errada. justamente o contrrio. Nesta teoria tudo
contingencial, tudo mutvel, e portanto incompatvel com princpios
universais.
A afirmativa III est correta, o contexto ambiental que dita o rumo da
organizao.
Vejamos um quadro sntese das teorias administrativas.
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ESQUEMA COMPARATIVO DAS TEORIAS DA ADMINISTRAO
Teoria nfase Concepo de homem Abordagem Sistema de Incentivos Relao entre objetivos
organizacionais e objetivos
individuais
Teoria Clssica
Nas tarefas e na estrutura
organizacional
Homem econmico
Prescritiva e Normativa
Incentivos materiais e
salariais
Identidade de interesses.
No h conflito perceptvel
Teoria das Relaes Humanas
Nas pessoas Homem Social
Prescritiva e Normativa
Incentivos sociais e
simblicos
Identidade de interesses.
Todo conflito indesejvel e
deve ser evitado
Teoria Neoclssica
No ecletismo: nas tarefas, nas
pessoas e na estrutura
Homem organizacional e
Administrativo
Prescritiva e Normativa
Incentivos mistos, tanto
materiais como sociais
Integrao entre objetivos
organizacionais e objetivos
individuais
Teoria da Burocracia
Na estrutura organizacional Homem organizacional
Prescritiva e Normativa
Incentivos materiais e
salariais
No h conflito perceptvel.
Prevalncia dos objetivos da
organizao
Teoria Estruturalista
Na estrutura e no ambiente Homem organizacional
Explicativa e Descritiva
Incentivos mistos, tanto
materiais como sociais
Conflitos inevitveis e
mesmo desejveis que
levam inovao.
Teoria comportamental
Nas pessoas e no ambiente Homem Administrativo
Explicativa e Descritiva
Incentivos mistos Conflitos possveis e
negociveis. Relao e
equilbrio entre eficcia e
eficincia.
Teoria dos sistemas No ambiente Homem Funcional Explicativa e Descritiva Incentivos mistos Conflito de papis
Teoria da contingncia
No ambiente e na tecnologia,
sem desprezar as tarefas, as
pessoas e estrutura
Homem complexo
Explicativa e Descritiva
Incentivos mistos Conflito de papis
Fonte: Chiavenato (2003)
7. Organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil, dos
Estados e dos Municpios
Pessoal, vejamos agora os princpios constitucionais acerca da organizao
poltico administrativa do Brasil.
Repblica Federativa do Brasil - compreende a Unio, Estados, DF e
Municpios. Detm a soberania nacional;
Unio - autnoma (administrativamente e politicamente), mas no
quem detm a soberania. Quem detm soberania somente a Repblica
Federativa do Brasil. Soberania, segundo o professor Celso Bastos, um
atributo que se confere ao poder do Estado em virtude de ser ele
juridicamente ilimitado.
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Territrios (a criao, transformao e reintegrao feita por Lei
Complementar) - integram a Unio. Dessa forma, o territrio no um ente
da Federao.
Capital federal - Braslia.
DF - Quadriltero de segurana, tem autonomia (administrativa, poltica),
mas no tem soberania.
Estados
Tm autonomia (administrativa, poltica), mas no tm soberania. A
incorporao, subdiviso, desmembramento por anexao a outros ou
formao de novos Estados ou territrios federais depende de:
1. Aprovao, por meio de plebiscito, da populao diretamente interessada
( 3, do art. 18, da CF/88), e
2. Edio de lei complementar pelo Congresso Nacional ( 2, do art. 18, da
CF/88), devendo este ouvir as Assemblias Legislativas envolvidas (inc. IV,
do art 48, da CF/88).
Municpios
No tem representao no Senado (que a casa legislativa onde os
Estados se fazem representar), nem soberania, mas tm autonomia.
cabvel a interveno dos municpios pelos Estados.
Criao, fuso, incorporao, desmembramento - mediante lei ordinria
estadual no perodo estabelecido por lei complementar federal e mediante
consulta prvia por plebiscito s populaes dos municpios envolvidos, aps
divulgao, apresentao e publicao dos estudos de viabilidade municipal
conforme lei.
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Vedaes (Unio, Estados, DF, Municpios).
Estabelecer cultos religiosos, igrejas, subvencion-los, embara-los,
depender ou aliar-se, salvo colaborao, na forma da lei, de interesse
pblico.
Recusar f a documentos pblicos (todos tm presuno relativa de
legitimidade);
Criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si.
Na federao brasileira, vigora o princpio da indissociabilidade do vnculo
federativo entre os Estados-membros, Distrito Federal e Municpios como
dispe o art. 1 da CF/88, com complementao pelo art.16 da atual Carta
Magna. Nesse sentido, a organizao poltico-administrativa da Repblica
Federativa do Brasil abarca a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os
Municpios. Todos estes entes federados so dotados de autonomia,
consubstanciada na capacidade de auto-organizao, autoadministrao
e autogoverno.
No h direito secesso, ou seja, a pretenso de separao de qualquer
Estado-membro, Distrito Federal ou Municpio, sob pena de decretao de
interveno federal, nos termos do art. 34, I, da CF/88.
A Repblica Federativa do Brasil soberana no plano internacional, nos
termos do art. 1 da CF/88 e os entes federativos so autnomos entre si.
Deste modo, a Unio autnoma em relao aos Estados-membros e
Municpios, detendo personalidade jurdica de Direito Pblico interno.
Contudo, a Unio no a mesma coisa que Estado Federal (pessoa jurdica
de Direito Internacional - formada pela Unio, Estados-membros, Distrito
Federal e municpios).