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direito contitucional

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  • Aula 00

    Direito Previdencirio(Prof. Ivan Kertzman) p/ INSS -Tcnico de Seguro Social-Comvideoaulas - 2015

    Professor: Ivan Kertzman

  • Direito Previdencirio para o Concurso para Tcnico do Seguro Social

    Curso Terico + Exerccios

    Prof Ivan Kertzman Aula 00

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    AULA 00

    SUMRIO PGINA 1. Saudao Inicial e Apresentao do Professor 1 2. Apresentao e Cronograma do Curso 5 3. Seguridade Social Definio e Estrutura 8 4. Sade 9 5. Assistncia Social 12 6. Previdncia Social 13 6.1 Regimes Prprios de Previdncia Social 18 6.2 Regime Geral de Previdncia Social 21 6.3 Regime de Previdncia Complementar 25 7 Princpios da Previdncia Social 26 7.1 Universalidade da cobertura e do atendimento 28

    7.2 Uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s populaes urbanas e rurais

    29

    7.3 Seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e servios

    30

    7.4 Irredutibilidade do valor dos benefcios 31 7.5 Equidade na forma de participao no custeio 33 7.6 Diversidade da base de financiamento 33 7.7 Carter democrtico e descentralizado da administrao, mediante gesto quadripartite, com participao dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos rgos colegiados.

    34

    8 Exerccios Fundamentados 36 Anexo I Arts. 194 a 204 da Constituio Federal de 88 46

    1. SAUDAO INICIAL E APRESENTAO DO PROFESSOR

    Soldados,

    Eu sou o professor Ivan Kertzman e estarei junto com vocs nesta guerra

    para a aprovao no concurso para Tcnico do Seguro Social. A minha

    funo nesta guerra ser a de Capito e certamente levarei toda a minha

    tropa ao seu grande objetivo: a aprovao neste concurso!

    Como j estou h muito tempo cumprindo a funo de Capito, sei que

    inevitvel algumas baixas durante as nossas batalhas, mas vamos

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    proteger uns aos outros para que, no final, quase todos aqueles tenham

    se dedicado a nossa causa possam desfrutar da festa da vitria.

    A estratgia que utilizaremos ser fundamental, e o Estratgia Concursos

    tambm! Fico feliz em poder fazer parte deste batalho.

    Agora chegou a hora de conhecerem um pouco mais sobre a trajetria

    deste Capito. Iniciei a minha vida profissional na iniciativa privada,

    trabalhando como auditor e consultor de uma grande empresa

    multinacional chamada Ernst & Young Auditores Independentes.

    Estava muito bem no meu propsito de seguir a carreira para alcanar um

    cargo de direo. Como todos que almejam o sucesso na iniciativa

    privada, trabalhava 12 a 14 horas por dia, incluindo diversos finais de

    semana e como estava iniciando a vida profissional a minha remunerao

    era muito pequena. Acho que vocs sabem bem do que estou falando...

    No mesmo perodo, a minha mulher passou no concurso pblico para

    Oficial de Justia Federal, iniciando as suas atividades. Ela ganhava cerca

    de 5 vezes o meu salrio e trabalhava cinco vezes menos. Parei para

    pensar nesta matemtica e percebi que havia alguma coisa errada. Passei

    a desejar um cargo pblico e lutei por ele!

    Pouco tempo depois, fui aprovado no concurso para Auditor Fiscal da

    Previdncia Social, cargo este j transformado em Auditor Fiscal da

    Receita Federal do Brasil, aps a fuso dos Fiscos.

    Depois da minha aprovao, que ocorreu no final de 2002, passei a me

    dedicar aos estudos do Direito Previdencirio, apesar de ter formao

    inicial em Administrao de Empresas pela Universidade Federal da Bahia.

    Estudei todos os livros de Direito Previdencirio que existiam na poca!

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    Comecei a escrever livros e dar aulas para concursos pblicos. Motivado,

    iniciei e conclui o curso de Direito, a minha segunda formao. Iniciei e

    conclu o Mestrado de Direito e comecei a participar e coordenar algumas

    ps-graduaes de Direito Previdencirio, dando aula em todo o Brasil.

    Segue abaixo o meu currculo resumido e as minhas publicaes para

    vocs poderem me conhecer um pouco melhor.

    x Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil; x Mestre em Direito Pblico da Universidade Federal da Bahia UFBA; x Bacharel em Direito pela Universidade Catlica do Salvador; x Administrador de Empresas pela Universidade Federal da Bahia

    UFBA;

    x Ps-Graduado em Finanas Empresariais pela USP; x Coordenador da Especializao em Direito Previdencirio do

    JusPodivm Salvador/BA; x Coordenador da Especializao em Direito e Planejamento Tributrio

    da Faculdade Baiana de Direito Salvador/BA; x Coordenador da Especializao em Direito Previdencirio do CICLO

    Renovando Conhecimento Aracaj/SE; x Coordenador da Especializao em Direito Previdencirio do IMADEC

    So Luiz/MA; x Coordenador da Especializao em Direito Previdencirio do IMADEC

    Belm/PA; x Coordenador da Especializao em Direito Previdencirio do IMADEC

    Marab/PA; x Professor de Direito Previdencirio de Cursos Preparatrios para

    Concursos Pblicos e de Cursos de Especializao.

    Minhas Obras

    x &XUVR3UiWLFRGH'LUHLWR3UHYLGHQFLiULR(GLo}HV-XVSRGLYP

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    x *XLD3UiWLFRGD3UHYLGrQFLD6RFLDO(GLo}HV-XVSRGLYP x 5HVXPmR-XUtGLFR 'LUHLWR3UHYLGHQFLiULR(GLWRUD%DUURV)LVFKHU

    & Associados;

    x 4XHVW}HVGH'LUHLWR3UHYLGHQFLiULR(GLo}HV-XVSRGLYP x 3DUD $SUHQGHU 'LUHLWR 'LUHLWR 3UHYLGHQFLiULR (GLWRUD %Drros,

    Fischer & Associados ;

    x $V&RQWULEXLo}HV3UHYLGHQFLiULDVQD-XVWLoDGR7UDEDOKR/7U x $'HVRQHUDomRGD)ROKDGH3DJDPHQWR/7U x CoDXWRU GR OLYUR 6DOiULR-de-Contribuio A base de Clculo das

    (PSUHVDVHGRV6HJXUDGRV(GLo}HV-XV3RGLYP x Co-autor do "Manual do Direito Homoafetivo", Editora Saraiva; x Co-autor dos "Revisaos" do INSS, de Direito Previdencirio, para

    Procurado do Estado, Procurador do Municpio, Magistratura

    Federal, Defensoria Pblica Estadual, todos da Edies JusPodivm;

    x Coordenador e coDXWRU GR OLYUR /HLWXUDV &RPSOHPHQWDUHV GH3UHYLGHQFLiULR(GLo}HV-XV3RGLYP

    Conto a minha histria para vocs se motivarem. Eu lutei pelo meu

    objetivo e continuo lutando! Como Capito, alerto a minha tropa: no vou

    DFHLWDU D MXVWLILFDWLYD GH IDOWD GH WHPSR SDUD estudar. Tempo uma questo de prioridade e disciplina. Alm de fazer tudo isso, ainda tem que

    me sobrar bastante tempo para dar ateno a minha numerosa famlia.

    Tenho 4 filhos, um de 8 anos, um de 6 anos, um de 3 anos e, o caula, de

    apenas 3 anos.

    Todos que lutam pelo seu objetivo, mais certo ou mais tarde o

    alcanaro.

    Aproveito para informar que atravs do frum do Estratgia eu ajudarei

    vocs em todas as suas dvidas. Se preferirem, podem curtir a minha

    fan page no Facebook.

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    Quem quiser me acompanhar nesta guerra, se junte a minha tropa, e

    quem no estiver disposto a pagar o preo da guerra faa o que meu

    colega Capito Nascimento ordena: pea para sair!

    Quem vem comigo?

    2. APRESENTAO E CRONOGRAMA DO CURSO

    Meus guerreiros, o nosso curso vai abranger todo o contedo do

    programa do edital deste concurso, tomando como base os ltimos

    concursos para cargos do INSS. O programa contm a parte geral, a

    parte de custeio e a parte de benefcios. O programa deste concurso

    extenso, mas aprofundaremos nos pontos que so mais cobrados em

    provas de concurso pblico.

    Este curso vai ser totalmente direcionado para levar vocs aprovao no

    concurso para Tcnico do Seguro Social. Os atalhos, eu conheo bem e

    no vou fazer vocs andarem mais do que o estritamente necessrio,

    para evitar o cansao no meio do caminho.

    A maior vantagem de se optar por um curso on-line desta matria a

    possibilidade de atualizao instantnea, medida que novas leis forem

    sendo publicadas. Direito Previdencirio muda o tempo todo e neste curso

    garantimos a sua atualizao automtica. No dia 30/12/2014, por

    exemplo, foi publicada a MP 664, que alterou significativamente a

    legislao previdenciria. Em menos de uma semana, o curso j havia

    sido atualizado.

    Procurei organizar as aulas da melhor forma possvel, para facilitar a

    compreenso da matria. Assim, utilizando os tpicos resumidos do

    programa que constavam dos ltimos editais, montei o nosso calendrio

    de aulas.

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    Segue, ento, o programa detalhado do nosso curso, relacionado com os

    assuntos que foram exigidos no ltimo edital:

    N da

    Aula

    Data da

    Aula

    Tpicos do Edital Anterior Sujeito a Alterao

    Aula 00 04/01/2015 1 Seguridade Social. 1.2 Conceituao. 1.3 Organizao e princpios constitucionais.

    Aula 01 04/01/2015 1.1 Origem e evoluo legislativa no Brasil. 1.3 Organizao e princpios constitucionais.

    Aula 02 04/01/2015 3 Regime Geral de Previdncia Social. 3.1 Segurados obrigatrios, 3.2 Filiao e inscrio. 3.3 Conceito, caractersticas e abrangncia: empregado, empregado domstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial. 3.4 Segurado facultativo: conceito, caractersticas, filiao e inscrio. 3.5 Trabalhadores excludos do Regime Geral. 4 Empresa e empregador domstico: conceito previdencirio.

    Aula 03 04/01/2015 5.3 Salrio-de-contribuio. 5.3.1 Conceito. 5.3.2 Parcelas integrantes e parcelas no-integrantes. 5.3.3 Limites mnimo e mximo. 5.3.4 Proporcionalidade. 5.3.5 Reajustamento. 5.2 Receitas das contribuies sociais: dos segurados

    Aula 04 04/01/2015 5 Financiamento da Seguridade Social. 5.1 Receitas da Unio. 5.2 Receitas das contribuies sociais: das empresas, do empregador domstico, do produtor rural, do clube de futebol profissional, sobre a receita de concursos de prognsticos, receitas de outras fontes. 5.4 Arrecadao e recolhimento das contribuies destinadas seguridade social. 5.4.1 Competncia do INSS e da Secretaria da Receita Federal do Brasil. 5.4.2 Obrigaes da empresa e demais contribuintes. 5.4.3 Prazo de recolhimento. 5.4.4 Recolhimento fora do prazo: juros, multa e atualizao monetria. 6 Decadncia e prescrio. 7 Crimes contra a

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    seguridade social. Aula 05 04/01/2015 9 Plano de Benefcios da Previdncia Social:

    beneficirios, perodos de carncia, salrio-de-benefcio, renda mensal do benefcio, reajustamento do valor dos benefcios. 10 Manuteno, perda e restabelecimento da qualidade de segurado.

    Aula 06 04/01/2015 9 Plano de Benefcios da Previdncia Social: espcies de prestaes, benefcios, disposies gerais e especficas Enfoque nos seguintes benefcios Aposentadoria por Invalidez Aposentadoria por Idade Aposentadoria por Tempo de Contribuio Aposentadoria Especial Salrio-Famlia

    Aula 07 04/01/2015 9 Plano de Benefcios da Previdncia Social: espcies de prestaes, benefcios, disposies gerais e especficas Enfoque nos seguintes benefcios. Salrio-Maternidade Auxlio-doena Auxlio- Acidente Penso por Morte Auxlio Recluso

    Aula 08 04/01/2015 Plano de Benefcios da Previdncia Social: espcies de prestaes, benefcios, disposies gerais e especficas Enfoque nos seguintes temas Servios da Previdncia Social Benefcio Assistencial Acumulao de Benefcios Temais Gerais de Benefcios 2 Legislao Previdenciria. 2.1 Contedo, fontes, autonomia. 2.3 Aplicao das normas previdencirias. 2.3.1 Vigncia, hierarquia, interpretao e integrao. 8 Recurso das decises administrativas.

    Agora vamos comear a guerra! Na primeira batalha conheceremos a

    organizao da seguridade social. Vamos l!

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    3. SEGURIDADE SOCIAL DEFINIO E ESTRUTURA

    De acordo com o artigo 194 da Constituio Federal de 1988 D seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de

    iniciativa dos Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os

    direitos relativos sade, previdncia e assistncia social.

    A seguridade social e as trs reas que a compe so direitos sociais,

    estando inserida na constituio no ttulo da ordem social.

    Guerreiros, cobrando este simples texto que as bancas organizadoras

    vira e mexe elabora uma questo. Percebam que as trs reas que

    formam a seguridade social so a sade, a previdncia social e a

    assistncia social, conforme negritado acima.

    As questes de concurso muitas vezes incluem erroneamente outras

    reas sociais, como por exemplo, a educao no rol da seguridade social.

    Tais questes devem ser consideradas erradas.

    No nosso curso vamos estudar um pouco sobre a sade, um pouco sobre

    a assistncia social e bastante sobre a previdncia social, pois mais de

    90% do edital relacionada a previdncia social. Na verdade, das outras

    duas reas apenas cobrado em concurso os dispositivos que aparecem

    na Constituio Federal.

    Sendo assim, recomendo a leitura dos artigos constitucionais que tratam

    da organizao da seguridade social (art. 194 a 204, da CF/88). Para

    facilitar, disponibilizo anexo a esta aula os citados artigos.

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    De toda forma, obviamente, durante o nosso curso (Aulas 00 e 01) vamos

    comentar sobre a maioria destes artigos, desvendando de forma clara o

    seu contedo, pois esta ser a principal misso deste Capito.

    4. SADE

    De acordo com o art. 196, GD&RQVWLWXLomR)HGHUDOa sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econ-

    micas que visem reduo do risco de doenas e de outros agravos, e ao

    acesso universal e igualitrio s aes e servios para a sua promoo,

    proteo e recuperao.

    O acesso sade, como podemos notar no prprio texto que foi negritado

    universal. O atendimento na sade pblica, como todos vocs j sabem,

    independe de pagamento. At mesmo para os estrangeiros que no resi-

    dem no pas podem ser atendidos pelo sistema de sade brasileiro.

    Mesmo as pessoas ricas podem utilizar o servio pblico de sade, no

    sendo necessrio efetuar quaisquer contribuies para ter direito a tal

    atendimento.

    A sade administrada pelo Sistema nico de Sade (SUS), vinculado ao

    Ministrio da Sade. Esse rgo no guarda qualquer relao com o

    Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou com a Previdncia Social. A

    confuso bastante frequente no meio popular, j que, no passado, a

    sade e a previdncia faziam parte da mesma estrutura.

    At mesmo o nome do antigo instituto que cuidava da sade marca bem

    a antiga interdependncia entre a sade e a previdncia social. O

    INAMPS, j extinto, o Instituto Nacional de Assistncia Mdica da

    Previdncia Social.

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    O SUS, rgo que substituiu o INAMPS, financiado com recursos dos

    oramentos da seguridade social elaborados pela Unio, Estados, Distrito

    Federal e Municpios, alm de outras fontes.

    A assistncia sade livre iniciativa privada (art. 199, CF). As institui-

    es privadas podem participar de forma complementar ao SUS, segundo

    diretrizes traadas pelo prprio SUS, mediante contrato de direito pblico

    ou convnio, tendo preferncia as entidades filantrpicas e as sem fins

    lucrativos. De fato, vrios hospitais privados atendem pelo SUS. Me arisco

    a dizer que os maiores hospitais privados do pas atendem tambm pelo

    SUS.

    proibida, no entanto, a destinao de recursos pblicos para auxlios ou

    subvenes s instituies privadas com fins lucrativos, ou seja, essas

    empresas tm direito de participar do SUS, mas no de receber qualquer

    espcie de incentivo com recursos pblicos.

    J as empresas ou capitais estrangeiros no podem fazer parte da assis-

    tncia sade no pas, salvo nos casos previstos em lei.

    Por fim, as aes e os servios pblicos de sade integram uma rede

    regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico, organizado

    de acordo com as seguintes diretrizes:

    a) descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo;

    b) atendimento integral, com prioridade para as atividades preventi-

    vas, sem prejuzo dos servios assistenciais;

    c) participao da comunidade.

    Note-se que o pargrafo nico, do art. 2, da Lei 8.212/91 detalha estes

    objetivos, da seguinte forma:

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    a) acesso universal e igualitrio;

    b) provimento das aes e servios atravs de rede regionalizada e

    hierarquizada, integrados em sistema nico;

    c) descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo;

    d) atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas;

    e) participao da comunidade na gesto, fiscalizao e acompanhamento

    das aes e servios de sade;

    f) participao da iniciativa privada na assistncia sade, obedecidos os

    preceitos constitucionais.

    Notem que apesar do nome do rgo que administra as polticas de sade

    VHU 6LVWHPDnico GH6D~GHD UHGHGHVD~GHpGHVFHQWUDOL]DGD ,VVo porque todos os Municpios e Estados so responsveis pela gesto de

    seus hospitais pblicos. Sabemos que em todo municpio existe uma

    unidade de atendimento da sade pblica, seja um hospital ou um posto

    de sade, e que esta gerida pelo prprio Poder Municipal.

    O SUS funciona como o grande Maestro da desafinada orquestra da sade

    pblica brasileira. A Unio distribui os recursos entre todos os Estados e

    Municpios, para que estes administrem as unidades de atendimento.

    Existem pouqussimos hospitais sobre a gesto federal. Basta vocs

    pensarem nos hospitais pblicos que conhecem para perceberem isso...

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    Sinceramente, meus amigos, acho muito difcil que aparea uma questo

    sobre a sade tratando de algum assunto que no foi abordado neste

    tpico. De toda forma, por cautela, recomendo a leitura dos art. 196 a

    200, da Constituio, que disponibilizei no Anexo I, afinal nesta guerra

    temos que nos proteger de todas as armas...

    5. ASSISTNCIA SOCIAL

    A assistncia social ser prestada a quem dela necessitar,

    independentemente de contribuio seguridade social. Aqui, o requisito

    bsico a necessidade do assistido. Ela prestada, obviamente, de forma

    gratuita.

    De acordo com o art. 203, da Constituio de 1988, a assistncia social

    tem os seguintes objetivos:

    a) a proteo famlia, maternidade, infncia, adolescncia e

    velhice;

    b) o amparo s crianas e aos adolescentes carentes;

    c) a promoo da integrao ao mercado de trabalho;

    d) a habilitao e reabilitao das pessoas portadoras de deficincia e

    a promoo de sua integrao vida comunitria;

    e) a garantia de um salrio mnimo de benefcio mensal pessoa por-

    tadora de deficincia e ao idoso que comprovem no possuir meios de

    prover prpria manuteno ou de t-la provida por sua famlia, confor-

    me dispuser a lei.

    Percebe-se, ao analisar os objetivos da assistncia social, que estes

    englobam servios prestados e benefcios concedidos.

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    De todos os objetivos acima citados, o nico que vem sendo explorado

    pelas bancas examinadoras de concursos pblicos a garantia de um

    salrio mnimo ao idoso ou deficiente sem meios de prover a

    prpria manuteno ou t-la provida por sua famlia.

    A lei que traa as regras deste benefcio assistencial de um salrio mnimo

    para o idoso ou deficiente a Lei 8.742/93, apelidada de LOAS Lei Orgnica da Assistncia Social. Por isso, muitas vezes, chamam este

    benefcio de benefcio assistencial da LOAS ou at de benefcio assistencial

    pecunirio.

    6. PREVIDNCIA SOCIAL

    A previdncia social ser organizada sob a forma de regime geral, de

    carter contributivo e de filiao obrigatria, observados critrios que

    preservem o equilbrio financeiro e atuarial, e atender a (art. 201, CF):

    I. cobertura dos eventos de doena, invalidez, morte e idade

    avanada;

    II. proteo maternidade, especialmente gestante;

    III. proteo ao trabalhador em situao de desemprego involuntrio;

    IV. salrio-famlia e auxlio-recluso para os dependentes dos

    segurados de baixa renda;

    V. penso por morte do segurado, homem ou mulher, ao cnjuge ou

    companheiro e dependente.

    Com a finalidade de atender a esses princpios, a Lei 8.213/91 instituiu os

    seguintes benefcios:

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    aposentadoria por invalidez; aposentadoria por idade; aposentadoria por tempo de contribuio; aposentadoria especial; salrio-maternidade; salrio-famlia; auxlio-doena; auxlio-acidente; penso por morte; auxlio-recluso;

    Notem, meus amigos, que apesar de o texto constitucional falar

    claramente que a previdncia social deve cobrir o risco do desemprego

    involuntrio (item III), o benefcio do seguro desemprego no est no rol

    dos benefcios previdencirios. Por questes meramente polticas a gesto

    do seguro desemprego foi passada para o Ministrio do Trabalho.

    As prestaes previdencirias so gerenciadas pelo Ministrio da

    Previdncia Social com apoio do INSS, autarquia federal responsvel pela

    administrao dos benefcios previdencirios.

    A organizao da previdncia social sustentada por dois pilares, confor-

    me definio do prprio texto constitucional: compulsoriedade e contribu-

    tividade.

    O princpio da compulsoriedade o que obriga a filiao a regime de

    previdncia social aos trabalhadores que exercem atividades

    remuneradas. A previdncia social seria inviabilizada se no fosse

    obrigatria a todos que trabalham.

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    Se os segurados pudessem optar entre verter parte de sua remunerao

    para o sistema de previdncia social ou utilizar todos os ganhos para

    pagamento das despesas domsticas, certamente a maioria escolheria a

    segunda alternativa. Assim, a maioria dos trabalhadores optaria por no

    fazer parte do sistema protetivo pblico, ficando dependentes da

    assistncia social no futuro, pois ao pararem de trabalhar muitos ficariam

    sem condies de se sustentar.

    Se a previdncia a nica das reas da seguridade em que existe

    previso para contribuio especfica, como poderia ser vivel a

    seguridade sem que as pessoas fossem obrigadas a contribuir para a

    previdncia social?

    A contributividade significa que, para ter direito a qualquer benefcio da

    Previdncia Social, necessrio enquadrar-se na condio de segurado,

    devendo contribuir para a manuteno do sistema previdencirio. Mesmo

    o aposentado que volta a exercer atividade profissional remunerada

    obrigado a contribuir.

    Podemos resumir os princpios da contributividade e compulsoriedade em

    XPD ~QLFD IUDVH 7RGRV TXH WUDEDOKDP VmR ILOLDGRV REULJDWRULDPHQWH Dprevidncia social e para ela devem FRQWULEXLU7UDEDOKRXGHYHSDJDUDprevidncia social.

    Vamos ver se vocs entenderam bem o que estou falando. Uma pessoa

    que vende picol na praia tem que contribuir mensalmente? claro que

    sim! No necessrio ter um trabalho formal, com carteira assinada, para

    que o trabalhador seja segurado da previdncia social. Trabalhou, tem

    que contribuir.

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    A Receita Federal pode fiscalizar os trabalhadores liberais para exigir as

    suas contribuies, pois eles so obrigados a contribuir

    independentemente de vnculo formal.

    Outro pilar de sustentao da previdncia social e da prpria seguridade

    o princpio da solidariedade, previsto no art. 3, I, da Constituio

    Federal de 1988 como um dos objetivos da Repblica Federativa do

    Brasil. No possvel a compreenso do sistema de seguridade social sem

    que o conceito de solidariedade esteja consolidado.

    A solidariedade faz com que na previdncia social no haja, necessaria-

    mente, paridade entre contribuies e os benefcios concedidos. Um

    segurado pode contribuir durante toda a sua vida e falecer sem deixar

    dependentes e sem ter nunca gozado de qualquer benefcio

    previdencirio. Este no ter direito a receber o seu dinheiro de volta. At

    o aposentado que voltou a trabalhar est obrigado a contribuir, mesmo

    que esteja impedido de receber benefcios previdencirios.

    Outro segurado pode ter trabalhado apenas um ms e devido a um

    acidente ter ficado invlido aos 21 anos de idade. Nesta situao a

    previdncia social garantir a aposentadoria por invalidez durante toda a

    sua vida. Isso reflexo do princpio da solidariedade.

    E qual o grande objetivo da previdncia social? Sem dvida a

    cobertura dos riscos sociais.

    Mas o que risco social? Risco social o risco do trabalhador se ver,

    temporariamente ou definitivamente, sem condies de trabalhar e,

    consequentemente, sem condies de prover o prprio sustento.

    Nesta hora entra a previdncia social! O Estado representado pela

    previdncia social deve cobrir o risco social e prover o sustento desta

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    pessoa. Se ela estiver incapaz temporariamente para o trabalho, deve lhe

    ser garantido o auxlio-doena; se a incapacidade for definitiva, tem

    direito a aposentadoria por invalidez; em caso de idade avanada,

    aposentadoria por idade...

    No sistema de previdncia social brasileiro existem trs regimes de

    previdncia social:

    Regime Geral da Previdncia Social (RGPS); Regimes Prprios de Previdncia Social (RPPS); Regime de Previdncia Complementar.

    Nesta aula vamos apresentar as noes bsicas sobre cada um destes

    trs regimes. No decorrer do nosso curso sero estudados a organizao

    e o funcionamento do Regime Geral de Previdncia Social - RGPS.

    Tanto o Regime Geral de Previdncia Social quanto os Regimes Prprios

    de so regimes pblicos de previdncia social j que os dois so adminis-

    trados pelo Poder Pblico. J o Regime de Previdncia Complementar

    pode ser de natureza pblica ou privada, como veremos no tpico

    especfico.

    bom demonstrar que o art. 2, da Lei 8.213/91, enumera os objetivos

    da Previdncia Social. Vejamos:

    I - universalidade de participao nos planos previdencirios;

    II - uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s

    populaes urbanas e rurais;

    III - seletividade e distributividade na prestao dos benefcios;

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    IV - clculo dos benefcios considerando-se os salrios-de-

    contribuio corrigidos monetariamente;

    V - irredutibilidade do valor dos benefcios de forma a preservar-

    lhes o poder aquisitivo;

    VI - valor da renda mensal dos benefcios substitutos do salrio-de-

    contribuio ou do rendimento do trabalho do segurado no inferior

    ao do salrio mnimo;

    VII - previdncia complementar facultativa, custeada por

    contribuio adicional;

    VIII - carter democrtico e descentralizado da gesto

    administrativa, com a participao do governo e da comunidade,

    em especial de trabalhadores em atividade, empregadores e

    aposentados.

    A participao na gesto da Previdncia ser efetivada a nvel

    federal, estadual e municipal.

    Vamos ver com mais detalhes cada um dos trs regimes de previdncia

    social.

    6.1 Regimes Prprios de Previdncia Social

    Os regimes prprios de previdncia social - RPPS so disponibilizados aos

    servidores pblicos de cargo efetivo, regidos pelo art. 40 da Constituio

    Federal de 1988.

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    As regras especficas dos regimes prprios no so objeto do programa

    deste concurso, mas fundamental que os estudantes saibam diferenciar

    os trabalhadores que esto vinculados aos RPPS dos vinculados ao

    Regime Geral da Previdncia Social.

    Fazem parte desses regimes apenas os servidores pblicos da Unio, dos

    Estados e dos Municpios que preferiram organizar-se segundo estatuto

    prprio. So estes servidores chamados de estatutrios, pois seguem a

    normas especiais, diferentes das aplicadas aos trabalhadores da iniciativa

    privada. Os militares tambm tm seu regime prprio, segundo normas

    igualmente diferenciadas.

    A Unio, todos os Estados membros e o Distrito Federal instituram seus

    regimes prprios em prol de seus servidores, com contribuies e benef-

    cios especficos, sempre regidos por lei. A maioria dos Municpios, entre-

    tanto, no possui regime prprio de previdncia e seus servidores partici-

    pam obrigatoriamente do RGPS.

    Um Regime Prprio de Previdncia Social deve garantir, ao menos, os

    benefcios da aposentadoria e da penso por morte, sob pena de seus

    segurados serem necessariamente filiados ao RGPS.

    Diferentemente da regra aplicvel aos trabalhadores filiados ao RGPS, a

    base de contribuio dos servidores pblicos filiados a regimes prprios

    no tinha limite mximo. Assim, se um servidor recebesse R$ 10.000,00,

    contribuiria com um percentual sobre esse valor. Obviamente, poderia

    receber benefcios at o valor total da base contributiva.

    A Emenda Constitucional (EC) 41/2003 fez previso para mudana nas

    regras de contribuio dos servidores pblicos. que esta EC possibilitou

    a limitao da base de contribuio mesma utilizada pelo RGPS, porm

    condicionou a vigncia da nova regra instituio de uma previdncia

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    complementar oficial para os servidores pblicos (vide art. 40, 14 a 16

    da CF/1988).

    Em 30/04/2012, foi publicada a Lei 11.618, que previu a criao da

    previdncia complementar para os servidores pblicos federais

    FUNPRESP, que logo foi regulamentada pelo Decreto 7.808/2012. Para a

    efetiva instituio das regras do FUNPRESP, entretanto, fazia-se

    necessria a aprovao de um Plano de Benefcios.

    O Plano de Benefcios do FUNPRESP-EXE, plano direcionado aos

    servidores pblicos do Poder Executivo, somente foi publicado pela

    Portaria 44, em 04/02/2013, da Superintendncia Nacional de Previdncia

    Complementar SNPC. Ento, a partir desta data, os novos servidores federais que ingressaram ou venham a ingressar no servio pblico

    executivo federal no contribuiro mais para o RPPS sobre o valor total da

    remunerao, ficando a sua contribuio sujeita ao mesmo limite mximo

    do salrio-de-contribuio do RGPS. Estes servidores, no entanto, podem

    contribuir para o FUNPRESP-EXE sobre a diferena entre a remunerao

    do cargo e o teto contributivo.

    Para ficar mais claro, segue exemplo:

    Carlo foi aprovado em concurso para cargo executivo federal,

    tomando posse em janeiro de 2015, com remunerao de R$

    20.000,00. Ele deve contribuir para o RPPS sobre a base de R$

    4.663,75, teto atual. Sobre a diferena entre os seus vencimentos e

    o teto contributivo, ou seja, sobre R$ 15.336,25 (20.000,00 4.663,75), ele poder contribuir para o FUNPRESP, se optar pela

    adeso a este plano, em busca de um benefcio da previdncia

    complementar.

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    O Plano de Benefcios dos Servidores do Poder Legislativo Federal

    somente foi publicado pela Portaria 239, da SNPC, em 07/05/2013, e

    somente aps esta data os servidores que ingressam no legislativo federal

    passaram a contribuir obrigatoriamente com a nova sistemtica.

    J o Plano de Benefcios dos servidores pblicos do Poder Judicirio foi

    aprovado pela Portaria 559, da SNPC, publicada em 14/10/2013,

    devendo, a partir de ento, os novos servidores do judicirio federal,

    contribuir para o RPPS, valendo-se do mesmo teto aplicvel ao RGPS.

    Meus comandados, no percam tempo e nem se preocupem com as

    regras deste regime de previdncia complementar, pois no esto

    previstas no programa deste concurso.

    Os RPPS so administrados pelos prprios rgos pblicos e nada tem a

    ver com o INSS. O nico dos regimes que se relaciona com o INSS o

    Regime Geral de Previdncia Social.

    6.2 Regime Geral de Previdncia Social (RGPS)

    O RGPS regime de previdncia social de organizao estatal,

    contributivo e compulsrio, administrado pelo INSS, autarquia federal

    criada para esta finalidade. O rgo responsvel pela arrecadao,

    fiscalizao e cobrana das contribuies previdencirias a Secretaria da

    Receita Federal do Brasil, vinculada ao Ministrio da Fazenda.

    At 2004, o INSS era responsvel tanto pela administrao dos benefcios

    previdencirios quanto pelas atividades de arrecadao e cobrana de tri-

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    butos e concesso de benefcios. Os Auditores Fiscais do INSS, cargo que

    eu exercia, estavam lotados na prpria estrutura da Autarquia.

    Com a edio da Medida Provisria 222, de 4/10/2004 foram atribudas

    ao Ministrio da Previdncia Social as competncias tributrias do INSS,

    com a criao da Secretaria da Receita Previdenciria (SRP) no mbito da

    administrao direta. O quadro de auditores-fiscais da Previdncia Social

    foi transferido do INSS para a estrutura do Ministrio da Previdncia,

    assim como os servidores do INSS que exerciam suas funes nas reas

    de arrecadao e cobrana.

    O objetivo da separao das reas de benefcio e custeio era o de fundir

    toda a arrecadao federal em um nico rgo, vinculado ao Ministrio da

    Fazenda. A ideia era a de unir a SRP, responsvel pela arrecadao das

    contribuies previdencirias com a antiga SRF Secretria da Receita Federal, responsvel pela arrecadao dos demais tributos federais.

    A Lei 11.457/2007 foi a que instituiu a sonhada Secretaria da Receita

    Federal do Brasil, ficando criada a carreira de auditoria da Receita Federal

    do Brasil, composta pelos cargos de nvel superior de Auditor-Fiscal da

    Receita Federal do Brasil (antigos auditores da Receita Federal e da

    Previdncia Social) e de Analista-Tributrio da Receita Federal do Brasil

    (antigos tcnicos da Receita Federal). A nova secretaria passou a existir

    em 2 de maio de 2007, por expressa disposio legal (art. 51, II, da Lei

    11.457/07).

    Depois de todas essas alteraes, o INSS passou a ser responsvel,

    unicamente, pela administrao dos benefcios previdencirios, enquanto

    SRFB compete as atividades relacionadas com a arrecadao,

    fiscalizao e cobrana de tributos previdencirios, alm dos tributos de

    competncia da antiga Receita Federal, quais sejam: Imposto de Renda,

    PIS, Cofins, Contribuio Social sobre o Lucro Lquido, PIS e Cofins

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    Importao, Contribuio sobre Concursos de Prognsticos, Imposto de

    Importao e Imposto de Exportao.

    Com isso, a administrao de todos os tributos federais passou a ser

    exercida por um nico ente.

    O Regime Geral de Previdncia Social aquele que abrange o maior

    nmero de segurados, sendo obrigatrio para todos que exercem ativida-

    des remuneradas por ele descritas. Assim, os empregados de empresas

    privadas e as pessoas que trabalham por conta prpria esto, tambm,

    obrigatoriamente filiados, devendo contribuir com sua parte para o siste-

    ma.

    Em sntese: todos que trabalham e no esto vinculados aos Regimes

    Prprios de Previdncia Social so segurados obrigatrios do Regime

    Geral de Previdncia Social. Mesmo os servidores pblicos de cargo

    efetivo dos pequenos municpios brasileiros que decidiram no instituir

    RPPS em favor de seus servidores esto vinculados ao RGPS.

    Ex: O Auditor-Fiscal concursado, servidor pblico de cargo efetivo do

    municpio de Chique-Chique na Bahia, est vinculado obrigatoriamente ao

    RGPS, pois este municpio no instituiu RPPS em prol de seus servidores.

    O vendedor de picols que trabalha diariamente na praia e a faxineira que

    executa seu servio em diversas casas recebendo diria so considerados

    segurados obrigatrios do RGPS e devem, por isso, contribuir para o sis-

    tema. Caso no contribuam, essas pessoas estaro em dbito com a

    Previdncia Social e no podero obter qualquer benefcio, pois, como

    visto, o regime essencialmente contributivo.

    Mesmo aqueles que no exercem atividade remunerada (ex.: dona-de-

    casa ou o estudante) podem ser filiados ao RGPS, desde que optem por

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    isso. Para que concretizem a sua filiao devem pagar, mensalmente,

    contribuies para o sistema, tendo o direito de gozar todos os benefcios

    como qualquer trabalhador que contribua. Estes so os chamados segura-

    dos facultativos.

    Se um servidor vinculado a regime prprio exercer tambm atividade na

    iniciativa privada ser segurado obrigatrio dos dois regimes (RGPS e

    RPPS), podendo usufruir de todos os benefcios provenientes de ambas as

    filiaes. Isso demonstra ser possvel o segurado perceber mais de uma

    aposentadoria.

    Eu, por exemplo, sou Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e

    contribuo com um percentual sobre o total da minha remunerao para o

    Regime Prprios dos Servidores Civis da Unio. Ao mesmo tempo, exero

    atividade vinculada ao RGPS, de natureza privado, como por exemplo,

    este curso que estou ministrando para vocs. Neste caso eu devo pagar

    tambm contribuies para o INSS...

    Em contrapartida, eu posso usufruir de benefcios nos dois regimes

    pblicos de previdncia social (RGPS e RPPS). Quando fiz a minha

    operao no joelho eu obtive dois benefcios: um no INSS, o auxlio-

    doena, e outro na Receita, a licena por doena.

    No permitida a filiao ao RGPS, na qualidade de segurado facultativo,

    de servidor participante de regime prprio de previdncia social. Para que

    este possa filiar-se ao RGPS, necessrio que exera trabalho de nature-

    za privada, ou seja, ou o servidor ser obrigado a filiar-se ao RGPS por

    exercer atividade remunerada privada ou ser impedido, pois no pode

    contribuir como facultativo.

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    6.3 Regimes de Previdncia Complementar

    Meus amigos, na Constituio Federal de 1988 h previso para dois tipos

    de Regimes de Previdncia Complementar:

    a) Regime de Previdncia Complementar dos Servidores Pblicos;

    b) Regime de Previdncia Privada Complementar.

    O Regime de Previdncia Complementar dos Servidores Pblicos

    est previsto na Constituio Federal (art. 40, 14 a 16, CF). Como

    explicado quando falamos de RPPS, a Unio, os Estados, o Distrito Federal

    e os Municpios, desde que instituam regime de previdncia complemen-

    tar para seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, podero

    fixar, para o valor das aposentadorias e penses a serem concedidas por

    seus regimes, o limite mximo estabelecido para os benefcios do Regime

    Geral de Previdncia Social. Como visto, na esfera federal os regimes de

    previdncia complementar oficial j foram institudos.

    De acordo com disposio constitucional, somente mediante prvia e

    expressa opo do servidor esse regime poder ser aplicado quele que

    tiver ingressado no servio pblico at a data da publicao do ato de ins-

    tituio do correspondente regime de previdncia complementar.

    O Regime de Previdncia Privada Complementar Privado organi-

    zado de forma autnoma em relao ao Regime Geral de Previdncia

    Social. Ele facultativo e, obviamente, de natureza privada, e se baseia

    na constituio de reservas que garantam o benefcio contratado. Pode

    ser dividido em duas categorias:

    Planos de previdncia complementar fechada Esto disponveis a grupos fechados que contribuem para obter os respectivos

    benefcios. Podem ser institudos por associaes, sindicatos ou entidades

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    de classe em favor de seus associados (ex: OABPREV) ou patrocinado por

    empresas, em benefcio de seus empregados (ex.: Plano Petros, da

    Petrobras; PREVI, do banco do Brasil, ODEPREV, da Odebrecht).

    Planos de previdncia complementar aberta So os organizados por instituies financeiras e disponibilizados para quem deles tiver

    interesse em participar (ex.: Brasil Prev, Ita Prev, Bradesco

    Previdncia). No h qualquer requisito para que algum possa contratar

    um plano de previdncia complementar aberta.

    O Regime de Previdncia Privada Complementar regulado por lei com-

    plementar que assegura ao participante o pleno acesso s informaes

    relativas gesto de seus respectivos planos. Atualmente, as leis que

    regulam a matria so as Leis Complementares 108/01 e 109/01, que

    esto fora do programa do concurso para o cargo de Tcnico do Seguro

    Social.

    As contribuies do empregador, os benefcios e as condies contratuais

    previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefcios das entida-

    des de previdncia privada no integram o contrato de trabalho dos parti-

    cipantes nem sua remunerao.

    7 Princpios da Seguridade Social

    Os princpios da seguridade social, listados no art. 194, pargrafo nico

    da Constituio Federal de 1988, so alvo de diversos questionamentos

    em concursos pblicos. O primeiro passo para o estudante que deseja ser

    aprovado no concurso pblico ter na ponta da lngua cada um dos sete

    princpios especficos da seguridade social.

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    Art. 194, pargrafo nico, da CF/88. Compete ao Poder Pblico, nos

    termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes

    objetivos:

    I - universalidade da cobertura e do atendimento;

    II - uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s populaes

    urbanas e rurais;

    III - seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e servios;

    IV - irredutibilidade do valor dos benefcios;

    V - equidade na forma de participao no custeio;

    VI - diversidade da base de financiamento;

    VII - carter democrtico e descentralizado da administrao, mediante

    gesto quadripartite, com participao dos trabalhadores, dos

    empregadores, dos aposentados e do Governo nos rgos colegiados.

    Algumas questes menos elaboradas simplesmente cobram do aluno o

    conhecimento sobre o nome dos princpios. Vejamos duas proposies

    que foram cobradas em prova de Tcnico da Receita Federal em 2006:

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    1) princpio da seguridade social a diversidade de atendimento. 2) princpio da seguridade social a universalidade e a equivalncia dos benefcios e servios s populaes urbanas e rurais.

    Perceba que as duas proposies esto erradas, pois troca o nome dos

    princpios. Na proposio 1 o nome correto seria diversidade da base de

    financiamento (e no de atendimento) e na proposio 2 o princpio o

    da uniformidade (e no universalidade) e equivalncia dos benefcios e

    servios s populaes urbanas e rurais.

    Outras questes buscam a essncia do significado destes princpios e por

    isso vamos estudar um pouco cada um deles.

    7.1 Universalidade da Cobertura e do Atendimento

    Podemos dividir a anlise deste princpio em duas partes:

    1) Universalidade do Atendimento;

    2) Universalidade da Cobertura;

    A universalidade do atendimento prega que todos devem estar

    cobertos pela proteo social. Por isso se diz que esta a universalidade

    subjetiva, pois est relacionada ao sujeito da relao jurdica

    previdenciria, que o prprio segurado. O sujeito a pessoa que tem

    direito a cobertura previdenciria e o princpio da universalidade do

    atendimento faz com que ningum possa ser excludo do sistema de

    seguridade.

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    A sade e a assistncia social esto disponveis a todos que necessitem

    de seus servios. A previdncia regime contributivo de filiao

    obrigatria para os que exercem atividade remunerada. Para atender ao

    princpio constitucional da universalidade do atendimento, a legislao

    previdenciria permite a filiao mesmo daqueles que no exercem

    atividade remunerada abrangida pelo sistema. Foi, ento, criada a ca-

    tegoria de segurado facultativo, que pode filiar-se ao sistema se assim

    desejar.

    A universalidade da cobertura significa que a proteo da seguridade

    deve abranger todos os riscos sociais. Os benefcios, ento, tm de ser

    institudos com esse objetivo. Tal princpio perfeitamente aplicvel a

    todos os ramos da seguridade social.

    Em tese, todas as doenas devem ser tratadas pelo Sistema nico de

    Sade e todos os riscos sociais devem ser cobertos prela previdncia

    social.

    7.2 Uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s

    populaes urbanas e rurais

    A Constituio Federal de 1988 foi a responsvel pela igualdade entre os

    direitos das populaes urbanas e rurais.

    Podemos tambm dividir a anlise deste princpio em duas partes:

    1) Equivalncia dos benefcios e servios s populaes urbanas e

    rurais;

    2) Uniformidade dos benefcios e servios s populaes urbanas e

    rurais

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    O princpio da equivalncia dos benefcios e servios s populaes

    urbanas e rurais conota que no pode ter diferena de valor entre os

    benefcios e servios em razo da localidade onde o trabalhador exerce a

    sua atividade. Equivalncia significa mesmo valor...

    No passado, a populao rural podia obter benefcios de valor inferior ao

    salrio mnimo, pois o sistema GH SUHYLGrQFLD UXUDO QmR HUDessencialmente contributivo. Com a nova Carta, os benefcios recebidos

    pelos rurais foram elevados ao patamar do salrio mnimo, quando

    inferiores a esse valor.

    J o princpio da uniformidade dos benefcios e servios s populaes

    urbanas e rurais impe que o mesmo rol de benefcios e servios sejam

    oferecidos para as populaes das cidades e do campo.

    Meus guerreiros, percebam que mesmo tendo em vista este princpio

    possvel que haja diferenciao entre o valor ou forma dos benefcios e

    servios entre as populaes urbanas e rurais, desde que tal distino

    esteja prevista no prprio texto constitucional. Isso inclusive ocorre

    algumas vezes, a exemplo dos benefcios dos segurados especiais

    (pequenos produtores rurais que sero estudados mais a frente) que so

    limitados ao valor de um salrio mnimo.

    7.3 Seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e

    servios

    Assim como fizemos com os dois princpios anteriores, a anlise deste

    ser dividida em duas partes:

    1) Seletividade na prestao dos benefcios e servios

    2) Distributividade na prestao dos benefcios e servios

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    O princpio da seletividade na prestao dos benefcios e servios impli-

    ca que sejam selecionados os riscos sociais mais importantes para serem

    cobertos pela seguridade social.

    Meus amigos, notem que este princpio um contrapeso do princpio da

    universalidade da cobertura. Ele serve para mitigar (palavra bastante

    usada pelas bancas que significa amenizar, abrandar) o princpio da

    universalidade da cobertura.

    Sabe-se que na prtica impossvel cobrir 100% dos riscos sociais

    existentes, por isso a seletividade, baseada no princpio da reserva do

    possvel, reconhece que devem ser selecionados os principais riscos a

    ser cobertos pela seguridade.

    Em relao distributividade na prestao dos benefcios e servios,

    podemos afirmar que p Poder Pblico vale-se da seguridade social para

    distribuir renda entre a populao e entre as regies do pas. Isso porque

    as contribuies so cobradas de acordo com a capacidade econmica dos

    contribuintes. Assim, uma vez nos cofres previdencirios, os recursos

    captados so distribudos para aqueles que precisem de proteo.

    A previdncia social tem mais importncia para as pessoas mais pobre e

    representa muito mais no interior do que na capital.

    7.4 Irredutibilidade do valor dos benefcios

    O princpio constitucional da irredutibilidade do valor dos benefcios

    esculpido no artigo 194, pargrafo nico, IV, da Constituio significa, de

    acordo com interpretao do STF, que o benefcio no pode perder seu

    valor nominal, ou seja, no pode sofrer qualquer tipo de reduo.

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    Assim, algum que recebe R$ 1.000,00 no pode ter o seu benefcio

    reduzido para R$ 950,00 no ano seguinte.

    De acordo com outro dispositivo constitucional (art. 201, 4.), o

    benefcio previdencirio do RGPS deve ser reajustado, preservando, em

    carter permanente, seu valor real. Isso significa que o poder de compra

    do benefcio previdencirio do RGPS originalmente recebido no pode

    sofrer reduo.

    Note, todavia, que o poder real do benefcio do RGPS no garantido pelo

    princpio que estamos estudando agora (de acordo com o STF), mas por

    outro dispositivo constitucional (art. 201, 4)

    Atualmente, o ndice definido pelo RGPS o ndice Nacional de Preos ao

    Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

    Estatstica (IBGE), levando-se em conta o rendimento das famlias que

    possuem renda entre um e oito salrios mnimos, sendo o chefe

    assalariado (art. 41-A, da Lei 8.213/91).

    Ateno! Diferente do que muita gente costuma pensar, este princpio no

    obriga previdncia social a conceder como ndice de reajuste o mesmo

    utilizado para reajustar o salrio mnimo.

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    7.5 Equidade na forma de participao do custeio

    Para definir a participao no custeio da seguridade social, deve-se levar

    em considerao a capacidade de cada contribuinte. As contribuies

    sociais tm de ser criadas de acordo com esse princpio.

    Equidade significa justia no caso concreto. Logo, devem ser cobradas

    mais contribuies de quem tem maior capacidade de pagamento para

    que seja possvel beneficiar os que no possuem as mesmas condies.

    Por isso que as contribuies das empresas tm alquotas maiores do que

    as dos segurados e existem alquotas progressivas de contribuio que

    fazem quem ganhar mais pagar um percentual maior para o

    financiamento da seguridade social.

    7.6 Diversidade da base de financiamento

    Os legisladores devem buscar diversas bases de financiamento ao instituir

    as contribuies para a seguridade social.

    O objetivo desse ordenamento diminuir o risco financeiro do sistema de

    seguridade social. Quanto maior o nmero de fontes de recursos, menor

    ser o risco de a seguridade sofrer, inesperadamente, grande perda finan-

    ceira.

    Por isso no artigo 195 da constituio federal foram previstas diversas

    fontes de financiamento da seguridade social. Como veremos na prxima

    aula, existem contribuies das empresas sobre a folha de pagamento

    dos trabalhadores, sobre a receita ou faturamento e sobre o lucro. Os

    trabalhadores tambm recolhem para financiar a sua previdncia. Tem,

    ainda, contribuio sobre os concursos de prognsticos (sorteios e

    loterias) e sobre a importao.

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    7.7 Carter democrtico e descentralizado da administrao

    A Constituio estabeleFH R FDUiter democrtico e descentralizado da administrao, mediante gesto quadripartite, com participao dos tra

    balhadores, dos empregadores, dos aposentados e do governo nos rgos

    colegiaGRV

    Para atender a esse princpio, foram criados diversos conselhos de estru-

    tura colegiada, entre eles o Conselho Nacional de Previdncia Social

    (CNPS), o Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS), o Conselho de

    Previdncia Social (CPS) e o Conselho de Gesto da Previdncia

    Complementar (CGPC). O SUS possui, tambm, administrao descentra-

    lizada, como visto no primeiro captulo.

    O CNPS, rgo superior de deliberao colegiada, ter como membros

    (art. 3, da Lei 8.213/91):

    a) seis representantes do governo federal;

    b) nove representantes da sociedade civil, sendo:

    WUrVUHSUHsentantes dos aposentados e pensionistas; WUrVUHSUHsentantes dos trabalhadores em atividade; WUrV representantes dos empregadores.

    Os membros do CNPS e seus respectivos suplentes sero nomeados pelo

    presidente da Repblica. Os representantes titulares da sociedade civil

    tm mandato de dois anos, podendo ser reconduzidos, de imediato, uma

    nica vez.

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    Os representantes dos aposentados e pensionistas, dos trabalhadores em

    atividade, dos empregadores e seus respectivos suplentes sero indicados

    pelas centrais sindicais e confederaes nacionais.

    De acordo com o 3, do art. 3, da Lei 8.213/91, 3 o CNPS se rene,

    ordinariamente, uma vez por ms, por convocao de seu Presidente, no

    podendo ser adiada a reunio por mais de 15 dias se houver

    requerimento nesse sentido da maioria dos conselheiros. A reunio

    extraordinria pode ser convocada pelo Presidente ou a requerimento de

    um tero de seus membros.

    Compete ao Conselho Nacional de Previdncia SocialCNPS (art. 4, da Lei 8.213/91):

    I - estabelecer diretrizes gerais e apreciar as decises de polticas

    aplicveis Previdncia Social;

    II - participar, acompanhar e avaliar sistematicamente a gesto

    previdenciria;

    III - apreciar e aprovar os planos e programas da Previdncia Social;

    IV - apreciar e aprovar as propostas oramentrias da Previdncia Social,

    antes de sua consolidao na proposta oramentria da Seguridade

    Social;

    V - acompanhar e apreciar, atravs de relatrios gerenciais por ele

    definidos, a execuo dos planos, programas e oramentos no mbito da

    Previdncia Social;

    VI - acompanhar a aplicao da legislao pertinente Previdncia Social;

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    VII - apreciar a prestao de contas anual a ser remetida ao Tribunal de

    Contas da Unio, podendo, se for necessrio, contratar auditoria externa;

    VIII - estabelecer os valores mnimos em litgio, acima dos quais ser

    exigida a anuncia prvia do Procurador Geral ou do Presidente do INSS

    para formalizao de desistncia ou transigncia judiciais;

    IX - elaborar e aprovar seu regimento interno.

    8 Exerccios para a Fixao de Aprendizado

    ATENO: RECOMENDO QUE ANTES DE FAZER ESTES EXERCCIOS,

    ESTUDEM O TEXTO CONSTITUCIONAL DISPONIBILIZADO NO

    ANEXO I DESTA AULA, LOGO APS O GABARITO FUNDAMENTADO

    Avalie as proposies abaixo e marque certo ou errado. Os nossos

    comentrios esto logo aps a ltima questo.

    1) Analista-Tributrio da Receita Federal do Brasil 2012 ESAF

    Assinale a opo incorreta.

    Compete ao Poder Pblico, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com

    base nos seguintes objetivos:

    A) universalidade da cobertura e do atendimento, de modo.

    B) prevalncia dos benefcios e servios s populaes rurais.

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    C) seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e servios.

    D) irredutibilidade do valor dos benefcios.

    E) equidade na forma de participao no custeio.

    2) Tcnico do Seguro Social INSS 2012 Carlos Chagas

    No tocante Previdncia Social, correto afirmar que

    (A) organizada sob a forma de regime especial e observa critrios que

    preservem o equilbrio financeiro.

    (B) descentralizada, de carter facultativo.

    (C) tem carter complementar e autnomo.

    (D) baseia-se na constituio de reservas que garantam o benefcio contratado.

    (E) contributiva, de carter obrigatrio.

    3) Analista do Seguro Social Assistente Social 2009 FUNRIO

    A previdncia social ser organizada sob a forma de regime geral, de

    carter contributivo e de filiao obrigatria, observados critrios que

    preservem o equilbrio financeiro e atuarial, e atender a

    I. proteo ao trabalhador em situao de desemprego voluntrio;

    II. proteo maternidade, no includa a proteo a gestante,

    paternidade e a infncia;

    III. cobertura de eventos de doena, invalidez, morte excetuada a idade

    avanada;

    IV. salrio-famlia e auxlio-recluso para os dependentes dos segurados

    de qualquer renda;

    V. penso por morte do segurado, homem ou mulher, ao cnjuge ou

    companheiro e dependentes.

    A) as assertivas I e III esto corretas.

    B) as assertivas III e V esto corretas.

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    C) as assertivas II e IV esto corretas.

    D) as assertivas II e V esto corretas.

    E) as assertivas I e IV esto corretas.

    4) Juiz Substituto do TRT 8 Regio 2006 Organizado pelo Prprio TRT

    Nos termos da Constituio Federal, so objetivos do Poder Pblico, ao

    organizar a seguridade social, exceto:

    a) Eqidade na forma de participao no custeio.

    b) Carter democrtico e descentralizado da administrao, mediante

    gesto quadripartite, com participao dos trabalhadores, dos

    empregadores, dos aposentados e do Governo nos rgos colegiados.

    c) Uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s populaes

    urbanas, rurais e indgenas.

    d) Seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e

    servios.

    e) Irredutibilidade do valor dos benefcios.

    5) Assistente-Tcnico Administrativo do Ministrio da Fazenda 2009 ESAF

    Assinale a opo correta entre as assertivas abaixo relacionadas

    organizao e princpios constitucionais da Seguridade Social.

    a) Diversidade da base de financiamento objetivo da Seguridade Social.

    b) O valor dos benefcios pode ser diminudo gradativamente.

    c) Pode haver benefcios maiores para a populao urbana em detrimento

    da rural.

    d) A gesto da Seguridade Social ato privativo do Poder Pblico.

    e) Os servios previdencirios devem ser sempre o mesmo, independente

    do destinatrio.

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    6) Analista do Seguro Social Assistente Social 2009 FUNRIO

    A sade de relevncia pblica e sua organizao obedecer a princpios

    e diretrizes, na forma da Lei n 8212/91. Assinale a alternativa correta no

    que se refere a esses princpios e diretrizes.

    A) Participao da iniciativa privada na assistncia sade, obedecidos os

    preceitos constitucionais.

    B) Centralizao, com direo nica na esfera do Governo Federal.

    C) Participao da comunidade na gesto, no acompanhamento e no na

    fiscalizao das aes e servios de sade.

    D) Provimento das aes e servios atravs de rede nacional e

    hierarquizada, integrados em sistema nico.

    E) Atendimento seletivo e parcial, com prioridade para as atividades

    preventivas.

    7) Analista Tributrio da Receita Federal do Brasil 2009 ESAF

    Tendo em vista os princpios e diretrizes da Seguridade Social, nos termos

    do texto da Constituio Federal e da legislao de custeio previdenciria,

    assinale a opo incorreta.

    a) Diversidade da base de financiamento.

    b) Universalidade da cobertura e do atendimento.

    c) Equidade na forma de participao no custeio.

    d) Irredutibilidade do valor dos benefcios e servios.

    e) Uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s populaes

    urbanas e rurais.

    8) Auditor do Trabalho 2009 ESAF

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    A sade integra o tpico da Constituio Federal que trata da Ordem

    Social. A sade um direito de todos e dever do Estado. As aes e

    servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e

    hierarquizada e constituem um sistema nico. Sobre a sade, correto

    afirmar que

    a) lei federal dispor sobre o regime jurdico e a regulamentao das

    atividades de agente comunitrio de sade e agente de combate s

    endemias, vedada a previso de piso salarial nacional.

    b) o regime jurdico e a regulamentao das atividades de agente

    comunitrio de sade e agente de combate s endemias so previstos na

    Constituio. Tais regimes e regulamentaes so suficientes para

    garantir as prerrogativas das duas classes, por tratar-se de um comando

    normativo constitucional auto-aplicvel.

    c) lei federal dispor sobre o regime jurdico, o piso salarial profissional

    nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentao das

    atividades de agente comunitrio de sade e agente de combate s

    endemias, competindo Unio, nos termos da lei, prestar assistncia

    financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos

    Municpios, para o cumprimento do referido piso salarial.

    d) lei complementar dispor sobre o regime jurdico e a regulamentao

    das atividades de agente comunitrio de sade e agente de combate s

    endemias, vedada a previso de piso salarial nacional.

    e) os gestores locais do sistema nico de sade podero admitir agentes

    comunitrios de sade e agentes de combate s endemias sem processo

    seletivo pblico, nas condies previstas na Constituio Federal,

    avaliando-se as circunstncias, de acordo com a natureza e complexidade

    de suas atribuies e requisitos especficos para sua atuao.

    9) Auditor-Fiscal da Receita Federal rea Tributria e Aduaneira 2005/2006 - ESAF

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    No mbito da Seguridade Social, com sede na Constituio Federal/88

    (art. 194), podemos afirmar:

    a) A seguridade social compreende um conjunto de aes de iniciativa dos

    Poderes Pblicos e da sociedade, visando a assegurar os direitos relativos

    sade, vida, previdncia e assistncia social.

    b) A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes dos

    Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos

    relativos sade, previdncia, vida e assistncia social.

    c) A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de

    iniciativa dos Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os

    direitos relativos sade, previdncia e assistncia social.

    d) A seguridade social compreende um conjunto de aes dos Poderes

    Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos

    sade, previdncia e assistncia social.

    e) A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de

    iniciativa dos Poderes Pblicos constitudos e da sociedade, destinado a

    assegurar os direitos relativos sade, previdncia e a assistncia

    social.

    10) Auditor-Fiscal da Receita Federal rea da Tecnologia da Informao 2005/2006 - ESAF

    Segundo dispe o art. 196, da CF/88, a sade direito de todos e dever

    do Estado. Diante dessa premissa, assinale a opo que est correta.

    a) As aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada

    e hierarquizada e constituem um sistema nico, sem a participao da

    comunidade.

    b) O acesso universal igualitrio s aes e servios para sua promoo,

    proteo e recuperao constitui garantia constitucional.

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    c) O sistema nico de sade ser financiado, nos termos do art. 195, da

    CF/88, com recursos exclusivamente do oramento, da seguridade social,

    da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios.

    d) As aes e servios de sade no so de relevncia pblica, cabendo

    ao Poder Pblico dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentao,

    fiscalizao e controle, com a execuo inclusive atravs de terceiros.

    e) Independe de lei complementar a instituio de normas de fiscalizao,

    avaliao e controle das despesas com sade nas esferas federal,

    estadual, distrital e municipal.

    Gabarito Fundamentado

    1) B

    a) Verdadeira, conforme art. 194, pargrafo nico, I, da CF/1988.

    Observe que, ao final da alternativa, consta, estranhamente, a

    H[SUHVVmRGHPRGR9iULRVUHFXUVRVIRUDPSURWRFRODGRVPDVa ESAF os ignorou, mantendo a questo como correta. Isso vale

    para demonstrar que em concurso pblico o candidato deve

    buscar a resposta mais correta...

    b) Errada, devendo ser marcada pelo candidato, pois contraria o

    princpio da uniformidade e equivalncia dos benefcios e

    servios s populaes urbanas e rurais, previsto art. 194,

    pargrafo nico, II, da CF/88.

    c) Verdadeira, conforme art. 194, pargrafo nico, III, da CF/1988.

    d) Verdadeira, conforme art. 194, pargrafo nico, IV, da CF/1988.

    e) Verdadeira, conforme art. 194, pargrafo nico, V, da CF/1988.

    2) E

    A questo pode ser respondida a partir da leitura do texto do caput

    do art. 201, da Constituio Federal de 1988: $SUHYLGrQFLDVRFLDOser organizada sob a forma de regime geral, de carter

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    contributivo e de filiao obrigatria, observados critrios que

    SUHVHUYHPRHTXLOtEULRILQDQFHLURHDWXDULDO a) Errada. Regime geral e no especial;

    b) Errada. O RGPS centralizado na unio e obrigatrio;

    c) Errada. Refere se a previdncia complementar do art. 202, da

    CF/1988;

    d) Errada. Refere-se previdncia complementar do art. 202, da

    CF/1988;

    e) Verdadeira. Traz parte do texto do art. 201, da CF/1988;

    3) B

    I Falso desemprego involuntrio e no voluntrio; II Falso inclui a proteo gestante. III Falso cobre a idade avanada. IV Falso - de baixa renda. V Verdadeiro de acordo com o texto.

    Notem que s a proposio V verdadeira, mas equivocadamente

    a III tambm foi considerada correta pela banca, resultando na

    alternativa B. Esta questo demonstra a dificuldade da vida de

    concurseiro...

    4) C

    a) Conforme, art. 194, nico, V

    b) Conforme, art. 194, nico, VII

    c) Art. 194, nico, II no inclui indgenas d) Conforme, art. 194, nico, III

    e) Conforme, art. 194, nico, IV

    5) A

    a) Conforme, art. 194, nico, IV

    b) Contrrio ao art. 194, nico, IV

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    c) Contrrio ao art. 194, nico, II

    d) Contrrio ao art. 194, nico, VII

    e) Contrrio ao art. 194, nico, III

    6) A

    A questo faz referncia ao art. 2, pargrafo nico da Lei

    8.212/91, mas com o texto constitucional d para respond-la.

    a) Correto, conforme art. 197, CF/88

    b) Descentralizado

    c) A participao da comunidade no sofre restrio

    d) 2DUWQmRLQFOXLDSDODYUDQDFLRQDO e) Universal

    7) D

    a) Conforme art. 194, pargrafo nico

    b) Conforme art. 194, pargrafo nico

    c) Conforme art. 194, pargrafo nico

    d) No inclui servios

    e) Conforme art. 194, pargrafo nico

    8) C

    a) Errada, vide art. 198, 5, CF/88

    b) Errada, vide art. 198, 5, CF/88

    c) Certo, vide art. 198, 4, CF/88

    d) Errada, vide art. 198, 5, CF/88

    e) Errada, vide art. 198, 4, CF/88

    9) C

    a) Vida no est na seguridade

    b) Vida no est na seguridade

    c) Certo, vide art. 194, nico, CF/88

    d) 2PLWLXLQWHJUDGR

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    e) ,QFOXLXLQGHYLGDPHQWHFRQVWLWXtGRV

    10) B

    a) Com participao da comunidade

    b) Certo art. 196, CF/88

    c) Financiada por toda a sociedade

    d) So de relevncia pblica

    e) Depende de Lei Complementar, conforme art. 198, 3, da

    CF/88

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    ANEXO I ARTS. 194 a 204 da CONSTITUIO FEDERAL DE 1988

    CAPTULO II DA SEGURIDADE SOCIAL

    Seo I DISPOSIES GERAIS

    Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos sade, previdncia e assistncia social.

    Pargrafo nico. Compete ao Poder Pblico, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:

    I - universalidade da cobertura e do atendimento;

    II - uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s populaes urbanas e rurais;

    III - seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e servios;

    IV - irredutibilidade do valor dos benefcios;

    V - eqidade na forma de participao no custeio;

    VI - diversidade da base de financiamento;

    VII - carter democrtico e descentralizado da administrao, mediante gesto quadripartite, com participao dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos rgos colegiados. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 1998)

    Art. 195. A seguridade social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, e das seguintes contribuies sociais:

    I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 1998)

    a) a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio; (Includo pela Emenda Constitucional n 20, de 1998)

    b) a receita ou o faturamento; (Includo pela Emenda Constitucional n 20, de 1998)

    c) o lucro; (Includo pela Emenda Constitucional n 20, de 1998)

    II - do trabalhador e dos demais segurados da previdncia social, no incidindo contribuio sobre aposentadoria e penso concedidas pelo regime geral de previdncia social de que trata o art. 201; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 1998)

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    III - sobre a receita de concursos de prognsticos.

    IV - do importador de bens ou servios do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (Includo pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003)

    1 - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios destinadas seguridade social constaro dos respectivos oramentos, no integrando o oramento da Unio.

    2 - A proposta de oramento da seguridade social ser elaborada de forma integrada pelos rgos responsveis pela sade, previdncia social e assistncia social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes oramentrias, assegurada a cada rea a gesto de seus recursos.

    3 - A pessoa jurdica em dbito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, no poder contratar com o Poder Pblico nem dele receber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios.

    4 - A lei poder instituir outras fontes destinadas a garantir a manuteno ou expanso da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.

    5 - Nenhum benefcio ou servio da seguridade social poder ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

    6 - As contribuies sociais de que trata este artigo s podero ser exigidas aps decorridos noventa dias da data da publicao da lei que as houver institudo ou modificado, no se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".

    7 - So isentas de contribuio para a seguridade social as entidades beneficentes de assistncia social que atendam s exigncias estabelecidas em lei.

    8 O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatrio rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cnjuges, que exeram suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuiro para a seguridade social mediante a aplicao de uma alquota sobre o resultado da comercializao da produo e faro jus aos benefcios nos termos da lei. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 1998)

    9 As contribuies sociais previstas no inciso I do caput deste artigo podero ter alquotas ou bases de clculo diferenciadas, em razo da atividade econmica, da utilizao intensiva de mo-deobra, do porte da empresa ou da condio estrutural do mercado de trabalho. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 47, de 2005)

    10. A lei definir os critrios de transferncia de recursos para o sistema nico de sade e aes de assistncia social da Unio para os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, e dos Estados para os Municpios, observada a respectiva contrapartida de recursos. (Includo pela Emenda Constitucional n 20, de 1998)

    11. vedada a concesso de remisso ou anistia das contribuies sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para dbitos em montante superior ao fixado em lei complementar. (Includo pela Emenda Constitucional n 20, de 1998)

    12. A lei definir os setores de atividade econmica para os quais as contribuies incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, sero no-cumulativas. (Includo pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003)

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    13. Aplica-se o disposto no 12 inclusive na hiptese de substituio gradual, total ou parcial, da contribuio incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. (Includo pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003)

    Seo II DA SADE

    Art. 196. A sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao.

    Art. 197. So de relevncia pblica as aes e servios de sade, cabendo ao Poder Pblico dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentao, fiscalizao e controle, devendo sua execuo ser feita diretamente ou atravs de terceiros e, tambm, por pessoa fsica ou jurdica de direito privado.

    Art. 198. As aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

    I - descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo;

    II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais;

    III - participao da comunidade.

    1. O sistema nico de sade ser financiado, nos termos do art. 195, com recursos do oramento da seguridade social, da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, alm de outras fontes. (Pargrafo nico renumerado para 1 pela Emenda Constitucional n 29, de 2000)

    2 A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios aplicaro, anualmente, em aes e servios pblicos de sade recursos mnimos derivados da aplicao de percentuais calculados sobre: (Includo pela Emenda Constitucional n 29, de 2000)

    I - no caso da Unio, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no 3; (Includo pela Emenda Constitucional n 29, de 2000)

    II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadao dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alnea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municpios; (Includo pela Emenda Constitucional n 29, de 2000)

    III - no caso dos Municpios e do Distrito Federal, o produto da arrecadao dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alnea b e 3.(Includo pela Emenda Constitucional n 29, de 2000)

    3 Lei complementar, que ser reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecer:(Includo pela Emenda Constitucional n 29, de 2000)

    I - os percentuais de que trata o 2; (Includo pela Emenda Constitucional n 29, de 2000)

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    II - os critrios de rateio dos recursos da Unio vinculados sade destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municpios, objetivando a progressiva reduo das disparidades regionais; (Includo pela Emenda Constitucional n 29, de 2000)

    III - as normas de fiscalizao, avaliao e controle das despesas com sade nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; (Includo pela Emenda Constitucional n 29, de 2000)

    IV - as normas de clculo do montante a ser aplicado pela Unio.(Includo pela Emenda Constitucional n 29, de 2000)

    4 Os gestores locais do sistema nico de sade podero admitir agentes comunitrios de sade e agentes de combate s endemias por meio de processo seletivo pblico, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuies e requisitos especficos para sua atuao. .(Includo pela Emenda Constitucional n 51, de 2006)

    5 Lei federal dispor sobre o regime jurdico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentao das atividades de agente comunitrio de sade e agente de combate s endemias, competindo Unio, nos termos da lei, prestar assistncia financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios, para o cumprimento do referido piso salarial. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 63, de 2010) Regulamento

    6 Alm das hipteses previstas no 1 do art. 41 e no 4 do art. 169 da Constituio Federal, o servidor que exera funes equivalentes s de agente comunitrio de sade ou de agente de combate s endemias poder perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos especficos, fixados em lei, para o seu exerccio. (Includo pela Emenda Constitucional n 51, de 2006)

    Art. 199. A assistncia sade livre iniciativa privada.

    1 - As instituies privadas podero participar de forma complementar do sistema nico de sade, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito pblico ou convnio, tendo preferncia as entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos.

    2 - vedada a destinao de recursos pblicos para auxlios ou subvenes s instituies privadas com fins lucrativos.

    3 - vedada a part