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Direito Tributário para a RFB Resolução de Questões da ESAF Prof. George Firmino Aula 00 Prof. George Firmino www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 105 AULA 00 – Aula Demonstrativa Sumário Página Apresentação 02 Informações sobre o curso 04 A Escola de Administração Fazendária – ESAF 06 Os concursos da RFB e análise dos editais 07 Apresentação das questões 10-28 Gabarito 28 Questões comentadas 29-105

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Resolução de Questões da ESAF

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AULA 00 – Aula Demonstrativa

Sumário Página

Apresentação 02

Informações sobre o curso 04

A Escola de Administração Fazendária – ESAF 06

Os concursos da RFB e análise dos editais 07

Apresentação das questões 10-28

Gabarito 28

Questões comentadas 29-105

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Apresentação

Olá, colega concurseiro(a)!

Seja bem vindo ao curso de Direito Tributário em Exercícios

ESAF para a RFB. Iniciamos aqui uma jornada rumo à sua aprovação.

Agora é pra valer!!!!

Foram publicados no dia 09/07/2012 os editais ESAF nº

23 e 24 para os cargos de Analista Tributário e Auditor Fiscal,

respectivamente.

Os concursos da Receita Federal se tornaram referência pelo

grau de dificuldade de suas provas, bem como pelo elevado nível dos

candidatos. Por isso, torna-se necessária uma preparação com

planejamento e muita disciplina.

Estudar para concurso público hoje em dia não deve se limitar

ao material teórico. O nível de preparação dos candidatos não permite

mais que você seja aprovado em algum certame apenas livrando a

nota de corte. É necessário fazer a diferença naquelas matérias-

chave.

Mas para fazer essa diferença, colega concurseiro, é

fundamental conhecer bem a banca examinadora. As bancas possuem

formas distintas de cobrar a matéria. Algumas se limitam ao conteúdo

da lei, outras vão além e exigem que o candidato conheça as decisões

dos tribunais superiores em relação a determinado tema

(jurisprudência do STF e STJ).

Nessa linha, o nosso objetivo aqui é conhecer a forma como a

Escola de Administração Fazendária, a famosa ESAF, costuma exigir a

matéria de Direito Tributário. E não há maneira melhor de conhecê-la

do que pela resolução de questões de concursos anteriores.

Resolveremos aqui centenas de questões, de tal forma que você

se tornará íntimo da ESAF e chegará à prova com bastante segurança.

Você verá que, apesar de ser tão temida por muitos candidatos, a

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ESAF passará a ser vista com outros olhos, de um jeito bastante

amigável, já que iremos conhecê-la a fundo.

Antes de iniciar os comentários sobre o nosso curso, gostaria de

fazer uma breve apresentação pessoal.

Meu nome é George Firmino, sou natural de Recife/PE e

graduado em Administração pela Universidade de Pernambuco

(UPE/FCAP).

Atualmente exerço o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal

do Brasil na DRF Vitória da Conquista/BA. Atuei inicialmente como

parecerista em processos de restituição e compensação tributária,

bem como na orientação aos contribuintes em questões que

envolviam a interpretação da legislação tributária. Após 2 anos como

parecerista, passei a exercer minhas atividades na malha fiscal e na

fiscalização do IRPF, onde acumulo a Chefia da Equipe de Fiscalização.

Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, passei por

uma verdadeira jornada como concurseiro. Iniciei minha experiência

em concursos no ano de 2000, quando fui aprovado na Caixa

Econômica Federal, onde trabalhei por 8 anos.

Ainda trabalhando na CEF, iniciei meus estudos rumo ao sonho

de ser AFRF, período em que participei de alguns concursos. Nesse

intervalo, obtive aprovação nos seguintes certames:

� Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, classificado na 68ª

posição e obtendo a 5ª maior nota nacional na prova discursiva;

� Agente Fiscal de Rendas da SEFAZ/SP (ICMS/SP);

� Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (ATRF);

� Auditor Fiscal de Ipojuca/PE;

� Auditor Fiscal de Abreu e Lima/PE (1º lugar);

� Gestor da Secretaria de Administração/PE;

� Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda.

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Espero dividir com você, colega concurseiro, a experiência

adquirida ao longo da minha preparação, pois sei exatamente o que

se passa “do outro lado”: as expectativas, as dificuldades, os sonhos.

Bom, feitas as apresentações iniciais, vamos à proposta do

nosso curso.

Informações sobre o curso

Nosso curso será ministrado ao longo de 11 aulas, incluindo

esta aula demonstrativa, de acordo com o cronograma abaixo:

AULA Assunto Data

Aula 00 Aula demonstrativa: Conceito e classificação

dos tributos.

-----

Aula 01 Limitações constitucionais do poder de

tributar. Competência tributária.

16/07/2012

Aula 02 Tributos de competência da União. 20/07/2012

Aula 03 Tributos de competência dos Estados.

Tributos de competência dos Municípios.

23/07/2012

Aula 04 Legislação tributária: vigência, aplicação,

interpretação e integração.

27/07/2012

Aula 05 Obrigação tributária. Fato gerador da

obrigação tributária. Domicílio tributário.

30/07/2012

Aula 06 Sujeição ativa e passiva. Responsabilidade

tributária.

03/08/2012

Aula 07 Crédito tributário. Constituição do crédito

tributário.

06/08/2012

Aula 08 Suspensão da exigibilidade do crédito

tributário. Extinção do crédito tributário.

Exclusão do crédito tributário.

10/08/2012

Aula 09 Garantias e privilégios do crédito tributário.

Administração tributária.

13/08/2012

Aula 10 SIMULADO COM TODOS OS ASSUNTOS 17/08/2012

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Conforme exposto, resolveremos as questões separando-as por

assunto. Com isso, abordaremos cada tópico do conteúdo

programático, analisando como a ESAF costuma exigi-lo.

Hoje em dia, foi criado o que se costuma chamar de

“jurisprudência da banca”. Ou seja, cada banca tem uma forma

peculiar de abordar um assunto e firmar seu posicionamento sobre

determinado tema. Por isso, considero de grande importância estudar

as questões de cada assunto separadamente, a fim de facilitar o

entendimento e permitir o conhecimento mais aprofundado da banca.

No entanto, a prova não virá separada por assuntos, não é

colega concurseiro? No dia decisivo, você deverá estar afiado em

todos eles. Nesse sentido, a última aula do nosso curso será composta

de um simulado, abrangendo todo o conteúdo programático, para que

você possa aperfeiçoar sua preparação.

Sugiro que durante o nosso curso você adote a seguinte

metodologia: as questões serão apresentadas em sequência, sem

gabarito ou comentários, por isso, recomendo que você imprima a

lista com as questões e as resolva, procedendo, posteriormente, à

correção e revisão através dos comentários.

Não obstante se tratar de um curso voltado para resolução de

questões da ESAF, ao abordar determinado assunto, poderemos

apresentar algumas questões de outras bancas. Isso servirá para

ilustrar algum posicionamento que, mesmo não tendo sido adotado

pela ESAF, se mostre como uma tendência das bancas e, assim,

poderá ser objeto de questões futuras da própria Escola de

Administração Fazendária.

Como base do nosso estudo, utilizaremos frequentemente a

Constituição Federal e o Código Tributário Nacional (CTN – Lei 5.172,

de 25 de outubro de 1966). Por isso, é recomendado que você os

tenha sempre que for acompanhar as aulas, de preferência impressos,

pois podem ser feitas anotações e destaques para consultas

posteriores. Você pode acessá-los e imprimi-los nos seguintes links:

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� Constituição Federal de 1988

www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituiçao.htm

� Código Tributário Nacional

http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/codtributnaci/ctn.htm

Por fim, prezado aluno, informo que nosso estudo não se limita

à apresentação das aulas ao longo do curso. É mais do que natural

que você tenha dúvidas, mas elas não podem permanecer até o dia

da prova, não é mesmo? Então, estarei sempre à disposição para

responder aos seus questionamentos, seja através do fórum de

dúvidas, seja através de e-mail.

Todos têm dúvidas. Errar é comum, quando se está tentando

aprender. O que não pode acontecer é você, colega concurseiro,

guardar sua dúvida ao invés de expor a sua dificuldade.

Conte comigo!

Nada será mais gratificante para mim do que receber um e-mail

trazendo a notícia da sua aprovação.

A Escola de Administração Fazendária - ESAF

A ESAF é órgão integrante da estrutura do Ministério da

Fazenda e, por isso, tem sido a responsável pelos concursos para

ingresso na Receita Federal do Brasil, tanto para o cargo de Auditor

Fiscal como o de Analista Tributário, além do cargo de Assistente

Técnico Administrativo do próprio Ministério da Fazenda.

No que diz respeito às provas de Direito Tributário, a ESAF, a

depender do concurso, costuma ir um pouco além da literalidade da

lei, exigindo do candidato, muitas vezes, o conhecimento das decisões

proferidas pelos tribunais superiores (STF e STJ).

Por isso, caro amigo, você deve estar a par da jurisprudência do

STF e STJ para não ser surpreendido. Esse é o objetivo do nosso

curso, detalhar, em cada questão, todos os aspectos envolvidos, seja

entendimento doutrinário, legislação ou jurisprudência.

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Os concursos da RFB e análise dos editais

A Receita Federal é, sem dúvida, o alvo da grande maioria dos

concurseiros da área fiscal. Isso porque, além da estabilidade,

inerente ao serviço público, há outros atrativos que arrastam milhares

de candidatos, dentre os quais destaco o desejo de fazer parte de um

órgão de grandiosa importância para o país e os atrativos salários dos

seus cargos. Vejamos:

Analista Tributário

Auditor Fiscal

Fonte: www.servidor.gov.br

Um belo estímulo para aumentar o ritmo de estudos, não acha?

No entanto, para chegar lá e ter esses valores no seu contracheque é

preciso deixar para trás milhares de candidatos. Para se ter uma

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ideia, veja como foi o último concurso para os cargos de Auditor Fiscal

e Analista Tributário:

Auditor Fiscal Analista Tributário

Candidatos 77.894 Candidatos 81.367

Vagas 450 Vagas 700

Rel. C/V 173,09 Rel. C/V 116,23

Fonte: ESAF – www.esaf.fazenda.gov.br

“Mas, professor! Vencer 80.000 concorrentes é uma tarefa

muito difícil.”

Caro aluno, realmente não é uma tarefa simples. Mas quero

deixar um recado aqui para você: o seu adversário no concurso não é

aquele candidato que está fazendo a prova do seu lado, nem mesmo

os 80.000 inscritos. Seu adversário é a banca. É contra ela que você

vai jogar no dia da prova.

Entende agora o motivo da necessidade de uma preparação com

planejamento e disciplina? É preciso conhecer bem o adversário antes

de entrar em campo. E é por isso que estamos aqui, para conhecer

bem o nosso adversário (a ESAF) e vencê-lo no dia da prova.

Analisemos, então, com que proporção a matéria de Direito

Tributário será exigida nos concursos da RFB, de acordo com o novo

edital.

Primeiramente, devemos observar que houve alterações

significativas na quantidade de questões para ambos os cargos.

Para o cargo de Auditor Fiscal serão 60 pontos (30 questões de

peso 2), num total de 360, o que corresponde a 16,67% da prova.

Já para o cargo de Analista Tributário, serão 40 pontos (20

questões de peso 2), num total de 240, o que corresponde a 16,67%

da prova.

Isso mesmo, caro aluno, apenas a matéria de Direito

Tributário corresponde a quase 17% de toda a prova objetiva,

tanto para Auditor Fiscal como para Analista tributário.

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Além disso, há mais uma novidade que surgiu no último

concurso da RFB: a tão temida prova discursiva que, ao que parece,

veio para ficar.

Para o cargo de Analista Tributário, haverá apenas um tema na

discursiva que poderá versar sobre Direito Tributário. Por outro lado,

para o cargo de Auditor Fiscal, a matéria certamente será exigida no

tema da prova, o qual valerá 60 pontos em um total de 120, ou seja

50% da prova discursiva. No mínimo, caso não seja exigida no tema,

a nossa disciplina constará em uma das questões, valendo 20 pontos.

Isso nos leva a perceber a importância da matéria nos concursos da

Receita Federal.

Mas não é só isso. O Direito Tributário irá acompanhá-lo durante

toda a sua carreira. A sua aprovação será apenas o início. Após a

posse, o Direito Tributário será sua ferramenta de trabalho, seja como

Auditor Fiscal, seja como Analista Tributário.

Devemos observar ainda que, além do Direito Tributário, o novo

edital passou a exigir o conhecimento da legislação específica do

Imposto de Renda e do IPI, como uma disciplina própria. Em nossa

Aula 02 veremos 21 questões envolvendo o conhecimento específico

dos regulamentos dos dois impostos.

Cumpre analisar, porém, que foi incluído no conteúdo

programático de Direito Tributário a parte referente ao Direito

Previdenciário. Esta matéria não será objeto do nosso curso.

Assim, dada a importância da nossa matéria, vamos ao que

interessa!!!

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LISTA DE QUESTÕES

Aula 00: Conceito e classificação dos tributos

Questão 01 – (ESAF) Auditor TCE-ES/2001 Entre as receitas originárias, podemos incluir: a) as taxas b) os empréstimos compulsórios c) as contribuições sociais d) as tarifas de energia elétrica e) os impostos Questão 02 – (ESAF) APOF SEFAZ– SP/2009 Constituem modalidade de receita derivada, exceto: a) tributos b) penalidades pecuniárias c) multas administrativas d) taxas e) preços públicos Questão 03 – (ESAF) APO – MPOG/2001 É sabido que, de acordo com o art. 3º do Código Tributário Nacional, tributo é toda prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Consoante tal entendimento, é errado afirmar-se que: a) as multas pelo descumprimento da obrigação tributária não são tributos, mas consideradas pelo CTN como obrigação tributária, ao lado do tributo, para que se submetam ao mesmo regime de constituição, discussão administrativa, inscrição em dívida ativa e execução dos tributos. b) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear suas ações no interesse da sociedade. A fiscalização tributária implica exercício do poder de polícia, e somente mediante atividade administrativa pode ser exigido o pagamento de tributo. c) ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa tem o dever de exigir o cumprimento da obrigação por parte do contribuinte, havendo, no entanto, alguma margem de discricionariedade nesta atividade. d) a aquisição de renda e a promoção da circulação de mercadorias com o produto de renda advinda do jogo do bicho, por exemplo, apesar de fatos ilícitos, são passíveis de tributação. e) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas sim toda prestação pecuniária que reúna o conjunto dos requisitos constantes do art. 3º do CTN, como, por exemplo, o caráter obrigatório.

Questão 04 - (ESAF) AFTN 1996 Analisar as seguintes proposições: I – O “fato gerador” de uma multa tributária pode ser um ato lícito. II – Os rendimentos advindos do jogo e da exploração do lenocínio não são tributáveis, pois trata-se de prática de atividade ilícita. III – Rendimentos decorrentes de ato ilícito não são tributáveis, conforme reza o principio non olet. a) os três enunciados são falsos. b) os três enunciados são verdadeiros. c) o I e o II são verdadeiros e o III é falso. d) tão só o III é verdadeiro. e) o I e o II são falsos e o III é verdadeiro.

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Questão 05 - (ESAF) AFTN 94.2 O art. 3º do Código Tributário Nacional define tributo como uma prestação que não constitua sanção de ato ilícito. De tal assertiva podemos inferir que a) os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio não são tributáveis, sujeitando-se, contudo, a pesadas multas em decorrência da prática de atividade ilícita b) os rendimentos advindos da exploração do lenocínio são tributáveis, porquanto não se confunde a atividade ilícita do contribuinte com o fato tributário de auferir rendas c) os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio não são tributáveis, em conformidade do que reza o princípio do non olet d) as atividades ilícitas não devem ser tributadas, pois de outro modo o Estado estará locupletando-se com ações que ele mesmo proíbe e, assim, ferindo o princípio da estrita legalidade e) atividades ilícitas como a exploração do jogo do bicho podem ser tributadas, posto que a sanção de ato ilícito converte-se, pelo simples fato de sua inobservância, em obrigação tributária principal

Questão 06 – (ESAF) Técnico da Receita Federal/2000 - adaptada

Julgue a seguinte assertiva. A prestação de serviço militar é compulsória e não constitui sanção a ato ilícito, porém não tem a natureza de tributo porque não é prestação pecuniária.

Questão 07 – (ESAF) Agente de Fazenda - RJ/2010 O conceito de tributo, nos termos do Código Tributário Nacional, traz as seguintes conclusões, exceto: a) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear suas ações no interesse da sociedade. b) não constituindo sanção por ato ilícito, pouco importa para a legislação do imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços, por exemplo, a origem lícita ou ilícita de determinadas mercadorias, desde que reste configurada a hipótese de incidência do referido tributo, qual seja, a circulação dessas mercadorias, para que possa ele ser exigido. c) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas somente aquelas que reúnam o conjunto dos requisitos previstos na definição de tributo, consoante o Código Tributário Nacional. d) o Estado exige os tributos compulsoriamente das pessoas, portanto, a obrigação de pagar tributos não decorre da vontade do contribuinte, sendo esta, aliás, irrelevante nessa matéria. e) embora sendo uma obrigação de direito público, absolutamente indisponível por parte da administração, admite-se, desde que haja a respectiva previsão legal, a delegação dessa obrigação a outras pessoas jurídicas, como empresas públicas e sociedades de economia mista. Questão 08 – (ESAF) Gestor – MG/2005 Assinale a opção correta. a) Na atividade de cobrança do tributo a autoridade administrativa pode, em determinadas circunstâncias, deixar de aplicar a lei. b) Não é preciso lei para exigir um tributo. c) O tributo se caracteriza também pelo fato de não resultar da aplicação de uma sanção por ato ilícito. d) A prestação do tributo não é obrigatória. e) A destinação da arrecadação do tributo determina a sua natureza.

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Questão 09 – (ESAF) ATM – Natal/2008 Sobre o conceito de tributo e sua natureza jurídica, assinale a única opção correta. a) A Lei Complementar n. 104/2001, ao permitir a dação em pagamento de bens imóveis, como forma de extinção do crédito tributário, promoveu a derrogação do art. 3º do CTN, que confere ao tributo uma prestação pecuniária em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir. b) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória instituída em lei. Todavia, não há restrição para que o Município majore alíquotas de tributos, sob sua competência, por meio de decreto. c) Tendo em vista que o tributo não pode constituir uma sanção por ato ilícito, não se faz possível a incidência de tributos sobre atividades criminosas, pois assim agindo o Estado estaria obtendo recursos de uma atividade por ele proibida. d) A cobrança de impostos decorre de uma atividade administrativa não-vinculada, haja vista os recursos poderem ser utilizados com quaisquer despesas previstas no orçamento. e) O que determina a natureza jurídica de um tributo é o fato gerador da respectiva obrigação, independentemente de sua denominação e da destinação legal do produto de sua arrecadação. Questão 10 – (ESAF) AFTE – MS/2001 As receitas compulsórias, cuja arrecadação e utilização são conferidas, pelo Poder Público competente, a uma entidade paraestatal dotada de autonomia administrativa e financeira, são chamadas: a) Acessórias b) Complementares c) Extraordinárias d) Extrafiscais e) Parafiscais Questão 11 – (ESAF) AFRE – MG/2005 Assinale a opção correta. Quando a lei atribui a capacidade tributária ativa a ente diverso daquele que detém a competência tributária, estar-se-á diante do fenômeno da: a) Solidariedade ativa b) Parafiscalidade c) Extrafiscalidade d) Sujeição ativa e) Inconstitucionalidade da lei tributária Questão 12 - (ESAF) APO – MPOG 2001 A extrafiscalidade é característica que possuem alguns tributos de permitirem, além da pura e simples forma de ingresso de receitas nos cofres públicos, também de intervirem na economia, incentivando ou não determinada atividade ou conduta do contribuinte. Assinale, entre os tributos listados abaixo, aquele que não possui caráter extrafiscal. a) Imposto sobre produtos industrializados. b) Imposto sobre importação. c) Contribuição de intervenção no domínio econômico sobre combustíveis. d) Imposto sobre produtos industrializados. e) Taxa de iluminação pública.

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Questão 13 – (ESAF) ATRF/2009 “A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados − IPI para geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos, produtos da linha branca, que encerraria no próximo dia 31, foi prorrogada por mais três meses. A partir de 10 de novembro entra em vigor uma nova tabela cujas alíquotas passam a ser estabelecidas com base na eficiência energética dos produtos, de acordo com a classificação do Programa Brasileiro de Etiquetagem, coordenado pelo Inmetro. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. “Nós estamos desonerando mais os produtos que consomem menos energia”, explicou. A medida vale até 31 de janeiro de 2010. Segundo ele, as geladeiras, que antes do IPI baixo tinham uma alíquota de 15%, e recuou para 5%, poderão manter essa mesma alíquota reduzida, mas somente para os produtos da chamada classe “A”, ou seja, com menor consumo de energia. As geladeiras da classe “B” passarão a ter uma alíquota de 10% e o restante voltará a ter um IPI de 15%.” (Extraído do site www.fazenda.gov.br, notícia de 29.10.2009). Na notícia acima, identificamos um importante aspecto do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados. Assinale, entre as opções que se seguem, aquela que explica e justifica tal aspecto, isto é, somente aquele que a notícia mencionada destacou. a) Por meio da seletividade, pode-se tributar com alíquotas diferenciadas produtos de acordo com o seu grau de essencialidade. b) A notícia demonstra a aplicabilidade do princípio constitucional da capacidade tributária, pois estabelece alíquotas diferenciadas para as diversas categorias de geladeiras existentes no mercado. c) O IPI constitui uma exceção à regra geral da legalidade, já que o Poder Executivo pode, a qualquer momento, baixar ou restabelecer as suas alíquotas. d) A não-cumulatividade, outra característica do IPI, visa impedir que as incidências sucessivas nas diversas operações da cadeia econômica de um produto impliquem um ônus tributário muito elevado, decorrente da múltipla tributação da mesma base econômica. e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio de alíquotas diferenciadas, estimular-se determinado comportamento por parte da indústria e, consequentemente, dos consumidores. Questão 14 - (ESAF) AFPS/2002 Com referência a tributo e suas espécies, é correto afirmar que: a) empréstimo compulsório, contribuição de melhoria, contribuição de intervenção no domínio econômico e compensação financeira aos Estados pela exploração de petróleo por empresas privadas são espécies tributárias. b) tributo é um gravame cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. c) são espécies tributárias, entre outras, imposto, taxa, contribuição em favor de categoria profissional, preço público e contribuição de intervenção no domínio econômico. d) tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. e) tributo é a prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor nela se possa exprimir, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada, que não constitua sanção de ato ilícito, ressalvado o caso de ato ilícito que requeira reparação em virtude de guerra. Questão 15 – (ESAF) AFTM – Fortaleza/2003 Avalie as formulações seguintes, relativas a tributo e suas espécies, consideradas as pertinentes disposições da Constituição Federal e do Código Tributário Nacional, e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta correta. I. Imposto, taxa, preço público e contribuição de interesse de categorias profissionais são espécies tributárias. II. A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: (a) a denominação e demais características formais adotadas pela lei; (b) a destinação legal do produto da sua arrecadação.

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III. Empréstimo compulsório, contribuição de melhoria, contribuição de intervenção no domínio econômico e contribuição para a seguridade social são espécies tributárias. IV. Contribuição de interesse de categorias econômicas, taxa, imposto e encargo de reparação de guerra são espécies tributárias. a) Apenas as formulações II e III são corretas. b) Apenas as formulações III e IV são corretas. c) Apenas as formulações I e III são corretas. d) Apenas a formulação II é correta. e) Apenas as formulações I e II são corretas. Questão 16 – (CESPE) – AFPS/98 Julgue a assertiva. As contribuições sociais têm natureza tributária. Questão 17 – (ESAF) AFRF/2009 Em relação aos empréstimos compulsórios, é correto afirmar que: a) É um tributo, pois atende às cláusulas que integram o art. 3º do Código tributário Nacional b) É espécie de confisco, como ocorreu com a retenção dos saldos de depósitos à vista, cadernetas de poupança e outros ativos financeiros, por ocasião do chamado “Plano Collor” (Lei n. 8.024/90) c) O conceito de ‘despesa extraordinária’ a que alude o art. 148, inciso I, da Constituição Federal, pode abranger inclusive aquelas incorridas sem que tenham sido esgotados todos os fundos públicos de contingência d) Se conceitua como um contrato de Direito Público, com a característica da obrigatoriedade de sua devolução ao final do prazo estipulado na lei de sua criação e) Se subordina, em todos os casos, ao princípio da anterioridade da lei que o houver instituído Questão 18 – (FGV) Fiscal de Rendas – RJ/2007 O art. 5º do Código Tributário Nacional determina que os tributos se dividem em: a) impostos, contribuições sociais, contribuições de melhoria e empréstimos compulsórios. b) impostos, taxas, contribuições sociais e contribuições de melhoria. c) impostos, taxas, contribuições sociais, contribuições de melhoria e empréstimos compulsórios. d) impostos, taxas, contribuições sociais e empréstimos compulsórios. e) impostos, taxas e contribuições de melhoria. Questão 19 - (ESAF) Gestor - MG/2005 Assinale a opção correta. A natureza jurídica do tributo é determinada: a) pela denominação legal. b) pelo critério quantitativo da norma que o criou. c) pela finalidade de sua arrecadação. d) pelo fato gerador. e) pela previsão ou não de obrigações acessórias. Questão 20 - (ESAF) Agente Fiscal Teresina 2002 O fato gerador da obrigação tributária é determinante para o estabelecimento da natureza jurídica do (a) a) crédito tributário b) lançamento c) sujeito passivo d) tributo e) dívida ativa

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Questão 21 - (ESAF) AFTN 1998 Certo projeto de lei criando uma “taxa” para remunerar o serviço de processamento de declarações do imposto tem por fato gerador o auferimento de renda superior a 3 mil reais. Noutro dispositivo, cria-se uma “contribuição de melhoria”, que tem por fato gerador a saída de mercadorias de estabelecimentos industriais situados em vias públicas asfaltadas pela União. Um terceiro artigo institui um “imposto sobre grandes fortunas” para o qual se prevê, como fato gerador, a transmissão causa mortis de imóveis de valor superior a determinada quantia. Chamado a opinar sobre esse projeto, estaria incorreta a seguinte asserção: a) o projeto de lei está escorreito, pois obedece aos princípios da legalidade e da anterioridade tributária. b) taxa não pode ter fato gerador idêntico ao que corresponda a imposto e, no primeiro caso, ao fato gerador que corresponda ao do imposto de renda. c) o fato gerador da contribuição de melhoria, no projeto, não guarda relação com a valorização do imóvel. d) o fato gerador do imposto criado corresponde ao de um imposto que não compete à União. e) há impropriedade na denominação dos tributos que se pretende criar. Questão 22 - (ESAF) AFTE MS 2001 A natureza jurídica dos tributos é determinada pela (o) a) denominação adotada pela lei b) compulsoriedade que lhe é inerente c) fato gerador da respectiva obrigação d) destinação legal do montante arrecadado e) adoção estrita do princípio da legalidade Questão 23 – (ESAF) TTN/97 A natureza jurídica específica do tributo é determinada a) pela denominação que lhe dá a lei b) pelas características formais adotadas pela lei c) pela destinação legal do produto da sua arrecadação d) pela competência da pessoa jurídica de direito público que o instituir e) pelo fato gerador e base de cálculo da respectiva obrigação Questão 24 – (ESAF) ATA – MF/2009 A determinação da natureza jurídica específica do tributo, de acordo com o Código Tributário Nacional, decorre, especificamente: a) do fato gerador da respectiva obrigação b) da destinação legal do produto da arrecadação c) da denominação d) da fixação do agente arrecadador e) das peculiaridades dos sujeitos ativo e passivo da obrigação Questão 25 – (FCC) Procurador do Estado – SE/2005 A natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo a) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características formais adotadas pela lei b) relevante para qualificá-la apenas a destinação legal do produto da arrecadação c) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da arrecadação d) relevante para qualificá-la apenas a correta destinação do valor arrecadado e) irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da arrecadação

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Questão 26 – (FCC) Auditor de Contas Públicas TCE – PB/2006 À luz da Constituição Federal vigente, a destinação do produto da arrecadação do tributo é: a) irrelevante em qualquer hipótese b) relevante, em se tratando de taxa de segurança pública c) relevante, em se tratando de empréstimo compulsório d) relevante, em se tratando de imposto e) irrelevante, em se tratando de contribuição confederativa Questão 27 – (CESPE) Analista - SEBRAE/2010 Julgue a assertiva. Para se distinguir um imposto de uma taxa ou de uma contribuição, é fundamental examinar o fato gerador do tributo, bem como a destinação legal do produto da sua arrecadação.

Questão 28 – (ESAF) MDIC/2002 O tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se: a) taxa b) contribuição de melhoria c) imposto d) empréstimo compulsório e) preço público

Questão 29 – (ESAF) AFTN/94 O imposto é um tributo que a) admite, sendo geral, sua vinculação a órgão, programa, fundo ou despesa b) se apresenta vinculando seu fato gerador a uma atuação estatal em favor do contribuinte c) tem por função arrecadar recursos para custear as despesas gerais da Administração em favor da coletividade ou de grupos sociais específicos d) tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte e) oferece ao contribuinte, como hipótese de incidência, a prestação efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis

Questão 30 – (ESAF) AFTE – PA/2002 Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte: a) imposto b) taxa c) contribuição de melhoria d) pedágio e) preço público

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Questão 31 – (ESAF) AFRF/2000 Para responder esta questão preencha corretamente as lacunas e indique a opção que, de acordo com a Constituição da República, contém o par correto de expressões.

__________�___________, os impostos terão caráter pessoal. Para, entre outros objetivos, conferir efetividade ao objetivo de graduar os impostos segundo a capacidade econômica do contribuinte, é facultado à administração tributária, identificar o patrimônio, os rendimentos e

as atividades econômicas do contribuinte, __________�___________.

a) � Tendo em vista o princípio da impessoalidade, em caso algum � desde que haja determinação da autoridade administrativa, em mandado específico de investigação fiscal

b) � Havendo opção pelo legislador e aplicador da lei, segundo sua livre discrição � desde que, segundo expressa exigência constitucional, haja específica autorização judicial

c) � Havendo expressa opção pelo legislador � mas apenas se houver alteração constitucional nesse sentido, pois hoje o Estatuto Supremo o impede

d) � Sempre que possível � respeitados os direitos individuais e nos termos da lei

e) � Desde que previsto em lei de iniciativa exclusiva do Presidente da república � mas a Constituição expressamente veda acesso a dados financeiros do contribuinte em poder de terceiros Questão 32 – (ESAF) APOF SEFAZ– SP/2009 O princípio da capacidade contributiva: a) aplica-se somente às contribuições b) não se aplica às penalidades tributárias c) aplica-se somente aos impostos d) aplica-se indistintamente a todas as espécies tributárias e) é atendido pela progressividade dos impostos reais

Questão 33 – (ESAF) Auditor TCE-ES/2001 Para que finalidade é facultado à administração tributária federal identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas dos contribuintes, respeitados os direitos individuais? a) Dar caráter pessoal ao imposto e graduação segundo a capacidade econômica do contribuinte. b) Dar às taxas a mesma base de cálculo utilizada para os impostos, segundo critérios isonômicos. c) Dar tratamento tributário progressivo aos atos tributáveis praticados pelas entidades cooperativas. d) Possibilitar a instituição de impostos extraordinários e empréstimos compulsórios, em situações emergenciais. e) Dar uniformidade aos impostos federais em todo o território nacional, com base no princípio da capacidade contributiva.

Questão 34 - (ESAF) AFRF 2000 Assinale a opção que corresponda, na mesma ordem, às expressões respectivas. Prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Tem por fato gerador a prestação de serviço de limpeza pública urbana. a) preço público, tributo, taxa b) tributo, imposto, taxa c) tributo, contribuição de melhoria, imposto municipal d) imposto, taxa por potencial prestação de serviços, preço público e) contribuição de melhoria, imposto, preço público

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Questão 35 – (ESAF) AFRF/2009 Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto: a) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do Estado; este exerce determinada atividade, e por isso cobra a taxa das pessoas que dela se aproveitam b) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode consistir no exercício regular do poder de polícia c) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança da taxa, pode consistir na prestação ao contribuinte, ou na colocação à disposição deste, de serviço público específico, divisível ou não d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, e não com as taxas e) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se regular quando desempenhado pelo órgão competente e nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder

Questão 36 – (ESAF) AFRF/2005 Taxas, na dicção do art. 145, II, da Constituição Federal, constituem a modalidade de tributo que se pode cobrar em razão do exercício do poder de policia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. Sobre a taxa, é errado afirmar que: a) é um tributo cuja base de cálculo ou fato gerador há de ser diversa dos de imposto, e não pode ser calculada em função do capital das empresas b) competente para instituir e cobrar a taxa é a pessoa política – União, Estado, Distrito Federal ou Município – legitimada para a realização da atividade que caracterize o fato gerador do tributo c) os serviços públicos que ensejam sua cobrança consideram-se utilizados pelo contribuinte, efetivamente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento d) serviços públicos específicos são aqueles destacáveis em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou necessidade públicas e) serviços públicos divisíveis são aqueles suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários Questão 37 – (ESAF) Procurador – DF/2007 O Sistema Tributário Nacional é regido por regras e princípios gerais que estão postos nos artigos 145 a 162 da Constituição Federal. Com base no conteúdo das disposições acima referidas, assinale, entre as opções abaixo apresentadas, a que está correta. a) É inconstitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários instituída pela Lei n. 7.940, de 1989, haja vista não ser conferido, pelo ordenamento jurídico positivado, poder de polícia à Comissão de Valores Mobiliários. b) O serviço de iluminação pública, pela sua natureza jurídica, deve ser sempre remunerado mediante taxa. c) Os serviços gerais prestados por órgãos de Segurança Pública não podem ser sustentados por taxas. Essa atividade pública, por sua natureza, deve ser retribuída, genericamente, por impostos. d) É inconstitucional lei estadual que cria taxa destinando a arrecadação de seu produto aos serviços de fiscalização da atividade notarial e de registro a órgão público. e) É constitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem que tem como base de cálculo a adotada para o imposto territorial rural.

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Questão 38 – (ESAF) AFRF/2003 Indique a opção que preenche corretamente as lacunas, consideradas as pertinentes disposições do Código tributário Nacional. Para efeito de fato gerador e cobrança de taxa, considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado ______________ nos limites da lei aplicável, com observância ________________ e, tratando-se de atividade que a lei tenha como ________________, sem abuso ou desvio de poder. a) pelo Poder público / das disposições regulamentares aplicáveis / contrária aos bons costumes b) por órgão de segurança pública / das normas administrativas aplicáveis / perigosa c) pelo órgão competente / de procedimentos administrativos / vinculada d) somente por órgão de segurança pública / do devido processo legal / atentatória a direitos fundamentais e) pelo órgão competente / do processo legal / discricionária Questão 39 – (ESAF) Agente de Fazenda – RJ/2010 As taxas, no direito tributário, são espécies tributárias que decorrem, entre outros fatos geradores, do exercício regular do poder de polícia. Sobre estes, julgue os itens a seguir: I. entende-se por regular o poder de polícia quando desempenhado por órgão competente, nos limites da lei, observando o devido processo legal, e exercida sem desvio ou excesso de poder; II. a exigência da taxa em decorrência do exercício do poder de polícia não mais exige a concreta fiscalização por parte dos órgãos competentes, ou seja, a simples regulação de certas atividades por meio de atos normativos também caracteriza este poder; III. a atuação fiscalizadora do Estado, em rigor, visa ao interesse da coletividade e não ao do contribuinte da taxa, isoladamente. É este, porém, que provoca a atuação do Estado, sendo isso que justifica a imposição da taxa; IV. exercendo o poder de polícia, o Estado impõe restrições aos interesses individuais em favor do interesse público, conciliando esses interesses. Estão corretos: a) apenas os itens I e III b) apenas os itens I, III e IV c) todos os itens estão corretos d) apenas os itens III e IV e) apenas os itens II, III e IV Questão 40 – (ESAF) ATA – MF/2009 As taxas, no modelo constitucional brasileiro: a) terão caráter pessoal e serão graduadas segundo a capacidade econômica do contribuinte b) terão alíquotas máximas estabelecidas por Resolução do Senado Federal c) serão seletivas e não cumulativas d) serão informadas por critérios de generalidade, universalidade e progressividade e) não poderão ter base de cálculo própria de impostos Questão 41 – (ESAF) AFTE – RN/2005 Preencha as lacunas do texto abaixo e escolha, em seguida, a opção que contém a sequência em que foram preenchidas. Para fins de instituição e cobrança das taxas, o Código tributário Nacional considera os serviços públicos: _______________, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários; _______________, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou necessidade públicas; _______________, utilizados pelo contribuinte, quando por ele usufruídos a qualquer título. a) específicos / unitários / potencialmente b) individuais / autônomos / virtualmente c) utilizáveis / independentes / normalmente d) potenciais / necessários / essencialmente e) divisíveis / específicos / efetivamente

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Questão 42 - FCC – Procurador do Estado – PGE/PE (2004) – adaptada I. Um Estado recém-criado pode instituir taxa destinada a custear a implantação ou a melhoria do serviço estatal de segurança pública. II. Considerando a diretriz constitucional, é possível concluir que, para definir corretamente a espécie tributária, é necessário não só analisar o fato gerador, como também a base de cálculo de um determinado tributo. III. É correto afirmar que os impostos são tributos não-vinculados, visto que possuem como fato gerador uma situação que independe de atuação estatal específica em benefício do contribuinte, razão pela qual não pode ser considerada causa para o seu inadimplemento qualquer falha no serviço público estatal. IV. Desde que prevista em lei, pode ser cobrada taxa pela prestação do serviço de coleta de lixo posto à disposição do contribuinte, ainda que ele resolva levar o lixo diretamente ao aterro sanitário, por julgar que o valor cobrado é muito elevado. a) todos itens estão corretos b) estão corretos apenas os itens I e III c) estão corretos apenas os itens II e IV d) estão corretos apenas os itens II e III e) estão corretos os itens II, III e IV Questão 43 – (ESAF) APOF – SP/2009 Assinale a opção que representa uma taxa pública a) serviço de água b) serviço de energia c) serviço de esgoto d) pedágio explorado diretamente ou por concessão e) serviço postal Questão 44 – (ESAF) Procurador – DF/2007 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir taxas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. Em razão desse preceito constitucional e das demais regras do nosso ordenamento jurídico positivo e jurisprudencial, assinale a opção correta. a) A instituição de taxas pelo Poder público não está obrigada a respeitar os princípios da anterioridade, da isonomia e da capacidade contributiva, tendo em vista que a tributação envolve prestação de serviços públicos ou exercício de poder de polícia. b) É constitucional a taxa instituída para inspeção de importação e exportação de produtos da indústria pesqueira, instituída por Portaria assinada pelo Ministro do Meio Ambiente, com cobrança autorizada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente – IBAMA, haja vista tratar-se de serviços prestados para proteger direitos fundamentais. c) As custas judiciais e os emolumentos concernentes aos serviços notariais e registrais são qualificadas como taxas remuneratórias de serviços públicos e podem ter como base de cálculo o valor da condenação, desde que obedeça ao princípio da razoabilidade. d) É constitucional a escolha do valor do monte-mor (inventário) como base de cálculo da taxa judiciária, por não afrontar o artigo 145, §2º, da CF. e) Não há possibilidade de, segundo os princípios que informam o nosso ordenamento jurídico tributário, ser alocado o produto da arrecadação de custas judiciais (taxas) ao Poder Judiciário, para cobrir despesas com treinamento de pessoal que serve à Justiça.

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Questão 45 – (ESAF) Fiscal de Rendas – RJ/2010 Sobre as taxas, é incorreto afirmar que: a) Diferentemente dos impostos, cuja característica marcante é a desvinculação da receita a uma finalidade determinada, a taxa é o tributo vinculado por excelência, isto é, só é devido pelo contribuinte se houver contraprestação por parte do ente estatal que a houver instituído. b) Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias, e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu. c) A Constituição Federal dá o conceito de taxa como sendo o tributo instituído pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em razão do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. d) O serviço prestado ou posto à disposição, que permite a instituição de uma taxa, é sempre estatal, podendo, excepcionalmente, ser serviço prestado por empresa privada. e) Somente o poder de polícia específico é passível de estipêndio por meio de taxas; e mesmo assim exige-se que seja divisível e mensurável. Questão 46 – (ESAF) Gestor – MG/2005 Julgue os itens a seguir e marque a opção correspondente. I. A cobrança do imposto sobre a propriedade de veículo automotor (IPVA) somente pode ser considerada legítima quando o Estado custeia obras de infra-estrutura rodoviária. II. A taxa é modalidade de tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público, específico ou divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. III. A obra pública de que resulte valorização de imóvel do particular pode ser custeada mediante a instituição e cobrança da contribuição de melhoria. Está (ao) correto (s): a) os itens I, II e III b) apenas os itens II e III c) apenas os itens I e III d) apenas os itens I e II e) apenas o item I Questão 47 – (ESAF) SUSEP/2010 Uma das espécies de tributos elencada pela Constituição Federal é a contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. Tal espécie visa a uma distribuição mais justa dos ônus decorrentes de determinadas obras públicas, que beneficiam a sociedade como um todo, mas acabam por beneficiar particularmente determinadas pessoas, inclusive acarretando valorização imobiliária. Sobre o tema contribuição de melhoria, analise os itens a seguir, classificando-os como verdadeiros ou falsos. Em seguida, escolha a opção adequada às suas respostas. I. Seu objetivo principal é fazer com que pessoas diretamente beneficiadas pela execução de uma obra pública participem com maior intensidade de seu custeio, suportando-o total ou parcialmente. II. O princípio da vedação ao enriquecimento sem causa justifica, para alguns doutrinadores, a instituição e a cobrança da contribuição de melhoria. III. Pode-se eleger como parâmetro da cobrança da contribuição de melhoria, de modo geral, o custo total da obra (rateado entre os principais beneficiados) ou a valorização imobiliária dela decorrente (individualmente analisada). a) Está correto apenas o item I. b) Está correto apenas o item III. c) Estão corretos apenas os itens I e III. d) Estão corretos apenas os itens II e III. e) Todos os itens estão corretos.

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Questão 48 – (ESAF) PFN/98 ( ) Segundo o Código Tributário Nacional, são tributos os impostos, as taxas e a contribuição de melhoria. ( ) Os impostos são chamados de “tributos não vinculados” porque sua cobrança independe de uma atividade estatal específica em relação ao contribuinte. ( ) A Constituição de 1988 não estabelece que o limite total da contribuição de melhoria seja o valor da despesa realizada pela obra pública que lhe deu causa. Marque com um V a afirmação (ou negação) verdadeira, e com F a falsa. Em seguida, escolha, entre as cinco opções abaixo, aquela que contem a sequência correta. a) V, V, V b) V, V, F c) V, F, F d) F, F, F e) F, V, V Questão 49 – (ESAF) AFTE – MS/2001 Em matéria tributária, é correto afirmar-se que: a) Somente a União pode instituir impostos com fundamento no exercício regular do poder de polícia. b) Os Estados e o Distrito Federal têm competência para instituir empréstimo compulsório. c) A contribuição de melhoria é devida em função da prestação de serviços públicos divisíveis. d) As taxas têm que ter bases de cálculo diferentes das dos impostos. e) As contribuições sociais decorrem da realização de obras públicas que promovam a valorização imobiliária privada. Questão 50 - (ESAF) AFTN 1998 – adaptada (i) Para conferir efetividade ao princípio da pessoalidade da tributação e a graduação dos tributos segundo a capacidade econômica do contribuinte, a Constituição prevê, expressamente, a faculdade da administração tributária de identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte? (ii) Pode uma taxa de utilização de estradas ter por base de cálculo o valor de uma propriedade rural? Analisadas as três colocações, escolha uma opção que contenha, na respectiva sequência, as respostas corretas. a) sim, sim b) sim, não c) não, sim d) não, não Questão 51 - (ESAF) AFTN 94.2 Sobre o valor de “verdade” dos enunciados que seguem, podemos afirmar: I – Os fatos geradores são figuras típicas dos tributos não-vinculados, não compondo a estrutura impositiva das taxas, que decorrem de um fato revelador de uma atividade estatal, direta e especificamente dirigida ao contribuinte. II – Taxa é um tributo não-vinculado que tem como base de cálculo uma grandeza dimensível de fato estranho a qualquer atividade estatal referida ao obrigado. III – O traço característico que diferencia a taxa da contribuição de melhoria, é que esta última tem como pressuposto o fato de o produto de sua arrecadação ter destinação legal voltada à realização de obra pública que valorize o imóvel do contribuinte. a) os três enunciados são falsos. b) os três enunciados são verdadeiros. c) I – verdadeiro, II – verdadeiro e III – falso. d) I – falso, II – falso e III – verdadeiro. e) I – falso, II – verdadeiro e III – falso.

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Questão 52 - (ESAF) AFTN 94.2 (i) O Município X criou a “taxa de instalação industrial”, a ser cobrada das indústrias que se instalassem na zona industrial por ele criada. Para incentivar a instalação de fábricas naquele distrito, previu a lei que a taxa somente seria devida quando se iniciasse a produção, e seria de 1% do valor dos produtos que saíssem do estabelecimento. A lei municipal não definiu expressamente o fato gerador daquele tributo. (ii) O Município Y criou a “taxa de iluminação pública”, cuja base de cálculo, para maior justiça fiscal, foi graduada segundo a capacidade econômica, aferida pelo valor da energia elétrica consumida pelo contribuinte. (iii) O Município Z institui, pelo exercício do poder de polícia sobre o zoneamento de atividades, a “taxa de localização de estabelecimentos bancários”, que incidiria à módica alíquota de 1 milésimo por cento do valor dos empréstimos concedidos pelo contribuinte. a) Todas as três são juridicamente válidas b) Somente uma é válida, sendo inconstitucionais as outra duas c) Somente duas são juridicamente válidas: a primeira e a terceira d) somente são válidas as duas primeiras: uma porque ligada ao poder de polícia local, relativo ao zoneamento urbano; a outra porque se refere à prestação de serviço público diretamente ao contribuinte ou posto à sua disposição e) Todas as três são inválidas juridicamente Questão 53 - (ESAF) AFTN 94 Está correta afirmativa: a) a taxa deve ter por base de cálculo dimensão inerente ao serviço prestado pelo Estado b) as obras públicas realizadas pelo Estado, de que resulte evidente valorização de imóveis particulares, por ela beneficiadas, podem ser remuneradas através de Taxa de Melhoramentos Urbanos, se instituída c) o fato de o indivíduo socorre-se do Poder Judiciário para a tutela de seus direitos não se presta a servir como fato gerador de taxa d) a taxa, segundo seu delineamento constitucional, é modalidade tributária hábil para servir como adicional dos impostos de menor expressão econômico-financeira, ou insuficientemente cobrados, mesmo porque é de aplicação imperativa o princípio da capacidade contributiva e) em razão da reduzida participação da taxa no valor da arrecadação e levando em consideração o polêmico conceito formulado pela doutrina, é facultado ao legislador optar pela cobrança da mesma ou instituir tarifas para remunerar os respectivos serviços, indiferentemente Questão 54 - (ESAF) Analista Contábil SEFAZ-CE De acordo com o disposto no art. 145, inciso II, da Constituição Federal, as taxas constituem a modalidade de tributo que se pode cobrar em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. Sobre elas, podemos tecer as seguintes afirmativas, com exceção de: a) é um tributo que não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto, nem ser calculada em função do capital das empresas. b) os serviços públicos que ensejam a sua cobrança consideram-se utilizados pelo contribuinte efetivamente,quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento. c) competente para instituir e cobrar a taxa é a pessoa política – União, estado, Distrito Federal ou município – legitimada para a realização da atividade que caracterize o fato gerador do tributo. d) serviços públicos específicos são aqueles que podem ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas. e) serviços públicos divisíveis são aqueles suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.

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Questão 55 - (ESAF) ATM Natal 2001 Tratando-se de matéria tributária, é lícita a assertiva de que, no Brasil, a) as taxas são instituídas para suportar os custos da realização de obras públicas de que decorram a valorização imobiliária de particulares. b) os tributos intermunicipais, cobrados pelos Municípios, destinam-se a estabelecer limitações ao tráfego de bens, tendo em vista o interesse público. c) as contribuições de melhoria são devidas em função da prestação de serviços públicos divisíveis. d) os Municípios e os Estados, assim como a União, têm competência para instituir impostos extraordinários, em caso de calamidade pública e) os Municípios podem instituir taxas em razão do exercício do poder de polícia com bases de cálculos diferentes das dos impostos. Questão 56 - (ESAF) AFRF 2002.2 – adaptada [1] O município de Campinas Instituiu a taxa de serviços urbanos, cuja base de cálculo repousa nos elementos localização, área e dimensões do imóvel. Essa taxa é constitucional? [2] O texto constitucional (art. 145, III) deixou de se referir expressamente à valorização imobiliária, ao cogitar de contribuição de melhoria. Com isso, o acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas beneficiadas direta ou indiretamente por obras públicas ainda figura como fato gerador da contribuição? a) sim, sim b) sim, não c) não, sim d) não, não Questão 57 – (ESAF) AFTE – PA/2002

Identifique, nas opções abaixo, o tributo cujo fundamento ético-jurídico é o não enriquecimento injusto. a) imposto b) taxa c) empréstimo compulsório d) contribuição social e) contribuição de melhoria Questão 58 – (ESAF) AFTE – MS/2001

Com referência à instituição de empréstimos compulsórios, assinale abaixo a assertiva correta. a) O empréstimo compulsório não é uma espécie de tributo, não estando sujeito à exigência de prévia autorização orçamentária. b) A União pode instituí-lo por meio de lei ordinária federal. c) Cabe à lei complementar definir as hipóteses excepcionais para sua instituição. d) Aos empréstimos compulsórios aplicam-se as disposições constitucionais relativas aos tributos e às normas gerais de Direito Tributário. e) A competência para instituir empréstimos compulsórios é da União, podendo excepcionalmente atribuída ao Distrito Federal. Questão 59 – (ESAF) Fiscal de Rendas – RJ/2010 Sobre os empréstimos compulsórios, é incorreto afirmar que: a) o produto de sua arrecadação só pode ser aplicado para atender à despesa que tiver fundamentado a sua instituição. b) sua instituição só pode ser feita por meio de lei complementar. c) no caso de investimento público de relevante interesse nacional e de caráter urgente, não se aplica o princípio da anterioridade. d) a simples iminência de guerra externa pode justificar a instituição de empréstimos compulsórios. e) uma das hipóteses que autorizam sua instituição é a de calamidade pública.

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Questão 60 – (ESAF) Analista Jurídico SEFAZ-CE/2006 Sobre os empréstimos compulsórios, espécie de tributo da competência da União, é incorreto afirmar-se que a) podem ser instituídos para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública. b) podem ser instituídos para o custeio de investimento público de caráter urgente. c) depende a sua instituição, em alguns casos, da edição de lei complementar. d) a aplicação dos recursos provenientes da sua arrecadação será integralmente vinculada à despesa que tenha fundamentado a sua instituição. e) poderão, ou não, sujeitar-se ao princípio constitucional da anterioridade (conforme a hipótese que tenha motivado a sua instituição). Questão 61 – (ESAF) AFTE – MS/2001 Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, a União pode instituir: a) imposto extraordinário b) imposto seletivo c) taxa especial d) empréstimo compulsório e) imposto emergencial progressivo Questão 62 - (ESAF) Auditor TCE-ES 2001 Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, a União pode instituir: a) imposto extraordinário b) imposto com fundamento no exercício do poder de polícia c) imposto cumulativo d) imposto progressivo e) empréstimo compulsório Questão 63 – (ESAF) AFRF/2002 A assertiva errada, entre as constantes abaixo, é a que afirma que a) a instituição de empréstimos compulsórios só pode ser feita por lei complementar b) um dos fundamentos possíveis do empréstimo compulsório é a calamidade pública c) a simples iminência de guerra externa pode justificar a instituição de empréstimos compulsórios d) no caso de investimento público de relevante interesse nacional e de caráter urgente não se aplica o princípio da anterioridade e) os recursos provenientes de empréstimo compulsório só podem ser aplicados para atender à despesa que tiver fundamentado a sua instituição Questão 64 – (ESAF) ATA – MF/2009 A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: a) mediante lei ordinária ou medida provisória, no caso de guerra externa ou sua iminência b) no caso de relevante interesse público, de caráter urgente e relevante interesse nacional, ainda que no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a regra que os criou c) nas duas hipóteses acima elencadas, conquanto que se destine a aplicação dos recursos à despesa que fundamentou a instituição do empréstimo compulsório d) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência e) em face de conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo

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Questão 65 – (ESAF) Advogado – IRB/2006 A Constituição Federal outorga competência tributária, ou seja, aptidão para criar tributos, aos diversos entes da Federação. Sobre essa afirmativa, podemos dizer que a) a contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas, poderá ser cobrada pelo ente executor da obra da qual os contribuintes tenham-se beneficiado, ou, no caso de omissão deste, pela União. b) as taxas poderão ser instituídas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ou postos à disposição do contribuinte. c) a aplicação dos recursos provenientes de empréstimos compulsórios será preferencialmente vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. d) os impostos terão, sempre que possível, caráter pessoal e base de cálculo diversa das taxas. e) todos os tributos deverão respeitar a capacidade econômica dos contribuintes. Questão 66 - (ESAF) Procurador Fortaleza 2002 Em consonância com os princípios gerais ditados pela Constituição Federal, referentes ao Sistema Tributário Nacional: a) as contribuições sociais e as taxas não poderão ter base de cálculo própria de imposto. b) sempre que possível, os tributos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. c) as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não poderão incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível. d) o empréstimo compulsório, no caso de investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional, poderá ser instituído mediante lei ordinária, mas sua cobrança só poderá ocorrer no exercício financeiro subsequente ao de publicação da lei que o instituir. e) cabe à lei complementar da União, além de outros temas que lhes são reservados, dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e regular as limitações constitucionais do poder de tributar. Questão 67 – (ESAF) AFRF - TI/2005 • Podem os Municípios instituir contribuição para o custeio do serviço de

iluminação pública, cobrando-a na fatura de consumo de energia elétrica? • Podem os Estados cobrar contribuição previdenciária de seus servidores, para o

custeio, em benefício destes, de regime previdenciário, com alíquota inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União?

• As contribuições sociais de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, poderão incidir sobre as receitas decorrentes de exportação?

a) não, sim, não b) sim, não, sim c) sim, não, não d) não, não, sim e) sim, sim, não Questão 68 – (CESPE) Assessor Jurídico – Natal/2008 As contribuições de intervenção no domínio econômico relativas às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, de gás natural e seus derivados e de álcool combustível, de competência da União, têm função nitidamente fiscal.

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Questão 69 – (CESPE) Assessor Jurídico – Natal/2008 A contribuição confederativa sindical não tem caráter compulsório para os trabalhadores não-filiados ao sindicato e não deve obediência ao princípio constitucional tributário da legalidade. Questão 70 – (ESAF) AFRF/2005 • Aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios compete instituir contribuições

de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, desde que para o custeio, em benefício dos respectivos sujeitos passivos, e no âmbito territorial do ente tributante?

• A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível (CIDE) foi instituída pela União com a finalidade de financiamento de projetos de proteção ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico?

• É vedado que as contribuições sociais para a seguridade social tenham base de cálculo própria de impostos?

• As contribuições sociais para a seguridade social sobre a folha de salários, a receita ou o faturamento de pessoas jurídicas poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica ou da utilização intensiva de mão-de-obra?

a) não, não, não, sim b) não, não, não, não c) sim, sim, sim, sim d) não, sim, sim, não e) não, sim, não, sim Questão 71 – (CESPE) Assessor Jurídico – Natal/2008 Por terem natureza tributária, as contribuições devidas à OAB devem ser cobradas dos advogados inadimplentes mediante ação de execução fiscal. Questão 72 – (ESAF) AFTE – PA/2002 A Constituição Federal atribui aos Estados a competência para instituição de: a) taxas, contribuições de melhoria e empréstimos compulsórios b) contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas, contribuições de melhoria e taxas c) contribuições sociais relativas à seguridade social, contribuições de melhoria e taxas d) pedágios, empréstimos compulsórios e imposto sobre a propriedade de veículos automotores e) contribuição de intervenção no domínio econômico, pedágios e imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos Questão 73 – (ESAF) AFTE – MS/2001 A instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, inclui-se na competência impositiva a) dos Estados e Distrito Federal b) da União c) da União, dos Estados e do Distrito Federal d) da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e) dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

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Questão 74 – (ESAF) AFTE – RN/2005 Avalie as indagações abaixo e em seguida assinale a resposta correta. • Em caso de guerra externa, é vedado à União instituir impostos extraordinários

não compreendidos em sua competência tributária? • É permitido ao Distrito Federal e aos Municípios instituir contribuição para o

custeio do serviço de iluminação pública? • É permitido que o serviço de iluminação pública seja remunerado mediante

taxa? a) não, sim, não b) não, não, sim c) sim, sim, não d) sim, não, sim e) sim, sim, sim Questão 75 – (ESAF) Agente de Fazenda – RJ/2010 A Constituição Federal permite aos municípios a instituição e a cobrança, na forma das respectivas leis, de tributo destinado ao custeio do serviço de iluminação pública. Sobre este, é correto afirmar que: a) Os Municípios somente poderão instituir tal tributo sob a forma de contribuição, que observará as garantias da anterioridade e da legalidade. b) Sua instituição deverá ser feita por meio de lei municipal, sem, contudo, a necessidade da observância do princípio da anterioridade. c) Em face de sua finalidade específica, que é o custeio do serviço de iluminação pública, sua natureza jurídica será de taxa. d) A lei municipal que criar o referido tributo poderá delegar ao Prefeito, por meio de decreto, a competência para a fixação de critérios para o seu cálculo, tais como suas alíquotas e base de cálculo. e) O referido tributo será, obrigatoriamente, cobrado na fatura de consumo de energia elétrica do contribuinte.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15

D E C A B C E C E E B E E D A

16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

C A E D D A C E A E C E C D A

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45

D B A B C C C E C E E E E C D

46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

B* E A D B A E A B E C E D C C

61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75

D E D D B E C E C A E C B A A

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QUESTÕES COMENTADAS

Aula 00: Conceito e classificação dos tributos

Questão 01 – (ESAF) Auditor TCE-ES/2001 Entre as receitas originárias, podemos incluir: a) as taxas b) os empréstimos compulsórios c) as contribuições sociais d) as tarifas de energia elétrica e) os impostos

Comentários

Nas relações jurídicas entre o Estado e os particulares, tanto no

regime de Direito Público como no de Direito Privado, a Administração

pode obter receitas. Temos como exemplo o aluguel de um prédio

público, a imposição de tributos, a aplicação de uma multa, etc.

Em decorrência disso, surgiu uma conhecida classificação das

receitas públicas em RECEITAS ORIGINÁRIAS e RECEITAS

DERIVADAS.

As RECEITAS ORIGINÁRIAS têm origem nas relações de

Direito Privado, onde o Estado obtém valores oriundos da exploração

do seu patrimônio. É o caso de um aluguel de um prédio público.

Já as RECEITAS DERIVADAS derivam do poder de império do

Estado, ou seja, das relações de Direito Público, onde a Administração

atua em posição de superioridade, obtendo recursos do patrimônio

dos particulares. É o caso dos tributos, das multas, etc.

RECEITAS ORIGINÁRIAS

RECEITAS DERIVADAS

- Relações de Direito Privado - Exploração do próprio patrimônio - Isonomia entre as partes - Ex: rendimento de aplicações

- Relações de Direito Público - Poder de império do Estado - Desigualdade entre as partes - Ex: tributos

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Há, portanto, duas formas do Estado custear suas despesas,

sendo a arrecadação tributária (classificada como receita derivada) a

fonte de receita mais expressiva.

A questão solicita que marquemos a opção que contempla uma

receita originária. Verificamos, de início, que, dentre as cinco

alternativas, quatro são espécies tributárias (taxas, empréstimos

compulsórios, contribuições sociais e impostos), como veremos mais

adiante.

Conforme vimos acima, os tributos constituem as chamadas

receitas derivadas, pois decorrem do poder de império do Estado.

Resta, portanto, como correta a alternativa D.

Questão 02 – (ESAF) APOF SEFAZ– SP/2009 Constituem modalidade de receita derivada, exceto: a) tributos b) penalidades pecuniárias c) multas administrativas d) taxas e) preços públicos

Comentários

Nessa questão a ESAF cobra o mesmo que vimos na anterior.

Deve-se marcar a única opção que contém uma receita originária, já

que as outras quatro constituem as chamadas receitas derivadas.

Observe que as alternativas A e D trazem tributos (na A, temos

o gênero e na D, a espécie taxa), portanto receitas derivadas.

As alternativas B e C contêm exigências que decorrem do poder

de império do Estado. Tanto as penalidades pecuniárias como as

multas administrativas decorrem de uma exigência que surgiu em

função do descumprimento de determinada norma. Sendo assim, o

Estado se vale da sua posição de superioridade para impor ao infrator

as referidas exações.

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Os preços públicos surgem em decorrência da manifestação de

vontade do particular, apresentando natureza contratual e não

impositiva (como veremos mais adiante). Alternativa correta: E.

Questão 03 – (ESAF) APO – MPOG/2001 É sabido que, de acordo com o art. 3º do Código Tributário Nacional, tributo é toda prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Consoante tal entendimento, é errado afirmar-se que: a) as multas pelo descumprimento da obrigação tributária não são tributos, mas consideradas pelo CTN como obrigação tributária, ao lado do tributo, para que se submetam ao mesmo regime de constituição, discussão administrativa, inscrição em dívida ativa e execução dos tributos. b) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear suas ações no interesse da sociedade. A fiscalização tributária implica exercício do poder de polícia, e somente mediante atividade administrativa pode ser exigido o pagamento de tributo. c) ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa tem o dever de exigir o cumprimento da obrigação por parte do contribuinte, havendo, no entanto, alguma margem de discricionariedade nesta atividade. d) a aquisição de renda e a promoção da circulação de mercadorias com o produto de renda advinda do jogo do bicho, por exemplo, apesar de fatos ilícitos, são passíveis de tributação. e) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas sim toda prestação pecuniária que reúna o conjunto dos requisitos constantes do art. 3º do CTN, como, por exemplo, o caráter obrigatório. Comentários

O enunciado da questão traz o conceito de tributo, expresso no

art. 3º do CTN. Analisemos cada uma das assertivas.

Alternativa A – O tributo surge com a ocorrência de uma situação

prevista em lei (fato gerador) e não por ter o contribuinte cometido

alguma infração. Tributo não é punição. Ao contrário, as multas

(inclusive as tributárias) surgem em virtude do descumprimento da

legislação, o que as caracteriza como sanção (punição) ao ato ilícito

(descumprimento da lei). Em seu art. 113, §1º, o CTN define que a

obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por

objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se

juntamente com o crédito dela decorrente. Logo, percebe-se que,

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apesar de não ser tributo, as multas constituem obrigação tributária

principal. Item correto.

Alternativa B - O Poder público arrecada os tributos se revestindo do

poder de império, fazendo valer suas prerrogativas para o

atendimento do interesse público. Uma vez instituído o tributo, sua

cobrança é feita mediante atividade administrativa plenamente

vinculada. Item correto.

Alternativa C - A cobrança do tributo é vinculada, conforme

determinação do CTN. Ou seja, não resta qualquer margem de

decisão para a autoridade que irá efetuar o lançamento do tributo.

Todos os aspectos do tributo (fato gerador, alíquota, base de cálculo,

contribuintes) são definidos na legislação e cabe à autoridade que

efetuará o lançamento obedecer à lei. Não pode o servidor, na

atividade de cobrança do tributo, decidir qual o valor vai cobrar e de

quem vai cobrar. Ele está estritamente vinculado à determinação

legal. Item falso, resposta da questão.

Alternativa D – Afirmativa verdadeira. Ocorre a tributação dos

rendimentos mesmo que estes sejam oriundos de atividades ilícitas,

como o tráfico de drogas, por exemplo. Isto porque não se está

punindo o infrator com o tributo. A punição pela atividade ilícita virá

na esfera correspondente (penal). O tributo surge pela ocorrência do

fato gerador (obter rendimentos).

Alternativa E - Para ser considerada tributo, a prestação deve

cumprir TODAS as exigências do CTN em seu art. 3º: 1)

pecuniária; 2) compulsória; 3) em moeda ou cujo valor nela se possa

exprimir; 4) que não constitua sanção de ato ilícito; 5) instituída em

lei; e 6) cobrada mediante atividade administrativa plenamente

vinculada. Item correto.

Questão 04 - (ESAF) AFTN 1996 Analise as seguintes proposições: I – O “fato gerador” de uma multa tributária pode ser um ato lícito.

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II – Os rendimentos advindos do jogo e da exploração do lenocínio não são tributáveis, pois trata-se de prática de atividade ilícita. III – Rendimentos decorrentes de ato ilícito não são tributáveis, conforme reza o princípio non olet. a) os três enunciados são falsos. b) os três enunciados são verdadeiros. c) o I e o II são verdadeiros e o III é falso. d) tão só o III é verdadeiro. e) o I e o II são falsos e o III é verdadeiro.

Comentários

Guarde bem este conceito: TRIBUTO e MULTA não se

confundem. São institutos distintos.

Item I – Enquanto o tributo surge em função da ocorrência do fato

gerador e não pode ser sanção por ato ilícito, no termos do art. 3º do

CTN, a multa tributária nasce em decorrência do descumprimento de

alguma norma. É, assim, uma punição pelo ato ilícito. Item ERRADO.

Item II – Lenocínio consiste na exploração da prostituição. Valem aqui

os mesmos comentários feitos na letra D da questão anterior. Os

rendimentos auferidos mediante prática ilícita não se confundem com

o ato ilícito, são, portanto, passíveis de tributação. Item ERRADO.

Item III – O princípio do non olet ou pecunia non olet estabelece que

a tributação independe da licitude ou ilicitude da atividade realizada

pelo contribuinte. O princípio tem sede legal no art. 118 do CTN. Item

ERRADO.

Questão 05 - (ESAF) AFTN 94.2 O art. 3º do Código Tributário Nacional define tributo como uma prestação que não constitua sanção de ato ilícito. De tal assertiva podemos inferir que a) os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio não são tributáveis, sujeitando-se, contudo, a pesadas multas em decorrência da prática de atividade ilícita b) os rendimentos advindos da exploração do lenocínio são tributáveis, porquanto não se confunde a atividade ilícita do contribuinte com o fato tributário de auferir rendas c) os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio não são tributáveis, em conformidade do que reza o princípio do non olet d) as atividades ilícitas não devem ser tributadas, pois de outro modo o Estado estará locupletando-se com ações que ele mesmo proíbe e, assim, ferindo o princípio da estrita legalidade

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e) atividades ilícitas como a exploração do jogo do bicho podem ser tributadas, posto que a sanção de ato ilícito converte-se, pelo simples fato de sua inobservância, em obrigação tributária principal

Comentários

Vimos na questão anterior que a tributação ocorre

independentemente da licitude ou ilicitude do ato praticado pelo

contribuinte. Trata-se do princípio do non olet, previsto no art. 118 do

CTN.

Dessa forma, está perfeita a assertiva B ao definir que os

rendimentos advindos da exploração do lenocínio são tributáveis,

porquanto não se confunde a atividade ilícita do contribuinte com o

fato tributário de auferir rendas.

Questão 06 – (ESAF) Técnico da Receita Federal/2000 - adaptada

Julgue a seguinte assertiva. A prestação de serviço militar é compulsória e não constitui sanção a ato ilícito, porém não tem a natureza de tributo porque não é prestação pecuniária. Comentários

Item CORRETO. Como vimos, para ser considerada tributo a

prestação deve se enquadrar em todas as exigências previstas na

definição do art. 3º do CTN. Apesar do serviço militar obrigatório

atender a alguns preceitos do art. 3º do CTN, elimina-se do conceito

de tributo eis que não se trata de prestação pecuniária.

Questão 07 – (ESAF) Agente de Fazenda - RJ/2010 O conceito de tributo, nos termos do Código Tributário Nacional, traz as seguintes conclusões, exceto: a) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear suas ações no interesse da sociedade. b) não constituindo sanção por ato ilícito, pouco importa para a legislação do imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços, por exemplo, a origem lícita ou ilícita de determinadas mercadorias, desde que reste configurada a hipótese de incidência do referido tributo, qual seja, a circulação dessas mercadorias, para que possa ele ser exigido.

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c) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas somente aquelas que reúnam o conjunto dos requisitos previstos na definição de tributo, consoante o Código Tributário Nacional. d) o Estado exige os tributos compulsoriamente das pessoas, portanto, a obrigação de pagar tributos não decorre da vontade do contribuinte, sendo esta, aliás, irrelevante nessa matéria. e) embora sendo uma obrigação de direito público, absolutamente indisponível por parte da administração, admite-se, desde que haja a respectiva previsão legal, a delegação dessa obrigação a outras pessoas jurídicas, como empresas públicas e sociedades de economia mista. Comentários

Os gastos públicos são custeados pelas receitas auferidas pelo

Estado, obviamente. Merecem destaque na arrecadação os tributos,

que se classificam como receitas derivadas.

Assim, tem-se por verdadeira a assertiva A, já que o Poder

público arrecada os tributos se revestindo do poder de império,

fazendo valer suas prerrogativas para o atendimento do interesse

público.

Nos comentários à questão 03, verificamos que ocorre a

tributação mesmo quando ocorrem certas atividades ilícitas. Isso

porque o fato gerador do tributo não se confunde com a atividade

ilícita do contribuinte. Imagine que um comerciante tenha posto à

venda mercadorias que tenham sido roubadas de um depósito. Ao

vender estas mercadorias, ocorrerá a incidência do ICMS, mesmo que

a aquisição dessas mercadorias tenha ocorrido de forma ilícita, o que

justifica a exatidão da alternativa B.

Para ser considerada tributo, a prestação deve atender a todas

as exigências do art. 3º do CTN. Correta a alternativa C.

O CTN define tributo como prestação compulsória. Ou seja,

independente da vontade do contribuinte. Ninguém paga tributo

porque quer, mas pela imposição legal. Correta a assertiva D.

Por constituir obrigação de Direito Público, o CTN determina que

sua cobrança seja efetuada através de atividade administrativa

plenamente vinculada. Ademais, o próprio Código, em seu art. 7º traz

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expressamente a vedação à delegação da competência tributária,

ressalvando a atribuição das funções de arrecadar e fiscalizar tributos,

que só pode ser feita a outra pessoa de Direito Público. Incorreta,

portanto, a alternativa E.

Questão 08 – (ESAF) Gestor – MG/2005 Assinale a opção correta. a) Na atividade de cobrança do tributo a autoridade administrativa pode, em determinadas circunstâncias, deixar de aplicar a lei. b) Não é preciso lei para exigir um tributo. c) O tributo se caracteriza também pelo fato de não resultar da aplicação de uma sanção por ato ilícito. d) A prestação do tributo não é obrigatória. e) A destinação da arrecadação do tributo determina a sua natureza.

Comentários

A ESAF nessa questão cobra nada mais que o conhecimento do

art. 3º do CTN. Senão, vejamos:

Alternativa A – A cobrança do tributo, de acordo com o CTN, é

atividade administrativa plenamente vinculada. Dessa forma, não

cabe à autoridade decidir quanto vai cobrar e de quem vai cobrar,

pois todos os aspectos do tributo estão definidos em lei. Cabe,

portanto, à autoridade cumprir a lei e exigir o tributo nos termos em

que ela estabelece. Alternativa ERRADA.

Alternativa B – Na definição do CTN, o tributo é uma prestação

instituída em lei. É importante observar que lei, aqui, corresponde a

ato normativo com força de lei (lei ordinária, complementar ou

medida provisória em alguns casos). Não é possível em nosso

ordenamento jurídico a exigência de um tributo que não esteja

previsto em lei, mas em um ato infralegal, como um decreto, por

exemplo. Alternativa ERRADA.

Alternativa C – Essa é exatamente uma das características do tributo:

ele não é punição por ato ilícito. A obrigação tributária surge com a

ocorrência do fato gerador e não para punir o contribuinte. Por isso,

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tributo e multa não se confundem, eis que o tributo não pode ser

sanção por ato ilícito, ao contrário da multa, que surge exatamente

para punir as infrações à legislação. Alternativa CORRRETA.

Alternativa D – Foi visto que o tributo surge em função do poder de

império do Estado e não pela vontade do contribuinte. Assim, o CTN o

define como prestação compulsória. Alternativa ERRADA.

Alternativa E – O tributo é determinado pelo seu fato gerador (regra

geral, com algumas ressalvas, como veremos mais adiante) e não

pela destinação do valor arrecadado. Alternativa ERRADA.

Questão 09 – (ESAF) ATM – Natal/2008 Sobre o conceito de tributo e sua natureza jurídica, assinale a única opção correta. a) A Lei Complementar n. 104/2001, ao permitir a dação em pagamento de bens imóveis, como forma de extinção do crédito tributário, promoveu a derrogação do art. 3º do CTN, que confere ao tributo uma prestação pecuniária em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir. b) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória instituída em lei. Todavia, não há restrição para que o Município majore alíquotas de tributos, sob sua competência, por meio de decreto. c) Tendo em vista que o tributo não pode constituir uma sanção por ato ilícito, não se faz possível a incidência de tributos sobre atividades criminosas, pois assim agindo o Estado estaria obtendo recursos de uma atividade por ele proibida. d) A cobrança de impostos decorre de uma atividade administrativa não-vinculada, haja vista os recursos poderem ser utilizados com quaisquer despesas previstas no orçamento. e) O que determina a natureza jurídica de um tributo é o fato gerador da respectiva obrigação, independentemente de sua denominação e da destinação legal do produto de sua arrecadação. Comentários

Questão que exige um pouco mais que a simples literalidade do

art. 3º do CTN. Vejamos:

Alternativa A – Com o advento da Lei Complementar 104/2001, uma

controvérsia foi levantada. Ocorre que esta LC acrescentou o inciso

XI ao art. 156 do CTN, permitindo a dação em pagamentos em bens

imóveis como forma de extinção do crédito tributário (veremos esse

assunto em mais detalhes quando abordarmos o tema crédito

tributário). A grande discussão girou em torno do conflito entre esta

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nova forma de quitação do tributo (através de bens imóveis) e a

previsão do art. 3º do CTN de que o tributo é pago em moeda. No

entanto, a segunda parte da expressão (cujo valor nela se possa

exprimir) permite o uso de algo que possa ter seu valor expresso em

moeda, desde que previsto no próprio CTN. Alternativa INCORRETA.

Alternativa B – A questão trata do princípio da legalidade, que será

visto detalhadamente na nossa próxima aula. A primeira parte do

enunciado está correta. No entanto, não há previsão para que os

Municípios majorem as alíquotas de tributos mediante decreto.

Alternativa ERRADA.

Alternativa C – Tributo não é sanção por ato ilícito. Pode ocorrer a

tributação mesmo quando o contribuinte praticar atividade criminosa.

A punição pela prática da infração virá na esfera correspondente

(penal). O fato gerador da obrigação tributária não é o mesmo fato

da conduta criminal. Por exemplo, auferir rendimentos oriundos do

tráfico de drogas não se confunde com traficar. O tráfico é atividade

criminosa, mas os rendimentos obtidos com esta prática estão

sujeitos à incidência do imposto de renda, já que auferir renda não é

atividade ilícita. Tal entendimento tem sede legal e está previsto no

art. 118 do CTN. Alternativa INCORRETA.

Alternativa D – Atenção nessa alternativa. Pela definição de tributo,

já identificamos o erro, pois o tributo é cobrado mediante atividade

administrativa plenamente vincula. O que a ESAF tenta aqui é

confundir o candidato misturando os conceitos de tributos não

vinculados e tributos de arrecadação não-vinculada (este tema será

visto na próxima questão). Alternativa ERRADA.

Alternativa E – A ESAF, como costuma fazer, cobra a literalidade do

disposto no art. 4º do CTN. Segundo este artigo a natureza jurídica

específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva

obrigação, sendo irrelevante para qualificá-la a denominação e

demais características formais adotadas pela lei e a destinação legal

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do produto da sua arrecadação. Veremos nesta aula uma série de

questões sobre o art. 4º do CTN. Alternativa CORRETA.

Questão 10 – (ESAF) AFTE – MS/2001 As receitas compulsórias, cuja arrecadação e utilização são conferidas, pelo Poder Público competente, a uma entidade paraestatal dotada de autonomia administrativa e financeira, são chamadas: a) Acessórias b) Complementares c) Extraordinárias d) Extrafiscais e) Parafiscais Comentários

Apesar de o CTN apresentar uma classificação para os

impostos, a separação dos tributos de maneira geral em função de

alguns aspectos tem origem na doutrina, tanto do próprio Direito

Tributário como de outros ramos do Direito, como o Direito

Financeiro, por exemplo, que estuda, dentre outros temas, as receitas

públicas.

Assim, apresentamos uma divisão dos tributos em função de

alguns aspectos considerados relevantes para a sua classificação.

- Quanto ao objetivo:

Quanto ao objetivo os tributos podem ser fiscais, extrafiscais ou

parafiscais.

FISCAIS: os tributos são considerados fiscais quando seu principal

objetivo é arrecadar, ou seja, gerar renda para que o Estado possa

abastecer os cofres públicos a fim de cobrir seus gastos. Como

exemplos podemos destacar o ICMS e o Imposto de Renda.

EXTRAFISCAIS: podem ser classificados nesta categoria os tributos

cuja finalidade principal não é arrecadar, mas regular algum setor

econômico ou social. É o caso do Imposto de Importação que, muitas

vezes, serve para proteger a indústria nacional.

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Ressaltamos que o caráter fiscal ou extrafiscal de um

determinado tributo define sua finalidade principal, mas não

caracteriza a sua plenitude. É o que ensina Paulo de Barros Carvalho:

“Não existe, porém, entidade tributária que se possa dizer

pura, no sentido de realizar tão só a fiscalidade, ou,

unicamente, a extrafiscalidade. Os dois objetivos convivem

harmônicos, na mesma figura impositiva, sendo lícito apenas

verificar que um predomina sobre o outro.” (CARVALHO, Paulo

de Barros. Curso de Direito Tributário. 21ª edição. Saraiva, 2009,

p.256)

PARAFISCAIS: ocorre a parafiscalidade quando o ente que detém a

competência para instituir determinado tributo delega a outra

entidade a capacidade para fiscalizar e cobrar, além de destinar a esta

entidade os recursos arrecadados para o desempenho das suas

atividades institucionais. É o caso dos órgãos de fiscalização dos

conselhos de classe: CREA, CRC, CRM, etc.

- Quanto à atuação estatal:

Esta classificação leva em consideração a atuação estatal na

situação que dá origem ao surgimento do tributo, ou seja, o fato

gerador.

VINCULADOS: são os tributos em que o fato gerador ocorre em

função de alguma ação estatal relativa ao contribuinte. É o caso das

taxas pela prestação de algum serviço público, como taxa de coleta

de lixo, por exemplo. Note, prezado aluno, que houve uma ação do

Estado para fazer surgir o tributo, sendo, portanto, classificado como

vinculado.

Grande parcela da doutrina costuma chamar os tributos

vinculados de contraprestacionais, em virtude da contraprestação

estatal que gera a sua cobrança. Classificam-se nesta categoria as

taxas e as contribuições de melhoria.

NÃO-VINCULADOS: são os tributos que surgem devido a alguma ação

do próprio contribuinte, independente de qualquer ação do Estado. É

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o caso dos impostos. Tomemos como exemplo o imposto de renda.

Você recebe o seu suado salário já com o desconto do imposto retido

na fonte. Mas o que o Estado fez em troca para que surgisse para

você a obrigação de pagar o imposto? Absolutamente, nada!

Existem, ainda, outras classificações dos tributos que se

aplicam mais aos impostos e, portanto, as veremos quando tratarmos desta espécie tributária.

Conforme exposto, a questão trata da parafiscalidade. Alternativa correta E. Questão 11 – (ESAF) AFRE – MG/2005 Assinale a opção correta. Quando a lei atribui a capacidade tributária ativa a ente diverso daquele que detém a competência tributária, estar-se-á diante do fenômeno da: a) Solidariedade ativa b) Parafiscalidade c) Extrafiscalidade d) Sujeição ativa e) Inconstitucionalidade da lei tributária Comentários

Questão semelhante à que acabamos de comentar. Quando a

lei atribui a capacidade tributária ativa a ente diverso daquele que

ATENÇÃO!!!!!!! Não podemos confundir a classificação dos tributos em vinculados e não-vinculados com a que define os tributos de arrecadação vinculada e não-vinculada. A classificação dos tributos leva em consideração à influência ou não do Estado no fato que deu origem à cobrança do tributo. A outra classificação define o destino da receita arrecadada. Não se trata mais de tributo, pois o destino da arrecadação é objeto do Direito Financeiro e não Tributário. A classificação quanto ao destino da receita estabelece os tributos de arrecadação vinculada e arrecadação não-vinculada. TRIBUTOS DE ARRECADAÇÃO VINCULADA: são aqueles cujos recursos arrecadados têm uma destinação específica e não podem ser utilizados livremente pelo ente tributante. Temos como exemplo os empréstimos compulsórios. TRIBUTOS DE ARRECADAÇÃO NÃO-VINCULADA: são aqueles em que o ente tributante é livre para aplicar os recursos arrecadados da forma que melhor entender. É o caso dos impostos.

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detém a competência tributária estaremos diante do fenômeno

denominado parafiscalidade.

Entretanto, uma ressalva deve ser feita. Para caracterizar a

parafiscalidade não basta a delegação da capacidade tributária ativa.

Faz-se necessário que o produto da arrecadação também seja

destinado à entidade delegada, a fim de cumprir suas atividades

institucionais. Gabarito B.

Questão 12 - (ESAF) APO – MPOG 2001 A extrafiscalidade é característica que possuem alguns tributos de permitirem, além da pura e simples forma de ingresso de receitas nos cofres públicos, também de intervirem na economia, incentivando ou não determinada atividade ou conduta do contribuinte. Assinale, entre os tributos listados abaixo, aquele que não possui caráter extrafiscal. a) Imposto sobre produtos industrializados. b) Imposto sobre importação. c) Contribuição de intervenção no domínio econômico sobre combustíveis. d) Imposto sobre produtos industrializados. e) Taxa de iluminação pública.

Comentários

Inicialmente, cabe observar que a banca repetiu a resposta nas

alternativas A e D, mas não chega a prejudicar a solução da questão.

São classificados como extrafiscais os tributos cuja finalidade

principal não é arrecadar, mas regular algum setor econômico ou

social. O IPI, apesar de apresentar hoje uma arrecadação bastante

expressiva, foi criado como predominantemente extrafiscal. Como

veremos na questão seguinte, é utilizado muitas vezes como forma

de incentivar ou desestimular certas condutas dos contribuintes.

O II é típico imposto extrafiscal, pois visa muitas vezes, à proteção

da indústria nacional. Já a CIDE, como o próprio nome diz, é uma

contribuição de intervenção, criada para custear as atividades

estatais em prol de determinado setor ou atividade econômica, típico

tributo extrafiscal.

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Por fim, há que se observar que não é possível instituição de

taxa para custeio do serviço de iluminação pública, como veremos

mais adiante. De qualquer forma, a instituição de tributo com tal fim

(hoje possível apenas mediante contribuição específica) não

apresenta caráter extrafiscal, eis que não se pretende estimular ou

desestimular a utilização da iluminação pública.

Questão 13 – (ESAF) ATRF/2009 “A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados − IPI para geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos, produtos da linha branca, que encerraria no próximo dia 31, foi prorrogada por mais três meses. A partir de 10 de novembro entra em vigor uma nova tabela cujas alíquotas passam a ser estabelecidas com base na eficiência energética dos produtos, de acordo com a classificação do Programa Brasileiro de Etiquetagem, coordenado pelo Inmetro. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. “Nós estamos desonerando mais os produtos que consomem menos energia”, explicou. A medida vale até 31 de janeiro de 2010. Segundo ele, as geladeiras, que antes do IPI baixo tinham uma alíquota de 15%, e recuou para 5%, poderão manter essa mesma alíquota reduzida, mas somente para os produtos da chamada classe “A”, ou seja, com menor consumo de energia. As geladeiras da classe “B” passarão a ter uma alíquota de 10% e o restante voltará a ter um IPI de 15%.” (Extraído do site www.fazenda.gov.br, notícia de 29.10.2009). Na notícia acima, identificamos um importante aspecto do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados. Assinale, entre as opções que se seguem, aquela que explica e justifica tal aspecto, isto é, somente aquele que a notícia mencionada destacou. a) Por meio da seletividade, pode-se tributar com alíquotas diferenciadas produtos de acordo com o seu grau de essencialidade. b) A notícia demonstra a aplicabilidade do princípio constitucional da capacidade tributária, pois estabelece alíquotas diferenciadas para as diversas categorias de geladeiras existentes no mercado. c) O IPI constitui uma exceção à regra geral da legalidade, já que o Poder Executivo pode, a qualquer momento, baixar ou restabelecer as suas alíquotas. d) A não-cumulatividade, outra característica do IPI, visa impedir que as incidências sucessivas nas diversas operações da cadeia econômica de um produto impliquem um ônus tributário muito elevado, decorrente da múltipla tributação da mesma base econômica. e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio de alíquotas diferenciadas, estimular-se determinado comportamento por parte da indústria e, consequentemente, dos consumidores. Comentários

Questão onde o examinador busca verificar o conhecimento das

características inerentes ao IPI. No caso em questão, podemos

observar que as alterações ocorridas no imposto (redução das

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alíquotas) não visam ao aumento da arrecadação, mas ao estímulo do

consumo de determinados bens, aqueles que consomem menos

energia elétrica.

Trata-se, portanto, do caráter extrafiscal do tributo. Nesse

aspecto o tributo é utilizado como forma de regular algum setor

econômico ou social. Alternativa correta: E.

Questão 14 - (ESAF) AFPS/2002 Com referência a tributo e suas espécies, é correto afirmar que: a) empréstimo compulsório, contribuição de melhoria, contribuição de intervenção no domínio econômico e compensação financeira aos Estados pela exploração de petróleo por empresas privadas são espécies tributárias. b) tributo é um gravame cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. c) são espécies tributárias, entre outras, imposto, taxa, contribuição em favor de categoria profissional, preço público e contribuição de intervenção no domínio econômico. d) tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. e) tributo é a prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor nela se possa exprimir, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada, que não constitua sanção de ato ilícito, ressalvado o caso de ato ilícito que requeira reparação em virtude de guerra. Comentários

A CF/88 estabelece em seu art. 145:

“Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

I – impostos;

II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela

utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos

específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à

sua disposição;

III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.”

A definição no caput do art. 145 da CF/88 levou uma parcela da

doutrina a aceitar que as espécies tributárias são apenas três:

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impostos, taxas e contribuições de melhoria. É o que se costuma

chamar de teoria tripartite ou tripartida.

Da mesma forma, o CTN, em seu art. 5º, estabelece que “os

tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria”. O Código

adotou a classificação tradicional, existente à época da sua edição.

No entanto, há outra corrente que defende que as espécies

tributárias não são apenas três, mas cinco. Essa parcela da doutrina

argumenta que, além das três espécies citadas no art. 145, há a

previsão para a instituição de duas outras espécies: o empréstimo

compulsório e as contribuições especiais, definidos nos art. 148 e 149

da CF, respectivamente. Daí surge a teoria pentapartida.

A segunda corrente tornou-se dominante em nosso

ordenamento após decisões do STF defendendo a pentapartição das

espécies tributárias. Vejamos o entendimento da Corte Suprema no

julgamento do RE 146.733-9/SP, no voto condutor do Min. Moreira

Alves:

“De efeito, a par das três modalidades de tributos (os

impostos, as taxas e as contribuições de melhoria) a que se

refere o art. 145 para declarar que são competentes para

instituí-los a União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios, os artigos 148 e 149 aludem a duas outras

modalidades tributárias, para cuja instituição só a União é

competente: o empréstimo compulsório e as contribuições

sociais, inclusive as de intervenção no domínio econômico e

de interesse das categorias profissionais ou econômicas.”

Assim, a segunda corrente ganhou força e tem sido a adotada

atualmente, sendo amplamente cobrada em provas de concurso

público. A ESAF adota esta corrente.

No entanto, também pode ser cobrada a teoria tripartite,

situação em que, geralmente, se exige apenas o conhecimento da

teoria. Passemos à análise das alternativas.

Alternativa A – A compensação financeira aos Estados não figura

como espécie tributária.

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Alternativa B – Este é o conceito de imposto, que é apenas uma das

espécies de tributo. A alternativa tenta levar o candidato à confusão

entre o gênero tributo e a espécie imposto.

Alternativa C – Preço público decorre de uma manifestação de

vontade, apresentando caráter contratual. Dessa forma, não é

classificado como tributo.

Alternativa D – Perfeito. Definição literal do art. 3º do CTN.

Alternativa E – Reparação de guerra consiste no cumprimento da

imposição feita pelo país vencedor ao derrotado. Não guarda relação

com tributos.

Questão 15 – (ESAF) AFTM – Fortaleza/2003 Avalie as formulações seguintes, relativas a tributo e suas espécies, consideradas as pertinentes disposições da Constituição Federal e do Código Tributário Nacional, e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta correta. I. Imposto, taxa, preço público e contribuição de interesse de categorias profissionais são espécies tributárias. II. A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: (a) a denominação e demais características formais adotadas pela lei; (b) a destinação legal do produto da sua arrecadação. III. Empréstimo compulsório, contribuição de melhoria, contribuição de intervenção no domínio econômico e contribuição para a seguridade social são espécies tributárias. IV. Contribuição de interesse de categorias econômicas, taxa, imposto e encargo de reparação de guerra são espécies tributárias. a) Apenas as formulações II e III são corretas. b) Apenas as formulações III e IV são corretas. c) Apenas as formulações I e III são corretas. d) Apenas a formulação II é correta. e) Apenas as formulações I e II são corretas. Comentários

De acordo com a teoria pentapartida, adotada pela ESAF, as

espécies tributárias são: impostos, taxas, contribuições de melhoria,

empréstimos compulsórios e contribuições especiais.

Assertiva I – Preço público não é espécie tributária. ERRADA.

Assertiva II – Descrição literal do art. 4º do CTN. CORRETA.

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Assertiva III – As contribuições de intervenção no domínio econômico

(CIDE) e as contribuições para a Seguridade Social são

subclassificações das contribuições especiais. Portanto, são tributos.

CORRETA.

Assertiva IV – A contribuição de interesse de categorias econômicas

também são subclassificação das contribuições especiais. No entanto,

o encargo de reparação de guerra não é espécie tributária. ERRADA.

Estão corretas, portanto, as assertivas II e III. Gabarito A.

Questão 16 – (CESPE) – AFPS/98 Julgue a assertiva. As contribuições sociais têm natureza tributária. Comentários

Item CORRETO. Observe que o CESPE adotou aqui a teoria

pentapartida, que considera tributos, além dos impostos, taxas e

contribuições de melhoria, os empréstimos compulsórios e as

contribuições especiais.

Questão 17 – (ESAF) AFRF/2009 Em relação aos empréstimos compulsórios, é correto afirmar que: a) É um tributo, pois atende às cláusulas que integram o art. 3º do Código tributário Nacional b) É espécie de confisco, como ocorreu com a retenção dos saldos de depósitos à vista, cadernetas de poupança e outros ativos financeiros, por ocasião do chamado “Plano Collor” (Lei n. 8.024/90) c) O conceito de ‘despesa extraordinária’ a que alude o art. 148, inciso I, da Constituição Federal, pode abranger inclusive aquelas incorridas sem que tenham sido esgotados todos os fundos públicos de contingência d) Se conceitua como um contrato de Direito Público, com a característica da obrigatoriedade de sua devolução ao final do prazo estipulado na lei de sua criação e) Se subordina, em todos os casos, ao princípio da anterioridade da lei que o houver instituído

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Comentários

A grande discussão acerca da natureza tributária dos

empréstimos compulsórios se deve ao fato da previsão de devolução

dos valores aos contribuintes.

No entanto, uma vez ocorrida a arrecadação, a destinação dos

recursos passa ser objeto de estudo do Direito Financeiro, não mais

do Direito Tributário.

Nesse sentido, O STF defende a natureza tributária dos

empréstimos compulsórios e das contribuições especiais.

A questão cobra o conhecimento da teoria pentapartida e, por

conseguinte, da natureza tributária dos empréstimos compulsórios.

Alternativa correta: A.

Questão 18 – (FGV) Fiscal de Rendas – RJ/2007 O art. 5º do Código Tributário Nacional determina que os tributos se dividem em: a) impostos, contribuições sociais, contribuições de melhoria e empréstimos compulsórios. b) impostos, taxas, contribuições sociais e contribuições de melhoria. c) impostos, taxas, contribuições sociais, contribuições de melhoria e empréstimos compulsórios. d) impostos, taxas, contribuições sociais e empréstimos compulsórios. e) impostos, taxas e contribuições de melhoria. Comentários

Questão que requer bastante atenção do candidato. Apesar da

aparência simples do enunciado, devemos entender o que se pede.

Torna-se necessário perceber o que está sendo cobrado. Analisar o

enunciado é fundamental para se acertar a resposta.

Devemos, então, ficar atentos para visualizar se é cobrada a

literalidade da lei, entendimento doutrinário ou jurisprudência. É a

partir daí que podemos responder ao que se pede.

Nessa questão, o enunciado é bem taxativo: “O art. 5º do

Código Tributário Nacional determina”. Quando isso ocorrer, prezado

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aluno, você estará diante de uma “questão vinculada” à literalidade da

lei. Observe que o enunciado pede a definição do CTN. Pedindo dessa

forma, temos que nos desprender do que diz a doutrina ou a

jurisprudência. Devemos, então, seguir à risca o que diz a lei.

Numa primeira análise, um candidato que conhece as teorias

tripartite e pentapartida e sabe que hoje predomina esta última,

poderia marcar de forma precipitada a alternativa “C”.

No entanto, a questão pede a letra da lei e, segundo o art. 5º do CTN,

as espécies tributárias são apenas os impostos, as taxas e as

contribuições de melhoria.

Logo, guarde isso: quando uma questão vier de forma expressa

citando “segundo a LEI” ou “segundo JURISPRUDÊNCIA” ou, ainda

“segundo a ORIENTAÇÃO DOS TRIBUNAIS SUPERIORES” ou

expressões semelhantes, diremos que se trata de uma questão

“VINCULADA” e, por isso, a resposta deve ser restrita ao que se

comenta na “pista” estabelecida no enunciado. ALTERNATIVA

CORRETA: E.

Questão 19 - (ESAF) Gestor - MG/2005 Assinale a opção correta. A natureza jurídica do tributo é determinada: a) pela denominação legal. b) pelo critério quantitativo da norma que o criou. c) pela finalidade de sua arrecadação. d) pelo fato gerador. e) pela previsão ou não de obrigações acessórias. Comentários

Essa é uma das questões preferidas da ESAF. Costuma aparecer

em quase todas as provas da área fiscal. Trata-se do art. 4º do CTN

que faz menção à natureza jurídica do tributo.

Acabamos de estudar que são cinco as espécies tributárias, de

acordo com a teoria pentapartida. Mas como identificar em que

espécie se enquadra um determinado tributo?

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É verdade que a própria lei que institui o tributo já lhe dá um

nome: imposto sobre serviços de qualquer natureza, taxa de coleta de

lixo, etc. Entretanto, embora a lei dê um nome ao tributo, não

podemos garantir que o que a lei chamou de taxa, por exemplo, é

realmente uma taxa. Isso porque o CTN estabelece em seu art. 4º:

“Art. 4º. A natureza jurídica específica do tributo é

determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo

irrelevantes para qualificá-la:

I – a denominação e demais características formais adotadas

pela lei.

II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.”

Observamos, portanto, que, embora a lei dê um nome de taxa a

um tributo que está sendo criado, é pelo fato gerador que o

identificamos.

Fato gerador é o evento previsto na lei instituidora do tributo

que, uma vez ocorrendo no caso em concreto, gera para o

contribuinte o dever de pagar. Tomemos como exemplo uma lei que

institui uma taxa de vigilância sanitária. Na lei está previsto que o fato

gerador é a fiscalização da equipe de vigilância sanitária, após o

requerimento do contribuinte, solicitando uma vistoria, visando à

emissão do alvará de funcionamento da empresa. Acontecendo no

mundo real a vistoria no estabelecimento do contribuinte, teremos

então por ocorrido o fato gerador do tributo.

Conforme exposto acima, o CTN define que é pelo fato gerador

que se determina a natureza jurídica do tributo, não importando o

nome que a lei lhe conferiu, nem a destinação do produto da

arrecadação deste tributo. Assim, o que a lei chamou de taxa pode

ser, na verdade, um imposto disfarçado, caso seu fato gerador seja

típico de imposto.

ATENÇÃO!!!!!!!

Essa é a regra geral, definida no art. 4º do CTN, que vale, sem

ressalvas, para os impostos, as taxas e contribuições de melhoria.

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Direito Tributário para a RFB

Resolução de Questões da ESAF

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Esses tributos têm fatos geradores bem característicos, como

veremos na análise de cada um deles, mais adiante.

Não obstante, parcela da doutrina defende que as contribuições

especiais e os empréstimos compulsórios podem apresentar fatos

geradores que, muitas vezes, se assemelham aos de impostos. Por

conseguinte, ficaria difícil determiná-los apenas pela análise do fato

gerador. Por isso, a própria CF/88 elegeu a destinação legal do

produto da arrecadação destas espécies como elemento diferenciador.

Resumindo: para os impostos, taxas e contribuições de

melhoria, vale todo o art. 4º do CTN. Já para as contribuições

especiais e os empréstimos compulsórios, deve haver uma análise,

também, da destinação da arrecadação. A partir desses preceitos,

algumas bancas evoluíram e passaram a cobrar essa interpretação em

questões de prova.

Em provas de concursos públicos, esse tema pode ser abordado

de três formas:

� Exigindo a literalidade do art. 4º do CTN. Essa tem sido a

forma cobrada pela ESAF em todas as suas provas, onde a

resposta é: a natureza jurídica específica do tributo é

determinada pelo fato gerador, não importando a denominação,

as formalidades ou o destino da arrecadação.

� Em outras questões, exige-se que o candidato analise a situação

e conclua que a natureza jurídica do tributo é determinada

mediante um confronto entre o fato gerador e a base de

cálculo. Isso se deve ao fato de a base de cálculo representar o

aspecto que dimensiona o fato gerador, ou seja, o quantifica, o

representa em termos numéricos e, por isso, deve guardar

relação com este.

� Numa última hipótese, pode ser cobrada a interpretação de que

para as contribuições especiais e os empréstimos

compulsórios, faz-se necessária, também, a verificação

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da destinação legal da arrecadação como elemento

diferenciador.

De volta à analise da questão, verificamos que não é

mencionada nenhuma espécie tributária. Ou seja, a ESAF está

cobrando a literalidade do art. 4º do CTN. Resposta: alternativa D.

Questão 20 - (ESAF) Agente Fiscal Teresina 2002 O fato gerador da obrigação tributária é determinante para o estabelecimento da natureza jurídica do (a) a) crédito tributário b) lançamento c) sujeito passivo d) tributo e) dívida ativa Comentários

De acordo com ao art. 4º do CTN, a natureza jurídica específica

do tributo é determinada pelo fato gerador. Questão onde, mais uma

vez, a ESAF cobra a literalidade deste artigo. GABARITO: D.

Questão 21 - (ESAF) AFTN 1998 Certo projeto de lei criando uma “taxa” para remunerar o serviço de processamento de declarações do imposto tem por fato gerador o auferimento de renda superior a 3 mil reais. Noutro dispositivo, cria-se uma “contribuição de melhoria”, que tem por fato gerador a saída de mercadorias de estabelecimentos industriais situados em vias públicas asfaltadas pela União. Um terceiro artigo institui um “imposto sobre grandes fortunas” para o qual se prevê, como fato gerador, a transmissão causa mortis de imóveis de valor superior a determinada quantia. Chamado a opinar sobre esse projeto, estaria incorreta a seguinte asserção: a) o projeto de lei está escorreito, pois obedece aos princípios da legalidade e da anterioridade tributária. b) taxa não pode ter fato gerador idêntico ao que corresponda a imposto e, no primeiro caso, ao fato gerador que corresponda ao do imposto de renda. c) o fato gerador da contribuição de melhoria, no projeto, não guarda relação com a valorização do imóvel. d) o fato gerador do imposto criado corresponde ao de um imposto que não compete à União. e) há impropriedade na denominação dos tributos que se pretende criar.

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Comentários

A denominação que a lei confere ao tributo é irrelevante, em

qualquer caso, para se determinar a sua natureza jurídica específica.

No primeiro caso, temos uma taxa cujo fato gerador é auferir

renda. Trata-se do imposto de renda, apesar do nome “taxa”

conferido pela lei.

No segundo, a contribuição de melhoria revela ser, na verdade,

o imposto sobre produtos industrializados (IPI).

Por fim, o terceiro tributo, denominado imposto sobre grandes

fortunas, na verdade se trata do imposto sobre transmissão causa

mortis e doações (ITCD).

Verifica-se que apesar de conferir denominações aos tributos,

não é assim que a lei determina a natureza jurídica específica do

tributo. Vale dizer, não é pela denominação que se faz a diferenciação

entre as espécies tributárias.

De acordo com o art. 4º do CTN é pelo fato gerador que se

determina esta natureza jurídica. Nos dois primeiros casos, temos

verdadeiros impostos disfarçados de taxa.

Além disso, como veremos mais adiante, nos termos do art.

145, §2º, as taxas não podem ter base de cálculo própria de

impostos. GABARITO: A.

Questão 22 - (ESAF) AFTE MS 2001 A natureza jurídica dos tributos é determinada pela (o) a) denominação adotada pela lei b) compulsoriedade que lhe é inerente c) fato gerador da respectiva obrigação d) destinação legal do montante arrecadado e) adoção estrita do princípio da legalidade

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Comentários

Mais uma vez a ESAF adota a cobrança da literalidade do art. 4º

do CTN. A determinação da natureza jurídica específica do tributo é

dada pelo fato gerador da respectiva obrigação. Gabarito: C.

Questão 23 – (ESAF) TTN/97 A natureza jurídica específica do tributo é determinada a) pela denominação que lhe dá a lei b) pelas características formais adotadas pela lei c) pela destinação legal do produto da sua arrecadação d) pela competência da pessoa jurídica de direito público que o instituir e) pelo fato gerador e base de cálculo da respectiva obrigação Comentários

Desta vez, a ESAF exigiu a segunda forma de abordar este

assunto. Para acertar a questão era necessário interpretar que a

natureza jurídica do tributo é determinada mediante o confronto do

fato gerador com a base de cálculo. Note que ainda não chegou a ser

adotado o entendimento do CESPE, que remete à análise do destino

da arrecadação. A ESAF adota mais a literalidade do art. 4º do CTN.

Nessa questão, pelas demais alternativas, não restaria outra opção,

senão a alternativa E.

Questão 24 – (ESAF) ATA – MF/2009 A determinação da natureza jurídica específica do tributo, de acordo com o Código Tributário Nacional, decorre, especificamente: a) do fato gerador da respectiva obrigação b) da destinação legal do produto da arrecadação c) da denominação d) da fixação do agente arrecadador e) das peculiaridades dos sujeitos ativo e passivo da obrigação Comentários

Perceba, caro aluno, que a ESAF adora esta questão. Quase

sempre está presente em suas provas. 1997, 2001, 2002, 2005 e

agora no concurso de ATA-MF, em 2009.

Mais uma vez, literalidade do art. 4º do CTN. Essa você não

pode errar de jeito nenhum... Alternativa correta: A.

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Questão 25 – (FCC) Procurador do Estado – SE/2005 A natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo a) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características formais adotadas pela lei b) relevante para qualificá-la apenas a destinação legal do produto da arrecadação c) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da arrecadação d) relevante para qualificá-la apenas a correta destinação do valor arrecadado e) irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da arrecadação Comentários

Sempre que nos depararmos com questões que abordam esse

assunto, devemos analisar, além do enunciado, as alternativas.

O objetivo é verificar se está sendo cobrada a literalidade do

art. 4º do CTN ou interpretação diversa.

Nessa questão, observamos que o enunciado não faz menção a

nenhuma espécie de tributo, sendo transcrição do caput do art. 4º do

CTN. Ademais, nas alternativas, a banca utilizou os incisos do mesmo

artigo, fazendo certo trocadilho com as palavras.

Resultado da análise: a banca exige o conhecimento da

literalidade do art. 4º do CTN. Por isso, devemos marcar que a

natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato

gerador, sendo irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais

características formais adotadas pela lei, bem como a destinação legal

do produto da sua arrecadação. Alternativa correta:E.

Questão 26 – (FCC) Auditor de Contas Públicas TCE – PB/2006 À luz da Constituição Federal vigente, a destinação do produto da arrecadação do tributo é: a) irrelevante em qualquer hipótese b) relevante, em se tratando de taxa de segurança pública c) relevante, em se tratando de empréstimo compulsório d) relevante, em se tratando de imposto e) irrelevante, em se tratando de contribuição confederativa

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Comentários

Selecionei estas questões em sequência para consolidar o que

tratamos acima: quando nos depararmos com questão que aborde

esse assunto (natureza jurídica do tributo), faz-se necessária a

análise do enunciado e das alternativas.

Observe, colega concurseiro, que as questões foram elaboradas

pela mesma banca (FCC) e com apenas um ano de intervalo entre

elas. No entanto, apresentou posicionamentos distintos. Logo, não

podemos definir que tal banca apresenta determinado posicionamento

sobre este tema como verdade universal. Devemos, sim, analisar o

enunciado e as alternativas. Vejamos:

Analisando o enunciado, constatamos que ele não faz referência

ao CTN, e sim à CF/88, questionando apenas sobre o destino da

arrecadação. Indo para as alternativas, podemos ver que elas citam

várias espécies de tributos, sem citar todos os elementos contidos no

art. 4º do CTN (denominação e demais características formais). Isso

leva à conclusão de que, pelo regramento constitucional, os

empréstimos compulsórios e contribuições especiais diferenciam dos

impostos e das taxas não apenas pelo fato gerador, mas pelo destino

da arrecadação. Alternativa correta: C.

Vale lembrar, caro aluno, que devemos estar atentos. Não

podemos nos precipitar em questões desse assunto. As bancas têm

evoluído e adotado entendimentos diversos. Uma questão que ilustra

de forma perfeita esta interpretação que vem sendo adotada foi

elaborada pelo CESPE, no concurso para Juiz Federal- TRF/5, em

2006:

“Consoante o CTN, a natureza jurídica específica do tributo é

determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo

irrelevantes, para qualificá-la, tanto a denominação e demais

características formais adotadas pela lei quanto a destinação legal do

produto da arrecadação. Todavia, com o advento da Constituição de

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1988, os empréstimos compulsórios e as contribuições sociais

assumiram o status de espécies tributárias. Algumas dessas exações,

todavia, têm fato gerador idêntico ao dos impostos, o que torna

inaplicável a citada regra do CTN.” ITEM CORRETO

Questão 27 – (CESPE) Analista - SEBRAE/2010 Julgue a assertiva. Para se distinguir um imposto de uma taxa ou de uma contribuição, é fundamental examinar o fato gerador do tributo, bem como a destinação legal do produto da sua arrecadação. Comentários

Questão interessantíssima do CESPE.

Vimos que as bancas têm se direcionado para o entendimento

de que os empréstimos compulsórios e contribuições especiais

diferenciam dos impostos e das taxas não apenas pelo fato gerador,

mas pelo destino da arrecadação.

No entanto, para diferenciar impostos, taxas e contribuições de

melhoria, vale a regra geral do art. 4º do CTN, ou seja, examinar o

fato gerador. O erro da assertiva está em definir que para diferenciar

impostos de taxas deve-se examinar o destino da arrecadação.

Questão 28 – (ESAF) MDIC/2002 O tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, denomina-se: a) taxa b) contribuição de melhoria c) imposto d) empréstimo compulsório e) preço público Comentários

Reza o art. 16 do Código Tributário Nacional:

“Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato

gerador uma situação independente de qualquer atividade

estatal específica, relativa ao contribuinte.”

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A própria definição de imposto, expressa no CTN, coincide com

o conceito de tributo não-vinculado. Ou seja, o imposto surge não

pela atuação estatal em relação ao contribuinte, mas por uma

manifestação do próprio contribuinte.

Constata-se, pela análise das várias formas de incidência dos

impostos, que em nenhum deles está presente a atividade estatal

relativa ao contribuinte. Em todas elas, o fato gerador é sempre

algo relacionado à ação ou ao patrimônio do contribuinte.

Preços públicos não são tributos. São obrigações que surgem

em decorrência de manifestação de vontade do contribuinte.

Apresentam natureza contratual e são, geralmente cobrados na forma

de tarifas. É o caso das tarifas de energia elétrica e consumo de água.

Alternativa correta: C.

Questão 29 – (ESAF) AFTN/94 O imposto é um tributo que a) admite, sendo geral, sua vinculação a órgão, programa, fundo ou despesa b) se apresenta vinculando seu fato gerador a uma atuação estatal em favor do contribuinte c) tem por função arrecadar recursos para custear as despesas gerais da Administração em favor da coletividade ou de grupos sociais específicos d) tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte e) oferece ao contribuinte, como hipótese de incidência, a prestação efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis Comentários

De acordo com o art. 16 do CTN, o imposto é o tributo que tem

por fato gerador uma situação independente de ação estatal relativa

ao contribuinte. Alternativa correta: D. Vejamos o erro das demais.

Alternativa A – o art. 167, IV, da CF/88, veda a vinculação da receita

de impostos a órgão, fundo ou despesa. Alternativa errada.

Alternativa B – é exatamente o oposto do conceito de imposto

previsto no CTN. Alternativa errada.

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Alternativa C – o enunciado traz o conceito do caráter fiscal do

tributo, cujo objetivo principal é arrecadar. Entretanto, existem os

tributos extrafiscais, que têm como meta preponderante a intervenção

em algum setor econômico. Alternativa errada.

Alternativa E – esse é um dos fatos geradores das taxas, previstos no

art. 145, II, da CF/88. Alternativa errada.

Questão 30 – (ESAF) AFTE – PA/2002 Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte: a) imposto b) taxa c) contribuição de melhoria d) pedágio e) preço público Comentários

Questão semelhante à 28 e aplicada no mesmo ano pela ESAF.

Valem aqui os comentários feitos na referida questão. Gabarito: A.

Questão 31 – (ESAF) AFRF/2000 Para responder esta questão preencha corretamente as lacunas e indique a opção que, de acordo com a Constituição da República, contém o par correto de expressões. __________�___________, os impostos terão caráter pessoal. Para, entre outros objetivos, conferir efetividade ao objetivo de graduar os impostos segundo a capacidade econômica do contribuinte, é facultado à administração tributária, identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte, __________�___________. a) � Tendo em vista o princípio da impessoalidade, em caso algum � desde que haja determinação da autoridade administrativa, em mandado específico de investigação fiscal b) � Havendo opção pelo legislador e aplicador da lei, segundo sua livre discrição � desde que, segundo expressa exigência constitucional, haja específica autorização judicial c) � Havendo expressa opção pelo legislador � mas apenas se houver alteração constitucional nesse sentido, pois hoje o Estatuto Supremo o impede d) � Sempre que possível � respeitados os direitos individuais e nos termos da lei e) � Desde que previsto em lei de iniciativa exclusiva do Presidente da república � mas a Constituição expressamente veda acesso a dados financeiros do contribuinte em poder de terceiros

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Comentários

A questão exige nada mais que a literalidade do art. 145, §1º,

da CF, que determina que sempre que possível, os impostos terão

caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica

do contribuinte, facultado à Administração Tributária, especialmente

para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os

direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos

e as atividades econômicas do contribuinte. Gabarito: D.

Questão 32 – (ESAF) APOF SEFAZ– SP/2009 O princípio da capacidade contributiva: a) aplica-se somente às contribuições b) não se aplica às penalidades tributárias c) aplica-se somente aos impostos d) aplica-se indistintamente a todas as espécies tributárias e) é atendido pela progressividade dos impostos reais Comentários

Questão bastante interessante. A ESAF exigiu muito além da

literalidade da Constituição Federal, cobrando aspectos doutrinários e

jurisprudenciais. Vejamos:

O art. 16 do CTN, ao definir imposto, está em plena consonância

com o art. 145, § 1º, da CF:

“Art. 145. §1º. Sempre que possível, os impostos terão

caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade

econômica do contribuinte, facultado à Administração

tributária, especialmente para conferir efetividade a esses

objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos

termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades

econômicas do contribuinte.”

Temos aqui o famoso princípio da capacidade contributiva.

Com base nesse preceito constitucional, os impostos, sempre que

possível, devem levar em consideração o nível de manifestação da

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“riqueza” que está sendo tributada, apresentando caráter pessoal. No

imposto de renda, por exemplo, vários aspectos pessoais são levados

em consideração.

No entanto, como o próprio texto constitucional estabelece, nem

sempre isso será possível. Isso porque na ocorrência do fato gerador

de alguns impostos não será razoável levar em consideração aspectos

pessoais dos contribuintes. Vale observar, então, uma importante

classificação dos impostos em IMPOSTOS PESSOAIS e IMPOSTOS

REAIS.

Os IMPOSTOS PESSOAIS são aqueles em que, de acordo com

os preceitos constitucionais, devem ser levados em consideração

os aspectos pessoais do contribuinte, mais especificamente o

patrimônio, os rendimentos e a atividade econômica. É o caso

do imposto de renda, que considera, por exemplo, a quantidade de

dependentes, as despesas com educação e saúde, entre outros

aspectos. Dessa forma, duas pessoas que obtenham a mesma renda

(fato gerador do imposto de renda) podem ser tributadas de formas

diferentes, já que serão levados em consideração os aspectos

pessoais de cada contribuinte.

Como a própria CF/88 define, nem sempre é possível adotar

critérios pessoais na cobrança do imposto. Vamos imaginar uma

colega concurseira que se preparou tanto para aquele concurso de

fiscal, saiu o resultado e lá está o nome dela na lista. Que felicidade!

Com a nomeação e após o primeiro salário (não necessariamente), a

nossa amiga vai ao shopping comemorar e gasta, nada menos, que

80% do seu primeiro salário com roupas, sapatos, perfumes, etc.

Presente mais do que merecido após meses de estudo. Agora

imaginemos se, no momento de pagar as compras, a vendedora iria

fazer uma série de perguntas à nossa colega, do tipo: “Você tem

dependentes?”; “Gasta quanto com plano de saúde?”; “Paga

faculdade?”. Não mesmo!!!

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Concluímos então que, ao pagar o ICMS das compras, nenhum

aspecto pessoal foi levado em consideração. O ICMS pago naquele

sapato é o mesmo para um rico empresário e para um trabalhador

que juntou anos aquele valor para dar um presente à esposa.

Estamos diante de um IMPOSTO REAL, pois incide sobre bens e

não leva em consideração aspectos pessoais do contribuinte.

“Nos impostos sobre a renda e rendimentos (impostos

pessoais), deve ser aplicado o princípio da capacidade contributiva;

nos impostos sobre a produção e o consumo (impostos reais), o

princípio da seletividade, de acordo com a essencialidade de cada bem

produzido ou comercializado. Nessa linha, temos que o princípio da

capacidade contributiva e o princípio da seletividade são subprincípios

do princípio da igualdade e serão aplicados de acordo com o tipo de

imposto.” (FERREIRA, Abel Henrique. O Princípio da Capacidade Contributiva frente aos

Tributos Vinculados e aos Impostos Reais e Indiretos. RFDT 06/71. dez/03)

No que diz respeito à aplicação do princípio às espécies

tributárias, trago à colação decisão do STF, no voto do Min. Ricardo

Lewandowski, ao julgar o RE 573.675, em março de 2009:

“A despeito do art. 145, §1º da CF, que alude à capacidade

contributiva, fazer referência apenas aos impostos, não há

negar que ele consubstancia uma limitação ao poder de

imposição fiscal que informa todo o sistema tributário. É

certo, contudo, que o princípio da capacidade contributiva não

é aplicável, em sua inteireza, a todos os tributos. [...] Como

se sabe, existe certa dificuldade em aplicá-lo, por exemplo, às

taxas, que pressupõem uma contraprestação direta em

relação ao sujeito passivo da obrigação. Na hipótese das

contribuições, todavia, o princípio em tela, como regra,

encontra guarida, como ocorre no caso das contribuições

sociais previstas no art. 195, I, b e c, devidas pelo

empregador.”

Alternativa A – O texto constitucional faz alusão aos impostos. Logo,

não há que se falar em aplicação do princípio apenas às contribuições.

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Alternativa ERRADA.

Alternativa B – Entendeu a ESAF que o princípio não se aplica às

multas. As penalidades surgem pelo descumprimento de alguma

obrigação. A infração cometida não é diferenciada pelo contribuinte,

ou seja, qualquer um pode cometer infrações, revelando capacidade

contributiva ou não. Nessa linha, a banca considerou que não seria

justo graduar uma penalidade na medida da manifestação de riqueza

de cada um. Vimos, anteriormente, que tributo e multa não se

confundem. Alternativa CORRETA.

Alternativa C – Apesar de a CF/88 fazer referência apenas aos

impostos, em seu art. 145, §1º, a doutrina e a jurisprudência dos

tribunais superiores têm admitido a aplicação do princípio às demais

espécies tributárias, como decisão do STF acima exposta. Alternativa

ERRADA.

Alternativa D – Para comentar esta alternativa, permita-me trazer a

lição de José Mauricio Conti: “... o princípio da capacidade contributiva

é aplicável a todas as espécies tributárias. No tocante aos impostos, o

princípio é aplicável em toda a sua extensão e efetividade. Já no caso

dos tributos vinculados, é aplicável restritivamente, devendo ser

respeitados apenas os limites que lhe dão os contornos inferior e

superior, vedando a tributação do mínimo vital e a imposição

tributária que tenha efeitos confiscatórios”. (CONTI, José Mauricio. Princípios

da Capacidade Contributiva e da Progressividade, Dialética, 1996, p.65). Alternativa

ERRADA.

Alternativa E - Este foi o item mais interessante da questão. Segundo

parcela da doutrina, o princípio da seletividade é subprincípio da

capacidade contributiva. Por isso considera que a capacidade

contributiva dos impostos incidentes sobre produtos e mercadorias

(impostos reais) manifesta-se na variação da alíquota em virtude do

grau de essencialidade do produto (seletividade). No imposto sobre a

renda, revela-se na aplicação de alíquotas mais elevadas às maiores

bases de cálculo (progressividade).

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Faço apenas uma ressalva para a possibilidade de se adotar a

progressividade nos impostos reais. Para que isso ocorra, faz-se

necessária a previsão no próprio texto constitucional. É o caso do

IPTU, que pode ser progressivo no tempo em função da utilização do

imóvel (art. 182, § 4º, II), revelando caráter extrafiscal e, a partir da

EC 29/2000, a progressividade em função da base de cálculo (art.

156, § 1º, I). Não havendo previsão constitucional, não se aplica a

progressividade a esses impostos. Esse foi o entendimento que a

ESAF adotou para considerar o item errado. No entanto, fique atento,

pois poderia ser cobrado o fato de se adotar a seletividade nos

impostos reais, e não a progressividade. Isso pode ser cobrado em

provas futuras. Alternativa ERRADA.

Questão 33 – (ESAF) Auditor TCE-ES/2001 Para que finalidade é facultado à administração tributária federal identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas dos contribuintes, respeitados os direitos individuais? a) Dar caráter pessoal ao imposto e graduação segundo a capacidade econômica do contribuinte. b) Dar às taxas a mesma base de cálculo utilizada para os impostos, segundo critérios isonômicos. c) Dar tratamento tributário progressivo aos atos tributáveis praticados pelas entidades cooperativas. d) Possibilitar a instituição de impostos extraordinários e empréstimos compulsórios, em situações emergenciais. e) Dar uniformidade aos impostos federais em todo o território nacional, com base no princípio da capacidade contributiva. Comentários

Dessa vez, a ESAF exigiu apenas o conhecimento do art. 145,

da CF/88: “Art. 145. §1º. Sempre que possível, os impostos terão caráter

pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte,

facultado à Administração Tributária, especialmente para conferir efetividade

a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos

termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do

contribuinte.” Gabarito: A.

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Questão 34 - (ESAF) AFRF 2000 Assinale a opção que corresponda, na mesma ordem, às expressões respectivas. Prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Tem por fato gerador a prestação de serviço de limpeza pública urbana. a) preço público, tributo, taxa b) tributo, imposto, taxa c) tributo, contribuição de melhoria, imposto municipal d) imposto, taxa por potencial prestação de serviços, preço público e) contribuição de melhoria, imposto, preço público Comentários

O primeiro item traz a definição de tributo, expressa no art. 3º

do CTN. O segundo, cita o art. 16 do Código, que define imposto. Já o

terceiro item revela uma das possibilidades de cobrança de taxa, a

saber: a prestação de serviços públicos específicos e divisíveis,

prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição, conforme art.

145, II da CF/88. GABARITO: B.

Questão 35 – (ESAF) AFRF/2009 Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto: a) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do Estado; este exerce determinada atividade, e por isso cobra a taxa das pessoas que dela se aproveitam b) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode consistir no exercício regular do poder de polícia c) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança da taxa, pode consistir na prestação ao contribuinte, ou na colocação à disposição deste, de serviço público específico, divisível ou não d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, e não com as taxas e) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se regular quando desempenhado pelo órgão competente e nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder Comentários

Atenção, caro aluno! As questões que versam sobre taxa

elaboradas pela ESAF, apesar de bem diretas, costumam cobrar todas

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as peculiaridades desta espécie tributária. Geralmente, em cada

assertiva há uma característica diferente das taxas, previstas na

CF/88 ou no CTN. Nesse sentido, torna-se necessário estar afiado nos

arts. 145, II da CF; e 77 a 79, do CTN.

“CF. Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

(...)

II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela

utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos

específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à

sua disposição;

(...)”

O CTN, transcrevendo o dispositivo constitucional, prevê em seu

art. 77:

“Art. 77. As taxas, cobradas pela União, pelos Estados, pelo

Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas

respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício

regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou

potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao

contribuinte ou posto à sua disposição.”

Em seu art. 79, nos ajuda a conceituar cada item previsto no

art. 77. Vejamos:

“Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o art. 77

consideram-se:

I – utilizados pelo contribuinte:

a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória,

sejam postos à sua disposição mediante atividade

administrativa em pleno funcionamento;

II – específicos, quando possam ser destacados em unidades

autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades

públicas;

III – divisíveis, quando suscetíveis de utilização,

separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.”

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Em seu art. 78, o CTN explica de forma bastante clara o que se

considera poder de polícia:

“Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da

administração pública que, limitando ou disciplinando direito,

interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção

de fato, em razão de interesse público concernente à

segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da

produção e do mercado, ao exercício de atividades

econômicas dependentes de concessão ou autorização do

Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à

propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de

polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos

limites da lei aplicável, com observância do processo legal e,

tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária,

sem abuso ou desvio de poder.”

Analisemos as alternativas.

Alternativa A – Perfeito. A taxa surge em função de uma atividade

estatal relativa ao contribuinte. Nesse sentido, revela-se como um

fato do Estado e não do contribuinte (que é o caso dos impostos).

Guarde bem essa definição, pois pode ser objeto de cobrança

em provas futuras da ESAF.

TAXAS = fato do Estado

IMPOSTOS = fato do contribuinte

Alternativa B – De acordo com o art. 145, II, da CF, a taxa tem por

fatos geradores a prestação de serviços públicos ou o exercício

regular do poder de polícia. Alternativa correta.

Alternativa C – É certo que o fato gerador da taxa é a prestação de

serviços públicos. Entretanto, há que se observar alguns requisitos. O

serviço deve ser específico E divisível. Alternativa errada.

Alternativa D – Atenção a esta assertiva. Aqui não está se dizendo

que o fato gerador dos impostos são as atividades gerais do Estado. O

que a assertiva diz é que, por ser atividade geral, não pode ser

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financiada pelas taxas, já que esta se destina a custear serviços

públicos específicos e divisíveis. Para custear tais atividades, o Estado

se vale da arrecadação com os impostos, cuja receita é não-

vinculada. Alternativa correta.

Alternativa E – Literalidade do parágrafo único do art. 78 do CTN.

Alternativa correta.

Questão 36 – (ESAF) AFRF/2005 Taxas, na dicção do art. 145, II, da Constituição Federal, constituem a modalidade de tributo que se pode cobrar em razão do exercício do poder de policia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. Sobre a taxa, é errado afirmar que: a) é um tributo cuja base de cálculo ou fato gerador há de ser diversa dos de imposto, e não pode ser calculada em função do capital das empresas b) competente para instituir e cobrar a taxa é a pessoa política – União, Estado, Distrito Federal ou Município – legitimada para a realização da atividade que caracterize o fato gerador do tributo c) os serviços públicos que ensejam sua cobrança consideram-se utilizados pelo contribuinte, efetivamente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento d) serviços públicos específicos são aqueles destacáveis em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou necessidade públicas e) serviços públicos divisíveis são aqueles suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários Comentários

Alternativa A – Transcrição do parágrafo único do art. 77 do CTN.

Alternativa correta.

Alternativa B – Correto. Por ser um tributo contraprestacional, a

própria Constituição Federal atribuiu a competência à União, Estados,

DF e Municípios (Art. 145). Ocorrendo a prestação do serviço ou

atividade de polícia administrativa, pode ocorrer a instituição do

tributo pelo ente responsável pela atividade desenvolvida em relação

ao contribuinte.

Alternativa C – Item errado. Esta descrição não traz a definição de

utilização efetiva, mas sim de utilização potencial, conforme art. 79, I,

b, do CTN.

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Alternativa D – Item correto. Literalidade do art. 79, II, do CTN.

Alternativa E – Item correto. Literalidade do art. 79, III, do CTN.

Questão 37 – (ESAF) Procurador – DF/2007 O Sistema Tributário Nacional é regido por regras e princípios gerais que estão postos nos artigos 145 a 162 da Constituição Federal. Com base no conteúdo das disposições acima referidas, assinale, entre as opções abaixo apresentadas, a que está correta. a) É inconstitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários instituída pela Lei n. 7.940, de 1989, haja vista não ser conferido, pelo ordenamento jurídico positivado, poder de polícia à Comissão de Valores Mobiliários. b) O serviço de iluminação pública, pela sua natureza jurídica, deve ser sempre remunerado mediante taxa. c) Os serviços gerais prestados por órgãos de Segurança Pública não podem ser sustentados por taxas. Essa atividade pública, por sua natureza, deve ser retribuída, genericamente, por impostos. d) É inconstitucional lei estadual que cria taxa destinando a arrecadação de seu produto aos serviços de fiscalização da atividade notarial e de registro a órgão público. e) É constitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem que tem como base de cálculo a adotada para o imposto territorial rural. Comentários

Esta questão exigiu do candidato, exclusivamente, o

conhecimento da jurisprudência do STF. Vejamos:

Alternativa A – A Súmula nº 665 do STF defende a constitucionalidade

da taxa da CVM.

Súmula nº 665 – É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de

títulos e valores mobiliários instituída pela Lei 7.940/1989.

Item correto. No meu ponto de vista, a questão poderia ter sido um

pouco melhor elaborada. Da forma como foi redigida ficou fácil

acertar, mas não pelo motivo da inconstitucionalidade. Poderia ser

citado no enunciado não o poder de polícia da CVM, mas o ponto da

discussão que gerou a edição da Súmula 665, qual seja: a adoção da

base de cálculo típica de impostos.

Alternativa B – Em sentido oposto versa a Súmula nº 670 do STF.

Súmula nº 670 – O serviço de iluminação pública não pode ser

remunerado mediante taxa.

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Item errado.

Alternativa C - Por se tratar de atividade geral, os serviços de

segurança pública não podem ser financiados por taxas, já que estas

se destinam a custear serviços públicos específicos e divisíveis. Para

custear tais atividades, o Estado se vale da arrecadação com os

impostos, cuja receita é não-vinculada. Assim decidiu o STF: “Em face

do art. 144, caput, V e parágrafo 5º, da Constituição, sendo a

segurança pública, dever do Estado e direito de todos, exercida para a

preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do

patrimônio, através, entre outras, da polícia militar, essa atividade do

Estado só pode ser sustentada pelos impostos, e não por taxa, se for

solicitada por particular para a sua segurança ou para a de terceiros,

a título preventivo, ainda quando essa necessidade decorra de evento

aberto ao público”. (ADI 1.942-MC, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 5-5-

1999, Plenário, DJ de 22-10-1999). Alternativa correta.

Alternativa D – Item bastante específico que exige do candidato

conhecimento da interpretação do art. 236, §1º, da CF, adotada pelo

STF, no julgamento da ADI 3.151: “É constitucional a destinação do

produto da arrecadação da taxa de fiscalização da atividade notarial e

de registro a órgão público e ao próprio Poder Judiciário". (ADI 3.151,

Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 8-6-2005, Plenário, DJ de 28-4-2006.)

Alternativa E – O item vai de encontro ao enunciado da Súmula nº

596 do STF, portanto incorreto.

Súmula nº 596 – É inconstitucional a taxa municipal de conservação de

estradas e rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto

territorial rural.

Questão 38 – (ESAF) AFRF/2003 Indique a opção que preenche corretamente as lacunas, consideradas as pertinentes disposições do Código tributário Nacional. Para efeito de fato gerador e cobrança de taxa, considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado ______________ nos limites da lei aplicável, com observância ________________ e, tratando-se de atividade que a lei tenha como ________________, sem abuso ou desvio de poder.

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a) pelo Poder público / das disposições regulamentares aplicáveis / contrária aos bons costumes b) por órgão de segurança pública / das normas administrativas aplicáveis / perigosa c) pelo órgão competente / de procedimentos administrativos / vinculada d) somente por órgão de segurança pública / do devido processo legal / atentatória a direitos fundamentais e) pelo órgão competente / do processo legal / discricionária Comentários

Percebemos que este tipo de questão é bastante adotado pela

ESAF. O que ocorre é uma alternância entre os artigos 77, 78 e 79 do

CTN, mas sempre é cobrado para se completar de acordo com a

redação da norma.

Nessa questão temos o parágrafo único do art. 78:

“Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia

quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável,

com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei

tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.”

Logo, colega concurseiro, é bom ter bem fixados os termos

destes três artigos, pois podem ser, mais uma vez, exigidos pela

ESAF. Gabarito: E.

Questão 39 – (ESAF) Agente de Fazenda – RJ/2010 As taxas, no direito tributário, são espécies tributárias que decorrem, entre outros fatos geradores, do exercício regular do poder de polícia. Sobre estes, julgue os itens a seguir: I. entende-se por regular o poder de polícia quando desempenhado por órgão competente, nos limites da lei, observando o devido processo legal, e exercida sem desvio ou excesso de poder; II. a exigência da taxa em decorrência do exercício do poder de polícia não mais exige a concreta fiscalização por parte dos órgãos competentes, ou seja, a simples regulação de certas atividades por meio de atos normativos também caracteriza este poder; III. a atuação fiscalizadora do Estado, em rigor, visa ao interesse da coletividade e não ao do contribuinte da taxa, isoladamente. É este, porém, que provoca a atuação do Estado, sendo isso que justifica a imposição da taxa; IV. exercendo o poder de polícia, o Estado impõe restrições aos interesses individuais em favor do interesse público, conciliando esses interesses. Estão corretos: a) apenas os itens I e III b) apenas os itens I, III e IV c) todos os itens estão corretos

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d) apenas os itens III e IV e) apenas os itens II, III e IV Comentários

Assertiva I – Mais uma vez a ESAF traz a literalidade do parágrafo

único do art. 78 do CTN. Item correto.

Assertiva II – O item foi considerado correto de acordo com o

entendimento firmado pelo STF, ao julgar o RE 416.601:

“À luz da jurisprudência deste STF, a existência do órgão administrativo não

é condição para o reconhecimento da constitucionalidade da cobrança da

taxa de localização e fiscalização, mas constitui um dos elementos admitidos

para se inferir o efetivo exercício do poder de polícia, exigido

constitucionalmente.” (RE 588.322, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 16-6-

2010, Plenário, DJE de 3-9-2010, com repercussão geral.)

Assertiva III – Item correto. É exatamente este o sentido da atuação

estatal no exercício do poder de polícia: restringir os interesses

individuais em favor do interesse público.

Assertiva IV – Este item complementa a idéia do item anterior,

portanto, correto. O art. 78 do CTN define que considera-se poder de

polícia atividade da administração pública que, limitando ou

disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou

a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à

segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da

produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas

dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à

tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos

individuais ou coletivos.

Todos os itens estão corretos. Gabarito C. Questão 40 – (ESAF) ATA – MF/2009 As taxas, no modelo constitucional brasileiro: a) terão caráter pessoal e serão graduadas segundo a capacidade econômica do contribuinte b) terão alíquotas máximas estabelecidas por Resolução do Senado Federal

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c) serão seletivas e não cumulativas d) serão informadas por critérios de generalidade, universalidade e progressividade e) não poderão ter base de cálculo própria de impostos Comentários

A questão, apesar de simples, tenta confundir o candidato ao

atribuir às taxas, características definidas na CF/88 para os impostos

estaduais e federais.

Alternativa A – Trata-se do princípio da capacidade contributiva

previsto no art. 145, §1º, da CF. Segundo este princípio, sempre que

possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados

segundo a capacidade econômica do contribuinte. Item errado.

Alternativa B – Trata-se de uma definição constitucional (art. 155,

§1º, IV) para o imposto sobre transmissão causa mortis e doação

(ITCD), de competência dos Estados e DF. Item errado.

Alternativa C – Trata-se da previsão constitucional (art. 153, §3º, I e

II) válida para o IPI. Item errado.

Alternativa D – Compreende aspectos definidos na Constituição

Federal (art. 153, §2º, I) para o imposto de renda. Item errado.

Alternativa E – Resposta da questão. De acordo com o art. 145, §2º,

da Constituição, as taxas não poderão ter base de cálculo própria de

impostos.

Questão 41 – (ESAF) AFTE – RN/2005 Preencha as lacunas do texto abaixo e escolha, em seguida, a opção que contém a sequência em que foram preenchidas. Para fins de instituição e cobrança das taxas, o Código tributário Nacional considera os serviços públicos: _______________, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários; _______________, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou necessidade públicas; _______________, utilizados pelo contribuinte, quando por ele usufruídos a qualquer título. a) específicos / unitários / potencialmente b) individuais / autônomos / virtualmente c) utilizáveis / independentes / normalmente d) potenciais / necessários / essencialmente e) divisíveis / específicos / efetivamente

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Comentários

Você percebe, caro aluno, o que comentamos na questão 32?

Dessa vez, a ESAF selecionou o art. 79 do CTN para que

completássemos a sua redação.

“Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:

I - utilizados pelo contribuinte:

a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à

sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;

II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de

intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas;

III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte

de cada um dos seus usuários.”

Gabarito: alternativa E.

Questão 42 - FCC – Procurador do Estado – PGE/PE (2004) – adaptada I. Um Estado recém-criado pode instituir taxa destinada a custear a implantação ou a melhoria do serviço estatal de segurança pública. II. Considerando a diretriz constitucional, é possível concluir que, para definir corretamente a espécie tributária, é necessário não só analisar o fato gerador, como também a base de cálculo de um determinado tributo. III. É correto afirmar que os impostos são tributos não-vinculados, visto que possuem como fato gerador uma situação que independe de atuação estatal específica em benefício do contribuinte, razão pela qual não pode ser considerada causa para o seu inadimplemento qualquer falha no serviço público estatal. IV. Desde que prevista em lei, pode ser cobrada taxa pela prestação do serviço de coleta de lixo posto à disposição do contribuinte, ainda que ele resolva levar o lixo diretamente ao aterro sanitário, por julgar que o valor cobrado é muito elevado. a) todos itens estão corretos b) estão corretos apenas os itens I e III c) estão corretos apenas os itens II e IV d) estão corretos apenas os itens II e III e) estão corretos os itens II, III e IV Comentários

Questão bastante interessante da FCC, onde são abordados

alguns temas que comentamos no nosso estudo das espécies

tributárias.

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Assertiva I – Vimos que a taxa de serviço pode ser instituída apenas

se atender a todos os requisitos previstos na CF, quais sejam:

utilização efetiva ou potencial, serviços específicos e divisíveis,

prestados ao contribuinte os postos à sua disposição. A atividade de

segurança pública é prestada a toda sociedade de forma geral, não se

trata de um serviço divisível, pois não é possível mensurar o quanto

cada um utilizou do serviço. Você seria capaz de quantificar o quanto

você já utilizou da segurança pública? Impossível não é? Logo, não

sendo divisível, o serviço não pode ser remunerado mediante taxa.

Nesse sentido, o STF já decidiu que tal atividade deve ser custeada

pela arrecadação dos impostos. Note que o serviço de segurança

pública não é o fato gerador do imposto. Apenas o produto da

arrecadação dos impostos já existentes será destinado, além de

outras aplicações, para custear este serviço. Item falso.

Assertiva II – Essa é uma das formas de se cobrar a natureza jurídica

específica do tributo. Chamamos a atenção para este tipo de

interpretação. Como a base de cálculo corresponde ao aspecto

dimensível do fato gerador (é ela que o quantifica), deve com este

guardar relação. Nesse caso, não estava sendo cobrada a literalidade

do art. 4º do CTN. Assertiva CORRETA.

Assertiva III – Item perfeito. Com efeito, o STJ já decidiu que um

contribuinte não poderia cobrar do Município a realização de

determinadas obras ou serviços, pelo simples fato de ter pago o IPTU:

“Os impostos, diversamente das taxas, têm como nota característica sua

desvinculação a qualquer atividade estatal específica em benefício do

contribuinte. Consectariamente, o Estado não pode ser coagido à realização

de serviços públicos, como contraprestação ao pagamento de impostos, quer

em virtude da natureza desta espécie tributária, quer em função da

autonomia municipal, constitucionalmente outorgada, no que se refere à

destinação das verbas públicas.” (STJ, 1ªT., REsp 478.958/PR, Rel. Min. Luiz Fux).

Assertiva IV – Conforme previsão nos arts. 77 e 79 do CTN, se o

serviço for de utilização compulsória, basta que ele exista e esteja à

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disposição do contribuinte para ensejar a cobrança da taxa,

independentemente de o contribuinte utilizar efetivamente ou não.

Assertiva CORRETA.

Portanto, a alternativa correta é letra E.

Questão 43 – (ESAF) APOF – SP/2009 Assinale a opção que representa uma taxa pública a) serviço de água b) serviço de energia c) serviço de esgoto d) pedágio explorado diretamente ou por concessão e) serviço postal Comentários

Primeiramente, cumpre-nos diferenciar as modalidades de

serviços públicos. Os serviços públicos tipicamente estatais, prestados

diretamente pelo Poder Público, devem ser remunerados mediante

taxa. Já os serviços públicos que não são tipicamente estatais, os

quais são delegados pelo Poder Público e prestados por

concessionárias, devem ser remunerados por meio de tarifa ou preço

público. Assim defende o STF.

Quanto ao serviço postal, o próprio STF entende que sua

competência é exclusiva e indelegável da União (vide ADPF 46/DF).

De acordo com esse entendimento, tal serviço deve ser remunerado

mediante taxa.

Por fim, no que diz respeito ao pedágio, entendeu a ESAF que

terá natureza tributária, da espécie taxa, apenas quando explorado

diretamente pelo ente tributante, pois, como visto, o tributo é

prestação cobrada mediante atividade administrativa plenamente

vinculada. Não há que se falar em natureza tributária do

pedágio quando este for cobrado por concessionária. Alternativa

correta: E.

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Questão 44 – (ESAF) Procurador – DF/2007 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir taxas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. Em razão desse preceito constitucional e das demais regras do nosso ordenamento jurídico positivo e jurisprudencial, assinale a opção correta. a) A instituição de taxas pelo Poder público não está obrigada a respeitar os princípios da anterioridade, da isonomia e da capacidade contributiva, tendo em vista que a tributação envolve prestação de serviços públicos ou exercício de poder de polícia. b) É constitucional a taxa instituída para inspeção de importação e exportação de produtos da indústria pesqueira, instituída por Portaria assinada pelo Ministro do Meio Ambiente, com cobrança autorizada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente – IBAMA, haja vista tratar-se de serviços prestados para proteger direitos fundamentais. c) As custas judiciais e os emolumentos concernentes aos serviços notariais e registrais são qualificadas como taxas remuneratórias de serviços públicos e podem ter como base de cálculo o valor da condenação, desde que obedeça ao princípio da razoabilidade. d) É constitucional a escolha do valor do monte-mor (inventário) como base de cálculo da taxa judiciária, por não afrontar o artigo 145, §2º, da CF. e) Não há possibilidade de, segundo os princípios que informam o nosso ordenamento jurídico tributário, ser alocado o produto da arrecadação de custas judiciais (taxas) ao Poder Judiciário, para cobrir despesas com treinamento de pessoal que serve à Justiça. Comentários

O enunciado da questão já nos remete à jurisprudência. Mas

algumas alternativas podem ser eliminadas pelo simples

conhecimento dos princípios constitucionais. Analisemos cada uma

das alternativas.

Alternativa A – Os princípios constitucionais tributários serão

estudados na nossa próxima aula. Os tributos, em geral, devem

obediência aos princípios constitucionais que constituem limitações ao

poder de tributar. A própria CF/88 prevê exceções à aplicação dos

princípios em alguns casos específicos. No entanto, não há previsão

constitucional para que as taxas não respeitem os princípios da

anterioridade ou isonomia. Alternativa falsa.

Alternativa B – De início, já podemos observar um erro na assertiva.

De acordo com o conceito expresso no art. 3º do CTN, o tributo é uma

prestação instituída em lei, consoante o art. 150, I, da CF, que define

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o princípio da legalidade tributária. Por esta razão, decidiu o STF:

"Dispositivo por meio do qual o Ministério do Meio Ambiente, sem lei que o

autorizasse, instituiu taxa para inspeção de importações e exportações de

produtos da indústria pesqueira, a ser cobrada pelo Instituto Brasileiro do

Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, com ofensa ao

princípio da legalidade estrita, que disciplina o Direito Tributário." (ADI 2.247-

MC, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 13-9-2000, Plenário, DJ de 10-11-2000.)

Item incorreto.

Alternativa C – O STF acolhe que as custas judiciais e os

emolumentos concernentes aos serviços notariais, qualificados como

taxas remuneratórias de serviços públicos, sejam calculados em

função do valor da causa, desde que haja razoabilidade. Nessa linha,

editou a Súmula nº 667: “Viola a garantia constitucional de acesso à

jurisdição a taxa calculada sem limite sobre o valor da causa”.

Assertiva correta.

Alternativa D – Ao julgar a ADI 2.040, o STF decidiu que "A escolha

do valor do monte-mor como base de cálculo da taxa judiciária

encontra óbice no art. 145, § 2º, da CF, visto que o monte-mor que

contenha bens imóveis é também base de cálculo do imposto de

transmissão causa mortis e inter vivos (CTN, art. 33)." (ADI 2.040-MC,

Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 15-12-1999, Plenário, DJ de 25-2-2000.)

Item incorreto.

Alternativa E – O art. 98, §2º, da CF, prevê que as custas e

emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeios dos

serviços afetos às atividades específicas da Justiça. Há, portanto,

previsão constitucional para aplicação dos recursos na atividade

apresentada na questão. Assertiva incorreta.

Questão 45 – (ESAF) Fiscal de Rendas – RJ/2010 Sobre as taxas, é incorreto afirmar que: a) Diferentemente dos impostos, cuja característica marcante é a desvinculação da receita a uma finalidade determinada, a taxa é o tributo vinculado por excelência, isto é, só é devido pelo contribuinte se houver contraprestação por parte do ente estatal que a houver instituído.

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b) Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias, e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu. c) A Constituição Federal dá o conceito de taxa como sendo o tributo instituído pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em razão do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. d) O serviço prestado ou posto à disposição, que permite a instituição de uma taxa, é sempre estatal, podendo, excepcionalmente, ser serviço prestado por empresa privada. e) Somente o poder de polícia específico é passível de estipêndio por meio de taxas; e mesmo assim exige-se que seja divisível e mensurável. Comentários Alternativa A – Esta é a característica mais marcante das taxas: seu

caráter contraprestacional. Enquanto os impostos são exigidos sem

qualquer atividade estatal relativa ao contribuinte, a instituição de

taxas exige uma contraprestação, seja através de serviço público

específico e divisível, seja pelo exercício regular do poder de polícia.

Item correto.

Alternativa B – Esta assertiva traz a literalidade da Súmula nº 545 do

STF. Item correto.

Súmula nº 545 – Preços de serviços públicos e taxas não se confundem,

porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e tem sua

cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei

que as instituiu.

Alternativa C – Este é exatamente o disposto no texto constitucional

em seu art. 145, II. Alternativa correta.

Alternativa D – Apesar de instituída em face de serviço prestado ou

posto à disposição, é imprescindível a natureza pública do serviço, ou

seja, serviço tipicamente estatal, prestado diretamente pelo Poder

Público e não por concessionária. Item falso.

Alternativa E – Apesar de o art. 145, II da CF/88 relacionar o termo

“específico” apenas aos serviços públicos, este item foi considerado

correto pela ESAF. Nem a CF nem o CTN fazem menção ao poder de

polícia específico. No entanto, é razoável aceitar que, já que a taxa é

instituída para fazer face aos custos da atividade de polícia

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administrativa voltada para o contribuinte, o valor cobrado seja

compatível com o custo da atividade. Nessa linha, para se mensurar

este custo, faz-se necessária uma atuação específica e divisível.

Gabarito oficial: D.

Questão 46 – (ESAF) Gestor – MG/2005 Julgue os itens a seguir e marque a opção correspondente. I. A cobrança do imposto sobre a propriedade de veículo automotor (IPVA) somente pode ser considerada legítima quando o Estado custeia obras de infra-estrutura rodoviária. II. A taxa é modalidade de tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público, específico ou divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. III. A obra pública de que resulte valorização de imóvel do particular pode ser custeada mediante a instituição e cobrança da contribuição de melhoria. Está (ao) correto (s): a) os itens I, II e III b) apenas os itens II e III c) apenas os itens I e III d) apenas os itens I e II e) apenas o item I Comentários

Essa questão teve como gabarito preliminar a alternativa B.

Posteriormente foi anulada.

Item I – O imposto, na dicção do art. 16 do CTN, é tributo cujo fato

gerador independe de qualquer atividade estatal relativa ao

contribuinte. Isso é suficiente para considerar o item errado. A título

de ilustração, vimos em comentários anteriores que o STJ decidiu que

“Os impostos, diversamente das taxas, têm como nota característica sua

desvinculação a qualquer atividade estatal específica em benefício do

contribuinte. Consectariamente, o Estado não pode ser coagido à realização

de serviços públicos, como contraprestação ao pagamento de impostos, quer

em virtude da natureza desta espécie tributária, quer em função da

autonomia municipal, constitucionalmente outorgada, no que se refere à

destinação das verbas públicas.” (STJ, 1ªT., REsp 478.958/PR, Rel. Min. Luiz Fux).

Item II – Vimos que os serviços públicos que ensejam a sua cobrança

devem ser específicos E divisíveis. Devem, obrigatoriamente, atender

aos dois requisitos. Item falso.

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Item III – Esse é exatamente o objetivo da contribuição de melhoria:

custear obras públicas das quais decorram valorização de imóvel dos

particulares. Item verdadeiro.

Verifica-se que não há opção correta entre as alternativas, o que

levou a ESAF a anular a questão.

Questão 47 – (ESAF) SUSEP/2010 Uma das espécies de tributos elencada pela Constituição Federal é a contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. Tal espécie visa a uma distribuição mais justa dos ônus decorrentes de determinadas obras públicas, que beneficiam a sociedade como um todo, mas acabam por beneficiar particularmente determinadas pessoas, inclusive acarretando valorização imobiliária. Sobre o tema contribuição de melhoria, analise os itens a seguir, classificando-os como verdadeiros ou falsos. Em seguida, escolha a opção adequada às suas respostas. I. Seu objetivo principal é fazer com que pessoas diretamente beneficiadas pela execução de uma obra pública participem com maior intensidade de seu custeio, suportando-o total ou parcialmente. II. O princípio da vedação ao enriquecimento sem causa justifica, para alguns doutrinadores, a instituição e a cobrança da contribuição de melhoria. III. Pode-se eleger como parâmetro da cobrança da contribuição de melhoria, de modo geral, o custo total da obra (rateado entre os principais beneficiados) ou a valorização imobiliária dela decorrente (individualmente analisada). a) Está correto apenas o item I. b) Está correto apenas o item III. c) Estão corretos apenas os itens I e III. d) Estão corretos apenas os itens II e III. e) Todos os itens estão corretos. Comentários

Com validade no disposto no art. 145, III, da CF/88, o CTN

preceitua:

“Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos

Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de

suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de

obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como

limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo

de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.”

Depreende-se do texto legal que o fato gerador da contribuição

de melhoria é a valorização do imóvel, decorrente de obra pública.

Dessa forma, não basta o Estado promover a obra próximo ao imóvel.

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Para fazer jus à cobrança da contribuição, há que ocorrer a

valorização do imóvel e que esta seja decorrente da obra.

A contribuição de melhoria apresenta características de um

tributo contraprestacional, já que há uma ação estatal relativa ao

contribuinte, qual seja, a realização da obra. Exatamente por ser

contraprestacional, o valor da contribuição deve guardar relação com

o custo da obra.

Nesse sentido, o próprio CTN estatui que o valor máximo

individual é a valorização decorrente da obra e o limite global (aquele

arrecadado da totalidade dos beneficiados) é a despesa realizada pelo

ente público.

Esses limites fundamentam a atribuição do princípio do não

enriquecimento injusto às contribuições de melhoria. Com base nesse

princípio, não seria justo que a totalidade da sociedade arcasse com

os custos da obra indiretamente, enquanto que apenas um pequeno

grupo foi beneficiado com a valorização imobiliária. Por outro lado, ao

estabelecer o limite máximo a ser cobrado, o CTN também veda ao

Estado o enriquecimento sem causa, já que não pode arrecadar mais

do que foi gasto na obra.

Diante do exposto, as três assertivas estão corretas. Gabarito: E

Questão 48 – (ESAF) PFN/98 ( ) Segundo o Código Tributário Nacional, são tributos os impostos, as taxas e a contribuição de melhoria. ( ) Os impostos são chamados de “tributos não vinculados” porque sua cobrança independe de uma atividade estatal específica em relação ao contribuinte. ( ) A Constituição de 1988 não estabelece que o limite total da contribuição de melhoria seja o valor da despesa realizada pela obra pública que lhe deu causa. Marque com um V a afirmação (ou negação) verdadeira, e com F a falsa. Em seguida, escolha, entre as cinco opções abaixo, aquela que contem a sequência correta. a) V, V, V b) V, V, F c) V, F, F d) F, F, F e) F, V, V

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Comentários Mais uma vez questão que requer atenção do candidato.

O primeiro item solicita a resposta “Segundo o Código Tributário

Nacional”. Logo, estamos diante de uma questão “vinculada” à

literalidade do CTN. Apesar de conhecermos a teoria pentapartida e

sabermos que esta é a adotada em nosso ordenamento, segundo o

art. 5º do CTN os tributos são os impostos, as taxas e a contribuição

de melhoria. Item verdadeiro.

O segundo item traz assertiva que está em plena consonância

com o art. 16 do CTN, que define imposto como um tributo cujo fato

gerador independe de qualquer ação estatal, portanto, não-vinculado.

Item verdadeiro.

Por fim, é correto que a CF/88 não estabelece o limite total da

contribuição de melhoria. Tal previsão encontra-se no art. 81 do CTN.

Item verdadeiro.

Questão 49 – (ESAF) AFTE – MS/2001 Em matéria tributária, é correto afirmar-se que: a) Somente a União pode instituir impostos com fundamento no exercício regular do poder de polícia. b) Os Estados e o Distrito Federal têm competência para instituir empréstimo compulsório. c) A contribuição de melhoria é devida em função da prestação de serviços públicos divisíveis. d) As taxas têm que ter bases de cálculo diferentes das dos impostos. e) As contribuições sociais decorrem da realização de obras públicas que promovam a valorização imobiliária privada. Comentários

Alternativa A – Dois erros podem ser identificados. Primeiramente, o

tributo instituído com fundamento no exercício regular do poder de

polícia é a taxa e não o imposto. Em segundo lugar, a taxa pode ser

instituída por todos os entes federados, desde que prestem o serviço

ou exerçam a atividade de polícia administrativa, com fundamento no

art. 145, II da CF.

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Alternativa B – Como veremos mais adiante, apenas a União é

competente para instituir empréstimos compulsórios, mediante lei

complementar. Item falso.

Alternativa C – A contribuição de melhoria é devida em função da

valorização do imóvel decorrente de obra pública. O enunciado traz

uma das modalidades de taxa. Item falso.

Alternativa D – Item correto. Trata-se de determinação constitucional,

prevista no art. 145, §2º.

Alternativa E – São as contribuições de melhoria que decorrem da

realização de obras públicas que promovam a valorização imobiliária,

e não as contribuições sociais. Item falso.

Questão 50 - (ESAF) AFTN 1998 – adaptada (i) Para conferir efetividade ao princípio da pessoalidade da tributação e a graduação dos tributos segundo a capacidade econômica do contribuinte, a Constituição prevê, expressamente, a faculdade da administração tributária de identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte? (ii) Pode uma taxa de utilização de estradas ter por base de cálculo o valor de uma propriedade rural? Analisadas as três colocações, escolha uma opção que contenha, na respectiva sequência, as respostas corretas. a) sim, sim b) sim, não c) não, sim d) não, não Comentários

Item i – Este item foi considerado correto pela ESAF. No entanto,

incorre em erro. Segundo o enunciado, deveria ser respondida de

acordo com o que a “Constituição prevê, expressamente”. Ocorre que

a CF/88, em seu art.145, §1º, prevê expressamente que o princípio

da capacidade contributiva se aplica aos IMPOSTOS e não aos

tributos em geral.

Item ii – Não. Nos termos do art. 145, §2º, da CF/88, as taxas não

podem ter base de cálculo própria de impostos. A posse da

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propriedade rural revela manifestação de riqueza, base imponível

típica de imposto. Trata-se do ITR.

Questão 51 - (ESAF) AFTN 94.2 Sobre o valor de “verdade” dos enunciados que seguem, podemos afirmar: I – Os fatos geradores são figuras típicas dos tributos não-vinculados, não compondo a estrutura impositiva das taxas, que decorrem de um fato revelador de uma atividade estatal, direta e especificamente dirigida ao contribuinte. II – Taxa é um tributo não-vinculado que tem como base de cálculo uma grandeza dimensível de fato estranho a qualquer atividade estatal referida ao obrigado. III – O traço característico que diferencia a taxa da contribuição de melhoria, é que esta última tem como pressuposto o fato de o produto de sua arrecadação ter destinação legal voltada à realização de obra pública que valorize o imóvel do contribuinte. a) os três enunciados são falsos. b) os três enunciados são verdadeiros. c) I – verdadeiro, II – verdadeiro e III – falso. d) I – falso, II – falso e III – verdadeiro. e) I – falso, II – verdadeiro e III – falso. Comentários

Item I – Todos os tributos devem ser instituídos por lei. Em qualquer

espécie tributária, a lei instituidora deverá definir, entre outros

elementos, seu fato gerador. Sem a ocorrência do fato gerador não

nasce a obrigação tributária, seja o tributo vinculado ou não

vinculado. Item ERRADO.

Item II – A definição de tributo não-vinculado está correta. No

entanto, a taxa é um tributo vinculado, pois depende de atuação

estatal específica relativa ao contribuinte, seja mediante prestação de

serviços públicos específicos e divisíveis, seja mediante o exercício

regular do poder de polícia. Item ERRADO.

Item III – Nem a CF/88 nem o CTN determinam que o produto da

arrecadação das contribuições de melhoria deverão ser aplicados na

atividade desenvolvida. Taxa e contribuição de melhoria são tributos

contraprestacionais, já que requerem uma atuação estatal, mas não

se pode afirmar que a contribuição de melhoria tem sua arrecadação

vinculada. Item ERRADO.

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Questão 52 - (ESAF) AFTN 94.2 (i) O Município X criou a “taxa de instalação industrial”, a ser cobrada das indústrias que se instalassem na zona industrial por ele criada. Para incentivar a instalação de fábricas naquele distrito, previu a lei que a taxa somente seria devida quando se iniciasse a produção, e seria de 1% do valor dos produtos que saíssem do estabelecimento. A lei municipal não definiu expressamente o fato gerador daquele tributo. (ii) O Município Y criou a “taxa de iluminação pública”, cuja base de cálculo, para maior justiça fiscal, foi graduada segundo a capacidade econômica, aferida pelo valor da energia elétrica consumida pelo contribuinte. (iii) O Município Z institui, pelo exercício do poder de polícia sobre o zoneamento de atividades, a “taxa de localização de estabelecimentos bancários”, que incidiria à módica alíquota de 1 milésimo por cento do valor dos empréstimos concedidos pelo contribuinte. a) Todas as três são juridicamente válidas b) Somente uma é válida, sendo inconstitucionais as outra duas c) Somente duas são juridicamente válidas: a primeira e a terceira d) somente são válidas as duas primeiras: uma porque ligada ao poder de polícia local, relativo ao zoneamento urbano; a outra porque se refere à prestação de serviço público diretamente ao contribuinte ou posto à sua disposição e) Todas as três são inválidas juridicamente Comentários

Item (i) – Reza o art. 145, §2, da CF/88 que a s taxas não podem ter

base de cálculo própria de impostos. Na situação hipotética, a taxa

está sendo cobrada sobre o valor dos produtos industrializados que,

além de ser base própria de impostos, já corresponde a um imposto

existente, o IPI.

Item (ii) – A taxa, por ser tributo contraprestacional, deve guardar

relação com o custo do serviço prestado. Além disso, a Súmula 670

do STF veda instituição de taxa para custeio do serviço de iluminação

pública, eis que este não é específico e divisível.

Súmula nº 670 – O serviço de iluminação pública não pode ser

remunerado mediante taxa.

Item (iii) – Semelhante ao item (i). Trata-se da mesma base de

cálculo do IOF. GABARITO: E

Questão 53 - (ESAF) AFTN 94 Está correta afirmativa: a) a taxa deve ter por base de cálculo dimensão inerente ao serviço prestado pelo Estado

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b) as obras públicas realizadas pelo Estado, de que resulte evidente valorização de imóveis particulares, por ela beneficiadas, podem ser remuneradas através de Taxa de Melhoramentos Urbanos, se instituída c) o fato de o indivíduo socorre-se do Poder Judiciário para a tutela de seus direitos não se presta a servir como fato gerador de taxa d) a taxa, segundo seu delineamento constitucional, é modalidade tributária hábil para servir como adicional dos impostos de menor expressão econômico-financeira, ou insuficientemente cobrados, mesmo porque é de aplicação imperativa o princípio da capacidade contributiva e) em razão da reduzida participação da taxa no valor da arrecadação e levando em consideração o polêmico conceito formulado pela doutrina, é facultado ao legislador optar pela cobrança da mesma ou instituir tarifas para remunerar os respectivos serviços, indiferentemente Comentários

Alternativa A – Perfeita. A taxa é um tributo contraprestacional e, por

isso, deve guardar relação com o custo do serviço prestado ao

contribuinte.

Alternativa B – O tributo que poderia ser instituído no caso seria a

contribuição de melhoria e não taxa.

Alternativa C – Embora no âmbito de outro Poder, a atividade

judiciária é exercida pelo Estado e, portanto, considerada serviço

público para efeito de instituição de taxas. É o caso da taxa judicial ou

custas processuais, que devem custear o serviço prestado.

Alternativa D – Taxa e imposto são duas espécies independentes de

tributos. Logo, não há que se falar em taxa como complemento de

imposto. Seus fatos geradores são bem característicos e não guardam

relação.

Alternativa E – Guarde bem esse conceito, prezado aluno.

TAXA ≠ PREÇO PÚBLICO (ou tarifa)

Embora seja instituída para custear um determinado serviço, a tarifa

ou preço público representa relação contratual, diferente das taxas

que são compulsórias. Geralmente são cobradas por concessionárias,

como é o caso da tarifa de energia elétrica.

Questão 54 - (ESAF) Analista Contábil SEFAZ-CE De acordo com o disposto no art. 145, inciso II, da Constituição Federal, as taxas constituem a modalidade de tributo que se pode cobrar em razão do

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exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. Sobre elas, podemos tecer as seguintes afirmativas, com exceção de: a) é um tributo que não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto, nem ser calculada em função do capital das empresas. b) os serviços públicos que ensejam a sua cobrança consideram-se utilizados pelo contribuinte efetivamente,quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento. c) competente para instituir e cobrar a taxa é a pessoa política – União, estado, Distrito Federal ou município – legitimada para a realização da atividade que caracterize o fato gerador do tributo. d) serviços públicos específicos são aqueles que podem ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas. e) serviços públicos divisíveis são aqueles suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. Comentários

Mais uma questão em que a ESAF cobra o conhecimento dos

arts. 77 a 79 do CTN. Prevê o art. 79 que os serviços públicos a que

se refere o art. 77 consideram-se utilizados pelo contribuinte,

efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título. Na

alternativa B, vem descrito o conceito de utilização potencial, portanto

incorreta. GABARITO: B.

Questão 55 - (ESAF) ATM Natal 2001 Tratando-se de matéria tributária, é lícita a assertiva de que, no Brasil, a) as taxas são instituídas para suportar os custos da realização de obras públicas de que decorram a valorização imobiliária de particulares. b) os tributos intermunicipais, cobrados pelos Municípios, destinam-se a estabelecer limitações ao tráfego de bens, tendo em vista o interesse público. c) as contribuições de melhoria são devidas em função da prestação de serviços públicos divisíveis. d) os Municípios e os Estados, assim como a União, têm competência para instituir impostos extraordinários, em caso de calamidade pública e) os Municípios podem instituir taxas em razão do exercício do poder de polícia com bases de cálculos diferentes das dos impostos. Comentários

Alternativa A – o tributo em comento é a contribuição de melhoria e

não a taxa. ERRADA.

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Alternativa B – Veremos na próxima aula as limitações constitucionais

ao poder de tributar. A CF/88 determina que é vedado aos entes

tributantes estabelecer limitação ao tráfego através de tributos,

ressalvada a instituição de pedágios.

Alternativa C – Agora o tributo devido seria a taxa, conforme art. 145,

II, da CF/88.

Alternativa D – O imposto extraordinário, além de ser de competência

exclusiva da União, só pode ser instituído em caso de guerra ou sua

iminência.

Alternativa E – CORRETA. Todos os entes federados detêm a

competência para instituir taxas, desde que prestem o serviço ou

desenvolva a atividade de polícia.

Questão 56 - (ESAF) AFRF 2002.2 – adaptada [1] O município de Campinas Instituiu a taxa de serviços urbanos, cuja base de cálculo repousa nos elementos localização, área e dimensões do imóvel. Essa taxa é constitucional? [2] O texto constitucional (art. 145, III) deixou de se referir expressamente à valorização imobiliária, ao cogitar de contribuição de melhoria. Com isso, o acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas beneficiadas direta ou indiretamente por obras públicas ainda figura como fato gerador da contribuição? a) sim, sim b) sim, não c) não, sim d) não, não Comentários

1 - Não. A taxa instituída fere o disposto no art. 145, §2º, da CF/88,

que veda a instituição de taxas com base própria de impostos. A taxa

instituída apresenta a mesma base de cálculo do IPTU.

2- Sim. Apesar da CF/88 não fazer referencia à valorização

imobiliária, este elemento tem base legal no art. 81 do CTN.

GABARITO : C.

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Questão 57 – (ESAF) AFTE – PA/2002 Identifique, nas opções abaixo, o tributo cujo fundamento ético-jurídico é o não enriquecimento injusto. a) imposto b) taxa c) empréstimo compulsório d) contribuição social e) contribuição de melhoria Comentários

A contribuição de melhoria apresenta características de um

tributo contraprestacional, já que há uma ação estatal relativa ao

contribuinte, qual seja, a realização da obra. Exatamente por ser

contraprestacional, o valor da contribuição deve guardar relação com

o custo da obra.

Nesse sentido, o próprio CTN estatui que o valor máximo

individual é a valorização decorrente da obra e o limite global (aquele

arrecadado da totalidade dos beneficiados) é a despesa realizada pelo

ente público.

Esses limites fundamentam a atribuição do princípio do não

enriquecimento injusto às contribuições de melhoria. Com base nesse

princípio, não seria justo que a totalidade da sociedade arcasse com

os custos da obra indiretamente, enquanto que apenas um pequeno

grupo foi beneficiado com a valorização imobiliária. Por outro lado, ao

estabelecer o limite máximo a ser cobrado, o CTN também veda ao

Estado o enriquecimento sem causa, já que não pode arrecadar mais

do que foi gasto na obra.

Questão 58 – (ESAF) AFTE – MS/2001 Com referência à instituição de empréstimos compulsórios, assinale abaixo a assertiva correta. a) O empréstimo compulsório não é uma espécie de tributo, não estando sujeito à exigência de prévia autorização orçamentária. b) A União pode instituí-lo por meio de lei ordinária federal. c) Cabe à lei complementar definir as hipóteses excepcionais para sua instituição. d) Aos empréstimos compulsórios aplicam-se as disposições constitucionais relativas aos tributos e às normas gerais de Direito Tributário.

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e) A competência para instituir empréstimos compulsórios é da União, podendo excepcionalmente atribuída ao Distrito Federal. Comentários

A ESAF costuma cobrar empréstimos compulsórios de duas

formas: questionando a sua natureza tributária ou explorando as suas

características previstas no art. 148 da Constituição Federal.

A Constituição Federal prevê, em seu art. 148:

“Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá

instituir empréstimos compulsórios:

I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de

calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;

II – no caso de investimento público de caráter urgente e de

relevante interesse nacional, observado o disposto no art.

150, III, b.

Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de

empréstimo compulsório será vinculada à despesa que

fundamentou sua instituição.”

Certa controvérsia surgiu acerca da natureza tributária dos

empréstimos compulsórios. Uma parcela da doutrina defendia que,

por se tratar de algo restituível, com fundamento no parágrafo único

do art. 15 do CTN, estaria afastada a natureza tributária dos

empréstimos compulsórios. No entanto, devemos lembrar que, para

ser considerado tributo, a prestação deve atender às exigências do

art. 3º do CTN.

Analisando as características do empréstimo compulsório,

constatamos que ele atende ao disposto no art. 3º do Código

Tributário Nacional, sendo considerado, portanto, tributo. Com o

advento da CF/88 e após decisões do STF defendendo a natureza

tributária dos empréstimos compulsórios, essa teoria doutrinária

perdeu força.

De volta às características do empréstimo compulsório, temos

que, além da competência exclusiva da União, somente pode ser

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instituído mediante lei complementar. Por conseguinte, leis

ordinárias ou medidas provisórias não são instrumentos

válidos para a criação do empréstimo compulsório.

Com efeito, o próprio texto constitucional o definiu como um

tributo de arrecadação vinculada, ao estabelecer que os recursos

arrecadados deverão ser aplicados na despesa que autorizou a sua

instituição.

Alternativa A – Como exposto, o empréstimo compulsório é tributo,

pois atende a todas as exigências do art. 3º do CTN.

Alternativa B – Somente a lei complementar é instrumento válido para

a instituição de empréstimos compulsórios.

Alternativa C – Lei complementar deve instituir o empréstimo

compulsório. No entanto, as hipóteses excepcionais para a sua

instituição já estão definidas no art. 148 da CF.

Alternativa D – Exatamente por se enquadrar no art. 3º do CTN, ao

empréstimo compulsório aplicam-se as normas tributárias. Correto.

Alternativa E – Conforme veremos na próxima aula, a competência

tributária é indelegável. Assim, cabe exclusivamente à União a

instituição de empréstimos compulsórios.

Questão 59 – (ESAF) Fiscal de Rendas – RJ/2010 Sobre os empréstimos compulsórios, é incorreto afirmar que: a) o produto de sua arrecadação só pode ser aplicado para atender à despesa que tiver fundamentado a sua instituição. b) sua instituição só pode ser feita por meio de lei complementar. c) no caso de investimento público de relevante interesse nacional e de caráter urgente, não se aplica o princípio da anterioridade. d) a simples iminência de guerra externa pode justificar a instituição de empréstimos compulsórios. e) uma das hipóteses que autorizam sua instituição é a de calamidade pública. Comentários

Alternativa A – Correta, de acordo com o parágrafo único do art. 148

da Constituição.

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Alternativa B – Item correto. A lei complementar é exigência

constitucional para a instituição do empréstimo compulsório.

Alternativa C – Item falso. De acordo com o art. 148, II, da CF, em

caso de investimento público de relevante interesse nacional, aplica-

se o princípio da anterioridade.

Alternativa D – Item correto, nos termos do art. 148, I.

Alternativa E - Item correto, nos termos do art. 148, I.

Questão 60 – (ESAF) Analista Jurídico SEFAZ-CE/2006 Sobre os empréstimos compulsórios, espécie de tributo da competência da União, é incorreto afirmar-se que a) podem ser instituídos para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública. b) podem ser instituídos para o custeio de investimento público de caráter urgente. c) depende a sua instituição, em alguns casos, da edição de lei complementar. d) a aplicação dos recursos provenientes da sua arrecadação será integralmente vinculada à despesa que tenha fundamentado a sua instituição. e) poderão, ou não, sujeitar-se ao princípio constitucional da anterioridade (conforme a hipótese que tenha motivado a sua instituição). Comentários

Questão que cobra o conhecimento das características dos

empréstimos compulsórios, definidos no art. 148 da CF.

Alternativa A, B e D– CORRETOS. Correspondem à literalidade do

texto constitucional.

Alternativa E - Também está CORRETA. Veremos este assunto na

nossa próxima aula.

Alternativa C – Informação FALSA. Os empréstimos compulsórios,

além da competência exclusiva da União, necessitam da edição de Lei

Complementar em QUALQUER HIPÓTESE. Essa é, portanto, a resposta

da questão.

Questão 61 – (ESAF) AFTE – MS/2001 Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, a União pode instituir: a) imposto extraordinário

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b) imposto seletivo c) taxa especial d) empréstimo compulsório e) imposto emergencial progressivo Comentários

Nos termos do art. 148 da Constituição Federal, a União poderá

instituir empréstimos compulsórios para atender a despesas

extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa

ou sua iminência. Gabarito: D.

Questão 62 - (ESAF) Auditor TCE-ES 2001 Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, a União pode instituir: a) imposto extraordinário b) imposto com fundamento no exercício do poder de polícia c) imposto cumulativo d) imposto progressivo e) empréstimo compulsório Comentários

Questão praticamente idêntica à anterior e cobrada no mesmo

ano pela ESAF. Nos termos do art. 148 da Constituição Federal, a

União poderá instituir empréstimos compulsórios para atender a

despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de

guerra externa ou sua iminência. Gabarito: E.

Questão 63 – (ESAF) AFRF/2002 A assertiva errada, entre as constantes abaixo, é a que afirma que a) a instituição de empréstimos compulsórios só pode ser feita por lei complementar b) um dos fundamentos possíveis do empréstimo compulsório é a calamidade pública c) a simples iminência de guerra externa pode justificar a instituição de empréstimos compulsórios d) no caso de investimento público de relevante interesse nacional e de caráter urgente não se aplica o princípio da anterioridade e) os recursos provenientes de empréstimo compulsório só podem ser aplicados para atender à despesa que tiver fundamentado a sua instituição

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Comentários

Questão idêntica à 46. Perceba que a ESAF costuma cobrar

dessa forma quando o assunto é empréstimos compulsórios.

Valem aqui os comentários da questão 46. Gabarito: D.

Questão 64 – (ESAF) ATA – MF/2009 A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: a) mediante lei ordinária ou medida provisória, no caso de guerra externa ou sua iminência b) no caso de relevante interesse público, de caráter urgente e relevante interesse nacional, ainda que no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a regra que os criou c) nas duas hipóteses acima elencadas, conquanto que se destine a aplicação dos recursos à despesa que fundamentou a instituição do empréstimo compulsório d) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência e) em face de conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo Comentários

As hipóteses que autorizam a instituição dos empréstimos

compulsórios estão previstas no inciso I, do art. 148 da Constituição

Federal:

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá

instituir empréstimos compulsórios:

I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de

calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência.

Gabarito: D.

Questão 65 – (ESAF) Advogado – IRB/2006 A Constituição Federal outorga competência tributária, ou seja, aptidão para criar tributos, aos diversos entes da Federação. Sobre essa afirmativa, podemos dizer que a) a contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas, poderá ser cobrada pelo ente executor da obra da qual os contribuintes tenham-se beneficiado, ou, no caso de omissão deste, pela União. b) as taxas poderão ser instituídas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ou postos à disposição do contribuinte.

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c) a aplicação dos recursos provenientes de empréstimos compulsórios será preferencialmente vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. d) os impostos terão, sempre que possível, caráter pessoal e base de cálculo diversa das taxas. e) todos os tributos deverão respeitar a capacidade econômica dos contribuintes. Comentários

Alternativa A – A instituição de contribuição de melhoria, nos termos

do art. 145, III da Constituição Federal é de competência do ente

federado que executar a obra pública de que resulte valorização

imobiliária para o contribuinte. No entanto, de acordo com o art. 7º

do CTN, a competência para instituição de tributos é indelegável,

tanto por ação como por omissão. Assim, na inércia do ente

competente para instituir a contribuição, não cabe à União instituir o

tributo. Item falso.

Alternativa B – Enunciado corresponde ao texto literal do art. 145, II,

logo, correto.

Alternativa C – De acordo com o art. 148, parágrafo único, da CF, a

aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será

vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. Não resta

opção à União para aplicação diversa da prevista no texto

constitucional. Item falso.

Alternativa D – O art. 145, §1º, prevê que, sempre que possível, os

impostos terão caráter pessoal. Já o §2º do mesmo artigo determina

que as taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Trata-se de vedação aplicada às taxas, não aos impostos. Item falso.

Alternativa E – Ao definir o princípio da capacidade contributiva, em

seu art. 145, §1º, a Constituição faz menção somente aos impostos.

Não obstante, trata-se de princípio que delineia todas as espécies

tributárias. No entanto, sua aplicação torna-se mais restritiva quando

se trata de tributos contraprestacionais, como é o caso das taxas.

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Questão 66 - (ESAF) Procurador Fortaleza 2002 Em consonância com os princípios gerais ditados pela Constituição Federal, referentes ao Sistema Tributário Nacional: a) as contribuições sociais e as taxas não poderão ter base de cálculo própria de imposto. b) sempre que possível, os tributos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. c) as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não poderão incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível. d) o empréstimo compulsório, no caso de investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional, poderá ser instituído mediante lei ordinária, mas sua cobrança só poderá ocorrer no exercício financeiro subsequente ao de publicação da lei que o instituir. e) cabe à lei complementar da União, além de outros temas que lhes são reservados, dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e regular as limitações constitucionais do poder de tributar. Comentários Alternativa A – O regramento constitucional do §2º, do art. 145 é

direcionado apenas às taxas. Ademais, temos vários exemplos de

contribuições com base de cálculo própria de impostos, como é o caso

da CSLL, PIS e COFINS.

Alternativa B – No §1º, do art. 145, a CF/88 define o princípio da

capacidade contributiva. No entanto, faz alusão apenas aos impostos,

e não aos tributos de forma geral. Note que na questão 50, aplicada

em 1998, a ESAF considerou essa mesma assertiva como verdadeira.

Alternativa C – Define o art. 149, §2º, II, da CF/88 que as

contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico incidirão

também sobre a importação de produtos estrangeiros ou de serviços.

Alternativa D – Os empréstimos compulsórios devem ser instituídos,

em todos os casos, mediante lei complementar.

Alternativa E – Assertiva CORRETA. A alternativa reproduz o disposto

nos incisos I e II do art. 146 da Carta Magna.

Questão 67 – (ESAF) AFRF - TI/2005 • Podem os Municípios instituir contribuição para o custeio do serviço de

iluminação pública, cobrando-a na fatura de consumo de energia elétrica?

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• Podem os Estados cobrar contribuição previdenciária de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de regime previdenciário, com alíquota inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União?

• As contribuições sociais de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, poderão incidir sobre as receitas decorrentes de exportação?

a) não, sim, não b) sim, não, sim c) sim, não, não d) não, não, sim e) sim, sim, não Comentários

Item I - Segundo a Corte Suprema, o serviço de iluminação pública

não pode ser considerado específico e divisível, a fim de ter o seu

custeio mediante taxa. Com isso, os Municípios perderam parcela da

sua arrecadação, não podendo mais instituir taxa para cobrir tal

despesa. Desse entendimento resultou a Súmula nº 670. Ocorre que,

com a Emenda Constitucional nº 30/2002, a CF passou a autorizar a

instituição de contribuição para custear esta despesa, autorizando os

Municípios e o DF a instituírem a contribuição para o custeio da

iluminação pública. CORRETO.

Item II - A CF/88 autoriza os Estados, DF e Municípios a instituir

contribuição a ser cobradas dos seus servidores sujeitos ao regime

próprio de previdência. Vale observar, no entanto, que nos termos do

art. 149, § 1º, uma vez instituído o regime próprio de previdência de

cada ente, este poderá instituir a contribuição, que não poderá ser

inferior à contribuição que a União cobra dos seus servidores,

atualmente 11%. Item falso.

Item III - Deve-se responder negativamente, em decorrência do

mandamento constitucional do art. 195 acerca da incidência das

contribuições:

“Art. 195. §2º. As contribuições sociais e de intervenção no

domínio econômico de que trata o caput deste artigo:

I – não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação”

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Questão 68 – (CESPE) Assessor Jurídico – Natal/2008 As contribuições de intervenção no domínio econômico relativas às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, de gás natural e seus derivados e de álcool combustível, de competência da União, têm função nitidamente fiscal. Comentários

O Estado muitas vezes precisa regular algum setor econômico e,

quando assim o faz, geralmente atua de duas formas: fiscalização ou

atividades de fomento, como o desenvolvimento de pesquisas em

favor deste setor. É justamente para cobrir o custo destas atividades

que a União, exclusivamente, pode instituir a contribuição de

intervenção no domínio econômico, que recai, na maioria das vezes,

sobre aqueles que compõem o setor atingido.

Como o próprio nome diz, as contribuições são de intervenção.

Nesse sentido, observa-se o caráter preponderantemente extrafiscal

das CIDE. Item ERRADO.

Questão 69 – (CESPE) Assessor Jurídico – Natal/2008 A contribuição confederativa sindical não tem caráter compulsório para os trabalhadores não-filiados ao sindicato e não deve obediência ao princípio constitucional tributário da legalidade. Comentários

Assertiva CORRETA. A CF define as contribuições corporativas

como tributo no art. 149. No entanto, a própria Lei Maior faz alusão a

outra contribuição no seu art. 8º, IV, definindo que a assembléia geral

fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional,

será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da

representação sindical respectiva, independentemente da contribuição

prevista em lei.

A contribuição prevista no art. 8º é aquela paga mensalmente

pelos filiados de um determinado sindicato. Esta, portanto, é uma

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prestação voluntária, já que, conforme previsão do inciso V do mesmo

artigo, ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a

sindicato.

Nesse sentido, a Súmula nº 666, do STF:

Súmula nº 666 – “A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV

da Constituição só é exigível dos filiados do sindicato respectivo.”

Questão 70 – (ESAF) AFRF/2005 • Aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios compete instituir

contribuições de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, desde que para o custeio, em benefício dos respectivos sujeitos passivos, e no âmbito territorial do ente tributante?

• A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível (CIDE) foi instituída pela União com a finalidade de financiamento de projetos de proteção ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico?

• É vedado que as contribuições sociais para a seguridade social tenham base de cálculo própria de impostos?

• As contribuições sociais para a seguridade social sobre a folha de salários, a receita ou o faturamento de pessoas jurídicas poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica ou da utilização intensiva de mão-de-obra?

a) não, não, não, sim b) não, não, não, não c) sim, sim, sim, sim d) não, sim, sim, não e) não, sim, não, sim Comentários

Item I - Reza a Constituição Federal:

“Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir

contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e

de interesse das categorias profissionais ou econômicas,

como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas,

observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem

prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às

contribuições a que alude o dispositivo.”

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Observamos que a CF autoriza a União, e somente ela, a

instituir as contribuições de intervenção. Para esta determinação não

há exceções. Item FALSO.

Item II - Para cobrir o custo destas atividades, a União,

exclusivamente, pode instituir a contribuição de intervenção no

domínio econômico, que recai sobre aqueles que compõem o setor

atingido. Dessa forma, não há que se falar em bens e direitos de valor

artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. A Lei nº 10.336,

de 19 de dezembro de 2001, instituiu a CIDE-Combustíveis,

Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a

importação e a comercialização de gasolina e suas correntes, diesel e

suas correntes, querosene de aviação e outros querosenes, óleos

combustíveis (fuel-oil), gás liquefeito de petróleo (GLP), inclusive o

derivado de gás natural e de nafta, e álcool etílico combustível. Item

FALSO.

Item III – A vedação constitucional prevista no art. 145, §2º, é

direcionada às taxas. Estas não podem ter base de cálculo própria de

impostos. Quanto às contribuições sociais, não existe tal vedação.

Inclusive algumas contribuições apresentam base de cálculo própria

de impostos, como é o caso da Contribuição Social sobre o Lucro

Líquido (CSLL), cuja base de cálculo é o lucro das empresas, base

imponível do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas. Item FALSO.

Item IV - A CF/88 prevê a aplicação do princípio da capacidade

contributiva a estas contribuições, ao estabelecer que as contribuições

sociais previstas no inciso I do caput poderão ter alíquotas ou bases

de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da

utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da

condição estrutural do mercado de trabalho. Assertiva CORRETA.

Questão 71 – (CESPE) Assessor Jurídico – Natal/2008 Por terem natureza tributária, as contribuições devidas à OAB devem ser cobradas dos advogados inadimplentes mediante ação de execução fiscal.

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Comentários

A questão cobra conhecimento da jurisprudência do STJ.

“1. A OAB possui natureza de autarquia especial ou sui generis, pois, mesmo incumbida de realizar serviço público, nos termos da lei que a instituiu, não se inclui entre as demais autarquias federais típicas, já que não busca realizar os fins da Administração. 2. Por conta da própria natureza e das finalidades da instituição, as contribuições anuais que recebe de seus membros não se revestem de caráter tributário, mormente porque não se destinam a compor a receita pública. O Conselho Seccional, órgão da OAB dotado de personalidade jurídica própria, tem a competência para fixar o valor e a forma de pagamento das anuidades (arts. 46, caput e 58, IX do Estatuto da OAB). 3. A cobrança de anuidade pela OAB não segue o rito especial previsto na Lei nº 6.830/80, mas sim as regras de execução previstas no Código de Processo Civil.” (REsp 915753 /RS - Relator Ministro Humberto Martins - DJ 04.06.2007) Questão 72 – (ESAF) AFTE – PA/2002 A Constituição Federal atribui aos Estados a competência para instituição de: a) taxas, contribuições de melhoria e empréstimos compulsórios b) contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas, contribuições de melhoria e taxas c) contribuições sociais relativas à seguridade social, contribuições de melhoria e taxas d) pedágios, empréstimos compulsórios e imposto sobre a propriedade de veículos automotores e) contribuição de intervenção no domínio econômico, pedágios e imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens e direitos Comentários

Alternativa A – Nos termos do art. 148 da CF/88, a competência para

instituição de empréstimos compulsórios é exclusiva da União. Para

esta regra não há exceções.

Alternativa B - Nos termos do art. 149 da CF/88, a competência para

instituição de contribuições de interesse de categorias profissionais ou

econômicas é exclusiva da União. Para esta regra também não há

exceções.

Alternativa C – Embora a competência para instituição de

contribuições sociais seja exclusiva da União, nos termos do art. 149

da CF/88, há exceções. Uma delas é a previsão para que os Estados,

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o Distrito Federal e os Municípios instituam contribuição, cobrada de

seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime

previdenciário de que trata o art. 40. Taxas e contribuições de

melhoria são comuns a todos os entes tributantes, desde que se

preste o serviço ou execute a obra de que decorra valorização

imobiliária, já que se tratam de tributos contraprestacionais. Resposta

CORRETA.

Alternativa D – Como visto na alternativa A, a competência para

instituição de empréstimos compulsórios é exclusiva da União.

Alternativa E - Nos termos do art. 149 da CF/88, a competência para

instituição de contribuição de intervenção no domínio econômico é

exclusiva da União. Para esta regra não há exceções.

Questão 73 – (ESAF) AFTE – MS/2001 A instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, inclui-se na competência impositiva a) dos Estados e Distrito Federal b) da União c) da União, dos Estados e do Distrito Federal d) da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e) dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios Comentários

O art. 149 da Constituição Federal estabelece que compete

exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção

no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou

econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas.

Essa regra geral comporta duas exceções, mas ambas dizem

respeito às contribuições sociais.

As contribuições de intervenção no domínio econômico e as de

interesse das categorias profissionais ou econômicas são de

competência exclusiva da União. Gabarito: B.

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Questão 74 – (ESAF) AFTE – RN/2005 Avalie as indagações abaixo e em seguida assinale a resposta correta. • Em caso de guerra externa, é vedado à União instituir impostos

extraordinários não compreendidos em sua competência tributária? • É permitido ao Distrito Federal e aos Municípios instituir contribuição

para o custeio do serviço de iluminação pública? • É permitido que o serviço de iluminação pública seja remunerado

mediante taxa? a) não, sim, não b) não, não, sim c) sim, sim, não d) sim, não, sim e) sim, sim, sim Comentários

Item I – O art. 154 da Constituição Federal confere à União

competência para instituir, na iminência ou no caso de guerra

externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua

competência tributária. Item falso.

Item II – Sim. A Emenda Constitucional nº 30/2002 acrescentou o

art. 149-A à CF/88, passando a autorizar os Municípios e o DF a

instituírem contribuição para custear o serviço de iluminação pública.

Item III – Não. Segundo o STF, o serviço de iluminação pública não

pode ser considerado específico e divisível, a fim de ter o seu custeio

mediante taxa. Desse entendimento resultou a Súmula nº 670.

Questão 75 – (ESAF) Agente de Fazenda – RJ/2010 A Constituição Federal permite aos municípios a instituição e a cobrança, na forma das respectivas leis, de tributo destinado ao custeio do serviço de iluminação pública. Sobre este, é correto afirmar que: a) Os Municípios somente poderão instituir tal tributo sob a forma de contribuição, que observará as garantias da anterioridade e da legalidade. b) Sua instituição deverá ser feita por meio de lei municipal, sem, contudo, a necessidade da observância do princípio da anterioridade. c) Em face de sua finalidade específica, que é o custeio do serviço de iluminação pública, sua natureza jurídica será de taxa. d) A lei municipal que criar o referido tributo poderá delegar ao Prefeito, por meio de decreto, a competência para a fixação de critérios para o seu cálculo, tais como suas alíquotas e base de cálculo. e) O referido tributo será, obrigatoriamente, cobrado na fatura de consumo de energia elétrica do contribuinte.

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Direito Tributário para a RFB

Resolução de Questões da ESAF

Prof. George Firmino – Aula 00

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Comentários

A contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública,

sendo espécie tributária, deve obediência aos princípios

constitucionais tributários, salvo quando houver ressalva na própria

Constituição.

Ocorre que não há ressalvas na aplicação dos princípios a esta

espécie tributária.

Alternativa A – Conforme exposto anteriormente, a Súmula nº 670 do

STF define que o serviço de iluminação pública não pode ser

remunerado mediante taxa. Assim, de acordo com a previsão

constitucional do art. 149-A, os entes tributantes devem custear tal

serviço mediante a instituição de contribuição específica, que deve

respeitar os princípios constitucionais tributários. Item CORRETO.

Alternativa B – Não há ressalva na CF quanto à aplicação do princípio

da anterioridade na cobrança da contribuição. Item FALSO.

Alternativa C – Vide comentários à alternativa A. Item FALSO.

Alternativa D – Segundo o princípio da legalidade, há que se prever

em lei os aspectos da instituição do tributo, não podendo ser

estabelecidos em atos infralegais, como o decreto, por exemplo.

Alternativa E – O parágrafo único do art. 149-A, da CF, confere

faculdade ao ente tributante para a cobrança da contribuição na

fatura de consumo de energia elétrica. Não se trata de obrigação, mas

de opção. Item FALSO.

Bom, caro aluno. Com isso chegamos ao final da nossa aula

demonstrativa.

Espero você em breve na nossa próxima aula.

Um grande abraço e bons estudos!