auditoria governamental: em breves reflexões · 11 para aqueles que acreditam que a gestão...

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AUDITORIA GOVERNAMENTAL: em breves reflexões

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AUDITORIA GOVERNAMENTAL:

em breves reflexões

Inaldo Araújo

Brasília - 2013Editora Gestão Pública

Auditoria Governamental:

em breves reflexões

Auditoria Governamental: em breves reflexões

© Editora Gestão Pública 2013 - Todos os direitos reservados

Capa: Thiago Feijó PonteEditoração eletrônica: Edimilson Alves PereiraRevisão: Tetê OliveiraImpressão e acabamento: Cidade Gráfica e Editora

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - É proibida a reprodução total ou par-cial, de qualquer forma ou por qualquer meio, incluindo fotocópia, gravação ou informação computadorizada, sem permissão por escrito do autor. A violação dos direitos de autor (Lei nº 9.610/1998) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Códi-go Penal. Endereço do autor para correspondência: [email protected].

As opiniões expressas neste livro são de exclusiva responsabilidade do autor, não expressando necessariamente a opinião dos órgãos e entidades onde o mesmo exerce ou exerceu atividade profissional.

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O editor e o autor não assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas decorrentes da aplicação dos conhecimentos e informações constantes desta publicação.

Editora:

Gestão Pública Editora e Treinamentos Sociedade Ltda - EPPCondomínio Mansões Entre Lagos, Etapa 1, Conjunto U, Lote 28Região dos Lagos, Sobradinho – Brasília – DF - CEP: 73255-900Tel.: 61 - 9124-6315 – E-mail: [email protected]

A662 Araújo, Inaldo da Paixão Santos (Inaldo Araújo), 1964-

Auditoria Governamental: em breves reflexões / Inaldo Araújo.

Brasília: Gestão Pública Ed., 2013.

120 p.: il.

Bibliografia.

ISBN 978-85-62880-04-9

1. Auditoria governamental. 2. Economia. 3. Normas. I. Título. II. Série

CDU 657

AGRADECIMENTOS

A Deus, por ser o eterno inspirador.

Aos meus pais, por me guiarem no caminho do bem.

A vocês, meus frutos, Victor e Igor, e minha vida, Vânia, por tudo o que representam. Sem vocês, o que eu seria?

Ao Conselheiro Antonio Honorato, pelas lições de sabedoria.

A Paulo Feijó, pelo prefácio e pelo exemplo de profissio-nalismo.

A Cristiano Pereira Rodrigues, por sempre ter participado.

A todos os amigos, alunos, colegas dos Tribunais de Contas e profissionais que acreditam em um serviço público diferente.

SUMÁRIO

Prefácio ............................................................................................................................................11

Apresentação ............................................................................................................................15

Auditoria Governamental ....................................................................................17

1.1 Auditoria Governamental e a Ordem Constitucional Brasileira ..........................................................................19

1.2 Pressupostos Históricos ............................................................................23

1.3 Tipos de Auditoria Governamental ...............................................29

1.4 Auditoria Contábil ..............................................................................................29

1.5 Auditoria Operacional....................................................................................31

1.6 Componentes da Auditoria Operacional ................................34

1.7 Metodologia da Auditoria Operacional .....................................36

1.8 Da Teoria à Prática da Auditoria Operacional .................38

Auditoria em Programas Governamentais .....................................43

2.1 Planejamento Governamental ............................................................45

2.2 Requisitos de um Programa Governamental ..................46

2.3 Ação dos Tribunais de Contas ............................................................47

2.4 Auditoria dos Programas Governamentais ........................48

Auditoria de Recursos Municipais ............................................................53

3.1 Tipos de Recursos Municipais............................................................55

3.2 Formas de Controle da Receita Pública ................................56

3.3 Aspectos Normativos .....................................................................................56

3.4 Auditoria de Recursos Municipais.................................................57

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Sistema de Controle Interno ............................................................................59

4.1 Conceito de Controle Interno ...............................................................61

4.2 Acepções de Controle Interno na Administração Pública ..............................................................................................................................63

4.3 Pressupostos Históricos e Legais .................................................64

4.4 Controle Interno e a Constituição Federal ..........................67

4.5 Controle Interno e a Opinião dos Tribunais de Contas ......................................................................................................................71

Instituição de Sistema de Controle Interno no Âmbito Municipal ..................................................................................................75

5.1 Controle Interno e a Lei de Responsabilidade Fiscal ..................................................................................................................................77

5.2 Importância do Sistema de Controle Interno ..................79

5.3 Estratégias para a Instituição de Sistema de Controle Interno ...................................................................................................82

5.4 Ambiente e Procedimentos de Controle ................................86

5.5 Ações para a Instituição de Controle Interno ..................89

Normas de Auditoria Governamental ...................................................95

6.1 Aspectos Introdutórios .................................................................................97

6.2 Normas Brasileiras de Auditoria Governamental e o Combate à Corrupção .....................................................................110

Referências ..............................................................................................................................115

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Acreditar na auditoria governamental é acreditar que o serviço público pode e deve ser diferente.

Inaldo Araújo

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Para aqueles que acreditam que a gestão pública pode melhorar, há, entre as vertentes das mudanças que estão acon-tecendo na Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP), uma que acontece de forma singela, sem muito estardalhaço e que levará também um bom tempo para se consolidar. Tal vertente se relaciona com a forma, o escopo e a abrangência da auditoria governamental, isto é, com o modo de se auditar as contas públicas. E o que tem a ver o autor desta obra com as mudanças na auditoria?

Lembro que, ao ingressar no Grupo Assessor do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), conheci um baiano porreta que, com o dom da oratória e a firmeza dos pensamentos, se destacava no grupo. Apresentava-se nas discussões como um conciliador por natureza, sem, no entanto, abrir mão de suas convicções, mesmo quando, de forma democrática, seu ponto de vista não era o vencedor.

Inaldo é um baiano que carrega no nome a palavra “paixão”, que combina com todo amor e abnegação destinados para, além da sua família, a Contabilidade e a Auditoria. Devo confessar

PREFÁCIO 

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que, para mim, sempre pareceu gostar mais da Auditoria do que da Contabilidade, mas, como a dedicação foi e ainda é tão grande, isso não faz diferença. Foi por sua insistência que o Grupo Assessor ressurgiu e, sob a liderança da então presi-dente do CFC Maria Clara Bugarim, conseguiu produzir as primeiras Normas de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCASP). Também foi por sua perseverança que a classe contábil teve acesso às Normas de Auditoria Governamental (NAGs), recomendadas pelo Instituto Rui Barbosa (IRB) e adotadas por vários Tribunais de Contas brasileiros.

Para aqueles que acreditam ser possível vencer pelo esforço próprio, a partir dos estudos, o autor deste livro é um exemplo de vida, pois, vindo de uma família humilde e desenvolvendo várias atividades profissionais, daquelas con-sideradas das mais simples, chegou a um dos cargos mais desejados por qualquer cidadão: conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA), de onde, por sinal, é o atual vice-presidente. E o melhor de tudo é que chegou e que essa conquista se deu graças ao seu trabalho e luta pela contabilidade e auditoria públicas.

Registre-se, por importante, que Inaldo foi auditor do TCE-BA por mais de 25 anos, onde ocupou os cargos de supervisor, coordenador, superintendente e conselheiro subs-tituto. Ele é mestre em Contabilidade, professor universitário e também lecionou em cursos de pós-graduação.

Depois de vários livros publicados, Inaldo vem nos brindar com esta brilhante obra, daquelas que se carrega, literalmente, no bolso. Com o poder de traduzir temas complicados para uma linguagem simples, o livro permite que todos, mesmo os

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que não tenham contato com o assunto, possam entender os principais conceitos e aspectos da auditoria governamental.

Este livro pode ser o despertar da Administração Pública para a urgência de os órgãos de controle interno e externo do setor público avançarem na tão necessária auditoria contábil das contas de todos os entes da Federação. Afinal, como diz o professor Inaldo em suas palestras: para fazer funcionar a engrenagem do controle público é importante que haja uma boa contabilidade, certificada por uma auditoria independente e em observância aos padrões internacionais, o que possibilitará que as informações entregues à sociedade pelos instrumentos de transparência sejam críveis e fidedignas, portanto, confiáveis.

Assim, ao tempo em que parabenizo Inaldo Paixão pela excelente obra, agradeço a oportunidade de ter uma visão geral dos principais aspectos da auditoria governamental a partir de um livro de bolso. A todos, uma boa leitura!

Paulo Henrique Feijó

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A auditoria governamental compreende uma série de pro-cedimentos empregados, segundo normas profissionais, sobre determinada relação de accountability1 pública, com o objetivo de se emitir comentários e recomendações, materializados em um relatório imparcial e oportuno, sobre a adequação das informações relacionadas às responsabilidades assumidas, envolvendo, de uma maneira global e abrangente, aspectos financeiros, legais e operacionais (economicidade, eficiência, eficácia e efetividade).

A auditoria governamental, embora possua papel funda-mental no exercício do controle público, carece da divulgação de estudos que busquem parametrizar a sua prática.

Diante de tal lacuna, estas breves reflexões reúnem re-sumos de textos publicados pelo autor em revistas especiali-

1 Significa, segundo o Escritório do Auditor-Geral do Canadá, a “obrigação de responder por uma responsabilidade conferida. Presume a existência de pelo menos duas partes: uma que confere a responsabilidade e a outra que a aceita, com o compromisso de prestar contas de como usou a responsabilidade conferida”.

APRESENTAÇÃO

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zadas ao longo de mais de 25 anos, mas que, pela relevância e oportunidade, puderam ser agora atualizados e agregados em um único trabalho, objetivando dar transparência à base teórica, ainda que em seus fundamentos, desse importante ramo da auditoria.

Ao fugir do lugar comum de se reproduzir procedimentos e preceitos normativos, este trabalho é um convite ao leitor a refletir sobre o relevante tema que é a auditoria governamental, bem como sua importância para o controle público.

Escritos de forma clara e objetiva, os capítulos versam sobre o conceito da auditoria governamental e sua forma in-tegrada de realização. Destaque especial é dado à auditoria operacional, ao controle interno municipal, assim como as normas de auditoria governamental. Por fim, é ressaltada a necessidade da auditoria na Administração Pública para o combate à corrupção.

Assim, espera-se que este livro possa desmistificar con-ceitos relacionados à auditoria governamental e incentivar a realização de novos estudos sobre essa importante atividade no âmbito do controle público.

Inaldo Araújo