auditoria de finanças publicas

Upload: wisto-juliao

Post on 08-Jul-2015

833 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

AUDITORIA DAS FINANAS PUBLICAS

POR: WISTON BICHO JULIO

CAPITULO I. INTRODUO 2

A auditoria compreende o exame de documentos, livros contbilisticos, registros, alm de realizao de inspees e obteno de informaes de fontes internas e externas, tudo relacionado com o controle do patrimnio da entidade auditada (MOTA:1988) A auditoria das finanas pblicas pode ser considerada o cume da pirmide do sistema de fiscalizao, uma vez que a mesma supervisiona, normatiza, fiscaliza e avalia o grau de confiabilidade dos controles internos, buscando garantir a eficincia e eficcia dos mesmos, sem com eles se confundir. uma parte especializada da auditoria que se dedica fiscalizao contbilistica, financeira, oramentria, operacional e patrimonial dos rgos e das entidades da administrao pblica, quanto legalidade, legitimidade economicidade, bem como as demais formas de antecipaes de recursos legalmente admitidas, que tm como beneficirios os subsistemas do estado e outros enti-pblicos. As finanas pblicas se exprimem em receitas cobradas e despesas efectuadas pelo estado para o alcance de determinados objectivos, em moambique estes objectivos so geralmente inscritos no plano quinquenal do governo. Estas s podem ser devidamente compreendidas quando colocadas em relao s finalidades do Estado, tarefa esta desenvolvida no oramento. Visto que a auditoria das finanas pblicas levado a cabo por uma entidade estatal responsvel para o efeito (no nosso pas o Tribunal Adiministrativo encarregue de auditar as diferentes entidades pblicas), leva a crer que a auditoria das finanas pblicas no nada mais que uma auditoria interna Auditoria interna uma actividade independente, de avaliao oobjectiva e de consultoria, destinada a acrescentar valor e melhorar as operaes de uma organizao. Assiste a instituio na consecuo dos eus objectivos, atravz de uma abordagem sistemtica e disciplinada, na avaliao dos processos da eficcia da gesto do risco, do controlo e da governao Artigo 9 do Regulamento do

SISTAFE

Nisto no poder falar-se de auditoria interna sem abordar-se sobre o controlo interno dai que este trabalho ir abordar o tema nas trs variantes , a auditoria das finanas pblicas como sendo uma auditoria interna e que tem como objecto o controlo interno

3

1.2 Objectivos de Pesquisa Como qualquer outro trabalho este tambm no foge a regra no que concerne os objectivo que se pretende atingir com a elaborao do mesmo, objectivos estes que se subdividem em geral e Especificoa) Objectivo Geral

Explicar como feita uma auditoria de finanas pblicas sem se esquecer de explicar o que se pretende apurar ao se fazer uma auditoria de finanas pblicas e qual o objectivo principal deste tipo de auditoria.b) Objectivos especificos

1. Abordar sobre a auditoria em suas diferentes vertentes;2. Abordar sobre as fuinanas pblicas assumindo como sendo uma auditoria interna; 3. Explicar os diferentes mecanismos ou intrumentos legais em vigor em Moambique

que fiscalizam a actividade financeira do estado e consequentimente servem de base na auditoria das finanas pblicas. 1.3 Tema Para o autor da presente pesquisa tema um assunto que se deseja provar ou desenvolver. No presente trabalho irei desenvolver o tema Auditoria de Finanas Pblicas. O qual percebo como sendo um tema bastante interessante na medida em que possibilita-me a reconciliar at certo ponto os conhecimentos obtidos durante as aulas e os que pude obter dentro do periodo de estgio. 1.3 Metodologia de Pesquisa Na elaborao do presente trabalho apoiei-me em dois metodos de pesquisas a destacar:a) Pesquisa bibliografica no que concerene a este

metodo procurei fazer um

levantamento das demais obras que abordam o tema em questo.b) Contacto directo ou oral

- que consistiu numa consulta directa ou oral a alguns

profissionais ligados a auditoria sem qualquer tipo de guio que podesse confundir tal consulta com uma entrevista. Uma vez que a autora tentou sem sucesso assim proceder (uma entrevista) e que resultou num fracasso. 4

CAPITULO II AUDITORIA A auditoria surgiu como consequncia da necessidade de confirmao dos registros contabilisticos, em virtude do aparecimento das grandes empresas e da taxao do imposto de renda, baseado no lucro expresso nas demonstraes financeiras. Sua evoluo ocorreu em paralelo ao desenvolvimento econmico e com as grandes empresas formadas por capital de muitas pessoas. A auditoria contabilistca surgiu primeiramente na Inglaterra, primeira nao a possuir grandes empresas de comrcio e primeira a instituir imposto sobre a renda. Alm disso, na Inglaterra j se praticava desde 1314 a auditoria nas contas pblicas. 2.1 Definio Segundo Carlos Batista da Costa (1) a auditoria o exame das demonstraes financeiras de uma empresa ou entidade, realizado em conformidade com determinadas normas por um profissional qualificado e independente, com o fim de expressar a sua opinio sobre a razoabilidade com que estas demonstraes apresentam a informao nelas contida de acordo com certas regras e principios Cruz (1997), considera que a evoluo da auditoria pode ser classificada em trs etapas. Este autor destaca para cada uma destas etapas o principal resultado a alcanar, conforme segue: Auditoria Fiscalizadora principal resultado a alcanar: certificar a adequao dos controles internos e apontar irregularidades, truques e fraudes detectados; Auditoria de Gesto principal resultado a alcanar: identificar desvios relevantes e apontar atividades e/ou departamentos fora do padro de desempenho esperado; Auditoria Operacional principal resultado a alcanar: certificar a efetividade e oportunidade dos controles internos e apontar solues alternativas para melhoria do desempenho operacional. Medir o grau de atendimento das necessidades dos clientes e acompanhar, mediante indicadores do nvel de eficincia e eficcia, o desvio em relao ao desafio padro. O termo auditoria est associado noo de controlo. Efectivamente auditar presupe examinar, verificar, testar, analisar e confirmar os dados de uma organizao.1

CARLOS Baptista Da Costa, Auditoria Financeira , 7 edio, 2000

5

2.2 Tipos de Auditoria H diferentes tipos de actividade que se inserem no conceito auditoria, podendo-se estabelecer mltiplas classificaes da mesma, segundo a sua natureza e objectivos. Os principais tipos de Auditoria So: Auditoria interna - Auditoria interna uma actividade independente, de avaliao oobjectiva e de consultoria, destinada a acrescentar valor e melhorar as operaes de uma organizao. Assiste a instituio na consecuo dos seus objectivos, atravz de uma abordagem sistemtica e disciplinada, na avaliao dos processos da eficcia da gesto do risco, do controlo e da governao. Auditoria externa executada por um auditor independente, que no tem qualquer vnculo de suboordinao com a entidade auditada. Por conseguinte, uma auditoria realizada por um auditor externo entidade auditada. O objectivo principal da auditoria externa o de expressar uma opinio sobre as demonstraes financeiras e se elas reflectem a situao financeira e o resultado das operaes. A auditoria externa d enfoque ao passado enquanto a auditoria interna tem enfoque o futuro. A auditoria externa solicitada por partes interessadas, tais como, os membros da Assembleia da Republica, o Ministro e Tutela, o prprio auditado ou qualquer outra entidade com poderes para tal e, no caso de um sociedade annima, os accionistas. Auditoria de sistemas ou auditoria de controlo interno consite na avaliao dos sistemas implementados numa entidade, em particular o sistema de controlo interno. O objectivo o de determinar se o sitema funciona de uma forma eficaz e identificar os pontos fracos e fortes. A auditoria de sitemas, pode ser considerada prxima da auditoria operacional ou da auditoria de desempenho, porque trata da anlise da gesto. Auditoria de regularidade determina se houve cumprimento das leis vigentes e regulamentos existentes. Consiste na anlise da legalidade ou regularidade das actividades, funes, operaes ou gesto de recursos, verificando se esto em conformidade com a legislao em vigor. Auditoria finaceira consiste no exame e verificao das demonstraes financeiras de uma instituio, realizado por auditores independentes, com o fim de emitir uma opinio sobre a finalidade daqueles documentos. Este tipo de auditoria, em geral, inclui, a auditoria de sistemas e regularidade, tem igulamente o objectivo de verificar o cumprimento da 6

legislao e regulamentos existentes, avalia se existe um bom sistema de controlo interno. Est tambm preocupado em prevenir a deficiente alocao e gesto dos recursos pblicos. Auditoria de desempenho uma avlaio abrangente das operaes de uma organizao com a finalidade de informar gesto se as vrias actividades so ou no cumpridas de acordo com as politicas estabelecidas. Auditoria operacional uma avaliao abrangente das operaes de uma organizao com a finalidade de informar gesto se as vrias actividades so ou no cumpridas de acordo com as politicas estabelecidas. Auditoria operacional uma avaliao abrangente das operaes de uma organizao com a finalidade de informar gesto se as vrias actividades so ou no cumpridas de acordos com as politcas estabelecidas. Auditoria forense - pretende detectar possiveis fraudes confirmando no apenas o que est contabilizado, apresentando e divilgado nas demonstraes financeiras mas tentando, sobretudo detectar o que no est evidente nestes documentos. Muitas vezes os auditores so solicitados a efectuar peritagens contabilisticas a pedido de juzes dos tribunais aqando de processos judicirios.2.3 Metodo e Tecnicas de Auditoria

Para obter as evidncias de auditoria pode-se empregar vrios metdos e tcnicas, a seguir, uma breve descrio dos metodos de auditoria.

Questionrios - ou checklist Entrevista Tecnicas de Amostragem estatisticas e no estatisticas Testes de conformidade e Substantivos

2.4 Controlo Interno A auditoria interna est intimamente ligada ao conceito de controlo interno. O auditor interno avalia o controlo interno, porm a gesto da entidade que responsvel pelo mesmo. 7

Um bom controlo interno e uma boa gesto de risco so partes integrantes da boa governao. 2.4.1 Definio Segundo o AICPA (apud Mota, 1988), o controle interno pode ser conceituado da seguinte forma: O Controle Interno compreende o plano de organizao e todos os mtodos e medidas, adoptadas numa empresa para proteger seu activo, verificar a exatido e a fidelidade de seus dados contbilisticos, incrementar a eficincia operacional e promover a obedincia s diretrizes administrativas estabelecidas. O controlo interno subdivide-se em controlo interno contbilistico e administrativo, conforme segue: Controle interno contabilistico compreende o plano de organizao e todos os procedimentos referentes diretamente relacionados com a salvaguarda do activo e a fidedignidade dos registros financeiros. Geralmente compreende controles, tais como os sistemas de autorizao e aprovao, segregao entre as tarefas relativas manuteno e elaborao de relatrios e aquelas que dizem respeito operao ou custodia do activo, controles fsicos sobre o activo e auditoria interna. Controle interno administrativo compreende o plano de organizao e todos os mtodos e procedimentos referentes principalmente eficincia operacional, e obedincia s diretrizes administrativas que normalmente se relacionam apenas indiretamente com os registros contabilisticos e financeiros. Incluem-se aqui controles como anlises estatsticas, estudos de tempo e movimento, relatrios de desempenho, controle de qualidade. 2.4.2 Objectivos do controlo interno

Proteo dos activos;

Obteno de informao adequada; Promoo da eficincia operacional; Eficincia e eficacia na alocao dos recursos pblicos Estimulao da obedincia e do respeito s polticas da administrao. 2.4.3 Componentes do controlo interno

Ambiente de controlo; 8

Anlise de Risco; Actividades de controlo interno; Informao e comunicao; e Monitorizao do controlo interno. Assim, pode-se concluir que o controle interno faz parte das actividades normais da Administrao Pblica, se subordina ao titular do rgo ou da entidade, tendo como funo acompanhar a execuo dos atos indicando, em carter opinativo, preventivo ou corretivo, as aces a serem desempenhadas com vistas a atender o controle da execuo oramentria, financeira, contabilistca e patrimonial, bem como os controles administrativos de um modo geral. 2.5 Enquadramento legal da Auditora das Finanas Pblicas Uma das caractersticas marcantes do Sculo XX foi o crescimento exagerado das despesas pblicas. O advento do modelo de intervencionismo estatal (modelo keynesiano) provocou uma revoluo nos meios de produo e alocao de recursos. O Estado passou, em muitos casos a actuar como empresrio. Em decorrncia disso, verificou-se tambm o crescimento exagerado das funes por ele desempenhadas, principalmente em decorrncia da diversificao de suas actividades econmicas, pelo crescimento acentuado da produo, pela ampliao do nmero de servidores necessrios sua execuo e ainda pela necessidade de descentralizao de algumas dessas actividades, dentro da prrpia administrao pblica. Em qualquer segmento da economia, a expanso de actividades implica na necessidade da presena de profissionais que garantam a observao aos controles implantados e s rotinas de trabalho, e principalmente, que os demonstrativos contabilisticos sejam merecedores de confiana. Segundo Attie (1992,p.28)2 surge, pois, neste contexto, a Auditoria das Finanas Pblicas, uma funo independente de avaliao, criada dentro do Estado para examinar e avaliar suas actividades, a qual prope-se a auxiliar os membros da administrao a desincumbirem-se eficazmente de suas responsabilidades, por intermdio do fornecimento de anlises.

2

ATTIE, Willian. Auditoria das Finanas. So Paulo: Atlas, 1992

9

No nosso pas a auditoria das Finanas pblicas legalmente bordado como auditoria interna a qual apoia-se num Subsitema de Control Interno (SCI). De acordo com a lei n972002 de 12 de Fevevreiro (SISTAFE), compete aos orgos ou entidades que integram o SCI exercer as actividades de verificao da aplicao dos procedimentos estabelecidos e o cumprimento da legalidade, regulardade, economicidade, efeicincia e efeiccia tendo em vista a boa gesto na utilizao dos recursos colocados disposio dos orgos e instituies do estado. Entende-se por eficcia na gesto dos recursos pblicos a maximizao do impacto da despesa pblica no desenvolvimento econmico do pas e no bem estar da sociedade em greal, e a eficincia, a minimizao dos desperdicios, isto todas as despesas pblicas devem ser feitas tomando em conta a minimizao dos custos, sem por em causa a qualidade e outros critrios pr estabelecidos.

CAPITULO III AUDITORIA DAS FINANAS PBLICAS - O PROCESSO DE AUDITORIA Qualquer auditoria desenvolve-se em trs grandes fases: planeamento, execuo e relato. Segue-se uma descrio destas fases, bem como as aces complementares do prcesso de auditoria nomeadamente: superviso, acompanhamento das recomendaes e avaliao dodesempenho/qualidade. 3.1 Planeamento da Auditoria 10

O planemaento de grande importncia para a execuo da auditoria e para atingir os seus objectivos e consite no desenvolvimento de um plano global em funo dos objectivos que se perseguem. O detalhe e abrangnicia da planificao pode variar consoante a magnitude e especificidade da entidade a auditar, a experincia e conhecimento que o auditor tenha da entidade e da actividade que a mesma desenvolve e, bem assim, da qualidade do controlo interno. O planeamento compreende as seguintes etapa: Reviso da infrmao compilada sobre a entidade auditada e sua organizao; Anlise do Risco; Avaliar o risco de auditoria e definir limites de materialidade;

Elaborao do plano de auditoria e o memorando do planeamento da auditoria. O plano deve abranger a diviso de trabalho de auditoria em reas a analisar, a quantificao de recursos necessrios a calendarizao e o oramento da aco.

3.1.1 Reviso da infrmao compilada sobre a entidade auditada e sua organizao O auditor quando esta perante uma auditoria, torna-se necessrio desenvolver um imprtante trabalho de levantamento preliminar e geral sobre a entidadee sua organizao. O auditor deve obter um amplo conhecimento da entidade a auditar. Este deve conhecer: Informao geral sobre a instituio auditada;

Estatututo orgnico e regulamntos internos;

Quadro pessoal; Descrio da organizao (organigrama); Planos estratgicos e programas;

Legislao especifica do sector;

Oramento fundo interno, e externos e relatrios financeiros da actividade. Descrio dos sistemas e rotinas de controlo interno nas reas de administrao e finanas, recursos humanos e planeamento ; Lista sobre contas bancrias. 3.1.2 Anlise de risco No processo de uma auditoria uma entidade a anlise de risco uma parte essencial na fase do planeamento da auditoria. A anlise de risco feita com base na informao recolhida sobre a entidade. 11

3.1.3 Risco de auditoria e Materialidade A auditoria muitas vezes no abrange a verificao de todas as operaes e recursos utilizados pela entidade auditada, isto significa que o auditor interno deve avaliar o risco de auditoria. Risco de auditoria significa o risco do auditor no idntificar eventuais erros e dar uma opinio no apropriada. Para diminuir o risco de auditoria, essencial que o auditor escolha criteriosamente os seus mtodos de exame e recolha evidncia suficiente de forma a que obtenha uma base razvel para a emisso da sua opinio. 3.2 Execuo da auditoria 3.2.1 A avaliao do controlo interno A avaliao do controlo interno deve ser realizada tendo em conta o objectivo da auditoria. Existem determiados elementos essenciais a ter em ateno quando se avalia um sistema de controlo interno: Definio de nveis de autoridade e delagao de responsabilidades;

Segregao, separao ou diviso de Funes;

Ciclo do controlo das operaes (autorizao/aprovao/ execuo/ registo/custodia); Controlo das aplicaes do ambiente dos sistemas informticos; Adopo de procedimentos de conciliao e conferncia independentes; Existencia de auditoria interna.3.2.2 Objectvos, procedimentos de auditoria e critrios de controlo interno por rea

3.2.2.1 Contabilidade Objectivos de Auditoria: Avaliar a fiabilidade financeira; Emitir uma opinio sobre a conformidade legal e regularidade financeira da

informao contida no processo de contas; Identificar os pontos fracos do controlo interno implementado, avaliar os seus

potnciais efeitos caso no sejam tomadas medidas para a sua correco, e formular recomendaes visando a melhoria dos procedimentos; Avaliar o cumprimento das disposies legais relativas ao registo e contabilizao das despesas e das demais regras de disciplina oramental. Legilao bsica Lei 9/2002, de 12 de Feveriro, SISTAFE.

12

Decreto n 23/2004, de 20 de Agosto REODF Regulamento sobre a Execuo do Oramento de Funcionamento para os Departamentos Financeiros. Criterios de controlo interno que se espra no sector de contabilidade

Contabilidade interligada com os relatrios finaceiros; Contabilidade actualizada de acordo com as leis, incluindo monitoria das transaes fluxos e saldos bancarios e oramentais.

Contabilidade com recurso a vrias aplicaes informticas deve ser reconciliada com os livros obrigatrios. Devem existir controlos perventivos contra mudanas e manipulaes, bem como de procedimentois de back-up

Controlo prvio / posterior das transes Controlo mensal de prestao de Contas

Pista de Auditoria no caso de receitas das despesas deve se partir da contabilidade (contabilidade de despesas), - no caso das receitas deve-se partir da origem das receitas e precorrer todo caminho at a sua contabilizao.

Devem ser feitas reconciliaes entre; - contabilidade bancria da execuo oramental, - contabilidade de projectos plurianuiais e contabilidade anual, contabilidade e extratos do banco.

3.2.2.2

Procedimentos para o encerramento do exercicio do ano corrente e

abertura do ano seguinte Objectivos de Auditoria:

Emitir uma opinio sobre o cumprimento das medidas de operacionalizao dos procedimentos do encerramento de 200X e abertura de 200X+1, no ambito da implemetao da lei n 9/2002 de 12 de Fevereiro que cria o SISTAFE Sistema de Administrao Finaceira do Estado.

Assegurar que os rcursos financeiros do estado se encontram concentrados na conta nica de Tesouro (CUT), atravs do processo de recolha da recita para conta nica de acordo com o classificador Economico de Receita (CER) e classificador da Fonte de recursos (FR) Legislao Bsica Lei 9/2002, de 12 de Feveriro, SISTAFE. 13

Criterios de controlo interno

Existncia de uma prestao de conta correcta

Contagenm fisica de caixa a 31/12 Reconciliaes contabilisticas Reconciliaes bancrias reportadas a 31/123.2.2.3

Despesas aquisio de Bens e Servios

Objectivos de Auditoria:

Avaliar as actividades de aquisio, recepo, conferncia e armazenagem de bens e servios; Identificar os pontos do controlo interno implantado, avaliar os seus potenciais efeitos caso no sejam tomadas medidads para sua correco, e formular recomendaes visando a melhoria dos procedimentos

Avaliar o cumprimento da legislao sobre a contratao de empreitada de obras Pblicas, forncimento de Bens e Prestaes de servios ao estado.

Legislao Bsica

Decreto N 54/2005, de 13 de Dezembro , Regulamento de Contratao de Empreitada de Obras Pblicas, Fornecimento de Bens e Servios. Diploma Ministerial n 142/2006, de 5 de Setembro aprova o Modelo de estruturao das Unidades Gestoras Executoras das aquisies; Dipoloma Min, n148/2006, de 8 de sembro, Aprova os Documentos de concurso para bens e Servios gerais de pequena dimenso.

Criterios de controlo interno

Devem existir unidades gestoras e executors de aquisies e omisses de recepo que efectivamente funcionem. No caso dos orgos de Estado, o seu funcionamento regulado pelo decreto 54/2005 de 13 de Dezembro: A utilizao do sistema de concurso competitivo e o papel de UGEA so aspectos muito importantes para um bom controlo interno.

Deve existir uma segregao de funes no processo de execuo oramental.

14

tambm muito importante que exista e que se recorra a uma lista de fornecedores autorizados. A aprovao desta lista, bem como a sua alterao no deve ser da responsabilidade do departamento de compras.

Deve existir transparncia, documentao e critrios claros para avaliar as propostas dos concursos. A contabilidade tem um papel muito importante no controlo interno, para assegurar que os pagamentos correspondem apenas ao que as reconciliaes entre documentos para os pagamento Factura Requisio Guia de Remessa Livro Numerador de Requisies Externas e de Controlo de Pagamento Existncia/utilizao fisica.

3.2.2.4 Patrimnio Objectivos de Auditoria:

Avaliar as actividades de gesto, manuteno, inventariao e controlo fisico do patrimnio do estado afecto a instituio. Identificar os pontos fracos do controlo interno implantado, avaliar os seus potenciais efeitos caso no sejam tomadas medidas para a sua correco, e formular recomendaes visando a melhoria dos procedimentos;

Avaliar o cumprimento da legislao sobre a gesto e controlo do patrimnio do estado.

Legislao Bsica:

Dec. N 23/2007 de 5 de junho que aprova o novo regulamento do patrimnio do estado; Diploma Min n 78/2008, 4 de Set., Aprova o classificador Geral de Bens Patrimoniais;

Criterios de controlo interno

Deve existir informao detalhada dos bens duradouros com os respectivos custos unitrios e localizao Deve existir um departamento, repartio ou seco responsvel pela rea do patrimnio;

15

Deve existir Segrgao de funes entre patrimnio Aquisioes de bens Contabilidade e Tesouraria. Deve existir Infra-Estruturas, organizao e meios adequados dos armazens para prevenir vrios tipos de perdas de stocks.

3.2.2.5 Receitas Objectivos de Auditoria: Cracterizar e inventariar a eventual existencia de receitas prprias geradas pela Instituio ou a ela consignadas e respectiva cobertura global. Identificar os mecanismos de registo e controlo implementados pela instituio para a cobrana, utilizao, contabilizao e prestao de contas das receitas prprias, e formular recomendaes visando a melhoria de procedimentos. Legislao Bsica:

Lei 9/2002, de 12 de Feveriro, SISTAFE. Decreto n 23/2004, de 20 de Agosto Lei n 1/08 de 16 de Janiro Define o regime financeiro, oramental e patrimonial das autarquias locais e o sistema tributrio autrquico

Criterios de controlo interno

Relactivamente as receitas ha duas funes de controlo muito importante: - a reconciliao da contabilidade uma funo independente da inspeno da cobrana;

igulamente importante que os cobradores e os inspectores sejam rodados para evitar possiveis colaboraes com as pessoas que tem o dever de pagar; importante sublinhar que o auditor deve identificar muito bem a realidade que est na origem das receitas, para poder julgar a razoabilidade dos montantes contabilizados. Com o recurso ao computador afcilmente, possivel calcular e anlisar a correlao entre as receitas e outros factores. Por exemplo: comparar as receitas entre: Liquidaes cobrana Depsito no banco informao da verificao dos procedimentos no campo;

3.2.2.6 Recursos Humanos e Vencimentos Objectivos de Auditoria: 16

Analisar a situao actual do pagamento de vencimentos e organizaes de recursos humanos. Avaliar o cumprimento da legislao contante do Estatuto Geral dos funcionrios do Estado e da especifica do sector, essencialmente na vertente do controlo financeiro.

Legislao Bsica:

Dec. 14/87, de 20 de Maio, actualizado pelo Dec. N47/95, de 17 de Outubro Estatuto Geral dos funcionrios do Estado (EGFE) legislao complementar.

Criterios de controlo interno

S pessoas nomeadas e em servio efectivo devem receber vencimento. Para garantir esta situao necessrio que o auditor efectue trabalho de campo atravs da observao fisica das pessoas selecionadas.

Todas as alteraes devem ser devidamente autorizados. Os vencimentos devem ser pagos com base nas folhas de ponto aprovadas, e os valores abonados devem estar em conformidade com as regras em vigor. Todos os pagamentos devem ser correctamente contabilizados e os desvios de oramento devem ser analisados. O acesso dos ficheiros de pessoal, registos e processamento de salrios devem estar limitadas as pessoas autorizadas.

3.3

Evidencia Uma parte importante do trabalho do auditor consite em obter evidncia de auditoria para

poder fundamentar as suas concluses. Uma vez que raramente se analisam todas as informaes acerca da entidade auditada, essencial que as tcnicas de compilao de dados e de amostragem sejam cuidadosamente escolhidas e sejam suficientes para detectar adequadamente todos os erros e irregularidades materialmente relevantes. Os auditores devem documentar adequadamente as informaes probatrias em papeis de trabalho. 3.3.1 Classes de evidncia Segundo a fonte de obteno, a evidencia de auditoria pode ser classificada em : Evidencia fisica a evidencia obtm-se mediante a inspeno ou observao directa. A inspeo efectua-se relactivamente a determinados bens do activo (numerrio em cofre, 17

stocks em armazm, bens patrimoniais, etc). A inspeco de activos tangveis proporciona evidncia sobre a sua existncia mas no sobre a sua propriedade. Evidncia Documental a evidncia documental consiste no exame de registos contabilisticos, contractos , cartas, facturas, etc. O exame destes controlos internos. Evidncia anlitca consiste em clculos, comparaes, estudo de ndices e tendncias, assim como a investigao de variaes e transaes no habituais. Confirmaes - confirmao consiste em obter a corroborao, normalmente por escrito, de uma determinada informao. Pode ser conseguda atravs de certides ou de circularizes. 3.3.2 Requesitos de Evidncia Em poucas situaes poder o auditor ter certeza absoluta sobre a correco ou exactido da informao auditada. Contudo, percisa de ter uma evidncia adequada pertinente e razoavl para fundamentar a sua avalio e a concluso a que chegou aps a realizao dos testes de auditoria ( de conformidade, substantivos ou outras provas). Isto , o auditor deve reunir evidncia suficiente. Uma evidncia suficiente deve permitir que terceiras pessoas cheguem s mesmas concluses a que o auditor chegar. registos e documentos proporciona distintos graus de evidencia segundo a anatureza da fonte e a eficcia dos

3.3.3 Papeis de trabalho

Todos os passos e etpas da auditoria devem ser cuidadosa e adequamente documentados, bem como os resultados das observaes efectuadas e as conculses extraidas Essa documentao, preparada ou obtida pelo auditor, colectivamente designada por papeis de trabalho, e constitui o elo de ligao entre o trabalho de campo e o relatorio da auditoria. Um papel de trabalho deve conter o seguinte: cabealho, identificao, fonte, explicao, Referncias, Alcance do trabalho, informao geral, e concluses 3.4 Auditoria no ambiente de infrmtica

A implementao da e-SISTAFE em Moambique, e assim, a informatizao em geral, tem impactos no trabalho do auditor interno. Trs aspectos importantes a conciderar so: a) Procedimentos para avaliar sistemas informatizados b) Informao sobre a entidade auditada 18

c) Verificao atravs de relatrios 3.4.1 Procedimentos para avaliar sistemas informatizados Os principios gerais de auditoria so aplicaveis nas entidades auditadas que utilizam sistemas informatizados, assim como nas entidades que utilizam sistemas manuais. Nos dois casos o auditor deve ter compreenso e descrever o sistema, avaliar o controlo interno e recorrer a testes. Por isso, exames de sistemas informatizados, no devero ser vistos como uma tarefa isolada, mais sim, uma parte dos exames e avaliao de sistemas. Por esta razo, no necessrio separar auditoria de sistemas informatizados da auditoria de sistemas manuias. Porm, o ambiente informtico tem um impacto no controlo interno. Novas metodologias de controlo, possibilitados pela informtica, implicva necessidades de alteraes da metodologias dos exames do auditor interno. O controlo interno das sistemas informatizados dever garantir que; Toda informao processada, e que no h repetiao de transaes. A informao correcta, e no est distorcida durante o processamento. H autorizao das transaes feitas no sistema. H uma pista de auditoria existe a possibilidade de seguir uma transao sem dificuldade, do incio at o fim do processo.

3.4.2 Informao sobre entidade auditada A informtica significa novas possibilidades para o auditor no seu trabalho. Em Moambique a implementao do e-SISTAFE, significa que o auditor interno ter maior e mais amplo acesso informao sobre as entidades a serem auditadas, isto atravs de relatrios produzidos pelo sistema. E-SISTAFE j permite a extrao de relatrios. O auditor interno pode retirar os relatrios de interesse, se tiver acesso ao sistema, ou pode solicitar a entidade auditada para retirar os relatrios. O auditor pode obter informaes, por exemplo, sobre o oramento, a execuo de oramento e a componente externa e interna do oramento. Estas informaes so teis na fase do planeamento das auditorias 3.4.3 Verificao atravs de Relatrios 19

Alguns dos relatrios produzidos no E-SISTAFE podem ser utilizados para a verificao do controlo interno, a seguir uma lista de controlos que j podem ser efectuados atravs de relatrios no -SISTAFE: Controlo da componente interna e externa Objectivo: Avaliar o nvel de execusso do oramento e do andamento dos projectos Controlo de % de pagamentos via Directa Objectivo: verificao do uso via directa Controlo dos processos administrativos com liquidao parcial/final, mas sem conformidade processual. Objectivo: avaliar o processo do controlo interno a cargo do agente de controlo interno Controlo de UGB com mais de dois processos administrativos abertos do tipo adiantamento de fundos. Objectivo: ter uma base para o auditor verificar os motivos de atraso a aces tomadas Controlo da recolha das receiatas extractiva por Provincia e UGB. Objectivo: verificar a ocorrncia de atrasos na liquidao na recolha da receita. Controlo de alteraes das dotaes oramentais centrais e provinciais e dos registos das suas fundamentaes. Objectivo:acompanhamento da reghularidades processadas no oramento do estado das movimentaes Controlo das receitas a recolher canceladas Objectivo : Acompanhar os cancelamentos das receitas a recolher, seus valores e fundamentos de cancelamento Controlo de desponibilidade financeiras e saldos significativos das contas caixa e banco CUT. Objectivo: Apurar e a companhar os saldo disponiveis de recursos do oramento, constando possiveis imobilizaes desnecessrias e prejudiciais ao errio pblico. Controlo do subsidio e o dotado do oramento. Objectivo: possibilitar a avaliao comparativa entre o subsidiado e o dotado. 3.5 A Fraude no Sector Pblico

3.5.1 Identificao da Fraude O auditor dever possuir os conhecimentos adequados para identificar os indicadores de fraude mas no se espera que disponha da pericia de algum cuja responsabilidade a deteco e a investigao de fraude.

20

A fraude engloba um conjunto de irregularidades e actos ilegais caracterizados pelo engano intencional. Pode ser perpetuada em benficio ou em prejuizo da entidade e por pessoas tanto exteriores ou como fazendo parte da organizao. A fraude perpetuada em detrimento da organizao geralmente em benficio directo ou indirecto de um empregado , entidade ou outra organizao. Citam como exemplos: Aceitao de subornos;

Desvio para um empregado ou terceiro de uma transao potencionalmente proveitosa que geria normalmente vantagens para a organizao. Desfalque, tipificado pela posse indevida de dinheiro de bens, e falsificao de registos fianceiros para dar encobrimento ao acto, tornando assim a deteo dificil. Encobrimento ou descrio incorrecta e intencional de factos e dados. O Relatrio de Auditoria

3.6

Aps completar o exame de auditoria, dever ser emitido um relatrio escrito, assinado, apresentando as deficincias detectadas conjuntamnte com as propostas de recomendao para que estas sejam corrigidas ou que o risco seja minimizado. 3.6.2 Objectivos do realtrio de Auditoria O relatrio de auditria a opurtunidade que o auditor tem de colocar o seu produto ao servio da organizao e obter da gesto a sua mais completa ateno. O relatrio sereve para: Informar gesto sobre o resultado da avaliao da organizao. Dar recomendaes que poder contribuir para uma gesto eficiente. Atrair a ateno da gesto e alertar sobe os riscos existentes nos sistemas, nos mecanismos de controlo e no funcionamento da organizao.3.6.3 Formato do Relatrio

Embora o formato e o contudo dos relatrios de auditoria possam variar consoante a organizao e o tipo de auditoria, devem conter, no minimo: O objctivo da auditoria; O ambito;

Resultados do trabalho de auditoria; 21

O relatorio de auditoria deve incluir, no minimo, e de entre outra informao:

Um sumrio exaustivo; Uma introduo As constataes sobre o trabalho efectuado; As concluses e; As recomendaes. 3.6.4 Liguagem do Relatrio Regras bsicas O lingugem do relatrio dever ser: Simples; Calara; Viva 3.6.5 Relatrios sobre fraude Quando a incidncia de fraude significativa tiver sido estabelcida com uma certeza razvel, as situaes devem ser comunicadas de imediato gesto superior. Os resultados da investigao de uma fraude podem indicar que a fraude tenha tido um efeito material adverso anteriormente desconhecido, relactivo situao financeira e aos resultados operacionais da organizao, por um ou mais ano, e respeitante ao quais j tenham sido publicadas as demonstraes financeiras. Os auditores internos devero informar a gesto superior de tal contatao.

22

CAPITULO V - BIBLIOGRAFIA CRUZ, Flvio da. Auditoria Governamental. So Paulo: Atlas, 1997. MOTA, Joo Maurcio. Auditoria: Princpios e Tcnicas. So Paulo: Atlas, 1988. CARLOS Baptista Da Costa, Auditoria Financeira , 7 edio, 2000 ATTIE, Willian. Auditoria das Finanas. So Paulo: Atlas, 1992 Lei n 9/2002, de 12 de Fevereiro, do Sistema da Administrao Financeira do Estado (SISTAFE). MANUAL BSICO DA AUDITORIA INTERNA , 2 Verso- INSPENO-GERAL DE FINANAS,.2007

23