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ATUALIZA ASSOCIAÇÃO CULTURAL ELANE CRISTINA DOS SANTOS FORTUNA CUIDADOS DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES COM ÚLCERA POR PRESSÃO ( UP) NA UTI. Salvador-Bahia 2012

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ATUALIZA ASSOCIAÇÃO CULTURAL

ELANE CRISTINA DOS SANTOS FORTUNA

CUIDADOS DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES COM

ÚLCERA POR PRESSÃO ( UP) NA UTI.

Salvador-Bahia

2012

ELANE CRISTINA DOS SANTOS FORTUNA

CUIDADOS DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES COM

ÚLCERA POR PRESSÃO (UP) NA UTI.

Artigo científico apresentado à disciplina

Metodologia da Pesquisa, como requisito

parcial para obtenção do título de Especialista em Enfermagem em UTI, sob a

orientação do Professor Fernando Reis do

Espírito Santo.

Salvador-Bahia

2012

CUIDADOS DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES COM

ÚLCERAS POR PRESSÃO (UP) NA UTI.

RESUMO

¹Elane Cristina dos Santos Fortuna

²Fernando dos Reis Espírito Santo ( orientador)

Estes estudo aborda sobre os cuidados que a enfermagem devem ter na prevenção de Úlceras

por pressão. As Úlceras por Pressão (UP) são definidas como lesões provocadas pela

constante pressão praticada sobre um certo ponto do corpo, causando um grave

comprometimento do aporte sanguíneo com redução ou cessação da irrigação tissular,

ocasionando oclusão de vasos e capilares, isquemia e morte celular. Podem ocorrer por

diversos fatores predisponentes do paciente crítico, sobretudo, em Unidade de Terapia

Intensiva (UTI). A UP é sempre um motivo de preocupação pela equipe de enfermagem, visto

que seu surgimento e prognóstico estão relacionados diretamente com a qualidade da

assistência oferecida. Foi realizado um estudo de caráter descritivo e qualitativo, com o

objetivo de evidenciar, a partir da literatura, os cuidados de enfermagem aos pacientes com

úlceras por pressão (UP) na UTI. Conclui-se que há a necessidade da avaliação do processo

da assistência de enfermagem, de forma a identificar a conformidade das ações de

enfermagem e os aspectos que demandam mudanças institucionais, já que podem intervir na

ocorrência da UP objetivando o aperfeiçoamento da qualidade e a maior segurança para os

pacientes internados em UTI.

Palavras – chaves : Ùlcera por pressão, assistência de enfermagem, Unidade de terapia

Intensiva

ABSTRACT

This study focuses on the care that nursing should be the prevention of pressure ulcers. The

pressure ulcers (PU) are defined as injuries caused by constant pressure practiced on a certain

point the body, causing a severe disruption of the blood supply to reduction or cessation of

irrigation tissue, causing occlusion of blood vessels and capillaries, ischemia and cell death.

May occur for several predisposing factors of critically ill patients, especially in the Intensive

Care Unit (ICU). The UP is always a cause for concern by the nursing team since its inception

and prognosis are directly related to quality of care provided. We conducted a study of

descriptive and qualitative, in order to demonstrate from the literature, nursing care to patients

with pressure ulcers (PU) in the ICU. Thus, we conclude that there is a need for process

evaluation of nursing care, to identify compliance of nursing actions and aspects that require

institutional changes, as they can intervene in the occurrence of PU aiming at improving the

quality and greater safety for patients in the ICU

______________________________________ 1 Pós-Graduanda de Enfermagem em UTI – Atualiza

² Doutor em educação PUC/SP- Prof da UFBA

1 INTRODUÇÃO

Apresentação do objeto de estudo

De acordo com Santos et. al. (2005), as Úlceras por Pressão (UP) significam um grande

problema para os serviços de saúde, sobretudo para as equipes de enfermagem e

multidisciplinar, tanto devido às altas incidências, prevalência e diferenças de medidas

profiláticas e terapêuticas existentes, quanto pelo aumento da mortalidade, morbidade e custos

delas oriundas.

A UP se apresenta por uma lesão da pele provocada pela ligação de fatores intrínsecos e

extrínsecos que, depois de certo período de fluxo sanguíneo deficiente, os nutrientes deixam

de ser conduzidos para a célula e os produtos de deterioração se aglomeram, e com isso,

acontece a isquemia acompanhada de hiperemia, edema e necrose tecidual, chegando à morte

celular (KRASNER; CUZZEL, 2003).

Elas são consideradas como episódios desfavoráveis ocorridos durante o processo de

hospitalização, que repercutem de maneira indireta a qualidade do cuidado oferecido (SOUSA

et. al., 2006). Para Silva et. al. (2010) destacam que se trata de uma complicação bastante

frequente em pacientes críticos e sofre um grande impacto sobre sua recuperação e qualidade

de vida.

Este paciente crítico está mais predisposto a desenvolver este tipo de problema, devido à

sedação, mudança do nível de consciência, suporte ventilatório, utilização de drogas

vasoativas, restrição de movimentos por um longo período e instabilidade hemodinâmica

(FERNANDES; CALIRI, 2008).

Diante disso, o cuidado intensivo prestado a esses pacientes, normalmente, se torna mais

eficiente no momento em que é desenvolvido em setores específicos, que proporcionam

recursos e objetivos para sua progressiva recuperação.

Tais unidades específicas chamadas UTI consistem num conjunto de elementos funcionais

incorporados, responsável pelo atendimento de pacientes graves ou de risco que demandem

uma assistência médica e de enfermagem contínuas, além de equipamentos e recursos

humanos especializados (MS, 1998).

Segundo Baldwin e Zeegleer (1998), o avanço tecnológico em cuidados de saúde tem

ampliado as condições de sobrevida de pacientes críticos, contudo, por causa da instabilidade

fisiológica e restrita imobilização, tornam pessoas de alto risco para o desenvolvimento dessas

UP.

Conforme relatos de Gomes (1988), embora já se tenha o avanço tecnológico, ainda não há

uma definição suficiente de cuidado intensivo. Entretanto, ele considera como sendo aquele

oferecido a pacientes recuperáveis, porém que precisam de uma supervisão constante, e que

estão sujeitos a se submeterem a procedimentos especializados e desenvolvidos por pessoal

especializado.

Justificativa

O tema foi escolhido ao observar que em uma UTI de um determinado hospital, durante um

estágio voluntário, a maioria dos pacientes acamados em estado critico, apresentavam úlcera

por pressão por falta de análise e cuidados. A prevenção de UP deve ser uma prática criteriosa

de qualidade e uma ação prioritária, utilizando estratégias que possam envolver a instituição e

a equipe multidisciplinar que atua na UTI, dando prioridade ao enfermeiro que está

diretamente e de forma contínua ligada a esse paciente.

Independentemente da razão que acarretou a internação do paciente em uma UTI, a

concentração de pacientes graves ou críticos, dependentes de mudanças repentinas com

relação ao seu estado geral, a incessante expectativa de situações de quebra repentina das

atividades normais pelas urgências médicas, geram uma atmosfera emocionalmente

comprometida, onde o estresse está presente tanto nos elementos que operam nas unidades

quanto em pacientes e em seus familiares, sendo esses bastante comprometidos em suas

necessidades básicas.

Problema

Quais os cuidados de enfermagem aos pacientes com úlceras por pressão (UP) na UTI?

Objetivo

Evidenciar a partir da literatura os cuidados de enfermagem aos pacientes com úlceras por

pressão (UP) na UTI.

Metodologia

Foi realizado um estudo de caráter descritivo e qualitativo, com o objetivo de evidenciar a

partir da literatura os cuidados de enfermagem aos pacientes com úlceras por pressão (UP) na

UTI. Para tanto se procurou localizar e obter a bibliografia já tornada pública a respeito do

tema em estudo, através de livros, monografias, teses, jornais, revistas, publicações avulsas,

sites, artigos científicos, manuais, portaria, entre outros, dos últimos seis anos.

Para Minayo (2000, p. 22), “... entendemos por metodologia o caminho e o instrumental

próprios de abordagem da realidade. Neste sentido, a metodologia ocupa lugar central no

interior das teorias sociais, pois ela faz parte intrínseca, da visão social de mundo veiculada na

teoria”.

Para Lakartos e Marconi (2001, p. 183), a pesquisa bibliográfica consiste em colocar a

disposição do pesquisador tudo o que foi escrito, dito ou firmado sobre o assunto em questão.

Acrescenta ainda que ela não se resume a uma “mera repetição do que já foi dito ou escrito

sobre certo assunto, mais propicia um exame de um tema sobre novo enfoque ou abordagem,

chegando a conclusões inovadoras”.

2- REVISÃO DE LITERATURA

2.1 CONHECENDO A UTI

De acordo com Lino e Silva (2001), a UTI teve origem ao mesmo tempo da evolução dos

avanços tecnológicos, atingidos pela medicina moderna. Há muito tempo já se analisava a

observação contínua, porém, na enfermagem, tal prática ou intervenção foi ressaltada com

Florence Nightingale, na guerra da Criméia entre os anos de 1854 e 1856.

Foi nessa guerra que Florence forneceu um meio para a observação contínua de vários

pacientes, com poucas enfermeiras, de maneira que facilitasse o cuidado imediato. Ela

arrumava os pacientes nas enfermarias conforme o nível de gravidade e dependência, ficando

os mais críticos junto à área de trabalho das enfermeiras (GOMES, 1988, LINO; SILVA,

2001).

Durante o passar dos anos muitas tentativas foram sendo implementas em

prol do aprimoramento de unidades adequadas para o cuidado ao paciente

crítico. Assim, o meio encontrado foi a criação de um serviço no hospital que fosse de encontro às suas necessidades, ou seja, que oferecesse

recursos para os cuidados intensivos, podendo-se, então, aliar o

conhecimento da doença e a precisão de equipamentos no desenvolvimento desse método assistencial; estando tudo isso associado a

uma vigilância contínua (GOMES, 1988, não paginado).

As primeiras UTI apareceram no Brasil, durante a década de 70 e, hoje, é uma unidade

constante em todos os hospitais. O Ministério da Saúde (1998) conceitua a UTI como sendo

um local em que há um grupo de elementos funcionalmente unificados, sendo responsáveis

pelo atendimento de pacientes graves ou de risco que requeiram uma assistência médica e de

enfermagem constantes, além de equipamentos e recursos humanos especializados.

Diante disso, para Gomes (1988) e Orlando (2001), a principal função das UTI se constitui na

convenção de cuidado intensivo de enfermagem com atenção médica constante na assistência

oferecida ao paciente crítico, diminuindo, sempre que possível, a morbidade e mortalidade.

Neste caso, percebe-se, que o grupo de profissionais da UTI parte geralmente, de uma equipe

restrita de médicos e equipe de enfermagem. Todavia, Orlando (2001), salienta que com o

decorrer dos anos, devido ao aumento da dificuldade no atendimento prestado aos pacientes

críticos, com a evolução tecnológica e com a necessidade natural cada dia mais de

especialização, essa quantidade de profissionais vem aumentando gradativamente.

Atualmente, o paciente em uma UTI é cuidado por uma grande quantidade de profissionais

como: médico, fisioterapeuta, equipe de enfermagem, nutricionista, psicólogos e

administradores. Todos desempenham suas atividades dentro de suas especialidades, estando

o trabalho desta equipe multiprofissional ligado, segundo Orlando (2001), ao entendimento

evidente, por intermédio de cada um, de suas metas, à colaboração entre eles, à percepção de

suas funções e à habilidade de comunicação entre os diversos membros.

Hoje, a UTI é considerada como um ambiente onde a assistência é especializada e com

qualidade, devido ao tipo de paciente que se encontra internado, o que se evidencia a suma

importância de profissionais especializados e capacitados (MS, 1998).

Diante do mencionado, é evidente que suas características funcionais se tornam diferentes dos

outros setores de um hospital, por serem suas rotinas realizadas, geralmente, num ritmo bem

mais acelerado, por se desenrolarem num clima de ansiedade e situações de morte iminente.

Sob a ótica de Orlando (2001) e Oliveira et. al. (2003) a UTI se caracteriza como sendo um

local de alta tensão, acabando por acentuar o estado de estresse que tanto o paciente quanto a

equipe vivenciam durante as 24 horas do dia.

Assim, segundo Padilha (2000), a UTI pode ser distinguida como a área hospitalar que

concentra recursos materiais e humanos especializados, sendo responsáveis por atender

pacientes graves e que precisam de observação constante, cuidados exclusivos e de alta

complexidade, em que a assistência oferecida pela equipe multiprofissional possui suas

características.

2.2 - ENTENDENDO A ÚLCERA POR PRESSÃO (UP)

As UPs podem se alojar de forma muito rápida no paciente, contudo, aqueles internados em

UTI têm se mostrado como sendo de alto risco para o aumento destas lesões, devido às

instabilidades fisiológicas e à restrita mobilidade. (FERNANDES; CALIRI, 2000, BARROS

et. al., 2003).

Conceitualmente, vários termos têm sido utilizados para definir as UPs, entre os quais, escara, úlcera de decúbito e ferida de pressão. Contudo, o

termo “escara” refere-se ao tecido necrosado ou crosta que, quando

presente na lesão, impossibilita a classificação da UP até que seja

removida. O termo decúbito, derivado do latim “decubere” (ficar deitado), não é adequado para designar este tipo de ferida, pois não abrange as

lesões isquêmicas adquiridas em outras posições, como, por exemplo, na

posição sentada (MENEGHIN; LOURENÇO, 1998, p. 13-9, COSTA, 2003, não paginado, JORGE; DANTAS, 2003, p. 351-62).

Logo, a nomenclatura apropriada que vem sendo mais empregada e aprovada, segundo a

proposta das diretrizes internacionais, é úlcera por pressão, já que a pressão é o fator

etiológico mais relevante na formação dessas lesões. Assim, as UPs são conceituadas como

uma área localizada de morte celular, que se desenvolve no momento em que um tecido mole

é comprimido entre uma ênfase óssea e uma superfície dura durante um longo tempo

(NPUAP, 1989).

Com isso, a pressão, dentre outros fatores que se relacionam com o desenvolvimento de UP, é

considerada como a principal causa da ocorrência. Atentando para a etiologia das UPs, nas

pesquisas de Bryant e Rolstad (2001), Jorge (2003) e Calari et. al. (2004), a pressão nos

tecidos é apurada em relação a três fatores: intensidade da pressão, duração da pressão e

tolerância tecidual.

2.2.1 Intensidade da Pressão

A pressão exerce uma importante função. A pressão normal de fechamento capilar é de

aproximadamente 32 mmHg nas arteríolas e 12 mmHg nas vênulas.

A fim de quantificar a intensidade da pressão que é utilizada externamente na pele é medida a

pressão interface corpo/colchão, com o paciente em posição sentada ou elevada. Pesquisas

comprovam que a pressão interface alcançada em posições elevada ou sentada geralmente

excede a pressão de fechamento capilar. Tais produtos visam reduzir a intensidade da pressão

(BRYANT; ROLSTAD, 2001, CALARI et. al., 2004).

2.2.2 Duração da pressão

Fator bastante importante que precisa ser considerado juntamente com a intensidade da

pressão. Há um relacionamento contrário entre a duração e a intensidade da pressão para a

criação da isquemia tecidual. Os prejuízos podem acontecer com: pressão de baixa

intensidade durante um longo período de tempo ou por pressão de intensidade elevada durante

um curto período de tempo.

2.2.3 Tolerância tecidual

É o último fator que define o efeito patológico do excesso de pressão e é influenciada pela

capacidade da pele e estruturas que não se manifestam em trabalharem juntas a fim de

redistribuir a carga imposta no tecido (BRYANT et. al., 1992).

2.2.4 Classificação

Conforme relatos de Silva (1998) e Dealey (2001) torna-se fundamental utilizar um sistema

de classificação de UP a fim de que se possa ministrar uma descrição objetiva da lesão. Tais

sistemas foram desenvolvidos visando padronizar e objetivar um processo para a avaliação e

descrição das UPs entre os profissionais de saúde.

Diversos processos de ajustar as UPs foram preparados. Todavia, a classificação mais

empregada é a indicada pela American National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP,

1989) e seguidos como diretrizes pela Agency for Health Care Policy and Research. A

NPUAP (1989) estabelece quatro estágios na evolução da UP (BERGSTROM; BRADEN,

1992, BRYANT et. al., 1992), tais como:

Estágio I

De acordo com Young et. al. (1997), este estágio é distinguido por eritema não esbranquiçado

(vermelho escuro ou púrpura) da pele ilesa que pode ser pálido ou não pálido. O não pálido é

o que continua vermelho no momento em que comprimido, indicando uma lesão na micro-

circulação. Enquanto que o pálido empalidece ao toque, contudo, volta à cor anterior, no caso

vermelho, após a retirada da pressão, esclarecida pela autora como sendo a “oclusão capilar e

o preenchimento, sugerindo uma micro-circulação intacta”. A epiderme e a derme já estão

prejudicadas, porém, não destruídas. O paciente que tem bastante sensibilidade reclama de dor

na área.

Na visão de Bryant et. al. (1992), as UPs nesse estágio devem ser ponderadas como aviso,

podendo, com isso, cicatrizarem fluentemente, caso seja efetuada uma intervenção preventiva,

como mudança de decúbito freqüentemente, higienização e a redução ou ausência da força de

cisalhamento.

Estágio II

Aí já existe um comprometimento da epiderme e derme, podendo invadir o tecido subcutâneo.

A UP é pouco profunda e clinicamente pode ser considerada como abrasão, bolha ou cratera

rasa. A cicatrização pode acontecer através de terapêutica local, medidas que afastem a

pressão sobre o local lesionado e intervenções que eliminem o fator causal (SILVA, 1998,

DEALEY, 2001; JORGE; DANTAS 2003).

Estágio III

Trata-se de uma lesão total da epiderme e da derme e tecido subcutâneo. É possível fazer

drenagem de exsudato. A úlcera ocorre como uma cratera profunda, podendo surgir pontos de

necrose e desenvolver infecção. O fechamento dessas lesões pode acontecer naturalmente,

contudo, pode demorar e provocar uma cicatrização instável, predispondo à reincidência da

ferida. Com isso, em vários casos se utiliza o fechamento cirúrgico, exceto havendo contra

indicação (SILVA, 1998, DEALEY, 2001, JORGE, 2003).

Estágio IV

Acontece um grande estrago apresentando tecidos necróticos, comprometimento infeccioso e

drenagem, invadindo outros tecidos como músculos, ossos ou estruturas de suporte como

tendões e cápsula articular. O risco para complicações do tipo septicemia, osteomielite é

bastante elevado (BRYANT et. al., 1992, DECLAIR, 1994, SMELTZER; BARE, 1994,

JORGE, 2003).

2.2.5 Tratamento

No momento em que todos os recursos relativos à prevenção não são mais possíveis, serão

implantados métodos sempre relacionados com a necessidade individual de cada paciente.

Para Bergstrom et. al. (1992), os princípios considerados no tratamento da UP são quatro:

- Suprimir a causa da UP averiguando os motivos que induziram o paciente a desenvolver a

UP;

- Aprimorar o ambiente analisando apropriadamente a ferida e a melhor terapia tópica a ser

empregada. Documentar avaliação e implantar mudanças caso necessário. O tecido necrosado

poderá ser retirado por métodos devidamente existentes;

- Amparar o paciente, avaliar e monitorar o suporte nutricional, verificar se existem infecções

locais ou sistêmicas e buscar controlá-las ou eliminá-las, investigar o motivo da cicatrização

da ferida. A maior parte das UP oferece dor, e por esse motivo, se devem implantar medidas

para a redução desta, já que o paciente precisa ser preservado;

- Educação: torna-se uma das principais aliadas tanto na prevenção como no tratamento, já

que, na maior parte das vezes, o paciente sai do hospital e continua os cuidados em casa.

2.3 CUIDADOS DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES COM UP EM UTI

Segundo Tannure e Gonçalves (2008) e Tuyama et. al. (2004), a assistência de enfermagem

ao portador de UP deve se basear na metodologia científica. Para isso, o enfermeiro possui um

instrumento essencial, que é a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) ou

Processo de Enfermagem (PE), considerado como um processo de solução dos problemas dos

pacientes, composto das fases de investigação ou histórico, diagnóstico, planejamento,

intervenção ou implantação e evolução ou avaliação.

Tal diferencial estratégico “possibilita a aplicação dos conhecimentos técnicos, o

estabelecimento de fundamentos para a tomada de decisão e o registro adequado da

assistência prestada”.

Os cuidados necessários à completa recuperação da integridade da pele são

complexos e exigem a atuação de uma equipe multiprofissional. Neste

contexto, o enfermeiro tem um papel importante, em muitos momentos sua atuação se sobrepõe à dos outros profissionais da equipe interdisciplinar,

uma vez que é ele quem tem maior contato com os clientes. Nesse âmbito,

esse profissional possui autonomia e liberdade para traçar as estratégias de cuidados a serem adotadas no tratamento de feridas, que incluem avaliação

da ferida e da pele do cliente como um todo, seguido por planejamento do

cuidado e avaliação do alcance das metas de cicatrização, prevenção de

complicações, auto-cuidado e reabilitação (CÂNDIDO, 2001, não paginado).

O enfermeiro deve atentar amplamente o paciente e a ferida. O êxito na cicatrização de feridas

depende bastante do cuidado oferecido em cada fase do tratamento, compreendendo avaliação

crítica, planejamento, implantação, evolução e registro de enfermagem.

O PE incluindo estas fases consiste numa proposta de melhoria da qualidade do cuidado

oferecido aos pacientes focalizando um relacionamento dinâmico entre enfermeiro e paciente

(TANNURE; GONÇALVES, 2008).

Depois da formulação dos diagnósticos de enfermagem baseado nos dados colhidos, a

assistência de enfermagem ao paciente com UP deve ser planejada. Durante a etapa de

planejamento, as prioridades devem ser estabelecidas e os resultados alcançados devem ser

escritos. A partir disso, as ações prescritas poderão ser implantadas e analisadas (TANNURE;

GONÇALVES, 2008).

Indiscutivelmente, os cuidados de enfermagem devem ser diferenciados a fim de atender as

necessidades específicas do paciente e podem ser qualificados como preventivos, quando o

paciente apresenta o diagnóstico de risco para integridade da pele prejudicada, ou

assistenciais, quando o diagnóstico de enfermagem de integridade da pele prejudicada já está

fixado.

Murdoch (2002) ressalta que a análise da integridade da pele nem sempre consiste numa

prioridade no período inicial que segue a admissão do paciente. Ademais, a ausência de uma

ferramenta universal para a avaliação do risco de desenvolvimento de UP dificulta a avaliação

de enfermagem.

A avaliação do paciente deve ser efetuada durante as primeiras 12 a 24 horas da admissão e

reavaliada a cada 12 horas para depois aplicar os cuidados de enfermagem. Deve ser

proporcionada uma atenção especial à reação do paciente diante do estresse e dos fatores que

intervêm na sua reconstituição ou adaptação. A enfermagem deve considerar o paciente de

maneira completa (SOUSA, 2004; SOUSA et. al., 2004; CARLSON et. al., 1999).

Para Ignácio et. al. (1997), a prevenção do surgimento de UP é considerada como um cuidado

básico de enfermagem. Durante uma pesquisa, após ser avaliada a taxa de incidência de UP na

hospitalização, foram inseridas medidas objetivando sua redução. Dentre estas medidas

preventivas estão: introdução e aplicação da prevenção e do tratamento por intermédio de

protocolos, criação de grupos de aperfeiçoamento da teoria e da prática, exposição dos

resultados por tabelas e gráficos, utilização de materiais preventivos como coxins pequenos e

descansos, dentre outros.

Um protocolo de monitorização do paciente crítico com risco de

desenvolver UP associado à escala de Braden foi utilizado em um estudo,

tendo como resultado apenas um episódio de início de ulceração, após intensificação das medidas preventivas houve regressão completa do

quadro. Foram realizados os seguintes cuidados: proteção de calcanhares e

cotovelos, seguido de inspeção diária das áreas de risco e mobilização correta, manutenção da nutrição, elevação da cabeceira a 30 graus e

mudança de decúbito de 2/2 horas. Concluiu-se que o uso do protocolo

apresentou plena efetividade na situação de paciente crítico internado por longo período de dias, contribuindo para a redução da incidência das UP

bem como para melhoria da assistência de enfermagem (ITO et. al., 2004,

p. 79-84).

A umidade oriunda de incontinência está bastante relacionada com o surgimento de UP.

Durante um estudo recente, buscou-se definir se a quantidade de ocorrências de incontinência

urinária numa população feminina idosa poderia ser reduzida através de um programa

individualizado de continência. Um projeto individualizado de cuidado para cada paciente foi

desenvolvido e executado por um ano, resultando na redução do número de UP (KLAY;

MARFYAK, 2005).

Geralmente, os cuidados de enfermagem profiláticos mencionados por diferentes autores são:

verificação da pele duas vezes ao dia, principalmente nas áreas susceptíveis como

proeminências ósseas; consumação de higiene corporal e aplicação de loção hidratante (óleo

de girassol); conservação da pele seca e de lençóis limpos e esticados; utilização de lençol

móvel; concretização de massagens de conforto nas áreas ilesas; uso de fralda descartável e

realização da troca a cada eliminação fisiológica; aplicação de pomada como barreira de

proteção em região genital; mudança de decúbito a cada duas horas ou conforme a indicação

clínica do enfermeiro da unidade; elevação de calcâneos com travesseiros e/ou coxins;

manutenção do posicionamento adequado (cabeceira a 30° graus) evitando escorregar;

acolchoamento de proeminências ósseas; utilização de travesseiro e/ou coxim para

reposicionamento e de colchão piramidal; manutenção do suporte nutricional prescrito e

utilização de curativos transparentes.

A utilização de dispositivos para alívio de pressão como travesseiro e coxim oferece apoio

para que a pressão em proeminências ósseas seja redistribuída de maneira uniforme

(TUYAMA et. al., 2004; MORO et. al., 2007; ROCHA; BARROS, 2007).

Na concepção de Bajay e Araújo (2006), a descoberta prematura de lesões e das condições de

risco como pele seca e quebradiça, presença de eritema, maceração, fragilidade, temperatura

elevada ou endurecimento é imprescindível durante o cuidado ao paciente crítico, no entanto,

no momento em que o processo de formação da lesão já está alojado, certos cuidados

assistenciais de enfermagem devem ser levados em conta: avaliação da ferida quanto à sua

natureza, forma e localização, tipo de tecido, exsudado e odor presente; mensuração da

extensão da ferida; vistoria da pele ao redor da ferida quanto à presença de edema, hiperemia,

hipertermia e dor; realização do curativo segundo as características da ferida.

Sem dúvida, o enfermeiro desempenha uma ação destacada na equipe multiprofissional

quanto ao cuidado a pacientes portadores de UP (CORREIA, 2004).

Duas pesquisas foram realizadas visando analisar a qualidade do cuidado oferecido aos

pacientes, revelando que o cuidado da ferida de pacientes internados em UTI era

inconveniente, sem estruturação e com documentação pobre, ainda que existisse bastante

esforço dos profissionais para tomar decisões propícias. As consequências mostraram que isto

ocorria devido à base de conhecimento restrita dos profissionais com relação ao processo de

cicatrização da ferida e gerência da ferida, ademais, poucos profissionais tinham recebido o

treinamento neste assunto e a maioria de seus conhecimentos foi alcançada com a

experimentação e o erro (HADCOCK, 2000).

Portanto, o enfermeiro de UTI é o profissional que deve ser totalmente capaz de prestar

assistência integral aos pacientes críticos, através de ações baseadas no conhecimento

científico. O desempenho do enfermeiro objetiva o atendimento do paciente, o diagnóstico de

sua situação, intervenções e avaliação dos cuidados específicos de enfermagem, a partir de

uma perspectiva humanista fundamentada na qualidade de vida.

Em outra pesquisa desenvolvida em São Paulo foi verificado que 27% das iatrogenias

ocorridas em UTI foram relacionados à UP. Os resultados desta pesquisa renovam a

importância de investimentos na capacitação dos profissionais que atuam com paciente crítico

como principal medida para uma assistência de enfermagem segura e de qualidade na UTI

(SILVA, 2003).

Atualmente, um estudo realizado nos EUA confirmou que um maior tempo gasto na

assistência de enfermagem está bastante relacionado com menores chances de surgimento de

UP (BOURS et. al., 2001).

Diante de tudo que foi mencionado, fica evidente que a atuação da equipe de enfermagem

pode ser favorecida pela institucionalização de instrumentos de avaliação de enfermagem que

orientem os profissionais para previsão dos fatores de risco e, consequente, prevenção das UP,

bem como de protocolos para tratamento das UP, além da capacitação permanente da equipe

multiprofissional.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Atualmente, as UP são avaliadas como um dos maiores problemas de enfermagem, sobretudo

por se tratar de uma complicação séria e bastante grave quando relacionada a pacientes com

longo período de internação, estando acamados ou debilitados.

A ligação observada nesta pesquisa mostra a importância de buscar em cada situação ou

contexto que se encontra o paciente, principalmente aqueles internados em UTI, a influência

da maior parte dos fatores e condições que aumentam o risco de ocorrência de UP, na

perspectiva de contribuir com a prevenção ou redução dessa complicação, facilitando, com

isso, a redução do tempo de internamento, do sofrimento físico e psicológico, bem como a

possibilidade de melhora do estado clínico, e, portanto, sua saída prematura da UTI.

Assim, entende-se, a partir deste estudo, que para oferecer uma assistência com qualidade e

integralizada, fundamentada na concepção holística, deve-se considerar que são inúmeros os

elementos que podem provocar a ocorrência de UP; não dependendo apenas dos cuidados

oferecidos pela equipe multiprofissional, mas inclusive, da identificação dos diversos fatores

que se interatuam entre si, dentre os quais estão os relacionados aos pacientes e à própria

instituição, como dirigente de condições para prestação de cuidados.

Esta pesquisa constata que é imprescindível a adoção de protocolos assistenciais que

considere a dimensão desses fatores e condições identificados e debatidos, visando aprimorar

a qualidade da assistência, tornando-a mais humanizada, diminuindo as complicações

provenientes dessas lesões, o tempo de hospitalização, mortalidade, os custos terapêuticos, a

carga de trabalho da equipe que presta assistência, além de representar um grande avanço na

redução no sofrimento físico e emocional do paciente e seus familiares.

Portanto é visto na literatura como essencial para a redução dos índices de UP e suas

consequências, o desenvolvimento de protocolos de cuidados objetivando a melhoria da

qualidade da assistência prestada pela equipe de enfermagem, que considere a adoção de uma

visão sistêmica desse contexto.

Esta pesquisa mostra ainda que é fundamental atentar para as limitações metodológicas deste

trabalho, não sendo o mais apropriado para avaliar a assistência. Deste modo, é indispensável

realizar outras pesquisas, utilizando-se outras metodologias, que possibilitem avaliar e

analisar além dos fatores de risco envolvidos, a qualidade da assistência de enfermagem

oferecida e o conhecimento da equipe sobre esta temática, para que seja possível melhor

caracterização do assunto em questão.

Reconhecendo, assim, que a manutenção da integridade de pele e tecidos subjacentes tem sido

uma responsabilidade da equipe de enfermagem e que a presença das UP tem sido exibida

como um indicador da qualidade de assistência dos serviços de enfermagem percebe-se a

necessidade de realização de mais estudos abordando este assunto, principalmente no Brasil.

4- REFERÊNCIAS

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