atps de direito empresarial e tributário (projeto 1)

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Sumário 01 - Introdução 6 02 - Etapa 1 7 2.1 - Direito Empresarial 7 2.1.1 - Evolução do Direito Empresarial 7 2.2 - O Empresário 8 2.2.1 - Empresário no sentido econômico 8 2.2.2 - Empresário no sentido legal 8 3 - Etapa 2 9 3.1 - Direito Empresarial e sua função social 9 3.2 - Aspectos legais da empresa 9 3.3 - Função Social da Empresa 10 4 - Etapa 3 14 4.1 - Relatório Final 14 5 - Conclusão 19 7 - Referencias Bibliográficas 20 1 - Introdução O objetivo desse trabalho é buscar e ampliar conhecimentos a respeito dos temas que fazem parte do Direito Empresarial Tributário, compreendendo cada um deles e os ambientes nos

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atps de direito empresarial

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Page 1: Atps de Direito Empresarial e Tributário (Projeto 1)

Sumário

01 - Introdução 6

02 - Etapa 1 7

2.1 - Direito Empresarial 7

2.1.1 - Evolução do Direito Empresarial 7

2.2 - O Empresário 8

2.2.1 - Empresário no sentido econômico 8

2.2.2 - Empresário no sentido legal 8

3 - Etapa 2 9

3.1 - Direito Empresarial e sua função social 9

3.2 - Aspectos legais da empresa 9

3.3 - Função Social da Empresa 10

4 - Etapa 3 14

4.1 - Relatório Final 14

5 - Conclusão 19

7 - Referencias Bibliográficas 20

1 - Introdução

O objetivo desse trabalho é buscar e ampliar conhecimentos a respeito dos temas que fazem parte do Direito Empresarial Tributário, compreendendo cada um deles e os ambientes nos quais eles são aplicados, conseguindo assim, alcançar uma perspectiva prática dos assuntos abordados através da revisão geral do Direito Empresarial Tributário da empresa.

Neste sentido, o trabalho objetiva também expor as contribuições de aprendizado nessa disciplina, propondo ao aluno a busca pela pesquisa, onde cada um através de leituras teve seu

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desenvolvimento enriquecido, procurando entender o que está pesquisando com intuito de adquirir um maior entendimento e transmitir para os demais colegas o conteúdo de forma concisa.

2-Etapa 1

2.1-Direito Comercial e Empresarial

O direito Comercial e Empresarial é o ramo de Direito que cuida e suporta a atividade econômica de fornecimento de bens ou serviços a que podemos denominar de empresa, por meio da Lei, Doutrina e Jurisprudência. Seu objetivo é o estudo de casos para a superação de conflitos envolvendo empresários ou os relacionados às empresas.

Napoleão Bonaparte, no início do século XIX, no intuito de regulamentar as relações sociais na França, editou dois diplomas jurídicos: o Código Civil e o Código Comercial. No caso do Código Comercial, para o seu campo de incidência, adotava-se a teoria dos atos de comércio. Ou seja, toda vez que alguma pessoa explorava atividade econômica considerada ato de comercio, submetia-se às regras do Código Comercial.

2.1.1-Evolução do direito empresarial

Surgiu na Itália, em 1942, um novo sistema de regularização das atividades econômicas entre os particulares. Nesse novo sistema, ouve o alargamento da frente do Direito Comercial, passando a incluir as atividades de prestação de serviços e as ligadas a terra, que passaram a se submeterem às normas aplicáveis às atividades de comercio, bancárias, securitárias e industriais. O novo sistema passou ater a denominação de Teoria da Empresa, o Direito Comercial deixou de abranger só os atos de comercio e passou a disciplinar a produção e a circulação de bens ou serviços de forma empresarial.

No Brasil, o Código Comercial – Lei nº 566, de 25 de junho de 1850 – sofreu forte influencia da teoria dos atos de comercio.

A teoria de empresa não acaba com a separação trazida pelo código napoleônico. Ela altera o campo de delimitação do Direito Comercial, ampliando-o, portanto, a separação da atividade comercial da atividade civil ainda persiste.

No Código Civil de 2002, continuam excluídas da disciplina empresarial algumas atividades econômicas, desta forma, quem as exerce não pode, por exemplo, requerer a recuperação judicial ou falir.

2.2-O Empresário

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O Código Civil trata de empresários dos artigos 966 a 971. Considera-se empresário quem exerce, profissionalmente, atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

2.2.1-Empresário no sentido econômico

A empresa é uma organização envolvendo pessoas e bens, de maneira geral, com o objetivo de lucro, crescimento, multiplicação, sempre buscando a sustentabilidade. A empresa é formada por empresários que em sentido lato são seus próprios donos que devem ter um perfil empreendedor.

2.2.2-Empresário no sentido legal

Depois de muito tempo, a Lei nº 3071 de 01/01/1916 foi substituída pela Lei nº10.406 de 10/01/02, que denominamos de Código Civil, que também substitui, em boa parte, o Código Comercial brasileiro.

O Código Civil trata de empresários dos artigos 966 a 971. Considera-se empresário quem exerce, profissionalmente, atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.O empresário pode ser pessoa física ou jurídica.

2.3-Empresa identificada pelos integrantes deste grupo.

Empresa T & G COMERCIAL LTDA, localizada na Avenida Alberto Maranhão, numero 318 bairro centro, cidade Mossoró-RN, atua como comercio varejista e pequeno porte, seus produtos comercializados são materiais de construção, o público-alvo são arquitetas, mestres de obras e pessoas com interesse em construir ou reformar moradias, é uma empresa composta por sete (7) funcionários. Nenhum dos integrantes do nosso grupo faz parte desta empresa.

3- Etapa 2

3.1-Direito Empresarial e sua Função Social.

A função social da empresa tem como fundamento fornecer a sociedade bens e serviços que possam satisfazer suas necessidades. O presente artigo traz algumas nuances do direito internacional quanto a função social da empresa e a sua previsão legal.

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A propriedade privada é, hoje , um direito consagrado universalmente, reconhecido pelo ordenamento jurídico internacional. Na declaração americana dos direitos do homem a propriedade privada é um direito indissociável da dignidade da pessoa. Na constituição brasileira o direito à Propriedade também é um direito fundamental. Partindo-se do ponto de vista que a empresa é um ente privado, logo uma propriedade privada, é latente que esta goze de proteção constitucional, proteção essa que encontra limitação na própria Constituição. Porque embora as empresas gozem de direitos, não falamos aqui de um gozo total, mas sim relativo, pois a Constituição ressalta que a empresa deve cumprir a sua função social.

Assim, temos claramente a distinção entre o empresário, o sujeito de direito que exerce a atividade econômica, a empresa, atividade econômica organizada, e o estabelecimento comercial, complexo de bens organizado para o exercício da atividade econômica.

3.2- Aspectos Legais da empresa

A Empresa que estamos falando em nosso trabalho e uma Empresa de Pequeno Porte, Regida Pela Constituição Federal de 1988, em destaque com muitas mudanças até hoje como O SIMPLES NACIONAL que foi instituída pela Lei complementar 123/2006 com o objetivo de unificar a arrecadação dos tributos e contribuição devida pelas micro e pequenas empresas brasileira, nos âmbitos dos governos federais, estaduais e municipais. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação. Também com impostos de Previdenciário e trabalhista, Com seu órgão de classe O Sindicato do comercio varejista de Mossoró disponibiliza o Código de Proteção e Defesa do Consumidor com o objetivo de resguardar as empresas da aplicação de multa no valor de R$ 1.064,10 conforme as Leis nº 12.291, de 20 de julho de 2010 e nº 8.078 de 11 de setembro de 1990. Devendo destacar Sindicato dos Empregados no Comercio de Mossoró e Médio Oeste do RN.(SECOM)

A Empresa em destaque não tem restrições éticas para comercialização e nem restrições para comunicação da mesma.

3.3- Função Social da Empresa

O princípio da função social da empresa, tal qual os princípios da função social da propriedade urbana e da função social da propriedade rural, é decorrente do princípio constitucional da função social da propriedade, e a ele está intimamente vinculado.

As severa, que o princípio constitucional da função social da propriedade "ultrapassa o simples sentido de elemento conformador de uma nova concepção de propriedade como manifestação de direito individual, que ela, pelo visto, já não o é apenas, porque interfere com a chamada propriedade empresarial" conclui que o "direito de propriedade (dos meios de produção principalmente) não pode mais ser tido como um direito individual", devendo ele atender primariamente às necessidades da sociedade, isto é, à sua função social. Também

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sobre a função social da propriedade dos bens de produção, ou seja, da empresa, escreveu Scheilla Regina Brevidelli, em artigo publicado no site Jus Navigandi:

A função social da empresa (ou seja, a função social dos bens de produção) implica na mudança de concepção do próprio direito de propriedade: o princípio da função social incide no conteúdo do direito de propriedade, impondo-lhe novo conceito. Isso implica que as normas de direito privado sobre a propriedade estão conformadas pela disciplina que a Constituição lhes impõe. Apesar de decorrente do princípio da função social da propriedade, o princípio da função social da empresa surgiu na legislação brasileira em 1976, portanto antes da Constituição de 1988, com a Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades Anônimas), estando expresso em seus artigos 116 e 154, como vemos: "Art. 154. O administrador deve exercer as atribuições que a lei e o estatuto lhe conferem para lograr os fins e no interesse da companhia, satisfeita as exigências do bem público e da função social da empresa".

O princípio da função social da empresa é reforçado pela aplicação ao direito da empresarial dos Princípios Orientadores do Código Civil de 2002, como exposto no capítulo 3, uma vez que eles auxiliam na consecução da referida função social, como por exemplo, ao receptar, através do princípio da socialidade, a função social da empresa, ao balancear economicamente os contratos através do princípio da eticidade, ou ao trazer a norma mais próxima ao caso concreto, como no princípio da operabilidade. Para tratarmos de função social da empresa é necessário retornamos ao conceito triplo de empresa, formado pelo empresário, pelo estabelecimento e pelo fundo de comércio. A função social da empresa reside não em ações humanitárias efetuadas pela empresa, mas sim no pleno exercício da atividade empresarial, ou seja, na organização dos fatores de produção (natureza, capital e trabalho) para criação ou circulação de bens e serviços. A função social da empresa encontra-se na geração de riquezas, manutenção de empregos, pagamento de impostos, desenvolvimentos tecnológicos, movimentação do mercado econômico, entre outros fatores, sem esquecer-se do papel importante do lucro, que deve ser o responsável pela geração de reinvestimentos que impulsionam a complementação do ciclo econômico realimentando o processo de novos empregos, novos investimentos, sucessivamente.

A função social visa coibir as deformidades, o teratológico, os aleijões, digamos assim, da ordem jurídica. [...] A chamada função social da propriedade nada mais é do que o conjunto de normas da Constituição que visa, por vezes até com medidas de grande gravidade jurídica, recolocar a propriedade na sua trilha normal. Apesar de estar o jurista na citação acima se referindo às normas presentes na Constituição Federal concernente à propriedade urbana e rural, tal entendimento também deve ser feito à propriedade dos bens de produção, ou seja, á empresa.

Deve o instituto da função social da empresa procurar zelar pelo pleno exercício da atividade empresarial, descrita no capítulo acima e traduzida na geração de riquezas, manutenção de empregos, pagamento de impostos, desenvolvimentos tecnológicos, movimentação do

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mercado econômico, entre outros fatores, tendo o Estado papel decisivo e insubstituível na aplicação normativa, elaboração de políticas públicas de fiscalização, proteção e incentivo ao desenvolvimento, especialmente às e média e pequena empresas e às empresas em dificuldades financeiras.

Com relação ao mundo jurídico, devem os juristas e os juízes utilizar-se dos princípios operadores do direito para a efetivação da função social da empresa, procurando observá-la na elaboração de novas Leis, e na solução de casos concretos, como por exemplo as falências com continuação do negócio, nas quais afasta-se a sociedade empresária da administração e mantém-se em funcionamento a atividade e o estabelecimento para menor prejuízo à sociedade, a gratuidade da justiça às pequenas empresas e empresas em dificuldades financeiras, a possibilidade de acordos em processos falimentares, entre outros. Devem assim o Estado, os juristas, advogados, empresários, juízes e todos os envolvidos, zelar pelo cumprimento da função social da empresa, pois através dela é a sociedade cresce e se desenvolve de forma, mas justa e igualitária. Dos pontos desenvolvidos neste artigo, percebemos que os direitos fundamentais estabelecidos pela Constituição Federal devem ser perseguidos pelo Estado para que possam trazer a estabilidade que a nação proclama. Ele tem o dever de assegurar a dignidade humana, respaldada na valorização do trabalho e nos demais princípios constantes no artigo 170 da Constituição Federal, em consonância com o princípio da livre iniciativa.

Diante da descentralização das atividades estatais para a iniciativa privada, o Estado passou de executor e protetor das garantias e princípios constitucionais para fiscalizador e interventor das atividades empresariais, o que estabelece que a sua função deve ser exercida com grande destreza, sob pena de não trazer a estabilidade e o bem-estar social almejados.

Demonstrou-se por este trabalho que, no mundo econômico e jurídico, o Estado vem perdendo parcela do seu poder e, apesar de seu interesse de proteger os princípios básicos, com a integração econômica, as empresas vêm criando novos centros de poder distintos e até muito mais poderosos, se comparados a vários países. Por essa razão, a propriedade de seus bens é protegida e amparada pelo próprio poder público, visto o seu interesse na produção econômica e na organização que a empresa exerce perante a ordem social. Entendemos que a empresa passou a exercer, em diversos setores sociais, atividades em substituição ao poder público, porém sempre deve ser levado em consideração que a iniciativa privada capitalista não tem o seu lado altruísta, e nem pode, a não ser que haja lucro em sua atividade. Concluímos, portanto que, atualmente, a empresa exerce, sim, uma grande função social, se analisada sob um aspecto secundário, porque ela somente aceitou tutelar alguns princípios constitucionais pela visão de poder fomentar negócios e abrir novos horizontes na busca de incrementar e consolidar os seus produtos e serviços para o consumo da população, carente dos direitos e princípios básicos dos direitos fundamentais e sociais constitucionalmente previstos. Assim, o Estado consegue fornecer aos seus cidadãos os direitos básicos estabelecidos na Constituição Federal desde que a iniciativa privada, sob o intuito de

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exploração de mercado, também pratique a sua função de trazer melhorias e serviços, outrora somente de responsabilidade do poder público.

4- Etapa 3

4.1- Relatório Final

“O novo Direito Empresarial, com ênfase na função social e na capacidade contributiva, é coerente e adequado à atualidade”?

A ferramenta eletrônica proveniente da tecnologia impregnada revolucionou o moderno direito empresarial, aparelhando-o, diferentemente, de sua concepção antiga, a exemplo do vetusto Código Comercial de 1850.

Com a globalização a sociedade influenciou em termo de economia, mudando os conceitos, interferindo na razão de ser da atividade empresarial e, principalmente, na consolidação de parcerias e novas estratégias para ganhos em escala de mercado.

Com toda a transformação havida na primeira década do século XXI, e forte nesse aspecto, surgiu o comércio eletrônico, que deu inicio a: vendas pela internet, novos contratos empresariais, amplitude do mercado de capitais, de molde a permear a formatação digital desse elemento substancial para a estabilidade dos negócios.

Na França, já de algum tempo, percebeu-se essa completa modificação de pensamento, passando o direito comercial a ser denominado direito dos negócios, para englobar múltiplas e variadas atividades concentradas na busca do lucro.

Entretanto, no Brasil, muitos anos foram perdidos na disputa inócua em relação à autonomia entre o direito civil e o direito comercial, sob a ótica obrigacional, fato esse superado com o advento do atual Código Civil.

O surgimento da evolução do direito empresarial brasileiro, a teoria dos atos de comércio, adotada pela parte primeira do Código Comercial revogado, e a teoria da empresa, adotada pelo Código Civil brasileiro, ao tratar do direito da empresa revogando a parte primeira do Código Comercial, tornando-se então a fonte legal do atual direito empresarial nacional.

A função social da empresa é tema de suma importância e nossos textos legais como a Constituição Federal de 1988, a Lei n. 6.404/76 (Lei da SA), a Lei n. 10.257/2001 (Estatuto da Cidade), Lei n. 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) e o Novo Código Civil (Lei n. 10.406/2002) tratam do assunto de forma explicita ou por analogia.

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Demonstra referida Constituição, já em seu preâmbulo, a preocupação com o Estado Democrático de Direito, e com a garantia dos direitos sociais e individuais, liberdade, segurança, bem-estar, desenvolvimento e justiça, e com a busca como valores supremos, de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social.

Assim, não causa espanto, na atualidade, manifestações de grandes empresários, como Emilio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração da Odebrecht S.A., holding da Organização Odebrecht: O grande capital não tem servido à produção, que promove o crescimento e gera trabalho; tem se realimentado em uma ciranda especulativa sem fim.

Esta declaração de importante empresário mostra a preocupação do setor em relação ao emprego e o desenvolvimento e permanência da empresa todos dependentes da função social.

Na verdade, por muito tempo se achou tratar-se de uma contradição a função social de empresa. É imperioso reconhecer, por conseguinte, a incongruência em se falar numa função social das empresas. No regime capitalista, o que se espera e exige delas, é apenas a eficiência lucrativa, admitindo-se que, em busca do lucro, o sistema empresarial como um todo exerça a tarefa necessária de produzir ou distribuir bens e de prestar serviços no espaço de um mercado concorrencial. Mas é uma perigosa ilusão imaginar-se que, no desempenho dessa atividade econômica, o sistema empresarial, livre de todo controle dos Poderes Públicos, suprirá naturalmente as carências sociais e evitará os abusos: em suma, promoverá a justiça social.

Em última análise, falar-se de Função Social da Empresa é falar-se de reservas. Interesse social não quer significar da maioria, mas da própria empresa, órgão estabilizador de emprego e de circulação de bens e serviços.

A matéria prima em si mesma pouco representa e muito diz se a ela se aplica a mão de obra básica para o emprego e a riqueza de um país. Uma empresa geradora de riqueza e de emprego atende à sua função social, acima de distribuir dividendos para os acionistas, como se pensava antigamente. O lucro é importante para o empresário, mas as reservas são importantes para o trabalho e para a organização em si mesma. O Capital e o Trabalho têm que se completar e não gerar conflito.

Assim, com a eleição de um ex-operário ao cargo máximo do Poder Executivo do Brasil, com o apoio maciço da população e inclusive de importantes representantes do empresariado espera-se que, finalmente, o assunto função social da empresa seja levado a sério e alçado à importância que merece.

A empresa não pode ser corolário de filantropia e nem de selvageria, mas apenas deve ser a contribuição privatista para o desenvolvimento social, mediante a reunião dos fatores produtivos.

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O Novo Código Civil a vigor em janeiro de 2003 dará mais um passo na concretização da função social da empresa, sendo contribuição decisiva para tal.

• Direito Empresarial ou ainda Direito Comercial são nomes dados a um mesmo ramo das ciências jurídicas, constituindo uma subdivisão do chamado Direito Privado. Tal divisão irá cuidar da atividade empresarial e de seu executante, o empresário, estabelecendo um corpo de normas disciplinadoras importantes na condução harmônica da atividade com os interesses do coletivo.

A questão da alta carga tributária no Brasil, e mostrar que ela sempre existiu, mas é hoje que se fala tanto nela, pois a mídia, os próprios políticos vêm tocando na questão da reforma tributária, e com isto, a população que é a que mais paga tributos, tem acordado e vem enxergando que não podemos bancar contas tão altas que nem sempre vão para o benefício da população e que muitas vezes são usados em benefício dos representantes e eleitos pelo povo.

A nossa Constituição Federal, que é nossa lei maior coloca limites a tributação feita pelos entes federados quando ela coloca o princípio da capacidade contributiva, do mínimo existencial, da igualdade, razoabilidade, proporcionalidade, dentre outros, para se evitar a arbitrariedade por parte do Estado.

O conceito de direito fundamental apresentou diversas variações ao longo do tempo essa variações se dava conforme o tempo e a sociedade em que se vivia, dificultando sua definição até os dias de hoje. No entanto, hoje não se confunde com as diversas figuras que lhe são correlatas, tais como direitos naturais, direitos humanos, direitos individuais, direitos públicos subjetivos e situações funcionais, e pode ser conceituado como as posições jurídicas ativas plasmadas na lei fundamental de um determinado Estado, conferidas quer ao indivíduo, quer a um grupo de indivíduo ou mesmo a todos os membros de uma comunidade política difusa e instintamente considerada.

Ainda que essa concepção reflita apenas a dimensão bjetiva dos direitos fundamentais, ligada apenas ao indivíduo, hodiernamente se reconhece uma relação de complementaridade entre o indivíduo e o coletivo, na medida em que o indivíduo só é livre numa comunidade livre e a comunidade só é livre se composto por homens livres. De modo que, além da dimensão subjetiva, da qual decorre a individualidade, a universidade da qual decorre a individualidade, a universidade, a permanência e a funda mentalidade dos direitos fundamentais, os mesmos possuem uma dimensão objetiva. Dessa dimensão destacam-se os seguintes efeitos: as garantias institucionais, o dever estadual de proteção, as normas de organização e processo e os direitos a prestações positivas do Estado. A partir do reconhecimento da dimensão objetiva da enunciação de certos direitos fundamentais constroem-se direitos subjetivos, residindo aí a importância do tema quando cotejado com o princípio da capacidade contributiva. Deste modo a capacidade contributiva (capacidade econômica de pagar tributos) pode ser bipartida em objetiva e subjetiva:

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a) Capacidade contributiva subjetiva ou relativa: é a efetiva e concreta capacidade de pagar tributos de cada contribuinte (6) .

b) Capacidade contributiva objetiva ou absoluta: é a aptidão genérica para pagar tributos(7) .

Assim, a capacidade contributiva subjetiva ou relativa é reconhecida quando opera-se uma autêntica individualização do tributo, valorando-se as distintas circunstâncias pessoais e familiares de cada contribuinte.

Estar-se-ia diante da capacidade contributiva objetiva ou absoluta naqueles casos em que o legislador mira as manifestações objetivas de riqueza.

Previsto expressamente no artigo15, § 1.º, da Constituição da República, o princípio da capacidade contributiva, estabelece que “sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultando à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte”.

O enunciado “sempre que possível” não significa que se concedeu ao legislador ordinário a faculdade de observa-lo ou não o principio da capacidade contributiva, de acordo com seu juízo. A interpretação mais adequada é no sentido de a capacidade contributiva deve ser observada, obrigatoriamente pelo legislador, em todos os casos em que a espécie tributária o permitir.

É possível vislumbrar três constrições jurídicas ao conceito de capacidade contributiva: a proporcionalidade a um único tributo, os fatos signo presuntivos de renda ou capital e o mínimo indispensável.

Nessas condições, a eficiência jurídica da capacidade contributiva pode ser dividida em quatro níveis:

a) O legislador só pode escolher como hipótese de incidência tributária fatos que sejam signo presuntivos de riqueza;

b) Além disso, o legislador ordinário deve escolher fatos que estejam acima do domínio indispensável para a existência digna do contribuinte;

c) Atendidas essas duas condições, o principio da capacidade contributiva determina que o legislador estabeleça gradações de alíquota;

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d) Em qualquer caso, sempre que o legislador adote a técnica de cobrar o tributo do substituto tributário, deve prever a possibilidade de reembolso pelo substituído ou a retenção do tributo devido.

A capacidade contributiva, por se enquadrar no conceito de principio constitucional, encerra um mandado de otimização, no sentido de que a mesma deve ser respeitada no seu grau Maximo, de acordo com as possibilidades fáticas e jurídicas que se apresentarem no caso concreto. O princípio da capacidade contributiva é, também, fontes de direitos fundamentais, embasando, assim, prestações jus fundamentais, de natureza positiva, que pode ser expresso justamente no direito a ver respeitado o princípio da capacidade contributiva em todas as acima enunciadas.

Assim sendo, tratando-se de direito de natureza fundamental, ocorrendo a violação da faceta objetiva do principio da capacidade contributiva, surge para o contribuinte o direito à pretensão de ver a decisão do legislador ser conduzida para dentro de seus limites.

Finalmente diante do exposto, podemos concluir que a função social da empresa é equivalente à função social da propriedade de bens de produção estando ela afeta somente à empresa, enquanto atividade que deve ser exercida observando-se função social; ao estabelecimento comercial, que deve ser utilizado para o exercício da atividade empresarial de observância à função social; restando separado o empresário, como o sujeito de direito que deve exercer a atividade empresarial de acordo coma a sua função social. Convém também reforçar que o princípio da capacidade contributiva não de ser vista apenas como um gerador de obrigações ao legislador. Há de ser reafirmada, também, sua função como gerador de direitos fundamentais, construídos pelo sopeso com os princípios se lhe opõem.

5- Conclusão

Através desse trabalho alcançamos um entendimento prático de todo o processo de elaboração e de uma revisão geral. Há um aspecto paradoxal nas avaliações sobre a questão tributária no Brasil. De um lado, a pressão tributária do Estado é vista como crescente e exagerada, refletindo a sua incapacidade de controlar despesas. De outro, há uma convicção generalizada de que a evasão campeia no País, o que é atribuído, em grande parte, às deficiências e limitações da administração tributária, em especial do sistema de fiscalização. O paradoxo é mais aparente do que real. As duas afirmações, embora à primeira vista contraditórias, podem ser conciliadas. De fato, a arrecadação tem aumentado expressivamente em termos reais e como proporção do PIB. Mas também é verdade que os órgãos responsáveis pela administração tributária padecem de inúmeras restrições de natureza financeira, administrativa, legal e política, que permitem e até estimulam a prática da evasão em suas diferentes modalidades (elisão, inadimplência, planejamento fiscal, sonegação). Os problemas da administração tributária e do sistema de fiscalização não impediram, contudo, que a carga tributária global alcançasse, nos anos 90, níveis sem precedentes na história econômica brasileira estatisticamente documentada.

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